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1 EXPEDIENTE E CRÉDITOS

PETROBRAS nardo Mulls, Prof. Dr. Luciano Losekan, Prof. GERÊNCIA FINANCEIRA Wilson Guilherme Ramalho da Silva – Gerente Dr. Marco Vargas, Prof. Dr. Alberto Di Sabba- Fundação Euclides da Cunha - FEC Executivo do Abastecimento Programas de In- to, Prof. Dr. Fabio Stallivieri, Msc. Ariana Britto Profa. Dra. Mirian Assunção de Souza Lepsch vestimento e Dr. Mauricio Vasconcellos (Consultor Estatís- - Presidente da FEC Antonio Luiz Fernandes dos Santos – Gerente tico IBGE-ENCE). Geral de Implantação do Complexo Petroquími- PROJETO GRÁFICO Faculdade de Educação co do - Comperj Instituto de Arte e Comunicação Social - Aline Duarte Henriques – Profissional de Comu- Prof. Dr. Jorge Nassim Vieira Najjar, Profa. IACS/UFF - Laboratório de Livre Criação nicação Social Pleno Dra. Flávia Monteiro de Barros Araújo, Prof. Profa. Dra. Rosa Benevento e Beatriz Andrade do Patrocínio – Administrador Dr. Crisóstomo Lima do Nascimento, Msc. Júnior Aline Javarini, Msc. Jane Machado da Silva, Msc. Joana Lima Msc. Sheila do Nascimento Dassie, Alexan- UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE dre Mendes Najjar, Derekson Rodrigues da ORGANIZAÇÃO DA PUBLICAÇÃO Roberto de Souza Salles - Professor e Reitor Silva Dantas, Joanna Vignoli Silva e Leonardo ONU-HABITAT/ROLAC da UFF Dias da Fonseca. Daniela Amaral e Regina Bienenstein - Profa. Dra. da Escola de Oscar Fernando Marmolejo Roldan Arquitetura e Urbanismo, Coordenadora do Instituto de Geociências Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais Prof. Dr. Guilherme Fernandez, Prof. Dr. Edu- UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE e Urbanos - NEPHU/UFF e Coordenadora do ardo M. R. Bulhões, Prof. Dr. Raul Vicens, Edna Massae Yokoo, Eduardo Manoel Rosa Projeto Preposta pela UFF Msc. Felipe Mendes Cronemberger, Msc. Bulhões, Jorge Brito, Jorge Nassim Vieira Edna Yokoo - Profa. Dra. do Instituto de Saú- Thais Baptista da Rocha, Msc. Natalie Chagas Najjar e Regina Bienenstein de da Comunidade da UFF Slovinski, Msc. Lidice Cabral do Nascimento, Eduardo Bulhões - Prof. Dr. do Instituto de Maria Luisa da Fonseca Pimenta, Mariana Revisão Geociências da UFF Silva Figueiredo, Pedro Ivo Bastos de Castro, Msc. Daniela Amaral - ONU-HABITAT/ROLAC Jorge Nassim Vieira Najjar - Diretor e Prof. Dr. Rômulo Weckmuller Vieira e Maria Angélica Cinthia Paes Virginio - EdUFF da Faculdade de Educação da UFF Rabello Quadros. Icléia Freixinho - EdUFF Jorge Nogueira de Paiva Brito - Prof. Dr. da Maria das Graças C. L. L. Carvalho - EdUFF Instituto de Saúde da Comunidade Faculdade de Economia da UFF Sônia de Oliveira Peçanha - EdUFF Profa. Dra. Edna Massae Yokoo, Profa. Dra. Tatiane de Andrade Braga - EdUFF ONU-HABITAT Hélia Kawa, Profa. Dra. Sandra Costa Fon- Rozely Campello Barroco - EdUFF Escritório Regional para a América Latina e seca, Dra. Andréa Sobral de Almeida, Dra. o Caribe do Programa das Nações Unidas Ana Paula da Costa Resendes, Msc. Márcia para os Assentamentos Humanos - ONU- Lait Morse, Msc. Fábia Albernaz Massarani e EDITORA -HABITAT/ROLAC Msc. Waldemir Paixão Vargas. EdUFF - Editora da Universidade Federal Flu- Dr. Alain Grimard - Diretor do Escritório Regional minense Msc. Rayne Ferretti - Coordenadora de Pro- Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais e Rua Miguel de Frias, 9 - anexo | sobreloja - gramas Urbanos - NEPHU/UFF Icaraí | CEP 24220-900 Niterói, RJ – Brasil Dr. Oscar Fernando Marmolejo Roldan - Coor- Profa. Dra. Regina Bienenstein, Profa. Msc. (21) 2629-5287 - Telefax (21) 2629-5288 Eloísa Helena Barcelos Freire, Msc. Ana Luiza denador do Projeto www.editora.uff.br | [email protected] Msc. Daniela Amaral - Assistente da Coordena- Toffano, Msc. Arthur Pereira, Thiago Costa Amorim, Natália Coelho de Oliveira, Sylvia ção do Projeto Reitor da UFF - Roberto de Souza Salles João Victor Meirelles - Estagiário Cordeiro de Azeredo Pinheiro, Filipe Augusto Vice-Reitor da UFF - Sidney Luiz de Matos Mello Pereira Simões, Ulises Rodrigo Magdalena, PESQUISA, ANÁLISE E DOCUMENTAÇÃO Rafaela Carvalho, Rafael Drumond, Nathur Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Ino- UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Duarte Pereira Junior, João Victor Meirelles, vação - Antonio Claudio Lucas da Nóbrega Faculdade de Economia Adriano Ethur Dias, Felipe de Souza Gonçal- Pró-Reitor de Extensão - Wainer da Silveira e Silva Prof. Dr. Jorge Nogueira de Paiva Britto, Prof. ves, Karinna de Aquino Paz e Prof. Dr. Cás- Diretor da EdUFF - Mauro Romero Leal Passos Dr. Carlos E. Guanziroli, Prof. Dr. Daniel Ribei- sio de Almeida Freitas (Consultor Estatístico ro, Prof. Dr. Claudio Considera, Prof. Dr. Leo- IBGE-ENCE). ISBN - 978-85-228-0810-6

AGRADECIMENTOS Os responsáveis pelo projeto gostariam de agradecer às seguintes instituições pela gentil colaboração na elaboração deste bole- tim: IBGE; Datasus; IPEA; INEP; Unisys/Datamec; Ampla; Águas de Niterói; Cedae; Amae; SAAE. Nosso reconhecimento pela inestimável contribuição neste projeto ao Reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF); ao Diretor do Escritório Regional para América Latina e o Caribe (ONU-HABITAT/ROLAC); ao Presidente do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Leste Fluminense (Conleste), Sr. Carlos Pereira; ao Diretor Executivo do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Leste Fluminense (Conleste), Sr. Álvaro Adolpho Tavares dos Santos; ao Fórum Comperj; à Unisys/Datamec; à Fundação Euclides da Cunha (FEC); ao Sr. Erik Vittrup Christensen (Oficial Principal ONU-HABITAT/ROLAC), a Fabiana Araújo (Estagiária da ONU-HABITAT/ROLAC) e aos Prefeitos, aos Secretários, aos Subsecretários e às Equipes Técnicas das Prefeituras Municipais, às Associações de Moradores, às Agendas 21 e à população dos onze municípios do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Leste Fluminense (Conleste), localizados na área de influência do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), estudados neste projeto (Cachoeiras de Macacu, , Guapimirim, Itaboraí, Maricá, Magé, Niterói, Rio Bonito, São Gonçalo, Silva Jardim e Tanguá). MONITORAMENTO DE INDICADORES SOCIOECONÔMICOS NOS MUNICÍPIOS DO ENTORNO DO COMPLEXO PETROQUÍMICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - COMPERJ

BOLETIM DE ACOMPANHAMENTO NO MUNICÍPIO DE CASIMIRO DE ABREU 2000-2010 M744 Monitoramento de indicadores socioeconômicos nos municípios do entorno do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro: COMPERJ: boletim eletrônico de acompanhamento no município de Casimiro de Abreu: 2000-2010 / ONU-HABITAT, Universidade Federal Fluminense. –- Niterói: Editora da UFF, 2012.

1 CD-ROM (v. 1) ISBN 978-85-228-0810-6

1.Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro - Indicadores. I. ONU-HABITAT. II. Universidade Federal Fluminense.

CDD 338.766 PREFÁCIO

O COMPERJ E O CONLESTE1 – EXPECTATIVAS E DE- dos indicadores socioeconômicos dos 11 municípios do entor- SAFIOS PARA OS ONZE MUNICÍPIOS DA REGIÃO no do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). DO LESTE FLUMINENSE Este projeto é uma parceria da Petrobras com a Universidade A iniciativa da Petrobras de investir na implantação do Federal Fluminense (UFF) e o Programa das Nações Unidas Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) no mu- para os Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT). nicípio de Itaboraí trará mudanças significativas para a atual configuração econômica, populacional, habitacional, am- O PROJETO DE MONITORAMENTO DE INDICADO- biental, urbanística, de mobilidade, segurança, ordenamento RES SOCIOECONÔMICOS DOS MUNICÍPIOS DO EN- territorial, educação e saúde em toda a região. TORNO DO COMPERJ Nesse contexto, o Consórcio Intermunicipal de Desenvol- O projeto tem como objetivo monitorar a evolução dos vimento do Leste Fluminense - Conleste, surge como o instru- indicadores socioeconômicos e ambientais da região do mento capaz de viabilizar parcerias e alianças intermunicipais, Comperj e construir um banco de dados georreferencia- a fim de propiciar soluções integradas e compartilhadas aos do a partir dessas informações. Os Objetivos, as Metas e os desafios comuns, buscando minimizar os aspectos negativos Indicadores do Milênio constituem-se como elementos nor- e potencializar os aspectos positivos do Comperj. O consórcio teadores deste projeto e como referências para os governos assume o papel de integrador e planejador de políticas que locais no planejamento de suas políticas públicas, de modo possibilitem o desenvolvimento sustentável de 15 municípios que permitam inserir a região do Conleste em um processo da região leste fluminense, a saber: Araruama, Cachoeiras de desenvolvimento sustentável. de Macacu, Casimiro de Abreu, Guapimirim, Itaboraí, Magé, O projeto já está na segunda fase (2011-2013). Na primei- Maricá, Niterói, Nova Friburgo, Rio Bonito, São Gonçalo, ra fase (2007-2010) foi realizado um processo participativo Saquarema, Silva Jardim, Tanguá e Teresópolis. com diversos atores da região do Conleste a fim de adaptar Em 11 municípios2 do Conleste, que estão na região de os Objetivos, os Indicadores e as Metas do Milênio. Esse pro- influência do Comperj, garantir impactos positivos do empre- cesso culminou com o estabelecimento de 8 Objetivos, 23 endimento pode contribuir para o alcance dos Objetivos de Metas e 60 Indicadores. Considerando-se que o ODM 8 não Desenvolvimento do Milênio (ODMs), sendo necessário im- se aplicava ao escopo do projeto, foi elaborado um Objetivo plementar ações relativas a políticas públicas de caráter local adicional, o ODM 9, enunciado como se segue: “Acelerar e regional, definidas a partir de uma agenda integrada. o Processo de Desenvolvimento Local com Redução de Desigualdades na Região de Influência do Comperj”. A adaptação dos Objetivos e dos Indicadores do Milênio A PETROBRAS E O PACTO GLOBAL DA ONU foi validada entre as equipes da Universidade Federal Em sua trajetória, a Petrobras destaca- Fluminense (UFF) e da ONU-HABITAT, com a participação de -se como pioneira ao aderir aos princípios do gestores locais do Conleste. A UFF participou nesse processo Pacto Global da ONU e assumir compromissos com especialistas da Faculdade de Economia, da Faculdade para que os Objetivos e as Metas do Milênio de Educação, do Instituto de Geociências, do Instituto de orientem sua política de responsabilidade so- Saúde da Comunidade, da Escola de Arquitetura e Urbanismo cial e empresarial. Nesse sentido, a partir do e do Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais e Urbanos anúncio da implantação do Comperj em Itaboraí, a Petrobras (NEPHU). O processo de adaptação de indicadores norteou-se desenvolve um projeto pioneiro no mundo: o monitoramento pelos seguintes critérios:

1 O Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Leste Fluminense – Conleste surge inicialmente com uma conformação de 11 municípios (Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Guapimirim, Itaboraí, Magé, Maricá, Niterói, Rio Bonito, São Gonçalo, Silva Jardim e Tanguá). Atualmente se integram ao Conleste 15 municípios (incluidos recente- mente os municípios de Araruama, Nova Friburgo, Saquarema e Teresópolis).

2 Os 11 municípios localizados no entorno do Comperj são aqui neste boletim denominados como Municípios Influenciados pelo Comperj (MIC). • Manutenção ou aproximação máxima dos indicado- • Distribuição de domicílios abaixo da linha da pobreza; res sugeridos pela ONU; • Taxa de matrícula escolar líquida dos ensinos funda- • Seleção de indicadores diretamente relacionados e mental e médio; sensíveis à Meta; • Taxas de distorção idade/série e idade/conclusão nos • Seleção de indicadores passíveis de atualização perió- ensinos fundamental e médio; dica e com série histórica disponível a partir de 1990; • Taxas de gênero na matrícula e conclusão dos ensi- • Utilização de bases de dados e metodologias nos fundamental e médio; consolidadas. • Taxa de matrícula no ensino técnico de nível médio; • Participação feminina no mercado de trabalho; O princípio norteador do projeto é o direito pleno à ci- • Diferencial de remuneração por gênero; dade, que pressupõe a erradicação da pobreza e a melhoria • Taxa de mortalidade infantil; geral das condições de vida dos habitantes dos municípios do • Proporção de internações por doenças respiratórias Conleste, em consonância com os ODMs e com os princípios em menores de 5 anos de idade; do Pacto Global da ONU. • Mortalidade materna; Entre os indicadores do Milênio monitorados no contexto • Proporção de tipos de partos assistidos por profissio- desse projeto, vale destacar a evolução das cadeias produtivas nais de saúde; instaladas na região, o fluxo de matrícula escolar das redes • Taxa de incidência de tuberculose; • Proporção de áreas cobertas por florestas; públicas de ensino, indicadores de saúde materna, de morta- • Proporção de áreas protegidas em unidades de lidade infantil, de doenças de maior incidência e de violência, conservação; a evolução dos assentamentos precários, do uso e ocupação • Percentual de domicílios particulares permanentes do solo, das condições de saneamento ambiental e das áreas urbanos com acesso a rede de água e esgoto oficial; de preservação ambiental. • Percentual de área urbana com acesso à coleta de Esta publicação tem como objetivo principal apresentar resíduos sólidos; as informações e os resultados das análises realizadas sobre • Percentual de área ocupada por assentamentos pre- cada Município da Área de Influência do Comperj, no período cários em relação à área urbana dos municípios; compreendido entre 2000 e 2010. Como objetivo específico, • Percentual de domicílios em assentamentos precá- busca-se subsidiar os gestores locais e a sociedade civil em ge- rios em relação ao total de domicílios urbanos dos ral com a inédita e complexa pesquisa realizada para a região, municípios; cujo propósito é identificar e compreender as alterações em • Percentual de assentamentos precários regularizados curso a partir da implantação do Comperj e, desta maneira, em relação ao total de assentamentos precários dos contribuir para o aperfeiçoamento das políticas públicas e do municípios; processo de planejamento. • Percentual de assentamentos precários urbanizados A pesquisa abrange o monitoramento de 24 metas e em relação ao total de assentamentos precários dos 62 indicadores baseados nos Objetivos de Desenvolvimento municípios; do Milênio para 11 dos 15 municípios que hoje integram o • Percentual de moradias regulares produzidas por Conleste. Portanto, tem como público alvo os gestores públi- meio de programas oficiais por famílias com renda cos, a sociedade civil, instituições de ensino e de pesquisa e até 6 salário mínimos, em relação ao total de do- demais técnicos e estudiosos interessados no tema. micílios existentes em assentamentos precários nos Este Boletim reúne a análise relativa à parte das Metas municípios. estabelecidas para serem alcançadas até o ano de 2012 e indicadores tratados na pesquisa. Dentre os 62 indicadores estudados, aqui são abordados os seguintes: PREFACE

COMPERJ AND CONLESTE1: EXPECTATIONS AND project: monitoring of the socioeconomic impacts, based on CHALLENGES OF THE ELEVEN MUNICIPALITIES OF the MDGs, caused by the industrial activity in the region sur- RIO DE JANEIRO’S EAST REGION rounding the Comperj. This project is conducted in partner- The Petrobras initiative to invest in the implementation of ship with the United Nations Program for Human Settlements the Petrochemical Complex of Rio de Janeiro (Comperj) in the (UN-HABITAT) and the Universidade Federal Fluminense (UFF). city of Itaboraí is expected to change significantly many as- pects of the region, related to its economy, population, hous- ing infrastructure, environment, urban mobility, public safety, MONITORING OF THE SOCIOECONOMIC INDICA- education and public health. TORS IN THE SURROUNDING MUNICIPALITIES OF In this context, the Intermunicipal Consortium for the THE COMPERJ Development of the East Fluminense Region – Conleste, was The Project aims to monitor the evolution of socioeco- established as a mechanism for regional partnerships and alli- nomic and environmental indicators in Comperj`s surround- ances. Conleste aims to solve, in an integrated manner, prob- ing region and, to develop a geo-referenced database from lems that are common to the 11 municipalities, hence mini- this indicators. The monitoring of the Millennium indicators mizing the negative impacts of the Comperj in the region, shall act as a reference for local governments in the planning and maximizing its positive effects. The Consortium performs a central role in integrating and establishing public policies of their public policies, promoting the sustainable develop- oriented towards the promotion of sustainable development ment of the region. in the 15 municipalities of the east region of the State of The project is already in its second phase (2011-2012). Rio de Janeiro: Araruama, Cachoeiras de Macacu, Casimiro During the first phase (2007-2010) a participative process de Abreu, Guapimirim, Itaboraí, Magé, Maricá, Niterói, Nova took place involving the most relevant actors of the region of Friburgo, Rio Bonito, São Gonçalo, Saquarema, Silva Jardim, Conleste, in order to adapt the Millennium Goals, Indicators Tanguá and Teresópolis. and Targets to the local reality. This process has resulted in 2 In the 11 municipalities of the Conleste, that are part of the establishment of 8 Goals, 23 Targets and 60 Indicators. the region of influence of Comperj, to ensure positive impacts Considering that the MDG 8 did not apply to the scope of of the project means to contribute to the achievement of the the Project, an additional Goal was established: “MDG Millennium Development Goals (MDGs), being necessary the 9 – Acceleration of the Process of Local Development with implementation of actions related to local and regional poli- Reduction of Inequalities in the Region of Comperj”. cies, which are defined by an integrated agenda. The adaptation of the Millennium Goals and Indicators to the local reality was validated by the UN-HABITAT team and PETROBRAS AND UN´S GLOBAL COMPACT the Universidade Federal Fluminense (UFF), as well as by local Historically, Petrobras has emerged as a pio- authorities of Conleste. UFF has contributed to this process neer in adhering to UN’s Global Compact inter- with experts from the following fields: Faculty of Economy, national principles and commitments, adopting Faculty of Education, Institute of Geosciences, Institute of the Millennium Development Goals as a central Community Health, School of Architecture and Urbanism reference point for their corporate social respon- and the Center of Urban and Housing Research and Design sibility agenda. From the announcement of the Comperj in (NEPHU). The adaptation process was oriented by the follow- Itaboraí, Petrobras sensed the need to develop an innovative ing criteria:

1 The Intermunicipal Consortium for the Development of the East Fluminense Region – Conleste, firstly emerged as a joint effort of 11 municipalities (Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Guapimirim, Itaboraí, Magé, Maricá, Niterói, Rio Bonito, São Gonçalo, Silva Jardim e Tanguá) and is currently integrated by 15 municipalities (4 other muni- cipalities joined the consortium at a later moment: Araruama, Nova Friburgo, Saquarema and Teresópolis).

2 The 11 municipalities surrounding Comperj are here in this bulletin denominated Municipalities influenced by Comperj (MIC). • Maintenance or closest approximation to the indica- • Households below the poverty line distribution; tors suggested by the UN; • Educational rates of age / grade and age / completion • Selection of indicators directly related to the target in primary and middle term; (Sensible to required changes); • Rates of gender in enrollment and completion of pri- • Selection of indicators which may be periodically up- mary and secondary education; dated, with data available from 1990; • Enrollment rates in technical schools; • Use of well-established databases and methodologies. • Female participation in the labor market; • Gender pay gap; The key principle of this project is to guarantee the right • Infant mortality rate; to the city to its inhabitants, which presupposes the eradica- • Proportion of admissions due to respiratory diseases tion of poverty and the overall improvement of life quality in in children under 5 years old; the region, according to the MDGs and the principles of UN´s • Maternal mortality; Global Compact. • Proportion of types of deliveries assisted by health Among the Millennium Indicators monitored in this proj- professionals; ect, it is worth to highlight the following: the evolution of • Tuberculosis case incidence rates; local economic clusters, flows of students in public schools, • Proportion of areas covered by forests; maternal health, incidence of child mortality, high prevalence • Proportion of protected areas inside conservation diseases, urban violence, as well as the monitoring of low- units; income settlements, land-use and zoning, environmental • Percentage of individual households with access to sanitation and areas of environmental protection. official urban water supply and sanitation; This publication’s main objective is to present information • Percentage of urban area with access to solid waste and results of analyzes performed on each municipality in the collection; Area of Influence Comperj in the period comprehended be- • Percentage of area occupied by slums in the urban tween 2000 and 2010. The specific objectiveis to subsidize area of the municipalities; local managers and civil society in general, using the unprec- • Percentage of households in slums in relation to the edented and complex research of the region, the purpose is total urban households in the municipalities; to identify and understand the changes ongoing since the • Percentage of slums regularized in relation to total implementation of Comperj and thus contribute to the im- slums in the cities; provement of public policy and planning process. • Percentage of slums urbanized in relation to total The research covers the monitoring of 24 targets and 62 slums in the cities; indicators based on the Millennium Development Goals for • Percentage of regular housing produced through 11 of the 15 municipalities that integrates Conleste nowa- official programs for families with incomes up to 6 days. Therefore, it has as target the managers, civil society, minimum wage in relation to total households in educational institutions and other technicians and scholars slums in the cities; interested in the subject. This newsletter brings together the analysis on the part of the Goals set to be achieved by the year 2012 and agreed in the survey indicators. Among the 62 indicators analyzed, the following were discussed: SUMÁRIO

ODM 1 | ERRADICAR A EXTREMA POBREZA E A FOME ...... 11

ODM 2 | UNIVERSALIZAR A EDUCAÇÃO PRIMÁRIA E AMPLIAR A COBERTURA DA EDUCAÇÃO MÉDIA E DA EDUCAÇÃO TÉCNICA PROFISSIONAL...... 13

ODM 3 | PROMOVER A IGUALDADE ENTRE OS SEXOS E A AUTONOMIA DAS MULHERES...... 18

ODM 4 | REDUZIR A MORTALIDADE NA INFÂNCIA...... 21

ODM 5 | MELHORAR A SAÚDE MATERNA ...... 24

ODM 6 | COMBATER O HIV/AIDS, A MALÁRIA E OUTRAS DOENÇAS ...... 26

ODM 7 | GARANTIR A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL ...... 28

ODM 9 | ACELERAR O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO LOCAL, COM REDUÇÃO DE DESIGUALDADES NA REGIÃO DE INFLUÊNCIA DO COMPERJ...... 35

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...... 47 NOTA SOBRE O PROJETO GRÁFICO Os coletivos humanos tendem a se organizar em torno de necessidades pontuais e efêmeras, o que torna o fenôme- no urbano algo múltiplo, complexo e polifônico. O projeto gráfico elaborado procura reproduzir essa multiplicidade, que é a vida fervilhante dos coletivos, nas pinceladas irregulares e cheias de textura. Enquanto isso, aponta, nos quadrados transparentes e coloridos, para a disciplina do estudo presen- te, que procura, por meio de objetivos e indicadores, desco- brir e ordenar padrões que norteiem o crescimento sustentá- vel dos municípios estudados.

Joana Lima, Marina Boechat e Rosa Benevento Laboratório de Livre Criação Instituto de Arte e Comunicação Social - UFF ODM1 ERRADICAR A EXTREMA POBREZA E A FOME Jorge Nogueira de Paiva Britto1; Carlos E. Guanzirol2; Daniel Ribeiro3; Claudio Considera4; Leonardo Mulls5; Luciano Losekan6; Marco Vargas7; Alberto Di Sabbato8

META 1A Reduzir a um quarto, entre 2000 e 2012, a proporção da população com renda inferior a meio salário mínimo mensal, na região dos MIC. Indicadores: • Participação dos 20% mais pobres da população na renda dos municípios

• Distribuição das pessoas abaixo da linha da pobreza (entre os 10% mais pobres e os 1% mais ricos)

1 Professor Associado da Faculdade de Economia da UFF e Doutor em Economia. 2 Professor Associado IV da Faculdade de Economia da UFF e Doutor em Economia. 3 Professor Adjunto da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e Doutor em Economia. 4 Professor Associado da Faculdade de Economia da UFF e Doutor em Economia. 5 Professor Adjunto da Faculdade de Economia da UFF, Doutor em Economia e Coordenador do Curso de Graduação da Faculdade de Economia. 6 Professor Adjunto da Faculdade de Economia da UFF, Doutor em Economia e Chefe de Departamento da Faculdade de Economia. 7 Professor Adjunto da Faculdade de Economia da UFF e Doutor em Economia. 8 Professor Associado da Faculdade de Economia da UFF, Doutor em Economia e Diretor da Faculdade de Economia. ODM1 | ErradicarErradicar aa extremaextrema pobrezapobreza ee aa fomefome

O município de Casimiro de Abreu os municípios estudados e ainda exibiu, apresentou, durante o período analisa- no período 2000-2010, uma queda de do, uma proporção de domicílios abai- 17,8 pontos percentuais neste indica- xo da linha de pobreza menor do que dor. Por outro lado, quando analisa- a média do conjunto dos municípios mos, para o ano de 2010, o percentual influenciados pelo Comperj (MIC) e o de pessoas existentes nos domicílios Estado do Rio de Janeiro. Em relação classificados com renda per capita abai- aos demais municípios estudados (re- xo da linha de pobreza (que equivale gião dos MIC), Casimiro de Abreu regis- a 2,8% da população), verifica-se que trou a segunda posição em termos de o município de Casimiro de Abreu al- domicílios abaixo da linha de pobreza cançou a meta de reduzir a pobreza de em 2000 (com 22,6%). Já em 2010 o forma que a mesma não supere os 25% município evoluiu para o primeiro lugar do total da população. (com 4,9%). Isto é, Casimiro de Abreu registrou no último ano o menor pata- mar de pobreza domiciliar dentre todos

Percentual de domicílios abaixo da linha de pobreza (em %) entre 2000 e 2010

30%

25%

20%

15%

10%

5%

0% 2000 2002 2004 2006 2007 2008 2009 2010

Casimiro de Abreu MIC Estado do Rio de Janeiro

Fonte: IBGE.

12 ODM2 UNIVERSALIZAR A EDUCAÇÃO PRIMÁRIA E AMPLIAR A COBERTURA DA EDUCAÇÃO MÉDIA E DA EDUCAÇÃO TÉCNICA PROFISSIONAL Jorge Nassim Vieira Najjar1; Crisóstomo Lima do Nascimento2; Jane Machado da Silva3

META 3A Garantir que, até 2012, as crianças de toda a região dos MIC, independentemente de cor/raça e sexo, concluam o ensino fundamental. Indicadores: • Taxa de matrícula escolar líquida das pessoas de 6 a 14 anos, por grupos de idade e nível de ensino

• Taxa de matrícula escolar bruta das pessoas de 6 a 14 anos de idade

• Taxa de distorção idade / série no Ensino Fundamental

• Taxa de distorção idade / conclusão no Ensino Fundamental

• Taxa de gênero nas matrículas do Ensino Fundamental

• Taxa de gênero dos concluintes do Ensino Fundamental

META 3B Garantir a ampliação da cobertura no Ensino Médio, na região dos MIC. Indicadores: • Taxa de matrícula escolar líquida das pessoas de 15 a 17 anos, por grupos de idade e nível de ensino

• Taxa de matrícula escolar bruta das pessoas de 15 a 17 anos de idade

• Taxa de distorção idade / série no Ensino Médio

• Taxa de distorção idade / conclusão no Ensino Médio

• Taxa de gênero nas matrículas do Ensino Médio

• Taxa de gênero dos concluintes do Ensino Médio

META 3C Garantir a ampliação da cobertura na educação técnica profissional, na região dos MIC. Indicadores: • Taxa de matrícula do Ensino Técnico de nível médio, por dependência administrativa

• Taxa de matrícula do Ensino Técnico de nível médio por matrícula do ensino médio

• Taxa de matrícula escolar da educação profissional, segundo o eixo tecnológico, nos cursos técnico- -profissionais de nível médio e nos cursos profissionais do Senai e do Senac

• Taxa de matrícula dos cursos do Centro de Integração do Comperj, segundo área profissional

1 Doutor em educação; professor associado da Faculdade de Educação - UFF. 2 Doutor em educação; Mestre em psicologia - UFF. 3Mestranda em educação - UFF. 13 ODM2 | Universalizar a educação primária e ampliar a cobertura da educação média e da educação técnica profissional

Do ponto de vista geográfico, o mu- que integram os MIC, esta pesquisa se última década, no município, é de que- nicípio de Casimiro de Abreu é o que propõe a delinear de forma o mais cla- da, uma vez que, no ano de 2000, esta se localiza mais distante, entre todos os ra possível o quadro educacional deste taxa era de 36,81%, o que aponta para municípios que integram os Municípios município à luz dos indicadores educa- uma queda na ordem de 17%. Uma vez de Influência do Comperj (MIC), das cionais apresentados. que esta taxa revela a razão entre o total futuras instalações do Complexo Os indicadores relativos às taxas de de alunos que cursam um determinado Petroquímico. Entretanto, com todos matrícula, líquida e bruta, do municí- ano de escolaridade, com a idade vis- os impactos socioeconômicos que se pio de Casimiro de Abreu, nos indicam ta como adequada a ele, e o total de promoverão na região como um todo, algumas questões que não devem ser alunos matriculados com aquela ida- o município certamente sofrerá efeitos, minimizadas e exemplificam fatores de, é expressa a necessidade de ações tanto os tidos como positivos quanto significativos na realidade educacional que promovam a correção deste fluxo negativos, em decorrência deste vulto- local. Começando pela matrícula líqui- escolar. so empreendimento. da no ensino fundamental, o municí- Quando voltamos as atenções para É fundamental que os gestores lo- pio de Casimiro de Abreu apresentou, o ensino médio, podemos verificar uma cais estejam atentos para a implemen- em 2010, uma taxa de 30,77%, valor melhoria muito pequena nesta taxa, de tação de políticas públicas que foquem inferior à média dos MIC (34,72%), 37,19% (2000) para 38,93% (2010), na capacitação de sua população local, como também estava abaixo da média colocando o município numa condição, para que esta tenha acesso às opor- do Estado do Rio de janeiro (32,46%). no que diz respeito a este indicador, tunidades que emergirão, bem como Faz-se merecedora de atenção a re- acima apenas de três outros municípios também desenvolvam e consolidem po- ferida taxa, na medida em que a taxa que integram os MIC, porém bem abai- líticas que contemplem o consequente de matrícula líquida ideal é de 100%, xo da média da região como um todo, aumento da demanda escolar em todos e que a mesma, como pode-se notar, que é de 45,12%. os seus níveis, em virtude do iminente encontra-se bastante distante da situa- Já as taxas de distorção investigadas incremento populacional do município. ção tida como ideal. Justifica-se, inequi- nesta pesquisa consolidam a necessida- Com fins de municiar os gestores lo- vocamente, a preocupação com a taxa de de atenção à correção do fluxo esco- cais com insumos referentes à realidade mencionada quando verificamos que a lar em todos os níveis de ensino no mu- educacional de cada um dos municípios tendência ao longo da série histórica da nicípio. Na medida em que elas devem

Taxa de Matrícula Escolar Líquida - Ensino Fundamental em Casimiro de Abreu, 2010

Total de Alunos Alunos na Idade Ano de Escolaridade com Determinada Indicador Recomendada Idade 1º (6 anos) 187 187 100,00% 2º (7 anos) 177 591 29,95% 3º (8 anos) 184 614 29,97% 4º (9 anos) 164 616 26,62% 5º (10 anos) 195 675 28,89% 6º (11 anos) 194 665 29,17% 7º (12 anos) 184 651 28,26% 8º (13 anos) 202 708 28,53% 9º (14 anos) 163 656 24,85% Total de Alunos 1.650 5.363 30,77% Fonte: INEP.

Taxa de Matrícula Escolar Líquida - Ensino Médio em Casimiro de Abreu, 2010

Alunos na Idade Recomendada Total de Alunos com Determinada Idade Indicador

Série 1ª (15 anos) 158 163 96,93% 2ª (16 anos) 120 369 32,52% 3ª (17 anos) 123 498 24,70% Total de Alunos 401 1.030 38,93% Fonte: INEP. 14 ODM2 | Universalizar a educação primária e ampliar a cobertura da educação média e da educação técnica profissional

Taxa de Distorção Idade/Série - Ensino Fundamental em Casimiro de Abreu, 2010

Ano de Alunos com idade acima Total de Alunos Indicador escolaridade da recomendada Matriculados 1º ano 34 635 5,35% 2º ano 59 642 9,19% 3º ano 162 748 21,66% 4º ano 182 716 25,42% 5º ano 227 755 30,07% 6º ano 337 819 41,15% 7º ano 249 703 35,42% 8º ano 189 637 29,67% 9º ano 142 531 26,74% Total de Alunos 1.581 6.186 25,56% Fonte: INEP

Taxa de Distorção Idade/Conclusão - Ensino Fundamental nos MIC e no Estado do Rio de Janeiro, 2010

Fonte: INEP.

Taxa de Distorção Idade/Série - Ensino Médio em Casimiro de Abreu, 2010

Ano de escolaridade Alunos com idade acima da recomendada Total de Alunos Matriculados Indicador 1ª Série 572 977 58,55% 2ª Série 322 652 49,39% 3ª Série 258 524 49,24% Total de Alunos 1.152 2.153 53,51% Fonte: INEP. inexistir, ou seja, ser iguais a zero, an- ideal para a série que está cursando e de Janeiro (28,00% de distorção idade/ tagonicamente às taxas de matrícula, o o total de alunos que concluem o en- série e 23,71% de distorção idade/con- quadro que visualizamos com os dados sino fundamental também em idade clusão, em 2010). obtidos na pesquisa é igualmente pre- superior à vista como ideal. Entretanto, No que concerne ao ensino médio, ocupante. Casimiro de Abreu apresen- não podemos deixar de reconhecer notamos que tais distorções se intensi- tou uma taxa de distorção idade/série, a positividade destes índices quando ficam, uma vez que, no ano de 2010, no ensino fundamental, em 2010, de comparados à região e ao Estado, uma Casimiro de Abreu apresentou uma dis- 25,56% e uma taxa de distorção idade/ vez que são inferiores aos apresentados torção idade/série de 53,51% (a maior conclusão de 20,43%. Estes valores re- pelos MIC (31,37% de distorção idade/ entre todos os municípios, superior à presentam, respectivamente, o total de série e 23,16% de distorção idade/con- média dos MIC e à do Estado que, para alunos com idade superior à vista como clusão, em 2010) e pelo Estado do Rio o mesmo ano, são, respectivamente,

15 ODM2 | Universalizar a educação primária e ampliar a cobertura da educação média e da educação técnica profissional

38,40% e 43,95%) e uma distorção Taxa de Distorção Idade/Conclusão - Ensino Médio nos MIC e no Estado do idade/conclusão de 43,79%, também Rio de Janeiro, 2010 expressivamente superior às médias de 32,33% e 36,20% (MIC e Estado do Rio de Janeiro, respectivamente). Destacamos que Casimiro de Abreu, assim como os demais municípios inte- grantes da pesquisa, apresentou taxas de distorção elevadas no 6º ano de es- colaridade do ensino fundamental, fe- nômeno este diretamente relacionado ao fato de que este é o primeiro ano do 2º segmento do ensino fundamen- tal, ano de recorrentes dificuldades de adaptabilidade das crianças, em decor- rência do surgimento de novas discipli- Fonte: INEP. nas, maior quantidade de professores Taxa de Gênero nas Matrículas - Ensino Fundamental nos MIC e no Estado etc. Torna-se, assim, mais facilmente do Rio de Janeiro, 2010 compreensível, embora deva ser feroz- mente combatida com políticas educa- Mulheres Município Homens Matriculados Indicador Matriculadas cionais de correção de fluxo, a maior distorção no segundo segmento do Cachoeiras de Macacu 767 1.223 62,71% ensino fundamental em relação ao pri- Casimiro de Abreu 900 1.253 71,83% meiro segmento. Guapimirim 595 921 64,60% Já no que concerne às taxas de gê- Itaboraí 3.061 4.801 63,76% nero, uma análise global referente aos Magé 3.758 5.409 69,48% níveis de ensino fundamental e médio, Maricá 1.678 2.279 73,63% considerando-se tanto os matriculados Niterói 9.962 11.396 87,42% quanto os concluintes, expõe de forma Rio Bonito 953 1.326 71,87% indelével um progressivo processo de São Gonçalo 10.607 15.647 67,79% exclusão dos jovens do sexo masculino Silva Jardim 144 321 44,86% da escolarização na educação básica. Apesar de se ter uma universalização Tanguá 274 342 80,12% quase que integral no acesso ao ensi- MIC 32.699 44.918 72,80% no fundamental e médio, ocorre uma Estado do Rio de Janeiro 266.569 345.563 77,14% grande evasão desta população mascu- Fonte: INEP lina dos bancos escolares, denotando um expressivo fenômeno de exclusão, Taxa de Gênero dos Concluintes - Ensino Médio nos MIC e no Estado do Rio que se consolida ao longo dos anos de de Janeiro, 2010 escolarização. Em todos os municípios Mulheres do Estado do Rio de Janeiro, bem como Município Homens Matriculados Indicador Matriculadas nos MIC, esta tendência se mantem. Cachoeiras de Macacu 114 269 42,38% Em Casimiro de Abreu, a taxa de Casimiro de Abreu 112 194 57,73% gênero dos matriculados no ensino fun- Guapimirim 61 158 38,61% damental, em 2010, foi de 104,36%, Itaboraí 512 1.072 47,76% enquanto a dos concluintes desta etapa de ensino foi de 82,35%. Já no ensino Magé 655 1.113 58,85% médio, a taxa entre os matriculados foi Maricá 308 486 63,37% de 71,83% e entre os concluintes foi Niterói 1.913 2.378 80,45% de 57,73%. Ao relembrarmos que as Rio Bonito 182 299 60,87% taxas acima de 100% correspondem a São Gonçalo 1.473 2.767 53,23% uma maior presença de meninos, en- Silva Jardim 24 69 34,78% quanto as abaixo de 100% indicam a Tanguá 23 48 47,92% maior incidência de meninas, podemos MIC 5.377 8.853 60,74% perceber a expressiva evasão masculina Estado do Rio de Janeiro 41.374 66.110 62,58% que se desenvolve ao longo dos anos da Fonte: INEP educação básica. 16 ODM2 | Universalizar a educação primária e ampliar a cobertura da educação média e da educação técnica profissional

Taxa de Matrícula - Ensino Profissionalizante nos MIC, 2010

25.00%

20.00% Cachoeiras de Macacu 15.00% Itaboraí Magé 10.00% Maricá Niterói Rio Bonito 5.00% São Gonçalo MIC 0.00% * Municípios com Ensino Médio Integrado, onde alguns alunos estarão representados em ambos os níveis de ensino.

Fonte: INEP.

Obs.: Apesar desta modalidade de ensino não se fazer presente neste município, entendemos que seja relevante para uma análise regional a apresentação dos da- dos contidos na tabela acima.

Concluindo, no que concerne à edu- tunidades profissionais decorrentes da cação técnica profissional, o município implantação do Comperj. Constitui-se, de Casimiro de Abreu não possui cursos assim, como desafio fundamental para técnicos em nível médio. Quanto aos os gestores públicos da educação no cursos técnicos oferecidos pelo Senai e município de Casimiro de Abreu imple- pelo Senac, registra-se que somente os mentar a oferta e a diversidade de cur- municípios de Niterói e de São Gonçalo, sos técnicos em nível médio. entre os MIC, possuem unidades destas instituições. Tal fato pode ser conside- rado um grave empecilho no sentido de qualificação da mão de obra local para que seja absorvida pelas inúmeras opor-

17 ODM3 PROMOVER A IGUALDADE ENTRE OS SEXOS E A AUTONOMIA DAS MULHERES Jorge Nogueira de Paiva Britto1; Carlos E. Guanzirol2; Daniel Ribeiro3; Claudio Considera4; Leonardo Mulls5; Luciano Losekan6; Marco Vargas7; Alberto Di Sabbato8

META 4B Reduzir pela metade a defasagem salarial entre gêneros até 2012, na região dos MIC. Indicadores: • Participação feminina no mercado formal de trabalho e no perfil de trabalhadores admitidos e desligados

• Diferencial de remuneração por gênero e grau de instrução para diferentes setores de atividade

1 Professor Associado da Faculdade de Economia da UFF e Doutor em Economia. 2 Professor Associado IV da Faculdade de Economia da UFF e Doutor em Economia. 3 Professor Adjunto da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e Doutor em Economia. 4 Professor Associado da Faculdade de Economia da UFF e Doutor em Economia. 5 Professor Adjunto da Faculdade de Economia da UFF, Doutor em Economia e Coordenador do Curso de Graduação da Faculdade de Economia. 6 Professor Adjunto da Faculdade de Economia da UFF, Doutor em Economia e Chefe de Departamento da Faculdade de Economia. 7 Professor Adjunto da Faculdade de Economia da UFF e Doutor em Economia. 8 Professor Associado da Faculdade de Economia da UFF, Doutor em Economia e Diretor da Faculdade de Economia. ODM3 | Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres

O percentual de mulheres no mer- Em comparação com os demais cado de trabalho formal no município municípios que compõem a área de de Casimiro de Abreu manteve-se rela- influência do Comperj, verifica-se que tivamente constante entre os anos de Casimiro de Abreu saiu da primeira 2000 e 2010, exceto no ano de 2008, para a quarta posição em termos de em que houve uma queda de partici- participação feminina no mercado de pação. Enquanto isto, no âmbito dos trabalho formal, entre 2000 e 2010. MIC e no Estado do Rio de Janeiro, o crescimento observado foi de 0,4 e 1,5 ponto percentual neste mesmo perío- do, respectivamente. Com este resultado, a proporção de mulheres inseridas no mercado formal de trabalho no município de Casimiro de Abreu (44,6%) ficou, em 2010, aci- ma do registrado pelos MIC (37,3%), pelo Estado do Rio de Janeiro (40,2%) e pelo Brasil (41,6%).

Percentual de mulheres no mercado formal de trabalho (em %) entre 2000 e 2010

45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% 2000 2002 2004 2006 2007 2008 2009 2010

Casimiro de Abreu MIC Estado do Rio de Janeiro Brasil

Fonte: RAIS (MTE).

19 ODM3 | Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres

O diferencial de remuneração fe- 80,3%, 82,2% e 84,4% das remune- Cabe ainda destacar, de acordo minina, cujo objetivo é apresentar a rações médias masculinas. Em 2010, com a meta de reduzir a defasagem relação entre as remunerações mascu- observa-se que o diferencial de remune- salarial entre gêneros pela metade até linas e femininas para um mesmo tipo ração feminina em Casimiro de Abreu 2012, que o município de Casimiro de ocupação, mostra que, no municí- foi de 99%, enquanto no conjunto de Abreu deveria apresentar um hiato pio de Casimiro de Abreu, no ano de dos MIC, no Estado do Rio de Janeiro de renda entre homens e mulheres de 2000, a remuneração média feminina e no Brasil os resultados obtidos foram no máximo 1,3%, no entanto, o mu- foi equivalente a 97,5% da remunera- de 82,6%, 80,6% e 82,6%. Com isto, nicípio apresentou o resultado de 1%, ção média masculina para um mesmo nota-se que a remuneração média femi- ou seja, atingiu a meta e melhorou a tipo de ocupação. Isto é, as mulheres nina foi relativamente igual a masculina disparidade. apresentaram uma remuneração 2,5% em Casimiro de Abreu. Em relação aos menor do que os homens. Já no âmbito demais municípios da área de influência dos MIC, do Estado do Rio de Janeiro do Comperj, verifica-se que o município e do Brasil, observamos defasagens sa- analisado ocupava, em 2000, a terceira lariais entre a mão de obra feminina e melhor posição em termos de defasa- masculina mais acentuadas, tendo em gem salarial entre mulheres e homens, vista que as respectivas remunerações evoluindo, em 2010, para a segunda médias femininas foram equivalentes a melhor posição, atrás apenas de Maricá.

Diferencial de remuneração feminina (em %) entre 2000 e 2010

100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 2000 2002 2004 2006 2007 2008 2009 2010

Casimiro de Abreu MIC Estado do Rio de Janeiro Brasil

Fonte: RAIS (MTE).

20 ODM4 REDUZIR A MORTALIDADE NA INFÂNCIA Sandra Costa Fonseca1; Hélia Kawa2; Márcia Lait Morse3; Edna Massae Yokoo4

META 5A Reduzir em dois terços, entre 2000 e 2012, a mortalidade de crianças menores de cinco anos, na região dos MIC. Indicadores: • Taxa de mortalidade em menores de cinco anos e mortalidade proporcional entre menores de cinco anos, segundo grupos de causas

• Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) e mortalidade proporcional segundo grupos de causas e grupos de idade (0 a 6 dias, 7 a 27 dias, 28 a 364 dias)

• Proporção de internações por doenças respiratórias em menores de cinco anos

1 Professora Adjunta do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade Federal Fluminense. 2 Professora Adjunta do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade Federal Fluminense. 3 Pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Saúde da Criança e da Mulher do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade Federal Fluminense. 4 Professora Adjunta do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade Federal Fluminense. ODM4 | Reduzir a mortalidade na infância

Neste ODM, destaca-se o indicador tem, de maneira geral, baixos níveis de Organização Mundial da Saúde. Em referente à mortalidade infantil, que es- saúde e de desenvolvimento socioeco- 2010, a TMI em Casimiro de Abreu tima o risco de morte dos nascidos vivos nômico e precária assistência ao parto (17,68 por mil nascidos vivos) foi supe- durante o primeiro ano de vida, e a pro- e ao puerpério. rior à dos MIC (13,47 por mil nascidos porção de internação por doenças res- Quanto às internações por doenças vivos) e à do Estado do Rio de Janeiro piratórias em menores de cinco anos. respiratórias em menores de cinco anos, (13,97 por mil nascidos vivos). Neste De um modo geral, estes indicadores a avaliação mais recente identificou do- ano, dos sete óbitos infantis ocorridos expressam o desenvolvimento socioe- ença respiratória como causa de 40% no município, seis foram no período ne- conômico, o acesso e a qualidade dos das internações da rede SUS, na idade onatal (85% do total). recursos disponíveis para atenção à saú- de um a quatro anos, em todo o Brasil. Analisando a série histórica da TMI de da criança, assim como podem ser Em grupos mais vulneráveis, pode ser (2000-2010) para os MIC, é nítida a marcadores de mudanças ambientais. responsável por 50% das internações. tendência descendente do indicador, Segundo a Organização Mundial No município de Casimiro de assim como para o Estado que, no perí- da Saúde (OMS), valores inferiores a Abreu, a Taxa de Mortalidade Infantil odo, reduziu em 30% a taxa de morta- 20 óbitos infantis por mil nascidos vi- (TMI) apresentou grande variabilidade lidade infantil. vos são considerados baixos. Entre 20 para toda a série histórica (2000-2010). e 49 são considerados intermediários, Em todos os anos, os valores foram e valores superiores a 50 são elevados. inferiores a 20 óbitos infantis por mil Altas taxas de mortalidade infantil refle- nascidos vivos, conforme preconiza a

Taxa de Mortalidade Infantil (por 1.000 nascidos vivos) entre 2000 e 2010

25,00

20,00

15,00

10,00

5,00

0,00 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Casimiro de Abreu 13,612,4815,45 6,70 7,08 14,5315,63 14,397,797,3717,68 MIC 16,8915,09 17,3316,52 16,5515,99 14,4614,92 13,2914,33 13,47 Estado do Rio de Janeiro 19,7418,25 17,9417,66 17,2416,01 15,2914,65 14,1914,80 13,97

Fonte: SIM/SINASC/DATASUS.

22 ODM4 | Reduzir a mortalidade na infância

Internações (%) por doenças respiratórias em menores de cinco anos entre 2000 e 2010

70 ,00

60 ,00

50 ,00

40 ,00

30 ,00

20 ,00

10 ,00

0,00 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Casimiro de Abreu 32 ,0652,27 44 ,6233,92 52 ,3344,29 61 ,1940,59 24 ,8221,76 47 ,18 MIC 53 ,7152,21 43 ,8645,81 44 ,3245,60 47 ,5149,30 52 ,8956,60 54 ,03 Estado do Rio de Janeiro 41 ,3739,40 40 ,7542,76 41 ,7439,48 39 ,0939,56 39 ,5239,76 39 ,16

Fonte: SIH-SUS/DATASUS.

O indicador percentual de interna- Nos MIC, o indicador se mantém ções por infecção respiratória foi aferi- mais alto que no Estado em todo o pe- do através do total de internações em ríodo. Deve ser ressaltada a importância menores de cinco anos de idade em re- das doenças respiratórias na morbidade lação ao total de internações por todas da população infantil, exercendo enor- as causas, neste mesmo grupo etário me pressão sobre os serviços de saúde, para cada ano da série histórica. O mu- em nível ambulatorial e no atendimento nicípio de Casimiro de Abreu apresen- de emergência. tou grande variabilidade na série histó- rica analisada (2000-2010), e, em três anos (2001, 2004 e 2006) ultrapassou o patamar de 50%. No período monito- rado, muitas vezes as proporções deste município têm ficado acima dos MIC e do Estado do Rio de Janeiro.

23 ODM5 MELHORAR A SAÚDE MATERNA Sandra Costa Fonseca1; Hélia Kawa2; Márcia Lait Morse3; Edna Massae Yokoo4

META 6A Reduzir em três quartos, entre 2000 e 2012, a taxa de mortalidade materna na região dos MIC. Indicadores: • Razão de mortalidade materna e proporção de óbitos maternos segundo grupo de causas

• Proporção de tipos de partos (cesárea) assistidos por profissionais de saúde

• Percentual de pré-natal adequado: mulheres com sete ou mais consultas

1 Professora Adjunta do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade Federal Fluminense. 2 Professora Adjunta do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade Federal Fluminense. 3 Pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Saúde da Criança e da Mulher do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade Federal Fluminense. 4 Professora Adjunta do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade Federal Fluminense. ODM5 | Melhorar a saúde materna

A mortalidade materna pode ser valores entre zero e 446.43 por cem mil considerada um excelente indicador de nascidos vivos. Dos 11 anos analisados saúde, relacionado não somente às mu- na série histórica, oito não registraram lheres, mas ao conjunto da população, óbitos maternos, são eles: 2000, 2001, refletindo importantes desigualdades 2004, 2006 a 2010. Ressalta-se que a sociais em saúde e, especificamen- inexistência de óbitos maternos nestes te, a qualidade da assistência à saúde anos, para o município, pode ser devido da mulher. A Razão de Mortalidade à subnotificação. A subnotificação dos Materna (RMM) é calculada dividindo- óbitos maternos pode ocorrer porque -se o número de óbitos maternos por os médicos informam a causa terminal cada cem mil nascidos vivos. A RMM e não a básica, ao preencherem a decla- alta está associada à baixa qualidade na ração de óbito, como também, muitas prestação de serviços de saúde durante vezes, não registram se a mulher estava os períodos de gravidez e de resguardo ou não grávida, por ocasião do óbito. após o nascimento (puerpério), contri- Nos MIC, o indicador, apesar de mais buindo na avaliação dos níveis de saúde baixo que no Estado do Rio de Janeiro e de desenvolvimento socioeconômico na maior parte do período estudado, de uma região. não mostra tendência de queda. No O indicador de mortalidade mater- Estado, o indicador segue elevado e es- na no município de Casimiro de Abreu tagnado, sem perspectiva de atingir a apresenta grande variabilidade na série meta de redução. histórica analisada (2000-20108), com

Razão de Mortalidade Materna (por 100.000 nascidos vivos) entre 2000 e 2010

500 ,00

450 ,00

400 ,00

350 ,00

300 ,00

250 ,00

200 ,00

150 ,00

100 ,00

50 ,00

0,00 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Casimiro de Abreu 0,00 0,00 220,75 446,43 0,00 242,13 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 MIC 59,32 73,78 108,32 63,40 58,64 44,61 57,70 72,87 44,71 76,74 77,80 Estado do Rio de Janeiro 76,03 71,38 74,06 68,03 69,16 63,20 75,08 71,36 69,49 93,7179,49

Fonte: SIM/SINASC/DATASUS.

25 ODM6 COMBATER O HIV/AIDS, A MALÁRIA E OUTRAS DOENÇAS Hélia Kawa1; Andréa Sobral de Almeida2; Sandra Costa Fonseca3; Waldemir Paixão Vargas4; Edna Massae Yokoo5

META 7A Até 2012, reduzir a incidência de tuberculose, na região dos MIC. Indicador: • Taxa de incidência de tuberculose

META 7B Até 2012 reduzir a incidência de AIDS Indicador: • Taxa de incidência de AIDS

META 8A Até 2012, reduzir a incidência de dengue, hepatite A e hanseníase, na região dos MIC. Indicadores: • Taxa de incidência de dengue

• Taxa de incidência de hepatite A

• Taxa de detecção de hanseníase

1 Professora Adjunta do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade Federal Fluminense. 2 Pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Epidemiologia e Saúde do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade Federal Fluminense. 3 Professora Adjunta do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade Federal Fluminense. 4 Mestrando do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal Fluminense. 5 Professora Adjunta do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade Federal Fluminense. ODM6 | Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças

A tuberculose é considerada um por cem mil habitantes) apresentaram por cem mil habitantes) quando com- problema de saúde pública prioritário os maiores índices em 2000. parado à do ano anterior, enquanto as no Brasil. Apesar de ser uma doença Nota-se que nos anos de 2001 médias da região e do Estado foram su- grave, a conduta terapêutica adequa- (83,19 casos por cem mil habitantes) periores, 76,35 e 91,72 casos por cem da possibilita a cura de praticamente e 2002 (72,27 casos por cem mil habi- mil habitantes, respectivamente. 100% dos casos novos. tantes) foram registrados, em Casimiro Em 2009, nota-se um ligeiro au- No país, são registrados aproxima- de Abreu, as maiores taxas de incidên- mento da taxa de incidência (35,99 damente 80 mil casos novos por ano cia da série, enquanto o ano de 2010 casos por cem mil habitantes) quan- e cerca de cinco a seis mil óbitos por (8,49) e de 2006 (18,53) apresentou as do comparada à do período de 2008. tuberculose. A enfermidade se consti- menores taxas. Em 2007, a taxa de in- Entretanto, em 2010, quando foram tui na nona causa de internações por cidência de tuberculose de 32,48 casos notificados apenas três casos novos de doenças infecciosas em todo o territó- por cem mil habitantes foi bem infe- tuberculose, observa-se significativa re- rio nacional, ocupando o sétimo lugar rior à taxa do Estado (90,32 casos por dução, cerca de quatro vezes menos o em gastos com internação do Sistema cem mil habitantes) e dos MIC (75,54 valor obtido em 2009 (8,49 casos por Único de Saúde (SUS) por doenças in- casos por cem mil habitantes). Neste cem mil habitantes) e sendo também a fecciosas, sendo ainda a quarta causa ano (2007), o município apresentou menor taxa registrada, levando-se em de mortalidade entre as doenças infec- um aumento de quase 1,8 vezes a taxa conta os demais municípios da região. ciosas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008). de incidência de tuberculose quando Esse resultado, entretanto, deve ser O município de Casimiro de Abreu comparada ao ano de 2006 (18,53 ca- analisado com cautela, considerando apresentou grande variabilidade na sos por cem mil habitantes), embora o a variabilidade já verificada nos anos taxa de incidência de tuberculose índice do conjunto dos MIC, em 2006, anteriores e a possibilidade de proble- (58%) nos anos analisados (2000 a tenha sido superior ao de 2007 (62,75 mas operacionais na consolidação dos 2010), com uma tendência geral de- casos por cem mil habitantes). dados. crescente. Destaca-se que os MIC Já em 2008, nota-se uma ligeira re- (85,08 casos por cem mil habitantes) e dução da taxa de incidência de tubercu- o Estado do Rio de Janeiro (98,27 casos lose em Casimiro de Abreu (30,19 casos

Taxa de Incidência de Tuberculose (por 100.000 habitantes) entre 2000 e 2010

120.00

100.00

80.00

60.00

40.00

20.00

0.00 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Casimiro de Abreu 40.63 83.1972.27 28.97 24.1949.54 18.53 32.4830.19 35.998.49 MIC 85.08 79.3478.47 72.60 73.0069.65 62.75 75.5476.35 76.8372.24 Estado do Rio de Janeiro 98.27 94.9594.45 89.49 85.4480.50 95.35 90.3291.72 91.8890.20

Fonte: SINAN/DATASUS.

27 ODM7 GARANTIR A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

Meta 9: Eduardo Manuel Rosa Bulhões1; Raul Sanchez Vícens2; Guilherme Borges Fernandez3 Meta 10: Eloisa Helena Barcelos Freire4; Regina Bienenstein5; Nathur Duarte Pereira Junior6, João Victor Meirelles7 Meta 11: Regina Bienenstein8; Daniela Amaral9; Natália Coelho de Oliveira10; Sylvia Pinheiro11; Thiago Amorim12 Imagens: Rafael Drumond13; Rafaela Carvalho14; Ulises Rodrigo15

META 9 Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas e reverter a perda de recursos naturais, na região dos MIC. Indicadores: • Proporção de áreas cobertas por florestas

• Proporção das áreas protegidas em unidades de conservação

META 10 Reduzir em 20%, até 2012, os domicílios sem acesso às redes gerais de água e de esgoto e à coleta de resíduos sólidos, na região dos MIC. Indicadores: • Percentual de domicílios particulares permanentes urbanos com acesso à rede de água e à rede de esgoto nos MIC

• Percentual de área urbana com acesso à coleta de resíduos sólidos nos MIC

1 Geógrafo. Professor Adjunto do Departamento de Geografia, Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional, Universidade Federal Fluminense. 2 Geógrafo. Professor Adjunto do Departamento de Geografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal Fluminense. 3 Geógrafo. Professor Adjunto do Departamento de Geografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal Fluminense. 4 Engenheira Civil, Mestre em Engenharia Civil, Pesquisadora do Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais e Urbanos da Universidade Federal Fluminense. 5 Professora Titular do Departamento de Arquitetura e do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Coordenadora do Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais e Urbanos da Universidade Federal Fluminense, Doutora em Arquitetura e Urbanismo. 6 Graduando em Engenharia de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Universidade Federal Fluminense. 7 Graduando em Engenharia de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Universidade Federal Fluminense. 8 Professora Titular do Departamento de Arquitetura e do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Coordenadora do Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais e Urbanos da Universidade Federal Fluminense, Doutora em Arquitetura e Urbanismo. 9 Arquiteta e Urbanista, Mestre em Gestão e Planejamento Urbano pela Universidade Federal Fluminense, Pesquisadora associada ao Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais e Urbanos da Universidade Federal Fluminense e Assistente de Pesquisa no Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos para a América Latina e o Caribe - ONU-HABITAT. 10 Pós-graduanda em Planejamento Urbano e Regional, IPPUR/UFRJ. 11 Graduanda em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal Fluminense. 12 Graduando em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal Fluminense. 13 Graduando em Geografia pela Universidade Federal Fluminense. 14 Graduanda em Geografia pela Universidade Federal Fluminense. 15 Graduando em Geografia pela Universidade Federal Fluminense. META 11 Até 2012, ter alcançado uma melhora significativa na vida de, pelo menos, 10% dos habitantes de assentamentos precários que moram na região dos MIC Indicadores: • Percentual da área ocupada por assentamentos precários em relação à área urbana, por município na região dos MIC

• Percentual de domicílios em assentamentos precários em relação ao total de domicílios urbanos, por município na região dos MIC

• Percentual de domicílios regularizados em assentamentos precários em relação ao total de domicílios em assentamentos precários, na região dos MIC

• Percentual de assentamentos precários urbanizados (água potável, esgotamento sanitário adequado, coleta de lixo doméstico e vias calçadas) em relação ao total de assentamentos precários, por muni- cípio na região dos MIC

• Percentual de moradias regulares produzidas por meio de programas oficiais para famílias com renda até seis salários mínimos em relação ao total de domicílios em assentamentos precários, por municí- pio na região dos MIC ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental

O município de Casimiro de Abreu Índice de Áreas Naturais remanescentes, 2005, 2008 e 2009 está posicionado na extremidade orien- tal da área de influência do Comperj, Ano Índice das Áreas Naturais em Casimiro de Abreu abrangendo áreas representativas dos 2005 0,41 afluentes da margem esquerda do rio 2008 0,41 São João. Parte do município, em ter- 2009 0,43 mos geomorfológicos, se encontra condicionada por relevo acidentado Fonte: Elaboração Equipe do Instituto de Geociências da UFF. característico de relevo de borda de falha que controla a vertente oceânica Variação em Km2 dos usos determinados, 2005, 2008 e 2009 da Serra do Mar. Provavelmente, a for- mação de brechas tectônicas no baixo Casimiro de Abreu curso do São João favoreceu o recuo das encostas, dando origem a planícies Classes de Uso 2005 2008 2009 fluviais extensas, onde se observam Culturas diversas 0,87 2,23 9,46 terraços fluviais e colinas isoladas cujas Florestas 186,83 184,65 193,02 cotas são inferiores a 200 metros. Em Formações pioneiras 2,18 1,88 5,72 direção às cabeceiras, predomina relevo Gramíneas ou coberturas herbáceas 257,80 255,94 228,69 pré-montanhoso. As características fisiográficas e as Refúgios vegetacionais ou comunidades relíquias 2,68 2,43 1,84 distâncias dos maiores centros urba- Áreas urbanas 6,75 9,20 9,60 nos favoreceram índices elevados de Fonte: Elaboração Equipe do Instituto de Geociências da UFF. áreas de coberturas florestais, que re- presentam 43% da área municipal. Os carpas serranas, o que sugere que tais também se distribuem em fragmentos elementos naturais que mais favorece- condições foram impeditivas para o de- maiores ou menores em condições de ram a construção do índice, irrefutavel- senvolvimento de atividades agrícolas relevo de colinas e são mais represen- mente, foram as florestas, que cobrem e, portanto, o desmatamento, uma vez tativas nas proximidades do Oceano grande parte da área municipal (aprox. que o município se caracteriza por pre- Atlântico, recobrindo o Morro de São 194km²), associada às condições de es- domínio de atividades rurais. As Florestas João. Adicionalmente, resquícios de ve-

Cobertura Florestal, ano-base 2009

Fonte: Elaboração Equipe do Instituto de Geociências da UFF. 30 ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental getação pioneira podem ser observados Evolução do Percentual das Áreas Protegidas por Unidades de Conservação no estuário do Rio São João. Áreas de no Município de Casimiro de Abreu, 2000 a 2010 brejo, sobretudo durante o período chu- 6,0 voso do ano, também contribuem para este índice. Especificamente quanto ao 5,00 índice de áreas naturais (cálculo das áreas 4,00 de florestas remanescentes sobre a área total do município), é interessante notar 3,00 que, na análise comparativa, as variações Percentual 2,00 em relação a este percentual foram pe- quenas, alterando-se de 0,41 para 0,43, 1,00 entre os anos de 2008 e 2009. 0,0 Em 2000, Casimiro de Abreu pos- 2000 2005 2008 2009 2010 suía 4,2% de seu território coberto por Fonte: Elaboração Equipe do Instituto de Geociências da UFF. Unidade de Conservação de Proteção Integral, representada por parte da quena RPPN, que não alterou o índice rada pelo INEA e pelo ICMBio, conforme Reserva Biológica União, que tem como do município. Em 2008, não foram cria- indicado na tabela anteriormente, o que objetivo assegurar a proteção e recu- das novas Unidades de Conservação de gerou um percentual total de área pro- peração de remanescentes da Floresta Proteção Integral. Em 2009, foram ob- tegida de 4,2%, uma vez que a área das Ombrófila Densa, de formações associa- tidos dois valores. O primeiro resultou RPPNs responde por 5,59 km2. Isto expli- das e da fauna típica, em especial o mico- numa proporção de cerca de 3% de área ca a redução do indicador em relação ao -leão-dourado (Leonthopitecus rosalia). municipal protegida, considerando o to- ano de 2008, que configurava 5,6% de No período entre 2000 e 2006, a área tal da área referente à Reserva Biológica área protegida, já que foram contabiliza- protegida foi ampliada para 5,6% do da União, na qual não houve alteração das RPPNs que atualmente passaram a território municipal devido à criação de de seus limites. Já o segundo valor foi ob- não ser mais reconhecidas pelos órgãos duas Reservas Particulares do Patrimônio tido considerando as RPPNs recentemen- governamentais. Em 2010, este índice de Natural. Em 2007, foi criada uma pe- te oficializadas numa atual listagem libe- 4,2% se manteve.

Unidades de Conservação de Proteção Integral, ano-base 2010

Fonte: Elaboração Equipe do Instituto de Geociências da UFF com base em Imagens RapidEye de 2009.

31 ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental

O município de Casimiro de Abreu Abrangência da Rede de Abastecimento de Água, 2000, 2006, 2010, e meta 2012 tinha, no ano 2000, uma população 110,00% total de 22.152 habitantes, dos quais 100,00% 82,78%, ou seja, 18.337 pessoas re- 90,00% sidiam em áreas urbanas e ocupavam 80,00% 5.321 domicílios distribuídos em 1,77% 70,00% (8,17 km²) do total de seu território, 60,00% com densidade domiciliar urbana de 50,00% 651,29 domicílios/km2 em 2000, pas- 40,00% 30,00% sando para 1.056,04, em 2010. 20,00% Em 2010, de acordo com da- 10,00% dos da CEDAE obtidos através do 0,00% Sistema Nacional de Informação sobre 2000 2006 2010* Meta 2012 Saneamento (SNIS) e do SAAE, o muni- Casimiro de Abreu 86,39% 102,19% 94,95% 89,11% cípio apresentava o terceiro maior índi- MIC 68,40% 60,70% 62,23% 75,07% ce de domicílios particulares permanen- tes urbanos com acesso à rede de água Fonte: IBGE/ CEDAE, SAAE, SNIS*/SAAE e Elaboração Equipe Urbanismo NEPHU/ UFF, 2012. (94,95%), superior ao índice do conjun- to dos MIC (62,23% em 2010), e acima O serviço operado pela SAAE é feito que atende por rede de distribuição, de sua meta de 89,11%1. Cabe ressaltar a partir do sistema de duas captações: apenas à região de Barra de São João. que a discrepância do índice de 2006 no Lago São João e na bacia do Rio Ambas as ETAs executam os principais de 102,19% é devida à CEDAE conside- Ostra Macacu. A água é aduzida para processos de tratamento de água, isto rar um número maior de domicílios par- a Estação de Tratamento de Água (ETA) é: coagulação, floculação, decantação, ticulares permanentes urbanos do que localizada no Centro e atende, por rede filtração e desinfecção (cloração). o IBGE. Neste município, a gestão dos de distribuição, ao 1o distrito (distrito Com relação ao serviço de coleta e serviços de abastecimento de água e de Sede), além dos distritos de Professor tratamento de esgoto, na região onde coleta e tratamento de esgoto é mista, Souza e Rio Dourado. Já o serviço opera- a Cedae opera, isto é, no distrito de sendo em parte (66%) executado pela do pela Cedae é feito a partir do sistema Barra de São João, até o momento, a autarquia municipal Serviço Autônomo de captação na Ponte do Baião no mu- Companhia não realizou nenhum in- de Água e Esgoto (SAAE) e o restante nicípio de Macaé. A água bruta é adu- vestimento no sentido de implantar al- (34%) pela Companhia Estadual de zida para a Estação de Tratamento de gum sistema de coleta e tratamento de Água e Esgoto (Cedae). Água (ETA), localizada em Rio Dourado, esgoto.

Número de Domicílios em AP – 2000-2010

1800 1714 1600 1400 1200 1000 800 Casimiro de Abreu 600 400 200 81 0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Fonte: Elaboração Equipe Urbanismo NEPHU/UFF, 2013. Dados sobre Assentamentos Precários – Contagem por imagens de satélite, 2009/2010 pela Equipe de Geoprocessamento / NEPHU/UFF, 2013.

1 Esses resultados estão baseados em dados (número de domicílios) fornecidos pela AMPLA (2000) e o IBGE (Censo 2010), A utilização de informações unicamente do IBGE (Censo 2000 e 2010) para domicílios e da CEDAE e SAAE para domicílios com acesso ao serviço evidencia a fragilidade das fontes de informação disponíveis, já que, desde 2000, o município aparece com mais de 100% dos domicílios urbanos servidos. 32 ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental

Nas demais áreas do município, no to com densidade de 1.547,89 domicí- A demanda por habitação no muni- período estudado, não existiam rede de lios/km2, isto é, uma densidade menor cípio de Casimiro de Abreu se eviden- coleta e qualquer sistema de tratamen- do que a média urbana (651,29/km2). cia não só no nesses AP ou seja, em to de esgoto. Todo o efluente de esgoto No período 2000 a 2010, o esses áreas onde a informalidade aparece produzido na área urbana era lançado assentamentos cresceram tanto em associada com a carência de parte dos nas redes de águas pluviais existentes termos de área ocupada, passando a serviços e equipamentos públicos, Esses nos bairros ou diretamente nos rios que ocupar 0,886km2, como em número de locais de moradia da população pobre cortam a cidade. É importante ressal- domicílios (1.714 habitações). Isso sig- demandam tanto investimentos em tar que, como não existe tratamento nificou um aumento também na den- habitação de interesse social, quanto na rede de águas pluviais, não se pode sidade em 2010, que atingiu 1.934,97 a aplicação de instrumentos de gestão considerar que no município exista rede domicílios/km2, ultrapassando, portan- e planejamento urbano para regular o mista (sistema unitário). to, a densidade média da área urbani- processo de ocupação e uso do solo, de Mais recentemente, o SAAE, por zada (1.056,04 domicílios/km2). Assim, modo a garantir a toda população os meio de convênio com a Funasa, con- é possível concluir que, considerando a direitos à moradia. seguiu recursos para implantar a rede informalidade habitacional representa- Nesse sentido, foi iniciado em 2010 de coleta e construir 3 Estações de da por AP, o município se afasta pro- o Plano Local de Habitação de Interesse Tratamento de Esgoto (ETE) para aten- gressivamente da Meta 11. Social. Trata-se de importante instru- der aos distritos Sede-Centro (1o), Rio O exame do crescimento do núme- mento de planejamento habitacional Dourado (3o) e Professor Souza (4o). Até ro de domicílios em AP no município e na medida em que identifica e analisa o momento, foi implantada a rede co- nos MIC, ao longo da primeira década a precariedade habitacional em suas di- letora em uma bacia do distrito Sede e de 2000, aponta para um crescimen- ferentes tipologias, apresenta alternati- construída a ETE do Centro. Este siste- to bem superior em Casimiro de Abreu vas para seu tratamento e aponta locais ma está em fase de teste e começará a (2.016,05%), do que o observado no infraestruturados para a construção de operar a seguir. conjunto dos MIC (43,80%). Examinando novas moradias, além de indicar fontes Quanto à Meta 11, em Casimiro os dados em termos de números absolu- de recursos e estabelecer cronograma de Abreu foram identificados dois tos, esses percentuais significam que no para atendimento da demanda. Assentamentos Precários (AP), que, em município, no período observado, foi re- Em termos de produção habitacio- 2000, totalizavam 81 domicílios distri- gistrado um número significativo de no- nal de interesse social, em Casimiro de buídos numa área de 0,052km2, portan- vas moradias em AP (1.633). Abreu foram concluídas, no período

Localização de Assentamentos Precários (AP), ano-base 2010

Fonte: Elaboração Equipe Urbanismo NEPHU/ UFF, 2012. Dados sobre Assentamentos Precários - Contagem por imagens de satélite, 2009/2010 pela Equipe de Geoprocessamento / NEPHU/UFF, 2012. 33 ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental

Área e número de domicílios em Assentamentos Precários (AP), entre 2000 e 2010

Área de AP (km2) Nº Domicílios Nome do Assentamento Localização Crescimento Crescimento 2000 2010 2000 2010 2000-2010 2000-2010 1. Arroz-Medeiros Barra de São João 0,033 0,068 105,45% 29 189 551,72% 2. Bairro Niterói Rio Dourado 0,019 0,022 18,09% 52 80 53,85% 3. Cidade Praiana Barra de São João - 0,473 - - 640 - 4. Palmital Barra de São João - 0,197 - - 536 - 5. Valadão Casimiro de Abreu - 0,045 - - 54 - 6. Vale da Esperança Barra de São João - 0,037 - - 70 - 7. Vila Feliz Rio Dourado - 0,028 - - 112 - 8. Vila Verde Barra de São João - 0,016 - - 33 - Total 0,052 0,886 1603,86% 81 1714 2016,05%

Elaboração: Equipe Habitação NEPHU/UFF, 2013. Dados sobre assentamentos precários: contagem por imagem de satélite 2000, 2009 e 2010.

2000-2006, 330 unidades habitacionais -tacional para apenas 10% do número para famílias com renda familiar de até de domicílios em AP no ano de 2000. seis salários mínimos. O período 2006- O município não realizou ações 2010 marca o início de 162 casas, ainda de regularização e urbanização nos não concluídas e a elaboração de 120 AP identificados no período entre projetos de moradias que permitiram 2000 e 2010. Ou seja, em termos dos o início de 72 unidades, das quais 60 Indicadores D e E, referentes à urba- foram concluídas. O exame desses da- nização e regularização fundiária em dos permite verificar que apenas pouco assentamentos precários, é necessário mais da metade dos projetos elabora- investir na recuperação desse estoque dos resultou numa produção efetiva de moradias para atingir a Meta. de moradias, evidenciando a dificul- dade enfrentada pelo gestor local. O município produziu, em 10 anos, 340 unidades habitacionais. Mesmo assim, em termos do Indicador F, o município superou a suave Meta definida, que se- ria a produção de apenas 8 unidades habitacionais, isto é, a produção habi-

Produção Habitacional, entre 2000 e 2010

350 330 300 250

200 164 162 150 120 100

50 0 0 10 0

2000-2006 2000-2006 2000-2006 2000-2006 2006-2010 2006-2010 2006-2010 2006-2010 Projeto Unid. Unid. Melhoria Projeto Unid. Unid. Melhoria Iniciadas Concluídas Habitacional Iniciadas Concluídas Habitacional

Fonte: Prefeitura e Lideranças Locais. Elaboração Equipe Urbanismo NEPHU/UFF, 2012. 34 ODM9 ACELERAR O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO LOCAL, COM REDUÇÃO DE DESIGUALDADES NA REGIÃO DE INFLUÊNCIA DO COMPERJ Metas 12 à 18 e 23: Jorge Nogueira de Paiva Britto1; Carlos E. Guanzirol2; Daniel Ribeiro3; Claudio Considera4; Leonardo Mulls5; Luciano Losekan6; Marco Vargas7; Alberto Di Sabbato8 Meta 21: Edna Massae Yokoo9; Ana Paula Costa Resendes10; Sandra Costa Fonseca11; Andréa Sobral de Almeida12; Hélia Kawa13 Meta 22: Edna Massae Yokoo14; Ana Paula Costa Resendes15; Sandra Costa Fonseca16; Waldemir Paixão Vargas17; Hélia Kawa18

META 12 Viabilização de crescimento continuado da região dos MIC acima do crescimento do Estado e do País. Indicadores: • Evolução do PIB em valores constantes

• Evolução do PIB per capita em valores constantes

META 13 Atração de mão de obra qualificada para a região dos MIC. Indicador: • Evolução do emprego formal

META 14 Melhoria do perfil do mercado de trabalho na região dos MIC. Indicadores: • Evolução da taxa de desemprego

• Remuneração média mensal do trabalho formal (em valores correntes)

1 Professor Associado da Faculdade de Economia da UFF, Doutor em Economia. 2 Professor Associado IV da Faculdade de Economia da UFF, Doutor em Economia. 3 Professor Adjunto da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Doutor em Economia. 4 Professor Associado da Faculdade de Economia da UFF, Doutor em Economia. 5 Professor Adjunto da Faculdade de Economia da UFF, Doutor em Economia. Coordenador do Curso de Graduação da Faculdade de Economia. 6 Professor Adjunto da Faculdade de Economia da UFF, Doutor em Economia. Chefe de Departamento da Faculdade de Economia. 7 Professor Adjunto da Faculdade de Economia da UFF, Doutor em Economia. 8 Professor Associado da Faculdade de Economia da UFF, Doutor em Economia. Diretor da Faculdade de Economia. 9 Professora Adjunta do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade Federal Fluminense. 10 Pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Epidemiologia e Saúde do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade Federal Fluminense. 11 Professora Adjunta do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade Federal Fluminense. 12 Pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Epidemiologia e Saúde do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade Federal Fluminense. 13 Professora Adjunta do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade Federal Fluminense. 14 Professora Adjunta do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade Federal Fluminense. 15 Pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Epidemiologia e Saúde do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade Federal Fluminense. 16 Professora Adjunta do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade Federal Fluminense. 17 Mestrando do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal Fluminense. 18 Professora Adjunta do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade Federal Fluminense. META 15 Dinamização do padrão de especialização produtiva na região dos MIC. Indicador: • Índice de concentração produtiva das atividades econômicas

META 16 Dinamização de cadeias produtivas locais na região dos MIC. Indicador: • Empregos gerados em cadeias produtivas

META 17 Fortalecimento do empreendedorismo na região dos MIC. Indicadores: • Evolução do número de pequenas e médias empresas (PMEs)

• Evolução do número de empregos gerados em pequenas e médias empresas (PMEs)

META 18 Adequação do suprimento de energia ao crescimento na região dos MIC. Indicador: • Consumo per capita de energia elétrica

META 21A Adequação da infraestrutura de atenção à saúde na região dos MIC. Indicador: • Taxa de mortalidade geral por 1.000 habitantes

META 22A Controle e redução de indicadores de violência na região dos MIC. Indicador: • Taxa de mortalidade por causas externas selecionadas (agressões e acidentes de transporte)

META 23 Melhoria das condições fiscais e da capacidade de investimento na região dos MIC. Indicadores: • Equilíbrio orçamentário

• Investimento público per capitado

META 24 Adequar a oferta de moradias à necessidade de crescimento da região do MIC. Indicadores: • Variação percentual do valor dos imóveis praticado em cada assentamento precário em relação ao valor médio praticado nos assentamentos precários da ADA

• Variação percentual anual do valor dos imóveis praticado no mercado formal nos municípios da ADA ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região de Influência do Comperj

O PIB no município de Casimiro O PIB per capita do município de registrados foram de R$ 25.757 e R$ de Abreu se elevou de R$ 482,6 mi- Casimiro de Abreu se elevou em R$ 19.764. Em comparação com os demais lhões, em 2000, para R$ 1,1 bilhão em 12.093, passando de R$ 20.870, em municípios da área de influencia direta 2010, equivalendo a um crescimento 2000, para R$ 32.964, em 2010, equi- do Comperj, notamos que Casimiro de real de 145%, o maior crescimento valendo a um aumento de 57,9% entre Abreu ficou na primeira posição em ter- entre os MIC. A participação do muni- os anos analisados. Em contraste, o PIB mos de maior PIB per capita, em 2010. cípio de Casimiro de Abreu no PIB dos per capita registrado no conjunto dos MIC teve seu pico, em 2006, quando MIC, no Estado do Rio de Janeiro e no era de 6,84%, mas caiu, em 2010, Brasil cresceu 29,6%, 38% e 44,8%, para 3,46%. Observa-se também que respectivamente, entre os anos de o crescimento do PIB no município, 2000 e 2010. Desta forma, no último entre 2000 e 2010, (145%), foi supe- ano do período (2010), o PIB per capita rior ao observado para o conjunto dos registrado pelo conjunto dos MIC foi de MIC (52,8%), para o Estado do Rio de R$ 14.594, ao passo que, no Estado do Janeiro (54,5%) e para o Brasil (61,3%). Rio de Janeiro e no Brasil, os montantes

Evolução do PIB em valores constantes (R$ 1.000 de 2010) entre 2000 e 2010

2.000.000 8,0% 1.800.000 7,0% 1.600.000 6,0% 1.400.000 1.200.000 5,0% 1.000.000 4,0% 800.000 3,0% 600.000 2,0% 400.000 200.000 1,0% 0 0,0% 2000 2002 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Casimiro de Abreu % nos MIC Fonte: IBGE.

PIB per capita em valores constantes (R$ de 2010) entre 2000 e 2010

70.000

60.000

50.000

40.000

30.000

20.000

10.000

0 2000 2002 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Casimiro de Abreu MIC Estado do Rio de Janeiro Brasil Fonte: IBGE.

37 ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região de Influência do Comperj

Entre os anos de 2000 e 2010, o Casimiro de Abreu ocupou a oitava po- pontos percentuais, ao passo que no total de empregos formais contabi- sição em termos de maior participação Estado do Rio de Janeiro e no grupo de lizados no município de Casimiro de no emprego formal. municípios que compõem a região de Abreu cresceu 151%, evoluindo de A taxa de desemprego estimada influência direta do Comperj as quedas 2.367 para 5.937 postos de trabalho. para o município de Casimiro de Abreu foram de 9,3 e 8,9 pontos percentuais, Com isto, Casimiro de Abreu aumen- passou de 12,8%, em 2000, para 7,6% respectivamente. Em comparação com tou sua participação no total de em- em 2010, ficando abaixo das taxas de os MIC no ano de 2010, o município de pregos criados nos MIC, de 0,97%, desemprego estimadas tanto para o Casimiro de Abreu registou a terceira em 2000, para 1,5%, em 2010. Cabe Estado do Rio de Janeiro (17,1%, em posição em termos de menor taxa de destacar que, neste mesmo período, o 2000, e 7,8% em 2010) quanto para desemprego. número de postos de trabalho gerados o conjunto dos MIC (17,5%, em 2000, no conjunto dos MIC passou de 244,5 e 8,6% em 2010). Além disto, nota-se mil para 391,4 mil. Em comparação que, durante o período analisado, a com os demais municípios impactados queda da taxa de desemprego no mu- pelo Comperj, nota-se que, em 2010, nicípio de Casimiro de Abreu foi de 5,2

Evolução do Emprego Formal entre 2000 e 2010

7.000 1,8%

6.000 1,6% 1,4% 5.000 1,2% 4.000 1,0%

3.000 0,8% 0,6% 2.000 0,4% 1.000 0,2% 0 0,0% 2000 2002 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Casimiro de Abreu % nos MIC

Fonte: RAIS (MTE).

Evolução da Taxa de Desemprego (em %) entre 2000 e 2010

Fonte: Censo 2000, PNAD, PME (para 2008) e estimativas Economia (obs: os micro dados do Censo 2010, necessários para o cálculo da taxa de desemprego no ano de 2010, ainda não foram disponibilizados pelo IBGE).

38 ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região de Influência do Comperj

A remuneração média mensal da o observado no conjunto dos MIC, no educação; atividades de organizações mão de obra formal empregada no mu- Estado do Rio de Janeiro e no Brasil. associativas; comércio e reparação de nicípio de Casimiro de Abreu passou de Entre os anos de 2000 e 2010, o grau veículos automotores e motocicletas. R$ 426 em 2000, para R$ 1.053, em de concentração registrado no mu- No tocante à especialização relativa – 2010, o que significa um acréscimo nicípio de Casimiro de Abreu cresceu identificada comparando-se a participa- nominal de R$ 626. Em paralelo, os 22,4%, enquanto nos MIC, no Estado ção da atividade no município à mesma aumentos nominais da remuneração do Rio de Janeiro e no Brasil foram ob- participação para o total do país - as média mensal do trabalho formal no servadas quedas respectivas de 2,8%, seguintes atividades podem ser desta- âmbito dos MIC, no Estado do Rio de 16,1% e 13%, sugerindo um aumento cadas: coleta, tratamento e disposição Janeiro e no Brasil foram de R$ 794, na diversificação das atividades econô- de resíduos; aluguéis não-imobiliários e R$ 1.034 e R$ 858, entre os anos ana- micas nessas regiões. Em comparação gestão de ativos intangíveis não-finan- lisados. Com isso, em 2010, a remune- com os MIC, nota-se que Casimiro de ceiros; atividades de vigilância, seguran- ração média mensal registrada para o Abreu posicionou-se em terceiro lugar ça e investigação; atividades de atenção trabalho formal foi de R$ 1.330 para em termos de estrutura produtiva mais à saúde humana integradas com assis- os MIC, R$ 1.837 para o Estado do Rio concentrada. tência social, prestadas em residências de Janeiro e R$ 1.588 para o Brasil. Em No que se refere à estrutura pro- coletivas e particulares; administração comparação com os MIC, Casimiro de dutiva do município de Casimiro de pública, defesa e seguridade social. Abreu ocupou a quinta posição em Abreu, é possível considerar um recorte termos de maior remuneração mé- a dois dígitos da Classificação Nacional dia mensal em 2010, ficando atrás de de Atividades Econômicas (CNAE), para Niterói, Itaboraí, Cachoeiras de Macacu identificar as atividades econômicas e Maricá. mais relevantes para a geração de em- Um aspecto importante das ativi- pregos, bem como aquelas nas quais o dades econômicas diz respeito ao grau município encontrava-se relativamente de concentração (ou diversificação) mais especializado, no ano de 2010. dos setores produtivos existentes em Em termos da geração de empregos, uma localidade qualquer. Neste con- as seguintes atividades destacavam-se texto, quanto maior for o índice de pela geração de mais de cem empre- Herfindhal, mais concentrada e, por gos formais em 2010: administração consequência, menos diversificada é a pública, defesa e seguridade social; estrutura produtiva da região em aná- comércio varejista; construção de edi- lise. Com isto, verificamos que o muni- fícios; alimentação; agricultura, pecu- cípio de Casimiro de Abreu apresentou ária e serviços relacionados; atividades um grau de concentração maior do que de vigilância, segurança e investigação;

Remuneração média mensal dos trabalhadores (em valores correntes – R$) entre 2000 e 2010

2.000 1.800 1.600 1.400 1.200 1.000 800 600 400 200 0 2000 2002 2004 2006 2007 2008 2009 2010

Casimiro de Abreu MIC Estado do Rio de Janeiro Brasil

Fonte: RAIS (MTE).

39 ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região de Influência do Comperj

Índice de concentração produtiva de Herfindhal (2 dígitos) entre 2000 e 2010

0,250

0,200

0,150

0,100

0,050

0,0 2000 2002 2004 2006 2007 2008 2009 2010

Casimiro de Abreu MIC Estado do Rio de Janeiro Brasil

Fonte: RAIS (MTE).

Em relação ao emprego gerado pe- tal dos empregos oriundos das cadeias produtivas estudadas. Por outro lado, las quatro cadeias produtivas seleciona- produtivas investigadas, enquanto, em a cadeia metal-mecânica registrou um das para investigação (agroindustrial, 2010, essa participação passou para aumento de participação de 0,9% para químico-petroquímica, metal-mecânica 88,6%, (dos quais 52,9% vinculados 8,5%, entre 2000 e 2010. e construção civil), verifica-se que no á cadeia da construção civil), eviden- município de Casimiro de Abreu as ca- ciando aumento da participação das deias produtivas agroindustrial (princi- demais cadeias. Cabe destacar ainda palmente) e da construção civil foram que, no período de 2000 a 2010, hou- as mais dinâmicas em termos de postos ve uma queda na importância da cadeia de trabalho criados. Em 2000, essas ca- químico-petroquímica (que passou de deias produtivas (agroindustrial e cons- 5% para 2,8%) no total de empregos trução civil) geraram 93,9% (dos quais criados pelo conjunto das atividades 75,5% na cadeia agroindustrial) do to- econômicas que compõem as cadeias

Distribuição dos empregos gerados em cadeias produtivas (em %) entre 2000 e 2010

2010

2009 2008

2007

2006 2005

2004

2003

2002 2001

2000

0% 10% 20% 30% 40% 50%60% 70% 80%90% 100% Cadeia químico-petroquímica Cadeia de construção Civil Cadeia metal-mecânica Cadeia agroindustrial

Fonte: RAIS (MTE).

40 ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região de Influência do Comperj

O número de Pequenas e Médias do de 1.286 para 3.009, o maior cres- Empresas (PMEs) no município de cimento entre os MIC. Em razão desse Casimiro de Abreu passou de 321, no crescimento, a participação do municí- ano 2000, para 538, em 2010, corres- pio no total de empregos gerados por pondendo a um aumento de 67,6%, a PMEs nos MIC cresceu, passando de segunda maior variação entre os MIC. 0,94% para 1,45%, durante o período Como reflexo desse crescimento, a analisado. participação do município no total de PMEs dos MIC modificou-se de 1,42%, em 2000, para 1,87%, em 2010. Já em termos do total de empre- gos gerados pelas PMEs no município de Casimiro de Abreu, verifica-se um crescimento da ordem de 134%, entre 2000 e 2010, com os mesmos evoluin-

Evolução do número de Pequenas e Médias Empresas (PMEs) entre 2000 e 2010

600 2,0% 1,8% 500 1,6% 1,4% 400 1,2% 300 1,0% 0,8% 200 0,6% 0,4% 100 0,2% 0 0,0% 2000 2002 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Casimiro de Abreu % nos MIC Fonte: RAIS (MTE).

Evolução do número de empregos gerados por Pequenas em Médias Empresas (PMEs) entre 2000 e 2010

3.500 1,6% 3.000 1,4% 2.500 1,2% 1,0% 2.000 0,8% 1.500 0,6% 1.000 0,4% 500 0,2% 0 0,0% 2000 2002 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Casimiro de Abreu % nos MIC Fonte: RAIS (MTE).

41 ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região de Influência do Comperj

O consumo de eletricidade per capi- e 2009, apresentou níveis de consumo públicas. Os MIC, no entanto, tiveram ta cresceu no município de Casimiro de per capita de eletricidade em patamar superávit de 11% e o Estado do Rio de Abreu, entre os anos de 2002 e 2010, superior ao observado no conjunto dos Janeiro, de 21%. Com isso, ao longo enquanto no intervalo 2000 a 2002 o MIC. Como reflexo deste padrão de do período de 2000 a 2010, o aumen- consumo por habitante diminuiu. Na consumo, no ano de 2010, o municí- to do superávit fiscal do município de comparação entre os anos de 2000 e pio de Casimiro de Abreu posicionou-se Casimiro de Abreu se elevou em apro- 2010, verifica-se que em Casimiro de em terceiro lugar em termos do nível de ximadamente 22,5 pontos percentuais, Abreu houve um aumento no consu- consumo per capita de energia elétrica enquanto para os MIC houve aumento mo per capita de energia elétrica de entre os municípios da região. do superávit de 10 pontos percentuais, 10,5%, enquanto na região dos MIC O município de Casimiro de Abreu evidenciando um crescimento mais pro- observou-se uma queda de 0,5%. Cabe apresentou uma situação de relati- nunciado das receitas. destacar que o município de Casimiro vo déficit orçamentário em 2010, ou de Abreu, ao longo do período de 2004 seja, as receitas inferiores às despesas

Consumo per capita de Eletricidade (KWh/habitante) entre 2000 e 2010

800

700

600

500

400

300

200

100

0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Casimiro de Abreu MIC Fonte: CEPERJ / ANEEL.

Equilíbrio orçamentário - Receita Pública/Despesa Pública (em %) entre 2000 e 2010

140

120

100

80

60

40

20

0 2000 2002 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Casimiro de Abreu MIC Estado do Rio de Janeiro

Fonte: FINBRA – STN; TCE-RJ.

42 ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região de Influência do Comperj

A análise dos investimentos feitos No município de Casimiro de Abreu, do de 2000 a 2010, acima das médias pelos municípios em relação ao tama- a taxa de mortalidade geral apresentou dos MIC e do Estado do Rio de Janeiro. nho de suas populações (investimento pouca variabilidade, no período de 2000 A ocorrência de mortes violentas per capita) mostra uma perda da capa- a 2010. Houve queda um pouco mais nos espaços urbanos vem sendo asso- cidade de investimento dos MIC. Entre acentuada, nos anos de 2008 e 2009, ciada a alguns fatores existentes nes- os anos analisados, o investimento mas, em 2010, atingiu um dos valores ses ambientes como: concentração per capita dos MIC oscilou entre R$ mais altos – 7,44 por cem mil habitantes. populacional elevada, desigualdades 298,2, em 2002 e R$ 91,7, em 2010. As taxas de Casimiro de Abreu apresen- na distribuição de riquezas, iniquidade Entretanto, a partir de 2006, o inves- taram-se, durante todo o período, abai- na saúde, impessoalidade das relações, timento per capita dos MIC cai drasti- xo das médias dos MIC. Entretanto, no alta competição entre os indivíduos e camente, ficando abaixo da média do período de 2000 a 2004, a taxa munici- grupos sociais, fácil acesso a armas de Estado do Rio de Janeiro quase todo o pal foi superior à média encontrada no fogo, violência policial, abuso de álcool, período, exceto em 2009. Em relação estado do Rio de Janeiro. Como a taxa de impunidade, tráfico de drogas, estresse ao município de Casimiro de Abreu, mortalidade do Estado teve crescimento social e baixa renda familiar. pode-se notar que o investimento per de 20% no período e a de Casimiro de A violência é uma das principais capita oscilou ao longo do período con- Abreu uma queda discreta, na segunda causas de morte na população de idade siderado, tendo partido de um nível metade do período, a taxa do município compreendida entre 15 e 44 anos e é relativamente alto no início do período ficou abaixo da taxa estadual. responsável por 14% das mortes na po- analisado. Em 2000, o montante do in- Acidentes de transporte matam pulação masculina e 7% na feminina. vestimento municipal por habitante foi 1,2 milhão de pessoas ao ano, com No município de Casimiro de Abreu, de R$ 773, que passou para R$ 897, em uma média de 3.242 pessoas todo dia. a taxa de mortalidade por agressões 2002, e chegou a R$ 225,7 em 2010. Além disso, causam lesões incapaci- apresentou grande variabilidade no pe- Em função desta evolução, o município tantes em 20 a 50 milhões de pessoas ríodo de 2000 a 2010, não se identifi- de Casimiro de Abreu manteve-se na por ano, são a 11ª causa de mortes e cando uma tendência. No entanto, os primeira posição entre os MIC em ter- causam 2,1% das mortes no mundo. valores apresentaram-se, durante todo mos de maior investimento per capita, No município de Casimiro de Abreu, a o período de 2000 a 2010, abaixo das entre 2000 e 2010. taxa de mortalidade por acidentes de médias dos MIC e do Estado do Rio de A mortalidade geral é um indicador transporte apresentou variabilidade, no Janeiro. Em 2008, as taxas dos MIC e das condições gerais de saúde de uma período de 2000 a 2010. O município do Estado foram aproximadamente população, diretamente relacionada às detinha taxas elevadas no início do pe- 2,55 vezes maior que a taxa munici- condições materiais de vida. Assim, a ríodo, que decresceram 60%, chegan- pal e, em 2010, as taxas dos MIC e do mensuração deste indicador é uma for- do a 16,2 por cem mil habitantes, em Estado foram aproximadamente duas ma aproximada de análise da infraestru- 2010. As taxas de Casimiro de Abreu vezes maior que a taxa do município de tura existente em uma dada área. apresentaram-se, durante todo o perío- Casimiro de Abreu.

Investimento público per capita (em R$ de 2010) entre 2000 e 2010

1000,00

900,00

800,00

700,00

600,00

500,00

400,00

300,00

200,00

100,00

0,00 2000 2002 2004 2006 2008 2009 2010

Casimiro de Abreu MIC Estado do Rio de Janeiro

Fonte: FINBRA – STN; TCE-RJ.

43 ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região de Influência do Comperj

Taxa de mortalidade geral padronizada (por 1.000 habitantes) entre 2000 e 2010

9,00

8,00

7,00

6,00

5,00

4,00

3,00

2,00

1,00

0,00 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Casimiro de Abreu 6,56 6,59 7,51 6,97 6,64 6,78 6,92 6,66 5,70 5,98 7,44 MIC 7,34 7,37 7,77 7,52 7,49 7,23 7,47 7,29 6,94 7,49 7,90 Estado do Rio de Janeiro 6,49 6,55 6,23 6,21 6,12 7,43 7,73 7,53 7,65 7,69 7,97

Fonte: SIM/DATASUS.

Taxa de mortalidade por acidentes de transporte padronizada (por 100.000 habitantes) entre 2000 e 2010

80 ,00

70 ,00

60 ,00

50 ,00

40 ,00

30 ,00

20 ,00

10 ,00

0,00 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 20082009 2010 Casimiro de Abreu 41,7368,28 56,94 32,9828,33 45,1650,68 25,1128,15 39,2616,21 MIC 32,9935,00 31,57 28,1928,02 24,2625,04 12,719,4611,63 9,00 Estado do Rio de Janeiro 17,9418,66 19,1419,03 18,9518,89 18,5916,01 11,1314,92 14,90

Fonte: SIM/DATASUS.

44 ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região de Influência do Comperj

Taxa de mortalidade por agressões padronizada (por 100.000 habitantes) entre 2000 e 2010

60 ,00

50 ,00

40 ,00

30 ,00

20 ,00

10 ,00

0,00 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Casimiro de Abreu 13,8119,42 25,1628,94 20,7439,25 19,3121,81 9,93 26,1711,42 MIC 37,2633,24 47,2945,91 43,0450,79 35,1632,07 25,3430,09 20,93 Estado do Rio de Janeiro 51,0750,53 56,6154,54 50,8546,05 43,9937,40 27,3531,63 26,87

Fonte: SIM/DATASUS.

A análise do processo de desenvol- Abreu recuou em 5,2 pontos percentu- vimento local, com redução de desi- ais, enquanto que na região dos MIC a gualdades na região dos MIC, envolve queda foi de 8,9 pontos percentuais. a análise de indicadores bastante hete- No que se relaciona a estrutura rogêneos. No entanto, alguns aspectos produtiva no município de Casimiro podem ser ressaltados. Entre 2000 e de Abreu, nota-se que a concentra- 2010, o crescimento do PIB (154,5%) ção registrada, mediante o aumento e do PIB per capita (57,9%) no municí- de 22,4% no índice de concentração, pio de Casimiro de Abreu ficou acima pode ter favorecido a criação de empre- do registrado no âmbito dos MIC, cujas gos com menor nível de remuneração, taxas observadas foram de 52,9%, para dado que a renda média aumentou em o PIB, e 29,6% para o PIB per Capita, menor proporção do que o nível de o que representa uma queda da discre- emprego em comparação com a região pância no que se relaciona a evolução dos MIC. Apesar disto, verifica-se que o do produto agregado e por habitante processo de desenvolvimento econômi- no município analisado em comparação co e social de Tanguá tem melhorado com a média da região estudada.Por em outros aspectos.Um indicador im- outro lado, a remuneração e o empre- portante neste sentido é o consumo de go formal cresceram significativamente energia elétrica, que aumentou entre no período 2000-2010. No caso da re- os anos analisados em 10,6%, ao passo muneração média, Casimiro de Abreu que na média dos MIC este indicador registrou uma evolução de 146,9%, registrou uma queda de 0,5%, sugerin- ficando abaixo da taxa observada no do um aumento na qualidade de vida conjunto dos MIC (148%). Já o em- da população. Além disto, nota-se um prego formal no município em questão aumento na quantidade e no emprego aumentou em 150,8%, demonstrando em PMEs em Casimiro de Abreu, acima um crescimento acima do apresentado da média da região, o que mostra o for- pela região dos MIC (60%). Este resul- talecimento do empreendedorismo no tado sugere um aumento na discrepân- município. cia entre a renda média do trabalhador no município de Casimiro de Abreu e a renda média dos trabalhadores nos municípios impactados pelo Comperj. Em paralelo, observamos também que a taxa de desemprego em Casimiro de

45 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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