The Hypertext of the Amazon: Reading Euclides Da Cunha's Unfinished Book
Total Page:16
File Type:pdf, Size:1020Kb
Load more
Recommended publications
-
Icon1285824.Pdf
fiípfcj BE S: • DA jÇlï N H,A & 'éà EXPOSIÇÃO COMEMORATIVA DO CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE EUCLIDES DA CUNHA 1 3 6 6 - 1 9 6 6 Organizada pela Seção de Exposições da Biblioteca Nacional, sob o patrocínio do Departamento Nacional de Educação e inaugurada a 5 de julho de 1966. BIBLIOTECA NACIONAL DIVISÃO DE PUBLICAÇÕES E DIVULGAÇAO Rio de Janeiro — 1966 V\ ,'»--** * — lo EUCLIDES DA CUNHA A Biblioteca Nacional não tinha como faltar às come- morações do ano euclidiano — ano do centenário de nasci- mento de Euclides da Cunha — cumprindo o mínimo de um dever geral para o mais brasileiro dos nossos escritores. É o que explica, em todo seu rigor de organização na base das peças históricas e selecionadas, esta exposição pública que reanima, de algum modo, a imagem do autor de "Os Sertões". Não há, como se verifica, a menor desfiguração. O intér- prete autêntico do mundo brasileiro, que criava uma lingua- gem poderosa para mostrá-lo em sua própria realidade, não valorizou apenas a brasiliana no sentido de um exame hori- zontal. É uma análise que se verticaliza, sem distorsão, cap- tando no acontecimento coletivo ou no episódio histórico — à som,bra do testemunho — os elementos culturais que confi- guram psicologicamente o país e o povo. Foi incorporado o que de telúrico existia sem que se ferisse a ressonância lite- rária. A presença de Euclides da Cunha, não conseqüência de uma homenagem obrigatória, mas resultante da atualidade de sua obra e do seu pensamento em função do Brasil, mani- festa-se no encontro nacional com seus depoimentos, suas teses e suas conclusões. -
Positivist Discourse in Euclides Da Cunha's Os Sertãµes
University of New Mexico UNM Digital Repository History ETDs Electronic Theses and Dissertations 7-9-2009 Chimeras and Jagunços: Positivist Discourse in Euclides da Cunha's Os Sertões Justin Barber Follow this and additional works at: https://digitalrepository.unm.edu/hist_etds Recommended Citation Barber, Justin. "Chimeras and Jagunços: Positivist Discourse in Euclides da Cunha's Os Sertões." (2009). https://digitalrepository.unm.edu/hist_etds/3 This Thesis is brought to you for free and open access by the Electronic Theses and Dissertations at UNM Digital Repository. It has been accepted for inclusion in History ETDs by an authorized administrator of UNM Digital Repository. For more information, please contact [email protected]. CHIMERAS AND JAGUNÇOS: POSITIVIST DISCOURSE IN EUCLIDES DA CUNHA'S OS SERTÕES BY JUSTIN D. BARBER B.A., History, University of New Mexico, 2006 B.A., Religious Studies, University of New Mexico, 2006 THESIS Submitted in Partial Fulfillment of the Requirements for the Degree of Master of Arts History The University of New Mexico Albuquerque, New Mexico May, 2009 ©2009, Justin D. Barber iii DEDICATION This thesis is dedicated to my younger brother Sean Michael Barber, who died tragically on October 26, 2008. Unsurprised when I succeeded, jovial when I failed, Sean always believed that I was capable of achieving anything to which I devoted my heart and soul. This work represents an effort on my part to be the scholar that he imagined me to be. iv ACKNOWLEDGEMENTS An inexpressible amount of gratitude is due to Dr. Judy Bieber, who over the last two and a half years has steadfastly waded through my often turgidly opaque prose. -
Literatura – Tipo C
1 LITERATURA – TIPO C 1. Se considerarmos que todas as atividades do homem são políticas, podemos admitir que toda literatura, enquanto atividade humana, carrega também sua dimensão política, mais ou menos explicitada. Partindo desse suposto, leia o texto abaixo e analise as afirmações seguintes. TEXTO 1 E pois cronista sou. Se souberas falar também falaras também satirizaras, se souberas, e se foras poeta, poetaras. Cansado de vos pregar cultíssimas profecias, quero das culteranias hoje o hábito enforcar: de que serve arrebentar, por quem de mim não tem mágoa? Verdades direi como água, porque todos entendais os ladinos, e os boçais a Musa praguejadora. Entendeis-me agora? Permiti, minha formosa, que esta prosa envolta em verso de um Poeta tão perverso se consagre a vosso pé, pois rendido à vossa fé sou já Poeta converso Mas amo por amar, que é liberdade. (Gregório de Matos) 0-0) O poema em análise é característico da estética barroca, pois, do ponto de vista estilístico, joga com os opostos, fazendo uso frequente da antítese. 1-1) Na primeira estrofe, o poeta considera que, se seu interlocutor soubesse falar, satirizar ou poetar, assim como sabe o poeta, não calaria seu poder de crítica. 2-2) No poema é invocada a Musa praguejadora, como alusão à Musa inspiradora, levando, assim, o leitor a inferir que o poeta fará uma crítica maldizente. 3-3) Ao final do poema, o eu poético declara amar a liberdade, dando a entender que se sente bem em falar de sua poesia, visto que é livre e ama a liberdade. 4-4) ‘Boca do Inferno’ é o apelido que Gregório de Matos recebeu por dedicar parte de sua produção poética à crítica, muitas vezes satírica, à corrupção e à hipocrisia da sociedade baiana. -
Os Sertões E a Trajetória Política E Intelectual De Euclides Da Cunha
View metadata, citation and similar papers at core.ac.uk brought to you by CORE provided by Universidade Regional do Cariri (URCA): Portal de Periódicos OS SERTÕES E A TRAJETÓRIA POLÍTICA E INTELECTUAL DE EUCLIDES DA CUNHA ● OS SERTÕES AND THE POLITICAL AND INTELLECTUAL HISTORY OF EUCLIDES DA CUNHA Luís Alberto Scotto ALMEIDA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, Brasil RESUMO | INDEXAÇÃO | TEXTO | REFERÊNCIAS | CITAR ESTE ARTIGO | O AUTOR RECEBIDO EM 30/04/2014 ● APROVADO EM 30/09/2014 Abstract This article brings a discussion and reflection on the book “Os Sertões” and its relation to the political and intellectual position of the writer Euclides da Cunha. The disillusioned and enlightened writer, who built the narrative factory of “Os Sertões”, at different levels and in various plans, intends to demonstrate how the republican journalist and admirer of the national army took place. A government and a society that had its eyes on Europe, questioning the barbaric way of acting against the alleged barbarism in the name of civilization, first appeared in Brazil at the book of Euclides da Cunha. There are more than condemnation of a massacre and the revelation of the Brazilian interior's misery: the powerful strength of this book is revealed in a new interpretation of Brazil, able to put the concept of nation in another political perspective. Therefore, this work aims to show how the finished work and the ultimate political and intellectual activity of Euclides da Cunha's book “Os Sertões”. Resumo Este artigo traz ao debate uma reflexão sobre o livro Os Sertões e sua relação com a posição política e intelectual do escritor Euclides da Cunha. -
01. O Soneto É Uma Das Formas Mais Tradicionais E, Na Maioria Das Vezes, Tem Conteúdo
LITERATURA ATIVIDADE PERÍODOS LITERÁRIOS ELIS 3ª SÉRIE EM Nome: 01. O soneto é uma das formas mais tradicionais e, na maioria das vezes, tem conteúdo: A) lírico. B) cronístico. C) épico. D) dramático. E) satírico. 02. Sobre literatura, gênero e estilos literários, pode-se dizer que: a) tanto no verso quanto na prosa pode haver poesia. b) todo momento histórico apresenta um conjunto de normas que caracteriza suas manifestações culturais, constituindo o estilo da época. c) o texto literário é aquele em que predominam a repetição da realidade, a linguagem linear, a unidade de sentido. d) no gênero lírico os elementos do mundo exterior predominam sobre os do mundo interior do eu poético. 03. A forma fixa caracterizada por versos heroicos ou alexandrinos dispostos em duas quadras e dois tercetos é chamada: A) haicai. B) oitava. C) soneto. D) décima. E) espinela. 04. Os textos dramáticos podem ser definidos como aqueles em que: a) a “voz narrativa” está entregue a um narrador onisciente. b) uma “voz particular” manifesta a expressão do mundo interior c) uma “voz particular” pertence a um personagem que conta a história. d) a “voz narrativa” está entregue às personagens. e) a “voz narrativa” exalta os feitos de um povo e de um herói. 05. O gênero dramático, entre outros aspectos, apresenta como característica essencial: a) a presença de um narrador. b) a estrutura dialógica. c) o extravasamento lírico. d) a musicalidade. e) o descritivismo. 06. O soneto é uma das formas poéticas mais tradicionais e difundidas nas literaturas ocidentais e expressa, quase sempre, conteúdo: a) dramático. -
Castro Alves E Seu Tempo Castro Alves E Seu Tempo Por Euclides Da Cunha Conferência Realizada Em S
Castro Alves e seu tempo Castro Alves e seu tempo por Euclides da Cunha Conferência realizada em S. Paulo, no Clube Acadêmico XI de Agosto Informações desta edição Meus jovens compatriotas. — No cativante ofício que me dirigistes convidando-me a realizar esta conferência sobre Castro Alves, trai-se a feição preeminente do vosso culto pelo poeta. “Insigne e extraordinário condoreiro da Bahia”, dissestes; e transfigurastes, na fórmula gloriosa de uma consagração, um título não raro irônico, ou derivado dos escrúpulos assombradiços da crítica literária ante o misticismo anômalo do cantor. Por isso mesmo deliberei acompanhar-vos neste rumo; não já por ajustar-me ao vosso nobilíssimo entusiasmo, senão também por facilitar, simplificando-a, a tarefa que me cometestes. Mas observei para logo que a facilidade prefigurada, como efeito do restringimento da tese, era ilusória. O sonhador, contemplado na fisionomia particular que lhe imprimiu o seu lirismo revolucionário de propagandista fervente das ideias e sentimentos de seu tempo, apareceu-me maior do que abrangido na universalidade dos motivos determinantes das emoções estéticas. À restrição da sua figura literária correspondeu um alargamento na história. O fantasista imaginoso transmudou-se. Revendo-o, vi o aparecimento, quase inesperado, de uma fase nova na evolução da nossa sociedade. Mas, para isto, fechei os meus olhos modernos e evitei a traiçoeira ilusão da personalidade, que está no projetar-se o nosso critério atual sobre as tendências, por vezes tão outras, das gentes que passaram. Fui, deste modo, muito ao arrepio das ideias correntes, fortalecidas ainda há pouco por Guilherme Ferrero, na sua tentativa de deslocar para o estudo da humanidade o princípio das causas atuais, que o gênio de Lyell instituiu para explicar-se o desenvolvimento evolutivo da terra. -
Ma Reading List (Portuguese) Brazilian Literature
1 MA READING LIST (PORTUGUESE) BRAZILIAN LITERATURE I. COLONIAL • Pêro Vaz de Caminha: “Carta do Achamento.” • Hans Staden: A verdadeira história dos selvagens, nus e ferozes devoradores de homens, encontrados no Novo Mundo, a América • Literatura dos Jesuítas: Padre Manoel da Nóbrega: “Diálogo Sobre a Conversão dos Gentios.” Barroco • Gregório de Mattos: Poesia Sacra, (first lines) “Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado,”; “Ofendi-vos, meu Deus, e bem verdade;”; “O todo sem a parte não é todo;” Poesia Lírica, “Debuxo singular, bela pintura;” “Discreta e formosíssima Maria;” “Nasce o Sol e n ão dura mais que um dia;” Poesia Satírica: “Eu sou aquele que os passado anos;” :Um calção de pindoba, a meia zorra;” “A cada canto um grande conselheiro;” “Um negro magro, m sufulie justo.” • “o todo sem a parte não é todo” (poesia sacra, XIX). • Padre Antônio Vieira. “Sermão Vigésimo Sétimo. Leituras adicionais: Costigan, Lúcia Helena. A Sátira e o Intelectual Criollo na Colônia: Gregório de Matos e Juan Del Valle y Caviedes. Pittsburgh, Latinoamericana, 1991. Hansen, João Adolfo. A Sátira e o Engenho : Gregório de Matos e a Bahia do século XVII. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. Reis, Roberto. “Authoritarianism in Brazilian Colonial Discourse.” Amerindian Images and the Legacy of Columbus. Eds. Rene Jara and Nicolas Spadaccini. Minneapolis: U Minnesota P, 1992. 452-72. Merquior, J. G., “The Brazilian and Spanish American Literary Traditions: A contrastive Vielo,” “Cambridge History of Latin American Literature,”Vol 3. The dangers of deception,” Ibero- American letters in a Comparative Perspective, II. ARCADISMO • Cláudio Manuel da Costa: “Soneto LXII.” • Tomás Antônio Gonzaga: Marília de Dirceu. -
Ma Reading List (Portuguese) Brazilian Literature
1 MA READING LIST (PORTUGUESE) BRAZILIAN LITERATURE I. COLONIAL Pêro Vaz de Caminha: “Carta do Achamento.” Hans Staden: A verdadeira história dos selvagens, nus e ferozes devoradores de homens, encontrados no Novo Mundo, a América Literatura dos Jesuítas: Padre Manoel da Nóbrega: “Diálogo Sobre a Conversão dos Gentios.” Barroco Gregório de Mattos: “o todo sem a parte não é todo” (poesia sacra, XIX). Padre Antônio Vieira. “Sermão Vigésimo Sétimo. Leituras adicionais: Costigan, Lúcia Helena. A Sátira e o Intelectual Criollo na Colônia: Gregório de Matos e Juan Del Valle y Caviedes. Pittsburgh, Latinoamericana, 1991. Hansen, João Adolfo. A Sátira e o Engenho : Gregório de Matos e a Bahia do século XVII. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. Reis, Roberto. “Authoritarianism in Brazilian Colonial Discourse.” Amerindian Images and the Legacy of Columbus. Eds. Rene Jara and Nicolas Spadaccini. Minneapolis: U Minnesota P, 1992. 452-72. II. ARCADISMO Cláudio Manuel da Costa: “Soneto LXII.” Tomás Antônio Gonzaga: Marília de Dirceu. As Cartas Chilenas. III. SÉCULO XIX ROMANTISMO A. Poesia Castro Alves: “Vozes d’África” e “Navio Negreiro.” Grandes Poemas do Romantismo Brasileiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteiro, 1994. Álvares de Azevedo: “Se Eu Morresse Amanhã.” Grandes Poemas do Romantismo Brasileiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteiro, 1994. Gonçalves Dias: “Canção do Exílio” e “I-Juca Pirama.” Poesia e Prosa Completa de Gonçalves Dias. Ed. Alexei Bueno. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998. 2 Leituras adicionais: Cunha, Fausto. O Romantismo no Brasil, de Castro Alves a Sousândrade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1971. Matos, Cláudia. Gentis Guerreiros: o Indianismo de Gonçalves Dias. São Paulo: Atual, 1988. -
Tensões Mundiais Ed 7.P65
ANA MARIA ROLAND Euclides da Cunha journey across South American backlands: insights of the strategist and poet As the sun went down over Urubamba, our marveled eyes encom- passed, at a glimpse, three of the largest valleys in the Earth; on those astonishing wide horizons, bathed by the light of that incom- parable afternoon, what I could clearly perceive, breaking out from three wide-open quadrants and enclosing them entirely – South, North and West – was the breathtaking image of our Motherland, which I had never realized to be so vast. (Euclides da Cunha, Interview to Jornal do Commercio, Manaus, October 20, 1905). 1 Euclides da Cunha, writer, army engineer and man of scien- ce, was on a Brazilian diplomatic mission to Peru for technical and strategic purposes. He had long planned a field trip so- mewhere in the Amazon region – Acre, Mato Grosso, Rio Negro – as he had anticipated in letters to his friends. In 1904, this finally came true, when he was appointed Head of the Brazilian team for the Joint Peruvian-Brazilian Mission for Identification of Purus River springs, one of the three major tributaries of the Amazon River. Since the beginning, it was a painful and difficult mission. Euclides da Cunha, after navigating along the Brazilian coast Ten. Mund., Fortaleza, v. 4, n. 7, jul./dez. 2008. 76 EUCLIDES DA CUNHA JOURNEY ACROSS SOUTH AMERICAN BACKLANDS: INSIGHTS OF THE STRATEGIST AND POET from Rio de Janeiro and crossing the long Amazon river from its mouth to Belém and then to Manaus, on a journey of nine thousand kilometers, he stayed in Manaus four long months – having navigated until then some 6,000 km - to untangle the obstacles that were delaying the expedition; then he left Ma- naus aboard of Brazilian an Peruvian entourage boats along the Amazon river until reaching Purus River and crossing Bra- zil-Peru border for more than three thousand kilometers; after this long journey the engineer finally arrives tired, sick, feverish and suffering from malaria at the springs of that river. -
Euclides Da Cunha and the Amazon
43 The Last Unfinished Page of Genesis: Euclides da Cunha and the Amazon Susanna B. Hecht Euclides da Cunha: An Early Political Ecologist of the Amazon?1 Political ecology is increasingly seen as an approach and a series of concerns rather than a sub-discipline per se. It is generally viewed as a means of contextualizing resource use and its consequences within politi- cal economies that can range from the local to the international. Political ecology largely emerged from a broad focus on environmental degrada- tion in developing countries, and typically concentrates on the contradic- tions of development and the “nature” of production in social terms (such as power relations, access regimes, divisions of labor, expropriation, distri- bution, displacements) and their biotic outcomes (e.g., deforestation, soil erosion, overgrazing, changes in land practices). A kindred focus embraces the dimensions of the “production” of nature through its social/environ- mental history, competing ideologies of nature and varying forms of rep- resentation, and how these ultimately translate into land use and policy.2 Social justice is also an explicit sub-theme in the analytics of the research area. The explosion of this approach in geography and its close linkages to historical geography, ethnography, and other allied disciplines over the last thirty years, may have obscured what one might call “proto political ecologists”—thoughtful observers whose work is often unknown because it is not in English, or because the person lived before the lines of thought that now characterize political ecology had been baptized as such. Cer- tainly, Mary Sommerville with her ardent emphasis on human impacts on environment and the effects of colonialism on native people, might qualify.3 Peter Kropotkin, the radical anarchist thinker, enchanted as he was by his Manchurian travels, might pass muster as a “proto political ecologist” given his optic on deconstruction of modes of science, his abid- ing respect for indigenous knowledge, his concern to break apart the un- Susanna B. -
ARQUEOLOGIA DE UM LIVRO-MONUMENTO: Os SERTÕES SOB O PONTO DE VISTA DA MEMÓRIA SOCIAL Regina Abreu
ARQUEOLOGIA DE UM LIVRO-MONUMENTO: Os SERTÕES SOB O PONTO DE VISTA DA MEMÓRIA SOCIAL Regina Abreu ENTRE A LEMBRANÇA E O ESQUECIMENTO: A NOÇÃO DE MONUMENTO lfJ7) efletir acerca de um livro sob o ponto de vista da m~mória social JL remete à dinâmica entre duas forças antagônicas: a lembrança e o esquecimento. Por que alguns livros resistem ao tempo permanecendo vivos na memória dos homens, sendo continuamente revisitados por eles, enquan to outros são facilmente esquecidos, tornando-se descartáveis e ultrapassa dos? O que mantém um livro vivo? Por intermédio de quais forças, pela ação de quais agentes um livro sobrevive, mantendo-se atual, conectado com um presente cada vez mais acelerado e mutável? Por que e para que ler um livro escrito há cem anos e no mesmo movimento esquecer outros produzidos há menos de uma década ou mesmo meses e semanas? Como assinalou Walter Benjamin, a sociedade moderna ancora-se ef!l dois pilares que remetem a uma certa noção de temporalidade: o conce;ito de novidade e o de objetivi dade. Numa sociedade sedenta pela novidade absoluta, o jornal da véspera é útil apenas para embrulhar o peixe na manhã seguinte. Sob o signo da notí• cia - a informação que se presume objetiva e nova- o tempo da moderni dade se caracteriza pela aceleração constante de um eterno presente em dire- ~ 221 ~ O CLARIM E A ORAÇÃO ção a um vago e incerto futuro, onde o passado convém ser esquecido. Quando os liames entre passado, presente e futuro se rompem e o passado não serve mais para iluminar o futuro, a humanidade caminha às cegas, ar gumentou Hannah Arendt. -
E-Scrita Revista Do Curso De Letras Da UNIABEU Nilópolis, V
View metadata, citation and similar papers at core.ac.uk brought to you by CORE provided by Uniabeu: E-Journals 137 eee-e---scritascrita ISSN 2177-6288 Os sertões e “alguma coisa do temperamento nacional” Nonato Gurgel UFRRJ Resumo: Leitura de Os Sertões , de Euclides da Cunha, atentando para as práticas culturais produzidas no espaço e no corpo do sertanejo, e cujos reflexos podem ser lidos no imaginário e no “temperamento nacional”. Palavras-chave: Os Sertões ; Euclides da Cunha; Antonio Conselheiro; Imaginário; Corpo; Espaço. Os sertões and “something of the national mood” Abstract: A reading of Euclides da Cunha’s Os sertões , focusing on the cultural practices produced in space and in the inlander’s body, whose consequences may be found in the imaginary and “national mood”. Key words: Os Sertões ; Euclides da Cunha; Antonio Conselheiro;, Imaginário; Corpo; Espaço. I – PRIMEIRA LEITURA DO IMAGINÁRIO NACIONAL ...influência do meio. Este, como que estampa, então, melhor, no corpo em fusão, os seus traços... Euclides da Cunha, Os Sertões Na leitura que faz do “Brasil – Mito fundador e sociedade autoritária”, a filósofa Marilena Chauí lê um imaginário político, utópico e secular que nos identifica e com o qual dialogamos desde a colonização até hoje. Segundo a referida ensaísta, esse imaginário começou a ser construído com a chegada dos portugueses, e inscreve-se no cânone literário brasileiro através do nosso documento de batismo: a Carta de Caminha. Nela, a partir de procedimentos descritivos e comparativos, Caminha esboça nossos primeiros gestos e atitudes perante o outro. Os gestos, as imagens, os sons e as formas desse imaginário primeiro construído pelos portugueses traduzem uma política visão de mundo segundo a qual, mediante os homens e a e-scrita Revista do Curso de Letras da UNIABEU Nilópolis, v.