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«Nothiug ill... > . Dois blLnalissimos Casti119». Sao êtes quem comunicam, o oocábulos que, d primeira vista, pouco hora determinada, para qualqucl' tios alavrt1s mâr,i0l1s mais modeslos aos mais ambiciosos. c.·\(11ú Ce11fral Caslirrg> dlze.m, avc1ws éNolhinq in ...> . Quanta ansiedade um nome: Smith, Sellers, Evcl'ell, Beu­ deslruid. as tel'l'ificas palavras: «Nolhi11g in ... Bste ctuio hâ nada> tém·110 iescutaclo Nothing t'n... Nolhin{J in ... >. E assim milhares de ouvidos repr.esenll, a miséria por mais 1'anta ansie co,.,a casa 01ule não falia cleclricic/ad.e, gás, o léw,e fio, que parece lig(,r já ao e.çUz. , cs1>écie Hsfi11ge. , como da série se(11wr uns ovos JJ(l]'a frigir nêle? Freddy Bortholomow, o miudo prodigio «G� lerdvel de «David Copperfield» e de c:Anno Lilion Resine, o corocterizodoro do samcnlo>. ,lilenw, dilema ciuma citJiU.zação. Korcnine», estó ogoro o filmar no Metro, aperfeiçoo o cmoquilloge» de /lá 5.000 home11s, 6.000 mulheres e Unitcd Attists Cecilio Porkcr :1.000 criauças inseri/as na cCe11tral OPERADOR N.• 13

Robert Donat Marlene Oietrich e Charles Boyer contra Hollywood no «Jardim de Allah» OBEHT DONAT, inl�rprele elo .l/(11·1ene Dietrich assinou um coniroto filme Ven e a \Varncr llros. Donul g,mha actual­ de Charles Boyer. rncntc ·150 contos por semana em Lon· .-1 principio, afirmou�se que Merle dres. E os seus dois contratos cm Hol­ Obero11 sel"ia a vetletn, mas o papel. lywood não atingem essa cifra: um dá· finolmenfe, foi entregue a .Jfarliwe, que, ·lhe um têrço, e outro metade. desta forma, de.�ment.e os boa/os ,ir, sua Além disso, Donal declara que não vinda para ti Europa. Robert Montgomery e Chester Morris gosta de trahalhur na Cinelândia. Em Como s.e sabe, Rcx ln(lram reali:ou �onversom, num intervalo de filmogens Miriom Hopkins, Joel Moe Creo e Mcrle Londres, recusou·se, há pouco. a inter· Oberon, em «Dork Angel» jâ um filme e:clrais. A U. S. A. Os ,exteriores do novo filme se,·ão popularidade de Donat nos tomados no EglJ)lo, junto do Luqsor. segue uma cur\'a crescente. Ven([e.se ui111 fanlasrna eslá fazendo cm Nova York receitas superiores à Vicnh:wa papéis de relê,..,o. nema, em Itália

Para o cxc,·cício de 1936-193i, o Mi­ nistério da Imprensa é da Pro))aganda Os dois filmes franceses de Mourice do Hcino de Itália prevê, no orçtunento, Chevalier as seguintes "erbas:

J:I cslá feita a mise-au-poi11t dos ar­ lmprensa ...... 410.000 liras gumentos dos dois filmes que Maurice Propaganda ...... •.... 3.100.000 > Chevalier vai rcaJizar em França. O pri· Fihne ...... 3.100.000 > meit·o intHula•se: ,1vec le sourire. Será Tcalro ...... 5.150.000 > realizado J)Or )(aurice Tournetfr, Scgun. Turis1no ...... 28.860.000 > do um argumento de Louis Ycrncuil e Despes:,s gerais ...... U.560.000 > estará concluído cm Setembro p. f. O segundo, L'flomme flu jour, tem Da simJ)lcs enumcraçáo destas ver· Edgord Edwords ero mineiro, onte.s de se Julien Duvivier como realizador. O ar· bas, ressalta u enorme jm1>ortância dedicor oo cinema. Ofereceu ogoro o é dada ao cinema, corno meio de propn.· Betty Furness o último picoreto com que , Betty Furness e Irene Horvey, wolkyrios gumenlo de Charles Vildrac, Julien � do século XX Duvivicr e Charles Spaak. ganda, cm Ilália. trabalhou ..,...,,.- /.__,- CINl"OIIIW. Charlie Chaplin anuncia Uionne, ineuarràvel. June Lang e :\li­ chael \VbaJen dão ao rilmc a nola nmo­ que a tradicional figura de rosa indis1,ens."l,·el. Durante as seis vrimeiras partes, Mi Charl ot morreu! cinco gémeas não �ll>areccru. Foca-se a vida do Dr. Dafoe. <1nc pretende cons· Cltarlic Chaplin intitulou, primeira­ truir 11111 hospit�,1 para os seus doentes. mente, o seu filme, desta mQneiro: hlimigos ncêrrjmos perseguem-no e quando tudo pa1·ecc perdido para êle. Charlic Chaplin in '.\lodcrn Ti1ncs. De·, po,s o titulo 1·es11mi11-se nas últimas reciso pa1·a tirar o máximo partido do sentimentalismo e ela gra�·a O uugabwulo caricato, d,e clrâpéu ,le côco, orlar JJ(lrlt « época ..em que vivemos essa figurinho A imprensa americana anacrónica de idealista e rc.�si91uulo. NãoCi(l sabia qual o l'esullado da e.rperiên­ contra Mae West e, segundo declarou recenlemenl<, e:1:ll'aill ela experiénciaas conclus(;e . .:.que se. impunham.> \\"illiam Randolph Jiearst, que ini­ ' J ocle garantir-se qu.e Tempos )lodcr­ ç ciou contra )laC \\'ast uma campanha nos marca a .ell­ eleições. leria <1ucrido, desta forma, � .'iada. caplar as simpatias das pudibundas ligas de moral -e assegurar os rcspcc· , livos \'Otos. Shirley Temple fará, de futuro, ape­ O nome de )lac Wcst e o titulo dos nas três filmes por ano seus filmes não poderão de futuro apa­ Modgc E\'ons, sob um os�cto vompi,esco, absolutamente inesperorJo recer nos jornais de liearsl, ainda que seja cm anúncios pagos. l>audo ouvidos aos conselhos daque­ Em tempos que não vão Jongc, Hearsl les que, com carradas de razão, afirma­ Já se estreou o Jfilme interpretado pelas procedeu de idêntica forma para com vam que Shirley Temple estava inter­ outro hollywoodcnse: Samuel Goldwyn. pretando l'Hmcs de mais (o que artisti.. cinco �émeas de Dionne ·.;.J ,..,,, E diz.se que a interdição só foi Jcvan­ camcnte e comcrciatmcntc era um � lada, depois de Goldwyn ter apresen­ e .. êrroJ, Darryl .l�uwck, chet'e de produ­ Y\'onnc, Cecile, �larie, Anelle Emi­ recessem. ,Jean llersholl encarná o tado as mais humilhantes desculpas. ção ela Fox, decidiu que a pcqucuwa lie, as cinco gémeas de Dionnc, cstrca­ mmcl do Dr. Daíoe, que, na vida real. l•oi esta atitude de Hearst que levou cst1·ê.Ja não interprete mais do que qua­ ram•se, há dias, como vedetas da tclaJ conseguiu salvar e rohustcccr as cinco a Parmnount a aceitar a rescisão do tro fumes por ano. co1u 110 filme Couulry Doclor (0 médico de gémeasitas, e a história da sua clinica contrato de i\laê, que a estréia pediu. Shir1cy concluiu, há pouco, Guy .-\Jdeia), que se aprcsenlou, cà guichet ncss:1 aldeia isolada do Canadã, tem Lady Lou não rará mais filmes J)aru Kibbce, O -> t.:aJ)ilào J1w.elro. Actualmen­ fcrméi, no Carlhay Circlc. um dos mais um intcrêssc excepcional. Hersholt é a J':ira.mount e entrou já na equipa de te, rume J oor L.tllle J.(1ch Gfrl. E J)im­ belos teatros de Hollywood, encerrado, admirável e :1 sua eníerrneira, Dorothy Emmanucl Cohen, da Colurubia, firma mes, qi.ie dcver1a interpretar a seguir, há algum tempo, por causa da crise. Peterson, tão emotiva corno bela. para a qual fará dois filmes. Ganhar,, Joj ndiaüo para dcpojs do vcrào. O filme seria magniíico. mesmo que Slim Smnmerville é um csberHb de a bagatela de 300.000 dólares, fora a as cinco gémeas de Dionne não :1J)e- morrer a rir. John Qualen, no papá percentagem sóbre os Jucros. «Uma _bicicleta para dois», o novo filme de .l

O 11ouo filme de Re11é ,Ciair foi fi11al­ me11te

Uma versão inglesa de «O julga­ mento de Gaby»

J>ouglas l'airbanks J.or, director dn l cCriler.mm-FHms> de Londres, contra• lou i\liriam Hopkins, para protagonista da nova versão de u Jutoamtnlo de. Guby, que \'imos jâ no cinema, inter- pretado por Gal>y J.\loJ·tay, nos primei­ s.e 1·os tempos do cinema sonóro. o l'or outro lado, há quem afirme que Mickey, jogador de polo é o título do último desenho colorido de Wolt Disney, Conto•nos o pugno formidÓ\lel entre o teom de Mickey ..1e êste mesmo filme será interpretado por e outro composto por Lourei & Hordy e os dois Morx. Jack Holt é o 6rbitro. No ossistêncio, vêem-se tôdos Oi notobilidodcs do Cine­ J)otorcs dei Rio. lóndio, entre elos Clark Goble, Chevalier, etc.

Clll&•JORNAI, Página 3 OUVINDO HENRI CARSON, DE VEDETAS CÉLEBRES

I uma pessoa curiosa êste Henri Lily Domito, o ciumento Carson, que esteve entre nós, há À cínefobia de Lucíenne Boyer-À tra­ E pouco, como c:mnnagcr> de l,.u­ Carson encontrou Lili Damita em cicnne lioyer e cjue tem passado Nova York, durante a sua recente esta­ a sua vida a interessar-se pelos negó­ gédia de Líly Damita - À neurastenia da no pais dos arranha-céus. cios das vedetas mais célebres. Ser cma­ O nome da estrelinha francesa roí o nager» de vedetas consagradas é, ao pretcxlo para recordarmos os primei­ mesmo tempo, a mais agradável e a de Maurice Chevalier-À desforra ros anos da sua vida em Lisboa, na pen­ mais execrável das profissões. Porque são do Largo de Camões, que perten· se o exibicionismo de pri"ar com figu­ ci:, il suo. m;""ti. E evocámos, então. a ras gradas deste mundo é uma fraque­ de Líly Pons aventura maravilhosa dessa rapariga, za comum, grata a todos os mortais, companheira de cstúrdia, cm noites ele aturar os seus caprichos, o seu mau gê­ alegria doirada, de todos os rapazes lis­ nio, as suas rccl'iminações deve ser soai técnico sujeito à sua apro"ação. Lubitsch mandou um dos seus ho, boetas dessa época - e que leve a sorte a.Jgo de trâgico, que transc.enclc aquilo Um milhão de francos pelo primeiro mcns convencê-ln. Tempo de filmagens: de galgar a distância que scJ)ara o Chia­ que possamos imaginar. filme. Milhão e meio pelo segundo. Dois seis semanas, com direito a trabalhar do de llollywooc\. No entanto Henri Cnrson parece não milhões pelo terçciro. Assinava-a al­ nos cabarés de Hollywood. Se ela se Actualmente em dccadêncin, Lili Da· ter perdido a sua tranqüilidade, a sua gu,3.m. Ernest Lubltsch! não gostasse de ver no. tela, o íilmc se· mila, que foi a boneca de Paris, e cuja calma. Deve ter aprendido a dar tempo Lucienne Boyer leu-a, de rio a pavio, rin inutrnzado. face os espelhos do :\faxim's tanta vez a que as vedetas se expandam nas suas e com um "isível sorriso complacente, E Lucienne ficou impassivel. retrataram - ,·ivc, hoje, para o seu nw­ iras,. nas suas zangas - para, só depois com uma inconsciência que seria de­ rido, Erro! Le Flynn, cujo cariei na de serenadns, fazer OU\'ir a sua pahwra Quando, certa madrugada, no York Aml:rica é enorme, se bem que seja liciosa, se não fôsse impressionante, Bar, lhe disparei à queima. roupa ._:is autorizada. E, assim, o homem que tem vol,·eu: pouco conhecido entre nôs. privado com a agressiva LiH l>runita, Ç g minhas censuras pelo facto de ela não Ciumenta, asressh·a, corno unrn leoa - A/ti a c'est entil... querer fazer cinema. Luciennc soltou corn o neurasténico Maurice Chevalier, O mesmo comentário banal com que com cio - guarda ª"aramente o ';icu com u obslinada Lucienne Boyer conli· costuma acolher os pedidos de autógra­ uma das suas gargalhadas, olhou para marido dos desejos concupisccntes das nua a manter o seu humor inalterável fos... Henri Carson e exclamou apenas: outras mulheres, que o perseguem por e a lêr permanen tcmen te os cartapácios Desta vez. Henri Carson perdeu a ca• -Espera\'a agora vê·lo reagir ... tôda a 1rnrte. É que Errol lem fama de mtüs ou menos filosóficos que o acom• beça! Não havia o direito! Era a fortu· Carson, como quem perdôa, a malda· ser mn elos bomens mais belos da Clnc­ panham por tôda a parte. ua, a glória para lôda a vida, que lhe de feita por um filho, encolheu os om· lânclia. E deve ser qunlquer coisa de Jlá oito anos que Henri Carson vela ofereciam. E Lucienne assim lhe virava bros e enguHu, resignadamente, o resto trágico a existência dcsln mulher, cloi� pela bõlsa de Lucienne lioyer, essa tou· as costas 1 do seu chá de tilia ... damente apaixonada, sentindo <1ue a linegra caprichosa, senhora da sua sua mocidade e a sua época já passa· vontade. Quanta diplomacia, 1cm sido J'am, e a ver voltejar em redor ele Le necessária! E que sacrificios por sua l�lynn, como borboletas ntraíd::is pela causa! Vimo-lo, no Retiro da Severa, luz, as mUlhcrcs formosíssimas que pu­ cabecear com :,;ono, enquanto Lucienne, lul:un na <:inclândia e cuja frescura e de o.hos ardeu tcs, láhios entrcarbcrlos, beleza Lily daria hoje tudo parn pos­ húmidos, seguia enJevada a nostaigia suir. do fado, a sua cadência deliciosa e triste. E aquelas duas atitudes roram Mourice Chevalier, o ingrato para nós um símbolo. Devem ser sem­ pre assim co homem que ri e a muJher Durante a sua tournée J>cla ;\mérica. que chora»- e ,·icc-,·ersa .. E ê êsse Carson encontrou-se com Chevalier e o segrêdo da sua ccntenle>. Lucienne Lily J>ons, duas das maiores celebrida­ necessita, como de pão para a bôca. des franceses que trabnlhmn nos Es­ dos seus conselhos. da sua prudência. tados Unidos. Tanto êle como ela esti· do burguesismo das suas lunetas, e dos "eram jl, sob a sua tutela comercial e seus colarinhos engomados! Se não Cnrson conhece-os como os seus dedos. íôsse êle, tulor espiritual, o que seria :\(aurice Che\'aljer é hoje um rnilioní . Venera M.elle Lucienne rlade e a fr::\llqueza, fJOrQue teme, cons- Boyer, como se fôsse sua filha. Há oito 1a111crnente, "er diminuída a sua fabu­ anos que segue a sua carreira gloriosa. losa fortuna. O Hospital, que sustentava Há oilo anos, que discute os seus nc· cm Paris. 1nuilo embora tivesse o seu gócios, que a acompanha a tôda a par­ nome, era da iniciatiYa de lvonne Vai· te onde os caprichos do destino e o léc, essa doce rapariguinha, que so1\'0U íulgurante talento da artista a tem le­ o Danilo da Viúva Alegre, de sucumbir vado. nos estragos da coca. que o arneaçiwa �õbre as atitudes da \'Cdcta na sua perder. A pensão princiJ)csca que lhe vida l)rivada nada disse em seu desa.­ está íHlgando. e que foi decretnda peJos bôno. Lucienne é mulher-e uma es­ tribunnis, é a sua pcrnrnnente ohc('ssão. trêla célebre. Sofre de todos aqueles Lily Pons. que Henri Carson roí en· defeitos que lhes são peculiares. )las rontrm·, av.ora. coherta de glória, é um Henri Carson segue aquele preceito cs, milagre da América! Lily andou cm lratégico de Na1>oleão: curna retirada, Paris, de firma em íirrna. a esmolar um em amor, é uma vitória>, máxima essa lugar no cinema, Xü1gué-m lhe reconhe­ que, neste caso particuJar, muito em· cia voz, inlcrêssc e categoria! O pró, bora Cu1>ido nada tenha que ver com prio .Conservatório de Paris repro,·ou.. n! êle, nem por isso deixa de ser um sá­ Pois muito bem! Lily Pons, hoje. é bio conselho. uma vedeta celebérrima! Interpretou Uma t.JU�stão, uma questão grave I c/ream too much, Que é a última pala­ ameaçou a paz relativa <1ue ])reside vra em filmes musicais. E tirou urna àquele concubinato comercial! E essa desforra sublime da injustiçn que lhe foi reccn te, e foi na América. íoi feita. Lucienne como se sabe tem a aversão lf,..1ni C:arson C'onfcssou-se snlisfci­ do cinema. Aversão inexplicável, que tíssimo. É que não esrtueceu ninda os nem ela própria derinc. Ora, durante a bons tempos em oue foi seu tutor co· sua estada na América, todos os dias mercial- e experimenta ai nela a ale· recebeu propostas para entrar em íil­ gria do mestre, ao ouvir folar duma mes. Entre as de1.enas que lhe chegaram celebridade, e que clnma orgulhoso: às mãos destacou-se urna! Condições cêsse rapaz foi meu discípulo>! vantajosissimas e tôdas as garantias. L1ly Pons, cujo voz morovilhoso eclipsou O de �Moore. A extroordinório vedeta, Argumento à sua escôlha e todo o pes· reprovado pelo Conservatório de Poris, é hoje célebre no mundo inteire FER>IANDO FRAGOSO

CINE•JORNAL Pá(iua 4 libelo acusatório impressionante. Atra­ sua vez à morte os guardas que con­ \Tés dum argumento que e1nociona da seguir aprisionar, matando-os frjamen­ primeira à último cena, que prende o le a um e um. t a luta pela vida cm espectador no seu desenrolar, a tese tle tôda a sua crueldade, luta que termina <1ue a pena de morte é mn paradoxo pela morte violenta de todos os conde­ horripilante numa sociedade «soi-di.. nados, à excepção de \Valters, que, fe. sanl> civiliz3da, tem a mais evidente rido durante a refrega, recebe .i última das demonstrações. hora a notícia de que a sua inocência foi reconhecida e de que lhe foi con­ * cedido o justo perdão. Sôbre a tragédia fica pairando a memória de )1ears, que A história conta-se em duas pala\Tras: foi morto pelas rnetralbadoras da po­ Ricardo \Valters, rapai muito ho­ lícia e <1ue, mais do que como um assas­ nesto e trabalhador, é prêso e acusado sino, fica como um sírnbolo do dcses­ injustamente de ter cometido um assas­ pêro humano, penlnle as leis impiedo­ sínio. Por sua infelicidade, tôdas as s.1s <1ue ainda permitem a atrocidade a1>a·rências �ão contra êle e o Tribunal sem nome que se chanrn a Cadeira condena-o a sentar-se na cadeira eléc.. Elétcrica. lrica. Conduzido à Penitenciária de Sing-Sing, é encarcerado na fatal Casa * * * da :llorte, série de jaulas fortíssimas em que já se encontram vários senten.. Desta vez não serão revelados ao pú­ "· ciados à pena última. Todo o horror da blico os nomes dos artistas J>ortugucscs vida daquele, desgraçados, que aguar­ que dobram os arlislas arnericanos que dam as datas fixadas para a clectro. . interpretam êstc filme magnHico: Ho­ cuç�lo, perpassa ante os oJhos daqueJe w11rd, Prestou Fosler , George Stone, pobre rapaz, vitima dum êrro judiciá­ Noel M:Hlison, A1an IJoscoc, Louise Car­ rio. Um louco alrôa os ares com os seus ter, etc., etc. clamores des\Tairaclos. Ricardo assiste à Sam Oischoff dirigiu esta produção cxecuç�1o dos seus companheiros de «"'orld Hide Pictures:> - uma das mais infortúnio. Até que um dia chega: o recentes e mais notáveis sa,das dos dia em que êle deverá por seu turno estúdios cyankces>. ser morto. nos termos da ratai lei do O dr. Paulo de Orito Aranha conse­ Estado. Terminada a confissão de \Vat .. guiu m triunfo magniíico na dobragem tcrs perante o capelão da f>enitcncitlria, da C perigoso, \Tizinho pureza e duma fidelidade raras. E a da cela de Ricardo, aproveita uma dis• tal ponto que, estamos convencidos, tracção dum guarda e rouba-lhe as cba­ muito embora os nomes dos artistas vcS e a pistola. encarcerando os outros portugueses não sejam revelados, o pú­ �uardas e libcrhrndo os presos. Entrin.. blico reconhecerá, um a um, as suas cheirados na Casa da Morte, os conde­ vozes. nados fazem frente 'às fôrças de vigi­ A Cadeira Eléclrica, que Filmes Im­ lfrncin da ca(l(da, travando-se rijo com­ pério, L.11*, distribui, vai conslituir o bale. Para con,•cncer o chefe da prisão grande acontecimento do fim desta a dcix:í-lo:; íu,::ir. '.\lears c:ondena por . temporada!

ISBOA "ªi ver, dentro cm brc\'c, um novo filme dobrado cm 1)01'· L tuguês, coníinnat·ão brilh:.u1tc das nossas possibilidades na ma. léria, sobejamente provadas aliús nu Granel.e Nicoles, as defi­ ciências, as falhas naturalíssimas num,, modalidade industrial atê há pouco ignorada no nosso País. * * * A Crcsumh·cl ass,1ssino do filho de Lindhergh. O regime 1>risional dos Estados Uni­ dos. a cadeira elêctrica e todo o cor­ tejo de «cerimónias> que antecedem a execução dos condenados, surgem ern lôda a sua revoltante atrocidade, num ODOS os aslros têm o seu 1>rin. aquele passatem1>0 do c·olégio era J>Or c-ípio, a sua mnncira caractcds· chls nrnis cstinrndo que nenhum outro. tica de dar os 1n·üneiro� p;)ssos com a ,•:mlngem de :ser o mlli$ inorcn­ T na "idu, o modo especial ele íi). sh·o. nHlr. com mais ou menos sorh.:, as pri. �o cntanlo. imaginações prodigiosa� rneiras cenas. Uns são dcscohcrl(>s pelo c·omo t•slas não 1lvcn1111 diíiculrcttnsõcs. Todos têm o seu princípio: e Clau· De «vomp» a ingénuo dctlc 11i10 rogc à regra ... Depois de .Uarionefle .lfon. seu 1>ri­ nwiro íilme. também primeiro Su('csso. Onde Brock Pemberton é enganado tn,twlhou Clauode fic:u- sabendo que ;.\s filrnngens clesla pl'odu�·ào Cecil B. é considerado. dentro de NO\'t1·York, o �lille reparasse nc1n e o mesmo scxlo primeiro cm es1>crteza e o segundo em scnlido que o levou a intercs:·rnr•sc por dinheiro. (;Jória Swonson. 13l'bé 0.-1nicls e outrus. �(uito bem. Urn dia, êsse senhor que íf·-lo euidar de Clnudelle. até ai ht)rafustava aos quatro ventos Passados tempos ela foz a Popeia elo nunca ler sido enganado por 1>essoa Sinal arig.1 essencial uma ra1>ariga Que eu nem lento dcs­ e· mcdularmenle dos nossos dias. M:1s :1 <·rc,·er, tão conhecida ela é- a Clau­ Yonlndc e o lnlento supriram tmlo: n dc·llc. pontos de Cleopatra lhe ser imediala­ C:ara de CSJ)(lnto irritado do poderoso menlc distribuída. <·om os tr.abalhos e cs1lcrto senhor, sorriso todo doce. :,inda na plnnificHção. Foi mais um «café com leite>, da intrusa que, de· triunfo merecidíssimo que deixava pois de utilizar lôdas as su::.s armas de adivinhar a escolha definitiva de Clau. mulher, com um descaramcnlo prorne­ ctctte para papéis histól'lcos, mas como tedor, consegue ser atendida pelo ma­ os filmes dêslc género não são de lodos gnate. Passadas duas horas era contrn- os dias e ern preciso dar lrahalho à 1::tda para o principal papel reminino von(ue a suu timidez, um receio envcr· pio, (' depois audacios:Hnentc dcsca­ [!Clriz debaixo de contrato, os directo­ de :1/arionelle Man, isto porque- lra­ gonhado. a nrnntinha em sill'ncin. pcr­ rad:,. res da Paramount·expcrimcntnram um:1 balho.s de •niclâcia - apresentar;, um pêluamcnte csrondida e <1ui,si sem brin­ pequena comédia Thrce·cornere(l.moon, rC'rlificado de mérito e experiência Desde aí foi contando os anos pelas ('::ir. e isto veio modificar todos os planos a:-.:,,irnldo pelos mais conhecidos e exi• dúzias de namorados. no que era hri· ali• ai eslabelcciclos. :\las já então era bonila ... 1 f.(t.'nles cm1>resál'ios americanos. ht111tcmente acompanhada por certa Realmente, embora não pareça. Chm­ E, passados dois ou três anos. um Em face de tanto valor e de tanto Lucic. a sua maior ami�a. Urn dia. tlelle revelou•Se uma grande ingénua r.. dos direclores repara que aquela cari• sorriso. Pemberlon não hesitou- sin1- aproximavam-se as dezoito primnsera.s de triunfo em triunfo. chegou. sob a nha clclitiosa de miuda condizia, às plesmentc as as.sinnturas eram tôdas podia go.rantir ao leitor que não eram direcçiío de f. Caprn, a essa inolvic.l.í· mil maravilhns, com um certo papel da falsificadas. das aeluais primaveras cbu,·osas, mas vcl criação de Uma Noite Aconteceu. peça cscoJ:1r, então nos primeiros en• sim daquelas cm que havia sol. flores, Tinhn conquistado as palmas do novo saios. Niio queria, linha vergonha mHs. anclol'inhas e ludo. Porém, como dt." género. talvez o seu melhor género, Da timide:r à audácia corno ini:dstissem, envergonhou•se tmn• norte a sul. em Portugal. só se fula tomo p.lrece dizer a últim:l produção bêm de recusar e aceitou. nisso e noutra coisa, cu não o quero de C:l.audellc enlrc nós estreada: Casou Xa realidade, ao entrar no escritório O convívio constante, que depois in<·omodar repisando tão eslafado com o Patrti.o. de Brock, Claudclle só linha a expc­ lC\'C com os seus C"mnaradas. íêz o mi­ mas is!'Jo � o resulli\dO da má obser· Quanto "º amor ... ,·ação. Ambos perfilham as ideias do Gabfc acha·o descongestion:\nte como celibnto. mas os seus argumentos são uma 1>itada de rapé. ,listantes e opostos. Um é mct'1íísico, Franchot adopla a vulgar defini�ão derrotista, amante da solidão; o outro, aritmética. 1wlo contrúrio, desejaria viver rodeado Chc,•alicr deíine-o como um delicioso de mulheres. só de muhcrcs, de muitas ccok-t'1ib de sensações. muihercs. Eslé bem ele ver que o casa .. Çlrnrlot diz qcu o :unor é corno os mcnto, nc.stas condições, lhe não con.. beijos, inofensivo e inconse(tiiente. vém. Joan afirma que a 1'111ica definição A melhor 1J1 ·ova de que Gable e Che· satisfatória é a da mãi Eva: c::O amor valier pensam diversamente é que Joan é a maçã>. :\las Crawford tem cm casa detesta o segundo e não desdenha o muitas macieiras, não se sabe com que primeiro. finalidade. Estamos certos de (tue nem )las... a opinião mais correcta e a tôdas as maçãs são para comer, porque mais sensata, no dizer dos entendidos, Joan. íeitas as contas, é uma taparig,l é a da 1>rópria Crawford. Segundo ela, ponderada e criteriosa, Ull'la das mai:-. \ o casamcn to só teve razão de ser de.. desconcertnnles ,·evelações de Hol· pois de promulguda a lei do divórcio. lywood. Assim como é impossível o divórcio RAUL FONSECA

RAWFORD. " Joan bà pouco ca· e Charlot dos amores, o Chnplin <>rcO· e sada com Franchot, a alegre -iris, cbric-à-brac>. Joan guarda c�omo. divorciada de Fairbanks, é uma relíquia esta «máxima> de Chnrlot: co das mais desconcertantes revela­ cônjuge escolhe-se como se escolhe um ções de Holl�'\vood. Tão desconeertante par de botas. As que não servem de.s� que até pensa na ,,ida. E é profunda, é calçam-se•. Mas Joan também sabe que qu�\si uma filósofa. o caso de (;barlot é diferente. O defeito A despeito das suas criações como não é das botM. é do 1>é. Charlot é um actriz. que a colocnm numa posição pé defeiluoso, cheio de calos, com joa­ desagradhel de leviana e de frívola. a ncles. Não há botas que lhe sin·am. talentosa Joan é das poucas raparigas J-·h\, porém, duas opiniões que Joan que sabem viver. guarda com mais cuidado: a de seu Tod:wia, 1cm cadastro. cFlirtS> e di­ marido (o aclual, está claro!) e a de Yó1·cios também constam das fôlhas Clark Gable; a primeira porque se trata corridas. Mas Joan lâ tem as suas ra­ de seu marido, a segunda ... talvez por zões, porque isto de amor e de casa· constituir nm conceito quási dogmá· mentos é das coisas mais complicadas tico. Gablc é um predestinado. Veio no e poucas. corno ela, sabem resoh1er mundo como neurasténico e, como tal, estes problemas. J>cnsa que o casamento e as mulheres Uma grande parte do tempo. que o são duas coisas incompalíveis. Logo, a trabalho de estúdio lhe pout>a, é absor­ mulher nasceu para solteira. Casá-la é ,·ido com meditações profundas. Tem dontrariar a Natureza, é como que obri­ um arquivo notável onde figura1n, n gar um Angorá a viver numa jaula de par das suas criteriosas reflexões, ::is lobos de Alsácia. dos aslros máximos do cincrna. É quási Está claro que Franchot, o marid'o uma história de casamentos e amores da Crawford, não pensa do mesmo ela Cinelândia. modo. Deíine o casamento como a pro .. Lá figura Chaplin, o Charlot das fitas cura do nosso complemento aritmético.

CIIII.JOIIIAL ,se dois documentários desportivos de primeira ordem, uma das melhores farsas curtas de Laurel & Hardy e uns desenhos coloridos de H,irman & lsing, de primo­ rosa ínctura. Por deferência pnra com «Cine-Jornab. a Metro­ Gold,vyn-�laycr, 1>crmiliu que exibíssemos algumas cenas dos seus grandes íilmcs Anna Karenine e No.( .llares da Chilla. que vamos ver brevcmenlc, atractivo l•sse do programa que a nssist('n<'la acolheu tom o rn,,ior intcrêsse. * *

A s:1la cstav�1 cheia! Um público sclccto. onde as senhoras punham uma nota simpâtica de garridice e de côr. Dias �u1tes da resta se cfectnar, jcl a sala se cntontr:wa literahucn1c csgolada! A nota Sl"nsucion:-tl, porém, foi dada pela 1>resença fias vedei as do nosso teatro e do nosso cinema! Noh, tlcsnlntceclora (Jne moslnl bem as simpatias e o 1>r('s­ tigio que ;t nossa revislrt tem cm todos os • st•c·ton�s cio meio l'incmnlof.(rÁíi("O. * * * «Cine-Jor1rnl» t·onfcssa-i•w radian1c <' feliz com o (•xilo da sua primeira restá - ((Ué íoi lamhé-m unn, 1>arada bl'ilhanle dl" ,·edctas! de r<•ali:ação do cinema, em protlu:ir A muUos anos que na lmprcns�, semJ)re qualquer coisa de novo, iné­ se \'Cm debatendo a necessidade dito. .lfesmo quando não consegue o seu de serem organizados espectá­ f n digno ss H objec ivo, não é me os da no a c•ulos cullurais, sobretudo com admiração. acentuada foição infantil, que consti­ J>orq11,c realmente o cinema eslâ a tuissem, simullâneamente, recreio e precisar d.e alguém que o empurre, que in:,;lrução e íôsscm orgánizndos sem o la11ce para a frente. Sente-se que en­ prejuízos morais ou físicos das crian­ lr. �:a!; que a êlcs assistissem. Quem é que esqueceu já. a r,J!alizoçlio Lonj(as, prr.sislcntcs, cntusiúslicns.

IXDA 11(1.0 há nmilo tempo que divcrle com o entretenimento prefe­ vi exf)ressa. nesta mesmll 1·.evis­ rido. A la, o iucliciosa opiniiío <ús a que merece, sobretudo, pelos rcsufl:ldos prá­ •cspeita. ticos obliclos, os mais Jisongeiros tmCÓ· Logo (IO deCOl'l'et· (/(L,'í primeiras inww mios. <> seu realizador. 1ens se observa se <1 p,·ocluçii.o é frw,­ ·esa. inglesa. americana 011 aleminemulográfica, ainlicada, evidentemente, por uma me1·a missão. ru11ação oeooráfica 011 pela actuação Ann Sothern, o deliciO$O ingénuo do cinemo omcricono E ante os organizadotes dessa justa , lrecta dos elementos que intervenham consagração, lamentamos apenas a rópriamenle na realiwçáo cios filmes, ignorf111da ela existência dos trabalha· n s descobel'la viria concorrer para uma de"er de gratidão pelo muito que o mitos tios quais tra sr'lam repelida dores, de alguns trabalhadores da Im­ c::es do V,e(ho para o novo co11li11ente maior facilidade de e:cprcssão do artis­ (•incnu\ podia ensin:u·.Jhcs. 1 prensa que anima, , ivifica e desenvolve 1 vice•v.ersa. ta em face cio /Jliblíco, vimos afinal que Pois, no Pôrlo, de há semanas que o gôslo do público pela modalidade ar­ q11e as cruas da cidade• não são se tornava antes em eleniento de per· 11 «matincés>, clenlro dessa ordem de lísti ca que lhes dá o !)ÍlO ele cada dia... uais em lódas as latitudes, embora lurberr>, das Ruas d<1 cidade? e Olímpia ,·ão inaugurar, dcnlro de Tôdas as quintas-feiras o salão de presenta. Charlot em ,wda co11lril>ui para éle projecção do Palácio de Cristal se en­ pouco tempo, uns «écrans> uJtra-lumi· Não é lra11splanlando ésse castelo e é pena. A sua aversão ao sonóro tal­ nosos, :1 mais recente ino,·ação, que che dum público garrulo e miudo - ,ara a F16rida mas antes esperando vez possa ser explicada pela repu911án­ ulnda só poucos cinemas estrangeiros Qesíilc cncantacloramente enternecedor '"' os arranha-céus se cubram da cpa­ cia que sinta em se serulr

�ágina 10 O QUIE IÉ "TIEIMllp>OS IMIOIDIEl�INIOS" E.li />OS .1/odernos>, ô último fil 1 Falando ... uma língua internacional T me de Charlot. p!ts.w nos Uma sátira anti-comunista? �il Uma obra do mundo. Obra dum Tempos Motiernos poeta•écrans T,oc11braç,io d11m �os as mecânicas iofo. quási inconsciente, sem regras,fi/ó­ e 1 falam - televisão, fonógrafo -mas os isso mesmo com uma acçáo mais subversiva? L�� Um trabalho de filosofia homens não falam. A intenção cone o pro/1111t/aoor nas mnssas? Filme doloroso risco ele não ser compreendida, rncrcr. q11e protagonista atinge e traduz 1 jnstnmente, da televisão.écran, J't certo que p1111s se11/im.1rnloso da poesia p11ra? Obra íntima? 1�1, Um filme mudo, anacrónico uma cara aparece no e essa cara articula palavr�1s que ouvimos. Mas �a,u/eirat,ue é, por revolucionária? assirn di=er, ul'na SáUra palpilant.e puu­ quando. por sua vez, outras hôcas ar.. rente, aguda, dos rid(culos do marxis­ e sem sequência? ticulam palavras. não nos sentimos bem mo? O que proí­ porque nadn ouvimos. É um cmbal'aço de ser é projecladaTempos Modernos, na Alemanha. singular. 6sse, pois quási ludo continua tdmiradaí genial dos -íascisla, revolucionário, lal é o úllimo íca. objectivos prêviame11fe fixa­ é evidentemente a sálira ciuma poerna de Chnp1in. Um hino no indivi­ porque compreende, na preparação, um �os? comCharlot é de talento 011 sociedade avassalada a matéria e da verdadeiro diálogo subjacente (e mu­ um clown dualismo. um libelo-lle11ri acusatório Jea11s contrao11- revolucionário ansioso da aplicação qual a Russia soviéticaFrancois representa Vim1e11il bár­ tôdas as ditaduras. do!) entre Charlot e o espectador. llle '.un sisl,ema administrativo, que presu­ baro apogeu. - - canta sem J>alavras ou, por outra, com rlmn «Action Française. «Le Canard Enchainé>. palavras que inventa ... e fornece ao me;usfo? posso Analisemos ser mais asequiUbrado críticas e echega­ mais nosso diálogo a melhor conclusão, a Que importa a idealagia social mais evidente prova de que nunca terá remos a um resullado perturbador, um Não! Uma grande abra Claude resullado que cria a confusão. Conc/111- de Charlot? .4veline-necessidade das palavras. - filme para revolucionária ... arece grave à primeira vista. verdadeira i11te11çiio do dfoamismo onde o conduz o trabalho em série, (l que criou. Mas,Tempos na realidade,Modernos não é isto que conta. Charlol provou que o filme !alado fnlimo o tipanha na rua uma bandeira, sina] caí­ é um íilme de tése não eclipsou o seu predecessor, o filme do dum camião. Agita a sua bandeira social? Sem dúvida, mas deforma r'nui­ vermelha e, sempre involuntàrian1enle, nn1do. Poder-se-á objectar, no entanto átira da Rússia comunista! ... to o aspecto social e não nos faz esquc• que, 1,ara viver, ·o fi1me mudo tem ne­ encontra-se à testa duma maniíestação cer por um só inslante que Charlot é cessidade dum jntérpretc não menos popular que acaba de desembocar na um grande mimo, o maior ie6rnico do -.lforni11g f,!randePost que Charlie Chaplin. Um camião passa, com uma bundei· rua. É êste acto que se supõe falhado, nosso tempo. - cNew York Times:.. - «Londres,. )·ola vermelha de cstacionamenlo. A que corresponde às mais fundamentais bandeirola cái. Charlot. sempre presla­ inspirações de Charlie ChaplinTempos e dáMo­ o Filme mudo, isto é anacrónico seu verdadeiro sentido a Charlot quere continuar interna­ vcl. precipila-se, apanha-a, chama o dernos. cional 1tnotol'ista e ogita-a. Uma manifestação Não nos sentimos bem com a ausên­ oper,,ria. eriçada de placares, sm·je por Trata-se duma obra colocada soh o cia de palavras. É uma impressão íísi­ traz dêles. ,Pasmado, empurrado. eis signo da bandeira vermelha. Ela é si­ ca contra a qual não podemos lular. Charlot pensa, ccrtamenre. que no Charlol ícilo condutor de massas sem multâneamente uma obra prima de rea­ lloje o cinema mudo faz-nos o eíeito dia em que o seu famoso vagabundo fi. o saber. Não tarda que seja prêso pela lismo sociaJ e mna grande obra revolu­ dum nnacronismo.-Jearl Fouard­ (Co11c/11í na pág. 14) polícia e duramente condenado. Sim- cionária. - George Sadoul-c:.Regards>. cCandide,.

CIIIIE·JORNAL Pâgin& 11 Finalmente, a revelação do cinem a espanhol <>

º"' lcmento de progranrn. ta111bém em niado pelas su.,s tendências r:ícic·as cslrci�1 cm Portugal. um filme que não �.._. conli111H1sstm .t ipnornr como atê fi(,a m:11 no lugar de honra. do progro· aqui. ma seja de que cincnrn fôr. l?osárfo ln Col'lljel'a é um filme espa­ Trata-se da Perigosa Avelllura. ,rn, nhol casti�·o, onde o pitoresco, o c·olo­ filme alemão extraído duma no,·ela de rido. da pu"isagcm, d3S gentes e dos Cúll· Stephan Zweig e que 1cm \Villy Fo1·st, l:u·cs t(·m uma expressão e uma cxpan· o cineasta maravilhoso de tantas ohras s:io invulgares. primas que ,cmos ,·isto. artista de pri­ Xo argumento, focmtH)c os costumes mci1'a categoria, como principal intêr· maravilhosos da Andaluzia. <'0111 lodo prete. o seu inlcrêssc e s:1hor. cnnllcccndo-sc J�sle filme, de argumento apaixonan­ 1111H-t d�1s. nHmifesta�:ões da riquez::, na­ te. <.Jnc não queremos desvendar agora. cional: a cri,;1 de rezes bnwas. E as!':iim obten"! cm Paris um assinalado êxito o íilme inclui cenas de cleslreza t bra· ...·om o titulo de Fin de Saison. vura, t1uc \'ão surpreender e emodo1rnl' os e!-.pcdadorcs. * * * A obra. cxlrnída ciuma no\lcla de· P::1$0 e Oiecnlrt, íoi rci,lizi,d.1 1>or Leon Por lodos estes motivos. e ainda pe­ Arlola, h•m rnúsi(·:1 do m:l('stro BrMía, e las cnractcrí-,ticas admirá\'eis dos dois {• interpret:,da po1· Estrelilla Castro. filmes, tudo nos leva a crêr <1ue a CS· :-lí1\o de Ultrern, El"a Roy. Hafaet Du- freia de 2.• leira no Ca1litólio. marque Umo imogem costico de «Coroções Ardentes• nln e Alfredo Corcuera., êslc ú.ltimo que como um autêntico 8l'Onlcc·imenlo, e desempenha na versão cs1>anhola de que n sala !it·ja pequena para conter to· público português pode estar pllbUco as características e porventura Bocage o papel que. na porlu�ucsa, dos aqueles que desejarão assislil' à pri­ O con\'cnciclo de que conhece jã o as possibilidades do cinema espanhol. cabe a Anlónio Silva. meira exibição de tão sensacional pro­ t'inenta esptmhol, através das que se traduz hoje numa produçiio 81)1'0· grama. jn(lrneras produções faladas na lingu:1- xima.da de 25 películas por ano. • • • Corações Aranha. Não fazia scnlido, de facto, <1ue Na próxima segunda-feira, no "Capitólio", um sensacional pro­

grama da S. U. S. Umo orocioso cena de «A Perigoso Aventuro•

P,;;ioa 12 CINE•JORNAI, AR1A Paula, aquela rapariga ga­ D SEMDNB S DNTll lante que vimos no simpático M pa1,el de «Clara> do filme de Leilão de Barros «As Pupilas do Senhor NOS CINEM DS Reitor>, oblevc, íàcilmcntc. a simpatia dos nossos cinéíilos. Semana Santa, nos nossos cinc· A sua íigura esbeHa, as suas manei­ À mas, decorreu, pouco mais ou ras agradáveis, e. acima de tudo, a sua menos, como nos anos anterio­ invulgar beleza, íôram faclores impor­ res. A notar, as salas que encer· tantes, na aura de simpatia que a ro­ rarom as su;.lS µunas: :::,ao Luiz, e 'fi. voJ.J, facw que no ano transacto se não deou. vcr1fiCOU, Pouco depois, porém, de terminadas us outros cinemas procuraram pro­ as filmagens, e ainda. com aJgumas ce• gramos mais ou menos adequados, pni·­ undo, do principio, que aqueles fi11nes nas n repetir, Maria. Paula adoeceu, gra­ que decorrem cm épocas remotas, pró­ ,·emenle. E foi só no final da carreira xunas ou pnssagcm de CrisJo na lerl'a, das c:Pupilas>, quando Lisboa inleira estavam mais ou menos jushíicados na passára pelo Ti"oli e aprcciárn a sua rcfenoa quadra. E assim, a par do .-llra­ ves do Jmperio , no pnico, deu-a na tela. O protagonista do fume mfcltz­ tinuou um lratamento intenso, sem1>re mcnte nao era o Hafuel .Marques .. na jusliíicada esperança de vollar a lra­ b:llhar. E, há pouco, o seu rccilal de canções, realizado no Gimnásio, veio . A festa do «Rádio Sonoro Jcmb1·ar, não a sua figurinha gentil, em honra do «Cine.Jor.nal» que não esquecera, mas que .Maria Pau­ Ja voltava a ter saúde, e se dispunha a Xa passada quarta-feira, efectuou-se enfrentar direclamente o público, pre­ no 11rng11111co posw cn11ssor Hacuo So­ ferindo as lâmpadas da riballa ao calor noro l '-'· r. 1. A. N.). sem dúvida o que rncanores sessões c1nc1natográl1cas tem excessivo dos projeclores ... orgau1z;.Hto, uma lesla oc Homenagem â nossa rensta., com um programa sensa­ * * c1ona1. .. '\oJ)róxuno nu1ucro, o.iremos, a * par numa magn111ca reponagem grau­ ca, os pormenores subre esta sessilO, que Embora à primeira vista possa pare· marcou, nuo só pc10 interesse cto J>ro­ gr.una e pc;o b1·11ho que os cxcculim­ cer, o facto duma artista de Cinema se tes ihc impr1rn1ram, como ainda peta estreai" no Teatro não qucre dizer que inexcecJh•c, Ol'gmuzação do nosso pre­ ahandone a sétima ;.lrte, da mesma for· s:100 amigo e oruhunte jornausta sr. ma que uma artista de teatro que faça An,on10 1· cio, .-1 quem enacrcçamos as um filme não deixa, J>Or tal, de ser con­ nossas nuus vinis Jctic1taçucs e s111ce- 1 os agrnaecimcntos. si-:acionnl dos Profissionnis da Jmprensa, homenageou o sr. Halli Lo· melhor do seu esíõrço, são garantia ele pcs l·cire, gerente daquele cineina, e que essa ligação, essa espê:cie de co­ que há dias 1oi agraciado com a Ordem mum acôrdo se manterão por muilo de )lérilo lndustl'i:.d, com um banquete, tempo ... ao qual assistiram as personalidades mais cm destaque no nosso meio. Os oradores, ao toas/, enalteceram as * * * MARIA. PAULA <1trnlidadcs, o carácter do homenagea­ do, pusera111 em roco a sua carreira de empresário de cinema e de distribu'idor �n noilc da estreia de Maria Paula. de filmes, carreira que êle soube hon­ o Apolo rcgislou uma grande enchcnll'. rar e Jlrcsligiar atr·a,·és ele sçmprc. t; cerlo que o êxilo da popular redsla Artista de Teatro e vedeta de CINEMÀ Cine-Jornal, que co111a o sr. Haúl Lo­ pes Freire no número dos seus melho­ ali cm cena, se tem mantido. )las '(; res amigos. associa-se sinccramenle à inegável que. sobretudo nas frisas. c:,­ homenagem que lhe foi 1>rcstacla e faz marotes e outros lugares importantes O póblico já conhecia a voz agrndú­ en1 que a sua gentileza não deixar:\ dt..• votos pc1as suas prosperidades pessoais cio leatro, a estreia da simpálica «Cla­ vel da nova artista. Qucrc-nos, J>orérn, ser aproveitada. e pelas do cinema, que dfrige com ta­ parecer c1ue melhorou, e que, com um E, acüna de tudo, o seu cxem))IO po, manho brilho. ra>, se fêz sentir, consider:h'elmentc. Logo 110 número de apresenlaçiio. ele­ pouco ele estudo, a poderemos ver dcn\ servir a muitas senhoras que, pos­ gantemente vestido, )laria Paula <:onse· ocupar, no nosso teatro de re,1 ista, aque­ suidoras de vocação para o leatro ou Os sósias de laurel & Hardy guiu captar as boas graças ela ))lateiu. la vaga de c1rllsta c, �fa­ preconceitos. que a vida de hoje dHi­ Podemos i11formar hoje os nossos lreia no !cairo, e, a propósilo ele �lirila ria Paula ng1·adou plenamente, se bem cihnente comporta. leitores de que jú eslão co111ra1ados Casimiro, citação esta que, apenas nal­ , que cán· e mais, e convencer, definitiva,nenle. du1>los em diversos filmes. diíeren les possam exislir sôbr'e a lerrn. lou com distintão, vincando hem o 11ú· o 1>iilJlico e a crilica. Laury e Hardel, a quem o Vu dedi­ Uma, não possui o cíogo interior> que mero, e conquistando com êle, deíin i­ Será essa a melhor maneira de 11agar cava, h:i pouco, algumas páginas, são risicamcntc iguais aos fa1\1osos .Bucha a11in!a i!. outra e faz dela um cxcepcio· livamcnte, o agrado do pilblico. a forma gcnlil como o público a rece­ & Estica e ,.'lprescn tam•sc numa sketche n:cJ tempcrarnento de artista; n segun­ Não é com pesar que vemos :\laria beu e de responder aos que prelendem cómico intitulado Um inqué1·ilo mis1 da nunca poderá ser, no Teatro de re­ Paula abraçar a vida lcalral. Ela pode, pensar duas vezes antes de lhe ra2er lerioso. vista, a figura decorativa e elegante no Teatro, colhêr e rei.inir bastos e pro­ defini liva iusliça ... A sua eslreia em Lisboa deve eíec­ luar-se no dia 9 de Junho, depois do que )laria Paula fàcilmenle inlerpre­ veitosos ensinamentos, de que, certa­ que os artistas seguirão para o Põrlo. lará. mente, aproveitará em futuros filmes, O HO)IE.\I QUE PUXA O PANO

CINE·JORNAL Página 13 O que é «Tempos Modernos» QUALQUER RUGA ROSIPOR, (Co11ti11u1;1çl10 púgi,1s da 11) O L Y, YILDIZIENNE, skelches 1 MIRABILIA, Etc., DESAPARECE! zessc uso da palavra passaria a ser um são paginas duru livro e eu­ 1>m·sonagem local. Cessaria por este lac­ Iram, em tôda a harmonia, num plano poro póros dilatados, Em 6 semanas to de ser o mjruo uni"crsa.1 que hoje ê. de conjunto. O autor lem o direito de 1 peles oleosos, sêcos, )las. cm minha oi>iniào, Charlot cncon· 1>rosscguir n sua demonstração numa rugos, etc. - Produtos tra-se peranle uma tlllenrntiva: ou fará fábrica, numa prisão, num armazém, 1 excelentes do falar o seu vagabundo, ou então clcci• m11n cab<1rel ou triJhando caminho do dir-SC:·á a ài>:lrecer sob um novo aspec- arr�1halde suprimindo, entre as suas fla- 1 10. Em 1'empos Moa.lavras não me chocou um só inúlcis, todos os cordelinhos drtunáticos de Belexo instante. -Smiday Times-e.Londres>. que usam,l em casos semelhante, os ti­ ICCAMPO� moratos fabricantes de ua,u/evUles.- Telf.Av. do21866 Liberdade, 35 Emile \ uillermoz ..- «LC Temps,. Mudo poro sempre · LISBOA 1

Poria as mãos no fogo para afirm�H" Faz-nos rir mos não nos comove que, no seu próximo filme, Chal'lot con· tinuar{,, ainda a ficar mudo. A sua mi­ Sim o jôgo íisionómico d(:s.sc artista mica ê demasiado perfeita para ter nc­ único pareceu-nos mais amargo, sôbre JIADIUM CC!>sidacle de ser acompanhada J>cla 1>a­ uma máscara mais dura, um pouco en­ lavro.- Swui<,y He(rce-«Londres>. velhecida, quási fria. Ah! rimos, é cerlo, riiuos a bom rir, mas esta ale· Um filme sem unidade gria não chega a aílorar a meiguice e ., A me!hor reviata da especialidade doçura.. � uma alegria que não nasce que ae publica em Portugal no coração... A rcapa.riçl10 regular duma rai>arig,, Himos ainda ao ))ensar na máquina informa todas as quartas-feiras os orrã, amiga de Cbarlic, que éstc encon­ de alimentação que atafulha Cbarlot; seus numerosos leitores de todo o tra de cac.la vez que sái da c<-\dcia, e a rimos ao ,•ê·lo n1>ertar as cavilhas como rc1>cllçiÃo, na última parte, do têma da um m1tómato; rimos ouvindo-o cantar movimento desportivo do Pais fobrica tlevia, evidenlemente, no pensa­ e rimos de muitas outr:,s coisas que não roenlo do autor, dar a eslcs trechos, ar­ dizemos, para lhes estragar o efeHo sü­ bilràriamclltc juntos, uma aparência de brc os espectadores. Tem I6 págitias cheias de 6timas unidade. Com efeito, nunca chegarão Uma senhora de Gl anos íoi submc.. Mns os nossos olhos continuam sêcos. tida a um tratamento quotidiano de a atingi-ln, o fim-não digo desenlace -Jean CaslelnOl" um célebre doutor, ris>. num hos1>ilal de \'icna de Austda. Em der{, brutalmenteCirco?- George o espectador. Cha.mpeaux­ Onde estão os crescendo da Quimera <10 ouro 6 semanas, tôdas as SlU\S rugas tinham e do Sobretudo, ..comove-nos dc!\aparccido por completo. Reconquis­ eGringoir e>. Tempos .llodernos, tou uma tez frescu de rapariga. A expc· riência íoi renovada, diz um Jor1rnl :-lo, Charlot fez­ fémina '.\lédiro de \·ieno. noutras senhoras de ... folom os snobs -me rir doidamente, irresistivelmente. 60 a ·;o anos, com os mesmos e notáveb Perturbou-me profundamente. Arrau.. 1·csullados. cou-rne soluços. A dôr e a alegria mis­ O:, snobs� essas pessoas que fazem as A srande reri,ta feminina A história. dêste milagre, é agora turam-se por forma singUlar. -Sru1. mulher pode fazer pessoaJmeule o me�· clCste filme. Apresenta todas as aextas-feiru oc mo. O Professor Dr. Stcjskal, da Uni­ versidade de Viena, descobriu que as -c:Pufb! é desligado ... sem conti­ O filme representa o mois pura maia recentes modaloa de vestidoa e rug:is ,ão causadas pelo desperdício de nuidade ... poesia de chapeua, tratando aempre de todoa Com isto! <·crtos elementos vitais da pele. Após Cada Cilme de Chaplin é urna 1><':rola uauntooVENDA que EMinteressam TODO às Senhoru.O PAÍS anos de pesquisas conseguiu obter estes dum enor111e colar. -JJenri(Jue Jean­ Aqueles que não gostam de Ch{lrlOL, preciosos clcrncntos da pele de jovens son- ele Canard Eochainê>. conhc:cem-o.o maJ. Têm ensejo de cstu· Á animais, cuidadosamente seleccionados. dar uma personalidade única, o rcprc· Chamou a êsle produto, Oiocel. Os di­ :U p'sinu eom muitu srnuru reitos exclusivos respeitantes a esla Sem nexo, como a vida sentante, com Disney, da mais aulên· tica poesia.- llenri Duver11ois.-ePour a c6rM--Capa a c6rea surpreendente descoberta foram adqui­ Vous>. ridos, com grandes despesas, por To· Não há um metro inútil nem uma Eac. ISSO kalon. O 8iocel está agora combinado hnagem supérílua. Tudo está no seu lu­ com outros elementos revitalizantes e gar, bem enquadrado: a obta prima im- Charlot já não é tão bom como foi nutritivos, no Creme Tokalon Bioccl, 1 põe as suas leis. É u10 filme mal fcHo, Alimento para a Pele (Cô1· de Rosa). �eja, sem nexo, mas é imagem tlo nosso Heju·,cncscc a epiderme, suprime as E ccmo11 >odemos deixar de recordar com , tein >O, disparatada e sem nexo. �ão J Circo 1 : J saiidade, é forçoso coníessá ..Jo, o gran­ rugas e tonifica os músculos enfraque­ íoge ao (Juolidiauo ela pro­ ci dos da cara. As scnhoras de 50 a 60 de Charlot, o Charlot do e da cluc\:ão� as regras-se exislcm?-su­ As composições gráficos dos o.nos, podem obter uma beleza juvenil :1 (.!uimera do Ouro. que in\'ejarão muitas ntparjgas. Garan­ bordü1adas i,s quais julgamos esta e )l.lle Goddard é encanladora, mas as ., aquela película, são falsas quando se páginas desta revisto sõo de tia de 100.000 escudos por lelizes re­ cenas sentimentais quási nos não co­ sultados, senão, rcembôlso do dinheiro. trata de 1'empos Modernos. Esperemos, mo\'em; são por assim dizer, escamo­ 1 , façamos votos porque com))reendam RAUL FARIA DA FONSECA A venda em tôdas as per.fumarias e tcada.s. Não nos comove o seu apaixo­ ,, c�ta sátira terna e vjolenta dá sociccla­ nttdo miserável, êsse apaixonado que. boas casns do ramo. Não encontrando, dirija-se à Agência Tokalon (Secção fle estandardizada, cm que nos dcbu- noulros tempos, sabja encor1trar notaS lt1nos. :t J)reciso elogiar Chap_lin por C. J.-88, Rna da Assunção, Lisboa­ desgarradoras e intercalar, com abso­ se Ler insurgido contra ela, por ter re­ (IUC atende na volta do correio. lula segurança, entre as piores truani­ nunciado ao seu tão fáciJ poder de fa .. ces, momentos de idílio cheios de poc• zc1· rir, 1>arn levar o espectador a pen· sar. - Pierre 1/mnbourg - c:Vendre­ sia. Eis porque êste filme sem nexo que julgamos assistir a uma perpéluado Ouro im• miaire>. começa brilhantemente, levemente, aca­ provisaçüo. t�INE ••Jctl�NAL ba por nos deixar uma impressão in· ... ,\ excepção da Qttimer. > ingratidão que é peculiar no cinema, HNac,io e Athnlnldracio: T. da C dena do Alo, n iHmtenciam, como doutores. que a au� Tcldortc 2 IJU e 2un 1 Não estamos enganados. Oh! não ... sência do diálogo os aborreceu e que «Tempos Modernos» é o seu maior Comp.. 1.. p,01$0 e 1r1u1tu BERTRAND Urmiotl, Lda il pelic,Lla íaJla unidade. Pode ser que, quando o tempo decorrer Tru. da Condnsa do Mio 21-UibH êxito e fôr a altura de se proceder a unu, Esta opinião não passa de superfial. ASSINATURAS (p.1gament•, <1di11nt.tdo) Nenhum cineasta tem, mais que Cbarlie clnssiíicação, se diga que 'tempos Jlío.. lin. Em lodo o caso, é talvez o C,2 númtro, 1 "no 48$00 tôda a sua vida, tratou apenas um como em nunca atin­ m:.lis rico. É cómico de principio a fim, 2)t 6 nmet 24SOO Tem­ com cenas saUricas dunrn real dureza; 12 3 m��-. 12$00 posassunto Modernos do qual os seus filmes não são giram uma forma mais segura, mais E tt.lnit:iroe Colõni111, 52 mim, 1 ario b'>SOO· mais que capílulosO garoto sucessivos. Charlot Os deliciosa e mais sóbria. O artista cal· com momentos cm que só há fanlasia Circo. representam a continua .. cuia, provoca, doseía o riso com uma burlesca, ou aquele bom bumorPierre de Bost des­ ção lógica de de e do precisão matemâtica. Examinou cem ve· graçaão de que há lan lo gostamos. É Não podem separar-se dos episó­ zes, mil vezes o seu trabalho; no entan­ um filme onde há ludo.- dios precedentes. Todos êsscs pequenos to, como em lodos os perfeitos êxitos, - cVeudredi>. VISADO PELA COMISSÃO DE CENSURA CMll•JORIW. A Gron�B (xoo.sitõo mnemotoorófito �o �f A famos:.l Cinchindia da Uía, cm noras cJa \'OZ que o microfone recebe, N .\Ncubnbelsbcrg. perto de .Berlim. ll111i1 rc1u•rta1uc111 sc11sa,�iu1u1I se transformam em pulsações eléctr1- foi inaugurado h{1 dias um cer­ cas, e como o direclor de som, sentacto tame a que o sr. Klitzsch, seu a uma mesa de registo, regula a inlcn­ organizador e um dos dircctores da­ tt �crtn111c su.tacte e a qua1idaae do som, como as quela empresa, deu o título de «Expo­ ti ê s te � 11 ri os is si 111 putsações electricas sao em scguHJâ re- sição J>cnnruun1tc e educativa da Ufa». 1orça(ta=> perto de um milhão de vezes, É um certame de alto intcrêsse, ntto só rotogr&lactas, e ctc novo convertidas em para os cin-éfHos como também para ns Como nasce um filme As diversos etopos do reoli;zoçõo ondas sonóras, etc. Aprende-se o pro­ escolas, laboratórios cicntííicos, etc., cesso ele revelação do negativo e lu·a­ porquanto informa concrctnmcnte sV A cxposi\·ào ela Llía cn:,;ina lôdas es­ PoL' meio edaços de películas, e objectos prúli­ ractcnzaçôes, ctn distritm1çao de tuz e relaciona com a arte cinematográfica. produção. O \"isilante pode informur­ cos e científicos de tôda a sorte, de­ "té da faJ>ricação do cc1u101dc vírge111. O presidente da corporação cinemato­ se, por exemplo, sôbrc o J>r<..-ço aproxi­ monstra-se ao visitante da exposição a J:.1u outro modêlo acompanham·�e as gráfica do Heich, professor dr. Lehnich. mado que custan\ a cons1ruç,io de um participação dos mais dh1ersos factores rases do trabalho no Ja1>oratóno da disse no seu discurso de inauguraçüo cinema n1odcrno cuja estructura apre­ na prcpart,ção do filme: correntes li· Alifa, desde a revelação <10 negativo, ([UC êste, a-pesar-de sair da iniéialiva ciará num modêlo perfeito que repre­ terárias, doutrinas, progre,sos da cn· ate à copia J>ara o ctirector de cena, particular, é de alta irn])ortâncja cul­ senta tôda uma casa especialmente pre· genhari:.\ e ela técnica, rncrcantâlismo e montagem, e acabamento para a exibi­ tural para tôda a vida cincmatogritrica, parada para cinema, com todos os ;,u-te, etc., etc .. Aprende-se a apreviar ção 110 cinema. A rc\•etação e a monta· visto que em parte nenhuma do mundo detalhes, desde os alicerces até ao telha­ o trab.ilho dos arquiteclos e dos té­ gem ou corte do filme são das rnst's existe uma dcmon.strnção prática (LUC do. A parle comercial da exposição é cnicos; vê•se, em modêlos móveis, como mais jmportantcs para a estrucmra té­ se assemelhe a esta. O certame ministra completada por numerosos grMicos re­ se raz o registo fotográíico do som; ve­ cnica e artística de urna pn,auçao. a soma de conhecimentos necessários presentado as relações internacionais riíica-sc o aproveitamento dos (tltimos para se compreenderem as múltiJ>hls do filme, as bases económicos dos cine­ progressos e inventos ao ser\'iço da No mundo dos filmes culturais ramificações da indústria do filme, mas, n organização, o sislcma de distri­ preparação de um fUme. Nota-se o tra­ constituindo, neste p:.trticular, um ele­ bu'ição, a música dos filmes como ron­ balho do direclor de cena, vê-se como �a secção de filmes culturais e cdu­ mento de ensino J>ara a mocidade das te de receita pública, o valor da produ­ êle lranspõe a palavra escrita na paJa­ ,'J.ll\'O� a1>rc1Htc111•sc todos os ramos das cscolns e para os futuros candidatos a ção alemã nos vários paises do mundo, vra falada, e que bastam pequenos ges­ ,acncias cujos cnsmamentos estes fil­ artistas de cinema. etc. Todavia, esta secção crJmc1·ciaJ é tos e mo,·irncntos dós artistas para mes ú�cuttam c­ uma _pequena parte do todo que cons· acentuar e aperfeiçoar a expressão. dagõg1ca111cnle perfeita. l'or esta expo· O visitante cta exposição vé-sc cm titui o notável ccrtamen. �outra secc;ãQ, :O.tais adiante o visitante estaca, sur­ siçao ,•er1íi<.:a-se que os produlorcs de presença de uma enorme proíusão de mosLrarn-se aos ,•isilantes as divca·sas prêso, ao contemplar o trabaJho minu­ rumes culturais se utilizam de todas a� mapas, gráíicos, aparelhamentos técni­ ramificações artísticas e lécnicas do cioso e cientHicmnente exacto, dos de­ conquistas mais recentes da têc1uca e cos. modelos, aparelhagem dos estúdios, filme sonóro. Aí se vê o ponto de par­ coradores e dos desenhadores de ind11- da engenharia. Um insecto minusculo, figurinos, argumentos de filmes, músi­ tida de um filme, representado por uma menlária. uma .cpuaga de água>, por exem plo , cas, cníim tudo o que seja necessário ideia prestes a realizar-se ou por urna aparece na tela num tamanho que e para se acornpanbar a cvoJução de um obra literária, passando por tôdas as Números astronómicos 215.UUU vezes maior elo c1ue o tam�nho filinc desde o momento em que foi fases que vão terminar no argumento natural. O ar torna-se visivel por meio aceHa a ideia J)ara o enrêdo até o dia pronto para ser manjvelado. ::'\lcssas da lui polarizada, e o crcsci111cn10 de V!trias -artes e ofícios entram boje uma planta que oa natureza leva trcs ela sua estreia nos cinemas. Para aque­ fases primitivas desenvolve-se todo um em dia no trabalho cinematográíico. Só les que consideram o filme um misté­ formülável trabalho de criação e de semanas ou mais, desenrola-se no ci­ a Ufa gasta anualmente nos seus estú­ cm 20 segundos grnçns ao siste­ rio 1mpenetrável, êste certame consH­ pensamento. O que a _principio era uma dios 100.000 melros quadrados de tela, nema tue a l'eve)ação completa e vedeita dos simples ideia, escrita talvez em meia ma elo cretarctador>. lnversamcnte, 100.000 melros quadrados de madeira µara se manivelar o salto rápido cte um mais intrincados segredos. folha de p:1pcl, cle�envolve-se mais t�lr­ crnz·ada, 40.000 metros quadrados de de até atingir as proporções de volu­ tábuas, 300.000 metros lineares de fas­ veado ao retardador, sfto necessarü1=> mosos alfarrábios nos quais se fixaram quia, 20.000 quilos de pregos, 30.000 106 imagens, e para uma cena ele truque 5.000 cinemas! Alguns números as J>artes literárias e, não são somente os rém, ao mesmo tempo que se prepara todo um estúdio sem telhado, poden­ o argumento, fáz-se inicio a uma orga­ do-se pois admirar as secções < ue o mar co1n aparelhos hnpcrmeávcis, já actores, directorcs e técnicos que en­ 1 não é de data recente. No futuro, po­ tram na cornposiçílO de um filme, mus nização comercial que abNmge o rnun· compõem e onde se procede às filma• do inteiro e que procura assegurar o engenho­ r(:m, hu.-de sem J>ossível colocarem-:,e também muitas outras coisas de grande gens. Outros modêlos, muito JJrojcctores de luz no fundo do mar. valor na l>a1:111ça económica da nação. n�ndirnento do filme que vai .ser reali­ sos, re,·elam os segredos do filme so­ zado. Hntrc os apetrechos rnajs interessan­ Bastam alguns exemplos para elucidar uoro. Assim, vê-se como as ondas so· tes destacam-se as lele-objecti"as qm: o Jeitor �\ce1·ca da importância que o se p,-:rcccm com teJcscóJ)jos. As fotogrn­ cinema em geral assume na vida econó­ fu,s expostas no certamen mostram o mica do mundo. Na Alemanha há perto campo de actividade dêste sistema de de 5.000 cinemas, para os c1uais a in­ t>recisào. A cfunara cinematográfica dústria cinematográfica dêste ()ais pro­ \'U1gar, por exemplo, se quiser fotogra· duz anualmente 150 filmes de cs1,ectá­ far um veado, vê·Se obrigada a distan­ culo, 400 fiJmes culturais e educath·o�, ciar-se dêle, para não o assustar; o 600 filmes industriais e de protrnganda veado �1parecerá então, no fHme, crn e 260 jornais ciocmalográficos; só parn proporções pequeníssimas no meio ele estes últimos, há 100 operadores-repor­ uma pa·isagem de norcsta. Pc:,1-t:,n, com tcres espalhados por Lodo o mundo. O a Lcle-objecUva cAstl'à>, que é das mais capital investido na cinematografia modernas que cxislem ac1ualmente, a alemã atinge a importante soma �·,-.:..,q(.' ir ·�'<,; " V �' '1' ANO 1.º - N.º 26 - 13 DE ABRIL DE 1936 - SAI TODAS AS SEGUNDAS-FEIRAS - 16 PÁGINAS - PREÇO 1$00

Neste número: HENRI CARSON, "Manager» de estrelas célebres!