Cinema Marginal Brasileiro E Suas Fronteiras, Perspectiva Histórica

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

Cinema Marginal Brasileiro E Suas Fronteiras, Perspectiva Histórica CINEMA MARGINALBRASILEIRO FILMES PRODUZIDOS NOS ANOS 1960 E 1970 Esta não é apenas uma reedição do livro Cinema Marginal Brasileiro, é uma nova edição, com treze novos fi lmes em relação às duas primeiras, lançadas em 2001 e 2004. Entre longas, médias e curtas-metragens, são cinquenta obras catalogadas e analisadas, fi lmes produzidos em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais, apontando a amplitude desse vigoroso movimento. Um sem-número de artigos críticos e de refl exão sobre o nosso cinema, bibliografi a comentada e fi lmografi a completa dos diretores participantes das cinco edições da mostra “Cinema Marginal e suas fronteiras”, duas delas realizadas em São Paulo (2001 e 2009), uma no Rio de Janeiro (2002) e outra em Brasília (2004), além do vasto material iconográfi co. Pela profundidade e abrangência, trata-se, indiscutivelmente, da mais completa publicação sobre o Cinema Marginal (experimental) dos anos 1960 e 1970. Viva Jairo Ferreira, viva Rogério Sganzerla, viva Sylvio Renoldi viva Carlos Reichenbach, viva todos os cineastas participantes desta mostra! 1 Concepção editorial Eugenio Puppo Vera Haddad Heloisa Cavalcanti de Albuquerque Pesquisa de imagens Alexandre Britto FILMES PRODUZIDOS NOS ANOS 1960 E 1970 Eugenio Puppo Marina Leme Produção editorial Eugenio Puppo Matheus Sundfeld Direção de arte e ilustrações Pedro Di Pietro Revisão de textos Lila Rodriguez Zanetti Edição e organização Thyago Nogueira EUGÊNIO PUPPO Coordenação e produção gráfica GFK Comunicação Impressão Stilgraf Heco Produções Ltda., 2012. Todos os direitos reservados www.portalbrasileirodecinema.com.br [email protected] 2 3 CINEMA MARGINAL BRASILEIRO NA CINEMATECA PORTUGUESA Temos grande satisfação em apresentar, no âmbito do Ano Brasil O cinema brasileiro permanece pouco visto em Portugal, sobretudo se pensarmos em uma Portugal, a mostra Cinema Marginal Brasileiro e suas Fronteiras, perspectiva histórica. Ao longo dos anos, a Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema que congrega os esforços das cinematecas Brasileira e Portuguesa, organizou ciclos genéricos de autores consagrados do cinema brasileiro, mas os anos da Heco Produções e do Ministério das Relações Exteriores para passam depressa. Se excetuarmos a retrospectiva de Glauber Rocha, organizada já neste levar ao público português uma parcela bastante representativa de ano de 2012 com a colaboração da Cinemateca Brasileira, os mais recentes ciclos de filmes marcantes da cinematografia brasileira, produzidos nos anos cineastas brasileiros consagrados que organizamos foram em 2007 e 2011, dedicados 1960 e 1970. respectivamente a Joaquim Pedro de Andrade e Júlio Bressane. Para esta programação, que dialoga com a mostra produzida pela O último ciclo genérico dedicado ao cinema brasileiro organizado pela Cinemateca Heco Produções em 2004, serão apresentadas desde obras mais Portuguesa data de 2000, ano do quinto centenário do descobrimento (ou achamento) do conhecidas, como Matou a família e foi ao cinema, de Júlio Bressane, Brasil. O ciclo intitulou-se precisamente “Cinema brasileiro: descobertas e achamentos”. até filmes que não tiveram muita circulação e foram restaurados Foi um ciclo “autorista”, que deixou de lado gêneros e características de produção, como a no âmbito das duas edições do Programa de Restauro de Filmes chanchada e a Vera Cruz, e incluiu apenas obras exigentes e pessoais, como Limite, Ganga Cinemateca Brasileira – Petrobras, como O homem e sua jaula, de bruta, Sangue mineiro, Brasa dormida, Triste trópico, Menino de engenho, Uirá, além de Fernando Coni Campos e Paulo Gil Soares, ou os curtas Lacrimosa três obras emblemáticas do Cinema Marginal: Matou a família e foi ao cinema, Jardim de e Porto de Santos, de Aloysio Raulino. guerra (na versão retalhada pela censura) e O Bandido da Luz Vermelha. Também está aqui representada a diversidade de ações de Já se passaram doze anos. É, por conseguinte, indispensável que os espectadores restauração, preservação e difusão da Cinemateca Brasileira: além portugueses possam ter contato com um aspecto importantíssimo do cinema brasileiro, que dos trabalhos cotidianos e do Programa de Restauro, há cópias foi ignorado e ocultado durante muito tempo: o Cinema Marginal, underground, cosmopolita produzidas pelo Programa de Preservação e Difusão de Acervos e experimental, uma das facetas mais ricas e originais da cultura brasileira. O ciclo “Cinema Audiovisuais, o Programa Curtas Paulistas e o projeto Clássicos & Marginal brasileiro e suas fronteiras” vem finalmente cobrir essa lacuna e revelar um Raros do Nosso Cinema. surpreendente arquipélago cinematográfico. Este é, para nós, um momento especial principalmente pela Na origem do projeto, que conta mais uma vez com a inestimável colaboração da Cinemateca perspectiva de fortalecer o intercâmbio entre as duas cinematecas Brasileira – que cedeu as cópias e contribuiu para viabilizar o ciclo através de vários e possibilitar a divulgação de um movimento controverso, mas sem apoios logísticos – esteve, acima de tudo, a iniciativa de Eugênio Puppo, a quem se deve a dúvida riquíssimo de nossa produção cinematográfica. concepção da grelha de programação e a organização deste catálogo. Surgido na sequência do ciclo dedicado a Glauber Rocha, foi pensado como etapa de um percurso que deverá Cinemateca Brasileira ainda prosseguir com outra vertente, ao mesmo tempo próxima e autonomizável desta: o ciclo dedicado ao “cinema da Boca do Lixo”, que procuraremos concretizar no próximo ano. A Cinemateca Portuguesa agradece a Eugênio Puppo e a equipa da Heco Produções, assim como a Carlos Magalhães, diretor da Cinemateca Brasileira, e a sua equipa todo o empenho que colocaram nesta iniciativa e todo o apoio organizativo que tornou a mostra viável. A exploração de territórios ainda desconhecidos do cinema brasileiro deverá, portanto, prosseguir no próximo ano, a par de novas iniciativas de divulgação da história do cinema português no Brasil. A direção da Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema Maria João Seixas José Manuel Costa 4 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO - Eugênio Puppo ______________________________________________________________________________10 CINEMA BRASILEIRO CINEMA MARGINAL? – Jean-Claude Bernardet ____________________________________________________________________12 PASSOS E DESCOMPASSOS À MARGEM – Rubens Machado Jr. ____________________________________________________18 O CINEMA MARGINAL REVISITADO, OU O AVESSO DOS ANOS 1990 – Ismail Xavier __________________________________23 NO MEIO DA TEMPESTADE – Inácio Araújo ________________________________________________________________________27 PAI CONTRA FILHO (E VICE-VERSA) – João Carlos Rodrigues _______________________________________________________29 TRIUNFO NA DERROTA – Paulo Sacramento ______________________________________________________________________30 CINEMA MARGINAL LONGAS-METRAGENS À MEIA-NOITE LEVAREI SUA ALMA (José Mojica Marins) – André Barcinski ___________________________________________34 A MARGEM (Ozualdo R. Candeias) – Inácio Araújo _________________________________________________________________36 VIAGEM AO FIM DO MUNDO (Fernando Coni Campos) – Hernani Heffner ____________________________________________38 CÂNCER (Glauber Rocha) – Pedro Paulo Rocha ____________________________________________________________________40 HITLER 3º MUNDO (José Agrippino de Paula) – Vitor Angelo ________________________________________________________42 JARDIM DE GUERRA (Neville d’Almeida) – Remier Lion _____________________________________________________________44 O BANDIDO DA LUZ VERMELHA (Rogério Sganzerla) – João Carlos Rodrigues________________________________________46 DESESPERATO (Sérgio Bernardes Filho) – Ruy Gardnier ____________________________________________________________48 RITUAL DOS SÁDICOS (O DESPERTAR DA BESTA) (José Mojica Marins) – Ruy Gardnier _______________________________50 METEORANGO KID, O HERÓI INTERGALÁTICO (André Luiz Oliveira) – Luiz Otávio dos Santos __________________________52 MATOU A FAMÍLIA E FOI AO CINEMA (Júlio Bressane) – Alcino Leite Neto ____________________________________________54 UM HOMEM E SUA JAULA (Paulo Gil Soares e Fernando Coni Campos) – João Carlos Rodrigues _______________________56 O ANJO NASCEU (Júlio Bressane) – João Carlos Rodrigues _________________________________________________________58 O PROFETA DA FOME (Maurice Capovilla) – Juliano Tosi ____________________________________________________________60 CAVEIRA MY FRIEND (Alvaro Guimarães) – André Setaro ___________________________________________________________61 O HOMEM DO CORPO FECHADO (Schubert Magalhães) – Victor Hugo ______________________________________________62 SAGRADA FAMÍLIA (Sylvio Lanna) – Remier Lion ___________________________________________________________________63 REPÚBLICA DA TRAIÇÃO (Carlos Alberto Ebert) – Arthur Autran _____________________________________________________64 OS MONSTROS DE BABALOO (Elyseu Visconti) – João Carlos Rodrigues _____________________________________________66 ORGIA OU O HOMEM QUE DEU CRIA (João Silvério Trevisan) – Guiomar Ramos ______________________________________68 PERDIDOS E MALDITOS (Geraldo Veloso) – Ruy Gardnier ___________________________________________________________70 SEM ESSA, ARANHA (Rogério Sganzerla) – Remier Lion ____________________________________________________________72 A HERANÇA (Ozualdo R. Candeias) – Vitor Angelo _________________________________________________________________74 BANG BANG (Andrea Tonacci) – Alcino Leite Neto _________________________________________________________________76
Recommended publications
  • Qt2wn8v8p6.Pdf
    UCLA UCLA Electronic Theses and Dissertations Title Reciprocity in Literary Translation: Gift Exchange Theory and Translation Praxis in Brazil and Mexico (1968-2015) Permalink https://escholarship.org/uc/item/2wn8v8p6 Author Gomez, Isabel Cherise Publication Date 2016 Peer reviewed|Thesis/dissertation eScholarship.org Powered by the California Digital Library University of California UNIVERSITY OF CALIFORNIA Los Angeles Reciprocity in Literary Translation: Gift Exchange Theory and Translation Praxis in Brazil and Mexico (1968-2015) A dissertation submitted in partial satisfaction of the requirements for the degree Doctor of Philosophy in Hispanic Languages and Literatures by Isabel Cherise Gomez 2016 © Copyright by Isabel Cherise Gomez 2016 ABSTRACT OF THE DISSERTATION Reciprocity in Literary Translation: Gift Exchange Theory and Translation Praxis in Brazil and Mexico (1968-2015) by Isabel Cherise Gomez Doctor of Philosophy in Hispanic Languages and Literatures University of California, Los Angeles, 2016 Professor Efraín Kristal, Co-Chair Professor José Luiz Passos, Co-Chair What becomes visible when we read literary translations as gifts exchanged in a reciprocal symbolic economy? Figuring translations as gifts positions both source and target cultures as givers and recipients and supplements over-used translation metaphors of betrayal, plundering, submission, or fidelity. As Marcel Mauss articulates, the gift itself desires to be returned and reciprocated. My project maps out the Hemispheric Americas as an independent translation zone and highlights non-European translation norms. Portuguese and Spanish have been sidelined even from European translation studies: only in Mexico and Brazil do we see autochthonous translation theories in Spanish and Portuguese. Focusing on translation strategies that value ii taboo-breaking, I identify poet-translators in Mexico and Brazil who develop their own translation manuals.
    [Show full text]
  • A Crítica Isomórfica De Haroldo De Campos
    DOI: https://doi.org/10.35520/flbc.2019.v11n22a31701 ISSN:1984-7556 A crítica isomórfica de Haroldo de Campos Max Lima da Silva* “A novidade, novidade do material e do procedimento, é indispensável para toda obra poética”. Vladimir Maiakóvski Campos gerais Dedicar-se a múltiplas tarefas de um mesmo âmbito não mais configura alguma novidade ou motivo de fascínio, seja lá qual for a ocupação do indivíduo que as exerce. Tomemos como campo geral a literatura; não é difícil citar nomes que tenham se dedicado simultaneamente à tarefa crítica, à produção literária e à tradução, para dar um exemplo. Baudelaire, para citar apenas um autor, des- tacou-se não apenas pelas suas traduções de Edgar Allan Poe, mas também pela extraordinária qualidade de sua produção literária, bem como por sua engenhosa crítica parcial. Nesse contexto, fazer um elogio da produção intelectual de Haroldo de Campos (1929- 2003), poeta, tradutor e crítico literário brasileiro, representa puro e entediante exercício de repetição de uma tradição que é antiga e já não guarda mais nenhum frescor. A capacidade múltipla de criar, cotejar criticamente e mesmo produzir um texto literário relevante já não nos choca mais e, possivelmente, já não chocava em 1845, * Mestrando em Literatura Brasileira na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fórum Lit. Bras. Contemporânea, Rio de Janeiro, v. 11, nº 22, pp. 53-76, jul-dez. 2019. 54 Artigos quando Baudelaire, nosso querido exemplo, trazia a público seu primeiro ensaio crítico. No entanto, há uma possível perspectiva para o vislumbrar da produção de Haroldo de Campos que deve causar aos menos conhecedo- res de sua obra uma espécie de curiosidade: no universo desse pensador, crítica, tradução e produção poética assumem um estatuto isomórfico; elas deixam de ser exercícios individuais para se firmarem como epifanias umas das outras, impregnando quaisquer escritos com um dinamismo metamórfico.
    [Show full text]
  • 61 Wlademir Dias-Pino E Silva Freire: Revalidação De Uma
    ISSN: 2316-3933 Online REVISTA ECOS Programa de Pós-graduação em Estudos Literários/ UNEMAT Programa de Pós-graduação em Linguística/ UNEMAT Centro de Estudos e Pesquisas em Literatura Centro de Estudos e Pesquisas em Linguagem DOI: 10.30681/issn23163933v29n02/2020p44-73 WLADEMIR DIAS-PINO E SILVA FREIRE: REVALIDAÇÃO DE UMA VANGUARDA POÉTICA SURGIDA EM MATO GROSSO *** WLADEMIR DIAS-PINO Y SILVA FREIRE: REVALIDACIÓN DE UNA VANGUARDIA POETICA SURGIDA EN MATO-GROSSO 1 Isaac Newton Almeida Ramos Recebimento do texto: 15/03/2020 Data de aceite: 22/04/2020 RESUMO: Este ensaio discute as poéticas de vanguarda de Wlademir Dias-Pino e Silva Freire, a partir do surgimento do Intensivismo, movimento literário surgido em Mato Grosso, no final da década de 40, que antecedeu ao Concretismo e a poesia visual do final do século XX. Para fundamentar este estudo, utilizamo-nos de alguns estudos críticos e de análise comparada com poemas destes autores com os paulistas Augusto de Campos e Haroldo de Campos. PALAVRAS-CHAVE: Vanguardas poéticas; Wlademir Dias-Pino; Silva Freire; Augusto de Campos; Haroldo de Campos. RESUMEN: Este ensayo discute las poéticas de vanguarda de Wlademir Dias-Pino y Silva Freire a partir del surgimento del Intensivismo, movimiento literário surgido en Mato Grosso, en el final de la década de 40, que precedió al Concretismo y la poesia visual del final del siglo XX. Para fundamentar este estúdio, utilizamo-nos de algunos estúdios críticos y de análise comparada con poemas de estes autores con los paulistas Augusto de Campos y Haroldo de Campos. PALABRAS-LLAVE: Vanguardas poéticas; Wlademir Dias-Pino; Silva Freire; Augusto de Campos; Haroldo de Campos.
    [Show full text]
  • Haroldo E Augusto De Campos Resumem O Que Há De Mais Moderno Na Cena Brasileira De Tradução, Principalmente No Que Se Refere À Poética
    UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO Curso: Estudos de Literatura Área de Concentração: Literatura Comparada TRADUZINDO MOLL FLANDERS: AS VERSÕES DE LUCIO CARDOSO E ANTONIO ALVES CURY SOB A PERSPECTIVA DOS ESTUDOS DE TRADUÇÃO AMANDA RAMOS FRANCISCO Dissertação apresentada à Universidade Federal do Rio Grande do Sul como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Letras. Orientadora: Prof. Dra. Sara Viola Rodrigues Porto Alegre, 2003. AGRADECIMENTOS À minha amada mãe, Eloá, por seu suporte e amor incondicionais. À professora Sara Viola Rodrigues, por sua disposição em me receber como sua orientanda, por sua amabilidade e por seus conselhos preciosos. À minha família e aos meus amigos, pelo incentivo e apoio recebidos. Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Letras, por me ensinarem diferentes lições. Aos funcionários do Programa de Pós-Graduação em Letras, por sua disposição e seu trabalho. À Capes, que me concedeu um período com uma bolsa de estudos, período no qual mais pude me dedicar a esta dissertação. 2 SUMÁRIO RESUMO 4 ABSTRACT 5 INTRODUÇÃO 6 1 OS ESTUDOS DE TRADUÇÃO NA ATUALIDADE 10 1.1 Os Estudos de Tradução: nascimento e desenvolvimento 10 1.2 A Emancipação dos Estudos de Tradução 53 2. TRADUÇÃO LITERÁRIA NO BRASIL 58 3. VISUALIZANDO DUAS TRADUÇÕES DE MOLL FLANDERS: UMA ANÁLISE COMPARATISTA 73 3.1 As Obras Traduzidas 75 3.2 Análises Microcontextual e Macrocontextual 78 3.3 Considerações Extratextuais 123 PALAVRAS FINAIS 132 REFERÊNCIAS 135 3 RESUMO Os fenômenos da tradução, assim como vários dos diversos percursos históricos e teóricos apresentados ao longo da História sobre o tema, serão explicitados e discutidos.
    [Show full text]
  • Formas Do Cronotopo Do Realismo Fantástico Nas Telenovelas De Dias Gomes E Suas Zonas De Contato Com O Presente Histórico Brasileiro1
    revista Fronteiras – estudos midiáticos 22(1):109-121 janeiro/abril 2020 Unisinos – doi: 10.4013/fem.2020.221.10 Formas do cronotopo do realismo fantástico nas telenovelas de Dias Gomes e suas zonas de contato com o presente histórico brasileiro1 Forms of the chronotope of fantastic realism in Dias Gomes telenovelas and its areas of contact with the present Brazilian history Daniela Jakubaszko2 [email protected] Joyce Simplicia de Moraes2 [email protected] Lucas Lunguinho Soares2 [email protected] RESUMO ABSTRACT Este artigo apresenta parte dos resultados de uma pesquisa cujo This research aims to analyze, from the study of the forms objetivo é analisar, a exemplo do estudo das formas do ‘cronotopo’ of ‘chronotope’ undertaken by M. Bakhtin (1993, 2006), the empreendido por M. Bakhtin (1993; 2006), a produção de sentidos production of meanings of four telenovelas representing the de quatro telenovelas representantes do realismo fantástico de fantastic realism of Dias Gomes (O Bem Amado, Saramandaia, Dias Gomes (O Bem Amado, Saramandaia, Roque Santeiro, O Roque Santeiro, The End of the World). The central concern, Fim do Mundo). A preocupação central, a exemplo de Bakhtin, é like Bakhtin’s, is to realize how the categories of time-space a de perceber como se articulam na ficção as categorias de tempo- (fictional and historical) are articulated in fiction and the image espaço (ficcionais e históricas) e a imagem dos variados tipos de of the various types of Brazilian citizens represented there, cidadãos brasileiros ali representados, de forma a consolidar para so as to consolidate beyond their time history of production, além de seu tempo histórico de produção, as narrativas e conflitos the narratives and conflicts that emerge from this articulation.
    [Show full text]
  • Cintia Lima Crescêncio
    Dizer-se feminista no Brasil entre os anos 1970 e 1980 Cíntia Lima Crescêncio * “Ela era muito feia e agressiva, e daí em diante passou a fazer parte do inconsciente coletivo brasileiro como o modelo de mulher que as outras, as que quisessem continuar femininas, não deveriam imitar” (MURARO, 2001: 17), afirmava Rose Marie Muraro em publicação de 2001 sobre Betty Friedan. A brasileira que 30 anos depois da passagem da autora de Mística Feminina pelo Brasil a aponta como feia e agressiva, é também uma feminista engajada e empenhada na defesa dos direitos das mulheres. De acordo com Rose Marie Muraro: “É com o feminismo que a mulher aprende a adquirir uma identidade autônoma, isto é, deixa de ver-se com os olhos do homem e passa a ver-se com seus próprios olhos [...]” (MURARO, 2001: 105). A mesma feminista que apontou a feiúra e a agressividade de um dos nomes mais importantes dos feminismos de segunda onda 1 ressaltou também que o feminismo, como ideologia e acontecimento, permitiu à mulher a construção de uma identidade autônoma. É baseada nessas contradições que apresento a proposta do presente artigo: refletir a respeito das estratégias discursivas adotadas por feministas brasileiras na época de emergência dos movimentos feministas no Brasil em um veículo da grande imprensa – revista Veja 2 – , notadamente nas décadas de 1970 e 1980, articulando-as a entrevistas com feministas militantes realizadas pela equipe do Laboratório de Estudos de Gênero e História - LEGH da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC a partir do projeto “Conesul: ditaduras, gênero e feminismo (1960-1990)”.
    [Show full text]
  • O Brasil Descobre a Dança Descobre O Brasil
    O TALHO NA CMESMIE Os milênios pertencem a ordenações soberanas. Conversas de fim de século geralmente tratam de momentos críticos e decisões irrevogáveis. As de agora, sopram prováveis e variados holocaustos, mas também diversas possibilidades de redenção. Clamam por urgências ecológicas, pela atenção com a saúde pessoal e do planeta; redimensionam questões nacionais, uma vez que as novas tecnologias de informação estão desenhando um mundo por conhecer. Qual o figurino indicado para uma troca de milênio? O motor do ato, aqui, se impele dos traços nascidos nos últimos anos deste 1900, mas não marcha nas hostes milenaristas (como se comportar perante os três zeros das datas que serão cabeçalhos de nossa futura correspondência? Zero-pai, zero-filho, zero-espírito santo, como diz Peter Sloterdijk?). Nem se abriga nas dobras amigáveis de uma historiografia oficial, cronológica na sua seqüência linear. Primeiro, porque ela não está sequer escrita. E depois, singrar outras faces em paisagens conhecidas é o que abre o breu. Na ausência de pernas, cavalgaremos com a ciência. Ciência: do que se desprende o nosso cotidiano. Às vezes, nem atentamos para sua presença. Distraídos, continuamos pensando que se trata de exclusividade de laboratório de cientista. Mas não. Escolher uma hipótese (por que uma, aquela, e não qualquer outra?), testá-la indutivamente e, em seguida, elaborar uma dedução a respeito das conclusões obtidas é o que cada um de nós faz a cada dia quando, por exemplo, abre a janela e escolhe com que roupa vai sair de casa. O ponto de partida, a idéia básica do trabalho, se centra num fenômeno tipicamente brasileiro conhecido por Ballet Stagium.
    [Show full text]
  • Universidade Estadual De Campinas Sandra Cristina
    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE ARTES SANDRA CRISTINA NOVAIS CIOCCI CANTORES E CANÇÕES NOS FILMES DA ATLÂNTIDA SINGERS AND SONGS ON ATLÂNTIDA’S MOVIES CAMPINAS 2015 SANDRA CRISTINA NOVAIS CIOCCI CANTORES E CANÇÕES NOS FILMES DA ATLÂNTIDA Tese apresentada ao Programa de pós-graduação em Música, do Instituto de Artes, da Universidade Estadual de Campinas, como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do título de Doutora em Música, na área de Fundamentos Teóricos. Thesis presented to the Music postgraduate program, from Arts Institute, on Universidade of Campinas, in part fulfillments of requirements for obtain the degree of doctor, in Theoretical Foundations area. Orientador: CLAUDINEY RODRIGUES CARRASCO ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À VERSÃO FINAL DA TESE DEFENDIDA PELA ALUNA SANDRA CRISTINA NOVAIS CIOCCI, E ORIENTADA PELO PROF. DR. CLAUDINEY RODRIGUES CARRASCO CAMPINAS 2015 Dedico este trabalho a três profissionais do cinema brasileiro que, atenciosamente, despenderam horas para fornecer detalhes para esta pesquisa. Ao diretor Carlos Manga, o rei da comédia, profissional incansável, criativo, apaixonado pela música brasileira. A Adelaide Chiozzo, a cantora eternizada nas comédias da Atlântida. A Billy Blanco, um compositor que emprestou a genialidade das suas canções para o cinema brasileiro. AGRADECIMENTOS Agradeço à UNICAMP, que considero minha segunda casa. Ao apoio da Rede Globo de televisão por meio do programa Globo Universidade, por ter aberto seus arquivos e agendado entrevistas fundamentais para a obtenção de dados. Aos professores que, mesmo não sendo meus orientadores, despenderam tempo lendo, comentando e corrigindo meus textos, trabalhos e planejamentos de aula: Rafael dos Santos, José Roberto Zan, Maria José Carrasqueira e Sara Lopes.
    [Show full text]
  • Os Registros Audiovisuais De Ozualdo Candeias E As Memórias Do Cinema Da Boca Em Santa Efigênia
    OS REGISTROS AUDIOVISUAIS DE OZUALDO CANDEIAS E AS MEMÓRIAS DO CINEMA DA BOCA EM SANTA EFIGÊNIA HERTA FRANCO, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, SÃO PAULO, BRASIL. Historiadora pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP) e doutora pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da mesma instituição (FAU-USP). E-mail: [email protected] RECEBIDO 27/02/2018 DOI APROVADO http://dx.doi.org/10.11606/issn.1980-4466.v14i27p187-216 15/04/2019 Rev. CPC, São Paulo, n.27, p.187-216, jan./jul. 2019. 187 OS REGISTROS AUDIOVISUAIS DE OZUALDO CANDEIAS E AS MEMÓRIAS DO CINEMA DA BOCA EM SANTA EFIGÊNIA HERTA FRANCO RESUMO Neste artigo, propomos uma análise da produção do fotógrafo e diretor de cinema Ozualdo Candeias sobre a Rua do Triunfo, no centro de São Paulo, onde estava situado o chamado “Cinema da Boca do Lixo”, entre os anos 1960 e 1980. As obras registram a paisagem e os profissionais engajados na atividade cinematográfica exercida em dezenas de empresas dedicadas à produção, distribuição, locação e exibição de filmes, atraídas para os arre- dores das estações ferroviárias e rodoviária. As imagens analisadas foram feitas entre os anos 1960 e 2000, período marcado pela refuncionalização do Centro, que incluiu a patrimonialização da região e a formação de um novo polo cultural para a cidade. Assim, além de serem fonte para a história do cinema paulistano, esses registros contribuem para os estudos sobre a história de São Paulo e sobre cultura visual, elucidando aspectos funda- mentais para a compreensão das dinâmicas espaciais e sociais existentes na região.
    [Show full text]
  • GIOVANNI IMPROTTA É O Primeiro Longa-Metragem Dirigido Por José Wilker
    ASSESSORIA DE IMPRENSA Rio de Janeiro: Gilda Mattoso e Marcus Vinicius Tel: 21 2523-1553 [email protected] São Paulo: F&M ProCultura - Assessoria de Imprensa 2 Tel.: 11 3263-0197 Flavia Miranda: [email protected] Fernando Oriente: [email protected] SINOPSE CURTA GIOVANNI IMPROTTA conta a história de um contraventor que deseja ascender socialmente e se legalizar. Seu desejo em se tornar celebridade, acaba lhe botando em enrascadas com a policia, o jogo do bicho e com sua família. Acaba traído, na mira da mídia e da polícia, sob uma injusta acusação de assassinato, difícil de ser resolvida por vias legais. FICHA TÉCNICA Brasil, 2013, 100 min Elenco: José Wilker, Andrea Beltrão, Thelmo Fernandes, André Mattos, Gillray Coutinho, Julia Gorman, Yago Machado, Norival Rizzo, Roney Villela, Paulo Mathias Jr, Thogun Teixeira, Cristina Pereira, Gregório Duvivier , Alcemar Vieira, Eduardo Galvão Participações Especiais: Milton Gonçalves, Othon Bastos, Hugo Carvana, Guida Vianna, Paulo Goulart , Jô Soares INSPIRADO NO LIVRO PRENDAM GIOVANNI IMPROTTA DE AGUINALDO SILVA Roteiro: Mariana Vielmond e Rafael Dragaud Roteiro final: Mariana Vielmond Pesquisa: Claudia Maximino Fotografia: Lauro Escorel, ABC Direção de Arte: Cláudio Amaral Peixoto Maquiagem: Marlene Moura Figurino: Beth Filipecki e Renaldo Machado Som Direto: Jorge Saldanha Desenho de Som: Francois Wolf Trilha Sonora: Gui Amabis Mixagem: André Tadeu Montagem: Quito Ribeiro, edt Diretor Assistente: Tomás Portella Produtor Executivo: Fernando Zagallo Produtores Associados: Guel Arraes e Patrick Siaretta Co-produção: Sony Pictures, Globofilmes, RioFilme, MI, Teleimage Produzido por Renata de Almeida Magalhães e Carlos Diegues 3 Direção: José Wilker GIOVANNI IMPROTTA é o primeiro longa-metragem dirigido por José Wilker.
    [Show full text]
  • Atas-Vencontroanualaim.Pdf
    FICHA TÉCNICA Título: Atas do V Encontro Anual da AIM Ed. Sofia Sampaio, Filipe Reis e Gonçalo Mota Editor: AIM – Associação de Investigadores da Imagem em Movimento Ano: 2016 Capa: atelierdalves.com Paginação: Paulo Cunha ISBN: 978-989-98215-4-5 www.aim.org.pt 2 ÍNDICE Introdução: Para a leitura das Atas do V Encontro Anual da AIM Sofia Sampaio, Filipe Reis e Gonçalo Mota TEORIA E ANÁLISE DA IMAGEM Images out of time: archival spectres in Daniel Blaufuks’ As If Daniela Agostinho O plano-sequência como construção de um tempo cinematográfico reflexivo Nelson Araújo No Reflex: ambivalência da imagem pós-hermenêutica Vania Baldi A imagem-documento no filme Um Filme Falado (2003), de Manoel de Oliveira Rafael Wagner dos Santos Costa Regimes temporais das imagens Antonio Fatorelli 2086: da vídeo-vigilância à imagem emergente Fernando Gerheim Imagem-operativa/imagem-fantasma: a perceção sintética e a industrialização do não-olhar em Harun Farocki Rui Matoso Individuação, mise-en-scène e ligne de temps Carlos Natálio A aura e o punctum da imagem mecânica Isabel Nogueira “Adeus aos dramas”: a escuta e a imaginação em Begone Dull Care Rodrigo Fonseca e Rodrigues Deleuze, imagens em movimento e imagens-atração Susana Viegas A unidade plástica nos filmes de Robert Wiene Rafael Morato Zanatto 3 CINEMA, MEMÓRIA E PODER Paisagismo psicogeográfico: as paisagens intermitentes de California Company Town e Ruínas Iván Villarmea Álvarez O cinema como ética Sérgio Dias Branco Adaptación y apropiación en el cine religioso: Fátima como espacio cinematográfico-teológico.
    [Show full text]
  • Histórias E Causos Do Cinema Brasileiro
    Zelito Viana Histórias e Causos do Cinema Brasileiro Zelito Viana Histórias e Causos do Cinema Brasileiro Betse de Paula São Paulo, 2010 GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Governador Alberto Goldman Imprensa Oficial do Estado de São Paulo Diretor-presidente Hubert Alquéres Coleção Aplauso Coordenador Geral Rubens Ewald Filho No Passado Está a História do Futuro A Imprensa Oficial muito tem contribuído com a sociedade no papel que lhe cabe: a democra- tização de conhecimento por meio da leitura. A Coleção Aplauso, lançada em 2004, é um exemplo bem-sucedido desse intento. Os temas nela abordados, como biografias de atores, di- retores e dramaturgos, são garantia de que um fragmento da memória cultural do país será pre- servado. Por meio de conversas informais com jornalistas, a história dos artistas é transcrita em primeira pessoa, o que confere grande fluidez ao texto, conquistando mais e mais leitores. Assim, muitas dessas figuras que tiveram impor- tância fundamental para as artes cênicas brasilei- ras têm sido resgatadas do esquecimento. Mesmo o nome daqueles que já partiram são frequente- mente evocados pela voz de seus companheiros de palco ou de seus biógrafos. Ou seja, nessas histórias que se cruzam, verdadeiros mitos são redescobertos e imortalizados. E não só o público tem reconhecido a impor- tância e a qualidade da Aplauso. Em 2008, a Coleção foi laureada com o mais importante prêmio da área editorial do Brasil: o Jabuti. Concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), a edição especial sobre Raul Cortez ganhou na categoria biografia. Mas o que começou modestamente tomou vulto e novos temas passaram a integrar a Coleção ao longo desses anos.
    [Show full text]