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FICHA TÉCNICA Título: Atas do V Encontro Anual da AIM Ed. Sofia Sampaio, Filipe Reis e Gonçalo Mota Editor: AIM – Associação de Investigadores da Imagem em Movimento Ano: 2016 Capa: atelierdalves.com Paginação: Paulo Cunha ISBN: 978-989-98215-4-5 www.aim.org.pt 2 ÍNDICE Introdução: Para a leitura das Atas do V Encontro Anual da AIM Sofia Sampaio, Filipe Reis e Gonçalo Mota TEORIA E ANÁLISE DA IMAGEM Images out of time: archival spectres in Daniel Blaufuks’ As If Daniela Agostinho O plano-sequência como construção de um tempo cinematográfico reflexivo Nelson Araújo No Reflex: ambivalência da imagem pós-hermenêutica Vania Baldi A imagem-documento no filme Um Filme Falado (2003), de Manoel de Oliveira Rafael Wagner dos Santos Costa Regimes temporais das imagens Antonio Fatorelli 2086: da vídeo-vigilância à imagem emergente Fernando Gerheim Imagem-operativa/imagem-fantasma: a perceção sintética e a industrialização do não-olhar em Harun Farocki Rui Matoso Individuação, mise-en-scène e ligne de temps Carlos Natálio A aura e o punctum da imagem mecânica Isabel Nogueira “Adeus aos dramas”: a escuta e a imaginação em Begone Dull Care Rodrigo Fonseca e Rodrigues Deleuze, imagens em movimento e imagens-atração Susana Viegas A unidade plástica nos filmes de Robert Wiene Rafael Morato Zanatto 3 CINEMA, MEMÓRIA E PODER Paisagismo psicogeográfico: as paisagens intermitentes de California Company Town e Ruínas Iván Villarmea Álvarez O cinema como ética Sérgio Dias Branco Adaptación y apropiación en el cine religioso: Fátima como espacio cinematográfico-teológico. Silvia Caramella Dança e cinema: o pax-de-deux das duas artes do movimento do século XX Maria João Castro O trágico em Pedro Costa: notas sobre Ossos (1997) Ana Flávia de Andrade Ferraz Espectros da luta de libertação na Guiné-bissau Catarina Laranjeiro De mercados de rua, álbuns de guerra e filmes de família à prática artística contemporânea: descolonizando o presente através do arquivo colonial Ana Balona de Oliveira O cinema nos regimes autoritários: estudo comparativo dos casos espanhol e português (1930-1950) Carla Ribeiro A memória Fabulada e as Histórias do Mundo Maria Henriqueta Creidy Satt TEORIA DOS CINEASTAS E AUTORES O pensamento documental de Linduarte Noronha Eduardo Tulio Baggio Nada temos de nosso: um estudo de caso sobre o cinema de Miguel Gonçalves Mendes Helena Brandão No início era o fim: a (des)ordem intencional de Irréversible, de Gaspar Noé Fátima Chinita Godard, o Grupo Dziga Vertov e a destruição do cinema Leonardo Esteves 4 Glauber Rocha e Gutiérrez Alea, Eisenstein e Brecht Maria Alzuguir Gutierrez Cassavetes, Pialat e Ferrara: uma ética da força Edson Costa Júnior Caminhos e resistências de uma montagem nuclear Érico Oliveira de Araújo Lima Como amar um assassino? Mecanismos de empatia em Badlands, de Terrence Malick João de Mancelos Os filmes de viagem de Manoel de Oliveira: uma crítica eurocêntrica? Wiliam Pianco O que é o cinema novo? O debate entre gerações durante a emergência do movimento no Brasil Pedro Plaza Pinto O experimental no cinema português e brasileiro: António Reis, Paulo Rocha, Arthur Omar e Aloysio Raulino Guiomar Ramos A mise-en-scène e o retorno do exílio em Crônica de um Desaparecimento Maria Inês Dieuzeide Santos Souza Todos os diálogos de amor se parecem Mirian Tavares Paisagens da diáspora: transculturalidade e contextos de partida no cinema brasileiro in between contemporâneo Rafael Tassi Teixeira Não se pode viver sem amor e a experiência digital de Jorge Durán Alfredo Taunay A noção de autobiografia na obra de Ross McElwee Gabriel Kitofi Tonelo CINEMA E GÉNERO Desconstruindo o desejo: o corpo como espaço político na pós-pornografia Lívia Maria Pinto da Rocha Amaral Cruz A violência em família nos filmes da Belair e da CAM Estevão Garcia 5 A presença da mulher em documentários de autoria feminina Karla Holanda Mulheres-cineastas: uma estética da diferenciação nas primeiras décadas da história do cinema Ana Catarina Pereira PRODUÇÃO, EXIBIÇÃO E RECEÇÃO Coproduções no espaço ibero-americano: os casos de Brasil e Portugal Helyenay (Nay) Souza Araújo A Exibição não comercial de cinema em Portugal: procedimentos para a construção de uma base de dados Luísa Barbosa, José António Cunha, Helena Santos Perfiles y posturas de la crítica de cine digital en la era poscinematográfica Horacio Muñoz Fernández Recepção cinematográfica na África colonial britânica: as unidades de produção e os espaços alternativos de exibição Tiago de Castro Machado Gomes Acervo do cineclube do Porto: metodologia de tratamento para fins de movimentação e depósitos institucionais Teresa Mendes DOCUMENTÁRIO O documentário como campo: primeiras impressões Cláudio Bezerra Da etnoficção segundo Jean Rouch: contribuições para o pensamento e a prática do documentário Sandra Straccialano Coelho Ética e estética: o papel da indexação na fruição de um documentário Bertrand Lira O pulo do gato: a cena da alienação em In the Dark Luís Fernando Moura Novos luso-africanos no filme Li Ké Terra: uma questão de identidade cultural Thiago Badia Piccinini 6 A mise-en-film da fotografia no cinema documentário brasileiro contemporâneo Glaura Cardoso Vale ESTUDOS DE TELEVISÃO Pluralismo e diversidade na televisão generalista: questões metodológicas no quadro dos estudos comparativos no contexto europeu Francisco Rui Cádima A narrativa complexa na ficção televisual: por um modelo de análise Letícia Xavier de Lemos Capanema A ressignificação do sistema coronelista brasileiro na narrativa ficcional Meu Pedacinho de Chão Carla Montuori Fernandes Televisão privada e cinema público: as novas dinâmicas da produção audiovisual portuguesa André Rui Graça Uma possível estética televisiva pelo viés da metalinguagem: discussões a partir do programa No Estranho Planeta dos Seres Audiovisuais, veiculado pela TV Futura Carla Simone Doyle Torres GT OUTROS FILMES Não é sobre sapatos ou o que pode uma imagem Leandro Pimentel Imagens em trânsito: cinema doméstico e travelogue Thais Blank Filmes de família e cidade: construção de um lugar de memória possível Maíra Bosi Rufam os tambores, floresce o exotismo. O sistema colonial português nas Actualidades de Angola Marcos Cardão Imagens migrantes, histórias clandestinas: tomada e retomada em Quando Chegar o Momento Patrícia Machado 7 Vera Cruz: um diálogo histórico narrativo Fernanda Bastos Caça à zebra com carro: mobilidade, técnica e atracções no filme O Deserto de Angola, 1933 Gonçalo Mota Documentário científico e acervos audiovisuais: arqueologia da produção brasileira Luiz Augusto Rezende Filho & Márcia Bastos de Sá Luanda, Cidade Feiticeira (1950) não era um filme turístico Sofia Sampaio As imagens que faltam. As duas versões de Mueda, Memória e Massacre (1979-1980), de Ruy Guerra Raquel Schefer 8 Introdução Para a leitura das Atas do V Encontro Anual da AIM Sofia Sampaio, Filipe Reis e Gonçalo Mota O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa define ‘ata’ como ‘registo de sessão de colectividades deliberativas’. As atas de um encontro académico poderão estar isentas do peso ‘deliberativo’ que aqui se atribui a este conceito, mas não há dúvidas de que o carácter de registo e de colectividade lhes é central. Falar de academia e, mais concretamente, de uma associação como a AIM, é falar de uma comunidade de pessoas que, ainda que trabalhando isoladamente ou à distancia, partilham princípios, interesses, métodos e objectivos de investigação que são, senão comuns, pelo menos mutuamente inteligíveis. No caso da AIM, trata-se de uma comunidade de pessoas que partilha um mesmo objecto de análise – a imagem em movimento –, ainda que podendo divergir nas perspectivas e nos fins que pretendem, com essa análise, alcançar. Falar da imagem em movimento e de imagens em movimento – no cinema, no pré-cinema, na televisão, na internet, nos sistemas televisivos de circuito fechado (CCTV), nos videojogos, em suporte digital ou analógico, como parte de instalações artísticas, museus ou arquivos – é o que nos faz querer reunir todos os anos, enquanto associação e durante alguns dias, num espaço preparado para o efeito. Se a AIM deve a sua existência legal a um ato notarial que remonta aos inícios do ano de 2010, é nas suas atividades, e em particular nos seus encontros anuais, que a sua existência enquanto comunidade se constrói, afirma e confirma. Registar esses momentos, contribuir para a recolha e acumulação de conhecimentos (no duplo sentido de saberes e contactos/ relações), que de outra forma se perderiam na amnésia do tempo, é a função que entendemos assistir às atas dos seus encontros. O V Encontro Anual da AIM decorreu no ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa nos dias 21, 22 e 23 de Maio de 2015, numa realização conjunta entre a AIM, o Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA), e a pós-graduação em Culturas Visuais Digitais do ISCTE-IUL. Contou, pela terceira vez consecutiva, com o apoio da Fundação para a Ciência e a 9 Tecnologia (FCT). Em resposta à chamada de trabalhos, foram recebidas 217 propostas de comunicações, das quais foram rejeitadas 36 (17%), em resultado da classificação emitida pelos dez membros da comissão científica que avaliou todas as propostas. O Encontro reuniu cerca de 250 participantes, entre membros e não-membros da AIM, oriundos de países como Espanha, Inglaterra, Escócia, França, Itália, Alemanha e Bélgica, para além de Portugal e do Brasil, de onde afluíram a maior parte dos participantes. Foram três os conferencistas convidados: Laura Rascaroli (School of Languages, Literatures and Cultures, da University College