Cinema Brasileiro Na Piazza Navona Entrada Gratuita

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

Cinema Brasileiro Na Piazza Navona Entrada Gratuita As décadas seguintes revelam-se a época de ouro do cinema brasileiro. Mesmo após o golpe militar de 1964, que instala o regime autoritário no Brasil, os realizadores do Cinema Novo e uma nova geração de cineastas – conhecida como o “údigrudi”, termo irônico derivado do “underground” norte-americano – continuam a fazer obras críti- cas da realidade, ainda que usando metáforas para burlar a censura dos governos mili- tares. Dessa época, destacam-se o próprio Gláuber Rocha, com “Terra em Tran- se” (1968), Rogério Sganzerla, diretor de “O Bandido da Luz Vermelha” (1968) e Júlio CINEMA BRASILEIRO Bressane, este dono de um estilo personalíssimo. Ao mesmo tempo, o público reen- contra-se com o cinema, com o sucesso das comédias leves conhecidas como NA PIAZZA NAVONA “pornochanchadas”. MOSTRA A fim de organizar o mercado cinematográfico e angariar simpatia para o regime, o “VIVA O CINEMA BRASILEIRO!” governo Geisel cria, em 1974, a estatal Embrafilme, que teria papel preponderante no cinema brasileiro até sua extinção em 1990. Dessa época datam alguns dos maiores sucessos de público e crítica da produção nacional, como “Dona Flor e Seus Dois Ma- ridos” (1976), de Bruno Barreto e “Pixote, a Lei do Mais Fraco” (1980), de Hector Ba- benco, levando milhões de brasileiros ao cinema com comédias leves ou filmes de te- mática política. O fim do regime militar e da censura, em 1985, aumenta a liberdade de expressão e indica novos caminhos para o cinema brasileiro. Essa perspectiva, no entanto, é interrompida com o fim da Embrafilme, em 1990. O governo Collor segue políticas neoliberais de extinção de empresas estatais e abre o mercado de forma descontrolada aos filmes estrangeiros, norte-americanos em quase sua totalidade. A produção nacional, dependente da Embrafilme, entra em colapso, e pouquíssimos longas-metragens nacionais são realizados e exibidos nos anos seguin- tes. Após o cataclisma do início dos anos 90, o sistema se reergue gradualmente. A criação de novos mecanismos financiamento da produção por meio de renúncia fiscal (Leis de Incentivo), juntamente com o surgimento de novas instâncias governamentais de a- poio ao cinema, auxilia a reorganizar a produção e proporciona instrumentos para que realizadores possam competir, mesmo de modo desigual, com as produções milio- nárias das majors norte-americanas. Esse período é conhecida como a “Retomada” do cinema brasileiro. Em pouco tempo, três filmes são indicados ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro: “O Quatrilho” (1995), “O Que é Isso, Companheiro” (1997) e “Central do Brasil” (1998), também vencedor do Urso de Ouro do Festival de Berlim. Nomes como Walter Salles, diretor de “Terra Estrangeira” (1993) e “Central do Brasil” e Carla Camuratti, diretora de “Carlota Joaquina, Princesa do Brazil” (1995) tornam- 2015.1 se nomes conhecidos do grande público, atraindo milhões de espectadores para as salas de exibição. AUDITÓRIO DO CCBI Cem anos após os irmãos Lumière, o cinema brasileiro reivindica seu papel na história QUINTAS E SEXTAS da maior arte do século XX para apresentar, neste catálogo, sua contribuição para o 19h futuro do medium.” ENTRADA GRATUITA Fonte: http://dc.itamaraty.gov.br/cinema-e-tv/historia-do-cinema-brasileiro Cinema Brasileiro na Piazza Navona “VIVA O CINEMA BRASILEIRO! CINEMA BRASILEIRO NA PIAZZA NAVONA é um projeto de exibição permanente de O COMEÇO... filmes brasileiros que teve início em 1º de março de 2006. As projeções são às quintas e sextas-feiras, sempre em língua original, no auditório do Centro Cultural Brasil-Itália Caso alguém pergunte, num futuro distante, qual terá sido o meio de expressão de (Piazza Navona 18, Roma). maior impacto da era moderna, a resposta será quase unânime: o cinematógrafo. Inventado em 1895 pelos irmãos Lumière para fins científicos, o cinema revelou-se PROGRAMAÇÃO peça fundamental do imaginário coletivo do século XX, seja como fonte de entrete- nimento ou de divulgação cultural de todos os povos do globo. MARÇO Desde cedo, o cinematógrafo aporta no Brasil com Affonso Segretto. Segretto, imi- grante italiano que filmou cenas do porto do Rio de Janeiro, torna-se nosso primei- 5 e 6 – O PALHAÇO ro cineasta em 1898. Um imenso mercado de entretenimento é montado em torno 12 e 13 – VIDAS SECAS da capital federal no início do século XX, quando centenas de pequenos filmes são 19 e 20 – DESMUNDO produzidos e exibidos para platéias urbanas que, em franco crescimento, deman- 26 e 27 – O QUE É ISSO COMPANHEIRO dam lazer e diversão. ABRIL Nos anos 30, inicia-se a era do cinema falado. Já então, o pioneiro cinema nacional concorre com o forte esquema de distribuição norte-americano, numa disputa que 2 e 3 – O QUATRILHO se estende até os nossos dias. Dessa época, destacam-se o mineiro Humberto Mau- 9 e 10 – CARANDIRU ro, autor de “Ganga Bruta” (1933) - filme que mostra uma crescente sofisticação da 16 e 17 – CARLOTA JOAQUINA, PRINCESA DO BRASIL linguagem cinematográfica – e as “chanchadas” (comédias musicais com populares 23 e 24 – TERRA EM TRANSE cantores do rádio e atrizes do teatro de revista) do estúdio Cinédia. Filmes como 30 – LISBELA E O PRISIONEIRO “Alô, Alô Brasil” (1935) e “Alô, Alô Carnaval” (1936) caem no gosto popular e reve- lam mitos do cinema brasileiro, como a cantora Carmen Miranda (símbolo da bre- MAIO jeirice brasileira que, curiosamente, nasceu em Portugal). A criação do estúdio Vera Cruz, no final da década de 40, representa o desejo de diretores que, influenciados 7 e 8 – CENTRAL DO BRASIL pelo requinte das produções estrangeiras, procuravam realizar um tipo de cinema 14 e 15 – OLGA mais sofisticado. Mesmo que o estúdio tenha falido já em 1954, conhece momentos 21 e 22 – EDIFÍCIO MASTER de glória, quando o filme “O Cangaceiro” (1953), de Lima Barreto, ganha o prêmio 28 e 29 – DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS de “melhor filme de aventura” no Festival de Cannes. JUNHO A reação ao cinema da Vera Cruz representa o movimento que divulga o cinema nacional conhecido para o mundo inteiro: o Cinema Novo. No início da década de 4 e 5 – O SOM AO REDOR 60, um grupo de jovens cineastas começa a realizar uma série de filmes imbuídos de 11 e 12 – CIDADE DE DEUS forte temática social. Entre eles está Gláuber Rocha, cineasta baiano e símbolo do Cinema Novo. Diretor de filmes como “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964) e “O EXIBIÇÕES ESPECIAIS: FORME UM GRUPO, ESCOLHA O FILME E Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro” (1968), Rocha torna-se uma figura RESERVE O AUDITÓRIO NA DATA E HORÁRIO DE SUA PREFERÊN- conhecida no meio cultural brasileiro, redigindo manifestos e artigos na imprensa, CIA, DE SEGUNDA A SEXTA-FEIRA, DAS 9H ÀS 21H. rejeitando o cinema popular das chanchadas e defendendo uma arte revolucionária que promovesse verdadeira transformação social e política. Inspirados por Nelson Pereira dos Santos (que, já em 1955, dirigira “Rio, 40 Graus” sob influência do mo- Informações vimento neo-realista, e que realizaria o clássico “Vidas Secas” em 1964) e pela Nou- 0668398284/285 velle Vague francesa, diretores como Cacá Diegues, Joaquim Pedro de Andrade e [email protected] Ruy Guerra participam dos mais prestigiados festivais de cinema do mundo, ga- roma.itamaraty.gov.br nhando notoriedade e admiração. SINOPSES O QUE É ISSO, COMPANHEIRO? CARANDIRU O PALHAÇO O jornalista Fernando e seu amigo César abraçam a luta Um médico se oferece para realizar um trabalho de prevenção armada contra a ditadura militar no final da década de 60. a AIDS no maior presídio da América Latina, o Carandiru. Lá Benjamim trabalha no Circo Esperança junto com seu pai, Val- Os dois alistam num grupo guerrilheiro de esquerda. Em ele convive com a realidade dos cárceres, que inclui violência, demar. Juntos, eles formam a dupla de palhaços Pangaré & uma das ações do grupo militante, César é ferido e captu- superlotação das celas e instalações precárias. Porém, apesar Puro Sangue e fazem a alegria da plateia. Mas a vida anda sem rado pelos militares. Fernando então planeja o sequestro de todos os problemas, o médico logo percebe que os prisio- graça para Benjamin, que passa por uma crise existencial e do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles neiros não são figuras demoníacas, existindo dentro da prisão assim, volta e meia, pensa em abandonar Lola, a mulher que Burke Elbrick, para negociar a liberdade de César e de solidariedade, organização e uma grande vontade de viver. cospe fogo, os irmãos Lorotta, Dona Zaira e o resto dos amigos outros companheiros presos. Lançamento: 2003 da trupe. Seu pai e amigos lamentam o que está acontecendo Lançamento: 1997 Direção: Hector Babenco com o companheiro, mas entendem que ele precisa encontrar Direção: Bruno Barreto Elenco: Luiz Carlos Vasconcelos, Wagner Moura, Milton Gonçalves, seu caminho por conta própria. Elenco: Pedro Cardoso, Selton Mello, Fernanda Torres Caio Blat, Gero Camilo, Ailton Graça, Maria Luisa Mendonça, Ivan de Duração: 1h50min Almeida, Rodrigo Santoro, Lázaro Ramos Lançamento: 2011 Gênero: Drama Duração: 2h26min Direção: Selton Mello Legendas em português Gênero: Drama Elenco: Selton Mello, Paulo José Legendas em italiano Duração: 88 min O QUATRILHO Gênero: Drama CARLOTA JOAQUINA, PRINCESA DO BRASIL Legendas em português Rio Grande do Sul, 1910. Em uma comunidade rural com- posta por imigrantes italianos, dois casais muito amigos Um painel da vida de Carlota Joaquina, a infanta espanhola se unem para poder sobreviver e decidem morar na mes- que conheceu o príncipe de Portugal com apenas dez anos e VIDAS SECAS ma casa. Mas o tempo faz com que a esposa de um se se decepcionou com o futuro marido. Sempre mostrou dispo- interesse pelo marido da outra, sendo correspondida. sição para seus amantes e pelo Uma família miserável tenta escapar da seca no sertão nordes- Após algum tempo, os dois amantes decidem fugir e reco- poder e se sentiu tremendamente tino.
Recommended publications
  • Atas-Vencontroanualaim.Pdf
    FICHA TÉCNICA Título: Atas do V Encontro Anual da AIM Ed. Sofia Sampaio, Filipe Reis e Gonçalo Mota Editor: AIM – Associação de Investigadores da Imagem em Movimento Ano: 2016 Capa: atelierdalves.com Paginação: Paulo Cunha ISBN: 978-989-98215-4-5 www.aim.org.pt 2 ÍNDICE Introdução: Para a leitura das Atas do V Encontro Anual da AIM Sofia Sampaio, Filipe Reis e Gonçalo Mota TEORIA E ANÁLISE DA IMAGEM Images out of time: archival spectres in Daniel Blaufuks’ As If Daniela Agostinho O plano-sequência como construção de um tempo cinematográfico reflexivo Nelson Araújo No Reflex: ambivalência da imagem pós-hermenêutica Vania Baldi A imagem-documento no filme Um Filme Falado (2003), de Manoel de Oliveira Rafael Wagner dos Santos Costa Regimes temporais das imagens Antonio Fatorelli 2086: da vídeo-vigilância à imagem emergente Fernando Gerheim Imagem-operativa/imagem-fantasma: a perceção sintética e a industrialização do não-olhar em Harun Farocki Rui Matoso Individuação, mise-en-scène e ligne de temps Carlos Natálio A aura e o punctum da imagem mecânica Isabel Nogueira “Adeus aos dramas”: a escuta e a imaginação em Begone Dull Care Rodrigo Fonseca e Rodrigues Deleuze, imagens em movimento e imagens-atração Susana Viegas A unidade plástica nos filmes de Robert Wiene Rafael Morato Zanatto 3 CINEMA, MEMÓRIA E PODER Paisagismo psicogeográfico: as paisagens intermitentes de California Company Town e Ruínas Iván Villarmea Álvarez O cinema como ética Sérgio Dias Branco Adaptación y apropiación en el cine religioso: Fátima como espacio cinematográfico-teológico.
    [Show full text]
  • Carta Aberta Aos Ministros Do Supremo Tribunal Federal - Stf
    CARTA ABERTA AOS MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF Assunto: Recurso Extraordinário (RE) nº. 1.017.365 Excelentíssimos Ministros do Supremo Tribunal Federal Dirigimo-nos respeitosamente a Vossas Excelências na condição de cidadãs e cidadãos não-indígenas deste território em que se constituiu o Estado Brasileiro e envergonhados com a forma com que, há séculos, tratamos os povos originários e os assuntos que são de seu interesse e direito. Os indígenas foram tratados pela lei brasileira como indivíduos relativamente incapazes até a Constituição de 1988. É verdade que esse tratamento poderia se justificar como uma proteção do Estado-guardião contra práticas enganosas e fraudulentas a sujeitos sem a plena compreensão dos parâmetros sociais da sociedade dominante. Entretanto, a história de expulsão, transferência forçada e tomada de suas terras pelo Estado ou por particulares sob aquiescência ou conivência do Estado evidenciam os efeitos deletérios de uma tutela estatal desviada de sua finalidade protetiva. Segundo o último Censo do IBGE (2010), 42,3% dos indígenas brasileiros vivem fora de terras indígenas e quase metade deles vive nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste do país. Essas regiões foram as primeiras e as mais afetadas pelas práticas de expulsão e ocupação não-indígena das terras dos povos originários. Embora boa parte da sociedade brasileira, por simples desinformação, pense que a tomada e a ocupação das terras dos indígenas tenham ocorrido nos primeiros anos da chegada dos europeus a este território, isso não é verdade. Foi sobretudo com as políticas de expansão para o Oeste iniciadas sob Getúlio Vargas e aprofundadas na Ditadura Militar, com grandes obras de infraestrutura e abertura de frentes agropecuárias, que os indígenas sentiram com mais vigor e violência o significado do avanço da “civilização” sobre suas terras e seus recursos.
    [Show full text]
  • Cinema Brasileiro (1990-2002): Da Crise Dos Anos Collor À Retomada
    OS ANOS 1990: DA CRISE À RETOMADA Cinema brasileiro (1990-2002): da crise dos anos Collor à retomada Maria do Rosário Caetano cinema brasileiro viveu na primeira metade dos anos 1990 sua crise mais profunda. A produção, que chegara na década de 1970 a ocupar 35% do O mercado interno, diminuiu de média de 80 filmes/ano para poucos títulos. Poucos e sem mercado de exibição. Resultado: os ingressos vendidos por filmes bra- sileiros na fase mais aguda da crise (1991-1993) reduziram-se a ponto da produção nacional ocupar apenas 0,4% do total. A hegemonia do cinema americano chegou ao seu momento máximo, já que, naquela década, cinematografias européias, asiáticas e latino-americanas (a mexicana em especial), que conheceram momentos de grande aceitação no mercado brasileiro, viviam período de retração. Os anos difíceis tiveram início em 15 de março de 1990, quando Fernando Collor de Mello tomou posse na presidência da República. Através de decreto, ele extinguiu os organismos estatais de fomento e fiscalização do cinema brasileiro: a Embrafilme (Empresa Brasileira de Filmes), a Fundação do Cinema Brasileiro, que cuidava do curta-metragem e de projetos de produção e difusão cultural, e o Concine (Conselho Nacional de Cinema). A situação começou a mudar, lentamente, quando a Lei do Audiovisual, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Itamar Franco (substituto de Collor, que sofreu processo de impeachment), entrou em vigor. Seu pleno funcionamento (a lei foi sancionada em 20 de julho de 1993) se faria notar em 1995, com a estréia da comédia histórica Carlota Joaquina, princesa do Brazil, filme de Carla Camurati, e com a comédia romântica O quatrilho, de Fábio Barreto.
    [Show full text]
  • Histórias E Causos Do Cinema Brasileiro
    Zelito Viana Histórias e Causos do Cinema Brasileiro Zelito Viana Histórias e Causos do Cinema Brasileiro Betse de Paula São Paulo, 2010 GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Governador Alberto Goldman Imprensa Oficial do Estado de São Paulo Diretor-presidente Hubert Alquéres Coleção Aplauso Coordenador Geral Rubens Ewald Filho No Passado Está a História do Futuro A Imprensa Oficial muito tem contribuído com a sociedade no papel que lhe cabe: a democra- tização de conhecimento por meio da leitura. A Coleção Aplauso, lançada em 2004, é um exemplo bem-sucedido desse intento. Os temas nela abordados, como biografias de atores, di- retores e dramaturgos, são garantia de que um fragmento da memória cultural do país será pre- servado. Por meio de conversas informais com jornalistas, a história dos artistas é transcrita em primeira pessoa, o que confere grande fluidez ao texto, conquistando mais e mais leitores. Assim, muitas dessas figuras que tiveram impor- tância fundamental para as artes cênicas brasilei- ras têm sido resgatadas do esquecimento. Mesmo o nome daqueles que já partiram são frequente- mente evocados pela voz de seus companheiros de palco ou de seus biógrafos. Ou seja, nessas histórias que se cruzam, verdadeiros mitos são redescobertos e imortalizados. E não só o público tem reconhecido a impor- tância e a qualidade da Aplauso. Em 2008, a Coleção foi laureada com o mais importante prêmio da área editorial do Brasil: o Jabuti. Concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), a edição especial sobre Raul Cortez ganhou na categoria biografia. Mas o que começou modestamente tomou vulto e novos temas passaram a integrar a Coleção ao longo desses anos.
    [Show full text]
  • A Princesa Que Renasceu Das Cinzas
    O Tempo - Magazine, domingo, 19 de julho de 2015 ANCINE, ROSANA ALCÂNTARA, AUDIOVISUAL, INDÚSTRIA AUDIOVISUAL, MINISTÉRIO DA CULTURA, BRASIL DE TODAS AS TELAS (ANCINE) A princesa que renasceu das cinzas Era uma vez uma garota que tinha um sonho. e a onipresença de jovens diretores estreantes. Não era ser princesa do Brasil. "Eu era muito apaixonada por cinema e queria que o cinema Reciclável. Não que isso tenha sido fácil. Para nacional não acabasse", conta Carla Camurati. começo de conversa, o longa foi realizado uma Só que isso era no início dos anos 1990, e ele semana de cada vez. "A gente filmava uma andava muito mal das pernas. "Mas eu ia fazer semana, parava e eu mostrava o resultado para o que fosse necessário, um sentimento quase os patrocinadores me darem mais dinheiro", infantil. Decidi fazer um longa", recorda. explica Camurati. Isso durou por oito meses, num total de seis semanas de filmagem. E eis que, por algumas horas em 1995, 1,4 milhão de brasileiros deixaram de ouvir "Always" Enquanto Carla corria atrás de dinheiro, a do Bon Jovi no rádio e de tentar descobrir quem equipe reciclava figurinos e sets que não seriam era o assassino de "A Próxima Vítima" e fizeram mais usados, transformando-os em outros algo que não faziam há muito tempo: foram ao novos. "'Carlota' foi o primeiro filme sustentável cinema ver um filme nacional. "Carlota Joaquina do Brasil", ri a diretora. O catering do set era - A Princesa do Brazil" não se tornou um marco feito pela cozinheira da diretora. "Era uma simplesmente por existir.
    [Show full text]
  • Half Title>NEW TRANSNATIONALISMS in CONTEMPORARY LATIN AMERICAN
    <half title>NEW TRANSNATIONALISMS IN CONTEMPORARY LATIN AMERICAN CINEMAS</half title> i Traditions in World Cinema General Editors Linda Badley (Middle Tennessee State University) R. Barton Palmer (Clemson University) Founding Editor Steven Jay Schneider (New York University) Titles in the series include: Traditions in World Cinema Linda Badley, R. Barton Palmer, and Steven Jay Schneider (eds) Japanese Horror Cinema Jay McRoy (ed.) New Punk Cinema Nicholas Rombes (ed.) African Filmmaking Roy Armes Palestinian Cinema Nurith Gertz and George Khleifi Czech and Slovak Cinema Peter Hames The New Neapolitan Cinema Alex Marlow-Mann American Smart Cinema Claire Perkins The International Film Musical Corey Creekmur and Linda Mokdad (eds) Italian Neorealist Cinema Torunn Haaland Magic Realist Cinema in East Central Europe Aga Skrodzka Italian Post-Neorealist Cinema Luca Barattoni Spanish Horror Film Antonio Lázaro-Reboll Post-beur Cinema ii Will Higbee New Taiwanese Cinema in Focus Flannery Wilson International Noir Homer B. Pettey and R. Barton Palmer (eds) Films on Ice Scott MacKenzie and Anna Westerståhl Stenport (eds) Nordic Genre Film Tommy Gustafsson and Pietari Kääpä (eds) Contemporary Japanese Cinema Since Hana-Bi Adam Bingham Chinese Martial Arts Cinema (2nd edition) Stephen Teo Slow Cinema Tiago de Luca and Nuno Barradas Jorge Expressionism in Cinema Olaf Brill and Gary D. Rhodes (eds) French Language Road Cinema: Borders,Diasporas, Migration and ‘NewEurope’ Michael Gott Transnational Film Remakes Iain Robert Smith and Constantine Verevis Coming-of-age Cinema in New Zealand Alistair Fox New Transnationalisms in Contemporary Latin American Cinemas Dolores Tierney www.euppublishing.com/series/tiwc iii <title page>NEW TRANSNATIONALISMS IN CONTEMPORARY LATIN AMERICAN CINEMAS Dolores Tierney <EUP title page logo> </title page> iv <imprint page> Edinburgh University Press is one of the leading university presses in the UK.
    [Show full text]
  • Brazilian Films at Berlinale'19 and Companies Attending the EFM'19
    Brazilian films at Berlinale’19 and Companies attending the EFM’19 ABOUT US Cinema do Brasil aims to reinforce and expand the participation of Brazilian audiovisual productions in the international market, to encourage the development of co-productions and the distribution of Brazilian films abroad. It is an export program implemented in 2006 by the São Paulo’s Audiovisual Industry Guild (SIAESP) in partnership with the Brazilian Trade and Investment Promotion Agency (Apex- Brasil), gathering today more than 180 companies. FOUNDER AND CONSULTANT OF CINEMA DO BRASIL ANDRE STURM [email protected] EXECUTIVE MANAGER ANA LETÍCIA FIALHO [email protected] TRADE PROMOTION AND COMMUNICATION KAREN HALLEY [email protected] INTERNATIONAL CONSULTANT MARIKA KOZLOVSKA [email protected] LOCAL PRODUCER FERNANDO NIÑO-SÁNCHEZ [email protected] CONTACT www.cinemadobrasil.org.br [email protected] THIS DIRECTORY CONTAINS INFORMATION ABOUT THE BRAZILIAN FILM PRODUCERS, DISTRIBUTORS, SALES AND FILM FESTIVAL Meet our team at ATTENDING THE EUROPEAN FILM MARKET 2019. Gropious Bau #134 3 COMPETITION (OUT OF COMPETITION) MARIGHELLA by Wagner Moura Brazil | 2019 | 155 min | Drama “Marighella” tells the frantic story of the “Brazilian Che Guevara”, Carlos Marighella, during the early years of Brazil’s military regime in the 60’s. After being banished from the Communist Party, Marighella organized the largest urban guerilla group in Brazil - the “National Liberation Front”. His name raised to mythical proportions, Marighella
    [Show full text]
  • O Brasil Na Rota Das Co-Produções
    O BRASIL NA ROTA DAS CO-PRODUÇÕES SELEÇÃO DA PREMIÈRE BRASIL APOSTA EM NOVOS TALENTOS JORGE PEREGRINO, VP DA PARAMOUNT, ANALISA O CINEMA NA AMÉRICA LATINA UM LEVANTAMENTO DE 100 FILMES BRASILEIROS EM PRODUÇÃO 2 Juventude EDITORIAL ONDE ESTÁ O PROBLEMA? Paulo Sérgio Almeida 04 PREMIÈRE BRASIL Em meio à maré de pessimismo, não custa lembrar A seção competitiva do Festival do Rio apresenta que o cinema no Brasil ainda vive um momento de mais de 30 longas-metragens, entre filmes de conquistas. No setor da distribuição, as majors, fa- ficção e documentários vorecidas por um real forte e um dólar nem tanto, estão faturando alto com os blockbusters, e conti- nuam investindo mais em filmes brasileiros. Nunca houve tantas distribuidoras independentes atuando no mercado, tanto na produção como na distribui- CO-PRODUÇÃO ção da produção local, que vive um boom talvez jamais visto em termos de quantidade de filmes. Vi- 10 O crescimento das co-produções vemos também um momento crescente e raro em internacionais tem aumentado as termos de co-produção internacional. A exibição Ensaio sobre a possibilidades de financiamento cegueira continua em processo de expansão e renovação. do cinema brasileiro Os multiplex atingiram 50% do parque exibidor e já entramos na era das salas vip. Já chegamos também ENTREVISTA ao 3D e demos os primeiros passos no mundo do cinema digital. Jorge Peregrino, VP da Paramount Pictures Então, onde está o problema? Fica difícil falar em International, analisa a importância do solução se não sabemos qual é o problema. 16 mercado latino-americano para Hollywood Além daqueles problemas que chegam com o novo – ou seja, a transição digital –, podemos listar ques- FILME MÉDIO tões velhas e contraditórias.
    [Show full text]
  • Complete Dissertation Aug 1
    Copyright by Courtney Elizabeth Brannon Donoghue 2011 The Dissertation Committee for Courtney Elizabeth Brannon Donoghue Certifies that this is the approved version of the following dissertation: “Lighting Up Screens Around the World”: Sony’s Local Language Production Strategy Meets Contemporary Brazilian and Spanish Cinema Committee: Janet Staiger, Co-Supervisor Joseph Straubhaar, Co-Supervisor Shanti Kumar Sonia Roncador Thomas Schatz “Lighting Up Screens Around the World”: Sony’s Local Language Production Strategy Meets Contemporary Brazilian and Spanish Cinema by Courtney Elizabeth Brannon Donoghue, B.A., M.A. Dissertation Presented to the Faculty of the Graduate School of The University of Texas at Austin in Partial Fulfillment of the Requirements for the Degree of Doctor of Philosophy The University of Texas at Austin August 2011 Dedication To Brian, Mom, Dad, and Jessica for your enduring love and support. Acknowledgements After spending seven years as a Master’s and Doctoral student in the Department of Radio-TV-Film, many people contributed and shaped my journey and this dissertation project. I am deeply grateful for the support and encouragement from my incredible friends, family, and community of academics and educators. Through the process of two degrees, you helped me to strengthen and develop my own academic voice. Thank you to my all-star committee—Janet Staiger, Joseph Straubhaar, Shanti Kumar, Thomas Schatz, and Sonia Roncador—for all of the time, energy, and patience you poured into this project. Each of you has had a major part in shaping me as a scholar, teacher, and student. Janet, it has been an honor and pleasure to learn from such a prolific media scholar.
    [Show full text]
  • Telenovela Alerta Para Violência Moral Contra Mulheres,Tema Livre
    Viva Maria: Telenovela alerta para violência moral contra mulheres (Radioagência Nacional, 10/03/2016) Em entrevista exclusiva ao Viva Maria, a atriz Maeve Jinkings conta sobre a carreira e os desafios de viver uma personagem que luta contra a violência doméstica na telenovela Regra do Jogo, transmitida pela Rede Globo. Jinkings ressalta a importância das mulheres entenderem as perversidades existentes na violência moral e incentiva nossas Marias a vencer o medo para romper com o ciclo de agressão. Viva Maria: Programete que aborda assuntos ligados aos direitos das mulheres e outros aspectos da questão de gênero. É publicado de segunda a sexta-feira. Acesse no site de origem: Viva Maria: Telenovela alerta para violência moral contra mulheres (Radioagência Nacional, 10/03/2016) Tema Livre debate cenas de estupros exibidas na televisão aberta (EBC Rádios, 15/01/2016) O programa Tema Livre, desta segunda-feira (18), debateu sobre uma cena transmitida recentemente na televisão brasileira que acabou gerando críticas acaloradas sobre a cultura do estupro no Brasil. Mas não é a primeira vez que uma cena exibida na TV rende debates sobre a romantização do estupro. A discussão não foi em torno da exibição da cena de estupro, mas sim, como um crime tão traumático pode ser veiculado de forma romântica. No estúdio, estiveram presentes as Defensoras Públicas do Estado do Rio de Janeiro, Dra Eufrasia Maria das Virgens, coordenadora de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, e Dra Arlanza Rebello, coordenadora do Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher Vítima de Violência, a professora do Curso de Estudos de Mídias da Universidade Federal Fluminense, Juliana Bravo, e o advogado mestre em ciências criminais, Dr André França Barreto.
    [Show full text]
  • 25 ISSN 1679-3366 Morte E Ress
    Cadernos da Escola de Comunicação Morte e ressurreição do Cinema Brasileiro nos anos 1990: uma discussão sobre a Retomada da produção nacional Paulo Roberto Ferreira de CAMARGO Resumo Com a extinção da Empresa Brasileira de Filmes S.A. (Embrafilme) e do Conselho Nacional de Cinema (Concine), em 1990, por decisão do governo do presidente da República Fernando Collor de Mello, a produção cinematográfica nacional foi reduzida a praticamente zero. Graças a dispositivos de incentivo, como a Lei do Audiovisual, inicia-se, em 1995, um novo ciclo de produções, hoje reconhecido como Retomada do Cinema Brasileiro. Palavras-chave: cinema brasileiro, Retomada, política cultural, Lei do Audiovisual. Introdução A eleição, em 1989, de Fernando Collor de Mello, primeiro presidente da República escolhido por voto direto desde o golpe militar de 1964, acelerou um processo que já vinha se desenhando ao longo dos anos anteriores no cenário cinematográfico brasileiro. Ao implantar um plano econômico, cuja meta era debelar a inflação, que à época atingia índices próximos à casa dos 80%, o novo governo, tomou uma série de medidas administrativas para reduzir despesas e encolher o tamanho da máquina do Estado. Entre essas decisões, teve impacto direto – e devastador – sobre a produção cinematográfica nacional a extinção da Empresa Brasileira de Filmes S.A. (Embrafilme) e do Conselho Nacional de Cinema (Concine). Ao longo de mais de duas décadas, os dois órgãos tiveram papéis fundamentais no fomento da produção, distribuição e exibição de filmes nacionais no país. Sabe-se que, durante os anos 1980, a produção brasileira de longas-metragens havia vivido um período bastante profícuo.
    [Show full text]
  • I Edyr Batista De Oliveira Júnior MASCULINIDADES EM CENA: O
    i Edyr Batista de Oliveira Júnior MASCULINIDADES EM CENA: O MODO DE SER E DE PENSAR O METROSSEXUAL A PARTIR DAS TELENOVELAS Belém, Pará 2012 ii Edyr Batista de Oliveira Júnior MASCULINIDADES EM CENA: O MODO DE SER E DE PENSAR O METROSSEXUAL A PARTIR DAS TELENOVELAS Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Antropologia pela Universidade Federal do Pará. Orientadora: Profª Drª Cristina Donza Cancela. Belém, Pará 2012 Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) (Biblioteca de Pós-Graduação do IFCH/UFPA, Belém-PA) Oliveira Júnior, Edyr Batista de Masculinidade em cena: o modo de ser e de pensar o metrossexual a partir das telenovelas / Edyr Batista de Oliveira Júnior ; orientadora, Cristina Donza Cancela. - 2012. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Pará. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Belém, 2012. 1. Beleza física (Estética). 2. Linguagem corporal. 3. Corpo humano - Comportamento. 4. Corpo humano - Aspectos sociais. 5. Masculinidade. 6. Telenovelas. I. Título. CDD - 22. ed. 391.6 iii Masculinidades em cena: o modo de ser e de pensar o metrossexual a partir das telenovelas Edyr Batista de Oliveira Júnior Comissão Examinadora Cristina Donza Cancela, Drª (UFPA) (Orientadora) Heloisa Buarque de Almeida, Drª (USP) (Examinadora Externa) Ernani Pinheiro Chaves, Drº (UFPA) (Examinador Interno) Jane Felipe Beltrão, Drª (UFPA) (Examinadora Interna) Aprovado em: _____ de _____________ de 2012. Belém, Pará 2012 iv m memória de meu avô, Altenor Silva. Desde que eu era criança o via assistindo Ea telenovelas. v AGRADECIMENTOS Esta é uma parte que gosto muito de ler no trabalho dos outros.
    [Show full text]