I Edyr Batista De Oliveira Júnior MASCULINIDADES EM CENA: O
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i Edyr Batista de Oliveira Júnior MASCULINIDADES EM CENA: O MODO DE SER E DE PENSAR O METROSSEXUAL A PARTIR DAS TELENOVELAS Belém, Pará 2012 ii Edyr Batista de Oliveira Júnior MASCULINIDADES EM CENA: O MODO DE SER E DE PENSAR O METROSSEXUAL A PARTIR DAS TELENOVELAS Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Antropologia pela Universidade Federal do Pará. Orientadora: Profª Drª Cristina Donza Cancela. Belém, Pará 2012 Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) (Biblioteca de Pós-Graduação do IFCH/UFPA, Belém-PA) Oliveira Júnior, Edyr Batista de Masculinidade em cena: o modo de ser e de pensar o metrossexual a partir das telenovelas / Edyr Batista de Oliveira Júnior ; orientadora, Cristina Donza Cancela. - 2012. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Pará. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Belém, 2012. 1. Beleza física (Estética). 2. Linguagem corporal. 3. Corpo humano - Comportamento. 4. Corpo humano - Aspectos sociais. 5. Masculinidade. 6. Telenovelas. I. Título. CDD - 22. ed. 391.6 iii Masculinidades em cena: o modo de ser e de pensar o metrossexual a partir das telenovelas Edyr Batista de Oliveira Júnior Comissão Examinadora Cristina Donza Cancela, Drª (UFPA) (Orientadora) Heloisa Buarque de Almeida, Drª (USP) (Examinadora Externa) Ernani Pinheiro Chaves, Drº (UFPA) (Examinador Interno) Jane Felipe Beltrão, Drª (UFPA) (Examinadora Interna) Aprovado em: _____ de _____________ de 2012. Belém, Pará 2012 iv m memória de meu avô, Altenor Silva. Desde que eu era criança o via assistindo Ea telenovelas. v AGRADECIMENTOS Esta é uma parte que gosto muito de ler no trabalho dos outros. Considero muito interessante conhecer a importância de pessoas “anônimas” – para mim – na vida pessoal e científica dos produtores de conhecimento. Afinal, poucas vezes na sociedade temos a oportunidade de externalizar a importância de determinadas pessoas para a realização de nossos projetos. Assim, se você não gosta dessa parte, julga a mesma uma perda de tempo, pois o que você quer saber mesmo é sobre os resultados da pesquisa, aconselho desconsiderá- la e ir direto à página 14, na qual inicio a Introdução. Mas se, assim como eu, você se interessa por esta seção, convido-lhe a ler as linhas adiante e conhecer o nome de pessoas e Instituições que contribuíram, e muito, cada uma a sua maneira, para esta dissertação. Agradeço a Deus, por ter sonhado meus sonhos e me ajudado desde sempre, principalmente ouvindo-me, mesmo quando eu me silenciava para os outros. Aos meus pais, Edyr Oliveira e Marilene Alencar, e irmãs, Angélica Oliveira e Leiliane Souza, que me deram muito apoio, incentivo e que oraram por mim. Aos meus amados irmãos e irmãs da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, em Benevides, no Pará, onde me congrego, que oraram por mim e entenderam minhas ausências em cultos, ensaios e reuniões durante a produção desta dissertação. À minha orientadora, Cristina Donza Cancela, a qual me ajudou muito quando da seleção do mestrado, mesmo estando de licença maternidade, e durante a produção deste trabalho. Obrigado pelos ensinamentos, observações, sugestões, incentivos... Muito do que aqui está é fruto de sua dedicação e trajetória acadêmica. Agradeço por sua amizade também! Aos/Às meus/minhas professores/as que durante o tempo do mestrado, em suas disciplinas, me ensinaram muito mais que a arte de ser antropólogo, os/as quais faço questão de nominá-los/as: Cristina Cancela, Denise Schaan, Edna Alencar, Ernani Chaves, Flávio Silveira, Hilton Silva, Jane Beltrão e Márcia Bezerra. À Cléo Ferreira e à dona Marina Gatinho que sempre me receberam muito bem quando ia à secretaria do PPGA solicitar-lhes algo. À primeira turma do Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA), da qual faço parte, pela ajuda, compreensão e amizade. Obrigado Ariana Silva – primeira Mestre bioantropóloga formada no Brasil e pelo PPGA –, Cristiane Martins, Daiana Alves, Edith vi Nascimento, Irislane Moraes, Luzia Ferreira, Eliana Rodrigues, Francilene Parente, Joseline Trindade, Luiza Lima, Mariana Cabral, Rosângela Brito e Wladirson Cardoso. Aos amigos e amigas de perto, Robson Oliveira, Rafael Noleto, Manuela Vieira, Ney Gomes, Rhuan Lopes, Sanmarie Rigaud, Ângelo Lima e Clarisse Jacques que inúmeras vezes e de diferentes formas foram companheiros/as. Aos amigos de longe – só geograficamente, porque estão bem pertinho no coração –, Tiago Pellim e Silas Barros, pelas ajudas técnicas e emocionais. Aos/Às meus/minhas interlocutores/as que, gentilmente, conversaram comigo sobre telenovela, cuidado com o corpo e outros assuntos, o que me possibilitou refletir sobre essa expressão da masculinidade que é o metrossexual. Muito obrigado! Obrigado ao PPGA que me forneceu as ferramentas e oportunidades necessárias para que eu pudesse trilhar mais essa caminhada acadêmica e profissional. À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) pela bolsa que me possibilitou iniciar e concluir esta investigação científica sobre o modo de ser metrossexual. A todas essas pessoas e Instituições citadas e, também, aqueles/as que, por falha minha, não tiveram seus nomes discriminados aqui, mas que fazem parte desta minha história, meu muito obrigado! vii Masculinidades em cena: o modo de ser e de pensar o metrossexual a partir das telenovelas RESUMO Procurei analisar as percepções dos sujeitos sobre o modo de ser e de pensar o metrossexual a partir das telenovelas. O uso de personagens desse programa para a investigação foi importante, pois as telenovelas são produções que contribuem para a visualização de comportamentos e divulgação do “novo”, além de possuir grande entrada nos lares brasileiros. Por conta disso, realizei dezesseis entrevistas com cinco mulheres e onze homens, todos residentes em Belém do Pará, universitários ou formados em diferentes cursos, com a finalidade de mostrar como essas pessoas veem os personagens masculinos que são veiculados nos folhetins eletrônicos e se elas percebem personagens metrossexuais ou com características metrossexuais nas telenovelas. Investiguei, ainda, o que pensam alguns operadores da comunicação – escritores, autores, atores e acadêmicos que estudam o tema telenovelas – sobre a relação do público masculino com esse tipo de programação, por meio de entrevistas que eles concederam a algum meio de comunicação e/ou trabalhos acadêmicos dos mesmos. Além disso, discuti a construção do corpo do metrossexual e a corrente associação que se faz desse tipo masculino com a homossexualidade. Destarte, abordei as compreensões dos/as meus/minhas interlocutores/as sobre três personagens que utilizei em minhas entrevistas: Narciso (Vladimir Brichta), de Belíssima (2005), Tomás (Leonardo Miggiorin), de Cobras e Lagartos (2006) e Carlos (Carlos Casagrande), de Viver a Vida (2009), verificando as características que fazem os homens representados nesses papéis serem ou não reconhecidos como vaidosos. Ver-se-á que a ideia de um masculino despreocupado com o que veste, que passa sabonete nos cabelos para não gastar muito tempo na hora do banho com xampus e condicionadores, por exemplo, tem perdido espaço na cena contemporânea, pois os homens, a cada dia, externalizam, mais e mais, sua vaidade, contribuindo para a “fabricação” de corpos belos e desejados. Palavras-chave: Metrossexual, Masculinidades, Corpo, Telenovelas. viii Masculinities on spot: the mode of being and thinking the metrosexual character from the Brazilian soap operas ABSTRACT I tried to analyze the perceptions of subjects about the way of being and thinking the metrosexual character from Brazilian soap operas. The use of characters from this kind of program for research was important because soap operas are productions that contribute to the viewing of behaviors and dissemination of the "new", besides having great input in Brazilian homes. Because of this, I conducted sixteen interviews with five women and eleven men, all residing in Belém, Pará, undergraduate or graduated in order to show how these people see the male characters that are presented on electronic serials and if they perceive metrosexual characters or with metrosexual characteristics in Brazilian soap operas. I also investigated what some operators of communication - writers, authors, actors and academic writers who study Brazilian soap operas – think about the relation of the male audience with this type of program, through interviews they gave to some media and / or academic papers they wrote. Moreover, I discussed the construction of the metrosexual and the current association of this male type with homosexuality. Thus, I approached the comprehension of my interlocutors on three characters which I focused in my interviews: Narciso (Vladimir Brichta), from Belíssima (2005), Thomas (Leonardo Miggiorin) from Cobras e Lagartos (2006) and Carlos (Carlos Casagrande), from Viver a Vida (2009), verifying the characteristics that make men represented in these roles recognized or not as vain. It will be possible to see that the idea of a male type unconcerned about what he wears, who uses soap to wash his hair not to spend much time with shampoos and conditioners, for example, has lost ground in the contemporary scene, once men, more and more, externalize their vanity, contributing to the "manufacture" of beautiful and desired bodies. Keywords: Metrosexual, Masculinities, Body, Brazilian Soap Operas. ix LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Logotipo de Cobras & Lagartos ..........................................................................