Cine-Jornal N26 13Abr1936.Pdf

Cine-Jornal N26 13Abr1936.Pdf

"Nothing in ... -NothinQ in ... Nothing in ... ,, «Nothiug ill... > . Dois blLnalissimos Casti119». Sao êtes quem comunicam, o oocábulos que, d primeira vista, pouco hora determinada, para qualqucl' tios <lizem. Tod(lui<,. reJ)r,es.entam o desabai· qu11re111<1 e s.eis i,elefoues daquela orga­ de muita esperança, o tombar de mil ni:açüo. projeclos que perCOI'rem a escala tios .\o ouvil'em as 1>alavrt1s mâr,i0l1s mais modeslos aos mais ambiciosos. c.·\(11ú Ce11fral Caslirrg> dlze.m, avc1ws éNolhinq in ...> . Quanta ansiedade um nome: Smith, Sellers, Evcl'ell, Beu­ deslruid<i, qutmla vontade de v.e11cer fus. Berrymau, 1'hierry ou qualquet' tios lorJ)ctlecula ... PalaVl'{lS terríveis, cuja ex· l<wtos rl'Sculos, aliás com c.erto orgulho, te11são ,li{icilmellle se avalia. C<w$a de p.elos cento e vinte milhões <ic habilw1� <lesespéros sem fim, tormento dos que les <la Not'/e América. vc,(luei<Im em Jlollywoocl e1n busca de 8ste nome é reproduzido, em uo: um parco papel que lhes possa abrir o (11/a, pela telefonista. Perto. está um .em· caminho do trluufo, da glória ... JJrC{la<io que J)ossui <1 lista cios que de· Poucos .�abem a profu1ulitlafle malé· vem ser chw11a<los. Percorre•a ,·àpi<la· fica daquela infeliz exJ)ressão que, tra­ mente e verifica s..e lá se ehcoulra o Weissmullcr, ou os delícias do «golh Eddie Contar, olgemodo, em cStrike du:ida, significa <tpeuas: «Não Juí uome iem qu,estão. Cuso ,wgcl.llvo, vêm me pink• nada>. as tel'l'ificas palavras: «Nolhi11g in ... Bste ctuio hâ nada> tém·110 iescutaclo Nothing t'n... Nolhin{J in ... >. E assim milhares de ouvidos <msiosame11le co­ todo o clia. um os latlos a . auscull<uior, gastos últi­ Se 1,os lembrarmos tlc qrw <t/J(W(1S .são mos centavos numa <ierrtuleira cham<1.· emp1·egaclc,s 750 vessoas cm cada 24 ho- <la tetefó11ica. 1·.(1s e que h<í. 14.00U inscritas, pode «Xothiug i1n envolve a tragédia de <ulmi(ir.se sem relutánci<1 que a média 1/ollywood, a lula tenaz. cios que tabu· tios telefouemas seja ti� 6.000 c/iúria­ tem, naquela melropole outi.e reina o menle e (Jlll: a percenlagem cios desilu­ mais <iesoladora miséria, a pa.r do mais tl itlos apa,·eça enorme. exlr<wrcli11ârio luxo. Orgia dos sentidos De facto, como esquecer que «1.\'o· para uns, desilusão J)(lra a maio,.ia. thing in> repr.esenll, a miséria por mais 1'anta ansie<lade, tremor, angústia, uns dlas, a <mlllrgura (lo desempl'éfJO, dúvlda, no lnterrogar e eis que êsse o horror <ie mo1·rc1· aos JJOll<'OS, 11,una bnllal, esmagado,., «Nolhing in> co,.,a casa 01ule não falia cleclricic/ad.e, gás, o léw,e fio, que parece lig(,r já ao e.çUz. <u111ecimento, 1·. S. F., frioorífico e até dio o prete11<1e11le que ndle deseja trtr­ eieV(L<iOI', mt1s on,Je lambem, sem <lóla­ blllhar. res, essas marauillws da ciéncill � tor· Sim, «Nothi11g lll, l'espo1ulem as le· ,uw, mais inacessíveis do que a própriCl lefo11isllls do «Central ,Casti110>, cs1>écie Hsfi11ge. <ie r.epllrlição g.eral do desemprégo em llauerá lo1·tura malor do que uer tais lfollywootl, aos infelizes aspirantes que, coufürtos ti nossa volta e não os poder <liàri<unente, solicilain, me1uli9w11 por uUU:ar, sucumbir <ie frio junto a um assim dizer, um vago lugar 1wm 1tüo esplê1uliclo aquecetlor ou possuir um e.t· menos vago filme, que t<mlo pode ser cel.enl,e fogão, último modê.lo, e tufo ler da sérle ccow.boys>, como da série se(11wr uns ovos JJ(l]'a frigir nêle? Freddy Bortholomow, o miudo prodigio «G<must.ers, ou ,ia «Amor, paixão ,e. ca. «Nothing in ... Nothing ln... >� lerdvel de «David Copperfield» e de c:Anno Lilion Resine, o corocterizodoro do samcnlo>. ,lilenw, dilema ciuma citJiU.zação. Korcnine», estó ogoro o filmar no Metro, aperfeiçoo o cmoquilloge» de /lá 5.000 home11s, 6.000 mulheres e Unitcd Attists Cecilio Porkcr :1.000 criauças inseri/as na cCe11tral OPERADOR N.• 13 Robert Donat Marlene Oietrich e Charles Boyer contra Hollywood no «Jardim de Allah» OBEHT DONAT, inl�rprele elo .l/(11·1ene Dietrich assinou um coniroto filme Ven<le·Se um fw1t(lsma� com Daoi<I O. Selrnick, ela Selznick que vimos h{1 pouco, não quere /nternational Piclure Cor,,o,·alion, para R ser a ve<leta femlnlua <lo g1·a11de filrne voHar a Hollywood, se bem que tenha assinado contratos com a R. K. o. colorido, O ,Jardim ele Allah, c,o la<i<> e a \Varncr llros. Donul g,mha actual­ de Charles Boyer. rncntc ·150 contos por semana em Lon· .-1 principio, afirmou�se que Merle dres. E os seus dois contratos cm Hol­ Obero11 sel"ia a vetletn, mas o papel. lywood não atingem essa cifra: um dá· finolmenfe, foi entregue a .Jfarliwe, que, ·lhe um têrço, e outro metade. desta forma, de.�ment.e os boa/os ,ir, sua Além disso, Donal declara que não vinda para ti Europa. Robert Montgomery e Chester Morris gosta de trahalhur na Cinelândia. Em Como s.e sabe, Rcx ln(lram reali:ou �onversom, num intervalo de filmogens Miriom Hopkins, Joel Moe Creo e Mcrle Londres, recusou·se, há pouco. a inter· Oberon, em «Dork Angel» jâ um filme e:clrai<lo do romcmce {a• prcl:.\r um papel de que nr,o gostava, moso <le Robert Dickens, e que se it,Ji. muito embora lhe ti,·csscm ofcrecJdO lu/ou, também, O Jardim ele Allah. A 100 mil dólares para o interp,·etar. E ' , uedela foí Mice 1 erry, e o filme apa­ i·:c snbe que em Hollywoo l nintuém receu em 1917. n,e permite semelhnntes capricl1t>s. A U. S. A. Os ,exteriores do novo filme se,·ão popularidade de Donat nos tomados no EglJ)lo, junto do Luqsor. segue uma cur\'a crescente. Ven([e.se ui111 fanlasrna eslá fazendo cm Nova York receitas superiores à Vi<la Prlvlt· <ICl ele llc11riq11e VIII e a R.euolução O Ministério de Propaganda e o ci­ frm1ce.,;a, filmes em <1ue dcsem1>cnh:wa papéis de relê,..,o. nema, em Itália Para o cxc,·cício de 1936-193i, o Mi­ nistério da Imprensa é da Pro))aganda Os dois filmes franceses de Mourice do Hcino de Itália prevê, no orçtunento, Chevalier as seguintes "erbas: J:I cslá feita a mise-au-poi11t dos ar­ lmprensa ...... 410.000 liras gumentos dos dois filmes que Maurice Propaganda .......•.... 3.100.000 > Chevalier vai rcaJizar em França. O pri· Fihne ................... 3.100.000 > meit·o intHula•se: ,1vec le sourire. Será Tcalro ................... 5.150.000 > realizado J)Or )(aurice Tournetfr, Scgun. Turis1no ................. 28.860.000 > do um argumento de Louis Ycrncuil e Despes:,s gerais ..... U.560.000 > estará concluído cm Setembro p. f. O segundo, L'flomme flu jour, tem Da simJ)lcs enumcraçáo destas ver· Edgord Edwords ero mineiro, onte.s de se Julien Duvivier como realizador. O ar· bas, ressalta u enorme jm1>ortância dedicor oo cinema. Ofereceu ogoro o é dada ao cinema, corno meio de propn.· Betty Furness o último picoreto com que , Betty Furness e Irene Horvey, wolkyrios gumenlo de Charles Vildrac, Julien � do século XX Duvivicr e Charles Spaak. ganda, cm Ilália. trabalhou ..,...,,.- /.__,- CINl"OIIIW. Charlie Chaplin anuncia Uionne, ineuarràvel. June Lang e :\li­ chael \VbaJen dão ao rilmc a nola nmo­ que a tradicional figura de rosa indis1,ens."l,·el. Durante as seis vrimeiras partes, Mi Charl ot morreu! cinco gémeas não �ll>areccru. Foca-se a vida do Dr. Dafoe. <1nc pretende cons· Cltarlic Chaplin intitulou, primeira­ truir 11111 hospit�,1 para os seus doentes. mente, o seu filme, desta mQneiro: hlimigos ncêrrjmos perseguem-no e quando tudo pa1·ecc perdido para êle. Charlic Chaplin in '.\lodcrn Ti1ncs. De·, po,s o titulo 1·es11mi11-se nas últimas <luas o J)aJ)á Dionnc vem buscá-lo. A cena J)alaurlls. Mas em boll uerdl!de o Ululo, do nascimento das cü1co gémeas está tratada com uma graça e um «hurnoun o verdadeiro título, <leuerla se" é.'Jle: Charlot nos tempos de boje. incomparáveis. 8 urna d..1s cenas mais Po1·que, sendo assim, o nome cio fil­ cn;;raçadas e emotivas que o cjncma me leria. uma correlaçüo fotima com a nos lcm dado. i<lei<t <1ue o inspirou. .8 que Clwplin Henry King: rc�llizou CounlrJJ Doclor. 1 sem gran eles rasgos de gi:nio, mas com ,1uis em plena era <lo som, fa:.er w1w experit:ncia decisiva. o talento J>reciso pa1·a tirar o máximo partido do sentimentalismo e ela gra�·a O uugabwulo caricato, d,e clrâpéu ,le côco, <le botas cam{Jlulas e bculine J)re­ do argumento. Não há ninguém que :-.e ni10 enterneça ante as admiráveis g(•. lenciosa, e cuja sUhueta inco1tfun<llvel meas de Dionne. se populari:ou com o nome de Char­ Tal é, peJo menos, a oµiniüo do jor· lot - está ,leslocado nos tempos ,/,: hoje. Pertence ao 1x1.sscalo, de facto. nalista nmericnno Harold J. Salcmson. Jla.ç Clmrlie, depois de cinco anos tlc reflexão r.esolueu-se a lr<ws1>orlar JJ(lrlt « época ..em que vivemos essa figurinho A imprensa americana anacrónica de idealista e rc.�si91uulo. NãoCi(l sabia qual o l'esullado da e.rperiên­ contra Mae West e, segundo declarou recenlemenl<, e:1:ll'aill ela experiénciaas conclus(;e . .:.que se. impunham.> \\"illiam Randolph Jiearst, que ini­ ' J ocle garantir-se qu.e Tempos )lodcr­ ç ciou contra )laC \\'ast uma campanha nos marca a <lerradeira apari ci.o, ,w moral, cujos fins não são suíiciente­ feia, <ia figura inconfu1ulivel de t.;Jwr- mcnte claros, �caba de pro·ibir, para lot.

View Full Text

Details

  • File Type
    pdf
  • Upload Time
    -
  • Content Languages
    English
  • Upload User
    Anonymous/Not logged-in
  • File Pages
    15 Page
  • File Size
    -

Download

Channel Download Status
Express Download Enable

Copyright

We respect the copyrights and intellectual property rights of all users. All uploaded documents are either original works of the uploader or authorized works of the rightful owners.

  • Not to be reproduced or distributed without explicit permission.
  • Not used for commercial purposes outside of approved use cases.
  • Not used to infringe on the rights of the original creators.
  • If you believe any content infringes your copyright, please contact us immediately.

Support

For help with questions, suggestions, or problems, please contact us