Ficção Científica Em Atmosfera Rarefeita
Total Page:16
File Type:pdf, Size:1020Kb
LIMITE DE ALERTA! FICÇÃO CIENTÍFICA EM ATMOSFERA RAREFEITA Uma introdução ao estudo da FC no cinema brasileiro e em algumas cinematografias off-Hollywood i LIMITE DE ALERTA! FICÇÃO CIENTÍFICA EM ATMOSFERA RAREFEITA: UMA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA FC NO CINEMA BRASILEIRO E EM ALGUMAS CINEMATOGRAFIAS OFF-HOLLYWOOD Tese apresentada ao Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas, para obtenção do título de Doutor em Multimeios Orientador: Prof. Dr. José Mário Ortiz Ramos CAMPINAS 2007 ii FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO INSTITUTO DE ARTES DA UNICAMP Suppia, Alfredo Luiz Paes de Oliveira. Su76L Limite de Alerta! Ficção Científica em Atmosfera Rarefeita: Uma introdução ao estudo da FC no cinema brasileiro e em algumas cinematografias off- Hollywood / Alfredo Luiz Paes de Oliveira Suppia. – Campinas, SP: [s.n.], 2007. Orientador: José Mário Ortiz Ramos. Tese(doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes. 1. Cinema brasileiro 2. ficção científica 3. Critica cinematográfica 4. Cinema e historia. I. Ramos, José Mário Ortiz. II. Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Artes. III. Título. (em/ia) Título em ingles: “Alert Limit! Science Fiction in Rarefied Atmosphere: An introduction to the study of SF in the Brazilian cinema and some off- Hollywood filmographies” Palavras-chave em inglês (Keywords): Cinema brasileiro, Science fiction.Moving-pictures criticism. Moving-pictures and history. Titulação: Doutor em Multimeios Banca examinadora: Prof. Dr. José Mário Ortiz Ramos Profa. Dra. Bernadette Lyra Profa. Dra. Rosana de Lima Soares Prof. Dr. Eduardo Morettin Prof. Dr. Francisco Elinaldo Teixeira Data da Defesa: 29-08-2007 Programa de Pós-Graduação: Multimeios iii Dedico esta tese a dois grandes amigos que, infelizmente, tiveram de se separar de mim, momentaneamente, enquanto trilhávamos o mesmo caminho. Meu pai, Alfredo Suppia, amigo e apoiador, de quem herdei o gosto pela leitura, escrita e reflexão, e Kuma, companheiro de leituras e outros momentos felizes. Espero revê-los. v Agradecimentos A meus pais, Alfredo e Dolores, pelo apoio irrestrito, incentivo e compreensão. A minha namorada Carla Rente, com quem divido projetos e aventuras. A CAPES, pelo financiamento da pesquisa (sem a bolsa ia ser impossível). À Profa. Dra. Lúcia Nagib, minha orientadora de mestrado e início de doutorado, a quem devo muito de minha formação. Ao Prof. Dr. José Mário Ortiz Ramos, meu orientador, pela acolhida e cumplicidade. Aos amigos Lúcio Reis e Rogério Ferraraz, pela amizade e colaboração constante. Aos professores e funcionários do Programa de Pós-graduação em Multimeios e do Depto. de Multimeios. Agradecimentos destacados a todos os entrevistados: André Carneiro, Antônio Leão da Silva Neto, Braulio Tavares, Carlos Canela, Claudinê Perina Camargo, Clóvis Vieira, Eduardo Mondini, Eduardo Morettin, Elie Politi, Fernão Ramos, Francisco de Paula, Gerson Lodi-Ribeiro, Henrique de Oliveira Jr., Jorge Luiz Calife, José de Anchieta, Júlio Xavier, M. Elizabeth Ginway, Marcos Bertoni, Mariano Paz, Max Malmann, Máximo Barro, Paulo Bastos Martins e Roberto de Sousa Causo. Todos eles têm sua parcela de autoria neste trabalho, pois suas contribuições foram fundamentais. Meus agradecimentos também a todos aqueles que, de alguma maneira e em alguma medida, colaboraram com este estudo: Aarão Mendes Pinto, Adalberto Dalambert, Adam Frisch, Adilson Mendes, Adrian Martin, Alfredo Franz Keppler Neto, Ana Cláudia, Andy Sawyer, Antonio de Macedo, Armando Fernandes, Arthur Autran, Audemaro Taranto, Bernadette Lyra, Carolyn Wendell, Castorita e Emma do Arquivo Edgar Leuenroth, Celso Palermo, César Kieling, Charles Dias, Cida Sepúlveda, Constantine Verevis, Cybelle Tedesco, David Mead, David Neo, Deirdre Giraldo, Denilda Bortoletto, Denise Tavares, Diana Dobranszky, Edgar Franco, Etienne Samain, Francisco Alberto Skorupa, Fernando Almeida Diniz, Fernando Mascarello, Flávia Cesarino Costa, Francisco Elinaldo Teixeira, Gelson Santana, Gilberto Schoereder, Guilherme Kujawski, Gumercindo da Rocha Dórea, Humberto Fimiani, Ian Christie, Ismail Xavier, Janet Martin, Janet Steiger, Janice Bogstad, João Luiz Vieira, Joel Yamaji, José Mário De Martino, José Mojica Marins, Larissa Koroleva, Laura Cánepa, Leandra Bizello, Leandro Moura, Liv Sovik, Lucas Vega, Luciana Araújo, Lúcio Manfredi, Marcelo Simmão Branco, Marcelo Carrard, Márcio Serelle, Marcius Freire, Marino Zigiatti, Marcus Mello, Maurício de Bragança, meninas da biblioteca da Cinemateca Brasileira, Mia Treacey, Michael Walsh, Miguel Carqueija, Mino Barros Reis, Neuzo Marques, Orlando Senna, Paul Ramaeker, Paulo Marcos Bubolz, Paulo Thiago, Philip Kaveny, R. C. Nascimento, Remier Lion, Renato Pucci, Rosana de Lima Soares, Sergio Hartman, Sílvia Cléa Coutinho Ramos, Sílvio Alexandre, turma do “Cinema de Bordas”, Ulisses do site Putrescine, Wanda Jorge, Wendell Stein, Wilson Lazaretti e Zuleika Bueno. vi “The more rationalistic a time becomes the more it needs the escape valve of the fantastic.” Carlos Clarens An Illustrated History of Horror and Science-Fiction Films, p. xix vii Resumo “A Ficção Científica no Brasil: Um planeta quase desabitado.” Esse é o título de um artigo do crítico e escritor Fausto Cunha1, referente à literatura de ficção científica, mas que poderia ser aplicado também à análise do gênero no cinema brasileiro. Na Europa, nos EUA e no Japão, o cinema de ficção científica encontra terreno fértil. Sua relevância estética e econômica é evidente, desde o período mudo, sendo até hoje freqüente objeto de estudo. No Brasil, entretanto, a situação é um pouco diferente, uma vez que a ficção científica cinematográfica tem sido frequentemente encarada como algo “fora de lugar”. Afinal, podemos falar de ficção científica no cinema brasileiro? Esta tese traz uma resposta afirmativa a essa pergunta, muito embora tenhamos de levar em consideração algumas peculiaridades. Ao contrário dos EUA e Europa, o Brasil não tem grande tradição no estudo da ficção científica. Apesar disso, escritores brasileiros de ficção científica têm obtido reconhecimento internacional, e o cinema brasileiro tem tido experiências na produção de filmes do gênero. Por exemplo, manifestações da ficção científica no cinema brasileiro podem ser detectadas em comédias ou chanchadas dos anos 1940/50, distopias ecológicas dos anos 1970/80 e na produção mais recente, da retomada aos dias atuais. Mas por que o cinema brasileiro de ficção científica não tem tido maior desenvolvimento e visibilidade? Esta e outras perguntas serão discutidas neste trabalho, com base em bibliografia geral e especializada, análise fílmica e entrevistas com autores, cineastas e pesquisadores. Em suma, o objetivo desta tese é levantar um novo debate mais detido acerca da ficção científica no cinema brasileiro e demais cinematografias que não a hollywoodiana, apresentando um panorama que busca melhor compreender o passado, presente e futuro de um gênero que insiste em sobreviver numa atmosfera muitas vezes hostil e rarefeita. Palavras-chave: 1. cinema brasileiro 2. ficção científica 3. crítica cinematográfica 1 In: L. David ALLEN, No Mundo da Ficção Científica, pp. 5-20. viii Abstract “SF in Brazil: A barely inhabited planet” is the title of Fausto Cunha’s essay2 on Brazilian science fiction literature, and the starting point for this paper, as this approach could be also applied to the study of Brazilian science fiction cinema. In Europe, the United States and Japan, science fiction film has a long history since the early days of cinema, and continues to find fertile ground still today. Its economical and aesthetical relevance is outstanding and widely recognized. However, in Brazil the situation is rather different, and a national science fiction cinema is usually overlooked by film critics and scholars. Then again, can one talk about science fiction in Brazilian cinema? This dissertation brings an affirmative answer to this question, even though considering some particular features. Contrary to the United States and Europe, Brazil does not have a tradition in science fiction studies. Despite this fact, Brazilian science fiction writers have been awarded around the world and Brazilian cinema does have experiences in science fiction film production – for example, from the 1940/50’s comedies and chanchadas to 1970/80’s ecological distopias and fin-de-siècle dark comedies. But why has Brazilian science fiction cinema been prevented from further development? This question, among others, will be herein discussed, based on general and specific bibliography, film analysis and interviews with writers, scholars and filmmakers. In sum, the aim of this paper is to raise a new and careful discussion on science fiction in the Brazilian cinema and other off-Hollywood filmographies, outlining a panorama that attempts to better understand the past, present and future of a genre that insists on surviving in a rather hostile and rarefied atmosphere. Key-words: 1. Brazilian cinema 2. science fiction 3. film critique 2 L. David ALLEN, No Mundo da Ficção Científica, pp. 5-20. ix Sumário Introdução........................................................................................................................p. 1 1. Cinema de Ficção Científica: métodos de abordagem e definição..............................p. 9 2. Esboço para uma história do cinema internacional de ficção científica......................p. 13 3. Panorama da ficção científica no cinema brasileiro de longa-metragem................... p. 87 4. Panorama da ficção científica