Atrás Da Imagem, Ao Alcance Do Olhar
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JOSÉ MAURÍCIO TEIXEIRA LOURES ATRÁS DA IMAGEM, AO ALCANCE DO OLHAR Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Mestrado e Doutorado em Psicanálise, Saúde e Sociedade da Universidade Veiga de Almeida para obtenção do título de Doutor em Psicanálise, Saúde e Sociedade. Área de concentração: Psicanálise e Sociedade. Linha de pesquisa: Arte e Psicanálise. ORIENTADORA: PROFa. DRa. SONIA XAVIER DE ALMEIDA BORGES RIO DE JANEIRO 2020 UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO Rua Ibituruna, 108 – Maracanã 20272-020 – Rio de Janeiro – RJ – Brasil Tel.: +55 21 2574-8888 e 0800 024 6172 L892 Loures, José Maurício Teixeira Atrás da imagem, ao alcance do olhar / por José Maurício Teixeira Loures. - 2020. 107 f. : il. color. 12,5 ; cm 30 cm. Impresso por computador (original). Orientador: Sonia Xavier de Almeida Borges. Tese (doutorado) – Universidade Veiga de Almeida, Programas de Pós-graduação Stricto Sensu, Doutorado em Psicanálise, Saúde e Sociedade, Rio de Janeiro, 2020 . 1. Psicanálise e arte. 2. Fotografia. 3. Representação (Psicanálise). 4. Woodman, Francesca, 1958-. 5. Araki, Nobuyoshi, 1940-. I. Borges, Sonia Xavier de Almeida (orientador). II. Universidade Veiga de Almeida. Programas de Pós-graduação Stricto Sensu, Doutorado em Psicanálise, Saúde e Sociedade. III. Título. CDD – 150.195 Ficha Catalográfica elaborada pelo Sistema de Bibliotecas da UVA Bibliotecária Adriana R. C. de Sá – CRB-7/4049 FOLHA DE APROVAÇÃO JOSÉ MAURÍCIO TEIXEIRA LOURES ATRÁS DA IMAGEM, AO ALCANCE DO OLHAR Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Mestrado e Doutorado em Psicanálise, Saúde e Sociedade da Universidade Veiga de Almeida para obtenção do título de Doutor em Psicanálise, Saúde e Sociedade. Área de concentração: Psicanálise e Sociedade. Linha de pesquisa: Arte e Psicanálise. Aprovada em 31 de janeiro de 2020. _____________________________________ Sonia Xavier de Almeida Borges Universidade Veiga de Almeida _____________________________________ Ana Maria Toledo Piza Rudge Universidade Veiga de Almeida _____________________________________ Maria Anita Carneiro Ribeiro Universidade Veiga de Almeida _____________________________________ Marco Antonio Coutinho Jorge Universidade do Estado do Rio de Janeiro _____________________________________ Vivian Martins Ligeiro Universidade do Estado do Rio de Janeiro A Sonia Borges, que tem me conduzido pela psicanálise e pela arte com dedicação, afeto e entusiasmo. A minha mãe, Mônica, eterna companheira em minha jornada em busca do impossível. Ao meu irmão, Caio, pelo apoio incondicional. AGRADECIMENTOS O fotógrafo Ansel Adams, certa vez, disse: “Não fazemos uma foto apenas com uma câmera; ao ato de fotografar trazemos todos os livros que lemos, os filmes que vimos, as músicas que ouvimos, as pessoas que amamos.” Assim também é a escrita de uma tese, que, como a produção de uma obra de arte ou como a construção de um sonho, se faz a partir de muitos elementos. Deixo, aqui, os meus agradecimentos a quem direta ou indiretamente participou da trajetória desta pesquisa. Agradeço primeiramente a Sonia Borges. Esta pesquisa foi o início de um trajeto que me permitiu resgatar o desejo pela fotografia e continuar trilhando o caminho da arte e da psicanálise que Sonia me apresentou/presenteou e me conduziu desde os primeiros passos até que eu pudesse adquirir segurança e maturidade para propor desvios, os quais você aceitou me acompanhar com a sua experiência, conhecimento e extrema dedicação. As nossas longas conversas, a sua paixão pela arte e pela psicanálise e, principalmente, o seu engajamento nesta pesquisa foram fundamentais. A conclusão deste Doutorado encerra um vínculo acadêmico, mas reforça ainda mais o nosso encontro. Repito o que escrevi nos agradecimentos da minha dissertação de Mestrado: “Se todos fossem iguais a você, que maravilha viver”. Exprimo também a minha gratidão a Gloria Sadala. A nossa parceria tem sido fortalecida e ressignificada continuamente. Você é poetiza incansável na arte da escrita, mas, também, no trabalho e na vida. Seus atos produzem ressonâncias que assumem proporções inimagináveis e o maior exemplo disso foi a criação deste Mestrado e Doutorado em Psicanálise, Saúde e Sociedade. Cada dissertação e tese defendidas, cada profissional que é tocado pela psicanálise, produzindo impacto em sua prática, cada pesquisador que irá expandir seus saberes adquiridos neste Programa, tudo isto é ressonância do seu ato criador. Não posso deixar de expressar minha gratidão a Maria Anita Carneiro Ribeiro. A psicanálise impulsionou este encontro, mas você também tornou possível um novo encontro com a psicanálise, com uma psicanálise que provém de muito estudo, dedicação, paixão e experiência. É um privilégio ter você como professora, supervisora e companheira de jornada. Obrigado por ter prontamente aceito o convite para compor minhas bancas de qualificação e defesa. Também, agradeço a Betty Fuks. O nosso encontro foi um dos maiores presentes deste Mestrado e Doutorado. Carrego enorme gratidão por todo o seu apoio e carinho. Obrigado pelas recomendações de leituras, por ter me apresentado o trabalho de Evgen Bavcar, que, com certeza, será objeto de estudos futuros, e pela preciosa indicação do Marco Antonio Coutinho Jorge e da Vivian Martins Ligeiro para compor a minha banca de defesa. A Ana Maria Rudge, que muito me alegrou ao aceitar estar nas minhas bancas de qualificação e de defesa, obrigado pelo apoio. A Marco Antonio Coutinho Jorge, em cuja transmissão faz parte do meu percurso na psicanálise, obrigado por ter aceitado o convite para participar da minha banca de defesa. A Vivian Martins Ligeiro, obrigado por ter aceitado participar da minha banca de defesa e pela valiosa contribuição, junto ao Marco Antonio Coutinho Jorge, com seu artigo intitulado “Psicanálise e arte: o triunfo do real”. A Maria Helena Martinho tenho a agradecer, pelo apoio, parceria, dedicação e pelo entusiasmo em sua transmissão, que sempre me inspirou. Agradeço aos professores do Programa de Mestrado e Doutorado em Psicanálise, Saúde e Sociedade não mencionados antes, dentre os quais destaco: Perla Klautau, sempre muito receptiva e atenciosa; a Antonio Quinet, teórico e pessoa admirável, pela transmissão, oportunidades e parcerias; e a Joana Novaes, pelo incentivo e pela prolífera parceria acadêmica. Também, agradeço as minhas colegas de orientação, Vera Stocco, Andréa Pires Camargo, Monica Vulej; aos meus colegas de turma André Veras, Evanir, Greta, Kátia Cristian, Mônica Miranda e Milânia. A Ieda Tucherman, agradeço o engajamento em contribuir para esta pesquisa, pelas indicações, livros e produtivas conversas. A Vera Pollo agradeço por tudo o que temos construído em análise, pelo apoio e escuta, que foram fundamentais para que fosse possível realizar este Doutorado e desenvolver esta tese. Agradeço a Aline Drummond, Andréa Senna, Giselle Albuquerque, Josy Pandolfo e Poliana Nunes, amigas queridas que muito me apoiaram neste percurso. Agradeço a Andreia Paraquette, parceira na fotografia e na vida; a Sônia Menezes, cuja amizade foi outro desdobramento dos meus primeiros estudos em fotografia e que sempre incentivou o meu desenvolvimento acadêmico; e a Fabiana Neves, pela amizade, apoio e pelas contribuições teóricas ao me apresentar detalhes e bibliografia sobre a cultura japonesa. A Lúcia Mota, obrigado pela amizade, pela disponibilidade e pelo empenho na impressão e encadernação final deste trabalho. Um especial agradecimento à Universidade Veiga de Almeida, lugar onde iniciei minha trajetória acadêmica e onde conheci as pessoas que fizeram parte desta jornada. E, por fim, agradeço à CAPES, pela bolsa de estudos concedida, que tornou possível a realização deste Doutorado. “O que está ali remete ao que não está ali, ou o chama; porém não o chama sob a égide de uma regra determinada e formulável, como um teorema chama suas consequências, ainda que infinitas, um número seus sucessores, uma causa seus efeitos, ainda que inumeráveis. [...] Aquilo que não está numa representação pode, mesmo assim, achar-se ali, e para isso não há limite algum.” (Cornelius Castoriádis) RESUMO É conhecida a tradição contemplativa da arte, com seu efeito de “suave narcose”. Contudo, cada vez mais, tem se destacado uma arte que, muito pelo contrário, não visa nenhum tipo de apaziguamento. Essa arte quer provocar, fazer rupturas na experiência artística. E artistas que assumem esse projeto se engajam na invenção de modos extremamente particulares de formalização que venham a responder a isso, excedendo a tradição da representação. Esta pesquisa de Doutorado visa abordar esse excedente da representação a partir da teoria psicanalítica em articulação com a arte e a filosofia, buscando um lugar comum entre esses saberes. As obras de dois fotógrafos, a norte-americana Francesca Woodman (1958-1981) e o japonês Nobuyoshi Araki (1940 - ) são tomadas para estudo, já que, como se busca sustentar nesta pesquisa, ambos flertam com o impossível. Trabalha-se com a hipótese de que a partir da análise de seus processos de criação será possível extrair um saber acerca do que de fato está em jogo nesses tipos de formalização estética que, por sua vez, é consonante com a subversão freudiana da noção clássica de representação. Palavras-chave: Fotografia; Psicanálise; Corpo; Representação; WOODMAN, Francesca; ARAKI, Nobuyoshi. ABSTRACT The contemplative tradition of art is known, with its effect of “soft narcosis”. However, more and more, an art has been highlighted that, quite the contrary, does not seek any kind