Literatura E Experiência Humana: Tecnologia E Trabalho
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Juarez Poletto (Organizador) LITERATURA E EXPERIÊNCIA HUMANA: TECNOLOGIA E TRABALHO LITERATURA E EXPERIÊNCIA HUMANA: TECNOLOGIA E TRABALHO Reitor: Luiz Alberto Pilatti. Vice-Reitor: Vanessa Ishikawa Rasoto. Diretora de Gestão da Comunicação: Mariangela de Oliveira Gomes Setti. Coordenadora da Editora: Camila Lopes Ferreira. Conselho Editorial da Editora UTFPR. Titulares: Bertoldo Schneider Junior, Isaura Alberton de Lima, Juliana Vitória Messias Bittencourt, Karen Hylgemager Gongora Bariccatti, Luciana Furlaneto-Maia, Maclovia Corrêa da Silva, Mário Lopes Amorim e Sani de Carvalho Rutz da Silva. Suplentes: Anna Silvia da Rocha, Christian Luiz da Silva, Ligia Patrícia Torino, Maria de Lourdes Bernartt e Ornella Maria Porcu. Editora filiada a Juarez Poletto (Organizador) LITERATURA E EXPERIÊNCIA HUMANA: TECNOLOGIA E TRABALHO Curitiba UTFPR Editora 2016 © 2016 Editora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComer- cial-SemDerivações 4.0 Internacional. Esta licença permite o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos ao(s) autor(es), mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. Disponível também em: <http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/>. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação P765 Literatura e experiência humana: tecnologia e trabalho / Juarez Poletto (organizador). – Curitiba: Ed. UTFPR, 2016. 241 p. Inclui Bibliografia ISBN: 978-85-7014-155-2 (Recurso eletrônico) 1. Trabalho na literatura 2. Literatura e tecnologia I. Poletto, Juarez II. Título. CDD (22. ed.) 801.9 Bibliotecária: Rosana da Silva CRB: 9/1745 Coordenação editorial Camila Lopes Ferreira Emanuelle Torino Projeto gráfico, capa e editoração eletrônica Vanessa Constance Ambrosio Normalização Camila Lopes Ferreira Revisão gramatical e ortográfica Adão de Araújo UTFPR Editora Av. Sete de Setembro, 3165 80.230-901 - Curitiba – PR www.utfpr.edu.br SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ...........................................................................................................................7 PREFÁCIO .....................................................................................................................................9 REFLEXÕES SOBRE LITERATURA E ENGAJAMENTO ...............................................................15 Juarez Poletto JEREMIAS SEM CHORAR: UMA VISÃO HEIDEGGERIANA SOBRE A TECNOLOGIA ...............47 Rodrigo Luciani Faria , Nabylla Fiori de Lima, Júlia Machado Fernandes e Juarez Poletto O REI DA VELA, DE OSWALD DE ANDRADE, E A REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA DO CONTEXTO INDUSTRIAL E TECNOLÓGICO BRASILEIRO ............................................................................69 Ângela Maria Rubel Fanini e Aline Prado Maciel TRABALHO E TECNOLOGIA NA OBRA DE LYGIA BOJUNGA ...................................................79 Alice Atsuko Matsuda A UNIVERSIDADE E O PENSAMENTO HEIDEGGERIANO: O QUE REFLETE E O QUE CALCULA ................................................................................................................... 95 Maurini de Souza ADONIRAN BARBOSA E JOÃO ANTONIO – MÚSICA E LITERATURA: O DESCARNE DA VIDA HUMANA ..................................................................................................................................105 Fernanda da Cunha Guedes e Juarez Poletto POESIA E IDENTIDADE NACIONAL: O POVO BRASILEIRO NA OBRA DE AFFONSO ROMANO DE SANT’ANNA ........................................................................................................................131 Juarez Poletto, Marceli Mengarda e Nabylla Fiori de Lima POESIA E ENGAJAMENTO: TRABALHO & CAPITAL ...............................................................151 Juarez Poletto POESIA E TECNOLOGIA EM GAGÁRIN ...................................................................................165 Juarez Poletto O DILEMA POÉTICO DE MANOEL DE BARROS (RESENHA QUASE ENSAIO) .......................175 Juarez Poletto PERSPECTIVAS DE ENGAJAMENTO NA POESIA DE FERREIRA GULLAR ..............................191 Mayara Saad Fadel, Jope Leão Lobo, Rodrigo Luciani Faria e Juarez Poletto DA INDIFERENÇA À ABOMINAÇÃO: O MST E A MÍDIA ........................................................215 Douglas Ciriaco Ferreira, Mário Ribeiro Resende Neto e Maurini de Souza MST E JORNAL NACIONAL: UMA RELAÇÃO DIALÉTICA? .....................................................227 Douglas Ciriaco Ferreira, Mário Ribeiro Resende Neto e Maurini de Souza AUTORES ..................................................................................................................................239 APRESENTAÇÃO O livro Literatura e experiência humana: tecnologia e trabalho é fruto de in- tensa pesquisa acadêmica, envolvendo docentes e discentes, dos Cursos de Comu- nicação Institucional, Letras, da Especialização em História Nacional e Literatura Brasileira e do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade (PPGTE) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Aqui encontramos uma boa colheita na forma de capítulos das pesquisas advindas do grupo de Pesquisa Discursos sobre Trabalho, Tecnologia e Identidades, vinculado ao Conselho Na- cional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Alunos e professores, tendo em comum a base filosófica amparada na Fi- losofia da Linguagem materialista em que se advoga que a linguagem reflete e refrata o real, seguindo as ideias de Mikhail Bakhtin e do Círculo Russo, in- vestigam as relações complexas que a poesia, a prosa brasileira, o jornalismo e o teatro brasileiros, mantêm com a realidade local, objetivando entender como os intérpretes de nossa sociedade (poetas, jornalistas, prosadores, dramaturgos, músicos) se posicionam no mundo via linguagem. A temática majoritária escolhida é a do trabalho e da técnica, uma vez que o livro se vincula diretamente à UTFPR, a única universidade brasileira que leva o adjetivo de tecnológica. Nossa instituição procura refletir sobre a técnica e o trabalho a ela associado, uma vez que acreditamos que o trabalho e a técnica são centrais ao ser humano. Nos cursos de graduação e pós-graduação há disciplinas que versam sobre as interações entre Tecnologia, Técnica e Sociedade. Procura-se levar nosso edu- cando e docentes a problematizar as articulações entre o ser humano e seu poder tecnológico e técnico. Intentamos ver a questão moral, ética, social e histórica de nossas construções tecnológicas. Visamos responder, sobretudo, na contemporaneidade, questões relativas à técnica e à tecnologia, por intermédio de grupos de pesquisa que também se debruçam sobre essa intrincada questão. Entretanto, o grupo de autores aqui reunido também acredita que a linguagem é central na constituição do sujeito e do social. Assim, procura-se ver, perceber, analisar como a linguagem também é ins- tauradora do trabalho e da técnica, visto que ao falar, dialogar, definir, poetar, prosear e encenar sobre a dimensão laboral e da técnica, também estamos a criar, alterar, renomear, edulcorar, carnavalizar, criticar essas dimensões. Assim fazen- do, cremos que há uma possibilidade via reflexão discursivo-cultural de garantir- mos a construção de uma sociedade mais reflexiva, emancipatória e equitativa à medida que questionamos o homo faber por intermédio do homo simbolicus, ou seja, somos seres de linguagem e de técnica e devemos refletir sobre o que faze- mos, para quê, para quem e por quê. Convidamos o leitor a empreender conosco uma leitura que abarca muitos textos sobre autores nacionais clássicos e também não canônicos, como também textos jornalísticos de nossa ideologia do cotidiano, para averiguar o que esta- mos dizendo sobre a nossa sociedade brasileira, sua história, suas lutas, seus limites e sua possibilidade de evoluir no sentido de construção de uma vida mais justa para todos. Esperamos que a leitura seja frutífera, ou seja, não permaneça somente na reflexão, necessária é claro, mas vá também para a práxis cotidiana do nosso dia a dia familiar, nas conversas entre amigos, em nossa comunidade de bairro e na sala de aula onde é nossa militância mais acirrada e permanente. A reflexão verticalizada e emancipatória sobre como trabalhamos e como produzimos tecnicamente nossa existência é fundamental para agirmos em um mundo cada vez mais tomado pelo pensamento calculístico de que nos fala Mar- tim Heidegger e que tem nos enredado como consumidores contumazes de coisas e artefatos, esquecendo-nos de que nem só de pão vive o homem, manifestando- -nos existencialmente como objetos entre objetos. Há que se repensar a socieda- de da coisificação do sujeito, libertando-o, e a leitura e a escrita responsáveis são caminhos para se atingir tal ação. Boa leitura a nós todos. Ângela Maria Rubel Fanini Líder do Grupo de Pesquisa Discursos sobre Trabalho, Tecnologia e Identidades da UTFPR 8 PREFÁCIO Que deliciosa atividade esta de prefaciar Literatura e experiência humana: tecnologia e trabalho! Não é possível iniciar o texto sem antes expressar meus sentimentos e, quase como uma consequência, meus agradecimentos ao organi- zador e aos autores pelo convite a esta vivência, mesmo que correndo o risco de ser inadequada, logo de saída, na redação de um texto do gênero prefácio, em que as expressões da mais pura experiência lúdico-afetiva devem ser controladas pela racionalidade acadêmica, decorrente da racionalidade do mundo do trabalho moderno. Na esperança de ver aceitos tanto meus agradecimentos, como minhas inadequações, sigo em frente. Na breve