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Revista Brasileira

Fase VII Outubro-Novembro-Dezembro 2007 Ano XIII N o 53

Esta a glória que fica, eleva, honra e consola. ACADEMIA BRASILEIRA REVISTA BRASILEIRA DE LETRAS 2007

Diretoria Diretor Presidente: Marcos Vinicios Vilaça João de Scantimburgo Secretário-Geral: Cícero Sandroni Primeira-Secretária: Conselho editorial Segundo-Secretário: Domício Proença Filho , , Diretor-Tesoureiro: Evanildo Cavalcante Bechara Lêdo Ivo,

Produção editorial Membros efetivos Monique Cordeiro Figueiredo Mendes Affonso Arinos de Mello Franco, , Alberto Revisão Venancio Filho, Alfredo Bosi, Elvia Bezerra Ana Maria Machado, Antonio Carlos Luciano Rosa Secchin, Antonio Olinto, , Arnaldo Niskier, Projeto gráfico Candido Mendes de Almeida, Victor Burton , Carlos Nejar, , Cícero Sandroni, Editoração eletrônica Domício Proença Filho, , Estúdio Castellani Evanildo Cavalcante Bechara, , Pe. Fernando Bastos de ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS Ávila, Helio Jaguaribe, Ivan Junqueira, Av. Presidente Wilson, 203 – 4o andar , João de Scantimburgo, – RJ – CEP 20030-021 João Ubaldo Ribeiro, José Murilo de Telefones: Geral: (0xx21) 3974-2500 Carvalho, José Mindlin, José Sarney, Setor de Publicações: (0xx21) 3974-2525 Lêdo Ivo, , Fax: (0xx21) 2220-6695 , Marcos Vinicios Vilaça, E-mail: [email protected] , Murilo Melo Filho, site: http://www.academia.org.br Nélida Piñon, Nelson Pereira dos Santos, , Sábato Magaldi, As colaborações são solicitadas. Sergio Paulo Rouanet, Tarcísio Padilha, Zélia Gattai. Sumário

EDITORIAL João de Scantimburgo Sonetos ingleses ...... 5 CULTO DA IMORTALIDADE Alberto Venancio Filho Afrânio Peixoto ...... 7 Murilo Melo Filho Oscar Dias Corrêa, o acadêmico, o ministro e o jurista . . . . . 37 , filho , acadêmico e diplomata...... 45 Eduardo Prado: Duas visões José Murilo de Carvalho Eduardo Prado e a Polêmica do Iberismo e do Americanismo ...... 71 Sergio Paulo Rouanet Eduardo Prado e a Modernidade ...... 88 Alexei Bueno Presença de José Lins do Rego ...... 111 PROSA Marcos Vinicios Vilaça Japão/Brasil ...... 113 Lygia Fagundes Telles Álvares de Azevedo ...... 117 Arnaldo Niskier A cultura na ABL: Uma visão parcial ...... 123 Moacyr Scliar Contos ...... 143 Evanildo Bechara A Língua Portuguesa na concepção dos fundadores da ABL . . 149 Frederico Gomes Da sombra da morte à luz da poesia: poeta do pensamento . . . 157 Joaquim de Montezuma de Carvalho Os três sepulcros de Viriatoeasua ressurreição...... 169 Francisco Marins Do berrante ao apito...... 181 Fernando Guedes Corporações e confrarias...... 193 Ângela Montez O amor nos Sonetos dos Amores Mortos, de Rita Moutinho ...... 227 Gilberto Mendonça Teles O sentido da criação poética nas Odes, de Miguel Torga ...... 235 J. Bernardo Cabral Doutrinas políticas contemporâneas...... 249 Nicolás Extremera Tapias Anchieta: criador de modelos literários para a evangelização ...... 265 POESIA Lêdo Ivo Poemas ...... 309 Ives Gandra da Silva Martins Sonetos ingleses para Ruth ...... 315 Sonia Sales Poemas ...... 327 Izacyl Guimarães Ferreira Poemas...... 331 Poemas...... 343 GUARDADOS DA MEMÓRIA Afrânio Peixoto Mário de Alencar ...... 345 Tristão de Athaíde Pressentimentos...... 355

Editorial

Sonetos ingleses

João de Scantimburgo

brilhante jurista, professor de Direito e ensaísta Ives OGandra da Silva Martins adota como poema sob forma de soneto o estilo inglês. Já lhe falei que o nosso estilo aqui é camonia- no, é a tradição portuguesa e brasileira. Ponho aqui em destaque , Guilherme de Almeida, e ou- tros. Seria penoso forçar a memória para citá-los. Os sonetos são dirigidos a Ruth, sua amada esposa, em estilo que não é praticado no Brasil nem em Portugal. Trata-se, no en- tanto, de um estilo magnífico que representa a originalidade dos ingleses e os perpetua como cultores da memória num estilo típi- co de um país original como é a Inglaterra. Ives Gandra, sendo um bom poeta e dedicando os sonetos a sua esposa, eu os admito neste número da Revista Brasileira para dar aos poetas nacionais e estrangeiros aqui radicados a amostra do estilo inglês em fazer sonetos de amor. Sirvam-se os leitores desse festim de sonetos que se contrapõem somente na forma aos sonetos camonianos, de origem portuguesa.

5 João de Scantimburgo

O soneto é uma forma imortal de comunicar a sensibilidade poética em quatorze versos que são respeitados na língua de Camões e na língua de Sha- kespeare. Fiquem os leitores com essa colaboração, apoiados num grande poe- ta brasileiro que dedica os seus sonetos para sua esposa. Sinta, leitores, como, ao se fazerem poemas e sonetos ingleses, portugueses ou de outras nacionali- dades, o amor sempre será o mesmo, basta saber como poetizar!

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