Rodízio De Prêmios

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

Rodízio De Prêmios Rodízio de prêmios A partir desta edição, duas categorias entre Ciência, Medicina e Cultura serão escolhidas a cada ano Prêmio FCW de Arte, Ciência e 1981, embora tenha sido temporariamen- Cultura traz uma modificação te suspensa em 2000. Em 2006 voltou a Oimportante adotada na atual edição. Se- ser atribuída quando o CNPq e a FCW rão laureadas duas personalidades a ca- firmaram um convênio para reeditá-la. A da ano, em vez de três, nas categorias de láurea é atribuída a um pesquisador que Ciência, Medicina e Cultura. A Fundação se tenha destacado pela obra científica Conrado Wessel (FCW) é também a pa- ou tecnológica em uma das três áreas de trocinadora do Prêmio Almirante Álvaro conhecimento: ciências exatas, da terra e Alberto (AAA), concedido pelo Conselho engenharias; ciências humanas e sociais, Nacional de Desenvolvimento Científico letras e artes; e ciências da vida. e Tecnológico (CNPq) em parceria com O prêmio do CNPq é concedido em sis- PESQUISA FAPESP a Marinha. Essa premiação ocorre desde tema de rodízio. A cada ano, ganha um 10 ESPECIAL PRÊMIO FCW MEDICINA | RUBENS BELFORT JÚNIOR CULTURA | LYGIA FAGUNDES TELLES cientista de uma das três áreas. Já o da FCW, até 2014 premiava personalidades nas categorias Ciência, Medicina e Cul- tura, além de Arte, destinada à fotografia. Ciência contempla todos os demais campos Os organizadores científicos, com exceção de Medicina, e Cultura abarca literatura, música, cinema, mudam as normas quando teatro, dança e também ciências sociais e humanas. Para evitar a dupla premiação percebem a necessidade de pelas mesmas instituições, a FCW decidiu diminuir os ganhadores anuais de três pa- aprimorar a premiação ra dois. No ano em que o CNPq premiar um pesquisador de exatas, a fundação ex- clui essa categoria e escolhe, juntamente com seus parceiros (ver na página 48), uma personalidade de biológicas e outra ligada à cultura, como ocorreu este ano. O físico Paulo Artaxo, da Universidade de na categoria Arte dividem R$ 200 mil – São Paulo (USP), ganhou o Prêmio AAA e o R$ 114,3 mil para o primeiro lugar e R$ oftalmologista Rubens Belfort Júnior (Me- 42,3 mil para o segundo e terceiro colo- dicina) e a escritora Lygia Fagundes Telles cados. No final do ano, a fundação lança (Cultura) ficaram com o Prêmio FCW. Nos um livro que traz os ensaios premiados anos seguintes as duas instituições farão e também os de todos os 12 finalistas. um rodízio de categorias. Algumas expressivas personalidades da ciência brasileira foram beneficiadas com o prêmio da fundação, desde 2003. Até a mais recente edição, de 2015, os udanças nas normas ocor- graduados em medicina foram os maio- rem quando a fundação res ganhadores. Não só os 13 escolhidos Mpercebe que há necessidade de aprimo- até aqui em sua própria categoria – Me- rar o Prêmio FCW. Entre 2003 e 2006, dicina –, mas também sete pesquisadores por exemplo, a categoria Ciência tinha que cursaram medicina e desenvolvem quatro subcategorias – Ciência Geral e trabalhos em outras áreas da ciência. Foi três Ciências Aplicadas. Hoje há apenas assim com os bioquímicos Isaias Raw, do Ciência, agora em sistema de rodízio. Nas Instituto Butantan, em 2004, Leopoldo de quatro primeiras edições, só Literatura Meis, em 2008, e Jerson Lima da Silva, em foi contemplada em Cultura. Agora, o 2009, ambos da Universidade Federal do leque abrange todas as formas de arte e Rio de Janeiro (UFRJ), o neurocientista também as ciências sociais e humanas. Iván Izquierdo, da Pontifícia Universidade Na categoria Arte, somente fotógra- Católica do Rio Grande do Sul, em 2007, fos de campanhas publicitárias podiam o imunologista Jorge Kalil, do Butantan, inscrever seus trabalhos. A instituição em 2010, e os parasitologistas Wander- desse prêmio foi uma forma que a FCW ley de Souza, da UFRJ, em 2005, e Luiz encontrou para homenagear seu institui- Hildebrando, da USP e da Fundação Os- dor, Conrado Wessel, ele mesmo fotógrafo waldo Cruz, em 2013. profissional, publicitário, cinegrafista e Depois dos médicos, os maiores ga- industrial pioneiro da fotografia na Amé- nhadores são os físicos. Quatro recebe- rica Latina (ver página 46). Atualmente, ram a láurea: Carlos Henrique de Brito premiam-se três ensaios fotográficos de Cruz, da Universidade Estadual de Cam- qualquer natureza, jornalísticos ou não. pinas, em 2003, Sérgio Mascarenhas, da Cada um dos ganhadores em Ciência, Universidade Federal de São Carlos, em Medicina e Cultura recebe R$ 300 mil, 2006, Sérgio Rezende, da Universidade um troféu do artista plástico Vlavianos e Federal de Pernambuco, em 2012, e José PESQUISA FAPESP um certificado. Os fotógrafos premiados Goldemberg, da USP, em 2014. 12 ESPECIAL PRÊMIO FCW 13 2014 2013 CIÊNCIA CIÊNCIA José Luiz Goldemberg Hildebrando * Físico Parasitologista ESSOA P É R ND A 3 ÉO RAMOS L 1 E 2 MEDICINA MEDICINA Protásio Lemos José Rodrigues da Luz Coura FOTOS 2013 Cardiologista Parasitologista AIS R ULTU C ODUÇÕES R ÍGONOS P Tr / R ELGA M UGA G 3 ÉO RAMOS L CULTURA CULTURA 1 E 2 Fernanda Niède Guidon Montenegro Arqueóloga FOTOS 2014 Atriz * Laureados falecidos 2012 2 011 2010 CIÊNCIA CIÊNCIA CIÊNCIA GERAL Sérgio Rezende Jorge Kalil Jairton Dupont Físico Imunologista Químico MEDICINA MEDICINA MEDICINA Marcos Moraes Miguel Srougi Angelita Oncologista Urologista Habr-Gama AM OS R Coloproctologista L ÉO 3 r DO CESA DO R EDUA 2 ES V LIANE NE 1 FOTOS 2010 ÉO RAMOS L CULTURA CULTURA CULTURA João Carlos Paulo Vanzolini * Nelson Pereira Martins Compositor e dos Santos PESQUISA FAPESP Maestro Zoólogo Cineasta FOTOS E 2011 2012 14 ESPECIAL PRÊMIO FCW 15 2009 2008 2007 IGUES R CIÊNCIA GERAL CIÊNCIA GERAL CIÊNCIA GERAL OD R Jerson Lima da Silva Leopoldo de Meis* Iván Izquierdo UCIA UCIA Á Bioquímico Bioquímico Neurocientista GL 4 AE BIO MOTTA/ Á F 3 r DO CESA DO R EDUA 2 ES V CIÊNCIA ApLICADA CIÊNCIA ApLICADA CIÊNCIA ApLICADA LIANE NE 1 João Fernando Ernesto Paterniani * Hisako Higashi Gomes de Oliveira Geneticista de Bioquímica Engenheiro mecânico plantas FOTOS 2007 Q ES/ESAL R AULO SOA P 2 FOTOS 2008 ADO H MEDICINA MEDICINA MEDICINA IA MAC V Ricardo Pasquini Fulvio Pileggi Ivo Pitanguy * SIL 4 Hematologista Cardiologista Cirurgião plástico r DO CESA DO R EDUA 3 A H OC R R ADE J 2 ÉO RAMOS L 1 CULTURA CULTURA CULTURA Antonio Nóbrega Ariano Suassuna* Affonso Ávila * FOTOS 2009 Músico e dançarino Dramaturgo Poeta e ensaísta 2006 2005 R ESA C CIÊNCIA GERAL MEDICINA CIÊNCIA GERAL MEDICINA DO R Sérgio Ricardo Brentani * Wanderley Adib Jatene * DUA E Mascarenhas Oncologista de Souza Cardiologista 4, 5 Físico Parasitologista OYAYAN B IGUEL M 3, 6 JORNAL USP DA MOLO/ E ANCISCO ANCISCO Fr 2 CIÊNCIA ApLICADA CIÊNCIA ApLICADA CIÊNCIA ApLICADA CIÊNCIA ApLICADA ÉO RAMOS AO MEIO AMBIENTE AO CAMPO AO MEIO AMBIENTE AO CAMPO L 1 Carlos Nobre Magno Ramalho Aziz Ab’Sáber * Luiz C. Fazuoli Climatologista Geneticista de Geógrafo Agrônomo FOTOS 2005 plantas EU/UFLA R GELO AB N Â 5 r DO CESA DO R EDUA 2,4 OYAYAN B IGUEL M CIÊNCIA ApLICADA CULTURA CIÊNCIA ApLICADA CULTURA 1, 3, 6 1, À ÁGUA Ruth Rocha À ÁGUA Fábio Lucas Aldo Rebouças * Escritora José Galizia Tundisi Crítico e ensaísta PESQUISA FAPESP Geólogo Biólogo FOTOS 2006 16 ESPECIAL PRÊMIO FCW 17 2004 2003 ULGAÇÃO V I D 6 A P A R MB E ES/ V STE E CIÊNCIA GERAL MEDICINA CIÊNCIA GERAL MEDICINA COS COS R Isaias Raw Cesar Victora Carlos Henrique Maria Inês A M 5 Bioquímico Epidemiologista de Brito Cruz Schmidt ES R Físico Epidemiologista A V DO TA R EDUA 4 ÉO RAMOS L 3 A P IN / ASCOM 2 OYAYAN B IGUEL M 1 CIÊNCIA ApLICADA CIÊNCIA ApLICADA CIÊNCIA ApLICADA CIÊNCIA ApLICADA AO MEIO AMBIENTE AO CAMPO AO MEIO AMBIENTE AO CAMPO Museu Paraense Instituto Philip Fearnside Jairo Vieira FOTOS 2003 Emílio Goeldi Agronômico de Biólogo Agrônomo Campinas ÉO RAMOS L 6 ESSOAL P O V UI Arq 4 r ESA C DO DO R DUA E 3 OYAYAN B IGUEL M CIÊNCIA ApLICADA CULTURA CIÊNCIA ApLICADA CULTURA 1 À ÁGUA Ferreira Gullar AO MAR Lya Luft Alberto Franco * Poeta Dieter Muehe Escritora FOTOS 2004 Oceanógrafo Geógrafo.
Recommended publications
  • Cobras, Lagartos E Samba
    Cobras, lagartos e samba AUTOR DE CANÇÕES MEMORÁVEIS, PAULO VANZOLINI CONTRIBUIU paRA O DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO oologia e samba, obrigatoriamente nesta ordem. O paulis- tano Paulo Emílio Vanzolini, aos 88 anos, é reconhecido 28 Z pelas suas significativas contribuições culturais, tanto na ciência quanto na música. No mundo científico, o autor de can- CULTURA ções como Volta por cima não tem apenas um extenso currículo. A qualidade de suas contribuições é grande. A ativa participação na criação da FAPESP, que completou 50 anos em 2012, também. Vanzolini é considerado pelos seus pares um grande estu- dioso da história natural, com vastas excursões por todo o país. Sua formação de origem foi a medicina, e não a biologia. Uma das razões para isso foi a pobreza do curso oferecido pela Uni- versidade de São Paulo (USP) no início dos anos 1940 – “uma porcaria”, na opinião sem meias palavras do zoólogo. Ele cursou a Faculdade de Medicina da USP entre 1942 e 1947. Na virada de 1948 para 1949 estava em Boston, nos Esta- dos Unidos, para fazer doutorado na Universidade Harvard. E, de quebra, frequentar bares americanos onde ouvia boa música. Foi André Dreyfus, do grupo pioneiro que criou a USP, chefe do departamento de biologia geral da então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e amigo do pai de Vanzolini, quem sugeriu ao estudante: “Vá para a Faculdade de Medicina, onde o curso básico, principalmente o de anatomia, é muito bom”. Vanzolini seguiu o conselho, mas assim que se formou enveredou pela zoologia. O cientista sempre soube que queria estudar bichos, e não gente.
    [Show full text]
  • A Música Caipira
    A música caipira Há quem diga não gostar da música caipira. Não se dis- cute; respeita-se a opinião, desde que não se estriba no pedantismo ou no preconceito, o que desapeia qualquer argumento. Há os que implicam com o modo de falar do caipira, considerado sinônimo de ignorância. “Faltou-lhes es­ cola”, dizem. O “caipirês” não repre­ senta uma maneira er­ rada de falar o português. Shutterstock "O ‘CAIPIRÊS’ NÃO REPRESENTA UMA MANEIRA ERRADA DE FALAR O PORTUGUÊS. CONSTITUI-SE NUM DIALETO DE RAÍZES ANTIGAS. PORTANTO, O CAIPIRA NÃO FALA ERRADO; ELE FALA UM DIALETO, A música caipira UMA LEGÍTIMA VARIANTE DA LÍNGUA PORTUGUESA." Constitui-se num dialeto de raízes antigas. Portanto, o tes, voltados para o cotidiano do caboclo, para a vida na caipira não fala errado; ele fala um dialeto, uma legíti­ roça, com suas alegrias e agruras. ma variante da língua portuguesa. Tudo quase terminou A cultura caipira motivou escritores como Guimarães quando o rei de Portugal proibiu o uso da língua geral na Rosa e compositores como Villa-Lobos. Sem ela, teriam Colônia. Nas casas, nas ruas, em qualquer lugar, falava­ precisado de outra fonte de inspiração para construir -se o tupi-guarani adaptado ao português, ou vice-versa, suas obras monumentais. façanha desenvolvida pelo padre Anchieta. Assim nas­ Foi inevitável que, com a crescente urbanização, a ceu o nheengatu, a língua brasílica, que se espraiou música sertaneja, dita de raiz, sofresse influências. Há como as ondas do mar de Bertioga e lá foi ela, falada por quem diga que ela foi descaracterizada, mas outros opi­ todos, desde o litoral de Santa Catarina até o Pará.
    [Show full text]
  • Relatório De Ecad
    Relatório de Programação Musical Razão Social: Empresa Brasileira de Comunicação S/A CNPJ: 09.168.704/0001-42 Nome Fantasia: Rádio Nacional do Rio de Janeiro Dial: 1130 Khz Cidade: UF: Data Hora Nome da música Nome do intérprete Nome do compositor Gravadora Vivo Mec. 01/04/2020 11:43:40 QUERO TE ENCONTRAR Claudinho & Buchecha X 01/04/2020 16:07:29 Um novo tempo Ivan Lins Marcos Valle/Paulo Sérgio Valle X Nelson Motta 01/04/2020 16:31:11 Maria Fumaça Banda Black Rio Luiz Carlos X Oderdan 01/04/2020 16:35:27 Olhos coloridos Seu Jorge & Sandra de Sá Macau X 01/04/2020 20:00:43 Juventude Transviada Luiz Melodia & Cassia Eller Luiz Melodia X 01/04/2020 20:05:13 Amores Possíveis Paulinho Moska João Nabuco/Totonho Villeroy X 01/04/2020 20:07:31 Me faz um dengo - Disritmia Roberta Sá & Martinho da Vila Martinho da Vila X 01/04/2020 20:12:50 Cigana (ao vivo) Raça Negra Gabu X 01/04/2020 20:15:54 Encontros e Despedidas Maria Rita Milton Nascimento/Fernando Brant X 01/04/2020 20:19:54 A Francesa Cláudio Zóli Antonio Cicero e Claudio Zoli X 01/04/2020 20:23:53 Tive Sim Cartola Cartola X 01/04/2020 20:26:02 Sem Compromisso Marcos Sacramento Geraldo Pereira/Nelson Trigueiro X 01/04/2020 20:28:33 Um Homem Também Chora Gonzaguinha Gonzaguinha X 01/04/2020 20:31:58 Apesar de Cigano Jorge Vercilo Altay Veloso X 01/04/2020 20:36:25 Só depois (ao vivo no morro) Grupo Revelação Carlos Caetano/Claudemir/Charles Bonfim X 01/04/2020 20:39:39 A Voz Do Morro Zé Renato Zé Ketti X 01/04/2020 20:43:03 Vitoriosa Ivan Lins Ivan Lins/Vitor Martins X 01/04/2020 20:46:57
    [Show full text]
  • Um Estudo Sobre As Canções De Adoniran Barbosa E Paulo Vanzolini
    REPRESENTAÇÕES NÃO-HEGEMÔNICAS DO PROCESSO DE URBANIZAÇÃO DE SÃO PAULO: UM ESTUDO SOBRE AS CANÇÕES DE ADONIRAN BARBOSA E PAULO VANZOLINI. Roberto Gomes Monção Junior Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional Universidade do Vale do Paraíba [email protected] Antonio Carlos M. Guimarães Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional Universidade do Vale do Paraíba [email protected] Introdução Partimos em nosso trabalho das contribuições de alguns autores que propõem uma abordagem do espaço em sentido mais amplo, incluindo tanto os aspectos materiais e sua organização no território, quanto os sociais e simbólicos. Neste sentido, podemos inicialmente destacar a concepção de Henri Lefebvre (1991), em que o espaço aparece definido como um “continuun” dinâmico entre a subjetividade e a objetividade”. Nesta definição, o autor vincula a materialidade do espaço à sua representação, desdobrando-a em dois níveis de abordagem: a do espaço da experiência e a do espaço da representação; este último compreendendo os modos como o espaço é apreendido, concebido, representado. Encontramos uma postura análoga em Milton Santos (1978, 1999), quando o geógrafo decompõe o espaço a partir das categorias: Estrutura, Processo, Função e Forma, consideradas em suas relações dialéticas com a história e a sociedade. Neste modelo, a Forma compreende aspecto visível e exterior que estabelece um padrão espacial; a Função, encontra-se relacionada a uma atividade ou papel; a Estrutura à natureza social, histórica e econômica de uma sociedade em determinado tempo e o Processo, que remete ao movimento, a uma ação no tempo, implicando mudança. O autor avança nesta definição ao afirmar que não podemos analisar o espaço sem considerar a totalidade dessas categorias, considerando que este “se define como um conjunto de formas representativas de relações sociais do passado e do presente e por uma estrutura representada por relações sociais que se manifestam através de processos e funções” (Santos, 1978, p.
    [Show full text]
  • Letreiro: MAS QUE NADA, JORGE BEN JOR, 1963 NM/OFF
    letreiro: MAS QUE NADA, JORGE BEN JOR, 1963 NM/OFF: No início, a crítica careta considerou a sua música primitiva e infantil, mas a resistência saiu da frente para um jovem talento passar com “Mas que nada”. Apresentado como um misto de maracatu, esse samba de preto velho era na verdade o nascimento do samba-rock, e promoveu uma revolução pacífica e festiva na música brasileira. Antes de ser rebatizado Jorge Benjor, era apenas Jorge Ben que tocava seu violão vigoroso e percussivo, com sotaque afro. Não dedilhado, como na bossa nova, mas tocado com palheta, na pegada dos roqueiros e bluesmen. Numa época em que a bossa nova já dava sinais de esgotamento no Brasil, o som de Benjor era uma volta às raízes que apontava para o futuro. Canção principal do compacto lançado em 1963, que tinha o sucesso “Por causa de você, menina” no lado B, “Mas que nada” foi escolhida também como faixa de abertura do álbum de estreia do cantor: Samba esquema novo, produzido por Armando Pittiglianni e acompanhado pelo grupo de samba-jazz Os Copa 5, do saxofonista e arranjador J.T. Meirelles. Clássico absoluto da MBP, o álbum inclui sucessos como “Chove chuva”, “Rosa, menina rosa”, “Vem, morena, vem” e Balança pema”, mas a música que melhor sintetizou o esquema novo de Bem Jor foi “Mas que nada”. Com apelo irresistível de sua levada e de sua letra rítmica e sonora, e a partir da espetacular versão de Sergio Mendes & Brasil 66, “Mas que nada” começou a rodar o mundo, se convertendo num big hit nos Estados Unidos e numa das músicas brasileiras mais gravadas do mundo.
    [Show full text]
  • A Representação Da Cidade De São Paulo Em Um Homem De Moral , Filme Sobre a Vida E a Obra De Paulo Vanzolini
    1 A Representação da cidade de São Paulo em Um Homem de Moral , filme sobre a vida e a obra de Paulo Vanzolini O filme Um Homem de Moral , dirigido por Ricardo Dias e lançado em 2009, tem como temática principal a vida e a obra de Paulo Vanzolini, nascido na cidade de São Paulo no mês de abril de 1924. O filme aborda, sobretudo, as composições de Paulo Vanzolini, que criou canções com ritmo interiorano, “caipira”, mas que também elaborou músicas de caráter urbano, tendo em vista que ele foi um grande ícone do samba paulista, juntamente com Adoniran Barbosa (1912-1982). O filme foi elaborado com depoimentos leves e divertidos fornecidos por Paulo Vanzolini e seus amigos músicos, com fotos da São Paulo dos anos de 1940 e 1950, com imagens do show em homenagem ao compositor realizado há alguns anos no SESC Vila Mariana 1, com gravações da coleção de CDs Acerto de Contas , por rodas de samba na casa do próprio artista, com fotos pessoais 2 (algumas delas bastante antigas), gravações 3 das atividades cotidianas de Paulo Vanzolini e com imagens da cidade de São Paulo de fins do ano 2000. No filme, os depoimentos foram entrecortados por shows, fotografias antigas, gravação no estúdio – quando da feitura da coleção de CDs Acerto de Contas de Paulo Vanzolini - e imagens mais atuais da cidade de São Paulo e dos paulistanos. O diretor teve que trabalhar com todo esse material de natureza diversa (visual e sonora) de modo que conseguisse contar uma história interessante, coerente e consistente da vida e da obra de Paulo Vanzolini em apenas uma hora e meia.
    [Show full text]
  • São Paulo Por Washington Olivetto
    São Paulo por Washington Olivetto Alguns dos meus queridos amigos cariocas têm mania de achar São Paulo parecida com Nova York. Discordo deles. Só acha São Paulo parecida com Nova York quem não conhece bem a cidade. Ou melhor, quem a conhece superficialmente e imagina que São Paulo seja apenas uma imensa Rua Oscar Freire. Na verdade, o grande fascínio de São Paulo é parecer-se com muitas cidades ao mesmo tempo e, por isso mesmo, não se parecer com nenhuma. São Paulo, entre muitas outras parecenças, se parece com Paris no Largo do Arouche, Salvador na Estação do Brás, Tóquio na Liberdade, Roma ao lado do Teatro Municipal, Munique em Santo Amaro, Lisboa no Pari, com o Soho londrino na Vila Madalena e com a pernambucana Olinda na Freguesia do Ó. São Paulo é um somatório de qualidades e defeitos, alegrias e tristezas, festejos e tragédias. Tem hotéis de luxo, como o Fasano, o Emiliano e o L'Hotel, mas também tem gente dormindo embaixo das pontes. Tem o deslumbrante pôr-do-sol do Alto de Pinheiros e a exuberante vegetação da Cantareira, mas também tem o ar mais poluído do país. Promove shows dos Rolling Stones e do U2, mas também promove acidentes como o da cratera do metrô e o do avião da TAM em Congonhas. São Paulo é sempre surpreendente. Um grupo de meia dúzia de paulistanos significa um italiano, um japonês, um baiano, um chinês, um curitibano e um alemão. São Paulo é realmente curiosa. Por exemplo: tem diversos grandes times de futebol, sendo que um deles leva o nome da própria cidade e recebeu o apelido 'o mais querido'.
    [Show full text]
  • The University of British Columbia
    The University of British Columbia Department of Botany #3529 – 6270 University Boulevard Vancouver, B.C. Canada V6T 1Z4 Tel: (604) 822-2133 Fax: (604) 822-6089 March 14, 2019 BSA Council Dear Council Members, It is with great pleasure that I nominate Professor Richard Abbott to be a Corresponding Member of the Botanical Society of America. I view Professor Abbott as an international leader in the areas of plant hybridization and phylogeography. His work is notable for its high quality, thoroughness, and careful and nuanced interpretations of results. Also, included in this nomination package is a letter of support from Corresponding Member Dianne Edwards CBE FRS, who is a Distinguished Research Professor at Cardiff University, along with Richard’s CV. Below I highlight several of Prof. Abbott’s most important contributions, as well as the characteristics of his work that I particularly admire. Prof. Abbott is probably best known for his careful elucidation of the reticulate history of Senecio (ragworts and groundsels) of the British Isles. His studies of the Senecio system have combined careful analyses of historical plant distribution records in the UK, with data from ecological experiments, developmental genetics, and population genetic and genomic analyses. This multidisciplinary approach is powerful, and Prof. Abbot’s work has revealed several examples of plant speciation in real time (and there aren’t very many of these). Key findings include (1) the discovery and careful documentation of the homoploid hybrid origin of the Oxford
    [Show full text]
  • Literatura Portuguesa – Trovadorismo Sinvas
    LITERATURA PORTUGUESA – TROVADORISMO SINVAS Iluminura medieval, disponível em: http://www.fundacao-aljubarrota.pt/?idc=45 castelo medieval, Santarém – Portugal, disponível em: http://www.portugaltravel.pt/distrito-santarem.php A partir do século XII, após a reconquista do território, ocupado pelos árabes no século VIII, a Poesia em Portugal se configura como tal. A tranquilidade pós-guerra e a reconstrução das cidades favoreceram o desenvolvimento das Artes. O momento propiciava festas, sociais e religiosas, em que a música, a dança, o teatro eram obrigatórios. O nome Trovadorismo origina-se de trova, poema feito em apenas uma estrofe em redondilhas maior (sete sílabas) e menor (cinco sílabas poéticas), feito para ser cantado pelo trovador. A trova mais tarde passou a denominar-se Cantiga, gênero mais cultuado até o fim da Idade Média. Havia no período também o jogral, manifestação mais ampla, por abranger dança e representação. O trovador era, via de regra, de origem nobre; e o jogral, um vilão de origem popular. Ambos animavam as festas. A partir do século XV, a poesia começou a dissociar-se da música, tornando-se produções para serem lidas, mais elaboradas, eruditas. E o Teatro tornou-se o entretenimento preferido, e as Cantigas ficaram em segundo plano. As Cantigas são a primeira manifestação da Literatura em Portugal e a primeira fonte da Cultura portuguesa. Contribuíram também para a formação da Língua Portuguesa, pois, apesar de serem feitas em galego-português, os textos foram o impulso inicial para a consolidação da Língua em Portugal, o que se concretizará com Camões no século XVI. As Cantigas permaneceram nas manifestações populares em todos os períodos posteriores.
    [Show full text]
  • SP Edison Delmiro Silva O Papel Narrativo Da Canção Nos Filmes
    PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC - SP Edison Delmiro Silva O papel narrativo da canção nos filmes brasileiros a partir da Retomada DOUTORADO EM COMUNICAÇÃO E SEMIÓTICA SÃO PAULO 2008 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC - SP Edison Delmiro Silva O papel narrativo da canção nos filmes brasileiros a partir da Retomada DOUTORADO EM COMUNICAÇÃO E SEMIÓTICA Tese apresentada à Banca Examinadora como exigência parcial para a obtenção do título de doutor em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo sob a orientação da Profa. Doutora Leda Tenório da Motta SÃO PAULO 2008 BANCA EXAMINADORA __________________________________ __________________________________ __________________________________ __________________________________ __________________________________ Edison Delmiro Silva O papel narrativo da canção nos filmes brasileiros a partir da Retomada RESUMO: A partir da análise de sessenta e dois filmes brasileiros lançados a partir de 1995, a tese apresenta uma categorização do papel narrativo das canções populares nestas produções. A filmografia deste período denominado “Retomada do Cinema Nacional” apresenta o uso desta forma musical específica para a construção dos significados nas cenas e, em última instância, para a constituição de alegorias que formam uma identidade cultural contemporânea e renovam a noção de nacionalidade representada no cinema. O estudo aplica os paradigmas analíticos da trilha sonora audiovisual no contexto da canção, categoriza as suas funções narrativas
    [Show full text]
  • Nélida Piñon a Vida E a Literatura Uma Das Grandes Escritoras Da Nossa Língua Vai Lançar Em Portugal O Seu Novo Livro, Uma Furtiva Lágrima
    Manuel Heitor Pensar o Ensino Superior para 2020/30 J O 2º Ciclo do Básico: textos de Isabel Alçada, Ana Mª Bettencourt, P. Guinote e P. Abrantes /Educação Edgar Pêra As suas 30 dimensões no Festival de Roterdão JORNAL Reportagem de Manuel Halpern PÁGINAS 6 E 7 DE LETRAS, ARTES E Mark Deputter IDEIAS Culturgest: 25 anos Ano XXXVIII * Número 1261 * De 30 de janeiro a 12 de fevereiro de 2019 PÁGINAS 22 E 23 * Portugal (Cont.) €3,20 * Quinzenário * Diretor José Carlos de Vasconcelos com ligação a Lisboa Nélida Piñon A vida e a literatura Uma das grandes escritoras da nossa língua vai lançar em Portugal o seu novo livro, Uma Furtiva Lágrima. E aqui nos fala do seu singular percurso e da sua obra. Entrevista de Luís Ricardo Duarte e pré-publicação PÁGINAS 14 A 18 Biografia(s) Os testemunhos de Benjamin Moser, Freitas do Amaral, Joaquim Vieira, J.P. Castanheira e Leonor Xavier Camões Cooperação, cultura e língua DIANA TINOCO jornaldeletras.pt * 30 de janeiro a 12 de fevereiro de 2019 J 2 * destaque ›breve encontro‹ David Lopes Não perceções, mas factos A Pordata, uma base de dados estatísticos, uma coleção de estudos sobre temas atuais, uma linha editorial que tem procurado cobrir as diversas áreas de interesse dos portugueses, de uma forma acessível e fundamentada, e uma série de encontros com grandes especialistas portugueses e internacionais, o próximo no dia 12 de fevereiro, na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, dedicado ao tema A mu- lher, hoje. Em 10 anos, a Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) impôs a originalidade da sua missão, passando dos 'livros do pingo doce' a núcleo fundamental de conhecimento da realidade portuguesa.
    [Show full text]
  • Revista Brasileira 71
    Revista Brasileira Fase VIII Abril-Maio-Junho 2012 Ano I N.o 71 Esta a glória que fica, eleva, honra e consola. Machado de Assis ACADEMIA BRASILEIRA REVISTA BRASILEIRA DE LETRAS 2012 Diretoria Diretor Presidente: Ana Maria Machado Marco Lucchesi Secretário-Geral: Geraldo Holanda Cavalcanti Primeiro-Secretário: Domício Proença Filho Conselho Editorial Segundo-Secretário: Marco Lucchesi Arnaldo Niskier Tesoureiro: Evanildo Cavalcante Bechara Lêdo Ivo Murilo Melo Filho Membros efetivos Comissão de Publicações Affonso Arinos de Mello Franco, Alfredo Bosi Alberto da Costa e Silva, Alberto Antonio Carlos Secchin Venancio Filho, Alfredo Bosi, Ivan Junqueira Ana Maria Machado, Antonio Carlos Secchin, Ariano Suassuna, Arnaldo Niskier, Produção editorial Candido Mendes de Almeida, Carlos Monique Cordeiro Figueiredo Mendes Heitor Cony, Carlos Nejar, Celso Lafer, Revisão Cícero Sandroni, Cleonice Serôa da Motta Mônica Fontes Cotta Berardinelli, Domício Proença Filho, José Bernardino Cotta Eduardo Portella, Evanildo Cavalcante Bechara, Evaristo de Moraes Filho, Projeto gráfico Geraldo Holanda Cavalcanti, Helio Victor Burton Jaguaribe, Ivan Junqueira, Ivo Pitanguy, Editoração eletrônica João de Scantimburgo, João Ubaldo Estúdio Castellani Ribeiro, José Murilo de Carvalho, José Sarney, Lêdo Ivo, Luiz Paulo Horta, ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS Lygia Fagundes Telles, Marco Lucchesi, Av. Presidente Wilson, 203 – 4.o andar Marco Maciel, Marcos Vinicios Vilaça, Rio de Janeiro – RJ – CEP 20030-021 Merval Pereira, Murilo Melo Filho, Telefones: Geral: (0xx21) 3974-2500 Nélida Piñon, Nelson Pereira dos Santos, Setor de Publicações: (0xx21) 3974-2525 Paulo Coelho, Sábato Magaldi, Sergio Fax: (0xx21) 2220-6695 Paulo Rouanet, Tarcísio Padilha. E-mail: [email protected] site: http://www.academia.org.br As colaborações são solicitadas.
    [Show full text]