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Nº88 | junho 2016 www.portugalglobal.pt Portugalglobal

EMPREENDEDORISMO INOVAÇÃO, SUCESSO E GLOBALIZAÇÃO

ENTREVISTA // PADDY COSGRAVE - CEO DA WEB SUMMIT

MERCADOS // MARROCOS

EMPRESAS // FAMASETE, INCM E PRENSO METAL sumário Portugalglobal nº88 junho 2016

6 Destaque [6] Startup portuguesas, uma nova geração de empreendedores.

Entrevista [30] Paddy Cosgrave, CEO da Web Summit.

Mercados [32] Marrocos. 30 Testemunhos das empresas Frulact, Tecnimede, The Navigator Company e Vicaima.

Empresas [48] Famasete, Imprensa Nacional Casa da Moeda e Prenso Metal.

Roadshow Global [54] Sessão de Guimarães. 32

Notícias AICEP [56]

Informação AICEP [58] Factos & Tendências, pela Direção de Informação da AICEP.

Análise de risco por país – COSEC [60] Veja também a tabela classificativa de países. 48 Estatísticas [63] Investimento e comércio externo.

AICEP Rede Externa [66]

Bookmarks [68] 4 EDITORIAL Portugalglobal nº88

Web Summit - Empreendedorismo e Startup em Portugal

A realização da Web Summit em Portugal, pelo As startup portuguesas – em destaque nesta edi- menos nos próximos três anos (podem ser cinco), ção – são cada vez mais dinâmicas e inovadoras, é um acontecimento que nos orgulha. A primeira têm registado uma evolução muito significativa e grande “prova de fogo” acontece no final do ano, são detentoras de um crescente reconhecimen- entre os dias 7 e 10 de novembro, no MEO Arena to a nível internacional. Aliando a solidez com o e na Feira Internacional de Lisboa. Os maiores no- melhor da criatividade e da inovação, têm vindo mes nas áreas do empreendedorismo, tecnologia a conquistar novos mercados internacionais e a e inovação a nível mundial irão fazer-se ouvir, e… captar cada vez mais investimento estrangeiro, em Lisboa. Portugal não será o mesmo depois da demonstrando que o ecossistema português das realização da maior conferência mundial de tec- startup está a consolidar-se. nologia durante os próximos anos e, a esta distân- cia, atrevo-me a dizer que já é um sucesso. João Vasconcelos, secretário de Estado da In- Paddy Cosgrave, CEO e grande mentor da Web dústria, num artigo esclarecedor com o título Summit, em entrevista, apresenta os argumen- “Porquê uma Estratégia Nacional para o Em- tos que o levaram a selecionar Lisboa em de- preendedorismo”, dá a conhecer a estratégia trimento de outras cidades concorrentes como do governo, apresentando as três áreas de , Barcelona, Amesterdão e Berlim, e real- atuação para o empreendedorismo: Ecossiste- ça o forte apoio que tem recebido da comuni- ma, Financiamento e Internacionalização. Ma- dade tecnológica portuguesa, do governo e de téria de leitura obrigatória para todos os em- todas as instituições que querem ver Portugal preendedores portugueses. no patamar cimeiro da tecnologia. A AICEP es- teve, desde a primeira hora, envolvida na vinda Marrocos é o mercado considerado neste nú- deste grande evento para Portugal. mero da Portugalglobal. Com uma economia estável e em franco desenvolvimento, este mer- Em novembro aguardam-se mais de 50.000 parti- cado apresenta boas oportunidades de negócio cipantes, estando já inscritos para cima de 30. 000, para as empresas portuguesas em áreas como de mais de 150 países. Estes números comparam as da energia e ambiente, automóvel, farma- com 1.317 inscritos de 19 países, em igual perío- do, para o evento de 2015, que se realizou em cêutico, TIC, construção de infraestruturas e Dublin. A oportunidade é única e o palco ideal agroindústria, entre outras. para colocar definitivamente Portugal no mapa MIGUEL FRASQUILHO como um hub tecnológico a nível mundial. Presidente do Conselho de Administração da AICEP

Revista Portugalglobal Conselho de Administração Fotografia e ilustração Colaboram neste número Av. 5 de Outubro, 101 Miguel Frasquilho (presidente), ©Pixabay, Rodrigo Marques, Alexandre Barbosa, Ana Teresa Lehmann, 1050-051 Lisboa Helena Malcata, Turismo de Marrocos. António Redondo, Carlos Oliveira, José Vital Morgado, Tel.: +351 217 909 500 Paginação e programação Direção de Corporate e Investimento da AICEP, Fax: +351 217 909 578 Luís Castro Henriques, Rodrigo Marques Direção de Informação da AICEP, Pedro Ortigão Correia (vogais). [email protected] Direção Internacional da COSEC, Diretora Direção PME da AICEP, Direção de Relações Propriedade Ana de Carvalho Projeto gráfico Institucionais e Mercados Externos da AICEP, aicep Portugal Global Rodrigo Marques - aicep Portugal Global [email protected] João Miranda, João Vasconcelos, Rua Júlio Dinis, 748, 9º Dto Jorge Pimenta, José Novais Barbosa, 4050-012 Porto Redação Publicidade Miguel Fontes, Miguel Ruas, Pedro Silva, Tel.: +351 226 055 300 Cristina Cardoso Cristina Valente Almeida Ricardo Marvão, Rui Cordovil, Teresa Fernandes. Fax: +351 226 055 399 [email protected] [email protected] NIFiscal 506 320 120 Rafaela Pedroso Secretariado [email protected] Cristina Santos Anabela Martins [email protected] ERC: Registo nº 125362 [email protected]

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STARTUP PORTUGUESAS UMA NOVA GERAÇÃO DE EMPREENDEDORES

As startup portuguesas espalhadas pelo país são cada vez mais dinâmicas e inovadoras, sendo um forte pilar da economia portuguesa. Com um crescente reconhecimento a nível internacional, têm registado uma evolução bastante significativa.

Aliando a solidez com o melhor da criatividade e da inovação, as startup têm vindo a conquistar novos mercados internacionais e a captar mais investimento estrangeiro, demonstrando que o ecossistema português das startup tem vindo a consolidar-se. O apoio das incubadoras é fundamental neste ecossistema, uma vez que possibilita um crescimento e uma consolidação a nível global.

As startup influenciam cada vez mais o crescimento económico, ajudando a criar emprego. Atualmente, mais de metade do novo emprego que está a ser criado é por empresas com menos de cinco anos.

Existem inúmeros casos de empresas de sucesso em áreas tão distintas como a saúde, turismo, educação, energia, arquitetura, tecnologias de informação e comunicação, nanotecnologias, novos materiais e produção, biotecnologia, media digitais, marketing interativo e produção de conteúdos. junho 2016 DESTAQUE 7

PORQUÊ UMA ESTRATÉGIA NACIONAL PARA O EMPREENDEDORISMO

A Startup Portugal é a estratégia do Governo da República para o Empreendedorismo. Pensada a quatro anos, foca-se em três áreas de atuação: Ecossistema, Financiamento, Internacionalização.

Portugal exibe hoje níveis de empreen- Em segundo lugar, estas empresas são dedorismo muito elevados face à mé- fundamentais por serem criadas por dia europeia. Os jovens portugueses uma nova geração de empreendedo- estão entre os cidadãos da União res. É a geração mais qualificada que Europeia que mais iniciativa revelam, alguma vez tivemos, que tem como seja arriscando na criação dos seus valores adquiridos a procura incessante projetos, seja procurando oportunida- de inovação, a aposta na valorização des noutros mercados de trabalho. Em dos seus colaboradores, na criatividade 2015, um estudo da Organização In- e no design, a responsabilidade social e ternacional do Trabalho registou que ambiental mas, sobretudo, uma maior 40 por cento dos jovens portugueses >POR JOÃO VASCONCELOS, visão e ambição globais. Destas empre- inquiridos admitiam a possibilidade SECRETÁRIO DE ESTADO sas, 10 por cento começam a exportar de emigrar. Desde 2008, a cada ano, DA INDÚSTRIA logo no seu primeiro ano. mais de 100 mil jovens licenciados efetivamente emigram. Quando aos Refira-se ainda o rejuvenescimento que ficam em Portugal, só em Abril na criação de emprego. Em 2011, um que, não só as startup mas também foram criadas 3,4 novas empresas por estudo da Ernst & Young indicava que as dezenas de incubadoras que têm cada uma que morre, segundo dados dois terços dos novos empregos esta- surgido por todo país nos últimos anos da D&B Informa. vam a ser criados por apenas 10 por representam para os centros urbanos, atraindo centenas de jovens portugue- Estes resultados são já consequência ses e estrangeiros que escolhem esses dos investimentos em infraestruturas “O estudo que a centros para trabalhar e viver, fomen- tecnológicas, em ciência e na qualifi- Comissão Europeia e a tando a requalificação de património cação de pessoas que foram realizados publicaram e a revitalização do comércio. Bons na última década em Portugal. São em novembro de 2015 exemplos disso são a nova sede que a também fruto do volume de investi- mostra que Portugal Uniplaces inaugurou este ano na esta- ção do em Lisboa, o edifício GN- mento alavancado pelo Portugal 2020 foi responsável por que, até ao final de maio, só para ini- Ration em Braga, o projeto Fábrica de 40 scale-ups, ou ciativas de apoio ao empreendedoris- Santo Thyrso, o que a Startup Lisboa mo, tinha recebido candidaturas de seja, empresas que da Rua da Prata fez pela revitalização mais de 2.000 projetos que represen- angariaram mais de um da Baixa Pombalina ou o projeto da Câ- tam quase 500 milhões de euros de milhão de dólares de mara Municipal do Porto para o antigo investimento privado e público e tinha investimento.” matadouro industrial da Campanhã, aprovado incentivos a esses projetos de onde se apresentou no passado dia 6 cerca de 90 milhões de euros. Ao todo, de junho a Startup Portugal, estratégia estão previstos 200 milhões no Portu- cento das empresas. Em Portugal, os nacional para o empreendedorismo. gal 2020 para apoiar estas iniciativas. dados apontam para mais de 50 por cento de todo o novo emprego estar Mas quando falamos do ecossistema de Estas empresas são importantes, em a ser criado por empresas com menos empreendedorismo português, já não primeiro lugar, pelo impacto que têm de cinco anos. falamos apenas de empresas startup. 8 DESTAQUE Portugalglobal nº88

O estudo que a Comissão Europeia e a Escolas, universidades e politécnicos, atuarem como mentores, clientes, in- Microsoft publicaram em novembro de incubadoras e aceleradoras, organis- vestidores e sponsors. São casos des- 2015 mostra que Portugal foi responsá- mos públicos e municípios têm reve- ses a EDP, a Fidelidade, a Microsoft, o vel por 40 scale-ups, ou seja, empresas lado uma consciência coletiva da im- Montepio, ou a PT. que angariaram mais de um milhão de dólares de investimento. Destas, nove No entanto, há desafios a ter em foram já adquiridas por grandes em- “Escolas, universidades conta. Um relatório da Moody’s lan- presas multinacionais. O interesse de e politécnicos, çado em maio alerta para a elevada gigantes como a e a Tripadvisor incubadoras e taxa de mortalidade das PME portu- pelo que está a acontecer no mercado aceleradoras, guesas. É fundamental canalizar a português é apenas um indicador da relevância que as nossas startup come- organismos públicos e energia e os recursos para melhorar çam a assumir e de que Portugal pode municípios têm revelado estes indicadores. e deve ambicionar ter um papel de lide- uma consciência coletiva rança no mapa global do empreende- da importância de Mais do que fomentar o espírito dorismo tecnológico. apoiar quem arrisca.” empreendedor, a Startup Portugal (www.startupportugal.pt) destina- A QUEM SE DESTINA -se a apoiar quem já é empreende- A STARTUP PORTUGAL? portância de apoiar quem arrisca. Já dor, a assegurar a longevidade das É inegável que há um movimento a muito foi feito, e bem feito, e o gover- empresas criadas e a garantir que acontecer na sociedade portuguesa, no está ciente disso mesmo. produzem maior impacto em termos não só atestado pelos números de de criação de emprego e de valor criação de empresas e de emprego, de crescimento e exportações, mas Nos meses que antecederam a prepa- económico. Destina-se a organizar, também pelas dezenas de eventos de ração de uma estratégia do país para desbloquear, promover a partilha de empreendedorismo que ocorrem to- o empreendedorismo, também diver- benefícios, boas práticas e recursos, das as semanas no país, por iniciativa sas empresas e entidades privadas se entender onde há falhas regionais e da sociedade civil. associaram, disponibilizando-se para setoriais e colmatar lacunas.

ESTRATÉGIA NACIONAL PARA O EMPREENDEDORISMO ECOSSISTEMA

Está demonstrado que as taxas de mor- cubadoras visa identificar, mapear e in- redeincubadoras.pt), que tem mais talidade de novas empresas são dras- terligar as mais de 60 incubadoras exis- de 10 anos de experiência nacional e ticamente inferiores em ecossistemas tentes no país, criadas por iniciativa de internacional na criação de ecossiste- de empreendedorismo que promovem universidades, polos científicos e tecno- mas empreendedores, nomeadamen- a formação, mentoria e troca de expe- lógicos, autarquias, empresas privadas te na Universidade de Manchester e riências entre empreendedores. Orga- ou entidades estrangeiras. Visa também no Centro de Empresas Inovadoras nismos como incubadoras e acelerado- identificar e suprir lacunas a nível regio- de Castelo Branco. nal e setorial. Visa ainda promover a ras permitem que o processo de tentati- cooperação e partilha de recursos físicos va e erro decorra de forma mais rápida 2. REDE NACIONAL e de know-how, de redes de mentores e e menos onerosa e preparam melhor DE FABLABS E MAKERS investidores, promover a formação dos as empresas para os desafios do cresci- A criação de uma Rede Nacional de Fa- seus gestores, a profissionalização dos mento. Para desenvolver o ecossistema bLabs e Makers propõe-se juntar equi- serviços oferecidos a empreendedores e nacional de empreendedorismo, estão pamentos com indivíduos, espaços de empresas incubadas e um aumento da experimentação e prototipagem com previstas as seguintes medidas: competitividade das incubadoras portu- criativos e fazedores. Os FabLabs podem guesas, a nível nacional e internacional. 1. REDE NACIONAL e devem funcionar cada vez mais como DE INCUBADORAS A liderança desta Rede está entregue incubadoras da indústria e existir em ar- A criação de uma Rede Nacional de In- a João Mendes Borga (joaomborga@ ticulação com as diversas comunidades junho 2016 DESTAQUE 9

Drones estará a funcionar até ao fim de 2016 e será liderada pelo CEIIA.

4. SIMPLEX PARA STARTUP O objetivo é facilitar a relação das startup com a Administração Pública em áreas como a criação de empresas, o licencia- mento, a articulação com a Autoridade Tributária, com as Alfândegas e com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

5. EMPREENDEDORISMO INCLUSIVO E ORIENTADO PARA O EMPREGO No passado, as políticas de criação de empreendedoras focadas na aceleração 3. ZONA LIVRE TECNOLÓGICA emprego nem sempre estiveram ali- de ideias e negócios de hardware e de Posicionar Portugal como uma Zona nhadas com as políticas de promoção produto que já existem em Portugal. Livre Tecnológica consiste, em primeiro Bons exemplos são a Productized e a lugar, em criar task forces regulatórias do empreendedorismo. Em todas as Hardware City. para facilitar a investigação, teste e pro- medidas desta estratégia nacional para o empreendedorismo existe a preocu- A Rede Nacional de FabLabs e Makers é dução de tecnologias de ponta. O obje- coliderada por Bernardo Gaeiras, diretor tivo é que, ao ser pioneiro na criação de pação de introduzir, de modo sistemá- do FabLab Lisboa, e Francisco Mendes, regulamentação, Portugal se torna mais tico, quem tem tido mais dificuldade fundador do Hardware City, uma co- competitivo na atração de I&D, produ- de inserção no mercado de trabalho, munidade que junta makers, startup de ção e investimento nestas áreas. Uma em particular os desempregados de hardware, investigadores e industriais. Task Force dos Veículos Autónomos e longa duração.

FINANCIAMENTO

As políticas públicas de financia- destinado a esta medida são 10 mi- 2. PROGRAMA MOMENTUM mento a estas empresas estão foca- lhões de euros. O objetivo é apoiar a As candidaturas estão abertas em das em oferecer uma alternativa ao criação de 250 startup. A Rede Na- www.startuplisboa.com/momentum crédito bancário e em coinvestir com cional de Incubadoras será responsá- os melhores investidores nacionais vel pela seleção de projetos a apoiar. 3. VALE DE INCUBAÇÃO e internacionais que tragam, mais As candidaturas abrem em setembro Apoio destinado a promover a integra- do que capitais, a sua experiência de 2016 e podem candidatar-se to- ção de empreendedores e startup no e know-how em indústrias e seto- dos os jovens com menos de 35 anos, ecossistema, através da contratação res específicos, nas áreas de gestão, preferencialmente com o 12º ano de dos serviços profissionais de apoio ao comercial ou de desenvolvimento de desenvolvimento de negócio, prestados escolaridade, que à fase da candi- produto. As principais medidas pre- pelas incubadoras. Consiste num apoio datura estejam a residir em Portugal vistas nesta área são as seguintes: de 5 mil euros por candidatura apro- ou no estrangeiro e que pretendam vada. O montante global destinado a 1. STARTUP VOUCHER criar uma startup em Portugal. Esta esta medida são 10 milhões de euros. Apoio destinado a projetos empreen- é a melhor medida disponível para O objetivo é apoiar cerca de 2.000 em- dedores na fase da ideia. Consiste apoiar os jovens portugueses que presas. A seleção dos projetos a apoiar numa bolsa de 691,70 euros mensais emigraram e gostariam de regressar contará com o apoio da Rede Nacional durante um ano. O montante global e empreender em Portugal. de Incubadoras. Esta medida terá como 10 DESTAQUE Portugalglobal nº88

consequência o reforço da autonomia 2 mil euros e máximo de 100 mil euros. intervir em setores estratégicos para financeira das incubadoras com base A Rede Nacional de Incubadoras ficará a economia nacional e em projetos num sistema de mérito, promovendo responsável pelo apoio à seleção e cer- numa fase em que o risco é percebi- uma maior competitividade e profissio- tificação de empresas elegíveis. do como demasiado elevado para os nalismos das mesmas. As candidaturas investidores privados e onde se verifi- têm início em agosto de 2016. 5. INCENTIVOS À CONTRATAÇÃO ca neste momento uma falha de mer- cado. A prioridade é investir em early 4. PROGRAMA SEMENTE Facilitar a atribuição de incentivos a empresas startup para a criação de stage (até 200 mil euros). Mais infor- Criar um regime fiscal mais favorável emprego e apoio à contratação, no- mação em www.portugalventures.pt. para os três F que tipicamente inves- meadamente a redução dos encargos tem em startup na fase inicial: Family, 8. COINVESTIMENTO sociais para empresas incubadas na COM BUSINESS ANGELS Rede Nacional de Incubadoras e para Foi lançada no dia 11 de maio uma empresas de base tecnológica e cien- linha de financiamento público a en- tífica com menos de cinco anos, em tidades veículo de Business Angels articulação com o MTSSS e o IEFP. que pode ir até 26 milhões de euros. Esta linha esteve aberta até 26 de ju- 6. NOVAS FORMAS nho de 2016 no site do IFD. Podem DE FINANCIAMENTO candidatar-se investidores nacionais e Acompanhar a regulamentação e pro- internacionais em www.ifd.pt. mover novas formas de financiamento Friends and Fools. Rever o regime de como o equity crowdfunding e o peer- 9. COINVESTIMENTO tributação das mais-valias obtidas atra- -to-peer. COM CAPITAIS DE RISCO vés do investimento em startup, criar Foi lançada em 11 de maio uma linha benefícios em sede de IRS na venda de 7. CALLS DA PORTUGAL de financiamento a Fundos de Capital partes de capital. Programa aplicável a VENTURES de Risco que pode ir até 100 milhões startup com menos de três anos para O organismo responsável pelo investi- de euros. Esta linha está aberta até 9 de montantes de investimento mínimo de mento público de Capital de Risco vai Agosto de 2016 em www.ifd.pt.

INTERNACIONALIZAÇÃO

As medidas inscritas nesta área de 2. STARTUP PORTUGUESAS 4. ACELERADORA PORTUGUESA atuação destinam-se a promover as NAS MAIORES FEIRAS DE REFERÊNCIA NA EUROPA startup, incubadoras e investidores SETORIAIS NACIONAIS Posicionar Portugal como um destino de portugueses nos mercados externos À semelhança do que tem sido fei- topo na atração de startup, investidores, e também a atrair para Portugal mais to com sucesso no setor do turismo, incubadoras e aceleradoras estrangeiras startup, incubadoras, aceleradoras, pretende-se assegurar e apoiar a pre- para Portugal. Contamos com Simon clientes e investidores estrangeiros. sença permanente de startup portu- Schaefer como Advisor da Startup Por- guesas nas principais feiras setoriais tugal, que é fundador do Startup Europe 1. STARTUP PORTUGUESAS nacionais, para que possam ter o seu Summit, diretor da Allied for Startups, NOS MAIORES EVENTOS primeiro contacto com o mercado. membro do advisory board do The Lis- TECNOLÓGICOS DO MUNDO bon Council e o fundador da maior in- Assegurar e apoiar a presença de start- 3. STARTUP PORTUGUESAS cubadora de Berlim, a Factory. up portuguesas em eventos como o EM RECEÇÕES OFICIAIS E Web Summit, o Tech Crunch Disrup, o EVENTOS DE ESTADO 5. PROGRAMA WEB SUMMIT Cebit, o Mobile World Congress, o CES Assegurar e apoiar a presença de start- O maior evento de empreendedorismo ou o . As empre- up, incubadoras e investidores portu- tecnológico do mundo decorre em Lis- sas presentes nestes eventos em 2017 gueses nas comitivas oficiais, em visitas boa nos próximos três anos. Prevê-se serão selecionadas num concurso que de Estado ao estrangeiro e em receções para 2016 a vinda de mais de 55 mil arranca no dia 6 de junho de 2016. de Estado a entidades estrangeiras. pessoas de cerca de 150 países. Dos junho 2016 DESTAQUE 11

Estados Unidos são esperados cerca damente o Road 2 Web Summit, um tários entre alunos universitários que, de 5.000 delegados. Da Índia, mais de concurso nacional para selecionar as a troco de um dia de trabalho na Web 500. Trata-se de um evento premium startup portuguesas que vão mostrar ao Summit, terão acesso gratuito ao even- cujo bilhete mais barato custa 700 eu- mundo durante a Web Summit o que to nos outros dois dias (no valor de 700 ros. O objetivo da Startup Portugal é de melhor se faz em matéria de em- euros); irá também atribuir 100 bilhetes maximizar o valor criado pela presença preendedorismo tecnológico em Por- gratuitos para a Web Summit a estu- da Web Summit em Portugal, não ape- tugal (candidaturas até 31 de julho em dantes universitários que apresentem as nas durante o evento, mas ao longo http://road2websummit.com/) e o Born melhores ideias de negócio, através de de todo o ano e em todo o país. Estão from Knowledge, uma iniciativa do um concurso desenvolvido em parceria previstas as diversas iniciativas, nomea- MCES que irá selecionar dois mil volun- com universidades de todo o país.

A AICEP E A INTERNACIONALIZAÇÃO DAS STARTUP

A internacionalização das startup Filipe Costa partilharam sugestões e Além do seminário Ativar Portu- portuguesas de base tecnológica recomendações para as startup por- gal, decorreu uma conferência do foi tema principal do seminário Ati- tuguesas que querem internacionali- StartUp Go Global sobre financia- var Portugal Startups 2016, uma zar-se, apresentando o mercado das mento e parcerias internacionais. iniciativa da Microsoft da qual a startup dos países/cidades onde se AICEP é parceira, e que contou encontram, respetivamente, Londres, Os delegados da AICEP visitaram ain- com a participação dos delegados Berlim, Nova Iorque e São Francisco, da a empresa Farfetch e as incuba- da Agência em Londres, Berlim, considerados os maiores ecossistemas doras Instituto Pedro Nunes, Startup Braga, Ninho de Empresas DNA Cas- Nova Iorque e São Francisco. de startup na Europa e nos EUA. cais e Egg Nest Business Ignition. No encontro, que reuniu empresas A internacionalização é, precisa- Consulte as apresentações dos dele- startup, capital de risco, mentores mente, uma das principais metas da gados da AICEP aqui. e incubadoras, os delegados da maioria das startup nacionais, que AICEP Miguel Fontoura, Pedro Ma- têm estes mercados como referência cedo Leão, Rui Boavista Marques e para a sua instalação. 12 DESTAQUE Portugalglobal nº88

PORTUGAL VENTURES APOIAR O CRESCIMENTO DAS STARTUP

Na Portugal Ventures estamos a contribuir para a criação de uma nova realidade económica, da economia do conhecimento, capaz de competir no mundo e conquistar mercados globais. Só no ano passado, investimos mais de 40 milhões de euros e apoiámos a criação de 30 novos projetos.

Investimos com capital de risco em a vontade e a resiliência para implemen- projetos nascentes com a ambição tar os projetos que se propõem. que cresçam de forma rápida, con- quistem clientes internacionais (quer Sim, porque como é largamente refe- sejam consumidores finais – Business rido nesta indústria, construir o proje- to Consumer – quer empresas – Busi- to, conseguir o sonho e prosseguir o ness to Business), angariem novo capi- caminho é um percurso atribulado de tal internacional determinante para a altos e baixos, de sucessos e derrotas. sua consolidação internacional e pos- Tal como uma montanha russa que sam assim afirmar-se como líderes nos exige muita energia, dedicação, per- segmentos em que operam. >POR TERESA FERNANDES, severança e capacidade de adaptação, ADMINISTRADORA mantendo sempre o espírito crítico e Atualmente, temos quatro unidades a capacidade de inovação, aliados a de negócio: tecnologias de informa- Temos tido o privilégio de verificar que um nível de exigência e profissionalis- ção (mobile, saas, iot, etc.), ciências no nosso país existe um enorme talento mo para entregar aos clientes o que da vida e tecnologia médica, indústria e ideias ótimas e assim a oportunidade se promete, não defraudando assim a e engenharia da produção e, final- de trabalhar ativamente, lado a lado, confiança dos clientes e as expectati- mente, turismo e lazer. com empreendedores a quem não falta vas dos colaboradores. junho 2016 DESTAQUE 13

Na Portugal Ventures compreende- mos e procuramos apoiar estas em- presas neste processo, quer com fi- nanciamento ao longo do seu ciclo de vida, quer participando ativamente nos seus conselhos de administração, percebendo os desafios do momento (quer no que respeita a estratégias de crescimento – growth hacking –, de recrutamento, de acesso a mercados ou a investidores), ajudando-as a en- contrar soluções para essas necessida- des, ligando-as ao mundo e facilitan- do o acesso a pessoas internacionais com a reputação e a credibilidade que ajudam as empresas a ganhar visibili- dade e a construir valor.

É com orgulho que testemunhamos o ecossistema português de startup a robustecer-se, a ganhar quota de mer- FABER VENTURES cado, a obter novas rondas de capital de investidores internacionais (como é o UMA OPERADORA DE CAPITAL caso da aptoide do nosso portfólio) e a atrair mais e mais talento internacional. DE RISCO DE REFERÊNCIA

Com humildade, mas também com or- gulho, sabemos que somos uma parte Num cenário onde as novas empresas de base digital muito ativa deste ecossistema, quer seja podem nascer em qualquer geografia e tornar-se com a nossa capacidade de investimen- globais com grande velocidade, tirando partido de to (só o ano passado investimos mais tecnologias mobile ou cloud, a Europa continuará a de 40 milhões de euros e apoiámos a produzir nos próximos anos novos casos de grande criação de 30 novos projetos), com os sucesso. Portugal terá certamente – e cada vez mais – nossos centros internacionais (São Fran- uma palavra a dizer nesse contexto. cisco, Boston, Austin, Berlim e Londres), com os nossos contactos com investido- res internacionais (cerca de 100 neste nos mercados com maior potencial, an- momento) e, não menos importante, gariando financiamento junto dos me- com a energia, empenho e saber fazer lhores investidores internacionais. Con- dos colaboradores da Portugal Ventures tudo escolhem começar em geografias e das startup do nosso portfólio. como Portugal, que oferecem condi- ções ótimas para maximizar a probabi- Venha fazer parte da comunidade de lidade de sucesso durante os primeiros startup da Portugal Ventures. Junte-se anos de vida das suas empresas. a nós e participe neste momento único de afirmação de uma nova realidade Num ecossistema tão jovem como económica com ambição global e com >POR ALEXANDRE BARBOSA, o nacional, mas inevitavelmente em capacidade de conquistar o mundo, MANAGING PARTNER rede com outros mais maduros da contribuindo assim para as necessi- Europa, é fundamental – a par de dades de crescimento e de criação de boas incubadoras e aceleradoras – a emprego e riqueza do nosso país. A nova geração de empreendedores eu- existência de operadores de capital de ropeus, que tem total mobilidade e um risco capazes de trabalhar lado a lado www.portugalventures.pt mindset global, lança os seus projetos com estes fundadores. 14 DESTAQUE Portugalglobal nº88

É importante assim uma abordagem cionado para as fases iniciais das startup Entre os investimentos concretiza- independente, ágil, audaz, com cre- em rondas de financiamento pre-seed e dos, a Faber Ventures conta com dibilidade internacional e capacidade seed. Na fase pre-seed, ou seja, a fase empresas como a Seedrs, Unbabel, de coinvestimento cross-border e dis- da ideia da empresa, as rondas vão no Hole19, Codacy, Chic by Choice, ponível para lidar com o risco e os de- máximo até aos 200 mil euros, e na fase Zaask, Gleam, SABE Extend ou Ad- safios inerentes aos primeiros passos seed, que diz respeito à fase quando a viceFront, cofundadas por empreen- de uma nova empresa global, com um empresa já está lançada, tem os seus pri- dedores nacionais, ou a Gitter, Nom- ADN igualmente empreendedor. meiros clientes e começa a dar provas no Nom e Mainframe, por empreende- mercado, as rondas variam entre os 750 dores internacionais. Tem ainda coin- Foi com esta convicção que a Faber mil euros e os 1,5 milhões de euros. vestimentos com os principais inves- Ventures foi lançada na segunda me- tidores portugueses, entre os quais tade de 2012, com o objetivo de se vir A Faber Ventures também realiza inves- se destaca a Caixa Capital e a Por- a afirmar como um pequeno operador timentos post-seed, fase na qual o enfo- tugal Ventures, e alguns dos princi- de referência em capital de risco early que é apoiar startup na preparação de pais europeus, destacando-se players stage de valor acrescentado na Euro- angariação da primeira ronda de capital como a Index Ventures, a White Star pa, originalmente a partir de Portugal. de crescimento (séries A), tipicamente Capital, a Point Nine, a LocalGlobe, liderada por investidores internacionais. aTechstars e a Seedcamp. Ao longo dos primeiros três anos e meio de atividade, a Faber Ventures Para além do investimento financeiro, Após um primeiro ciclo de três anos teve a oportunidade de apoiar cerca de um dos principais diferenciadores da de investimentos e preparando o fu- 50 empreendedores no lançamento de Faber Ventures é o apoio prestado aos turo próximo, a Faber Ventures iniciou 19 empresas, grande parte delas com empreendedores e às suas equipas ao em 2016 novos processos de anga- front-office comercial no Reino Unido nível de assessoria residente de produto riação de capital a nível nacional e

INTERNACIONALIZAÇÃO PROGRAMA DE GESTÃO DA INTERNACIONALIZAÇÃO

INÍCIO / 7 de outubro de 2016 DURAÇÃO / 60 horas

ou Estados Unidos e com equipas tec- (engenharia, design e estratégia tecno- internacional, com vista a reforçar os Apoio: “Estou agora muito mais capacitado e confiante na escolha das nológicas em Portugal. Este foi o resul- lógica) e negócio (estratégia de funding, seus atuais veículos de investimento, opções e decisões de internacionalização que o negócio que tado do seu posicionamento “pré-series marketing, vendas e operações). para consolidação do portfólio atual, lidero tem pela frente.” A” e de um enfoque claro em pessoas mas também com o intuito de apoiar Filipe Bello Morais 2ª Sotecnisol, Diretor Geral EDIÇÃO determinadas a transformar a forma É neste trabalho, desenvolvido diaria- a criação de um novo fundo institucio- como vivemos e trabalhamos, através mente, de gestão de portfólio e ope- nal, que permitirá construir um segun- de plataformas e produtos de software rações que a Faber Ventures investe, do portfólio de startup tecnológicas e, MAIS INFORMAÇÕES que alavancam modelos de distribuição com base numa equipa distribuída en- assim, continuar a apoiar alguns dos digitais e efeitos de rede para escalar e tre Lisboa, Londres e Berlim (hubs da melhores empreendedores europeus a TÂNIA SOUSA > Email: [email protected] Tel: 217 214 220 | 217 227 801 se diferenciar mais depressa. Faber Ventures e das suas participadas www.clsbe.lisboa.ucp.pt/executivos/internacionalizacao partir de Portugal. no desenvolvimento dos seus negó-

Até agora a Faber Ventures tem atuado cios e na angariação de coinvestidores Católica School of Business & Economics is ranked among como um veículo de investimento voca- internacionais). www.faber-ventures.com the Best Business Schools in Europe. Consistently ranked the number one Business School in Portugal. Triple Crown Accredited. INTERNACIONALIZAÇÃO PROGRAMA DE GESTÃO DA INTERNACIONALIZAÇÃO

INÍCIO / 7 de outubro de 2016 DURAÇÃO / 60 horas

Apoio: “Estou agora muito mais capacitado e confiante na escolha das opções e decisões de internacionalização que o negócio que lidero tem pela frente.” Filipe Bello Morais 2ª Sotecnisol, Diretor Geral EDIÇÃO

MAIS INFORMAÇÕES

TÂNIA SOUSA > Email: [email protected] Tel: 217 214 220 | 217 227 801 www.clsbe.lisboa.ucp.pt/executivos/internacionalizacao

Católica Lisbon School of Business & Economics is ranked among the Best Business Schools in Europe. Consistently ranked the number one Business School in Portugal. Triple Crown Accredited. 16 DESTAQUE Portugalglobal nº88

AS INCUBADORAS

BETA-I, INSTITUTO PEDRO NUNES, INVEST PORTO, STARTUP BRAGA, STARTUP LISBOA E UPTEC SÃO ALGUMAS DAS INCUBADORAS DE VÁRIAS STARTUP PORTUGUESAS DE SUCESSO.

BETA-I O EMPREENDEDORISMO COMO MISSÃO

Fundada em 2010, no pico da crise, a Beta-i é uma organização criada por empreendedores com o objetivo de contribuir para a criação da nova geração de empreendedores. Focada numa cultura de ação e visão global e assente em colaboração e metodologias de lean innovation, desenvolve projetos que resolvam problemas concretos de uma forma diferenciadora e com capacidade de crescimento rápido e sustentável.

Com origem na organização de gran- ropeias, organizados em parceria com des eventos internacionais, como o o portal TechCrunch. TEDxEgdes, Silicon Valley comes to Lis- bon e Explorers Festival, e de eventos Este reconhecimento internacional só nos motiva a continuar a trabalhar de empreendedorismo, como os Beta- para entregar os melhores programas -Talks, fomos pioneiros nos programas de aceleração de startup e permitir de pré-aceleração e aceleração de que os projetos sejam apoiados e cres- startup, através da representação de çam a nível global. iniciativas internacionais, como o Star- tup Weekend, Founders Institute Lis- Portugal no arranque bon, SeedCamp Lisbon e Startup Next, >POR RICARDO MARVÃO, de startup globais ou do lançamento dos nossos progra- BETA-I CO-FOUNDER & HEAD Portugal tem feito um caminho muito mas Lisbon Challenge e Beta-Start. OF GLOBAL RESOURCES positivo. Lisboa é hoje uma das mais Destaque ainda para o Lisbon Invest- importantes capitais empreendedo- ment Summit, conferência que criá- startup e empreendedorismo da Eu- ras da Europa, onde crescem diversas mos para ligar grandes investidores ropa, a Beta-i foi recentemente consi- startup como a Uniplaces, Talkdesk, internacionais a startup promissoras. derada parceiro do ano pela Portugal Unbabel ou Codacy e se multiplicam Ventures e está atualmente na short as incubadoras, aceleradores e espa- Galardoada, em 2014, pela Comissão list dos “The Europas”, prémios para ços de co-work. Estamos, cada vez Europeia como a maior promotora de as melhores startup tecnológicas eu- mais, nas bocas do mundo. junho 2016 DESTAQUE 17

A digitalização da economia tem per- verticais e programas para intermedia- Followprice mitido às startup revolucionar várias in- ção entre startup e grandes empresas. A Followprice, fundada por Gonçalo dústrias e aceder ao mercado global de Mendes, Vasco Moreira, João Leitão qualquer ponto do mundo. E Portugal As startup não são uma moda mas e João Andrade, criou um produto está bem colocado, pela crescente capa- sim um novo paradigma de inovação inovador que permite aos utilizadores cidade de atrair e reter os recursos ne- e colaboração empresarial e a Beta-i acompanharem online os preços dos cessários, para ser país de escolha para o pretende continuar a dar um contri- produtos em que estejam interessa- arranque de novas startup globais. buto relevante para otimizar e acres- centar valor a este ecossistema. dos. O botão da Followprice já pode ser visto e utlizado em websites como Os media internacionais começam a o da Fnac ou o da MEO. A startup se- comparar a nossa capital a São Fran- www.beta-i.pt cisco ou Berlim e está na altura de deada em Lisboa passou pelo Lisbon mostrar que não é um mero acaso. Uniplaces Challenge e está agora incubada no O ecossistema de startup de Lisboa é edifício da Beta-i, no Saldanha. A Uniplaces é uma das mais promis- realmente dinâmico, fértil e começa a www.followprice.co soras startup portuguesas e participou dar notas de amadurecimento. na primeira edição do Lisbon Challen- ge da Beta-i quando ainda estava a Line Health Inovar na ligação definir o melhor modelo de negócio. entre startup A Line Health é uma startup na área da saúde e farmacêutica que está Fundada por Miguel Amaro, Ben Gre- e grandes empresas a inovar na forma como as pessoas ch e Mariano Kostelec em Lisboa, a Quando falamos de inovação temos tomam os medicamentos. A startup Uniplaces desenvolveu uma platafor- uma responsabilidade acrescida, por- portuguesa desenvolveu uma caixa ma que permite aos estudantes reser- que é uma área onde colocamos mui- para medicamentos, em conjunto varem as suas casas e apartamentos tos recursos e apostamos de forma com uma aplicação que envia alertas online, tendo um crescimento bastan- consistente. Um bom exemplo são as ao paciente assim que têm de tomar nossas ‘MasterClasses’ com especia- te significativo nos últimos dois anos. os medicamentos. listas internacionais que partilham as suas experiências e know-how. No final do ano passado fechou uma Atualmente a Line Health encontra- das maiores rondas de financiamento -se sediada em Boston, nos Estados Além disso, na Beta-i continuamos a séries A a nível europeu de 25 milhões Unidos, para melhorar o seu produto trabalhar para entregar os melhores de euros com vários investidores inter- e lançar-se no mercado. Participou programas de aceleração, como o Lis- nacionais. Está presente em mais de no Lisbon Challenge mas também no bon Challenge, e reforçamos a aposta 40 cidades e nos seus escritórios conta acelerador da gigante farmacêutica nos programas de aceleração verticais, com mais de 150 colaboradores. Bayer, em Berlim. como o Deloitte Digital Disruptors e o www.uniplaces.com Protechting, este em parceria com a www.linehealth.com Fidelidade. Estes programas permitem DoDOC atrair startup de base tecnológica em Impraise indústrias específicas e ao mesmo tem- A DoDoc foi a primeira startup por- A Impraise é um dos casos de sucesso po ter uma ligação forte a grandes em- tuguesa a receber investimento e a do Lisbon Challenge, já que logo após presas, numa lógica de inovação aberta. integrar o programa de aceleração da Techstars em Boston, um dos melho- terminar o programa de aceleração em Lisboa seguiu para o Y Combi- Acreditamos que o papel das grandes res do mundo, após ter passado pelo nator, que é considerado por muitos empresas pode ser cada vez mais re- Lisbon Challenge. como o melhor acelerador de startup levante para o sucesso das startup e que estas podem ser críticas para as Sedeada em Coimbra e fundada por do mundo, em Silicon Valley. estratégias de inovação das grandes Carlo Boto, Paulo Melo e Federico Cis- empresas, em torno de setores espe- mondi, a DoDoc desenvolveu um pro- A Impraise desenvolve uma solução cíficos, como o turismo, mas também cessador de texto online que pretende para que as empresas possam gerir FinTech, smart cities, saúde, indústria otimizar os processos de pesquisa, feedback entre colaboradores e te- 4.0, agroalimentar, retalho ou edu- escrita, formatação e gestão de docu- nham revisões de performance mais cação, entre outros, pelo que iremos mentos profissionais. eficientes e regulares. desenvolver programas de aceleração www.dodoc.com www.impraise.com 18 DESTAQUE Portugalglobal nº88

INSTITUTO PEDRO NUNES (IPN) A TRANSFORMAÇÃO DO CONHECIMENTO EM INOVAÇÃO

A IPN Incubadora – Incubadora de Ideias e Empresas do IPN já apoiou desde 1996 mais de 220 empresas. Cerca de 80 por cento destas empresas continuam em ativi- dade e empregam de forma direta mais de 2.000 trabalhadores qualificados. São responsáveis por um volume de negócios anual que ultrapassou, em 2015, os 100 milhões de euros, mais de 50 por cento dos quais em exportação de produtos e serviços de conhecimento intensivo.

do ESA BIC Portugal - Centro de In- A missão do Instituto Pedro Nunes cubação da ESA (Agência Espacial (IPN) é contribuir para promover uma Europeia). Este programa tem como cultura de inovação, qualidade, rigor objetivo apoiar seis startup por ano e empreendedorismo, assente num que apliquem tecnologia e sistemas relacionamento universidade/empre- sa e atuando em três frentes que se desenvolvidos para o Espaço em seto- complementam: res como saúde, transportes, energia, • Investigação & desenvolvimento tec- segurança e vida urbana. Até ao mo- nológico; mento foram selecionados 11 projetos. • Formação especializada e divulga- O programa atribui 50.000 euros a ção de ciência e tecnologia; >POR JORGE PIMENTA, GESTOR DE PROJETOS cada empresa ao longo de dois anos • Incubação e aceleração de ideias e para desenvolvimento do protótipo/ empresas. produto e para proteção ou explora- Como exemplo da sua matriz de voca- ção de propriedade intelectual, a par O IPN e a IPN Incubadora contribuíram, ção para a cooperação internacional, com o apoio técnico e de negócio. assim, decisivamente para o despontar foi selecionada pelas plataformas eu- na região de Coimbra de uma nova ropeias FIWARE (future internet) e EIT Este programa tem também polos tipologia de empresas com intensida- ICT Labs, para acolher o seu Internet para acolhimento de empresas no de de inovação pelo menos cinco vez Innovation Hub em Portugal. UPTEC - Parque de Ciência e Tecnolo- superior à média nacional, maior rela- gia da Universidade do Porto, na Agên- cionamento com o meio universitário e O IPN é também o gestor nacional cia DNA Cascais e na IPN Incubadora. geradora de emprego qualificado.

A experiência destes 20 anos é já uma marca do IPN, tendo sido diversas ve- zes distinguido como uma das melho- res incubadoras de base tecnológica e académica do mundo.

Na IPN Incubadora as empresas dis- põem de fácil acesso ao sistema cien- tífico e tecnológico, e de um ambiente que proporciona o alargar de conhe- cimentos em temas como a gestão, marketing, financiamento e o contac- to com mercados internacionais. junho 2016 DESTAQUE 19

A recém-criada Aceleradora de Em- necessidades energéticas e a pegada mercado de Big Data, em particular nas presas, que já acolhe 21 empresas ecológica. Construída em módulos, área de deteção de fraudes, em tem- instaladas e cerca de 500 postos de pode ser facilmente embalada em po real, para os sectores bancários e trabalho nos primeiros 18 meses de contentores e transportada por via e-commerce, crescendo a um ritmo ace- atividade, complementa a atividade terrestre ou marítima para qualquer lerado ao longo dos últimos dois anos. de incubação e representa um feito, parte do mundo. não só para o IPN, mas também para a A tecnologia é utilizada por grandes Universidade e para Coimbra, no con- A empresa está a desenvolver um pro- empresas mundiais do setor financeiro texto da sua afirmação no panorama jeto de um submarino tripulável (duas e retalhista, tornando-os mais seguros europeu das cidades mais inovadoras. ou três pessoas) que permite usufruir ao utilizar machine learning em tem- de experiências únicas até às profun- po real para analisar grandes quanti- Este posicionamento abre portas a um didades do mundo subaquático, tanto dades de dados, detetar e prevenir a número enorme de novas oportunida- em passeios de lazer como na utiliza- fraude em transações eletrónicas. des e desafios que pretendemos colocar ção em pesquisas científicas. à disposição de toda a comunidade em- A empresa já tem presença nos EUA, www.gofriday.eu preendedora e de I&DT no nosso país, a nomeadamente em San Mateo e em partir da cidade do conhecimento. Nova Iorque. O mercado norte-ameri- cano é responsável por 60 por cento Por tudo isto, desafia-te! Desafia-nos! CoolFarm das vendas da empresa. A CoolFarm desenvolve o único sistema www.ipn.pt composto essencialmente por software A decisão de expansão da Feedzai em baseado em inteligência artificial e ma- território europeu e a abertura de ope- chine learning que controla de forma Medicine One rações em Londres surge da estratégia inteligente as condições da água, do de expansão internacional da empre- A MedicineOne é uma empresa tec- ar e da luz dentro de uma estufa ou sa, que cresce a um ritmo acelerado, nológica de origem portuguesa e de armazéns verticais, proporcionando às na ordem dos 300 por cento ao ano. vocação mundial, dedicada ao desen- plantas o que elas precisam e apenas http://feedzai.com volvimento de software inteligente quando precisam, otimizando os recur- para o mercado da saúde. A sua solu- sos naturais, mecânicos e humanos. ção principal, o MedicineOne, é uma Active Aerogels das mais antigas, inovadoras e com- O uso do CoolFarm Eye – um sensor A Active Aerogels, Lda foi criada como pletas do mundo. ótico desenvolvido que vê literalmen- spin-off da divisão de Materiais da Ac- te a saúde da planta – permite que A sua missão é ajudar os profissionais tive Space Technologies e desenvolve as plantas cresçam da melhor forma de saúde a atingirem o seu máximo um processo inovador para produção possível com o CoolFarm, auxiliando o potencial na prestação de cuidados e de aerogéis, solução que responde com agricultor na tomada de decisões com apoiar as pessoas na melhoria da sua eficácia à durabilidade/eficiência dos maior precisão e rentabilidade. qualidade de vida. materiais para isolamento de edifícios.

Tem vindo a afirmar-se nos mercados Toda a plataforma é acessível pela A sua equipa conta com know-how internacionais como produtos de refe- cloud, através de qualquer computador técnico e científico, tendo já participado rência e está hoje presente em Angola, ou smartphone, significando que o agri- em publicações cientificas, submetido Brasil e Cabo Verde. Nesta ação global, cultor consegue controlar a sua estufa patentes e colaborado com instituições trabalha diariamente com mais de 16 em qualquer lugar e em tempo real. de referência: ESA, a Agência Espacial mil médicos e serve uma população de Alemã, o Instituto de Física Nuclear Ita- mais de cinco milhões de utentes. Atualmente a empresa já tem negó- liano e o CERN. A sua lista de clientes www.medicineone.net cios com distribuidores, agentes e inclui instituições e empresas de refe- agricultores na Europa, Estados Uni- rência com a ESA ou a Henkel. dos, China e Singapura. Friday http://cool-farm.com Desde a sua génese a empresa esteve A Friday, Ciência e Engenharia do La- focada em projetos no setor aeroespa- zer, SA, produz um novo conceito de cial, mas hoje a seu oferta direciona- casa flutuante (FLOATWING ®), com Feedzai -se para isolamento térmico e adsor- materiais de baixo impacto ambiental, A Feedzai é uma das mais bem suce- ção de hidrocarbonetos. utilizando tecnologias que reduzem as didas empresas mundiais a operar no www.activeaerogels.com 20 DESTAQUE Portugalglobal nº88

INVESTPORTO O EMPREENDEDORISMO NA CIDADE DO PORTO

Fundada em 2015, a InvestPorto, que depende diretamente da Presidência da Câmara Municipal do Porto, tem como missão promover um ambiente favorável à competitividade, à dinamização empresarial e à atração de investimento para a cidade do Porto. Atualmente, apoia mais de 50 projetos empresariais em diversas áreas.

A ação da InvestPorto é norteada por universidades e outros centros de saber seis objetivos estratégicos: e inovação, a fim de promover a exposi- • Desenvolver um ambiente de negó- ção internacional das startup presentes cios competitivo, reduzindo custos na cidade e de apoiar o seu crescimento. de contexto, facilitando e simplifi- cando procedimentos e dinamizan- A Câmara Municipal do Porto lançou do a aplicação de incentivos muni- recentemente uma iniciativa pioneira, cipais em projetos que valorizem a a ScaleUp Porto, apoiada fortemente atividade instalada; pela InvestPorto, que visa a promoção • Promover a articulação interinstitucio- da escalabilidade e robustecimento nal com os stakeholders envolvidos; >POR ANA TERESA LEHMANN, das startup, preparando-as para a fase DIRETORA • Disponibilizar serviços técnicos espe- em que estas se tornam scale-ups, ou cializados e direcionados à atração seja, a sua fase crítica de crescimento. de investimento e à localização em- Neste primeiro ano de atividade, já Assim, encontra-lhes locais de implan- presarial, numa ótica personalizada; realizámos mais de 70 propostas de tação, fornecendo outros serviços e • Projetar internacionalmente a ci- localização a investidores. Neste mo- apoiando, com outras entidades espe- dade como um destino de investi- mento, apoiamos mais de 50 projetos cializadas, a sua capacitação e orien- mento, através de missões interna- e representamos mais de 7.000 postos tação para o mercado internacional. cionais, missões inversas e outros de trabalho qualificados. eventos e iniciativas; Venha investir no Porto, uma cidade empreendedora por excelência. • Promover um canal de acesso eficaz No futuro, esperamos continuar a acom- às fontes de informação e a business panhar um conjunto apreciável de in- intelligence de última geração; vestimentos, numa ótica multissetorial, • Aconselhar estrategicamente as po- desde os serviços até à indústria 4.0, Abyssal líticas públicas e os grandes projetos dado que a cidade tem uma massa crí- A Abyssal desenvolve soluções inte- do município no domínio económico. tica considerável e uma diversidade em gradas de visualização e gestão de termos de talento e recursos ligados ao operações de Veículos Submarinos Desta forma, a InvestPorto fornece conhecimento e à inovação. Operados Remotamente (ROV), que um vasto conjunto de serviços antes, atuam nas indústrias de extração de durante e após a concretização do in- A InvestPorto está vocacionada para petróleo e gás natural, energias reno- vestimento, ativando a sua vasta rede. acompanhar, além de grande projetos váveis offshore e extração de miné- Estabelecemos protocolos e estraté- de empresas já consolidadas, projetos rios subaquáticos. gias colaborativas com 34 entidades de nicho de alto valor acrescentado e representando mais de 13.000 atores, investimentos em startup. O principal produto da empresa é dos quais mais de 12.000 são empre- o Abyssal OS Offshore, um sistema sas, incluindo a AICEP e um significati- Trabalhamos ativamente com a vas- avançado de gestão da operação e de vo conjunto de entidades promotoras ta rede de incubadoras e espaços de visualização em 3D para apoiar pilo- da inovação e empreendedorismo. coworking de que a cidade dispõe, com tos e supervisores a efetuar tarefas em junho 2016 DESTAQUE 21 ambientes submarinos complexos e Sphere Ultrafast Esta empresa permite aos utilizado- de baixa visibilidade, aumentando as- res acederem aos seus documentos A Sphere Ultrafast Photonics é uma sim a segurança e eficiência das ope- guardados na cloud (Google Drive, empresa dedicada ao desenho e fabri- rações de ROV. Dropbox, Box e OneDrive) e ler, edi- co de tecnologia laser ultrarrápida. O tar e partilhar documentos Microsoft seu produto chave incorpora uma nova Office, OpenOffice e Google Docs. arquitetura capaz de medir e controlar Encontra-se disponível para Windows impulsos laser ultracurtos com dura- 10, iOS e Android. ções sem precedentes, próximas dos três segundos. Os impulsos ultracur- www.topdox.com tos permitem um desempenho único numa ampla gama de aplicações, des- Weduc de a terapia e diagnóstico avançado A Weduc é uma rede social educa- em oftalmologia até ao processamento tiva privada e segura com soluções de materiais de alta precisão. para o mercado educacional e cor- porativo. Nas escolas, desde infan- A Abyssal foi selecionada como uma tários até ao ensino profissional, os das dez startup mais promissoras da in- professores podem interagir com dústria de Oil & Gas em maio de 2015. privacidade e segurança com os alu- www.abyssal.eu nos e pais, replicando a estrutura e hierarquia da escola e providencian- Kinematix do um ambiente de aprendizagem A Kinematix é uma empresa de dinâ- para os alunos num formato seme- mica corporal que entrega produtos de lhante à das redes sociais abertas, ponta de saúde e fitness que avaliam a mas num contexto educativo e com posição do corpo e do movimento para ferramentas de aprendizagem. melhorar a função humana, o bem-es- tar e o desempenho. A empresa aplica assim a sua experiência em microele- trónica sensorial, dinâmica corporal A Portugal Startup elegeu a Sphere Ul- trafast Photonics como uma das startup a seguir durante o ano de 2016. www.sphere-photonics.com

Topdox A Topdox é uma plataforma móvel para documentos, usada por mais de 200 mil profissionais de empresas como a Google, , Merck ou A Weduc está ainda a ser utilizada nas Telefonica, em mais de 180 países por empresas e organizações para treinar todo o mundo. colaboradores e partilhar conheci- mento, num contexto de rede social corporativa privada.

Esta rede, que já angariou mais de 1,8 milhões de euros em investimento, já está a ser implementada no Brasil. www.weduc.com e engenharia de produto para ligar o modelo de saúde de "a qualquer hora e em qualquer lugar" ao apoio.

www.kinematix.pt 22 DESTAQUE Portugalglobal nº88

INVESTBRAGA DE BRAGA PARA O MUNDO

Braga é um verdadeiro viveiro tecnológico. Aqui surgiram várias empresas de sucesso e estavam instalados os centros de saber de relevância internacional, como a Universidade do Minho e o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL). No entanto, sentimos que faltava um hub de inovação, que contribuísse para aprofundar as mais-valias e o know-how em inovação e tecnologias, reconhecidos à região.

A Startup Braga nasceu da vontade na apresentação dos projetos aos in- de apoiar a criação e o desenvolvi- vestidores, mas também no desenvol- mento de projetos nas áreas de Digital vimento dos seus negócios. Economy, Digital Health/Medtech e Na Startup Braga temos uma rede de Nanotechnologies e com elevado po- mentores nacionais e internacionais tencial empreendedor nos mercados experientes, bem como como uma internacionais. Quando, há dois anos, rede de founders com vasto conhe- criámos a Startup Braga tínhamos a cimento em áreas específicas, que ambição de construir um centro rele- ajudam as equipas que apoiamos nos vante de suporte ao desenvolvimento mais diversos desafios. do empreendedorismo e da inovação, >POR CARLOS OLIVEIRA, PRESIDENTE DA INVESTBRAGA em Portugal, a partir de Braga. Nestes dois anos, através dos nossos programas de Pré-Aceleração, Acele- Acreditamos que não basta ter uma saber vender, saber gerir! Por isso, o ração e Incubação já apoiámos mais boa ideia ou um bom produto para trabalho desenvolvido numa acelera- de 70 startup e 250 empreendedores, se alcançar o sucesso. É preciso defi- dora e incubadora é tão importante. que conseguiram angariar mais de 7,5 nir estratégias, ter visão de negócio, Apoiamos os empreendedores não só milhões de euros de financiamento. junho 2016 DESTAQUE 23

Temos como parceiro fundador a cedidos ao nível nacional e internacio- PerforMetric Microsoft, e os apoios da Fundação nal. Na Startup Braga continuaremos Sistema de monitorização de fadiga Luso Americana para o Desenvol- a apoiar empreendedores com ambi- mental em tempo real, não invasivo e vimento (FLAD) e da Caixa Capital, ções globais. não intrusivo ao utilizador. O Perfor- o que contribui para que as nossas Metric tem por objetivo a deteção de startup tenham mais oportunidades www.investbraga.com/startup comportamentos de fadiga, utilizando de investimento e de expansão inter- essa informação para melhorar a qua- nacional, em particular, uma forte li- lidade de vida e saúde mental do utili- gação aos Estados Unidos da América. PeekMed zador, ao mesmo tempo que permite A PeekMed apresenta uma solução o progresso no desempenho indivi- Estabelecemos parcerias com o INL, o para o planeamento cirúrgico orto- dual, bem como o aumento de produ- Hospital de Braga, a Escola de Ciências pédico 3D. Com esta tecnologia o tividade de empresas e organizações. da Saúde da Universidade do Minho ortopedista pode, de forma intuitiva, www.performetric.net e o CeNTI - Centro de Nanotecnolo- manipular livremente o modelo tridi- gia e Materiais Técnicos, Funcionais mensional gerado a partir do estudo e Inteligentes, que apoiam as startup Magikbee imagiológico do paciente. no desenvolvimento dos produtos em Tecnologia interativa que desenvolve nanotecnologia e tecnologias médicas. uma proposta alternativa de brinque- Os materiais de osteossíntese de di- São duas áreas pouco exploradas em do educativo composta por um kit versas empresas podem igualmente Portugal e, por esse motivo, se afirmam que contém blocos de madeira e uma ser adicionados ao planeamento, per- como estratégicas para a Startup Braga. aplicação que faz a ligação ao iPad. mitindo assim apoiar o ortopedista na análise tridimensional do impacto da ci- Todos podemos beneficiar desta ino- Não se limita apenas a desenvolver rurgia, fazendo a antevisão da mesma. vação fervilhante que nos chega das um produto digital, mas dá-lhe algo startup: os consumidores, usufruindo www.peekmed.com físico e verdadeiramente interativo de novos produtos e serviços; as mé- que pretende estimular a curiosidade dias e as grandes empresas, e até o Loqr dos mais pequenos. Estado, que podem resolver os seus desafios em inovar. A solução pas- O Loqr elimina a necessidade de digitar Na prática, a criança irá brincar com o sa por criarem programas de ligação os nomes de utilizador e passwords, iPad e com os blocos físicos, eliminan- com startup, adquiri-las ou tornarem- diminuindo o risco associado com do as preocupações de pais e educa- -se seus clientes. login em dispositivos familiares e não dores quanto às horas excessivas que familiares, usando smartphones e tec- os miúdos dedicam, hoje em dia, a Estas sinergias permitem que boas nologia de QR Code. aparelhos eletrónicos. ideias e bons produtos sejam bem-su- www.loqr.io www.magikbee.com

Findster O projeto Findster contempla o desen- volvimento de uma plataforma móvel para localização e monitorização de crianças com GPS, sem custos mensais associados, usando um protocolo de comunicação próprio.

A plataforma é composta por uma peça de hardware vestível, de modo confortável e imperceptível pela crian- ça, que permite efetuar a monitoriza- ção da posição e atividade da mesma, enviando essa informação, em tempo real por radiofrequência, para um ou- tro módulo associado aos cuidadores. www.getfindster.com 24 DESTAQUE Portugalglobal nº88

STARTUP LISBOA Incubadora de sucesso no centro histórico de Lisboa

A Startup Lisboa é uma incubadora de startup sedeada na Baixa. Há quatro anos esta era uma ideia que contava com poucos crentes no seu sucesso. O conceito startup não era do léxico comum e se lhes acrescentávamos a palavra tech ou tecnologia ainda mais incredulidade suscitava nos cidadãos e no mundo empresarial, pois eram palavras associadas a laboratórios, máquinas avançadas, parques tecnológicos, centros de investigação, universidades, e nunca, até então, ao centro da cidade.

À medida que começavam a surgir atribuídos por empresas que protocola- na imprensa, no dia-a-dia dos portu- ram uma colaboração connosco, men- gueses e além-fronteiras as notícias tores, comunicação e eventos de for- de startup como a Uniplaces, a Hole mação e de networking na sua maioria 19, a Zaask, a Homelovers, a Yonest, exclusivos para os incubados. a Nata Lisboa, só para referir algumas das primeiras incubadas, começou A nossa função principal é agir como a perceber-se que os projetos que facilitadores e como links entre as start- apoiávamos focavam-se na economia up e o mercado, promovendo o acesso digital, na inovação e na ambição de a investidores e a potenciais clientes. construir produtos e marcas assentes >POR MIGUEL FONTES, A Startup Lisboa conta atualmente com em modelos de negócio escaláveis. DIRETOR EXECUTIVO DA STARTUP LISBOA dois edifícios com espaços de trabalho para acolher empreendedores e startup Foi assim que, quase quatro anos, de- nas áreas tech, comércio e turismo; um pois da abertura do primeiro edifício na mais votadas pelos cidadãos no Orça- espaço para eventos no coração do Ae- Rua da Prata, a missão que a Startup mento Participativo de Lisboa, uma ini- roporto de Lisboa – o Airport Business Lisboa assumiu desde a primeira hora ciativa da Câmara Municipal de Lisboa. Center; e a “Casa Startup Lisboa”, uma – estimular a criação de empresas ino- residência para empreendedores es- vadoras e globais e apoiar os seus pri- Em termos informais somos uma co- trangeiros e nacionais de fora de Lisboa, meiros anos de atividade; promover a munidade. Se perguntarem a qual- localizada a cinco minutos a pé dos nos- criação de postos de trabalho; contri- quer empreendedor qual é a maior sos escritórios, cujo objetivo é oferecer buir para a reabilitação urbana, social e vantagem de estar numa incubadora, um soft-landing aos empreendedores económica do centro da cidade – veio e na Startup Lisboa em particular, res- que chegam a Lisboa enquanto se ins- a assinar um modelo que felizmente ponderá que é o sentido de pertença talam na cidade e procuram uma resi- se vai replicando, com as devidas dife- a uma comunidade, a possibilidade de dência mais permanente. renças dos projetos que lhe dão forma, usufruir da partilha de experiências, por outros pontos do país. problemas, erros, sucessos e soluções. Desde 2012 já apoiámos mais de 200 startup, sendo que contamos atual- Em termos formais, a Startup Lisboa A isso acresce o acesso a um espaço mente com uma média de 80 incu- é uma associação privada sem fins lu- de trabalho localizado no epicentro da badas – perto de 50 em permanência crativos que conta com três entidades verve urbana a um preço simpático para nos edifícios e as restantes em regime fundadoras – Câmara Municipal de Lis- empreendedor e os serviços que nos de incubação virtual. boa, IAPMEI - Agência para a Compe- diferenciam, enquanto incubadora, de titividade e Inovação, I.P. e o Montepio. um regular centro de escritórios: parce- Os interessados em incubar o seu proje- Foi criada após ter sido uma das ideias rias que potenciam negócios, benefícios to na Startup Lisboa devem candidatar- junho 2016 DESTAQUE 25

-se através do preenchimento e submis- têm uma ideia de negócio, possam são online de um formulário disponível abdicar de procurar um “emprego no site www.startuplisboa.com. Não normal” e focar-se a tempo inteiro no existem prazos de candidatura, podem desenvolvimento da mesma. fazê-lo em qualquer altura do ano. Acreditamos que uma incubadora tam- Regularmente é feita uma triagem bém tem de “estar fora de si” para po- dos formulários recebidos e os sele- der trazer mais valor para dentro e para cionados, nessa primeira fase, são en- o crescimento económico do país. tão convidados a vir apresentar o seu www.startuplisboa.com. projeto (pitch) na presença de um júri constituído por membros da direção da Startup Lisboa, mentores, investidores Codacy e empreendedores com mais experiên- Desenvolveu uma ferramenta auto- GPS e aconselha ao jogador o taco cia que pertencem à comunidade. matizada de revisão de código para a utilizar, baseando-se nas distâncias programadores cujo objetivo principal personalizadas do utilizador. Esta Para o futuro queremos continuar a aplicação apresenta, também, um melhorar o apoio aos nossos incuba- é melhorar os processos de desenvol- vimento de software, o que permite “scorecard” digital e permite a visua- dos, oferecendo mais serviços, mais lização aérea dos buracos. parcerias, mais meios e iniciativas para um controlo refinado sobre a qualida- www.hole19golf.com ajudá-los a atingir o sucesso. Dizemos de do código. muitas vezes que nós próprios somos uma startup, por isso gostamos de Esta ferramenta os programado- Prodsmart acreditar que cada novo dia pode ser o res a economizar tempo em revisões de É um sistema de gestão, análise e oti- dia em que renovamos o nosso modelo código. O processo de análise de có- mização de processos de produção in- de incubação e que também nós temos digo é independente da linguagem de dustrial. A implementação deste soft- de encontrar formas de autofinancia- programação, o que permite uma cen- ware possibilita a qualquer fábrica re- mento para que mais empreendedores tralização de diferentes tecnologias. mover o papel do processo produtivo, possam recorrer ao nosso apoio. www.codacy.com substituindo-o por tablets e sensores. Permite que toda a informação sobre Há um projeto em particular que mui- Crowdprocess a produção esteja sempre disponível e atualizada em tempo real; como a to acarinhamos – o Startup Portugal Implementou uma ferramenta para a redução de desperdícios; o controlo Momentum – cujas candidaturas já banca de média dimensão, chamada de custos; a qualidade e rapidez das estão abertas e decorrem até 25 de “James”, que visa facilitar a análise dos decisões tomadas na gestão; as linhas outubro no site www.startuplisboa. riscos de crédito. Com cinco anos de de produção e a monitorização do de- com/momentum. vida, prepara-se para aumentar a equi- sempenho dos colaboradores. pa e expandir mercados. Foi considera- A primeira edição, lançada por nós o da como a melhor Fintech na Europa www.prodsmart.com ano passado, foi o ponto de partida na “Money 20/20”, uma das maiores para que mais recém-licenciados pos- conferências mundiais de startup fi- Best Wine Team sam ter a oportunidade de fazer da nanceiras (fintech), que teve lugar em A Best Wine Team é uma startup que sua ideia de negócio o seu primeiro Abril em Copenhaga, na Dinamarca atua na área da distribuição e expor- emprego. O Momentum é agora uma http://james.finance tação de vinhos portugueses, que iniciativa nacional e uma das 15 me- atua na venda, inovação e educação didas lançadas no dia 6 de junho na da categoria. apresentação do programa Startup Hole19 Portugal pelo governo. É uma aplicação dirigida aos golfistas Reúne uma oferta premium de vinhos e que lhes proporciona uma visão úni- portugueses, vendendo-os para todo o Consiste num programa de apoio de ca do seu jogo, oferecendo variadas mundo além de contribuir para o enri- 12 meses que integra incubação e informações do campo onde se en- quecimento dos consumidores com a alojamento gratuito, bem como uma contra, ou onde tenciona jogar. criação de conteúdos e eventos infor- mesada de 690 euros, para que jovens mais liderados por dois sommeliers. recém saídos das universidades, com Recolhe estatísticas em tempo real, menos condições financeiras mas que mede as distâncias com recurso a www.bestwineteam.com 26 DESTAQUE Portugalglobal nº88

PARQUE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO - UPTEC UM FORTE APOIO ÀS STARTUP PORTUGUESAS

Desde 2007, o UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto já acompanhou e apoiou o crescimento de mais de 370 projetos empresariais em áreas tão distintas como as nanotecnologias, novos materiais e produção, energia, saúde, biotecnologia, tecnologias da informação e comunicação, media digitais, arquitetura, marketing interativo e produção de conteúdos.

O UPTEC promove a criação de em- colaboradores, sendo que 90 por cen- presas de base tecnológica, científica to são graduados e pós-graduados. e criativa e atrai centros de inovação de empresas nacionais e internacio- A nossa visão para 2020 é ser um Par- nais. Assim, contribui de forma ativa que de Ciência e Tecnologia de refe- para a valorização do conhecimento rência mundial, capaz de impulsionar gerado na Universidade e para o de- a mudança e reinventar a economia senvolvimento socioeconómico da re- portuguesa. gião Norte de Portugal. O UPTEC trabalha diariamente no sen- A sua organização por polos: Tec- >POR JOSÉ NOVAIS BARBOSA, tido de atrair empresas internacionais PRESIDENTE DO UPTEC nologia, Indústrias Criativas, Biotec- para aí sediarem os seus centros tec- nologia e Mar, permite seguir uma nológicos, como é o caso da Microsoft, estratégia de cluster e partilhar re- ligação à investigação académica com Alcatel Lucent, Vodafone, Yieldify (Rei- cursos entre todos os projetos insta- vista a inovar a produção industrial. no Unido), Fraunhofer, Semasio, Clipkit, lados (startup e centros de inovação), HPS (Alemanha), AgoraPlus (França). garantindo-lhes o apoio específico de Um dos resultados da vinda destas que necessitam e mantendo-as, si- grandes empresas é uma tecnologia Pretende também alargar as suas re- multaneamente, inseridas numa rede fotovoltaica que permite converter luz des de cooperação internacionais com alargada e transversal de parceiros solar em energia, de forma renovável universidades, investidores e multina- nacionais e internacionais. e sustentável, desenvolvida pela EFA- cionais de diversos mercados: Reino CEC e pela Faculdade de Engenharia Unido, Suécia, Polónia e Brasil, coo- Através desta estratégia, as startup da Universidade do Porto (FEUP). A perar com parceiros institucionais que encontram todas as ferramentas para investigação resultou numa patente têm pontos de contactos com vários alavancar os seus negócios, benefi- vendida à empresa de energias sus- países (UTEN, UKTI, Red Empreendia e BIN – Business Innovation Network) ciando de um conjunto de estruturas tentáveis australiana Dyesol, por cinco e estabelecer parcerias com entida- e serviços especializados para o desen- milhões de euros. volvimento da atividade empresarial. des internacionais como é o caso da Agência Espacial Europeia, que tem Já os centros de inovação e as grandes Atualmente, o UPTEC apoia o desen- no UPTEC uma incubadora de base empresas nacionais e internacionais volvimento de 167 projetos empre- tecnológica instalada desde 2015. instalam no UPTEC os seus centros sariais e já graduou 36 empresas. No de investigação, usufruindo assim da conjunto, trabalham mais de 1.800 www.uptec.up.pt junho 2016 DESTAQUE 27

Adclick A Adclick, empresa de marketing di- o mundo. A Adclick esteve, em 2013, gital, criou este ano uma holding que entre as 50 empresas tecnológicas na detém a Adclick, duas spinoffs da em- Europa, Médio Oriente e África com presa (emailbidding e smarki.o), e a maior crescimento, ocupando o 44º Adclick Brasil. O grupo emprega 130 lugar no ranking anual Deloitte Tech- pessoas e controla mais de 100 web- nology Fast 500. sites e comunidades sociais em todo www.adclickint.com

HPS O centro de desenvolvimento o módulo que integrou a ae- da HPS Portugal é um reco- ronave da missão europeia de nhecido caso de sucesso, que exploração a Marte, lançada produz na sua sala limpa, ou em março deste ano. seja, em ambiente controla- do, coberturas térmicas para www.hps-lda.pt

Iguaneye A Iguaneye é um novo conceito ideal para sediar a produção do de calçado: uma dupla pele pro- calçado. A startup já vende para tetora que cobre todas as par- todo o mundo, nomeadamente tes do pé, permitindo caminhar para o Japão, Estados Unidos, confortavelmente em qualquer Tailândia, Áustria, Noruega, Po- lugar, como se andasse descal- lónia e República Checa, e já ço. Nasceu pelas mãos de Olivier faturou mais de 320 mil euros. Taco, um designer francês, que encontrou em Portugal o local www.iguaneye.com

Veniam A Veniam desenvolve tecnologia ampliar a cobertura de rede wifi, a da cidade, permitindo o acesso à rede inovadora e pretende criar a “inter- custos reduzidos. wifi a cerca de 60 mil pessoas por mês. net em movimento” (“internet of No total, a startup já recebeu um investi- moving things”). Para tal, utiliza a Em 2014, a Veniam criou, no Porto, a conectividade entre veículos, obje- maior rede veicular do mundo, com a mento de cerca de 24 milhões de euros. tos móveis e utilizadores finais para ligação entre mais de 400 autocarros www.veniam.com 28 PUBLICIDADE Portugalglobal nº88

DISRUPTOR OU DISROMPIDO?

Para a EY, o apoio ao empreendedoris- teração com clientes quer pela emer- mo começou há mais de 25 anos, com gência de novos modelos de negócio a primeira edição do EY Entrepreneur e mesmo de novos setores. A veloci- of the Year, nos Estados Unidos. Des- dade de mudança, que torna líderes de então, todos os anos tem vindo a incontestados em negócios obsoletos crescer o número de países que elege no espaço de poucos anos, obriga a o seu empreendedor do ano, aquele que todas as empresas se questionem cujo legado empresarial, cuja resiliên- sobre qual vai ser o seu posicionamen- cia e cujo impacto na sociedade mais to: disruptores ou disrompidos? >POR JORGE NUNES, se destaca. Para a EY, celebrar o lega- ADVISORY SERVICES LEADER, do dos empreendedores é a melhor Inovar, especialmente de forma disrupti- EY PORTUGAL forma de inspirar novas gerações de va, nunca é fácil. Mas é mais difícil ainda jovens a olharem para o empreende- em grandes empresas, com estruturas de decisão pesadas, aversão ao risco e Os empreendedores são essenciais dorismo como forma de afirmarem o modelos de inovação assentes em me- para as economias modernas, num seu próprio futuro e, ao fazê-lo, cons- lhorias progressivas. A proximidade a mundo em que o crescimento está truírem o seu próprio legado. startups proporciona às grandes empre- cada vez mais dependente da capaci- sas a oportunidade de agilizar os seus dade de inovar em produtos, serviços Na edição nacional do EY Entrepre- esforços de inovação, alcançando saltos e modelos de negócio. neur of the Year de 2016, o júri inde- qualitativos no desenvolvimento de no- pendente do concurso elegeu como vos produtos ou serviços e mantendo-se Estudos recentes da EY confirmam o vencedores os fundadores da Vision- do lado dos disruptores. empreendedorismo como a principal -Box, Miguel Leitmann e Bento Cor- fonte de criação de novos empregos. reia. Foram eles os representantes de Ao apostarmos em conhecer as start- Num survey a mais de 2.600 empreen- Portugal no EY World Entrepreneur ups sabemos que estamos a criar dedores de 12 países, a EY identificou of the Year, que reuniu em junho, no oportunidades para que elas encon- Mónaco, os vencedores de 50 compe- que 59 por cento dos inquiridos tem trem novos mercados junto dos nos- tições nacionais. planos para aumentar a sua força de sos clientes. Da mesma forma, ajuda- trabalho em 2016. Já num estudo mos os nossos clientes a identificar que incidiu sobre 1.700 executivos de Mas o nosso envolvimento com o em- novas formas de ultrapassar os seus grandes empresas de 45 países, ape- preendedorismo começa mais cedo, desafios de crescimento. nas 28 por cento tinha planos para desde o apoio a concursos de pitches à criar novos postos de trabalho. parceria com incubadoras. Sempre que O caminho para o sucesso exige visão, falamos com startups sabemos que a esforço e resiliência perante a adver- No survey aos empreendedores, a nossa partilha de conhecimento pode sidade. E o verdadeiro sucesso é o de EY conclui ainda que são os projetos dar um impulso importante a um novo quem tem a capacidade de transfor- mais inovadores e mais disruptivos negócio, assim como sentimos que as mar uma visão num negócio cujo pro- os que têm objetivos mais ambicio- nossas equipas aprendem algo de novo. pósito que vai para além dos resulta- sos de criação de novos empregos: Estar próximo de empreendedores ajuda dos financeiros. São estes os empreen- 95 por cento dos que indicaram ter a criar um espírito de tomada de risco, dedores que constroem um legado criado um novo produto ou serviço assim como o contacto com especialis- que perdura no tempo. São estes os no último ano estão a planear con- tas ajuda negócios emergentes a evitar empreendedores que celebramos no tratar mais recursos. E estes projetos erros desnecessários. EY Entrepreneur of the Year. E é destes tendem a abranger mais mercados, empreendedores que estaremos à pro- ter mais impacto noutros modelos de A nova realidade digital está a trans- cura na Web Summit, iniciativa onde negócio, criar equipas mais globaliza- formar todos os setores, quer pelo estaremos presentes e da qual a EY se das e contratar recursos mais jovens. surgimento de novos modelos de in- orgulha em ser parceira.

30 ENTREVISTA Portugalglobal nº88

PADDY COSGRAVE CEO da Web Summit

“Lisboa está a tornar-se num importante centro tecnológico”

A Web Summit, o maior evento de empreendedorismo tecnológico do mundo, vai realizar-se em Portugal nos próximos três anos. O evento terá lugar pela primeira vez fora do país de origem, a Irlanda, e irá decorrer em Lisboa de 7 a 10 de novembro próximo, sendo esperados 50 mil participantes, entre os quais mil investidores de empresas de capital de risco. Paddy Cosgrave, CEO e cofundador da Web Summit, faz, numa breve entrevista, o ponto de situação dos preparativos da cimeira de Lisboa.

Como encara a realização em Lisboa da Para 2016, esperamos mais de 50.000 partici- Web Summit que, pela primeira vez, deixa pantes que se juntarão a nós durante os qua- de ter lugar na Irlanda? O que podemos tro dias de atividades. Os participantes terão esperar deste evento? a oportunidade de ouvir os maiores nomes da Dedicámos algum tempo a olhar para toda a tecnologia e também de conhecer algumas das Europa antes de decidirmos qual o novo local mais revolucionárias startup do mundo. para o evento. Depois de ter visitado Lisboa e sentido o tempo, experimentado a comida e Como estão a decorrer os preparativos conhecido os locais de interesse, e – mais im- para a Web Summit, nomeadamente em portante do que tudo isso – depois de contac- termos do relacionamento com as autori- tar com um panorama em franco progresso e dades portuguesas envolvidas no evento? com a comunidade tecnológica portuguesa, O governo português e as autoridades locais tive a certeza de que tínhamos encontrado a têm sido, e continuam a ser, muito cooperantes nossa nova casa. As pessoas de Lisboa não po- quanto à vinda da Web Summit para Lisboa. A diam ter sido mais acolhedoras. comunidade tecnológica local, o governo e as junho 2016 ENTREVISTA 31

agências locais desempenham um papel chave Estou confiante de que a Web Summit tam- no êxito da Web Summit: valorizam a tecnologia bém recolherá benefícios de Portugal. A gas- e querem pôr Portugal no mapa como um cen- tronomia, o vinho, as estruturas (instalações, tro/polo tecnológico. Estamos muito interessados serviços, infraestruturas) e a costa, tudo isso em construir uma relação ainda mais forte com o são grandes atrativos e, claro, há os 250 dias governo português e as autoridades locais. “oficiais” de sol. Estamos a trabalhar em con- junto com as autoridades portuguesas de turis- Como está a decorrer a adesão de partici- mo, nomeadamente no evento que antecede a pantes ao evento? Quais são as previsões? cimeira, a Surf Summit, que reúne praticantes e não praticantes da modalidade para a reali- Mais de 30.000 pessoas de mais de 150 países zação de atividades na costa portuguesa, reu- inscreveram-se na Web Summit até agora, em niões, networking e debates. comparação com as 1.317 de 19 países que se tinham inscrito até a esta mesma altura para o Como vê o mercado das startup em Portu- evento de 2015. gal, nomeadamente em termos de evolu- ção no futuro? Quando inaugurámos a Web Summit com Portugal esteve sempre envolvido na Web 400 participantes há cinco anos e meio, nun- Summit; temos apresentado dúzias de novas ca, nem por um instante, pensámos que es- empresas portuguesas ao longo dos anos. O taríamos hoje como estamos. Esperamos ter vencedor da nossa competição 2014 PITCH foi 50.000 participantes. Estamos a ser conserva- a nova empresa portuguesa Codacy. É eviden- dores nas nossas estimativas mas se a procu- te que Lisboa está já na mira de investidores ra continuar neste ritmo teremos capacidade de toda a Europa que olham para Lisboa como para aumentar este número. forma de capitalizarem, com baixos investi- mentos, o grande talento em TI. Penso que Que benefícios poderá retirar Portugal, em esta cidade se está a tornar cada vez mais num concreto Lisboa, da realização do evento? centro tecnológico da Europa. Lisboa está a tornar-se num importante centro tecnológico na Europa. Penso que há muitas Em apenas cinco anos, a Web Summit pas- maneiras de Lisboa e Portugal beneficiarem da sou de umas centenas de participantes para Web Summit e de se reforçar a reputação de mais de 50 mil. Até onde quer chegar? Lisboa como centro tecnológico. Por exemplo, Queremos continuar o que estamos a fazer: tra- estamos à espera que mais de mil investidores zer pessoas de todo o mundo para os nossos de empresas de capital de risco pioneiras no eventos. Atualmente temos eventos em todos os mundo venham ao evento, o que representa cantos do mundo, desde o RISE em , uma grande oportunidade para mostrar a co- o Collision nos Estados Unidos e o SURGE na Ín- munidade empresarial de Lisboa e de Portugal dia. Queremos continuar a criar grandes eventos a esses participantes. Milhares de CEO e exe- e juntar o maior número possível de pessoas atra- cutivos da Fortune 500 estarão cá e esta pode vés da nossa rede. Até onde pode a Web Summit ser a oportunidade de Lisboa os impressionar. crescer? Teremos de esperar para ver. 32 MERCADOS Portugalglobal nº88

MARROCOS

Com uma economia estável e em franco desenvolvimento, Marrocos apresenta oportunidades de negócio para as empresas portuguesas em diversas áreas de atividade, designadamente nos setores da energia e ambiente, automóvel, farmacêutico, TIC, construção de infraestruturas e agroindústria, entre outros. Um mercado em análise por Rui Cordovil, delegado da AICEP naquele país, num dossier que conta também com os testemunhos de quatro empresas portuguesas com presença no mercado marroquino – Frulact, Tecnimede, The Navigator Company e Vicaima. junho 2016 MERCADOS 33

SUSTENTADA ESTABILIDADE POLÍTICA E DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO

Marrocos destaca-se na região do Magrebe pela grande estabilidade existente em termos políticos e económicos, onde o papel do rei Mohamed VI tem sido determinante pela sua atividade na promoção do desenvolvimento a nível interno, bem como na promoção de um incremento do relacionamento externo do reino a nível mundial com o intuito de promover a internacionalização das empresas marroquinas e das suas exportações.

Beneficiando desta estabilidade social Em valor, o PIB passou de cerca de 82,2 e política, o governo, que cessará as mil milhões de euros em 2011 para suas funções em novembro do corren- 98,6 em 2015. No entanto, o grau de te ano, ao longo destes últimos cinco endividamento do país em termos de anos de atividade teve por objetivo PIB passou de 63,3 por cento em 2011 operar uma significativa redução do para 73,4 por cento em 2015. défice orçamental e promover o de- senvolvimento dos planos estratégicos Em termos de défice orçamental, nos úl- setoriais estabelecidos criteriosamente, timos cinco anos, este passou de 7 por bem como incrementar o relaciona- cento do PIB (2011) para 4,3 por cento >POR RUI CORDOVIL, mento político e sobretudo económico em 2015, contribuindo substancialmen- DELEGADO DA AICEP com países da África Ocidental e, mais EM MARROCOS te para esta redução o fim dos subsídios recentemente, com a Rússia e China, aos combustíveis e a redução da despe- sempre com a anuência e apoio do rei sa pública, mantendo-se relativamente Mohamed VI, com a finalidade de en- estáveis as receitas do Estado. Recente- contrar alternativas comerciais à Euro- representa entre 15 a 17 por cento do mente o ministro das Finanças anunciou seu valor e emprega cerca de 40 por pa cuja conjuntura continua a atraves- que em janeiro do corrente ano terá ha- cento da população ativa. Razão pela sar uma fase adversa. Mas apesar des- vido um excedente orçamental rondan- qual, quando o ano agrícola não é con- ta conjuntura, nos últimos cinco anos, do os 520 milhões de euros, situação dicionado pelo clima, o crescimento do a média da taxa de crescimento do PIB que não se verificava há sete anos. rondou os 3,8 por cento. Quanto à taxa de desemprego, no pe- De referir ainda que, em termos polí- “Nos últimos cinco ríodo de 2011 a 2015 cresceu cerca ticos, tudo indica que nas eleições no anos, a média da taxa de um por cento, situando-se atual- final do ano o partido que lidera o go- de crescimento do PIB mente em torno dos 9,6 por cento. verno (o PJD, de cariz islamita mode- marroquino rondou os rado) deverá ser reconduzido, o que No que respeita à balança comercial, 3,8 por cento.” permitirá manter a estabilidade políti- Marrocos tem vindo a reduzir consisten- ca que caracteriza este país. temente o seu défice com o exterior, de- vido a um aumento gradual das expor- A agricultura continua a ser o setor país alcance valores acima dos 4,6 por tações de bens e serviços, bem como que mais influencia as variações do PIB cento, sendo que na situação inversa uma redução das importações. Assim, o marroquino, na medida em que ainda se fique pelos 2,5 por cento. valor das importações de bens em 2015 34 MERCADOS Portugalglobal nº88

rondou os 36,7 mil milhões de euros, ou de Marrocos, absorvendo quase 70 disponíveis indicam que o défice or- seja menos 5,6 por cento face a 2014, por cento das exportações e cerca çamental continuará o percurso des- e as exportações cifraram-se em 21,5 de 64 por cento das importações, cendente, devendo em 2017 rondar mil milhões de euros no final de 2015, sendo os seus principais fornecedo- os 3,5 por cento. Prevê-se também o que correspondeu a um aumento de res Espanha (14 por cento do total) que o PIB marroquino crescerá so- 7,2 por cento relativamente ao ano an- e França (13 por cento), seguidos mente 2,9 por cento em 2016, es- terior. Destas variações resultou uma pela China (8 por cento) e EUA (6,5 sencialmente devido às adversas con- redução do défice da balança comercial por cento), e pela Alemanha (5,8 dições climatéricas que se verificaram em cerca de 3,6 mil milhões de euros, por cento) e Itália (5,5 por cento). nos últimos meses e que tiveram um uma melhoria de 19,2 por cento com- No que respeita a Portugal, o com- impacto muito negativo na produção parativamente a 2014, e, consequen- portamento das nossas exportações de cereais. Para 2017 as previsões temente, a taxa de cobertura alcançou tem sido positivo (análise da sua apontam para uma evolução na or- uns históricos 58,7 por cento. evolução na página 46). dem dos 3,5 por cento.

A Europa, em 2015, continuou a No que respeita às perspetivas eco- Apesar de ser previsível um aumento ser o principal parceiro comercial nómicas para 2016 e 2017, os dados das importações de cereais e de hidro-

Setores de oportunidade para as empresas portuguesas

Norte/sul – sul: Os efeitos da cri- benefícios aos investidores. Entre eles lelamente estão a ser incrementadas se na Europa e o abrandamento do destaca-se a atração de investimento medidas para conter os desperdícios investimento público marroquino estrangeiro nos setores automóvel e energéticos, área onde Marrocos ain- deram origem a uma aproximação aeronáutico – Renault, a Bombardier e da está dar os primeiros passos e onde económica aos países da África Oci- mais recentemente a PSA e, provavel- é muito reduzida a oferta das empre- dental com os quais Marrocos man- mente, a Ford. Apesar do grande es- sas locais. Portanto, seja na produção tém excelentes relações políticas. forço para tentar disponibilizar o maior ou na economia de energia, poderão Neste sentido, têm sido adjudicados número de valências localmente, certa- existir boas oportunidades para as a empresas marroquinas importan- mente haverá necessidade de recorrer empresas nacionais. tes projetos de investimento público ao exterior para dar resposta à crescen- nesses países. Assim, importa explo- te procura de fornecedores de segunda Energia – gás: No sector do gás na- rar o interesse existente na criação de e terceira linha, o que poderá ser uma tural, destaca-se o projeto de constru- parcerias com empresas portuguesas oportunidade para as empresas portu- ção de um porto de abastecimento para a realização de alguns desses guesas destes setores. em Joorf Lafar, que tem por finalidade projetos, em países onde tradicional- diversificar fontes de aprovisionamen- mente Portugal não tem atividade. Energias renováveis e eficiência to. Note-se que o grande fornecedor Por outro lado, Marrocos tem um in- energética: Apesar dos avultados de gás de Marrocos é a Argélia com teresse muito concreto no desenvol- investimentos na energia solar (NOR quem será negociado um novo acordo vimento de parcerias que permitam – Ouarzazate) e eólica (850 MW ad- de fornecimento em 2021, altura em igualmente às empresas marroqui- judicados recentemente), Marrocos que se espera que o novo porto este- nas abordar países africanos da CPLP continua a ter uma grande dependên- ja operacional. No domínio da energia e o Brasil, onde Portugal tem uma cia externa em termos energéticos. elétrica é de salientar a exemplar co- importante presença empresarial. Neste contexto de carência, mas tam- laboração em termos institucionais, a bém porque recentemente, por indi- qual viabilizou o recente lançamento Automóvel / Aeronáutico/ Têx- cação do rei Mohamed VI (COP21), o conjunto de um concurso público para til / Calçado / Farmacêutico / consumo de energias renováveis terão realização de um estudo de viabilidade Agroindústria: O Plano de Acelera- de representar 42 por cento em 2020 para se estabelecer uma interconexão ção Industrial e Desenvolvimento dos e 52 por cento em 2030 do total da elétrica entre os dois países. Ecossistemas, em vigor até 2020, tem energia consumida, os investimentos por objetivo promover o desenvolvi- na produção de energias verdes vão Obras públicas: A última apresenta- mento industrial em setores estraté- continuar e sobretudo nas áreas da ção do Ministério do Equipamento e gicos para o país, para os quais são média e baixa tensão (essenciais para Transportes aponta para um orçamen- disponibilizados subsídios e diversos a indústria e zonas periféricas). Para- to de 36 mil milhões de dirhams, indi- junho 2016 MERCADOS 35

carbonetos, as exportações de outros produtos agrícolas e do setor automó- vel vão continuar a crescer, pelo que em princípio o défice comercial não deverá sofrer grandes alterações.

Finalmente, tudo indica que o in- vestimento público e privado terá tendência para crescer nos dois anos em referência. Porquê Marrocos? A internacionalização é, por natureza, um processo muito trabalhoso e dis- pendioso e o caso de Marrocos não é exceção. Certamente que poderemos

ciando que o investimento público em infraestruturas será reforçado nos próximos anos (portos, logística, estradas/autoestradas e caminhos de ferro). Alguns destes projetos serão realizados com recurso a PPP, onde os afirmar que a época de mercados fáceis • País em crescimento – Excelente consórcios de financiamento deverão e muito lucrativos deixou de existir há dinâmica do sector privado e públi- contar com um forte envolvimento muito tempo! co, com grande abertura às empre- da banca local e de Multilaterais de fi- sas estrangeiras, nomeadamente às nanciamento como o BEI, BAD, BERD portuguesas. ou Banco Islâmico. “A Europa, em 2015, • Proximidade geográfica com Por- Ambiente: Nas zonas rurais a ges- continuou a ser o tugal – Uma hora de voo separa Lis- tão e tratamento de resíduos só- principal parceiro boa de Casablanca, centro econó- lidos, bem como o tratamento de comercial de Marrocos, mico e financeiro de Marrocos. águas residuais, ainda carecem de absorvendo quase • Grande empatia relacional – Exis- grandes investimentos pelo que se 70 por cento das te uma grande facilidade de relacio- prevê continuarem a existir boas exportações e cerca namento entre os empresários devi- oportunidades nestas atividades. de 64 por cento das do à nossa grande abertura cultural. TIC: Este setor tem grande potencial importações.” • Relacionamento institucional – para as empresas portuguesas não Não menos importante é o excelente só ao nível do setor privado, nomea- entendimento entre os nossos países, damente na banca, como do setor No entanto, existem diversos fatores comprovado pelas inúmeras visitas público marroquino onde estão em que contribuem para que este país realizadas pelos respetivos governan- curso profundas reformas para um possa ser considerado como um bom tes, também confirmado pela recente visita do Presidente da República por- maior recurso à informatização. mercado alvo para as empresas por- tuguês a Marrocos, que foi recebido Refira-se que Portugal foi o parceiro tuguesas, entre os quais se destacam: tecnológico em projetos de Jumela- pelo rei, pelo chefe do governo e por • Abertura económica – Marrocos ge realizado para o Office Marrocain altas figuras políticas marroquinas. tem em vigor acordos de livre cir- de la Propriété Industrielle et Com- culação com 56 países, dos quais se merciale Proprieté e para a Inspeção Neste contexto, importa ainda salien- Geral de Finanças (IGF). destacam os 28 da UE, os EUA e os tar a existência de ambiciosos planos do Médio Oriente. estratégicos de desenvolvimento de 36 MERCADOS Portugalglobal nº88

médio e longo prazo em setores como a agricultura – Maroc Vert, Industrial Observatório do Investimento – Accélération Industrielle, o turismo – Vision 2020, o setor energético, as Na Reunião de Alto Nível entre os governos de Portugal e de Marrocos, rea- TIC, e offshoring e investimento públi- lizada em 2015, foi criado o Observatório do Investimento com o objetivo co em infraestruturas. de se fazer a nível institucional um acompanhamento das empresas nos seus projetos de investimento em ambos os países, assim como apoiá-las na elimi- Finalmente importa referir alguns as- nação de entraves e resolução de contenciosos. petos a ter em conta na abordagem Neste contexto, realizou-se no passado mês de abril a primeira reunião do ao mercado marroquino. Em termos Grupo de Trabalho onde se deram início aos contactos entre as estruturas resumidos, para se trabalhar em Mar- participantes, das quais destacamos do lado português, Ministério da Econo- rocos é necessário compreender que mia, DGAE, MNE, Embaixada de Portugal e AICEP em Rabat e durante a qual existem algumas especificidades que foram apresentados e debatidos por ambas as partes, projetos em curso e algumas dificuldades a superar.

“Para se trabalhar em requerem uma atenção muito espe- tras geografias africanas. A organi- Marrocos é necessário cial, nomeadamente, a questão cultu- zação e estrutura de funcionamento compreender que ral e linguística. Importa compreender do mercado são complexas e importa existem algumas que se trata de um país que já não conhecê-las em detalhe para se evitar especificidades que está em vias de desenvolvimento, mas cometer qualquer tipo de erros, que sim em crescimento, onde a capaci- normalmente se saldam em prejuízo. requerem uma atenção dade e preparação técnica dos qua- muito especial, dros públicos e privados é excelente. Presença no mercado, paciência, per- nomeadamente, a É também um país com uma cultura sistência, preço e pagamentos são questão cultural e de negócio muito apurada e de mar- requisitos essenciais para alcançar linguística.” gens bastantes diferentes daquelas sucesso em Marrocos, onde estamos que normalmente se encontram nou- para vos apoiar! junho 2016 MERCADOS 37

“Desde os primeiros contactos que desenvolvemos com o mercado marro- quino, em 1995 e até ao dia de hoje, pode dizer-se que a Frulact se deixou encantar por este país, pelas suas gen- tes e cultura. Este encanto, não surge pelas facilidades que encontrámos, an- tes pelo contrário, pois foram muitas as dificuldades sentidas e muitos os erros cometidos. Surge principalmente por três fatores essenciais.

Em primeiro lugar, quando avaliamos o investimento numa nova geografia, tentamos também fazer uma leitura da evolução política e da consistência das políticas ao longo dos tempos. O risco político, principalmente nestas geografias, é de extrema relevância, e sempre avaliámos Marrocos, em ter- mos comparativos, como o país mais estável e seguro da região.

O anterior rei Hassan II, apesar de mais conservador, conseguiu no seu tempo criar a estabilidade social necessária, que, a partir de 1999, o atual rei Moha- med VI aproveitou para desenvolver um processo gradual de maior liberdade e democracia. O facto de o rei ser o líder político, mas também o líder espiritual, muito contribui para esta estabilidade.

Quando estou em Marrocos, sinto-me como na Europa, ou se quiserem, sin- to-me hoje mais seguro em Marrocos FRULACT do que em muitos países europeus. Em segundo, foi o potencial de mer- Marrocos é mercado estratégico cado e a localização geoestratégica. Um país com um mercado doméstico de 35 milhões de consumidores, com A Frulact, empresa especializada em preparados à uma classe média sempre em crescen- base de fruta para a indústria alimentar, desde cedo do, em que as grandes insígnias da apostou em Marrocos onde tem, atualmente, duas distribuição moderna se foram insta- modernas unidades industriais, a Innovafruits e a lando, e em que a robustez da econo- Frupep Marrocos. Nestes investimentos, a empresa mia ia resistindo e passando incólume valorizou o potencial de crescimento do mercado e a todas as ameaças, políticas, sociais e económicas da região e do mundo. a sua localização estratégica, entre outros fatores, destacando também a sua importância como Em paralelo à sua localização, uma plataforma de exportação para outros destinos. porta de entrada em África, e se qui- João Miranda, CEO da Frulact, relata, na primeira pessoa, serem, também uma porta de entra- a experiência da empresa no mercado marroquino. da para a Europa. Desde as travessias 38 MERCADOS Portugalglobal nº88

Mas, como disse, foram muitas as di- ficuldades sentidas e muitos os erros cometidos.

Marrocos tornou-se em 1998 o mer- cado eleito para o início na nossa es- tratégia de internacionalização… e falhamos a primeira ‘aterragem’. Um parceiro local mal avaliado, recursos humanos expatriados mal preparados, modelo de reporting e controlo de gestão mal estruturado, desconheci- mento da cultura, fiscalidade, proces- sos administrativos, direito laboral… e, por fim, o encerramento definitivo das fronteiras terrestres com a Argé- lia, fizeram com que tivéssemos que corrigir a trajetória, fechando a nossa unidade industrial passados três anos.

No entanto, apesar desta decisão di- fícil, onerosa mas necessária, investi- mos ainda mais nas relações comer- ciais com Marrocos e isso permitiu-nos perceber cada vez mais e melhor este mercado e solidificar o nosso espaço comercial no mesmo. de ferryboat em 35 minutos do sul tem que estar preparado para respei- de Espanha para Tânger, passando tar a sua cultura, os seus hábitos, as Foi com maior conhecimento, experiên- pelos milhares de quilómetros de suas crenças, a sua religião. cia e certezas, que voltamos a investir autoestradas que ligam o norte ao numa moderna unidade industrial em sul, o leste ao oeste. O Tanger Med, 2008 em Larache, num investimento que é hoje o maior porto de mar do “Foi com maior de 4 milhões de euros, mas desta vez Mediterrâneo, e que, em termos de sem parceiros, assumindo o risco a 100 conhecimento, logística, nos permite aceder a qual- por cento. Assumimos também que a quer destino, com um funcionamen- experiência e certezas, nossa presença em Marrocos deveria to célere, eficaz e moderno. Para não que voltamos a investir ser com tecnologia de ponta e com o falar da qualidade dos aeroportos e numa moderna suporte de um laboratório de Desen- ligações aéreas, ou ainda, note-se, o unidade industrial volvimento e Aplicações. TGV que em 2018 irá ligar Tânger a em 2008, em Larache, Casablanca e, numa segunda fase, Em 2012 reforçámos a nossa posição, Casablanca a Marraquexe. Ainda po- num investimento de integrando a montante e criando re- deremos juntar a Bleu Zone, a Zona 4 milhões de euros, lações com os produtores locais, num Franca de Tânger com um funcio- mas desta vez sem novo investimento de 3,5 milhões de namento notável, e que o sucesso é parceiros, assumindo o euros, uma segunda unidade indus- provado pelas multinacionais presen- risco a 100 por cento.” trial: a Innovafruits. tes, mas também por muitas empre- sas portuguesas. Neste momento temos uma posição de clara liderança no mercado de Norte de Em terceiro, o seu povo e a sua cul- Tem havido um investimento signifi- Africa e Médio Oriente, utilizando Mar- tura. O povo marroquino é dos mais cativo na formação em Marrocos, o rocos como plataforma de exportação. afáveis e acolhedores que conheço, que permite acedermos a mão-de- Estamos em Marrocos não pelo menor não só no Magrebe mas também em -obra qualificada, muito bem forma- custo de mão-de-obra, mas sim por África. Quem investe num outro país, da e trabalhadora. razões estratégicas e de mercado. As junho 2016 MERCADOS 39

nossas operações em Marrocos geram e quem é intrusivo, pelo que somos nós e deve aproveitar esta oportunidade cerca de 25 milhões de euros, ou seja, quem tem que se adaptar. Não somos de sermos alternativa a empresas es- bem perto de 25 por cento da fatura- nós a impor regras, pelo contrário, deve- panholas e francesas que, por razões ção do Grupo Frulact. remos fazer o esforço contínuo de com- históricas, não são tão bem acolhidas. preensão do racional de cada reação, de cada atitude, de tudo aquilo que se nos assemelha como ‘estranho’. Nós somos “Em Marrocos, seguramente mais estranhos para eles, como em qualquer e eles estão no seu país. outro país, o investimento deve Se a exigência no ambiente de negócios em Marrocos é muito elevada, maior ser preparado numa deve ser o nosso conhecimento associa- lógica de mercado, do aos modelos negociais, senão esta- mas considerando remos logo à partida em desvantagem. sempre que mesmo Os marroquinos são negociadores na- conhecendo muito tos, muito exigentes num processo de bem todos os fatores negociação, no qual o tempo é arma, mas também a “falsa agressividade” - críticos, haverá chega quase a ser viciante negociar em sempre uma curva Marrocos. É de extrema importância de experiência que é dar-se o tempo e espaço necessários decisória no sucesso do durante o período de negociação ao JOÃO MIRANDA, CEO DA FRULACT processo.” nosso interlocutor, para que este possa sentir-se confortável com o resultado Em Marrocos, como em qualquer outro final atingido, senão a negociação não Este mercado, que é um mundo de país, o investimento deve ser preparado acabará. Se houver demasiada pressão oportunidades, tem reunidas todas as e pressa, se formos radicais e inflexí- numa lógica de mercado, mas conside- condições para o sucesso das empre- rando sempre que mesmo conhecendo veis, se tentarmos impor o nosso mo- sas portuguesas, desde que saibam muito bem todos os fatores críticos, ha- delo e padrões europeus, os resultados perceber e dominar os fatores chave verá sempre uma curva de experiência poderão não correr como desejado. de sucesso identificados.” que é decisória no sucesso do processo. As empresas portuguesas beneficiam As grandes dificuldades nunca são a também da vantagem do povo mar- barreira linguística, mas sim as barreiras roquino nos ver como um povo ami- [email protected] culturais. Somos nós quem vem de fora go, um povo próximo. Portugal pode www.frulact.pt 40 MERCADOS Portugalglobal nº88

TECNIMEDE Investimento seguro no mercado de Marrocos

Presente em Marrocos desde 1999, o Grupo Tecnimede investiu recentemente na construção de uma fábrica dedicada à produção de medicamentos muito potentes, sendo a única do género no continente africano. A proximidade geográfica e o investimento crescente do governo marroquino no setor da saúde são alguns dos fatores que motivaram a aposta da Tecnimede neste mercado.

O Grupo Tecnimede desenvolve a sua sidente do Grupo, depois de realizada 95 pessoas, sendo de salientar que, atividade no setor da saúde, dedican- uma análise estratégica, foi decidido em 2015, a faturação do grupo no do-se ao fabrico e comercialização de criar filiais nos dois países mais perto mercado marroquino atingiu cerca de produtos farmacêuticos para uso hu- de Portugal: Espanha e Marrocos. 13 milhões de euros. mano em várias áreas terapêuticas. Desde o início da sua atividade, em Em Marrocos, a empresa de Sintra A presença do Grupo neste mercado 1980, o Grupo apostou em dois eixos iniciou o seu investimento em 1999, foi reforçada, em 2013, pela decisão estratégicos: na investigação e desen- através do estabelecimento de parce- de investir na construção de uma fá- volvimento e na internacionalização. rias com empresas locais. Hoje, pas- brica. Até essa data, a atividade da sados 17 anos, a Tecnimede tem uma Tecnimede em Marrocos centrava-se No que respeita à internacionalização, forte presença no mercado local, onde no registo, promoção e venda de me- segundo relata Miguel Ruas, vice-pre- conta com uma estrutura de cerca de dicamentos para uso humano. junho 2016 MERCADOS 41

A nova fábrica, cuja construção foi con- cluída no ano passado, é uma unidade de alta contenção para produtos orais sólidos, dedicando-se ao fabrico de pro- dutos muito potentes para utilização, por exemplo, em oncologia. “Creio que é a única fabrica deste género em todo o continente africano, não existindo ne- nhuma com as mesmas características em Portugal”, afirma Miguel Ruas.

“Com este projeto pretendemos criar mais uma oportunidade de desenvol- vimento em Marrocos, no mercado africano, colmatando uma lacuna existente neste mercado numa área terapêutica onde existem dificuldades

“A nova fábrica da Tecnimede, cuja construção foi concluída no ano passado, é uma unidade de alta contenção para produtos orais sólidos, dedicando-se ao fabrico de produtos muito potentes para utilização, por exemplo, em oncologia, sendo a única do género no continente africano.”

de acesso às terapias mais modernas”, acrescenta o mesmo responsável.

Como fatores de atratividade do mer- USA) no país; o facto de se tratar de de de gerir as parcerias locais, dado que cado marroquino em termos de inves- um mercado protegido, o que leva à existe uma cultura negocial diferente; timento, Miguel Ruas aponta a proximi- existência de menos concorrentes in- os custos elevados para se entrar no dade geográfica, a estabilidade politica ternacionais; e também a abertura das mercado, em especial no setor da saú- e o investimento crescente no setor da autoridades locais para cooperar com as de; a complexidade da legislação fiscal e empresas investidoras. saúde promovido pelo governo marro- laboral; e o excessivo tempo de decisão quino, designadamente a implemen- de qualquer questão judicial. tação de sistemas de comparticipação O vice-presidente do Grupo Tecnimede depois de 2006. Além destes, destaca refere, porém, aspetos menos positivos a facilidade de circulação de bens e pro- no processo de internacionalização para [email protected] dutos com selo da EU (e outros como este mercado, como sejam a dificulda- www.tecnimedemaroc.com 42 MERCADOS Portugalglobal nº88

THE NAVIGATOR COMPANY Aposta de sucesso no mercado marroquino

Marrocos é um dos 130 países onde a The Navigator Company está presente. O sucesso alcançado no mercado deve-se, entre outros fatores, a uma estratégia de proximidade que permitiu criar parcerias eficientes e conquistar a confiança dos clientes. O testemunho de António Redondo, administrador executivo da The Navigator Company.

“A The Navigator Company é a em- ampla presença a nível internacional quino caracterizam-se pela diferença presa líder europeia na produção de entre as empresas portuguesas. de tratamento que a Companhia dis- papéis finos de impressão e escrita pensou a este mercado. Enquanto a não revestidos (UWF) e sexta a nível Um dos 130 destinos dos produtos generalidade dos fabricantes continua mundial. A Companhia é também a da The Navigator Company é Marro- a considerá-lo como um mercado de maior produtora europeia – quinta a cos, que a partir de 2004 passou a ser oportunidade, caracterizado por ope- nível mundial – de pasta branquea- considerado como mercado estratégi- rações ‘spot’ realizadas na medida das da de eucalipto BEKP - Bleached Eu- co para a Companhia e, dessa forma, conveniências e pelos enormes cons- calyptus Kraft Pulp, tendo investido passou a beneficiar do mesmo grau trangimentos que estas provocam aos recentemente no mercado do tissue, de prioridade, atenção e acompanha- distribuidores e consumidores finais onde espera alcançar uma posição de mento semelhante a qualquer outro – falta de regularidade, de qualidade, relevo no mercado europeu. As ven- mercado europeu. volatilidade de preço e, mais grave das da The Navigator Company têm ainda, sempre que os mercados prio- como destino 130 países, nos cinco O percurso e a evolução da The Na- ritários apresentam uma maior pres- continentes, alcançando assim a mais vigator Company em território marro- são de procura a disponibilidade para junho 2016 MERCADOS 43

estes revelado um nível de sofisticação cerias com os canais locais, alicerçadas igual, ou superior, ao que a Compa- numa regularidade de fornecimento, nhia encontrou em mercados maduros, produtos premium, desenvolvimento como são os casos da Europa Ocidental de marcas internacionais que se tor- ou dos Estados Unidos da América. naram rapidamente benchmark das respectivas categorias, estabilidade Foi proposto a cada um deles uma mar- no posicionamento e nas políticas de ca premium, e a cada um garantimos preço, um nível de serviço elevado e exclusividade de distribuição, tendo sido que permitiu à Companhia ter um desenvolvida uma política de apoio de premium de preço. marketing com vista a apoiar a imple- mentação das marcas. Para além disso, Apesar de todo este trabalho, a The foram organizadas diversas visitas de Navigator Company foi vítima de um clientes dos nossos distribuidores aos injusto processo de anti-dumping nossos ativos industriais, permitindo que penalizou os resultados da Com- que estes avaliassem o grau de sofistica- panhia neste país. A este propósito ção das nossas fábricas, incutindo desta importa referir que, em comparação forma uma sólida confiança na origem com outros fabricantes europeus, as das marcas que promovemos. vendas do papel da Companhia, ape- sar de ser o mais caro, mantiveram-se Para além disso, a The Navigator estáveis, tendo sido vendidas no ano Company negociou um orçamento de transato quase 22.000 toneladas de vendas anual com cada parceiro, ga- papel da The Navigator Company em rantindo uma reserva de capacidade Marrocos, num valor que ascendeu a de produção afeta a essa alocação, de cerca de 18 milhões de euros. modo a que, desde então, nenhum estes mercados ‘spot’ desaparece, dos parceiros da Companhia tivesse Os desafios para a The Navigator Com- pura e simplesmente –, a postura da qualquer dificuldade em assegurar a pany em Marrocos continuam, mas Navigator Company, assente nos prin- resposta regular às suas encomendas cípios da seriedade e consistência da enquadradas no budget acordado. a Companhia, como sempre, saberá sua política, permitiu-lhe adquirir um responder da melhor maneira e prosse- enorme capital de confiança que se Nesta medida, é possível dizer que o guir o seu trabalho de continuar a levar estendeu dos seus clientes diretos até sucesso da The Navigator Company o melhor papel do mundo a todos os aos compradores dos grandes consu- em Marrocos passou por esta estraté- consumidores marroquinos.” midores marroquinos (banca, seguros, gia de proximidade e que possibilitou administrações, etc.). A este respeito o estabelecimento de autênticas par- www.thenavigatorcompany.com importa referir que, presentemente, os consumidores finais já especificam os produtos e marcas da Companhia quando existem concursos de aquisi- ção de papel, sejam eles o Navigator, líder mundial no segmento premium de papéis de escritório, ou, entre ou- tros, do Pioneer, Soporset, Inacopia, Target ou Explorer.

Esta confiança, alcançada através de um aprofundado e exaustivo trabalho de análise do mercado marroquino, privilegiou a identificação e a constru- ção de uma relação com os melhores armazenistas e distribuidores marro- quinos (nenhum deles se encontrava a distribuir papel de fabrico local), tendo 44 MERCADOS Portugalglobal nº88

Fabricante de portas interiores, por- tas corta-fogo, portas de segurança, portas acústicas, aros, roupeiros e complementos, a Vicaima há muito VICAIMA que leva os produtos e know-how nacionais além-fronteiras, seja atra- Dinamismo da economia vés de exportação ou da presença marroquina favorece com filial. A marca chega atualmente a 30 mercados e, além de Espanha o investimento e do Reino Unido onde já tinha pre- sença direta, a Vicaima decidiu, no âmbito do seu processo de interna- cionalização, apostar em Marrocos, Fundada em 1959, a Vicaima - Indústria de Madeiras uma economia em franca expansão. e Derivados, S.A. é um dos maiores fabricantes A empresa portuguesa tem a sua europeus de portas de interior, exportando mais operação centralizada em Casablan- de 90 por cento da sua produção para 30 mercados ca que, de acordo com o mais recen- externos. Marrocos foi a sua mais recente aposta no te Índice Global Financial Centers In- âmbito da sua estratégia de internacionalização. dex (GFCI), é atualmente o primeiro mercado financeiro africano.

Em Marrocos a Vicaima comercializa e distribui portas, aros, roupeiros e complementos. De acordo com Pe- dro Silva, administrador da Vicaima, a qualidade das matérias-primas – com certificação FSC® – oknow-how dos profissionais, bem como as certifica- ções que a empresa reúne são três das principais características reconhecidas nesse mercado.

“Vendemos em Marrocos há mais de 15 anos e constituímos uma socie- dade comercial em 2014. Contamos com uma equipa comercial e opera-

PEDRO SILVA, ADMINISTRADOR DA VICAIMA junho 2016 MERCADOS 45

cional local cujo foco é responder, de forma eficiente, aos melhores proje- tos no país. A nossa presença é ato- mizada pelos vários pontos do país. No mercado, a marca atua de forma transversal, nos variados setores, no- meadamente habitacional, hoteleiro e serviços, desenvolvendo soluções cus- tomizadas”, adianta o responsável.

Sobre as vantagens de Marrocos como destino de investimento, Pe- dro Silva considera tratar-se de um país dinâmico e com uma evolução positiva dos indicadores macroeco- nómicos: o crescimento do PIB terá sido, em 2015, de 4,5 por cento e, nesse mesmo ano, foram criadas mais de 36 mil empresas naquele país. Para o administrador da Vi- caima, estes dados “espelham, de facto, a abertura do país ao inves- timento direto estrangeiro. Acresce a estes dados o estreitamento de relações com Portugal, o que pode acrescentar valor na identificação de oportunidades de negócio para as empresas portuguesas”.

A presença da Vicaima no mercado tem sido positiva. De acordo com Pe- dro Silva, “há dois fatores que têm sido fundamentais na estratégia de negócio da marca. Em primeiro lu- gar a proximidade, que nos permite ser mais eficientes e céleres na res- posta e, em segundo lugar, o contí- nuo reforço da qualidade dos servi- ços e produtos que apresentamos. Marrocos, especialmente no setor de avançarem com um processo de onde operamos é, cada vez mais internacionalização, devem estar cer- exigente, quer ao nível dos produ- tas do projeto que estão a abraçar. tos, quer ao nível das soluções. As Pensar na estrutura da empresa, no propostas que temos disponíveis no capital a investir, no mercado e seg- mercado – com uma gama alargada, mentos a abordar e nos ‘players’ con- adaptadas aos diferentes projetos e correntes, são algumas das diferentes certificadas internacionalmente – fases que compõem um processo de tornam-nos nos parceiros capazes internacionalização”, defende o ad- de responder às necessidades e exi- ministrador da Vicaima. gências do mercado”.

Pedro Silva deixa ainda algumas reco- mendações a quem pretenda investir [email protected] em Marrocos. “As empresas, antes www.vicaima.com 46 MERCADOS Portugalglobal nº88

RELACIONAMENTO COMERCIAL PORTUGAL – MARROCOS

Marrocos é um importante mercado para o comércio internacional português de bens e serviços, revelando um potencial de crescimento considerável.

A balança comercial de bens e serviços ram-se aumentos face ao ano ante- forte concentração em dois grupos entre Portugal e Marrocos é tradicio- rior, uma tendência que se mantinha de produtos – máquinas e aparelhos nalmente favorável ao nosso país, ten- nos três primeiros meses deste ano. e produtos agrícolas – que represen- do o saldo alcançado 484 milhões de taram 62 por cento das importações euros em 2015, aumentando face ao A estrutura das exportações portugue- totais em 2015, com quotas muito ano anterior. De salientar que no pe- sas para Marrocos, por grandes grupos semelhantes. Portugal importou ain- ríodo 2011-2015, o crescimento mé- de produtos, revela uma predominân- da do mercado marroquino produtos dio das exportações portuguesas para cia dos combustíveis minerais (31,4 por químicos, madeira e cortiça, vestuário aquele mercado foi de 17,3 por cento. cento do total exportado em 2015), e metais comuns, entre outros. dos metais comuns (20,2 por cento) No que se refere ao comércio de bens, e das máquinas e aparelhos (11,1 por No âmbito dos serviços, e segundo Marrocos destaca-se enquanto des- cento), três grupos que, em conjunto, dados do Banco de Portugal, consta- tino das exportações portuguesas, representaram 62,7 por cento das ex- ta-se que Marrocos é mais importante ocupando, porém, uma posição mais portações totais para aquele mercado como fornecedor do que como cliente modesta enquanto fornecedor. no ano passado. Das restantes catego- de Portugal. Em 2015, Marrocos ab- rias de produtos, destacam-se ainda os sorveu 0,18 por cento das exporta- Segundo dados do INE, em 2015, plásticos e borracha, veículos e outro ções portuguesas de serviços e repre- Marrocos foi o 11º cliente de Portugal material de transporte, produtos quími- sentou 0,5 das importações (a quota (13º em 2014), representando 1,37 cos, e madeira e cortiça. Esta estrutura mais elevada dos últimos anos). por cento das exportações portugue- mantinha-se praticamente idêntica no sas. Enquanto fornecedor, Marrocos primeiro trimestre deste ano. Ao contrário do que acontece no co- foi responsável por 0,27 por cento do mércio de mercadorias, na área dos total das importações portuguesas em Dados do INE referem que o número serviços a balança bilateral tem sido, 2015 (36ª posição). de empresas portuguesas exportado- de um modo geral, desfavorável a ras de bens para Marrocos tem vin- Portugal. As exportações de serviços No último ano, as exportações portu- do a aumentar, passando de 987 em para Marrocos atingiram 45,6 milhões guesas para o mercado marroquino 2010 para 1.210 em 2014. de euros em 2015 (mais 17,7 por atingiram 682,7 milhões de euros e as cento do que em 2014), enquanto as importações foram de 162,2 milhões Relativamente às importações prove- importações alcançaram 63,6 milhões de euros. Em ambos os casos regista- nientes de Marrocos, assiste-se a uma de euros (mais 1,5 por cento).

BALANÇA COMERCIAL DE BENS DE PORTUGAL COM MARROCOS

2011 2012 2013 2014 2015 Var % 15/11a 2015 jan/mar 2016 jan/mar Var % 16/15b

Exportações 388,0 459,2 732,6 587,2 682,7 18,6 140,3 165,5 18,0

Importações 139,0 156,6 143,7 136,5 162,2 4,6 38,1 38,5 1,1

Saldo 249,0 302,6 588,9 450,7 520,5 -- 102,2 127,0 --

Coef. Cob. 279,1 293,2 509,9 430,2 421,0 -- 368,2 429,6 --

Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística Unidade: Milhões de euros Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2011-2015 (b) Taxa de variação homóloga 2015-2016 (2011 a 2014: resultados definitivos; 2015 e 2016: resultados preliminares) junho 2016 MERCADOS 47

Marrocos em ficha

Capital: Rabat – 577 mil habitantes (Haut Commissariat au Plan).

Outras cidades importantes: Casablanca (3.360 mil hab.), Fez (1.112 mil hab,), Tanger Rabat (948 mil hab.), Marraquexe (929 mil hab.), Salé (890 mil hab.) e Meknés (632 mil hab.).

Religião: A religião oficial é o islamismo; a maioria da população é muçulmana.

Língua: A língua oficial é o árabe, embora uma minoria significativa da população fale o berbere. O francês (língua usada predominan- temente nos negócios e na administração) e o Marrocos castelhano são também utilizados. Unidade monetária: Dirham marroquino (MAD)

1 EUR = 10,9095 MAD (BdP – final setembro 2015)

Risco do país:

Risco geral - BB (AAA = risco menor; D = risco maior)

Área: 710.850 km² (incluindo o Sahara Oci- Data da atual constituição: julho de 2011 Risco de estrutura económica - B dental, que ocupa 252.120 km2) Principais partidos políticos: Partido da Risco político – B (The Economist Intelligence Unit - EIU) População: 33,6 milhões de habitantes (Haut Justiça e Desenvolvimento (PJD) – islamita Comissariat au Plan, 2014) moderado; Partido Istiqlal; Congregação Na- Risco de crédito: 3 cional dos Independentes; Partido da Auten- (1 = risco menor; 7 = risco maior) – COSEC, Densidade populacional: 47 habitantes por ticidade e da Modernidade; União Socialista setembro 2015 km2 (2014) das Forças Populares; Movimento Popular; Política de cobertura de risco: Mercado Designação oficial: Reino de Marrocos União Constitucional; Partido do Progresso prioritário: Operações de Curto prazo – e do Socialismo. As eleições legislativas irão Chefe do Estado: Rei Mohammed VI Aberta sem condições restritivas; Médio/ ter lugar em novembro de 2016 (Câmara dos Longo prazo – Garantia bancária ou garantia Primeiro-ministro: Abdel-Ilah Benkiran (PJD) Representantes). soberana – COSEC, setembro 2015

Endereços úteis

Embaixada do Reino de Marrocos Embaixada de Portugal em Rabat Câmara de Comércio, Indústria Rua Alto do Duque, 21 5, Rue Thami Lamdouar – Souissi e Serviços de Portugal em Mar- 1400-099 Lisboa Rabat - Marrocos rocos (CCISPM) Tel.: +351 213 008 080 Tel.: +212 537 75 64 46/47/50 48 Boulevard de Paris, Casablanca Fax: +351 213 020 935 Fax: +212 537 75 64 45 20250, Marrocos [email protected] [email protected] Tel.: +212 522 209 018 www.emb-marrocos.pt http://ambportugalrabat.org Fax: +212 522 209 018 [email protected] Câmara de Comércio e Indústria AICEP Luso-Marroquina 5, Rue Thami Lamdouar Edifício da Universidade Europeia – Quinta B. Postale 5050 Souissi do Bom Nome Rabat - Marrocos Estrada da Correia, 53 – Tel.: +212 537 752 472 1500-210 Lisboa Fax: +212 537 656 984 Tel.: +351 213 970 036 [email protected] Fax: +351 213 970 588 [email protected] www.ccilm.pt 48 EMPRESAS Portugalglobal nº88

FAMASETE Inovação na tecnologia multitoque

A Famasete é uma tecnológica portuguesa que produz e comercializa equipamentos interativos que exporta para vários mercados na Europa, Ásia, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos. Entre os seus clientes contam-se empresas, municípios e escolas, mas os produtos e serviços da Famasete destinam-se também ao turismo, hotelaria e saúde.

A Famasete foi fundada em Vila Nova de Fa- masete lançou-se na venda e produção de malicão, em 1995, por José Barbosa, como quadros interativos através de vários projetos uma empresa tecnológica e de comércio de e consórcios desenvolvidos com escolas, em- equipamentos informáticos. Em 2005, a Fa- presas e autarquias. Quatro anos mais tarde, junho 2016 EMPRESAS 49

duzidas pela empresa, tais como mesas inte- rativas, “mupis” indoor e outdoor, quiosques multimédia e soluções para gestão de lojas, assim como software multitoque para vários setores do mercado.

A empresa exporta para mercados diversos como Espanha, França, Reino Unido, China, Dubai, entre outros, sendo de sublinhar que 30 por cento da faturação em 2015 foi provenien- te das vendas no mercado externo. As mesas interativas TA007 são, sem dúvida, o produto mais comercializado para as áreas empresariais e educacionais.

De acordo com José Barbosa, CEO da Fama- sete, a estratégia de internacionalização da empresa passa, numa primeira fase, pela reali- zação de um estudo de mercado, que permite procurar e selecionar os melhores parceiros e distribuidores locais. A Famasete participa tam- bém, anualmente, em diversas feiras e eventos internacionais para dar a conhecer os seus pro- dutos tecnológicos.

Em Portugal a empresa tem uma vasta rede de clientes, entre os quais a Sonae, a JP-IK, a Galp, a RTP, a Bayer, o Troia Resort e a Vodafone. Mas são vários os municípios e as escolas de norte a sul de Portugal que optam por produtos da Famasete, que são ainda utilizados noutras áreas como a hotelaria, turismo e saúde, entre outras, como refere o mesmo responsável.

A Famasete prepara-se, neste momento, para a empresa decidiu apostar na tecnologia de lançar a versão 2.0 das mesas interativas Win- “toque” e lançou a primeira mesa interativa gsys TA007. Para o futuro está a desenvolver multitoque em Portugal. um projeto, ainda confidencial, que promete revolucionar as Smart Cities e o consumo/re- Hoje, com 20 anos de existência e experiência, a talho. “Queremos criar produtos novos que Famasete é líder no mercado português no que sejam uma mais-valia para o mercado”, afirma respeita ao desenho e implementação de proje- o CEO da empresa. tos tecnológicos, exportando para vários países. Por ser fabricante, a Famasete tem a capa- Atualmente a Famasete disponibiliza equipa- cidade de conceber e criar qualquer produ- mentos e soluções tecnológicas, entre os quais to interativo à medida das necessidades dos se destacam os sistemas interativos e quadros clientes. De referir ainda que os produtos da interativos para a Educação. Na área das novas marca Wingsys já foram premiados internacio- tecnologias, presta igualmente serviços organiza- nalmente (Dubai e Alemanha) pelo seu design, dos e ajustados às necessidades reais do cliente. estando ainda certificados pela norma FCC e tendo a marcação CE. A empresa criou a submarca Wingsys para de- signar uma “família” de produtos que abrange [email protected] todas as soluções interativas multitoque pro- www.famasete.pt 50 EMPRESAS Portugalglobal nº88

IMPRENSA NACIONAL – CASA DA MOEDA (INCM) SEGURANÇA E INOVAÇÃO DE OLHOS POSTOS NO FUTURO

A Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM) tem vindo a apostar na sua capacidade exportadora, posicionando-se como um integrador que oferece toda a cadeia de valor de bens e serviços por si produzidos. Em 2015, a exportação representou 11 por cento das vendas da empresa, destinando-se essencialmente a mercados europeus e a países de língua oficial portuguesa.

A INCM é um caso empresarial singular, pois, A empresa atua nas áreas de negócio da grá- apesar de multicentenária, assenta os seus prin- fica de segurança (documentos de identifica- cipais negócios na venda de bens e serviços que ção e viagem, cartões e cadernetas bancárias, apresentam as mais recentes inovações tecnoló- diplomas e certificados, entre outros suportes gicas, a que alia a segurança como primado da gráficos que carecem de elementos de segu- sua atividade, fazendo jus à sua identidade cor- rança), o fabrico de moeda e a medalhística, a porativa – “O Valor da Segurança”. A sua ativi- edição de boletins oficiais (Diário da República, dade possui como eixos estratégicos a inovação que disponibiliza em www.dre.pt), a edição de tecnológica, a qualidade e segurança, o serviço livros e a contrastaria (análise e autenticação ao cidadão e a divulgação cultural, cabendo-lhe, de artefactos de metais preciosos). enquanto sociedade anónima de capitais públi- cos, a missão de desenvolver, produzir e fornecer Os seus clientes são, de uma forma geral, no bens e serviços essenciais ao bom funcionamen- plano interno, todos os serviços da Administra- to das relações das pessoas e organizações entre ção Pública, das finanças aos registos e nota- si e com o Estado, que requerem a incorporação riado, polícias, controlo de fronteiras, seguran- de elevados padrões de segurança como garan- ça rodoviária, entre muitos outros, bem como tia da sua autenticidade e fiabilidade. diferentes entidades privadas, desde o sector bancário ao sector de produção de tabaco, bebidas alcoólicas, entre outros que tenham RESULTADOS DE 2015 preocupações de segurança e autenticidade No ano de 2015 a INCM obteve um volume relativamente aos seus bens. de faturação de 91,2 milhões de euros, o que representa um aumento de 11 por cen- No mercado externo, destacam-se as exporta- to face ao valor obtido em 2014. A grande ções, nos setores referidos, para Cabo Verde, maioria deste volume de negócios teve ori- Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, gem da Unidade Gráfica e na Unidade da Angola, Timor-Leste, Moldávia, para além de um Moeda, que representam, respetivamente, conjunto alargado de comerciantes de moeda de 71 por cento e 20 por cento da atividade glo- coleção, nas mais diversas partes do mundo. bal da INCM. Os resultados líquidos foram de 20 milhões de euros, com 35,5 por cento Para promover esta aliança entre segurança e no rácio EDBITA/Vendas. As exportações re- inovação tecnológica, a INCM possui uma rede presentaram 11 por cento das vendas, desti- de inovação que incorpora o melhor que se nadas essencialmente a países europeus e a produz em termos de I&D em Portugal e à qual países de língua oficial portuguesa. afeta anualmente um por cento do seu volume de negócios, contando para isso com um gru- junho 2016 EMPRESAS 51

po de parceiros constituído por universidades e centros de investigação. Este é um eixo funda- mental da atividade da empresa, que permite dar uma resposta ainda mais eficaz e competi- tiva às exigentes condições dos mercados e an- tecipar as necessidades dos seus clientes, tanto no plano nacional como internacional.

O desenvolvimento de um conjunto de novos produtos e serviços, muitos deles assistidos por soluções eletrónicas e desmaterializadas, designadamente o tacógrafo digital, os pas- saportes eletrónicos, os títulos de residência e “A INCM é um exemplo de uma empre- os cartões de identificação, como o cartão de sa portuguesa empreendedora, voltada cidadão, ilustra bem esta aposta na inovação. para o futuro e determinada em vencer desafios, garantindo a sua consagra- Neste domínio, a INCM oferece ao mercado da marca de segurança, solidez, rigor uma interação muito alargada na cadeia de va- e elevada qualidade técnica”, defende lor, que vai desde a produção dos documentos Rui Carp, presidente do Conselho de à captação de dados, ao middleware de acesso Administração. aos dados, aos sistemas de personalização e ao sistema de segurança eletrónica, que inclui a instalação de infraestrutura de chaves públicas Tendo por base a sua experiência e as suas com- (pki - public key infrastructure) e a geração e petências no âmbito dos produtos e serviços de gestão de certificados digitais. segurança, a INCM tem vindo a apostar seria- mente na sua capacidade exportadora, posicio- Nesta área, é de destacar a sua participação nando-se como um integrador que oferece toda na Multicert, S. A., empresa líder na certifica- a cadeia de valor, desde a captação de dados à ção eletrónica em Portugal, de que a INCM é personalização e produção dos suportes físicos, acionista e com quem tem vindo a desenvolver passando pelas infraestruturas de segurança inúmeros projetos conjuntos. eletrónica, muitas vezes, e quando necessário, em colaboração com parceiros locais e com os principais players internacionais.

Alguns dos principais projetos de internacio- nalização da INCM são, por exemplo, na área gráfica, a produção e personalização dos passa- portes eletrónicos e o cartão nacional de identi- ficação de Cabo Verde, os passaportes e as car- tas de condução de S. Tomé e Príncipe, valores fiscais para a Guiné-Bissau, cartões bancários para Moçambique, cadernetas de passaporte para a Moldávia, bem como, na área da moeda, o fornecimento das moedas correntes de Timor- “A INCM assume de forma muito clara -Leste e de moedas de coleção comemorativas que a sua cultura de inovação, a par da para a Europa e Cabo Verde. qualidade e da segurança que sempre caracterizaram a sua atividade, constitui A segurança na INCM é garantida a todos os a chave que lhe possibilitará, neste mun- níveis, seja no que concerne às instalações da do cada vez mais global e competitivo, empresa, seja no que respeita a todo o processo garantir a posição de relevo e de reco- produtivo, onde se incluem equipamentos, soft- nhecimento que tem sabido ocupar nos wares e materiais, assumindo-se como um ele- mercados onde se encontra a operar”, mento diferenciador, um valor acrescentado que afirma Gonçalo Caseiro, administrador distingue a empresa das demais. da INCM com o pelouro da Tecnologia. www.incm.pt 52 EMPRESAS Portugalglobal nº88

PRENSO METAL Alargar o mercado da exportação

A Prenso Metal é um dos líderes de mercado nas tecnologias de corte fino e derollforming , tendo no setor automóvel o seu principal mercado. A empresa de Alcochete exporta sobretudo para a Alemanha, mas quer chegar a mercados de proximidade, como Espanha e França, e começar a vender diretamente para a América, nomeadamente México e Brasil.

Direcionada para a produção e comercialização de produtos metálicos, a Prenso Metal apostou, desde a sua fundação, em 1992, na tecnologia de corte fino para o setor automóvel, sendo a única empresa com essa tecnologia em Portugal. Com capital português, alemão e americano, a empresa desenvolveu mais tarde outra tecnolo- gia inovadora que se veio a revelar como uma das principais áreas de negócio: o rollforming.

Localizada na vila de Alcochete, a Prenso Metal emprega cerca de 160 profissionais, contando a exportação com cerca de 50 por cento para a sua faturação anual.

O Grupo Prenso Metal é constituído pela Prenso ÁLVARO FÉLIX, DIRETOR GERAL DA PRENSO METAL Metal e pela Melcylix, uma empresa vocacio- nada para a reparação e manutenção de ferra- mentas. Ao longo dos 24 anos de vida do Gru- Metal entrou em novos domínios da produção, po, e através de uma aposta efetiva na área da registando um crescimento substancial, nos últi- Investigação e Desenvolvimento (I&D), a Prenso mos anos, no setor da indústria eletrónica. junho 2016 EMPRESAS 53

Por seu lado, a Melcylix tem como principais “Estamos a analisar a nossa estratégia de ex- áreas de negócio a reparação e manutenção portação, de modo a aumentar o nosso volu- de ferramentas e o projeto e conceção de fer- me de vendas e a marcar uma nova posição no ramentas de cunhos e cortantes. Com instala- panorama internacional”, revela o diretor geral ções próprias no Polo Industrial do Batel, em da Prenso Metal. Alcochete, a Melcylix alia a experiência dos técnicos de manutenção da Prenso Metal à sua Visteon, Chassis Brakes, Brose, BWI e Te Con- própria especialização neste mercado. nectivity são alguns dos principais clientes da Prenso Metal. Globalmente, as principais áreas de produção do Grupo são: corte progressivo, corte fino, es- [email protected] tampagem em alta velocidade, prenso forming, www.prenso-metal.pt construção e reparação de ferramentas (Melcylix).

A estratégia do Grupo Prenso Metal passa pela constante inovação das matérias-primas e dos processos produtivos, de modo a conseguir adaptar-se às mudanças no mercado, bem como pelo desenvolvimento de novos produ- tos e pela entrada em novas áreas de negócio. Apostando na formação qualificada dos seus colaboradores, a Prenso Metal tem também por objetivo a renovação do seu parque tec- nológico e ampliação das suas instalações. O aumento do volume de faturação e a entrada em novos mercados são metas que o Grupo pretende também concretizar.

De referir que as duas empresas do Grupo fatu- raram, em 2015, cerca de 12 milhões de euros, sendo que o mercado interno foi responsável por 50 por cento dessa faturação, devendo-se os outros 50 por cento aos negócios realizados para o mercado externo.

O Grupo Prenso Metal tem como principal des- tino de exportação a Alemanha. Cerca de 30 por cento do total de exportações são para o mercado alemão, consequência da importância do setor automóvel nesse país, sendo o princi- pal cliente da Prenso Metal. Indiretamente os produtos da Metal acabam por chegar a diver- sas partes do mundo como a China e os EUA.

Segundo o diretor geral da empresa, Álvaro Fé- lix, no futuro a Prenso Metal pondera entrar nos mercados de proximidade, como Espanha e Fran- ça, apesar das dificuldades que ainda são colo- cadas nos mesmos (em especial em Espanha). A estratégia de internacionalização, a curto prazo, da Prenso Metal passa também por exportar di- retamente para mercados da América Latina e do Sul, como o México e o Brasil, onde existe um enorme potencial de crescimento. 54 ROADSHOW PORTUGAL GLOBAL Portugalglobal nº88

ROADSHOW PORTUGAL GLOBAL GUIMARÃES PROMOVER A INTERNACIONALIZAÇÃO DA ECONOMIA CRIATIVA

A terceira edição do Roadshow Portugal Global de 2016 realizou- se em Guimarães, no dia 1 de junho, na ACIG - Associação Comercial e Industrial de Guimarães. O tema em destaque foi a “Internacionalização da Economia Criativa” e as oportunidades de promoção dos produtos portugueses no Reino Unido.

Com o mercado do Reino Unido em evidência, Helena Malcata destacou a região de Guima- esta terceira edição abordou o modo como as rães pelo potencial de internacionalização do indústrias criativas e culturais e as indústrias design como ativo transversal das suas indús- tradicionais podem cooperar e "coopetir" en- trias e serviços, desde o têxtil, têxtil-lar, calça- tre si para ter sucesso nos mercados externos. do, mas também em setores como a maquina- Teve como oradora convidada PeiChin Tay, ria e os equipamentos. líder do projeto "Design for Europe", Paulo Faustino, professor da Universidade do Porto As exportações deste concelho, em 2015, e Presidente da International Media Manage- ultrapassaram os mil e trezentos milhões de ment Academic Association, e Miguel Fontou- euros, representando cerca de três por cen- ra, diretor da AICEP no Reino Unido. to das exportações nacionais de bens. Foi o resultado do trabalho desenvolvido pelas 593 A sessão de abertura deste Roadshow contou empresas portuguesas exportadoras localiza- com a participação de Helena Malcata, admi- das em Guimarães (das 2.298 existentes no nistradora da AICEP, e de Manuel Martins, pre- distrito de Braga). sidente da Direção da ACIG. Helena Malcata realçou o valor da economia criativa, não só Por seu lado, a líder do projeto “Design for Eu- pelo volume de negócio que gera diretamente, rope”, PeiChin Tay, abordou a “Economia do como pelo valor que é gerado indiretamente, Design” e o papel relevante que este tem no através do impacto em todas as áreas de negó- reforço da competitividade internacional das cio, pela dinamização da inovação, da eficiên- empresas. Apresentou vários case studies, e as cia e da melhoria da gestão. atuais tendências internacionais do design. O “Design for Europe”, é um projeto de âmbito Acrescentou que a Agência tem vindo a de- europeu com o objetivo de reforçar a inovação dicar atenção especial à designada fileira das e o design na economia europeia. indústrias culturais e criativas – que vai do pa- trimónio cultural, ao audiovisual, às artes grá- O primeiro painel da sessão plenária, designa- ficas e à arquitetura edesign – que gera hoje do “A Economia Criativa em Portugal: Quem um volume de negócios de 4,6 mil milhões de são as empresas? Com geram Negócio?”, foi euros. É uma área com uma particularidade moderado por Paulo Faustino, professor da Uni- própria – a inovação e o design cruzam-se com versidade do Porto e presidente da International a tradição e o prestígio. Media Management Academic Association. junho 2016 ROADSHOW PORTUGAL GLOBAL 55

Contou com testemunhos de representantes de empresas, designadamente PME e de cres- de um conjunto de empresas de referência nas cimento da economia. indústrias criativas: Booktailors; SP televisão; Spira – Revitalização Empresarial; Fundações Miguel Fontoura destacou a forma como as in- Millennium BCP. dústrias criativas e culturais e as indústrias tra- dicionais nacionais devem cooperar entre si de No segundo painel, Miguel Fontoura, diretor forma a marcar presença neste mercado com da Agência em Londres, realçou as “Oportu- sucesso. Salientou, ainda, que nos setores do nidades no Mercado do Reino Unido”, a ne- mobiliário e têxtil-lar há uma tendência atual cessária capacidade de dinamização de ações de crescimento das importações inglesas com concretas de divulgação e apresentação dos a consequente possibilidade de aumento do produtos portugueses naquele mercado, no- negócio para as empresas portuguesas. meadamente dos produtos industriais e dos bens de consumo, assim como de propostas Na segunda sessão temática o mote foram os inovadoras de criadores portugueses. “Fundos Comunitários para as Indústrias Cul- turais e Criativas”, apresentado por José Ama- No painel de debate, moderado por Rui Ne- ral Lopes, conselheiro da Representação Per- ves, do Jornal de Negócios, tiveram lugar os manente de Portugal junto da União Europeia testemunhos de representantes das empresas - REPER, em Bruxelas. Jordão Cooling Systems; Somelos; Two.Six; Herdmar; Lameirinho e Millennium BCP, no A terceira sessão temática foi dedicada à “Co- que respeita ao desenvolvimento da própria -Criação – o Caso ColorAdd”, e o orador foi atividade e à experiência internacional, dando Miguel Neiva, mentor do projeto ColorAdd, como exemplos alguns pontos de boas práticas professor da Universidade do Minho e designer. na internacionalização dos seus negócios. Trata-se de um código universal de identificação de cores desenhado a pensar na inclusão das A primeira das sessões temáticas, no período pessoas que sofrem de daltonismo. Aliando o da tarde, foi subordinada ao tema “Como design à semiótica e ao marketing, Miguel Neiva promover a Economia Criativa Portuguesa no desenhou um código que permite aos daltónicos Reino Unido” e contou com a participação de identificar qualquer tipo e variante de cor. Este Miguel Fontoura, diretor da AICEP, e de Jor- projeto tem despertado muito interesse a nível ge Cerveira Pinto, coordenador do Pavilhão de internacional, tendo sido considerado uma das Portugal TENT em Londres. melhores ideias para melhorar o mundo e rece- Nesta sessão foi enfatizada a capacidade de beu, entre outras distinções, a Medalha de Ouro dinamização da economia criativa no Reino comemorativa do 50º aniversário da Declaração Unido, considerado um caso de sucesso na Universal dos Direitos do Homem (2012). utilização do design para a revitalização de Por último, decorreram as reuniões bilaterais indústrias de setores tradicionais, viabilização com o diretor da Agência em Londres e as em- presas inscritas para o efeito, bem como o net- working entre as empresas presentes.

No âmbito desta terceira edição do Roadshow Portugal Global uma equipa da AICEP, chefia- da pelo administrador Pedro Ortigão Correia, visitou, nos dias 7 e 8 de junho, as empresas: Riopele, Cup & Saucer, Castro &Filhos, Vilartex, Têxteis JFAlmeida e José Júlio Jordão.

A iniciativa Roadshow Portugal Global, promo- vida pela AICEP com o patrocínio do Millen- nium BCP, pretende estimular a internaciona- lização das empresas portuguesas e potenciar o sucesso e a consolidação das mesmas nos mercados externos. 56 NOTÍCIAS AICEP Portugalglobal nº88

bilaterais entre os EUA e Portugal ao nível do comércio, investimento e ino- vação e energia. Marcaram presença neste evento o ministro das Finanças, Mário Centeno, o presidente da Agên- cia, Miguel Frasquilho, o presidente da Câmara Luso-Americana de Comércio, Rodolfo Lavrador, e o diretor da AICEP notícias em Nova Iorque, Rui Boavista Marques. Conferência Internacional de Investimento de Timor-Leste AICEP Com o objetivo de reforçar as rela- ções económicas entre os dois países, responsáveis de organizações empre- sariais timorenses, empresas e econo- mudanças na economia deste país e mistas deram a conhecer o potencial o desenvolvimento de importantes de investimento de Timor-Leste ao oportunidades de negócios para as nível do petróleo, gás, exploração mi- empresas lusas. Estiveram presentes o neira, pedreiras, construção civil, café secretário de Estado da Internaciona- e agricultura, turismo, transporte e lo- lização, Jorge Costa Oliveira, o presi- gística. A Agência esteve representada pelo seu presidente, Miguel Frasqui- lho, neste evento. Em janeiro último a AICEP abriu uma nova delegação em Díli com vista a apoiar as empresas portuguesas com projetos neste país.

Roadshow TIC AICEP no top das – Bélgica e Luxemburgo Agências de captação A AICEP em colaboração com a ANE- de investimento TIE (Associação Nacional das Empre- da Europa sas de Informação e Eletrónica) e o A AICEP foi escolhida pela revista Site Polo TICE (Polo das Tecnologias de Selection como uma das melhores Informação, Comunicação e Eletróni- agências de promoção de investimen- ca), realizaram o Roadshow empresa- to dos países da Europa Ocidental. A dente e o administrador da Agência, rial do setor TIC à Bélgica e Luxem- publicação aponta como fatores para respetivamente Miguel Frasquinho e burgo. Esta missão, acompanhada esta escolha os 8,8 mil milhões de Pedro Ortigão Correia. pela diretora da ACEP em Bruxelas, dólares de investimento estrangeiro Maria Manuel Branco, permitiu divul- captado por Portugal em 2015 e o Portugal gar a indústria da tecnologia portu- 23º lugar ocupado pelo nosso país Economic Forum guesa e promover o intercâmbio de no relatório Doing Business 2016 do Organizado pela AICEP em parceria contactos empresariais. Banco Mundial. com a Câmara Luso-Americana de Comércio, teve lugar em Nova Iorque Dias de Portugal Nova delegação a iniciativa Portugal Economic Forum. em Budapeste da AICEP no Irão Nos painéis apresentados por CEO Realizou-se no Mercado Central, em A AICEP abriu formalmente uma de empresas portuguesas e norte- Budapeste, a sexta edição do evento nova delegação em Teerão, no Irão. -americanas, foram abordadas as “Dias de Portugal”, com apresenta- Perspetivam-se, a curto-médio prazo, tendências emergentes nas relações ção, provas e venda de mais de 200 junho 2016 NOTÍCIAS AICEP 57

produtos lusos. Tratou-se de organiza- acesso às oportunidades de negócio com o Apoio da Fundação AIP, Casa ção conjunta da AICEP em Budapeste e de financiamento das multilaterais. da América Latina, Câmara de Co- e do CSAPI - Hall and Market Mana- mércio Portugal-Atlântico Sul e do gement of the Municipality of Buda- IPDAL (Instituto para a Promoção e pest. Estiveram representadas 40 em- Desenvolvimento da América Lati- presas portuguesas, através dos seus na), este evento deu a conhecer as importadores e agentes locais. características e as oportunidades que o Uruguai proporciona às em- presas portuguesas. Estiveram pre- sentes a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Coope- ração, Teresa Ribeiro, a embaixado- ra do Uruguai em Portugal, Brigida Scaffo, e o diretor executivo da Uru- guay XXI, António Carámbula.

Oportunidades Oportunidades de Negócio em de Negócio em Cuba Consultadoria - BERD Em cooperação com a AICEP, a CCIST A AICEP, o GPEARI (Gabinete de PC (Câmara de Comércio, Indústria, Planeamento, Estratégia, Avaliação Serviços e Turismo Portugal-Cuba) or- e Relações Internacionais) do Minis- Seminário ganizou, em Matosinhos, o seminário Oportunidades tério das Finanças e o BERD (Banco “Oportunidades de Negócio em Cuba”, Europeu para a Reconstrução e para de Negócio – contando com a colaboração da Embai- o Desenvolvimento) organizaram, Procurement BAsD xada da República de Cuba em Portugal em Lisboa, o seminário Business Op- O Banco Asiático de Desenvolvimen- e da APDL (Administração dos Portos portunities Seminar for Portuguese to (BAsD), o GPEARI (Gabinete de do Douro, Leixões e Viana do Castelo, Consultants. Em destaque o poten- S.A.). Apresentar o mercado cubano e Planeamento, Estratégia, Avaliação e cial e oportunidades de prestação de as oportunidades que oferece às empre- Relações Internacionais) do Ministério serviços de consultadoria de projetos sas nacionais foi o propósito da realiza- das Finanças e a AICEP, organizaram, financiados pelo BERD nos variados ção deste seminário. em Lisboa, o seminário “Oportunida- países de operação, incluindo os des de Negócio no âmbito do BAsD”. países da Europa Central e Oriental, Neste evento foram divulgadas as Ásia Central, Balcãs Ocidentais, Tur- oportunidades de negócio associadas quia, Grécia, Marrocos, Tunísia, Egi- ao procurement do BAsD – Ásia e Pa- to e Jordânia. cifico e a forma de acesso às mesmas. Ranking de Networking entre Internacionalização das ONGD e empresas Empresas Portuguesas A Plataforma Portuguesa de ONGD No âmbito da parceria institucional (Organizações Não Governamentais entre a AICEP, o INDEG IUL/ISCTE de Desenvolvimento), o GPEARI (Ga- Executive Education e a Fundação binete de Planeamento, Estratégia, Brasileira Dom Cabral, teve lugar, em Avaliação e Relações Internacionais) Lisboa, a sessão “Internacionalização do Ministério das Finanças e a AICEP - Desafios da adaptação cultural”, na organizaram, em Lisboa, o seminário Oportunidades qual foram divulgados os resultados Networking entre ONGD e Empresas de Negócios da “Segunda Edição do Ranking de – Promover Parcerias Win-Win. O ob- no Uruguai Internacionalização das Empresas jetivo foi promover o networking e as Portuguesas (RIEP2015)”, projeto de- parcerias entre empresas e as ONGD, Organizado pela AICEP e pela Em- senvolvido pelo INDEG/ISCTE e a Fun- maximizando as possibilidades de baixada do Uruguai em Portugal, dação Brasileira Dom Cabral. 58 INFORMAÇÃO AICEP Portugalglobal nº87

FACTOS & TENDÊNCIAS

Last Report of the 13th Business, Innovation EU28 Hourly Labour Round of Negotiations & Skills and Office for Costs, Eurostat, for the Transatlantic Life Sciences, May 2016 June 2016 Trade and Investment O relatório publicado pelo Department Segundo dados do Eurostat, o custo do Partnership, for Business, Innovation & Skills e pelo fator trabalho na zona euro aumentou New York, 25-29 Office for Life Sciences do Reino Unido 1,7 por cento, em termos homólogos, April 2016 (European apresenta, com detalhe, o quadro do no primeiro trimestre de 2016. No Commission, May 2016) setor da saúde no mercado. conjunto dos países da União Europeia observou-se uma diminuição de 1,7 Relatório sobre a 13ª ronda e última por cento. ronda de negociações sobre o Acor- Global Peace Index do de Parceria Transatlântica de Co- 2016, Institute for mércio e Investimento EUA-União Economics & Peace, Índice Sintético Europeia (Transatlantic Trade and June 2016 de Desenvolvimento Investment Partnership – TTIP). Portugal é o 5º país mais pacífico do Regional 2014, Instituto mundo num total de 163 países, de Nacional de Estatística, EU Signs Economic acordo com o ranking Global Peace Junho de 2016 Partnership Agreement Index 2016 elaborado pelo Institute Em 2014, de acordo com os resultados with Southern African for Economics & Peace, um think tank do índice sintético de desenvolvimento Countries, European baseado em Sydney (Austrália). regional, apurado pelo INE – Instituto Commission, June 2016 Nacional de Estatística, quatro das 25 regiões NUTS III portuguesas superavam Entre a União Europeia e seis (África do African Economic Outlook 2016, OECD, a média nacional em termos de desen- Sul, Botswana, Lesoto, Moçambique, volvimento regional global – as áreas Namíbia e Suazilândia) dos 15 países da UNDP, AFDB, May 2016 metropolitanas de Lisboa e do Porto, o SADC-Comunidade para o Desenvolvi- Em colaboração com a OCDE e o UNDP, Alto Minho e a região de Aveiro. mento da África Austral foi assinado, o Banco Africano de Desenvolvimento em 11 de junho, o primeiro Acordo de acaba de publicar o African Economic Parceria Económica (EPA), com o ob- Outlook Report 2016. Observatório jetivo de facilitar as trocas comerciais e da Emigração de investimento entre as partes. Can Latin America O novo website do Observatório da Reignite Growth Emigração tem mais dados sobre a Strength and by Connecting with diáspora portuguesa e apresentados Opportunity 2015 - de uma forma mais acessível aos seus Consumers?, Mckinsey, utilizadores. The Landscape of the June 2016 Medical Technology Relatório da McKinsey sobre a situação and Biopharmaceutical das economias da América Latina e Sectors in the UK, as perspetivas de desenvolvimento de Direção de Informação Department for curto-médio prazo. [email protected] 2016

SETÚBAL.MARÇO SANTARÉM.ABRIL GUIMARÃES.JUNHO VIANA DO CASTELO.JULHO AVEIRO.SETEMBRO LEIRIA.NOVEMBRO

PRÓXIMO DE SI PARA O LEVAR MAIS LONGE Depois do sucesso da edição 2014/2015, o Roadshow Portugal Global está de volta. Em 2016 vamos a 6 regiões de elevado potencial de internacionalização com uma nova proposta de valor: Cooperação e Coopetição, chave para a competitividade nos Mercados Externos. Durante um dia, oradores internacionais, especialistas de mercado, seminários temáticos, networking e speed meetings preparam a sua empresa para competir com sucesso no palco internacional.

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Organização Patrocínio 60 ANÁLISE DE RISCO-PAÍS Portugalglobal nº88

Políticas de cobertura para mercados COSEC de destino das exportações portuguesas

No âmbito de apólices individuais

África do Sul* China* Macau M/L Clientes públicos e soberanos: C Aberta sem condições restritivas. C Aberta sem condições restritivas. caso a caso, mediante análise das C Aberta sem condições restritivas. M/L Garantia bancária (decisão M/L Garantia bancária. garantias oferecidas, desig- M/L Não definida. casuística). nadamente contrapartidas do Colômbia petróleo. Clientes privados: caso Malásia Angola C Carta de crédito irrevogável. a caso, numa base muito restri- C Aberta sem condições restritivas. C Caso a caso. M/L Caso a caso, numa base restritiva. tiva, condicionada a eventuais M/L Não definida. M/L Garantia soberana. Limite total de contrapartidas (garantia de banco responsabilidades. Costa do Marfim comercial aceite pela COSEC ou Malawi C Caso a caso, com eventual contrapartidas do petróleo). Arábia Saudita exigência de garantia bancária ou C Caso a caso, numa base restritiva. M/L Clientes públicos: fora de co- C Carta de crédito irrevogável garantia soberana. Extensão do prazo Hong-Kong bertura, excepto para operações (decisão casuística). constitutivo de sinistro para 12 meses. C M/L Exigência de garantia bancária Aberta sem condições restritivas. de interesse nacional. Clientes M/L Caso a caso. ou garantia soberana. Extensão do M/L Não definida. privados: análise casuística, numa base muito restritiva. Argélia prazo constitutivo de sinistro de 3 Iémen C Sector público: aberta sem res- para 12 meses. C Caso a caso, numa base restritiva. Marrocos* trições. Sector privado: eventual M/L Caso a caso, numa base muito C Aberta sem condições restritivas. exigência de carta de crédito Costa Rica restritiva. M/L Garantia bancária ou garantia irrevogável. C Aberta sem condições restritivas. soberana. M/L Em princípio. exigência de garan- M/L Não definida. Índia tia bancária ou garantia soberana. C Aberta sem condições restritivas. Martinica Cuba M/L Argentina Garantia bancária. C Aberta sem condições restritivas. T Fora de cobertura. M/L Não definida. T Caso a caso. Indonésia Barein Egipto C Caso a caso, com eventual México* C Aberta sem condições restritivas. C Carta de crédito irrevogável. exigência de carta de crédito irre- C Aberta sem restrições. M/L Garantia bancária. M/L Caso a caso. vogável ou garantia bancária. M/L Em princípio aberta sem restrições. A eventual exigência de garantia Benim M/L Caso a caso, com eventual exi- bancária, para clientes privados, Emirados Árabes Unidos C Caso a caso, numa base muito gência de garantia bancária ou será decidida casuisticamente. C Aberta sem condições restritivas. restritiva. garantia soberana. M/L Garantia bancária (decisão Moçambique M/L Caso a caso, numa base muito casuística). Irão C Caso a caso, numa base restritiva restritiva, e com exigência de Sanções em vigor.  (eventualmente com a exigência de garantia soberana ou bancária. Para mais informações, contactar a Etiópia carta de crédito irrevogável, garan- COSEC. C Brasil* Carta de crédito irrevogável. tia bancária emitida por um banco M/L Caso a caso numa base muito aceite pela COSEC e aumento do C Aberta sem condições restritivas. restritiva. Iraque prazo constitutivo de sinistro). M/L Clientes soberanos: Aberta sem T Fora de cobertura. condições restritivas. Outros Clien- M/L Aumento do prazo constitutivo Filipinas tes públicos e privados: Aberta, caso Jordânia de sinistro. Sector privado: caso a C Aberta sem condições restritivas. a caso, com eventual exigência de C Caso a caso. caso numa base muito restritiva. M/L Não definida. garantia soberana ou bancária. M/L Caso a caso, numa base restritiva. Operações relativas a projectos geradores de divisas e/ou que Cabo Verde Gana Koweit admitam a afectação prioritária C Aberta sem condições restritivas. de receitas ao pagamento dos C Caso a caso numa base muito C Aberta sem condições restritivas. créditos garantidos, terão uma M/L Eventual exigência de garantia restritiva. M/L Garantia bancária (decisão ponderação positiva na análise do bancária ou de garantia soberana casuística). risco; sector público: caso a caso (decisão casuística). M/L Fora de cobertura. numa base muito restritiva. Líbano Camarões Geórgia C Clientes públicos: caso a caso T Caso a caso, numa base muito Montenegro C numa base muito restritiva. Caso a caso numa base restritiva, C Caso a caso, numa base restritiva. restritiva. Clientes privados: carta de crédito privilegiando-se operações de privilegiando-se operações de pequeno montante. irrevogável ou garantia bancária. Cazaquistão pequeno montante. Temporariamente fora de cobertura. M/L Clientes públicos: fora de cober- M/L Caso a caso, numa base muito M/L Caso a caso, com exigência de ga- tura. Clientes privados: caso a restritiva e com a exigência de rantia soberana ou bancária, para Chile caso numa base muito restritiva. contra garantias. operações de pequeno montante. C Aberta sem condições restritivas. Líbia M/L Clientes públicos: Aberta sem Nigéria Guiné-Bissau T condições restritivas. Fora de cobertura. C Caso a caso, numa base restritiva T Fora de cobertura. Clientes privados: Em princípio, (designadamente em termos de aberta sem condições restritivas. Lituânia alargamento do prazo consti- Eventual exigência de garantia Guiné Equatorial C Carta de crédito irrevogável. tutivo de sinistro e exigência de bancária numa base casuística. C Caso a caso, numa base restritiva. M/L Garantia bancária. garantia bancária). junho 2016 ANÁLISE DE RISCO-PAÍS 61

Políticas de cobertura para mercados de destino das exportações portuguesas

No âmbito de apólices globais

M/L Caso a caso, numa base muito M/L Eventual alargamento do prazo Na apólice individual está em causa a cobertura de uma restritiva, condicionado a eventuais constitutivo de sinistro. Setor única transação para um determinado mercado, enquanto garantias (bancárias ou contraparti- público: caso a caso, com exigên- das do petróleo) e ao alargamento cia de garantia de pagamento e a apólice global cobre todas as transações em todos os do prazo contitutivo de sinistro. transferência emitida pela Auto- países para onde o empresário exporta os seus produtos ridade Monetária (BCEAO); setor ou serviços. Oman privado: exigência de garantia bancária ou garantia emitida pela C Aberta sem condições restritivas. Autoridade Monetária (preferência M/L Garantia bancária (decisão ca- As apólices globais são aplicáveis às empresas que vendem suística). a projetos que permitam a aloca- bens de consumo e intermédio, cujas transações envolvem ção prioritária dos cash-flows ao reembolso do crédito). créditos de curto prazo (média 60-90 dias), não excedendo Panamá um ano, e que se repetem com alguma frequência. C Aberta sem condições restritivas. Singapura M/L Não definida. C Aberta sem condições restritivas. M/L Não definida. Tendo em conta a dispersão do risco neste tipo de apólices. Paquistão a política de cobertura é casuística e, em geral, mais Temporariamente fora de cobertura. Suazilândia C Carta de crédito irrevogável. flexível do que a indicada para as transações no âmbito M/L Garantia bancária ou garantia das apólices individuais. Encontram-se também fora de Paraguai soberana. C Carta de crédito irrevogável. cobertura Cuba, Guiné-Bissau, Iraque e S. Tomé e Príncipe. M/L Caso a caso, numa base restritiva. Tailândia C Carta de crédito irrevogável Peru (decisão casuística). C Aberta sem condições restritivas. M/L Não definida. M/L Clientes soberanos: aberta sem condições restritivas. Clientes Taiwan públicos e privados: aberta, caso C Aberta sem condições restritivas. a caso, com eventual exigência de M/L Não definida. garantia soberana ou bancária. Venezuela Tanzânia Advertência: Qatar C Clientes públicos: aberta caso T Caso a caso, numa base muito A lista e as políticas de cobertura são C Aberta sem condições restritivas. a caso com eventual exigência restritiva. indicativas e podem ser alteradas M/L Garantia bancária (decisão de garantia de transferência ou sempre que se justifique. Os países casuística). Tunísia* soberana. Clientes privados: aberta que constam da lista são os mais C Aberta sem condições restritivas. caso a caso com eventual exigência representativos em termos de consultas Quénia M/L Garantia bancária. de carta de crédito irrevogável e/ou e responsabilidades assumidas. Todas C Carta de crédito irrevogável. garantia de transferência. as operações são objeto de análise e Turquia M/L Caso a caso, numa base restritiva. M/L Aberta caso a caso com exigência decisão específicas. C Carta de crédito irrevogável. de garantia soberana. M/L Garantia bancária ou garantia República Dominicana soberana. Zâmbia Legenda: C Aberta caso a caso, com eventual C Caso a caso, numa base muito C Curto Prazo exigência de carta de crédito irrevo- Ucrânia gável ou garantia bancária emitida restritiva. C Clientes públicos: eventual M/L Médio / Longo Prazo por um banco aceite pela COSEC. exigência de garantia soberana. M/L Fora de cobertura. T Todos os Prazos Clientes privados: eventual M/L Aberta caso a caso com exigência Zimbabwe exigência de carta de crédito de garantia soberana (emitida pela C Caso a caso, numa base muito irrevogável. Secretaria de Finanzas ou pelo Ban- restritiva. * Mercado prioritário. co Central) ou garantia bancária. M/L Clientes públicos: eventual M/L Fora de cobertura. exigência de garantia soberana. Rússia Clientes privados: eventual Sanções em vigor. exigência de garantia bancária. Para mais informações, contactar a Para todas as operações, o prazo COSEC. constitutivo de sinistro é definido

caso a caso. COSEC Companhia de Seguro S. Tomé e Príncipe Uganda de Créditos. S. A. C Análise caso a caso, numa base C Caso a caso, numa base muito Direcção Internacional muito restritiva. restritiva. Avenida da República. 58 Senegal M/L Fora de cobertura. 1069-057 Lisboa C Em princípio. exigência de Tel.: +351 217 913 832 Uruguai garantia bancária emitida por Fax: +351 217 913 839 C Carta de crédito irrevogável um banco aceite pela COSEC e [email protected] (decisão casuística). eventual alargamento do prazo www.cosec.pt constitutivo de sinistro. M/L Não definida. 62 TABELA CLASSIFICATIVA DE PAÍSES Portugalglobal nº88 COSEC

Tabela classificativa de países Para efeitos de Seguro de Crédito à exportação

A Portugalglobal e a COSEC apresentam-lhe uma Tabela Clas- pondendo o grupo 1 à menor probabilidade de incumprimento sificativa de Países com a graduação dos mercados em função e o grupo 7 à maior. do seu risco de crédito, ou seja, consoante a probabilidade de As categorias de risco assim definidas são a base da avaliação do cumprimento das suas obrigações externas, a curto, a médio e risco país, da definição das condições de cobertura e das taxas de a longo prazos. Existem sete grupos de risco (de 1 a 7), corres- prémio aplicáveis.

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo 6 Grupo 7

Hong-Kong Arábia Saudita Bahamas África do Sul • Azerbaijão Albânia Afeganistão Libéria Singapura * Botswana Barbados Argélia Bangladesh Angola Ant. e Barbuda Líbia Taiwan Brunei Costa Rica Aruba Bolívia Arménia Argentina Madagáscar China • Dep/ter Austr.b Barein Croácia Belize Bielorussia Malawi EAUa Dep/ter Din.c Brasil • Curaçau Benim Bósnia e Herze- Mali Gibraltar Dep/ter Esp.d Bulgária Dominicana. Rep. Butão govina Mauritânia Koweit Dep/ter EUAe Colômbia El Salvador Cabo Verde Burkina Faso Moçambique Lituânia Dep/ter Fra.f Guatemala Gabão Camarões Burundi Moldávia Macau Dep/ter N. Z.g Hungria Jordânia Camboja Cent. Af. Rep. Montenegro Malásia Dep/ter RUh Namíbia Lesoto Cazaquistão • Chade Myanmar Trind. e Tobago Filipinas Rússia Macedónia Comores Cisjordânia / Gaza Nicarágua Ilhas Marshall Tunísia • Paraguai Congo Congo. Rep. Dem. Níger Índia Turquia S. Vic. e Gren. C. do Marfim Coreia do Norte Paquistão • Indonésia Santa Lúcia Dominica Cuba • Quirguistão Marrocos • Vietname Egipto Djibuti S. Crist. e Nevis Maurícias Equador Eritreia S. Tomé e Príncipe México • Fidji Etiópia Salomão Micronésia Gana Gâmbia Serra Leoa Oman Geórgia Grenada Síria Palau Honduras Guiana Somália Panamá Irão Guiné Equatorial Sudão Peru Kiribati Guiné. Rep. da Sudão do Sul Qatar Maldivas Guiné-Bissau • Tadzequistão Roménia Mongólia Haiti Togo Tailândia Nigéria Iemen Tonga Uruguai Nauru Iraque • Ucrânia Nepal Jamaica Venezuela Papua–Nova Guiné Kosovo Zimbabué Quénia Laos Ruanda Líbano Samoa Oc. Seicheles Senegal Sérvia Sri Lanka Suazilândia Suriname Tanzânia Timor-Leste Turquemenistão Tuvalu Uganda Uzbequistão Vanuatu Zâmbia

Fonte: COSEC - Companhia de Seguro de Créditos. S.A. * País pertencente ao grupo 0 da classificação risco-país da OCDE. Não é aplicável o sistema de prémios mínimos. • Mercado de diversificação de oportunidades • Fora de cobertura

NOTAS a) Abu Dhabi, Dubai, Fujairah, Ras Al Khaimah, Sharjah, Um Al Quaiwain e Ajma f) Guiana Francesa, Guadalupe, Martinica, Reunião, S. Pedro e Miquelon, Polinésia b) Ilhas Norfolk Francesa, Mayotte, Nova Caledónia, Wallis e Futuna c) Ilhas Faroe e Gronelândia g) Ilhas Cook e Tokelau, Ilhas Nive d) Ceuta e Melilha h) Anguilla, Bermudas, Ilhas Virgens, Cayman, Falkland, Pitcairn, Monserrat, Sta. Hel- e) Samoa, Guam, Marianas, Ilhas Virgens e Porto Rico ena, Ascensão, Tristão da Cunha, Turks e Caicos junho 2016 ESTATÍSTICAS 63

INVESTIMENTO e COMÉRCIO EXTERNO >PRINCIPAIS DADOS DE INVESTIMENTO (IDE E IDPE). EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES.

INVESTIMENTO DIRETO COM O EXTERIOR

2015 vh meur 15/14 2016 vh meur vh meur 16/15 vc meur 16/16 2015 jan/abr POR PRINCÍPIO ATIVO / PASSIVO jan/dez jan/dez jan/abr 16/15 jan/abr abr/abr abr/mar Ativo 720 -6.475 -2.370 1.059 3.429 2.397 20 Passivo -1.207 -11.044 -2.186 2.236 4.423 2.442 -1.136 Saldo 1.926 4.568 -183 -1.177 -994 -45 1.156

ATIVO POR INSTRUMENTO FINANCEIRO E TIPO DE RELAÇÃO ENTRE EMPRESAS 2015 jan/abr 2016 jan/abr vh meur 16/15

Títulos de participação no capital -614 351 966 De investidores diretos em empresas de investimento direto -646 353 999 De empresas de investimento directo em investidores diretos 24 0 -24 Entre empresas irmãs 8 -1 -9 Instrumentos de dívida -1.756 708 2.463 De investidores diretos em empresas de investimento direto -2.753 316 3.069 De empresas de investimento direto em investidores diretos 151 -334 -485 Entre empresas irmãs 846 726 -121

PASSIVO POR INSTRUMENTO FINANCEIRO E TIPO DE RELAÇÃO ENTRE EMPRESAS 2015 jan/abr 2016 jan/abr vh meur 16/15

Títulos de participação no capital 1.125 941 -184 De investidores diretos em empresas de investimento direto 1.113 916 -197 De empresas de investimento direto em investidores diretos 0 4 4 Entre empresas irmãs 12 21 9 Instrumentos de dívida -3.311 1.296 4.607 De investidores diretos em empresas de investimento direto 42 1.289 1.247 De empresas de investimento direto em investidores diretos -3.725 -338 3.387 Entre empresas irmãs 372 345 -27

vh meur 16/15 vh meur 16/15 2016 jan/abr 2016 jan/abr ATIVO jan/abr PASSIVO jan/abr Países Baixos 430 3.413 Luxemburgo 821 562 Brasil 158 80 Espanha 582 383 Bélgica 146 179 Brasil 249 228 Alemanha 118 21 Bélgica 190 -213 Luxemburgo 80 237 Reino Unido 115 125

União Europeia 28 884 3.342 União Europeia 28 1.529 4.066 Extra UE28 175 87 Extra UE28 707 357

vh meur 15/14 vh meur 16/15 vh meur 16/15 vc meur 16/16 POR PRINCÍPIO DIRECIONAL 2015 jan/dez 2015 jan/abr 2016 jan/abr jan/dez jan/abr abr/abr abr/mar ID de Portugal no Exterior (IDPE) 7.364 4.267 125 1.164 1.038 591 710 ID do Exterior em Portugal (IDE) 5.438 -301 309 2.341 2.032 637 -446 Saldo 1.926 4.568 -183 -1.177 -994 -45 1.156 Unidade: Variações líquidas em Milhões de Euros

tvh 16/15 (posição em fim de período) 2012 dez 2013 dez 2014 dez 2015 dez 2016 mar INVESTIMENTO DIRETO - STOCK mar/dez Stock Ativo 68.606 71.860 78.726 80.320 81.054 0,9% Stock Passivo 112.297 118.684 126.622 126.848 130.003 2,5% Stock IDPE 43.146 43.542 50.051 58.386 58.984 1,0% Stock IDE 86.837 90.366 97.947 104.914 107.933 2,9% Unidade: Posição em fim de período em Milhões de Euros Fonte: Banco de Portugal 64 ESTATÍSTICAS Portugalglobal nº88

COMÉRCIO INTERNACIONAL

2015 jan/ 2016 jan/ tvh 16/15 tvh 16/15 tvc 16/16 2015 tvh 2015/14 BENS (Exportação) abr abr jan/abr abr/abr abr/mar Exportações bens 49.870 3,8% 16.426 16.107 -1,9% -2,5% -2,1%

Exportações bens UE 36.293 6,6% 12.019 12.481 3,8% 4,0% 0,3%

Exportações bens Extra UE 13.577 -3,1% 4.407 3.626 -17,7% -19,7% -9,3%

Unidade: Milhões de euros

Exportações bens UE 72,8% -- 73,2% 77,5% ------

Exportações bens Extra UE 27,2% -- 26,8% 22,5% ------

Unidade: Milhões de euros

Exp. Bens - Clientes 2016 (jan/abr) % Total tvh 16/15 Exp. Bens - Var. Valor (16/15) Meur Cont. p. p.

Espanha 26,4% 3,5% Espanha 145 0,9

França 13,4% 6,8% França 137 0,8

Alemanha 12,0% -3,3% Reino Unido 76 0,5

Reino Unido 7,3% 6,9% Gibraltar -80 -0,5

EUA 4,4% -11,4% EUA -91 -0,6

Países Baixos 4,0% -0,3% China -120 -0,7

Itália 3,5% 9,5% Angola -330 -2,0

Export. Bens - Produtos 2016 (jan/abr) % Total tvh 16/15 Exp. Bens - Var. Valor (16/15) Meur Cont. p. p.

Máquinas, Aparelhos 15,2% 1,3% Vestuário 75 0,5

Veículos e Outro Material de Transporte 12,1% -1,5% Plásticos, Borracha 74 0,4

Plásticos, Borracha 7,9% 6,1% Minerais, Minérios -67 -0,4

Metais Comuns 7,5% -9,8% Metais Comuns -131 -0,8

Vestuário 6,4% 7,8% Combustíveis Minerais -421 -2,6

2015 2016 tvh 16/15 tvh 16/15 tvc 16/16 2015 tvh 2015/14 SERVIÇOS (Exportação) jan/abr jan/abr jan/abr abr/abr abr/mar Exportações totais de serviços 25.073 6,6% 7.129 7.007 -1,7% -3,9% 2,7%

Exportações serviços UE 17.238 8,0% 4.672 4.876 4,4% -0,9% 9,9%

Exportações serviços extra UE 7.835 3,8% 2.457 2.130 -13,3% -10,7% -11,5%

Unidade: Milhões de euros

Exportações serviços UE 68,8% -- 65,5% 69,6% ------

Exportações serviços extra UE 31,2% -- 34,5% 30,4% ------

Unidade: % do total junho 2016 ESTATÍSTICAS 65

2015 2016 tvh 16/15 tvh 16/15 tvc 16/16 2015 tvh 2015/14 BENS (Importação) jan/abr jan/abr jan/abr abr/abr abr/mar Importações bens 60.242 2,0% 19.458 19.195 -1,4% -7,3% -8,1%

Importações bens UE 46.083 4,4% 15.042 15.091 0,3% -2,1% -4,8%

Importações bens Extra UE 14.159 -4,9% 4.416 4.104 -7,6% -23,7% -19,3%

Unidade: Milhões de euros

Importações bens UE 76,5% -- 77,3% 78,6% ------

Importações bens Extra UE 23,5% -- 22,7% 21,4% ------

Unidade: % do total

Import. Bens - Fornecedores 2016 (jan/abr) % Total tvh 16/15 Imp. Bens - Var. Valor (16/15) Meur Cont. p. p.

Espanha 32,7% 0,5% Azerbaijão 161 0,8

Alemanha 13,7% 3,0% Brasil 131 0,7

França 8,3% 7,4% França 109 0,6

Itália 5,5% 1,7% Irlanda -107 -0,5

Países Baixos 5,0% -2,3% Cazaquistão -110 -0,6

Reino Unido 3,2% -10,8% Arábia Saudita -135 -0,7

China 3,0% 0,5% Rep. Congo -179 -0,9

Import. Bens - Produtos 2016 (jan/abr) % Total tvh 16/15 Imp. Bens - Var. Valor (16/15) Meur Cont. p. p.

Máquinas, Aparelhos 16,0% 3,2% Veículos, Out. Mat. Transporte 444 2,3

Veículos e Outro Material de Transporte 14,8% 18,5% Máquinas, Aparelhos 95 0,5

Químicos 11,2% -2,5% Plásticos, Borracha 88 0,5

Agrícolas 10,9% -1,2% Metais Comuns -153 -0,8

Combustíveis Minerais 8,5% -35,0% Combustíveis Minerais -883 -4,5

2015 2016 tvh 16/15 tvh 16/15 tvc 16/16 SERVIÇOS (Importação) 2015 tvh 2015/14 jan/abr jan/abr jan/abr abr/abr abr/mar Importações totais de serviços 12.795 6,1% 4.072 4.106 0,8% -2,4% -1,2%

Importações serviços UE 8.565 7,2% 2.732 2.830 3,6% 3,2% 3,0%

Importações serviços extra UE 4.230 3,9% 1.340 1.276 -4,8% -13,4% -10,1%

Unidade: Milhões de euros

Importações bens UE 66,9% -- 67,1% 68,9% ------

Importações bens Extra UE 33,1% -- 32,9% 31,1% ------

Unidade: % do total

PREVISÕES 2016 : 2017 (tvh real %) 2014 2015 FMI CE OCDE BdP Min. Finanças

INE INE abril 16 maio 16 junho 16 junho 16 abril 16

PIB 0,9 1,5 1,4 : 1,3 1,5 : 1,7 1,2 : 1,3 1,3 : 1,6 1,8 : 1,8

Exportações Bens e Serviços 3,9 5,2 4,2 : 4,3 4,1 : 5,1 2,8 : 3,8 1,6 : 4,7 4,3 : 4,9

Unidade: Milhões de euros

Fontes: INE/Banco de Portugal Notas e siglas: Meur - Milhões de euros Cont. - Contributo para o crescimento das exportações p.p. - Pontos percentuais tvh - Taxa de variação homóloga tvc - Taxa de variação em cadeia Miguel Porfírio HOLANDA [email protected]

Maria Manuel Branco BÉLGICA [email protected]

António Silva FRANÇA [email protected]

REDE Miguel Fontoura REINO UNIDO [email protected]

IRLANDA EXTERNA [email protected] Oslo

Raul Travado Manuel Martinez Haia CANADÁ ESPANHA Dublin [email protected] [email protected] Londres Bruxelas

Paris Zurique Eduardo Henriques ESPANHA Milão [email protected] Toronto Barcelona Nova Iorque Filipe Costa Madrid EUA S. Francisco Argel [email protected] Rabat

Rui Boavista Marques Armindo Rios EUA CABO VERDE Praia [email protected] [email protected]

Álvaro Cunha Rui Cordovil MÉXICO MARROCOS [email protected] Cidade do México [email protected]

Carlos Pinto João Falardo VENEZUELA ARGÉLIA Caracas Bissau [email protected] [email protected] Panamá Bogotá Paulo Borges Tiago Bastos GUINÉ BISSAU COLÔMBIA [email protected] [email protected] São Tomé António Aroso Carlos Moura SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE BRASIL [email protected] [email protected]

Lima Luís Moura ANGOLA [email protected]

Rio de Janeiro São Paulo

ÁFRICA DO SUL Jorge Salvador [email protected] CHILE [email protected] Santiago do Chile Buenos Aires Fernando Carvalho MOÇAMBIQUE [email protected] Pedro Macedo Leão Maria José Rézio ALEMANHA RÚSSIA [email protected] [email protected]

João Guerra Silva Nuno Lima Leite DINAMARCA POLÓNIA [email protected] [email protected]

Eduardo Souto Moura Joaquim Pimpão SUÉCIA HUNGRIA [email protected] [email protected]

Miguel Crespo Ana Isabel Douglas SUIÇA ÁUSTRIA [email protected] [email protected]

Celeste Mota TURQUIA Estocolmo [email protected] Moscovo Copenhaga Haia Berlim João Rodrigues Varsóvia Bruxelas ÍNDIA Praga [email protected] Zurique Bratislava Budapeste Viena Alexandra Ferreira Leite Liubliana Bucareste CHINA Baku [email protected] Ancara Pequim

Tunes Atenas Laurent Armaos José Joaquim Fernandes GRÉCIA Tóquio JAPÃO [email protected] [email protected] Tripoli Xangai Joana Neves Doha Nova Deli COREIA DO SUL Riade Guangzhou [email protected] Abu Dhabi Macau Hong Kong Pier Franco Schiavone ITÁLIA Pedro Aires de Abreu [email protected] CHINA [email protected] Nuno Várzea TUNISIA Maria João Bonifácio [email protected] CHINA [email protected] Kuala Lumpur Afonso Duarte ARÁBIA SAUDITA Singapura INDONÉSIA [email protected] [email protected] Manuel Couto Miranda EAU Jacarta Isabel Maia e Silva [email protected] TIMOR-LESTE Dili Luanda [email protected]

Windhoek Pretória Gaborone Maputo Maria João Liew MALÁSIA [email protected]

AO SERVIÇO DAS EMPRESAS 68 BOOKMARKS Portugalglobal nº88

Marketing 3.0 - Do produto e do consumidor até ao espírito humano

Hoje em dia os consumidores são com os antigos modelos, sendo muito mais seletivos e escolhem crucial para compreender as mo- cada vez mais os produtos e as dernas tendências dos consumi- empresas que satisfaçam a suas dores e de que forma as empresas necessidades de criatividade, co- têm de se adaptar. munidade e idealismo. Com uma perspetiva mais abran- As empresas perceberam que, gente, esta obra encara os consu- para esses clientes mais conscien- midores como pessoas multidimen- ciosos e atentos à tecnologia, as sionais, com valores enraizados e velhas regras do marketing já não como potenciais colaboradores. se aplicam. Por isso, têm de criar produtos, serviços e culturas de O livro apresenta assim inúmeros empresa que sejam inspiradoras exemplos concretos, para que as e incluam e respeitem os valores empresas consigam integrar as Autor: Philip Kotler, Hermawan dos seus clientes. práticas do Marketing 3.0 na sua Kartajaya e Iwan Setiawan Esta obra surge como uma rotura organização. Editora: Actual Editora Ano: 2016 Nº de páginas: 208 Preço: 16,00€

100 Indicadores da Gestão – Key Performance Indicators

Com este livro, Jorge Caldeira Informação, Projetos, Produção, disponibiliza um contributo fun- Marketing, Marketing Digital, Ar- damental no domínio mais alar- mazém e Ambiente. gado da gestão da performance Além disso, pretende ainda ex- empresarial. plicar a utilidade dos indicadores Os 100 indicadores mais utilizados para a gestão da organização, na gestão das empresas são dispo- explicar a forma como os indica- nibilizados pelo autor, sendo pos- dores devem ser interpretados e sível saber o tipo de informação analisados, apresentar os algorit- que dão, como se analisam, onde mos de cálculo dos indicadores, se vai buscar os dados para o seu identificar as fontes onde geral- cálculo, com que frequência de- mente se encontram os dados vem ser apurados e como devem que alimentam os indicadores e ser visualizados graficamente. ainda apresentar um exemplo de Autor: Jorge Caldeira O principal objetivo desta obra é um possível gráfico que poderá Editora: Actual Editora apresentar os principais indica- ser utilizado para a visualização Ano: 2016 Nº de páginas: 156 dores utilizados pela gestão mo- do resultado do indicador. Preço: 12,00€ derna na monitorização do de- Este livro é obrigatório para ges- sempenho das suas organizações. tores que ambicionam alinhar as Assim, o autor procurou identifi- suas organizações com as exe- car os dez principais KPI das dez cução da estratégia empresarial principais áreas de uma organiza- e pelas chefias operacionais que ção: Área Financeira, Tesouraria, procuram aumentar a produtivi- Recursos Humanos, Sistemas de dade e o desempenho. AICEP INFORMAÇÃO ESPECIALIZADA ONLINE

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