澳門特別行政區 立法會會刊 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU

第四屆立法會 第一立法會期 （二零零九—二零一零） 第一組 第 IV-19 期 第����� 第����期（���� ����） 第�� 第 － 期 IV LEGISLATURA 1.ª SESSÃO LEGISLATIVA (2009-2010) – I Série IVN.º19 IV-19 IV LEGISLATURA 1.a SESSÃO LEGISLATIVA（2009-2010） I SÉRIE N . º IV－19

Data: 31 de Março de 2010 (Convidados presentes nas reuniões dos dias 1 de Abril de 2010 31 de Março e 1 de Abril)

(Início e termo da reunião do dia 31 de Março e 1 de Abril) Convidados: Lau Si Io, Secretário para os Transportes e Obras Públicas; Início da reunião: 15:00h Wong Chan Tong, Francis, Chefe do Gabinete do Secretário para os Transportes e Obras Públicas; Termo da reunião: 20:00h Jaime Roberto Carion, Director dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes; Local: Sala do Plenário do edifício da Assembleia Legislativa, sito Tam Kuong Man, Presidente do Instituto de Habitação; nos Aterros da Baía da Praia Grande, Praça da Assembleia Vong Iok Ip Francisca, Assessora do Gabinete do Secretário para os Legislativa. Transportes e Obras Públicas; Wong Wan, Director dos Serviços para os Assuntos de Tráfego; Presidente: Lau Cheok Va Wong Soi Man, Directora da Capitania dos Portos; Cheong Sio Kei Gary, Director dos Serviços de Protecção Ambiental; Vice-Presidente: Ho Iat Seng Chan Hon Kit, Coordenador do Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas; Lei Chan Tong, Coordenador do Gabinete para as Infra-estruturas de Primeiro-Secretário: Chui Sai Cheong Transportes; Tou Veng Keong, Director dos Serviços de Regulação de Segundo-Secretário: Kou Hoi In Telecomunicações; Chan Weng Hong Simon, Presidente da Autoridade de Aviação Civil; (Deputados presentes na reunião do dia 31 de Março) Arnaldo Ernesto dos Santos, Coordenador do Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético; Deputados presentes: Lau Cheok Va, Ho Iat Seng, Chui Sai Cheong, Fong Soi Kun, Director dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos; Kou Hoi In, Fong Chi Keong, Kwan Tsui Hang, Ng Kuok Cheong, Chan Hon Peng, Director dos Serviços de Cartografia e Cadastro; Vitor Cheung Lup Kwan, Tsui Wai Kwan, Chan Chak Mo, Au Kam Chiu Chan Cheong, Subdirector dos Serviços de Correios; San, Wong Hin Fai, Ung Choi Kun, José Maria Pereira Coutinho, Kong Kam Seng, Presidente da Comissão de Segurança dos Chui Sai Peng, Leong On Kei, Chan Meng Kam, Lee Chong Cheng, Combustíveis; Ho Sio Kam, Lau Veng Seng, Lam Heong Sang, Mak Soi Kun, Chan Leong Pou Fong, Pauline, Secretária-Geral do Conselho de Ciência e Wai Chi, Sio Chi Wai, Ho Ion Sang, Chan Mei Yi e Tong Io Cheng. Tecnologia.

(Deputados presentes e ausentes na reunião do dia 1 de Abril) Ordem do Dia: Debate das Linhas de Acção Governativa para 2010 – área dos Transportes e Obras Públicas. Deputados presentes: Lau Cheok Va, Ho Iat Seng, Chui Sai Cheong, Kou Hoi In, Kwan Tsui Hang, Ng Kuok Cheong, Tsui Wai Kwan, Sumário: Debate das Linhas de Acção Governativa para 2010 – área Chan Chak Mo, Au Kam San, Wong Hin Fai, Ung Choi Kun, José dos Transportes e Obras Públicas. Maria Pereira Coutinho, Chui Sai Peng, Leong On Kei, Chan Meng Kam, Lee Chong Cheng, Ho Sio Kam, Lau Veng Seng, Lam Heong Acta: Sang, Mak Soi Kun, Chan Wai Chi, Sio Chi Wai, Ho Ion Sang, Chan Mei Yi e Tong Io Cheng. Presidente: Srs. Deputados:

Deputados ausentes: Fong Chi Keong e Vitor Cheung Lup Kwan Vamos dar início à sessão de hoje. Vamos continuar a debater as 2 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日

Linhas de Acção Governativa para 2010, no âmbito dos Transportes serão aproveitados para instalações públicas, espaços verdes, praças e Obras Públicas. públicas, vias rodoviárias, infra-estruturas urbanas, etc. Em função das exigências da sociedade, o Governo promete que não vai Silêncio! Já todos carregaram no botão? Silêncio! conceber planos de Jogos dentro dos novos aterros, mas sim reservar terrenos para desenvolver planos de habitação pública, de acordo Os trabalhos de hoje já estão definidos. Em primeiro lugar, o Sr. com a necessidade e a articulação com a política de habitação. Além Secretário faz a sua apresentação e depois seguem-se as intervenções disso, em articulação com as novas zonas urbanas obtidas por aterros, dos Srs. Deputados. Temos que controlar bem o nosso tempo. Vou iremos construir um circuito rodoviário externo ao longo da orla dar agora a palavra ao Sr. Secretário. costeira, formando uma rede viária de “duplo circuito e duplo eixo” e desejamos implementar uma rede de trânsito de circuito de Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Lau Si Io: três níveis. Com os novos aterros, torna-se possível a melhoria da Boa tarde. paisagem urbana marginal de Macau e da Taipa, no sentido da articulação com o planeamento da rede de vias verdes do Delta do Na continuação das Linhas de Acção Governativa de 2009, Rio das Pérolas, criando-se assim futuramente, em conjunto com a incumbe-me apresentar a V. Exas. uma breve apresentação das cidade de Zhuhai, um passeio marginal ajardinado de renome Linhas de Acção Governativa da Área de Transportes e Obras mundial. Entretanto, vamo-nos esforçar por concluir, no decurso do Públicas, para o ano 2010. ano, o respectivo planeamento e auscultar a população, para condensar e desenhar um plano para o desenvolvimento de Macau Com a implementação das Linhas Gerais do Planeamento para a no futuro. Reforma e Desenvolvimento da Região do Delta do Rio das Pérolas, aceleração da integração de Macau na região adjacente e a Relativamente aos trabalhos de reordenamento dos bairros antigos, publicação e aplicação do Plano de Desenvolvimento Geral da Ilha esforçamos em submeter neste ano o respectivo projecto do regime da Montanha, é previsível o cada vez mais estreitamento da jurídico à apreciação do Conselho Executivo e concluir ainda o cooperação interactiva e integração entre Macau e a Região Delta do trabalho de elaboração das propostas dos Regulamentos Rio das Pérolas nos âmbitos de planeamento urbano, infra-estruturas Administrativos complementares e continuaremos os trabalhos de de transportes transfronteiriços, protecção do ambiente, etc. divulgação e promoção do reordenamento dos bairros antigos.

Nos próximos tempos, a Área de Transportes e Obras Públicas irá Em simultâneo, continuaremos a realizar e a aprofundar os aproveitar as vantagens de Macau e explorar as suas características trabalhos relativos ao plano urbanístico das pequenas zonas da para desenvolver a integração regional e desenvolver a cooperação, Península de Macau, da Taipa e de Coloane. Neste momento, planos e actividades, com os governos da Província de Guangdong e estamos a acelerar a análise do estudo do planeamento urbanístico da Hong Kong, com o que podemos desenvolver em pleno o Plano das zona norte da Ilha da Taipa e o estudo urbanístico sobre a conversão Principais Operações Urbanísticas para a Construção na Foz do Rio da zona industrial de Pac On em zona habitacional, que irão ser das Pérolas da Baía Propícia para Habitação, o Estudo sobre Plano apresentados a tempo oportuno ao público com vista à recolha das Específico para a Criação Conjunta da Esfera de Vida de Alta opiniões da população. Além disso, no sentido de responder às Qualidade e o Plano Especial de Cooperação entre Guangdong, exigências do desenvolvimento urbano e do aproveitamento Hong Kong e Macau, para Implementação de Infra-estruturas, com adequado de terrenos, iremos iniciar sucessivamente um estudo vista a promover uma vida de qualidade para a população das 3 preliminar sobre a viabilidade da revitalização da zona industrial da regiões. Avenida de Venceslau de Morais.

Por outro lado, iremos realizar estudos para optimização das No intuito de se articular com o crescimento da população das instalações dos postos fronteiriços, promover a elevação da ilhas e responder às necessidades crescentes no âmbito dos serviços capacidade operacional dos postos através da ampliação das médicos, temos intensificado a realização de trabalhos preparatórios instalações fronteiriças, da separação entre a circulação de referentes à construção de um hospital nas ilhas, cujo local está passageiros e de mercadorias e do reforço de ligação fronteiriça do previsto ser junto do reservatório de Seac Pai Van, vizinho do Istmo transporte público, elevando assim a qualidade dos serviços do COTAI e será anunciado neste ano o respectivo projecto de prestados e satisfazendo as necessidades de transporte. Ao mesmo concepção após concluída a respectiva avaliação técnica. Em tempo, promovemos estudos sobre a viabilidade de construção do simultâneo, estamos a colaborar de forma activa com o grupo túnel subaquático e transfronteiriço, entre o Porto Interior e a Ilha da especializado para a escolha do local onde se irá construir o pavilhão Lapa, e a ligação entre o metro ligeiro interurbano Guangdong- dos pandas gigantes, da execução do respectivo projecto de Zhuhai e o metro ligeiro de Macau, no Posto Fronteiriço da Ponte construção e do planeamento geral do ambiente envolvente. Flor de Lótus. Neste momento, estamos a coordenar com Zhuhai a viabilidade da reserva de espaço na ilha artificial do posto fronteiriço Pela escassez dos terrenos disponíveis, a gestão e administração da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, para ligação de metro ligeiro deste recurso precioso foi sempre a atenção fulcral do Governo. das duas regiões. Visando o mencionado, continuamos o esforço dos trabalhos de regularização e normalização nos termos legais e o severo combate No ano decorrido, e antes da celebração dos dez anos da Região contra as actividades de ocupação ilegal dos terrenos, o que danifica Administrativa Especial de Macau (RAEM), recebemos uma boa a paisagem, viola gravemente o interesse público e ameaça a ordem notícia do Governo Central: foi aprovada a execução de novos pública. Por outro lado, para melhorar a administração legal dos aterros com uma área aproximada de 350 hectares. No ano corrente, terrenos, o Governo lançou em 2008 a revisão das Lei de Terras e iremos realizar o planeamento para as novas zonas urbanas, o que dos seus regulamentos complementares. Para o ano corrente, iremos oferece a Macau uma nova imagem paisagística. Os planos irão aprofundar a análise do relatório da equipa profissional, entregue no observar o interesse geral da população. Mais de metade dos terrenos início do ano, e tentamos elaborar o projecto dentro de um ano e N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 3 auscultar a população. Aeroporto e a zona COTAI, criar-se-ão melhores condições para os canais intermodais de transporte aéreo, marítimo e terrestre. Ao mesmo tempo, para salvaguardar o aproveitamento razoável dos terrenos concedidos pelo Governo, dentro do prazo estabelecido Em 2010 embora a economia mundial já esteja mais recuperada, e para desenvolver a função adequado da concessão de terrenos na mesmo assim é preciso continuar a monitorização da economia adaptação e fomento do desenvolvimento da sociedade, estamos a mundial e da evolução do mercado local, a fim de permitir lançar em planear resolver ordenadamente as questões relativas ao tratamento tempo oportuno empreitadas públicas. Entretanto, para aperfeiçoar dos terrenos desaproveitados e os casos de incumprimento dos os equipamentos públicos das Ilhas, continuamos a promover a contratos de concessão, classificando-os pelos diferentes graus de concretização eficaz da construção do Parque Central na Taipa. gravidade, dando particular relevo e atenção às concessões de terrenos cujos prazos vão expirar em breve, aos pagamentos dos No sentido de simplificar e normalizar o procedimento de prémios em atraso a longo prazo e aos casos em que os terrenos concurso e apreciação das propostas das empreitadas públicas e concedidos nunca foram aproveitados para o seu desenvolvimento. fiscalizar o andamento e execução das mesmas, iremos estudar a implementação de um mecanismo de fiscalização que vai adoptar o Entretanto, continuamos a aperfeiçoar o procedimento de mecanismo de efectivação de responsabilidades e de recompensas e concessão de terrenos, permitindo ao público conhecer e participar punições. Para assegurar o interesse da mão-de-obra local do sector nestes procedimentos, para melhor responder às exigências no que de construção civil, iremos aplicar medidas desde a fase de diz respeito ao aumento do grau de transparência de informações lançamento do concurso até às fases posteriores e reforçar a patrulha relativas aos terrenos, e melhorar as auscultações públicas sobre e a inspecção, em coordenação com outros serviços públicos, nos concessões de terrenos. A par disso, iremos aproveitar as funções do locais de execução de obra e nos estaleiros. Grupo Consultivo para os Assuntos de Terrenos, com vista à promoção dos estudos sobre a classificação de terrenos e fiscalização Além disso, promovemos a optimização dos circuitos do cumprimento dos contratos de concessão e, entretanto, visa-se administrativos internos dos Serviços Públicos com vista a melhorar concluir e concretizar os respectivos estudos dentro de um ano. a apreciação dos projectos de obras de construção particulares. Entretanto, iremos elaborar modelos de requerimento gerais relativos Sr Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: aos diversos pedidos de execução de obras e aos respectivos documentos que necessitam de ser entregues, para simplificar os A Área de Transportes e Obras Pública assume uma grande serviços relativos a pedidos. De acordo com os tipos de obra, responsabilidade na prossecução do bem-estar da população e do estamos em estudar a viabilidade da junção do serviço dos pedidos desenvolvimento urbano de Macau. A par da elevação da qualidade de execução de obras e de licenciamento de obras num só de vida da população e da promoção da imagem da cidade, para o requerimento. 2010, além da integração regional, iremos continuar a promoção de edificações e a implementação de infra-estruturas dentro da cidade, A fim de tratar gradualmente dos assuntos sobre as obras ilegais que estão relacionadas com o bem-estar geral da população. em Macau, procedemos no ano transacto à revisão das disposições Entretanto, além da continuidade da promoção da construção da administrativas do Regulamento Geral da Construção Urbana, tendo- Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau e do novo campus da Universidade se realizado uma consulta pública sobre a sua versão revista. Neste de Macau na Ilha das Montanhas, tentamos concluir em 2012 o túnel momento, estamos a realizar de forma activa os trabalhos relativos de ligação ao novo campus, para a articulação com o funcionamento ao tratamento e à análise das opiniões recolhidas, no sentido de daquele estabelecimento de ensino. iniciar a fase seguinte da revisão das disposições. Durante este período, para combater as novas obras ilegais surgidas, estamos a Estando em decurso a obra de construção do novo campus da estudar a elaboração de várias medidas em termos administrativos, Universidade de Macau na Ilha das Montanhas, o respectivo grupo técnicos e práticos, para combater as mesmas, designadamente, a de trabalho de coordenação está a promover activamente os criação de um grupo especializado de execução interdepartamental, a trabalhos de construção e de coordenação. A obra de construção da realização de um estudo da adaptação das medidas de interrupção de ilha artificial da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau teve o seu abastecimento de água e de energia eléctrica, para tratamento dos arranque nos finais do ano passado, com um prazo de execução casos graves de obras ilegais da RAEM e a aplicação de tecnologia previsto para 3 anos. Nesse período, iremos continuar a aprofundar o para tomar, exactamente, conhecimento das situações respeitantes a estudo do projecto preliminar do posto fronteiriço da ilha artificial e obras ilegais na RAEM. a viabilidade da ligação das interfaces dos postos e do metro ligeiro das duas cidades. Apesar do Governo ir adoptar a forma de medida “reacção imediata”, para o tratamento das obras ilegais existentes, mesmo A fim de articular com o desenvolvimento a longo prazo das Ilhas, assim, tratará com prioridade os casos em que exista ameaça está a ser estudada a construção de um túnel, a leste do Reservatório eventual à segurança pública, procedendo ao tratamento vigoroso, de Ká-Hó, que ligará a Estrada da Barragem de Ká-Hó e a Estrada de nos termos legais, para com os novos casos de obras ilegais. Nossa Senhora de Ká-Hó, um túnel situado na Taipa Grande e um circuito viário que fará a ligação entre a zona do COTAI e o exterior. Quanto às disposições técnicas do Regulamento Geral da Para além disso, iremos continuar a desenvolver estudos Construção Urbana, os trabalhos relativos à sua revisão ficarão aprofundados sobre o projecto da construção da 4.ª ligação entre concluídos no ano de 2010 e realizar-se-ão as respectivas consultas Macau e as Ilhas, o que contribuirá não apenas para aliviar a pressão públicas. Procuramos também lançar no processo legislativo, ainda do trânsito sentida nas 3 pontes actuais, mas também para coordenar no ano corrente, o Regulamento de Segurança contra Incêndios. com o planeamento urbano nos novos aterros e a ligação com a Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. Baseando-se nas ligações entre Para além disso, face ao desenvolvimento da sociedade, o Macau com o Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa, o Governo tem promovido, continuamente, a criação do regime 4 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日 referente à exigência da qualificação profissional dos arquitectos, social Cheng Choi, na Ilha Verde; a 1.ª Fase da habitação social de engenheiros civis, electrotécnicos e mecânicos. Esforçar-nos-emos Mong Ha. O lote TN27, sito na Estrada Coronel Nicolau de para concluir no ano corrente o processo legislativo da lei e dos Mesquita, na ilha da Taipa, é o primeiro projecto de habitação regulamentos administrativo do Regime Jurídico da Acreditação, económica construído com investimento directo do Governo, Registo e Qualificação Profissional de Técnicos no Âmbito da estando a sua conclusão prevista para o decurso do próximo ano de Edificação e do Urbanismo. 2011.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Relativamente ao projecto de construção de habitação pública, em Seac Pai Van, na ilha de Coloane, já se procedeu no ano passado às O assunto da habitação foi sempre o ponto fulcral da acção primeiras obras de nivelamento da zona do estaleiro, estando-se governativa. Nas Linhas de Acção Governativa S. Exa., o Chefe do actualmente na fase de concepção das infra-estruturas e dos edifícios, Executivo, Dr. Chui Sai On, tem mencionado e salientado que a prevendo-se o início das obras ainda no decurso deste ano. valorização das condições de habitação dos cidadãos com baixos rendimentos constitui uma importante vertente da qualidade de vida Por outro lado, estamos a estudar planos viáveis no sentido de da população. A questão da habitação não se circunscreve a uma incentivar os promotores privados a construir fracções habitacionais relação oferta/procura, constitui antes de tudo uma garantia com área reduzida, O plano de revitalização da zona industrial da fundamental. As aspirações dos cidadãos à elevação das suas Avenida de Venceslau de Morais e o da zona industrial de Pac On condições e qualidade de vida assumem particular relevância para o serão pontos de experiência. Além disso, a par da revisão e análise Governo da RAEM e é nossa obrigação irrenunciável garantir uma dos resultados do já lançado “Regime de Bonificação de Juros de vida tranquila às comunidades mais fragilizadas. O cidadão somente Crédito Concedido para Aquisição de Habitação Própria” e desfruta em pleno do sucesso do desenvolvimento da sociedade do “Plano de Garantia de Créditos para Aquisição de Habitação quando vive com tranquilidade e trabalha com alegria, e esta é uma Própria”, que vão chegar ao termo no ano corrente, iremos continuar das traves mestras da construção de uma Sociedade Harmoniosa. a planear outros planos de ajuda de aquisição de habitação própria. Para além da adopção de medidas de apoio às camadas mais Ao mesmo tempo, estamos a planear em alargar a aplicação do fragilizadas, o Governo está atento às dificuldades e aspirações da subsídio aos candidatos de Habitação Social, diminuindo os classe média. O Governo tomará as aspirações da classe média como requisitos e elevando o montante do subsídio, com vista a aliviar a ponderações necessárias no processo de definição de políticas, as carga financeira sentida pelas pessoas mais carenciados. quais serão objecto de um estudo científico. Assume-se como crucialmente prioritária a resolução gradual e segura dos problemas Nas estratégias do mercado imobiliário, iremos elevar o nível da estruturais da habitação. transparência do mercado imobiliário privado, publicar atempadamente notícias sobre a aprovação e construção de planos O objectivo da política de habitação consiste em assegurar uma privados, acelerando o processo de aprovação destes e avocando os habitação à população, para que vivam tranquilamente e trabalhem terrenos desaproveitados para serem parcialmente aproveitados para com alegria. Sob a égide da filosofia nuclear de “melhor servir a fins de habitação pública. população”, iremos distribuir adequadamente os recursos públicos para assegurar o direito à habitação da população de Macau e ajudar Havendo cada vez mais edifícios envelhecidos, foram promovidos, as famílias mais carenciadas a obter uma casa para viver. Visando a progressivamente, vários planos de apoio para a reparação e situação do mercado imobiliário, iremos auxiliar racionalmente a conservação desses edifícios, com vista de salvaguardar a vida e o classe média a resolver a sua dificuldade de aquisição de habitação bem-estar dos residentes e optimizar o ambiente comunitário. Estes própria tendo em conta a necessidade, a urgência e a capacidade dos planos obtiveram bons resultados e, consequentemente, iremos adquirentes. Por outro lado, iremos ainda criar condições favoráveis envidar ainda mais esforços na administração dos edifícios e nos para elevação da transparência do mercado imobiliário e trabalhos de reparação predial. Para este ano, pensamos promover normalização do mesmo, assegurando deste modo os interesses um plano de apoio financeiro para a inspecção de edifícios com mais legais de cada parte, o que será benéfico ao saudável de 30 anos de idade. Ao mesmo tempo também iremos rever e desenvolvimento deste mercado. ampliar as competências do Instituto de Habitação, criar um “Conselho Consultivo de Habitação Pública”, com o qual podemos Neste momento, estamos a acelerar as obras de edificação de estabelecer uma relação interactiva entre o Governo e a população e habitação pública, no sentido de atingir o objectivo de concretização elevar o reconhecimento do público. faseada de construção de 19.000 fracções de habitação pública até 2012, para ajudar as famílias mais carenciadas e de baixo Sr Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: rendimento na melhoria da sua qualidade de vida. Ao mesmo tempo do fornecimento efectivo de habitação pública, esforçar-nos-emos É do conhecimento geral que o transporte é um dos factores também para a elaboração das “Estratégias de Desenvolvimento de essenciais para promoção do desenvolvimento sustentável de uma Habitação Pública – 2010/2020”, baseando-nos nas investigações e região, especialmente indispensável para uma cidade de turismo recolha de dados, analisando científica e objectivamente os dados e como da nossa. Para estar a par dos hábitos e das necessidades das informações sobre o número da população, o seu rendimento, a deslocações da população e dos visitantes, no intuito de elaborar um quantidade de fracções de habitação pública, etc. Por outro lado, conjunto de políticas e planeamento de trânsito a longo prazo, iremos incentivar a participação da população na elaboração das o “Grupo de Trabalho do Estudo de Trânsito e Transportes de políticas de habitação, aperfeiçoando-as, com vista a consolidar um Macau”, que integra vários serviços públicos, a partir da base plano de desenvolvimento para os próximos dez anos. do “inquérito dos hábitos de deslocação”, “análise da rede rodoviária de Macau” e “pesquisa sobre as instalações de trânsito dos postos As habitações públicas que se podem concluir dentro num ano são: fronteiriços de Macau e características das viagens dos visitantes”, a habitação económica Veng Leng, do lote HR/HS; a habitação vai prosseguir com a elaboração do Quadro Geral da Política de N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 5

Trânsito e Transportes Terrestres de Macau – 2010/2020. Através das Sobre os trabalhos da 1.ª Fase do Metro Ligeiro, este ano está opiniões recolhidas durante o período de preparação e da interacção planeado o acompanhamento da concepção das obras principais da com a população, desejamos preparar um texto de recolha de opinião construção civil e da aquisição do sistema e material circulante, no 3.º trimestre do ano, para dar possibilidade de condensar, nos esforçar-nos-emos por concluir o respectivo concurso público finais do ano, uma política de tráfego para curto, médio e longo internacional, elaborar o programa de execução da obra e concretizar prazo, e um programa de aplicação, que mais tarde serão os planos das principais obras de construção civil, tendo em conta o concretizadas progressivamente. real ambiente urbano de Macau, as instalações de enquadramento de trânsito, as necessidades de cada diferente plano e a complexidade Tal estudo do Quadro Geral, em articulação com o da empreitada. À luz do princípio “principiar pelo mais fácil e desenvolvimento dos postos fronteiriços e do aeroporto, será avançar depois para o mais complexo”, escolheremos zonas de também utilizado para acompanhar de forma geral o funcionamento menos congestionamento de tráfego para iniciar as obras, para do trânsito na RAEM e para a análise científica do futuro diminuir o impacto na população e, simultaneamente, iremos planeamento do trânsito, para além de medidas de controlo da posse publicar atempadamente as informações sobre a execução da obra. e utilização de veículos. Entretanto, em adaptação aos hábitos de Por outro lado, iremos tentar proporcionar condições de participação deslocação da população, será feito o estudo da combinação do nos trabalhos de construção do sistema de metro ligeiro às empresas sistema de metro ligeiro com outros meios de transporte público, a e aos trabalhadores locais. disposição estratégica de outras instalações e o estudo do planeamento do trânsito acessível e rápido, em articulação com as “Linhas Gerais do Planeamento para a Reforma e Relativamente ao transporte transfronteiriço, iremos aprofundar a Desenvolvimento da Região do Delta do Rio das Pérolas” e da visão cooperação com Guangdong e Hong Kong no âmbito do preconizada pelo Plano Conceptual para o Desenvolvimento Urbano, planeamento do trânsito e transportes regionais, intensificar os para servir de referência da política, estratégias e medidas de trânsito trabalhos de construção e planeamento dos transportes até 2020. transfronteiriços e das instalações fronteiriças, promover a ligação da rede de transporte através dos mecanismos de cooperação existentes, Em simultâneo, iremos continuar a estratégia da “primazia dos com vista a alargar a rede de transporte transfronteiriça e facilitar a transportes públicos”, promover a implementação do metro ligeiro e ligação do trânsito com a Ilha da Montanha. Ao mesmo tempo, em a interligação e configuração adequada dos vários meios de preparação para o futuro, continuará a ser implementado uma transporte público. No ano corrente, com vista de facilitar a estratégia de desenvolvimento dos transportes transfronteiriços deslocação dos cidadãos e visitantes, iremos concretizar o concurso terrestres de Macau, nomeadamente as suas futuras infra-estruturas, público dos serviços de autocarros, melhorar a qualidade de serviço e disposições sobre medidas de controlo de veículos transitórias, dos táxis, desenvolver intensamente um sistema inteligente de bem como a articulação do trânsito terrestre local com o da Ilha da trânsito, instalar o sistema de informação do posicionamento em Montanha. tempo real dos autocarros. Por outro lado, iremos aperfeiçoar e ampliar a aplicação do sistema de vídeo vigilância, de painel electrónico de informação, de informação dos parques de No âmbito do transporte aéreo, face ao termo dos contratos de estacionamento e de sinalizações de trânsito. Será criado ainda neste subconcessão dos serviços do Aeroporto Internacional de Macau, ano o Centro de Controlo e Informação de Tráfego e preparar-se-á iremos liderar o estudo do posicionamento do sector de aviação civil um manual sobre o funcionamento do Centro de Controlo e e do modo de desenvolvimento, com vista de introduzir mais Informação de Tráfego e Medidas de Contingência, elevando a prestadores de serviços e transformar Macau como destino dos capacidade de enfrentar acidentes e situação de emergência. visitantes. Além disso, iremos elaborar a estratégia de desenvolvimento do Aeroporto nas próximas duas décadas, No que respeita à rede rodoviária da nova zona urbana e reserva promover a execução de obras de intervenção em função da elevação das instalações de transporte público, entre outros planeamentos, da capacidade de operação e estabelecer uma cooperação com o serão aproveitados cabalmente os espaços da superfície superior, isto aeroporto de Zhuhai para elevar o efeito sinérgico, aumentar a é, em cima de construções, e subsolo, com vista a criar um sistema capacidade de transporte do Terminal Marítimo de Taipa para criar de trânsito acessível, rápido e fluido. Entretanto, em articulação com uma rede de canais inter modais do transporte marítimo, terrestre e o desenvolvimento da indústria turística da RAEM, será também aéreo, tornando Macau, assim, numa cidade propícia para habitar, feito o estudo do aperfeiçoamento do planeamento do trânsito nos dotada com uma rede de transportes acessível e abrangente. pontos turísticos, sobretudo a coordenação da circulação de veículos e de peões nas proximidades dos centros históricos, serão criados lugares de estacionamento nos pontos turísticos e nos postos Com vista a concretizar a visão de tornar Macau num “centro fronteiriços ou serão optimizadas as instalações de estacionamento, internacional de turismo e de lazer”, iremos continuar a actualizar as assim como iremos aperfeiçoar a ligação dos transportes públicos. medidas de favorecimento ao sector da aviação civil, incentivando activamente as companhias aéreas locais a se expandirem para novos Sob o pressuposto de promover a política de trânsito preconizada mercados. Os serviços Express Link, agora prestados pelo Aeroporto pela “primazia dos transportes públicos” e para consolidar eficazmente Internacional de Macau, disponibilizam serviços de check-in no a articulação entre os diversos equipamentos de transporte público, aeroporto local, para viagens feitas a partir dos aeroportos de Hong proceder-se-á ao estudo da viabilidade de um modelo de pagamento Kong e de Shenzhen. Em 2010 iremos, em coordenação com as electrónico uniformizado, permitindo a viabilização de um passe autoridades aeroportuárias competentes, expandir este serviço para a único para compras diárias e utilização dos meios de transporte, no zona ocidental do Rio das Pérolas, aproveitando o presente Terminal sentido de proporcionar mais comodidade à vida quotidiana da Provisório da Taipa e o futuro Terminal Marítimo de Passageiros da população. A realização do concurso público de serviços de Taipa, bem como as instalações dos canais inter modais de transporte autocarros, tornará a utilização do passe único mais plausível. marítimo e aéreo. 6 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日

No sentido de elevar a qualidade e a segurança do serviço de proveniente dos bate-estacas e da actividade social, bem como os transporte marítimo de passageiros e aumentar o número de pontos trabalhos de elaboração de propostas destas iniciativas legislativas. dos itinerários marítimos, o Governo irá incentivar as operadoras de transporte marítimo, nos termos do Regulamento Administrativo de Para executar o plano da aplicação da Convenção de Estocolmo Transporte Marítimo de Passageiros, a abrirem novos itinerários, sobre Poluentes Orgânicos Persistentes, iremos neste ano proceder a atrair mais passageiros e aperfeiçoar a rede de transportes marítimos, uma série de estudos locais sobre o nível dos poluentes orgânicos dinamizar a integração na Região do Delta do Rio das Pérolas e a persistentes, efectuar inquéritos e inspecções sistemáticas sobre os interligação entre as infra-estruturas marítimas, reforçar a gestão do poluentes orgânicos persistentes nas águas, na atmosfera e nos solos serviço de transporte marítimo de passageiros e dos itinerários e, com a aplicação do Protocolo de Quioto na RAEM, iniciaremos a marítimos. No âmbito da cooperação regional, iremos reforçar a abordagem ao desenvolvimento de uma sociedade de baixo carbono gestão das instalações portuárias e dos trabalhos sobre as buscas e e o estudo faseado sobre o sistema ecológico. salvamentos no mar, para garantir a segurança no transporte marítimo. Encorajar todos os cidadãos a pôr em prática a vida ecológica é, portanto, uma das ideias de base na sensibilização e educação Neste momento, o Governo iniciou os trabalhos de elaboração de ambiental. Este ano serão iniciadas as tarefas da sensibilização e estudos estratégicos sobre várias vertentes, como por exemplo: o educação ambiental mais relevantes, aproveitando as infra-estruturas Estudo do Mercado de Aviação Civil de Macau e o Relatório de e as instalações ambientais, para criar uma Eco Base de Ensino / consulta das estratégias. Em que serão previstas as influências que o Centro de Educação Ambiental, e aprofundar o conhecimento do futuro sistema de tráfego regional pode trazer à aviação civil e ao público sobre a relação entre a protecção ambiental e a vida transporte marítimo de Macau, para identificar os meios de quotidiana. Por conseguinte, serão aproveitados os corredores à volta transportes utilizados pelos passageiros, revelar números e dados das zonas ecológicas para a criação de trilhos paisagísticos com estatísticos sobre o mercado. Isto, no sentido de condensar valor ecológico e educacional e serão disponibilizadas informações estratégias de desenvolvimento sustentável do sector da aviação e do sobre as aves migratórias e os mangais. Além disso, será também transporte marítimo, com o que poderemos melhor planear as estabelecido o “Fundo para o Ambiente e Conservação instalações complementares de cada posto fronteiriço, aperfeiçoando Energética” que visa conceder o apoio financeiro que fomentará o os canais inter modais de transportes marítimos e aéreos, e facilitar a desenvolvimento da indústria ambiental local. deslocação dos passageiros. Na promoção de uma sociedade economizadora de água, foram Sr Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: concluídos os trabalhos de auscultação do “Programa de Poupança de Água de Macau”, que em seguida irá compilar o Programa de Face ao agravamento das mudanças climáticas em todo o mundo, Poupança de Água de Macau, para definir o rumo a ser seguido nos as medidas de resolução para as mudanças climáticas são próximos quinze anos. A par disso, através do Grupo Especializado importantes estratégias para o desenvolvimento económico do para o Abastecimento de Água de Guangdong-Macau, iremos Estado. O Governo está consciente de que os trabalhos de protecção reforçar a comunicação e estreitar a cooperação com o interior da ambiental representam grande responsabilidade e são de longa China, no âmbito da garantia da segurança no abastecimento de água duração. O objectivo é a coordenação e desenvolvimento efectivo e para resolver o problema da salinidade da água a longo prazo, desses mesmos trabalhos e, ao mesmo tempo, dar resposta às como também zelar pela construção da barragem de Datengxia. necessidades da sociedade e harmonizar as tendências do país com as tendências mundiais, em matéria de ambiente, de conservação de No âmbito da energia, para responder à futura procura de energia e de redução de emissões de gases poluentes. No corrente electricidade e aumentar a capacidade de transmissão e distribuição ano, desenvolveremos três principais acções: “Planeamento Geral e de electricidade local, estará concluída, este ano, a primeira fase das Cooperação Regional”, “Controlo da Poluição” e “Sensibilização e obras de reestruturação da rede eléctrica e a segunda interligação de Educação”. E, em simultâneo, tomaremos medidas para resolver os 220kv, que ligará a rede da RAEM à de Zhuhai, permitindo assim o problemas de forma efectiva, visando melhorar o estado do ambiente aumento do nível e do volume da tensão eléctrica. Ao mesmo tempo, e promover o desenvolvimento sustentável de Macau. avançar-se-á no reforço das ligações da rede eléctrica nas várias zonas e concluir-se-ão os restantes projectos relativos à No decorrente ano, iremos proceder ordenadamente à elaboração reestruturação da rede eléctrica, de forma a responder à situação do do Quadro Geral do Planeamento Conceptual da Protecção futuro desenvolvimento, estimando-se que a mesma possa satisfazer Ambiental de Macau, à elaboração do relatório principal e outros as necessidades de consumo de electricidade até 2015. planos específicos do Quadro Geral, à determinação da estratégia sobre o desenvolvimento ecológico, para planeamento dos objectivos e acções a curto, médio e longo prazo, para os anos 2012, 2015 e Uma vez que o contrato de concessão de abastecimento de 2020. Entretanto, iremos estabelecer as instruções e normas para o electricidade expirará no dia 30 de Novembro deste ano, em controlo da poluição luminosa, intensificar a divulgação da primeiro lugar irá ser liberalizado o segmento de fornecimento de construção ecológica e optimizar e reforçar a supervisão das infra- electricidade a montante, criando condições para introduzir a estruturas e instalações de protecção do ambiente, por exemplo, a concorrência. Para o segmento de distribuição e venda a retalho de Central de Incineração de Resíduos Sólidos. Além disso, iremos electricidade irá ser mantida a exploração por uma companhia. introduzir os veículos verdes e promover medidas de incentivos, Estima-se que as obras relativas à rede de distribuição do serviço de visando a eliminação dos veículos que se encontram em utilização e fornecimento de gás de cidade sejam iniciadas este ano. causam grave poluição no meio ambiente. Por outro lado, vamos proceder a uma consulta mais vasta sobre a revisão da legislação Para resolução do problema do armazém de combustíveis da Ilha sobre o ruído. Serão envidados esforços para que se conclua ainda Verde, planeamos implementar um armazém provisório para gás este ano a primeira fase da regulamentação sobre o controlo do ruído numa outra zona da Ilha Verde. N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 7

Sr Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: continuaremos a promover a criação de um Centro de Testes de Alimentos e Medicamentos, iremos aperfeiçoar o projecto Com a assinatura da “Revisão Intercalar do Contrato de do “Regulamento dos prémios para o desenvolvimento das ciências e Concessão do Serviço Público de Telecomunicações” no decorrido da tecnologia” e tentar dar início à aceitação de candidaturas aos ano, estamos preparados para a liberalização total do mercado de prémios ainda no ano de 2010. telecomunicações no ano de 2012. Sr Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Com a realização da obra de construção da rede de banda larga urbana sem fios, iniciada em 2009 e financiada pelo Governo da A economia mundial está em recuperação e a cooperação entre os RAEM, é previsto o começo do funcionamento e prestação de territórios de Guangdong, Hong Kong e Macau, é cada vez mais serviços aos cidadãos e turistas no primeiro semestre do ano corrente. intensa e progressiva, com um crescimento em termos de amplitude e profundidade. Perante esta nova tendência de desenvolvimento, a Relativamente ao extenso período de conflitos entre a TV Cabo Área dos Transportes e Obras Públicas continua a assumir como Macau e as empresas de antena comum, decorrentes das respectivas missão principal a execução de intervenções urbanísticas e acções operações, embora se note a complexidade deste problema, o relacionadas com a prossecução do bem-estar da população. Iremos, Governo irá adoptar medidas e coordenar de forma activa e com um espírito prático e firme, continuar a redobrar os nossos acelerada a resolução do conflito decorrente do Contrato de esforços, na reforma e criatividade. Iremos reforçar as nossas acções Concessão do Serviço Terrestre de Televisão por Subscrição e da destinadas a criar sistemas e regimes nestas matérias, assim como existência da rede de transmissão das empresas de antena comum. permitir a tomada de decisões mediante bases científicas e com uma Avançaremos com o processo de negociação de acordo com o ampla auscultação das opiniões e sugestões dos cidadãos, por forma objectivo de manutenção do desenvolvimento sustentável do serviço a elevar a eficácia da acção governativa. Iremos elaborar políticas de transmissão, no sentido de encontrar uma solução razoável que macroscópicas que se harmonizem com a integração na Região do conduza a um adequado desfecho do conflito. Grande Delta do Rio das Pérolas, bem como políticas microscópicas para responder às mudanças sociais e às exigências da população. No âmbito dos serviços postais, o desenvolvimento dos Serviços de Correios obriga a permanentes actualizações dos regulamentos Através da experiência do passado, novas concepções e espírito de postais e esforço para prestar serviços online diversificados. Assim, equipa, temos a convicção de que as actuações governativas no ano estamos a planear um Serviço de Compra Electrónica (e-shopping), de 2010 e nos próximos anos podem atingir o objectivo de “reunir as no sítio dos Correios na Internet. No que respeita ao melhoramento ideias construtivas dos cidadãos, alcançar o consenso e concentrar os da qualidade do serviço – para monitorizar a eficiência dos processos esforços desses mesmos cidadãos”. Por outro lado, de forma a e a produtividade dos trabalhadores das diferentes fases da cadeia de melhor ter em conta os factores gerais, coordenativos e sustentáveis valor (value chain) – proceder-se-á a um estudo, por forma a ser do desenvolvimento, envidaremos esforços para criar em Macau introduzido, até ao segundo trimestre de 2011, um sistema de gestão uma perspectiva sólida de desenvolvimento sustentável, permitindo baseado em padrões internacionalmente aceites como Boas Práticas. assim, juntamente com todos os cidadãos de Macau, atingir um Irão ser analisados, conjuntamente com os Serviços de Alfândega, os futuro mais próspero. requisitos e procedimentos necessários ao desalfandegamento de malas de correio, tendo em vista tornar mais rápido e eficiente o seu Muito Obrigado! transporte, em especial das malas de EMS-Correio Rápido. Estabeleceremos relações de parceria estratégica com os Correios da Presidente: Vamos dar início ao nosso debate. China, desenvolvendo conjuntamente o Serviço Electrónico Postal Seguro, explorando o sistema do Correio Electrónico Registado Faça o favor, Sr. Deputado Chan Meng Kam. Postal segundo o documento da norma técnica do Correio Electrónico Registado Postal da União Postal Universal. Chan Meng Kam: Obrigado Sr. Presidente.

No âmbito da política sobre ciência e tecnologia, neste ano iremos Sr. Secretário, Srs. representantes do Governo: continuar os trabalhos de divulgação da ciência e tecnologia. Vamos estudar medidas de apoio ao sector e melhorar o procedimento de Respeito muito o Sr. Secretário, que é boa pessoa e que procura atribuição de apoio financeiro e a aplicação plena destes trabalhos, desenvolver muito trabalho. Mas, já muitos cidadãos me falaram mal assegurando o progresso dos trabalhos e a qualidade dos mesmos, dos seus subordinados, especialmente dos que estão na área das garantindo que os financiamentos são aproveitados correctamente. Obras Públicas. Dizem-me que há três grupinhos de pessoas que lhe Além disso, iremos lançar pesquisa estratégica com vista à promoção são próximas, alertando-me ainda para o facto de, neste momento, já do desenvolvimento social através do desenvolvimento da ciência e estarmos perante uma situação típica de uma sociedade sem lei. da tecnologia. Em 2010, realizar-se-á o “Inquérito sobre a Situação Portanto, peço ao Sr. Secretário para exercer uma melhor supervisão Actual do Desenvolvimento Científico e Tecnológico em sobre os seus trabalhadores. Macau” para um melhor conhecimento da actual situação do desenvolvimento científico e tecnológico em Macau e das Nos últimos anos, sempre que se aproxima o período de debate expectativas dos residentes locais sobre este tipo de desenvolvimento. das Linhas de Acção Governativa, os organismos da área das Obras Públicas procuram executar trabalhos de fachada antes do início do O “Conselho para a Cooperação Científica e Tecnológica entre a debate. No ano passado, os Serviços de Solos, Obras Públicas e China e Macau” continuará a desempenhar um papel importante na Transportes apresentaram um grande volume de documentos e, este promoção da cooperação em medicina chinesa, protecção ambiental, ano, os mesmos serviços emitiram duas notas à comunicação social, ciência informativa e divulgação da ciência. No ano corrente, uma no dia 24 de Março p.p., para falar do número de fracções esforçar-nos-emos na criação de laboratórios especiais, autónomas concluídas nos últimos três anos, e, outra no dia 29 do 8 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日 mesmo mês, para comunicar o tempo necessário para serem mencionado nas Linhas de Acção Governativa o planeamento a aprovados os pedidos, que é de 105 dias, e para explicar os longo prazo, e outros. Afinal, há ou não planeamentos a mais? Ou respectivos procedimentos já por inúmeras vezes apresentados. será que o que existe não é um planeamento a sério? Penso que o Sr. Penso que já todos sabem qual é o objectivo e com isto nada se Secretário também não deve estar muito esclarecido quanto a esta resolve. Há muitos problemas que se arrastam há anos, o que só matéria. prova a ineficácia de alguns serviços da área das Obras Públicas e a mentalidade dos seus responsáveis. O que consta do planeamento urbano de Macau? Se ninguém puder esclarecer esta questão, aproveitando-se apenas do pretexto Ao longo dos últimos três anos, a baixa produtividade no âmbito para não emitir plantas de alinhamento de arruamentos no prazo da apreciação dos pedidos de licenças de obras privadas, que foram legalmente definido, então não haverá construção de novos edifícios apresentados, tem sido sempre reconhecida pelo Governo, durante a e Macau não se desenvolve. Após a transferência de soberania, apresentação das suas Linhas de Acção Governativa. Falou-se muito muitos pequenos investidores compraram alguns terrenos, de de melhoramento e de simplificação, mas nada deu resultado. Onde dimensões reduzidas, mas, devido aos obstáculos que lhes foram está o problema? Penso que se trata de uma questão de mentalidade colocados, principalmente pelos Serviços de Obras Públicas, tiveram de alguns responsáveis dos serviços públicos. Por exemplo, no ano muitas dificuldades em rentabilizar o seu investimento, ficando passado, foi apresentada à sociedade local uma fotografia onde se assim em situação muito difícil. mostravam montes de pedidos pendentes, tirada num gabinete dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, dizendo que se Assim, pergunto ao Sr. Secretário: quantos são os pedidos de tratavam de processos acumulados desde a época de Ao Man Long. emissão de plantas de alinhamento de arruamentos e de pedidos de Mas, será que os altos responsáveis da área das Obras Públicas não licenças de construção acumulados até à presente data e que ainda têm responsabilidades? Será que Ao Man Long é o único culpado? não estão despachados? Na sua Carta de Qualidade, os Serviços de Será que todos os outros podem lavar assim as mãos? Bater sempre Obras Públicas comprometem-se a concluir a apreciação de 80-90% na mesma tecla, dizendo que levam 105 dias para apreciar pedidos, dos pedidos, no prazo legalmente estipulado. Mas, sei que existem incluindo 60 dias para dar o resultado da apreciação, 15 dias para processos que se arrastam há vários anos. Afinal, quais são os envio de documentação para consulta externa, 30 dias de consulta motivos para esta situação? Quantos pedidos estão relacionados com externa junto do Instituto Cultural, dos Serviços de Economia, dos as questões de consulta externa e de planeamento urbano? Se no Serviços de Turismo, dos Serviços de Educação e Juventude, do passado não existia nenhum mecanismo de consulta externa nem Corpo de Bombeiros, da Companhia de Electricidade, da Companhia planeamento urbano e regional, será que é legítimo ao Governo, das Águas, dos Serviços de Saúde, dos Serviços de Protecção alegando estes argumentos, impedir arbitrariamente o Ambiental, do Instituto de Acção Social, dos Serviços dos Assuntos desenvolvimento das iniciativas imobiliárias daqueles pequenos de Tráfego, etc... Trata-se, efectivamente, de uma longa lista. Esta é a investidores? Será que é razoável esta situação que o Governo está a desculpa habitual que os Serviços de Obras Públicas apresentam criar? Legalmente, o período de desenvolvimento de imóveis é de quando são confrontados com a demora na resposta aos pedidos que três a cinco anos, incluindo o período de apreciação de pedidos e lhe são apresentados. A responsabilidade é sempre dos outros outros atrasos. Ora, como o tempo de apreciação de pedidos não é serviços. Pergunto como é possível arranjar, em Macau, um terreno controlável, arrastando-se, por vezes, ao longo de vários anos, alguns que não esteja ligado a monumentos, à paisagem ou a infra- construtores imobiliários não têm tido a oportunidade para estruturas, designadamente rodoviárias, etc.? A ser assim, têm que desenvolverem os seus projectos dentro do prazo legal, dando ser sempre consultados outros organismos públicos! Outro obstáculo origem à eventual aplicação de algumas multas. Será que isto, assim, que os Serviços de Obras Públicas colocam aos investidores é, por pode ser considerado uma governação científica? exemplo, a emissão de plantas de alinhamento de arruamentos da cidade de Macau, no prazo de 22 dias, desde que com a condição de Ainda quanto aos procedimentos relativos ao pagamento adicional não haver necessidade de consulta externa. Sujeito a esta condição, do prémio de concessão de terrenos, estes devem estar concluídos no quem é que consegue obter estas plantas num prazo de 22 dias? Por prazo de trinta dias. Mas, existem muitos casos que se arrastaram outro lado, houve também queixas de proprietários que pretendiam durante mais de um ano, sem qualquer explicação do Governo. reconstruir os seus imóveis, por exemplo, do café Lau Tak Kei, Porque é que existe este tipo de situações? dizendo que recebeu exigências por parte dos Serviços de Obras Públicas, obrigando-o a manter a fachada da sua propriedade, que Macau tem que se desenvolver, independentemente dos obstáculos não estava classificada como património cultural. Como, durante encontrados. O Sr. Secretário Lau tem-se esforçado muito ao longo uma série de tempo, também não conseguiu obter a respectiva planta dos últimos três anos. Ainda me lembro que, no ano passado, de alinhamento dos arruamentos, o proprietário em questão acabou manifestou a vontade para encarar os problemas de forma frontal e por se sujeitar às manias. Para além destes obstáculos, outra barreira aberta, e procurar seriamente as respectivas soluções. Passado um colocada é a falta de emissão de plantas de alinhamento de ano, penso que o Senhor deve procurar sensibilizar os seus arruamentos, alegando-se a necessidade de execução do planeamento subordinados no sentido de não dizerem tantos disparates ou para urbano. Portanto, até à conclusão do planeamento urbano da zona não darem falsas promessas e realizarem boas acções em prol da envolvente, não pode ser entregue qualquer planta de alinhamento de população local. arruamentos que tenha sido solicitada. Mas, quando é que começou a haver planeamento urbano em Macau? Todos sabemos o que é que Quanto ao problema da habitação pública, neste momento toda a se passa. Durante anos, fomos enganados e, ainda me lembro, no ano sociedade está expectante quanto à questão da eventual conclusão passado houve dois estudos sobre planeamento urbano, um realizado das 19.000 fracções autónomas prometidas para 2012. De acordo pelo Centro de Estudos Estratégicos para o Desenvolvimento com as minhas informações, 4.083 unidades estão garantidas, Sustentável e outro pelo Sr. Secretário. Por outro lado, que eu saiba, incluindo as 880 da Alameda da Tranquilidade que já estão o Departamento de Planeamento Urbanístico das Obras Públicas vai praticamente concluídas, as 2.703 que estão localizadas no terreno fazer um outro estudo sobre esta matéria, estando também TN27 da Taipa, que deverão estar prontas no próximo ano, e as 500 N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 9 fracções autónomas construídas no lote 4 da Ilha Verde, com data de quatro, cinco ou seis elementos. As necessidades de habitação são conclusão prevista para 2012. Por outro lado, em relação às 10.320 cada vez mais visíveis. Portanto, para resolver este problema da unidades que deverão estar disponíveis em 2012, incluindo as 3.520 habitação, em princípio, há mais do que uma solução, pois além da localizadas nos lotes 1 a 3 da Ilha Verde e as 6.800 em Seak Pai Van, construção de habitação pública há outras alternativas, por exemplo, em Coloane, gostava de saber se haverá quaisquer factores que avançar-se com a reabilitação de bairros antigos. Esta última solução condicionem a sua concretização. A eventual conclusão deste é do agrado, designadamente, de mais de 80% dos residentes do trabalho irá ter um impacto na imagem e na confiança que a Bairro Iao Hon que foram inquiridos. Pois bem, pretendem estes que população deposita no Governo, razão pela qual espero que este a libertação das suas antigas unidades de alojamento seja efectuada assunto possa merecer a máxima atenção do Governo e que o Sr. por troca com uma outra unidade a disponibilizar pelo Governo. Secretário possa esclarecer, frontal e concretamente, a possibilidade Contudo, este, através dos membros por si designados para o de conseguir concluir todas as dezanove mil unidades de habitação Conselho Consultivo para o Reordenamento dos Bairros Antigos de pública até 2012. Quero ainda saber quando irá estar disponível a Macau, negou a pretensão daqueles residentes, optando revisão da legislação relativa à questão da habitação económica. simplesmente pelo método de cálculo do valor corrente no mercado imobiliário para as unidades de alojamento que irão ser Uma outra questão refere-se às construções clandestinas. Devido à (re)construídas, transformando o processo de reconstrução dos falta de planeamento urbano e à ineficácia na aplicação da lei por bairros antigos num negócio imobiliário. Como resultado, o processo parte dos Serviços de Obras Públicas, o fenómeno das construções de reabilitação dos bairros antigos está num beco sem saída, clandestinas tem-se alastrado por todo o território de Macau, designadamente o do Bairro Iao Hon, que abortou ainda na época do constituindo, de há longos anos a esta parte, um sério problema anterior Governo. crónico local. Sendo muitas vezes ilegais, as construções clandestinas devem ser combatidas, sendo contudo um problema Não havendo pernas para andar com o processo de reabilitação de herdado do passado e de difícil resolução a curto prazo. Há uns bairros antigos, a construção de habitação pública tornou-se, deste tempos, por ocasião da realização da respectiva consulta de opiniões, modo, mais crítica. Foram discutidos vários problemas nesta área, alguns altos funcionários dos Serviços de Obras Públicos vieram a inclusive com estudiosos da Universidade de Hong Kong. Mas, por público explicar o conteúdo legal da proposta do Regulamento Geral exemplo, em relação à oferta de unidades habitacionais, onde é que da Construção Urbana. Entretanto, o resultado das sessões teve um está o problema? Pois bem, para além de haver um excesso de impacto muito negativo, causando ainda muitos mal-entendidos no liquidez a nível mundial para ser aplicado, existe um fenómeno seio da população em geral, originando uma aceleração da onda de peculiar que distorce a oferta de bens imobiliários. Numa situação construções clandestinas, no sentido de serem concluídas antes da normal, um construtor civil adquire um terreno, procura entrada em vigor da nova lei sobre a matéria. Pois bem, o que é que financiamento junto do mercado financeiro e começa a vender as o Sr. Secretário pensa em relação a esta questão? Deverão os altos fracções autónomas que entretanto vai construindo. Se conseguir funcionários dos Serviços de Obras Públicas ser responsabilizados vender 40% da totalidade das unidades em construção, já consegue pela situação criada devido à sua má interpretação e consequente má recuperar o seu investimento. A partir daí, vai à procura de outro explicação do conteúdo legal da proposta de lei? Será que foram terreno. Neste momento, este modelo de desenvolvimento recebidas opiniões boas e/ou construtivas na sequência das sessões imobiliário foi substituído por um outro, em que os construtores e os realizadas? Será que vai haver algum reajustamento do respectivo altos funcionários do Governo se combinam entre si para conteúdo legal? Como irão ser tratadas as construções clandestinas conseguirem terrenos a baixo custo, pagando eventualmente um existentes antes da entrada em vigor da nova legislação? prémio de concessão equivalente a 10% do preço corrente de mercado. Posteriormente, são construídos edifícios de luxo Obrigado. extremamente altos, ignorando-se por completo o impacto negativo que poderão eventualmente causar ao património natural e cultural Presidente: Sr. Deputado Ng Kuok Cheong. do território, designadamente, às montanhas e aos montes de Macau, obtendo-se assim ganhos muito avultados. Nestas condições, todos Ng Kuok Cheong: Sempre se afirmou que todas as acções preferem as construções de luxo, sem grande preocupação em vendê- governativas se destinam a servir a população local. Entretanto, las a curto prazo, restando à população local a esperança de poder parece-me que existem diferenças de tratamento entre os chamados um dia recorrer às habitações públicas disponibilizadas pelo filhos e enteados. Se, por um lado, por exemplo, as pequenas e micro Governo. Afinal, qual é neste momento a situação da habitação empresas continuam a fechar, com o Governo impotente para as pública? Em primeiro lugar, o Governo sempre ignorou a ajudar, por outro, foram injectados mais de duzentos milhões de importância da habitação pública. Já nos tempos de Edmundo Ho e patacas numa determinada companhia aérea, através do Fundo de de Ao Man Long, a primeira medida apresentada pelo Governo na Desenvolvimento Industrial e de Comercialização. Para além disso, área da habitação foi a suspensão da construção de habitação pública. o Fundo de Desenvolvimento Turístico também disponibilizou várias Resultado: a oferta de habitação pública tem sido escassa, não dezenas de milhões de patacas à mesma. Já falei com o Sr. Secretário conseguindo satisfazer as necessidades da população local. Cheong U sobre esta questão, mas ele não me soube responder. O Posteriormente, ainda nos tempos de Ao Man Long, o Governo problema dos filhos e enteados também tem algum impacto no lançou o plano “3456” para a construção, em três anos, de quatro mil assunto que estamos hoje a debater, qual seja, a questão da habitação e tal unidades de alojamento de habitação social. Sr. Secretário, os pública. tempos de Ao Man Long já lá vão e o Governo apenas concluiu duzentas e tal unidades. Pergunto: quem é o responsável por esta Na realidade, no passado, o problema da habitação em Macau não situação? era muito grave. Antigamente, nos anos 80, mais de 70% da população tinha habitação própria, mas, com o crescimento das Por outro lado, o Sr. Secretário disse na altura da discussão das famílias ao longo dos anos, as casas, por exemplo, de tipo T1, que Linhas de Acção Governativa de 2009, em alto e bom som, que, no eram habitadas por famílias pequenas, já estão superlotadas com primeiro semestre desse ano, iria ser revista a legislação relativa à 10 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日 habitação pública e que abriria concurso público para aceitação de Quer dizer que só deverá ser desenvolvida habitação pública em pedidos de habitação económica por parte da população local. grande quantidade se já houver uma elevada percentagem de Estamos no segundo semestre de 2010. Pergunto: como é? O Senhor. habitação pública no território de Macau? O Sr. Secretário tem que não tem responsabilidades nesta matéria? Há muito tempo que a perceber que, sem terem culpa própria, muitas famílias deixaram de oferta de habitação pública tem sido diminuta, arrastando-se por ter condições de acesso a habitação pública. O Sr. Secretário está tempo indeterminado as longas listas de espera dos candidatos já constantemente a falar de numa governação baseada em critérios devidamente inscritos. Por outro lado, muitos cidadãos que se científicos, mas, desta vez, diz que em termos do nível de habitação inscreveram até ao final do ano transacto questionam-se sobre o pública existente, não é científico fazer-se uma comparação com as tempo que ainda vai decorrer para ser feita a apreciação dos seus sete regiões vizinhas. Acho incrível, pois trata-se de um critério objectivo mil e tal pedidos. Parece que ninguém sabe quando é que acaba o que permite o cálculo da quantidade de habitação pública que deve processo de apreciação dos pedidos já apresentados, nem quando ser disponibilizada à população. Por outro lado, muitas famílias irão ser efectivamente disponibilizadas as respectivas unidades de deixaram de ter condições para terem habitação pública, porque as alojamento. Mais ainda: quando é que vai ser lançado o novo suas condições económicas se foram alterando ao longo do tempo, concurso público para os pedidos de habitação económica? Muita desde a apresentação do seu pedido até à disponibilização efectiva da coisa foi dita e prometida, mas, até agora nada foi concretizado. habitação pública pelo Governo. Por exemplo, cresceram os filhos Espero que o Sr. Secretário não lave as mãos em relação a esta que eram pequenos, que depois concluíram os seus estudos e questão, respondendo frontalmente às perguntas entretanto começaram a trabalhar. Estas famílias continuam a ter necessidade formuladas, no que diz respeito à demora na oferta de habitação de habitação pública, passando a precisar de habitação económica, pública e ao tempo indeterminado de espera pela disponibilização de em vez de habitação social. Depois de o Governo ter suspendido habitação pública. todo o processo de habitação económica, como é que estas famílias poderão ver as suas necessidades satisfeitas? Por isso, peço ao Sr. Pessoalmente, de facto, gostaria de propor ao Governo a Secretário que considere as necessidades da população local em elaboração de um plano, segundo critérios científicos, de termos da quantidade de habitação pública disponível, que tem sido desenvolvimento da habitação pública durante os próximos dez anos. extremamente reduzida. Tem sido colocada esta questão e o Sr. Quando digo nos próximos dez anos, não significa que a resolução Secretário tem vindo a não cumprir a sua promessa ao longo dos dos problemas possa ser adiada para o final da próxima década. O anos. Devido à escassez de habitação pública disponível, há muito plano deve prever uma execução faseada de trabalhos, procurando tempo que não tem havido atribuição de casas públicas pelo Governo resolver alguns problemas acumulados do passado, numa primeira e ninguém sabe quando será a próxima vez. Esta questão até tem fase, satisfazendo as necessidades de habitação económica de mais preocupado o Sr. Secretário para a Segurança, que falou desta de 10.000 famílias e de habitação social de alguns milhares de matéria na quinta e na sexta-feira da semana passada, nestas agregados familiares que se encontram à espera, há já muitos anos. instalações da Assembleia Legislativa, defendendo a atribuição de Pergunto, então, quando é que o processo de apreciação dos sete mil casas públicas à população de Macau, incluindo aos próprios agentes e tal pedidos de habitação social e respectiva distribuição de policiais que têm sofrido muito com a questão da sua habitação. Por unidades de alojamento estará concluído. Embora o Sr. Secretário isso, este problema não só afecta a população, mas também os nada tenha dito sobre esta matéria durante a apresentação das Linhas agentes policiais de Macau. Espero que o Sr. Secretário acompanhe de Acção Governativa da área da sua responsabilidade, o Sr. Chefe de perto a resolução desta questão. do Executivo já afirmou publicamente, durante uma sessão de trabalhos realizada na Assembleia Legislativa, que deve haver um Desejo ainda que o Sr. Secretário não ignore as necessidades da prazo de espera bem definido para a distribuição de habitação população, alegando como pretexto o elevado número de agregados pública. Se o tempo de espera por habitação social for de dois anos e familiares que deixaram de reunir condições para lhes poder ser o de habitação económica for de três anos, então pergunto: qual atribuída uma habitação pública. Este fenómeno foi totalmente deverá ser a quantidade de habitação pública necessária para criado pelo Governo, pois, devido à escassez de habitação pública, o satisfazer todas as necessidades manifestadas? Para além disso, tempo de espera tem sido muito... muito longo, dando origem à mesmo que as 19.000 unidades de alojamento referidas pelo Sr. alteração das condições económicas das famílias interessadas e Secretário possam ser concluídas no prazo inicialmente previsto, não inscritas na lista de espera. Espero que o Sr. Secretário não vá por sei se serão suficientes para satisfazer a totalidade das necessidades esse caminho e que procure resolver este problema da população da população. Pois bem, até ao momento, existem mais de dezoito local. mil agregados familiares que estão em lista de espera, mais os sete mil e tal que apresentaram recentemente os seus pedidos para Obrigado. habitação social. Por outro lado, quantos mais irão aparecer quando o Governo começar a aceitar os pedidos de habitação económica? Presidente: Sr. Deputado Lau Veng Seng. Penso que haverá mais de vinte mil famílias interessadas, uma vez que há muitos cidadãos que, há muito tempo, não conseguem ter Lau Veng Seng: Obrigado Sr. Presidente. habitação própria. Nas regiões vizinhas, a taxa de famílias residentes em habitação pública é elevada, comparativamente à situação de Sr. Secretário, Srs. representantes do Governo, caros Colegas: Macau. Em Singapura, mais de 80% da população reside em unidades de alojamento público, enquanto em Hong Kong a mesma Pretendo hoje dialogar com o Sr. Secretário relativamente a vários taxa é de cerca de 50%. Quer isto dizer que, em Macau, o valor da aspectos. taxa anteriormente referida é inferior a 20%. Nos vossos relatórios, salienta-se que mais de 70% das famílias locais reside em habitação Em primeiro lugar, sobre os recursos humanos. O Sr. Secretário própria e menos de 20% em habitação pública, razão por que não mencionou, nas suas Linhas de Acção Governativa, que, nos tempos deve ser desenvolvida habitação pública em quantidade, em ordem a mais próximos, irão ser lançadas muitas obras públicas, por exemplo, não prejudicar a actividade do mercado imobiliário. Qual é a lógica? a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, o novo Campus da Universidade N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 11 de Macau, as obras de reconstrução da 1.ª fase do Complexo ambiente político que se regista, o Governo tem colocado muitos Hospitalar Conde de S. Januário, os diferentes projectos de habitação obstáculos, sendo esta a razão por que não só as pequenas e médias pública, etc. Pois bem, perante tantos projectos de construção civil, empresas, mas também as famílias que pretendem fazer pequenas para além dos que existem no sector do jogo, na zona do Cotai, obras nas suas casas, têm encontrado muitas dificuldades em previstos para os próximos tempos, penso que a questão dos recursos concretizar as suas pretensões. Como poderá ser resolvido este grave humanos poderá constituir um sério problema para a respectiva problema de falta de recursos humanos na área da construção civil? concretização. Por conseguinte, pretendo falar sobre este problema Estamos numa fase de implementação das reformas a nível da região do desequilíbrio estrutural verificado no sector da construção civil. do Delta do Rio das Pérolas, temos ainda que consolidar o nosso Como já frisei durante a sessão de debate das Linhas de Acção estatuto de centro de turismo e lazer a nível mundial, mas este grave Governativa na área da Economia e Finanças, de acordo com alguns problema da falta de recursos humanos poderá eventualmente dados disponíveis sobre os desempregados da construção civil, mais comprometer as nossas aspirações. Espero que o Governo possa de 60% do total eram trabalhadores com mais de cinquenta anos e enfrentar correctamente a questão e que procure resolver este acima dos quarenta eram mais de 30%. Estes dados mostram que problema. Temos que reconhecer que a importação adequada de existe pouca juventude e que o fenómeno do envelhecimento recursos humanos é uma solução viável para o problema, contudo, sobressai no sector da construção civil local, provocando um risco esta solução tem que ser negociada conjuntamente entre as partes do estrutural no âmbito dos respectivos recursos humanos. Por outro sector laboral, procurando-se uma forma de prestar apoio aos lado, devido à avançada idade de muitos trabalhadores da construção trabalhadores locais na obtenção de emprego e assegurando-se, civil, estes não conseguem desempenhar determinados tipos de assim, o normal desenvolvimento das actividades de construção civil. funções, criando situações contraditórias, quais sejam, por exemplo, haver determinadas funções sem candidatos ao lugar e determinados Há instantes, um dos meus colegas apresentou uma série de trabalhadores sem trabalho. Por outro lado, as entidades envolvidas problemas, apontando ainda um conjunto de sugestões, no âmbito da na formação de trabalhadores desempregados na área da construção apreciação de projectos de construção civil. Vou agora continuar o civil receberam mais de mil pedidos e, dos que receberam formação tema da sua intervenção com alguns dados. Pois bem, após a para a sua reconversão profissional, apenas um em cada dezasseis transferência de soberania, a oferta de fracções autónomas tem sido conseguiu ser reintegrado no mercado de trabalho da construção, reduzida, tanto a nível privado como público. Por outro lado, devido sendo que os outros, a maioria, deixaram o sector da construção civil ao rápido crescimento económico, foram aplicadas grandes entretanto. Face ao exposto, penso que a falta de recursos humanos quantidades de capitais no território, razão por que o preço dos já se afigura como um problema indiscutível, face ao lançamento da imóveis tem vindo a subir. Portanto, se em 2008 foram autorizados grande quantidade de obras civis previstas para breve. 57 projectos de construção civil para obras, em 2009 o mesmo número passou para 53, estando muitos outros projectos em situação Em relação a esta matéria, tenho várias perguntas para serem pendente, aguardando o resultado da apreciação dos respectivos colocadas ao Sr. Secretário e espero conseguir obter as respectivas pedidos. Nos últimos dois anos, o tempo de espera para apreciar os respostas. pedidos de licenças de construção civil tem sido longo, dificultando o aumento da oferta de habitação privada para satisfazer as Em primeiro lugar, sobre o desenvolvimento económico que se necessidades do mercado imobiliário local. Penso que o Governo já regista no território e a nível regional e às obras públicas a serem tomou conhecimento desta situação, razão pela qual, durante a lançadas pelo Governo nos próximos anos, pergunto ao Sr. apresentação das Linhas de Acção Governativa, salientou que já Secretário: no que concerne à concretização das promessas já foram implementados processos para simplificar e aperfeiçoar os entretanto apresentadas pelo Governo, qual irá ser a quantidade de procedimentos relativos aos pedidos de licenças de construção recursos humanos necessários para concluir todas as obras de privada, tendo já sido beneficiados, durante o ano de 2009, treze construção já definidas? Por outro lado, qual é a quantidade de pedidos. Neste sentido, foram elaborados impressos em formato recursos humanos disponíveis no mercado de trabalho local neste normalizado, com indicação dos requisitos, das condições e dos momento? Qual é o planeamento que, quanto a esta matéria, está a critérios de avaliação, etc., de modo a aumentar a eficácia e a ser feito, com critérios científicos, pelos serviços públicos produtividade do processo de apreciação dos pedidos. No entanto, competentes? Penso que a concretização do plano a definir pelo como já foi referido anteriormente por um colega meu, segundo Governo neste domínio, deverá ser conduzida de forma adequada e informações oriundas do sector relativamente a esta questão, há sem precipitações, para que não surjam eventuais efeitos colaterais. ainda muitos problemas por resolver no âmbito do processo de apreciação de pedidos, por exemplo, a questão da comunicação Em segundo lugar, dado que os postos de trabalho para a interdepartamental quando a apreciação de pedidos envolve vários construção de obras de grande envergadura são mais estáveis e intervenientes. Penso que devem ser estabelecidos prazos duradouros, verifica-se uma grande adesão de interessados no vinculativos para a elaboração dos vários pareceres, pois as trocas de respectivo processo de recrutamento. Sendo assim, para além dos correspondência e de documentação podem eventualmente levar desempregados da construção civil, muitos outros trabalhadores meses ou até mesmo um ano. também participaram nas acções de recrutamento realizadas pelas grandes empresas. Pergunto então: como é que as pequenas e médias Uma outra questão que gostaria de colocar refere-se à matéria do empresas conseguem sobreviver perante este tipo de situação de cálculo do prémio de concessão de terrenos, que também já foi desequilíbrio do mercado laboral? Basicamente, as pequenas e referida por um colega meu. Pois bem, no passado, o processo era médias empresas promovem actividades de menores dimensões e relativamente rápido, levando apenas alguns meses, mas, agora, às desenvolvem construções mais pequenas, razão pela qual a sua vezes nem num ano... nem em dois. Portanto, gostaria de perguntar capacidade para recrutamento de recursos humanos é diminuta. Não ao Governo: o tempo de espera para a conclusão do processo de conseguindo captar recursos humanos locais em quantidade cálculo do prémio de concessão não poderá ser encurtado, suficiente, as referidas empresas têm procurado recorrer a simplificando-se os procedimentos? Sobre esta matéria, gostaria trabalhadores não residentes, mas, devido à política definida e ao também que o Governo desse um pequeno esclarecimento ou fizesse 12 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日 uma breve apresentação, relativamente aos procedimentos que têm um cálculo científico e rigoroso do mesmo. Pergunto então ao Sr. que ser realizados no âmbito deste cálculo. Trata-se de um assunto Secretário: já foi feito algum estudo científico sobre as necessidades de vital importância para possibilitar a obtenção de lucros por parte efectivas de habitação pública local? Será que existe alguma dos investidores imobiliários. discrepância entre o resultado encontrado e o número atrás apresentado? Por outro lado, também gostaria de saber: quanto ao Quanto à questão da mentalidade dos funcionários públicos, que ano transacto, quantos interessados é que se apresentaram, também foi levantada anteriormente, penso que estes devem adquirir efectivamente, às fracções autónomas de habitação económica uma nova forma de pensar, agindo, trabalhando e resolvendo disponibilizadas pelo Governo? Qual a percentagem em relação ao problemas, para servir a população e as empresas locais, total dos candidatos à atribuição de casas económicas? São questões contribuindo assim para o desenvolvimento de Macau. Portanto, não que têm de ser esclarecidas. A situação do mercado imobiliário é um devem criar problemas desnecessários, atrasando a conclusão dos indicador do nível económico de uma dada região. Se, devido a uma trabalhos de apreciação de pedidos de licenças de obras públicas. excessiva oferta de habitação pública, houver um colapso do Espero que o Sr. Secretário possa encarar esta questão com mercado imobiliário, então a nossa economia irá entrar numa frontalidade, procurando encontrar a melhor solução para o situação muito má em termos de saúde. É de relembrar que a política problema. Quanto ao que o Senhor disse, relativamente ao processo de “oitenta e cinco mil”, lançada há muitos anos pelo Governo da de aperfeiçoamento dos procedimentos atrás referidos, pergunto se o RAEHK, provocou na altura um colapso do mercado imobiliário Governo tem para nos apresentar alguns dados comparativos privado, dando origem ao aparecimento de muitos proprietários de referentes ao anterior e posterior à sua implementação, em ordem a imóveis com dívidas avultadas e gerando um intenso mal-estar na permitir um conhecimento acerca do verdadeiro resultado entretanto população local e muitos problemas sociais colaterais. Foi uma obtido. Por outro lado, ainda sobre a implementação do processo de experiência da região vizinha. Diz-nos agora que teremos de evitar a melhoramento de procedimentos, será que o Governo tem vindo a todo o custo a repetição do mesmo fenómeno em Macau. Um proceder a uma auscultação contínua de opiniões, trocando Governo responsável deve agir em prol de todos e não de uma parte impressões com o sector e introduzindo eventuais ajustamentos da população e não pode considerar apenas as necessidades de considerados adequados para a sua consolidação? alguns e esquecer os interesses de outros, tais como os grandes proprietários imobiliários. Em 2009, existiam 157.513 unidades de Quanto à questão da habitação pública, penso que em ordem a ser alojamento privado, sendo que os interesses dos respectivos promovida a respectiva política, tem a mesma que ser concretizada proprietários também devem ser protegidos. A oferta maciça de de forma ordeira, eficaz e com passos firmes, cabendo ao Governo habitação pública poderá eventualmente prejudicá-los, provocando aperfeiçoar o respectivo regime de candidatura. A história do uma redução do valor das suas propriedades. Acho que, como rebentamento da bolha de especulação imobiliária da região vizinha Deputados, devemos também ouvir a voz destes cerca de cento e no passado pode servir-nos de exemplo, para não cairmos no mesmo sessenta mil proprietários. Pergunto, por outro lado, o que é que o Sr. erro. Para o bem de Macau, a longo prazo, devemos promover o Secretário pensa fazer para implementar a sua política de habitação desenvolvimento sustentado da nossa política de habitação pública, pública de forma ordeira? De qualquer maneira, estou de acordo, em ordem a resolver os problemas sentidos pela população com quando o Sr. Secretário diz que o objectivo fundamental da política necessidades habitacionais. Concordo com todas as políticas que de habitação do Governo é proporcionar habitação a todos os que possam contribuir para a estabilidade social e para o dela necessitam, disponibilizando-lhes um espaço digno de habitação. desenvolvimento harmonioso do território, pois o desenvolvimento É este, portanto, o meu ponto de vista. da habitação pública também desempenha uma função social, ainda que os problemas habitacionais não se resolvam simplesmente pela Quanto ao conflito entre as questões de desenvolvimento e de oferta maciça de habitação pública. De qualquer maneira, no sentido conservação, penso que são duas componentes que podem de tornar o mercado imobiliário... acho que a oferta de habitação complementar-se. Pois bem, por um lado, o património cultural de pública e privada deve ser complementada. Macau tem, sem dúvida, grande valor e significado cultural, tanto para os cidadãos como para os visitantes do exterior e, portanto, de Presidente: Sr. Deputado Tsui Wai Kwan. acordo com alguns, devem ser protegidos certos pontos de grande interesse, como é o caso da Colina da Penha, o Farol da Guia, etc. Tsui Wai Kwan: Obrigado Sr. Presidente. Deve limitar-se a altura das construções edificadas ao seu redor, mas, por outro, a reduzida oferta de recursos naturais e de terrenos do Sr. Secretário: território tem limitado a modernização do território, em termos de infra-estruturas urbanas, razão por que tem havido dificuldades no A área de governação do Sr. Secretário envolve todas as questões processo de harmonização das duas componentes atrás citadas, de natureza aérea, marítima e terrestre. Em primeiro lugar, falo da tornando-se um tema de discussão muito quente no seio da sociedade habitação pública que tem sido um tema muito quente na sociedade local. local. Alguém disse há momentos que faltam em Macau várias dezenas de milhares de unidades de habitação pública. Como é que Ainda me lembro que nos anos 60 Macau era ainda uma pequena se calculou este número? Não haverá alguma sobreavaliação? Pois vila piscatória. Os edifícios existentes tinham apenas um pouco mais bem, se cada família tiver duas a quatro pessoas, estas unidades de dez andares, por exemplo, o edifício “Lei Na”, com treze andares devem poder albergar mais de cem mil pessoas. A definição e a e os hotéis “Central” e “Internacional”, constituíam as poucas implementação das políticas de habitação têm muitas implicações edificações com alguma altura que então existiam. Pois bem, no não só na vida da população, mas também nas questões relacionadas passado, a paisagem era linda, mas, após tantos anos, a sociedade já com o erário público, utilização de terrenos, ambiente de está mais desenvolvida e estamos agora na era das tecnologias investimento, activos dos cidadãos, etc. Ou seja, os interesses dos avançadas. Por conseguinte, embora a protecção ambiental seja quinhentos e tal mil residentes de Macau. Portanto, não podemos actualmente uma moda para algumas pessoas, a sociedade local tem lançar um qualquer número de ânimo leve, devendo antes proceder a que se desenvolver, não havendo outro caminho se não seguir em N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 13 frente. Pessoalmente, não sou a favor da realização desenfreada de dentro do mesmo período de tempo, pergunto ao Governo: houve, ou obras de construção civil, pretendendo apenas que haja um certo não, um prévio planeamento na questão do apetrechamento equilíbrio na sociedade local. Quando alguém disse que o Farol da adequado de infra-estruturas, em ordem a responder às necessidades Guia já não pode ser visto de determinados sítios, acho que se decorrentes do desenvolvimento dos transportes marítimos? Por exagerou um pouco, porque este é totalmente visível em muitos outro lado, porque as obras de construção da ponte que liga Hong outros locais. Por isso, considero que, embora seja necessário Kong, Zhuhai e Macau, já foram lançadas em Dezembro do ano proteger o património cultural de Macau, devemos continuar a transacto, pergunto também: o Governo já reflectiu sobre o problema manter o desenvolvimento sustentado do território. Em relação ao de uma eventual retracção da actividade dos transportes marítimos, problema do centro hospitalar que irá ser construído nas Ilhas, que após a conclusão da referida ponte? Portanto, será que já foi eu saiba, a população local tem apoiado o local seleccionado para a desencadeado algum estudo sobre as necessidades de transportes sua localização, ou seja, no Lago Yingshan. É a primeira vez que marítimos depois de a referida ponte estar concluída? Irá o novo oiço este nome. Parece-me que é um pequeno charco que foi Terminal Marítimo da Taipa ficar às moscas no futuro, formado durante os aterros. Acho que existe alguma urgência na transformando-se num equipamento mais ou menos dispensável? construção de uma unidade hospitalar nas Ilhas, razão por que apelo Uma infra-estrutura que vai custar uma fortuna ao erário público, ao Governo o rápido lançamento das respectivas obras, devendo ser poderá deste modo representar um grande desperdício, devido à falta firme na realização deste projecto, para que a população local possa de visão ou de planeamento do Governo. Por conseguinte, penso que usufruir, o mais rapidamente possível, da prestação de serviços de o Sr. Secretário deve esclarecer esta questão. Afinal, foram, ou não saúde. foram feitos alguns estudos de avaliação e de planeamento sobre esta matéria, para que possam ser dissipadas as dúvidas da população Quanto à questão do metro ligeiro, o problema do trânsito já existe local sobre a mesma? em Macau há muito tempo e, nos últimos dez anos, o Governo tem tentado resolver esta questão. Em 2008, foi apresentada uma No que concerne às políticas de aviação civil, na página 178 do estratégia governamental para o desenvolvimento prioritário dos seu texto das Linhas de Acção Governativa, são abordadas as transportes públicos, assente fundamentalmente na implementação medidas para apoio à actividade de aviação civil local. Pois bem, do subsistema de metro ligeiro e na consolidação dos transportes em como já anteriormente afirmei, o nosso aeroporto tem que se autocarro e táxi, apoiado num subsistema pedonal a ser criado para o transformar num aeroporto de destino final. Por outro lado, temos efeito. Assim, em relação à componente principal da construção do que expandir os nossos mercados e embora no ano passado o total de metro ligeiro, o Governo lançou, em Outubro de 2009, o projecto de visitantes tenha diminuído, os provenientes do Japão cresceram a um construção da 1.ª fase do sistema, tendo recebido por parte da ritmo satisfatório. Esta política de expansão de mercados terá que ser sociedade local muitas opiniões construtivas, sugerindo, por realizada no futuro, sendo esta a razão por que pergunto ao Sr. exemplo, a adopção da solução subterrânea no troço que liga a Barra Secretário: quais são as medidas que o Senhor irá propor para a sua ao lago Nam Wan, em ordem a minimizar o impacto ambiental e concretização. No âmbito desta matéria, será que vai ser proteger eventuais efeitos negativos no Património Mundial de intensificado o diálogo entre a Autoridade de Aviação Civil de Macau, para além do aumento da capacidade de transporte de Macau e os Serviços de Turismo, para que a política passageiros para fazer face às necessidades decorrentes do supramencionada possa ser implementada com sucesso? desenvolvimento rápido de Macau e da cooperação regional em que o território também se encontra envolvido, etc. Estas sugestões Obrigado Sr. Secretário. foram todas aprovadas pela sociedade local, necessitando agora do rápido lançamento dos respectivos trabalhos por parte do Governo. Presidente: Sr.ª Deputada Ho Sio Kam. Que eu saiba, no final do ano transacto, o Governo procedeu ao lançamento do concurso internacional para aquisição de material Ho Sio Kam: Obrigada Sr. Presidente. circulante, esperando que as entidades proponentes remetam as suas propostas ainda antes no final de Abril próximo. O Governo tem Sr. Secretário, Srs. representantes do Governo, caros Colegas: vindo a afirmar que os trabalhos principais serão iniciados logo que sejam conhecidas as especificações do material circulante. Pois bem, Boa tarde. Hoje, vou falar com o Sr. Secretário sobre os seguintes pergunto se o Governo já tem uma calendarização concreta dos quatro aspectos na área das obras públicas da sua responsabilidade: trabalhos para nos apresentar. Será que a população local ainda tem a oportunidade para manifestar as suas ideias sobre esta matéria? Em primeiro lugar, sobre a questão do planeamento urbanístico, Especialmente em relação aos impactos que poderão eventualmente por exemplo, sobre os terrenos que irão ser reservados e destinados surgir no decurso das obras. Pergunto então: como será estabelecido às actividades educativas. Após a transferência de soberania, o o diálogo entre as entidades públicas responsáveis por este projecto e Governo apostou numa determinada política, privilegiando o sector a população envolvida? Por outro lado, sendo as obras do metro do turismo e do jogo, foram atribuídos terrenos, de grandes ligeiro infra-estruturas de grande envergadura, pergunto: haverá, ou dimensões e em quantidade, ao mesmo sector, para o não, alguma participação de recursos humanos locais na realização desenvolvimento das suas actividades de jogo e de edifícios de luxo. destas mesmas obras? Aguardo uma resposta e a opinião do Sr. Mas, por outro lado, os terrenos concedidos em prol da população Secretário sobre esta matéria. em geral já não são suficientes, por exemplo, no artigo 43.º da lei sobre o sistema de ensino não superior consta que o Governo tem Sobre as questões de natureza marítima, o Governo da RAEM que considerar as necessidades de desenvolvimento do ensino, emitiu no início deste ano, licenças para a exploração de catorze atribuindo terrenos para a instalação de equipamentos de ensino. No novas carreiras marítimas, havendo assim vinte e duas carreiras entanto, após a transferência de soberania, verifica-se um processo actualmente. Por conseguinte, a exploração das catorze novas muito lento de concessão de terrenos para este efeito. Devido a carreiras deve ter início dentro de meio ano. Entretanto, como não razões históricas, muitos dos estabelecimentos de ensino ainda não vai ser possível a conclusão do novo Terminal Marítimo da Taipa atingiram os requisitos mínimos exigidos pelo Governo a nível de 14 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日 instalações físicas, havendo por exemplo escolas que se encontram engarrafamento do trânsito nas zonas abrangidas também tem junto de templos chineses ou no interior de silos para automóveis. prejudicado o negócio dos estabelecimentos comerciais das áreas Portanto, no futuro próximo, espero que possa ser aproveitada a circundantes. Espero por isso que os serviços competentes tenham oportunidade única criada pelo desenvolvimento dos dois grandes aprendido com a experiência dos outros, no que se refere à projectos de alargamento do espaço geográfico de Macau, concretização do nosso metro ligeiro. Por outro lado, penso que respeitantes à Ilha da Montanha e aos novos aterros. Muito embora Governo também deve auscultar a opinião dos diferentes sectores da na Ilha da Montanha já exista um plano para a construção do novo sociedade local, no sentido de encontrar soluções concretas, criando, Campus da Universidade de Macau, satisfazendo as suas por exemplo, um regime de horário flexível e alternativo para as necessidades de desenvolvimento, as instalações do Instituto empresas e para os estabelecimentos de ensino locais. Acredito ainda Politécnico, por exemplo, são ainda insuficientes, obrigando à que as acções de sensibilização e de educação também podem ter utilização de muitos locais distintos para a realização das suas algum efeito positivo, por exemplo, incentivando as pessoas a actividades educativas. Sendo assim, pergunto ao Sr. Secretário: não andarem a pé e a utilizarem mais os transportes públicos, reduzindo poderá ser realizado um planeamento urbano global onde possam ser a dependência do uso dos seus veículos particulares. Assim sendo, incluídas todas as necessidades de todos os estabelecimentos de tenho três perguntas a colocar ao Sr. Secretário. A primeira pergunta ensino, para que seja elevado o nível e a qualidade de ensino tem a ver com a avaliação da situação relativamente ao agravamento ministrado? do trânsito, durante o período de realização das obras do metro ligeiro. Já foi feito algum estudo? Se sim, será que já foram A segunda pergunta tem a ver com os 350 hectares de terreno a encontradas algumas soluções para o problema? Em segundo lugar, conquistar ao mar, permitindo assim aliviar as preocupações por quero saber: o que irá ser feito para proteger as actividades falta de terrenos disponíveis no território. O Governo prometeu que comerciais contra os efeitos negativos decorrentes da realização de os referidos terrenos conquistados ao mar se destinavam, obras de infra-estruturas de grande envergadura? Pergunto ainda: fundamentalmente, a servir a população local, em ordem a colmatar quais irão ser as medidas previstas, no âmbito da sensibilização e as deficiências criadas, ao longo dos últimos dez anos, pela adopção educação da população, no sentido de esta poder estar prevenida de políticas predominantemente económicas. Esta mudança de contra os eventuais efeitos negativos decorrentes da realização das vontade política do Governo tem merecido o aplauso da população obras do metro ligeiro e de lhe ser prestado todo o apoio e local e eu, pessoalmente, estou muita satisfeita por ter ouvido o Sr. colaboração? Secretário dizer, há momentos, que pelo menos 50% ou mais das áreas conquistadas ao mar se destinam à construção de habitação Em terceiro lugar, pretendo abordar a questão da gestão dos pública, de equipamentos e instalações culturais, desportivas, de recursos hídricos. Pois bem, para promover uma sociedade serviços sociais, de ensino, infra-estruturas rodoviárias, etc. Portanto, economizadora de água, já foram realizadas muitas actividades, tais penso que deve ser acautelada a reserva de algumas parcelas de como sessões de apresentação e de consulta da opinião pública, terrenos para a construção de estabelecimentos de ensino e, para estudos, etc. Tudo isto foi abordado, há momentos, pelo Sr. tanto, espero que os Srs. Secretários para os Transportes e Obras Secretário. Pergunto agora: relativamente ao Plano Geral de Públicas e para os Assuntos Sociais e Cultura, possam criar um Poupança de Água, quando é que este irá ser apresentado ao público? mecanismo de diálogo mais estreito, intensificando a respectiva Será que o Governo está mesmo determinado na firme execução das comunicação e cooperação entre as duas partes, no sentido de acções delineadas no Plano de Poupança de Água? Por outro lado, proceder a um melhor planeamento na área do ensino em Macau, no passado falou-se sobre um regime tarifário da água em função do melhorando, por exemplo, o nível dos equipamentos de ensino escalão de consumo. Pretendo saber agora: como é que estão a existentes do território. Em relação a esta mesma matéria, gostaria de decorrer os respectivos estudos? Será que já existe e está definida perguntar ao Sr. Secretário: no âmbito da disponibilização de uma calendarização de acções? Nos últimos tempos, tem havido uma terrenos para fins de ensino ou de reconstrução de escolas, poderão situação de grande seca nas regiões da China Continental, os serviços competentes na área da Educação e os Serviços de Obras nomeadamente em Guizhou e em Yunnan, que se prolonga por Públicas, procurar implementar um mecanismo de comunicação e longos períodos e atinge extensas áreas, razão pela qual penso que cooperação eficaz para a resolução dos problemas no âmbito temos de nos precaver, procurando ao máximo poupar água. Para o supracitado? Como é que o princípio da “primazia ao ensino” poderá efeito, acho que devemos procurar realizar acções de melhor ser materializado no âmbito da distribuição dos recursos naturais do qualidade no âmbito da educação junto da população, território? Uma outra questão refere-se ao planeamento da instalação nomeadamente, a estudantil. Portanto pergunto: é possível elaborar de equipamentos do ensino superior e básico, em futuros terrenos alguns materiais didácticos suplementares para serem distribuídos e conquistados ao mar. Como será este planeamento e como é que utilizados nos estabelecimentos de ensino locais? Considero que as poderá ser alcançado um maior desenvolvimento do ensino local escolas podem ser um meio eficaz para a educação da população através do mesmo? Trata-se de uma questão muito importante. para a poupança da água.

Em segundo lugar, quanto à questão do metro ligeiro, que também Em quarto lugar, sobre a divulgação e promoção da protecção já foi referida por alguns dos meus colegas, pergunto: como é que, ambiental. É verdade que estou muito satisfeita por constatar que o no momento da sua concretização, irão ser minimizados os efeitos Governo colocou a promoção e educação como um dos três pilares negativos no trânsito? O metro ligeiro constitui um marco muito da acção governativa no âmbito da protecção ambiental. Este já é um importante na vida da população local, tendo como objectivo dos mais quentes temas da actualidade internacional. Considero que dinamizar a rede rodoviária local, facilitando as deslocações. Quero a responsabilidade para a criação de uma cidade verde com boa saber, contudo, se o seu lançamento irá causar perturbações qualidade de vida não cabe apenas ao Governo, pois todos temos a eventualmente graves na vida normal da sociedade, agravando ainda nossa quota-parte de responsabilidade. Pois bem, para divulgar esta mais o caótico trânsito que já existe em Macau. O caso de Zhuhai é mensagem, temos que começar com as criancinhas da nossa um bom exemplo, pois a realização das respectivas obras tem sociedade, proporcionando-lhes conhecimentos adequados sobre a provocado muitos efeitos negativos sobre o ambiente e o protecção do nosso ambiente. Penso que ainda há muito a fazer, N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 15 nomeadamente junto da população estudantil, por exemplo, aspectos para procurar encontrar outras soluções para a resolução do instalando nas escolas locais equipamentos verdes, tais como actual problema da habitação. Seguindo este raciocínio, para a cantinas verdes, salas de aulas verdes, para que as nossas crianças e definição da política global da habitação do território, temos que jovens possam ter um maior contacto com este tema da protecção considerar as suas três componentes, quais sejam a habitação social, ambiental. Para o efeito, considero necessário que haja coordenação a económica e a privada. Há momentos, o Sr. Deputado Lau Veng e orientação por parte das entidades competentes, no sentido de Seng referiu a questão do equilíbrio que deve existir entre a serem implementadas determinadas medidas concretas e habitação privada e pública. Este é, realmente, um grande problema, adequadamente definidas. Deverão ainda ser intensificadas as acções sendo outro a situação da procura e da oferta de habitação pública. de sensibilização e educação dos estudantes para a transmissão de Em relação a esta última matéria, já no ano passado, quando estive conhecimentos correctos sobre protecção ambiental, no sentido da nestas instalações, disse que iríamos realizar estudos e planos consolidação das bases, em ordem a ser criada, futuramente, uma profundos para definir a quantidade adequada de habitação pública a cidade verde com baixa emissão de carbono. Entretanto, dado o lançar em momento oportuno. Portanto, temos que ter um plano a elevado custo de alguns equipamentos verdes que poderão longo prazo, que contemple matérias relativas a políticas, solos, eventualmente ser introduzidos nos estabelecimentos de ensino recursos, planeamento e respectivas relações. Só com políticas de locais, para fins didácticos, pergunto: não poderá haver um fundo desenvolvimento abrangentes é que podemos resolver, de forma constituído para o efeito, que apoie financeiramente as instituições continuada, as necessidades de habitação da nossa população. Para de ensino na compra dos mesmos equipamentos. tanto, já estão em curso desde o ano transacto os trabalhos preparatórios para definir as políticas de desenvolvimento de Agradeço a atenção prestada às questões colocadas. habitação do território. Há instantes, quando estava a falar das políticas de desenvolvimento de habitação pública, penso que devia Presidente: Sr. Secretário Lau. ter referido também as políticas de desenvolvimento da habitação privada, pois sem estas as políticas de desenvolvimento da habitação Já cinco Srs. Deputados apresentaram as suas intervenções. Peço de Macau a longo prazo ficarão incompletas. O problema que resuma a sua resposta às perguntas formuladas, controlando bem anteriormente colocado pelo Sr. Deputado Lau Veng Seng leva-me a o seu tempo, para que às 17:15h possamos ter um intervalo de pensar na questão da criação de um grupo de trabalho 00:30h. interdepartamental para a discussão de ideias. Considero que há muitas matérias envolvidas e relacionadas umas com as outras, Sr. Secretário, faça o favor de responder. sendo esta a razão pela qual se não forem definidas políticas abrangentes de habitação, poderão aparecer questões no âmbito do Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Lau Si Io: Sr. sector privado para as quais não teremos resposta. Portanto, o nosso Presidente: plano inicial, que era a definição de políticas de desenvolvimento de habitação pública, foi transformado na definição de políticas de Há momentos, foram levantadas muitas questões sobre variados desenvolvimento da habitação a longo prazo em Macau. Não vou aspectos. Até ao intervalo, vou procurar responder a todas as apresentar este nosso plano, nesta altura, pois é extenso, mas espero perguntas levantadas, que são muitas, mas, caso não consiga, poder fazê-lo em momento próprio, através de uma exposição. responderei às restantes após o intervalo. Sr. Presidente, pode ser? Ok. Relativamente ao problema concreto da habitação pública, muitas foram as opiniões dadas durante os últimos dois anos pela nossa De facto, há instantes, foram colocadas muitas perguntas, todas sociedade civil, razão por que vou falar um pouco sobre esta matéria, elas de grande interesse para a sociedade ou para a população local. nomeadamente sobre o que o Governo tenciona fazer concretamente Pois bem, vou agrupá-las por área e procurar responder a cada uma durante o corrente ano, em relação a esta questão. das perguntas formuladas. Em primeiro lugar, quanto ao problema do tempo de espera para Sobre as questões que envolvem pedidos de informação ou atribuição de habitação pública. Há duas semanas, o Sr. Chefe do procedimentos administrativos, lamento, mas não vou responder Executivo reconheceu a necessidade da sua resolução e nós também aqui e, em vez disso, vou tentar abordar estratégias e políticas do já procedemos a um estudo sobre o mesmo assunto. É uma matéria Governo, numa visão macro. Não vou seguir a ordem das perguntas, que gostaria de discutir convosco para poder recolher todas as vossas sendo que a primeira matéria que vou abordar é a questão da opiniões e sugestões e para definir o respectivo prazo. Por outro lado, habitação, que é um tema de grande interesse de todos os Srs. esta questão será também posta a debate público, quando forem Deputados. apresentadas as políticas de desenvolvimento da habitação do território, cujo processo espero estar concluído até ao final do Há pouco, os Srs. Deputados Chan Meng Kam, Ng Kuok Cheong, corrente ano. Portanto, em matéria de assuntos habitacionais, está Lau Veng Seng e Tsui Wai Kwan, falaram e apresentaram a sua amplamente reconhecida a necessidade de participação da sociedade muito valiosa e construtiva opinião sobre este tema da habitação. civil e da população local na sua resolução, para que as políticas Todos abordaram a matéria, focando a questão da quantidade, por habitacionais adoptadas pelo Governo possam recolher um maior exemplo, a Sr.ª Deputada Ho Sio Kam questionou se haveria número de votos de apoio. Pois bem, no próximo mês de Abril, quantidade de terrenos suficiente para construir escolas. Contudo, iremos criar a Comissão Consultiva da Habitação Pública, que em relação ao problema da habitação, não nos podemos restringir servirá de plataforma, onde irão ser debatidos todos os problemas da apenas à questão da quantidade, pois esta envolve recursos, ou seja, habitação que são de grande interesse e preocupação de toda a a distribuição de recursos naturais, financeiros e humanos, fazendo população local. O primeiro debate, após a sua criação, será feito em sobressair muitos problemas inerentes à mesma matéria. Deste modo, torno das políticas de desenvolvimento da habitação do território no quando planeamos as nossas futuras políticas globais na área da que concerne à parte da habitação pública, sendo os resultados habitação, para além da quantidade, temos que considerar outros posteriormente divulgados à população para recolha de opiniões. 16 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日

Por outro lado, tendo em conta o problema dos sete mil e tal habitação pública. Estas políticas foram analisadas de forma agregados familiares, inscritos até ao final do ano transacto e que científica, tendo em conta a realidade local, sendo que a respectiva estão em lista de espera para atribuição de habitação social, iremos, implementação deverá acontecer logo que haja o consenso de todos e até Julho ou Setembro próximo, o mais tardar, proceder à apreciação garantida que esteja a sua sustentabilidade. da totalidade dos pedidos apresentados até Dezembro do ano passado. O Governo tem conhecimento de que os agregados Quanto à questão da governação de forma científica familiares provenientes das classes baixas da nossa sociedade sentem constantemente referida, os Srs. Deputados já apresentaram muitos grandes pressões e dificuldades associadas ao aumento das rendas da dados, que considero válidos, mas também tenho algo a dizer sobre habitação, sendo esta a razão pela qual, desde o ano passado, foram isto. Como é que irão ser utilizados estes dados para analisar a lançadas algumas medidas de apoio a seu favor, atribuindo-se um situação global da habitação no território? Pois bem, temos que ser subsídio de renda de casa aos que se encontram em lista de espera francos e honestos para analisar os dados que possuímos. Vejamos: para atribuição de habitação social. A vigência desta medida será temos actualmente mais de 180.000 unidades de alojamento em prorrogada a partir de Setembro próximo, com dois ajustamentos de Macau, sendo o total de agregados familiares superior a 160.000. De conteúdo. Por um lado, o montante do subsídio da renda a atribuir às acordo com as nossas estatísticas, cada unidade de alojamento famílias beneficiadas será significativamente aumentado, sendo o alberga, em média, cerca de 2,8 pessoas. Por outro lado, em relação valor oportunamente anunciado, e, por outro, os requisitos mínimos às unidades de habitação pública, temos 130.000 unidades de de candidatura para atribuição de subsídios de renda de casa serão habitação social e económica, sem contar com as que se encontram flexibilizados, para que um maior número de agregados familiares no papel e em fase de construção. Por outro lado, ainda vão ser que se encontram em lista de espera possam beneficiar desta medida, construídas mais 19.000 unidades de habitação pública até 2012, e, aliviando assim eventuais dificuldades que possam sentir associadas se considerarmos que é de 480.000 o total de residentes locais com ao aumento das rendas de casa. condições para requerer habitação pública, a relação entre os que residem em habitação pública e o total atinge os 27%. Por outro lado, Relativamente ao problema das 19.000 unidades de habitação além de ter atribuído habitação social e económica aos residentes pública a disponibilizar pelo Governo, já foi dito em várias ocasiões necessitados, o Governo prestou ainda apoio, por exemplo, nos que se trata de uma tarefa deste 3.º Governo da RAEM, inscrita nas últimos quatro anos, concedendo subsídios, na implementando nossas Linhas de Acção Governativa, pelo que nos iremos esforçar planos de garantia de crédito e de bonificação de juros e concedendo em ordem à sua bem-sucedida concretização. Trata-se de um um subsídio de renda de casa para todos os que se encontram em trabalho com algum grau de dificuldade de execução, mas tal não lista de espera para atribuição de habitação social. Portanto, feitas as significa que não o possamos concluir. Pelo contrário, iremos contas, mais de 30% da população está a ser beneficiada pelas concentrar todos os nossos esforços, através de mecanismos vários, medidas atrás referidas e implementadas pelo Governo no âmbito da procedendo ao lançamento de concursos públicos e à realização de resolução dos seus problemas de habitação. Estes são os números adjudicações e de outros trabalhos, em conjunto com os diversos que apresento, representando uma realidade objectiva da situação em serviços públicos de planeamento, de habitação e de obras públicas, que nos encontramos. É evidente que os Srs. Deputados também no sentido de acelerar o processo de concretização das 19.000 podem apresentar os seus dados. Presentemente, a discussão em unidades de habitação pública. torno desta matéria tende a caminhar em dois sentidos diametralmente opostos. Se por um lado alguns dizem que existem muitas unidades de alojamento superlotadas, por outro, há muitas Quanto às políticas de desenvolvimento da habitação a longo fracções autónomas destinadas à habitação que estão devolutas. prazo, embora alguns dos Srs. Deputados tenham apresentado Penso que esta opinião não é objectiva. Temos que recorrer a algumas opiniões contrárias à minha, na minha intervenção frisei que métodos científicos, analisando com rigor os dados disponíveis, a o espírito fundamental adoptado é a existência de alojamento para fim de termos um conhecimento mais aprofundado da situação em todos e que todos vivam bem. Este é o espírito fundamental. análise. Caso contrário, teremos muitas dificuldades em encontrar Sabemos que o rápido desenvolvimento económico da sociedade traz uma solução adequada para a questão da habitação que, em si inevitavelmente uma subida significativa do preço e da renda dos própria, já é um problema de muito difícil resolução. Em matéria de imóveis locais, provocando um aumento das dificuldades sentidas necessidades de habitação, temos ainda que considerar a procura pela população com baixos rendimentos. Por isso, a ideia imobiliária para efeitos de investimento, razão por que teremos de fundamental é a existência de uma garantia, assegurar o direito à estudar esta questão de forma científica, por exemplo, elaborando habitação dos residentes locais. Esta é, portanto, a peça fundamental projecções para o futuro sobre a população local, utilizando ainda da nossa política global de habitação e de habitação pública. Sendo dados sobre a habitação, terrenos e outras matérias, a fim de procurar assim, tratando-se de um direito fundamental, em matéria de elaborar previsões e definir planos concretos. Contudo, volto a dizer, habitação será dada prioridade à prestação de apoio à população com a previsão das necessidades de procura imobiliária para investimento baixos rendimentos. Portanto, nas políticas de habitação que irão ser é um trabalho de muito difícil execução, visto que a aplicação do definidas futuramente, iremos ter em conta dois objectivos investimento é fortemente afectada por factores externos. De fundamentais: o primeiro, esforçarmo-nos na resolução dos qualquer maneira, a definição das políticas globais de habitação do problemas de habitação da população, de forma pragmática, justa, território são um trabalho da nossa responsabilidade e tem que ser eficaz e continuada; em segundo lugar, a definição das nossas feito correctamente. políticas de habitação deve ser de modo a permitir manter o desenvolvimento estável e são do mercado imobiliário e da Fico por aqui na minha apresentação sobre esta matéria. economia do território. Entretanto, irei combinar com o Sr. Presidente para em altura oportuna regressar a estas instalações para uma nova apresentação A forma como iremos implementar o que foi descrito será das políticas de habitação de Macau. apresentado em pormenor posteriormente, em momento oportuno, quando for realizada a sessão de apresentação das nossas políticas de Sr. Presidente: N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 17

São precisamente 17:15h, pelo que pergunto se vamos ou não exageradamente cautelosos. Lamento. Se nem sequer consegue fazer um intervalo para depois... distinguir o preto do branco, quem é que faz as coisas? O segundo aspecto, em situação ainda pouco clara, qual é o subordinado que o Presidente: Vamos agora para um intervalo de 00:30h e depois quer ouvir? Há ainda quem venha dizer que no passado se fazia desta prosseguiremos. maneira. E há outros que não fazem nada, aproveitando para fazer menos ainda, já que nada é claro e não se sabe o que é correcto, (Intervalo) deixando alastrar as coisas. Mais ainda, há um excesso de impedimentos, isto é, de zelo a mais para não fazerem as coisas. O subordinado diz: “você está a comprometer-me?!”. Nestas situações, Presidente: Bom, vamos continuar com a sessão. como é que actua? De facto, deve malhar-se quando tiver que ser, mesmo que seja no ferro. O Sr. Secretário é uma pessoa boa, toda a Dou agora a palavra a cinco Srs. Deputados. Depois de estes gente acredita que é limpo. Deve chamar a atenção quando há intervirem, deixo o resto do tempo para o Sr. Secretário responder. incorrecções, não devendo deixar alastrar as coisas. Daí que sugira ao Governo, isto é, aos colegas das autoridades judiciais, para Sr. Deputado Mak Soi Kun, faça o favor. acelerarem o julgamento do Caso Ao e actuarem em regime de excepção, em casos especiais. A população acha que isto não se deve Mak Soi Kun: Obrigado Sr. Presidente. alastrar por mais tempo, pois alguns funcionários públicos têm também que participar nas respectivas audiências. Será que eles não Sr. Secretário, Srs. representantes do Governo, caros Colegas: têm mais nada para fazer? Que o veredicto venha mais depressa, para que não se criem suspeitas entre os colegas e que as coisas Como sabemos, o espírito governativo do 3.º Governo é a sejam tratadas de acordo com a lei. Tratamento público para assuntos continuidade e a inovação, mas a continuidade pode existir para públicos. Recompense-se quem colabore e reprimam-se os faltosos. todos, menos para o Sr. Secretário Lau. Tem que ser inovador. Creio Sr. Secretário, tenha mais coragem, eu compreendo-o e apoio-o. que o Sr. Chefe do Executivo concorda que é o único Secretário que não pode herdar. E porquê? Há 3 razões. Depois de as enumerar, Não sei se sabe, mas os diferentes sectores da sociedade esperam espero que o Sr. Secretário ouça e responda com seriedade. Eis então que possa dirigir toda a equipa dos Serviços das Obras Públicas a os três problemas: Primeiro, a política de transparência. O Governo sair desta sombra, contribuindo para o desenvolvimento de Macau. está a concluir o julgamento do Caso Ao e o Sr. Secretário Lau tem Sr. Secretário, toda a gente sabe que é boa pessoa, eu concordo... daí que ter a coragem para sair da sombra do Caso Ao, reanimar o que nos sintamos deveras preocupados... queremos apoiá-lo. Tenho espírito dos funcionários públicos e elevar a eficiência dos trabalhos; três sugestões a fazer-lhe: primeira, Sr. Secretário, não crie tantos Segundo, na altura de Ao Man Long este só se preocupava com o serviços, porque não há tanto pessoal. Mesmo que os crie, anda a negócio da corrupção, deixando a protecção ambiental quase em tirar de um lado para o outro e depois vai tirar os engenheiros civis situação de morte prematura. A Direcção dos Serviços de Protecção das nossas pequenas empresas, o que não é desejável. Já são poucas Ambiental enferma de deficiências à nascença, daí que deve as pessoas a trabalharem, mais a mais, mal acabam de dominar os esforçar-se mais a posteriori. Embora haja especialistas que assuntos, são desviadas para outros sítios. É capaz de me dizer considerem ser muito difícil promover a protecção ambiental, com o quantos serviços já foram criados? Estas pessoas têm que ter apoio da nossa população não há que ter medo, basta contar-nos o formação para saberem fazer as coisas. Sejam mais científicos e que se passa; Terceiro problema, nós sabemos que o Sr. Secretário racionais. O segundo ponto, Sr. Secretário: há de facto muito trabalha muito, mesmo que não o diga. Há cidadãos que acham que o trabalho ainda por fazer, e muito dele não está relacionado com o Sr. Secretário é boa pessoa, nós concordamos, mas dentro da lista Caso Ao. Não há que o evitar, estejam à vontade para o fazerem. Tal dos representantes avarentos do Governo, o Senhor está no lugar da como o problema das licenças de instalações eléctricas de 7.ª frente. Concorda com esta avaliação? Será que pode deixar de ser categoria, com o qual o sector tanto se tem debatido, já lá vão 70 avarento e ajudar a população mais rapidamente? São estes os três anos, ainda na vigência da lei antiga. Não tem nada a ver com a problemas. corrupção, mas ainda que seja do interesse de todos, não mexam no assunto. Mudem, para o bem de todos! Ouve-se dizer que a O primeiro problema, sob a bondade da política de transparência: Companhia de Electricidade de Macau também está a acelerar com a o Governo presta-se a dar por concluído em breve o julgamento do licença da 8.ª categoria, para não ter de esperar tanto tempo. Queria Caso Ao. O Sr. Secretário Lau tem que ter coragem para sair da saber quando é que o assunto fica resolvido. sombra deste Processo, reanimar o espírito dos funcionários públicos, elevando a sua eficiência. No caso de corrupção de Ao Man Long, O segundo problema tem a ver com o que referi há pouco, de que foi extremamente penoso e injusto para o Sr. Secretário Lau assumir Ao Man Long só se preocupava com o negócio da corrupção, sem o cargo em situação de risco, carregando o peso. O Senhor teve querer mexer na protecção ambiental. Na verdade, há muita gente coragem. Queria citar um verso, o tal que diz que “quando cai uma que se preocupa com a protecção do ambiente. Quando aqui cheguei, missão do céu a determinada pessoa...”, mas não tenho tanto jeito a Sr.ª Chow disse-me que hoje trazia gravata verde, seguramente como o Sr. Chi Wai ou o Sr. Keong, por isso, deixo de citar. Toda a para falar sobre a protecção ambiental. Sim, é verdade, há bocado, gente sabe que o Caso Ao teve um grande impacto, sendo toda a Chan Wai Chi também olhou para mim, na casa de banho... não se população de Macau vítima. Mas os titulares do Governo que têm a riam, ele estava a ver se eu ia usar um lenço para limpar as mãos. Ele responsabilidade de a enfrentar e de a assumir são ainda mais disse-me que passo a vida a falar da protecção ambiental e eu vítimas, porque querem fazer, mas não podem. Foram solidários, respondi-lhe que ando de facto, pois sou defensor da ecologia, e eu mas não na corrupção, sendo sujeitos a audiências em tribunal. próprio ponho-a em prática. A defesa do ambiente deve começar por Muito sinceramente, se fosse o Senhor, para sermos justos, será que cada um de nós. O Governo já perdeu um momento de ouro para a se sentia animado quando fosse chamado a fazer as coisas? Pedem- desenvolver. Em 2003, quando começaram as obras dos casinos, lhes para serem mais rápidos, mas obedecendo à lei, e que sejam devia ter sido elaborada legislação, porque os investidores 18 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日 estrangeiros estavam basicamente cientes da sua responsabilidade mas não há problema, creio que, antes de para aqui virem, o Sr. social, pois na terra deles já deixaram de usar esses equipamentos Secretário e os seus colegas se prepararam com dados novos e boas que deitam fumo. Quantos destes é que ainda temos em Macau? Há notícias para este ano, para daqui a pouco nos contarem. Pode ser, ou sim, mas deixaram de ser usados há uns anos e estão todos com não, Sr. Secretário? No entanto, recolhi algumas opiniões do sector, ferrugem. Porque não proibir o seu uso? Ao Man Long prejudicou no que concerne às licenças de instalações eléctricas de 7.ª categoria, imensa gente! Não tratou da protecção do ambiente, mas agora é o Sr. relativas à defesa do ambiente, que merecem o apoio da população, Secretário e o Sr. Director Cheong que têm de tratar do caso. tendo redigido um texto intitulado “Uma reflexão para o não Coitados! É correcto dizer que “o céu tem olhos”, ainda bem que ele procedimento na Administração”, que foi objecto de publicação na foi para a prisão, caso contrário estávamos tramados. Ele não fazia Coluna de Lótus do Jornal Ou Mun. Mais, na 85.ª edição da Revista nada ou, se fez por mal... anda a poluir Macau há sete anos, desde Administração, foquei certos aspectos do sector da construção civil, 2003. Se estivéssemos nos Estados Unidos da América e tivéssemos juntando as opiniões recolhidas no sector. Na 51.ª edição da problemas de saúde, seguramente que acabaríamos por ser Revista “Estudos de Macau”, publicada pela Universidade de Macau, processados. Durante estes sete anos, o PIB foi conseguido à custa falei sobre a situação catastrófica do sector, porque com o da saúde da população de Macau. Temos que reflectir um pouco desenvolvimento económico muita gente pensa que ganhamos muito, nisto. Apoiem quanto antes as pequenas empresas com bonificações mas isto não é um facto, porque aqui não há rei nem roque, toda a de crédito, para que possam mudar os equipamentos, melhorando o gente faz sempre alguma coisa. Como seria em Hong Kong ou na serviço e para que não haja tanta poluição em Macau. A proibição da China Continental se não tivessem a carta profissional? O Sr. importação dos motociclos a dois tempos é uma boa solução, mas Secretário pode ficar descansado, pois estas publicações foram-me não deve ser de uma assentada, podem deixar o resto a circular, oferecidas pela editora, não as comprei. Vou pedir agora que lhe embora saibamos que estão a ultrapassar os níveis internacionais de enviem um exemplar. Obrigado. O mais importante é que dêem poluição. Por falar em ruído, alguns deles, os silenciosos, são os obras ao sector, o mais breve possível. piores. Os aparelhos de ar condicionado de muitos casinos emitem ruídos silenciosos, lesam as pessoas de forma invisível, provocando Obrigado. neurastenia e não as deixando dormir. Nas grávidas, não em todas, pode afectar o crescimento das crianças. O ruído dos aparelhos de ar Presidente: Sr. Deputado Tong Io Cheng. condicionado, dos geradores, dos ventiladores, tudo isto devia ser proibido, em vez de o fazerem pontualmente. A defesa do ambiente Tong Io Cheng: Obrigado Sr. Presidente. deve começar por nós próprios, daí que Sr. Deputado Chan Wai Chi use lenço de pano, podendo a qualquer altura check [verifica] que Sr. Secretário, Srs. representantes do Governo, caros Colegas: estou a fazê-lo. Há muita gente que apoia a defesa do ambiente. O procedimento deve ser também uniforme dentro dos serviços Hoje tenho algumas questões para apresentar ao Sr. Secretário. públicos. Porque é que não fazem uma avaliação ecológica no Terminal Marítimo da Taipa? Os vossos serviços também não Em primeiro lugar, quanto às terras: são um recurso próprio muito aderem à defesa do ambiente. Como é que Macau vão resolver esta importante para a RAEM, o seu aproveitamento legal está garantido questão? Se os próprios serviços não estão unidos, como é que pela Lei Básica, pela Lei de Terras, pelo Código Civil, pelo Código Macau consegue garantir a protecção do ambiente? Devemos pensar Penal, pelo Código de Procedimento Administrativo, etc. Ou seja, mais nisto. É um autêntico suspiro para Macau. Há que deixar a por uma série de diplomas. Mas, actos ilegais, sem fundamentação sobrecarga do passado e olhar para a frente, de mãos dadas, para legal, recorrendo à agressão ou actuando de forma oculta, destruindo trabalharmos bem na defesa do ambiente. Tal como no Canal dos o aspecto das montanhas ou apoderando-se de propriedade pública, Patos, onde o Governo diz que vai actuar com a ajuda das entidades trazem efeitos muito negativos à sociedade, ao Governo, à ordem associativas. Os moradores concordam, toda a gente apoia. Mais jurídica, à ordem económica. Isto é repudiado profundamente por coragem! Sr. Secretário, você trabalha muito de facto. É tão boa toda a sociedade. O Governo, nas Linhas de Acção Governativa, pessoa, não queira ocupar o primeiro lugar no ranking dos avarentos. refere que no ano passado já realizou, por diversas vezes, acções Daqui a pouco, será que podia esclarecer-nos estas questões e não interdepartamentais de combate a estes actos ilegais, tendo ser tão sovina? Toda a gente ficou mal na crise financeira. Dos 10,5 alcançado alguns resultados. Mas, depois deste esforço do Governo, mil milhões previstos para o aumento do consumo interno, só foram incluindo do Sr. Director, pois lembro-me de o ter visto na televisão gastos 1,9 mil milhões. Toda a gente ficou desprevenida, os com um capacete na cabeça a participar e a dirigir as acções, parece- trabalhadores ficaram desempregados, as pequenas empresas faliram, me que aqueles actos ilegais nunca chegaram de existir, continuando não há nada a fazer. Você falou nos 10,5 mil milhões, toda a gente a ser construídas algumas casas nas vilas ou a serem ocupadas as quis manter os seus empregados, mas tinham que lhes pagar na encostas das montanhas. Nenhuma destas acções chegou a ser mesma, sem terem nada que fazer. Foi um desastre. Os serviços têm tratada. Não sei se o Governo dispõe de algum mecanismo para fazer que controlar os seus investimentos. Hoje, queria ouvir o Sr. diligências e inspecções periódicas. Se ficarem passivamente à Secretário sobre os motivos que nos vai apresentar para não ligar à espera das queixas ou pelos alertas dos Srs. Deputados, os resultados vida e à morte da população, com falta de dinheiro para a salvar e serão limitados. Sr. Secretário, queria saber concretamente o que se com as pequenas e médias empresas a atravessarem momentos passa nesta matéria. difíceis, com os trabalhadores a ficarem sem emprego. Sr. Secretário, quando há trabalho as pessoas não se pisam nas sessões de Nas Linhas de Acção Governativa fala-se também da classificação recrutamento, como há dias, se bem que não tenha havido mortes. Se dos terrenos, acho que é positivo. Antigamente havia algo parecido na a situação for de caos já ninguém põe cá os pés para investir. Sr. Lei de Terras, mas com um regime mais rígido. Creio que desta vez Secretário, é por isso que tem que zelar para que os pequenos utilizam um método mais científico. Queria saber: qual a forma de cidadãos e as pequenas e médias empresas façam bem as coisas, para categorizar os respectivos níveis, em ordem a regularizar esta matéria? que as obras respeitem a calendarização e sejam lançadas. Os dados Como é que o seu carácter científico, vinculação e posterior fiscalização, que foram referidos há pouco parecem um pouco out [ultrapassados], podem ser manifestados? Trata-se de um tema deveras importante. N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 19

Em terceiro lugar, quanto à base de dados sobre os edifícios hoje, há vantagens para a expectativa dos cidadãos e para o ambiente referida nas Linhas de Acção Governativa, a minha primeira tese de de negócios e investimentos. Espero que estas opiniões venham a doutoramento abordou os contratos de compra e venda antecipada. servir-vos. Há mais de dez anos que acompanho os processos de compra e venda dos edifícios, dando alguns pareceres com frequência. Estou Em sexto lugar, estou deveras atento à questão da Capitania dos muito satisfeito por encontrar nas Linhas de Acção Governativa a Portos, aliás, acompanho o assunto há já alguns anos. Há uns anos, menção à criação de uma base de dados dos edifícios, melhorando os lembro-me que estavam muito empenhados na discussão do diplomas em causa, acrescentando que o Secretário para os Assuntos problema do registo das embarcações. Desta vez voltam a falar do Sociais e Cultura, há tempos... digo, o Secretário para a Economia e aperfeiçoamento desse registo! O aperfeiçoamento em causa implica Finanças disse que ia legislar sobre a questão da defesa dos um processo legislativo. Queria saber: há ou não um plano consumidores. Segundo a minha interpretação pessoal trata-se de legislativo ou qualquer medida concreta? assuntos que estão interligados. Na minha última intervenção referi que a legislação sobre esta matéria deve ser conjugada com certas São estas as perguntas, faltam seis minutos, mas penso que podem medidas, havendo uma certa coordenação entre elas, para obter ser transferidos para outros Srs. Deputados. melhores resultados. É esta a minha opinião. Mas, falando do aperfeiçoamento dos diplomas, não sei quais os que se encontram já Presidente: Sr. Deputado Ho Ion Sang. agendados no plano das iniciativas legislativas do Governo. Por outro lado, será que o Governo já pensou numa solução global para Ho Ion Sang: Obrigado Sr. Presidente. esta questão? Ou seja, desde o processo da concessão de terrenos até à construção, venda e administração dos prédios, incluindo a Sr. Secretário, Srs. representantes do Governo, caros Colegas: legislação sobre a defesa dos consumidores e outra relacionada com a Lei de Terras? Creio que só assim é que os resultados serão mais Queria apresentar também as minhas opiniões sobre algumas científicos. Se o Sr. Secretário achar que não necessita de responder questões no âmbito das obras públicas. Espero que o Sr. Secretário a estas minhas sugestões, pouco importa, porque um dia, se achar lhes possa dar resposta. que são úteis, já me darei por muito contente. O primeiro aspecto refere-se à irrazoabilidade do regime de concessão de terrenos, para resolver o problema das dificuldades de O quarto aspecto refere-se à defesa do ambiente. Apraz-me habitação da população. Sei de algumas opiniões que sustentam que encontrar nas Linhas de Acção Governativa a seguinte os estratos médio e baixo acham que a situação actual dos preços de frase: “elaboração de planos e gestão na fonte”. Não sei se a minha venda e das rendas são elevados, o que embarga o seu bem-estar. interpretação é correcta, mas, se não for, o Sr. Deputado Mak Soi Kun pode rectificar-me daqui a pouco. Acho que o planeamento Primeiro, quanto aos erros do Governo da RAEM: no que se tenta evitar a emenda a posteriori, porque as consequências dos refere à política da habitação, ao longo dos últimos anos, a actos, depois de praticados, normalmente não são rectificáveis. Isto construção das habitações públicas ficou estagnada por um período porque os recursos ambientais e o desenvolvimento social são de tempo demasiado longo, trazendo enormes dificuldades aos limitados. Os outros Secretários, quando falaram sobre o estratos médio e baixo da população. Por outro lado, para construir desenvolvimento de Macau, também afirmaram que o Governo está casas há que dispor de terrenos, mas a falta de razoabilidade no ciente destes limites, daí que considere uma nova forma de encarar regime de concessão de terrenos, a que nós chamamos de legal mas esta matéria. Não sei se, para definir as diversas estratégias e numa não razoável, faz com que muitos investidores obtenham os terrenos situação extrema de recursos, o Governo chegou a equacionar mediante o pagamento de baixos prémios de concessão. Depois são qualquer situação mais radical ou uma tendência para tal, com base construídos alguns prédios de luxo a preços elevados, cientificamente sustentada em indicadores ecológicos. E qual o vulgo, “concessão de terrenos a baixo preço, venda de prédios a poder vinculativo destes indicadores ecológicos, caso existam? preço alto”, isto à mistura com muitas situações injustas, razão pela Porque é que alguns países ou regiões que andam constantemente a qual há gente feliz e gente triste. Estas duas situações e/ou factores falar da protecção ambiental, na prática, fingem que têm as coisas já contribuem para o aumento do preço de venda e das rendas das casas definidas e pedem apenas aos Serviços de Protecção Ambiental para em Macau. A nossa população adquire as suas habitações no aporem a chancela. Acho que assim não é bom. Não sei, a nível do mercado, ou alugam-nas, a preços elevadíssimos. É uma situação Governo, qual é o poder vinculativo da avaliação ecológica? injusta para os nossos residentes dos estratos baixos e intermédios, sendo constante o seu sentimento de amargura.

Quinto aspecto: na página 164 das Linhas de Acção Governativa, Quanto ao segundo aspecto: sabemos que no passado, aquando da fala-se na aceleração da apreciação dos projectos de obras de implementação de algumas estratégias, mesmo que do mesmo construção particulares. O conteúdo prende-se com a optimização da âmbito, a impressão que davam à população era a de que os Serviços transparência dos circuitos de apreciação, enumeram-se alguns dados gerem as questões entre si, desculpando-se e atribuindo as e são citadas algumas medidas concretas. A meu ver, estas medidas responsabilidades uns pelos outros. Parte dos dirigentes até têm parecem ser algo abstractas, pois os cidadãos ou os investidores não medo de assumirem responsabilidades ou de cometerem erros. são capazes de ter uma expectativa muito precisa para as actividades Alguns Serviços pura e simplesmente deixam de implementar as socioeconómicas que venham a realizar. Será que, para nossa suas políticas. Muitas das acções ou medidas previstas não são referência, o Governo poderia tornar público o tempo necessário realizadas a tempo. Ou nem chegam sequer a definir a para os procedimentos, uma vez que aposta numa política de calendarização e/ou informação acerca do andamento dos trabalhos, abertura e transparência? Não podendo, qual a razão? Ou, sendo evitando que a população os possa fiscalizar e supervisionar. viável, qual o motivo por que não pode encurtar o tempo? Penso que se houver uma explicação mais clara, no futuro, não necessariamente O terceiro aspecto refere-se ao problema da construção de 20 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日 habitação pública, que merece uma atenção especial do público em transmiti anteriormente, se o Governo da RAEM não podia arranjar geral ou que deixa a população desconfiada. Desta vez, nas Linhas uns terrenos adequados para se fazer uma experiência piloto, sendo de Acção Governativa faz-se referência a 6.800 habitações públicas destinatários todos os que queiram comprar casa pela primeira vez, em Seac Pai Van, mas as obras de infra-estruturas só terão início no com áreas mais pequenas e a preços controlados, sendo esta a 3.º trimestre deste ano. No entanto, a resposta que o Governo me deu solução para os que venham a ser preteridos pela nova legislação recentemente a uma interpelação escrita, foi a de que as obras dos sobre habitação económica que vierem a elaborar, pois julgo não Lotes 1, 2 e 3 do Bairro da Ilha Verde só vão começar no 1.º serem poucos. Pois bem, estas pessoas que forem rejeitadas também trimestre do ano de 2011, estando o prazo de conclusão previsto para não têm capacidade para comprar habitações de luxo. O que fazer daqui a três anos, porventura prorrogáveis. A partir destes dados, com elas? Qual a viabilidade para esta sugestão? O que poderá chega-se à conclusão que os trabalhos em causa serão concluídos atenuar de certa maneira o problema em questão? Isto quanto à mais tarde. Sendo assim, como é que vão acabar as 19 mil habitações habitação. públicas em 2012? Mesmo que nas Linhas de Acção Governativa tal esteja prometido... o que se faz, na verdade, é desiludir a esperança Outro aspecto refere-se à revisão da Lei de Terras, com a dos muitos que aguardam arduamente por uma casa. O Sr. Secretário influência que os prédios super altos trazem para a paisagem urbana. falou-nos, há instantes, de algumas ideias para a habitação pública e Já falámos da importância do planeamento urbano, que é adequado estratégias para o seu desenvolvimento, tendo criado, em Abril, o não só nos novos aterros, mas também como nova definição para o Conselho Consultivo para a Habitação Pública, em ordem a posicionamento dos bairros antigos face às mudanças sociais, desenvolver a participação pública e as respectivas acções. Chegou a conjugando-o com o panorama urbanístico próprio de Macau, o que dizer-nos que irão envidar todos os esforços nas 19 mil habitações é muito importante e indispensável. Perguntava-lhe, quanto aos públicas. Creio que é uma boa promessa para a nossa população. pormenores, na Sessão Plenária de 4 de Fevereiro passado, quando Espero que os trabalhos em causa, sob a liderança do Sr. Secretário, os Serviços em causa disseram que estavam a proceder ao estudo possam ser concluídos no tempo previsto. É óbvio que o Sr. sistemático do planeamento urbano de Macau, em ordem a analisar a Secretário vai encontrar dificuldades, mas estou certo que, desde que distribuição das zonas e propor sugestões na sua globalidade. Sr. nos informe e se for razoável, a população haverá de o compreender. Secretário, queria saber os pormenores deste estudo. Acho que no contexto do planeamento urbano as diferentes vertentes sociais têm Mas, quanto à concessão de alguns terrenos, porque o Sr. direito à informação, para evitar que venha a surgir uma definição Secretário não chegou a responder, gostava que nos pudesse pouco clara relativamente a esta matéria, tal como no passado, esclarecer. Em primeiro lugar, atendendo à situação da falta de afectando a longo prazo o desenvolvimento social e prejudicando os terrenos que Macau enfrenta, a concessão, permuta ou alteração de interesses da população. Será que o Governo vai acelerar a revisão finalidade de qualquer terreno, implica o interesse público. da Lei de Terras através da análise da distribuição actual da cidade Perguntava ao Sr. Secretário: neste momento, quantos terrenos foram de Macau por zonas? Será que vai servir-se do planeamento urbano concedidos e, destes, quantos tardam em ser desenvolvidos e integral para incentivar e gerir o aproveitamento e distribuição aguardam ainda pela alteração da respectiva finalidade? Será que vai adequada dos solos, para evitar o aparecimento de situações de haver retoma destes terrenos, por tardarem em ser desenvolvidos, concessão de terrenos que são legais, mas não legítimas? Vai para construção de habitações públicas? Isto porque, nas Linhas de diminuir as dúvidas que possam criar na população a transferência Acção Governativa, se refere a adopção de algumas medidas quanto de interesses na concessão, permuta e/ou alteração de finalidade dos a esses terrenos. Espero que o Sr. Secretário nos possa esclarecer, de terrenos? Por outro lado, na sessão de perguntas e respostas com Sr. seguida, porque não chegou a falar deste problema. Chefe do Executivo, também abordei a questão da falta de um planeamento geral nos chamados prédios super altos e os problemas O Sr. Secretário disse-nos, também, que a habitação social, a que daí advêm. Alguns destes prédios super altos, além de habitação económica e os prédios do domínio privado, constituem a dificultarem a circulação do ar, criam um efeito biombo, nossa habitação, com o que estou absolutamente de acordo. Creio prejudicando a paisagem urbana original e a vista panorâmica de que, com o esforço do Governo, ultimamente tem havido uma Macau, afectando a visão do património histórico e da envolvente contínua disponibilização e distribuição das fracções em causa para dos lugares do património mundial e influenciando, de certa maneira, alojamento dos cidadãos, dando uma certa sensação de movimento a imagem de Macau como centro de turismo e lazer internacional. junto da população, mas, espero que venha a ser respeitado o prazo No Lago Nam Van, foi revogada também a restrição em termos de de espera de três anos para haver alojamento em regime de habitação altura, com base no Despacho do Chefe do Executivo n.º 248/2006, social... pois fiz, em tempos recentes, algumas pesquisas neste sem haver nova regulamentação neste sentido. A população está sentido. Uma vez que devem dispor dos dados em breve, depois da também preocupada não só com o Lago Nam Van, mas também com avaliação das respectivas candidaturas, será que é possível fixar a o passeio marginal dos NAPE, ou seja, se futuramente irão aparecer meta dos três anos? Outro aspecto que não chegou a focar, e creio mais prédios super altos por essas bandas, danificando mais uma vez que muitos dos cidadãos dos estratos médio-baixos e intermediários a paisagem urbana de Macau. Em relação às questões que levantei há estão desejosos por tal, é o de saber quando é que podem concluir a bocado, perguntava ao Sr. Secretário, em primeiro lugar, se no futuro redacção dos diplomas sobre habitação económica e quando é que vai haver uma restrição rígida à altura dos edifícios no Lago Nam podem aceder a eles? Porque, já antes, havia cerca de dez mil e tal Van, Porto Interior e NAPE, havendo um certo equilíbrio entre a pessoas em lista de espera. Julgo que todos eles aguardam por uma conservação e o desenvolvimento e evitando-se o ressurgimento dos resposta do Sr. Secretário. prédios super altos como pano de fundo para o nosso precioso património histórico. Para além disso, no domínio da habitação privada, fala-se na “procura intensiva de estratégias, de modo a incentivar as O terceiro aspecto refere-se ao mecanismo inflexível adoptado empresas privadas a construírem fracções para habitação com áreas para o tratamento de edifícios em risco, ignorando a vida e segurança reduzidas”. Esta expressão parece-me de pequeno alcance. Como é dos residentes. Trouxe uma fotografia para mostrar ao Sr. Secretário que vão incentivar? Perguntava ao Sr. Secretário, aliás, já lho e aos Srs. representantes do Governo. Tem a ver com um grupo de N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 21 residentes que nos vieram apresentar uma queixa. A fotografia real de mercado, mas o que se verifica neste momento é exactamente mostra-nos a imagem de uma artéria principal na zona da Praia do o contrário, com a concessão de terrenos a preços baixos e venda de Manduco, na qual está um prédio com ordem de reparação já dada imóveis a preços altos, a favor dos que têm um relacionamento com pelos Serviços de Obras Públicas, sendo que já expirou o prazo, sem o poder, que tiram assim grandes proveitos pessoais. A revisão da que tenha havido obras. Tal como vêem, a paragem de autocarros Lei de Terras vai ainda durar por algum tempo. Mas antes da sua fica mesmo na lateral do prédio em risco, havendo muitos revisão acho que o Governo deve aplicar as disposições da Lei de passageiros à espera nesse local. Na verdade, no Bairro do Patane, há Terras vigente, evitando a todos os títulos o recurso fácil à dispensa também uma paragem de autocarros perto de um outro prédio em de concurso público nas concessões de terrenos. O outro aspecto risco. Sr. Secretário, perguntava-lhe já que o assunto é também da fundamental na política de gestão dos solos é a utilização dos solos sua tutela: não podia adoptar certas medidas mais flexíveis para a pelas empresas do jogo, pois o sector encontra-se em fase de reparação destes prédios em risco, em vez de pedirem unicamente reajustamento. O Governo concedeu no passado grandes lotes de aos seus proprietários para procederem às respectivas obras de terrenos às empresas do jogo, todos com umas boas centenas de reparação? Para além disso, transferir também estas paragens de milhares de metros quadrados de área. Qual a razão? Porque o autocarro para outros lugares mais seguros. Creio que se trata de um Governo acha que tem a obrigação de concretizar as promessas de pormenor fulcral para a segurança pública. Nós não queremos investimento de todas as empresas do jogo, dando-lhes mais terrenos assistir novamente a um caso de desmoronamento, como no prédio para captarem mais financiamentos e para poderem realizar as de Hong Kong. Espero que os 400 casos de prédios que carecem de promessas de investimento. Isto é anedótico. Lotes e lotes de reparação, se bem que não em risco iminente de desabamento, terrenos que ultrapassam o valor de uma centena de milhares de possam ser verificados de novo, para se estudar os casos com riscos milhões foram concedidos apenas por pouco mais de 3 mil milhões. que comprometam a segurança pública ou que afectem a população. O sacrifício do património estatal, a oferta de mão beijada dos recursos preciosos de Macau a empresas do jogo! É um acto do Obrigado. conhecimento geral, que a população de Macau repudia veementemente, devendo servir de lição para sempre. Uma vez que o Presidente: Sr. Deputado Au Kam San, faça o favor. sector do jogo está a atravessar uma fase de reajustamento, as diversas empresas do jogo já chegaram a um consenso com o Au Kam San: Sim, obrigado Sr. Presidente. Governo, pois este sector não pode ser alargado indeterminadamente e, por isso, os tempos em que os terrenos do Cotai lhes eram Sr. Secretário, Srs. representantes do Governo: concedidos e tratados arbitrariamente devem fazer parte do passado. Lembro-me que quando o Sr. Secretário aqui veio para dar Queria levantar três questões dentro do precioso tempo de que esclarecimentos, disse que chegou a perguntar às várias empresas do dispomos hoje. jogo, mas que ninguém queria, daí que tenha sido feita a concessão em causa! Mas, afinal os terrenos de Macau são para ser fornecidos A primeira tem a ver com a política de gestão dos solos, uma vez às empresas do jogo? E as outras pessoas não precisam deles? É que o debate das Linhas de Acção Governativa de hoje tem a ver muito estranho. Questiono-me sobre o modo como o poder é com o assunto. Parece-me que quanto a este assunto o Sr. Secretário exercido. Há quem diga que temos ainda no Cotai muitos lotes de deu apenas umas pequenas pinceladas, mas na verdade estamos num terreno e, do que me lembro, segundo o que foi dito pelo Sr. ponto crítico em termos desta política, que merece ser revista pelo Secretário Tam, temos, actualmente, 4.800 a 5.000 mesas de jogo, novo Governo. Porque é que se trata de um período crítico? Porque o sendo que o volume máximo será de 5.500 mesas de jogo, o que sector do jogo em Macau está a atravessar uma fase de quer dizer que, mesmo que concluam a 5.ª e 6.ª fases do Venetian ou reajustamento. No passado, e ainda mesmo há instantes, alguns do Galaxy, o número das mesas de jogo esgota-se, pelo que não é colegas falaram em Ao Man Long. O aspecto mais importante no possível conceder mais terrenos para as empresas do jogo caso de corrupção de Ao Man Long associa-se às lacunas existentes construírem casinos. Se nos basearmos nesta lógica, não deve haver na anterior política de gestão dos solos, mormente no poder mais concessões de terrenos deste tipo. Portanto, se quiserem mais, discricionário quanto à dispensa de realização do concurso público, que concorram por acto público. Mesmo os casos já apalavrados vendendo-se os terrenos a preços baixos, transferindo-se os devem ser parados. A prioridade dada ao jogo no passado, este tipo interesses por via legal e corrompendo-se também por via legal. Daí de mentalidade de que a concessão dos terrenos serve unicamente o que seja um momento importante para a revisão desta política, mas sector do jogo, toda esta política deve ser alterada, consoante os infelizmente tocou-se-lhe muito ao de leve, o que é muito estranho. novos tempos e, quem quiser terrenos, que os adquira por concurso Será de mantermos esta política para que alguém se venha a público. Os solos de Macau são património do Estado, são um aproveitar dela? É muito duvidoso. Uma das medidas da política de recurso colectivo e propriedade de toda a população de Macau, não gestão dos solos é a revisão da Lei de Terras. Recentemente foi feita sendo um bem particular de uma só pessoa ou de uma família do uma auscultação pública, mas, segundo o que ficou escrito, Governo da RAEM. Ninguém tem o direito de fazer concessões permitem-se ainda algumas situações de dispensa de realização de indiscriminadas para delas tirar proveito. Esta é a primeira questão, concurso público, por exemplo, na implementação da diversificação em termos do debate da política. adequada de certas indústrias. Trata-se na verdade de uma porta ao livre arbítrio. Mas afinal o que é a diversificação? São ou não os A segunda questão, a da habitação pública, não posso deixar de a titulares que decidem sobre a diversificação? Acho que todos os formular, porque o Sr. Secretário é formado em engenharia, razão terrenos que se destinem a fins comerciais devem estar sujeitos a por que os cálculos devem ser muito correctos. Não sei como é que o concurso público, em vez de se recorrer a esta solução do livre Sr. Secretário fez esta conta. Há pouco disse-nos que há em Macau arbítrio, admitindo que o que se passava na época de Ao Man Long 180 mil fracções, com 30 mil habitações públicas, no máximo, venha a persistir. Os concursos públicos dos solos não equivalem à representando mais de 16%. O Sr. Secretário reduziu parte da política de alto preço dos terrenos, porque os investidores não são população, pois considerando que a população está estimada em 480 tolos, os resultados desses concursos só reflectem o efectivo preço mil pessoas, o máximo será cerca de 20%. Mas, disse-nos que 22 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日 conseguiu chegar aos 27%. Mesmo que o cálculo do Sr. Secretário imobiliários, a preços caros, e serem seus contribuintes pela vida esteja correcto, será que 27% não é uma proporção baixa? Em Hong fora, ou passam a ser máquinas personificadas de levantamento de Kong existem mais de 50%, em Singapura mais de 80%, em Macau dinheiro em ATM. Espero que fique claro, porque este aspecto da cerca de 20%. Não acha que a taxa é baixa? Temos uma taxa baixa! política habitacional é muito importante. O Governo Central também Daí que tenham avançado com a proposta das 40 mil fracções de salientou a importância na resolução eficaz dos problemas de habitação pública. Não se esqueçam que as 19 mil fracções de habitação da população e nisto temos que olhar para os resultados da habitação pública não foram um lapso do Sr. Secretário em 2007 ou governação do Sr. Secretário e dos seus subordinados. do Sr. Chefe do Executivo, mas sim do Sr. Chefe do Executivo anterior. Como é que apareceu este número de 19 mil? Foi por mero A terceira questão serve para falar do Hospital nas Ilhas e do Lago engano? É claro que não. Em 2003, estavam inscritos 12 mil e tal Yingshan. Há quem fale do Lago Yingshan, mas eu próprio nunca candidatos para habitação económica, mais os 6 mil e tal que ouvi falar dele. Ainda bem que não sou cego, caso contrário não aguardavam habitação social, o que somado perfaz 19 mil. No fundo, existiria. OK! O Lago Yingshan é um lago?! Há quem o considere as 19 mil fracções de habitação pública servem apenas para uma pequena taipa [charco], as pessoas de Macau têm opiniões satisfazer as necessidades dos que se inscreveram em 2003 e 2004, muito diferentes para o significado de taipa. Para haver uma taipa na medida em que depois disto não abriram mais concursos para com umas dezenas de milhares de metros quadrados de área, afinal, habitação económica. O novo processo de candidaturas para basta juntar terra para o cobrir. Mas, nada disto... porque esta área é habitação social foi aberto apenas no final do ano passado. E o que bem grande. E sabem donde veio o topónimo Taipa? Era a parte que aconteceu, em Macau, depois de 2003 e 2004? O preço da se situava entre a Taipa Grande e a Taipa Pequena, que era enorme, construção a registar níveis altos, as rendas de casa muito caras, daí que as pessoas de Macau tenham ficado com a ideia de a Taipa muita gente a fazer fila, mas não há forma de dar a volta a isto. Estas ser muito grande. Todo o Mar do Leste e o Mar do Sul podem ser necessidades não foram contabilizadas. E é por isso que avança com Taipa. E aquele charco, para que serve agora? Para construir o os 19 mil, enquanto eu aponto para os 40 mil. Aliás, não é um Hospital das Ilhas. Sr. Secretário, embora o Sr. Chefe do Executivo número muito grande, de certa maneira é muito cauteloso até. Basta tenha lisonjeado os dois Secretários por encontrarem tão depressa os depois olharem para a nova remessa de candidaturas para habitação dois terrenos, queria dizer-lhe que não se trata de terrenos. A económica. Há quem fique satisfeito com os 40 mil, pois em Hong população de Macau precisa urgentemente de um hospital nas Ilhas. Kong foram 85 mil. E o mercado imobiliário não foi abaixo por Como é que só conseguiram encontrar um terreno disponível causa disto? A polémica continua. Mas, lembrem-se que se quiserem fazendo um aterro no lago? Como engenheiro que é, deve saber que, criticar que se preparem de antemão. Os 85 mil de Hong Kong são em situações normais, depois de um aterro não se deve construir por ano. E em Macau? 40 mil, de 1999 a 2014, durante 15 anos, duas nada durante algum tempo. A Nave Desportiva de Macau não sofreu mil e tal unidades de habitação por ano. É muito? Julgo que não é assentamentos? Não? Logo, o hospital que vierem a construir não muito. Daí que seja muito claro, pois nós queremos que aumentem a vai sofrer assentamentos? Nessa altura, quem é que assume as construção de habitações públicas. Muito simplesmente, nunca responsabilidades? Porque não recorrermos a terrenos que já estão confiei na burocracia. Se o mercado pode auto-regular-se, é melhor prontos? O Sr. Secretário sabe que já lhe apresentei esta proposta, que os Srs. do Governo não se metam nisso. Nunca acreditei que os porque o local escolhido parece ser simples. Propus três lugares: dirigentes do Governo fossem capazes de resolver estas coisas. O entre a Nave Desportiva de Macau e o Cotai, que são os mais fáceis mercado actual está a falhar. Um mercado económico livre, mais de escolher neste momento. A área que se situa entre a Nave correctamente falando, deve dispor de habitações com diferentes Desportiva de Macau e o Cotai, para a 5.ª e 6.ª fase do Venetian, preços, para serem compradas ou arrendadas por pessoas com ultrapassa os 400.000m². O Sr. Director Carion informou-me, em diferentes capacidades económicas, mas o que tem acontecido nestes tempos, que foram concedidos ao Venetian 150.000 m² para o efeito, últimos anos, é os investidores construírem apenas casas de luxo, de o que quer dizer que nos restam ainda mais de 200.000m². Porque vários milhões de patacas e as pessoas de Macau não são capazes de não os agarram para construir o Hospital nas Ilhas? Guardá-los para as comprar. Muito claramente, há uma ruptura na oferta do mercado, quê? Para construírem casinos? Porque escolhem o lago para caso contrário não fazia sentido pedir ao Governo para construir construir o hospital, em vez de usarem os terrenos que já estão habitações públicas. O Governo, para enfrentar estes problemas, disponíveis? O ambiente em volta da Nave Desportiva de Macau é recorre a imensos estratagemas com os números, para evitar estas bonito e encontra-se apenas a uma curta distância do local escolhido. questões. Um outro aspecto da política habitacional que proponho ao Mas, afinal aterrar o Lago Yingshan para quê? O caso do quartel Governo é que não continue a considerar a habitação económica militar é uma lição, pois deitaram-no abaixo à pressa, alegando que como um benefício social, que não carece de ser comparticipada, era para construírem habitações públicas, para depois servir para desde que a habitação social o seja. O Governo deve utilizar o preço parque de estacionamento. E agora, o que é que vão fazer com ele? A adicionado aos custos do terreno e de construção para a vender aos primeira questão: porque não pegam nos terrenos aptos, em vez de residentes de Macau que estejam qualificados para tal, sem ter que aterrar o lago? A segunda questão: os reservatórios de água de comparticipar nos encargos em causa. Para resolver as necessidades Macau são muito pequenos, alegando-se que tem que se aumentar a de habitação da população de Macau podem construir mais. Os que capacidade de reserva de água. O Lago Yingshan não é já um quiserem construir casas de luxo, que as construam como quiserem, reservatório de água, bastando fazer um dique como base? Depois, porque o mercado não está virado para Macau, ainda que tal possa basta ligá-lo ao Reservatório de Seac Pai Van, porque o nosso dar cabo das pessoas de Macau. Como não querem construir Grande Reservatório só nos chega para uma semana. Sr.ª Directora habitações públicas e fartam-se de reduzir o seu número... e na Wong, porque é que não se conseguem construir mais reservatórios, habitação económica querem definir limites de rendimento per enquanto temos este já disponível e o querem aterrar? Sr. Secretário, capita. Qual o resultado? Segundo o tal estudo, podem construir é um assunto também da sua área. Espero que estude o assunto de mais habitações sociais, mas não habitações económicas. Ora, se for forma mais séria. assim, os que têm um pouco mais de capacidade económica, nunca mais terão oportunidade para comprar uma habitação económica, e no fim têm que as adquirir através dos especuladores, os investidores Obrigado. N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 23

Presidente: Sr. Deputado Chui Sai Peng. últimas notícias sobre o assunto e, por enquanto, não há meio de ver o início destes importantes trabalhos. Estando as condições de Chui Sai Peng José: Sr. Presidente, Sr. Secretário: higiene e transportes a degradar-se nos bairros antigos, pergunto: quando é que o Governo vai realmente concretizar as medidas de Queria aproveitar esta oportunidade para trocar umas ideias a reordenamento dos bairros antigos? nível das medidas de planeamento urbano com o Sr. Secretário. Pois bem, ao longo destes últimos dois anos, estão a ser realizados de Por outro lado, o Governo da RAEM anunciou, em 2005, que o forma gradual os estudos sobre o sistema, elaboração e concepção do Bairro Iao Hon iria estar integrado no plano de reordenamento e planeamento urbano e a revisão da Lei de Terras. Mais a mais, com reconstrução, lançando propostas de projectos para o efeito e os cinco lotes de aterro e o Campus da Universidade de Macau na consultando a opinião dos moradores. Sr. Secretário, pergunto-lhe: Ilha da Montanha já autorizados pelo Governo Central, em finais do há ou não uma calendarização concreta para o reordenamento do ano anterior, de facto, os espaços de desenvolvimento do futuro Bairro Iao Hon? O gabinete da Comissão está praticamente estão mais ou menos moldados, estando a concepção macroscópica construído, mas, quando é que entra em funcionamento? basicamente modelada. Quanto às medidas de elaboração do regime Ultimamente, houve casos de desabamento ou situações de perigo de planeamento urbano, prevê-se que as propostas dos diplomas e da em alguns prédios antigos, quer em Hong Kong quer em Macau, o respectiva legislação complementar sejam levados a cabo por um que significa a existência de inúmeros prédios em risco nos bairros grupo especializado que se esforçará por concluir a proposta de antigos, tal como nos casos citados pelo Sr. Deputado Ho. As revisão da Lei de Terras e legislação complementar dentro do autoridades têm vindo a dizer que querem dinamizar os bairros presente ano. Na verdade, a relação que existe entre as leis do antigos, mas até à data a situação nestes bairros em nada melhorou. planeamento urbano e de terras é muito estreita, razão por que é uma Perguntava-lhe: dentro das iniciativas de dinamização dos bairros atitude inteligente do Sr. Secretário pô-las em andamento juntas, antigos, que estratégia ou plano é que dispõe para tratar os prédios durante este ano. Pedia-lhe que explicasse, resumidamente, em que degradados e/ou em risco? Depois, continuam a existir inundações sentido é que vai elaborar as duas leis e qual a interacção entre elas. na zona do Patane e no Porto Interior. Será que as autoridades vão Uma vez que a distribuição do espaço dos bairros novos e antigos aproveitar a oportunidade que há no reordenamento dos bairros está basicamente feita, há ainda a questão da divisão em termos de antigos para encontrarem uma solução a longo prazo para o funções. Na medida em que temos que ficar claros nesta matéria, que problema? objectivo o Governo prevê para os novos bairros a desenvolver e para os bairros antigos por reorganizar? Quanto ao tema dos bairros Há instantes, quando o Sr. Secretário estava a apresentar os antigos já muito se disse. Com o apoio do Governo Central, foi objectivos de planeamento, ocorreu-me de imediato a questão da autorizado um aterro de mar, com uma área de 350 hectares, tendo o qualificação profissional dos responsáveis pelos planos urbanísticos, Sr. Chefe do Executivo afirmado, nas Linhas de Acção Governativa, referindo-se à intensificação da qualificação profissional face ao que o estudo para as novas zonas urbanas vai ser feito o mais desenvolvimento social, razão por que vão prosseguir na definição brevemente possível. Sr. Secretário, perguntava-lhe: qual o dos requisitos profissionais exigidos a arquitectos, engenheiros civis, andamento dos respectivos trabalhos? Uma vez que os cinco lotes de electromecânicos e mecânicos, procurando concluir, ainda este ano, terreno têm a ver com o bem-estar das futuras gerações de Macau, o o processo legislativo da lei e dos diplomas do regime jurídico do seu planeamento é muito importante. Como é que os serviços reconhecimento profissional e do registo dos técnicos nas áreas da competentes vão coordenar, de facto, a respectiva utilização e que construção predial e planeamento urbano. Mas, na apresentação em grau de transparência vão considerar nas respectivas acções de causa foi omitido o “urbanista”. Porventura porque sou mais planeamento? Espero que o Sr. Secretário nos possa esclarecer sobre sensível... mas, uma vez que o planeamento urbano já se encontra isto. inserido nas tarefas do nosso dia-a-dia, porque é que não se fala em urbanistas? Será justo para os jovens que concluíram os seus estudos O planeamento por zonas nos bairros antigos, de que há tanto em planeamento urbano e querem servir Macau? Será justo para os tempo se fala, tem os seus condicionalismos. Com o acelerado ritmo técnicos de planeamento urbano que laboram arduamente em Macau? do desenvolvimento urbano, surgem muitos problemas, como, por Sr. Secretário, que resposta é que vai dar aos muitos Serviços que exemplo, o problema dos lares dos funcionários públicos, na Rua D. trabalham para si? De frisar, que neste momento há muitas Belchior Carneiro. Pergunto, Sr. Secretário: no futuro como é que universidades que oferecem cursos na área do planeamento urbano, consegue um equilíbrio entre as obras de desenvolvimento e a ainda que sem grau de licenciatura em arquitectura ou em engenharia conservação do planeamento urbano? Quando é que acciona as civil, mas antes em urbanismo, razão pela qual não podem estar iniciativas legislativas do planeamento urbano, para que recursos inscritos como arquitectos ou engenheiros civis. O que é que eles são? importantes da vida pública, do turismo, da cultura e do ambiente, Se um urbanista for alguém que tem uma qualificação profissional sejam defendidos por via legislativa? Uma vez que são escassos os que não existe em Macau, isto não favorece a captação, formação e terrenos em Macau, o Governo da RAEM recorreu a um aterro de permanência, de especialistas, sendo que o mais importante é a mar e ao plano de desenvolvimento na Ilha da Montanha, para ausência de urbanistas no intercâmbio e troca de experiências no adquirir mais terrenos, continuando a explorar mais espaços para domínio do planeamento regional, o que alivia o embaraço dos Macau. Mas, neste momento, Macau nem sequer dispõe de um Plano representantes do Governo, enquanto não forem titulares desta Director, em termos de planeamento urbanístico. Pergunto, Sr. formação. Espero que o Sr. Secretário dê uma explicação a estes Secretário: quando é que vão definir um Plano Director urbanístico profissionais, caso contrário mais não serão que um grupo de que responda à situação concreta de Macau? O Plano Director é amadores a fazer o trabalho de especialistas e, nessa altura, talvez favorável não só para Macau, mas também para a cooperação nem sequer haja resposta a dar à população. regional e integração na Região do Delta do Rio das Pérolas. A consulta pública sobre o reordenamento dos bairros antigos já se Por falar em lamúrias, estas podem transformar-se em gases realizou há muitos anos. Como membro que sou, estou ansioso por poluentes. Macau é uma das cidades com maior densidade saber... porque a entidade competente não tem meio de divulgar as automobilística no mundo, não criando apenas problemas de 24 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日 congestionamento de trânsito e acidentes de viação. Na verdade, os lançamento do transporte fluvial interno? fumos libertados pelos escapes merecem também a nossa atenção. Sei que as autoridades estão igualmente preocupadas com o Obrigado, Sr. Secretário. problema da libertação destes gases, razão pela qual em 2008 foi publicado o regulamento administrativo n.º 1/2008, proibindo a Presidente: Srs. Deputados: importação de motociclos a dois tempos, o que pode produzir efeitos no controlo da libertação dos gases de escape. Mas, creio que a Para melhor gerirmos o tempo, aumentando a eficiência da sessão, proibição de importação em causa não vai resolver todos os vou dar a palavra a mais dois Srs. Deputados e, só depois disso, é problemas. Julgo que o controlo da libertação dos gases de escape que o Governo vai responder. deve começar pela raiz do problema. Será que as autoridades vão definir parâmetros para fiscalizar com rigor a importação, e a Sr. Deputado Fong Chi Keong, faça o favor. libertação dos gases de escape dos automóveis? Como é que vão definir um regime eficiente que controle gradualmente os Fong Chi Keong: Sr. Presidente: automóveis altamente poluentes? No entanto, é de louvar a ideia do aperfeiçoamento gradual do sistema informático dos automóveis, da Desta vez tenho mesmo que lhe agradecer. base de inspecção e aquisição de serviços. Mas, há uma questão que pedia ao Sr. Secretário para me responder, porque tenho um amigo Sr. Secretário, Srs. representantes do Governo, caros Colegas: que me perguntou como é que podia apresentar queixa das viaturas que libertam muito fumo negro... não na altura da inspecção, mas, de Estamos a tratar hoje das obras públicas e dos transportes nas facto, circulam pelas ruas, o que é um problema muito grave. Afinal, Linhas de Acção Governativa. Já ouvi muitas críticas dos colegas. o Governo dispõe ou não de uma lei que os possa processar? Há pouco, o Sr. Deputado Au Kam San acabou de criticar o Governo pelo excesso de concessão de terrenos às empresas do jogo. Vamos Queria também dar uma sugestão ao Sr. Secretário, que tem a ver discutir os factos por aquilo que são. Acho que foi razoável. Se com a política de transportes marítimos. O transporte fluvial é um voltarmos aos primeiros tempos após a transferência de soberania, dos transportes mais ecológicos que há, pois os seus custos, espaços muitas profissões estavam estagnadas e, nessa altura, a abertura do de manuseamento e consumo de energia, são baixos, o que traz sector do jogo era a única solução. Pois bem, se não forem vantagens. Mas, atendendo ao rápido crescimento económico que se oferecidas boas condições não há cadeias internacionais que queiram verifica no País, o transporte fluvial na Região do Delta do Rio das vir e, se for como dizem, que se podem adquirir terrenos em hasta Pérolas está a perder a sua posição dentro do sistema integral de pública ao preço de cem mil milhões de patacas, qual o motivo para transportes, dando relevo ao desenvolvimento das auto-estradas. que venham investir? O negócio nem sempre é lucrativo, basta Comparando a rede fluvial dos lugares mais avançados com o olharem para os relatórios de contas de algumas empresas de jogo, relacionamento intenso e o nível económico elevado do Grande com défices superiores a 1,4 mil milhões. Às vezes correm-se muitos Delta do Rio das Pérolas, o desenvolvimento da sua rede fluvial riscos no mundo dos negócios. O problema da concessão de terrenos encontra-se estagnada em relação a outros países em pelo Governo deve ser olhado pela outra parte também, porque, desenvolvimento. Mais a mais, tendo em conta uma Região como a mesmo que ganhem menos, querem sempre mais terrenos para os do Delta do Rio das Pérolas, com as Regiões Administrativas usarem depois com mais vagar para os próximos projectos. Especiais de Hong Kong e Macau localizadas no litoral de um porto principal que se estende para as regiões das Províncias de Guangxi e Volto novamente ao tema, Sr. Secretário. Nas Linhas de Acção de Yunnan e para as margens do Rio Xijiang. Hoje em dia, quando Governativa de V. Exa., refere-se claramente o espírito de uma todos fazem apelo à ecologia, o transporte fluvial é o meio de governação que visa o “aperfeiçoamento do sistema administrativo e transporte mais privilegiado. Nalguns países da Comunidade a promoção da legalidade, da atenção às necessidades das várias Europeia com condições para desenvolver o transporte fluvial já camadas sociais, da elevação da transparência nas questões lançaram mãos ao trabalho, intensificando o volume total deste meio administrativas, segundo regras de integridade e de promoção do de transporte. Em comparação com o transporte por via terrestre, o desenvolvimento sustentável e harmonioso de Macau”. Depois de ler transporte fluvial comporta grande capacidade de carga e baixo isto, fiquei sem perceber. Pensava que o Senhor estava a trabalhar no investimento, é ecológico e poupa energia. Um navio de 1.000 Comissariado contra a Corrupção, como Comissário, pois não há toneladas corresponde a 100 viaturas de 10 toneladas, uma via de qualquer palavra que tenha a ver directamente com o seu trabalho. navegação fluvial de 1.ª classe equivale a 19 auto-estradas de quatro Se nem sequer se debruça sobre as suas questões prioritárias como é faixas de circulação, enquanto uma via de navegação fluvial de 3.ª que as quer dirigir ao longo do ano? Como é que os seus classe corresponde a 3,5 auto-estradas com quatro faixas de subordinados sabem com clareza o que é que quer fazer no próximo circulação. Em Macau, o transporte fluvial é uma alternativa muito ano? Espero que possa falar um pouco sobre isto. O Senhor passa a desprezada. Recentemente, houve instituições académicas vizinhas vida com medo. Há pouco, o Sr. Deputado Mak disse que o Senhor que realizaram estudos sobre as potencialidades do transporte fluvial tem receio. De facto, não deve temer por aquilo que não fez. Se tem interno, nas margens a oeste e a este da Região do Delta do Rio das medo, os que dependem de si com mais medo ficam ainda... com as Pérolas, e descobriram que há uma grande potencialidade neste duas palavras “pureza” e “integridade”. No passado, a situação nos aspecto e que tal poupa energia. Mas, infelizmente, os investimentos Serviços de Obras Públicas pode ter sido caótica, razão por que os tendem a centrar-se nas auto-estradas. Macau, sendo um porto franco, seus subordinados se possam sentir desmotivados, não sendo de ainda que não faça uso desta posição privilegiada, pode ter admirar que os colegas do sector da construção venham a queixar-se oportunidade para desenvolver o transporte fluvial interno. Por isso, agora de muitas coisas, como quem atira pedras para o fundo do mar. espero que o Governo pense nisto, ao abrigo de uma cooperação Espero que o Sr. Secretário tenha em atenção a realidade e aumente entre a Província de Guangdong, Hong Kong e Macau. Será que a eficácia nas acções, que é fundamental, caso contrário, os nossos pode ser estudada a hipótese de uma colaboração conjunta com as compatriotas pró-governamentais também fazem barulho. Sr. regiões a oeste do Rio da Pérolas, no estudo das potencialidades de Secretário... não me leve a mal. N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 25

Em segundo lugar e falando mais a sério: Sr. Secretário, falar com o Sr. Chefe do Executivo Chui, para definirem o mais exceptuando a primeira parte do seu relatório e a Conclusão da 10.ª depressa possível o quadro geral para o desenvolvimento económico parte, no resto só fala em planeamento urbano, de entre este, a de Macau, caso contrário, mesmo que o Sr. Secretário seja tão leal cooperação regional, a gestão dos solos, o planeamento urbano, as quanto Guanyu, não vai deixar de andar sozinho por trilhos bem construções urbanas, a política habitacional, os transportes e a difíceis. protecção ambiental. As medidas nestas áreas devem basear-se no planeamento urbano, caso contrário, serão difíceis de concretizar. A Por outro lado, sendo Macau considerado um centro mundial de cidade fica caótica ou perde-se, inevitavelmente. Por isso acho que o turismo e lazer, a elaboração do Plano Director deve cingir-se Sr. Secretário, depois de definir a prioridade das acções para este ano, estreitamente ao posicionamento que se pretende dar à cidade. No deve considerar o planeamento urbano como sendo o mais prioritário relatório do Sr. Secretário, fala-se da realização de uma abordagem de todos. sobre o estabelecimento de um sistema de planeamento urbano moderno e científico, bem como também do estudo para a Queria falar um pouco mais sobre o planeamento urbano. Antes de elaboração do planeamento urbanístico de Macau e para a concepção mais, há que fazer a diferença entre os conceitos “planeamento do Plano Director de Macau, etc., e do propósito de envidar todos os urbano” e “Plano Director”. No planeamento urbano o Governo deve esforços para dar início à elaboração do projecto de desenvolvimento atender ao planeamento económico e ao desenvolvimento social da conceptual geral de Macau. Não sei, realmente, a que concepção do Plano Director de Macau se está a referir. Quererá dizer planeamento população, bem como ao ambiente natural, aos recursos disponíveis, urbano ou Plano Director ou qualquer outra coisa? Do que sei, neste à situação histórica e às características actuais, para efectuar uma momento Macau ainda não dispõe de um modelo preliminar para o coordenação integral e o tratamento das matérias em tempo definido, planeamento urbano. Será que ainda estão na fase de concepção? O tendo em vista a concretização dos objectivos previstos no planeamento urbano a nível mundial reveste-se de vários modelos, desenvolvimento económico e social, utilizando adequadamente os entre os quais o britânico, o alemão, o russo, o chinês, etc. O Sr. terrenos da cidade e coordenando os espaços urbanos, etc. De acordo Secretário está ainda a estudar o sistema de planeamento urbano e, com o conteúdo e as funções do planeamento urbano, separá-lo por neste momento, propõe-se envidar todos os esforços para dar início duas fases, o Plano Director e o planeamento detalhado. Definir o ao desenvolvimento geral da cidade. Perguntava-lhe: afinal qual é o Plano Director antes do planeamento detalhado. Quer dizer que o ano previsto para a conclusão do planeamento urbano? Qual a Plano Director deve obedecer ao planeamento urbano e o distância entre a concepção e a realidade? Há ou não uma planeamento detalhado deve obedecer ao planeamento global. O calendarização para isto? planeamento urbano é o mais básico. O Plano Director é definido pelo estudo estratégico do posicionamento e desenvolvimento da Além disso, na página 153, o Sr. Secretário disse várias vezes que cidade a nível socioeconómico, de acordo com a relação entre a há que continuar com o desenvolvimento regional, a participação no demografia e as indústrias, os postos de trabalho e as necessidades estudo regional e o reforço do planeamento cooperativo, que são as de desenvolvimento, a dimensão demográfica, elevando o nível da grandes tendências actuais. A sua consideração sobre estes aspectos é qualidade de vida da população, procedendo à distribuição efectiva correcta, mas o planeamento cooperativo regional baseia-se no dos recursos públicos para melhorar o ambiente e incentivando o planeamento urbano de cada uma das cidades, através das suas desenvolvimento regional sustentável, etc. Se não tiver esta base, posições de vantagem, e intensificação da mútua cooperação. Se esta cidade não pode dispor de desenvolvimento sustentável e deixa nem sequer há uma definição das pequenas coisas, como é que vão de ser adequada para viver, ou seja, deve dizer-se que o Plano alcançar as grandes? Daí que a maior prioridade seja definir o Director deve servir para o desenvolvimento social e económico. Por planeamento com a maior brevidade. O Sr. Secretário quer convidar conseguinte, há que separar estes conceitos e ordená-los com clareza. alguém para jantar, mas se nem sequer tem comida, o que é que vão Mas, no relatório do Sr. Secretário não há um raciocínio claro quanto comer? O desenvolvimento regional terá que aguardar pela parte de a este aspecto. O Sr. Secretário, na página 156, enumera o seguinte, Macau? Além disso, o planeamento urbano é uma obra técnica na Parte III, Planeamento Urbanístico: 1. Execução de aterros para integral, sistemática e muito peculiar. Sendo assim, a quem caberá a os novos bairros; 2. Implantação de um sistema de planeamento e sua responsabilidade. O Sr. Secretário tem que supervisionar bem. gestão da cidade; 3. Assuntos importantes para realização de análise Acho que é uma acção fundamental dentro da sua tutela, deve ser exclusiva; 4. Planeamento das pequenas zonas; 5. Reordenamento realizada dentro dos seus Serviços, sendo que os seus promotores, o dos bairros antigos. São estas as cinco medidas de acção que parece chamado centro ou grupo especializado, só devem assumir funções vão ter lugar ao mesmo tempo, em vez de definirem primeiro o consultivas. E, não se devem esquecer do papel de orientação que planeamento urbano e só depois fazerem o resto. Se não houver um devem assumir enquanto realizarem as acções de consulta. É um planeamento urbano como elemento de orientação, como é que problema com carácter técnico muito elevado. Definir estratégias... realizam as restantes acções? Vão basear-se em quê? Além disso, as deve ser de cima para baixo e, depois, de baixo para cima, mas, se vias, o planeamento das pequenas zonas, o reordenamento dos continuarem de baixo para cima, acho que o Sr. Secretário não bairros antigos, etc., fazem parte do âmbito do planeamento urbano. consegue concluir o planeamento dentro do seu mandato. O planeamento global deve avançar primeiro. Há que haver uma ordem nos trabalhos, caso contrário gera-se confusão e falha a sua Em terceiro lugar, quanto ao impulso à remodelação e recuperação implementação. Há dois anos, fui muito sério quando disse e sugeri da comunidade e incentivos à participação directa dos residentes, que, sobre o modo de planear bem a cidade, antes de fazer o Plano citado na página 160, acho que isto se relaciona com os problemas Director, o Governo devia definir, de antemão, um quadro geral do do estrato básico da comunidade, razão pela qual talvez seja melhor desenvolvimento económico de Macau, para os próximos 10 a 20 trabalhar em conjunto com o Instituto para os Assuntos Cívicos e anos. Ou seja, a discriminação concreta dos problemas básicos a que Municipais, que está mais próximo das comunidades de base e que já me referi. É mediante este quadro geral que o Plano Director tem está mais a par das suas necessidades, características, aspectos fundamento e se torna capaz de responder à situação concreta de particulares e opiniões. Devem basear-se no diálogo entre aquele Macau. Daí que acho que o Sr. Secretário tem como tarefa prioritária Instituto e as opiniões dos residentes, pois a uniformização no 26 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日 planeamento urbano favorece a sua implementação. Há que conservação deve ser feita, mas porque é que acentuam a questão do esclarecer bem e convencer a população, de forma a obter a sua panorama urbanístico? Ora bem, não sei se já reflectiram a fundo compreensão e apoio. Queria colocar ao Sr. Secretário outra questão: sobre a questão. Porque é que Macau se quer desenvolver como na página 160 cita-se o impulso à iniciativa dos habitantes para cidade de turismo e lazer? O que quer dizer lazer? Quais são os participarem no planeamento comunitário, o que quer isto dizer? O objectivos? Será que reflectiram sobre este rumo de responsável pelo planeamento é alguém reconhecido pelo Governo, desenvolvimento? não havendo diferença entre o oficial e o particular. Será que inclui aqui os mestres de fung shui ou os geomantes? Se for caso disso, não Depois disto, queria abordar consigo a política de habitação. Nas se estranhe que o reordenamento comunitário venha a ser confuso. Linhas de Acção Governativa, desta vez o cerne da política Pedia ao Sr. Secretário que nos falasse também disto. habitacional é o de haver um lugar para viver e que haja bem-estar nas habitações. Além de defender o direito à habitação, pessoalmente, Já falei muito. acho que associado ao desenvolvimento económico se deve defender a melhoria das condições de residência e a qualidade de vida da Presidente: Sr.ª Deputada Kwan Tsui Hang, faça o favor. população. O Governo da RAEM não pode lançar os bens de primeira necessidade para todos, entre eles a habitação, no mercado, Kwan Tsui Hang: Obrigada Sr. Presidente. a bel-prazer dos investidores. Já se passaram dez anos após a transferência da soberania, o preço dos imóveis em Macau não deixa Sr. Secretário, Srs. representantes do Governo: de subir em flecha e a qualidade das residências dos habitantes está a baixar cada vez mais. A resolução do problema da habitação é uma A primeira questão que queria levantar é sobre a gestão dos solos. questão fulcral na vida das pessoas. Mas, nas Linhas de Acção Os solos em Macau são muito preciosos. Devido à Lei de Terras, que Governativa do Sr. Secretário o que é que há para este ano? A sua já está muito ultrapassada, a que acrescem as decisões propositadas tónica vai para a habitação social, tida como prioritária, a habitação ou as omissões de alguns responsáveis, no passado foram deixando económica como secundária e o apoio financeiro como complemento. acumular a posse de alguns terrenos. Outros terrenos, de há muito, Tenho as minhas reservas sobre esta orientação. Além da habitação não foram aproveitados pelos investidores. De facto, são poucos os social, se considerarmos a habitação económica como uma medida terrenos na posse do Governo, o que não só condiciona o de apoio à política habitacional... quer dizer que o Governo vai desenvolvimento de Macau, como também restringe o empurrar a maioria da população para o mercado imobiliário privado, desenvolvimento de muitas estratégias. Este ano o Sr. Chefe do para esta resolver os seus problemas. É de lamentar que, à excepção Executivo referiu-se ao processo de revisão da Lei de Terras e ao do apoio financeiro, não se vê qualquer outra solução da parte do início da recuperação de terrenos desaproveitados. Apoio claramente Governo para o desenvolvimento saudável do sector imobiliário. No esta decisão e espero que o Sr. Secretário venha a envidar todos os passado era assim e hoje continua a ser a mesma coisa. Perante a esforços para a sua realização. Depois da sua posse como Secretário, bolha no mercado imobiliário e o desequilíbrio estrutural, o nosso manifestou a intenção de fazer uma reforma nos seus Serviços. No Governo procura resolver os problemas apenas através de uma âmbito da sua tutela tomou algumas iniciativas no sentido da definição mais enérgica da política de habitação pública! Têm que abertura e transparência da informação, tendo sido dado um passo definir uma calendarização mais concreta para o acesso às em frente, quer no sistema de informação cadastral, quer no regime habitações. Só assim se poderão resolver as necessidades de da auscultação pública. É certo que estas iniciativas podem ser alojamento da população e só assim haverá um elemento regulador aperfeiçoadas e podem ser ainda mais transparentes. No âmbito das no mercado imobiliário privado, caso contrário, o Governo está a obras públicas, este ano o Sr. Secretário falou também no obrigar os nossos habitantes a estarem eternamente empenhados com melhoramento dos procedimentos administrativos, regularizando e dívidas com a habitação. aumentando a eficácia de certos serviços, na formulação de pedidos. Creio que o Sr. Secretário terá que se empenhar mais nisto, Quanto ao apoio financeiro para aquisição de habitações pela esperando que haja novos resultados. Mas, em relação ao problema população, acho, pessoalmente, que devem ser mais cautelosos. Se o da gestão dos solos, estou de facto preocupada com a devolução dos Governo não dispõe de medidas fortes para conduzir o terrenos, porque irá ser enfrentada muita resistência e haverá muitos desenvolvimento saudável do mercado imobiliário, não há meio de obstáculos. Tal como há dois anos, nas hastas públicas de alguns garantir que estes apoios venham a reduzir verdadeiramente os terrenos, segundo os dados existentes, os investidores só pagaram encargos da população, o que faz com que os subsídios venham a ser um décimo dos prémios em falta até ao momento. Não sei se isto é cúmplices na sustentação dos preços elevados no mercado verdade, mas, se não for o Sr. Secretário que me rectifique. Trata-se imobiliário, pois dificultam ainda mais, em vez de ajudarem, e os de uma maneira eficaz de controlar os preços dos imóveis e não mais prejudicados continuam a ser os nossos cidadãos. Sr. Secretário, desenvolver os terrenos durante anos. Afinal, porque é que a Lei de acabou de dizer que o problema da habitação não tem a ver somente Terras de Macau ou o regime de gestão dos solos pode dar estas com a quantidade, mas também com os terrenos, com as finanças e oportunidades a algumas pessoas para que estas delas tirarem com a distribuição dos recursos. Concordo totalmente, mas referiu-se proveito? Sr. Secretário, creio que tem mesmo que ser determinado e apenas a uma parte do problema. Em Macau nunca foi adoptada uma que deve enfrentar este problema. Aliás, já temos a fama de termos política de altos preços para os terrenos, então porque é que os muitos terrenos desaproveitados, como por exemplo o chamado prédios se transformam em bens com preços astronómicos? Não terá Mundo Aquático ou a Macau Studio City. Já lá vão no mínimo entre isto a ver com a ineficácia da política governamental, originando a dez a vinte anos, e continuam a estar desaproveitados, mas, até ao distribuição inadequada dos actuais recursos, com os terrenos momento, o que se diz é que se pretende respeitar a lei. Para além acumulados nas mãos de investidores e as habitações acumuladas dos solos, temos ainda o problema dos edifícios super altos e da pelos especuladores? O Governo nada fez quanto a isto. Neste respectiva autorização. O Governo terá que enfrentar tudo isto. momento, o Governo quer proteger o mercado imobiliário e o Houve alguém que disse há pouco que o panorama urbanístico Senhor diz que quer estratégia, e pede à nossa população para envolve o desenvolvimento e a conservação, mas, não concordo. A resolver os seus problemas no mercado imobiliário privado. N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 27

Concordo perfeitamente com a orientação definida pelo Governo que podia operar também já deixou de funcionar. Será que as rotas para a resolução dos problemas dos mais desfavorecidos em termos das companhias de aviação de baixo custo não têm margem de remuneratórios, pois uma política habitacional normal deve proceder manobra? Parece-nos que não, porque as restantes companhias desta forma. Todavia, desta vez o Governo diz que ainda não chegou aéreas dispõem ainda de voos, e de cada vez mais rotas, razão pela a altura para o acesso às habitações, recorrendo à compensação qual o problema reside na subconcessão. Será assim? Ou na empresa pecuniária para subsidiar as rendas de casa. Correcto, pode resolver concessionária? Por isso, acho que o Governo tem a obrigação de os problemas dessas pessoas. Mas, Sr. Secretário, já que é perito em estudar seriamente o motivo que está por detrás do caso da “Viva cálculos, agradeço-lhe que faça a conta sobre qual o número de Macau”. Depois de uma experiência de quatro anos será que a pessoas habilitadas a requerer o subsídio de renda de casa. Creio que reforma conservadora dos contratos de concessão continua a ser muitos dos que se inscreveram mais tarde reúnem condições para tal eficaz? Será que o Governo tem de continuar a injectar grandes e, tudo somado, seguramente que ultrapassam os dez mil. Se o verbas na empresa concessionária de aviação, que é monopolista em Governo ainda não dispõe de uma calendarização para o Macau, para a manter em funcionamento? E, será que as empresas desenvolvimento da habitação social, vai ter que subsidiar as rendas concessionárias têm capacidade para continuarem a assumir o de mais de dez mil fracções por forma a resolver os problemas destas cumprimento das obrigações dos respectivos contratos de concessão? pessoas, mas, os que aguardam por uma habitação económica têm Pessoalmente, julgo que está na altura de o Governo reflectir que enfrentar a pressão das rendas de casa, pois não há meio de seriamente sobre estes problemas. Antes da transferência de baixarem. Nesta altura, o Governo não quer saber deles. Será que já soberania, foram assinados muitos contratos de concessão e, de facto, pensou no aumento da habitação pública? Não, nesta altura o torna-se muito difícil às autoridades proceder à sua fiscalização com Governo vai mudar de táctica. Acho que isto é muito triste. Daqui a eficácia. Mas, aproxima-se gradualmente o termo dos respectivos pouco, espero que o Sr. Secretário me diga que não pensa desta contratos. À semelhança do problema do gás natural, após o maneira, caso contrário não sei como é que os mais de dez mil que Governo ter assinado em 2007 o respectivo contrato de concessão, aguardam em lista de espera, mais os que não estão qualificados na até à data não existe qualquer contrato assinado para o regular lista de espera para atribuição de uma habitação económica, vão fornecimento de gás natural. Como é que é feita eficazmente a sua enfrentar os seus problemas de alojamento no futuro. Qual a essência fiscalização? Sr. Secretário, espero que, no âmbito dos seus do problema? O essencial é o Governo ainda não ter a capacidade organismos, venham a ser seriamente revistas as cláusulas para gerir eficazmente a subida irrazoável do preço dos imóveis contratuais, mormente sobre o modo como o Governo pode dispor privados. Por mais que diga que a distribuição dos terrenos está a ser de maior poder na fiscalização eficaz dessas empresas monopolizada pelos outros, é toda a nossa população que tem que concessionárias. aguentar com as rendas caras ou com as dívidas de vários milhões de patacas para comprar uma casa. Será esta uma política racional? Será Obrigada. que o Governo reflectiu sobre estes problemas, em toda esta questão da política habitacional? Pois bem, espero que o Sr. Secretário ao Presidente: Já sete Srs. Deputados se pronunciaram, com os cinco definir a sua política habitacional venha a ouvir as várias partes e anteriores perfazem metade... somando, portanto, os doze Srs. não apenas um sector. O sector já usufruiu de muitos proveitos, mas, Deputados da primeira ronda. Dou a palavra ao Sr. Secretário, para quem garante os interesses dos nossos cidadãos? Dependemos do responder às questões apresentadas pelos Srs. Deputados. Governo para nos defender. Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Lau Si Io: Por outro lado, queria falar sobre o problema dos contratos de Obrigado Sr. Presidente. concessão. Os serviços de utilidade pública que proporcionam qualidade e preços estáveis são a base para a garantia do Vou responder pela ordem das questões anteriores. Antes de mais, desenvolvimento económico e da qualidade de vida da população. a do Sr. Deputado Chan Meng Kam, seguido também por muitos Neste momento, a maioria dos contratos de concessão e as outros Srs. Deputados, sobre o problema da eficiência na aprovação concessões especiais encontram-se sob a tutela do Sr. Secretário, o dos projectos pelos Serviços de Obras Públicas. que significa que o Senhor deve reflectir sobre a forma como deve ser assegurada a estabilidade e a fiabilidade da prestação dos Agradeço imenso as muitas opiniões que nos deram. De facto, a serviços de utilidade pública por parte das respectivas entidades melhoria da eficiência não deve ser feita de um ou de dois em dois concessionárias, aproveitando a aproximação da renovação e do anos, mas de forma contínua. Aliás, temos vindo a fazê-lo, embora termo de muitos desses contratos, procurando ainda, gradualmente, ainda não ao encontro das expectativas da sociedade ou do sector, liberalizar determinados mercados de prestação de serviços de mas vamos continuar. No entanto, dou-vos uns números para utilidade pública. O recente caso da “Viva Macau” reflecte a referência. O fundamental nisto tudo é a diferença na interpretação existência de muitos problemas, por parte do Governo, na dos dados, considerada por sectores, no que refere à demora dos fiscalização dos contratos de concessão. Queria apenas dizer... Serviços. Os dados indicados dizem respeito à aprovação de todos os porque aquela Companhia não tinha capacidade para continuar a projectos e licenças de obras, sejam grandes ou pequenas, sendo fazer voos, o Governo teve que recorrer a ela própria para suspender provável que o sector considere apenas os de montante elevado ou os o seu funcionamento, sendo aqui que reside a essência do problema. prédios altos ou as torres, enquanto que nós estamos a analisar a Como é que o Governo pode garantir a sua capacidade de questão na sua globalidade. Os dados publicados referem-se na fiscalização sobre todas as empresas concessionárias? Creio que é realidade a cada um dos pedidos formulados, quanto ao tempo uma questão sobre a qual o Governo terá que reflectir seriamente no decorrido entre a entrada e respectiva conclusão. A partir de 2008, futuro. Para Macau se tornar num centro mundial de turismo e lazer, altura em que este sistema começou, é tudo feito por meios a rede de transportes com o exterior, sobretudo a via aérea, é informáticos, mormente o tempo de cada um dos processos da primordial. A não acessibilidade nos transportes para o exterior torna mesma categoria. Fazemos a classificação por três categorias: 1.ª a publicidade ineficaz. Em 2006 o Governo assinou três contratos de categoria, construção de prédios novos e ampliações, o que é do subconcessão com as companhias aéreas de baixo custo, mas a única maior interesse no sector da construção civil; 2.ª categoria, que é 28 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日 mais reduzida, certas obras de decoração interior de maiores no futuro, na renovação ou na concessão de contratos, se não forem dimensões. O resto, de pequenas dimensões, tais como os respeitados os prazos para o aproveitamento dos terrenos, haverá estabelecimentos de comida, no âmbito do one stop do Instituto para cláusulas que agravam a penalização, estando o respectivo montante os Assuntos Cívicos e Municipais, asilos de terceira idade e certas em relação directa com o valor dos mesmos. Já estamos empenhados licenças administrativas para obras de pequena dimensão ou a no seu estudo. Em princípio, não queremos multar as pessoas. De reparação de prédios com mais de 30 anos, também do tipo one stop, facto, o prazo a ser estipulado na renovação dos contratos ou nas em que são os construtores que fazem as obras de reparação dos novas concessões de terrenos tem a ver com o nosso planeamento, na prédios, carecendo porém de licenças que dão entrada nos Serviços medida em que se os projectos não forem realizados dentro do prazo de Obras Públicas. Os trabalhos são feitos, embora o montante das fixado isso compromete o funcionamento do mercado. Porque é que obras não seja elevado ou não seja muito evidente, olhando apenas foram levantadas tantas questões e porque é que não há para as obras grandes que há em Macau ou vendo apenas quantos disponibilização de habitações? Pois bem, porque não há terrenos. prédios é que foram construídos, digamos, 20 por ano... seguramente No entanto, em cada contrato de concessão de terreno está sempre que há problemas. É óbvio, pois estes grandes projectos interferem estipulado um prazo. No passado seguia-se a regulamentação antiga, na nossa paisagem, havendo muitos aspectos a considerar: na isto é, não havia uma medida forte, adiando-se apenas os custos. Mas protecção ambiental, no património histórico, nos transportes, etc. A se houvesse lugar a multas aplicava-se a lei. Ora, no futuro, através aprovação destes projectos implica a intervenção de muitos Serviços. de um agravamento da penalização se houver adiamentos, os custos Neste aspecto, vamos continuar a colaborar com os diversos irão ser maiores também. Neste aspecto achamos que isto pode criar Serviços, para os projectos de prédios de grandes dimensões, um certo efeito de intimidação, para que os concessionários venham mormente para reduzir o tempo de tramitação dos documentos, de a proceder ao desenvolvimento dos terrenos, em conformidade com forma a minimizar as implicações financeiras para os investidores. os prazos fixados nos respectivos contratos. Mas, se olharmos para estes dados, por exemplo, para algumas obras de reparação ou demolição, o tempo foi reduzido para 54%, Quanto à questão da revisão da Lei de Terras, de que muitos enquanto que nas obras de ampliação atingimos uma redução de falaram: nas Linhas de Acção Governativa de 2008 foi feita uma 50% e nas obras de decoração, que são mais simples, a taxa de referência ao facto e, do que me lembro, chegou a ser definida uma eficiência é na ordem dos 14%. Por conseguinte, a leitura dos dados calendarização para o efeito. Não vou entrar aqui em pormenores, depende de quem a faz. Porém volto a salientar que nos vamos mas posso dizer-vos que estamos a realizar as acções em esforçar por continuar a melhorar a nossa acção. conformidade com essa calendarização. Não estamos atrasados. Se for necessário podemos fornecer-vos estes dados. O texto de revisão Quanto à gestão dos solos, de que falaram alguns Srs. Deputados já se encontra concluído no seio do grupo especializado e neste há momentos, especialmente sobre os terrenos desaproveitados, o Sr. momento encontra-se em fase de discussão entre o grupo Chefe do Executivo quando veio à Assembleia Legislativa foi muito especializado e os colegas dos Serviços de Obras Públicas que estão claro, afirmando que o Governo vai tratar da questão. De facto, já familiarizados com esta matéria. Esperamos que a revisão da Lei de em 2007 foram-nos transmitidas algumas opiniões, através de um Terras venha a alcançar os efeitos previstos e que seja exequível. Daí grupo especializado criado no seio da Assembleia Legislativa, que, neste momento decorra a fase de discussão entre os dois grupos quanto à concessão de terrenos e ao tratamento de solos especializados. Vamos esforçar-nos para ter concluído o respectivo desaproveitados. Nestes últimos anos também analisámos esta processo legislativo ainda este ano. Relativamente ao incentivo à questão. Neste momento, não tenho à mão os dados destes terrenos construção de prédios de pequena dimensão, não temos ainda um desaproveitados, mas, do que sei, ultimamente alguns deles têm sido plano concreto. No futuro, através da gestão dos terrenos, vamos recuperados, os que eram destinados à construção de escolas, na considerar os três aspectos, mormente para certos terrenos que Taipa, como as próprias escolas não procederam às obras, nós carecem de renovação dos contratos e em que se pretende alterar a reavemo-los. No âmbito dos Serviços de Obras Públicas há cerca de sua finalidade, podemos recorrer às plantas de alinhamento para cento e tal processos de terrenos desaproveitados, tendo sido feita definir os pequenos bairros, etc. De facto, podemos pedir aos uma análise detalhada de todos eles, sendo que vinte e tal casos são investidores para aumentarem a proporção das fracções com áreas mais graves, tendo sido isolados para estudo mais aprofundado mais reduzidas. depois de os respectivos concessionários terem sido contactados para prestar esclarecimentos. Depois da recolha destes esclarecimentos Quanto ao planeamento urbano e à inclusão de escolas ou outros iremos confrontar a informação com a análise realizada equipamentos, posso dizer-vos que já anunciámos alguns planos anteriormente e, sendo apurada qualquer irregularidade grave, será urbanísticos, tais como a habitação pública em Seac Pai Van ou as dado início ao processo de revisão dos respectivos contratos. Creio novas zonas urbanas nos aterros de 350 hectares, estando já definida que o Sr. Chefe do Executivo foi muito claro quanto a este aspecto a distribuição dos equipamentos sociais nestes terrenos. Quando quando veio à Assembleia Legislativa. Vamos mobilizar o pessoal do chegar a altura própria apresentá-los-ei para vosso conhecimento. Departamento de Gestão dos Solos, sobretudo para o cálculo dos prémios de concessão que muitos Srs. Deputados referiram, pois isto Quanto à questão da altura dos edifícios e à visibilidade, questão implica a distribuição dos recursos humanos deste Departamento, e que foi referida pelos Srs. Deputados, bem como à morosidade na vamos destacar mais pessoal para se dedicar à recuperação dos aprovação dos projectos, pois bem, segundo a análise que terrenos desaproveitados. Por conseguinte, este será um ano, um efectuámos, tal deve-se em grande parte a casos de edifícios que se período fulcral, em que prometemos esforçar-nos neste sentido. encontram nas proximidades de edificações classificadas como Quanto aos terrenos já concessionados que se encontram património mundial, razão por que têm que ser submetidos à desaproveitados, vamos desencadear os processos de acordo com a apreciação de vários organismos, porque pode haver problemas com Lei de Terras e, neste momento, é provável que haja muitos contratos a situação. Quanto a isto, temos que ter o máximo de cuidado no seu também por renovar ou novas concessões. Como tratar a questão? tratamento, porque em tempos surgiu o problema do Farol da Guia... Isto tem a ver com uma questão muito importante: será que devem continuando as negociações com a empresa construtora. É um caso ser mantidos os procedimentos anteriores? O Governo já decidiu que, muito difícil e problemático, razão por que não queremos que estes N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 29 problemas venham a repetir-se, não por uma mera questão de receio, fica sobre o baixo investimento prende-se fundamentalmente com a como alguns Srs. Deputados referiram, mas porque os processos se baixa taxa de execução, que tem a ver com a atribuição das verbas e encontram a arrastar-se ou foram atirados para o fundo da gaveta. respectiva utilização. Estamos cientes que devido à crise financeira Não temos essa pretensão. Em relação aos projectos que venham a do ano passado aumentou a atribuição das verbas, e de facto os interferir com o património mundial, já o ano passado convidámos recursos humanos e materiais não puderam corresponder àquele especialistas em matéria de património mundial para nos esclarecer e aumento. Mas se olharmos para os montantes das obras, porque fazer uma apresentação da questão. Penso que o sector está ciente estão mais interessados nas obras de pequena e média dimensão, se disto, porque na altura convidei individualidades do sector para as expurgarmos do total... de acordo com os nossos registos só estas ficarem esclarecidos, incluindo peritos e defensores da conservação obras de pequena e média dimensão, cujo valor é inferior a 10 do património. Julgo que o problema não é do sector, mas sim de milhões, representam uma décima parte dos 3 mil milhões, atingem- Macau todo. Espero que venham a dar-nos opiniões sobre isto, para se quase 300 milhões. Se as desdobrarmos, muitas delas andam à em conjunto resolvermos o problema e chegarmos a um consenso. volta de 10 milhões, divididas em dois grandes tipos: primeiro, as Caso contrário isto arrasta-se, sendo vantajoso para ambas as partes mais de 250 pequenas e médias obras dos Serviços de Obras em nada. O investidor é o primeiro a ser prejudicado, porque gastou Públicas correspondem a 200 milhões, com um valor médio por obra dinheiro na aquisição do terreno e depois não é autorizado a de 900 mil, menos de um milhão. Se olharmos para as obras do construir. Depois, as habitações que eram para ser construídas para Instituto de Habitação, as suas verbas são atribuídas pelo Fundo de abastecer o mercado, não podem ser fornecidas, pelo facto de o Reparação Predial, portanto, não estão inseridas no PIDDA, razão projecto não ter sido aprovado, criando problemas. É por isso que, por que os 3 mil milhões não incluem estas despesas, pois só no ano para o próximo mês de Abril, convidámos especialistas do País em anterior foram 70 milhões, subsidiando-se a reparação de pequenas património mundial e outros peritos na matéria para se deslocarem a obras de mais de 580 habitações. Quase 600 fogos em prédios com Macau e participarem em alguns seminários. Haverá mais de 30 anos, ascendendo cada obra em, média, a cerca de cento e individualidades do sector e da sociedade que também serão tal mil patacas. Pois bem, são estas obras, com um valor médio de convidadas, para reflectirmos abertamente sobre o problema e para o 900 mil ou de cento e tal mil, que as pequenas ou micro empresas ou resolvermos com a maior brevidade, pois não queremos que isto se até mesmo um encarregado, um patrão mais um operário, arraste. Espero que nessa altura o sector e as individualidades em conseguem realizar. Introduzimos de facto muitos recursos para causa venham a participar activamente, contribuindo com as suas apoio a estas pequenas companhias de construção, pois a concessão opiniões para que o Governo e a comunidade venham a resolver este das obras implica o dispêndio de recursos e por conseguinte, neste dilema que nos perturba, do desenvolvimento e da conservação. aspecto, fizemos muito trabalho. Em termos de aperfeiçoamento da taxa de execução, no futuro, vamos melhorar a definição global dos Em relação à reparação dos prédios antigos, fizemos também uma projectos a serem desenvolvidos no PIDDA. Vamos proceder a uma comparação com a situação na Região vizinha. Estamos a proceder à análise detalhada do seu conteúdo. No futuro, além do aspecto revisão da base de inspecção dos prédios antigos ou em risco e à quantitativo, vamos intensificar a taxa de execução e respectiva análise dos novos dados de registo. Para os prédios com problemas, eficácia, continuando, portanto, neste sentido. vamos activar os procedimentos o mais rapidamente possível. Quanto ao caso da estação de autocarros, entre outros, que o Sr. Quanto à escolha do local nas Ilhas e ao problema ecológico, não Deputado Ho Ion Sang referiu, os dados já me foram fornecidos me vou repetir, pois já me referi ao assunto nos meios de pelos nossos colegas, estando atentos ao problema e muito em breve comunicação social por diversas vezes e os colegas da Direcção dos irão estudar a hipótese de juntar as duas estações ou de deslocar a Serviços de Protecção Ambiental irão proceder a uma análise sobre mesma para outro sítio. Penso que os colegas dos Serviços de Obras as questões na área do ambiente. Já ouvimos as opiniões da Públicas vão tratar do assunto muito rapidamente. Os assuntos que sociedade, incluindo os moradores das Ilhas. Aliás, os habitantes das digam respeito à vida humana, a bens, à segurança dos peões e aos Ilhas já se pronunciaram positivamente quanto à escolha do local, motoristas, fazem parte da missão prioritária do Governo. razão por que achamos o local adequado. Nas traseiras há uma montanha, há zonas verdes e na parte da frente há uma estrada, Quanto à questão das obras, que o Sr. Deputado Mak Soi Kun embora de nível inferior e com função secundária, não havendo referiu anteriormente, vou explicar com alguma brevidade. O Sr. muitos transportes nessa zona. Ora, em contrário, houve opiniões a Deputado falou em 1,9 mil milhões, mas, de acordo com os nossos favor de uma zona junto à Nave Desportiva de Macau ou na 7.ª e 8.ª registos, gastámos 3 mil milhões em obras públicas através do fases do Cotai, que na verdade está perto de uma via de transporte PIDDA, e não 1,9 mil milhões. E o que é representam os 1,9 mil principal, pois de acordo com a função da nossa rede viária, no milhões? Os 1,9 mil milhões referem-se a investimentos do PIDDA, futuro, os automóveis que circularem pela Ponte Hong Kong- desde a constituição do Governo da RAEM, à excepção de 2005 e Zhuhai-Macau, entram na Zona A dos aterros, atravessando a quarta 2006, com os grandes projectos de infra-estruturas dos Jogos da Ásia ligação para entrar na Zona E dos aterros, e daqui entram pelo Túnel Oriental, enquanto que os 3 mil milhões correspondem ao maior da Taipa Grande, seguindo a estrada próxima da Nave Desportiva de investimento de sempre, desde a transferência de soberania. No ano Macau, virando à direita para terem acesso à estrada que liga ao a seguir à transferência de soberania tínhamos pouco mais de 500 Posto Fronteiriço da Ilha da Montanha. Quer dizer que o percurso milhões, depois 800 milhões a 1000 milhões, e assim por diante, até entre a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, a ilha artificial até à Ilha 2007, com 1,9 mil milhões e, em 2008, 1,9 mil milhões. É provável da Montanha e o Posto Fronteiriço da ponte Flor de Lótus vai ser que os dados avançados pelo Sr. Deputado Mak se refiram a 2008, uma auto-estrada, se colocarmos o hospital na proximidade desta mas os dados mais recentes, para 2009, já rondam os 3 mil milhões. auto-estrada, podemos imaginar os problemas que daqui podem Os 3 mil milhões não incluem... pois, normalmente, as contas das advir. Temos obrigações neste aspecto, também, porque não obras fecham-se mais cedo e por isso quando chega o mês de prestámos muitos esclarecimentos, razão pela qual há um mal- Novembro ainda temos um mês e, se fizermos os cálculos para os entendido. Mas a escolha tem a ver com a montanha que se situa nas 10% na realização das obras, na verdade, o montante corresponde a traseiras, com os espaços verdes e, na zona lateral, com um um mínimo de 3,3 a 3,4 mil milhões. Creio que a impressão que se reservatório de abastecimento. O espaço previsto, comparado com as 30 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日 grandes áreas de que falámos há instantes e considerando os Quanto à publicidade sobre a defesa do ambiente, estamos diferentes aspectos, é um sítio relativamente melhor. igualmente de acordo. Iremos intensificar durante o corrente ano a sua divulgação junto das escolas. De facto, no que se refere às Quanto à questão da aprovação dos projectos a que também se técnicas e/ou procedimentos para acelerarmos a defesa do ambiente, referiram: quanto à melhoria dos seus procedimentos, além do que já tudo depende da vontade própria das pessoas, esta é uma questão disse, vamos recorrer a algumas leis e diplomas, como por exemplo fundamental para o seu sucesso. No diálogo com os colegas, ao Regulamento da Habitação, uma área com muitos problemas, ao achamos que as acções de divulgação constituem também outra Regulamento Geral da Construção Urbana ou ao das Qualificações vertente fundamental. Embora não tenham falado sobre isto, Profissionais, etc. Já definimos uma calendarização para estes três aproveito para referir que a conjugação da ecologia e do sector em diplomas e quando estiverem concluídos podem favorecer todos os causa, área em que o Sr. Deputado Mak também está muito atento, procedimentos da aprovação. Se for necessário podemos fornecer- ao que julgo saber, temos uma ideia. Não há tempo hoje para vos a referida calendarização. adiantar muito, talvez noutra altura, quando tratarmos do quadro geral do planeamento da defesa do ambiente, que, de facto, já está Concordamos em pleno quanto à questão do planeamento a nível concluído. Depois combino com o Sr. Presidente para fazermos aqui futuro dos recursos humanos no sector da construção. Porque no uma discussão mais profunda desse planeamento e da sua orientação futuro prevemos a construção e a implementação de muitas infra- futura. estruturas de grande envergadura. Os Serviços de Obras Públicas vão ter de fazer uma avaliação da situação, porventura com a Quanto ao preço da água, como já anteriormente referi, os colaboração do sector, das associações comerciais e das entidades trabalhos estão a prosseguir. O seu quadro de definição está a ser associativas. objecto de consulta pública. As tarifas por escalões não fogem à procura de fontes e diminuição no consumo, no contexto global da Quanto ao Metro ligeiro, estamos a realizar as acções de forma poupança da água. Sobre as fontes, temos os Reservatórios de ordenada. O Sr. Coordenador Lei já lançou as bases de uma futura Zhuyin e Datengxia, em fase de construção. Estamos também a plataforma de diálogo eficaz com os residentes, de forma a evitar estudar a possibilidade de outras instalações virem a armazenar água. situações de falta de entendimento. O Sr. Coordenador Lei irá falar Em relação à diminuição no consumo, estamos igualmente a sobre isto em breve. Quanto à questão da informação, colocada pelo proceder a alguns estudos, tais como o aproveitamento de água Sr. Deputado Ho, acerca do congestionamento do trânsito aquando reciclada ou a elevação da qualidade da água processada na Estação da fase de construção, a Direcção dos Serviços de Assuntos de de Tratamento de Águas Residuais. No fundo, esperamos que a água Tráfego já entrou em diálogo com o Sr. Coordenador Lei e vamos tratada naquela Estação não venha a ser lançada apenas no mar, mas, criar, um sistema de divulgação de informação interdepartamental, antes sim, que seja elevada a sua qualidade, sendo reutilizada nas para equacionarmos a divulgação antecipada de informação e como novas zonas urbanas, para limpeza de sanitas ou na rega de espaços subdividir as fases da construção, etc., por forma a minimizar verdes. De um modo geral, trata-se de acções que vamos realizar, possíveis congestionamentos no trânsito. mas as tarifas constituem uma medida muito importante para que a população valorize o consumo da água. Em relação ao transporte marítimo de passageiros, concordamos que se trata de um tema de reflexão que temos que debater. De facto, à medida que for sendo feita a implementação das Linhas Gerais do A respeito da questão da ocupação ilegal de um terreno, citada Planeamento para a Reforma e Desenvolvimento da Região do Delta pelo Sr. Deputado Tong, todos estes casos merecem a nossa especial do Rio das Pérolas, a integração regional e a relação íntima com o atenção. No ano findo, recuperámos 5 a 6 lotes de terreno, com uma desenvolvimento da Região do Delta do Rio das Pérolas, as área que totaliza umas boas dezenas de pés quadrados. Vamos movimentações nos postos fronteiriços, as infra-estruturas nos proceder à recuperação dos terrenos em cumprimento da lei. De transportes... se a interligação nestes aspectos for melhorada, irá facto, concordamos também com a ideia de deduzir os custos aos surgir de facto essa necessidade. A Capitania dos Portos vai activar infractores. Os colegas dos Serviços de Obras Públicas estão a os estudos e o planeamento neste sentido. Aliás, o aproveitamento estudar a forma de o fazer, isto, para pôr cobro a estas ocupações das rotas está inserido na política global de transportes da RAEM. ilegais dos terrenos e porque isto implica muitas despesas ao erário Por exemplo, já foi criado um grupo especializado neste domínio, público. para articular o transporte terrestre, marítimo e aéreo. Neste momento vamos criar um importante nó viário no novo Terminal Quanto à questão do planeamento urbano referida pelo Sr. Marítimo da Taipa, em frente ao Aeroporto, para o transporte Deputado Chui Sai Peng, já temos o estudo do sistema mais ou terrestre, marítimo e aéreo. Aí ficarão o Aeroporto Internacional, o menos finalizado e prevemos que a consulta pública venha a ser nosso maior terminal marítimo de passageiros e a estação do Metro realizada muito em breve. Nesse estudo, definimos certos parâmetros ligeiro. Nessa altura, as pessoas da Região do Delta do Rio das para o sistema, bem como para a lei do planeamento urbano. É óbvio Pérolas podem, por via aérea, Metro ligeiro interurbano após o que, tal como o Sr. Deputado Fong referiu, há prioridade na desenvolvimento da rota leste da Região do Rio das Pérolas, chegar definição dos elementos. Na verdade, penso que na Lei do cá ou sair para os seus destinos através deste nó. Planeamento Urbano não devemos copiar o que existe em determinada região ou cidade, mas sim definir qual a sua orientação Quanto à aviação, a Autoridade de Aviação Civil tem vindo a mestra. Porque neste momento Macau não é um lote de terreno em estudar o planeamento do seu futuro desenvolvimento em conjunto que não existem construções, antes pelo contrário, há muitas coisas com a Direcção dos Serviços de Turismo e, de um modo geral, esta aqui, daí que não possamos adoptar a solução dos outros. E é por área tem que ser vista em conjugação com o posicionamento e a isso que ao definirmos o Plano Director do planeamento temos que o política turística. Compreendemos que temos que fazer uma reflexão conjugar com os estudos dos especialistas e profissionais nesta acerca do caso da “Viva Macau”, dentro da política global de matéria, de forma a obedecer aos requisitos científicos e aviação e a nível empresarial. internacionais e a enquadrar com a realidade de Macau. É o nosso N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 31 procedimento habitual: planear primeiro, para depois fazermos. Não chegar. Os patrões, bem como os trabalhadores, esperam por é viável nos bairros antigos, tal como podem perceber, pois aí apenas trabalho, daí que em termos do PIDDA a taxa de execução seja os podemos reorganizar através da divisão por zonas, mas no futuro, muito baixa. As acções estão planeadas e devem ser implementadas. por exemplo, nos 350 hectares aprovados pelo País, podemos Depois, só nos meses de Agosto, Setembro e Outubro, é que se definitivamente fazer primeiro o planeamento. Na verdade Macau esforçam. Quando é que esta situação estranha pode ser mudada? vai proceder a reordenamentos e a melhoramentos de forma Esta é a primeira questão. sistemática, para chegarmos a uma situação ideal, qual seja a classificação por uso. Temos que contemplar o planeamento e o A segunda questão abordada pelos Srs. Deputados foi o problema respectivo processo legislativo... na sequência da questão colocada dos recursos humanos. Recebi este ano a resposta a uma interpelação pelo Sr. Deputado Chui Sai Peng. Já dispomos da Lei de Terras, que escrita, relativa ao 3.º trimestre do ano passado, a qual apontava para está em vigor, mas vamos proceder à sua revisão, pelo seu carácter 16 mil o número total de obras públicas, delas constando apenas datado, o que exige menos tempo para a sua realização. Mas, em 6.900 postos para trabalhadores locais, portanto, menos de metade. contrapartida, a legislação para o planeamento urbano vai exigir Na lei está expressa a prioridade obrigatória aos trabalhadores locais mais tempo. Vamos ver se há hipótese de fazer as duas ao mesmo na realização de obras públicas. Qual a razão por que não empregam tempo, mas não vamos adiar a revisão da Lei de Terras em trabalhadores locais? Ontem falaram no problema da idade, dos 50 e detrimento da Lei do Planeamento Urbano, embora uma tenha tal, que é já muito avançada, mas não se esqueçam que a relação com a outra. Por conseguinte, a revisão da Lei de Terras vai aposentação só acontece aos 65 anos. Em vez de empregarem as ser feita o mais breve possível, porque a outra não é sua subsidiária. pessoas, estão a seleccioná-las. Sendo assim, como é que se pode No entanto, vamos recorrer a certas orientações para fazer a falar no aperfeiçoamento do emprego local neste sector? transferência das matérias. No fundo, depois da Lei do Planeamento Urbano estar definida, os requisitos, as disposições gerais e/ou a Mais a mais, nos últimos tempos temos assistido a atrasos no divisão por zonas, obedecerão a esta última, tais como já referiram, a pagamento dos salários nas obras públicas. As sub-adjudicações são classificação dos terrenos, etc. Portanto, neste momento a inúmeras, mas no fim a quem caberá a responsabilidade? Há classificação dos terrenos é muito genérica, razão por que é muito processos que ainda estão em andamento. O problema não é de agora. difícil responder à multiplicidade das profissões e/ou indústrias A lei foi feita em 1998, mas até à data não funciona. Alegam falta de existentes na nossa economia e daí estarmos a proceder ao estudo pessoal, quando nem sequer começaram com as obras. No ano para a classificação dos terrenos, o que é benéfico em termos de passado foram feitas quatro revistas aos estaleiros e em todas elas complemento para a definição de parâmetros na revisão da Lei de foram detectados trabalhadores ilegais. Num local fizeram duas Terras, no planeamento urbano ou no plano de divisão por zonas. É revistas em vinte dias e em ambas havia ilegais. Ora, estamos a falar esta a relação entre a revisão da Lei de Terras e a Lei do de obras públicas, que exigem muitas formalidades, mas entretanto Planeamento Urbano. se houver ilegalidades importa que estas situações sejam regularizadas. Por isso, no âmbito das competências do Sr. Secretário, Presidente: Sr. Secretário Lau: quer em termos do PIDDA ou dos seus resultados, quer para o estimular a situação do emprego local, há que encontrar as devidas Peço-vos desculpa. Porque nos resta pouco tempo, estou com soluções. Portanto, no sector privado não se pode mexer: Mas, não receio de ultrapassarem o tempo se alguém se alongar demais. são capazes de gerir esta situação em termos de obras públicas? Vamos ver amanhã, na parte da manhã... na parte da tarde de amanhã vou deixar seis Srs. Deputados intervirem primeiro e depois o Sr. Outra questão: Há que desenvolver Macau, mormente a Taipa, Secretário Lau responde. com a construção de um novo cais para se formarem três canais marítimos. Mas, alguns pescadores já se me vieram queixar sobre a Vamos prosseguir a sessão amanhã, pelas 15:00h. reduzida largura da rota marítima, especialmente na zona das luzes de sinalização, alegando que se aproximam muito delas, e que isto (Interrupção) pode ser melhorado. Pois bem, não queremos ter acidentes, que acontecem, na verdade, sobretudo quando chegam os barcos de alta Presidente: Srs. Deputados: velocidade. Ao fim e ao cabo, está em causa a questão da luz das bóias, que deve ser melhorada para não criar ilusões ópticas. Isto Hoje, vamos continuar com o debate das Linhas de Acção resultou da conversa havida com algumas pessoas que laboram no Governativa para o ano económico de 2010, no âmbito das Obras mar, depois da alteração registada... em que passou a haver três rotas Públicas e Transportes. marítimas em vez das duas anteriores.

Sr. Deputado Lam Heong Sang, tem a palavra. O tema quente de ontem foi a política habitacional, em que o conceito de habitação pública é fundamental. A habitação económica Lam Heong Sang: Obrigado Sr. Presidente. está a nível secundário, como medida de apoio, questão que foi abordada pelo Sr. Secretário, não devendo ser questionada, ainda que Sr. Secretário, Srs. representantes do Governo, caros Colegas: seja insuficiente. Agora, o problema é como tornar o sector imobiliário saudável, porque ele também afecta as pequenas e A sessão de ontem centrou-se mais na habitação pública, hoje médias empresas, que se queixam das rendas dos imóveis. Por mais queria centrar-me nas obras públicas. que a gente as queira ajudar, não podemos pedir aos proprietários para baixarem as rendas. Trata-se de negócios. Não me digam que o Em Macau, acontece uma situação muito estranha, em termos de Governo tem que pagar por elas? Já que se fartam de conceder obras públicas, mormente nos meses de Janeiro a Abril. É muito subsídios. Como pode haver então um sector imobiliário saudável? difícil haver obras nestes meses. Talvez por questão do sistema, Há a chamada alavanca fiscal, de que não dispomos neste momento. porque se espera pelo dinheiro, que demora ainda algum tempo a É sempre a mesma coisa, seja para os residentes ou para os 32 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日 estrangeiros, nós nem sequer temos o IVA que existe em muitos No âmbito das Linhas de Acção Governativa do Sr. Secretário, vai lugares. Agora, mesmo que os jovens possam pagar a primeira ser dado início ou vão continuar muitas obras de grande envergadura. bolada para a compra da casa e fazer um empréstimo de um milhão Assim, prevê-se o aperfeiçoamento das infra-estruturas de apoio, de patacas, terão que aguentar com uma amortização mensal de através da conclusão dessas obras ou da entrada em funcionamento 6.100 patacas, durante umas boas dezenas de anos. Depois de das respectivas instalações. Designadamente, a implementação da acabarem os estudos, se conseguirem um emprego... nem daqui a habitação social, o arranque do centro hospitalar das Ilhas, a cinco anos, com trinta e tal anos de idade, serão capazes de aguentar. construção do Metro ligeiro, etc. Enquanto as obras decorrerem, o É uma situação drástica. Os meus colegas fartam-se de dizer: sector da construção civil vai acelerar, trazendo não só novas salários razoáveis, mas preços dos imóveis irrazoáveis, ou vice-versa. oportunidades de negócio para os empresários, mas, o que também é Esta questão nunca foi resolvida. Há muitas promessas por cumprir importante, o melhoramento das necessidades prementes da no âmbito das competências do Sr. Secretário, durante estes últimos população, criando-se ao mesmo tempo um grande número de postos dez anos, quer no planeamento do trânsito, da cidade ou da habitação. de trabalho, o que contribui para o desenvolvimento social de um De certa forma, tenho pena do Sr. Secretário, porque a sua carga de ponto de vista global. trabalhos é muito grande e os interesses envolvidos são inúmeros, daí que seja um problema poder assentar os pés com firmeza. O desenvolvimento destas obras pelo Governo tem gerado bastante preocupação por parte dos colegas e da sociedade em geral, Fico grato também pelo que o Sr. Secretário nos disse a respeito com o que concordo totalmente. Mas, o que mais me chamou a do aumento da reversão de terrenos, a que dou o meu apoio absoluto. atenção dentro das inúmeras obras públicas é a situação da Em Macau é de facto frequente o jogo da acumulação de terrenos. construção do novo Terminal Marítimo da Taipa e do novo Lembro-me que depois da transferência de soberania havia muito Estabelecimento Prisional de Coloane, e dos respectivos efeitos desemprego e que um determinado terreno serviu para salvar as sociais. Segundo os dados da Direcção dos Serviços de Estatística e pessoas, garantindo muitos postos de trabalho. Mas, passados dez Censos, os habitantes de Macau que utilizaram as fronteiras anos o mesmo terreno continua baldio. Foi dito na altura que iriam marítimas ultrapassaram os 20 milhões em 2008, representando uma ser criados 1.500 postos de trabalho, para reanimar a economia de grande fracção em termos de passageiros. Segundo o ponto de vista Macau. Mas, nada aconteceu. do desenvolvimento económico, prevê-se que nos próximos anos haja um aumento dos passageiros por via marítima. A capacidade do Há ainda a questão do regime dos contratos de concessão, tantos Terminal do Porto Exterior encontra-se já saturada e num futuro que são. Em termos de política de transportes públicos, resolveram próximo não vai poder responder às necessidades. Aliás, nem dispõe de imediato a questão das duas companhias de autocarro, injectando de condições para um melhoramento significativo. Daí que o capital, numa 30 milhões e na outra 25 milhões. Mas, nada foi feito Governo tenha tido a perspectiva positiva de conceber um novo em relação aos motoristas de autocarros. Mais ainda, a eles, depois Terminal Marítimo na Taipa. No entanto, segundo os dados de servirem umas boas dezenas de anos, quando atingem os 65 anos adiantados na resposta do Governo a uma interpelação escrita de um de idade, não lhes renovam as cartas de condução, mas segundo a lei colega, será apenas em 2012 que a obra se encontra totalmente nada impede que venham a conduzir as camionetas de passageiros. concluída. Se não contarmos com os possíveis atrasos, até lá iremos Depois, os serviços públicos só se preocupam com os lucros. Não se assistir a situações de engarrafamento de passageiros no Terminal esqueçam que há ainda muitas coisas ocultas. As elevadas despesas Marítimo do Porto Exterior. É a imagem de Macau como cidade com a energia eléctrica, comparticipadas pelo Governo com 150 turística que está em causa. Acho que os serviços competentes patacas para cada fogo, embora não seja muito significativo, para devem fiscalizar a obra com maior empenho, de forma a garantir a quem faz negócio o problema afecta-os. Nas telecomunicações, a sua conclusão e funcionamento em tempo oportuno. O novo terminal mesma coisa. Estão a ganhar cada vez mais dinheiro. É muito marítimo terá uma capacidade para 20 lugares de estacionamento de esquisito, depois da abertura à concorrência passaram a ganhar ainda embarcações e helicópteros, se considerarmos o funcionamento da mais dinheiro. Fala-se muito das dificuldades das pequenas e médias estrutura aeroportuária em conjunto e o funcionamento dos empresas, mas quais serão os seus custos integrados? Não temos transportes dos arredores, sendo que a capacidade de escoamento dos preços altos nos imóveis e nos terrenos, mas a nível de custos postos fronteiriços por via marítima irá aumentar significativamente. integrados como será? Espero que venha a entrar em funcionamento o mais breve possível, o que também é aliás desejo da sociedade de Macau. Por conseguinte, Outra questão, a habitação pública: em muitos países, além de os serviços públicos competentes devem esforçar-se pela resolver o problema da habitação, serve para suprimir o aumento fiscalização da obra, mais a mais, sendo ela uma obra importante que salarial, sobretudo quando as rendas de casa crescem e ultrapassam afecta o desenvolvimento social a nível geral. um certo limite. Neste caso o Governo intervém no mercado para controlar os custos integrados. Porque é que a gente não pode alugar primeiro para depois comprar, para resolver alguns dos problemas? A outra obra que deve ser acelerada é a construção do novo Andam agora muito preocupados com o impacto que a habitação estabelecimento prisional de Coloane. A prisão actual entrou em económica pode trazer ao mercado imobiliário, mas se temem que as funcionamento em 1990 e até agora já se passaram mais de vinte pessoas vendam as habitações económicas, podem muito bem anos. As transformações sociais entretanto ocorridas foram enormes, estipular um período de 20 ou 30 anos de impedimento. Os que as trazendo igualmente problemas sociais complicados e criminalidade. adquirirem, se for para especular... não andemos para trás. Através da construção da nova prisão trata-se da necessidade de estabilizar a segurança e purificar o ambiente social, sendo uma Presidente: Sr. Deputado Chui Sai Cheong. decisão acertada. Resolve fundamentalmente o problema do excesso de lotação existente. Pessoalmente, acho que a sua localização em Chui Sai Cheong: Obrigado Sr. Presidente. Ká-Hó, em cujas redondezas não há residentes, dispõe de condições para a realização de horas extraordinárias, para acelerar o ritmo da Sr. Secretário Lau, Srs. representantes do Governo, caros Colegas: obra. N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 33

Por outro lado, queria falar também sobre a inspecção de veículos, mais elevados que as multas, portanto, os efeitos não se fazem sentir, pela Direcção dos Serviços de Assuntos de Tráfego. Queria trocar pois as multas reflectem-se depois nos respectivos custos. Acho que impressões com o Sr. Secretário. Neste momento, os procedimentos os terrenos que não são desenvolvidos deviam ser retomados, de em causa de facto são mais breves, mas tendo em atenção o grau de forma a evitar que os comerciantes menos escrupulosos venham a desenvolvimento da sociedade em Macau, creio que neste aspecto há alterar a finalidade dos mesmos, elevando os respectivos preços. ainda margem para melhoramentos, exigindo um esforço continuado Refiro-me a um terreno, de que muito se tem falado nos meios locais, dos trabalhadores da função pública. Atendendo ao crescente volume que estava destinado ao desenvolvimento turístico com dispensa de de trabalho na área da inspecção de veículos, julgo que o Governo haste pública mas que nunca chegou a ser desenvolvido. Segundo poderá entregar este serviço ao sector privado, tomando como parece, o Governo vai abrir um arruamento nessa zona, referência a experiência de outros países ou regiões, para depois compensando por meio de permuta com outro terreno. É uma assumir apenas a triagem e a fiscalização da qualidade do serviço. situação muito duvidosa. Porque é que o Governo não retoma os Trata-se de uma medida bem-sucedida no estrangeiro, pois para além terrenos que estão para ser desenvolvidos há imenso tempo, para de diminuir o volume de trabalho do Governo, poderá também depois os trocar com os investidores? Trocá-los por terrenos para fomentar o emprego, diversificando a economia. fins comerciais? E para os investidores ganharem mais? Se o boato vier a ser confirmado, cria um mau precedente e afecta a imagem Por último, queria abordar com o Sr. Secretário a questão dos que a população tem do Sr. Secretário, bem como a credibilidade do automóveis ecológicos. Tal como todos nós sabemos, os fumos Governo. Daqui a pouco espero que o Sr. Secretário nos possa falar produzidos pelos automóveis constituem uma das principais fontes um pouco sobre este boato, se for possível. Se a população duvidar de poluição do ar em Macau. Daí que deva ser acompanhado de do Governo, no futuro vai ser mais difícil para o Sr. Secretário perto o desenvolvimento da tecnologia das viaturas ecológicas, para regularizar os trabalhos. A tarefa fundamental na concessão de as introduzir no nosso mercado por forma a reduzir a emissão de terrenos é garantir a justiça, a equidade, a abertura e o aumento de fumos. A definição de medidas de incentivo para a sua aquisição, transparência. Desde que o Sr. Secretário assumiu funções, não se vê reduzindo a emissão dos fumos dos automóveis, é uma solução que tenham sido adoptadas medidas eficientes para melhorar a eficaz para a melhoria da qualidade do ar. Sugiro ao Governo a questão ou, muito provavelmente, o sistema não carece de criação de um centro de certificação de veículos ecológicos, bem melhoramentos por enquanto. Foi noticiado nos jornais, no dia 1 de como a definição de parâmetros de emissão de fumos, para que os Dezembro do ano passado, que o Governo Central autorizou o aterro benefícios sejam atribuídos unicamente a veículos que tenham um de 361 hectares de terreno, por falta de recursos. Há falhas no regime excelente desempenho em termos de emissão de fumos e eficiência da concessão de terrenos. Perante o enorme atraso na legislação, dos combustíveis. como poderá evitar a política de gestão em câmara escura e/ou a transferência de interesses? Não sei se o Sr. Secretário chegou a São estas as minhas opiniões pessoais. Espero que o Sr. Secretário reparar, mas uma parte da área mesmo à frente da Assembleia me responda naquilo que puder. Para as que não tiver condições para Legislativa encontra-se já aterrada, portanto, antes da autorização do responder, leve-as para análise dos serviços em causa. Governo e de o Senhor ter assumido funções. Perguntava-lhe se isto chegou a ser autorizado? Ou será que alguém actuou ilegalmente no respectivo aterro? Em caso negativo, é dinheiro desperdiçado. Como Obrigado Sr. Secretário. vai resolver a questão no futuro? Ultimamente tem-se falado também dos aterros camufladamente predestinados a alguns investidores. Presidente: Sr.ª Deputada Chan Mei Yi. Espero que o Governo venha a cumprir as suas competências de fiscalização, e que o Sr. Secretário possa esclarecer as dúvidas da Melinda Chan Mei Yi: Obrigada Sr. Presidente. população quanto à permuta de terrenos, aterros e concessões, a que antes me referi. Sr. Secretário, Srs. representantes do Governo, caros Colegas: Por despacho do Sr. Secretário, a partir de 2008 o Governo O comportamento ilegal do anterior Secretário para os Transportes realizou sessões públicas dos actos de concessão de terrenos, e Obras Públicas trouxe para Macau muitas influências negativas. O mormente de casos novos de concessão, permuta e alteração de Sr. Secretário Lau assumiu a pasta numa situação de emergência, a finalidade, de forma a aumentar a transparência na matéria. No site população deposita expectativas em si, esperando que venha a tirar da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, proveito dos recursos que dispõe, como, por exemplo, as consta que em 2008 houve uma sessão e em 2009 duas sessões. Que competências que a lei lhe atribui, defendendo alguns dos interesses valor é que o Sr. Secretário dá a estas sessões públicas? Será que das gentes de Macau. Se mediante o poder que lhe está atribuído aumentou a transparência? Que medidas de melhoramentos estão adjudicar as obras ou conceder terrenos a empresas com sentido de ainda previstas para o futuro? responsabilidade, então poderá desenvolver Macau, aumentando o emprego e elevando igualmente a imagem de Macau. Creio que a Perguntava-lhe também: a partir de agora e até à conclusão da maioria da população há-de apoiar. revisão da Lei de Terras, que medidas é que o Governo dispõe para garantir uma maior transparência nas obras de grande vulto e na Mas, a maioria da população entende que há problemas nos concessão de terrenos, para evitar ou minimizar os conflitos sociais? seguintes aspectos: primeiro, nos procedimentos em causa na concessão dos terrenos; segundo, na acumulação de terrenos que não Muito se falou ontem sobre a grande demora nos procedimentos se desenvolvem; terceiro, na alteração da finalidade dos terrenos; de aprovação pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e quarto, na permuta de terrenos. Ontem, o Sr. Secretário disse-nos que Transportes, tendo o Governo prestado alguns esclarecimentos. Se o os terrenos por desenvolver serão retomados ou penalizados por ritmo for assim fico um pouco preocupada com a construção efectiva multas. Mas, acho que o aumento das multas não é uma boa solução, dos 19 mil fogos de habitação pública em 2012. Para acelerar e porque os interesses provenientes da acumulação dos terrenos são regularizar a gestão do desenvolvimento da habitação pública há que, 34 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日 antes de mais, acelerar o ritmo de aprovação dos procedimentos das estratégia ambiental. Trouxe este exemplo concreto para se evitarem respectivas obras. Portanto, se os projectos de habitação pública no futuro as zonas cinzentas. Em Macau a poluição das luzes estão misturados com os das obras públicas vulgares ou do sector também é grave, afectando o descanso da população e não privado, com procedimentos tão complicados nos diversos serviços, favorecendo a poupança de energia. Já escrevi uma carta ao Governo receio que não as venham a concluir no tempo definido. Proponho ao sobre este problema, mas ainda não obtive resposta. Perguntava-lhe: Sr. Secretário a criação de um grupo de trabalho interdepartamental, como vai controlar a poluição luminosa? Quais os critérios, medidas para acompanhamento exclusivo da habitação pública, para elevar a concretas e calendarização? eficiência nesta matéria e garantir a sua conclusão atempada. Obrigada. Mais, o número de membros do agregado familiar das pessoas que actualmente residem em habitações públicas pode sofrer alterações Presidente: Sr. Deputado Sio Chi Wai. passados alguns anos. Independentemente do aumento ou diminuição dos residentes, será que o Governo dispõe de medidas de Sio Chi Wai: Obrigado Sr. Presidente. fiscalização suficientes, realizando inspecções periódicas, de forma a regularizar estas situações? Sobretudo em casos de aumento do Sr. Secretário Lau, Srs. representantes do Governo, caros Colegas: número de residentes nos fogos, o que torna os espaços mais exíguos e o favorece os conflitos entre eles. Depois do apuramento dessas situações, o Governo pode vir a atribuir-lhes fogos maiores, Todos estão muito atentos ao problema relacionado com a política disponibilizando os anteriores para os que se encontram em lista de habitacional, tanto as camadas de base da sociedade, como os jovens, espera. Tenho recebido informações sobre casos de alguns fogos incluindo os colegas dos serviços militarizados. A discussão de cujos residentes já faleceram ou estão ausentes em parte incerta, sem ontem centrou-se nos problemas da política habitacional, concessão que tenha havido qualquer intervenção do Governo para a sua de terrenos, etc. Queria também analisar o assunto com o Sr. devolução. Espero que o Governo preste um pouco mais de atenção Secretário. a este aspecto, para que os recursos sejam bem aproveitados e permitam um alojamento atempado às pessoas que aguardam em Antes de mais, acho que isto faz parte da coordenação dos lista de espera. recursos. Como definir adequadamente medidas estratégicas neste domínio? Creio que, antes ou depois da transferência de soberania, Quanto à protecção do ambiente, o globo está cada vez mais os serviços competentes recorreram a esta política para chegar a quente, sendo a diminuição da emissão de gases um objectivo certos indicadores. Da experiência colhida, sobretudo antes e depois comum a muitos países. Noto que o Sr. Secretário fez largas do desenvolvimento económico que se registou, julgo que muitos descrições nas Linhas de Acção Governativa sobre os problemas dos dirigentes dos serviços podem definir as políticas em questão a ecológicos, o que comprova a devida atenção por parte do Governo, partir do modelo económico global de Macau, em conformidade com reconhecendo a sua responsabilidade, o que é positivo. Queria os dados disponíveis e respectiva análise. Mas, deparamo-nos com relembrar ao Governo que um bom planeamento da protecção do uma grande alteração dos dados depois do acelerado ambiente e de uma boa legislação são deveras importantes. Falo desenvolvimento económico que se verificou em Macau e daí a nisto, porque há um caso concreto de um residente perturbado com situação a que hoje se chegou. Ao definir a política habitacional, os fumos poluentes de uma loja de comidas, tendo já apresentado ainda que tenha sido há dois ou três anos, quando foi definida a queixa junto do Gabinete do Chefe do Executivo, da Secretária para política de habitação económica, pergunto se o Governo tinha um a Administração e Justiça e do Secretário para os Transportes e efectivo domínio da situação real para, em tempo útil, proceder à Obras Públicas. Descobriu-se que a referida loja não tinha que definição das respectivas políticas. Acho que há um certo atraso da requerer licença, bastando para tal estar registada na Direcção dos parte do Governo, mas, pelo que ontem se constatou, vê-se que há Serviços de Finanças. Se os vendedores ambulantes das ruas uma determinação do Governo, sobretudo na política habitacional, precisam de pedir licença, porque é que as lojas de comida não revelando que há algumas directrizes. A meu ver, há que analisar esta precisam? Todos os serviços públicos recusaram pronunciar-se sobre matéria mais exaustivamente aquando da sua definição, o problema. O Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e a especialmente em termos de disponibilização e domínio dos dados Direcção dos Serviços de Turismo disseram que não tinham nada a científicos. Porque estes reflectem as necessidades reais da ver com isto, pois não emitem licenças para lojas de comida, sociedade, mormente os fogos de habitação económica que são devendo a questão ser encaminhada para a Direcção dos Serviços de necessários. São muitas as vozes da população, bastando para tanto Solos, Obras Públicas e Transportes, mas esta última respondeu que atentarmos aos números da lista de espera. A população tem o assunto cabia ao Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais. aspirações. Acho que o Governo deve ter o espírito aberto para ouvir Por um caso tão simples se pode constatar a atitude dos serviços as pessoas e para as compreender. Nas consultas que fazem nos públicos na gestão dos problemas de poluição ambiental, vossos serviços, para além de analisarem, estudarem e investigarem desculpando-se mutuamente até este ponto. Será que esta postura os dados obtidos, devem ter em conta e compreender também as burocrática e toda esta administração confusa correspondem ao necessidades da sociedade, para poderem definir as políticas a longo espírito da prioridade à população ditado pelo Chefe do Executivo? prazo e depois recolher indicadores mais adequados. Isto traz Como aplicar uma política transparente? Como tratar as zonas benefícios para a população, para além de não desperdiçar recursos. cinzentas entre os serviços? Sr. Secretário, perguntava-lhe: não tem que intensificar o sentido de responsabilidade do Governo, a Tal como referi há pouco, terão que saber como controlar começar pelas coisas pequeninas, reforçando a fiscalização e a eficazmente os indicadores. Aliás, julgo correcto o recurso a gestão dos problemas de poluição ambiental? Neste momento, como estratégias de curto prazo, de forma a resolver as dificuldades da é que a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental vai gerir estas população que necessita de apoio. Se houver novas solicitações por situações, no âmbito das suas competências? Espero que o Sr. parte da sociedade, devem tentar percebê-las o mais rapidamente Secretário venha a ponderar cabalmente a futura definição da possível, dando-lhes resposta. N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 35

Em segundo lugar, já que o Governo está determinado em concluir portanto, que Macau tem condições para desenvolver as indústrias 19 mil fogos para habitação pública, espero que venha a fazê-lo com ecológicas. Repare-se também que neste momento a China possui o seriedade. De facto, a confiança da população depende do vosso primeiro e maior sistema mundial de produção de energia e o esforço. Alcançando-se aquela, o grau de apoio da população será segundo maior sistema mundial de consumo de energia, ainda que maior na futura definição da política habitacional. nos últimos dois anos o País não tenha tido avanços significativos na aplicação da rede de distribuição de energia. As indústrias e pessoal Em terceiro lugar, queria falar um pouco, em dois ou três aspectos, qualificado de que dispomos poderão contribuir para uma maior acerca do que o Sr. Secretário disse ontem, relativamente ao cooperação regional, a nível das indústrias de alta tecnologia, entre equilíbrio no sector privado imobiliário, ou a distribuição dos Macau e a Província de Guangdong ou mesmo na nova zona de recursos, etc. Primeiro, quanto ao tempo de espera: deviam adoptar desenvolvimento da Ilha da Montanha. Se nos orientarmos nesta um regime mais adequado, revendo o regime vigente se necessário, direcção, que políticas é que o Sr. Secretário prevê para o fomento da em coordenação com a grande política que querem implementar. cooperação entre o Governo e a sociedade na criação das indústrias Segundo, quanto à transferência ou venda de habitação económica: ecológicas? há que rever atempadamente o regime, porque pode influenciar em termos futuros os dados da lista de espera. Terceiro, e mais Dou por finda a minha intervenção. Obrigado. importante, é a definição da política habitacional, mais a médio e longo prazo, tendo em atenção a sua relação com a política Presidente: Sr. Deputado Vong Hin Fai. demográfica. Há dias, quando o Chefe do Executivo apresentou o Relatório das Linhas de Acção Governativa, frisou a importância da Vong Hin Fai: Obrigado Sr. Presidente. política demográfica na definição de estratégias a mais longo prazo. Daí que tenha sido claramente divulgado o seu arranque a breve Sr. Secretário, Srs. representantes do Governo, caros Colegas: prazo. Estes são os aspectos sobre os quais espero o Governo tome em atenção aquando da definição da política habitacional. Quanto ao plano do hospital das Ilhas, já referido pelo Chefe do Executivo no Relatório das Linhas de Acção Governativa... em Aproveitava também esta oportunidade para trocar ideias com o Sr. defesa, aperfeiçoamento e desenvolvimento da sociedade em Secretário quanto às acções de protecção ambiental. Antes de mais, harmonia, é um facto que merece a nossa aprovação, bem como a da no ano passado, por altura da celebração do 10.º aniversário, o Sr. sociedade em geral. Há dias, O Sr. Secretário Cheong referiu alguns Presidente da República visitou algumas das infra-estruturas dados, aqui na Assembleia Legislativa, mormente quanto à ecológicas, o que demonstra a importância que o País atribui a este insuficiência de camas, devendo-se o facto à exiguidade do espaço aspecto. Aliás, a protecção do ambiente não é apenas uma no hospital. Durante o mandato do 3.º Governo, foi estudada a preocupação da China, mas de qualquer país do mundo. Se olharmos localização do novo hospital junto ao reservatório de Seac Pai Van, para Macau, há de facto algumas infra-estruturas que são bem em Coloane, mas nestes dois dias, durante a sessão, houve quem executadas, mormente o tratamento de águas residuais ou a Central entendesse que o referido local prejudica a paisagem natural do Lago de Incineração. Do que sei, durante estes dez anos muitos serviços Yingshan. Não sou especialista em planeamento urbanístico, mas tal públicos das regiões vizinhas vieram visitar-nos com frequência. como muita gente nascida e crescida em Macau nos anos 50, quer Encontramo-nos numa posição avançada nestes dois aspectos. Os nos meus tempos de escola primária ou de jardim-de-infância, quer parâmetros adoptados atingem níveis mundiais. Mas não devemos no dos meus filhos... quando nadávamos em Hac Sa ou em Cheoc orgulhar-nos por isso e estagnarmos. Temos que ampliar essas Van... não temos memória de ter visto no local qualquer referência vantagens a nível estratégico. Surge agora outra questão, na ao Lago Yingshan, que passei a conhecer há apenas dois meses. sequência do aumento gradual dos turistas ou da população, qual Ontem tentei colher alguns dados junto de alguns amigos que seja, o volume dos resíduos sólidos e o uso de água está gostam de fotografia, especialmente de fotografia aérea e de facto constantemente a aumentar também. Mesmo que a projecção do em 1998 o lugar estava um pleno mar. Quem é amante da Natureza, número de turistas não seja elevada, passando estes a permanecer desde miúdo, nunca deixou de visitar ou de ir brincar na Taipa, dois dias ou mais em Macau, em vez de 1,4 dias, há necessidades naquela Igreja ou na Avenida da Praia. Volvidas umas boas dezenas que vão seguramente aumentar. Será que o Governo da RAEM tem de anos, os campos de água salgada de outrora transformaram-se em algum rumo ou ideia concreta a nível da política ambiental, de forma pântanos. Não sou nenhum conservador, mas como natural de Macau a maximizar as instalações em causa? sou a favor da manutenção do chamado Lago Yingshan, apesar de achar que não se trata de uma paisagem natural. Depois há quem Outro aspecto: na verdade, Macau deve aproveitar-se da protecção diga que aquele charco ou poça de água pode servir de local para ambiental para mobilizar certas indústrias. De facto, para além dos reservatório de água, caso contrário, afecta o sistema de aspectos positivos de que falei anteriormente, há que definir o abastecimento de água em Macau ou o futuro planeamento para o enquadramento de Macau, para criar oportunidades de efeito. Fiz então algum trabalho de casa, recolhendo alguns dados da desenvolvimento nesta área. Capitania dos Portos, nomeadamente do Grupo de Trabalho para a Construção de uma Sociedade Economizadora de Água, constatando Em termos económicos, Macau tem capacidade para fomentar que actualmente há os seguintes quatro reservatórios: o primeiro, o indústrias ecológicas. Somos uma cidade pequena, situação que Grande Reservatório, situado na península de Macau, com uma favorece o desenvolvimento e implementação dos projectos. Por capacidade para 1.900.000m3; o segundo, o Reservatório de Seac Pai outro lado, temos outra condição favorável, qual seja, a relação com Van, com uma capacidade de 350.000m3; o terceiro, o Reservatório a Comunidade Europeia ou outras organizações internacionais, de Ká-Hó, com uma capacidade de 400.000m3; o quarto, o sobretudo o intercâmbio no âmbito da protecção ambiental que Reservatório de Hac Sa, com uma capacidade de 200.000m3. Os temos vindo a fazer. Temos boas condições de base. Temos, de igual últimos dois que referi encontram-se fora de funcionamento, neste modo, recursos qualificados, uma vez que iniciámos a Central de momento. A capacidade de reserva efectiva de água é de Incineração e o tratamento das águas residuais mais cedo. Acho, aproximadamente 2.000.000m3. Segundo os dados do referido Grupo 36 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日 de Trabalho, o consumo diário de água em Macau ronda os só com as dificuldades a que me referi, mas também com os 220.000m3. Perguntava o seguinte ao Sr. Secretário: acha que o tal conflitos entre os novos e anteriores ou duplos órgãos de Lago Yingshan, que é um sítio muito bonito, é apropriado para administração. De acordo com o regime vigente, o Instituto de construir um reservatório de água? Mas, a necessidade de construção Habitação tem competência para intervir nos conflitos existentes na de um novo hospital é premente e nesta medida como ponderar a habitação pública, mas, a meu ver, de forma condicionada, sem questão, quando há problemas prioritários da população por resolver, dispor de autoridade pública, não tendo competência, em termos de interesse público? Se não houver o tal Lago Yingshan designadamente, para intervir nos conflitos nos órgãos de ou ainda que haja condições para a construção de um reservatório... administração das habitações privadas. Porém, trata-se de problemas embora não seja perito na matéria, julgo que se trata apenas de um de interesse público, pois têm acontecido casos de cortes de luz e de charco ou caudal de água salgada. Não será que estamos perante dois água e falta de limpeza. A título pessoal, acho que podem definir um tipos de interesse público? Como optar entre a construção do regime que estipule as condições de intervenção do Instituto de reservatório ou do hospital? Queria ouvir um pouco o Sr. Secretário Habitação a partir da solicitação de uma determinada percentagem sobre o que pensa, em termos de condições. de inquilinos, por forma a dar execução imediata às deliberações da assembleia geral dos condóminos, em vez de se recorrer ao processo Quanto à segunda questão, queria falar um pouco sobre as obras civil, que pode arrastar-se por três, quatro ou cinco anos, para clandestinas. Houve recentemente em Hong Kong um caso de legalizar o novo órgão de administração eleito, facto que merece a desmoronamento de um prédio, problema que foi acompanhado com nossa reflexão. Contudo, a lei confere o direito a reclamações, mas alguma atenção em Macau. Sobretudo as obras ilegais nos terraços não suspende a devida eficácia, conferindo adequadamente ao dos edifícios, na medida em que os serviços competentes se Instituto de Habitação a intervenção quanto à produção dos efeitos preparam para fazer a revisão do Regulamento Geral da Construção das deliberações da assembleia de condóminos. Desta forma, julgo Urbana, fenómeno que, aliás, não surgiu apenas agora, mas que que se podem evitar muitos problemas que não deviam ocorrer na sempre existiu. Em 2007 houve colegas que fizeram algumas sociedade pois perturbam os cidadãos. Problemas na administração interpelações escritas, porque em Maio desse ano uma construção dos prédios, tais como com a higiene pública, cortes de água e luz, ilegal no terraço de um edifício do Bairro Norte ardeu por completo, falta de acesso a elevadores. gerando uma grande discussão no meio local. Passados tantos anos, o Governo, especialmente os Serviços de Obras Públicas, será que já Finalizo aqui a minha intervenção. fez a devida fiscalização e acompanhamento do assunto. Porém, trata-se de um problema herdado do passado, havendo muitas Presidente: Sr. Deputado José Pereira Coutinho. famílias que vivem inclusivamente no terraço das casas. Neste momento, uma vez que está a ser feita a revisão do Regulamento José Pereira Coutinho: Obrigado Sr. Presidente. Geral da Construção Urbana, muita gente pensa que ainda está a tempo de apanhar o último comboio, razão pela qual, especialmente Sr. Secretário, Srs. representantes do Governo, caros Colegas: nestes últimos dois meses, houve um aumento desenfreado de construções nos terraços. Queria ouvir os Serviços de Obras Públicas Primeiramente, queria falar de alguns aspectos que têm a ver com sobre quais as medidas a tomar antes da elaboração da nova lei, de a população de Macau, seja cidadão vulgar, pequeno comerciante forma a evitar que estas situações se venham a repetir. e/ou investidor das regiões vizinhas, porque a expectativa deles é grande, implicando com a gestão e a rápida resposta, em tempo de O terceiro ponto tem a ver com o problema da administração concorrência internacional. Constitui um grande desafio para os predial, citado nas Linhas de Acção Governativa, e com a criação do serviços do Governo da RAEM a capacidade de resposta às Centro de Arbitragem de Administração Predial, enquanto medida ou transformações que se avizinham. A eficiência não cai do céu, base para resolver os problemas com a administração dos prédios. depende da capacidade de liderança dos dirigentes, para, em Há alguns anos tive o privilégio de ser eleito presidente do conselho conjunto com os trabalhadores, resolverem os problemas. Passados de administração dos proprietários, assumindo o cargo durante três dez anos sobre a transferência de soberania, o Governo da RAEM anos, pelo que conheço de perto os problemas em causa. De facto, o muitas das vezes recorre a imensos slogans, tais como, a chamada problema reside em grande parte no disposto no regime, isto é, no integridade, abertura, transparência, prioridade à população. Como é regime de propriedade horizontal constante no Código Civil e no que estes valores podem ser efectivamente concretizados de forma a regime da assembleia geral de condóminos, sendo o órgão de resolver os problemas que a população quer ver resolvidos. O que administração eleito por esta última. O edifício onde resido tem interessa é a prática e não o que está escrito nas Linhas de Acção cerca de 300 fogos e, perante a convocatória para realização de uma Governativa. Dou-vos um exemplo: no passado dia 1 de Fevereiro assembleia, verificar a qualidade dos seus participantes e definir e apresentei um requerimento ao Governo pedindo uns dados muito elaborar as actas da reunião é muito o trabalho administrativo, não é simples: quantos terrenos foram vendidos após a transferência de fácil para um cidadão vulgar. Por outro lado, os requisitos legais da soberania, quantos estão a ser utilizados e quantos restam? Estamos assembleia geral do condomínio, vulgo chamada assembleia geral quase em Abril, mas não houve ainda resposta. Como isto tem a ver dos proprietários, para algumas entidades e até mesmo para os com a Comissão de Terras, não sei se o chegaram a receber, mas bancos, que não estão familiarizados com o respectivo regime, volto a formular o pedido ao Governo, esperando que se apresse na fazem com que não aceitem as actas para abertura de contas resposta. Se uma coisa tão simples como esta não se resolve, se a bancárias. Pois bem, o Instituto de Habitação, que está na população depende de uma resposta do Governo, vai tudo por água dependência do Sr. Secretário, deseja resolver os problemas abaixo. encontrados na administração dos prédios, no âmbito do Código Civil, a partir da criação do Centro de Arbitragem de Administração Ontem, muitos colegas falaram acerca de diversas coisas, mas Predial. Aproveitando esta oportunidade, perguntava-lhe: além do muito importantes, razão por que hoje as vou repetir. Qualquer referido Centro de Arbitragem, pensa rever o regime da assembleia Secretário que vem à Assembleia Legislativa remete o assunto da geral dos condomínios constante no Código Civil? Isto tem a ver não habitação pública para si, tal como o Sr. Secretário para a Segurança, N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 37 quando disse que não vai construir mais prédios, pois os serviços prendem com a aquisição de serviços, nomeadamente, o n.º 122/84 e sociais da polícia também têm essas competências. Perguntei-lhe 30/89, o n.º 122/84, pois já passaram 26 anos. A usurpação de poder porque não pedia um terreno ao Governo, respondendo-me que era por Ao Man Long também se deveu a isto. O n.º 30/89, com 21 anos, consigo. O Governo da RAEM assume uma importante o n.º 74/99 tem também 10 anos. Há ou não uma base para gerir os responsabilidade na habitação económica e social, não bastando que fundamentos, como a urgência na assinatura dos contratos, para a a população saiba quais os passos a dar. Mais a mais, quanto a casas dispensa dos concursos públicos ou consulta a três empresas. Quem do Governo, depois da transferência de soberania, os serviços é que faz a gestão das urgências? Há ainda que considerar militarizados também as têm, o Governo, através da Direcção dos seriamente se em alguns contratos não se respeita a legislação Serviços de Finanças, tem muitas casas, mas por estranhas opções vigente em Macau. Não sei se é verdade ou não, mas em caso são emprestadas a pessoas de fora para viverem. Os alunos da China afirmativo é muito perigoso. Isto é, recorrer a certos artifícios para Continental quando vêm a Macau vivem nas casas do Governo. não seguir a legislação local, para privilegiar certas empresas Quando é que esta situação pode ser regularizada? Tenho agora umas estrangeiras. Não sei... espero que o Sr. Secretário reveja isto, porque perguntas e, por uma questão de tempo, tenho que ser mais rápido. é muito injusto para as microempresas, o que é ilegal. Há ou não Primeiro, quando é que há uma calendarização para a lista de espera falhas neste sentido? Em certos contratos de consultadoria? para habitação social? Segundo, a calendarização para o respectivo Ultimamente, nos jornais, tem-se falado de juristas que saem de alojamento efectivo? Terceiro, será que o Governo vai considerar a alguns serviços públicos, para depois abrirem empresas que hipótese de conceder terrenos para construir residências para os preparam contratos de 9 a 10 milhões de patacas. Como fiscalizar trabalhadores dos serviços públicos... com cultura herdada do estes contratos? Futuramente no Metro ligeiro haverá também passado? Será que não podem redistribuir as casas do Governo para muitos contratos. Será que vão ser transparentes? Não os vejo na os trabalhadores dos serviços públicos, em vez de as dar aos alunos Internet. Será que podem pô-los na Internet ou publicá-los nos que vêm de fora, pela porta do cavalo? Estas coisas duvidosas... jornais? As outras companhias... disse, desde logo, que há grandes Espero que as venham a resolver. problemas no Metro ligeiro. Há empresas estrangeiras que querem investir, mas que não podem participar. Isto já passou, mas espero Seguidamente, Sr. Secretário, vai ou não regularizar a especulação que no futuro o Sr. Secretário esteja de olhos atentos, fazendo bem as dos imóveis, através de algum regime e/ou regulamentação? Porque coisas, sem desleixo. é que já não há o imposto de selo sobre as transacções? Muita gente especula no sector imobiliário, mas os que precisam de casa para Queria falar também sobre a “Viva Macau”. O Governo não viver são os últimos. Sr. Secretário, tem ou não a lista dos chefes das procedeu bem, embora a solução final o fosse... É apenas a ponta de salas de estar? Pois bem, muitas famílias com seis a oito pessoas um iceberg. O problema do monopólio. Já fiz no passado muitas vivem em apartamentos de dois quartos, com gente a dormir na sala interpelações sobre esta matéria. Há monopólio em tudo... sejam as de estar. Espero bem que me responda a estas questões e dê companhias de aviação ou os aviões. Quando é que decidem abrir o importância ao assunto. mercado a outros concorrentes? O serviço de estacionamento dos aviões, as refeições que servem nos aviões, as lojas, o A questão que se segue tem a ver com os transportes. É um estacionamento? É tudo de uma única empresa! Agora, em Macau, é assunto que deve ser regularizado. Pergunto-lhe, Sr. Secretário: se monopólio para tudo, o catering, os aviões, a água, a energia tiver uma casa com três quartos e uma sala, com 50 aparelhos de eléctrica, as telecomunicações. O caso “Viva Macau” cedo ou tarde televisão para guardar, será que os coloca em qualquer lado, mesmo explode, mas não tem a ver com eles, o problema é da “Air Macau”. que tenha que andar por cima deles? A importação de veículos não Neste momento, está a ser arrastado pelos outros, a concessão a duas para, sem que haja restrições. Que outra solução? Bom, chama a isto companhias, à dos combustíveis e à “Air Macau”. Sr. Secretário, se liberdade... mas não desta maneira! Em todo o mundo, basta ver o tiver receio porque não cancela a licença, o mais rapidamente. Se a caso de Singapura (que não é assim tão livre), há regulamentação. cancelasse, já podia ser readquirida por alguém interessado, que Por mais que aumentem, faltam sempre terrenos. É um problema que neste momento não o pode fazer. Nem sei como é que este caso vai não há meio de resolver. acabar. Isto porque o Governo não geriu as coisas como devia ser.

Outra coisa, são as pessoas. Passo a vida a frisar que o factor Quanto à escolha do local para o novo hospital, muito humano é fulcral, sobretudo nas empresas concessionárias, os silos e sinceramente, são opiniões divergentes. Julgo que, no fundo, há falta as companhias de transportes públicos. Normalmente, são as pessoas de transparência. O Governo fez a escolha sem mais nem menos, a a parte lesada nas negociações. Agora, há duas companhias com consulta não deve ser feita a uma ou duas pessoas, mas de forma novos contratos. Sr. Secretário, espero bem que nos contratos com os alargada à sociedade. Que grau científico é que pode haver nisto, já motoristas que trabalharam durante tantos anos, seja previsto o que está na moda falar-se de estudos científicos, a nível ecológico ou direito de escolha, dando-lhes a devida consideração e não os em termos de estudos autónomos... para chegarem a esta escolha abandonando. As companhias de parques também, com a introdução final? Queria falar sobre estas questões. da nova companhia rejeitam os trabalhadores antigos, os de idade são postos de parte, para depois empregarem trabalhadores não Creio que tenho de ficar por aqui, porque só me resta um minuto. residentes. O Sr. Secretário não poderá dar importância a estas situações? Obrigado Sr. Presidente. Mais, sobre as microempresas, muita gente falou ontem, porque há inúmeros contratos que não são nada transparentes, porque há Presidente: Bom, seis dos Srs. Deputados já intervieram. Passo muitos serviços públicos, sobretudo os dois grandes Gabinetes sob a agora a palavra ao Sr. Secretário. Quando chegarmos às 17:15h, sua dependência, que têm contratos que vão de umas boas centenas vamos fazer um intervalo para o chá. de milhões até milhares de patacas. Será que podem ser um pouco transparentes? Talvez seja necessário rever três decretos-lei que se Sr. Secretário Lau, faça o favor. 38 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日

Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Lau Si Io: Sobre a emissão dos gases de escape dos automóveis, temos em Obrigado Sr. Presidente. mãos alguns trabalhos. De acordo com o espírito da protecção ambiental, vamos começar a partir das fontes de poluição. Dispomos Agradeço as questões colocadas pelos Srs. Deputados. já dos parâmetros de libertação dos gases para a importação de motociclos, pelo que prevemos a definição e a legislação referente Há algumas questões levantadas ontem pelos Srs. Deputados a que aos parâmetros para os automóveis ainda este ano. Portanto, vamos não respondi ainda, porque usei uma grande parte do tempo para ter ainda este ano o regime da emissão de gases, quer dos novos falar sobre a habitação e, por conseguinte, vou-me dedicar mais a motociclos importados quer dos automóveis. aspectos menos realçados ontem. Quanto às questões da primeira ronda de hoje, ficarão para um pouco depois, mas não me esquivo a Em relação aos automóveis em circulação, qual o ponto da elas. situação? Vamos começar com os motociclos, uma vez que constituem uma grande percentagem e, dentre estes, os motociclos a Ontem, alguns Srs. Deputados estiveram atentos à calendarização dois tempos. Fazemos primeiro uma revisão para os novos que são da regulamentação no âmbito dos transportes públicos. De facto, importados. Uma vez finalizado o estudo dos parâmetros, iremos porque levei mais tempo para falar sobre a Lei de Terras, vou introduzi-los no nosso mecanismo de inspecção. Num passo seguinte, aproveitar esta oportunidade para esclarecer outros aspectos, porque regularizaremos os parâmetros dos fumos de escape quanto aos que vejo que alguns dos Srs. Deputados, quer ontem quer hoje, também já se encontram em circulação. Quanto aos automóveis, depois de se referiram a esta matéria. concluídos os parâmetros dos fumos de escape para os novos importados, vamos prosseguir com o resto. Quanto ao planeamento urbano, quando é que podemos definir a legislação em causa? Durante o 1.º semestre deste ano teremos o Sobre a poluição luminosa, referida pela Sr.ª Deputada Chan, estudo do sistema feito, a seguir iremos proceder à consulta pública vamos finalizar os parâmetros e orientações ainda este ano. De para recolher as opiniões, pelo que, no 2.º semestre, depois do futuro, esta base vai servir de referência técnica para efeitos de tratamento das opiniões, avançaremos para a redacção do diploma. emissão de licenças. Esperamos que no início do próximo ano possamos consultar a opinião pública sobre o texto em causa. É esta a situação da proposta A propósito das construções clandestinas referidas, ontem e hoje, legislativa sobre o planeamento urbano. por alguns dos Srs. Deputados, e sobre o modo como vamos actuar, trata-se de um problema herdado do passado, mas creio que os A respeito do regime de qualificação profissional, tal como disse nossos Serviços de Obras Públicas se encontram muito empenhados ontem, temos os trabalhos concluídos, que seguem os trâmites na sua resolução, embora seja difícil. Julgo que devemos definir os legislativos. nossos procedimentos com uma orientação clara, por ordem de prioridades e em termos práticos. Aliás, como em outros assuntos, O regulamento contra os incêndios também é um assunto de por exemplo, os das escrituras de papel de seda, a ocupação ilegal de destaque na sociedade. A proposta encontra-se já finalizada, tendo-se terrenos, as estações intermédias de armazenamento de combustíveis, procedido a uma consulta pública, estando agora na fase de etc. Os chamados problemas herdados da história. Mas, muitas das ajustamentos. Calculo que durante o 2.º ou 3.º trimestre possa vezes os efeitos não são imediatos, porque há factores objectivos a avançar para os trâmites legislativos. considerar, de forma a prevalecer a estabilidade social. Não estamos a arranjar pretextos, mas o timing é muito importante para todo e qualquer procedimento. Relativamente à parte administrativa da revisão do Regulamento Geral da Construção Urbana, já procedemos à consulta pública. Estamos a tomar algumas providências para atalhar a Estamos a fazer o tratamento das opiniões recolhidas, para depois intensificação e a gravidade das construções clandestinas. Achamos elaborar o texto em causa, cuja conclusão e nova consulta pública que a forma mais eficaz de evitar o problema, seja em termos de apontamos ainda para este ano, seguindo-se depois as medidas quantidade ou gravidade, é através da lei. Trata-se de um processo legislativas. moroso e de uma medida de difícil aplicação. Daí que tenhamos proposto, na revisão do Regulamento Geral da Construção Urbana, Ontem, houve Deputados que falaram sobre o problema das as restrições quanto às construções ou obras clandestinas. A licenças de instalação eléctrica de 7.ª categoria. Estou confiante que, sociedade tem considerado os Serviços de Obras Públicas... dentro deste ano, poderemos concluir o respectivo regulamento alastrando-se o problema há já muito tempo. Fazem-se sucessivas administrativo. Aliás, o processo legislativo já está em andamento. queixas, com visitas de pessoal, avisos colados com ordem de suspensão, mas as obras continuam. De acordo com o regime vigente Já que estamos a falar sobre o problema da legislação, alguns há procedimentos a respeitar, daí a morosidade. Se detectarmos uma assuntos merecem atenção, não no âmbito das obras públicas obra sem licença, temos que iniciar o procedimento com um aviso propriamente dito, mas sim da protecção ambiental. sobre a respectiva proibição. Mas as pessoas têm o direito de reclamar. Só depois de concluído um procedimento é que se pode Antes de mais, sobre a lei da poluição sonora, que está a ser muito iniciar o seguinte. Muitas das vezes, mesmo depois de ser afixado o discutida ultimamente. Prevemos que a revisão da lei possa entrar aviso de proibição da obra, as pessoas rasgam-no e a obra continua. em processo legislativo ainda este ano, estando a criação do Fundo No entanto, tratando-se de um caso grave, podemos pedir o apoio da para a Protecção Ambiental também prevista para este ano. polícia para vigiar o aviso durante 24 horas, de forma a evitar que rasguem a ordem. Mas, sabemos que nem sempre é possível fazê-lo. Quanto ao regime de bonificação do imposto para os veículos É um procedimento pouco prático em termos de recursos humanos ecológicos, está mais ou menos concluído, devendo ser se tivermos cento e tal casos, ou mesmo 20 ou 30. Até mesmo implementado ainda este ano. porque a polícia se deve concentrar mais na segurança pública. As N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 39 obras clandestinas podem ser realizadas durante 24 horas e fazem-se circulam nas vias públicas. Ontem à noite, depois de sair, falei com em poucos dias. Daí que, quando é feita uma nova inspecção, já lá alguns colegas. Neste momento há legislação sobre a poluição de não há obras, havendo já pessoas a habitar no local, o que torna o fumos negros do escape das viaturas, essencialmente, das viaturas a problema mais complicado ainda, porque temos que iniciar os diesel ou para fins comerciais. Há parâmetros definidos, mas no procedimentos de despejo. É muito difícil, sobretudo quando temos passado não era razoável em termos de aplicação. Depois de que satisfazer todos os procedimentos. Portanto, queremos que o recebidas as queixas apenas se podia “andar atrás” dos proprietários problema seja resolvido na raiz, definindo na parte administrativa do para levarem os veículos à inspecção. O que acontece é que quando Regulamento Geral da Construção Urbana a atribuição de poderes ao levam os carros ao Centro de Inspecção de Veículos estes já estão Governo, para uma intervenção rápida nestas obras clandestinas, arranjados e já não têm problemas. Por forma a evitar que estas suspendendo-as antes do alojamento de qualquer pessoa. É uma situações se repitam, a Direcção dos Serviços de Assuntos de forma mais eficaz. Estamos a fazer este trabalho com a maior Tráfego, em conjunto com a Polícia, já adquiriu equipamentos para celeridade, aliás, tal como a calendarização a que já me referi. se fazer uma inspecção imediata nas ruas, aos fumos negros dos Vamos esforçar-nos para que esteja concluído ainda este ano, carros suspeitos, sem que estes tenham de se dirigir ao Centro de seguido de consulta pública. É óbvio que se trata de um tema Inspecção de Veículos. Os dados são imediatos, o que impede de polémico, facto de que estamos cientes. Mas carece de consenso forma eficaz o chamado efeito dos “chocos” nas ruas. geral e da intervenção da sociedade. Quanto à questão da selecção do local na Taipa, quero falar um Mas, não ignoramos a questão da feitura da lei, enquanto o pouco mais sobre isto, no que se refere a dados. Quanto à qualidade chamado “último comboio” persistir ou se porventura a situação se da água existente e ao problema dos enchimentos, trata-se da última agravar. Tendo em atenção o problema, o Governo criou um grupo parte do plano de aterros do século passado que foi subdividido em interdepartamental especializado para se dedicar à questão, várias fases, razão por que essa parte não foi ainda aterrada. Quando composto pela Polícia, Bombeiros, Obras Públicas e pelo Instituto chove há infiltrações razão pela qual se vai acumulando água. A para os Assuntos Cívicos e Municipais. Estamos a analisar toda a qualidade da água já foi analisada por uma instituição da legislação existente, nos diversos níveis e sentidos, para sancionar os especialidade, concluindo-se pelo resultado destas análises que se casos encontrados. Vejam-se as dezenas de casos que foram trata de água poluída, que não pode ser purificada em pouco tempo divulgados esta semana pelos jornais. Aliás, as obras clandestinas por processo natural, sendo imprópria para consumo. Surge então a que põem em perigo a estrutura dos prédios, os bens e a segurança pergunta: porque não se faz o aterro? Pois bem, de facto tal deve-se da população, foram já objecto de intervenção, com acções levadas a ao reaproveitamento dos recursos que queremos manter. Aliás, no cabo por aquele grupo interdepartamental especializado. século passado quando conhecemos o sítio... o terreno onde está agora o Cotai foi construído com areias e no seu desenvolvimento Há outros aspectos em que intervimos também, mormente nas houve que fazer apenas as fundações. Se houver muita areia e se esta transgressões aos contratos de abastecimento de água, de não for aproveitada é um desperdício. Por conseguinte, o que for fornecimento de energia eléctrica, etc. Há diferentes soluções para extraído nos estaleiros pode ser aproveitado para aterrar este local. impedir a realização dessas obras clandestinas. Por exemplo, Esta solução está mais de acordo com o princípio da reutilização dos ultimamente, houve um caso de apropriamento de um terreno em materiais. As obras do Venetian estão paradas, razão pela qual a parte Coloane, implicando também construções clandestinas. Tratou-se de das areias existentes nas proximidades não se encontram cheias. Isto uma intervenção conjunta dos Bombeiros e da Polícia, tendo sido deve-se ao reaproveitamento dos materiais disponíveis que são descoberto que na obra havia desvio de água do Governo, isto é, retirados dos estaleiros, em vez de serem desperdiçados. água do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e desvio de electricidade da Companhia de Electricidade de Macau. Na Quanto aos outros aspectos, a questão dos transportes e do inspecção, foram detectados também trabalhadores ilegais. É um sossego de que já falei ontem: se o hospital for construído nessa combate que fazemos com a Polícia, em todos os sentidos. No futuro praia há uma vantagem, porque ali perto há um reservatório e se as estas acções irão prosseguir. Estamos a analisar o prazo da mais de ditas águas continuarem a estar poluídas e a degradarem-se, podem uma dezena de casos existentes, findo o qual, se a situação não voltar afectar a água do reservatório. A limpeza do local em breve pode à normalidade, o grupo interdepartamental irá actuar em conjunto facilitar a construção do hospital da Taipa, bem como proteger o com a Polícia e com os Bombeiros, recorrendo-se à contratação de reservatório que lhe está próximo. um empreiteiro para proceder à demolição das obras clandestinas. Isto é muito claro e deveremos ser bem-sucedidos. Não haverá Relativamente ao problema da concessão de terrenos, já ontem qualquer prorrogação para que aquelas obras continuem. Os riscos e abordei esta questão mas hoje houve Deputados que voltaram a falar custos com as obras e todos os encargos com recursos humanos e nela. Posso voltar a falar nisto um pouco. materiais, para além das sanções com a nossa intervenção, são por conta do infractor. Todos os casos do “último comboio” serão Quanto à questão da gestão dos terrenos e ao andamento da Lei de tratados. Que fazer quanto às outras que já estão concluídas? Tal Terras, já ontem falei em detalhe sobre a sua calendarização, razão como disse, repetidas vezes, por razões práticas vamos atender à por que não me vou repetir. Mas, queria falar sobre os últimos anos, prioridade dos casos em questão, pois os casos que põem em perigo antes da revisão da Lei de Terras, sobre o que temos feito e vamos os bens e a vida da população serão certamente tratados. De um fazer durante este ano e nos próximos. Julgo que toda a gente está a modo geral, esperamos suspender as obras, para depois, a par e passo, acompanhar o assunto e muitos dos Srs. Deputados também falaram resolver as questões gradualmente, evitando que existam novos sobre ele. A preocupação manifestada no seio de uma Comissão da casos. É esta a nossa orientação futura para tratar das construções Assembleia Legislativa, na altura, prendeu-se com a base para a clandestinas. gestão dos terrenos, em termos de concessão, permuta, alteração de finalidade e tratamento dos casos inactivos. Sobre estes últimos, já Lembro-me agora do problema dos carros. Ontem, um dos Srs. fizemos muito trabalho, tal como ontem referi. A última fase dos Deputados falou sobre a questão dos carros com fumos negros que procedimentos vai ter lugar este ano. Quanto à sua transparência, no 40 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日 passado, durante muito tempo, quer os Deputados da Assembleia Ontem, falando dos trabalhadores da construção civil, os Srs. Legislativa quer a sociedade reclamaram uma maior transparência na Deputados quiseram saber como é que no futuro irá ser feita a prestação de dados. De facto, temos vindo a lançar uma enorme coordenação dos recursos humanos no sector. Achamos que se trata quantidade de dados na Rede de Informação Cadastral, de um ponto muito importante. Damos muita importância à defesa nomeadamente, sobre os concessionários dos terrenos, os prazos, etc. do emprego dos trabalhadores da construção civil locais. No início No futuro continuaremos a inserir mais dados. Quanto às orientações, do ano passado foram lançadas algumas medidas, especialmente nas também muito já foi feito, em termos de condicionalismos de obras até 10 milhões, que devem dar prioridade aos trabalhadores construção, quotas, critérios de aprovação dos projectos, etc. De locais, devendo os trabalhadores nos estaleiros estar munidos de futuro, se houver coisas novas, iremos fazer mais. Isto demonstra um cartão de trabalhador. Quando há empresas de consultadoria e aumento de transparência na questão. Por outro lado, criámos fiscalização, pedimos às mesmas que verifiquem os cartões de também o Grupo de Consulta para o Desenvolvimento de Terras. trabalhador, na entrada e saída dos estaleiros. A nível do regime, foi Quanto aos novos processos de concessão de terrenos, prorrogação introduzido um mecanismo de classificação das propostas de dos contratos, etc., que se encontram no seio daquele Grupo, vamos empreitada e a confirmação de eventual registo anterior de emprego falar sobre isso aqui. de trabalhadores ilegais ou atraso no pagamento de salários, por parte dos construtores civis. Esta também é uma medida do Governo Quanto ao regime de assistência às sessões, já o temos definido e para garantir um melhor tratamento destes problemas. É óbvio que prometemos o seu aprofundamento ou melhoramento. Temos ouvido vamos continuar a acompanhar os resultados destas medidas. as opiniões da sociedade ao longo dos dois anos da sua implementação. Isto é, de que tudo foi feito à porta fechada. Ok! De seguida, a questão do envelhecimento dos nossos Embora possam ficar a par do assunto e conhecer os dados... Como é trabalhadores da construção civil. O que faz o Governo quando o que o Governo vai tratar e dar seguimento às opiniões e como serão sector privado não os emprega? De facto, o Governo tem vindo a apresentadas? São estas as dúvidas ora suscitadas. Portanto, analisar a questão em conjunto com as associações de trabalhadores. queremos optimizar este processo e já pedimos à Direcção dos Por exemplo, organizando certos cursos de formação para os Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes para o definir trabalhadores mais idosos poderem mudar de profissão, tais como, durante este ano, o mais rapidamente. Vamos criar uma plataforma pregar chapas metálicas, porque neste momento muitas obras de no regime de assistência às sessões, para que a sociedade possa habitação pública já não usam chapas de madeira, usando-se chapas transmitir as suas opiniões, que serão publicitadas e acompanhadas de alumínio. Há cursos já preparados e futuramente vamos dar pelos Serviços. Os resultados serão apresentados ainda este ano. É prioridade ao emprego daqueles que concluíram esta formação no uma medida complementar, até estar concluída a revisão da Lei de âmbito da utilização da técnica de chapas de alumínio nos estaleiros Terras. Se houver melhores sugestões para a gente analisar, tanto da Taipa TN27. Além disso, o Governo tem subsidiado as empresas melhor. Em suma, queremos que a informação dos dados sobre os de carácter social, em cursos de formação dos trabalhadores locais, terrenos seja o mais transparente possível. para que possam mudar de profissão, digamos, em áreas que exigem menos força, para os que não têm tanta energia física, tais como, A propósito dos aterros, penso que há algum mal-entendido. topógrafo e encarregado de obra. Portanto, estudamos em conjunto a Quando é preciso fazer um aterro junto às linhas de mar, compete ao forma como podem encontrar novos empregos depois da formação, Governo fazê-lo, não podendo nenhum particular levar a cabo essa pois a formação não pode ser perpétua, há um prazo. Estamos a obra. Isto é muito claro. pensar também nas pequenas obras do sector público, como por exemplo, na habitação pública com mais de 30 anos, em que Quanto aos dados sobre terrenos solicitados pelo Sr. Deputado podemos subsidiar a reparação destes edifícios para obras estimadas Pereira Coutinho, peço-lhe que mos entregue agora, porque não sei em algumas centenas de milhares de patacas, muito adequadas a se o pedido foi feito aqui ou lá. Vou dar seguimento ao assunto. pequenos adjudicatários com uma ou dois trabalhadores. Tentaremos dar prioridade a estas situações em termos de formação, através de Relativamente à série de problemas com obras públicas, questão empresas de carácter social e das associações de trabalhadores, para levantada pelo Sr. Deputado Lam Heong Sang: aquando da poderem executar estas pequenas obras. Muitos destes trabalhadores realização das obras públicas, sobretudo em determinadas alturas, têm uma experiência muito rica, embora já com certa idade e menos verificamos que não há uma grande sequência de obras que se capacidade física e se puderem trabalhar com gente mais nova prolonguem por mais de um ano, pois acabam num prazo entre seis passam a ser patrões e trabalhadores ao mesmo tempo, sendo meses e um ano, concluindo-se no fim de um ano e iniciando-se no capazes de realizar este tipo de trabalho. Vamos estudar isto de modo começo do outro. Pois bem, para fazer melhor podemos, de facto, mais aprofundado, esperando que estes trabalhadores locais de mais pensar em várias soluções. A eficiência na aprovação dos projectos idade possam mudar de ramo profissional ou para outro tipo de de obras públicas pode ser um ponto de partida, por um lado, para trabalho, envidando o nosso maior esforço para apoiarmos o seu além da previsão de obras de grande vulto que se executam por mais desenvolvimento pelas instituições sociais e, da parte do Governo... de um ano. Vamos tentar que sejam agendadas com interrupção para a nossa máxima coordenação na área das obras públicas. o fim do ano, porque se não houver novas obras a fazer no início do ano seguinte pode haver decerto uma quebra. Por conseguinte, se a sua conclusão não se verificar no fim do ano, digamos... a meio do Há pouco, alguns Deputados falaram de algumas obras de grande ano, pode haver uma melhor coordenação, pois tal pode ajudar a vulto, como a do Terminal Marítimo do Porto Exterior, o novo solucionar a questão que o Sr. Deputado Lam referiu. Se olharmos Terminal Marítimo da Taipa, o novo Estabelecimento Prisional de para os próximos anos, há uma grande quantidade de obras a realizar Coloane, etc. O Terminal do Porto Exterior encontra-se actualmente que ultrapassam um ano. Por exemplo, o Metro ligeiro, os aterros de em estado de saturação, mas o novo Terminal da Taipa só entrará em mar, a habitação pública, algumas obras viárias, etc. Os colegas das funcionamento em 2012. Como resolver esta situação? Vamos Obras Públicas vão estar atentos ao modo de melhor organizar a recorrer a soluções de mobilidade flexível, em termos de melhor questão, para não haver situações de quebra logo no início do ano. aproveitamento dos seus espaços para albergar mais passageiros, N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 41 designadamente na área do sistema automatizado e na zona de espera sinceramente, eles têm os cálculos bem feitos para isto. Qual a no lobby. As zonas que achamos menos necessárias serão retiradas, dimensão do mercado? Quantos visitantes? Consegue-se ganhar para dar mais espaço aos serviços do Terminal, enquanto que para as dinheiro, ou não? Tudo muito bem contado. Para atrairmos visitantes que se destinam ao serviço dos passageiros iremos fazer um novo internacionais temos que depender somente da companhia de planeamento. Além disso, uma vez que há novas empresas de aviação local. É óbvio que quando o mercado atingir uma certa transporte marítimo em funcionamento, vamos recorrer à mobilidade dimensão vai atrair, muito naturalmente, companhias do exterior. flexível nos cais de atracação dos barcos, de forma a albergar mais Mas, em termos de fase inicial, durante os primeiros seis meses ou embarcações. no primeiro ano, é muito difícil fixar uma rota no mercado, sobretudo quando a sua dimensão não é grande, razão pela qual o Além do Terminal do Porto Exterior, vamos actuar também no Governo tem que dar aqui um apoio grande. Isto não pode ser visto Terminal Provisório da Taipa. No passado, havia apenas uma como sendo apenas uma maneira de subsidiar uma determinada empresa de transporte marítimo a operar, mas agora muitas outras já companhia de aviação. A companhia traz visitantes para cá, que o usam, com mais rotas. Muitas vezes as carreiras não se fazem no frequentam hotéis, restaurantes, casinos, compram as nossas mesmo horário, como tal, vamos alternar as rotas para haver um lembranças, visitam os locais do património mundial. Devem ser funcionamento mais flexível, de forma a aproveitarmos melhor as considerados também os benefícios económicos. Se falarmos da instalações existentes. crise financeira do ano passado, o primeiro a ser afectado no início deste ano foi o sector turístico... porque sem dinheiro como é que se Neste momento estamos a proceder à apreciação das propostas faz turismo? As companhias de aviação e as indústrias turísticas são para a obra do Estabelecimento Prisional de Coloane. Vamos as primeiras a serem afectadas, gerando-se logo um efeito nos outros esforçar-nos para que tenha início ainda este ano. Estamos confiantes sectores. No jogo, houve quem tivesse de tirar férias ou fosse que sim. dispensado. Parte das mesas tiveram que fechar, não havia clientela nos restaurantes, as camionetas de turismo, os autocarros dos casinos, Quanto à inspecção dos automóveis: será que pode ser feita pelo etc., diminuíram de imediato, havendo portanto uma relação directa sector privado? Vou entregar este assunto para análise da Direcção com a fonte, com os visitantes. Daí que a mesma deva ser dos Serviços de Assuntos de Tráfego. diversificada, porque os efeitos globais fazem-se sentir e devem merecer toda a atenção no futuro, para que nada seja afectado pelo Quanto ao problema dos contratos: agradeço a opinião do Sr. mercado único, uma vez que somos um centro de turismo e lazer Deputado Pereira Coutinho. Vamos rever os contratos em causa, de mundial. É uma tarefa muito importante, razão pela qual, no futuro, forma sistemática. a política de aviação deve estar em coordenação com a política turística e respectiva orientação. Neste aspecto o Governo está Sobre o Metro ligeiro, na verdade, tal como temos frisado, de totalmente empenhado no seu desenvolvimento, porque sem rotas futuro vamos aumentar a transparência na implementação do deixamos de ter visitantes. Vou dar um exemplo: se promovermos o projecto, pois vamos intensificar a colaboração com o Comissariado sector das convenções e exposições... as pessoas que cá vêm são de contra a Corrupção e com o Comissariado de Auditoria, fazendo uma alto nível, com grande poder de compra. Se não tivermos rotas melhor gestão das tarefas. directas obrigamo-las a utilizar o aeroporto vizinho... para depois aguentarem mais uma hora de barco! Muito sinceramente, é um Relativamente à política de aviação, tal como o Sr. Deputado obstáculo. Os voos directos são um problema. Depois, a nível Pereira Coutinho referiu, e ontem também alguns Srs. Deputados, interno. O aperfeiçoamento dos transportes, da alfândega, etc. Toda penso que vamos levar algum tempo para discutirmos sobre isto, uma série de melhoramentos para que os turistas se sintam porque se trata de uma questão magna de política. Para Macau, confortáveis, para que tudo esteja em consonância com a posição sendo considerado como um centro de turismo e lazer a nível que se queira definir no sector. Futuramente, nós vamos ser práticos mundial, a origem dos visitantes deve ser diversificada e não única. na questão das rotas e não as companhias de aviação. Temos de olhar Temos também muitas instalações na área das convenções e para os benefícios, no entanto sem movimentar verbas sem fim. exposições, hotéis e alguns locais de compras. É um problema sério Temos de estudar o modo de saber como pode ser apoiada uma rota. que temos que enfrentar no futuro, para a captação de visitantes. O Esta situação verifica-se, aliás, no resto do Mundo. Não apenas em Sr. Chefe do Executivo já referiu também a necessidade de haver Macau. Note-se que inicialmente em muitas das rotas da China uma certa proporção, um certo aumento em termos de visitantes Continental que são feitas para Macau os passageiros também não internacionais. Daí que seja inevitável que haja uma coordenação na eram muitos. Houve lugar a subsídios para poderem voar durante um política de aviação. Não sei se já repararam mas Macau já período de incubação, e conquistarem um mercado seguro para estabeleceu direitos de tráfego aéreo com muitas cidades e regiões, subsistirem. Será que a fase de crescimento é necessária para todas não havendo problema em voar para onde for possível. Foi graças ao as rotas? Não necessariamente. Sabemos que no passado Macau apoio do País, a uma relação e dedicação muito especiais, que voava para muitos lugares, mas passado algum tempo não havia obtivemos vários direitos de tráfego aéreo. É de considerar também maneira de dar seguimento. Somos um mercado muito pequeno, o esforço despendido ao longo dos anos pela Autoridade de Aviação temos que nos cingir à situação existente, mas no futuro vamos olhar Civil, alcançando resultados na negociação com os países em causa. também para a cooperação entre Macau e outros aeroportos. O Mas há casos de insucesso também. Vou-vos dar um exemplo mercado geral de Macau é muito pequeno, temos apenas umas recente: os voos para o Japão. Foi em 2007 que iniciámos a carreira dezenas de milhares de pessoas, há muitos visitantes que cá vêm, para Osaka e no mês passado foi aberta uma rota para Tóquio. Não mas provavelmente não apanham o voo de regresso, porque os seus sei se acham estranho o facto de a “Air Macau” voar para estes sítios destinos podem não ser unicamente Macau. Podemos pensar numa e a contra parte não voar para Macau. Acontece o mesmo com outras união com as companhias de aviação vizinhas, num regime de rotas, como por exemplo, Vietname, Austrália ou Coreia, voando a intercâmbio. Por exemplo, quando na ida houver muitos passageiros, companhia de aviação local para lá mas as outras companhias não mas no regresso não, voar apenas com um avião em vez de dois. vêm para cá. Porquê? Porque o mercado de Macau é pequeno, muito Inclusivamente, noutro tipo de situação, como quando há múltiplos 42 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日 destinos e fazem aqui escala, para seguirem depois para outros engarrafamento. Não será que, ao ser planeado o reordenamento da lugares da China Continental. É uma hipótese, mas isto tem a ver zona, se podia pensar numa linha recta, que atravesse a Igreja da com a política nacional. Parte dos passageiros pode continuar as suas Penha, a Fonte do Lilau, o Templo de A-Má, o Museu Marítimo, etc.? viagens pela China Continental, mas querem parar um pouco em Desta forma definiam-se pontos de partida e chegada de percurso Macau e estão dispostos a usarem as nossas rotas, o que pode trazer para os turistas, de forma a estes poderem apreciar as vistas com mais passageiros para cá e oferecer mais opções. É uma orientação vagar. É uma ideia boa, que deve ser ampliada. Pode servir de futura. Aliás, temos vindo a negociar com as entidades estatais há experiência-piloto. vários anos, esperando que a curto prazo possamos concretizar as medidas. Creio que o planeamento pode ser feito por zonas, sendo que, a nível de contexto, especialmente nos lugares mais deteriorados dos Sr. Presidente: Por enquanto... deixe-me ver as horas... bairros antigos, tal como o Sr. Deputado Ho Iong Sang referiu ontem, deve proceder-se à reparação dos prédios mais antigos ou que Presidente: Fazemos um intervalo de 00:30h. constituem perigo. Os lugares mais obsoletos devem ser embelezados, acrescentando-se-lhes certos elementos ou conteúdos (Intervalo) novos, para atraírem a visita e o interesse dos turistas de uma forma mais meticulosa e com vagar. Macau é uma terra pequena. Não faz Presidente: Bom, continuemos com a nossa sessão. mal, desde que se ofereça qualidade pode captar-se a atenção das pessoas, podendo ser apreciada com calma, desde a manhã até ao Sr. Deputado Kou Hoi In, faça o favor. anoitecer, por zonas, parte por parte. Por exemplo, as Ruínas de S. Paulo, a Fortaleza do Monte, a Rua da Palha, a Igreja de S. Kou Hoi In: Obrigado Sr. Presidente. Domingos, o Largo do Senado, a Avenida de Almeida Ribeiro, a Rua da Felicidade... uma linha recta que vai por aí abaixo. A outra linha, Sr. Secretário, Srs. representantes do Governo, caros Colegas: a partir do Templo Na Tcha, Rua das Estalagens, Rua de Nossa Senhora do Amparo, Sam Kai Vui Kun – Templo de Kuan Tai, Ontem falaram muitos colegas, manifestando opiniões sobre a Pagode Hông Kông, fazendo-se uma separação zona a zona. Como Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, ordenar e planear eficazmente os itinerários turísticos? Como principalmente sobre a eficiência da sua acção. Lembro-me, aquando descobrir novos contextos e juntar novos elementos? Qual a forma da aceitação do cargo pelo Sr. Secretário Lau, em tempo de crise, mais visível para dinamizar, de facto, os bairros antigos? Acho que que houve colegas que lhe dirigiram uma frase na altura: “violado há, na sua globalidade, muitas coisas sobre as quais vale a pena o por Ao, eliminado por Lau”. Isto é, eliminando os vícios do passado, Governo reflectir com vagar. Pensar bem, não quer dizer que se faça seja a nível das pessoas, dos regimes ou da lei, que não sejam devagar, mas sim com maior celeridade. Por exemplo, o ambiente no adequados, havendo que proceder a reformas, propondo novas Lago Nam Van é bom, mas não estamos a tirar dele o melhor medidas para corrigir a eficiência nas acções, em resposta às proveito. Porque não organizar uns espectáculos de noite, na zona necessidades da sociedade. Espero que o Sr. Secretário continue a ser norte do Lago, para completar o dia dos turistas? Depois do dinâmico, aumente as energias e abra novas perspectivas. espectáculo podiam inclusivamente pernoitar em Macau. Creio que há muita coisa que pode ser pensada, com o objectivo de criar nos Através da leitura das Linhas de Acção Governativa do Sr. turistas a sensação de que Macau vale a pena ser visitada, Secretário, podemos perceber que há algumas linhas orientadoras prolongando o seu tempo de estadia. para o futuro de Macau. Mas, queria saber se há ou não Planos Directores para o planeamento das zonas mais antigas. É um assunto que venho debatendo há vários anos, aliás, focado no âmbito dos Temos de facto muitos museus, com muitos objectos em vários Secretários, este ano. Devo aprender com o Sr. Deputado Ung exposição que podem ser reproduzidos como lembranças para os Choi Kun, com o seu espírito de luta no combate às residências turistas, mas eles depois das visitas, casa a casa, ponto por ponto, clandestinas, em como insistir sempre no bem de Macau, quando saem não têm outras coisas como complemento. O ambiente proporcionando melhores condições para o ambiente de negócios, geral em si é que faz com que não valha a pena visitar o resto, não há atraindo mais turistas a permanecerem mais tempo em Macau, muitas lembranças atraentes para serem compradas. Portanto, não prolongando a sua estadia. existe qualquer coordenação de acções a nível geral. É evidente que não são os serviços da tutela dos transportes e obras públicas os Depois, nas Linhas de Acção Governativa, fala-se também em únicos serviços competentes para resolverem este problema, pois agarrar as medidas de dinamização dos bairros antigos e de fomento isto tem uma relação directa com as áreas do tráfego, da economia, do seu reordenamento. Há vários anos que ouvimos falar da sua dos assuntos sociais e cultura... tal como o problema do reconstrução, mas nada de concreto foi feito até ao momento. Como estacionamento dos carros, quer nos pontos de partida e como nos de fomentar, como fazer, quem é responsável, quem vai lançar? Queria chegada. Onde é que as pessoas podem deixar o seu carro? O que me informassem com mais clareza. Não vejo uma proposta planeamento deve ser global, caso contrário, com as coisas isoladas, concreta ou um Plano Director. Seja no âmbito da economia e deterioradas e apodrecidas, sem nada de jeito, a impressão que fica finanças, assuntos sociais e cultura ou neste domínio, nos transportes nas pessoas é, única e exclusivamente, o jogo. A nível de contexto e obras públicas. Não vemos nada! Afinal, como é que vão cultural, como aumentar e modificar a sensação dos turistas? Julgo reconstruir ou reordenar os bairros antigos? Não há perspectivas que o Governo deve reflectir mais sobre estas questões. quanto a isto. Há pouco o Sr. Deputado Lam Heong Sang referiu-se também à Recentemente, visitei a Casa do Mandarim e, na altura, o Sr. questão das rendas caras. Creio que a nível do negócio não se temem Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura falou sobre o assunto. as rendas caras, mas antes se há, ou não, negócio, pois se houver não De facto, não se pode parar os carros, se não gera-se um há problema. N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 43

O outro aspecto, focado nas Linhas de Acção Governativa, foi o o relatório de 2009, é a primeira vez que é abordado o rácio problema das cheias que têm afectado constantemente a população. aluguer/compra. Isto é, a relação entre as receitas provenientes do Ainda me lembro, da última vez que sofremos com o tufão Hagupit, aluguer das casas e o preço das habitações durante o ano. Isto para de o Porto Interior ter ficado seriamente inundado, causando medir a saúde do mercado imobiliário. Se o seu valor for inferior a enormes prejuízos aos comerciantes. Seguiram-se então os avisos 4.5%, quer dizer que existe uma bolha no preço das habitações na das tempestades e cheias, a partir de Abril do ano passado. Não área em questão e, quando for superior a 5.5%, indica que há vamos discutir da sua eficiência, porque se trata apenas de meros margens na subida do preço das casas na respectiva área. Constata-se avisos que não se destinam a uma solução efectiva do problema. Pois no relatório a existência de situações relativamente graves de bolha bem, queria saber quais são as soluções para resolver de vez o no sector imobiliário de algumas das cidades mais procuradas no problema das cheias. Os sinais de prevenção não são por si só interior da China. Se recorrermos a este indicador para medir o suficientes, porque dá tempo apenas para se arrumarem as coisas, de sector imobiliário de Macau temos, por exemplo: na Taipa, num fogo forma a minimizar os prejuízos, porque as cheias surgem de facto. de dois quartos e uma sala, uma renda de 5 mil patacas e um preço Algumas das vezes, quando as pessoas estão menos atentas, os de venda de 3 milhões; na Zona Norte, um aluguer de 3 mil patacas e prejuízos podem ser redobrados e, na altura, têm que pedir apoio ao um preço de venda de 1,5 milhões. O valor do indicador deverá ser Governo. Isto não pode ser. Por isso, acho que o problema deve ser 2%, portanto inferior a 4.5%. Uma diferença de mais de o dobro! É resolvido efectivamente. Há ou não solução? Como é que estão suficiente para provar que o sector imobiliário em Macau não é nada preparados para a sua resolução? Queria saber o que se passa sobre saudável, havendo uma grande quantidade de bolhas. Se o Governo isto. pretende resolver as questões da habitação através do sector privado, antes de mais há que tratar das grandes bolhas, onde há um grande Além disso, em Agosto do ano passado a Direcção dos Serviços desequilíbrio estrutural, em que o mercado privado não está muito de Solos, Obras Públicas e Transportes anunciou que para melhorar a saudável. Caso contrário, será como disse ontem a Sr.ª Deputada situação das inundações na zona da Horta e Costa iria ser levada a Kwan... com o Governo a obrigar a população a ficar empenhada cabo, este ano, a obra de reordenamento da rede de drenagem na durante a vida toda com dívidas com a habitação. Avenida de Horta e Costa. Tal como sabemos, aquela é uma via principal para a circulação nos sentidos este-oeste e norte-sul, um A regularização do sector privado deve começar com uma boa ponto central de aglomeração da população. Quando a obra começar, gestão na mediação da compra e venda dos imóveis, isto é, com os seguramente que vai haver muitos engarrafamentos. É óbvio que agentes imobiliários. Neste momento, em termos de regulamentação, mais vale uma dor curta do que prolongada, de forma a resolver o há uma lacuna, não havendo qualquer fiscalização. Mais ainda, na problema e trazer maior comodidade para o futuro. Creio que de uma verdade, na região vizinha de Hong Kong a sua gestão é muito mais maneira geral se aceita. Mas, antes da sua realização há que entrar exigente. De facto, em Hong Kong está prestes a ser lançado, de em diálogo com os comerciantes, de forma a minimizar os novo, o aumento da fiscalização das especulações no mercado, inconvenientes que vierem a ser causados. É um aspecto que o combatendo-se o preço exorbitante das habitações e intensificando- Governo deve ter em consideração. se a transparência e a veracidade na informação sobre as transacções. Em Taiwan, também há medidas semelhantes. Enquanto que em Por outro lado, quanto ao planeamento urbano, a coordenação dos Macau, por exemplo, a nível da emissão de licenças, etc., nada é transportes, as infra-estruturas, etc. São aspectos de peso no âmbito claro e tudo é imperfeito. Mais, os impostos cobrados na compra e das obras públicas e transportes. No Plano de Reforma e venda de propriedades não são significativos. Ouve-se falar ainda de Desenvolvimento da Região do Delta do Rio das Pérolas, está regimes ocultos na compra de habitações, sem pagar impostos e sem expressa uma cooperação mais intensa entre a Região do Delta do ninguém saber do lucro das especulações. A vaga das especulações Rio das Pérolas, Hong Kong e Macau, definindo-se Macau como implica montantes avultados de lucros, mas como controlá-la? Como centro de turismo e lazer mundial e assumindo uma posição é que o sector imobiliário pode estar com saúde? Há excesso de privilegiada numa economia adequadamente diversificada. Mais especulação, com todos os especuladores a inflacionarem o mercado, ainda, com a divulgação do plano de desenvolvimento geral da Ilha falando-se inclusivamente da suspensão da venda da totalidade das da Montanha, isto pode favorecer a criação de condições de fracções de muitos prédios, etc. Será que no primeiro relatório das intercâmbio na grande zona do Delta do Rio das Pérolas e Macau. Linhas de Acção Governativa do 3.º Governo haverá medidas para Embora seja uma oportunidade valiosa, trata-se porém de um desafio. atalhar a vaga de especulação do mercado imobiliário, para depois se Como é que no futuro, no âmbito das obras públicas e transportes, se definirem os preços de venda? Não há muito tempo, havia andares a pode agarrar esta posição privilegiada de desenvolvimento e quais serem vendidos ao preço de 4,5 milhões e, em menos de doze horas, são as acções prioritárias? Como proceder ao planeamento, estavam todos vendidos. Na verdade duvido se há tanta gente que coordenação e desenvolvimento das acções necessárias? Gostava precise de casa e tenha capacidade de a comprar. Não será que há também de saber. gente a veicular informação de propósito? Para aumentar o preço do mercado? Sr. Secretário, quer acentuar a habitação social na política Obrigado. de habitação do Governo, e a habitação económica em termos de apoio, em segundo plano, com recurso a meios financeiros. De facto, Presidente: Sr. Deputado Lee Chong Cheng. se lermos o discurso do Sr. Primeiro-Ministro Wen, de 27 de Outubro, onde este falava do preço dos imóveis e sobre as quatro Lee Chong Cheng: Obrigado Sr. Presidente. coisas que o Governo devia fazer... na realidade, algumas coisas já foram feitas, quais sejam, o preço dos imóveis e o controlo da Sr. Secretário, Srs. representantes do Governo, caros Colegas: especulação. Venho esperando, desde o primeiro relatório das Linhas de Acção Governativa do Sr. Chefe do Executivo até ao de hoje, do Queria falar, fundamentalmente, de alguns pontos de vista sobre Sr. Secretário, que é o último Secretário a vir cá. Mas nenhuma algumas políticas. Anteontem, o Ministério das Terras e Recursos medida encontrei para controlar o mercado imobiliário, seja em tornou pública a situação do preço dos terrenos nas cidades. Segundo termos de especulação no preço das habitações, ou do regime 44 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日 tributário... não vejo nada! Portanto, não é de estranhar que alguns tais como, os táxis amarelos, a TV por cabo, a aviação, o aeroporto, empresários do sector imobiliário queiram suspender as vendas. Se etc.? Espero que o Sr. Secretário possa falar mais sobre isto. os lucros não forem suficientes, se deixarem de vender, o Governo fará o favor de os ajudar. Por isso, é muito fácil as pessoas serem Queria falar em mais um ponto. Tem a ver com os pareceres levadas a pensar ou a achar que as políticas do Governo são feitas à técnicos. Muitos dirigentes temem a suspeição, ficando sem saber a medida, faltando sempre algo. Será que o Governo acha esta partilha quem fazer uma concessão na altura de decidirem, ficando muito razoável, em sede de uma partilha razoável dos resultados do preocupados. Vejo a questão da seguinte maneira: toda a gente está desenvolvimento? Realmente, não sei se isto é razoável. atenta ao modo de utilização dos terrenos, no âmbito do planeamento urbano ou mesmo no que concerne à revisão da Lei de Terras, etc. O mercado imobiliário preocupa-nos. Mas, há um outro assunto mas, quanto a isto não estou muito preocupado. E porquê? Porque para o qual também devemos estar muito atentos, qual seja, os tenho a certeza que havendo um Governo transparente... depois do contratos de concessão, porque muitos destes contratos estão quase a Caso Ao o Governo deve estar totalmente alerta, colhendo do mesmo chegar ao seu termo, devendo ser revistos... vindo a afectar muitos a devida experiência. Mesmo assim, sem entrar em exageros, factores importantes do nosso futuro desenvolvimento como centro temendo tudo, para no fim não ter coragem para decidir nada, de turismo e lazer mundial. Ao longo dos tempos temos tido muitos caindo-se na frouxidão. Muitas das vezes, quando ninguém quer contratos de concessão ou de prestação de serviço exclusivo, criando decidir recorre-se, para o efeito, às empresas de consultadoria. Não muitos problemas e resultados não desejáveis. Tais como os há problema também. Mas, se o sistema funcionar bem, para não autocarros, os táxis amarelos, a TV por cabo, a aviação, incluindo o haver sempre adjudicações pelo preço mais baixo. Há que atender à aeroporto, etc. No momento da revisão do contrato dos autocarros, qualidade do serviço prestado ou mesmo à eventual existência de notava-se que o Governo estava numa posição passiva, orientações subjacentes às encomendas, etc. Há muitos problemas, designadamente, ao nível dos itinerários, à localização das paragens, razão pela qual uma boa empresa de consultadoria pode apresentar, facto que causava muitas dores de cabeça ao Governo e à população. de facto, propostas de soluções, dando-nos os devidos pareceres Para não irmos mais longe, registou-se recentemente, por duas vezes, técnicos. A escolha deve ser mais cuidadosa, o que é muito a interrupção da emissão da televisão que tinha a ver com o contrato importante. de concessão, o que gerou muita controvérsia. As ruas estão cheias de cabos eléctricos ou fibras ópticas, tudo baralhado. Na intervenção Há ainda a questão da protecção ambiental, que tem a ver com as do Sr. Secretário foi dito que o Governo vai continuar a esforçar-se palavras do Sr. Director dos Serviços de Protecção Ambiental, na coordenação do assunto, acelerando a resolução da televisão paga, noticiadas pelos jornais, aquando da sua tomada de posse. Fui o o contrato exclusivo do serviço terrestre e o problema da rede de primeiro a responder-lhe. Quero frisar que não se trata de uma anteneiros. Uma vez que existe uma disputa de longa data entre os resposta em jeito de mera crítica. Porque a Direcção dos Serviços de anteneiros e a TV por cabo, será que o Governo vai rever Protecção Ambiental referiu que não iria legislar só por legislar, rapidamente o contrato da respectiva concessão ou mesmo reavê-lo, fazendo-o apenas mediante a existência de um consenso na para fazer uma nova concessão, para que a população possa ter sociedade. Mas, a protecção do ambiente envolve a relação entre as programas televisivos de maior qualidade, a preços mais razoáveis? pessoas e a Natureza, um equilíbrio entre ambos. Afinal, que tipo de Há ainda os direitos de emissão de certos programas televisivos, com indústrias é que devemos desenvolver? E quais as que não devemos algumas autênticas zonas cinzentas. Cabe, de facto, ao Governo desenvolver? Qual a ordem de prioridades? Devemos estar muito definir bem e melhorar os programas de televisão, para que a atentos. Quando alguns projectos nos suscitam dúvidas, costumamos população possa desfrutar das informações oriundas da China e do questionar o seguinte: será que o Governo já fez um estudo de exterior, numa situação justa, razoável e legal. impacto ambiental? Ok! Pergunto então: que base é que o Governo utilizou para fazer este estudo? Isto é muito importante. Macau neste Em termos de assuntos quentes, durante estes últimos dois dias, momento encontra-se ainda numa fase de arranque neste domínio, não pode passar sem referência o caso da “Viva Macau”. O conflito razão pela qual a legislação sobre a matéria é muito importante. dá para vermos os dois problemas seguintes: primeiro, a empresa Espero que se apressem um pouco mais. A protecção do ambiente é concessionária pode nem sempre ganhar, na realidade pode correr uma coisa nova. A economia verde, a conservação das energias e a riscos. O Governo tem que rever também a necessidade de repartir o diminuição da emissão de gases... não caiam só em slogans. contrato de concessão, porque nas redondezas já há cinco aeroportos, Devemos reflectir sobre esta matéria com seriedade, para que no seu sendo a concorrência enorme. O Sr. Secretário referiu há pouco a desenvolvimento saibamos alcançar o devido equilíbrio entre as questão de aproveitar o prestígio dos aeroportos vizinhos. No futuro, pessoas e a Natureza. Concretizando a responsabilidade que nos é será de haver partilha ou união no serviço de aviação? Unir as nossas atribuída pelo País na conservação das energias e na diminuição da energias para fazer melhor? Como alcançar vantagens em termos de emissão de gases, criando uma cidade turística com baixo teor de tarifas? Como será a cooperação com os aeroportos vizinhos? O Sr. carbono, fazendo o nosso País desempenhar um papel de relevo na Secretário pode explicar-nos isto melhor? Em segundo lugar, depois conservação das energias e na diminuição da emissão de gases. da repartição do monopólio da aviação, havendo muitos prejuízos tal Tendo em atenção o desenvolvimento económico e a definição dos revela apenas a insuficiência da fiscalização do Governo, no fundo, respectivos critérios, as políticas sobre as indústrias de alta poluição são os interesses da população que são lesados. O Governo é e sobre a emissão de gases devem ser as primeiras a avançar... por responsável por isto. É também uma boa oportunidade para exemplo, automóveis, produção de energia eléctrica ou gás natural, reflectirmos sobre o desenvolvimento do sector da aviação. Macau é etc. Nos edifícios novos, será que não deve haver painéis de energia uma cidade turística mundial, não podendo deixar de dispor de um solar, fiscalizando-se a poluição luminosa? Estou satisfeito por aeroporto e de uma companhia de aviação próprios, mas, para serem encontrar, no relatório das Linhas de Acção Governativa, a intenção bem geridos temos que reflectir muito seriamente. Pedia ao Sr. do Sr. Secretário quanto à definição de critérios e orientações no Secretário para nos falar do caso da “Viva Macau”. Que reflexão e controlo da poluição luminosa. Andamos desde 2006 a falar do que lição lhe trouxeram? Afinal, o que vai fazer quando chegar a assunto. Já lá vão muitos anos. Bom, mais vale tarde do que nunca. altura da revisão dos contratos de concessão ou de serviço exclusivo, Espero que o façam, o mais depressa possível. Não quero com isto N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 45 dizer que apaguem todas as luzes de néon para se chegar ao chamado de Acção Governativa dos últimos anos, bem... o túnel do Porto controlo da poluição luminosa, mas, para certas áreas com grande Interior, a construção de certos viadutos, a questão das cheias, a rede dispêndio de energia ou grande luminosidade, devem controlá-las. de drenagem na Horta e Costa, o Regulamento Geral da Construção Macau, sendo um microssistema económico, se puder abraçar as Urbana, etc. Parece-me que estão a falar ao acaso! Tal como o Sr. questões do elevado consumo de electricidade e do volume da Deputado Pereira Coutinho, também queria falar quanto à Avenida emissão de gases a nível ecológico, dará um grande passo no âmbito de Horta e Costa. Em Setembro do ano passado, houve colegas da da protecção do ambiente. Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes que falaram casualmente da reorganização da Horta e Costa, etc. Mas, Por último, queria falar um pouco sobre a ecologia. Outra pequena hoje, nem sombra do assunto! Tal como com o Regulamento Geral questão ainda: houve amigos que me vieram dizer que acham que o da Construção Urbana, vêm cá para dizerem que querem fazer isto e Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético e a Direcção aquilo, como é o regime, quais as condições... criam efeitos positivos dos Serviços de Protecção Ambiental estão a fazer a mesma coisa no e negativos na sociedade, tal como foi referido ontem pelo Sr. que respeita à protecção do ambiente, ainda que com dois posters Deputado Chan Meng Kam. Toda a gente está a ser enganada, diferentes. Trata-se de uma acção com dois spots televisivos achando que podem ainda apanhar o último comboio. Além deste diferentes, emitidos, fixados e impressos, na mesma altura. Os dois problema, tive a oportunidade de assistir há dias, em plena serviços não são nada amigos do ambiente. Julgo que pode haver madrugada, pelas 05:00h horas e tal da manhã, na Rua do Rebanho, mais alguma coordenação neste domínio. ao transporte de materiais de construções clandestinas, janelas, etc. O Sr. Secretário disse há pouco que ontem publicou, no Jornal Ou Bom, fico-me por aqui. Mun, dez avisos no do género. Julgo que temos que dispor de dados e não ficarmos apenas pelas intenções, a falar barato. Obrigado. Além disso, no ponto 2, da 4.ª Parte, da sua área de tutela, fala-se Presidente: Sr. Deputado Ung Choi Kun. em intensificar o aumento do tratamento dos terrenos desaproveitados. Pessoalmente, acho que é uma boa medida. Mas, Ung Choi Kun: Obrigado Sr. Presidente. cuidado! Porque Macau é “um País, dois sistemas”, somos uma sociedade capitalista, e a sociedade é regulada por leis. Por isso, para Sr. Secretário, Srs. representantes do Governo, caros Colegas: os casos de incumprimento da lei, tudo certo... mas têm que estudar com muito cuidado antes de avançarem, caso contrário acontecem os Queria pedir-vos desculpa, porque a minha voz hoje não está problemas a que atrás me referi sobre o Regulamento Geral da muito clara, sendo provável que não me oiçam bem, criando-vos Construção Urbana. Se os terrenos se encontram por aproveitar, algum desconforto. Apelo à vossa compreensão. contrariando os termos do contrato, estes devem ser revistos de acordo com a lei. Tudo bem, mas alguns não o são de forma tão Queria colocar uma questão no âmbito da tutela do Sr. Secretário. expressa, depende da vontade de quem manda. Porque foi assim que Nas Linhas de Acção Governativa pretende dar relevo a diversas surgiu o Caso Ao Man Long. Investidores de fora a trespassarem os políticas em vários sectores, sendo dez os aspectos fundamentais. Já terrenos, etc. De facto, é uma transferência legal de propriedades, ontem alguns colegas falaram sobre isto. Acho que devemos ter uma mas se forem descuidados nesta matéria, pode ser fatal. Sr. visão mais abrangente, a partir de uma posição bem clara, ao definir Secretário, não pode proceder “ao calhas”. Isto implica justiça e algumas políticas e ao planearmos. Pois bem, será que analisaram as equidade também. Uns podem, mas os outros não! Isto não pode ser. questões em pormenor, a partir do planeamento global, em termos de Tal como o Sr. Primeiro-Ministro Wen Jiabao afirmou, a sociedade concepção e dimensionamento? É óbvio que se torna necessário o tem que ser justa e imparcial... a base para os problemas sociais. apoio do Governo Central para haver mais área, mas, em termos de Acho que a justiça e a imparcialidade são mais radiantes que o Sol. população, quanta? A política demográfica... só ultimamente é que Daí que ao tratarem de certas coisas, sobretudo de relevo, devem tem havido informação sobre isto. Qual o seu número e como está cingir-se à lei e não fragmentar o sentido das situações. Não se distribuída a população? Quantos idosos? Quantos recém-nascidos? podem desleixar. Têm que ser muito cautelosos. Qual a proporção entre ricos e pobres, etc.? Há que dominar todos estes dados, para depois se chegar à chamada estratégia científica. Mais, Sr. Secretário, na página 108... digo, na página 168, na Sugiro ao Sr. Secretário que tenha mais diálogo com a Direcção dos política de habitação, fala-se na melhoria da qualidade do ambiente Serviços de Estatística e Censos. Espero que disponham, habitacional da população, certos prédios antigos, alguns fundos para antecipadamente, de dados mais concretos, para depois, em termos reparações, certos modelos de empréstimo bancário, prédios com 30 de decisão política, fazerem um planeamento mais eficaz. O mesmo anos, etc. Ou, até mesmo, o apoio financeiro para a inspecção de se diga da inteligência. Porquê? Se faltarem dados estatísticos, não edifícios com mais de 30 anos, já com alguns resultados em 2009, o se admirem que muitos colegas, como foi referido há pouco, queiram que aprecio. Tudo muito positivo. Sobretudo em momento de crise saber como estamos em termos de mercado imobiliário. Que política financeira. No ano de 2009, um ano importante após a transferência de habitação? Em que ficamos, 19 mil, 20 mil, 40 mil ou mais? Não de soberania, o lançamento desta medida para manter os empregos havendo indicadores, há maneiras diferentes de ver as coisas para se da população... merece o meu apoio. Mas, repeti-la este ano? Não saber se são ou não suficientes. Acho que devemos controlar os será que a deve reformular em termos de mentalidade. É correcto dados, antes de mais. apoiar a população, no sentido da salvaguarda da sua vida e bens, etc. Mas, em termos de sociedade capitalista, nem tudo pode ser Sendo titulares de uma pasta, independentemente de o cargo ser comparticipado pelo Governo. Quero com isto dizer que se deve alto ou baixo... numa palavra, tudo o que for dito deve sê-lo com deixar à administração dos condomínios a responsabilidade pela cautela. Mas, a cautela não implica medo. Digo isto, porque há manutenção e reparação da propriedade e bens em causa, em vez de certas coisas que não podem ser ditas em função da ocasião, devendo pedir tudo ao Governo. É óbvio que quando a população for haver uma certa responsabilidade. Quanto aos relatórios das Linhas desfavorecida e tiver dificuldades, então que haja uma intervenção 46 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日 do Governo, tudo bem. Mas, ao definirem-se certas políticas, não automóveis e motociclos. Queria saber qual é a situação actual. A pode ser tudo de grátis. Continuarem a dar almoços de borla, não resposta escrita do Sr. Director Wong Wan dizia que iriam ser pode ser! Não é assim, colega Kun? Não é possível. Acho que devem instalados os parquímetros e que seria intensificada a sua gestão, o reflectir um pouco sobre isto. que efectivamente fez. Mas, quanto à gestão, ainda hoje alguns residentes me pediram para mostrar algumas fotografias tiradas no Há momentos, o colega Kou Hoi In referiu o meu nome, a Bairro Fai Chi Kei. Todos estes parques estão ocupados por carros propósito das pensões ilegais. De facto, não pude fazer muito. O que não saem dos lugares. A instalação dos parquímetros era para problema já se arrasta há muito tempo, se bem que não seja da tutela aumentar a rotatividade, mas neste momento os carros estão ali do Sr. Secretário. Lamento não ter podido falar há dias, quando aqui estacionados com anúncios de preço de venda e números de telefone esteve o Sr. Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura. A lei do para contacto. Pedia que os fiscalizassem e resolvessem o problema. combate às pensões ilegais foi aprovada pela Assembleia Legislativa. Mas, será que o problema se resolve, realmente? Não Há instantes falei sobre o problema da rede de drenagem da Horta necessariamente. A lei pode surtir um certo efeito, mas na prática há e Costa. Neste momento... já me restam poucos segundos, mas um aspecto que tem a ver também com o Sr. Secretário, na medida queria frisar o assunto, uma vez mais. Já no ano passado, foram tão em que nas acções de revista conjuntas que foram efectuadas se sérios a dizer que não se podia adiar mais o problema, devendo constatou a existência de construções clandestinas. Sugiro ao Sr. fazer-se a obra de imediato. O assunto foi divulgado no Jornal Ou Secretário que reflicta mais a nível legislativo. Tal como referiu Mun de 29 de Agosto. Este ano parece-me que não há menção disto anteriormente na afixação dos avisos nas obras clandestinas, e se os nas Linhas de Acção Governativa. Mas, os residentes e comerciantes rasgarem, como fiscalizar? Não podem fazer inspecções diárias? da Avenida Horta e Costa estão muito atentos e preocupados. Fiz Não é solução. Julgo que devem pensar mais a nível da lei. Seja na uma interpelação escrita e, na resposta, informam-me que a obra da administração dos edifícios, na administração dos condomínios, etc. rede de drenagem da Avenida Horta e Costa só será realizada depois Cabe a estas últimas um dever fundamental, qual seja, quando de um consenso com as diversas partes. Gostava que o Sr. Secretário detectarem obras clandestinas, apresentarem de imediato uma queixa. nos esclarecesse a questão ainda hoje, para ficarmos a saber. Não entendo muito a lei, ou direitos humanos. Mas, se a referida administração não der apoio, como é? Como estudar as questões Obrigado. mais aprofundadamente? Mormente os direitos e deveres dos proprietários, no domínio das pensões ilegais, qual a sua posição em Presidente: Sr. Deputado Chan Chak Mo. termos de figura jurídica? O papel das empresas de administração dos edifícios também. Como gerir o problema apenas com os Chan Chak Mo: Obrigado Sr. Presidente. serviços competentes? Por isso, julgo que devem intensificar as medidas a nível legislativo. Sr. Secretário, Srs. representantes do Governo, caros Colegas:

Para além disso, já no ano passado me referi a isto no período de Uma vez que estou num lugar mais atrás da fila, não vou repetir os antes da ordem do dia. Nesse dia, foram registados dois acidentes em temas sobre que muitos dos colegas já se pronunciaram. elevadores em Hong Kong, por sorte não houve mortos, tendo o tema sido debatido no período de antes da ordem do dia. Espero que Queria cingir-me mais aos procedimentos administrativos dos tomem isto em atenção na tutela das obras públicas. Actualmente, Serviços de Obras Públicas competentes. Na página 5, do texto do Sr. em Macau, os elevadores dos edifícios altos, com 20 a 30 anos, Secretário, era muito simples, no parágrafo da parte final... foi residenciais, edifícios comerciais ou industriais, devido à abreviado, falando-se em intensificar o aperfeiçoamento dos imperfeição da lei... como a definição dos direitos e deveres da procedimentos administrativos quanto aos projectos de construção administração dos edifícios não é clara, ninguém quer saber disso. Se do sector privado, que é assunto importante. Não se trata de simples surgirem situações pontuais de confusão, adivinhem quem a pedidos de licença das lojas pequenas. Espero que possam sociedade vai culpar. O Governo. Por isso, Sr. Secretário, deve simplificar mais o processamento dos pedidos, juntando os pedidos ponderar mais nisto, em termos legislativos. de início de obras e de emissão de licença de obra num só pedido. Estou satisfeito pelo que disse ontem o Sr. Deputado Chan Meng Falei há pouco sobre o que o diz deve ser feito. No ponto 2.4 das Kam, hoje sinto-me melhor, porque pensava que eram as lojas Linhas de Acção Governativa do ano passado, falou-se do pequenas que tinham que sofrer, mas, afinal, os grandes empresários, aperfeiçoamento de algumas leis no sector imobiliário privado, para investidores de imóveis ou construtores civis, também têm que que o mercado seja mais saudável, tendo já sido concluída a sujeitar-se aos mesmos procedimentos administrativos, que são redacção das propostas de lei do regulamento administrativo do muito complicados. Bom, vou passar às coisas que acontecem no serviço intermediário dos imóveis e de revisão do regime de registo nosso quotidiano. Em primeiro lugar, a licença de obras. Não sei se é na compra e venda de fracções não construídas. Mas, é de lamentar a chamada placa preta ou a licença para início de obra. De facto que não a tenha visto, até ao momento, ou que a ela haja uma alusão desconheço a diferença que há entre elas. É provável que seja a clara. Embora conste da sua descrição, no ponto 3 da página 168, a licença de construção, a que se segue a autorização para o início de mesma não é concreta. Espero que o Sr. Secretário possa abordá-la obra, mas parece-me lógico juntá-las. Queria perguntar o seguinte... aqui. há mais dois serviços na dependência do Sr. Secretário, a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental e a Comissão de Segurança dos Mais, em 4 de Maio do ano passado fiz uma interpelação escrita Combustíveis. Para pedir a placa preta, digamos, um encarregado de sobre os parques de estacionamento públicos das zonas Oeste e obras que tem de fazer a decoração de um restaurante, neste Norte do Bairro de Fai Chi Kei. Isto porque os serviços competentes momento tem de esperar mais ou menos dois meses e meio para a prometeram em 2006 melhorar a situação de estacionamento no Fai obter. No entanto, se tiver gente conhecida a coisa apressa-se um Chi Kei, alegando que a respectiva habitação social, depois de pouco, demorando mais ou menos dois meses. Depois, como é óbvio, concluída, iria dispor de 300 lugares de estacionamento para tem que submeter o projecto, para aprovação nos serviços N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 47 competentes das obras públicas e aos pareceres da Direcção dos uma largura de apenas dez pés, a extracção dos fumos tem que ser Serviços de Protecção Ambiental e da Comissão de Segurança dos feita pelo exterior. Mas, depois, quando se faz a inspecção há lugar a Combustíveis, se for caso disso. Há ainda que submeter o processo, multa, não é? Porque não criar alguns regulamentos com como sempre, ao Corpo de Bombeiros e à Companhia de requirements [exigência] consoante a categoria dos restaurantes? Tal Electricidade de Macau, porventura porque acham que é importante. como com a Comissão de Segurança dos Combustíveis, parece-me Bom, se em vez de uma licença do Instituto para os Assuntos que agora... é só para dar a conhecer aos Deputados o que o Governo Cívicos e Municipais, porque eles têm o serviço one stop, for uma anda a fazer. Dizem que nas cozinhas chinesas deve haver um licença da Direcção dos Serviços de Turismo, há que fazer novo dispositivo automático para extinguir incêndios em três segundos, o pedido e submeter mais um projecto ao mesmo tempo. Depois, que nem sequer existe em Hong Kong. Mesmo que o encarregado da sendo deferido, passam-se, digamos, 60 dias. Mas, trata-se de um obra o consiga instalar, tal pode nem sequer ser legal, passar pode procedimento a mais, a mesma coisa ter que ser submetida a tantos passar, mas não é produto de marca, porque não o há. Para as serviços: a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e grandes lojas ou centros comerciais, que têm recursos ou mesmo Transportes, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e, técnicas... neste caso, com engenheiros a orientar, consegue-se fazer, este último, por causa dos esgotos, remete para a Direcção dos mas não se consegue para os restaurantes das ruelas. Talvez Serviços de Protecção Ambiental, para a Direcção dos Serviços de copiando os modelos, mas será que são adequados para Macau? Se Solos, Obras Públicas e Transportes e esta, por sua vez, à Direcção continuarem por este caminho, acumulando-se Serviços uns atrás dos Serviços de Protecção Ambiental, à Comissão de Segurança dos dos outros, não sei como é que as pessoas conseguem abrir lojas. Combustíveis, ao Corpo de Bombeiros e à Direcção dos Serviços de Estas coisas acontecem no nosso dia-a-dia. Por exemplo, a emissão Saúde. Desta forma, pergunto-lhe... se alguém quiser abrir um de licença pela Direcção dos Serviços de Turismo, do que sei, há um restaurante, depois da assinatura do contrato de aluguer, prevendo-se procedimento habitual, que é haver uma resposta obrigatória em 30 dois meses para as obras, se estas forem grandes, caso contrário, 45 dias, e não havendo resposta quer dizer que nada há a opor. Mas, dias, para uma loja de piso térreo... A renda começa a ser paga após depois insisto com os vossos Serviços ou com a Direcção dos 70 dias ou dois meses e meio. Depois, há ainda a decoração de Serviços de Turismo, perguntando porque é que não há meio do interiores, mais 30 dias. Finda a decoração de interiores, submete-se projecto ser aprovado? Ah, porque alguns Serviços ainda não o projecto. A seguir, mais 75 dias para a licença de obra... depois responderam. Depois digo, mesmo sem resposta, que podem aplicar para a Direcção dos Serviços de Turismo. Creio que, ao todo, nove a legislação como está. Ok? Não pode ser, Sr. Chan! É a lei contra os meses, aproximadamente. Neste momento, muitos centros incêndios, são os regulamentos da Direcção dos Serviços de Solos, comerciais não deixam abrir as lojas enquanto estas não tiverem Obras Públicas e Transportes, que... eles podem depois charge licença, mesmo com as obras concluídas, o que está certo, para não [acusar], o que será muito pior. Desta forma, resta-me escrever para os prejudicar. Isto leva muitos restaurantes e/ou lojas a falirem antes insistir, mas não me respondem. Ou respondem? Será que a resposta de abrirem. No Venetian, há mais de um ano, sem conseguirem as é dada no momento adequado, com uns a passarem a bola aos outros. licenças... pedem para as abrir, mas sem dinheiro como abrir? Para Se insistirmos muito, o projecto pode ser devolvido, porque há não falar nas dificuldades de recrutamento de pessoal e de problemas, há que apresentar um novo, são mais três ou quatro negociação com a Sr.ª Deputada Kwan. Refiro-me aos meses de espera. Como fazermos o negócio, então? Trata-se de uma procedimentos administrativos para a emissão de licença e realidade. Tenho sorte, porque sei a quem telefonar quando tenho aprovação do projecto. Muitas das vezes deixa de fazer sentido, que insistir, mas há certas situações em que nada podemos fazer, mesmo depois de se insistir para se apressarem com a licença, sobretudo com as empresas de consultadoria, em que a gente tem porque sendo o contrato de arrendamento por três anos, passando um que lhes pagar para conseguir a licença. Andamos atrás das pessoas e ano restam apenas dois anos. Se abrir o negócio, é certo que só há quando se chega à pessoa certa já passaram dois meses. Se houver prejuízos. Nesta situação, o que fazer? Este ano, as grandes falhas, já não se sabe qual é a subunidade que tem os documentos em orientações nas Linhas de Acção Governativa prendem-se com a falta. Sr. Secretário, acho que deve pensar um pouco mais no prioridade à população, à estratégia científica e ao apoio a pequenas aperfeiçoamento dos procedimentos administrativos, o que é muito e médias empresas. importante, porque há muita gente em situações muito dramáticas, vêm do exterior e querem abrir restaurantes... tendo graves prejuízos Na verdade, tenho algo mais a dizer quanto à Direcção dos antes de abrirem as portas, desistindo, no fim. Quanto ao Serviços de Protecção Ambiental e à Comissão de Segurança dos procedimento dos centros comerciais, nem me atrevo a dizer que é Combustíveis. Muitos dos Srs. Deputados acham que aqueles correcto, parte dele não é, mas, o Governo deve fazer o possível para serviços devem fazer algo para acompanhar a evolução do que se apoiar os investidores estrangeiros, porque nos podem ajudar a passa no mundo. Mas, será que tem de ser tudo de uma assentada? vitalizar a nossa economia. Nestas situações, será que não pode Digo isto, porque, por exemplo, na Direcção dos Serviços de simplificar as coisas? O que disse é 100% real... porque envolve Protecção Ambiental, o transporte de detritos e fumos, por minuto e imensos circuitos entre os diversos Serviços. Pois bem, havendo um metro quadrado, é muito mais exigente que em Hong Kong. Se mecanismo de coordenação entre os Serviços envolvidos, com lugar falarmos dos grandes hotéis, esqueçam, porque há outros a reuniões periódicas, é muito simples. Se, por exemplo, à primeira regulamentos do género, mas, o que se passa com as respectivas vez podia passar, à segunda já não, a Direcção dos Serviços de licenças da Direcção dos Serviços de Turismo? Como é que eles Turismo quer saber porquê e, na reunião, se acharem que o projecto fazem? Ou instalam ventoinhas enormes que fazem muito barulho e novo e o anterior são muito semelhantes, podem deixar passar pois não obedecem ao regulamento da poluição sonora ou então a força não há problema. Será que procedem assim? Seguramente que não, dos ventos é de tal forma grande que impede a entrada nas lojas. Já porque se espera muito tempo. que a emissão da licença envolve dois Serviços, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e a Direcção dos Serviços de Ui, já estou a falar há 00:10h! Passo à segunda questão. Turismo, será que não se pode fazer por categorias diferentes? Conforme a área do estabelecimento, uma vez que todas as lojas se O outro assunto sobre que queria falar é a política no sector da situam no piso térreo e no piso superior há sempre pessoas... com aviação. Na intervenção do Sr. Secretário, falou-se, e muito bem, da 48 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日 futura orientação, desenvolvimento e posicionamento, do sector da e, se o mandarem para uma loja de sopa de fitas, ninguém sabe aviação. Aliás, os Srs. Deputados Pereira Coutinho e Lee Chong preencher, porque não percebem nada do que se quer saber. É Cheng já abordaram a questão. Mas, os seus pontos de vista são verdade! Muito simplesmente, que resultados é que pretendem? Por diferentes do meu, estando certos quando dizem como se deve exemplo, num dos itens, não se trata de responder yes ou no, mas proceder correctamente, mas o problema é não saber como proceder sim avaliar de 1 a 7. O 1 querendo dizer que concorda por completo, bem. O caso da “Viva Macau” é deveras especial, porque desde 1995 o 7 que não concorda em pleno, e, no meio, que concorda ou não há uma companhia de aviação com exclusivo, que é a “Air Macau”. concorda em parte. Havia outra pergunta: neste momento, se o Não sei se há um contrato de 25 anos, faltando 10 a 25 anos para o sistema tarifário de água potável puder ser reformulado ou seu termo, não sei, mas importa conhecer o subcontrato, que há-de melhorado, tal reflecte o valor real dos custos do fornecimento de acabar também, pois nestes últimos não há ninguém que queira água e dos recursos hídricos. Resta-me apenas um minuto, não faz investir mais. É muito simples, é porque a rota não é muito boa, mal, vou falar mais depressa. Pode dizer-me como é que as pessoas porque se for eu a fazer o negócio, se sou o concessionário, hão-de responder? Bom, tentando ajudá-las na medida do possível. concessiono-a, pois o que é bom guarda-se para si próprio. Depois Mas, acho isto muito injusto, porque pode ser uma ratoeira, como de ver que a “Viva Macau” voava para o Japão é que aquela também quando diz que, em termos de gestão do negócio, as despesas com as quis voar para lá, mas continua depois de esta parar, para ver se o tarifas de água são relativamente mais baratas que as da energia mercado funciona ou não. Não quero ser o aventureiro, ide vocês. eléctrica e combustíveis. Claro que as pessoas respondem yes! Pois Não estou a falar bem da “Viva Macau”, venha quem vier, há-de falir. bem, será que depois de dizerem que são baratas podem aumentar as Na situação actual o serviço é exclusivo. O que queria saber era se, tarifas, porque estas são mais baratas que a luz e o gás. Por isso, nos 10 ou 15 anos que nos restam, nos termos contratuais há muitas lojas comerciais, depois de lerem o inquérito, pensaram se tal requisitos para que se abram mais rotas, havendo intenção e não significava que iria haver lugar a um aumento dos preços da coordenação da parte do Governo, já que há acordos bilaterais com água, depois de o preencherem? Daí que ninguém o quisesse alguns lugares ou regiões. Por exemplo, os mercados da Índia e da preencher. Era esta mensagem que lhe queria transmitir. Espero, União Soviética, seguramente que há acordos bilaterais já assinados. portanto, que o Governo esclareça que se tratava apenas de um Mas ela não voa, e o que é que se pode fazer para a pôr a voar para inquérito para a poupança de água e não para um aumento da mesma. lá? Dar-lhe uma calendarização? ... de que daqui a meio ano tem que Seja para efeitos de propaganda ou conhecimento das novas fazer os voos? Caso contrário, não sei como resolver a questão. tecnologias, as pessoas do sector, quando estão a fazer um negócio, Realmente, há que estudar os termos do contrato... e o Governo não são tolas, porque, se já não a desperdiçam ao preço a que está, querer mesmo avançar com estas coisas. O Sr. Deputado Pereira havendo um aumento de 10 avos, hão-de continuar a poupar no Coutinho acabou de se referir à existência de muitos mais contratos consumo. Porque é sempre o negócio que está em causa, não é de concessão. Exceptuando a gestão do aeroporto, o transporte de verdade? refeições, o resto dos serviços exclusivos, a “Air Macau” não adquire as coisas cá dentro, preferindo as de Pequim, alegando que Assim termino. Obrigado. aquelas são caras. Depois, porque é que dizem que não há placas para estacionamento dos aviões? Porque cobram muito, preferindo Restam-me ainda seis segundos. que as pessoas andem a pé. Andam a desculpar-se uns aos outros. E qual o papel do Governo? Como coordenar as três entidades e sentá- Presidente: Sr. Deputado Chan Wai Chi. las à mesma mesa, para pensarem como fazer, no meio da concorrência, de forma a contribuírem para o desenvolvimento do Chan Wai Chi: Obrigado, Sr. Presidente. sector da aviação? ... se bem que tudo seja feito legalmente. Que condições é que a lei impõe para este efeito? Se me disserem que os Sr. Secretário Lau, caros Colegas: alimentos não prestam, será que é verdade? Acham as coisas caras. Será que isto é verdade? Tal como a empresa de gestão do aeroporto A respeito do debate das Linhas de Acção Governativa, é óbvio que alega que não faz qualquer nova decoração nas casas de banho? que temos que as cingir em função da nossa orientação, mas, o seu Submeta-se então o projecto ao Governo, é o tal Director Chan que conteúdo, espírito e contexto, também são muito importantes. Não tem de aprovar, o Secretário também. É provável que não demore sei se os colegas já chegaram a reparar, aqui nos arredores da muito, não é? Toda a gente tem algo a dizer. Qual a posição do Assembleia Legislativa, nas estruturas metálicas das camionetas dos Governo? Como é que vai coordenar estas questões, em prol do contentores que ultimamente temos visto. Espero bem que, no futuro, desenvolvimento do sector da aviação de Macau... através de novas não apareçam de novo. Há coisas que podem ser feitas, o problema rotas, trazendo mais turistas, oriundos de destinos mais longínquos e reside no que se quer ou não fazer. que fiquem mais tempo e consumam mais em Macau? Julgo que, se olharem bem para o contrato, há coisas que podem ser feitas. Mas... O Sr. Deputado Au Kam San apresentou, a 31 de Julho do ano não sei. transacto, uma interpelação sobre a “Viva Macau”, atendendo à situação de funcionamento da companhia, sobretudo para saber se Outro assunto que queria abordar muito rapidamente, e que tem a foi apresentado o relatório de contas de 2006. Na resposta do Sr. ver com a Sr.ª Directora Wong. É quanto à poupança de água. Director Wong, a 2 de Dezembro do ano passado, afirma-se que o Refere-se ao último inquérito feito, e este... ui, tenho mesmo que ser Governo cumpre escrupulosamente os regulamentos e que fiscaliza o mais rápido! Espero que a Sr.ª Directora não leve a mal eu falar deste contrato de concessão, no que se refere ao funcionamento da inquérito, porque já antes falámos sobre ele, dizendo que poucas companhia. Mas, qual o resultado? Em 13 de Janeiro deste ano, foram as pessoas do sector comercial e até mesmo os sócios da apresentei uma interpelação escrita quanto a isto. Creio que não vale Associação Comercial que responderam ao inquérito. É verdade. a pena responderem-me, porque a companhia foi encerrada. Mas, porquê? Só recentemente, depois de estudar o assunto, é que me apercebi, pois só quem tenha frequentado um curso superior é Porque é que há tantas coincidências? Os prédios em perigo que o que é capaz de saber responder. Porque ele foi escrito por um Doutor Sr. Deputado Ho Ion Sang referiu, já em Dezembro do ano passado, N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 49 aquando do desmoronamento de prédios na Avenida Almeida O Sr. Chefe do Executivo, Chui Sai On, também concorda com a Ribeiro e na Avenida 5 de Outubro, por falta de reparação... ainda definição de um período de espera na habitação pública, só assim é não responderam e, passados três meses, outro prédio ruiu. Isto não que se podem medir os resultados da gestão, o mérito ou demérito tem a ver com a capacidade de previsão dos Deputados, mas se o dos respectivos titulares, aquando da sua promoção, despromoção ou problema não for resolvido e acompanhado devidamente, os casos futuro destino, criando-se um Governo íntegro e altamente eficiente, vão acontecendo uns atrás dos outros. Não pode haver tantas por forma a conferir uma verdadeira prioridade à população. coincidências no mundo. De seguida, vou falar sobre a questão das obras, porque na sua Falando de espírito de governação, o mais importante é dar intervenção o Sr. Secretário Lau referiu-se a um grande volume de prioridade à população. Não deve haver burocracia, arrogância e obras do Governo. Teoricamente, é uma boa notícia para os auto-satisfação. Observam diariamente o relatório da qualidade da trabalhadores locais, mas, temos recebido constantes queixas da água e dizem-nos que o teor de salinidade é baixo. A água que população de que há muitos trabalhadores ilegais nas obras do consumimos vem de Xijiang e esta vem do céu. O que é que se passa Governo, incluindo nos estaleiros da responsabilidade do Gabinete a montante, na fonte? Está seca. O que nos fazem sentir as imagens para o Desenvolvimento de Infra-estruturas ou do Instituto para a das secas no Leste e no Sul? Estamos ou não a poupar água? A Habitação. Sendo obras do Governo... é um princípio dar prioridade poupar energia? A baixar o consumo? Foi feito algo de concreto? aos trabalhadores locais, mas, segundo informam os trabalhadores, Fizemos apenas donativos. Ter dinheiro não é tudo. nessas obras os trabalhadores não residentes ou ilegais ultrapassam em muito o número dos trabalhadores locais. Se nem nas obras do Quanto à questão do Lago Yingshan, o Sr. Deputado Au Kam San Governo se pode garantir o emprego dos trabalhadores locais, como é organizou uma excursão ao local, expondo o panorama. que podem alegar que vão defender os seus interesses? Quanto ao Ultimamente, tem havido pesca nesse local. Quanto à discussão problema das obras do Governo, sejam da Direcção dos Serviços de gerada sobre o assunto, lembro-me do que foi dito pelo anterior Solos, Obras Públicas e Transportes, do Gabinete para o Secretário para os Transportes e Obras Públicas sobre aquela zona Desenvolvimento de Infra-estruturas, do Instituto para a Habitação ou, ecológica, afirmando que se trata de uma mera praia formada depois no futuro, do Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes, será que dos aterros, que não tem qualquer valor de conservação. Se não fosse podem estabelecer com eficácia a prioridade ao emprego dos a luta persistente das pessoas interessadas, não existiriam hoje os trabalhadores locais? De facto, a solução é muito simples, bastando trinta e tal colhereiros de bico preto, durante o Inverno. A Natureza é transmitir a um encarregado experiente de um estaleiro quantos capaz de transformar o inútil em útil. E o Homem? O Homem faz o operários são precisos, aproximadamente, numa determinada fase da contrário, transforma o útil em inútil. obra. Para controlar a situação, basta saber o número total dos trabalhadores e depois contar quantos trabalhadores locais e não Quanto aos problemas da habitação, o sector imobiliário de Macau residentes trabalharam durante mais de 20 dias e comparar os dados, está mesmo a transformar-se numa bolha. De que modo foi tomada a para calcular mais ou menos quantos trabalhadores ilegais existem. decisão sobre a disponibilização de habitação pública? Continua a Tendo em atenção as obras com problemas, a intensificação das ser insuficiente. Passados tantos anos é uma realidade, e é por isso inspecções pode diminuir, significativamente, os trabalhadores ilegais. que há ainda quem não tenha casa onde viver. A oferta de habitação Desde que controlem a proporção adequada entre os trabalhadores não do sector privado está cada vez mais longe da realidade. Segundo os residentes e os trabalhadores locais, o emprego dos trabalhadores dados recentes da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, o locais pode ser garantido. Acho que os serviços das obras públicas que preço de venda médio por m² nas zonas do NAPE e do Lago Nam estão na sua tutela podem esquecer por completo os acontecimentos Van, durante o 2.º trimestre de 2009, era superior a 39 mil, mas no infelizes do passado, sem, no entanto, esquecer essa lição dolorosa. 3.º trimestre subiu para mais de 51 mil. Um balúrdio. Quem pode Sob a égide do regime, “um País dois sistemas”, o País deu-nos comprar? Mesmo assim, há quem compre. Compram um piso inteiro oportunidades, mas será que nós as soubemos valorizar? Tê-las- ou o prédio todo. O que fazem depois de comprar? Especulam. emos agarrado bem? O jogo e o turismo, como indústrias pioneiras Todos estes investimentos do exterior só servem para criar ondas. para integrar a diversidade na economia, é um slogan dos dois Será que devemos condicionar a nossa habitação pública para Governos anteriores, mas, como estamos agora? A posição actual é proporcionar lucros a este grupo de especuladores? Os números são de Centro de Turismo e Lazer. Era esta a definição que constava no evidentes na habitação pública. Em 2005 pararam os pedidos para Relatório das Linhas Gerais do Primeiro-Ministro Wen. No entanto, habitação económica, porque não houve concurso, havendo neste nada devemos festejar por agora, porque na apresentação que o Sr. momento 12.478 pessoas à espera... antes qualificadas, depois Secretário fez foram enumerados vários planos, o desenvolvimento desqualificadas. A expectativa dos cidadãos foi por água abaixo. Não da Região do Delta do Rio das Pérolas, o desenvolvimento geral da terá o Governo responsabilidades nisto? Será porque já Ilha da Montanha, a construção conjunta de um nível de vida de alta ultrapassaram os requisitos de candidatura e agora não lhes ligam? A qualidade na baía da foz do Rio das Pérolas e as infra-estruturas quem caberá a responsabilidade pelo não fornecimento de habitação, entre a Província de Guangdong, Hong Kong e Macau. Nesta página, durante todos estes anos? Os pedidos referentes ao antigo e novo trata-se de planos dirigidos pela Província de Guangdong ou pela regime de habitação social ultrapassam os 13 mil, todos incluídos, Comissão Estatal para o Desenvolvimento e Reforma. Como gente sem contar com os novos candidatos para a nova remessa de de Macau que somos, temos que fazer coisas práticas para Macau, de habitação económica, que já são mais de 25 mil, quase 26 mil. Desta forma a responder cabalmente ao carinho que o País nos tem forma, será que 19 mil fogos de habitação pública são suficientes? dispensado. Devemos estar gratos e ser dotados de uma minuciosa Se subirem para 40 mil, será que satisfazem as necessidades de bem- visão nos nossos actos, em vez de se dizer que já aqui estão na estar dos cidadãos de Macau? As nossas estratégias de habitação Assembleia Legislativa há dois dias, que está na hora, que devem atender à população local e não aos investidores de fora... os cumpriram uma grande missão e que estão satisfeitos por se irem especuladores. A promessa de conclusão, em 2012, de 19 mil embora. Encontrar-nos-emos novamente no final deste ano, unidades para habitação pública, constitui um teste severo à esperando que o que foi dito nas Linhas de Acção Governativa seja capacidade e boa-fé do 3.º Governo da RAEM e dos seus dirigentes. cumprido. 50 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日

Obrigado. a repetição das de ontem. Peço-vos desculpa, mas às que já respondi de facto, hoje não volto a responder. Vou dedicar mais tempo às Presidente: Sr.ª Deputada Leong On Kei. questões sobre que falei menos, para delas voltar a falar. Se houver tempo, então repetirei o que já disse, em jeito de complemento. Mas, Leong On Kei: Obrigada Sr. Presidente. quanto a alguns procedimentos, como dizem respeito a tramitação, não os vou explicar em detalhe, porque seria fastidioso. Se for preciso, posso fornecer-vos esses dados. Daí que me irei centrar mais Sr. Secretário, Srs. representantes do Governo, caros Colegas: na apresentação das políticas, sobretudo as que dizem respeito ao âmbito das obras públicas e transportes deste ano. Obrigado Sr. Um bom programa vem normalmente no fim, mas hoje tal não vai Presidente. acontecer, embora eu seja a última a intervir. Há pouco, a Sr.ª Deputada Chan fez-me lembrar que sou a última! Estou com um Muitos dos Srs. Deputados questionaram, ontem e hoje, o certo receio, depois das intervenções brilhantes dos nossos colegas reordenamento dos bairros antigos. Vou esclarecer um pouco a do Plenário da Assembleia Legislativa, porque hoje é o último dia questão, que é muito simples. Quanto ao regime jurídico sobre esta para as perguntas, que são muitas. Os problemas repetem-se entre si, matéria, a lei está redigida, tendo já entrado em processo legislativo. cantando-se a mesma canção. Por isso, vou fazer o possível para dar Estamos a proceder à última revisão e, muito em breve, vai seguir os mais tempo aos representantes do Governo e ao Sr. Secretário, para trâmites legislativos, estando as propostas de regulamentos já poderem responder às perguntas que foram feitas. concluídas. Os nossos colegas estão neste momento a fazer alguns aditamentos, que não sei se já se encontram em discussão no seio Vou fazer apenas uma pergunta. Espero também que os dos três grupos especializados, mas os nossos Serviços já concluíram representantes do Governo e o Sr. Secretário, aquando da nota a redacção. É esta a situação dos regulamentos quanto ao conclusiva, sejam práticos e que, ao longo deste ano, cumpram o reordenamento dos bairros antigos. exposto nas Linhas de Acção Governativa. Toda a gente está atenta aos bairros antigos, mas, do modo como A minha pergunta incide sobre o campus universitário da está a sua situação, neste momento, acho que o problema não deve Universidade de Macau, na Ilha da Montanha, que, segundo a ser visto apenas por este prisma. Na realidade, a nível de informação transmitida pela Comissão Estatal, tem que estar planeamento geral, há uma relação entre os bairros antigos e as concluído dentro de três anos. Perguntava-lhe se há tempo para novas zonas urbanas. De facto, ao projectarmos as novas zonas construir, em três anos, as 80 torres de edifícios académicos. Será urbanas, temos que considerar, em termos de planeamento e como que as vão construir à pressa, em detrimento da qualidade, para suporte, os bairros antigos. Quer isto dizer que o planeamento das serem depois demolidas ou reparadas de novo, desperdiçando-se novas zonas urbanas não substitui os bairros antigos, mas, antes pelo tempo e dinheiro? Qual o andamento do processo, no que a Zhuhai contrário, é preciso saber como é que eles podem servir de se refere? Segundo o plano, a Universidade de Macau vai ter 10 mil complemento e apoio mútuo. Nestes últimos anos, tem-se falado, estudantes, mas, nesta altura, ainda não atingiu esse número. Será várias vezes, nas nossas Linhas de Acção Governativa, na que podia explicar-nos a razão por que não concentram esforços na dinamização, no embelezamento, no embelezamento das ruas, etc. construção de algumas instalações que mais respondem às Tal como reparamos, muitas ruas e travessas, por exemplo, na Rua necessidades concretas, preparando convenientemente as coisas e, o da Barra, nas proximidades das Ruínas de S. Paulo e no Largo do que é mais ecológico, as que forem menos necessárias serem Senado, ou agora até mais longe, na Rua de Nossa Senhora do desenvolvidas apenas em função das necessidades? Amparo e arredores do Largo de Luís de Camões, muitas dessas ruelas estão agora muito mais bonitas, com candeeiros clássicos, Aproveito para falar também das construções clandestinas, que vasos de plantas e flores. Mas, porque é que não podem ser mais são um grande problema e representam uma ameaça à segurança nos dinâmicas, tal como questionou o Sr. Deputado Kou Hoi? Porque é bairros antigos. Há certas individualidades que pedem transparência que o negócio nas lojas é ainda tão reduzido e não há maneira de lá ao Governo, mas acho que o Governo foi sempre transparente, irem mais pessoas? Temos que reflectir, realmente, mais a sério. Foi porque as pessoas que fizeram essas construções clandestinas organizado um grupo de trabalho interdepartamental, entre 2007 e consideravam que o Governo era transparente. Espero que o 2009, para o embelezamento das ruas, com estudos profundos e Governo e os vossos colegas sejam determinados e corajosos e que debates. O reordenamento dos bairros antigos não bole apenas com o façam o que devem fazer aos cidadãos que cumprem a lei, repondo a embelezamento das ruas. Devemos, de facto, olhar para o problema justiça. com maior profundidade, sendo um dos motivos a falta de popularidade. Se não, vejamos: os chamados bairros antigos, que são Obrigada. a Barra, a Praia do Manduco, a Avenida Almeida Ribeiro, o Centro, o Porto Exterior e, depois, um pouco mais longe, as Ruínas de S. Paulo, Coelho do Amaral, o Bairro San Kio, todos estes sítios são, Presidente: Bom, de seguida, pedia ao Sr. Secretário Lau para tradicionalmente, os nossos bairros antigos e, se tomarmos como responder às anteriores intervenções dos Srs. Deputados. referência os prédios com 40 anos, estes ocupam uma área inferior a 50%, pelo menos, cerca de 40% deles. Há pessoas que residem Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Lau Si Io: nestes prédios, pelo menos, há 20/30 anos, casando-se e aí ficando a Obrigado Sr. Presidente. residir. Mas, chegando à segunda geração, muitos, já com famílias organizadas, deixam estas zonas. Isto acontece em todos os bairros Agradeço as questões e algumas opiniões que muitos dos Srs. antigos. Se olharmos para os dados, as habitações devolutas, para Deputados colocaram. além de serem eventualmente em número superior nos prédios altos, uma grande maioria da taxa de desocupação também se encontra nos Várias foram as questões colocadas e vejo que algumas delas são bairros antigos. Certos investimentos grandes. OK, muitos para N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 51 especulação, e outros também, nos prédios com 40 anos dos bairros delineámos várias zonas, em Macau, na Taipa e em Coloane. Em antigos, que são muitos também. Pois bem, além do que temos feito Macau, foi feita uma divisão por algumas zonas, como a Praia do até agora, o embelezamento dos bairros antigos, as pinturas... que Manduco, a Barra, seguindo-se as Ruínas de S. Paulo, o Largo do condições podem ser criadas para aumentar a sua popularidade, Senado, o Porto Interior, a Rua Nossa de Senhora do Amparo, para incluindo a captação de turistas que visitam os lugares históricos, depois expandir até ao Bairro San Kio. Estes são, basicamente, os para aí se deslocarem? De facto, é muito difícil. Pois bem, vamos nossos bairros antigos, tratando-se, futuramente, de um trabalho de tentar fazer, mas... não podemos depender unicamente dos turistas de peso. Em Coloane, já no ano passado, anunciámos um plano de fora, pois, na verdade, o mais importante são os residentes, os que lá embelezamento urbano, na zona antiga da Taipa também. Aliás, já habitam, e o comércio, fazendo com que os bairros antigos estejam a auscultámos a população sobre estes planos, recolhendo as suas favor da população local. Desde que os cidadãos destes bairros opiniões sobre o modo de se proceder, de forma ordenada. A ilha de antigos aí continuem a residir, as lojas podem subsistir. Coloane é um lugar muito belo, com vistas panorâmicas sobre as Normalmente, nestas zonas as ruas não são largas, há falta de vilas piscatórias do Sul da China, sendo peculiar em Macau, e não parques de estacionamento, razão por que é muito difícil captar uma havendo outro lugar igual. Mas, porque é que a sua zona antiga está grande quantidade de turistas, a não ser que se desloquem a pé. Veja- tão degradada? Isto deve-se a problemas de titularidade das se que as suas lojas, na maior parte, são para servir os próprios propriedades, tal como já referi. No entanto, estamos a tomar habitantes da zona, algumas existindo há décadas, sendo a parte da providências para a sua resolução, para os que já lá vivem há muito frente para comércio, enquanto as traseiras servem para habitação. tempo, mas há problemas de titularidade. Vamos apoiá-los, através As cadeias internacionais também não instalam aí os seus negócios. do planeamento. Estou muito satisfeito por, ultimamente, terem sido conseguidos alguns resultados. Neste aspecto, de facto, temos vindo Bom, como incentivar as pessoas a irem para lá habitar, para que a a receber constantes pedidos dos residentes. Através de uma taxa de desocupação não continue a aumentar? Havendo apreciação e aprovação dos processos, vamos promover a popularidade e quem os habite, muito naturalmente, há vida, os cafés, reconstrução dos estaleiros de obras já antigos e degradados ou de as mercearias e outros fornecedores de produtos de uso diário. Se prédios antigos, esperando que a fisionomia de Coloane possa ser olharmos para os hábitos dos residentes locais, o modelo de vida reabilitada, atraindo mais turistas. Há alguns restaurantes, que são diária é o seguinte: de manhã compram jornais, bebem chá ou café, sempre os mesmos, e que são frequentados por turistas, faltando de tarde, tomam café e à noite a ceia. Basicamente não saem do neste momento um ambiente geral para o efeito. Mas há condições bairro. Não é? Mas, se quiserem ir a festas de jantar... é óbvio que para tal, se as coisas forem feitas em termos de contexto geral. Na nestes bairros não há condições para disporem destas facilidades que Taipa, mormente na Rua do Cunha, a mesma coisa. Esta rua, ao fim exigem mais espaço. Os residentes que continuem a habitar nestes desta dezena de anos, porque só há uma artéria, está sempre bairros vão continuar a fazer compras nas lojas locais, em vez de se superlotada. Não se consegue expandir para as suas proximidades. deslocarem para sítios mais distantes. Temos que pensar no futuro. Mas, se dermos por ali uma volta, há na verdade muitos becos e Em como dinamizar estes bairros antigos e captar residentes locais e travessas com características próprias. O que mais nos preocupa é turistas. Mas, achamos que é prioritário e mais fácil baixar a taxa de ainda o problema da titularidade, como promover a reconstrução dos desocupação do que captar turistas. Foi alterada, há algum tempo, a prédios degradados para criar um efeito global. Neste momento, não estratégia que vinha sendo usada para embelezar as ruas por linhas, é possível. Podemos fazer numa zona, uma ou meia rua, mas, no mas, no futuro, vamos fazer por pontos, linhas e áreas, sendo os resto não. Num ponto ou dois, sim, queremos expandir para o resto pontos os prédios isolados, as linhas os arruamentos, enquanto que das zonas antigas. É esta a orientação que definimos para a zona as áreas dizem respeito ao ambiente geral de comércio. Há razões antiga da Taipa. objectivas para que algumas pessoas não queiram viver nestes bairros, embora as ruas sejam belas, mas, a nível dos prédios Além disso, também a Barra. A Barra é um ponto turístico do particulares, estão em estado caótico. Há o problema das construções Património Mundial. Através da grande estação de Metro ligeiro na clandestinas, as gaiolas metálicas, os fios das antenas de um lado Barra, e do plano de embelezamento das ruas na Praia do Manduco, para o outro, prédios velhos que não são recuperados, outros que, a realizar pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, bem depois de serem demolidos, são apenas vedados com placas de como outros pontos que foram anteriormente referidos, como a Casa madeira sem serem reconstruídos, enfim, o ambiente geral é de um do Mandarim... muitas das vezes, quando passo por lá durante a certo abandono. Daí que, além das obras públicas, continuaremos tal semana, aos fins-de-semana, sei lá, por volta das 7 ou 8 horas da como temos feito até agora, com o embelezamento das ruas, manhã, os cidadãos já fazem fila para lá entrarem, mas as portas só melhoramento dos receptáculos de lixo, parques de estacionamento abrem às 10 horas. A Casa do Mandarim constitui um elemento para de automóveis. Vamos ainda ver, quanto aos prédios particulares, dinamizar a zona da Praia do Manduco no futuro. O nosso grupo como incentivar a sua reparação, um trabalho de peso para o futuro. interdepartamental, com os diversos Serviços, como o Instituto Queremos melhorar o ambiente geral, para que se possa cativar mais Cultural, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, a jovens para aí viver. No ano passado, recorremos ao financiamento Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, a das obras para se proceder à reparação dos prédios e, quanto a isto, a Direcção para os Assuntos de Tráfego, etc., já estabeleceu uma base população mostrou receptividade. A vida útil dos prédios será de trabalho para nos debruçarmos sobre a dinamização dos bairros prolongada e a sua aparência será modificada também. Se o resto das antigos, para estudarmos o assunto a todos os níveis. Estamos a pessoas fizer o mesmo, as ruas podem ser globalmente embelezadas. estudar a viabilidade de ligarmos a Barra e a Casa do Mandarim à Mas, há outro problema que pode afectar pessimamente o aspecto sede do Governo, depois o Largo do Senado às Ruínas de S. Paulo dos bairros antigos, que é o emaranhado das antenas. O problema ou mesmo ao Bairro San Kio, ou, eventualmente, à Igreja de S. das gaiolas metálicas também, mormente, como reorganizá-las. Lázaro, faltando, neste momento, alguns nós que não podem ser Vamos ter que acertar estas questões gradualmente, para que se atravessados por falta de capacidade de atracção. Por exemplo, resolvam a longo prazo. começando pelo Templo de A-Má, pela Capitania dos Portos até à Igreja de S. Lourenço, para chegar à Casa do Mandarim e à Fonte do Na nossa proposta de reordenamento dos bairros antigos, Lilau, estes últimos, sim, são atraentes, mas, durante o percurso, não 52 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日 se vê nada de especial, pois um dos troços é muito estreito e longo, com Guangdong, com a Região do Delta do Rio das Pérolas e com nem sequer tem passeio para peões. Como atrair os turistas, quando Hong Kong, e fazer um planeamento conjunto. não há coisas para ver ao longo do caminho, tendo que andar a pé durante oito a dez minutos? Não o fazem seguramente, pois não mais A respeito do Plano de Reforma e Desenvolvimento da Região do vale a pena voltar à Barra para apanharem o autocarro. Bom, se Delta do Rio das Pérolas, há de facto cinco aspectos de integração. conseguirmos criar um percurso pedonal que possa dispor de sítios Dentro deles, o sector das obras públicas e transportes compreende de interesse durante o trajecto, isso favorece o comércio local e o três aspectos. Primeiro, a integração das infra-estruturas, que são aproveitamento máximo dos bairros antigos. Os nossos colegas do definidas por eles, mas construídas e utilizadas em conjunto; grupo de trabalho vão continuar a esforçar-se por isso. Em princípio, segundo, o planeamento dos espaços, desenvolvidos em coordenação ocorreu-nos a ideia de, em vez de se seguir em frente, a partir da conjunta; terceiro, a protecção ambiental, sendo a defesa e a Barra, Capitania dos Portos até à Casa do Mandarim, seguir por resolução conjuntas; quarto, as indústrias, que não são da minha baixo, pela Travessa de António da Silva, depois pela Escada tutela; quinto, os serviços públicos. Das cinco grandes áreas, a das Quebra-Costas até ao Pátio do Bonzo, depois virar à direita, por aí obras públicas e transportes ocupa três, daí que tenhamos de fazer o abaixo até chegar ao Pátio do Sal, Pátio das Seis Casas e Pátio da nosso planeamento também. O nosso foi feito de uma forma mais Ilusão, pois nestes há construções mais bem conservadas e com valor, rudimentar, não tão completo, admitimo-lo, mas aprendemos muito diferentes portanto das que vemos actualmente no resto. Mas, não é ao longo do processo. Isto significa que no passado não se fez o fácil de resolver, porque são propriedade privada. A não ser que suficiente ou muito bem, mas estamos confiantes que com o esforço colaboremos com os particulares, para tirarmos partido destes Pátios e experiência acumulada dos nossos colegas iremos fazer melhor. e podermos restaurá-los, unindo-os em linha, depois de se passar Este planeamento não conta apenas com a participação das equipas pelos Pátios todos, para se chegar até à Rua de George Chinnery e, da Administração, mas ainda com alguns especialistas e pessoas no topo, à nossa Igreja de S. Lourenço. No fim, pode ainda seguir-se interessadas na matéria, que contribuem com as suas ricas opiniões. pela frente até à Igreja de Santo Agostinho. Falar aqui é fácil, mas Aproveito aqui para lhes agradecer também. qual o modo de juntar todos e explorar as suas potencialidades, uma vez que os seus contextos são muito ricos? Designadamente, as Voltando ao planeamento da protecção ambiental, a nível geral, o Ruínas de S. Paulo, a Rua de Nossa Senhora do Amparo, etc. nosso princípio nuclear é “baixo teor de carbono em Macau, vida Importa dinamizar estes bairros antigos, para reavivar o comércio ecológica”. A trave mestra para o nosso futuro. Mas, quando se fala local e a qualidade de vida dos residentes. Estes são aspectos a em protecção ambiental ou há debate nos meios sociais, toda a gente considerar. Não vou falar de mais pormenores, no que se refere aos acha que é apenas o Governo que deve gastar mais dinheiro. Uma nossos bairros antigos, de um modo geral, vamo-nos orientar neste vez que temos uma boa Central de Incineração ou uma boa Estação sentido. No futuro, através do embelezamento, vamos reordenar os de Tratamento de Águas Residuais, será que no futuro, de acordo bairros antigos, porque esperamos de facto que haja mais gente a com as nossas necessidades... pouco importa, faz-se mais, e vamos residir neles ou que se mude novamente para lá, para que estes construir mais uma, queimar mais? Para as águas residuais: tratar bairros não fiquem tão votados ao abandono ou que, depois de mais e construir mais uma estação? De facto, não defendemos esta dispormos de mais habitações sociais e/ou económicas, a segunda ideia, tendo esta questão sido analisada a nível interno. Em Macau, geração venha a deixá-los, restando cada vez menos habitantes. É há muitas coisas que estão em falta. A nível geral da protecção do esta a orientação da nossa acção. ambiente, olhando para o todo, o nível intermédio será aquele em que estamos melhor, ao nível técnico e de gestão. Por exemplo, Sobre o problema das inundações no Porto Interior, tal como foi estamos melhor na gestão e ao nível técnico na Central de referido pelos Srs. Deputados, vamos estudá-lo em conjunto com o Incineração e da Estação de Tratamento das Águas Residuais, razão plano de dinamização dos bairros antigos, transportes, Metro ligeiro, por que muitas cidades vizinhas vêm até cá para verem ou etc. Falta ainda algum tempo, mas vamos continuar a melhorar a aprenderem. Reconhecemo-lo, mas não quer dizer que sejamos bons, informação e as respectivas acções. porque o dinheiro também conta. Temos que ser melhores, porque ao nível do início e fim do ciclo, ainda nada foi feito, designadamente, a Quanto à protecção ambiental, ontem, como hoje, muitos dos Srs. partir da fonte dos resíduos sólidos, a nossa taxa de reciclagem, Deputados levantaram questões. Já me referi às medidas legislativas muito sinceramente, não pode ser comparada com os valores das neste domínio, mas a nível da sua política vamos dispor de mais regiões ou cidades vizinhas, sendo a nossa taxa de reciclagem de tempo para a estudar, sendo que a nossa orientação futura é cerca de 10%, enquanto os outros rondam os 50%, 60% ou 70%. encontrarmos a maneira de ordenar as acções nesta área. Já Para eles, fala-se em 3R: redução, reutilização e reciclagem, sendo delineámos um plano para o efeito, a nível conceptual, projectado até nestes aspectos que estamos menos desenvolvidos. Tendo em 2020, em coordenação com a estratégia para os transportes, atenção, entretanto, a quantidade de lixo que cada pessoa produz em habitação e/ou Plano de Reforma e Desenvolvimento da Região do Macau, em média, 1.6 a 1.5, nos países e regiões com um Delta do Rio das Pérolas. Bom, houve Srs. Deputados que desenvolvimento económico mais ou menos semelhante como o questionaram o futuro entendimento com a outra parte, porque o Japão, produz-se 0,5 a 0,6, em Hong Kong não chega a 1. As pessoas plano é deles. Mas, quanto a nós, o que fazemos? Há de facto muita produzem muito lixo, razão por que há muito trabalho a fazer neste coisa a fazer, embora não o tenhamos divulgado, porventura por não domínio. Temos que intensificar os nossos esforços neste sentido, ser a altura adequada, mas sempre que alguém se integra num para colmatar as nossas insuficiências, passo a passo, sobretudo na projecto tem também, obrigatoriamente, que fazer planos, para saber origem, no que concerne à produção de lixo e ao tratamento das qual a grande orientação a seguir. No ano passado, mais águas residuais. Na etapa intermédia, basta ter dinheiro e pessoal propriamente em finais de 2008, o projecto foi promulgado qualificado para se conseguir fazer bem. Mas, na origem, não basta oficialmente. Porque já o prevíamos, o ano passado, delineámos ter dinheiro. De que modo os cidadãos olham para a protecção do alguns planos, por exemplo, dos transportes, da protecção ambiental ambiente, como é que estamos em termos de publicidade e educação? e a estratégia de desenvolvimento da habitação. Quanto a isto, É um trabalho a fazer a longo prazo, não bastam investimentos para podem ficar descansados, porque seremos capazes de nos integrar que tal se consiga de imediato. Aproveito esta oportunidade para N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 53 fazer um apelo à audiência, para os que trabalham nas indústrias Governo, de toda a sociedade e de todos os residentes de Macau, ecológicas, pois no futuro a reciclagem pode ser um grande sucesso. caso contrário, por mais recursos que o Governo venha a gastar com O Governo vai ter futuramente muito trabalho neste domínio. publicidade na televisão todos os dias, com shows [espectáculos], Estamos a estudar neste momento a hipótese de a Central de actividades de rua todos os sábados e domingos, mais posters Incineração, além da função actual, tratar também da reciclagem. Por [cartazes]. Fazendo coisas do género nada adianta, pois é preciso que exemplo, das latas de alumínio e embalagens de plástico. Fazendo-se este espírito seja abraçado por todos. De momento, só vemos o que um aproveitamento das suas instalações. Apoiar simultaneamente há de bom, em vez de olharmos para o perigo que nos pode bater à esta indústria, servindo a Central de Incineração ou a indústria de porta. Quando chegar a altura de fazermos a apresentação do nosso reciclagem para criar um centro educativo integral de protecção plano, podemos ver melhor as tendências em causa. Espero que ambiental, para que a população saiba a quantidade de lixo que todos tenham uma melhor noção dos riscos e que fiquemos produz. Por um lado, reduzi-lo até onde for possível, para só depois satisfeitos apenas com o presente. Na verdade, já estamos numa queimar o remanescente e a energia proveniente da incineração situação de algum perigo, caso contrário, não fazia sentido a criação voltar à rede eléctrica para ser reutilizada. Diariamente, são umas do Plano de Reforma e Desenvolvimento da Região do Delta do Rio boas dezenas de camionetas que transportam as cinzas da das Pérolas, que visa desenvolver acções conjuntas em cinco incineração do lixo para os aterros e isto afecta também os nossos vertentes do ambiente. Não basta uma determinada cidade actuar por recursos a nível dos terrenos, que devem ser mais aproveitados. No si, mas em conjunto. Não é apenas ao Governo que compete divulgar passo seguinte, iremos analisar estas cinzas, através de uma qualquer e educar a população e as pessoas, se quiserem, que não o façam, técnica, eliminando as substâncias impuras e transformando-as em porque o problema diz respeito ao nível regional, pois é necessário materiais de construção úteis. O Japão tem uma técnica avançada definir certos parâmetros e indicadores de poluição e existir uma neste domínio, podendo servir-nos como referência. Eles chamam a base de fiscalização comum. O desenvolvimento que está previsto e isto a técnica de fusão das cinzas, transformando as cinzas recolhidas que abrange toda a Região do Delta do Rio das Pérolas, será objecto em blocos de tijolo, para serem empregues como material de do mesmo tipo de acção e de fiscalização recíproca. Não podemos enchimento nas valas para a instalação de cabos eléctricos ou de dizer que não fazemos ou que achamos que estamos bem para não drenagem ou para misturar no asfalto. Tudo isto pode ser feito. Se agirmos. Temos que nos integrar e alargar a nossa participação. Há pudermos fazer em toda a linha, desde o ciclo da produção do lixo, trabalho a fazer a nível global, em todos os sentidos. Não devemos do princípio ao fim, uma autêntica reciclagem, o trabalho fica centrar-nos apenas em Macau, mas sim na globalidade da Região do completo. Vamos esforçar-nos para dar começo ao estudo e Delta do Rio das Pérolas. O ar é de toda a gente, a água de todos debruçarmo-nos sobre o seu lançamento, tão breve quanto possível. também é. Se as acções de defesa contra a poluição não forem bem Esperamos igualmente que o sector se envolva activamente. feitas a montante, podemos imaginar quem sofre graves consequências a jusante. Somos um lugar muito pequeno, em No que se refere à água. Neste momento temos um bom sistema comparação com a Província de Guangdong. Se não fizermos as de tratamento de águas residuais. Mas, a água que é tratada é lançada coisas em conjunto... no fim de contas, Macau será a parte mais ao mar, o que é um desperdício. Como reutilizar esta água e usá-la beneficiada. O que é que podemos fazer? O muito ou pouco que para limpar as sanitas, ou dar-lhe outro uso? Temos, de facto, que fizermos, embora não afecte o ar ou a água, representa o dever que pensar nisto. Isto tem a ver com a ecologia, a poupança da água, temos, caso contrário, não podemos exigir que as cidades da margem assunto sobre o qual devemos reflectir e, nesse sentido, já demos superior da Região do Delta do Rio das Pérolas venham a melhorar. início às obras de elevação das instalações da nossa Estação de O que fazemos, de facto, é uma certa mobilização, a nível moral, um Tratamento de Águas Residuais, melhorando a qualidade da água apoio e coordenação nas acções de protecção ambiental. Temos que tratada até o nível da água renovada, para ser utilizada nas novas continuar a fazer bem, para que as regiões vizinhas também o façam. zonas. Por exemplo, em toda a zona de Seac Pai Van, ou nos novos aterros de 350 hectares que foram autorizados pelo Governo Central. Falava também um pouco sobre as indústrias, aliás, já as referi, Vamos fazer o seu planeamento, a fim de utilizar esta água renovada por diversas vezes. Os amigos das indústrias podem, quem sabe, da Estação. Prevemos fazer o mesmo no campus universitário da olhar um pouco para a posição vantajosa em que nos encontramos, Ilha da Montanha, para que essa água renovada seja utilizada. em termos de infra-estruturas ecológicas e sua gestão, ou na gestão Continuamos a intensificar as acções neste domínio, pois a protecção do ambiente, como referi há pouco, para fazer uso e aplicação da ambiental não tem a ver somente com o lixo ou com as águas nossa experiência na Região do Delta do Rio das Pérolas. A nível residuais. Oportunamente, o Sr. Director Cheong ou eu próprio técnico, já temos uma equipa de especialistas na matéria, que podem viremos à Assembleia Legislativa fazer a apresentação do projecto. dar pareceres técnicos na consultadoria, fiscalização técnica, gestão Queremos melhorar o ambiente na sua globalidade, através das seis do ambiente, etc. De facto, nestes últimos anos, dotámo-nos de grandes estratégias, tendo em consideração os sete elementos básicos muitos recursos qualificados com experiência no sector e que fazem do ambiente, centrando-nos na água, ar, lixo, ruído, a ecologia e a falta na Região do Delta do Rio das Pérolas. Espero que o sector da gestão ambiental, com medidas a curto, médio e longo prazo, e a protecção ambiental possa reflectir um pouco, porque há de facto todos os níveis, por forma a se adequarem ao nosso planeamento oportunidades de negócio neste âmbito. Macau ultimamente realiza para, em 2011, por forma a ir melhorando o ambiente de forma anualmente simpósios sobre protecção ambiental. O Governo criou gradual. Mas, aproveito para dizer que não basta o esforço do de facto uma boa plataforma para o sector estar a par das Governo, aliás já o disse ontem e hoje repito: não pode ser apenas o oportunidades que vão sendo criadas e espero que o sector venha a Governo a actuar, cada um de nós deve agir por sua iniciativa, apoiar o Governo também, fazendo um pouco mais de trabalho. embora o Governo tenha que ser o primeiro a actuar. Os organismos governamentais servem de pioneiros, mas que não se arranje um Quanto ao planeamento referido pelo Sr. Deputado Ung, pretexto para pedir que seja o Governo o primeiro a actuar e só concordamos em pleno. De facto, um bom planeamento necessita de depois dos resultados é que os outros actuam. Se olharmos para o dados e estatísticas, para que as acções sejam bem preparadas. ambiente desta forma, nem daqui a dez ou vinte anos chegamos lá. Os efeitos só se farão sentir mediante o trabalho conjunto do Sobre o problema da Horta e Costa, há pouco, alguns Srs. 54 澳門特別行政區立法會會刊—第一組 第IV - 19期—2010年3月31日及4月1日

Deputados falaram sobre a obra. A mesma afecta, de facto, muitas Instituto de Habitação, está também a ser estudada a forma de lojas, e muitos residentes estão atentos à obra. Nas Linhas de Acção incentivar a participação na assembleia de condóminos. O problema Governativa não adiantei pormenores, mas dou-vos aqui uns envolve questões jurídicas a nível mais profundo, mormente o números que os meus colegas me deram. Em finais de Abril, vamos Código Civil. Iremos estudar o assunto com os Serviços de Justiça, realizar um inquérito sobre a obra da rede de drenagem na Avenida em profundidade, para impulsionar a administração dos prédios a Horta e Costa, para recolher a opinião dos residentes e, depois dessa vários níveis ou as assembleias de condóminos, portanto, recolha, os dados serão analisados antes de decidirmos acerca da melhorando as acções. calendarização da obra. Na altura, vou fazer uma apresentação pública. Espero que os residentes e as lojas prestem atenção à mesma. A respeito dos autocarros ou dos contratos de concessão, que o Sr. Deputado Pereira Coutinho referiu, mormente a renovação dos Em relação às construções clandestinas e às pensões ilegais, contratos, designadamente, o problema do emprego de alguns concordo que o assunto deve ser estudado a vários níveis, não motoristas. A questão não diz respeito apenas aos autocarros, mas bastando uma ou duas medidas para resolver o problema. Vamos também a outros contratos por renovar. É provável que nem todos fazer o possível para encontrar as soluções para resolver de vez o tenham actuado correctamente, com o que concordo. Mas, temos que problema das construções clandestinas. Agradeço também a questão, admitir que nunca negligenciámos esta matéria. Por exemplo, na que o Sr. Deputado Ung levantou, relativa aos elevadores. Penso que Central de Incineração a maior parte dos trabalhadores continua a os meus colegas irão estudar a questão em profundidade quando trabalhar lá, embora, como é óbvio, tenham surgido alguns depois regressarem ao trabalho. obstáculos durante o processo. Graças ao apoio das respectivas associações de trabalhadores, já temos solução para os casos futuros, Quanto à administração dos prédios, os mediadores do sector aquando da renovação dos contratos: faz-se a transferência dos imobiliário, etc.: tenho aqui alguns dados, leis ou regulamentos que trabalhadores da empresa que for dispensada para a nova estamos a elaborar, nomeadamente, sobre o regime jurídico do concessionária. Dispomos de um tratamento para o futuro caso dos serviço de administração dos prédios e do respectivo pessoal de autocarros. É uma disposição que consta no processo do concurso. administração. Em 2008 e 2009 fizemos duas consultas públicas. Sobre esta matéria, peço igualmente ao Sr. Director Wong para Concluímos também os relatórios das consultas que neste momento proceder adequadamente às respectivas diligências. Aliás, tal como se encontram na fase final de redacção da proposta. Vamos esforçar- têm visto, o Sr. Director Wong não tem parado nestes dias. Não se nos no sentido de concluir o processo legislativo ainda este ano. trata apenas de uma cláusula para a defesa dos trabalhadores das companhias de autocarros, mas ele ouviu-os um por um, Sobre o regime do centro de arbitragem da administração dos pessoalmente, registando as suas opiniões, compreendendo as suas prédios, já concluímos a proposta de lei, prevendo que ainda este ano dificuldades, por forma a dar-lhes efectivamente prioridade e a esteja em condições de ser criado. conhecer a sua situação concreta, idade, estado físico ou mesmo preparação técnica, etc., para que o clausulado dos novos contratos Relativamente aos mediadores do sector imobiliário, os Serviços venha a defender os interesses destes trabalhadores, mormente na da área de justiça responsabilizam-se pela redacção da proposta de questão do seu emprego. lei. Vamos entrar em franco diálogo com eles e esperamos que a lei venha a ser concluída e entre em processo legislativo em breve. Quanto à questão da aviação, que foi referida pelo Sr. Deputado Chan Chak Mo, queria falar novamente sobre os contratos de Quanto ao problema dos parques de estacionamento do Fai Chi concessão. A companhia do aeroporto detém de facto alguns serviços Kei, penso que o Sr. Director Wong está atento a ele e creio que exclusivos, anteriores a 1995, mas, como se verificou a caducidade depois vai tratar da questão. de alguns contratos, já deixou de os ter. Outros serviços exclusivos vão acabar, também, aos poucos, e, depois do seu termo, não vamos Quanto à escolha da empresa de consultadoria, a pergunta do Sr. renovar os respectivos contratos, para melhorar a gestão do seu Deputado Lee Chong Cheng, agradeço aqui a opinião. Vamos estar funcionamento. Se não, vejamos: já em 2006, caducou o serviço das atentos também. refeições, que deixou de ser em regime de concessão exclusiva a partir de então. O serviço de pessoal de terra tem o prazo a expirar O Sr. Deputado Chan Chak Mo falou sobre o melhoramento dos neste ano de 2010. A seguir, é o fornecimento de combustíveis, um procedimentos administrativos relativos à emissão de licenças para pouco mais tarde, lá para 2014. Tal como vêem na gestão dos obras, etc., com o que concordo, também. Vamos prosseguir com as contratos de concessão... tendem a terminar gradualmente. respectivas acções de aperfeiçoamento, o que consta, aliás, nas nossas Linhas de Acção Governativa. Se for necessário, vamos Na defesa da protecção ambiental, referi-me há pouco às grandes orientar-nos por itens, por exemplo, quando se tratar de linhas de orientação. Há instantes, alguns Srs. Deputados, tal como estabelecimentos de comidas. Agradeço-lhe que me apresente a ontem, disseram-se atentos ao problema da introdução dos questão em concreto, pois iremos fornecer-lhe os respectivos dados. automóveis ecológicos. A nível da poluição do ar, uma das maiores fontes poluentes é a produção de electricidade e, para além disso, os Quanto aos futuros pareceres dos Serviços de Protecção transportes terrestres. Por isso, na produção de energia eléctrica, Ambiental, vamos analisar o assunto, ponderando sobre se, no apontamos para o gás natural. No futuro, vamos pensar em como âmbito dos diferentes Serviços, pode ser agilizado o processo de intensificar os nossos esforços neste sentido, havendo de facto uma elaboração de pareceres, tal como com a solução one stop do grande margem de manobra para melhoramentos, mas isto requer Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais. Vamos estudar a grandes investimentos, razão por que não nos atrevemos a tomar questão. medidas à pressa.

Queria falar ainda um pouco sobre o que o Sr. Deputado Vong Hin Mas, em termos de viaturas, neste caso, há margem para tal, Fai disse, a respeito da administração dos prédios. A nível do porque a nível mundial a indústria automóvel está a pender para o N.º IV-19 — 31-3 e 1-4-2010 Diário da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau — I Série 55 fabrico de automóveis ecológicos. Macau é um lugar muito pequeno, dificuldades num futuro próximo. dependendo do resto do mercado mundial e portanto se quisermos carros eléctricos ou híbridos, também temos que atender ao que o Agora vou falar também sobre a questão dos terrenos. O Sr. mercado oferece. Quando a sua procura for maior, as escolhas Deputado Pereira Coutinho referiu-se há pouco às casas do Governo, aumentam. Quanto aos descontos na carga fiscal, vamos conclui-los aos prédios para os funcionários, etc., o que não tem a ver apenas ainda este ano. No entanto, temos ainda que olhar para as tendências com a política de habitação, mas também com os benefícios dos de desenvolvimento do mercado, porque isto implica, por exemplo, o trabalhadores públicos. Penso que a concessão de terrenos, no recarregamento das baterias dos carros eléctricos. Implica a âmbito das obras públicas e transportes, se conjuga com a estratégia disponibilização de instalações de apoio, em articulação com o global da RAEM, por exemplo, a nível do turismo, saúde pública, desenvolvimento da questão, por parte dos serviços competentes do etc. Atendendo à prioridade em questão, vamos coordenar a Governo, de forma a aumentar a proporção dessas viaturas concessão de terrenos nessa conformidade. ecológicas para uso particular.

O problema do fumo dos óleos tem a ver com o ar. Quanto à Quanto ao preço das habitações no futuro, muito se tem dito. Em resolução do problema colocado pela Sr.ª Deputada Chan Mei Yi, termos de disponibilização de terrenos, de facto, a autorização dada estamos também muito atentos a isso. A partir da criação do Fundo pelo Governo Central o ano passado, de uma área total de 350 para a Protecção Ambiental e de algumas tecnologias, vamos apoiar hectares para nossa utilização futura... fizemos a avaliação em causa algumas pequenas ou microempresas a resolverem a questão do e, a longo prazo, independentemente de se destinar à construção de fumo dos óleos. Sabemos que se o problema não for habitações públicas ou privadas, é suficiente. Os aterros só estarão convenientemente resolvido causará distúrbios a muitos moradores concluídos dentro de dois a três anos, ou mesmo três a quatro anos, dos pisos superiores. Mas, será que temos que emitir outra licença para se poder construir. Mas, ao longo da conclusão das obras de por causa destes fumos? Tal como o Sr. Deputado Chan Chak Mo aterro poderão ser feitas algumas transferências, em consonância afirmou há pouco, com tantos requisitos não será que estamos a criar com as necessidades gerais do mercado, aumentando a oferta, o que mais chatices às pequenas empresas? De uma maneira geral não é permite um acerto no preço das habitações, em conjugação com a nossa intenção criar muitas licenças, mais procedimentos capacidade dos residentes. É certo que vamos ser práticos nesta administrativos, mas sim ajudar as pequenas e microempresas a matéria, pois vamos atender à situação concreta, mas posso adiantar- resolverem, de facto, o problema do fumo dos óleos, para que os vos que temos terrenos, embora não de imediato. Também iremos moradores dos pisos superiores possam viver em paz. Quanto a isto, proceder a uma alteração dos edifícios industriais ou comerciais, o no futuro vamos recorrer ao Fundo de Protecção Ambiental, para que pode ser concluído muito em breve. Pedi também aos Serviços prestar apoio técnico e, como tal, iremos ponderar melhor esta de Obras Públicas para criarem uma modelo de aprovação acelerada, questão. para que estes edifícios possam ser lançados no mercado e possam ser registados o mais depressa possível e, com efeito, os colegas já Já me referi à questão da poupança de água. Mas, quanto ao me deram os dados, havendo ainda bastantes. Esperamos que o problema que o Sr. Deputado Chan Wai Chi colocou, e com o qual reordenamento urbanístico, depois do planeamento por zonas, possa concordamos, tendo em vista a construção de uma sociedade dar lugar aos pedidos para aprovação dos projectos, já no próximo economizadora de água, há que atender a todos os níveis, ou seja, ano. Depois da aprovação dos projectos, sobretudo para as não necessariamente com a reutilização de água reciclada, com os habitações de menores dimensões, em consonância com a alteração cortes nos custos, pois o regime das tarifas, que é uma base muito do planeamento urbanístico, deverá ser criado um meio de aprovação importante, também, impõe a mobilização de esforços. Não vamos rápida, ajudando os investidores a lançarem-nas mais depressa no orientar-nos apenas pela questão do preço, queremos fazer as coisas mercado, aumentando assim a oferta, e controlando o preço das de forma integrada, para que as empresas, sobretudo as mesmas. Trata-se, também, de uma tarefa importante para este ano e microempresas, possam, dentro das suas possibilidades e através de para o próximo. meios tecnológicos e com apoio, tentar melhorar os seus equipamentos, etc., minimizando o consumo de água. Mas, a nível Presidente: Sr. Secretário Lau: das tarifas, temos que lhes dar a devida importância, porque, segundo um estudo feito por uma instituição técnica, tal constitui um Estamos quase na hora. elemento fundamental, porque é muito difícil dependermos apenas da publicidade e da educação. Queremos promover acções de poupança em várias frentes e em vários níveis, para que sejam mais Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Lau Si Io: eficazes. De facto, já se está a verificar uma grande seca na zona Está mais ou menos. sudoeste da China e, como tal, temos que reflectir seriamente sobre isto. No passado, entre 2004 e o ano passado, havia anualmente o Presidente: Uma vez que no âmbito da tutela do Sr. Secretário problema da salinidade, recorrendo-se sempre ao apoio a montante Lau haverá ainda oportunidade para aqui vir apresentar alguns temas do Rio das Pérolas. Mas, eles lá também têm falta de água e, como específicos e realizarmos os respectivos debates, entre o dia 16 e o tal, como pedir-lhes para ajudarem ainda mais? Não podemos dia 1 de Abril, damos por concluído o debate das Linhas de Acção continuar a abrir as torneiras, sem fazer uma poupança de água. Não Governativa. Já todos estão cansados. faz sentido? Como enfrentar a população que reside no interior da China, que se debate com problemas de seca todos os dias? Desta Declaro encerrada esta sessão. forma, temos que pensar em todas as soluções possíveis para a poupança de água e, como tal, não iremos recorrer apenas a uma única solução. A longo prazo, temos que considerar que a água é cada vez mais escassa, porque não somos só nós que temos pouca. Intérpretes-Tradutores: Gabinete de Tradução As pessoas que nos podem ajudar também vão ter de enfrentar Redactores: Gabinete de Registo e Redacção