Antônio Bento E a Vanguarda Artística Brasileira No Final Da Década De 1950

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

Antônio Bento E a Vanguarda Artística Brasileira No Final Da Década De 1950 44 Antônio Bento e a vanguarda artística brasileira no final da década de 1950 Ana Paula França Carneiro da Silva Este artigo fomenta a discussão sobre as diferentes vertentes da abstração desenvolvi- das no Brasil, analisando o discurso crítico de Antônio Bento e seu empenho em defen- der a arte informal como a verdadeira vanguarda brasileira em face da arte concreta e neoconcreta. Crítica de arte, Antônio Bento, arte informal, vanguarda artística. A partir do século 19 e, mais ainda, das van- tante de sua terra natal, por meio de um guardas do século 20, uma crítica de arte já periódico sediado na cidade do Rio de Ja- não podia ser simplesmente descritiva ou neiro, que sua contribuição no certame da interpretativa. À medida que a arte perdia a crítica de arte se consolida e sua reputação nitidez de sua função sob nova constituição de defensor da tendência informal na abs- social, calcada em outros meios e modos de tração em território nacional se delineia. produção, a cisão entre o artista e a socie- O tipo de arte abstrata, denominado infor- dade tornava-se mais evidente. Essa fissura mal, expressionista abstrato ou tachista, sem foi o preço pago pela autonomia artística e, unanimidade ou precisão, defendido pelo crí- ao mesmo tempo, reforçou a necessidade tico Antônio Bento, ganha mais visibilidade de um mediador, alguém que pudesse, de através das principais exposições realizadas alguma maneira, restabelecer os laços per- nos últimos anos da década de 1950, espe- didos. É dentro desse quadro, traçado pela cialmente, da IV e V edições da Bienal Inter- modernidade, que a relevância do exercício nacional de São Paulo. Logo, enquanto al- crítico será considerada também em terri- guns profetizavam a morte da pintura, ou- tório nacional. No Brasil, reflexões sobre a tros artistas, denominados ainda pintores e natureza da crítica de arte e sobre o papel gravadores, produziam seus melhores traba- do profissional que a exerce ocuparam em lhos. Manabu Mabe, Fayga Ostrower, Frans muitas ocasiões as colunas especializadas Kracjberg, Tomie Ohtake, Tikashi Fukushima, presentes em periódicos de grande circula- Loio Pérsio, Yolanda Mohalyi, entre outros, ção. Uma dessas colunas era assinada por adentram a década de 1960 produzindo Antônio Bento (1902-1988), crítico dentro dessa tendência, largamente desen- paraibano que estudou direito e foi eleito volvida nos EUA e na Europa. Concomitan- mais de uma vez deputado estadual no Nor- temente, faz-se presente intensa discussão Antônio Bandeira crítica sobre suas produções e premiações, deste. Apesar da origem nordestina, foi na Village tranquille, 1957 alimentando a polêmica sobre a relevância Óleo sobre tela, cidade de São Paulo o início de sua estreita de suas realizações. 55 x 46cm relação com a arte e o contato íntimo com Fonte: Retrospectiva Antônio 1 Bandeira. Catálogo de exposição, o trabalho da pioneira geração de moder- Nesse sentido, a coluna Artes do jornal São Paulo: Masp, Rio de Janeiro: MAM, 1995 nistas brasileiros. Do mesmo modo, foi dis- Diário Carioca foi importante espaço de arti- A R T I G O • A N A P A U L A F R A N Ç A C A R N E I R O D A S I L V A 45 culação teórica. Com regularidade, Antônio da abstração no contexto cultural brasileiro Bento publicou nessa coluna textos que con- ganha dimensões mais definidas. Antônio templaram não só as artes visuais, mas tam- Bento não se isentou do novo desafio e as- bém música, teatro e dança, entre outras sumiu a tarefa de ensinar a compreender artes. À medida que realizava seu contínuo inclusive o tipo de arte que não recorre à exercício, o crítico esforçava-se para mos- representação de figuras do mundo visível. trar os princípios que regiam e justificavam Para a realização de seus desígnios, em nome seu espaço cativo. Levando em considera- da acessibilidade e objetividade, investe no ção essencialmente a função de restabele- desmantelamento de certos equívocos. O cer o contato estremecido entre a arte e a principal deles, segundo o crítico, seria a rela- sociedade, empenhava-se também em evi- ção ainda corrente entre Concretismo e arte denciar sua aversão à figura estereotipada de vanguarda. Em artigo homônimo, 3 publi- de crítico das “elites”. Segundo Antônio Ben- cado em inícios de 1957, ano em que a arte to, o meio de circulação determinava a ade- informal seria destaque na quarta edição da quação dos métodos aos quais o crítico de Bienal Internacional de São Paulo, sua iniciati- arte deveria recorrer e o jornal era veículo va muito provavelmente visa preparar o ter- direcionado à “massa”, portanto, o conteú- reno para a aceitação de obras abstratas mui- do do texto crítico nele impresso não po- to diferentes daquelas que receberam as deria apresentar linguagem inacessível ao maiores atenções nas primeiras edições des- público a que era direcionado. Em A pintura se evento. Segundo sua tese, principalmente moderna e sua crítica,2 Antônio Bento afir- depois da Segunda Guerra Mundial, ma que a “(...) crítica de arte deve ter em vista, antes de tudo, o esclarecimento do O concretismo já foi, efetivamente, ul- público, ao qual se dirige diretamente”, por- trapassado no Velho Mundo e nos Es- tanto, considera díspar a apreciação analítica tados Unidos onde a arte de vanguar- da arte feita para o público especializado e da de tipo geométrico não tem a me- aquela veiculada na imprensa. Além disso, nor cotação nos meios de vanguarda, aposta na superioridade da última sobre a embora ainda seja vendida em algumas primeira justamente por sua maior abran- galerias. gência e acessibilidade. Não afirma, contu- Esclarece, desse modo, que o ápice do do, que a primeira seja totalmente dispensá- concretismo já havia passado e que o movi- vel, mas defende que a crítica dedicada à mento chegara atrasado no Brasil, até mes- audiência de iniciados só deveria circular em mo depois de ter alcançado a Argentina. forma de livros e com tiragem limitada. Portanto, afirma que “hoje a vanguarda da abstração já não se encontra entre os Sob esses preceitos, Antônio Bento escreve concretistas e sim em seus contrários, os uma série de artigos em busca de esclarecer adeptos da arte informal ou anti-intelectual seu grande público quanto às particularida- e com os tachistas”. des da arte moderna e de suas mais autênti- cas e atuais manifestações. Sua íntima rela- Apesar do caráter categórico de sua obser- ção com os primeiros modernistas brasilei- vação, o crítico afirma não ter nada contra ros já foi mencionada; entretanto, o recorte os concretistas. “Quero apenas ser objeti- temporal que delimita o tema deste artigo vo”, explica, “ao mesmo tempo em que pre- refere-se a momento subseqüente, em que tendo situar o movimento em sua exata a situação controversa gerada pela inserção perspectiva histórica”. Enfatizando o fato de 46 não desejar tomar partido do concretismo, ções mais consistentes para sustentar os nem contra, nem a favor, reforça que sua motivos pelos quais a arte informal ocupava intenção é apenas “mostrar que esse não é o posto de vanguarda atual e, conseqüente- mais um movimento de vanguarda como mente, justificar sua superioridade. Nessa aqui se apregoa”. Nota-se como o conceito tarefa, a imparcialidade muitas vezes cede de objetividade crítica de Antônio Bento lugar ao ataque direto ao concretismo e seus constitui-se na dependência de uma postu- postulados. ra imparcial,4 e, por esse motivo, o crítico considera necessário esclarecer para seus lei- Já no momento da introdução e expansão tores e demais interessados que a resistên- do não-figurativismo no Brasil, ainda nos anos cia quanto à pretensa atualidade da arte con- 40, destaca-se a constituição de fortes rea- creta nada tem de partidário. Seu desígnio é ções e debates. Nesse momento, a atitude respeitar o desenvolvimento histórico da ofensiva diante da abstração estava atrelada, arte, e, nesse raciocínio, a arte informal seria principalmente, ao engajamento a questões necessariamente mais avançada do que aque- sociais, manifestado por artistas preocupa- la que a antecedeu. Apesar de seu critério dos em preservar o caráter realista da arte.5 parecer fundamentalmente cronológico, Nos anos seguintes, a segmentação da pro- Antônio Bento tem que recorrer a explica- posta artística abstrata em diferentes tendên- Anna Bella Geiiger Sem título, 1966 Água-tinta e relevo, 34,5 x 35cm Fonte: Coleção particular, Gravura Arte Brasileira do século XX, São Paulo: Itaú Cultural, 2000, foto de Romulo Fialdini A R T I G O • A N A P A U L A F R A N Ç A C A R N E I R O D A S I L V A 47 cias acirra-se consideravelmente, originando na do Rio de Janeiro (e apresentada por mais um importante foco de conflitos. Ape- Mário Pedrosa).8 O artigo é iniciado com a sar de a polêmica entre figurativos e abstra- seguinte pergunta: “Estará o ‘Grupo Frente’ tos manter-se acesa, a hegemonia de gran- na vanguarda artística brasileira?” Segundo o des nomes da arte nacional como Di crítico de arte, “Seus componentes acredi- Cavalcanti e Candido Portinari já havia sido tam que isso de fato se verifique, mas esta é quebrada, abrindo espaço para a legitimação uma mera suposição, sem base na realida- da arte abstrata. Diante de acontecimentos de”. Para Antônio Bento, esse tipo de enga- significativos, como as exposições de artis- no, entretanto, aconteceu seguidamente, pois tas estrangeiros, e, especialmente, das edi- muitos artistas que consideravam sua pro- ções da Bienal de São Paulo, o esgotamento dução artística a mais avançada foram des- da representação da realidade mostrou-se mascarados pela história e crítica da arte. conceito genérico demais e insuficiente para Reconheceram, em seus lugares, as obras de abordar todo tipo de realização abstrata.
Recommended publications
  • November Artists of the Western Hemisphere: Precursors of Modernism 1860- 1930 Dr
    1967 ● September – November Artists of the Western Hemisphere: Precursors of Modernism 1860- 1930 Dr. Atl (Gerardo Murillo), Juan Manuel Blanes, Humberto Causa, Joaquín Clausell, Maurice Gallbraith Cullen, Stuart Davis, Thomas Eakins, Pedro Figari, Juan Francisco González, Childe Hassam, Saturnino Herrán, Winslow Homer, George Inness, Francisco Laso, Martín Malharro, John Marin, Vicente do Rego Monteiro, James Wilson Morrice, José Clemente Orozco, Amelia Peláez, Emilio Pettoruti, José Guadalupe Posada, Maurice Brazil Prendergast, Armando Reverón, Diego Rivera, Julio Ruelas, Albert P. Ryder , Andrés de Santa María, Eduardo Sivori , Joseph Stella, Tarsila do Amaral, Tom Thomson, Joaquín Torres-García, José María Velasco Elyseu d’Angelo Visconti Curator: Stanton Loomis Catlin ● December 1967 – January 1968 Five Latin American Artists at Work in New York Julio Alpuy , Carmen Herrera, Fernando Maza, Rudolfo Mishaan, Ricardo Yrarrázaval Curator: Stanton Loomis Catlin 1968 ● February – March Pissarro in Venezuela Fritz George Melbye, Camille Pissarro Curator: Alfredo Boulton ● March – May Beyond Geometry: An Extension of Visual-Artistic Language in Our Time Ary Brizzi, Oscar Bony, David Lamelas, Lía Maisonave, Eduardo Mac Entyre, Gabriel Messil, César Paternosto, Alejandro Puente , Rogelio Polesello, Eduardo Rodríguez, Carlos Silva, María Simón, Miguel Angel Vidal Curator: Jorge Romero Brest ● May – June Minucode 1 Marta Minujín ● September From Cézanne to Miró1 Balthus (Balthazar Klossowski de Rola), Max Beckmann, Umberto Boccioni, Pierre Bonnard,
    [Show full text]
  • IMAGENS DA IMIGRAÇÃO EUROPEIA NAS PINTURAS DE PEDRO WEINGÄRTNER: Representação Do Imigrante E Do Processo De Colonização (Século XIX E XX)
    UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS UNIDADE ACADÊMICA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA NÍVEL MESTRADO CYANNA MISSAGLIA DE FOCHESATTO IMAGENS DA IMIGRAÇÃO EUROPEIA NAS PINTURAS DE PEDRO WEINGÄRTNER: Representação do imigrante e do processo de colonização (Século XIX e XX) SÃO LEOPOLDO 2015 1 CYANNA MISSAGLIA DE FOCHESATTO IMAGENS DA IMIGRAÇÃO EUROPEIA NAS PINTURAS DE PEDRO WEINGÄRTNER: Representação do imigrante e do processo de colonização (Século XIX e XX) Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção de título de Mestre, pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS. Área de concentração: Estudos Históricos Latino-Americanos. Orientador: Prof. Dr. Marcos Antonio Witt. SÃO LEOPOLDO 2015 2 F652i Fochesatto, Cyanna Missaglia de. Imagens da imigração europeia nas pinturas de Pedro Weingärtner : representação do imigrante e do processo de colonização (século XIX e XX) / Cyanna Missaglia de Fochesatto. – 2015. 191 f. : il. ; 30 cm. Dissertação (mestrado) – Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Programa de Pós-Graduação em História, 2015. "Orientador: Prof. Dr. Marcos Antonio Witt. ” 1. Weingärtner, Pedro, 1853-1929. 2. Imigrantes – Rio Grande do Sul. 3. Rio Grande do Sul – Colonização. 4. Arte brasileira – Séc. XIX. 5. Arte brasileira – Séc. XX. I. Título. CDU 93/94 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Bibliotecário: Flávio Nunes – CRB 10/1298) 3 CYANNA MISSAGLIA DE FOCHESATTO IMAGENS DA IMIGRAÇÃO EUROPEIA NAS PINTURAS DE PEDRO WEINGÄRTNER: Representação do imigrante e do processo de colonização (Século XIX e XX) Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção de título de Mestre, pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS.
    [Show full text]
  • À Procura De Objetos Gritantes: Um Estudo Da Narrativa De Clarice Lispector
    UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA BRASILEIRA À procura de objetos gritantes: um estudo da narrativa de Clarice Lispector Joelma Santana Siqueira São Paulo 2008 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA BRASILEIRA À procura de objetos gritantes: um estudo da narrativa de Clarice Lispector Joelma Santana Siqueira Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Literatura Brasileira do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, para obtenção do título de Doutor em Letras. Orientador: Prof. Dr. José Miguel Wisnik. São Paulo 2008 2 Para meus pais: Feliciano (em memória) e Ana Maria. 3 AGRADECIMENTOS Ao professor José Miguel Wisnik, pela orientação generosa, que nos permitiu ver e ouvir juntos a narrativa clariciana. Ao colegiado do Departamento de Letras da Universidade Federal de Viçosa, pelo apoio e pela aprovação da licença que possibilitou o período de dedicação exclusiva à pesquisa. À Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal de Viçosa, em especial, às funcionárias Margarida e Suely, pelo serviço eficaz e atencioso. À Fundação Arthur Bernardes, pela bolsa que viabilizou minha permanência na cidade de São Paulo durante o período de dedicação exclusiva à pesquisa. Aos professores Jaime Ginzburg e João Adolfo Hansen, pela leitura atenta do relatório de qualificação, da qual decorreram sugestões importantes para o andamento da pesquisa. À Fundação Casa de Rui Barbosa, pelo atendimento prestado aos pesquisadores do Arquivo-Museu de Literatura Brasileira.
    [Show full text]
  • Artes Visuais
    MINISTÉRIOMINISTÉRIO DADA CULCULTURATURA Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva Ministro da Cultura Gilberto Gil Presidente da Funarte Antonio Grassi Chefe de Gabinete Myriam Lewin CENTRO DE ARTES CÊNICAS CENTRO DE ARTES VISUAIS CENTRO DE MÚSICA CENTRO DE PROGRAMAS INTEGRADOS CENTRO DE FOLCLORE E CULTURA POPULAR DEPARTAMENTO DE CINEMA E VÍDEO ASSESSORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PRONAC BALANÇO DO ANO DE 2003 O grande desafio enfrentado pela Funarte em 2003 foi o resgate dos seus valores através das diretrizes que sempre nortearam a rica histó- ria da Instituição. Redimensioná-la para o presente, inserindo novos debates em um grande programa de política cultural de alcance nacio- nal é uma das metas que esta gestão vem desenvolvendo. Para isso contamos com o apoio do corpo técnico. Mesmo em número reduzido, acreditou nas propostas do novo governo e trabalhou para que a Fundação recuperasse sua relevância como modelo que sempre esteve à frente de seu tempo no cenário artístico e cultural do país. A cultura retoma seu lugar no cenário político e começamos nossas atividades abrindo o debate, ouvindo os artistas, produtores cultu- rais, críticos, professores, a sociedade civil organizada e o público em geral. Foram realizados seminários nas áreas de música, artes cênicas, artes visuais. Os resultados desses encontros levaram ao redimensi- onamento das ações da Funarte para atender às demandas da classe. Novas ações que atendem de forma mais efetiva aos interesses da ca- tegoria foram criadas. O objetivo: a construção de políticas e projetos à altura da diversidade do povo e da cultura brasileira. Foi fundamental a mudança da estrutura organizacional do Ministério da Cultura, cumprindo compromisso de campanha do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
    [Show full text]
  • Álvaro Luiz Pantoja Leite a CONSTRUÇÃO PEDAGÓGICA DE
    Álvaro Luiz Pantoja Leite A CONSTRUÇÃO PEDAGÓGICA DE SUJEITOS EM PROCESSOS FORMATIVOS – uma experiência com educadores e educadoras sociais no nordeste brasileiro Tese apresentada à Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, para obtenção do grau de Doutor em Ciências da Educação Orientadores: Prof. Dr. José Alberto de Vasconcelos Correia Profa. Dra. Rosa Soares Nunes 2013 ii DEDICATÓRIA Ao professor e orientador João Francisco de Souza (em memória) Ao amigo e mestre Luiz Carlos de Araújo Filho (em memória) iii AGRADECIMENTOS Ao saudoso professor João Francisco de Sousa, quem teve a ideia desse projeto de investigação e me levou pela mão ao Programa Doutoral da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto. Ao professor José Alberto Correia, por ter apostado desde o início no meu projeto. Aos professores, às professoras e aos/às colegas do Programa Doutoral em Ciências da Educação da FPCE-UP, pelo convívio estimulante e as aprendizagens compartilhadas. À Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT - Portugal), pelo apoio financeiro através de uma Bolsa de Doutoramento, sem a qual esse trabalho não teria tido as condições materiais de realização. À professora Rosa Soares Nunes, pela acolhida carinhosa, escuta atenta, partilha generosa, entusiasmo e acompanhamento dedicado na orientação da escrita dessa tese. À amiga e aos amigos de longa data Carmen Sílvia Silva, Ivandro Sales, Pedro Pontual e Reinaldo Fleuri, aos professores Carlos R. Brandão e Danilo Streck, às professoras Nadir Azibeiro e Elza Falkembach, parceiras e parceiros no campo da Educação Popular no Brasil, por tudo o que bebi e de que me alimentei nos seus textos para escrever o meu.
    [Show full text]
  • INTERMÍDIAS NA SALA DE AULA: Ler, Comunicar, Criar, Fazer
    UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UnB INSTITUTO DE ARTES DEPARTAMENTO DE ARTES CÊNICAS MESTRADO PROFISSIONAL EM ARTES – PROFARTES INTERMÍDIAS NA SALA DE AULA: ler, comunicar, criar, fazer ANDRÉIA MELATI BRASIL Brasília 2020 ANDRÉIA MELATI BRASIL INTERMÍDIAS NA SALA DE AULA: ler, comunicar, criar, fazer Dissertação apresentada como requisito parcial à obtenção do título de Mestre ao Programa de Mestrado Profissional em Artes ProfArtes. Instituto de Artes. Departamento de Artes Cênicas. Linha de pesquisa: Abordagens teórico-metodológicas da prática docente. Orientador: Prof. Dr. José Fernando Marques de Freitas Filho Brasília 2020 Ficha catalográfica elaborada automaticamente, com os dados fornecidos pelo(a) autor(a) MM517i Melati Brasil, Andréia Intermídias na sala de aula: ler, comunicar, criar, fazer / Andréia Melati Brasil; orientador Prof. Dr. José Fernando Marques de Freitas Filho. -- Brasília, 2020. 115 p. Dissertação (Mestrado - Mestrado em Artes) -Universidade de Brasília, 2020. 1. Arte. 2. Linguagens artísticas. 3. Intermídias. 4. Educação. I. Marques de Freitas Filho, Prof. Dr. José Fernando, orient. II. Título. ANDRÉIA MELATI BRASIL INTERMÍDIAS NA SALA DE AULA: ler, comunicar, criar, fazer Dissertação apresentada como requisito parcial à obtenção do título de Mestre ao Programa de Mestrado Profissional em Artes ProfArtes. Instituto de Artes. Departamento de Artes Cênicas. Banca Examinadora ______________________________________ Prof. Dr. José Fernando Marques de Freitas Filho (Presidente) ______________________________________ Prof. Dr. Felipe Canova Gonçalves (Membro externo UnB) ______________________________________ Prof. Dr. Rafael Litvin Villas Bôas (Membro interno ProfArtes) ______________________________________ Profa. Dra. Maria Cristina de Carvalho Cascelli de Azevedo (Membro suplente ProfArtes) Brasília 2020 AGRADECIMENTOS A Deus, pela vida em plenitude. Ao incentivo de minha família. Agradeço de forma especial ao meu Orientador Prof.
    [Show full text]
  • Poéticas Da Criação, E.S. 2012 Territórios, Memórias E Identidades Seminário Íbero-Americano Sobre O Processo De Criação 5 a 8 De Dezembro De 2012, Vitória E.S
    Poéticas da Criação, E.S. 2012 Territórios, memórias e identidades Seminário Íbero-Americano sobre o Processo de Criação 5 a 8 de dezembro de 2012, Vitória E.S. Poéticas da Criação, E.S. 2012 Territórios, memórias e identidades Seminário Íbero-Americano sobre o Processo de Criação 5 a 8 de dezembro de 2012, Vitória E.S. Conselho científico Editor Almerinda Lopes; Aissa Guimarães; Ângela Gran- José Cirillo do Bezerra; Aparecido José Cirillo; Cecília Almeida Salles; Cesar Floriano dos Santos; Clara Miranda; Organização Diana Ribas; Gisele Ribeiro; Luís Jorge Gonçalves; José Cirillo Pilar M. Soto Solier; Teresa Espantoso Rodrigues; Ângela Grando Teresa Fernanda García Gil; Marta Strambi; Maria de Fátima Morethy Couto; Maria Regina Rodri- Imagem da capa gues; Ricardo Maurício Gonzaga; Silvia Anastácio Detalhe da obra de Hilal Sami Hilal, Guerra; Waldir Barreto. fotografia de Eduardo Ortega Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP C578 Cirillo, José, Org.; Grando, Ângela, Org. Poéticas da Criação, E.S. 2012. Territórios, memórias e identidades. / Organização de José Cirillo e Ângela Grando. – São Paulo: Intermeios, 2012. Seminário Íbero-Americano sobre o Processo de Criação 5 a 8 de dezembro de 2012, Vi- tória - Espírito Santo ISBN: 978-85-64586-39-0 1. Crítica Textual. 2. Arte. 3. Crítica Genética. 4. Criação Artística. 5. Criação Literária. 6. Criatividade. 6. Processo de Produção. 7. Produção Literária. 8. Pro- cesso de Criação. I. Título. II. Poéticas da criação. III. Territórios, memórias e identidades. IV. Seminário Íbero-Americano sobre o Processo de Criação. V. Cirillo, José, Organizador. VI. Grando, Ângela, Organizadora. VII. ntermeios - Casa de Livros e Artes.
    [Show full text]
  • Entrevista Com Ricardo Beliel
    Entrevista com Ricardo Beliel Entrevista com Ricardo Beliel Ricardo Beliel é graduado em Jornalismo (FACHA) e pós-graduado - - em Fotografia nas Ciências Sociais (UCAM), em Comunicação e Políti- cas Públicas (UFRJ) e em Teoria e Prática da Educação de Nível Supe rior (ESPM). Foi professor na Escola Superior de Propaganda e Mar keting (ESPM), na Universidade Estácio de Sá e no Ateliê da Imagem. Também foi jurado do Prêmio PETROBRAS de Jornalismo, em 2018. Ricardo Beliel iniciou seu interesse pelas artes quando foi aluno do curso de Gravura, ministrado por Fayga Ostrower, Ana Letycia e Ruddy Pozzati, no MAM do Rio de Janeiro e no Centro de Estudos de Arte Ivan- Serpa. Em 1973 começa a fotografar, trabalhando com músicos como- Caetano Veloso, Gilberto Gil, Egberto Gismonti e O Terço. Em 1976, en tra para o jornalismo como fotógrafo contratado do jornal O Globo, pas sando depois pela Manchete, Placar, Fatos e Fotos, Veja, Isto É, agência- F-4, Manchete Esportiva, Jornal do Brasil, Greenpeace e O Estado de São Paulo. Foi editor de Fotografia da revista Manchete e subeditor no jor- nal Lance, do qual participou da equipe fundadora. Durante seis anos, fez parte da agência GLMR & Saga Associés em Paris, produzindo re- portagens fotográficas na América Latina e na África. Como jornalista e fotógrafo independente tem trabalhos publicados em Grands Reporta ges, Figaro Magazine, Time, National Geographic, Victory, San Francisco Chronicle, Houston Chronicle, Colors, Geo, La Vanguardia, Los Tiempos, Ícaro, Terra, Próxima Viagem, Marie Claire, Época, Vice, Nova Escola,- Placar, Angola Hoje, entre outras revistas e jornais. - Recebeu da Organização Internacional de Jornalistas o prêmio Inter PressPhoto e da Confederação de Jornalistas da União Soviética o prê mio Alexander Rodchenko, ambos em 1991.
    [Show full text]
  • Rel03 06.Pdf
    1 Presidente da República CENTRO DE ARTES CÊNICAS - Ceacen LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Diretor Antonio Gilberto Ministro de Estado da Cultura Coordenação de Circo GILBERTO GIL Antonio Gilberto (interino) FUNDAÇÃO NACIONAL DE ARTE Diretor da Escola Nacional de Circo José Clementino de Oliveira (Zezo Oliveira) Presidente Coordenação de Teatro ANTONIO GRASSI Marilia Maria Milanez de Lima Diretora Executiva Coordenação de Dança Marcos Lima de Moraes MYRIAM LEWIN Centro Técnico de Artes Cênicas Abílio da Silva Henriques PRESIDÊNCIA CENTRO DE ARTES VISUAIS - Ceav Procuradoria Jurídica Diretor Miguel Lobato Francisco de Assis Chaves Bastos (Xico Chaves) Auditoria Interna Coordenador de Artes Visuais Reinaldo Veríssimo Ivan Pascarelli Coordenação de Comunicação Coordenador da Rede Nacional Artes Visuais Marlene Niches Custódio Nelson Ricardo Martins Coordenação de Difusão Cultural - Brasília Coordenadora de Produção Myriam Lewin (interina) Eliane Longo Representante em São Paulo Coordenadora do Centro de Conservação e Preservação Fotográfica - CCPF Helvio Tamoyo Sandra Baruki Representante em Minas Gerais Mirian Lott CENTRO DA MÚSICA Assessoria Especial da Presidência Diretora Bia Gross Ana de Hollanda Claudia Amorim Júlio Mourão Coordenador de Música Erudita Morgana Eneile Flávio Silva Programa Arte sem Barreiras Coordenador de Música Popular Rita Maria Aguiar Pedro Paulo Malta Programa Nacional de Apoio à Cultura - Pronac Coordenadora - Projeto Bandas Andréa Paes Rosana Lemos Coordenação Geral de Planejamento e Administração CENTRO DE PROGRAMAS
    [Show full text]
  • Funarte E a Arte Brasileira Contemporânea: Políticas Culturais Públicas Do Inap E Ceav
    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE ARTES ANDRÉ GUILLES TROYSI DE CAMPOS ANDRIANI FUNARTE E A ARTE BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA: POLÍTICAS CULTURAIS PÚBLICAS DO INAP E CEAV FUNARTE AND THE BRAZILIAN CONTEMPORARY ART: PUBLIC CULTURAL POLICIES OF INAP AND CEAV CAMPINAS 2016 ANDRÉ GUILLES TROYSI DE CAMPOS ANDRIANI FUNARTE E A ARTE BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA: POLÍTICAS CULTURAIS PÚBLICAS DO INAP E CEAV FUNARTE AND THE BRAZILIAN CONTEMPORARY ART: PUBLIC CULTURAL POLICIES OF INAP AND CEAV Tese apresentada ao Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do título de Doutor em Artes Visuais, na Área de Artes Visuais Thesis presented to Institute of Arts of the University of Campinas in partial fulfillment of the requirements for the degree of Doctor of Visual Arts, in area of Visual Arts ORIENTADOR: Dr. MARCO ANTONIO ALVES DO VALLE ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À VERSÃO FINAL DA TESE DEFENDIDA PELO ALUNO ANDRÉ GUILLES TROYSI DE CAMPOS ANDRIANI E ORIENTADA PELO PROF. DR. MARCO ANTONIO ALVES DO VALLE ASSINATURA DO ORIENTADOR CAMPINAS 2016 Dedico este trabalho à minha querida avó Ivone Oliva Troysi que sempre me apoiou nos estudos e comemorava todas as nossas conquistas. AGRADECIMENTOS Ao Prof. Dr. Marco do Valle, meu grande mestre das artes e da vida, sempre nos ensinando com muita sabedoria. Ao poeta Ferreira Gullar que nos recebeu em sua residência nos esclarecendo suas posições e o seu olhar amplo sobre a arte brasileira contemporânea. Ao artista multimídia e atual diretor do CEAV da FUNARTE, Xico Chaves, por nos fornecer uma extensa entrevista em seu escritório no Palácio Capanema, abrindo as portas da instituição sem melindres, com total liberdade.
    [Show full text]
  • Obras De Arte Do Senado Federal
    SENADO FEDERAL SENADO FEDERAL Obras de arte do Senado Federal Catálogo do Acervo BRASÍLIA – DF 00544.indd 1 09/08/2010 10:38:46 O Conselho Editorial do Senado Federal, criado pela Mesa Diretora em 31 de janeiro de 1997, buscará editar, sempre, obras de valor histórico e cultural e de importância relevante para a compreensão da história política, econômica e social do Brasil e reflexão sobre os destinos do país. Organização: Serviço de Museu e Secretaria de Informação e Documentação Projeto gráfico: SEPRVI – Serviço de Programação Visual da Secretaria Especial de Editoração e Publicações do Senado Federal © Senado Federal, 2010 Congresso Nacional Praça dos Três Poderes s/nº – CEP 70165-900 – DF [email protected] http://www.senado.gov.br/web/conselho/conselho.htm Todos os direitos reservados . Brasil. Congresso Nacional. Senado Federal. Obras de arte do Senado Federal. – Brasília : Senado Federal, 2010. 260 p. : il. 1. Obra de arte, catálogo. 2. Brasil. Congresso Nacional. Senado Federal, catálogo. I. Título. CDD 709.81 . 00544.indd 2 09/08/2010 10:38:46 Obras de arte do Senado Federal 00544.indd 3 09/08/2010 10:38:46 ...................... S ENADO F EDERAL ...................... Mesa Diretora Biênio 2009/2010 Senador José Sarney Presidente Senador Marconi Perillo Senadora Serys Slhessarenko 1o Vice-Presidente 2a Vice-Presidente Senador Heráclito Fortes Senador João Vicente Claudino 1o Secretário 2o Secretário Senador Mão Santa Senadora Patrícia Saboya 3o Secretário 4a Secretária Suplentes de Secretário Senador César Borges Senador Adelmir Santana Senador Cícero Lucena Senador Gerson Camata Conselho Editorial Senador José Sarney Joaquim Campelo Marques Presidente Vice-Presidente Conselheiros Carlos Henrique Cardim Carlyle Coutinho Madruga Raimundo Pontes Cunha Neto 00544.indd 4 09/08/2010 13:07:34 Edições do Senado Federal Obras de arte do Senado Federal .....................
    [Show full text]
  • Ione Saldanha E Fayga Ostrower: Do Figurativo Ao Abstrato
    UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA INSTITUTO DE ARTES E DESIGN PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES, CULTURA E LINGUAGENS Selma Dos Santos Caetano Terto Ione Saldanha e Fayga Ostrower: do figurativo ao abstrato Juiz de Fora 2021 Selma Dos Santos Caetano Terto Ione Saldanha e Fayga Ostrower: do figurativo ao abstrato Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Artes, Cultura e Linguagens, da Universidade Federal de Juiz de Fora como requisito à obtenção do grau de Mestre em Artes, Cultura e Linguagens. Área de concentração: Teorias e Processos Poéticos Interdisciplinares. Linha de Pesquisa: Arte e Moda: História e Cultura. Orientadora: Prof. Dra. Maria Lucia Bueno Ramos Coorientadora: Prof. Dra. Renata Oliveira Caetano Juiz de Fora 2021 Selma Dos Santos Caetano Terto Ione Saldanha e Fayga Ostrower: do figurativo ao abstrato Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Artes, Cultura e Linguagens, da Universidade Federal de Juiz de Fora como requisito à obtenção de Mestre em Artes, Cultura e Linguagens. Área de concentração: Teorias e Processos Poéticos Interdisciplinares. Aprovada em 19 de março de 2021. BANCA EXAMINADORA ______________________________________________________ Dra. Maria Lucia Bueno Ramos – Orientadora Universidade Federal de Juiz de Fora _____________________________________________________ Dra. Renata Oliveira Caetano – Coorientadora Universidade Federal de Juiz de Fora, Colégio de Aplicação João XXIII _________________________________________________________ Dra. Sabrina Parracho Sant’Anna Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro ___________________________________________________________ Dra. Renata Cristina de Oliveira Maia Zago Universidade Federal de Juiz de Fora AGRADECIMENTOS A Deus pelas bênçãos em minha vida. Pela força e vontade de ir em busca sempre de novos conhecimentos. Aos meus pais Elizabeth e Adauto, que lutaram dignamente para que eu chegasse até aqui.
    [Show full text]