Poéticas Da Criação, E.S. 2012 Territórios, Memórias E Identidades Seminário Íbero-Americano Sobre O Processo De Criação 5 a 8 De Dezembro De 2012, Vitória E.S
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Poéticas da Criação, E.S. 2012 Territórios, memórias e identidades Seminário Íbero-Americano sobre o Processo de Criação 5 a 8 de dezembro de 2012, Vitória E.S. Poéticas da Criação, E.S. 2012 Territórios, memórias e identidades Seminário Íbero-Americano sobre o Processo de Criação 5 a 8 de dezembro de 2012, Vitória E.S. Conselho científico Editor Almerinda Lopes; Aissa Guimarães; Ângela Gran- José Cirillo do Bezerra; Aparecido José Cirillo; Cecília Almeida Salles; Cesar Floriano dos Santos; Clara Miranda; Organização Diana Ribas; Gisele Ribeiro; Luís Jorge Gonçalves; José Cirillo Pilar M. Soto Solier; Teresa Espantoso Rodrigues; Ângela Grando Teresa Fernanda García Gil; Marta Strambi; Maria de Fátima Morethy Couto; Maria Regina Rodri- Imagem da capa gues; Ricardo Maurício Gonzaga; Silvia Anastácio Detalhe da obra de Hilal Sami Hilal, Guerra; Waldir Barreto. fotografia de Eduardo Ortega Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP C578 Cirillo, José, Org.; Grando, Ângela, Org. Poéticas da Criação, E.S. 2012. Territórios, memórias e identidades. / Organização de José Cirillo e Ângela Grando. – São Paulo: Intermeios, 2012. Seminário Íbero-Americano sobre o Processo de Criação 5 a 8 de dezembro de 2012, Vi- tória - Espírito Santo ISBN: 978-85-64586-39-0 1. Crítica Textual. 2. Arte. 3. Crítica Genética. 4. Criação Artística. 5. Criação Literária. 6. Criatividade. 6. Processo de Produção. 7. Produção Literária. 8. Pro- cesso de Criação. I. Título. II. Poéticas da criação. III. Territórios, memórias e identidades. IV. Seminário Íbero-Americano sobre o Processo de Criação. V. Cirillo, José, Organizador. VI. Grando, Ângela, Organizadora. VII. ntermeios - Casa de Livros e Artes. CDU 82.09 CDD 801.959 Catalogação elaborada por Ruth Simão Paulino Realização Apoio LEENA PPGA/UFES Sumário Identidades - do corpo ao coletivo O livro invisível: um “solo” amazônico Rômulo do Nascimento Pereira A Escuta do espaço sonoro na obra de Cildo Meireles Elton Ribeiro Pinheiro e Ângela Maria Grando Bezerra A inserção do conhecimento artístico nos processos criativos do corpo performatico Gisela Reis Biancalana Patrimônio e Salvaguarda - O Jongo/ Caxambu no sul do ES Aissa Afonso Guimarães American Photographs de Walker Evans: o fotógrafo artista e a construção de uma identidade americana Cleriston Boechat de Oliveira Sonomórfico 22: considerações sobre um corpo presente e uma consciência ausente Daniele Quiroga Neves e Rebeca Lenize Stumm Dramaturgia Musical: a encenação melódica Doriedison Coutinho de Sant’Ana Apontamentos sobre o processo de criação de Vasconcelos Maia Edna Maria Viana Soares Identidade: códigos intersubjetivos O Sujeito ativo e as preposições de HO Ângela Maria Grando Bezerra e Rodrigo Hipólito dos Santos Deixe-me ver Sandra Maria Correia Favero Há um Devir-escritor? A transposição de impossíveis no ato de criação literária Caroline Maria Gurgel D’Ávila El “apre(he)ndido” arte del TATUAJE CARCELARIO Cecilia Aguilar Castillo Dualidade Poética: Gestualidade e Materialidade nas Obras de Flávio-Shiró Claudia Stringari Piassi Códigos escritos: relação palavra e imagem na práxis artística Eliane Cristina Testa A influência local no ato de criação literária por Clarisse Lispector Ellen dos Santos Oliveira e Vilma Mota Quintela Identidades transitórias na arte contemporânea Emerson Cesar Nascimento Opacidade e transparência: a relação sujeito/não-objeto Fabiana Pedroni Favoreto Identidade: acasos e esquecimentos Esforço – casa de rugas Marcos Paulo Martins de Freitas O ato de espera em uma poética do desenho Glayson Arcanjo de Sampaio Possibilidades, idéias e ações. Estudo de um processo artístico Iara Cerqueira Linhares de Albuquerque Cinema Novo: a antropofagia como modo de produção artístico-cultural – e a condição do artista e intelectual latino-americano Isabel Regina Augusto Escritos de existência: uma fala sobre vida como obra de arte Oriana Maria Duarte de Araujo Apanhadores de desperdícios: ensaio sobre invenções e inutensílios Laila Loddi A poética do resto e a dignidade de pertencer: chaves estéticas para a (re)construção do cidadão Liana Rita González Teatro Bidimensional: interfaces criativas entre fotografia e caracterização de atores Marcela dos Santos Lima Poéticas do Acaso: Um estudo sobre o processo criativo do Grupo Computacional [+zero] Fabrizio Augusto Poltronieri e Nicolau André Campanér Identidade, processos e representações As representações no papel do artista: novos paradigmas Jacqueline Maria Carvalho Belotti Desdobramentos das relações entre performance e audiovisual na cena contemporânea Walmeri Ribeiro Colagem e dispersão no processo pictórico de Regina Chulam Jorge Luiz Mies O cinema como dispositivo simbólico de identidades: renderização da alteridade/imagem sobre o espectador-tela especular Júlio César dos Santos e Rosa Maria Berardo Processos de criação em arte em contextos coletivos e transdisciplinares Kennedy Piau Ferreira, Juliano Reis Siqueira, Fábio Parra Furlanete e Tania Cristina Rumi Sugeta Presságio, peles gráficas e personificações: dar e tomar leitura em Caldas e Thoreau Marcus Alexandre Motta e Marcelo Lins de Magalhães Autorreferencialidade em territótio partilhado: diálogo com a pintura de Rui Macedo Marilice Corona Leonilson - Arquivo como espaço processador de sentidos Renata Perim Albuquerque Lopes e Ângela Grando O universo das imagens técnicas e as estratégias atuais de apropriação na arte Rodrigo Hipólito dos Santos Identidades: do corpo ao coletivo O Livro Invisível: um “solo” amazônico Rômulo do Nascimento Pereira (Fapeam / UEA) Introdução Nosso objeto de estudo surge mais claramente quando a arte se aproxima deste objeto, o livro, de maneira a conquistar um território alheio, apropriação crítica e conceitual, que acontecerá, de forma definitiva, na segunda metade do século 20. Vem de um cal deirão, talvez de um urinol, que começa a ser preparado por diversos artistas, e não só visuais, utilizando ingredientes tão diferentes como a poesia, caligrafia, ilustração, performance, Fotografia, escultura e muita experimentação. São os chamados livros de artista”. Sua gênese vem de vários lugares: das edições ilustradas por artistas do século 19, dos livros produzidos por William Blake, da poesia de Mallarmé, da Kelmscott Press, dos impres sos das vanguardas artísticas, da caixa verde de Duchamp, da poesia visual, da arte conceitual, dentre outros. Nesse espaço” de interferências, essencial mente híbrido e interativo, que esta pesquisa encontra seu objeto: a utilização do livro na construção de uma obra artística dotada de significações e poéticas. Nossa propo sição parte de diálogo com a produção brasileira, tendo o concretismo como eixo e o conceito de livro invisível” para orientar. De outra parte, trabalhando com alguns tex tos de Vicente Franz Cecim, propomos a construção de um objeto, intitulado solo”, que articule questões e poéticas próprias fundadas na potencialidade que o livro oferece. Concreto invisível O conceito de livro de artista” traz a ambiguidade como marca, essa dificuldade em definir limites inicia pelo próprio termo em português, que gera dúvidas, e esta não é uma dificuldade brasileira apenas. Johana Drucker distingue os livros de arte” (ou de bibliófilo) dos livros de artistas, dizendo que ...eles são produções mais que criações, produtos mais que visões, exemplos de uma forma, não interrogações sobre seu poten cial conceitual, ou formal ou metafísico”. O que caracteriza esta produção parece ser sempre o que lhe escapa, não o que contém. É muito mais simples dizer o que não é um livro de artista do que afirmálo categoricamente (Drucker, 1995): Poéticas da Criação, E.S. 2012 Anais do IV Seminário sobre o Processo de Criação 1 [...] La mayoría de intentos por definir un libro de artista que he conocido no consiguen su obje tivo ni de lejos: o son demasiado vagos («un libro hecho por un artista») o demasiado concretos («no puede ser una edición limitada»). Los libros de artista toman cualquier forma, participan de cualquier posible convención en cuanto a la producción de libros, de cualquier «ismo» del arte y literatura predominantes, de cualquier modo de producción, cualquier forma, cualquier grado de fugacidad o durabilidad archivista. No existen criterios específicos para definir qué es un libro de artista, pero existen muchos criterios para definir lo que no lo es, [...] Los libros de artista son un género singular, en última instancia un género que trata tanto de sí mismo, de sus propias formas y tradiciones, como de cualquier otra forma o actividad artística. Pero es un género tan poco ata do por limitaciones de medio o forma como las rúbricas más familiares de pintura” y escultura”. Não nos interessa uma definição fixa para esta produção, manteremos as portas abertas sem desvendar a miragem, nem as sobreposições: do livro comum com o con ceito, do leitor com o participante, do conteúdo com o objeto, e outros. Por esta abertu ra salientamos as linguagens múltiplas traduzindoas como riquezas moventes, como enig ma que sacia e nos enche de dúvidas. Pensemos neste objeto como um produ to de muitas linguagens que se reúnem em um local préexistente, o livro, ora mantendo sua estrutura manuseável, ora modificandoo até atingir o status de livroescultura. No Brasil, esta produção começa a ser delineada com o modernismo e suas revis tas literárias, como a Klaxon”, junto com a atuação de iniciativas editoriais que produ zem nossos primeiros livros de arte, de maneira tímida e dispersa nas décadas de 192030, esta tomará um fôlego maior a partir