Política E Cultura Nas Histórias Do Bumba-Meu-Boi
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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA CAROLINA CHRISTIANE DE SOUZA MARTINS POLÍTICA E CULTURA NAS HISTÓRIAS DO BUMBA-MEU-BOI São Luís do Maranhão – Século XX NITERÓI 2015 CAROLINA CHRISTIANE DE SOUZA MARTINS POLÍTICA E CULTURA NAS HISTÓRIAS DO BUMBA-MEU-BOI São Luís do Maranhão – Século XX Dissertação apresentada ao curso de Pós- graduação em História Social da Universidade Federal fluminense como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre. Área de concentração: História Contemporânea II. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Martha Campos Abreu Niterói 2015 CAROLINA CHRISTIANE DE SOUZA MARTINS POLÍTICA E CULTURA NAS HISTÓRIAS DO BUMBA-MEU-BOI São Luís do Maranhão – Século XX Dissertação apresentada ao curso de Pós- graduação em História Social da Universidade Federal fluminense como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre. Área de concentração: História Contemporânea II. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Martha Campos Abreu Aprovada em _____ de ______________ de 2015. BANCA EXAMINADORA ____________________________________________ Prof.ª Dr.ª Martha Campos Abreu - orientadora Universidade Federal Fluminense _____________________________________________ Prof.ª Dr.ª Giovana Xavier Universidade Federal do Rio de Janeiro ____________________________________________ Prof.ª Dr.ª Beatriz de Miranda Brusantin Universidade Católica de Pernambuco Niterói 2015 À Marlene e Nonato, “meus pais-avós”, por me ensinarem os valores da vida e a trilhar o caminho do bem. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus e aos guias espirituais por toda força e luz. Agradeço à minha orientadora, Martha Abreu, pela paciência e pelo incentivo sempre que necessário. O seu olhar atento e sua críticas certeiras foram cruciais para que este trabalho crescesse. Obrigada, querida Martha, pelo carinho e atenção! Agradeço a todo o povo do boi, que me recebeu de maneira tão amorosa. À Zequinha de Coxinho, obrigada por ceder seu tempo quando solicitado, pelas nossas conversas na sua residência e por ter me ensinado tanta coisa! À Benedita Aroucha, por ter sido tão solícita e por ter feito o que estava ao seu alcance para me ajudar. Ao Mestre Castro, a quem eu chamo de “Seu Hermínio”, obrigada por toda ajuda e por ter tomado esta pesquisa para si. Obrigada pelas inúmeras conversas, por ter me acompanhado em grande parte das entrevistas e por ter se envolvido de maneira profunda com este trabalho. Muito obrigada mesmo! Aproveito para agradecer também ao Sr. Euzamar, carinhosamente chamado de “Pesquisa”, à Célia, à Teresa, à Marcelle Guerra, ao Sr. Domingos, Dadá, Hamilton, Walterliny... e a todos os demais brincantes do Boi de Pindaré por fazerem este Boi tão bonito. Ao Sr. Zé Olhinho, pela receptividade; ao Sr. José Raimundo Rodrigues, pelo interesse em sempre ajudar; ao Sr. Antoninho, pela nossa longa conversa dentro de seu “terreiro”; ao Sr. Chico Aroucha, pelo carinho de sempre, ao Careca por ter se disponibilizado para esta pesquisa. Ao Sr. Apolônio Melônio e sua companheira Nadir Cruz, por ter me recebido em sua residência, permitindo o acesso às suas valiosas fotografias! Aos queridos amigos do LABHOI, Clarissa Mainardi, Alexandre Fagundes, Vanessa Gonçalves, Amanda Bastos, Luciano Gomes, Raiane Oliveira, obrigada pela parceria, pelas boas risadas e pelos cafés. Vocês amenizaram as minhas saudades. Em especial, agradeço à Denise Demétrio, nossa “chefinha”! Obrigada pela confiança, pelas conversas e abraços. As coisas se inverteram e agora a saudade que eu sinto é de vocês. À professora Hebe Mattos, obrigada pela confiança! Conviver com você me proporcionou um aprendizado que levarei para a vida. Agradeço também ao Professor Matthias Assunção, pelas valiosas críticas durante o exame de qualificação e pelas aulas durante nosso curso sobre “Cultura Negra”. A vida foi bastante generosa comigo e me cercou de pessoas maravilhosas. Às meninas de Clio, todo meu carinho a vocês. Partilhamos nossas saudades misturando os sotaques... Arezinha, Bruna, Kate, Rosângela, Elisabeth, Flávia, obrigada! Aos queridos amigos do CULTNA, Eric Brasil, Alexandre Reis, Luara Santos, Giovana Xavier, Augusto Neves, Leonzito! Foi muito bom tê-los por perto. Lívia Monteiro, querida amiga! Obrigada pela companhia, pelo incentivo, por toda ajuda e por estar sempre presente, mesmo que distante. Aos amigos da Pós: Josimar Duarte, pelos doces mineiros; Patrícia Alcântara... dividimos muitas tensões juntos. Aos amigos maranhenses habitantes e ex-habitantes da Cidade Maravilhosa: Rafael Gaspar e Marianna Teixeira, as sextas-feiras eram bem mais divertidas com vocês! À Roberta Lobão, Rosilan Piorski, Elba Mota, Márcia Millena, Lícia Cristina, as eternas “tias” do Angelo, obrigada pelos encontros sempre regados à maranhensidade e Guaraná Jesus. À nossa família carioca Chico e Ana, Jéssica e Jeane: a gratidão será eterna. À Carina, Zeca, Isabelle e Seu Heitor (in memorian) que tudo fizeram para que ficássemos bem. Ao Abinael, pelos passeios pelo Rio quando ainda era uma cidade desconhecida para nós. À amiga Paola Rojas e a sua família, obrigada por tudo. Angelo e Mateus ainda vão se encontrar por aí! Ao Igor Pantoja e Natália Velloso, por todo carinho e, principalmente, pelos espetáculos gastronômicos! À minha família, agradeço a compreensão pelas nossas ausências. Meu coração e pensamento sempre estiveram com vocês. À minha mãe, pela sua força em aguentar a dor que a distância causa e por se dispor a ir para o Rio quando mais precisamos. Ao meu padrasto Cláudio, por permitir que a vida transformasse nossa relação. Ao meu irmão, que virou um homem sem que eu tenha visto e por ter cuidado do Angelo nas noites de São João. Meus “avós-pais” Marlene e Nonato, obrigado por fazerem o que estava ao seu alcance para que nada de ruim nos acontecesse, pelas orações e por todo amor. Aos meus tios, Júnior, Muriel, Márcio e Kátia, pela torcida. Ao tio Pires e tia Silvana, pelos telefonemas cheios de saudade. Aos meus primos, em especial minha comadre, Marlene, pela torcida e vontade que tudo desse certo. À minha afilhada, Celinna, peço desculpas por não estar tão presente. A dinda estava escrevendo tudo isso. Ao meu pai Newton e à minha querida Márcia, agradeço por nos receberem com tanto carinho em terras paulistanas. Nossos Natais ficaram mais alegres e felizes graças a vocês! À Talyta, agradeço a dádiva de lhe ter como irmã. A minha cunhada Maria Amélia e Sansão, obrigada pelos passeios na terra da garoa, por nos aconchegarem e pela ajuda sempre que necessária. Aos Pantoja, a grande família carutaperense! Obrigada por todo carinho de sempre! Aos amigos de São Luís, Claudia Maria, Débora Melo, obrigada pelos reggaes para relaxar! À Clícia Gomes, pela visita ao Rio e pela companhia tão agradável. À Andrea e ao amigo Steven, por nossa amizade e por permitir com que eu acompanhasse toda a gestação da princesinha Taïna. Aos amigos do Liceu, que reencontrei há pouco tempo, nossas conversas malucas via whatsapp ajudaram a aliviar toda a tensão da escrita! A Ana e Valdério, por sempre estarem presentes em minha vida. Tudo isso começou, em grande parte, por causa de vocês! Obrigada por “pegarem no meu pé” quando ainda era uma adolescente, me “obrigando” a ler livros enormes em apenas uma semana! Vocês são muito especiais para mim. Aproveito para agradecer também à Professora Maria da Glória Guimarães Correa por disponibilizar seu tempo em me ajudar nos primeiros passos desta pesquisa, quando ainda não era nem projeto. Ao Sr. Jandir, da Casa de Nhozinho, pela receptividade, pelo valioso material que me concedeu e pela aula sobre cultura popular maranhense. Parabéns pelo lindo trabalho! Agradeço aos colegas do grupo de estudos GPMINA, da Universidade Federal do Maranhão, por terem me recebido de forma calorosa. Aos professores Sérgio e Mundicarmo Ferreti, pelas excelentes reuniões no interior deste grupo que muito me ajudaram a finalizar este trabalho. E finalmente, gostaria de poder agradecer aos meus dois companheiros de vida. Ao Elio, meu esposo, companheiro, amigo! Obrigada por acreditar nos meus sonhos e por me ajudar a torná-los realidade. Ao Angelo, meu filhote. Acabei “o trabalho”, filho! [...] Embora só houvesse no céu uma fatia de lua nova, por cima da Igreja de São Pantaleão, uma tênue claridade violácea descia sobre a cidade adormecida, com a multidão de estrelas que faiscavam na noite de estio. Em cada esquina, a sentinela de um lampião, com seu bico de gás chiante. Todas as casas fechadas. Perto, para os lados da Rua da Inveja, o apressado rolar de um carro com o ruído do cavalo a galope nas pedras do calçamento. E sempre o baticum dos tambores, ora fugindo ora voltando, sem perder a cadência frenética, muito mais ligeira que o retinir das ferraduras [...] (Josué Montello em Os Tambores de São Luís) RESUMO Este trabalho aborda a experiência de brincantes no interior de um grupo de bumba-meu-boi maranhense: o Boi de Pindaré. Através da metodologia da história oral, reconstrói a trajetória dos fundadores deste grupo, homens negros migrantes da região da Baixada Maranhense, que chegaram a São Luís do Maranhão entre as décadas de 1930-1960. Na capital, grande parte destes homens trabalhou em atividades portuárias, exercendo a função de estivadores e carregadores. Os dados da pesquisa sobre este grupo permitiram analisar a relação entre o mundo do trabalho e a brincadeira do boi. A pesquisa acompanha o movimento de valorização do bumba-meu-boi e as mudanças nas relações entre brincantes, o poder público e a sociedade de modo geral, processo intensificado na segunda metade do século XX. Destacam-se as ações dos próprios atores sociais neste processo, observando as estratégias por eles adotadas visando dar destaque ao seu cordão de bumba-boi. O estudo explora também a interação entre o mundo sagrado das religiões de matriz africana presente no Maranhão, a história social dos brincantes e a brincadeira, mostrando que estes aspectos são indissociáveis e se constituem como elementos fundamentais para a memória coletiva do grupo e para sua continuidade.