A Arte Oral Paiter Suruí De Rondônia

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A Arte Oral Paiter Suruí De Rondônia PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP MAGDA DOURADO PUCCI A arte oral Paiter Suruí de Rondônia MESTRADO EM CIÊNCIAS SOCIAIS – ANTROPOLOGIA São Paulo 2009 MAGDA DOURADO PUCCI A arte oral Paiter Suruí de Rondônia Dissertação apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do título de MESTRE em Ciências Sociais, sob a orientação da Profª Drª Carmen Junqueira. PUC São Paulo 2009 Banca Examinadora ______________________________ Profª Drª Carmen Junqueira ______________________________ Profª Drª Betty Mindlin ______________________________ Profª Drª Jerusa Pires Ferreira Autorizo, exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta Dissertação, por processos de fotocopiadoras ou eletrônicos. assinatura: _______________________________________ São Paulo, 31 de março de 2009. AGRADECIMENTOS CNPq Betty Mindlin Carmen Junqueira Aos da mata Gakamam Suruí Gamaladnoi Suruí Gasalab Suruí Joaton Suruí Laide Ruiz Mamboar Suruí Maria do Carmo Barcellos Márlio Barcellos Oiomar Mangerão Uraan Anderson Suruí Aos da cidade Ana Suelly Cabral Gabriel Levy Giovana Almeida Helena Meidani Miguel Barella Omid Bürgin Paulo Castagna Prof. Aryom Rodrigues Sanderson Soares Tiago de Oliveira Pinto RESUMO A arte oral Paiter Suruí de Rondônia é constituída de narrativas míticas, cantigas de pajé e cantos rituais inspirados em movimentos sociais, formando um intricado corpo sonoro-antropológico que hoje compreende o Acervo Suruí, gravado pela antropóloga Betty Mindlin desde a década de 1980. As múltiplas formas de oralidade dos Suruí têm uma musicalidade característica da língua Tupi-Mondé, rica em onomatopeias e ideofones, além de exclamações com função de verbo que imitam bichos da floresta e movimentos de seres do outro mundo. Com esses elementos, os Suruí recriam momentos da história mítica Paiter e revelam que nem todo mito é fábula, pois a realidade está sempre presente em metáforas e palavras arcaicas. A voz é o centro da expressão Suruí, e é ela que conduz o amplo espectro sonoro, que exige uma análise mais do que estritamente musical. Este trabalho discute a intrincada relação entre a música e a narrativa, entre a fala e o canto e entre a voz e o mito que, juntos, compõem a arte poética Paiter Suruí. Em função da riqueza da vocalidade Suruí, sua análise se apoia também em elementos da Sociolinguística, da Etnopoesia e de estudos da oralidade, além da Antropologia. da Etnomusicologia e da Teoria da Linguagem. A pesquisa trata ainda das formas de catalogação, organização e uso desse acervo sonoro na educação bilíngue Suruí, de cujo processo de transcrição e tradução os próprios índios têm participado ativa e efetivamente. Finalmente, cumpre notar que essa iniciativa é fundamental para a revitalização da própria cultura do povo Suruí, que vem sofrendo grandes mudanças desde a época do primeiro contato com os brancos. Palavras-chave: Paiter Suruí de Rondônia, música indígena, tradição oral, arquivos sonoros, Etnomusicologia ABSTRACT This dissertation presents the imbricated relation between music and narrative, speech and chant, voice and myth, that together, are part of the poetical art from the Paiter Suruí, a indigenous people from Rondônia (Amazonia). Part of the cultural heritage of Suruí people can be found at the Arampiã Archive that has recordings collected by the anthropologist Betty Mindlin, who has been working with the Paiter for more than 20 years. Those documents are like “oral-books” of histories from the Suruí life from the past and present. This dissertation focuses on the varied forms and vocal expressions of the Suruí in the realm of Anthropology, Ethnomusicology, Etnopoetics and Orality Studies. The musicality comes from the language Tupi-Mondé that is rich in onomatopoeias and ideophones, besides exclamations that have verbal functions that imitates animals of the forest. The Suruí people music shows us that myth is not only the fabulous stories, but also the reality. Both are presented though archaic words and metaphorical meanings revealing a complex situation in their way of life. Key-words: Paiter Suruí de Rondônia, Amazonian music, oral tradition, audio archives, Ethnomusicology A última normatização, feita pela linguista Ana Suelly Cabral, da UnB, em conjunto os Suruí, estabeleceu que: • no fim das palavras, o [b] tende a soar como [p] e o [d] é quase mudo • no alfabeto Suruí, não existe o [p] • o [s] soa quase como um [h] aspirado (como o som do dígrafo th na palavra inglesa think) • o g soa como [nhg] • nasais em vogais como ĩ e ẽ diferem do [in] e [em] SUMÁRIO INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 7 CAPÍTULO 1 Pelas trilhas sonoras dos Paiter Suruí .................................................................... 9 Sobre os Paiter Suruí ........................................................................................... 15 Quem são ............................................................................................................. 17 Quantos são ......................................................................................................... 18 Onde vivem .......................................................................................................... 19 Na região da atual Rondônia ................................................................................ 22 O “descimento” de índios ..................................................................................... 23 Ciclos de Rondônia .............................................................................................. 24 Projetos e problemas ............................................................................................ 25 Disputas de terra .................................................................................................. 26 Extração ilegal de madeira ................................................................................... 27 Mudanças ............................................................................................................. 30 Ritual e produção ................................................................................................. 31 Os rituais Suruí de ontem e de hoje ..................................................................... 32 Moradia................................................................................................................. 35 Os mitos e a história ............................................................................................. 38 Entre a aldeia e a floresta – divisão social e mutirões .......................................... 39 Entre clãs, projetos e Ongs .................................................................................. 43 A evangelização dos Suruí ................................................................................... 44 Canções e narrativas: que importância elas têm? ................................................ 50 Fala-canto-mito ..................................................................................................... 51 Canto falado – pajés e rituais ............................................................................... 52 Cantos de pajé ..................................................................................................... 54 2 CAPÍTULO 2 Sobre o Acervo Paiter Suruí .................................................................................. 61 Entraves na devolução do Acervo ......................................................................... 62 A quem se destina ................................................................................................. 62 Para que serve um acervo sonoro indígena? ........................................................ 64 Etapas do processo de trabalho ............................................................................ 65 Digitalização ......................................................................................................... 66 Transferência ....................................................................................................... 66 Identificação, classificação e catalogação ............................................................ 67 Base de dados ..................................................................................................... 70 Gêneros existentes no Acervo Suruí – 2009 ........................................................ 71 Parâmetros para análises mais específicas ......................................................... 72 CAPÍTULO 3 Por que estudar música na Antropologia .............................................................. 75 Paiter Merewa – quando os Paiter cantam............................................................ 75 Canções e narrativas – facetas da oralidade ........................................................ 76 Caixa de Pandora .................................................................................................. 77 Poética, canto e mito: três entidades sonoras que se mesclam ............................ 79 Por isso melhor se guarda o voo de um pássaro .................................................. 79 Entre o lógos e o mélos ......................................................................................... 81 Mito e rito – o dito e o feito .................................................................................... 82 Antropologia e Etnomusicologia
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