Kurt Vonnegut Cama De Gato.Pdf

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Kurt Vonnegut Cama De Gato.Pdf Traduçãode LIVIA KOEPPL Para Kenneth Littauer, um homem de elegância e bom gosto. NADA NESTE LIVRO É VERDADEIRO. “Viva de acordo com os fomas* que o tornam corajoso e gentil e saudável e feliz.” Os livros de Bokonon. I:5 * Mentiras inofensivas. 1. O dia em que o mundo acabou Me chame de Jonah. Meus pais me chamavam assim, ou quase assim. Eles me chamavam de John. Jonah – John… Se eu fosse um Sam, ainda assim seria um Jonah – não porque tenho dado azar aos outros, mas porque alguém ou algo me obrigou a estar, inevitavelmente, em determinados lugares, em determinados momentos. Os meios e os motivos, ao mesmo tempo convencionais e bizarros, me foram fornecidos. E, de acordo com o plano, a cada segundo indicado, a cada lugar indicado, este Jonah estava lá. Escute: Quando eu era mais jovem – duas esposas atrás, 250 mil cigarros atrás, 3 mil litros de birita atrás… Quando eu era bem mais jovem, comecei a coletar material para um livro que se chamaria O dia em que o mundo acabou. O livro era para ser baseado em fatos reais. O livro seria um relato do que norte-americanos ilustres fizeram no dia em que a primeira bomba atômica foi lançada em Hiroshima, no Japão. Era para ser um livro cristão. Na época eu era cristão. Hoje sou bokononista. Eu teria sido bokononista naquele tempo, se houvesse alguém para me ensinar as mentiras agridoces de Bokonon. Mas o bokononismo era desconhecido para além das praias de cascalho e corais afiados que circundam essa ilhota do Mar do Caribe, a República de San Lorenzo. Nós, bokononistas, acreditamos que a humanidade é organizada em equipes, equipes que realizam a Vontade de Deus, sem nunca descobrir o que estão fazendo. Bokonon chamou equipes como essas de karass, e o instrumento, de kan-kan, e o kan-kan que me levou até meu karass particular foi o livro que nunca terminei de escrever, o livro que era para se chamar O dia em que o mundo acabou. 2. Lindo, lindo, muito lindo “Se você descobre sua vida enrolada com a de outra pessoa por motivos não muito lógicos”, escreve Bokonon, “é possível que essa pessoa seja um membro de seu karass.” Em outro ponto de Os livros de Bokonon, ele nos diz: “O homem criou o tabuleiro de xadrez; Deus criou o karass”. Com isso ele quer dizer que um karass ignora fronteiras nacionais, institucionais, profissionais, familiares e de classe social. Tem a forma tão livre como a de uma ameba. Em seu “Calipso 53”, Bokonon nos convida a cantar com ele: Oh, um grande bebum No Central Park dormindo, E um caçador de leões, Na selva escura agindo, E um dentista chinês, E uma rainha inglesa… Todos servindo Na mesma empresa. Lindo, lindo, muito lindo; Lindo, lindo, muito lindo; Lindo, lindo, muito lindo… Tanta gente diferente O mesmo plano cumprindo. 3. Tolice Em nenhuma parte de sua obra Bokonon critica as pessoas que tentam descobrir os limites de seu karass e a natureza do trabalho que Deus Todo- Poderoso o fez realizar. Bokonon só observa que tais investigações estão fadadas a serem incompletas. Na parte autobiográfica de Os livros de Bokonon, ele escreve uma parábola sobre a tolice que é fingir perceber, compreender: Certa vez, conheci uma senhora da igreja Episcopal de Newport, Rhode Island, que me pediu para projetar e construir uma casinha de cachorro para seu dogue alemão. A mulher dizia entender perfeitamente Deus e Seus Métodos de Trabalho. Ela não conseguia entender por que as pessoas ficavam intrigadas com o passado ou o futuro. No entanto, quando mostrei a planta da casinha de cachorro que pretendia construir, ela me disse: “Desculpe, mas nunca consegui interpretar essas coisas”. “Peça a seu marido ou a seu pastor para entregar isto a Deus”, eu disse, “e, quando Deus tiver um tempinho, tenho certeza de que Ele vai lhe explicar esta minha casinha de cachorro de uma forma que até mesmo você possa entender.” Ela me demitiu. Jamais me esquecerei dessa senhora. Ela acreditava que Deus gostava mais das pessoas que navegavam em veleiros do que das que pilotavam lanchas. Não conseguia nem olhar para uma minhoca. Quando via uma minhoca, começava a berrar. Era uma tola, e eu também, assim como todo mundo que acha que conhece os Desígnios de Deus [escreve Bokonon]. 4. Um hesitante emaranhado de trepadeiras Seja como for, neste livro pretendo incluir o máximo possível de membros de meu karass e quero examinar todas as pistas concretas que expliquem o que raios nós, coletivamente, viemos fazer aqui. Não tenho intenção de transformar este livro em um tratado em favor do bokononismo. No entanto, gostaria de dar um conselho bokononista a respeito dele. A primeira frase que aparece em Os livros de Bokonon é esta: “Todas as verdades que estou prestes a contar são mentiras descaradas.” Meu conselho bokononista é este: Quem for incapaz de entender como uma religião benéfica pode ser baseada em mentiras também não vai entender este livro. Que assim seja. Bom, sobre meu karass. Certamente ele inclui os três filhos do dr. Felix Hoenikker, um dos chamados “pais” da primeira bomba atômica. O próprio dr. Hoenikker, sem dúvida, foi membro de meu karass, apesar de ter morrido antes que meus sinookas, as trepadeiras de minha vida, começassem a se enrolar com as de seus filhos. O primeiro de seus herdeiros a ser tocado por meus sinookas foi Newton Hoenikker, o caçula de seus três filhos. Descobri pela revista de minha fraternidade, a Delta Upsilon Quarterly, que Newton Hoenikker, filho de Felix Hoenikker, físico ganhador do Nobel, fez o juramento em minha irmandade, a irmandade de Cornell. Então, escrevi esta carta para Newt: Prezado sr. Hoenikker: Ou devo dizer prezado irmão Hoenikker? Sou um ex-aluno de Cornell, membro da Delta Upsilon, ganhando a vida atualmente como escritor freelancer. Estou reunindo material para um livro sobre a primeira bomba atômica. O conteúdo vai tratar somente dos incidentes ocorridos em 6 de agosto de 1945, dia em que a bomba foi lançada sobre Hiroshima. Já que seu falecido pai é geralmente identificado como um dos principais inventores da bomba, se não se importar, gostaria muito de conhecer alguma coisa que puder me contar sobre o cotidiano na casa de seu pai no dia em que jogaram a bomba. Lamento dizer que não sei tanto sobre sua ilustre família quanto deveria, e nem sei se você tem irmãos. Se tiver, adoraria que me enviasse seus endereços, a fim de lhes mandar uma carta como esta. Sei que você era muito jovem quando a bomba foi lançada, o que é ainda melhor. Meu livro vai destacar o lado humano da bomba, em vez do lado técnico, ou seja, se eu conseguisse lembranças daquele dia pelos olhos de um “moleque”, se me perdoa a expressão, seria simplesmente perfeito. Não se preocupe com o estilo e a forma de escrever. Deixe isso comigo. Só me dê a essência de sua história. É claro que vou lhe enviar a versão final do livro, para sua aprovação antes da publicação. Fraternalmente… 5. Carta de um estudante de medicina A resposta de Newt: Desculpe ter demorado tanto para responder sua carta. Parece ser bem interessante esse livro que você está escrevendo. Eu era tão novo quando a bomba foi lançada que não sei se posso ajudar muito. Você deveria falar com meus irmãos, que são mais velhos do que eu. Minha irmã é a sra. Harrison C. Conners, ela mora na rua North Meridian, 4918, em Indianápolis, Indiana. Esse também é o meu endereço de casa atual. Acho que ela ficará feliz em ajudá-lo. Ninguém sabe onde está meu irmão Frank. Ele desapareceu logo após o funeral do nosso pai, dois anos atrás, e desde então ninguém mais ouviu falar dele. Pelo que sabemos, pode até já ter morrido. Como eu tinha apenas 6 anos quando lançaram a bomba atômica em Hiroshima, qualquer coisa de que me lembre daquele dia será apenas o que outras pessoas me ajudaram a lembrar. Lembro que estava brincando no tapete da sala de estar, do lado de fora do escritório de meu pai em Ilium, Nova York. A porta estava aberta, e dava para vê-lo lá dentro. Ele estava de pijama e roupão de banho. Fumava um charuto. Brincava com um pedaço de barbante. Naquele dia, meu pai não tinha ido ao laboratório, ficou o tempo todo em casa, de pijama. Ele ficava em casa sempre que queria. Como você provavelmente já sabe, meu pai passou quase toda a sua vida profissional trabalhando para o Laboratório de Pesquisa da General Forge and Foundry Company, em Ilium. Quando surgiu o Projeto Manhattan, o projeto da bomba, meu pai não saiu de Ilium para trabalhar nele. Disse que não participaria a não ser que o deixassem trabalhar onde quisesse. A maior parte do tempo ele fazia isso em casa. O único lugar aonde gostava de ir, fora Ilium, era nosso chalé em Cape Cod. Ele morreu em Cape Cod. Foi numa véspera de Natal. Provavelmente você também já sabe disso. Enfim, no dia da bomba, eu estava brincando no tapete do lado de fora do escritório dele. Minha irmã, Angela, disse que eu costumava brincar por horas com pequenos caminhões de brinquedo, fazendo sempre o barulho do motor com a boca, dizendo “vrum, vrum, vrum”. Então, no dia da bomba, imagino que estivesse dizendo “vrum, vrum, vrum”, enquanto meu pai, no escritório, brincava com o pedaço de barbante. Acontece que eu sei de onde veio esse barbante com que ele brincava. Talvez você possa usar isso em alguma parte do livro.
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