PROGRAMAÇÃO GERAL Índice

GRADE DE HORÁRIOS...... 6 Quarta-feira 3/08...... 6 Quinta-feira, 4 de agosto...... 6 Sexta-feira, 5 de agosto...... 7 Sábado, 6 de agosto...... 7 PALESTRAS...... 9 MINICURSOS...... 10 Minicurso 01. Antropologia, Gênero e Sexualidade...... 10 Minicurso 02. Arte e política...... 11 Minicurso 03. Deficiência e confronto etnográfico...... 13 Minicurso 04. Antropologia em pesquisas na universidade e na escola pública: educação e ensino de Ciências Sociais...... 13 OFICINAS...... 15 Oficina 01. As formas sensíveis no viver urbano pelo olhar etnográfico: construir narrativas com imagens...... 15 Oficina 02. Ensaios Fotográficos selecionados para o Prêmio Pierre Verger...... 17 Oficina 03. Entre corpos "desviantes" e medicalizações "imorais"...... 18 Oficina 04. Inserção Profissional do/a antropólogo/a...... 19 Oficina 05. Por meio do fazer: correspondências entre modos de produção de conhecimento em antropologia, arquitetura, artes e design...... 20 Oficina 06. Povos Tradicionais, Meio Ambiente e Grandes Projetos: a discussão do tema na educação básica e no ensino da antropologia nos cursos de graduação...... 21 Oficina 07. História(s) na Amazônia nos "termos" dos povos indígenas...... 23 Oficina 08. Como ensinar e aprender História da África...... 24 Oficina 09. Protagonismo Indígena em Processos de Reconhecimento de Terras Indígenas...26 REUNIÕES...... 29 MESAS REDONDAS...... 31 MR 01. A Construção da Etnicidade: Território, Mobilização e Éticas do “bem viver”...... 31 MR 02. Ações antropológicas e ajuda humanitária: novos desafios...... 31 MR 03. Antropologia & Cinema: diálogos latino-americanos...... 32 MR 04. Antropologia da Criança no Brasil...... 33 MR 05. Antropologia e Esfera Pública Estatal: possibilidades e dilemas da incidência da disciplina e de seus profissionais em políticas públicas...... 34 MR 06. Antropologia e História: cenários compartilhados, desafios de pesquisa e demandas futuras...... 34 MR 07. Antropologia e Licenciamento Ambiental de Grandes Obras II: Formas de ação antropológica, reconhecimento de direitos e a aplicação dos princípios de consulta pública.. 35 MR 08. Antropologia Visual e Hipermídia: práticas de pesquisa entre a circulação das imagens e a inscrição etnográfica...... 36 MR 09. Antropologia y Catástrofes: uma leitura comparativa...... 36 MR 10. Artes de rua, cidade e imagem: novos dilemas da etnografia urbana...... 37 MR 11. Desafios metodológicos, éticos e políticos nas pesquisas sobre práticas de uso, comércio e controle de drogas ilícitas...... 38 MR 12. Diásporas, sujeitos diaspóricos e pós-colonialismo: leituras etnográficas das políticas e sensibilidades nos deslocamentos e desterros...... 38 MR 13. Diversidade Sexual e de Gênero em Áreas Rurais, Contextos Interioranos e/ou Situações Etnicamente Diferenciadas – novos descentramentos, outras axialidades...... 39 MR 14. Estado, políticas desenvolvimentistas e seus impactos sobre territórios e modos tradicionais de vida...... 40 MR 15. Etnografia das instituições: reflexões a partir de uma instituição de pesquisa...... 40 MR 16. Etnografia na Educação: desafios, limites e possibilidades...... 41 MR 17. Festa e festivalização no urbano contemporâneo: cultura popular, patrimônio imaterial e performance...... 42 MR 18. Fronteiras de gênero, dobras da política...... 43 MR 19. Imagens da Juventude...... 43 MR 20. Instituições religiosas, direitos e novas configurações familiares: construções do laico e do religioso no Brasil...... 44 MR 21. Interculturalidade na Universidade brasileira: tensões, conflitos e desafios...... 44 MR 22. Mundos Lusófonos e Patrimônios Partilhados...... 45 MR 23. "Natureza e cultura: expectativas futuras e antigas amarras"...... 46 MR 24. Natureza, Cultura e Técnica: perspectivas de gênero e a virada ontológica...... 47 MR 25. O consumo de bebidas alcoólicas: entre usos valorativos e condenados...... 47 MR 26. O Musicar Local – novas perspectivas na antropologia da música...... 48 MR 27. Os Bastidores da festa. Trabalho, performance e experiência...... 49 MR 28. Os desafios à pesquisa etnográfica: práticas de pesquisa em situações de conflito referidas às chamadas novas etnias...... 50 MR 29. Partos e maternidades: discursos e contra-discursos no Brasil contemporâneo...... 50 MR 30. Perspectivas antropológicas acerca do curso da vida: intersecções entre gênero, sexualidade e geração...... 51 MR 31. Práticas culturais juvenis, mobilizações e insurgências no espaço urbano...... 52 MR 32. Questões de ética de pesquisa antropológica à luz de experiências recentes no estudo de usuários de crack...... 53 MR 33. Refugiados no Brasil: deslocamentos forçados e conexões transnacionais em perspectiva...... 53 MR 34. Religiões e espaço público...... 54 MR 35. Saúde e Direitos: ética, conflitos e dilemas...... 55 MR 36. Sincretismos e Contrassincretismos Afro-Brasileiros...... 55 MR 37. Sociedade, Cultura e Ambiente: Perspectivas sobre mercado justo, a economia moral e a reciprocidade – Brasil e México...... 56 MR 38. Sofrimento, Política e Emoções...... 57 MR 39. Técnica, estética, política e fluxos de materiais...... 58 MR 40. Teoria e teóricos da etnografia religiosa afro-americana...... 58 MR 41. Vestígios, Restos e Substratos corporais humanos em seus diversos agenciamentos..59 SIMPÓSIOS ESPECIAIS...... 61 SE 01. Deslocamentos, desigualdades e violência de Estado: Perspectivas comparativas Simpósio Especial do Comitê Migrações e Deslocamentos da ABA...... 61 SE 02. Direitos Humanos e Moralidades em questão: categorias, contextos e modos de engajamento...... 62 SE 03. Violência urbana e cidades: resistências, pacificação e mercado...... 64 SE 04. Gênero, sexualidade, intolerância e violência...... 65 SE 05. Mineração, sofrimento social e resistências: o Brasil e o contexto Latinoamericano...67 SE 06. Movimentos Sociais, Povos Tradicionais e Direitos Humanos: de insurgências e descolonização...... 68 SE 07. Olhares cruzados para África: trânsitos e mediações...... 70 SE 08. Patrimônios e Museus: responsabilidades e desafios na prática antropológica...... 72 SE 09. Políticas da Antropologia: as perspectivas das associações de Antropologia diante de um cenário de crises globais / Politics and Policies of Anthropology: Anthropological Association perspectives towards a scenario of global crises...... 73 SE 10. Políticas de formação e produção de conhecimento: cenários e desafios para antropologia e educação...... 74 GRUPOS DE TRABALHO...... 77 GT 001. A gestão publica da prostituição: politicas, putas e conflitos nas arenas locais e internacionais...... 77 GT 002. Agenciamentos sociais e políticas públicas de saúde: cruzando e confrontando perspectivas...... 80 GT 003. Agricultura familiar, campesinidade e feiras-livre: um lugar de intersecção rural/urbano...... 84 GT 004. Antropologia da comunicação: teorias, metodologias e experiências etnográficas do campo...... 88 GT 005. Antropologia da Criança...... 90 GT 006. Antropologia da morte: teorias de ritual...... 94 GT 007. Antropologia da Técnica...... 97 GT 008. Antropologia das Catástrofes: abordagens e perspectivas...... 100 GT 009. Antropologia das relações humano-animal...... 103 GT 010. Antropologia Digital, Tecnologia e Cibercultura...... 107 GT 011. Antropologia do Cinema: entre narrativas, políticas e poéticas...... 110 GT 012. Antropologia do esporte: entre a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos...... 114 GT 013. Antropologia do Garimpo: Conflito e memória...... 117 GT 014. Antropologia dos Patrimônios e Esfera Pública...... 119 GT 015. Antropologia e crítica pós-colonial...... 123 GT 016. Antropologia e políticas de saúde...... 126 GT 017. Arte e antropologia...... 130 GT 018. Articulações transnacionais, identidades indígenas e políticas indigenistas nos séculos XX e XXI...... 133 GT 019. Cidades, turismo e experiências urbanas...... 136 GT 020. CIGANOS: um exercício de comparação etnográfica...... 140 GT 021. Coleções, Colecionadores e Práticas de Representação...... 143 GT 022. Cultura Popular, Patrimônio e Performance...... 146 GT 023. Diálogos no campo da Antropologia da Alimentação: Comensalidade, Ética e Diversidade...... 150 GT 024. Dinâmicas sociais, poder e transformação na África Contemporânea...... 154 GT 025. “Direitos Humanos”: moralidades, políticas e disputas...... 157 GT 026. Emoções, Política e Trabalho no Mundo Contemporâneo...... 161 GT 027. Ensinar e Aprender Antropologia...... 164 GT 028. Entre seres intangíveis e pessoas: experiência e história...... 168 GT 029. Etnicidade e luta por direitos: estratégias indígenas para defesa e recuperação de territórios...... 172 GT 030. Etnografia de documentos e burocracias: desafios teórico-metodológicos da análise de práticas de poder...... 175 GT 031. Etnografias da (des)ordem: ilegalismos, mercados e controles...... 179 GT 032. Etnografias da Deficiência...... 182 GT 033. Etnografias das Interseccionalidades: Raça e Gênero no Contexto Latino-americano das Políticas Públicas...... 186 GT 034. Etnografias em contextos de violência...... 188 GT 035. Fantasmas dentro da máquina? O ofício antropológico dentro e na órbita da institucionalidade estatal...... 191 GT 036. Festas, celebrações e ritos: o patrimônio em questão e como questão...... 195 GT 037. Indígenas, Quilombolas e outros Povos e Comunidades Tradicionais em Situações Urbanas: identidades, territórios e conflitos...... 197 GT 038. Interfaces contemporâneas dos estudos de rituais e performances...... 201 GT 039. Manifestações políticas religiosas e seculares: outro olhar sobre as ruas brasileiras205 GT 040. Marcadores sociais em diálogo: gênero, sexualidade, idade/geração e o curso da vida ...... 207 GT 041. Medicinas Tradicionais: Ritual, Manejo de Infortúnio e Identidade...... 211 GT 042. Migrações Internacionais contemporâneas: análises, debates e conjunturas...... 214 GT 043. Moradores da Maloca (Aldeia) Grande: Reflexões sobre os indígenas no contexto urbano...... 217 GT 044. Música e Dança nos Processos de Mobilização Coletiva e Afirmação de Identidades220 GT 045. O Pantanal e seu entorno: diversidade, relações sociais e conflitos...... 224 GT 046. O trabalho do antropólogo e a implementação dos direitos das comunidades dos quilombos...... 225 GT 047. Ofícios e profissões: memória social, identidades e construção de espaços de sociabilidade...... 227 GT 048. Onde estava escrito? Criatividade, inovação e a teoria etnográfica...... 231 GT 049. Partos e/ou maternidades e políticas do corpo: perspectivas antropológicas...... 234 GT 050. Perspectivas Antropológicas no Esporte e no Lazer: corpos, gêneros e sociabilidades238 GT 051. Políticas das drogas: éticas de consumo, diversidades das práticas e conflitos acerca de seus controles...... 240 GT 052. Políticas Etnográficas no Campo da Cibercultura...... 243 GT 053. Populações costeiras, processos sociais e meio ambientes...... 245 GT 054. Povos e Populações Tradicionais e Política Públicas na Perspectiva Antropológica249 GT 055. Processos identitários étnicos, território e tradições de conhecimento...... 253 GT 056. Racismo no Plural nas Américas: Situando Povos Indígenas e Afro-Indígenas...... 256 GT 057. Religiões afro-brasileiras: dos quadros sinópticos às matrizes transformacionais...258 GT 058. Religiões e percursos de saúde no Brasil hoje: as “curas espirituais”...... 261 GT 059. Risco: entre teoria e práticas sociais/coletivas...... 264 GT 060. Territórios e Impactos Socioambientais: projetos desenvolvimentistas e reordenação territorial na América Latina...... 268 GT 061. Territórios vividos: territorialidades e processos de constituição das populações do campo...... 272 GT 062. Tradução, conexões e re(criações) culturais das religiões brasileiras na Europa e em outros contextos nacionais...... 275 GT 063. Trajetórias religiosas em trânsito e novas configurações identitárias...... 278 GT 064. Visualidades Indígenas...... 281 PRÊMIO PIERRE VERGER...... 285 XI Prêmio Pierre Verger de Filme Etnográfico...... 285 VIII Prêmio Pierre Verger de Ensaio Fotográfico, Exposição fotográfica e Mostra digital...286 Mostra Retrospectiva de Filme Etnográfico Prêmio Pierre Verger – 20 anos...... 287 Mostra Digital Retrospectiva de Ensaio Fotográfico Prêmio Pierre Verger – 20 anos...... 288 MOSTRA ARANDU DE FILMES ETNOGRÁFICOS...... 291 PERFORMANCES ARTÍSTICAS...... 293 Dia 03 (quarta-feira)...... 293 Dia 04 (Quinta-feira)...... 293 Dia 05 (sexta-feira)...... 296 Dia 06 (sábado)...... 300 GRADE DE HORÁRIOS Quarta-feira 3/08

- 10h-16h Credenciamento (Praça da Alegria CCHLA/UFPB). - 10h-13h Reunião do Conselho Diretor (Hotel Nord Class). - 13h- 14h30 Almoço - 14h30-16h30 Reunião do Conselho Fiscal (Hotel Nord Class). - 18h30-22h Cerimônia de Abertura (teatro Paulo Pontes do Espaço Cultural de João Pessoa)

Quinta-feira, 4 de agosto - 8h-17h Credenciamento (Praça da Alegria CCHLA/UFPB).

- 8h-10h Minicursos. Reuniões de Trabalho. Oficinas. - 10h-13h. Grupos de Trabalho. Mostra Retrospectiva 20 anos do Prêmio Pierre Verger. - 13-14h30h. Almoço Reuniões de Trabalho. - 14h30-16h30. Mesas Redondas (3, 4, 6, 8, 9, 11, 12, 14, 16, 19, 26, 31, 38, 39, 40) Simpósios especiais (3, 4, 6, 7, 9, 10) Prêmio Pierre Verger Prêmio Lévi-Strauss - 16 e 30 às 17 e 30 horas. Dueto. - 17 e 30 às 18 e 30 horas. Conferência 1. - 18 e 30 às 21h horas. Lançamento de livros no Hall da Reitoria. - 18 e 30 às 21h horas. Mostra Arandu. Sexta-feira, 5 de agosto - 8h-17h Credenciamento (Praça da Alegria CCHLA/UFPB).

- 8h-10h Minicursos. Reuniões de Trabalho. Oficinas. - 10h-13h. Grupos de Trabalho. Mostra Retrospectiva 20 anos do Prêmio Pierre Verger. - 13-14h30h. Almoço Reuniões de Trabalho. - 14h30-16h30. Mesas Redondas (1, 15, 17, 23, 28, 30, 36, 37, 41) Simpósios especiais (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10) Prêmio Pierre Verger Prêmio Lévi-Strauss - 16h30-17h30 Prêmio Pierre Verger - 16h30-18h30 Fórum 2. Simpósios especiais (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9) Prêmio Lévi-Strauss. - 18h30-20h30. Fórum 1 - 18h30-20h30. Mostra Arandu.

Sábado, 6 de agosto

- 8h-17h Credenciamento (Praça da Alegria CCHLA/UFPB).

- 8h-10h Minicursos. Reuniões de Trabalho. Oficinas. - 10h-13h. Grupos de Trabalho. Prêmio Pierre Verger. - 13-14h30h. Almoço Reuniões de Trabalho. - 14h30-16h30. Mesas Redondas (2, 5, 7, 10, 13, 18, 20, 21, 22, 24, 25, 27, 29, 32, 33, 34, 35) Prêmio Pierre Verger Prêmio Lévi-Strauss - 16h30-17h30 Conversa com autor. - 17h30-18h30 Conferência 2. - 18h30-21h00. Assembleia ABA; premiação e encerramento. - 22- Festa de Encerramento (Centro Cultural Piollin – Centro de João Pessoa). PALESTRAS

CERIMÔNIA DE ABERTURA. Horário: 18h30-22h. Dia 03, Quarta-feira. Local: Teatro Paulo Pontes, Espaço Cultural de João Pessoa.

CONFERÊNCIA 01: Between purity and mixing: What can anthropologists learn from the Creole world? (Geir Thomas Hylland Eriksen). Horário: 17h30- 18h30. Dia 04, Quinta-feira. Local: AUDITÓRIO DA REITORIA

CONFERÊNCIA 02: O preço da palavra. Capitalismo eletrônico-informático, Economia da isca e googleismo. (Gustavo Lins Ribeiro). Horário: 17h30- 18h30. Dia 06, Sábado. Local: AUDITÓRIO DA REITORIA

DUETO: Zika, AIDS, Sífilis e outras doenças que se contam: a antropologia nos campos da saúde, da política e da ciência (Sergio Carrara - UERJ e Cristiana Bastos - ICS/Universidade de Lisboa). Horário: 16h30-17h30. Dia 04, Quinta-feira. Local: AUDITÓRIO DA REITORIA

CONVERSA COM AUTOR: Luiz Fernando Dias Duarte - MN/UFRJ. Horário: 16h30-17h30. Dia 06, Sábado. Local: AUDITÓRIO DA REITORIA

FÓRUM 1: Entre o Legislativo e o Judiciário - a política brasileira em debate. (Antonio Carlos de Souza Lima - MN/RJ, Carla Costa Teixeira - UNB, Marcos Otávio Bezerra - UFF, Luís Roberto Cardoso de Oliveira -UNB, Roberto Kant de Lima - UFF). Horário: 18h30-20h30. Dia 05, Sexta-feira. Local: AUDITÓRIO DA REITORIA

FÓRUM 2: Diversidade e Ensino Superior (Lideranças de Movimentos Indígenas e Quilombolas, Movimentos Sociais, Estevão Palitot - UFPB & Jane Beltrão - UFPA). Horário: 16h30-18h30. Dia 05, Sexta-feira. Local: AUDITÓRIO 412 CCHLA MINICURSOS

Minicurso 01. Antropologia, Gênero e Sexualidade.

Local: AUDITÓRIO 212, CE. Dias e Horários: Quinta-feira e Sexta-feira (08:00-10:00)

Coordenador(es): Camilo Braz (UFG) e Érica Renata Souza (Universidade Federal de Minas Gerais)

Ministrantes: SESSÃO 1 - Camilo Braz (UFG) e Érica Renata Souza (Universidade Federal de Minas Gerais) SESSÃO 2 - Cecília Maria Bacellar Sardenberg (Universidade Federal da Bahia) e Felipe Bruno Martins Fernandes (Universidade Federal da Bahia)

Este minicurso pretende apresentar contribuições antropológicas dentro do campo de estudos de gênero e sexualidade. A primeira sessão, “Antropologia e problemas de gênero e sexualidade”, pretende situar algumas discussões antropológicas em torno da pluralidade das identidades e expressões de gênero contemporâneas, com foco em questões relacionadas a corpo, identidade e política a partir de pesquisas atuais. A segunda sessão, “Antropologia Feminista no Norte e Nordeste", busca traçar uma genealogia das pesquisas sobre mulheres, gênero e feminismos no Norte e Nordeste do Brasil, atentando para os principais eixos e discussões do campo com foco em abordagens com perspectivas feministas. Objetiva também historicizar a emergência da Antropologia Feminista nessas regiões do país. Com essas sessões, o minicurso possibilitará ao grupo a construção de reflexões clássicas e contemporâneas acerca da constituição da antropologia do gênero e da sexualidade no Brasil, articulando temáticas e trabalhos que permitiram a consolidação do gênero e da sexualidade como temas centrais de nossa disciplina.

Trabalhos Ministrantes

Antropologia e problemas de gênero e sexualidade

Situaremos discussões em torno da pluralidade de identidades e expressões de gênero contemporâneas, focando questões relacionadas a corpo, identidade e política. Sugestões de leitura:

ALMEIDA, G. Homens trans: novos matizes na aquarela das masculinidades? Estudos Feministas, 20(2), ago. 2012. BENTO, B; PELÚCIO, L. Despatologização do gênero: a politização das identidades abjetas. Estudos Feministas, 20(2), ago. 2012. GRÉMAUX, R. Woman Become Man in the Balkans. HERDT, G. Third sex, Third Gender. New York: Zone Books, 1996. HALBERSTAM, J. Repensando o sexo e o gênero. MISKOLCI, R.; PELÚCIO,L.. Discursos fora da ordem. SP: Annablume, 2012. PERLONGUER, N. Introdução e O negócio do desejo. O negócio do michê. SP: Perseu Abramo, 2008. PRECIADO, B. Multidões queer. Estudos Feministas, 19(1), 2011. TEIXEIRA, F. Histórias que não têm era uma vez. Estudos Feministas, 20(2), ago. 2012.

Autor(a): Camilo Braz - Universidade Federal de Goiás (UFG)

Coautor(a/es): Érica Renata Souza - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Minicurso 02. Arte e política.

Local: AUDITÓRIO 412, CCHLA. Dias e Horários: Quinta-feira, Sexta-feira e Sábado (08:00-10:00)

Coordenador(es): Marcos Alexandre dos Santos Albuquerque (UERJ) e Vitor Pinheiro Grunvald (Faculdade Cásper Líbero)

Ministrantes: SESSÃO 1 - Vitor Pinheiro Grunvald (Faculdade Cásper Líbero) SESSÃO 2 - Julia Ruiz Di Giovanni (Departamento de Antropologia USP) SESSÃO 3 - Syntia Pereira Alves (Centro Universitário Belas Artes)

Nos últimos anos, o interesse por perspectivas analíticas que considerem as diversas formas de eficácia política das artes tem aumentado de forma marcante, seja pelo reflorescimento acadêmico de discussões em torno da agência dos artefatos e da dimensão política das imagens e práticas corporais, seja pelo cenário social contemporâneo no qual expressões e obras artísticas tem sido usadas como parte de proposições públicas sobre problemas e questões sociais proeminentes. A partir deste contexto, o minicurso pretende discutir o entrelaçamento entre práticas artísticas e atuações políticas, tendo como pano de fundo as maneiras por meio das quais a arte possibilita um tipo peculiar de engajamento social. O minicurso será dividido em três sessões nas quais serão abordadas:

1 – A maneira pela qual artistas se valeram de práticas de travestimento para tensionar tanto questões do próprio campo artístico quanto tabus relacionados à concepções de gênero e sexualidade.

2 – Os deslocamentos e usos da distinção entre arte e política no cenário contemporâneo, pensados a partir das práticas desenvolvidas por artistas fora do campo de visibilidade da arte e sua relação com a dimensão poética e performativa dos chamados novíssimos movimentos sociais.

3 – A apropriação política de obras literárias e sua atuação em contextos de luta social, entendendo arte e política como atuações que se encontram, atraem-se e, muitas vezes, rejeitam-se mutuamente, tornando sua relação tensa e indissociável.

Trabalhos Ministrantes

Apontamentos e reflexões sobre arte e travestimento

Ao longo do século XX, diversxs artistas tem utilizado suas obras para problematizar questões e lugares sociais relativos ao gênero e à sexualidade. Nesta seção, discutiremos artistas e estratégias que se valeram de práticas de travestimento em seus agenciamentos e concepções. Que enunciados são adiantados por estas obras? Que políticas são colocadas por estes enunciados? Como o travestimento foi operacionalizado por artistas na composição de auto ou alter-retratos fotográficos? Quais, portanto, são relações possíveis entre travestimento e fotografia? Essas são algumas das questões que serão pensadas e discutidas. Autor(a): Vitor Pinheiro Grunvald (Faculdade Cásper Líbero)

Práticas em trânsito entre arte e política A aula reflete sobre deslocamentos e usos das relações entre arte e política no cenário contemporâneo (1990 - 2016), discutindo como a abordagem etnográfica e a teoria antropológica podem nos ajudar a entender a radicalidade de práticas que, na fronteira entre o ativismo e a criação artística, não se prestam a ser analisadas nem exclusivamente sob o critério de sua eficácia política, nem apenas sob o critério de sua natureza “estética”. Neste cenário, propomos colocar em debate algumas categorias e percursos analíticos relevantes para a investigação de formas da ação política que buscam no universo do experimentalismo artístico seus procedimentos e perspectivas, bem como dos processos estéticos que se aproximam do universo de ação que consideramos próprio dos movimento sociais – o protesto, a denúncia, a reivindicação, a ação direta, as formas coletivas de reflexão e tomada de decisão.

Autor(a): Julia Ruiz Di Giovanni (Departamento de Antropologia USP)

Arte como forma de atuação política

A partir da ideia de política como conceito polissêmico, a intenção desta sessão é observar a arte na forma de atuação política e social, não necessariamente ligada a participações partidárias ou ideológicas. Para tanto, será direcionado o olhar para artistas que anteciparam e refletiram situações de guerra no século XX, em momentos em que as sociedades se posicionaram de forma polarizada em ódios de caráter sociopolítico. Assim, o foco desta sessão é observar o artista atuando, não de maneira engajada ou panfletária, mas usando a vida como obra de arte e a arte como ação política. Para isso, parte-se da ideia do artista como sujeito perigoso, enfrentando artisticamente governos autoritários, questionando a moral coletiva imposta ao indivíduo ou a falta de liberdade, situando sua criação na condição de “arte crítica”.

Autor(a): Syntia Pereira Alves (Centro Universitário Belas Artes)

Minicurso 03. Deficiência e confronto etnográfico.

Local: AUDITÓRIO 411, CCHLA. Dia e Horário: Quinta-feira (08:00-10:00)

Coordenador(es): Adriana Dias (COMITÊ DEF ACESSIBILIDADE / AAA / UNICAMP) e Ronaldo Manasses Rodrigues Campos (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ)

Ministrantes: SESSÃO 1 - Viviane Fernandes Conceição dos Santos (UNIT)

Objetivamos neste minicurso Etnografia e Deficiência introduzir o tema para formação de alunos de graduação e pós-graduação na pesquisa etnográfica no campo de estudos da deficiência. A proposta é pensar as especificidades do campo, os confrontos etnográficos específicos, a multiplicidade de metodologias, temas e sujeitos do campo. Como o campo está sendo constituído na Antropologia brasileira, este minicurso viabilizará a apresentação de temas e assuntos chaves, e apresentará espaço para discussão de trabalho etnográfico para os que iniciaram nesse campo.

Minicurso 04. Antropologia em pesquisas na universidade e na escola pública: educação e ensino de Ciências Sociais.

Local: AUDITÓRIO 211, CCSA. Dias e Horários: Quinta-feira, Sexta-feira e Sábado (08:00-10:00)

Coordenador(es): Isaac Nazareno Paiva de Medeiros (Secretaria da Educação do Ceará) e Bernadete de Lourdes Ramos (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ) Ministrantes: SESSÃO 1 - Yuri de Nóbrega Sales (Universidade Federal do Ceará) SESSÃO 2 - José Anchieta Souza Filho (Secretaria da Educação do Ceará) SESSÃO 3- Herlon Alves Bezerra (Instituto Federal do Sertão Pernambucano )

A proposta do minicurso é apresentar experiências que envolvam a relação entre a antropologia e a educação, enfatizando o potencial que o encontro desses dois campos de conhecimento e práticas oferece para uma transformação dos seus respectivos contextos sociais e epistemológicos. Apresenta-se uma antropologia da educação com vocação para exotizar, desestabilizar e oferecer novas bases para as políticas e práticas escolares, mas que, simultaneamente, também se reeduque, ou seja, uma antropologia da educação que vislumbre, como parte de seu horizonte disciplinar, uma educação da antropologia derivada da singularidade de suas práticas de pesquisa. Trata-se de conceber de forma simétrica o vínculo entre antropologia e educação, colhendo desta relação bidirecional a potência para pensar antropologicamente novas concepções e práticas em educação e pedagogicamente novas concepções e práticas na antropologia. Desta forma, com base em experiências desenvolvidas na Secretaria da Educação do Ceará (SEDUC) e/ou na Faculdade de Educação (FACED/UFC), será explorado o itinerário e o impacto da “Didática Antropológica” na formação do professor e do pesquisador, em experimentação na FACED desde 2012 (1ª sessão); dados antropológicos sobre as práticas docentes realizadas na disciplina de Sociologia numa escola de ensino médio em Fortaleza/CE (2ª sessão); além da crítica dos riscos e potenciais ético-metodológicos de pesquisas antropológicas da universidade (3ª sessão). OFICINAS

Oficina 01. As formas sensíveis no viver urbano pelo olhar etnográfico: construir narrativas com imagens.

Local: AUDITÓRIO 1, CA. Dias e Horários: Quinta-feira, Sexta-feira e Sábado (08:00-10:00)

Coordenador(es): Cornelia Eckert (UFRGS) e Fabricio Barreto Fuchs (UFPEL)

Ministrantes: SESSÃO 1 - Jose Luis Abalos Junior (Mestrando em Antropologia Social) SESSÃO 2 - Manoel Cláudio Mendes Gonçalves da Rocha (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) SESSÃO 3 - Roberta Simon (Doutoranda Comunicação Social PUC/RS)

Pretende-se estimular os congressistas, em especial alunos de graduação, a refletirem sobre o viver cotidiano que coloque em alto relevo as formas sensíveis de interagir na cidade, observando e registrando as diversidades de expressões criativas e críticas à cidade normativa. A oficina tem por interesse pensar de que maneira as imagens do outro afetam e sensibilizam o olhar antropológico. Para isto, partimos de uma experiência de ensino- aprendizagem em Antropologia Visual envolvendo pesquisas com imagens relacionadas a intervenções artísticas no mundo urbano. Do trabalho de campo ao projeto expográfico, propõe-se apresentação de seminários e exercícios práticos, a partir do qual busca-se um debate sobre: o processo de captação fotográfica; o pensar por imagens e a construção de narrativas; e as reciprocidades e processos criativos em pesquisas coletivas e produção de conhecimento com imagens. Neste contexto, são tensionados, além do processo de inserção em campo e o compromisso ético do antropólogo, as formas de compartilhamento sensível, o fazer antropológico e a circulação e recepção do trabalho antropológico. De forma mais abrangente, visa dar conta da compreensão da imagem em diferentes aspectos que possam contribuir para o fazer etnográfico, permitindo aos participantes da oficina a aproximação com diferentes aspectos e problemáticas da utilização, apresentação e circulação da imagem na sociedade.

Trabalhos Ministrantes

Aprendendo por imagens: experienciando as produções, coleções e narrações no trabalho etnográfico.

- Apresentação de atividades do NAVISUAL/PPGAS/UFRGS, do grupo participante e das experiências de produção coletiva de conhecimento em Antropologia Visual, abordando os desafios e possibilidades de trabalho com e através de imagens; - Questões relativas à técnica da fotografia e a produção de imagens, articulando sua utilização com a pesquisa fotoetnográfica; - Trabalho com bancos de conhecimento para pensar a produção de coleções etnográficas com o aporte de narrativas em hipermídia; - Produção de Narrativas Visuais através da divisão de grupos de trabalho e distribuição de coleções fotográficas resultantes de pesquisas antropológicas. A proposta é que cada grupo debata as imagens e as possibilidades narrativas que estas configuram, para então compor uma narrativa visual a partir daquele conjunto de fotografias.

Autor(a): Jose Luis Abalos Junior (Mestrando em Antropologia Social)

Aprendendo por imagens: experienciando a produção coletiva de roteiros, saídas de campo e expografias no trabalho etnográfico

- Desenvolvimento de um exercício de saída de campo para a captação de imagens, visando a construção da(s) narrativa(s) fotográfica(s) e a elaboração de uma proposta de expografia; - Retorno da saída de campo e planejamento da expografia através de curadoria compartilhada, definição de materiais e suportes variados, e o uso do espaço expográfico; - A segunda etapa da sessão envolve a apresentação dos projetos expográficos, seguido do debate aberto com os participantes a fim de possibilitar o intercâmbio de experiências e compartilhamento das propostas; - Discussão em torno dos desafios e potencialidades do uso de narrativas com imagens em pesquisas etnográficas e suas contribuições para o fazer antropológico;

Participantes: Trazer dispositivo de captação de imagem (smartphone com câmera, point-and-shoot ou câmera DSLR)

Autor(a): Manoel Cláudio Mendes Gonçalves da Rocha (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

Aprendendo por imagens: experienciando a produção expográfica no trabalho etnográfico

- Apresentação dos projetos expográficos, seguido do debate aberto com os participantes a fim de possibilitar o intercâmbio de experiências e compartilhamento das propostas; - Discussão em torno dos desafios e potencialidades do uso de narrativas com imagens em pesquisas etnográficas e suas contribuições para o fazer antropológico. Autor(a): Roberta Simon (UnB)

Oficina 02. Ensaios Fotográficos selecionados para o Prêmio Pierre Verger.

Local: Cine Aruanda, CCTA. Dias e Horários: Quinta-feira, Sexta-feira e Sábado (08:00-10:00)

Coordenador(es): Cláudia Turra Magni (UFPel) e Marcos Alexandre dos Santos Albuquerque (UERJ)

Ministrantes: SESSÃO 1 - Fernanda Rechenberg (UFAL) SESSÃO 2 - Ronaldo de Oliveira Corrêa (Universidade Federal do Paraná)

O Concurso Pierre Verger, criado pela Associação Brasileira de Antropologia, comemora, em 2016, vinte anos de existência, tendo se tornado espaço consolidado para a mostra da produção fílmica e fotográfica em pesquisas etnográficas. Desde 2012, após a exposição realizada nas RBAs, os ensaios fotográficos selecionados pela comissão organizadora do Prêmio têm itinerado por centros culturais e instituições acadêmicas de diferentes estados brasileiros, contribuindo para o fortalecimento da rede de antropologia visual e valorizando o investimento intelectual, sensível e técnico dos pesquisadores que trabalham com imagens. O propósito desta Oficina, já realizada na duas edições precedentes da RBA, é de garantir um espaço de reflexão, discussão e trocas, através e a partir das imagens, envolvendo o público, os debatedores convidados (fotógrafos confirmados) e os autores das obras selecionadas, que são convidados a apresentarem seus ensaios fotográficos, articulando visualidade e oralidade, como meio de problematizarem e partilharem suas experiências etnográficas singulares e aprofundarem as implicações epistemológicas que fundamentam este investimento imagético.

Trabalhos Ministrantes

Ensaios fotográficos selecionados para o Prêmio Pierre Verger

A oficina propõe um espaço de reflexão, discussão e trocas no campo da antropologia visual, mais especificamente em torno da imagem, etnografia e fotografia, a partir e através dos trabalhos selecionados para o Prêmio Pierre Verger da Associação Brasileira de Antropologia. Os trabalhos serão apresentados pelos autores das obras selecionadas, os quais serão provocados pelos debatedores e pelo público presente a compartilharem suas experiências etnográficas e de produção de imagens, aprofundando as reflexões metodológicas e as implicações epistemológicas na produção do conhecimento antropológico por imagens.

Autor(a): Fernanda Rechenberg (UFAL)

Ensaios fotográficos selecionados para o Prêmio Pierre Verger

A oficina propõe um espaço de reflexão, discussão e trocas no campo da antropologia visual, mais especificamente em torno da imagem, etnografia e fotografia, a partir e através dos trabalhos selecionados para o Prêmio Pierre Verger da Associação Brasileira de Antropologia. Os trabalhos serão apresentados pelos autores das obras selecionadas, os quais serão provocados pelos debatedores e pelo público presente a compartilharem suas experiências etnográficas e de produção de imagens, aprofundando as reflexões metodológicas e as implicações epistemológicas na produção do conhecimento antropológico por imagens.

Autor(a): Ronaldo de Oliveira Corrêa (Universidade Federal do Paraná)

Oficina 03. Entre corpos "desviantes" e medicalizações "imorais".

Local: E108, CA. Dias e Horários: Quinta-feira e Sexta-feira (08:00-10:00)

Coordenador(es): Adriana Dias (COMITÊ DEF ACESSIBILIDADE / AAA / UNICAMP) e Fagner Carniel (UEM)

Ministrantes: SESSÃO 1 - Helena Moura Fietz (UFRGS) SESSÃO 2 - Roberta Reis Grudzinski (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

Como compreender as diferentes moralidades implicadas nas práticas de medicalização? Quais significados estariam em disputa na postulação das curas e dos tratamentos atuais? Que efeitos as recentes políticas públicas de saúde podem gerar sobre experiência das pessoas e das coletividades atendidas? Enquanto nos confrontamos com o debate nacional pelo direito à saúde, suscitado continuadamente por usuários, profissionais, empresas farmacêuticas, políticos, e demais agentes do campo, a construção dos sujeitos “pessoa com deficiência” e “pessoa com doença rara” são afetados por toda sorte de interlocução social. A falta de políticas públicas para estas pessoas, que vem sendo recentemente resolvida, no Brasil e no mundo, gera debates que vão desde à sistemas classificatórios, à questão do cuidado, de direito à saúde, à biosociabilidade e à novas práticas de eugenia. Diante desse contexto, a oficina proposta pretende pensar a etnografia como uma prática capaz de oferecer elementos para compreender as maneiras pelas quais as noções de saúde e de doença se inscrevem na ordem social aproximando o biológico e o social na fabricação de categorias de sujeitos. Para tanto, o uso de Canabidiol (CBD), a denominada “maconha medicinal”, será assumida enquanto um fenômeno complexo que articula dimensões científicas, morais e políticas ao debate sobre a medicalização de pessoas que escapam aos padrões de saúde, normalidade e corporalidade estabelecidos pelas políticas públicas vigentes.

Oficina 04. Inserção Profissional do/a antropólogo/a.

Local: E111, CA. Dias e Horários: Quinta-feira, Sexta-feira e Sábado (08:00- 10:00)

Coordenador(es): Janaína Campos Lobo (INCRA) e Leonardo Leocádio da Silva (Ministério Público Federal)

Ministrantes: SESSÃO 1 - Ana Paula Comin de Carvalho (UFRB) SESSÃO 2 - Gustavo Hamilton de Sousa Menezes (FUNAI) SESSÃO 3 - Henyo Trindade Barretto Filho (IEB)

A promulgação da Constituição Federal de 1988 e o consequente reconhecimento no texto constitucional dos direitos sociais e culturais de diferentes expressões étnicas, demandou a atuação técnico-científica de antropólogos. Nesse sentido, cada vez mais antropólogos participam deste processo como agentes públicos cujo conhecimento acadêmico passa a ter repercussão mais imediata sobre as políticas públicas. Dessa forma, as sessões desta oficina apresentarão diversas leituras desse exercício antropológico, aglutinando observações e reflexões setorizadas desses profissionais diante da atual conjuntura política e social ancorada em projetos de desenvolvimento e ações que fragilizam direitos de grupos étnicos e socialmente vulneráveis, a exemplo da instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito, destinada a investigar a atuação da Fundação Nacional do Índio e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária na demarcação de terras indígenas e de territórios quilombolas, criada por requerimento de parlamentares da chamada bancada ruralista, os quais pretendem com isso criar obstáculos ao reconhecimento dos direitos territoriais. Considerando que esse tipo de atuação de antropólogos fora da academia suscita questões de natureza ética, política e metodológica, esta oficina objetiva ainda discutir as possíveis implicações da regulamentação da profissão e avançar com as discussões do Comitê Inserção Profissional do/a antropólogo/a da ABA. Oficina 05. Por meio do fazer: correspondências entre modos de produção de conhecimento em antropologia, arquitetura, artes e design.

Local: F108, CA. Dias e Horários: Quinta-feira e Sexta-feira (08:00-10:00)

Coordenador(es): Raquel Gomes Noronha (Universidade Federal do Maranhão), Zoy Anastassakis (Universidade do Estado do Rio de Janeiro (ESDI/UERJ) e Aina Guimarães Azevedo (University of Aberdeen)

Ministrantes: SESSÃO 1 - Raquel Gomes Noronha (Universidade Federal do Maranhão), Zoy Anastassakis (Universidade do Estado do Rio de Janeiro (ESDI/UERJ) e Aina Guimarães Azevedo (University of Aberdeen) SESSÃO 2 - Raquel Gomes Noronha (Universidade Federal do Maranhão), Zoy Anastassakis (Universidade do Estado do Rio de Janeiro (ESDI/UERJ) e Aina Guimarães Azevedo (University of Aberdeen)

A oficina se referencia em recente debate sobre a prática da antropologia que termina por aproximar seus modos de produção de conhecimento daqueles associados às artes, à arquitetura e ao design: seja propondo assumir o processo de projeto (design) como modelo ou metáfora para o fazer antropológico (Rabinow, Marcus 2008), seja através da expressão “drawing things together” (Latour 2008), ou de noções como “Graphic Anthropology” (Ingold 2011, 2013), “anthropology by means of design” (Ingold 2013) e “Design Anthropology” (Gunn, Donovan 2012; Gunn, Otto, Smith 2013;

Halse 2008). Em meio ao debate, tem interesse processos de pesquisa em que o fazer (Ingold 2013) se destaca como modo de conhecer e pensar, implicando em experiências práticas viabilizadas seja por técnicas de observação, engajamento e descrição, ou por exercícios de imaginação coletiva, correspondência (Ingold 2013) e colaboração entre pesquisadores, materiais e processos. Aqui se pretende reunir experiências empíricas que explorem a produção de conhecimento antropológico através do fazer por meio de outras atividades. São bem-vindos pesquisadores de variadas áreas e antropólogos envolvidos em formas de pesquisa e produção de conhecimento não convencionais, ou em projetos transdisciplinares, colaborativos, experimentais. As apresentações podem ser acompanhadas ou se dar por meio de breves oficinas, performance, dança, desenho, intervenção, projeção, vídeo, exposição visual, táctil, etc.

Trabalhos Ministrantes

Coisas que falam Os participantes da oficina deverão apresentar seus processos de pesquisa através de narrativas organizadas por meio de artefatos, materiais ou documentos que serão expostos ao grupo. Nesse momento, os demais participantes serão convidados a registrar as apresentações uns dos outros por meio de desenhos, diagramas e mapas. As coisas apresentadas devem estar relacionadas a experiências práticas de pesquisa em que o fazer se destaque como modo de conhecer e pensar. Ao fim da sessão, todos os participantes terão compartilhado suas experiências de pesquisa, não somente a partir de apresentações orais, mas, principalmente, através da exposição de materiais que estejam na base de determinadas experiências práticas de pesquisa. Esse compartilhamento estará registrado por todos os participantes, gerando assim material de trabalho para a sessão seguinte.

Autor(a): Raquel Gomes Noronha (Universidade Federal do Maranhão), Zoy Anastassakis (Universidade do Estado do Rio de Janeiro (ESDI/UERJ) e Aina Guimarães Azevedo (University of Aberdeen)

Desenho coletivo

As três coordenadoras apresentarão suas experiências de pesquisa, explorando sobretudo os meios, gráficos e materiais, por meio dos quais elas se realizam. Essas apresentações fornecerão insumos para um exercício de desenho coletivo em que os participantes serão instigados a construir, de forma improvisada, uma imagem que torne visível o debate em torno dos processos de pesquisa compartilhados nos dois dias da oficina, projetando possíveis correspondência entre as experiências compartilhadas por todos. Assim, pretende-se ancorar o debate sobre a correspondência entre modos de produção de conhecimento em antropologia, arquitetura, artes e design a um exercício de registro e projeção organizado em torno de coisas gráficas, tais como desenhos, mapas e diagramas.

Autor (a): Zoy Anastassakis (Universidade do Estado do Rio de Janeiro (ESDI/UERJ), Raquel Gomes Noronha (Universidade Federal do Maranhão) e Aina Guimarães Azevedo (University of Aberdeen)

Oficina 06. Povos Tradicionais, Meio Ambiente e Grandes Projetos: a discussão do tema na educação básica e no ensino da antropologia nos cursos de graduação.

Local: AUDITÓRIO 2, CA. Dias e Horários: Quinta-feira, Sexta-feira e Sábado (08:00-10:00)

Coordenador(es): Stephen Grant Baines (Universidade de Brasília) e Vânia Rocha Fialho de Paiva e Souza (UPE)

Ministrantes: SESSÃO 1 - Andrea L. M. Zhouri (UFMG) SESSÃO 2 - Gersem José dos Santos Luciano (Universidade Federal do Amazonas) SESSÃO 3 - Walmir da Silva Pereira ()

Diante da crescente onda conservadora e a necessidade de ampliarmos a discussão sobre os direitos dos povos e comunidades tradicionais, a oficina busca: (a) avaliar a conjuntura atual neste momento em que as políticas do Estado visam à integração do Brasil em uma economia mundial neoliberal, que respaldam as práticas corporativas de caráter neoextrativista, e (b) sensibilizar e instrumentalizar professores da educação básica e do ensino superior, nas disciplinas de Antropologia e afins, para o trato da temática. Nos últimos anos, vemos a instalação de megaprojetos de hidrelétricas e complexos minerários, sistemas portuários, pecuária de escala industrial, além dos monocultivos, que são alguns dos principais ingredientes dessa economia voltada para a extração e exportação. Esse conjunto de empreendimentos vem impactando contextos urbanos e rurais e serão discutidos a partir de instrumentos normativos recentes e das situações que envolvem os grandes projetos, ameaçando as formas de vida dos povos tradicionais. Há violação do direito à moradia, criminalização dos movimentos sociais, violação do direito de acesso à justiça e promoção de situações que tornam as populações atingidas ainda mais vulneráveis. São esses todos temas que podem ser lidos a partir do referencial teórico e conceitual da Antropologia. Com a proposta, objetivamos contribuir para a popularização da ciência antropológica e para o estímulo à análise crítica da realidade no campo da educação.

Trabalhos Ministrantes

Direitos dos povos e comunidades tradicionais: Meio ambiente e grandes projetos no Nordeste e Sudeste do Brasil A sessão visa a apresentar o contexto atual de desenvolvimento no Brasil, associado a um projeto de nação que vêm negligenciando os direitos dos povos e comunidades tradicionais. A ênfase será dada aos marcos conceitual e legal, aos empreendimentos e às tensões em torno do licenciamento ambiental nas regiões Nordeste e Sudeste, e os impactos sobre os povos e comunidades tradicionais. Como forma de aproximação da temática ao ensino Ciências Sociais e da Antropologia na educação básica e superior, serão associados à discussão, os conceitos e as teorias que possibilitem a instrumentalização do professor/a para abordar o tema.

Autor(a): Andrea L. M. Zhouri (UFMG)

A educação escolar indígena na Amazônia brasileira e o acesso dos indígenas ao ensino superior

Avalia-se a educação escolar indígena em sensibilizar professores da educação básica e do ensino superior, nas disciplinas de Antropologia e afins, para tratar da temática de grandes projetos. Os povos indígenas do alto Rio Negro buscaram apropriar-se do que pode ser útil das ideias de desenvolvimento na escola, transformando-as para atender seus interesses, parte da estratégia por retomada da autonomia ou a capacidade de manejo do mundo. Uma nova estratégia política de envolvimento com as políticas do Estado está relacionada à escolarização dos indígenas. O coordenador Stephen Baines abordará brevemente o acesso de indígenas ao ensino superior por meio de cotas e vagas reservadas, e o papel do Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena da UFRR. Atualmente cerca de 8 mil indígenas cursam o ensino superior no Brasil (SECADI/MEC), resultado da Lei de Cotas e das ações afirmativas.

Autor(a): Gersem José dos Santos Luciano (Universidade Federal do Amazonas)

Povos indígenas e espaços de atuação antropológica no Sul do Brasil

Reconhecendo que o surgimento da ciência antropológica no contexto colonial do séc. XIX, associado às políticas de controle do outro e da mudança social a partir de padrões euro referenciados, imprimiu à disciplina distintividade de natureza descritiva, analítica e de “intervenção”, importa refletir sobre algumas dimensões estratégicas em que a inter-relação Ambiente, Povos Indígenas e Projetos de Desenvolvimento assume hoje destaque sociopolítico e acadêmico. Na sessão 3, propõem-se o exame da conjuntura de processos conflitivos entre povos indígenas e poderes privados e públicos estatuídos no espaço social sulino e a análise da perspectiva (in)formativa e metodológica de atuação d@s antropólog@s e da antropologia social no eixo temático de Povos Indígenas, Meio Ambiente e Grandes Projetos de Desenvolvimento e sua potencialidade de abordagem em contextos formais na educação básica.

Autor(a): Walmir da Silva Pereira (UNISINOS)

Oficina 07. História(s) na Amazônia nos "termos" dos povos indígenas.

Local: F110, CA. Dia e Horário: Quinta-feira, Sexta-feira e Sábado (08:00- 10:00)

Coordenador(es): Jane Felipe Beltrão (Universidade Federal do Pará) Ministrantes: SESSÃO 1 - Jane Felipe Beltrão (Universidade Federal do Pará), Breno Neno Silva Cavalcante (Universidade Federal do Pará), Edimar Antonio Fernandes (Universidade Federal do Pará) e Rhuan Carlos dos Santos Lopes (Universidade Federal do Pará).

Discutir História(s), Alteridade e Consciência Histórica entre povos indígenas na Amazônia. Correlacionar os conceitos à produção de Histórias Indígenas. Apresentar aos/as participantes os conceitos fundamentais; trabalhar as questões relevantes referentes à História indígena e discutir como e porque insistir nas Histórias Indígenas nos "termos" dos protagonistas.

Trabalhos Ministrantes

Consciência histórica entre povos indígenas: narrativas do passado, ensinamentos para o presente

A historicidade das etnias indígenas está permeada pelo tempo cronológico e tempo “mítico” no qual o passado pode estar distante, mas se faz presente constantemente enquanto ensinamento efetuado através de narrativas.Há nisso a articulação interna, necessária à organização dos fatos no tempo, inteligível na lógica dos grupos, e com categorias imbuídas de sentido. Sendo assim, esta seção propõe dialogar com o conceito de “consciência histórica”, tendo em vista as lógicas particulares de narrativa do passado dos povos indígenas. Entendemos que tais narrativas possuem os elementos de estruturação de fatos no tempo e, por isso, são registros históricos culturalmente produzidos.

Autor(a): Rhuan Carlos dos Santos Lopes (Universidade Federal do Pará)

Trajetórias indígenas contemporâneas

No percurso das investidas anticolonialistas, muitos povos indígenas lutam contra os efeitos prejudiciais e perturbadores causados pela colonização, a reflexão sobre nossa própria realidade e, a chance de apresentá-la em espaços acadêmicos, pode ser considerado como uma das estratégias utilizadas na luta contra as desigualdades e opressões que se manifestam de forma incisiva em nosso tempo. Nesta seção, pretendo apresentar minha trajetória de vida e estudantil, no sentido de possibilitar vislumbrar os percalços e sucessos das ações políticas empreendidas na luta pela autonomia dos povos indígenas. Trata-se de refletir, a partir de histórias de vida, sobre o passado dos povos indígenas em sua interação com outros modos de fazer história. Autor(a): Edimar Antonio Fernandes (Universidade Federal do Pará)

Oficina 08. Como ensinar e aprender História da África.

Local: F111, CA. Dia e Horário: Quinta-feira, Sexta-feira e Sábado (08:00- 10:00)

Coordenador(es): Rhuan Carlos dos Santos Lopes (Universidade Federal do Pará).

Ministrantes: SESSÃO 1 - Rhuan Carlos dos Santos Lopes (Universidade Federal do Pará), Breno Neno Silva Cavalcante (Universidade Federal do Pará), Edimar Antonio Fernandes (Universidade Federal do Pará), Jane Felipe Beltrão (Universidade Federal do Pará)

Discutir as formas de ensinar História da África, enfocando a descolonização, o processo pós-colonial, o pan-africanismo e as identidades africanas num mundo diverso e globalização, produzindo discussões sobre as correlações África/Brasil.

Trabalhos Ministrantes

Eixos explicativos da História da África: do eurocentrismo à historiografia africana

Até meados do século XX, parte significativa da história da África foi produzida por pesquisadores europeus, comprometidos com a perspectiva colonialista, desconsideravam-se particularidades das ações dos nativos, particularmente no que diz respeito às práticas de resistência. A renovação historiográfica adveio com os historiadores do continente, formados no contexto de combate ao mundo colonial. Nesta seção, pretendo apresentar as inflexões nesses eixos explicativos, tendo atenção aos conceitos de resistência e soberania dos povos do continente africano.

Autor(a): Edimar Antonio Fernandes (Universidade Federal do Pará) Organização política indígena contemporânea frente aos grandes empreendimentos brasileiros

É marcante atualmente a organização dos povos indígenas, no Brasil, frente aos projetos econômicos que desconsideram as dinâmicas comunitárias nativas e atacam diretamente seus territórios e modos de vida. Não sendo novidade essas ações de Estado, também não são novas as táticas indígenas de enfrentamento. Diante disso, esta seção discutirá o contexto contemporâneo do movimento indígena, considerando suas lutas por direitos etnicamente diferenciados.

Autor(a): Breno Neno Silva Cavalcante (Universidade Federal do Pará)

Resistência africana e ação colonial

As ações coloniais sobre o continente africano tiveram como um dos resultados a construção de ideias de submissão dos povos nativos. Todavia, as respostas desses grupos foram sistemáticas ao longo de todo período colonial. Apesar de parecerem dispersas, em fins do século XIX e início do XX, havia unidade no conjunto de práticas de resistência: manutenção do território, da cultura e da autonomia dos grupos, sua religião e modo de vida tradicional. Esta seção pretende apresentar algumas fontes históricas que podem ser utilizadas em sala de aula, no sentido de evidenciarem a atuação dos povos africanos frente ao avanço colonial.

Autor(a): Breno Neno Silva Cavalcante (Universidade Federal do Pará)

Oficina 09. Protagonismo Indígena em Processos de Reconhecimento de Terras Indígenas.

Local: H108, CA. Dias e Horários: Quinta-feira, Sexta-feira e Sábado (08:00- 10:00)

Coordenador(es): João Pacheco de Oliveira Filho (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e Eloi dos Santos Magalhães (Universidade Federal do Ceará)

Ministrantes: SESSÃO 1 - Ronaldo de Queiroz Lima (Universidade Federal do Ceará) SESSÃO 2 - Daniela Fernandes Alarcon (Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro) SESSÃO 3 - Hosana Celi Oliveira e Santos (UFPE)

A mobilização de grupos indígenas pelo reconhecimento e garantia de seus direitos ensejam a oportunidade para refletirmos sobre a construção de espaços políticos de protagonismo, em que os índios como sujeitos históricos investidos em variados projetos étnicos e inseridos em contextos sociais diversos (re)elaboram tomadas de posição experenciadas em organizações indígenas, implementações de políticas públicas e no âmbito de instancias diferentes do Estado e da sociedade civil. Assim, esta oficina mostra-se como uma oportunidade de convergência para a discussão dos trabalhos de pesquisadores que dialogam com o tema, incluindo, obviamente, a participação de indígenas e demais participantes interessados da 30ª RBA.

Trabalhos Ministrantes

“Força e luz nas correntes das médiuns em nome de Deus”: sobre a territorialização dos índios Tremembé em Queimadas, Acaraú no Ceará

Nos anos 1980, a Terra Indígena Queimadas foi suprimida pelo Perímetro Irrigado Baixo Acaraú, situação que continuou durante a década de 1990. Os índios ficaram sem terra para plantar e morar, então, houve a expulsão desse grupo de sua terra tradicional. O foco desse trabalho é mostrar a retomada de Queimadas pelos Tremembé da posse do Perímetro Irrigado, dando ênfase à perspectiva cultural possível ao se tomar como foco a formação social do grupo de curadores. Nesse ínterim, o processo ritual de cura se revelou como um fator de organização social na reorganização social do grupo. Revelou-se também que o encantado presente nessa ritualística indígena Tremembé da cura foi um agente político no processo de retomada da terra tradicional de Queimadas.

Autor(a): Ronaldo de Queiroz Lima (Universidade Federal do Ceará)

Retomadas de terras: uma análise sobre as estratégias de intervenção política dos Tupinambá da aldeia Serra do Padeiro, Bahia

De 2004 até hoje, os Tupinambá da aldeia Serra do Padeiro, situada na Terra Indígena Tupinambá de Olivença, sul da Bahia, recuperaram cerca de 70 áreas no interior do território que tradicionalmente ocupam e que estavam em posse de não indígenas. A realização de "retomadas de terras" se entrelaça à construção de um projeto político próprio, assentado no retorno dos indígenas dispersos, no culto aos "encantados" e na recuperação de práticas econômicas específicas. Esta apresentação debruçar-se-á sobre as retomadas de terras levadas a cabo na aldeia Serra do Padeiro, caracterizando-as como sua principal estratégia de intervenção política. Buscar-se-á historiar as retomadas de terras nessa aldeia, estabelecendo conexões com outros processos de recuperação territorial indígena no sul e extremo sul da Bahia e delineando o projeto político mais amplo em que essas formas de ação se inscrevem.

Autor(a): Daniela Fernandes Alarcon (Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Dinâmicas Sociais e Estratégias Territoriais: A organização Social Xukuru no Processo de Retomada

Este trabalho pretende analisar as lutas políticas, a dinâmica social e as práticas organizacionais do povo indígena Xukuru do Orurubá, localizado entre os municípios pernambucanos de Pesqueira e Poção, a 216 quilômetros do Recife. O trabalho de campo, de cunho etnográfico, se deu durante o processo de regulação fundiária em que os Xukuru utilizaram diferentes estratégias para fazer valer seus direitos. Nossas considerações se atêm ao processo de territorialização tendo como foco as retomadas e as práticas rituais, considerando como essas estratégias políticas exerceram um papel central na modificação da forma de organização política desse povo, a partir das mudanças políticas de 1980. Enfim, esse estudo se destina ao entendimento de como, diante deste campo modificado de atuação indígena, os Xukuru têm afirmado suas especificidades e apresentado criativas formas de ação.

Autor(a): Hosana Celi Oliveira e Santos (UFPE) REUNIÕES

Comitê Antropologia Visual Sala E101, CA, Quinta-feira, 13h-14h

Comitê Patrimônio e Museus Sala E103, CA, Quinta-feira, 8h-10h

Comitê Deficiência e Acessibilidade Auditório 411, CCHLA, Quinta-feira, 13h-14h

Cotas para pessoas com deficiência na pós Auditório 411, CCHLA, Sexta-feira, 13h-14h

Reunião entre Representante de Antropologia e Arquelogia da CAPES e Coordenadores dos Programas sobre a Avaliação Quadrienal de CAPES Auditório 2, CA. Quarta-feira, 14h-17h

Comissão de Assuntos Indígenas, Suicídios entre povos indígenas Auditório 2, CA. Quinta-feira, Sexta-feira e Sábado, 13h-14h.

IUAES Sala E105, CA. Sexta-feira, 8h-10h.

Revistas de Antropologia Sala E105, CA. Sábado, 8h-10h.

Comitê Migração e Deslocamentos Sala F101, CA. Sexta-feira, 8h-10h.

Comitê Povos Tradicionais, Meio Ambiente e Grandes Projetos Sala F103, CA. Sábado, 13h-14h.

Comitê Quilombos Sala F105, CA. Sábado, 8h-10h.

Comissão de Direitos Humanos Sala F106, CA. Sexta-feira, 8h-10h.

Comissão do Prêmio Heloisa Alberto Torres Sala H101, CA. Sábado, 8h-10h.

IV Embra Sala G103, CA. Sábado, 8h-10h. Comitê Inserção Profissional do Antropólogo/a Sala G105, CA. Sexta-feira, 13h-14h.

Grupo de pesquisa LEME Sala E106, CA. Sexta-feira, 8h-10h.

Projeto Nova Cartografia Social Sala G103, CA. Quinta-feira, 8h-10h. MESAS REDONDAS

Quinta-feira (14h30-16h30) MR - 3, 4, 6, 8, 9, 11, 12, 14, 16, 19, 26, 31, 38, 39, 40. Sexta-feira (14h30-16h30) MR - 1, 15, 17, 23, 28, 30, 36, 37, 41. Sábado (14h30-16h30) MR - 2, 5, 7, 10, 13, 18, 20, 21, 22, 24, 25, 27, 29, 32, 33, 34, 35.

MR 01. A Construção da Etnicidade: Território, Mobilização e Éticas do “bem viver”. Local: AUDITÓRIO 412, CCHLA. Dia e horário: Sexta-feira (14h30-16h30)

Coordenação: Alexandra Barbosa da Silva (Universidade Federal da Paraíba)

Participantes: Edviges Marta Ioris (Universidade Federal de Santa Catarina), Kelly Emanuelly de Oliveira (Universidade Federal da Paraíba), Pablo Quintero (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

Debatedor: João Pacheco de Oliveira Filho (Universidade Federal do Rio de Janeiro)

O intuito desta mesa é apresentar análises sobre construções identitárias relativas a povos indígenas a partir de múltiplos aspectos e escalas. Se o território tem muitas vezes se revelado preponderante em tais construções, as esferas sociais e de atividades nas quais estas se desenvolvem são bastante diversas, perpassando redes de relações tecidas a nível local, nacional e mesmo internacional. Os processos de constrição territorial e as expectativas de organização sociopolítica e cultural segundo moldes definidos pelos Estados-nacionais se revelam molduras direcionadoras na construção de respostas de pessoas e povos indígenas perante estes mesmos Estados. Contudo, tem-se percebido que arranjos específicos, envolvendo as comunidades locais, definidas nos níveis íntimos da vida cotidiana (em geral com base no parentesco e nos grupos domésticos), bem como as alianças construídas no seio do movimento indígena, ou ideologias nativas relativas ao “bem viver” se revelam potentes canalizadores para sentimentos, valores e estratégias identitárias. Tais dinâmicas se desenrolam em processos orientados por diretrizes capitalistas de desenvolvimento, conferindo extrema importância à afirmação de uma condição étnica.

MR 02. Ações antropológicas e ajuda humanitária: novos desafios. Local: A104, CA. Dia e horário: Sábado (14h30-16h30)

Coordenação: Maria Eunice de Souza Maciel (UFRGS). Participantes: Patrice Schuch (UFRGS), Carlos Alberto Caroso Soares (Universidade Federal do Sul da Bahia), Jean-François Véran (PPGSA/IFCS/UFRJ)

A proposta aqui apresentada é a de discutir a capacidade e limites da realização de ações associadas ao conhecimento antropológico. Esta proposta traz em si as questões suscitadas no exercício da etnografia enquanto uma prática que se faz a partir da reflexividade, questionando-se sobre as possibilidades da ação antropológica, em particular as relacionadas com temas que envolvem as diversidades e desigualdades presentes nas sociedades contemporâneas, abarcando questões como a pobreza, saúde, discriminação e muitas outras. Hoje, esta discussão está ligada às várias ações envolvidas no que se chama, de uma maneira geral, ajuda humanitária. Geralmente relacionada às catástrofes provenientes de conflitos (tais como guerras) ou de eventos “naturais” (cuja superação depende de configurações sociais e políticas), implica em grandes problemas atuais, entre os quais os referentes aos grandes deslocamentos humanos, identidades, etnicidades, territorialidades enfim, a questões que são, tradicionalmente, objetos de estudos antropológicos. Mais ainda, propõe-se discutir a inserção ética do antropólogo no respeito à autonomia e autodeterminação dos grupos com os quais interage e dialoga, respeitando o fato desses serem protagonistas de seus próprios projetos e terem o direito de escolherem e construírem suas próprias trilhas. Finalmente, a discussão implica em um esforço de aprofundamento na reflexão sobre a própria disciplina enfim, sobre o fazer antropológico.

MR 03. Antropologia & Cinema: diálogos latino-americanos. Local: AUDITÓRIO 411, CCHLA. Dia e horário: Quinta-feira (14h30-16h30)

Coordenação: Debora Breder Barreto (UCP).

Participantes: Pedro Ramiro Mege Rosso (Universidad Católica de Chile), Francisco de la Peña Martínez (Escuela Nacional de Antropologia e Historia), Eliska Altmann (UFRRJ).

Debatedor: Ruben Caixeta de Queiroz (UFMG)

Considerando que nos últimos anos a antropologia, tanto no Brasil quanto no exterior, tem se voltado cada vez mais para o cinema, e a partir das mais diversas perspectivas, esta mesa-redonda propõe reunir pesquisadores latino-americanos que estudam as múltiplas relações entre Antropologia & Cinema. Entendendo que o dispositivo cinema constitui um fenômeno significativo de nossa época, que desvela, em imagens e sons, as utopias e distopias contemporâneas, os trabalhos de Pedro Mege (PUC/Chile), Francisco de La Peña (ENAH/México) e Eliska Altman (UFRRJ/Brasil) tratarão de discutir certas implicações políticas e epistemológicas sobre interpretações de mundos sociais a partir de etnografias do cinema. Inserindo-se no quadro de estudos sobre a contemporaneidade e os novos procedimentos de construção de sentido, essa discussão tem como eixo central a ideia de que o cinema é constituído também pelo não visível – pelo dizível e o indizível –, sendo imprescindível enfocar a complexa teia de relações que conformam seus múltiplos significados.

MR 04. Antropologia da Criança no Brasil. Local: B101, CA. Dia e horário: Quinta-feira (14h30-16h30)

Coordenação: Flávia Ferreira Pires (Universidade Federal da Paraíba).

Participantes: Antonella Maria Imperatriz Tassinari (Universidade Federal de Santa Catarina), Emilene Leite de Sousa (Universidade Federal do Maranhão), Fernanda Bittencourt Ribeiro (Pontifícia universidade Católica do Rio Grande do Sul)

O objetivo central da mesa Antropologia da Criança no Brasil é fazer um balanço da produção antropológica focada na criança como sujeito social a partir de estudos realizados por pesquisadores brasileiros. Se hoje já não há dúvidas sobre a possibilidade da constituição de uma antropologia da criança, como se demandava Charlote Hardman em 1973 (Hardman, 1973) a pergunta “Porque os antropólogos não gostam de crianças?” de Lawrence Hirschfeld (2002) ainda é atual. Gostaríamos de pensar as razões da resistência da antropologia mainstream em incorporar os debates teóricos e as etnografias produzidas a partir das crianças, discussão parecida com a que é feita por Allison James em “Giving voice to children’s voices” (2007). Se de um lado somos alertadas dos perigos da guetização dos estudos antropológicos focados nas crianças, de outro lado, refletindo as experiências bem sucedidas dos Novos Estudos da Infância, principalmente de língua inglesa, gostaríamos de propor uma Antropologia da Criança que encontre eco no nosso país, refletindo nossas particulares culturais, éticas, morais e econômicas. Uma Antropologia Brasileira da Criança (mas não necessidade da criança brasileira), que honre seus/ suas pais/mães fundadores/as, trace sua trajetória e escolha suas temáticas, a partir do diálogo com outras antropologias, nacionais e estrangeiras. A mesa é composta por professoras de 4 unidades da federação que apresentarão suas apostas teórico metodológicas na constituição desse campo. MR 05. Antropologia e Esfera Pública Estatal: possibilidades e dilemas da incidência da disciplina e de seus profissionais em políticas públicas. Local: AUDITÓRIO 212, CE. Dia e horário: Sábado (14h30-16h30)

Coordenação: Henyo Trindade Barretto Filho (IEB). Participantes: Cassio Noronha Inglez de Sousa (Comtexto Consultoria), Marcia Anita Sprandel (Senado Federal), Ricardo Verdum (UFSC)

A mesa se propõe a reunir antropólogo/as com diferentes trajetórias junto a políticas públicas, que estão e/ou estiveram situados em distintas posições (dentro e fora de programas/ações de governo, formulando, influenciando, implementando, ou monitorando tais políticas), de modo a qualificar os significados da incidência antropológica na interface com tais processos. Nos marcos da generalização das chamadas políticas de reconhecimento e da diferença, a expertise (e/ou sensibilidade) antropológica foi e permanece sendo convocada a contribuir na modulação de políticas públicas e de programas de governo, no que parece ser, à primeira vista, uma consideração pelo que o seu aporte disciplinar pode significar para a qualificação de tais políticas. Experiências concretas nesse sentido, contudo, apontam para limitações importantes à incorporação mais efetiva do que a Antropologia tem a oferecer, resultantes do que parece ser o desafio de ordem estrutural e desnaturalizadora que a disciplina lança aos ordenamentos discursivos hegemônicos e à ordem socioeconômica dominante. A partir de três experiências práticas (Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial de Terras Indígenas, Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e avaliação de impacto de programas de transferência de renda), promoveremo uma reflexão crítica, a partir das trajetórias dos diferentes profissionais chamados à mesa, visando à potencialização da incidência da Antropologia nesses contextos.

MR 06. Antropologia e História: cenários compartilhados, desafios de pesquisa e demandas futuras. Local: B103, CA. Dia e horário: Quinta-feira (14h30-16h30)

Coordenação: José Gabriel Silveira Corrêa (Universidade Federal de Campina Grande).

Participantes: Ana Flávia Moreira Santos (Universidade Federal de Minas Gerais), Claudia Mura (Universidade Federal de Alagoas), Edson Hely Silva (UFPE)

A proposta dessa mesa redonda surgiu do interesse em refletir, no âmbito de uma Reunião Brasileira de Antropologia, sobre o cenário atual de recrudescimento de perspectivas anti-indígenas, em conexões ao momento no qual demandas por reconhecimento e incorporação das diversidades no cotidiano da sociedade brasileira se fazem cada vez mais presentes. Para tanto, busca-se compartilhar experiências de pesquisas, cenários analíticos e desafios presentes nos modos de atuar e pesquisar em Antropologia e História, suscitando um debate em torno de temáticas, abordagens e pesquisas com as quais os participantes atuam. A partir da ideia de que a troca de experiências de pesquisas e atuações favorecem a construção de olhares complexos e diversos sobre a própria produção antropológica e histórica, que tem sido desafiada em sua expertise acadêmica e pelo atual cenário sociopolítico, onde direitos são colocados em xeque, além das recorrentes dificuldades de implementação de políticas públicas e do atendimentos das demandas atuais e a possibilidade de se desenhar perspectivas futuras.

MR 07. Antropologia e Licenciamento Ambiental de Grandes Obras II: Formas de ação antropológica, reconhecimento de direitos e a aplicação dos princípios de consulta pública. Local: AUDITÓRIO 411, CCHLA. Dia e horário: Sábado (14h30-16h30)

Coordenação: Deborah Bronz (PPGAS/MN/UFRJ).

Participantes: Sonia Boné Guajajara (APIB), Maria Janete Albuquerque de Carvalho (Fundação Nacional do Índio), Luis Donisete Benzi Grupioni (Iepé - Instituto de Pesquisa e Formação Indígena)

Em continuidade às discussões propostas na 27a RBA (Belém, 2010), a Mesa reunirá trabalhos que abordam a atuação de antropológos em procedimentos de licenciamento ambiental. Nestes últimos seis anos, observamos o interesse crescente nos debates suscitados por esses contextos, em grande medida fomentado pelas repercussões da retomada da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que se tornou um caso emblemático de luta em torno ao reconhecimento de direitos diferenciados e territoriais de populações afetadas por grandes empreendimentos (e à aplicação dos princípios da Convenção 169 da OIT). Neste ensejo, outras pautas passam a compor as formas de ação antropológica no licenciamento, não mais apenas preocupadas com os impactos sociais das grandes obras, mas também com os efeitos da aplicação de mecanismos de consulta e participação pública. Estes mecanismos dão grande visibilidade à questão do reconhecimento étnico no licenciamento ambiental, tornando-a um aspecto central da luta pelos direitos dos grupos “afetados”. A Mesa, composta por antropólogos situados em distintas posições, procurará esmiuçar os significados da ação antropológica na interface com esses processos qualificados como “participativos”, ainda bem abrangentes nos termos que o regulamentam perante o Estado brasileiro. Procuraremos, deste modo, avançar com nossa proposta de reflexão crítica, a partir de distintas perspectivas, visando uma inserção qualificada da Antropologia nos contextos mencionados.

MR 08. Antropologia Visual e Hipermídia: práticas de pesquisa entre a circulação das imagens e a inscrição etnográfica. Local: B105, CA. Dia e horário: Quinta-feira (14h30-16h30)

Coordenação: Marcos Alexandre dos Santos Albuquerque (UERJ).

Participantes: Rafael Victorino Devos (Universidade Federal de Santa Catarina), Ana Lúcia Marques Camargo Ferraz (UFF/FLACSO-EC), Ronaldo de Oliveira Corrêa (Universidade Federal do Paraná)

Essa mesa-redonda, composta por parte dos membros do Comitê de Antropologia Visual da ABA, se propõe a discutir e apresentar projetos de pesquisa que acolhem a interseção entre antropologia visual e hipermídia. Ao longo dos últimos anos a internet se tornou um instrumento cada vez mais presente nas pesquisas antropológicas. O ciberespaço não é apenas um lócus de pesquisa, é também um local onde a própria pesquisa antropológica encontrou novas modalidades de inscrição. A inscrição do texto antropológico, tradicionalmente a etnografia, veem tendo os seus recursos usuais incrementados com fotografias, filmes, sons, e diversas modalidades de interação, ganhando assim novas condições de dialogia. A antropologia visual ao longo de sua formação sempre pensou na ampliação do discurso antropológico para além do texto escrito. Tematizando a imagem fotográfica e videográfica (além do som e das paisagens sonoras), a antropologia visual construiu um extenso repertório sobre metodologias de pesquisa e modos de inscrição etnográfica a partir de recursos audiovisuais. Na internet temos um repertório muito maior de dispositivos de registros audiovisuais que veem se apresentando como um campo inédito na construção de uma nova dinâmica do nosso ofício. Destaca-se a possibilidade de horizontalidade da dialogia onde ganham relevância as preocupação com os museus virtuais, dossiês de patrimolialização, o compartilhamento de dados de pesquisa, mapas interativos, e outros.

MR 09. Antropologia y Catástrofes: uma leitura comparativa. Local: B107, CA. Dia e horário: Quinta-feira (14h30-16h30)

Coordenação: Gonzalo Díaz Crovetto (Departamento de Antropologia / UCT / CHILE). Participantes: Virginia García-Acosta(CIESAS), Renzo Taddei (Universidade Federal de São Paulo), Ana Maria Murgida (Inter-American Institute for Global Change Research (IAI))

Embora possamos reconhecer um notável avance na presença de diversas perspectivas antropológicas sobre catástrofes/desastres, em especial, no contexto latino-americano, acreditamos pertinente e necessárias reflexões e debates contemporâneos que possam aportar a compreensão e a intervenção desse fenômeno. Numa perspectiva comparativa, resulta importante evidenciar algumas temáticas chaves entre os contextos nacionais e o papel que a antropologia tem desempenhado. Acreditamos, por tanto, que é pertinente e necessário estabelecer o diálogo e o intercambio que revelem a situação dos diferentes contextos nacionais. Fazer isto permitirá, por um lado, gerar um conhecimento entre distintas experiências, e por outro, suscitar novas reflexões que possam aportar a compreensão e a intervenção do fenômeno. Em particular, a mesa aprofundará os casos da Argentina, Brasil e México a partir do trabalho de destacados antropolog@s

MR 10. Artes de rua, cidade e imagem: novos dilemas da etnografia urbana. Local: A105, CA. Dia e horário: Sábado (14h30-16h30)

Coordenação: Gloria Maria dos Santos Diogenes (Universidade Federal do Ceará).

Participantes: Shara Jane Holanda Costa Adad (Universidade Federal do Piaui), Lígia Dabul (Universidade Federal Fluminense), Christina Vital da Cunha (Universidade Federal Fluminense)

O entendimento nem sempre é uma aventura intercedida apenas por palavras. Diversamente da compreensão efetuada por meio de dispositivos discursivos, os antropólogos se vêm, cada vez mais, arrodeados de inscrições urbanas para além de suas edificações, equipamentos e patrimônios: são as assinaturas de piXadores , as cores dos murais de graffiti, os registros de estêncis, “lambes” ou colagens, os signos da publicidade oficial e de outros que burlam as leis. “Ler” a cidade tem exigido um tipo de acuidade visual, além da tradicional escuta de narradores e de seus códigos de linguagem. Acrescentam-se a esses indícios o fato de que a noção do que é cidade, frequentemente, se avizinha das tecnologias, constituindo aquilo que Arjon Appadurai denomina de tecnopaisagens. A “inconstância da alma urbana” produz um segmento de atores que toma o efêmero, as atuações desconectadas de um espaço social fixo, como uma espécie de “metageografia ”. O objetivo dessa mesa é o de reunir etnógrafos urbanos que operam nesse terreno movediço da pesquisa acerca das artes de rua, de seus atores, de artefatos materiais e digitais e, assim sendo, experimentam novas táticas e estratégias no fazer etnografia urbana.

MR 11. Desafios metodológicos, éticos e políticos nas pesquisas sobre práticas de uso, comércio e controle de drogas ilícitas. Local: C108, CA. Dia e horário: Quinta-feira (14h30-16h30)

Coordenação: Antonio Carlos Rafael Barbosa (Universidade Federal Fluminense).

Participantes: Brígida Renoldi (Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas), Marcelo Rossal (Departamento de Antropología Social - Universidad de la República), Karina Biondi (UNICAMP).

Debatedora: Carolina Christoph Grillo (USP)

Esta mesa reúne pesquisadores interessados em discutir os desafios metodológicos, éticos e políticos envolvidos nas pesquisas sobre as práticas de uso e comércio de drogas ilícitas, assim como de controle e repressão das mesmas. As reflexões apontam, especialmente, para as linhas de tensão - geradas ora pelo acoplamento, ora pela produção de afastamentos diferenciais - entre os diversos controles governamentais e corporativos (ações terapêuticas e sanitárias; intervenções orientadas para o tratamento penal; incitações mercadológicas, entre outras) e as valorações/efetuações produzidas por aqueles que se engajam em tais práticas. Nesses contextos de análise adquirem particular relevo as conceituações nativas sobre o crime, sobre as inserções institucionais, tanto quanto sobre os meios relacionais em que se desenvolvem tais práticas. Ao contrastar situações e contextos etnográficos, produções discursivas e políticas que alimentam as controvérsias sobre o tema, esperamos elucidar, em alguma medida, as dimensões epistemológica e ontológica presentes nas abordagens antropológicas sobre o assunto e nos fenômenos classificados como “criminais” de maneira geral.

MR 12. Diásporas, sujeitos diaspóricos e pós-colonialismo: leituras etnográficas das políticas e sensibilidades nos deslocamentos e desterros. Local: E107, CA. Dia e horário: Quinta-feira (14h30-16h30)

Coordenação: Denise Fagundes Jardim (UFRGS).

Participantes: José Mapril (FCSH-UNL), Joseph Handerson (UNIFAP), Leonardo Schiocchet (Austrian Academy of Sciences). Debatedora: Laura Cecília López (Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS)

O termo diáspora vem sendo empregado para analisar as dinâmicas identitárias diante de processos de deslocamentos, desterros e realocações. Usual nas etnografias sobre processos migratórios atuais, essa noção tem permitido a problematização de situações coloniais e pós-coloniais. Nessa mesa propomos um exame crítico de seus usos, evidenciando sua diversificação e discorrendo sobre as intencionalidades de suas formas de enunciação. O esforço analítico dos etnógrafos reunidos é o de trazer ao debate os desafios atuais que a antropologia enfrenta para coadunar sentidos políticos, narrativas hegemônicas e vozes críticas na condução de etnografias e suas conexões com situações e dramas pós-coloniais. Considera-se que o exame da diáspora e de sujeitos diaspóricos exige um empenho da etnografia em problematizar agenciamentos e as implicações das poéticas e políticas envolvidas no trabalho antropológico sobre os sentidos da diáspora. A diáspora se expressa como uma forma social, constituindo novas relações entre os sujeitos diaspóricos, Estados nacionais, territórios geográficos e geografias sociais, bem como explicita os jogos políticos, as sensibilidades e disposições nacionais e religiosas. Como tais agenciamentos repercutem na noção e experiências diaspóricas? Como os etnógrafos têm se relacionado e capturado tais situações e expressões simbólicas em seus trabalhos de campo?

MR 13. Diversidade Sexual e de Gênero em Áreas Rurais, Contextos Interioranos e/ou Situações Etnicamente Diferenciadas – novos descentramentos, outras axialidades. Local: F111, CA. Dia e horário: Sábado (14h30-16h30)

Coordenação: Laura Moutinho (Universidade de São Paulo).

Participantes: Moisés Lopes (Universidade Federal de Mato Grosso), Martinho Tota Filho Rocha de Araújo (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Estêvão Rafael Fernandes (Universidade Federal de Rondônia).

Debatedor: Fabiano de Souza Gontijo (Universidade Federal do Pará)

No Brasil, no âmbito das Ciências Humanas e, em particular, da Antropologia, apesar da consolidação teórica e metodológica dos campos de estudos sobre ruralidade, por um lado, e, por outro lado, sobre gênero e sexualidade, percebe-se que poucos foram tratados, em ambos os campos, os aspectos relacionados à experiência da diversidade sexual e de gênero nas zonas rurais brasileiras. Perspectiva similar pode ser observada em relação aos contextos interioranos, caboclos e ribeirinhos e às situações etnicamente diferenciadas, indígenas e quilombolas, apesar dos estudos sobre etnicidade e sobre povos e comunidades tradicionais terem uma certa (e longa) trajetória no país. Trata-se aqui, portanto, de refletir sobre a persistência da (quase) inexistência de pesquisas nas Ciências Sociais brasileiras e, em particular, em Antropologia, sobre a diversidade sexual e de gênero em situações rurais e em contextos etnicamente diferenciados. Todos os expositores convidados vêm realizando pesquisas recentes e inovadoras sobre o tema. Esperamos, assim, ampliar a compreensão sobre estas diferentes áreas interpelando um tema pouco explorado que atua na intersecção de diferentes campos do conhecimento.

MR 14. Estado, políticas desenvolvimentistas e seus impactos sobre territórios e modos tradicionais de vida. Local: AUDITÓRIO 412, CCHLA. Dia e horário: Quinta-feira (14h30-16h30)

Coordenação: Eliane Cantarino Odwyer (Universidade Federal Fluminense).

Participantes: Andrea L. M. Zhouri (UFMG), Ana Paula Comin de Carvalho (UFRB), Aderval Costa Filho (Universidade Federal de Minas Gerais)

Pretendemos abordar os processos de conformação e reconformação identitárias, a partir de situações históricas e sociais que demonstram como influxos desenvolvimentistas tentam minar resistências e vulnerabilizar sucessiva e periodicamente os povos e comunidades tradicionais. Situações como grilagem contemporânea de terras, monoculturas, mineração, hidrelétricas ou outras matrizes energéticas, unidades de conservação de proteção integral, obras e empreendimentos, alguns inclusive de iniciativa governamental, possibilitarão demonstrar como o conflito tem sido um elemento recorrente na construção de identidades de cunho político, em meio à constituição e dissolução de formas sociais. Como nos últimos anos constata-se um recrudescimento dos interesses da bancada ruralista e tem se intensificado as iniciativas públicas e privadas ligadas à matriz energética e minerária, bem como processos compensatórios e mitigatórios que também conformam novas formas expropriatórias, a exemplo de muitos parques e áreas de proteção implementados sobre terras tradicionalmente ocupadas, a reprodução social dos povos e comunidades tradicionais tem sido um dos maiores desafios. A MR pretende, a partir de experiências etnográficas variadas, discutir esses processos de construção da nação do ponto de vista dos povos e comunidades atingidos. MR 15. Etnografia das instituições: reflexões a partir de uma instituição de pesquisa. Local: C108, CA. Dia e horário: Sexta-feira (14h30-16h30)

Coordenação: Sérgio Ricardo Rodrigues Castilho (Universidade Federal Fluminense - Depto Sociologia).

Participantes: Carla Costa Teixeira (Departamento de Antropologia/UNB), Andréa de Souza Lobo (Universidade de Brasília)

A etnografia tem buscado explorar as conexões e tensões próprias aos processos de institucionalização, tomando como referência (1) a configuração de posições dos agentes envolvidos (em suas relações internas e externas); (2) dos valores e projetos em disputa; (3) e da produção de afinidades entre os indivíduos e o dever ser institucional. Tais reflexões têm aportado desdobramentos para a especificidade da etnografia em contextos institucionais, bem como para a compreensão dos processos estatais e da luta política que, frequentemente ocultada pelas retóricas oficiais, sempre se faz presente nos processos de naturalização central às instituições. Desta perspectiva, a Mesa Redonda tem como propósito discutir a experiência e os desdobramentos da pesquisa “Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada: uma etnografia institucional”. Durante dois anos pudemos acompanhar as atividades dessa conceituada instituição do estado em nosso país. A realização de atividades as mais diversas, desde seminários e workshops envolvendo agentes do governo e/ou da academia até a produção de pesquisas e textos, reuniões de grupos de trabalho, etc., puderam ser registradas e estão sendo submetidas à reflexão crítica por parte de um pensar/fazer antropológico. Nesta oportunidade iremos abordar, três tópicos: 1) os desdobramentos de pesquisar pesquisadores para o fazer etnográfico; 2) a institucionalização da pesquisa e a fabricação do estado; 3) e a produção e a gestão da “pobreza”.

MR 16. Etnografia na Educação: desafios, limites e possibilidades. Local: I415, CA. Dia e horário: Quinta-feira (14h30-16h30)

Coordenação: Tania Dauster Magalhães e Silva (PUC-RIO).

Participantes: Amurabi Pereira de Oliveira (Universidade Federal de Santa Catarina), Neusa Maria Mendes de Gusmão (UNICAMP), Jouberth Max Maranhão Piorsky Aires (Universidade Estadual do Ceará)

A antropologia tem se constituído historicamente como um saber de fronteiras, por vocação, interdisciplinar, estabelecendo debates com diversas áreas do conhecimento. Em sua interface com a Educação, este diálogo não é novo, ao contrário, reporta a uma longa tradição com obras de Boas, Benedict e Mead. Tal diálogo tem se intensificado com o fortalecimento de centros pesquisas, tanto na área da Antropologia como na da Educação. Portanto, é inegável a convergência destes dois campos, e, cada vez mais, a antropologia é convocada a se posicionar acerca da multiplicidade da realidade cultural e social, existente no universo escolar e no não escolar. Assim, impõe-se a necessidade de se discutir tal temática no âmbito acadêmico da Antropologia, assentando-se numa concepção mais plural e alargada de educação, que não se reduza à ideia de escolarização. Nesse processo de conversação entre estes campos do conhecimento, um fato se destaca: a etnografia vem sendo apropriada amplamente pelas pesquisas educacionais, o que se mostra, muitas vezes, controverso, e, por isso mesmo, tem demandado uma maior atenção em termos de reflexão epistemológica por parte dos antropólogos e educadores. Esta Mesa se propõe a reunir pesquisadores que têm desenvolvido e acumulado estudos neste saber de fronteira, contemplando, assim, os mais diversos diálogos, almejando com isso estabelecer um mapeamento do próprio cenário da pesquisa educacional na América Latina a partir da perspectiva da antropologia.

MR 17. Festa e festivalização no urbano contemporâneo: cultura popular, patrimônio imaterial e performance. Local: B107, CA. Dia e horário: Sexta-feira (14h30-16h30)

Coordenação: Ulisses Neves Rafael (Universidade Federal de Sergipe).

Participantes: Luciana Chianca (UFPB), Ordep José Trindade Serra (UFBA), Jorge Costa de Freitas Branco (ISCTE Instituto Universitário de Lisboa)

Esta mesa busca visa refletir sobre questões relativas às dinâmicas contemporâneas das festas populares e da festivalização que ao longo dos últimos anos vêm sendo reunidas em torno de categorias como patrimônio imaterial, performance e consumo cultural. Trata-se, portanto, de um debate que encontra sua raiz em estudos antropológicos clássicos e que se desdobra em pesquisas comparativas que visam estabelecer conexões entre Portugal e o Brasil. No caso brasileiro, os estudos vão desde as pesquisas sobre folclore, até os estudos que tomam o carnaval como festa paradigmática, passando por trabalhos que giram em torno dos ciclos religiosos, como as folias de Santos Reis, os ternos de congadas, as festas juninas e as narrativas desenvolvidas em torno da morte e ressurreição do boi, entre outras. Por outro lado, temos a contribuição intelectual lusitana, com forte ênfase sobre as narrativas voltadas para a construção de um modelo de identidade nacional, a partir do universo formado pelas tradições populares rurais e, mais contemporaneamente, para a intensa cultura festiva urbana, salvaguardando saberes e ressignificando legados, agora convertidos em performances globalizadas (exemplo das listas da UNESCO). Sem descuidar do arcabouço bibliográfico que encobre a variedade temática dessas duas expressões culturais, os integrantes desta mesa têm em comum o fato de, num diálogo com suas respectivas perspectivas analíticas, levantar novas questões acerca da festividade contemporânea.

MR 18. Fronteiras de gênero, dobras da política. Local: E111, CA. Dia e horário: Sábado (14h30-16h30)

Coordenação: Silvana de Souza Nascimento (USP).

Participantes: Elisete Schwade (UFRN), Pedro Francisco Guedes do Nascimento (UFPB), Heloisa Buarque de Almeida (USP)

Esta mesa redonda se propõe a problematizar as diferentes interfaces de gênero que incidem sobre modos de ativismo e políticas públicas e pretende apresentar resultados de pesquisas em contextos diferenciados, rurais e urbanos, com escalas distintas. A despeito dos avanços teóricos no campo das concepções de gênero e de sexualidade nas últimas décadas, e do crescimento de uma pluralidade de coletivos feministas, queers, lgbts, trans, entre outros, pouca atenção tem sido dada, no campo da antropologia brasileira, a problemáticas que incidem sobre a maneira pela qual as atuais políticas públicas tem reverberado sobre trajetórias biográficas e sobre as conexões entre movimentos sociais, gênero, formas de violência e mediações políticas. Desse modo, pretende-se trazer diferentes perspectivas etnográficas que articulem noções de gênero, subjetividades e histórias de vida que, de algum modo, contribuam para uma reflexão crítica e criativa sobre modos de se fazer e se pensar políticas no Brasil tanto de um ponto de vista mais amplo, dos múltiplos âmbitos do Estado, quanto de um ponto de vista molecular, das micropolíticas que fazem o cotidiano de pessoas, lugares e suas fronteiras.

MR 19. Imagens da Juventude. Local: I416, CA. Dia e horário: Quinta-feira (14h30-16h30)

Coordenação: Andréa Claudia Miguel Marques Barbosa (UNIFESP).

Participantes: Elisabeth Murilho da Silva (Universidade Federal de Juiz de Fora), Ricardo Marnoto de Oliveira Campos (CICS.NOVA), Fernanda Eugenio Machado (AND Lab | Arte-Pensamento & Políticas da Convivência (Lisboa) / CESAP-UCAM-IUPERJ (Rio de Janeiro)).

Debatedor: Johannes Andreas Valentin (UERJ/IUPERJ)

Esta mesa redonda traz para o debate pesquisas que pensam várias práticas juvenis na contemporaneidade. Os recortes em discussão incluem a produção fotográfica, o midiativismo e cirucitos de lazer como parte dos processos de construção de subjetividades mas também como parte de processos que desembocam em protagonismos políticos e sociais.

MR 20. Instituições religiosas, direitos e novas configurações familiares: construções do laico e do religioso no Brasil. Local: E108, CA. Dia e horário: Sábado (14h30-16h30)

Coordenação: Naara Lúcia de Albuquerque Luna (DCS e PPGCS, UFRRJ).

Participantes: Marcelo Tavares Natividade (Universidade de São Paulo), Leandro de Oliveira (Universidade Federal de Minas Gerais (Departamento de Antropologia e Arqueologia, DAA/ UFMG)), Alessandra de Andrade Rinaldi (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)

A emergência de discursos que conectam religião e sexualidade é notável na cena pública em face de debates sobre direitos sexuais e reprodutivos. Tais discursos emergem a partir de um contexto amplo de transformações sociais e culturais relativas às dinâmicas de alteração do religioso na contemporaneidade, da luta politica de minorias sexuais na sociedade brasileira, das mudanças nas configurações familiares e nas relações de gênero, da gestão da vida íntima, das condutas e das identidades. No Brasil, fatos recentes como a Decisão do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça relacionados à união de casais de mesmo sexo, sinalizam para novos desdobramentos e tensões no que se refere ao reconhecimento das populações gays e lésbicas, ensejando respostas de distintos segmentos sociais. Em meio a essa trama social se entrelaçam discursos produzidos nos campos da política, da ciência, do direito, das mídias, das instituições religiosas que sinalizam para a construção de novas éticas sexuais. Essa mesa redonda coloca em debate o modo como se relacionam praticas religiosas e certas agendas políticas recentes no campo dos direitos sexuais como a união civil e o casamento igualitário, a (homo) parentalidade e a formação das novas famílias, em um cenário de pluralismo religioso. Parte da hipótese de que se entrelaçam religiões, linguagens do direito e demandas dos movimentos coletivos na produção de configurações da subjetividade, das identidades e das sensibilidades. MR 21. Interculturalidade na Universidade brasileira: tensões, conflitos e desafios. Local: AUDITÓRIO 1, CA. Dia e horário: Sábado (14h30-16h30)

Coordenação: Maria Rosário Gonçalves de Carvalho (Universidade Federal da Bahia)

Participantes: Florêncio Almeida Vaz Filho (Universidade Federal do Oeste do Pará), Gersem José dos Santos Luciano (Universidade Federal do Amazonas), Osmundo Santos de Araújo Pinho (UFRB).

Debatedora: Ana Cláudia Gomes de Souza (UCSAL)

A adoção de ações afirmativas mediante reservas de vagas assegurou a inserção, nas universidades públicas, de um conjunto expressivo de índios, negros e pardos, o que ajudou a reduzir o déficit histórico da sua presença. Tal não ocorreu sem resistências, seja por parte de partidos políticos conservadores, seja por comportamentos racistas. Esta proposta de MR tem como objetivo discutir os desafios suscitados pela entrada de milhares de indígenas e negros nas universidades públicas desde o início da década passada, através de cotas ou outros processos de acesso especial. De nativos e distantes objetos de pesquisa, estes atores, hoje, integram o corpo acadêmico das universidades no país e trazem novos desafios e questionamentos, especialmente para as Ciências Sociais e, particularmente, para a antropologia. Paradigmas teóricos aparentemente bem resolvidos nos livros, como a alteridade e o combate ao etnocentrismo, têm-se mostrado frágeis. Este cenário tem, por outro lado, suscitado diálogos, com forte potencial crítico-reflexivo, sobre o respeito que deve prevalecer em face da diversidade representada por agentes e comunidades que vivenciam diferentes situações históricas de organização social e política, mas que, não obstante, convergem na busca ao reconhecimento das suas identidades étnicas. A possibilidade de criação, no âmbito da 30ª. RBA, de um espaço de diálogo, crítico e construtivo, em torno a tais questões, nos motivou, e impulsionou, a propor esta MR.

MR 22. Mundos Lusófonos e Patrimônios Partilhados. Local: F110. Dia e horário: Sábado (14h30-16h30)

Coordenação: Regina Maria do Rego Monteiro de Abreu (Universidade Federal do Estado do rio de Janeiro).

Participantes: José Reginaldo Santos Gonçalves (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Paulo Peixoto (Universidade de Coimbra) Susana Bela Soares Sardo (Universidade de Aveiro). Debatedor: Daniel Bitter (Universidade Federal Fluminense)

O Painel pretende reunir pesquisas sobre a patrimonialização do imaterial em países ou territórios historicamente associados a uma matriz linguística de base portuguesa. O intuito é perceber o modo como as “diferenças coloniais” no chamado mundo lusófono fizeram eclodir manifestações culturais singulares hoje convertidas em patrimônios imateriais. Nossa suposição é de que é possível pensar numa arena comum pelo conjunto de algumas práticas expressivas existentes em países, ou territórios de base linguística portuguesa como Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste, Goa, Damão, Diu entre outros. Estas práticas expressivas tornam-se cada vez mais visíveis após o processo de descolonização através de uma dinâmica de reivindicação das diferenças pós-coloniais, fenômeno que se estabelece em formas singulares de globalização. Visamos destacar experiências de patrimonialização do imaterial onde são nítidas as articulações entre os falantes do português. Populações de diferentes origens, cuja convivência histórica gerou proximidades que vão para além das da língua, também se reconhecem e diferenciam a partir de repertórios sensíveis cuja circulação, inerente à condição diaspórica dos seus detentores, gera agora novos territórios de pertença.

MR 23. "Natureza e cultura: expectativas futuras e antigas amarras". Local: E111, CA. Dia e horário: Sexta-feira (14h30-16h30)

Coordenação: Glaúcia Oliveira da Silva (UFF).

Participantes: Christina Jessie Camden Toren (University of Saint-Andrews), Dominique Lestel (École Normale Supérieure), Luiz Fernando Dias Duarte (UFRJ).

Debatedor: Poirot-Delpech Sophie ( Paris 1 Panthéon-Sorbonne, Département de sociologie, UFR de philosophie)

O que a ideia de “cultura” representa hoje no pensamento antropológico? A antropóloga britânica Christina Toren afirma que a noção de cultura está obsoleta; os modelos culturais tentam explicar como indivíduos ou grupos adotam o que é convencional mas fracassam por não darem conta das micro-histórias, isto é, da capacidade de cada um mudar permanecendo o mesmo. Já Dominique Lestel, filósofo e etólogo francês, argumenta que a cultura não é um fenômeno exclusivo dos seres humanos, surgindo progressivamente entre outros grupos animais, aos quais aplica as ideias de cultura e sociedade para explicar suas formas de comportamento. Reafirma a utilidade desses conceitos apontando quão necessária é a reflexão sobre os turvos limites entre natureza e cultura bem como entre animalidade e humanidade. O antropólogo Luiz Fernando Dias Duarte entende a cosmologia ocidental como um feixe de tensões entre tradições de pensamento que nela persistem, tais como as que se opõem identificadas a dois legados distintos: o racionalista e o romântico. De que modo essas tensões remodelam a díade natureza/cultura, central em nossa disciplina? As reflexões da antropóloga francesa Sophie Poirot-Delpech também versam sobre a reconfiguração desses interstícios sob os efeitos das novas tecnologias. A mesa redonda proposta pretende, ao reunir esses pesquisadores, uma reflexão sobre as transformações da díade natureza/cultura, antiga mas sempre atual.

MR 24. Natureza, Cultura e Técnica: perspectivas de gênero e a virada ontológica. Local: Auditório 412, CCHLA. Dia e horário: Sábado (14h30-16h30)

Coordenação: Lady Selma Ferreira Albernaz (UFPE).

Participantes: Lia Zanotta Machado (Universidade de Brasília), Ana Cláudia Rodrigues da Silva (Universidade Federal de Pernambuco), Hugo Menezes Neto (Universidade Federal do Pará).

Debatedor: Russell Parry Scott (Universidade Federal de Pernambuco)

A mesa tem por propósito estimular o diálogo entre as teorias de gênero com o campo teórico denominado “virada ontológica” na antropologia. Nas ultimas décadas um conjunto de antropólogos/as vem estudando as relações entre humanos e não-humanos, destacando as interações interespecíficas e a ação/agência dos objetos, com impactos nos conceitos de humanidade, sociedade, cultura, natureza, individuo/pessoa, mente, corpo e implicações epistemológicas cruciais para a disciplina. Em paralelo, em período similar, as discussões de gênero focaram mais na representação de natureza e menos nos efeitos dela e do corpo biológico para definir o humano, porque precisavam enfrentar as explicações biológicas das diferenças, que resultavam em arranjos ideológicos para legitimar a dominação social dos homens sobre as mulheres no ocidente. Como salientou V. Stolcke a ênfase na representação colocou em segundo plano o enfrentamento das diferenças corporais nas discussões teóricas de gênero. Pensando neste desafio, e tendo em vista as novas ferramentas analíticas “da virada ontológica”, parece instigante e oportuno nos questionar sobre como as teorias de gênero são tensionadas pelo novo estatuto do corpo, da biologia, do mundo material e das técnicas na definição do social e na definição do humano. Como abordar os corpos e os objetos, para além da sua construção social, no debate de gênero, sem dar margem à biologização das diferenças e sem fortalecer politicas de dominação com bases eugênicas?

MR 25. O consumo de bebidas alcoólicas: entre usos valorativos e condenados. Local: H108, CA. Dia e horário: Sábado (14h30-16h30)

Coordenação: Angela Maria Garcia (Universidade Federal do Sul da Bahia).

Participantes: José Luciano Albino Barbosa (Universidade Estadual da Paraíba), Melina Sousa Gomes (Universidade Federal do Ceará), Djanilson Amorim da Silva (Universidade Federal de Rondônia).

Debatedora: Delma Pessanha Neves (PPGA/UFF)

O consumo de bebida alcoólica constitui ato social impregnado de valores e concepções de realidade frequentemente implícitos nos comportamentos a ele referentes. Por essa prática, se expressam sentimentos e estabelecem identidades. A ingestão de bebida alcoólica está assim dotada de regras, razão pela qual a qualificação das transgressões não pode ser apartada das prescrições exaltadas. A possibilidade socialmente aceita e, em certas situações, altamente valorizada desse ato não significa uma ausência de regras. Cada sociedade coloca em relevo os padrões construídos e institucionalizados desse consumo, a variedade de motivos e de oportunidades construídas para o ato social de beber. No Brasil, tem-se dado menor peso ao consumo de bebidas alcoólicas como objeto de estudo, tomando como referência os modos de pensamento e ação, inclusive aqueles definidos como problema ou patologia. O estudo do consumo de outras drogas, cujos atributos negativos são concebidos como mais deletérios, tornam secundárias as práticas sociais etílicas. Os pesquisadores que investem para construir este objeto de estudo tendem a se perder no isolamento com poucas alternativas de socializar o conhecimento adquirido. Por esta razão, proponho a Mesa Redonda Consumo de bebida alcoólica: entre usos valorativos e condenados, visando reunir pesquisadores afiliados à temática, ampliar o acesso ao conhecimento que vem sendo produzido e estimular propostas de composição de Grupos de Trabalho em eventos futuros.

MR 26. O Musicar Local – novas perspectivas na antropologia da música. Local: Auditório 211, CCSA. Coordenção: Rose Satiko Gitirana Hikiji (USP).

Participantes: Suzel Ana Reily (Insituto de Artes, UNICAMP), Ewelter de Siqueira e Rocha (Universidade Estadual do Ceará), Rose Satiko Gitirana Hikiji (USP)

Estilos musicais tradicionais tendem a ser pensados de uma perspectiva regional (nativismo gaúcho, ex). No entanto, em 1989 Ruth Finnegan publicou o livro The Hidden Musician: Music-making in an English Town, um estudo das práticas musicais na cidade de Milton Keynes (UK). Entre os gêneros de “música local” da cidade, ela documentou a música folclórica inglesa, bandas de música, os vários corais e orquestras locais, as bandas de rock e pop e o movimento “country”. Seu trabalho mostra como atividades musicais locais no mundo atual envolvem muitos estilos cujas origens transcendem os limites da localidade. No entanto, agregam pessoas que vivem e transitam numa mesma localidade e suas atividades conjuntas articulam a vida social do local – uma realidade que se replica pelo mundo todo. A articulação social é produto de práticas musicais – ou do musicar. Adotamos o termo “musicar” como tradução da palavra “musicking”, cunhada por Christopher Small. Para Small, musicking engloba qualquer forma de engajamento com música, desde a escuta ao fazer musical propriamente dita. Ao atrelarmos o musicar ao local, buscamos investigar como o musicar constrói a localidade e como é construído por ela. As perguntas chaves são: Qual é a natureza do musicar no contexto local? O que isto nos diz sobre a construção da localidade e o modo como é vivida pelos musicantes? O que contribui para o engajamento musical e para a criação de sentimentos de compromisso com a produção da música em nível local?

MR 27. Os Bastidores da festa. Trabalho, performance e experiência. Local: B107, CA. Dia e horário: Sábado (14h30-16h30)

Coordenação: Maria Laura Viveiros de Castro Cavalcanti (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Participantes: João Leal (CRIA - Universidade Nova de Lisboa), Luciana Gonçalves de Carvalho (UFOPA), John Cowart Dawsey (Universidade de São Paulo)

O estudo do ritual tem conhecido novo fôlego, ao cruzar perspectivas clássicas com abordagens inspiradas na antropologia da performance. Propomos a abordagem dos bastidores do ritual, privilegiando não tanto o ritual já feito mas o ritual enquanto está sendo feito e por quem está sendo feito. Isso significa uma ênfase na temporalidade interna aos processos rituais, no trabalho que envolve diversos atores e especialistas rituais, que produz objetos, coreografias e conexões entre pessoas e entre pessoas e divindades. Significa igualmente olhar para os bastidores do ritual como lugar de um trabalho simbólico decisivo marcado pelo desenvolvimento de sociabilidades frequentemente pensadas como “uma festa dentro da festa”, em que trabalho e devoção, folguedo e brincadeira se articulam de forma instável e variável. Trata-se de elucidar processos de transmissão e de recriação de práticas simbólicas que implicam com frequência a atribuição de diferentes sentidos à ideia mesma de tradição. Trata-se também da produção, experimentação e reprodução reflexivas do próprio pensamento antropológico. Interessa-nos, em suma, entender os bastidores dos rituais festivos não apenas como um momento decisivo de um processo ritual pensado de modo sequencial, mas também como uma instância performativa que acompanha todos os seus momentos e faz parte dos sentidos permanentemente reatualizados pelos sujeitos envolvidos

MR 28. Os desafios à pesquisa etnográfica: práticas de pesquisa em situações de conflito referidas às chamadas novas etnias. Local: E108, CA. Dia e horário: Sexta-feira (14h30-16h30)

Coordenação: Patrícia Maria Nunes (Universidade Estadual do Maranhão).

Participantes: Alfredo Wagner Berno de Almeida (UEA), Rosa Elizabeth Acevedo Marin (Universidade Federal do Pará), Cynthia Carvalho Martins (Universidade Estadual do Maranhão)

Esta MR convida a refletir sobre as dificuldades impostas ao trabalho etnográfico em situações de conflito que exigem dos pesquisadores e agentes sociais, a sistematização de dados e informações pertinentes às reivindicações de direitos territoriais de grupos sociais que têm acionado novas identidades étnicas em conflitos contemporâneos. Quais obstáculos e limitações se impõem à realização do trabalho etnográfico, bem como à consulta de acervos adstritos fontes documentais pertinentes aos registros de atos de Estado, de mobilizações de movimentos sociais ou de procedimentos oficiais de regularização fundiária dos chamados povos tradicionais? Desde 2005 que o Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia vem produzindo juntamente com agentes sociais e pesquisadores um vasto acervo cartográfico cuja produção não dispensa o método etnográfico e o conhecimento detido de realidades localizadas, tanto quanto exige compreensão das relações de força referidas aos embates e conflitos sociais que orientam os pleitos de diferentes movimentos sociais.. As relações de pesquisa atualizadas têm propiciado uma interlocução direta com agentes sociais que desenvolvem uma consciência aguda de seus pleitos, reivindicações, tanto quanto dos entraves ao estabelecimento de uma política étnica Nesse sentido, objetivo dessa MR é apresentar o resultado de pesquisas mais recentes realizadas por pesquisadores referidos a diferentes Programas de Pós-graduação que indicam os novos desafios à etnografia.

MR 29. Partos e maternidades: discursos e contra-discursos no Brasil contemporâneo. Local: C108, CA. Dia e horário: Sábado (14h30-16h30)

Coordenação: Elaine Müller (UFPE).

Participantes: Laís Oliveira Rodrigues (UFPE), Rosamaria Giatti Carneiro (Universidade de Brasilia/ABA/APA), Olivia Nogueira Hirsch (PUC- Rio).

Debatedora: Claudia Barcellos Rezende (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

As transformações ocorridas no cenário brasileiro de atenção ao parto e ao nascimento na contemporaneidade nos falam de uma multiplicidade de saberes e práticas em torno da parturição. Os discursos sobre o tema se diversificam: as políticas públicas com proposições humanizadas, a realidade da violência obstétrica e das taxas altíssimas de cesáreas, o ideário do parto humanizado propagado pelo movimento de humanização, etc. Não apenas a discussão sobre os direitos reprodutivos e as políticas de saúde se fazem importantes, mas também as leituras sobre as experiências diversas das mulheres que tem filhos, ou seja, a importância da participação de espaços de “empoderamento” feminino via maternidade, as relações com as novas tecnologias reprodutivas, as configurações diversas de paternidade e maternagem (incluindo modelos diversos de famílias), o acesso à atenção obstétrica conforme desenhado nas políticas públicas, etc. Esta mesa redonda pretender contribuir com a discussão antropológica sobre parto e nascimento, alinhando-se a outros debates que se debruçam sobre o tema, refletindo noções como natureza e cultura, sexualidade, corporalidade, práticas e performances nas cenas de parto e maternidades.

MR 30. Perspectivas antropológicas acerca do curso da vida: intersecções entre gênero, sexualidade e geração. Local: I416, CA. Dia e horário: Sexta-feira (14h30-16h30)

Coordenação: Gustavo Santa Roza Saggese (Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo). Participantes: Carlos Eduardo Henning (UFG - Universidade Federal de Goiás), Raphael Bispo dos Santos (UFJF), Andrea Lacombe (Pagu/UNICAMP)

Nas últimas décadas, tem havido na antropologia brasileira um relevante florescimento do interesse ativista e acadêmico pela analise das relações de gênero e sexualidade em entrelaçamento com outros marcadores sociais da diferença, como idade/geração, classe social, “raca”, etnia e corporalidade, dentre vários outros. Em termos gerais, tal florescimento tem procurado estar atento a complexidade dos fenômenos sociais no que diz respeito, em particular, as maneiras como determinadas marcas de diferença podem influir na construção de cenários de desigualdades, discriminações, hierarquizações e normatividades (e, por consequência, abrir espaço para que tais cenários possam ser também relativizados, contestados e desconstruídos). Esta mesa redonda se propõe a abarcar e apresentar investigações recentes e inovadoras que versem, de maneiras diversas, sobre tais entrelaçamentos em abordagens socioantropológicas, dedicando especial atenção as associações entre gênero, sexualidade e idade/geração em suas múltiplas facetas. Procuramos, em outras palavras, abrir espaço para a compreensão das maneiras complexas pelas quais os momentos do curso da vida como infância, juventude, vida adulta, meia idade e velhice ganham sentidos particulares e podem ser analisados a luz dos debates sobre gênero, sexualidade e interseccionalidades contemporâneos.

MR 31. Práticas culturais juvenis, mobilizações e insurgências no espaço urbano. Local: F103, CA. Dia e horário: Quinta-feira (14h30-16h30)

Coordenação: Alexandre Barbosa Pereira (Unifesp).

Participantes: Marco Aurélio Paz Tella (UFPB), João Batista Bittencourt (UFAL), Guilhermo André Aderaldo (Pesquisador/Universidade de São Paulo)

As cidades são constantemente reinventadas por diferentes práticas juvenis que se apropriam dos espaços mais diversos, conferido-lhes, assim, novos usos e sentidos. Num mundo em que a cultura audiovisual e as novas tecnologias da informação e da comunicação têm alcançado cada vez mais relevo, diferentes coletivos culturais têm se utilizado dessas ferramentas como forma de mobilização, criando novas possibilidades de interação e intervenção na paisagem urbana. Ao mesmo tempo que produzem inovações em modos de experimentar o urbano, tais mobilizações e insurgências também podem trazer profundos questionamentos à ordem excludente que organiza a gestão da maioria das cidades brasileiras. Em muitos casos, podem até mesmo sofrer intensa repressão e criminalização. As práticas culturais juvenis são afetadas, em grande medida, pelo mesmo sentimento paradoxal que paira sobre as representações a respeito da própria noção de juventude; ora como valor a ser cultivado e celebrado, ora como problema e potencial perigo para as estruturas sociais vigentes. A proposta dessa mesa redonda, portanto, é a de – tomando como plano de referência a exposição de contextos etnográficos específicos – abordar as diferentes táticas de uso e reinvenção do espaço urbano. Dessa forma, ao mesmo tempo serão levantadas as especificidades de cada prática cultural e estabelecidos os pontos de articulação entre cada uma das etnografias e modelos associativos apresentados.

MR 32. Questões de ética de pesquisa antropológica à luz de experiências recentes no estudo de usuários de crack. Local: F103, CA. Dia e horário: Sábado (14h30-16h30)

Coordenação: Rubens de Camargo Ferreira Adorno (Universidade de São Paulo).

Participantes: Rubens de Camargo Ferreira Adorno (Universidade de São Paulo), Ygor Diego Delgado Alves (UNIFESP), Taniele Cristina Rui (CEBRAP)

Pretende-se aqui examinar as questões conceituais relacionadas a ética em pesquisa com usuários de crack, habitantes das grandes metrópoles. Move- nos a intensa discussão, realizada entre autoridades universitárias e governamentais, em torno de questões envolvendo ética e pesquisas antropológicas. Dada a existente correlação de forças impactando a área acadêmica, onde predominam as ciências médicas, existe uma forte pressão para que os métodos e conceitos éticos, desenvolvidos no âmbito da biomedicina sejam generalizados como parâmetros únicos de referência para pesquisas a serem consideradas como sérias e legítimas quando envolvendo seres humanos. Isso traz importantes dificuldades para a realização de estudos entre membros de grupos ocultos ou relacionados a práticas ilegais ou estigmatizadas, como os usuários, produtores e comerciantes de drogas ilícitas. Mas algumas das exigências que vêm sendo feitas pelas novas propostas de controle ético da pesquisa não atendem às necessidades específicas desse tipo de investigação científica.Com o intuito de chamar atenção para essa grave questão acadêmica, propõe-se a realização de debates entre dois pesquisadores, Ygor Delgado Alves e Taniele Rui, que realizaram pesquisas entre usuários de crack em São Paulo e Campinas, ressaltando especificamente as dificuldades éticas e metodológicas encontradas. Como contraponto, convidaremos Cynthia Sarti que há muito volta sua atenção para temas relacionados à ética na pesquisa antropológica.

MR 33. Refugiados no Brasil: deslocamentos forçados e conexões transnacionais em perspectiva. Local: F105, CA. Dia e horário: Sábado (14h30-16h30)

Coordenação: Paulo Gabriel Hilu da Rocha Pinto (Universidade Federal Fluminense).

Participantes: Mirian Alves de Souza (Universidade Federal Fluminense), Sonia Cristina Hamid (Instituto Federal de Brasília), Angela Mercedes Facundo Navia (Universidade Federal de Rio Grande do Norte)

A proposta desta mesa é discutir a partir de experiências de pesquisa empírica processos sociais que vêm conduzindo milhares de sujeitos a saírem de seus contextos nacionais, buscando refúgio, bem como suas conexões e redes de relações para o estabelecimento ou o trânsito nos países nos quais reclamam proteção. Segundo dados do relatório “Tendências de Asilo 2014”, do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR), as guerras na Síria e no Iraque, conflitos armados, violações de direitos humanos e a deterioração das condições humanitárias e de segurança em diferentes países, fizeram as solicitações de refúgio aos países industrializados em 2014 chegarem ao maior patamar em 22 anos. Estima-se em 866 mil o número de novos pedidos de refúgio apresentados em países industrializados durante o ano passado. O dado indica um acréscimo de 45% em relação a 2013, quando 596.600 pedidos foram registrados. Os números de 2014 são os maiores desde 1992, quando começou o conflito na Bósnia-Herzegóvina. Considerando esse quadro, propomos apresentar e problematizar três experiências de pesquisa que envolvem contextos sociais relevantes para a questão dos deslocamentos forçados e pedidos de refúgio no mundo contemporâneo: a) conflitos na Síria e a situação dos refugiados sírios; b) relações e negociações para o reassentamento de refugiados palestinos; c) refugiados colombianos e o processo de determinação de refúgio brasileiro.

MR 34. Religiões e espaço público. Local: B105, CA. Dia e horário: Sábado (14h30-16h30)

Coordenação: Fátima Regina Gomes Tavares (UFBA).

Participantes: Léa Freitas Perez (UFMG), Marcelo Ayres Camurça Lima (Universidade Federal de Juiz de Fora), Patrícia Birman (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).

Debatedora: Regina Célia Reyes Novaes (CNPq -pesquisador)

O estudo das religiões na contemporaneidade compreende um exercício de variadas elaborações analíticas, que permitem relacioná-las a muitas outras dimensões culturais e sociais. Por essas razões, as religiões apontam perspectivas estratégicas para se pensar dimensões como: a) o patrimônio e cidade, em que se observam novas relações entre centro e periferia entre os diferentes grupos, com circuitos dinâmicos de patrimonialização de símbolos religiosos; b) as trajetórias pessoais e seus fluxos, que se realizam por meio de agenciamentos variados (curas, sociabilidades, estéticas, vulnerabilidades etc.), apontando para as relações entre religiões e sociedades (e não mais a religião como algo “para além” do social ou como “função” do social). Enfim, todas essas dimensões são indicativas da natureza multifacetada da temática religiosa na diversidade empírica registrada no Brasil, como indicam pesquisas recentes que têm investido na relação entre religiões e espaço público.

MR 35. Saúde e Direitos: ética, conflitos e dilemas. Local: AUDITÓRIO 2, CA. Dia e horário: Sábado (14h30-16h30)

Coordenação: Waleska de Araujo Aureliano (UERJ).

Participantes: Rachel Aisengart Menezes (UFRJ), Telma Camargo da Silva (Universidade Federal de Goiás), Carlos Guilherme Octaviano do Valle (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).

Debatedora: Leila Sollberger Jeolás (Universidade Estadual de Londrina (UEL))

No final do século XX observamos o surgimento de movimentos sociais com demandas em torno dos direitos relacionados à saúde e inclusão social de sujeitos considerados “anormais”, “perigosos” ou “contaminados”. Diversos atores sociais, como feministas, deficientes físicos, doentes mentais e soropositivos promoveram articulações entre Estado, indústria, mídia, médicos e cientistas, que influenciaram a construção de políticas públicas em saúde, em vários países. No século XXI essas lutas se intensificaram, em um cenário de crescente mercantilização da saúde, exigindo esforços para manter e ampliar os direitos conquistados. Às ações coletivas somam-se as individuais, conduzidas por meio da judicialização da saúde e de demandas referentes ao início e fim da vida (aborto, eutanásia), entre outros. Emergem novos conceitos, como cidadania biológica, cidadania terapêutica e biolegitimidade, impulsionando reflexões sobre a produção de direitos à própria vida. Esta mesa apresentará pesquisas sobre movimentos de grupos e pessoas sobre deliberações em torno de vida/saúde/doença a partir de situações de desastres, avanço de doenças incuráveis ou pelo reconhecimento da morte como direito de autonomia, e não destino. Tratam- se de estudos atentos à formação de novas condições de pessoa, leis, normas, novas práticas, representações sociais e sensibilidades referentes ao corpo, às emoções e à condição humana nos limites da vida, que atravessam a passagem entre os séculos XX e XXI.

MR 36. Sincretismos e Contrassincretismos Afro-Brasileiros. Local: F106, CA. Dia e horário: Sexta-feira (14h30-16h30)

Coordenação: Miriam Cristina Marcilio Rabelo (Universidade Federal da Bahia).

Participantes: Marcio Goldman (UFRJ), Vânia Zikán Cardoso (UFSC), José Carlos Gomes dos Anjos (UFRGS)

Esta mesa objetiva revisitar um dos mais tradicionais temas dos “estudos afro-brasileiros”, o sincretismo religioso. Como se sabe, este foi tradicionalmente estudado como um fenômeno de adaptação dos candomblés africanos à sociedade dos brancos e à cultura luso-católica. Assim tendeu a ser tratado, primeiro, como uma prova de que os africanos não seriam capazes de absorver valores mais complexos como os do cristianismo; e, mais tarde, como um episódio do chamado “mito das três raças”, no qual o encontro dos africanos com os brancos se dá na forma da mestiçagem e do sincretismo na direção de uma fusão pacificadora sob a égide do polo branco. Por mais opostas que sejam, essas duas vertentes compartilham a problemática certeza de que as diferenças não podem se relacionar enquanto diferenças. Etnografias mais ou menos recentes, contudo, têm encontrado teorias locais desse fenômeno que parecem proceder de modo inteiramente diverso, ou seja, não apenas afirmando, mas promovendo um tipo de “mistura” que de modo algum anula as singularidades daquilo que se mistura. E é a isso que estamos chamando provisoriamente de “contrassincretismo”. Trata-se, pois, de tentar traduzir para a linguagem antropológica o fato de que, ao longo dos séculos, e ainda hoje, os afro-brasileiros não puderam deixar de estabelecer e de pensar suas relações com “a sociedade dos brancos e cultura luso-católica”, mas que o fizeram de um ponto de vista que é seu e que temos que tentar captar e compreender. MR 37. Sociedade, Cultura e Ambiente: Perspectivas sobre mercado justo, a economia moral e a reciprocidade – Brasil e México. Local: F105, CA. Dia e horário: Sexta-feira (14h30-16h30)

Coordenação: Alicia Ferreira Gonçalves (UFPB - Bolsista Estágio Senior Capes- Ciesas).

Participantes: Eliaz Perez Perez (Universidad Pedagógica Autónoma Nacional- Chiapas - Red de Educación Intercultural-UMEN), Marcos Pazzanese Duarte Lanna (UFSCAR), Lea Carvalho Rodrigues (Universidade Federal do Ceará)

Esta Mesa Redonda tem como finalidade articular pesquisadores de (latino e centro América) que atuam com experiências situadas nas interfaces entre sociedade, cultura e ambiente a partir das perspectivas do mercado justo, de uma economia moral e da reciprocidade. Trata-se de refletir teórica e metodologicamente e propor perspectivas que nos permitam pensar sobre e com as comunidades e populações ditas tradicionais situadas em áreas protegidas e territórios disputados por projetos de empreendimentos privados (estaleiros, parques eólicos, instalações hoteleiras, resorts etc.) ou do poder público (barragens, usinas de energia etc.), causando conflitos socioambientais. Ademais, trata-se de analisar o papel desempenhado pelos movimentos sociais e ambientais neste contexto atravessado por mediações não discursivas como o poder e o dinheiro.

MR 38. Sofrimento, Política e Emoções. Local: F106, CA. Dia e horário: Quinta-feira (14h30-16h30)

Coordenação: Maria Claudia Pereira Coelho (UERJ).

Participantes: Maria Antónia Pedroso de Lima (CRIA / ISCTE-IUL), Ceres Gomes Víctora (UFRGS), Cynthia Andersen Sarti (UNIFESP).

Debatedora: Jane Araújo Russo (IMS/ Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Esta mesa versa sobre as relações entre política, sofrimento e emoções. Insere-se em uma tendência mais ampla de teses antropológicas recentes que buscam articular os níveis micro e macro da experiência individual, em uma tentativa de superação de uma clivagem clássica da antropologia: o estabelecimento de pontes teóricas que permitam pensar o contexto global, em suas dimensões política, histórica e econômica, não apenas como pano de fundo para vivências localizadas, mas como algo que encontra tradução cotidiana em aspectos tradicionalmente considerados “micro” ou “subjetivos” – o sofrimento e as emoções. Reunimos três projetos que buscam realizar essas pontes, abordando os temas “macro” da crise socioeconômica gerada pela adesão às “políticas da austeridade” na Europa; da violência de estado sob a forma da tortura; e da multiplicidade de leituras da “responsabilidade” por tragédias coletivas. Esse espectro temático permite destacar alguns aspectos específicos da compreensão das dinâmicas subjetivas e emocionais da vivência dessas experiências: a articulação entre esperança e resiliência em contextos de crise que abalam a própria noção de futuro; as formas de elaboração de experiências “traumáticas”, em sua relação com as noções de memória e de “trabalho do tempo”; e a tensão entre leituras secularizadas e leituras informadas por doutrinas religiosas acerca do problema da responsabilidade pelo infortúnio, com as implicações dessa tensão para as formas da ação individual.

MR 39. Técnica, estética, política e fluxos de materiais. Local: F108, CA. Dia e horário: Quinta-feira (14h30-16h30)

Coordenação: Edmundo Marcelo Mendes Pereira (MN/UFRJ).

Participantes: Fabio Mura (UFPB), Carla da Costa Dias (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Manuel Ferreira Lima Filho (Universidade Federal de Goiás)

A meta principal da mesa é fomentar um debate impulsionado por trajetórias profissionais densificadas por experiências etnográficas a respeito do lugar dos ‘materiais’ nos repertórios e trajetórias culturais. Relacionando concepções oriundas de tradições de conhecimento locais com mapeamentos de técnicas e saberes associados a atividades humanas, pretende-se entrelaçar interpretações nativas e acadêmicas num processo dialógico. O intuito é tentar compreender fenômenos rituais, artísticos e práticos, não como mera expressão de uma cultura abstrata, mas a partir dos veículos que permitem a própria construção de quadros culturais. Assim, a dimensão material deixa de ser entendida ontologicamente como oposta àquela ideal, permitindo reunir objetos, coisas, técnica, ideias, normas, sentimentos, como constituindo justamente ‘materiais’ veiculados por fluxos culturais organizados socialmente. É a partir deste quadro conceitual que se pretende abordar atividades rituais, expressões artísticas e atividades utilitárias, bem como políticas públicas de musealização e patrimonialização. Marcado esse campo de atuação e interação antropológica, espera-se contribuir para focar o lugar contemporâneo dos ‘materiais’, de suas técnicas de geração e uso, ao modo como são concebidos e interpretados, em tramas de epistemes antropológicas críticas. MR 40. Teoria e teóricos da etnografia religiosa afro-americana. Local: H108, CA. Dia e horário: Quinta-feira (14h30-16h30)

Coordenação: Maristela Oliveira de Andrade (Universidade Federal da Paraíba).

Participantes: Vagner Gonçalves da Silva (USP), Antonio Giovanni Boaes Gonçalves (Universidade Federal da Paraíba), Dilaine Soares Sampaio (Universidade Federal da Paraíba)

Não foram poucos os estudiosos que de algum modo colaboraram substancialmente para a construção do que estamos denominando aqui como uma “etnografia religiosa afro-americana”. A construção dessa etnografia se deu com a participação de antropólogos e etnólogos europeus, com destaque para a produção francesa, norte-americanos e também latino- americanos. Entendemos que a recuperação dessas perspectivas teóricas construídas, tanto em relação a temas fortes como a incorporação das divindades ou o sacrifício, quanto em relação a própria definição das religiões afro-americanas, é fundamental para a construção do que atualmente se pensa na academia acerca desse universo religioso. Diante do exposto, esta mesa tem como objetivo recuperar esses autores, alguns deles menos comentados ou esquecidos, como Alfred Metraux, Fernando Ortiz, Mario de Andrade, dentre outros, trazer ainda as perspectivas teóricas construídas acerca de um dos temas fortes já mencionados, no caso o sacrifício, bem como problematizar os modos de construção dessa produção etnográfica e dessas perspectivas teóricas.

MR 41. Vestígios, Restos e Substratos corporais humanos em seus diversos agenciamentos. Local: H108, CA. Dia e horário: Sexta-feira (14h30-16h30)

Coordenação: Soraya Fleischer (Departamento de Antropologia/Universidade de Brasília).

Participantes: Débora Allebrandt (Universidade Federal de Alagoas), Claudia Fonseca (UFRGS), Daniela Tonelli Manica (UFRJ).

Debatedora: Clarice Monteiro Machado Rios (Instituto Medicina Social/UERJ)

Inserindo-se nos debates sobre ciência e tecnologia, essa mesa redonda visa explorar as fronteiras entre o “humano” e “não-humano”, fitando a coleta/arquivamento/uso de substratos materiais que, em algum momento de sua trajetória, podem ser significados como “vestígios humanos”. Podem ser eles: embriões armazenados em tanques de nitrogênio; sangue ou DNA em biobancos; vestígios corporais guardados em freezers de institutos de perícia; ossadas encontradas em escavações; fluidos corporais, órgãos ou tecidos ligados à reprodução, como a placenta e o sangue menstrual, engajados em pesquisas científicas e/ou procedimentos biomédicos. Em que sentido a caracterização desses substratos como “humanos” permite ou autoriza determinados agenciamentos em detrimento de outros? Ou seja, quais são as concepções que constituem esses substratos ora como materiais passíveis de serem utilizados em pesquisas científicas, ora como “excedentes” ou como "lixo”, cujo descarte implica uma série de dilemas (bio)éticos e (bio)políticos. Cabe explorar a relação entre a classificação desses substratos como “rastros” ou “vestígios” do “humano” e outras tensões que surgem quando esses materiais escapam os fluxos e destinos previsíveis (embriões convertidos em fetos que serão gestados, corpos mortos que passariam por rituais funerários apropriados, ou excrementos que seriam devidamente descartados de acordo com os pressupostos de higiene íntima). SIMPÓSIOS ESPECIAIS

Quinta-feira (14h30-16h30) SE - 3, 4, 6, 7, 9, 10. Sexta-feira (14h30-16h30) SE - 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10. Sexta-feira (16h30-18h30) SE - 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9.

SE 01. Deslocamentos, desigualdades e violência de Estado: Perspectivas comparativas Simpósio Especial do Comitê Migrações e Deslocamentos da ABA.

Local: F108, CA. Horário: Sexta-feira (14h30-18h30)

Bela Feldman (UNICAMP) (Coordenador)

Vivemos num mundo globalizado caracterizado por intensos deslocamentos sociais, expulsões, brutalidade e precariedade da vida humana. Numa conjuntura marcada por um capitalismo corporativo destrutivo, esses deslocamentos refletem o surgimento de uma nova lógica de exclusão social, produtora de desigualdades e contingentes de despossuídos. Simultaneamente à predominância de ideologias e retóricas multiculturalistas ancoradas em “direitos humanos” e no humanitarismo, são criadas categorias sociais e políticas de governança tecnocrata de securitização, criminalização e desumanização da pobreza. Como esse processos sociais demandam novos paradigmas teórico-metodológicos, adotamos uma perspectiva global das migrações e deslocamentos que traz à tona os interstícios do poder e da dominação na produção de desigualdades e suas relações com violências estruturais e estatais, incluindo interseccionalidades de gênero, classe e raça. Através de duas sessões temáticas, reunimos apresentações que focalizam deslocamentos diversos tanto transnacionais quanto na cidade, como por exemplo, remoções, assassinatos, deportações, encarceramento ou “higienização urbana”.Desafiando imanentes positivismo e nacionalismos metodológicos, esse conjunto de estudos de caso indicam processos similares nas restrições e controle dos deslocamentos de protagonistas diversos, sejam eles migrantes transnacionais, população de rua, ou moradores de favelas e periferias urbanas. Programação

Sessão 1

Igor José de Renó Machado (UFSCar) Negações da diferença e a produção da vulnerabilidade migrante

Guilherme Mansur Dias (Incra) Tráfico de seres humanos e a governança através do crime: o caso dos refugiados em Viena

Natália Corazza Padovani (PAGU) Que mundões a prisão produz?”: Fronteiras, prisões e deslocamentos migratórios de brasileiras(os) e espanholas(óis) presas(os) em contextos de transnacionalidades

Sessão 2

Mariana Cavalcanti (IESP/UERJ) A gambiarra “Olímpica”: favelas e remoções no Rio de Janeiro (2009- 2016)

Taniele Cristina Rui (CEBRAP) Entre o mundão e os dispositivos de controles: deslocamentos e contenções dos infames por distintos territórios urbanos

Liliana Lopes Sanjurjo (Universidade Federal de São Carlos) “Nossos Mortos tem Voz”: Deslocamentos Sociais, Afeto e Ação Política em Perspectiva Comparativa

SE 02. Direitos Humanos e Moralidades em questão: categorias, contextos e modos de engajamento.

Local: AUDITÓRIO 411, CCHLA. Horário: Sexta-feira (14h30-18h30)

Lucia Eilbaum (UFF) (Coordenador) Patrice Schuch (UFRGS) (Coordenador)

Esse Simpósio Especial busca discutir a relação entre a categoria de “direitos humanos” e as moralidades que a mesma evoca, provoca e/ou suscita em diferentes campos de intervenção social, acadêmica, política e jurídica. A partir das pesquisas e reflexões dos palestrantes, propomos analisar como a categoria “direitos humanos” se constrói, em diferentes contextos, como um campo de disputas e tensões. Interessa-nos também debater os modos de habitar a categoria “direitos humanos”, assim como os seus deslocamentos e efeitos nas práticas sociais. Finalmente, nos interessa discutir as formas de engajamento antropológico em torno do assunto e os desafios colocados à antropologia, na análise dessa problemática.

O Simpósio é dividido em duas sessões. A primeira abordará questões de cunho metodológico, pensando nos eventuais desafios, dilemas, particularidades, estratégias de se pesquisar em campos articulados e/ou atravessados pela noção de “direitos humanos”. A segunda buscará discutir mais conceitualmente a noção de “moralidades” e sua relação com processos de violação e/ou construção de direitos, em campos diversos, como violência institucional, processos migratórios e práticas religiosas.

Programação

Sessão 1

Fábio Alves Araújo (Instituto Federal do Rio de Janeiro) Das condições adversas do trabalho de campo: reflexões a partir de uma pesquisa sobre desaparecimento forçado de pessoas

Sessão 2

Leticia de Luna Freire (UERJ) "Jogos da exclusão”: as mobilizações coletivas contra violações de direitos no contexto dos megaeventos esportivos no Rio de Janeiro

Mirian Alves de Souza (Universidade Federal Fluminense) Refúgio e direitos humanos: negociando identidades na esfera pública

Carlos Alberto Steil (UFRGS) Direitos Humanos: Disputas entre a moral religiosa e a imaginação política

Leonardo Damasceno de Sá (Universidade Federal do Ceará) "Os direitos humanos dos policiais": a agência moral de policiais militares no contexto de suas lutas por reconhecimento no Ceará. SE 03. Violência urbana e cidades: resistências, pacificação e mercado.

Local: A105, CA. Horário: Quinta-feira(14:30-16:30) e Sexta-feira (14h30- 18h30)

Patrícia Birman (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) (Coordenador)

Há décadas diferentes governos brasileiros problematizam a violência urbana e promovem modos de gestão segundo diferentes dispositivos para solucioná-la. Ao longo deste tempo, contudo, só aumentaram as mortes causadas pelas forças do estado. E aumentaram de forma proporcionalmente inversa à indignação da chamada opinião pública. Cada vez mais indiferentes, parcelas mais elitizadas das cidades encaram os sucessivos morticínios, chacinas e execução sumária como um modo de gestão aceitável dos territórios da pobreza. Adere-se facilmente à lógica perversa que tem promovido, em formato de guerra policial-militar, o extermínio de segmentos da população, supostamente responsáveis pela violência urbana. Neste contexto, não produzem efeitos de descentramento na narrativa que apresenta a “guerra” como solução para a “violência” a morte de mulheres, de crianças e de jovens cuja trajetória não aponte qualquer relação com o “tráfico” ou a outros problemas que constroem a morte como uma das estratégias da paz. A partir deste cenário, o Simpósio Especial tem como proposta (1) dar destaque às histórias dessas guerras: contar seus mortos, suas memórias e as políticas de apagamento das resistências existentes; (2) analisar as conexões entre militarização e trabalhos missionários católicos, evangélicos e espíritas nas zonas supostamente conflagradas; (3) discutir as conexões entre “mercado” e práticas violentas, bem como o “mercado” econômico-financeiro associado à produção de mortes.

Programação

Sessão 1

Juliana de Farias Mello e Lima (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) Violência, Gênero e Favelas: reflexões sobre formas de governar territórios e corpos

Paula Mendes Lacerda (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) Grandes projetos, gênero e violações de direito: notas iniciais a partir de Altamira (PA)

Adriana de Resende Barreto Vianna (MN/UFRJ) No rastro da destruição: sobre lugares, corpos e afetos marcados Sessão 2

Carly Barboza Machado (UFRRJ) Os desafios da paz no Rio de Janeiro

Adriana Facina Gurgel do Amaral (UFRJ) O poeta de uma outra Vila: arte e sobrevivência na trajetória de um compositor de funk proibidão

Palloma Valle Menezes (Fundação Getulio Vargas) “Na favela, tá tudo monitorado”: dispositivos de vigilância e (i)mobilidades em territórios “pacificados”

Sessão 3

Adriana dos Santos Fernandes (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) Abrigos muito povoados: vulnerabilidade, precariedade e apropriações

SE 04. Gênero, sexualidade, intolerância e violência.

Local: Auditório 2, CA. Horário: Quinta-feira (14:30-16:30) e Sexta-feira (14h30-18h30)

Horacio Federico Sívori (UERJ) (Coordenador) Maria Filomena Gregori (Departamento de Antropologia UNICAMP) (Coordenador)

Sessão 1

Eduardo Henrique Araújo de Gusmão (UFCG) (Participante) Naara Lúcia de Albuquerque Luna (DCS e PPGCS, UFRRJ) (Participante) Ronaldo Romulo Machado de Almeida (Unicamp) (Participante) Christina Vital da Cunha (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE) (Debatedor)

Sessão 2

Roberto Efrem Filho (Universidade Federal da Paraíba) (Participante) Heloisa Buarque de Almeida (USP) (Participante) Isadora Lins França (Unicamp) (Participante) Sérgio Luís Carrara (UERJ) (Debatedor)

Sessão 3

Marcelo Tavares Natividade (Universidade de São Paulo) (Participante) Mónica Tarducci (UBA/UNSAM) (Participante) Adriana Gracia Piscitelli (PAGU-Unicamp) (Participante)

É visível na sociedade brasileira e no mundo a presença de conflitos em que agentes religiosos estão em disputa acirrada por impor suas visões de mundo e posições no espaço público. Também se observam discursos dogmáticos e de pouca tolerância por parte de outros agentes: operadores do Direito e representantes da comunidade científica, cada qual pretendendo instituir argumento religioso, jurídico ou científico como o único regime de verdade possível. Esses grupos não são estanques, mas se observam alianças e trocas de argumentação de ordem religiosa, legal e biológica ou natural. Vemos o engajamento de grupos em torno do Estatuto da Família e do Estatuto do Nascituro, reações em torno de decisões do Supremo Tribunal Federal como o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo, da antecipação de parto de anencéfalo e da autorização para pesquisa com células-tronco embrionárias, dos embates entre crenças neopentecostais e religiões de matriz africana em luta pela preservação do patrimônio cultural. Trata-se de disputas acerca do aborto, da liberdade sexual, de constituição da família, da morte com dignidade e defesa da vida. No exterior, conflitos políticos se traduzem em idiomas religiosos, em cenários de guerras e migrações internacionais. Esta mesa se propõe a debater a religião no espaço público e como argumentos dogmáticos e fundamentalistas, não só oriundos do campo religioso, mas também da esfera legal e da ciência têm sido acionados por distintos agentes.

Programação

Sessão 1

Eduardo Henrique Araújo de Gusmão (UFCG) Religião, estética e abjeção: considerações em torno de Janaína Paschoal Naara Lúcia de Albuquerque Luna (DCS e PPGCS, UFRRJ) A criminalização da “ideologia de gênero”: uma análise do debate na Câmara dos Deputados sobre diversidade sexual em 2015

Ronaldo Romulo Machado de Almeida (Unicamp) Evangélicos e Conservadorismo

Sessão 2

Isadora Lins França (Unicamp) “Refugiados LGBTI”: direitos e narrativas entrecruzando gênero, sexualidade e violência

Sessão 3

Adriana Gracia Piscitelli (PAGU-Unicamp) “#queroviajarsozinhasemmedo”: Novos registros de articulações entre gênero, sexualidade e violência

SE 05. Mineração, sofrimento social e resistências: o Brasil e o contexto Latinoamericano.

Local: I412, CA. Horário: Sexta-feira (14h30-18h30)

Andrea L. M. Zhouri (UFMG) (Coordenador)

Sessão 1

Maristella Svampa (Universidade Nacional de La Plata/CONICET) (Participante) Bruno Milanez (Universidade Federal de Juiz de Fora) (Participante) Raquel Maria Rigotto (Universidade Federal do Ceará) (Participante)

Sessão 2

Eduardo Antonio Restrepo Uribe (Pontifícia Universidade Javeriana, Bogotá, Colombia) Horácio Antunes de Sant'Ana Júnior (Universidade Federal do Maranhão - UFMA) (Participante) Andrea L. M. Zhouri (UFMG) (Participante)

A expansão do setor extrativo mineral no Brasil faz parte de um processo de reprimarização da economia em todo o continente latinoamericano. A exportação de produtos com baixa intensidade tecnológica acaba por impor aos países latino-americanos uma inserção subordinada no contexto internacional. Além de simplificação e submissão econômica, observa-se o acirramento dos processos de expropriação, violência simbólica e epistêmica. Povos indígenas, comunidades tradicionais e meio ambiente estão na linha de frente dos conflitos que se proliferam em áreas disputadas pela mineração. As consequências socioambientais são, em muitos casos, de grande intensidade, duração e de difícil reversão, como revela, de forma paradigmática, o maior desastre tecnológico da América Latina provocado pelo rompimento da barragem de rejeitos de mineração da empresa Samarco (Vale/BHP Billinton), em Mariana-MG. Esta atividade reúne pesquisadores brasileiros e latinoamericanos em torno do tema da mineração e suas consequências socioambientais, atentando para os desafios teóricos, políticos, epistemológicos e institucionais apresentados por essa investida econômica na atualidade.

SE 06. Movimentos Sociais, Povos Tradicionais e Direitos Humanos: de insurgências e descolonização.

Local: F111, CA. Horário: Quinta-feira(14:30-16:30) e Sexta-feira (14h30- 18h30)

Assis da Costa Oliveira (Universidade Federal do Pará) (Coordenador) Jane Felipe Beltrão (Universidade Federal do Pará) (Coordenador) Ricardo Prestes Pazello (Universidade Federal do Paraná) (Coordenador)

Sessão 1

Erika Macedo Moreira (Regional Goiás/ UFG) (Participante) Katiane Silva (Universidade Federal do Pará) (Participante) Elieyd Sousa de Menezes (PPGAS/UFAM) (Participante) Thereza Cristina Cardoso Menezes (CPDA-UFRRJ) (Debatedor) Sessão 2

Almires Martins Machado (Universidade Federal do Pará) (Debatedor) Ricardo Prestes Pazello (Universidade Federal do Paraná) (Participante) Jane Felipe Beltrão (Universidade Federal do Pará) (Participante) Assis da Costa Oliveira (Universidade Federal do Pará) (Participante)

Sessão 3

Carlos Frederico Marés de Souza Filho (PUCPR) (Participante) Thereza Cristina Cardoso Menezes (CPDA-UFRRJ) (Participante) Mariana Trotta Dallalanna Quintans (UFRJ/ Faculdade de Direito) (Participante) Carlos Alberto Caroso Soares (Universidade Federal do Sul da Bahia) (Debatedor)

Trabalhar de forma problematizada “cenários de luta” dos movimentos sociais, considerando recortes étnico-racial e direitos humanos, tendo como horizonte os limites e as possibilidades de contribuição oriundas do campo da Antropologia e do Direito que facilite a interlocução, o apoio e a análise das mobilizações sociais dos protagonistas que se insurgem contra paradigmas e fronteiras instituídas, fato que muitas vezes produz a criminalização de reivindicações legítimas. A situação política e as injustiças sociais nos conduzem à renovação das formas de produção acadêmica para acolher as demandas étnica e racialmente diferenciadas para realizar a possibilidade de um Brasil diverso e plural.

Programação

Sessão 1

Erika Macedo Moreira (Regional Goiás/ UFG) O descompasso entre os avanços da Constituição de 1988 e a prática do Judiciário Brasileiro

Katiane Silva (Universidade Federal do Pará) Emergência e construção política da identidade indígena no Auati- Paraná, AM.

Elieyd Sousa de Menezes (PPGAS/UFAM) O “aviamento” e a servidão por dívida: Resistência e dominação na extração da piaçaba em Barcelos-AM

Sessão 2

Ricardo Prestes Pazello (Universidade Federal do Paraná) Os limites do jogo de espelhos: os faxinalenses perante o direito

Assis da Costa Oliveira (Universidade Federal do Pará) Mobilização social da juventude indígena para construção descolonial das políticas de juventude

Sessão 3

Carlos Frederico Marés de Souza Filho (PUCPR) Os índios e suas organizações: a reconquista de direitos

Thereza Cristina Cardoso Menezes (CPDA-UFRRJ) Gestão, regularização e segurança territorial: perspectiva comparada a partir do Sul do Amazonas

Mariana Trotta Dallalanna Quintans (UFRJ/ Faculdade de Direito) O diálogo de saberes e o reconhecimento constitucional dos direitos das comunidades quilombolas

SE 07. Olhares cruzados para África: trânsitos e mediações.

Local: Auditório 212, CE. Horário: Quinta-feira (14:30-16:30) e Sexta-feira (14h30-18h30)

Andréa de Souza Lobo (Universidade de Brasília) (Coordenador) Laura Moutinho (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO) (Coordenador)

Sessão 1

Carlos Eugênio Monteiro Cardoso (Codesria) (Participante) Brigitte Bagnol (The Witwatersrand University) (Participante) Sessão 2

Wilson Trajano Filho (Universidade de Brasilia) (Participante) Juliana Braz Dias (Universidade de Brasília) (Participante) Mallika Shakya (South Asian University) (Participante) Josué Tomasini Castro (Unicamp) (Debatedor)

Sessão 3

Cláudio Alves Furtado (Universidade Federal da Bahia) (Participante) António Tomás (Stellenbosch University) (Participante) Esmeralda Celeste Mariano (Departamento de Arqueologia e Antropologia, Faculdade de Letras e Ciencias Sociais - Universidade Eduardo Mondlane, Mocambique) (Debatedor)

Este Simpósio Especial tem como objetivo: 1) estimular a reflexão acerca de pesquisas realizadas em diferentes contextos africanos; 2) ampliar as trocas entre pesquisadores de proveniências variadas que realizam pesquisas em África, destacando a importância do local de onde se dirige o olhar para o continente. Assim, a proposta mais ampla é investir nas interconexões (explícitas ou fruto de ações em rede) entre diferentes países do chamado eixo “sul-sul”. O ponto de partida a balizar este Simpósio seria o dos olhares inusitados. O olhar convencional da antropologia para a África esteve sempre constrangido pelas relações de dominação colonial, mesmo passados mais de 50 anos das independências africanas. Há, contudo, uma grande variedade de olhares que aportam cores e contornos novos. Privilegiaremos aqui: perspectivas marcadas por pertencimentos transversais; a visão de pesquisadores brasileiros e de outros lugares do Sul sobre África; e os olhares de África para o Sul e alhures. Propomos um Simpósio reunindo antropólogos que, através de suas pesquisas substantivas, possam refletir sobre a importância do lugar do olhar, especialmente dos olhares cruzados para o continente africano. Sem excluir as discussões de natureza explicitamente epistemológica, privilegiamos contribuições que façam essa reflexão a partir dos estudos e da experiência concreta de pesquisa dos autores. SE 08. Patrimônios e Museus: responsabilidades e desafios na prática antropológica.

Local: Auditório 211, CCSA. Horário: Sexta-feira (14h30-18h30)

Izabela Maria Tamaso (UFG) (Coordenador) Renata de Sá Gonçalves (Universidade Federal Fluminense) (Coordenador)

Sessão 1

Alisse Waterston (Presidente da American Anthropological Association – AAA) (Participante) Antônio Augusto Arantes Neto (UNICAMP) (Participante) Antonio Carlos de Souza Lima (MUSEU NACIONAL - UFRJ) (Participante) Teresita Majewski (American Anthropological Association – AAA) (Participante) Cristina Oehmichen (Presidente Asociación Latinoamericana de Antropología e Colégio de Etnólogos e Antropólogos Sociais do México) (Participante) Flávio Rizzi Calippo (Presidente da Sociedade de Arqueologia Brasileira) (Participante)

Sessão 2

Manuel Ferreira Lima Filho (Universidade Federal de Goiás) (Participante) Mario de Souza Chagas (Professor) (Participante) João Pacheco de Oliveira Filho (Universidade Federal do Rio de Janeiro) (Participante) Regina Maria do Rego Monteiro de Abreu (Universidade Federal do Estado do rio de Janeiro) (Debatedor)

Os patrimônios culturais são temas e objetos de pesquisa que têm trazido grandes desafios para a prática antropológica, sobretudo no que diz respeito aos aspectos metodológicos, éticos e políticos. Este Simpósio propiciará a reunião de representantes de associações de Antropologia e Arqueologia das Américas e Caribe, com vistas a instalar oficialmente o Forum Interamericano e Caribenho do Patrimônio Cultural, objetivando estabelecer uma rede de parceiros e estimular a colaboração entre pesquisadores na área do patrimônio cultural, em todos os subcampos da antropologia. As questões de natureza metodológica, ética e jurídica, relativas aos inventários do patrimônio cultural intangível, têm também lugar de destaque. Amplamente utilizados para a identificação de patrimônios tangíveis e intangíveis, destacados pela Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Intangível (UNESCO, 2003) e em prática no Brasil desde 2000, através da adoção do INRC – Inventário Nacional de Referências Culturais, esses procedimentos são um tópico controverso entre antropólogos, cuja prática profissional inclui mediar aspirações e conhecimentos locais e orientações técnicas e políticas das instituições responsáveis pela implementação de políticas de salvaguarda. Além disso, serão debatidos os temas relativos às demandas por reconhecimento das identidades de grupos sociais específicos, bem como os desdobramentos e a construção de novas parcerias entre a Antropologia, os antropólogos e os museus.

SE 09. Políticas da Antropologia: as perspectivas das associações de Antropologia diante de um cenário de crises globais / Politics and Policies of Anthropology: Anthropological Association perspectives towards a scenario of global crises.

Local: Auditório Reitoria. Horário: Quinta-feira (14:30-16:30) e Sexta-feira (14h30-18h30)

Antonio Carlos de Souza Lima (MUSEU NACIONAL - UFRJ) (Coordenador)

Sessão 1

Ruben George Oliven (UFRGS) (Participante) Chandana Mathur (.) (Participante) Junji Koizumi (.) (Participante) Geir Thomas Hylland Eriksen (.) (Participante) Alisse Waterston (Presidente da American Anthropological Association – AAA) (Participante)

Sessão 2 Miriam Pillar Grossi (Universidade Federal de Santa Catarina) (Participante) Cristina Oehmichen (Presidente Asociación Latinoamericana de Antropología e Colégio de Etnólogos e Antropólogos Sociais do México) (Participante) Gonzalo Díaz Crovetto(DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA/UCT/CHILE) (Participante) Lía Mercedes Ferrero (.) (Participante) Lydia Nina de Souza Gumiel (ASOCIACIÓN URUGUAYA ANTROPOLOGÍA SOCIAL) (Participante)

Sessão 3

Antonio Carlos de Souza Lima (MUSEU NACIONAL - UFRJ) (Participante) Gustavo Lins Ribeiro (Universidade de Brasília) (Participante) Carmen Silvia Rial (UFSC) (Participante) Cristiana Lage David Bastos (.) (Participante)

O WCAA foi criado em 2004, em evento imediatamente anterior à XXIV RBA. Vivíamos então uma conjuntura internacional de grande otimismo quanto à possibilidade de construção de um mundo mais equânime. A WCAA, e a interlocução que muito depois surgiria com a IUAES, colocou-se como fórum coetâneo a essas perspectivas, e de crescente importância para as associações nacionais de antropologia em seus diversos feitios e matizes. As sucessivas crises financeiras internacionais, desde ao menos 2008, bem como os cenários de crise política (e em casos como o brasileiro atual, também moral) em que os governos nacionais de muitos países, por exemplo, da América Latina, nos colocaram diante de um mundo muito menos favorável àquele de 14 anos atrás. Diante de tais quadros, como nossas modalidades de associativismo, (nacionais, internacionais, globais), com suas singularidades e enraizamentos diferenciados nos cenários sociais em que estão inseridos, têm enfrentado tais questões e problemas à reflexão científica, à atuação pública, e à intervenção social? Quais nossas metas e singularidades? Quais nossas agendas específicas? Quais, se existem, são nossas agendas comuns? O que mais poderíamos fazer além de organizarmos eventos em congressos, em notas públicas diante de situações de crise cuja eficácia vem se se mostrando crescentemente importante? Esperamos que dessas apresentações possamos produzir uma publicação em futuro próximo.

SE 10. Políticas de formação e produção de conhecimento: cenários e desafios para antropologia e educação.

Local: Auditório 1, CA. Horário: Quinta-feira (14h30 – 16h30), Sexta-feira (14h30-16h30)

Daniel Schroeter Simião (Universidade de Brasília) (Coordenador)

Sessão 1

Bela Feldman (UNICAMP) (Participante) Russell Parry Scott (Universidade Federal de Pernambuco) (Participante) Marko Synésio Alves Monteiro (UNICAMP) (Debatedor) Wilson Trajano Filho (Universidade de Brasilia) (Debatedor) Daniel Schroeter Simião (Universidade de Brasília) (Participante)

Sessão 2

Ana Paula Mendes de Miranda (Universidade Federal Fluminense) (Participante) Amurabi Pereira de Oliveira (Universidade Federal de Santa Catarina) (Participante) Rodrigo Pereira da Rocha Rosistolato (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO) (Participante) Neusa Maria Mendes de Gusmão (UNICAMP) (Debatedor)

Os últimos anos trouxeram importantes transformações no campo de formação de antropólogos no Brasil e desafios para a produção de conhecimento na área e seu diálogo com políticas educacionais. Entre outras transformações, destacam-se: o número de programas de pós-graduação na área dobrou na última década, com impacto correspondente sobre o número de teses e dissertações; houve ampliação e consolidação de redes no Brasil e no exterior, bem como no escopo de pesquisas e temas de interesse; as políticas de financiamento em pesquisa, expandidas em boa parte da última década, passam agora por severas restrições; a formação em antropologia ganhou novos espaços em cursos de graduação. O simpósio busca analisar este cenário por meio de duas sessões: 1) O campo de formação e pesquisa em antropologia; 2) Educação, escola e diversidade: uma olhar antropológico. Na primeira, busca-se uma análise preliminar dos dados produzidos em pesquisa da ABA sobre formação, pesquisa e inserção profissional no campo da antropologia nos últimos dez anos. Na segunda, tematiza-se a contribuição da antropologia para uma abordagem crítica das práticas educacionais e da produção de conhecimentos no universo escolar, com foco no reconhecimento e valorização de especificidades culturais e nos conflitos daí decorrentes. No momento em que o país discute a elaboração de uma Base Nacional Comum curricular, busca-se refletir sobre a produção etnográfica na área e sua articulação com um importante campo de estudos. GRUPOS DE TRABALHO

GT 001. A gestão publica da prostituição: politicas, putas e conflitos nas arenas locais e internacionais.

Local: AUDITÓRIO 211, CCSA.

Adriana Gracia Piscitelli (PAGU-Unicamp) (Coordenador) Ana Paula da Silva (Universidade Federal Fluminense) (Coordenador) Thaddeus Gregory Blanchette (UFRJ) (Debatedor) Diana Helene Ramos (Unigranrio) (Debatedor)

Resumo: O tema da prostituição mobiliza fortes paixões políticas. No seculo XX, ondas teoricas e politicas propiciaram variadas maneiras de “revolver” o “problema da prostituiçao”. Face a regulamentação e segregação, o abolicionismo e políticas proibicionistas liberais, repressivas e criminalizantes, o Brasil, pais oficialmente abolicionista, tem adotado uma espécie de não-política. As ambiguidades permitidas na lei, que criminaliza relaçoes de trabalho no universo da prostituiçao, mas não o trabalho autonomo da prostituta, tornaram-se objeto da critica formulada pelo próprio movimento de prostitutas no Brasil e outros paises, sustentando a formulaçao da politica da Anistia Internacional pela descriminalizaçao plena da prostituiçao. Frente a essa operante ambiguidade, prostitutas brasileiras têm desenvolvido uma gama variada de políticas e práticas de confronto, colaboração, subversão e resistência para lidar com o Estado. Esse GT abordará realidades empiricas da prostituição focalizando também conflitos e colaborações entre prostitutas e agentes governamentais e não- governamentais. Conflitos derivados dos processos de “renovaçao urbana” e a crescente onda de reação contra práticas e identidades sexuais consideradas “minoritárias” também serão aceitos. Finalmente, trabalhos que abordem questões éticas inerentes à pratica antropologica junto a população de trabalhadores sexuais, engajados ou não nas lutas politicas, atualizarão também esse espaço de reflexão no âmbito de nosso GT.

Programação

Sessão 1 - GT 001

Andreia Skackauskas Vaz de Mello (Unicamp) Apresentação Oral em GT Prostituição e direitos nas relações entre prostitutas e agentes benevolentes

Juliana Cavilha Mendes Losso (Estácio de Sá) Apresentação Oral em GT Entre a agência e a Indústria do Resgate: etnografia de um Fórum sobre o tráfico e a prostituição feminina

Mara Clemente (CIES-IUL) Apresentação Oral em GT Trabalho sexual e tráfico de seres humanos em Portugal. Desafios éticos e políticos

Flavia do Bonsucesso Teixeira (Universidade Federal de Uberlandia), Gilson Goulart Carrijo Apresentação Oral em GT Européias e penosas: reflexões sobre a crise econômica no mercado de trabalho sexual na Itália

Santiago Morcillo (UBA-FSOC), Cecilia Varela Apresentação Oral em GT La campaña antitrata y las estrategias en el movimiento abolicionista de la prostitución en Argentina

Michelle Barbosa Agnoleti (Universidade Federal da Paraíba) Apresentação Oral em GT Aspectos políticos e jurídicos da persecução penal do tráfico de pessoas: o caso das travestis paraibanas

Sessão 2 - GT 001

Silvia Lilia Silva Sousa (Universidade Federal do Pará) Apresentação Oral em GT Memórias das esquinas: a trajetória de prostitutas na “batalha” pelas ruas do bairro da Campina, Belém/ PA

Loreley Gomes Garcia (DE), Jose Miguel Nieto Olivar Mayrinne Meira Wanderley Apresentação Oral em GT “USAR O CORPO”: economias sexuais de mulheres jovens do litoral ao sertão no Nordeste brasileiro

Silas da Silva Ferreira (UFAL), Nádia Elisa Meinerz Gercy Paloma Pôster em GT Sobre “fazer a vida” e pesquisar numa praça do centro de Maceió Francisco Tiago Costa de Castro (Laboratório de Estudos da Violência - LEV/UFC), Leonardo Damasceno de Sá Apresentação Oral em GT Corporalidades em fluxo nos trilhos da prostituição: uma etnografia das travestis e transexuais num bairro periférico de Fortaleza

Natânia Lopes (PPCIS) Apresentação Oral em GT Segredo da "Prostituição de Luxo" Feminina no Rio de Janeiro

André Rocha Rodrigues (UFSCar) Apresentação Oral em GT “A gente não tem parada”: deslocamentos, apropriações e sociabilidades na prostituição travesti.

Jucilaine Maria de Carvalho (Secretaria Estadual de Educação do Piauí) Apresentação Oral em GT Prestadoras de serviço do sagrado: as prostitutas de romaria na festa da Santa Cruz dos Milagres, em Santa Cruz dos Milagres-PI.

Lívia Freire da Silva (UFRN) Apresentação Oral em GT Prostituição, segredos e mobilidade entre indígenas Potiguara.

Sessão 3 - GT 001

Felipe Bruno Martins Fernandes (Universidade Federal da Bahia) Apresentação Oral em GT Candidatas Trans* nas Eleições Brasileiras: a luta contra a invisibilidade, a vulnerabilidade e a violência

Marlene Teixeira Rodrigues (Universidade de Brasilia) Apresentação Oral em GT Políticas Públicas e Prostituição Feminina no Mundial de Futebol no Brasil - o caso de Fortaleza

Leonildo Nazareno do Amaral Guedes (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) Apresentação Oral em GT Prostituição em comunidades ribeirinhas do Arquipélago do Marajó, Pará: algumas reflexões iniciais Fernanda Priscila Alves da Silva (UNEB) Apresentação Oral em GT EM SALVADOR: CIRCULANDO, LADEIRANDO E DESCORTINANDO MUNDOS - Primeiros passos de uma observação etnográfica

Soraya Silveira Simões (UFRJ) Apresentação Oral em GT Cidades imaginadas, cidades existentes: prostituição e a produção de uma narrativa crítica urbana

Laura Rebecca Murray (IMS/UERJ) Apresentação Oral em GT Puta politics - Uma reflexão teórica e etnográfica sobre o ativismo de prostitutas no Brasil

Fernanda Maria Vieira Ribeiro (Universidade Estadual Vale do Acaraú) Apresentação Oral em GT Prostituição em cidades médias: organização política, invisibilidade(s) e políticas públicas

Guilherme Alef da Costa Carvalho (IPPUR), Lucas Bernardo Dias Pôster em GT Cidade imaginada, cidade existente: processos de renovação urbana e prostituição no Rio de Janeiro

GT 002. Agenciamentos sociais e políticas públicas de saúde: cruzando e confrontando perspectivas.

Local: A104, CA

Érica Quináglia Silva (Universidade de Brasília) (Coordenador) Sônia Weidner Maluf (Universidade Federal de Santa Catarina) (Coordenador)

Resumo: Esta proposta visa reunir pesquisas que confrontem experiências, agenciamentos sociais e resistências face a práticas estatais ou governamentais de gestão da vida, traduzidas em políticas públicas de saúde. Serão discutidos três eixos articulados: 1) Abordagem das diferentes dimensões que envolvem as ações do Estado, como os processos de institucionalização e/ou desinstitucionalização, as redes de atendimento, as políticas de acesso a serviços, etc. Pensar esse “Estado em ação”, que cria mecanismos disciplinadores, em sua perspectiva universalista, e discricionários, em seus modos desiguais de distribuição de direitos, é também tentar perceber as dialéticas entre cuidado e controle, dependência e autonomia; 2) Abordagem dos agenciamentos sociais, das práticas de auto-cuidado, dos saberes locais e tradicionais, experiências religiosas, espirituais e de cura ritual, para problematizar a relação entre a produção da verdade e estratégias de sujeitos e coletividades para vivenciar e agenciar processos de saúde-adoecimento; 3) Abordagem do fazer etnográfico como ferramenta para refletir sobre experiências sociais e políticas públicas no contexto da saúde mental, da saúde sexual e reprodutiva, de práticas corporais de higiene, da alimentação, entre outras temáticas. A articulação desses três eixos visa a pensar os desafios e os diálogos possíveis entre a antropologia e o Estado, no que concerne às políticas públicas e agenciamentos sociais no campo da saúde.

Programação

Sessão 1 - GT 002

Glaucia Cristina Maricato Moreto (Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFRGS) Apresentação Oral em GT Contagiosidade e Isolamento: Controvérsias científicas e intervenções estatais em torno do combate à lepra

André Igor Oliveira Prado (Hospital São Paulo), Eliana E. Diehl Apresentação Oral em GT Saúde, adoecimento e itinerários terapêuticos de pessoas atingidas pela hanseníase em Teresina, Piauí

Soraya Fleischer (Departamento de Antropologia/Universidade de Brasília) Apresentação Oral em GT “Especiais” e “rebeldes”: Práticas governamentais da gestão da pressão alta em um bairro popular do Distrito Federal

Natalia Alves Cardoso Orlandi Silveira (Universidade de Brasília) Apresentação Oral em GT "Se eu dou o que é meu, por que eu não vou dar o que é do governo?" - Entre o programático e o pragmático no cuidado à saúde.

Maynara Costa de Oliveira Silva (UFRN), Rozeli Maria Porto Apresentação Oral em GT Negociações do corpo: Reflexões sobre o acesso ao aborto legal em uma maternidade Potiguar

Maria Audirene de Souza Cordeiro (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS), Maria Audirene de Souza Cordeiro (autora) (PPGAS/UFAM/FAPEAM/INCT Brasil Plural) [email protected] Deise Lucy Oliveira Montardo (co-autora) (PPGAS/UFAM/FAPEAM/INCT Brasil Plural) [email protected] Apresentação Oral em GT “Um corpo mar gerado, mar formado é um corpo doente, sim senhora”: os resguardos de corpo e de boca e a construção de corpos saudáveis no Baixo Amazonas

Maria Luiza Garnelo Pereira (Fundação Oswaldo Cruz/ILMD/SAGESC), Luiza Garnelo Sully Sampaio Ana Lúcia Pontes Apresentação Oral em GT Políticas de Formação/Qualificação do Agente de Saúde Indígena: confronto de perspectivas entre o direito à atenção diferenciada e a homogeneização dos processos de trabalho

Mayra Balza (UFRN) Pôster em GT Rompendo o silêncio: aborto e violência institucional no atendimento hospitalar de uma capital do Nordeste Brasileiro

Sessão 2 - GT 002

Jociara Alves Nóbrega (UFRN) Apresentação Oral em GT “Doença dos magros”: genética, ativismo e bio-identidade envolvendo uma síndrome rara no Rio Grande do Norte

Ariana Kelly Leandra Silva da Silva (SEDUC), Hilton Pereira da Silva Apresentação Oral em GT A Experiência de Viver com Doença Falciforme na Amazônia: Discussões sobre Assistência, Racismo Institucional e Identidade Social no Estado do Pará

Emanuel Luz e Silva (Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia) Apresentação Oral em GT Políticas Públicas Sobre Drogas no Brasil: “A Rede de Acolhimento para Dependentes Químicos do Rio de Janeiro”

Regina de Paula Medeiros (Pontificia Universidade Católica de Minas Gerais), Janaina Fernandes Drumond Cetlin; Carlos Eduardo da Silva Apresentação Oral em GT Controvérsias e assertivas entre a população de rua que faz uso de drogas e políticas públicas de saúde: um estudo etnográfico em Belo Horizonte. Rosa Virgínia A. de A. Melo (UFPB), Rosa Virgínia Melo Apresentação Oral em GT “Do meu jeito não funciona”: a ajuda mútua entre “adictos”

Tatiane Vieira Barros (UFSC) Apresentação Oral em GT Construção de saberes e cuidado de si: Narcóticos Anônimos como um lugar de agenciamento dos sujeitos frente ao uso de drogas e seus tratamentos

Jardel Fischer Loeck (Contratado CLT) Apresentação Oral em GT O papel político da antropologia nos estudos sobre dependência química

Cristina Diógenes Souza Bezerra (Autônomo) Pôster em GT Práticas, processos e itinerários terapêuticos: experiências relatadas pela Doutora Raiz

Sessão 3 - GT 002

Antônia Iara Adeodato (UECE), João Tadeu de Andrade Apresentação Oral em GT Tecendo a rede comunitária de cuidado em saúde mental: a experiência de um Centro de Atenção Psicossocial

Fernando José Ciello (UFSC) Apresentação Oral em GT Saúde mental, holismo terapêutico e políticas de saúde: pensando sobre saúde/doença e etnografia em uma clínica-dia

Ana Paula Müller de Andrade (UFPEL) Apresentação Oral em GT Perspectivas sobre uma loucura possível: articulações no âmbito da política pública de saúde mental.

Aline Ramos Barbosa (UFSCar) Apresentação Oral em GT Saúde, Higienismo e Eugenia – agenciamentos, acolhimento e cuidado destinados à População em Situação de Rua

Marcia Reis Longhi (professora universitária) Apresentação Oral em GT Etnografando o cuidado: Envelhecimento, cuidado e saúde numa comunidade da região metropolitana de João Pessoa

Mirella Alves de Brito (CLT) Apresentação Oral em GT Histórias de/para crianças e as agências “invisíveis”: relações intergeracionais em instituição de acolhimento

Maria Manuel Quintela (ESEL e CRIA (PÓLO ISCTE-IUL)) Apresentação Oral em GT Termalismo e bem-estar: diálogos entre politicas públicas de saúde e práticas de auto-cuidado em Portugal e Brasil

Vanessa Andréa de Souza Carnevale (Núcleo de Estudos em Saúde Pública NESP), Vanessa Andréa de Souza Carnevale Pôster em GT Saúde Coletiva e atenção psicossocial: o papel do sanitarista na implantação do Serviço Residencial Terapêutico no Distrito Federal

GT 003. Agricultura familiar, campesinidade e feiras-livre: um lugar de intersecção rural/urbano.

Local: D101, CA.

Lídia Maria Pires Soares Cardel (Universidade Federal da Bahia) (Coordenador) Maria Catarina Chitolina Zanini (UFSM) (Coordenador) Sessão 1 Ellen Fensterseifer Woortmann (UnB) (Debatedor)

Resumo: O objetivo deste GT é refletir sobre os processos produtivos e as unidades familiares de produção da agricultura rural e urbana, bem como os seus locais de mercado. Compreendemos que os procedimentos de produção e consumo de alimentos transversalizam com os aspectos da vida cotidiana voltados para os hábitos alimentares, para o saber/fazer na transformação do alimento in natura, como também, para as diversas formas de trabalho humano na relação com a terra, com o bioma e com os bens da natureza. Neste sentido, entendemos que as estruturas conceituais que separavam as sociabilidades urbanas e rurais não conseguem mais estabelecer um constructo analítico sólido para “o lugar” e as novas formas de agriculturas familiares no mundo contemporâneo, que abrangem desde quintais produtivos, sistemas agroecológicos, atividades agrícolas pluriativas e hortas urbanas, entre outros arranjos agrícolas. Em suma, esperamos estabelecer um diálogo objetivo e subjetivo que permeie os vários processos produtivos, de circulação e de consumo de bens gerados pelo modo de produção familiar. Pretendemos, igualmente, agregar estudos que pensem novas opções e ferramentas teórico-metodológicas para pensar as feiras e suas dinâmicas.

Programação

Sessão 1 - GT 003

Arthur Saldanha dos Santos (Universidade Federal de Minas Gerais) Apresentação Oral em GT Juventude e Agricultura Familiar: desenvolvimento territorial e a busca pelo reconhecimento e autonomia

Lucas Coelho Pereira (UNiversidade de Brasília) Apresentação Oral em GT Plantando em “altos” e “baixões”: agricultura urbana, práticas de trabalho e construção do lugar entre vazanteiros do médio Parnaíba em Teresina-Piauí

Roseli Oliveira Silva (SEDUC/PI), SAMUEL PIRES MELO - DOUTOR EM SOCIOLOGIA UFRPE PROFESSOR UFPI Apresentação Oral em GT AGRICULTURA FAMILIAR: dinamicas do municipio de Bom Jesus - PI

Patrício Freitas de Andrade (Núcleo de Extensão e Desenvolvimento Territorial no Alto Solimões - NEDET), Osvaldino Brito Freitas Diones Lima de Souza Pôster em GT Produção agrícola: um estudo de caso no Assentamento Crajarí no município de Benjamin Constant, Amazonas

Priscila Tavares dos Santos (UFF) Apresentação Oral em GT Campos de ação de agricultores de Vargem Grande, Teresópolis (RJ): princípios de afiliação e redes de interseção

Mariana Luiza Fiocco Machini (Universidade de São Paulo) Apresentação Oral em GT Quando a cidade é o campo:um estudo antropológico sobre os significados atribuídos às hortas urbanas comunitárias da cidade de São Paulo Isabel Silva Prado Lessa (ALERJ - Mandato Marcelo Freixo) Apresentação Oral em GT Entre a "rua" e a "roça": economia familiar e espaços sociais em um contexto de crise

Stefany Ferreira Feniman (Universidade Estadual de Maringá) Apresentação Oral em GT Hortas comunitárias e suas representações sociais entre produtores - um diálogo comparativo

Sessão 2 - GT 003

Camila Midori Moreira (INCRA) Apresentação Oral em GT Um projeto “alternativo” para a natureza: uma etnografia da circulação de produtos agroecológicos

Daniele Palma Cielo (UFSM), Maria Catarina Chitolina Zanini Apresentação Oral em GT Feirão Colonial: trocas, mercado, sociabilidade e aprendizados.

Lindon Jonhson Neves de Aquino (Bolsista CNPq Modalidade EXP-B), DÁCIO, A. I. C (Antonia Ivanilce Castro Dácio); DÁCIO, D. Silva (Dirceu da Silva Dácio); Pôster em GT A Tríade da dieta alimentar no Município de Benajmin Constant, AM, Brasil

Janainna Edwiges de Oliveira Pereira (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA), Alícia Ferreira Gonçalves Apresentação Oral em GT Agricultura familiar em rede: a experiência de um empreendimento solidário no Ceará

Nina Pinheiro Bitar (UFRJ/PUC-Rio) Apresentação Oral em GT Produção familiar, comércio e consumo: circulação de pessoas e objetos em um mercado de abastecimento

Walkiria do Nascimento (Universidade Federal da Paraíba), Lara Santos de Amorim Apresentação Oral em GT MODOS DE FAZER: práticas e habilidades entre feirantes na cidade de Itapororoca-PB Renata Bezerra Milanês (UFRRJ) Apresentação Oral em GT O comércio nas feiras livres em Santa Cruz do Capibaribe: da agricultura à comercialização de roupas

Alice Kasznar (UFF) Apresentação Oral em GT Hortas na cidade: reflexões sobre rural, urbano e meio ambiente

Sessão 3 - GT 003

Sônia de Souza Mendonça Menezes (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) Apresentação Oral em GT Iguarias derivadas de mandioca: sabor rural demandado nas feiras livres de Aracaju

Flavio Henrique Souza Lobato (Universidade Federal do Pará - UFPA) Pôster em GT "De onde vem a farinha do nosso prato?": da produção ao consumo papa-chibé

Nadja Ohana Soares Guilherme (CPDA/ UFRRJ), Maria de Fátima Ferreira Portilho Apresentação Oral em GT A gastronomização da agricultura familiar e a eticização da gastronomia: o caso dos Ecochefs do Instituto Maniva

Rosana Fernandes de Oliveira Frutuoso (UFCG), Márcio de Matos Caniello Apresentação Oral em GT Compras governamentais da agricultura familiar para a merenda escolar no Território da Borborema - PB.

José Maria Ferreira Costa Júnior (UFPA/PPGSA) Apresentação Oral em GT Mercadores de obrigações: troca de valores, crédito e reciprocidade na feira da 25 de Setembro em Belém/Pa.

Marina Sousa Lima (Universidade Estadual de Campinas) Apresentação Oral em GT Transformação da mandioca na Amazônia Ocidental Leonne Bruno Domingues Alves (Universidade Federal do Pará), Luiz Felipe Nazaré Vilhena Apresentação Oral em GT À beira da estrada: o comercio de frutas e temperos e a agricultura familiar às margens da PA 136.

GT 004. Antropologia da comunicação: teorias, metodologias e experiências etnográficas do campo.

Local: D102, CA

Isabel Siqueira Travancas (Universidade Federal do Rio de Janeiro) (Coordenador) Silvia Garcia Nogueira (UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA) (Coordenador)

Resumo: Nas últimas décadas a pesquisa sobre os meios de comunicação de massa dentro da Antropologia tem crescido, tanto em termos quantitativos, quanto qualitativos. Se antes a mídia aparecia nos trabalhos antropológicos para ajudar a entender como uma questão estava sendo apresentada pelos meios de comunicação, hoje ela é encarada como um tema relevante para compreender o mundo contemporâneo em sua complexidade e diversidade. Pensar no uso das novas tecnologias, em como os indivíduos se relacionam com a internet, na produção dos jornais e suas transformações ou ainda em como as rádios continuam tendo um lugar num mundo cada vez mais visual, são questões que se colocam para os antropólogos. E os trabalhos de Spitulnik, Dickey, Ginsburg, Abu-Lughod, Appadurai, para citar apenas alguns autores, já se tornaram referência para esse campo em expansão. O objetivo deste grupo de trabalho é discutir as pesquisas em antropologia da comunicação que vem sendo realizadas por antropólogos no Brasil e em outros países, tanto em seu aspecto teórico quanto metodológico. E o ponto de partida para essa discussão se centrará na comparação entre dois eixos temáticos: de um lado trabalhos etnográficos sobre os meios “clássicos” da comunicação de massa e, de outro, etnografias das novas tecnologias, sejam elas digitais ou virtuais. Será fundamental analisar o que estas etnografias trazem de novo para o entendimento do campo da Antropologia da comunicação e quais os desafios e dilemas elas colocam.

Programação

Sessão 1 - GT 004 Josefina de Fátima Tranquilin-Silva (CLT) Apresentação Oral em GT Caminhos Metodológicos nas Redes Digitais: Virtualidades e Presencialidades Juvenis

Mayara Magalhães Martins (Universidade Federal do Ceará), Antonio Cristian Saraiva Paiva (UFC) Apresentação Oral em GT Um olho na novela e o outro no Facebook: Experimentações metodológicas para um estudo de recepção de telenovelas em comunidades virtuais do Facebook

Janie Kiszewski Pacheco (ESPM/SUL), Isabel de Castro Apresentação Oral em GT Os contrastes estéticos e sociais em dois filmes brasileiros recentes: Casa Grande e Que horas ela volta?

Luciene de Oliveira Dias (Universidade Federal de Goiás), Luciene de Oliveira Dias Apresentação Oral em GT Antropologia da comunicação antirracista: um exercício de atualização de linguagens e tecnologias

Carla Fernanda Pereira Barros (UFF) Apresentação Oral em GT Etnografias da comunicação em ambientes on-line:alguns desafios metodologicos

Ariele Silverio Cardoso (Universidade Federal de Santa Catarina) Pôster em GT “Oigaletê! Meteram fogo no CTG!”: comentários e manifestações de intolerância nas [e a partir das] publicações de veículos midiáticos em suas páginas em redes sociais

Sessão 2 - GT 004

Alexandre Jorge de Medeiros Fernandes (Universidade de Brasília) Apresentação Oral em GT O periódico Seara da Diocese de Díli, Timor Português (1949-1973): articulações e reinvenções dos projetos globais da Cúria Romana e do Império Português mediante a imprensa católica

Breno Henrique Pires De Seixas (Universidade Do Estado do Rio De Janeiro) Apresentação Oral em GT Entre práticas e saberes: A construção do Campo jornalístico e Jurídico em uma perspectiva comparada Luciana Pinho Morales (Universidade Federal do Ceará), Jânia Perla Diógenes de Aquino Apresentação Oral em GT Nos bastidores da notícia: uma reflexão sobre o trabalho de jornalistas policiais cearenses

Nathália Schneider (Autônoma), Pôster em GT Nas redes e nas ruas: etnografando a Mídia Ninja e o Fora do Eixo

Danielle Parfentieff de Noronha (Universitat Autònoma de Barcelona) Apresentação Oral em GT Reflexões sobre as representações da alteridade no jornalismo hegemônico brasileiro

Charles Antonio Pereira (Universidade Federal de Juiz de Fora) Apresentação Oral em GT O papel da Imprensa Feminina na disseminação de modelos hegemônicos de corpo, beleza e condutas femininas

Sessão 3 - GT 004

Robson Cardoso de Oliveira (Universidade Federal do Pará) Apresentação Oral em GT De Canal em Canal: a publicidade produzida em Belém do Pará entra em cena

Daniel Ferreira Wainer (UFRJ) Apresentação Oral em GT Observações sobre a indústria fonográfica do século XXI: rupturas, continuidades e algumas possibilidades

Renato Martelli Soares (Instituto Socioambiental) Apresentação Oral em GT Rádio cipó, radiofonia e internet, formas de comunicação desde São Gabriel da Cachoeira.

Carolina Vasconcelos Pitanga (Universidade Federal do Maranhão), Profa. Dra. Sandra Nascimento Souza Apresentação Oral em GT Construção de gênero na publicidade: evidências e atualizações

Eden Erick Hilario Tenorio de Lima (UNCISAL), Manuella Paiva de Holanda Cavalcante Apresentação Oral em GT A sugestividade da publicidade audiovisual e o reforço de representações majoritárias de gênero

GT 005. Antropologia da Criança

Local: I412, CA

Flávia Ferreira Pires (Universidade Federal da Paraíba) (Coordenador) Levi Marques Pereira (Universidade Federal da Grande Dourados) (Coordenador) Claudia Fonseca (UFRGS) (Debatedor) Antonella Maria Imperatriz Tassinari (Universidade Federal de Santa Catarina) (Debatedor)

Resumo: O objetivo GT Antropologia da Criança é reunir a produção antropológica focada na criança como sujeito social a fim de mapear o campo e também dar visibilidade à temática. Nossa aposta é que há um número considerável de pesquisadores que têm focado discussões teóricas e metodológicas que incluem as crianças como sujeitos sociais, mas que encontram-se em diferentes instituições da federação, muitas vezes com pouca interlocução local e que beneficiaram-se de espaços de discussão sistemática, como esse GT. Assim como a Mesa Redonda “Antropologia da Criança no Brasil”, o GT é um esforço na construção de uma Antropologia (brasileira) da Criança (mas não necessariamente da criança brasileira), que honre seus/ suas pais/mães fundadores/as, pavimente sua trajetória e escolha suas temáticas privilegiadas, a partir do diálogo com outras antropologias, nacionais e estrangeiras. Haverá um foco em pesquisas etnográficas recentes que suscitem discussões metodológicas, éticas e teóricas a partir de contextos diversos. Privilegiaremos discussões que tenham um recorte teórico claro em diálogo com os Novos Estudos da Infância e a Sociologia da Criança e que possam realmente contribuir para a construção do campo temático dos estudos de Antropologia da Criança.

Programação

Sessão 1 - GT 005

Luciana Hartmann (Universidade de Brasília) Apresentação Oral em GT “Mudar de vida” muda nossas histórias: performances narrativas de crianças imigrantes Leonardo Carbonieri Campoy (PPGSA/UFRJ) Apresentação Oral em GT A dependência ativa da criança autista: sobre cuidados e singularidades

Assis da Costa Oliveira (Universidade Federal do Pará) Apresentação Oral em GT O que pode a Antropologia da Criança para a construção dos direitos diferenciados das crianças no Brasil?

Marina Rebeca de Oliveira Saraiva (UFAL-UAB-CAPES) Apresentação Oral em GT A criança contemporânea e a vida social animada com smart-objetos.

Jannine Jolanda Araújo Diniz (Hospital Clementino Fraga) Pôster em GT Vivências de Crianças e suas Famílias no Contexto do HIV/aids

Patrícia Maria Uchôa Simões (PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO, CULTURAS E IDENTIDADES/FUNDAÇÃO ), Patrícia Maria Uchôa Simões Maira Streithorst Fígoli Milene Morais Ferreira Apresentação Oral em GT O conceito de culturas infantis nos novos estudos sociais da infância

Renata Silva Bergo (Universidade Federal Fluminense) Apresentação Oral em GT A criança, a cidade e o direito ao lazer: etnografia em Angra dos Reis

Sessão 2 - GT 005

Edson Bertin Dorneles (Prefeitura Municipal de Porto Alegre) Apresentação Oral em GT Dispositivo moral de acusação em torno de práticas de educar crianças em uma instituição de educação infantil

Bruna Santos de Andrade (UFGD), Silvana Jesus do Nascimento Apresentação Oral em GT Direitos Da Criança Indigena: A Luta Kaiowá Por Seu Tekoha Como Um Direito Da Mitã

Maria do Socorro Rayol Amoras Sanches (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ), MARIA ANGELICA MOTTA-MAUÉS Apresentação Oral em GT TAREFAS DE CRIANÇA / APRENDIZADO DA VIDA: socialização, trabalho e identidade numa Comunidade Quilombola da Amazônia

Sônia Rocha Lucas (UFGD), Antonio Hilario Aguilera Urquiza Apresentação Oral em GT CRIANÇA INDÍGENA E TERRITÓRIO – a situação de acampamento das crianças kaiowá e guarani na aldeia - PAKURITY/MS

Patrícia Oliveira Santana dos Santos (Universidade Federal de Campina Grande), Antonio Luiz da Silva Denise Cristina Ferreira Apresentação Oral em GT “FORA DE CASA O ÚNICO SERVIÇO QUE A GENTE FAZ É BAGUNÇAR”: Contribuições de uma política pública para algumas transformações geracionais contemporâneas no agreste pernambucano

Christina Gladys de Mingareli Nogueira (Universidade Estadual da Paraíba) Apresentação Oral em GT Escuta De Crianças: Sensibilidade Jurídica ou Cumprimento De Protocolos?

Shirley Maclaine Franco Pires (UVA) Pôster em GT Escola e aprendizagem: a influência do espaço da rua na educação de crianças na EMEF Valdo de Vasconcelos Rios em Itarema-CE

Gustavo Belisário d'Araújo Couto (UnB) Apresentação Oral em GT Sou criança também

Sessão 3 - GT 005 Alessandra Rivero Hernandez (UFRGS), Ceres Gomes Víctora Apresentação Oral em GT Aprender brincando na "natureza": sentidos corporais e emoções em jogo

Flora Botelho (University of Copenhagen) Apresentação Oral em GT Realidades criadas através do brincar

Veronica Monachini de Carvalho (Bacharel) Pôster em GT Brincando de Aprender: uma discussão sobre o aprendizado para as crianças Kalapalo

Emilene Leite de Sousa (Universidade Federal do Maranhão) Apresentação Oral em GT Crianças contra o sistema: Uma análise da agência das crianças camponesas Capuxu

Lucília da Glória Alves Dias (Universidade Federal de Juiz de Fora) Apresentação Oral em GT Infância e sociedades indígenas: uma aproximação de uma Antropologia da Criança a partir de estudos recentes de etnólogos brasileiros

Deiziane Pinheiro Aguiar (Universidade Federal do Ceará - UFC) Apresentação Oral em GT Entre brincadeiras, silêncios e conversações: interagindo no campo com crianças numa favela à beira-mar em Fortaleza

Rafael Rondis Nunes de Abreu (Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)), Silvana Jesus do Nascimento Apresentação Oral em GT A culpa é da cultura? Uma análise crítica da cobertura midiática do caso dos "indiozinhos"

Betânia Mueller (Universidade Federal Fluminense) Apresentação Oral em GT Contribuições e desafios metodológicos da pesquisa com crianças: reminiscências de uma etnografia em uma comunidade de Niterói - RJ

GT 006. Antropologia da morte: teorias de ritual

Local: D104, CA.

Andreia Vicente da Silva (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) (Coordenador) Mísia Lins Vieira Reesink (UFPE) (Coordenador)

Resumo: O uso da teoria de ritual em suas mais diversas abordagens para a análise dos processos associados à morte é considerado um instrumental clássico na antropologia. Contudo, já há alguns anos a utilização desta categoria tem sido questionada, principalmente a partir do reconhecimento das transformações nas dinâmicas contemporâneas. Nesse cenário revisionista, temáticas como as da laicização, da secularização, e do individualismo, dentre outras, foram compreendidas como obstáculos para o uso de uma categoria que anteriormente se aproximava da arena do social e do formal. De forma diferente, recentes pesquisas tem evidenciado que a existência desses mesmos elementos incentivou a criação de novas formas de observação dos rituais que colocam em voga temáticas como relacionalismo, interatividade, reflexividade, reposicionamento. Neste grupo de trabalho propomos um aprofundamento e revisão dessa arena analítica já consagrada, buscando pesquisas nas quais as mais diversas possibilidades de teorias de ritual estejam em evidência: rituais formais, informais, individuais, coletivos, em presença, à distância, públicos, privados, ritualizações. Enfim, desejamos selecionar trabalhos nos quais a vivência da morte, do enterro e/ou do luto sejam debatidas assumindo o uso da teoria de ritual como modelo para análise. Nosso objetivo é encontrar lugares de criatividade e inovação em um campo já consagrado na história da disciplina.

Programação

Sessão 1 - GT 006

Anne Caroline Nava Lopes (Universidade Federal do Maranhão), Anne Caroline Nava Lopes Isanda Maria Falcão Canjão Silvia Cristianne Nava Lopes Apresentação Oral em GT DE COMPANHEIRA A VILÃ: nós, os outros, e a morte

Gicele Brito Ferreira (UFPA) Apresentação Oral em GT Consoada: a morte como alivio

Jaqueline Pereira de Sousa (UFPA) Apresentação Oral em GT A morte narrada e as perspectivas etnográficas dos rituais fúnebres.

Carlos Tadeu Siepierski (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS), Pedro Rabello Brasil Correa Apresentação Oral em GT A morte (res)simbolizada

Renata Freitas Machado (Universidade de São Paulo) Apresentação Oral em GT O Aruê e as narrativas sobre a morte

Breno Taveira Mesquita (Universidade Federal do Ceará) Apresentação Oral em GT Aprendendo com os mortos: rituais e relações de poder nas aulas de necropsia realizadas na Perícia Forense do Estado do Ceará. Gabriela Pimentel de Araújo (UFPE), Bruno José de Araújo Florêncio Pôster em GT "A boa morte: O fim como metáfora"

Sessão 2 - GT 006

Francisco José Barbosa (Centro Universitário Ages) Apresentação Oral em GT O ritual de morte como dignificação social em Luanda

Helio Figueiredo da Serra Netto (Universidade Federal do Pará), José Leandro Gomes de Souza Jorge Oscar Santos Miranda Apresentação Oral em GT Moradas eternas, morada dos vivos: um olhar sobre o culto dos mortos no cemitério da Soledad em Belém - Pará .

Aline Yuri Hasegawa (UFABC) Apresentação Oral em GT Um dia de sol para cultuar os antepassados: o Shokonsai como fator climático e identitário

Luisa Gabriela Avila Cortés (Universidad Nacional Autónoma de México) Apresentação Oral em GT Os nahuas e os rituais funerários: Estudo de caso em a Sierra Negra no Estado de Puebla em México

Uliana Gomes da Silva (Universidade Federal da Paraiba), Ednalva Maciel Neves ([email protected]) Apresentação Oral em GT Dinâmicas e fenômenos sociais: um estudo sobre a morte no cemitério da comunidade Nossa Senhora da Guia, Paraíba

José Felipe de Lima Alves (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA), Ednalva Maciel Neves Mauro Guilherme Pinheiro Koury Apresentação Oral em GT Etnografia da Morte: uma reflexão sobre Rituais de Despedida na Cultura Fúnebre do Crato-CE

Sessão 3 - GT 006

Isabela Andrade de Lima Morais (Universidade Federal de Pernambuco) Apresentação Oral em GT “Com um ente querido eu vou até o final”. Experiências de reciprocidade dos consumidores fúnebres Aline Lopes Rochedo (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Apresentação Oral em GT Fazer das cinzas diamantes: a busca pela eternidade no mundo visível através de joias de família

Hugo Menezes Neto (Universidade Federal do Pará) Apresentação Oral em GT Patrimônios afetivos e acervos familiares: Morte, memória e materialidades entre famílias vítimas da violência urbana em Belém-PA.

Luciane de Oliveira Rocha (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Apresentação Oral em GT “Aquela Bala Me Matou Também”: Homicídio, Maternidade e o Ritual Público do Luto no Tribunal de Justiça

Leticia Rodrigues Ferreira Netto (UNESP) Apresentação Oral em GT O luto sem corpo e a formação da memoria de desaparecidos políticos por parte de seus familiares

GT 007. Antropologia da Técnica

Local: E106, CA.

Alessandro Roberto de Oliveira (Universidade Federal de Goiás - UFG) (Coordenador) Fabio Mura (UFPB) (Coordenador)

Sessão 1

Carlos Xavier de Azevedo Netto (Universidade Federal da Paraíba) (Debatedor) Jeremy Paul Jean Loup Deturche (UNiversidade Federal de Santa Catarina) (Debatedor)

Sessão 2

Carlos Xavier de Azevedo Netto (Universidade Federal da Paraíba) (Debatedor) Jeremy Paul Jean Loup Deturche (UNiversidade Federal de Santa Catarina) (Debatedor) Sessão 3 Carlos Xavier de Azevedo Netto (Universidade Federal da Paraíba) (Debatedor) Jeremy Paul Jean Loup Deturche (UNiversidade Federal de Santa Catarina) (Debatedor)

Resumo: Este GT visa dar continuidade e consolidar a discussão sobre uma Antropologia da técnica iniciada na 29ª RBA e que vem ganhando proporção e interesse no Brasil. Nesse sentido, pretende reunir pesquisas com interesses etnográfico e analítico direcionados aos processos técnicos, entendendo-se como tal a sequência de interações entre humanos, artefatos, plantas, animais, minerais e ambiente de modo geral. Incluem-se nisto atividades de coleta, cultivo, criação, produção, uso e circulação, em diferentes escalas, inclusive de caráter industrial. Para compreender tais processos resulta significativo focar as práticas, os conhecimentos e as habilidades que estão na base das cadeias operatórias, não como mera projeção de uma tecnologia, mas como propriedades de ação sobre a matéria. Considera-se de grande relevância a abordagem de processos de transformação, sejam eles deliberados ou não, como mudanças sociais e econômicas, escolhas técnicas ou transferência de tecnologia através de políticas específicas. São também valiosos os enfoques dos processos políticos, entendidos como processos técnicos voltados a mobilizar, ordenar e hierarquizar forças de diversas naturezas (cosmológicas, laços de parentesco, obrigações de reciprocidade, etc.), definindo relações de poder e, assim, configurando sistemas sociotécnicos. Serão priorizados os trabalhos que apresentem investimento empírico e que voltam a atenção para processos técnicos como fator constitutivo da análise.

Programação

Sessão 1 - GT 007

Caetano Kayuna Sordi Barbará Dias (UFRGS) Apresentação Oral em GT Sobre jaulas e porcos ferais: escolhas técnicas e manejo de espécies exóticas invasoras no sul do Brasil

Paulo Gomes de Almeida Filho (UFRN), Francisca de Souza Miller Apresentação Oral em GT Jogos do mar-alto: os pescadores, as técnicas e os seres marinhos no litoral oriental potiguar.

Rafael Victorino Devos (Universidade Federal de Santa Catarina) Apresentação Oral em GT Na parelha: habilidades perceptivas, práticas e ritmos coletivos na pesca da tainha Brisa Catão Totti (Universidade Federal de Minas Gerais) Apresentação Oral em GT Pescadores, Botos Bons e Tainhas: pesca e interação em Laguna (SC, Brasil)

Fabiano Campelo Bechelany (CNPq) Apresentação Oral em GT Uma técnica de passagens: a caça panará na mata

José Cândido Lopes Ferreira (Universidade Estadual de Campinas) Apresentação Oral em GT O nível da cheia: pulsos de inundação e manejo de pirarucus na várzea amazônica

Sessão 2 - GT 007

Tatiana Helena Lotierzo Hirano (UnB) Apresentação Oral em GT A técnica e a textura: reflexões sobre arte e criatividade inga

Júlia Dias Escobar Brussi (Universidade de Brasília) Apresentação Oral em GT Forças e definição da forma na produção das rendeiras de bilro

Guilherme Moura Fagundes (Universidade de Brasília) Apresentação Oral em GT Fazer o Fogo Fazer: manejos e manipulações no Jalapão (TO)

Eduardo Di Deus (Universidade de Brasília), - Apresentação Oral em GT Técnica e trabalho em atividades de extração da borracha

Jean Pierre Pierote Silva (Universidade Federal de Goiás) Apresentação Oral em GT Os Processos Técnicos e a Construção Civil Contemporânea na Cidade de Rio de Contas (BA): permacultura, bioconstrução e a transformação dos materiais

Gabriela Pereira Maurity (UFPA), Marcia Bezerra Pôster em GT O Brilho da Técnica ou Sobre a Agência das Coisas Polidas na Amazônia – uma perspectiva da Arqueologia

Sessão 3 - GT 007 Julyelle de Souza Soares Barbosa (Museu Emilio Goeldi) Pôster em GT Da análise das escolhas tecnológicas ao entendimento do sistema cultural de produção dos artefatos líticos do Sítio Arqueológico Almofariz

Gabriel Coutinho Barbosa (Departamento de Antropologia, PPGAS/UFSC) Apresentação Oral em GT Entre mapas e narrativas: teorias e técnicas de navegação

Isaac Fernando Ferreira Filho (UFPB) Apresentação Oral em GT Relações técnicas entre os Pataxó da Aldeia Velha e o Pontão de Cultura Bailux: Considerações sobre transferências e apropriações de tecnologia

Viviane Vedana (UFSC) Apresentação Oral em GT Técnicas corporais e ritmos do trabalho nos mercados de rua: etnografia sobre a relação entre gestos corporais e atos de fala

Igor Karim (Goethe-Universität Frankfurt am Main) Apresentação Oral em GT "Eu e a câmera somos um só": Acoplamentos técnicos, técnicas corporais e o processo de filmagem durante protestos violentos

Daniela Pereira Damasceno Santos (UFPI) Apresentação Oral em GT Rede sociotécnica da opala: etnografia da fabricação de joias no Festival de Inverno de Pedro II

GT 008. Antropologia das Catástrofes: abordagens e perspectivas.

Local: D105, CA.

Gonzalo Díaz Crovetto (DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA / UCT / CHILE) (Coordenador) Telma Camargo da Silva (Universidade Federal de Goiás) (Coordenador) Virginia García-Acosta (CIESAS) (Debatedor) Resumo: Na perspectiva antropológica, as catástrofes, entendidas como eventos críticos e ou desastres, são eventos multidimensionais que configuram a memória social e provocam descontinuidade nas formas de organização social. A temporalidade desses acontecimentos ultrapassa o tempo cronológico e sugere a existência de um “evento em processo” que interliga as dimensões pré e pós-evento. Inerente a esta abordagem está a discussão das noções de construção, percepção e contestação de risco e uma análise das tensões e conflitos engendrados pelos diversos atores que vivenciam, narram e atuam nesses eventos. Embora seja notável o interesse despertado por esta temática no âmbito da Antropologia desde fins do século XX, sua consolidação requer reflexões e debates contemporâneos tanto de ordem conceitual como metodológica. Nesta perspectiva, este GT receberá propostas de etnografias realizadas na América Latina que, entre outras temáticas, discutam: os deslocamentos forçados e realocações de moradia; as restrições políticas e práticas, que o Estado costuma impor sobre as comunidades definidas como “afetadas”; construções e percepções de risco; os conflitos e resistência entre políticas governamentais e grupos sociais; reconstrução sócio-cultural; conflitos territoriais e identitários; a produção de memórias; as experiências afetivas de pessoas afetadas pelas catástrofes; as representações artísticas dos desastres; a construção social do lugar e sobre ações para prevenção de catástrofes.

Programação

Sessão 1 - GT 008

Yoko Nitahara Souza (GLOCOL Osaka University, UnB Universidade de Brasília) Apresentação Oral em GT A batalha de Okinawa acabou?- Memória, diáspora e fluxos setenta anos depois da II Guerra

Maria do Socorro Fonseca Vieira Figueiredo (facig), Germana Fonsêca Figueirêdo Médica [email protected] Apresentação Oral em GT “Lá Onde o Rio Está Enterrado”: Itacuruba, identidade e memória em um “não-lugar”

Viviane Kraieski de Assunção (UNESC) Apresentação Oral em GT Memórias e impactos da enchente de 1974: por uma abordagem espaço-temporal dos desastres Maria Suellen Timoteo Correa (UFF) Apresentação Oral em GT “O lugar da ‘tragédia’: a percepção do ambiente em um bairro friburguense atingido pelo desastre de 2011”

Maysa Luana Silva (Universidade Federal de Pelotas) Pôster em GT Das agulhas ás greves - Museificando à memória

Ana Paula Arosi (PPGAs UFRGS) Apresentação Oral em GT Conflitos e Afetos: o processo de construção de um movimento de familiares de vítimas da tragédia de Santa Maria

Sessão 2 - GT 008

María Magdalena Hernández Hernández (Universidad Autónoma Metropolitana-Xichimilco) Apresentação Oral em GT Reubicación de poblaciones afectadas por inundaciones: la falsa atención a la disminución de la vulnerabilidad social.

Simone Santos Oliveira (Fundação Oswaldo Cruz), Sergio Luiz Dias Portella Apresentação Oral em GT Histórias de resistências: desastre região serrana 2011

Maria Cláudia Martinelli de Mello Pitrez (secretaria do estado de educação rj) Apresentação Oral em GT “O mar está tomando o que é dele” Percepções sobre espera e catástrofe na praia de Atafona, RJ

Jorge Augusto Santos das Mercês (Universidade Federal do Pará), Voyner Ravena Cañete Nathalia Costadelle Pacheco Apresentação Oral em GT Memórias da Promessa e do Fim do Mundo: testemunhos de deslocados compulsoriamente em função do enchimento do lago da Usina Hidrelétrica de Tucuruí.

Israel de Jesus Rocha (CNPQ) Apresentação Oral em GT O urânio e seus desastres: discutindo os processos de publicização dos acidentes nucleares em Caetité-BA.

Diego Correia da Silva (Estudante), Norma Valencio Apresentação Oral em GT Haitianos no Brasil: a arte de caminhar para ser-no-mundo

Sessão 3 - GT 008

Rylanneive Leonardo Pontes Teixeira (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) Apresentação Oral em GT Vulnerabilidade socioambiental, desastres naturais e mudança cultural: uma análise da Defesa Civil Municipal de Natal

Lívia Dias Pinto Vitenti (Departamento de Antropologia - Universidade de Brasilia) Apresentação Oral em GT O suicídio indígena entendido como catástrofe

Mayara Ferreira Mattos (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS) Apresentação Oral em GT O risco nas/das margens: a ocupação Pomar do Cafezal no discurso da governabilidade.

Ceres Gomes Víctora (UFRGS), Ceres Gomes Victora Monalisa Dias de Siqueira Apresentação Oral em GT Na trilha das tragédias: sofrimento e infotenimento

Pedro Gondim Davis (PPGAS/Museu Nacional?UFRJ) Apresentação Oral em GT Considerações sociopolíticas acerca da crise hídrica em Itu (SP)

Danilo Castro Magalhães (Museu Nacional - UFRJ) Apresentação Oral em GT Notas etnográficas para uma antropologia da crise e da catástrofe: a “crise hídrica” em Itu (SP).

GT 009. Antropologia das relações humano-animal

Local: D106, CA.

Andréa Barbosa Osório Sarandy (UFF) (Coordenador) Flávio Leonel Abreu da Silveira (UFPA) (Coordenador) Resumo: O campo das relações humano-animal, ou Animal Studies, teria emergido na década de 1970 em meio a movimentos de proteção animal que, não obstante, remontam ao século XIX. Na verdade, os animais participam das análises antropológicas há muito tempo. Algumas análises identificaram dois paradigmas correntes: um que pode ser chamado de materialista, em busca do animal “real”; e outro semiótico, pós-estruturalista ou simbólico, em busca de representações. Mais recentemente, a emergência de reflexões sobre o perspectivismo ameríndio realçou a centralidade dos animais em aspectos da vida religiosa e cosmológica de populações ameríndias, com um forte impacto nas conhecidas relações entre natureza e cultura. O presente Grupo de Trabalho pretende ser um espaço para reflexões teóricas e pesquisas empíricas acerca das relações entre animais humanos e não humanos, a partir de um viés antropológico. Serão aceitos trabalhos tanto sobre as percepções simbólicas quanto sobre relações concretas materiais entre ambos. Entre eles, destacam-se produções voltadas aos animais de estimação, de abate, de tração, animais da fauna silvestre brasileira ou estrangeira, caça, criações, rinhas, concursos, turismo, animais de laboratório; em meio urbano, rural ou entre populações ameríndias e mesmo fora do continente americano; relações cotidianas, científicas, religiosas, alimentares, ideológicas, morais, artísticas, legislação, políticas públicas, saúde, entre outras possibilidades.

Programação

Sessão 1 - GT 009

Ana Paula Perrota (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) Apresentação Oral em GT Defensores dos direitos dos animais face as negociações para a determinação das marcas de dor e sofrimento dos animais.

Maria Helena Costa Carvalho de Araújo Lima (UFPE) Apresentação Oral em GT Mercado pet e família multiespécie: transformações e ambiguidades nas relações com cães e gatos no Brasil

Leandra Oliveira Pinto (UFRGS) Apresentação Oral em GT Redes urbanas de proteção animal: moralidades, práticas e controvérsias

Fábio Guimarães Liberal (IPEA) Apresentação Oral em GT Aspectos morais por trás da “carne quente”: uma questão de gosto e (in)civilidade Juliana Abonizio (Universidade Federal de Mato Grosso), Eveline Teixeira Baptistella Apresentação Oral em GT Animais Veganos: dilemas da alimentação eticamente orientada imposta animais de estimação

Rômulo Bulgarelli Labronici (UFF) Apresentação Oral em GT “Quem ganha, o homem ou o animal?” Reflexões referentes a relação entre cavalos de corridas e jóqueis no processo de elaboração e apostas no turfe.

Fabíola Ribeiro Duarte (Universidade Federal de Goiás) Apresentação Oral em GT “ANIMAIS SÃO AMIGOS, NÃO COMIDA”: Reflexões acerca do grupo de vegetarianos e veganos em Goiânia.

Matheus Henrique Pereira da Silva (Universidade Federal do Pará), Raphael Santos Mercês Pôster em GT Voando baixo sobre os humanos: garças e urubus no Ver-o-Peso (PA)

Sessão 2 - GT 009

Celeste Medrano (Instituto de Ciencias Antropológicas/CONICET) Apresentação Oral em GT La (etno)zoología de los qom del Gran Chaco y la zoología de occidente. Reflexiones para un diálogo posible

Maria Lucia de Macedo Cardoso (Fundação Oswaldo Cruz) Apresentação Oral em GT Entre Tatuquiras e Curupiras: a percepção dos processos de adoecimento a partir da relação entre animais e humanos na Resex Tapajós-Arapiuns/PA

Iara Maria de Almeida Souza (Universidade Federal da Bahia) Apresentação Oral em GT Afinidades vitais - humanos e animais na pesquisa científica

Marisol Marini (USP) Apresentação Oral em GT Os porcos como materialidade, metáfora e metonímia nas cirurgias experimentais para produção de um dispositivo de assistência circulatória Eliana Santos Junqueira Creado (UFES), Clara Crizio de Araujo Torres (1a autora) Eliana Santos Junqueira Creado (2a autora) Apresentação Oral em GT Orquídeas versus Tartarugas Marinhas: narrando conflitos ocultos

Natacha Simei Leal (Univasf ( Universidade Federal do Vale do São Francisco)) Apresentação Oral em GT Seleção e “raceamento” do gado Pé-Duro piauiense. Naturezas e culturas, raças e misturas.

António Domingos Braço (Universidade Pedagógica/Moçambique) Apresentação Oral em GT As “donas” dos crocodilos do rio Zambeze: Relatos de uma amizade socialmente indesejada

Ivo Raposo Gonçalves Cidreira Neto (Universidade Federal de Pernambuco), Brunna de Andrade Lima Pontes Cavalcanti Pôster em GT Biocativeiros, conservacionismo e defesa animal: mapeamento de conflitos a partir do caso Parque Dois Irmãos (Recife)

Sessão 3 - GT 009

Luzimar Paulo Pereira (Universidade Federal de Juiz de Fora) Apresentação Oral em GT "Bicho Mau": encontros com cobras peçonhentas em Urucuia, MG

Jorge Luan Rodrigues Teixeira (UVA), Dibe Salua Ayoub Apresentação Oral em GT Cachorros que atacam criação: reflexões éticas sobre a mobilidade e a vida social dos animais em ambientes rurais

Graciela Froehlich (Universidade de Brasília) Apresentação Oral em GT Das associações entre bem-estar, animal e produção: o caso da carne bovina

Míriam Rebeca Rodeguero Stefanuto (Universidade Federal de São Carlos) Apresentação Oral em GT O frigorífico na aldeia: sobre o trabalho nas indústrias de carne para os Kaingang do Toldo Chimbangue

Marília Floôr Kosby (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Apresentação Oral em GT Entre “araganas” e iguarias: as cabritas na comunidade quilombola de Palmas, em Bagé/RS

Luis Junior Costa Saraiva (UFPA), Jéssica do Socorro Leite Corrêa Apresentação Oral em GT “Caranguejo é um mistério, ele mina”: reflexões sobre a relação entre humanos caranguejeiros e não humanos caranguejos em Bragança-PA

Thiago Lopes da Costa Oliveira (PPGAS - MUSEU NACIONAL - UFRJ) Apresentação Oral em GT Armas, armadilhas e territorialidade: a caça e a pesca Baniwa vistas pela ótica da comunicação não-verbal

GT 010. Antropologia Digital, Tecnologia e Cibercultura

Local: D107, CA

Débora Krischke Leitão (universidade federal de santa maria) (Coordenador) Laura Graziela F. de F. Gomes (Universidade Federal Fluminense) (Coordenador)

Resumo: O desenvolvimento da Antropologia Digital tem sido crescente nos últimos anos, devido ao notável protagonismo das tecnologias digitais no cotidiano e em todos os domínios da vida social. Com essa proposta de GT buscamos dar continuidade ao trabalho iniciado na REA de 2009 e mantido, desde então, em todas as edições da REA, RBA e RAM, visando fomentar os estudos dentro deste campo, sobretudo aqueles cujas reflexões são originadas a partir de estudos etnográficos. Assim, temos como objetivo promover discussões sobre os usos particulares que são feitos da Internet por grupos específicos, as formas de sociabilidade desenvolvidas em ambientes do ciberespaço, as interações entre sujeitos mediadas pelas novas tecnologias comunicacionais e a relevância social, política e cultural dessas tecnologias na vida cotidiana, a partir de suas formas singulares de apropriação por diferentes segmentos sociais. Nosso interesse recai sobre trabalhos que incidam sobre a construção de identidades digitais e modos de vida que se apoiam no uso intensivo das TIC´s (Tecnologias de Informação e Comunicação), como grupos de fandoms, gamers, cosplayers, residentes de mundos virtuais, etc. No campo das lutas pela diversidade e direitos, estaremos interessados particularmente nos modos de apropriação que os grupos LGBT e demais movimentos sociais estão fazendo da internet, tornando-a também uma arena de debates, publicações e militância (grupos e fóruns, blogs). Programação

Sessão 1 - GT 010

Francisco Alves Gomes (IFRR), Amanda Karine Monteiro Lima, Adnan Assad Youssef Filho. Apresentação Oral em GT Uca na Boca da Mata: Uma etnografia do ciberespaço na perspectiva da militância do professor indígena

Zelinda dos Santos Barros (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia) Apresentação Oral em GT Interseção de raça e gênero num território privativo do ciberespaço

Diessica Shaiene Gaige (UFSM) Apresentação Oral em GT “Aprendendo a aprender”: uma análise antropológica dos idosos na era digital

Marcelo Castañeda de Araujo (PPGCom/UERJ) Apresentação Oral em GT Midiativismo: tecnologias, práticas e contextos nas lutas no Rio de Janeiro

Elizabeth Christina de Andrade Lima (Universidade Federal de Campina Grande) Apresentação Oral em GT A Construção da Imagem Pública de Dilma Rousseff no Ciberespaço: Misoginia, estereótipos e relações de gênero

Raquel Souza da Silva (Universidade Federal Fluminense) Apresentação Oral em GT Pensando a relação entre a internet e a rua em atos político: produção da informação no caso etnográfico “#ForaDilma” em Natal-RN

Tatiane dos Santos Duarte (Doutoranda) Apresentação Oral em GT A campanha do #vistobranco e as redes de conectividades na militância política de grupos ecumênicos.

Denise Ferreira da Costa Cruz (Departamento de Antropologia Unb) Pôster em GT Encarapinhando a rede: debates sobre cabelos, texturas e preconceito capilar em Moçambique Sessão 2 - GT 010

Anna Paula Vencato (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS) Apresentação Oral em GT Gênero e sexualidade em tempos instáveis: mídias digitais, identificações e conflitos.

Beatriz Accioly Lins (Universidade de São Paulo) Apresentação Oral em GT Uma Lei Maria da Penha para a internet: Gênero, sexualidade e violência nos debates sobre “pornografia de vingança”

Mario Felipe de Lima Carvalho (CLAM-IMS-UERJ) Apresentação Oral em GT “Amanhã vai ser maior” (?): notas sobre os usos da internet nos (in)sucessos de duas manifestações de rua do ativismo de pessoas trans.

Iara Beleli (Núcleo de Estudos de Gênero - PAGU/UNICAMP) Apresentação Oral em GT As estreitas relações entre intolerância, diferenças e violência nas redes sociais

Larissa Pelúcio (Universidade Estadual Julio de Mesquita Filho (Unesp)) Apresentação Oral em GT "Vamos fazer isso pessoalmente": masculinidades contemporâneas negociação dos afetos na busca de parcerias amorosas e sexuais por de aplicativos móveis

Marcelle Jacinto da Silva (Universidade Federal do Ceará), Antonio Cristian Saraiva Paiva - UFC Apresentação Oral em GT "Ame seu corpo, inclusive sua vagina": notas acerca da produção online de discursos sobre “autoestima vaginal”

Carolina Parreiras (UERJ) Apresentação Oral em GT Altporn, categorias, espaços e redes: notas etnográficas sobre pornografia online

Carolyna Kyze silva Bezerra de Melo (Mestranda) Pôster em GT CAIU NA REDE: Reflexões sobre pornografia de revanche no Brasil Sessão 3 - GT 010

Jair de Souza Ramos (Universidade Federal Fluminense) Apresentação Oral em GT Etnografia e História na observação online

Patrícia P. Pavesi (UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO) Apresentação Oral em GT Cibercelebridades Locais: autopoésis, expertise mecatrônica e devires imagéticos

Louise Scoz Pasteur de Faria (UFRGS) Apresentação Oral em GT Economia da atenção: Notas sobre produção de valor econômico em territórios digitais.

Augusto Ferreira Dantas Júnior (Prefeitura Municipal de Teresina) Apresentação Oral em GT A moda e os modos na rede: Conexões e sociabilidades entre sujeitos nos instablogs de moda.

Márcia de Mesquita Carvalho (Universidade Federal Fluminense) Apresentação Oral em GT Uma imagem vale mais que mil objetos: o colecionismo de imagens entre brasileiros no Pinterest

Sheila Cavalcante dos Santos (Universidade Federal da Paraíba) Apresentação Oral em GT “Meu Tinder tá bombando!” Geolocalização, sociabilidade e vivências da sexualidade

Airton Luiz Jungblut (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) Apresentação Oral em GT Fotografia digital compartilhada e marcação social: etnografando alguns usos sociais da fotografia na internet

Letícia Cunha Feitosa (UFRN), Drielly Elienny Duarte de Figueiredo Pôster em GT Quanto vale um like? Uma análise do comércio no Instagram na cidade de Natal/RN. GT 011. Antropologia do Cinema: entre narrativas, políticas e poéticas

Local: AUDITÓRIO 212, CE

Debora Breder Barreto (UCP) (Coordenador) Luiz Gustavo Pereira de Souza Correia (Universidade Federal de Sergipe) (Coordenador)

Resumo: Este Grupo de Trabalho pretende congregar trabalhos que visam a perscrutar estatutos cinematográficos, bem como implicações epistemológicas de construção e interpretação de mundos sociais. Em uma sociedade cada vez mais constituída por fluxos e contrafluxos de narrativas audiovisuais, propomos discutir abordagens teórico-metodológicas de investigações que lançam mão de filmes - "documentais" e "ficcionais" - como objetos e/ou métodos de pesquisa. Trata-se, assim, de debater o cinema em suas várias dimensões, com enfoque em: 1) modos como o aparato audiovisual tem sido utilizado em investigações; 2) articulações entre cinema, narrativas, memória e subjetividade; 3) representações e interpretações de narrativas cinematográficas sobre temas como as relações natureza/cultura, centro/periferia, corpo, gênero, sexualidade, classe, raça/etnia, identidade, etc; 4) condições sociais de produção, circulação e recepção de narrativas em diferentes formatos e gêneros. Em suma, busca- se debater dilemas e potencialidades do cinema em interlocução com as ciências sociais, e, mais especificamente, do olhar antropológico dirigido ao Cinema, do diálogo entre as narrativas cinematográficas e as narrativas antropológicas e das etnografias do/no cinema.

Programação

Sessão 1 - GT 011

Luis Felipe Kojima Hirano (Universidade Federal de Goiás) Apresentação Oral em GT Cinema e agência: a invenção do corpo e da percepção em imagens em movimento

Thais Farias Lassali (IFCH - Unicamp) Apresentação Oral em GT A noção de humano entre mentes elétricas e corpos mecânicos

Vitor França Netto Chiodi (UNICAMP) Apresentação Oral em GT Robôs e ciborgues pensando materialidade e diferença: uma reflexão política sobre Star Wars e Terminator Isabel Wittmann (UFAM) Apresentação Oral em GT Mulheres-Ciborgue: corpo, gênero e representação em Metrópolis (1927) e Blade Runner (1982)

Fabiano Lucena de Araujo (UFPE) Apresentação Oral em GT ENSAIANDO IMA(R)GENS NO MANGUE: Corpo, performance e estigma social a partir do Cinema Pernambucano Contemporâneo

Edilson Brasil de Souza Júnior (-), Antônio Cristian Saraiva Paiva Apresentação Oral em GT Pela emergência de uma passividade sem vitimizações: um estudo etnográfico sobre a constituição e apresentação do corpo homossexual passivo nos filmes pornôs gays brasileiros

Aryani Ferreira Batista (Universidade Federal de Goiás) Apresentação Oral em GT PRODUÇÃO DE PORNOGRAFIA FEMINISTA: tensionado as transgressões e reafirmações.

Remisson Weslley Nobre Cordeiro (Universidade Federal de Roraima) Pôster em GT Ficção perspectiva? A força dos objetos da vida diária nas representações do cinema de Jan Švankmajer

Sessão 2 - GT 011

Alex Giuliano Vailati (PPGA - UFPE) Apresentação Oral em GT O documentario social

Fernando Firmo Luciano (Universidade Federal da Bahia) Apresentação Oral em GT O audiovisual, a retomada nativa da “cultura” e os desafios à prática etnográfica participativa

Carlos Francisco Pérez Reyna (Universidade Federal de Juiz de Fora) Apresentação Oral em GT Molduras sócio históricas do filme andino Kukuli (1961)

Juliana Crelier Azevedo (Universidade Federal da Paraíba), Lara Santos de Amorim Apresentação Oral em GT Memória, Cinema e Identidade na Produção Cinematográfica da Paraíba

Marina Cavalcante Vieira (PPCIS/UERJ) Apresentação Oral em GT Primitivismo artístico e Zoológicos Humanos na pintura e cinema expressionista: dos Gabinetes de Curiosidades ao Gabinete do Dr. Caligari

Elaine Zeranze Bruno (UFRJ), Vinicius Esperança - Mestre em Ciências Sociais pela UFRRJ e doutorando em Sociologia pelo IESP/UERJ / Capes Apresentação Oral em GT “As marcas do mundo”: História, memória e imagem na obra Sans Soleil (1983) de Chris Marker

Vitáli Marques Corrêa da Silva (UFRGS) Apresentação Oral em GT Articulações entre cinema, Estado e mercado: a produção de longa- metragens no Rio Grande do Sul

João Paulo de Freitas Campos (Núcleo de Estudos em Cultura Contemporânea), André Di Franco Pôster em GT Harmony Korine e a potência da imagem etnográfica

Sessão 3 - GT 011 Ana Paula Pereira da Gama Alves Ribeiro (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) Apresentação Oral em GT Uma cidade emerge perto do Mar: 72 Horas Rio Festival de Filmes

Bianca Salles Pires (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Apresentação Oral em GT Etnografia no cinema: as salas escuras como palco de sociabilidades, subjetividades e afetividades.

Alexandre Fleming Câmara Vale (Universidade Federal do Ceará), Edvaldo Siqueira Albuquerque Apresentação Oral em GT Poéticas do Poço: etnografias audiovisuais compartilhadas

Marcos Aurélio da Silva (Universidade Federal de Mato Grosso) Apresentação Oral em GT Tatuagem, desbunde e carnaval: algumas reflexões sobre a política LGBT contemporânea a partir de uma antropologia do cinema e de uma festa que não existe mais

Paula Alves de Almeida (Escola Nacional de Ciências Estatísticas - ENCE/IBGE), José Eustáquio Diniz Alves José Jaime da Silva Apresentação Oral em GT Cinema, Antropologia e Demografia: trabalho doméstico, movimento migratório e outras questões envolvendo gênero, geração e relações familiares em "Que horas ela volta?" e "Como se fosse da família"

Gheysa Lemes Gonçalves Gama (Instituto Federal Sudeste de Minas Gerais, câmpus Juiz de Fo) Apresentação Oral em GT Central do Brasil: um estudo sobre a mudança na utilização alegórica da estrada nos road movies brasileiros a partir das críticas cinematográficas tecidas sobre o filme

Marcus Vinícius Martins Barbosa (Instituto Federal do Piauí) Apresentação Oral em GT Cinema, região, nação, sertão: tessituras

Wendell Marcel Alves da Costa (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), Sem coautoria. Pôster em GT Memórias e narrativas híbridas no cinema brasileiro contemporâneo

GT 012. Antropologia do esporte: entre a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos

Local: D108, CA.

Martin Christoph Curi Spörl (UERJ) (Coordenador) Matias Godio (Universidad Nacional de Tres de Febrero) (Coordenador) Tulio Augusto Velho Barreto de Araujo (Fundação Joaquim Nabuco) (Debatedor)

Resumo: Durante as reuniões sucessivas que foram realizadas em versões anteriores da ABA consolidaram-se debates sobre as várias atividades desportivas, observando que se trata de uma área privilegiada para o estudo dos múltiplos significados que são construídos em torno de diferentes esferas da vida social. As pesquisas acadêmicas sobre esportes nos permitiu refletir acerca da formação das identidades sociais, bem como certas articulações e relações desportivas com outras temáticas relativas à política; produção social de jogadores e atletas, formas de sociabilidade; emoções; moralidades; redes sociais; cultura popular; violência; entre outras questões. Desta vez, temos a intenção de fortalecer a discussão em algumas rotas, especialmente as que se referem à relação entre o esporte e os políticos e a "política", os processos de construção do poder, redes de comércio, circulação de conhecimentos, atores e práticas, as relações entre os diferentes níveis de definição política. Um segundo eixo de discussão responde aos estudos do esporte e suas ligações com o mercado e a cobertura da mídia, respostas locais para as forças da globalização econômica, a tensão entre amadorismo e profissionalismo, o processo de seleção e formação de atletas, relações com o mercado, políticas e megaeventos esportivos. Acreditamos que, no ano dos Jogos Olímpicos 2016 estes eixos de reflexão se mostrarão produtivos.

Programação

Sessão 1 - GT 012

Luiz Guilherme Burlamaqui (USP) Apresentação Oral em GT "Um Pelé Louro": a trajetória de João Havelange, os empresários e o mecenato da Copa do Mundo de 1970 à luz da antropologia econômica

Raphael Piva Favalli Favero (USP) Apresentação Oral em GT Jogando pela esquerda: a experiência da Copa Rebelde como crítica a Copa do Mundo da FIFA

Francisco Xavier dos Santos (Universidade Federal de Pernambuco) Apresentação Oral em GT Figuração de espetáculo e Comportamentos Sociais dos Dirigentes de Futebol em Recife: perspectivas de uma pesquisa de tese.

Rafael Gustavo Frazão Fernandes da Silva (SMEC Magé) Apresentação Oral em GT Copa União de 1987, seus mitos e suas memórias

Eduardo Araripe Pacheco de Souza (UFPE) Apresentação Oral em GT Entre o público e o privado: reflexões sobre o discurso do legado através do emprego de forças públicas de segurança da Copa do Mundo FIFA 2014

Marcos Silbermann (UFRGS) Apresentação Oral em GT A trajetória das políticas antidoping: moralidade e governança de ciência e tecnologia

Marina de Mattos Dantas (PUC-SP/GEFuT-UFMG) Apresentação Oral em GT Pão de Açúcar Esporte Clube: metamorfoses de um projeto social

Orlando Nunes de Souza Neto (UFF) Pôster em GT Construção de identidades entre jovens e adolescentes com deficiência no esporte adaptado de alto rendimento

Sessão 2 - GT 012

Everardo Pereira Guimarães Rocha (Departamento de Comunicação Social - PUC-Rio), William Corbo (Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Comunicação do Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio) Apresentação Oral em GT Os craques da bola e o mundo dos bens: futebol e consumo na imagem pública de Leônidas da Silva

Daniel de Oliveira Baptista (Universidade Federal de Minas Gerais) Apresentação Oral em GT "Sou o maior de todos!": Muhammad Ali, boxe e a construção de uma identidade étnica afro-descendente.

Fernando Gonçalves Bitencourt (IFSC - Câmpus São José) Apresentação Oral em GT I Jogos Mundiais Indígenas: o olimpo fora do lugar

Rafael Leal Matos (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), Tiago Costa Rodrigues Pôster em GT I Jogos Mundiais dos Jogos dos Povos Indígenas: esporte e etnicidade

Eduardo Fernandes Nazareth (Faetec) Apresentação Oral em GT Uma sociologia do óbvio – o futebol, a comunidade (nacional ou clubística) e a dádiva

Luciana de Oliveira (UFMG) Apresentação Oral em GT Palavra gasta, "cultura" e invenção da cultura: relatos de uma experiência etnográfica nos/dos jogos indígenas mundiais

Sessão 3 - GT 012 Allan de Paula Oliveira (Universidade Estadual do Paraná/UNESPAR) Apresentação Oral em GT Perdemos! Narrativas sobre derrotas no futebol brasileiro

Rosana da Câmara Teixeira (Universidade Federal Fluminense) Apresentação Oral em GT “Fale conosco e não sobre nós”: dádiva e associativismo no contexto dos megaeventos e das políticas de prevenção da violência no Brasil através da criação da Associação Nacional das Torcidas Organizadas (ANATORG).

Fábio Daniel da Silva Rios (PPCIS/UERJ) Apresentação Oral em GT As emoções dos torcedores no Novo Maracanã

Ana Hilda Lima do Vale (UFPI), Ana Hilda Lima do Vale Pôster em GT Identidade torcedora: o fenômeno das torcidas organizadas no piauí.

Leda Maria da Costa (Universidade Federal Fluminense) Apresentação Oral em GT Torcedores x Rede Globo e o “ódio eterno ao futebol moderno”. Uma netnografia das torcidas undergrounds do Rio de Janeiro

Ricardo César Gadelha de Oliveira Júnior (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Apresentação Oral em GT “Como ninguém jamais te amou”: o romantismo da torcida colorada e o estádio Beira-Rio

Gilberto da Motta e Silva Netto (PREFEITURA DO RECIFE) Apresentação Oral em GT Pertencimento clubístico em Bacabal-MA e o Brasil como nação: os clubes paulistas e cariocas como símbolos nacionais

Gabriel Moreira Monteiro Bocchi (FFLCH/PPGAS/USP) Apresentação Oral em GT Do Estádio do Pacaembu para a Arena Corinthians: apontamentos sobre um período de mudanças GT 013. Antropologia do Garimpo: Conflito e memória.

Local: D109, CA

Madiana Valéria de Almeida Rodrigues (Universidade Federal de Roraima) (Coordenador) Marjo de Theije (Vrije Universiteit Amsterdam) (Coordenador)

Resumo: O garimpo é uma atividade de importância sócio-política e econômica em variados contextos multiterritoriais, imersos em dinâmicas que envolvem distintos agentes (populações tradicionais, garimpeiros transfronteiriços, industriais, ambientalistas, políticos, comunidades locais etc.) com interesses convergentes ou divergentes, causas de múltiplos conflitos. Assim, neste grupo de trabalho, busca-se compartilhar pesquisas que analisem, a partir de uma abordagem etnográfica: a visão dos próprios sujeitos de pesquisa sobre conflito; as políticas voltadas para a questão; a memória sobre as mudanças em regiões onde o garimpo teve sua importância e hoje não existe mais, ou está precariamente ativo; assim como, as mobilidades dos garimpeiros em território brasileiro e nos países fronteiriços, atreladas, sobretudo, à mineração do ouro em pequena escala. Neste sentido, busca-se estimular a partilha de informações sobre os conflitos, tanto no passado, quanto no presente, em áreas de mineração de ouro e suas transformações, devido às diferentes circunstâncias políticas e sociais. O GT está aberto, ainda, para pesquisas que levam em conta o garimpo como espaço rico para a constituição de identidades e memória, formas de dominação e controle social, envolvendo, além daqueles que praticam a atividade do garimpo, sujeitos centrais na construção desse universo e de suas transformações, outros atores, os agentes do capital privado atrelados à mineração em pequena/média/grande escala e o Estado.

Programação

Sessão 1 - GT 013

João Rivelino Rezende Barreto (Universidade Federal de Santa Catarina) Apresentação Oral em GT A corrida pelo ouro no Garimpo tukano: memória, conflitos e migrações indígenas.

Loredana Marise Ricardo Ribeiro (Departamento de Antropologia e Arqueologia - UFPel) Apresentação Oral em GT Peneiras masculinas, máquinas assassinas e garimpeiras fortes. Gênero, técnica e conflito no garimpo braçal Daniela Tonelli Manica (UFRJ), Januária Pereira Mello (Incra) Apresentação Oral em GT "A Mulher no Garimpo": o romance autobiográfico de Nenê Macaggi em Roraima

André Dumans Guedes (Professor UFF) Apresentação Oral em GT O garimpeiro louco mas manso, o engenheiro polonês e a espada bandeirante. Visibilidades e trocas às margens do São Félix

Sarah Kelly Silva Schimidt (Universidade Federal de Pelotas) Apresentação Oral em GT Experimentações teórico-etnográficas entre a virada ontológica e os estudos pós-coloniais com mulheres garimpeiras de São João da Chapada, Minas Gerais

Sessão 2 - GT 013

Joana Domingues Vargas (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Jânia Diógenes de Aquino Apresentação Oral em GT Garimpo ilegal na fronteira do Brasil com a Guina Francesa: economia e controle

Jardel Carvalho Dias (UFOP) Apresentação Oral em GT Aspectos legais do garimpo brasileiro: um enfoque sobre a Permissão de Lavra Garimpeira

Dalila Silva Mello (Instituto Federal Fluminense), Rosane Manhães Prado Januária Pereira Mello Apresentação Oral em GT COOMGRIF X BELO SUN: um estudo sobre o conflito entre uma cooperativa de garimpeiros e uma mineradora canadense na Volta Grande do Rio Xingu – Pará – Brasil.

David Souza Góes (UFPA/NAEA), David Hian Martins Góes Apresentação Oral em GT A logística da garimpagem de ouro na região de fronteira do Brasil e Guiana Francesa

Deissy Cristina Perilla Daza (BOLSISTA) Apresentação Oral em GT Golpes de memoria, performances de resistência:. Memórias em movimento durante o segundo mandato de Álvaro Uribe Vélez na Colômbia

GT 014. Antropologia dos Patrimônios e Esfera Pública

Local: B101, CA.

Izabela Maria Tamaso (UFG) (Coordenador) Renata de Sá Gonçalves (Universidade Federal Fluminense) (Coordenador)

Resumo: Este GT objetiva acolher trabalhos que investiguem a relação entre antropólogos e políticas e/ou práticas dos patrimônios. Desde há uma década, as demandas por reconhecimentos de patrimônios culturais têm se intensificado, o quem tem implicado na aproximação do campo da antropologia seja das políticas, seja das práticas de inventários, registros e planos de salvaguardas de bens de natureza imaterial. Observa-se uma acumulação de experiências por parte de inúmeros antropólogos, que participaram e têm participado das mais variadas etapas dos processos envolvidos no Programa Nacional de Patrimônio Imaterial. Este GT pretende debater estas experiências com o objetivo de refletir sobre a antropologia dos patrimônios que tem se produzido no Brasil, observando-se os aspectos da ética, da responsabilidade social e das relações entre pesquisadores e agências de reconhecimento e proteção. Busca-se outrossim observar a relação entre antropólogos e movimentos sociais, coletivos sociais e grupos portadores dos patrimônios intangíveis, sejam estes habitantes de áreas urbanas, camponesas, ribeirinhas, sejam quilombolas, indígenas, ou outros. Espera-se também que este GT possa debater a potencial articulação das políticas de patrimônios imaterial com os espaços museais, os sítios arqueológicos ou centros históricos.

Programação

Sessão 1 - GT 014

Geslline Giovana Braga (USP) Apresentação Oral em GT “Quem vem lá sou eu, berimbau bateu, capoeira mais eu”: o ofício do antropólogo como consultor, seus pares, o estado e os mestres na salvaguarda da capoeira

Rivia Ryker Bandeira de Alencar (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) Apresentação Oral em GT A Salvaguarda do Samba de Roda do Recôncavo Baiano Revisitada – 10 Anos de um Patrimônio Cultural do Brasil e da Humanidade

Sara Santos Morais (IPHAN) Apresentação Oral em GT O INRC e a pesquisa antropológica: contrastes e confrontos entre políticas patrimoniais e etnografia acadêmica.

Marina Sallovitz Zacchi (Universidade Federal de Sergipe) Apresentação Oral em GT Enredo e rodopios: o processual e o dinâmico nas construções discursivas do dossiê de registro do Complexo cultural do bumba-meu- boi do Maranhão como patrimônio cultural no Brasil.

Alejandro Raúl González Labale (UFPI) Apresentação Oral em GT Patrimônio Material e Imaterial no Estado de Piauí, uma intervenção junto à política de Educação e Cultura.

Vítor Gonçalves Pimenta (LEECCC - UFF) Apresentação Oral em GT O papel do antropólogo nas ações de salvaguarda do patrimônio imaterial no estado do Rio de Janeiro

Antonina de Lima Fernandez (IPHAN) Pôster em GT Salvaguarda da Capoeira no estado do Rio de Janeiro: apontamentos e reflexões

Vivian Luiz Fonseca (UERJ/ CPDOC - FGV) Apresentação Oral em GT O Registro da Capoeira e a política de preservação do patrimônio imaterial no Brasil: práxis política, luta por direitos e reparação

Sessão 2 - GT 014

Elaine Ferreira Lima (Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - Uniages) Apresentação Oral em GT “É do Mundo”: o gerenciamento da tradição no Centro Histórico de São Luís

Jose Luis Abalos Junior (Mestrando em Antropologia Social) Apresentação Oral em GT “O meu cais é o de todos”: estudo etnográfico sobre ação política, patrimônio e revitalização urbana no Cais Mauá de Porto Alegre. Danielle Maia Cruz (Universidade de Fortaleza) Apresentação Oral em GT O Registro do maracatu em Fortaleza: conflitos e questões éticas em cena.

Lucas Neiva Peregrino (PPGCS/UFCG), Mércia Rejane Rangel Batista Apresentação Oral em GT Discutindo o processo de patrimonialização da Feira Central de Campina Grande (PB)

Simone Pondé Vassallo (PPGSP-Iuperj) Apresentação Oral em GT O antropólogo como agente e o processo de patrimonialização do Cais do Valongo no Rio de Janeiro

Mario Fundaro (UFMG), Vanilza Jacundino Rodrigues - Antropóloga- IPHAN/MG- Mestre em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo Rubens Alves da Silva- Antropólogo- Professor da Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Ciência da Informação - Graduação e Pós- Graduação Apresentação Oral em GT Patrimonio cultural e a imaterialidade do material

Milena Annecchiarico (ICA/FFyL/UBA-CONICET) Apresentação Oral em GT Procesos patrimoniales y disputas en torno a la memoria de la esclavitud en Argentina y en Cuba. Análisis comparativo del proyecto Unesco ‘La Ruta del Esclavo’

Maiara Maria de Araújo (UVA), Maik Matias da Silva Samuel de Olivindo Pereira Pôster em GT Patrimônio Cultural e Periferia: Memórias e Narrativas em Viçosa do Ceará.

Sessão 3 - GT 014

Henrique Junio Felipe (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS) Apresentação Oral em GT Caminhos yuhupdeh: narrativas de origem e patrimônio

Daniel Roberto dos Reis Silva (Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular) Apresentação Oral em GT Entre arte e patrimônio: circulações contemporâneas das artes populares

Francimário Vito dos Santos (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE FORMIGA) Apresentação Oral em GT Reflexões etnográficas sobre a política de preservação das congadas mineiras, mobilização da base social, elaboração de diálogos entre agentes e detentores, apropriações dos conceitos institucionais e conflitos em duas cidades do centro-oeste mineiro

Lorena França Reis e Silva (UFAM) Apresentação Oral em GT Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro: diálogos possíveis entre os povos do Rio Negro e a política do IPHAN.

Emanuel Oliveira Braga (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) Apresentação Oral em GT Entre o templo e a ruína: identidades, conflitos e políticas no pós- tombamento da igreja de São Miguel Arcanjo na Terra Indígena Potiguara, Paraíba.

Lucieni de Menezes Simão (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE) Apresentação Oral em GT Dos nós às redes: a Rede de Bens Imateriais Registrados

Regina Maria do Rego Monteiro de Abreu (Universidade Federal do Estado do rio de Janeiro), Marluce Reis Magno Apresentação Oral em GT Patrimonialização e culturas populares: (des) encontros na Folia de Reis de Valença, Rio de Janeiro

Adriana Cerqueira Silva (Instituto do Patrimônio Artistico e Cultural da Bahia - IPAC) Pôster em GT Patrimonialização dos Terreiros Candomblé: Tombamento e/ou Registro?

GT 015. Antropologia e crítica pós-colonial

Local: C108, CA.

Anna Catarina Morawska Vianna (Universidade Federal de São Carlos) (Coordenador) Leonardo Schiocchet (Austrian Academy of Sciences) (Coordenador) Resumo: O Grupo de Trabalho visa constituir um fórum para estudos e reflexões conduzidos na interface entre a antropologia e a chamada crítica pós-colonial. Desde ao menos a “virada reflexiva” nos anos 1980, as questões e dilemas da antropologia mundial têm se aproximado cada vez mais das preocupações deste campo interdisciplinar. Mas ao contrário de tradições antropológicas centrais como a estadunidense ou mesmo periféricas como a indiana, no Brasil este diálogo é ainda bastante incipiente. O GT visa agregar trabalhos que estejam pensando questões e trabalhando com conceitos compartilhados com a crítica pós-colonial, seja através de autores clássicos como Frantz Fanon e Edward Said, seja com discussões mais contemporâneas como as avançadas pelos subaltern studies (Chakrabarty, Spivak, Bhabha), o programa latino-americano da modernidade-colonialidade (Quijano, Mignolo, Escobar), ou a antropologia da religião e secularismo (Asad, Mahmood, Hirschkind). Serão especialmente benvindos estudos derivados de pesquisa etnográfica, realizados dentro ou fora do Brasil, mas que também demonstrem um bom domínio da literatura teórica em questão dentro e fora da antropologia. Os temas não precisam se restringir ao foco clássico em questões de raça e colonialismo, podendo incluir também discussões sobre nacionalismo, gênero, migrações, desenvolvimento, colonialismos internos, relações interétnicas, ciência e conhecimentos tradicionais, entre diversos outros.

Programação

Sessão 1 - GT 015

Leticia Maria Costa da Nobrega Cesarino (Universidade Federal de Santa Catarina) Apresentação Oral em GT Cultura e colonialidade nas relações Brasil-África

Daniel De Lucca Reis Costa (Unicamp), Daniel De Lucca Apresentação Oral em GT Uma análise ritual dos “500 anos” de Timor-Leste: o reencontro colonial e a produção da história na zona de contato

Elizabeth Maria Beserra Coelho (Universidade Federal do Maranhão) Apresentação Oral em GT Escolarização dos povos indígenas: exercício de colonialidade do poder e do saber

André Luiz Videira de Figueiredo (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) Apresentação Oral em GT As políticas da diferença no Brasil, em uma perspectiva subalterna e descolonial: o caso das comunidades remanescentes de quilombo

Fabio Araújo Fernandes (TRANSES) Apresentação Oral em GT Interrogando a Capoeira: uma abordagem crítica e reflexiva sobre saberes, valores e poder na idéia de cultura e identidade brasileira

Aristinete Bernardes Oliveira Neto (CEPPAC / UnB) Apresentação Oral em GT O uso da língua no século XVI entre os guarani: colonialismo linguístico ou reinvenção de novos significados?

Weder Bruno de Almeida (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)) Pôster em GT Práticas Acadêmicas Dissidentes: um diálogo entre o Pensamento Descolonial e o Curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Sessão 2 - GT 015

Bruno Reinhardt (Universidade de Utrecht) Apresentação Oral em GT Entre o pós-colonial e o pós-secular: modalidades de crítica pentecostal em Gana

Beatriz de Almeida Matos (IFCH-UFPA) Apresentação Oral em GT Mulheres indígenas e políticas públicas: repensando espaços e agências políticas indígenas e femininas

Cecília Maria Bacellar Sardenberg (Universidade Federal da Bahia) Apresentação Oral em GT Antropologia Feminista e Crítica Pós-Colonial na América Latina: Encontros e Desencontros

Sara Rodrigues Baena Castillo (Universidade Federal de Mato Grosso) Apresentação Oral em GT "Somos todos Palestinos”: A solidariedade nas redes sociais e a construção de conexões identitárias

Barbara Odebrecht Weiss (Unicamp) Apresentação Oral em GT O apagamento simbólico dos palestinos e o orientalismo sionista Helena de Morais Manfrinato (USP) Apresentação Oral em GT O véu islâmico e suas políticas: notas sobre gênero, religião, fronteiras do secularismo e nacionalidades

Anita Maria Pequeno Soares (Universidade Federal de Pernambuco) Pôster em GT "O NEGRO ANDRÉ": a questão racial na vida e no pensamento do abolicionista André Rebouças.

Sessão 3 - GT 015

João Frederico Rickli (Universidade Federal do Paraná) Apresentação Oral em GT Algumas implicações do uso das noções de “ocidente” e “modernidade" na Antropologia

Nelissa Peralta Bezerra (Instituto Mamirauá) Apresentação Oral em GT Conhecimentos Tradicionais e a Colonialidade do Saber na Pesquisa Científica na Amazônia

Rodrigo Charafeddine Bulamah (Unicamp) Apresentação Oral em GT Pode um porco falar? Ecologia política, animalidade e doença no norte do Haiti

Andreas Hofbauer (UNESP) Apresentação Oral em GT Afro-descendentes na Índia: diferença e desigualdade

Vinicius Kauê Ferreira (Doutorando bolsista) Apresentação Oral em GT Circulações pós-coloniais: estudo sobre intelectuais indianos na Europa

Christina de Rezende Rubim (UNESP) Apresentação Oral em GT A GEOPOLÍTICA DO PENSAMENTO EUROPEU: o nacionalismo e a (não) subversão dos antropólog@s catalãs ou como subverter o pensamento hegemônico quando dependemos dele.

Washington Luiz Dos Santos Assis (Universidade Federal de Rondônia) Pôster em GT Interfaces da imigração haitiana contemporânea para o Brasil: “raça” como marcador colonial na Amazônia ocidental

GT 016. Antropologia e políticas de saúde

Local: D110, CA

Cristina Dias da Silva (Universidade Federal de juiz de Fora) (Coordenador) Sílvia Maria Ferreira Guimarães (Universidade de Brasília) (Coordenador)

Resumo: Na esteira de uma perspectiva etnográfica multi-situada, privilegiamos um diálogo com etnografias em antropologia da saúde, com ênfase nas práticas de poder que lhes são constitutivas. Consideramos uma gama de pesquisas que abrangem processos terapêuticos institucionalizados versus populares, processos de saúde-adoecimento, a construção de itinerários terapêuticos, tendo como pano de fundo uma miríade de políticas de saúde específicas. Indagamo-nos se tais políticas não apenas são dirigidas a coletividades, mas as (re)criam, na medida em que permitem a certos grupos adquirir visibilidade, produzindo identidades/alteridades. Deste modo, a legitimidade e o reconhecimento social dos mesmos encontra nas políticas governamentais de saúde uma esfera privilegiada de disputas de significados e identidades. A relação entre estes atores sociais, indivíduos, grupos e instituições, além de vírus, bactérias, objetos, equipamentos, ideias, valores e conceitos fazem parte de um cenário em que o Estado acontece de múltiplas formas. Convidamos, através desta imersão em diversos campos etnográficos que compõe a chamada antropologia da saúde, a um diálogo sobre as formas de agenciamento da vida, dos corpos e dos sujeitos na contemporaneidade.

Programação

Sessão 1 - GT 016

Francisco Cleiton Vieira Silva do Rego (UFRN), Rozeli Maria Porto (Professora Departamento de Antropologia e PPGAS, UFRN) Apresentação Oral em GT "Fazer emergir o masculino": noções de "terapia" na hormonização de homens trans

Camilo Braz (UFG), Prof. Dr. Camilo Braz – Universidade Federal de Goiás (UFG). Código de Inscrição: 8567867. Profa. Dra. Érica Renata Souza – Universidade Federal de Minhas Gerais (UFMG). Apresentação Oral em GT Antropologia e políticas de saúde para homens trans no Brasil contemporâneo – diálogos entre duas pesquisas

Thereza Cristina de Souza Mareco (Universidade de Brasília - UnB) Apresentação Oral em GT Mães Terapeutas Populares

Lilian Leite Chaves (UFRN) Apresentação Oral em GT Modelos de assistência e identidades engendradas: notas sobre política e saúde mental no Brasil

Raquel Martini Carriconde (PPCIS) Apresentação Oral em GT O cuidado nas tramas da assistência social, da saúde básica e da saúde mental

Lucia Helena Barbosa Guerra (UFPE) Apresentação Oral em GT Uma análise sócio antropológica da Fístula Obstétrica em Moçambique

Jéssica Ferreira (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) Apresentação Oral em GT Sexualidade e gestação nos saberes e práticas femininas e médicas: riscos e autoridades entre gestantes e seus médicos em uma maternidade pública de Salvador, BA

Georgia Kessia Cavalcanti da Silva (UFPB), Anatil Maux Pôster em GT Doença e cuidado em genética: o caso da doença falciforme

Sessão 2 - GT 016

Valeria Mendonça de Macedo (Departamento de Ciências Sociais EFLCH- UNIFESP) Apresentação Oral em GT Enredos de adoecimento, tramas terapêuticas e algumas reflexões sobre antropologia e saúde indígena

Andréa Borghi Moreira Jacinto (Ministério da Saúde - MS), Pedro Macdowell Taia Duarte Mota Apresentação Oral em GT Notícias de meio do caminho: alguns desafios para as políticas de atenção psicossocial na região do Cone Sul do Mato Grosso do Sul. Ludmila Santos Silva (Universidade de Brasília) Apresentação Oral em GT Práticas terapêuticas e sociabilidades: a história e atuação de um terapeuta popular no município de Águas Lindas de Goiás – GO

Marcos Antonio Pellegrini (UFRR) Apresentação Oral em GT Saber falar com os “brancos”: intertextualidade e ação política em contexto intercultural (Reflexões sobre um discurso no Conselho Distrital de Saúde Indígena)

Mariel Marostica Fernandes (SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DE MATO GROSSO), Dr. Sueli Pereira Castro (Professora PPGAS/UFMT) Ms. Mariel Maróstica Fernandes (doutoranda PPGSC/UFMT) Apresentação Oral em GT Saúde e Políticas Públicas para Quilombolas: o caso de Laranjal/Poconé/MT

Rita Becker Lewkowicz (PPGAS/UFRGS) Apresentação Oral em GT “Intervenção positiva” e “Boa distância”: práticas de governo e moralidade no contexto do Posto de Saúde de uma aldeia Mbyá-Guarani no sul do Brasil

Sandra Monteiro de Souza (UnB) Pôster em GT Epidemia de Chikungunya entre os Pankararu

Sessão 3 - GT 016 Jonatan Jackson Sacramento (Unicamp) Apresentação Oral em GT Cuidado e vulnerabilidade: as tramas biopolíticas da erradicação da varíola no Brasil

Gustavo Satler Cetlin (Centro Mineiro de Toxicomania/FHEMIG), Valéria Costa Pacheco Rita Espíndola Apresentação Oral em GT Entre a dependência e a autonomia: a percepção de usuários de drogas em situação de rua sobre modelos terapêuticos instituídos em Belo Horizonte

Fabiela Bigossi (Université de Tours) Apresentação Oral em GT Envelhecer com saúde: estudo etnográfico sobre políticas públicas para a pessoa idosa Juliana Deprá Cuozzo (UFRGS), Ceres Gomes Victora Apresentação Oral em GT Narcóticos Anônimos (NA) na Penitenciária Feminina Madre Pelletier e as políticas de saúde

Edna Rocio Rubio Galvis (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Apresentação Oral em GT O Sistema de Saúde colombiano e as decisões ao final da vida.

Priscila Farfan Barroso (UFRGS), Daniela Riva Knauth Apresentação Oral em GT Políticas de saúde, HIV e drogas: a perspectiva dos usuários e os desafios desses itinerários terapêuticos

Eduardo Tadeu Brunello (UFCG) Apresentação Oral em GT Processos de Alcoolização e Itinerações de Cuidado em João Pessoa/Paraíba

Carlos Lourenço de Almeida Filho (Universidade Federal do Pará), Edna Ferreira Alencar Pôster em GT Sistemas de saúde em conflito: A saúde indigenista e luta pela manutenção do corpo forte Canela

GT 017. Arte e antropologia

Local: D111, CA.

Caleb Faria Alves (UFRGS) (Coordenador) Carla da Costa Dias (Universidade Federal do Rio de Janeiro) (Coordenador)

Resumo: A arte, para a antropologia, sempre esteve associada aos temas da diversidade, igualdade, autonomia, patrimônio e direitos de grupos diversos, desde indígenas a coletivos urbanos. Seu lugar na teoria antropológica passa pelo reconhecimento de diferentes sistemas estéticos e de produção, com distintas ligações com as demais esferas da vida. Recentemente esse tema adquiriu maior centralidade no debate social e na teoria antropológica. O reconhecimento legal da arte como direito, pelo poder público, implicou iniciativas ligadas ao planejamento, regularidade e visibilidade da produção artística. Artistas indígenas ganham galerias e museus e bienais são construídos ou remodelados para atender públicos antes ausentes desses espaços. A velha hierarquia entre arte culta e popular foi banida dos editais e dos programas de pesquisa. O cânone é revisitado sob a ótica do gênero, raça, da reconstrução dos sistemas simbólicos de época ou lugar, entre outras perspectivas. Este grupo trabalho pretende se deter nos resultados dessas investigações e mudanças, em continuidade a discussões iniciadas noutros encontros, e propiciar novas interlocuções. Interessa-nos refletir sobre criação e produção, sobre a forma como grupos sociais tem elegido a arte elemento central de sua existência social e assim construído sua trajetória artística e cultural, como têm vivenciado e procurado intervir, através da arte, nas transformações sociais, políticas e culturais, principalmente no contexto urbano.

Programação

Sessão 1 - GT 017

Gabriela Lages Gonçalves (Universidade Federal do Maranhão) Pôster em GT Batucada: Considerações sobre corpos, pessoa, e nudez em manifestações artísticas

Márcia Carnaval de Oliveira (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Apresentação Oral em GT As "Dobras da Sobrecasaca": Retrato Fotográfico, Vestuário de Luto e os Rituais Fúnebres no Segundo Reinado

Brunela Succi (Universidade de Campinas) Apresentação Oral em GT Notas preliminares sobre teatro, gênero e cidade na transição democrática brasileira

Glauco Batista Ferreira (Faculdade de Ciências Sociais - Universidade Federal de Goiás) Apresentação Oral em GT Resistências imagéticas queer of color: Contextos de produção em um grupo de artistas ativistas em San Francisco.

Daphne Assis Cordeiro (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE (UFF)) Apresentação Oral em GT Emaranhados entre vidas e ruas: uma etnografia dos processos criativos de grupos de performance no Rio de Janeiro

Vitor Pinheiro Grunvald (Faculdade Cásper Líbero) Apresentação Oral em GT Arte, política e ativismo: considerações sobre alguns grupos de ativismo queer

Renan Reis de Souza (IFCS/UFRJ) Apresentação Oral em GT Imagens amargas: um estudo etnográfico sobre Hushahu Yawanawa e a arte como canal de transformações.

Leonardo Carvalho Bertolossi (Escola de Artes Visuais do Parque Lage) Apresentação Oral em GT Aura Fractal, Fins da Arte e Capitalismo Artista: Cartografia de uma “Guerra Estética”

Sessão 2 - GT 017

Júlia Vilaça Goyatá (Universidade de São Paulo) Apresentação Oral em GT Entre ação e representação: os vèvès haitianos e as relações entre pessoas, coisas e espíritos

Guilherme Marcondes dos Santos (Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea) Apresentação Oral em GT Como ser artista em tempos de arte contemporânea? Os jovens artistas e suas estratégias de legitimação

Camila Damico Medina (Universidade Federal Fluminense), Orientação: Profª Drª Marina Frydberg http://lattes.cnpq.br/3252387564151495 Pôster em GT Identidade e Identificação: Trajetória do coletivo artístico Filé de Peixe

Leila Cristina Leite Ferreira (UFPA), Lucélia Leite Ferreira Apresentação Oral em GT Freedas: arte urbana e feminista em busca da liberdade pelas ruas de Belém do Pará

Thiago Haruo Santos (Universidade de São Paulo) Apresentação Oral em GT Cover é arte? Reflexões sobre cópia e criatividade a partir da dança do pop coreano em São Paulo

Nicole Sousa Bessa (Universidade Estadual do Ceará), Luana Carolina da Silva Monteiro Apresentação Oral em GT O grafite como uma prática emergente na cidade de Fortaleza: Dinâmica de legitimação no contexto urbano Dennis Novaes Saldanha Côrtes (PPGAS Museu Nacional/UFRJ) Apresentação Oral em GT Funk Proibidão: arte e política nas margens do Estado

José Duarte Barbosa Júnior (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte), Lisabete Coradini (UFRN) Apresentação Oral em GT Cidade, graffiti e os desafios da pesquisa etnográfica na cidade de Natal/RN – Brasil

Sessão 3 - GT 017

Marina Mazze Cerchiaro (Instituto de Estudos Brasileiros - Universidade de São Paulo) Apresentação Oral em GT Esculpindo o ideal de “homem novo”: discursos sobre raça, gênero e nação no Estado Novo

Renata Curcio Valente (Museu do Indio) Apresentação Oral em GT Sobre coleções e colecionadores: o acervo de cerâmica do Museu do Índio

Sheila Maria Guimarães de Sá (MUSEU DO ÍNDIO/FUNAI/MINISTÉRIO DA JUSTIÇA) Apresentação Oral em GT Uma experiência de qualificação de acervo etnográfico realizado pelos indígenas

Amélia Siegel Corrêa (Universidade de Copenhagen/ UFPR) Apresentação Oral em GT A Bienal de São Paulo: pós - colonial ou neo-colonial ? Reflexões para uma etnografia da arte contemporânea no Brasil

Tiago Fernandes Alves (Universidade Estadual da Paraíba), Níobe Neves Henriques Apresentação Oral em GT Vivendo da Noite: relatos e experiências de profissionais da música em Campina Grande-PB

Renata Alencar Beckmann de Lima (Universidade Federal do Pará), Marilu Marcia Campelo Pôster em GT “Nós de Aruanda” - Artistas de terreiro: tecendo saberes e tradições nos salões de arte de Belém-PA

Felipe Sales Magaldi (Museu Nacional/UFRJ) Apresentação Oral em GT Arte Virgem: estética, loucura e alteridade no segundo modernismo brasileiro

Tarcila Soares Formiga (CEFET-RJ) Apresentação Oral em GT A cidade como obra de arte e a crítica: utopia e projeto nos escritos de Mário Pedrosa acerca da construção de Brasília

GT 018. Articulações transnacionais, identidades indígenas e políticas indigenistas nos séculos XX e XXI

Local: A105, CA.

Maria Macedo Barroso (Universidade Federal do Rio de Janeiro) (Coordenador) Ricardo Verdum (UFSC) (Coordenador)

Resumo: O GT pretende examinar processos ligados à definição contemporânea de políticas indigenistas e identidades indígenas a partir de articulações político-administrativas, jurídicas e simbólicas envolvendo o agenciamento de atores situados em diferentes escalas e níveis. Além de funcionários das administrações públicas de Estados nacionais, podemos identificar como parte desses processos membros de bancos multilaterais; da OEA, UNESCO, FAO, OIT, OMS e outras agências da ONU; de agências bilaterais de cooperação e de ONGs nacionais e internacionais; empresas; e profissionais de distintas áreas acadêmicas, como saúde, educação, antropologia, direitos humanos, gestão ambiental e desenvolvimento comunitário, dentre outras, além de representantes indígenas e de suas organizações. Buscamos reunir assim pesquisadores que estejam desenvolvendo investigações etnográficas que exemplifiquem casos de articulação social, política e simbólica entre espaços sociais locais, nacionais e transnacionais. Visamos com isto ampliar a compreensão sobre a territorialização de determinadas formas de indigenismo e de seus processos de constituição histórica, analisando suas perspectivas, configurações e processos sócio- políticos; práticas cotidianas; efeitos nos modos de vida e na autodeterminação dos indígenas enquanto sujeitos de direito; e a atuação desses indígenas em relação aos diferentes agentes e projetos com que interagem. Programação

Sessão 1 - GT 018

Renata Albuquerque de Moraes (UnB) Apresentação Oral em GT Políticas Indígenas e o Estado Plurinacional da Bolívia: processos de identificação a partir da Comissão Interamericana de Direitos Humanos

María Rossi Idárraga (UFRJ/MN) Apresentação Oral em GT Reflexões sobre como em práticas políticas algumas construções de etnicidade se articulam com discursos transnacionais sobre gênero, construindo alternativas de mobilidade social

Vanessa de Souza Hacon (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) Apresentação Oral em GT Mudanças climáticas e novas formas de dominação: uma etnografia da política de governança

Flávio de Lima Queiroz (IBGE), Ana Tereza Duarte Lima de Barros Apresentação Oral em GT Participação dos Povos Indígenas no Processo Decisório do COSIPLAN

Sessão 2 - GT 018

Fernanda Caroline Cassador Costa (PPGSA) Apresentação Oral em GT Da segregação racial ao debate sobre comunidades étnicas: perspectivas e práticas religiosas do Programa de Combate ao Racismo no século XX.

Carla Susana Alem Abrantes (UNILAB - Universidade da Integração Internacional) Apresentação Oral em GT Representações intelectuais e administrativas face às populações indígenas de Angola nos anos 1950

Wildes Souza Andrade (UnB) Apresentação Oral em GT Articulação transnacional guarani

Jose Ignacio Gomeza Gómez Corte (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) Apresentação Oral em GT Em busca da memória e da identidade: a resistência do povo Charrua no Uruguai

Hugo Ciavatta (UNIMES) Apresentação Oral em GT Trajetória e narrativa e Davi Kopenawa em "A queda do céu".

Sessão 3 - GT 018

Haieny Nazaré Reis Santos (SEDUC-PA) Apresentação Oral em GT Etnodesenvolvimento, Territórios Etnoeducacionais e Povos Indígenas: Relatos de uma Experiência na Licenciatura Intercultural Indígena da Universidade do Estado do Pará

Felipe Henrique Porfirio Silva (Universidade de Brasília) Apresentação Oral em GT Entre o domínio e a subversão das regras: uma abordagem etnográfica sobre a 1ª Conferência Nacional de Política Indigenista

Antonio Weliton Simao de Melo (UFPE) Apresentação Oral em GT As Infraestruturas Públicas como objetivação do Estado Nacional em Comunidades Indígenas

Vanderlúcia da Silva Ponte (Universidade Federal do Pará) Apresentação Oral em GT Saúde Diferenciada”, Territótio e Indianidade: o caso dos Tenetehar- Tembé do Guamá e do Gurupi

Roberta Aguiar Cerri Reis (Ministério da Saúde) Apresentação Oral em GT Povos Indígenas e produção de uma arena política no contexto de implantação da Hidrelétrica de Belo Monte

GT 019. Cidades, turismo e experiências urbanas

Local: E101, CA.

Juliana Gonzaga Jayme (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais) (Coordenador) Lea Carvalho Rodrigues (Universidade Federal do Ceará) (Coordenador)

Sessão 1 Alcides Fernando Gussi (Universidade Federal do ceará) (Debatedor)

Sessão 2

Cristina Maria Da Silva (Universidade Federal do Ceará) (Debatedor)

Sessão 3

Vera Maria Guimarães (Universidade Federal do Pampa) (Debatedor)

Resumo: Ao dar continuidade às discussões realizadas na 29ª RBA, este GT busca contribuir para as discussões no âmbito da antropologia urbana e da antropologia do turismo. Assim, acolherá propostas que exponham os resultados de estudos empíricos sobre essas temáticas e que promovam articulações entre problemas de ordem teórica e metodológica, próprios aos dois campos disciplinares, ou que enfoquem diferentes dimensões analíticas sobre esses temas. Cidades são lugares identitários, no sentido de Augé (1994), mas também de dispersão, fragmentação e fluxos (Hannerz, 1997); são lugares de memórias, mesmo que forjadas pelas políticas de requalificação; propícias à observação, mas, sobretudo, à vivência de situações sociais. Na perspectiva de Agier (2011) o estudo de tais situações favorece a apreensão de fenômenos fluidos, que parecem nos escapar. Cidades são também lugares privilegiados das ritualizações e das performances, da criatividade, do encontro e dos múltiplos embates. Como lembra Silva (2014, p.352) “as cidades são compostas por narrativas de ações, sobretudo, de ações imaginárias”. As cidades turísticas, por outro lado, à parte suas singularidades, veem-se na necessidade constante de criar atrativos ao visitante, despertar seu interesse e suscitar desejos de ali estar, ver e viver experiências ímpares, distantes do cotidiano, o que cria um imaginário sobre elas a partir das narrativas textuais, visuais e orais dos moradores, viajantes e empresas de turismo.

Programação

Sessão 1 - GT 019

Ludmila Maria Moreira Lima (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro-UNIRIO) Apresentação Oral em GT "Chega de gringos, playboys, albergues, eventos e jipes: reflexões sobre vínculos e conflitos no Morro do Vidigal” Euler David de Siqueira (UFRRJ), Denise da Costa Oliveira Siqueira Apresentação Oral em GT Efervescência, emoção e produção de sentidos na Jornada Mundial da Juventude

Romain Jean Marc Pierre Bragard (Universidade Federal do Ceará) Apresentação Oral em GT Da cidade à natureza: imaginário urbano e prazer turístico.

Fabiana de Lima Sales (Museu da Abolição / IBRAM / MinC) Apresentação Oral em GT Museus, patrimônio e turismo: o caso do Museu da Gastronomia Baiana, no Pelourinho, Salvador - BA

Mayra Laborda Santos (universidade do estado do amazonas), Chris Lopes da Silva Pôster em GT Comunidades Indígenas na Cidade de Manaus: patrimônio cultural, atividades criativas e Turismo

Francisco Willams Ribeiro Lopes (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológic) Apresentação Oral em GT Urbanização turística de áreas litorâneas e os efeitos sobre a experiência de morar das populações locais

Evelyn Louyse Godoy Postigo (Universidade Federal de São Carlos) Apresentação Oral em GT Cidade maravilha, purgatório da beleza e do caos – desdobramentos da construção contemporânea da "favela" na chave da "violência" e do "consumo"

Wellington Ricardo Nogueira Maciel (UNILAB/PPGS - UECE) Apresentação Oral em GT Fortaleza: cidade turística, cidade praiana? Uma trajetória de pesquisa em antropologia e sociologia urbanas.

Sessão 2 - GT 019

Mariela Felisbino da Silveira (IPOL - Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Lingüística) Apresentação Oral em GT Processos identitários, turismo e patrimônio cultural na Freguesia de Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão da Ilha Igor Monteiro Silva (Universidade Federal do Ceará) Apresentação Oral em GT Rasurando guias e cartões postais: consumindo Fortaleza a partir de um sofá

Lara Denise Oliveira Silva (Bolsista), Glória Diógenes Apresentação Oral em GT Experiências de afeto à cidade em uma Fortaleza “apavorada”

Berdet Marc (Universidade de São Paulo) Apresentação Oral em GT Das exposições universais europeias aos shopping centers brasileiros: sócio-antropologia dos lugares fantasmagóricos

Sylvana Marques (UFRN), Maria Lúcia Bastos Alves Apresentação Oral em GT O fotojornalismo de Canindé Soares entre a fé e o turismo: Reflexões sobre a emergência de novas paisagens no interior nordestino

Douglas Delgado (UNESP) Pôster em GT A cena gótica paulistana: apropriações do espaço urbano e processos de identificação

Livia Maria Abdalla Gonçalves (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) Apresentação Oral em GT Ações coletivas na produção do espaço urbano: o trabalho de um coletivo urbano cultural da zona norte do Rio de Janeiro

Wânia Maria de Araújo (UEMG e Centro universitário UNA), Thais Rafaela Guimarães Marques Apresentação Oral em GT Casa JK: o modernismo revisitado na cena belorizontina como atrativo turístico

Sessão 3 - GT 019

Ana Lúcia de Castro (UNESP/Araraquara) Apresentação Oral em GT Etnografia em espaços urbanos: Modos de morar e fronteiras simbólicas na periferia de Santo André, Grande São Paulo.

Ricardo Bruno Cunha Campos (Fundação Universidade do Tocantins (UNITINS)), Profa. Dra. Elisa Maria dos Anjos (UNITINS) Fundação Universidade do Tocantins Prof. Me. John Max Santos Sales (UNITINS) Fundação Universidade do Tocantins Apresentação Oral em GT Palmas para o turismo itinerante: a experiência urbana e identitária de uma cidade de migrantes, pioneiros e forasteiros no Tocantins

Paola Luciana Rodriguez Peciar (Universidade Federal de Santa Catarina- UFSC) Apresentação Oral em GT Caminhando junto na cidade: reflexões sobre uma experiência urbana e etnográfica.

Jakson Silva da Silva (Universidade Federal do Pará) Apresentação Oral em GT A gramática moral dos conflitos na Estrada Nova de Belém (PA): luta pelo reconhecimento da diversidade urbana na gentrificação

Carmen (Apen) Ruiz-Martinez (Universidad Internacional de Catalunya; Universitat Oberta d) Pôster em GT Experiências cidadãs entre o turismo, os patrimónios e as memorias. Reflexões desde Barcelona

Jorge de La Barre (UFF) Apresentação Oral em GT Cultura visual e megaeventos no Rio de Janeiro

João Soares Pena (UFBA/Faculdade Ruy Barbosa), João Soares Pena Maria Isabel C. M. da Rocha Apresentação Oral em GT Não joga nada na Geni. Deixa a Geni jogar

Bruno Puccinelli (Universidade Estadual de Campinas) Apresentação Oral em GT Estrangeiros na cidade: homossexualidades mapeadas nos usos recreativos da cidade de São Paulo

GT 020. CIGANOS: um exercício de comparação etnográfica.

Local: E102, CA.

Maria Patrícia Lopes Goldfarb (PPGA- UFPB) (Coordenador) Mirian Alves de Souza (Universidade Federal Fluminense) (Coordenador) Mercia Rejane Rangel Batista (Universidade Federal de Campina Grande) (Debatedor)

Resumo: A reflexão sobre o universo temático de identidade reivindicada face o acesso às políticas públicas tem congregado pesquisadores envolvidos com os grupos ciganos no Brasil e exterior. Iniciamos discussões no âmbito local e mantivemos a temática na forma de GTs, tanto nas Reuniões de Antropólogos do Norte-Nordeste como nas Reuniões Brasileiras de Antropologia. Deste modo, objetivamos dar continuidade aos debates, e ao mesmo tempo discutir a produção etnográfica sobre grupos ciganos. Analisando os processos de construções identitárias; propondo uma reflexão sobre a (in)visibilidade desses sujeitos em diferentes cenários políticos. O grupo pretende criar um campo de interlocução, especialmente no Brasil, contribuindo para o início de uma pesquisa comparativa ainda inexistente. Também indagamos sobre o papel da produção antropológica na mediação entre esses grupos e as esferas públicas. Embora os registros etnográficos venham ganhando terreno nos últimos anos, aos pesquisadores se impõe muitas vezes a questão de como mediar às relações entre os sujeitos estudados e o Estado. Este GT busca discutir os dilemas dessas posições para que se desenvolvam análises propriamente Calon/Rom da cultura.

Programação

Sessão 1 - GT 020

Lailson Ferreira da Silva (UNILAB) Apresentação Oral em GT Vivendo em família: modo de vida, parentesco e identidade entre os ciganos em Sobral.

Virgínia Kátia de Araújo Souza (UFRN) Apresentação Oral em GT Entre laços e teias: famílias ciganas no Seridó do RN

Edilma do Nascimento J. Monteiro (PPGAS/UFSC) Apresentação Oral em GT A Infância Calon: Notas Sobre O Ser Criança Entre os Ciganos.

Juliana Miranda Soares Campos (UFMG) Apresentação Oral em GT Casamento e produção de parentes entre os Calons do São Gabriel (Belo Horizonte, MG)

Jéssica Cunha de Medeiros (Universidade Federal da Paraíba), Jéssica Cunha de Medeiros Apresentação Oral em GT Em busca de uma sombra: articulando nomadismo e territorialidade a partir das narrativas de uma Calon de Sousa (PB)

Sessão 2 - GT 020

Mario Igor Shimura (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ) Apresentação Oral em GT Identidades Ciganas no Brasil

Cleiton Machado Maia (UERJ) Apresentação Oral em GT “Ciganos”: nascidos, feitos e criados – reflexões sobre o campo com “ciganos” e a categoria “cigano” no Rio de Janeiro.

Izabelle Aline Donato Braz (UFRN), Mércia Rejane Batista Rangel Apresentação Oral em GT ENTRE O SILÊNCIO E O ENUNCIADO: questões sobre identidade e estigma entre ciganos em Campina Grande (PB)

Lucas Medeiros de Araújo Vale (UFPB) Apresentação Oral em GT Liberté: As representações das identidades ciganas no filme de Tony Gatlif

Erisvelton Sávio Silva de Melo (UFPE/UPE) Apresentação Oral em GT Cigano como sujeito de direito e identidade em contextos de luta política e convivência social

Sessão 3 - GT 020

Thiago Henriques Lopes (Universidade Federal de Juiz de Fora), Thiago Henriques Lopes Carlos Eduardo Santos Maia Pôster em GT Os Ciganos nas Minas Gerais: O Passado e o Presente em Movimento

Maraísa Lisboa de Souza (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia) Apresentação Oral em GT Atualização e manutenção da identidade étnica: etnografia sobre o processo de conversão religiosa de ciganos em Cruz das Almas/BA.

José Aclecio Dantas (UFPB) Apresentação Oral em GT Desenvolvimento capitalista, trabalho e ciganos: Uma correlação possível?

Barbara Thompson (Universidade Federal do Espírito Santo) Apresentação Oral em GT As faces da memória: Lembrar de uma falecida cigana é instrumento de re-modelação de fronteiras entre grupos religiosos. (Igreja Católica e religiosidade no cemitério)

Jamilly Rodrigues da Cunha (Universidade Federal de Pernambuco) Apresentação Oral em GT O empoderamento da mulher cigana: romper com a invisibilidade e o desafio da afirmação

GT 021. Coleções, Colecionadores e Práticas de Representação

Local: E103, CA.

Edmundo Marcelo Mendes Pereira (MN/UFRJ) (Coordenador) Manuel Ferreira Lima Filho (Universidade Federal de Goiás) (Coordenador)

Resumo: A geração e administração de 'coleções' organiza-se em práticas ligadas a múltiplos projetos: disciplinares, de desenvolvimento e autonomização de campos científicos e artísticos; de poder e governabilidade, de invenção e administração audiovisual da nação e do império. Neste quadro, vem se definindo um conjunto de preocupações etnográficas e analíticas focadas, em particular, nos atos de colecionamento, no entre-debate sobre a formação de arquivos (Museus, Bibliotecas, Herbários, Jardins zoológico e botânico); a organização distintiva das Ciências e das Artes; e a geração, recente, de contra-representações pelos grupos historicamente representados em regimes de subalternização. Estes investimentos, debruçados sobre economias simbólicas complexas, colocam em evidência a relação entre investigadores e interlocutores na objetificação da diversidade 'cultural' e 'natural' (de catálogos de plantas e acervos de herbários, até coleções de objetos, e coletâneas de poemas, canções e melodias) com auxílio de múltiplas tecnologias audiovisuais de mediação da observação e da experiência. Objetiva-se reunir pesquisadores de múltiplas áreas, formações e objetos, tomando como eixo de aproximação e exercício analítico-etnográfico o processo de produção-arquivo-edição de 'coleções' e o modo como pode ser revelador de redes e circuitos de transação e políticas de representação em publicações, exposições e fonogramas. Programação

Sessão 1 - GT 021

Rita de Cássia Melo Santos (Mast) Apresentação Oral em GT As coleções de Johann Natterer e da comissão austríaca no contexto do colecionismo da primeira metade do século XIX

Fernanda Silva Dias de Aquino (UFRJ) Apresentação Oral em GT Colecionismo, ciência e poder à luz dos documentos de Johann Natterer

Líliam Cristina Barros Cohen (Universidade Federal do Pará) Apresentação Oral em GT Caminhos da etnomusicologia e registros sonoros ameríndios no Brasil

Wagner Neves Diniz Chaves (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Apresentação Oral em GT Théo Brandão e os registros de música popular tradicional alagoana: produção, circulação e ressignificações de uma coleção fonográfica

Clovis Carvalho Britto (Universidade Federal de Sergipe) Apresentação Oral em GT A terceira margem da coleção: os objetos biográficos de Cora Coralina e de Maria Bonita em perspectiva

Patricia Reinheimer (UFRRJ) Apresentação Oral em GT Estratégias na constituição de uma coleção: da construção de si ao patrimônio nacional

Andréa Rizzotto Falcão (Comissão de Anistia) Apresentação Oral em GT Coleção de invisíveis

Sessão 2 - GT 021

Renata da Silva Montechiare Pires (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Apresentação Oral em GT Coleção Folch: arte e antropologia em disputa nos museus de Barcelona.

Iara Cecília Pimentel Rolim (Faculdade de Administração e Artes de Limeira) Apresentação Oral em GT Paul Rivet e Georges-Henri Rivière: arte a antropologia no Museu de Etnografia do Trocadero

Fernanda Heberle (UFRGS) Apresentação Oral em GT Associações entre religião, cultura e arte: considerações sobres as coleções de objetos religiosos do Museu Afro Brasil

Nara Neves Pires Galvão (UFPE) Apresentação Oral em GT Colecionismo como ato performático: um olhar sobre o acervo do Instituto Ricardo Brennand

Rosangela Marques de Britto (UFPA), Natália Andrielly Trindade Alfaia Sandra Regina Coelho da Rocha Dávison Cirilo Queiroz Miranda Apresentação Oral em GT Etnografando o “Palacete Montenegro” e suas coleções: Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPA) em Belém do Pará

José Rogério Lopes (UNISINOS) Apresentação Oral em GT Coleções e educação patrimonial: da formalidade à informalidade das experiências colecionistas contemporâneas

Dominique Bernard Schoni (LeMetro/IFCS-UFRJ), Soraya Silveira SIMÕES, Professora IPPUR-UFRJ Apresentação Oral em GT Entre museologia e pesquisa etnográfica: a fabricação compartilhada de uma coleção ao longo de um processo de concepção e de realização expográfica

Sessão 3 - GT 021

Gustavo de Oliveira Araújo (Museu Antropológico da UFG) Apresentação Oral em GT Museu Antropológico da UFG e o projeto integracionista da Nação: salvemos os objetos para os povos não se “perderem”

Ryanddre Sampaio de Souza (Universidade Federal de Mato Grosso) Apresentação Oral em GT Afetos possíveis: coleções, visibilidades e agências

Rafael Santana Gonçalves de Andrade (Universidade Federal de Goiás) Apresentação Oral em GT Práticas coloniais na formação de coleções etnográficas Karajá e as ressonâncias nas representações museais contemporâneas

Cecilia de Oliveira Ewbank (Universidade Federal de Santa Catarina), Maria Pierro Gripp Apresentação Oral em GT O oculto em movimento: ressignificando uma coleção etnográfica na reserva técnica

Nádia Philippsen Fürbringer (Universidade Federal de Santa Catarina) Apresentação Oral em GT Seguindo rastros de memória de uma coleção etnográfica: quando lembrar é festa e é dor.

Valeria Pérez Vega (Escola de Belas Artes-UFRJ) Apresentação Oral em GT Memória e esquecimento yanomami no arquivo fotográfico de

Marília Xavier Cury (Museu de Arqueologia e Etnologia da USP) Apresentação Oral em GT Museu, museografia e gestão de coleções indígenas: legislação e ética

Irana Bruna Calixto Lisboa (UFPA/PPGSA) Pôster em GT Coleção etnográfica dos Anambé : permanências e transformações

GT 022. Cultura Popular, Patrimônio e Performance

Local: B102, CA.

Julie Antoinette Cavignac (UFRN) (Coordenador) Patricia Silva Osorio (Universidade Federal de Mato Grosso) (Coordenador) Thais Fernanda Salves de Brito (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia) (Debatedor) Juliana Braz Dias (Universidade de Brasília) (Debatedor) Maria Isabel dantas (Instituto Federal do Rio Grande do Norte - IFRN) (Debatedor)

Resumo: Os estudos sobre cultura popular guardam longa tradição no âmbito das Ciências Sociais. A preocupação com a cultura popular teve participação ativa na formação da Antropologia no país seja no que toca à demarcação de fronteiras e constituição da disciplina; seja no desenvolvimento teórico, especificamente nas reflexões sobre pensamento social brasileiro, processos identitários, teorias da cultura e antropologia dos rituais. Atualmente as investigações ganham novo fôlego, abordando as mudanças de cenários e contextos nas manifestações da cultura popular a partir da discussão sobre processos de patrimonialização. Se a patrimonialização de formas expressivas e populares representa um mecanismo jurídico de salvaguarda, ela desencadeia uma série de desafios relativos aos modos como os bens culturais, agora patrimonializados, são vivenciados. Neste sentido a noção de performance parece ser promissora para pensarmos as relações entre formas expressivas populares e patrimônios. Assim, o GT pretende reunir pesquisas que reflitam sobre os processos de patrimonialização associados às culturas populares, privilegiando estudos sobre folguedos, rituais, danças, produções artesanais, saberes e sociabilidades. Trazendo para o debate performances e patrimônios, é também intenção deste GT provocar uma reflexão sobre os trânsitos e as tensões entre culturas populares, turismo, consumo, mídia e política.

Programação

Sessão 1 - GT 022

Vanessa Regina dos Santos (Universidade Federal de Sergipe) Apresentação Oral em GT Festa como performance e contradição : Negros e Índios , caboclos e escravos em conflito.

Luiz Gustavo Mendel Souza (Universidade Federal Fluminense) Apresentação Oral em GT AS CHEGADAS DOS PALHAÇOS: Ritual e Conflito dentro da Festa do Arremate na Folia de Reis

Amarildo Ferreira Júnior (NAEA/UFPA), Silvio Lima Figueiredo Rosa Elizabeth Acevedo Marín Apresentação Oral em GT ¡Ahí vienen los diablos! Sentidos e espaços de performance dos Diablos Danzantes de Corpus Christi em San Francisco de Yare ()

Eliene Nunes Macedo (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS), Drª. Izabela Maria Tamaso Apresentação Oral em GT DANÇA DOS CONGOS: memória, cultura popular, performance cultural e patrimônio imaterial

Luiz Henrique Rodrigues (UFES), Osvaldo Martins de Oliveira (Prof. Orientador) Apresentação Oral em GT JONGO: Distinção, religião, tradição e espetacularização na comunidade quilombola de Porto Grande no território do Sapê do Norte.

Kelly Regina Santos da Silva (IPPUR - UFRJ) Apresentação Oral em GT Jongo, performance e resistência: quando a roda gira e encontra a mercantilização

Leonardo Leal Esteves (Universidade Federal de Sergipe) Apresentação Oral em GT O maracatu de baque solto e o Estado: desafios para a salvaguarda de um “brinquedo pesado”

Ana Luísa Pereira da Silva (Universidade Federal de Minas Gerais), Juliano Canedo Antunes Pôster em GT IÊ viva a todos os mestres - A capoeira Angola e a importância do mestre popular

Sessão 2 - GT 022

Cicera Tayane Soares da Silva (Universidade Federal da Paraíba) Apresentação Oral em GT Para além do rito: dimensões do patrimônio cultural imaterial na festa do pau de Santo Antônio em Barbalha-ce.

Danielly Amorim de Q. Jales (UFPE) Apresentação Oral em GT Samba de coco de Arcoverde – mudança de estrutura ou de posições?

Thiago Silva de Castro (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) Apresentação Oral em GT A quadrilha junina em um contexto de profissionalização: um estudo sobre a cultura quadrilheira em Sobral/CE

Francisco Janio Filgueira Aires (Universidade Potiguar), Luiz Carvalho de Assunção Apresentação Oral em GT “Sob a Luz da Tradição e do Negócio”: Vaqueiros e Patrões nas Vaquejadas Contemporâneas no Rio Grande do Norte-RN. Antonio Vagner Ribeiro Lima (Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí) Apresentação Oral em GT "Santos Reis mandou dizer pra você me pagar": estudo antropológico e as relações de "pagamento" no reisado.

Michael Medeiros Marques (Secretária de Educação do Estado do Ceará), Luís Carvalho de Assunção (DAN/UFRN) Apresentação Oral em GT Perspectivas de consumo da imagem do padre Cícero

Nathália Caroline Dias (Universidade Federal de Juiz de Fora) Apresentação Oral em GT Entre a produção e a “tradição”: discursos e representações sociais em torno do consumo da cachaça de Paraty – RJ

Emilia Guimarães Mota (Universidade Federal de Goiás) Pôster em GT Da praia do Paiva (PE) para São Jorge (GO): o passeio da boneca procurando sua festa

Sessão 3 - GT 022

Átila Bezerra Tolentino (IPHAN) Apresentação Oral em GT Espaços que suscitam sonhos: narrativas de memórias e identidades no Museu Comunitário Vivo Olho do Tempo

Lorena Alves Mendes (Empresa Damog Eventos), Vitor Gonçalves Apresentação Oral em GT "Nós Queremos": o processo de patrimonialização do carimbó paraense

Marina Bay Frydberg (Universidade Federal Fluminense) Apresentação Oral em GT “Mas é carnaval”: Os processos de (re)tradicionalização no carnaval dos blocos de rua no Rio de Janeiro e as ações de patrimonialização da festa

Maria das Graças Cavalcanti Pereira (UFRN), Maria das Graças Cavalcanti Pereira – PGCS-UFRN; Luiz Assunção – DAN-UFRN. Apresentação Oral em GT Patrimônio e tradição: uma avaliação da implementação da Lei do RPV – Registro do Patrimônio Vivo do RN Adimilson Renato da Silva (Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS) Apresentação Oral em GT Ofício de Paneleiras de Goiabieras Velha-Vitória(ES): a gestão da cultura na/com a prática

Rodrigo Gomes Wanderley (mestrando) Apresentação Oral em GT Quando a cultural popular se transforma em "crime": o caso da Guerra de Espadas.

Carla Melo de vasconcelos (Universidade Federal do Pará), Renilda do Rosário Moreira Rodrigues Bastos Flávio Leonel Abreu da Silveira Apresentação Oral em GT Narrativas Locais em Fontes Orais: o lugar da memória no imaginário da paisagem da Ilha de Cotijuba (PA)

Edna Silva de Abreu (Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural), Douglas Mansur da Silva Pôster em GT Políticas de higiene e as controvérsias em torno do saber fazer e da produção do queijo minas artesanal do Serro

GT 023. Diálogos no campo da Antropologia da Alimentação: Comensalidade, Ética e Diversidade

Local: E104, CA.

Gilza Sandre-Pereira (Universidade Federal do Rio de Janeiro) (Coordenador) Ligia Amparo da Silva Santos (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) (Coordenador)

Sessão 1

Maria Eunice de Souza Maciel (UFRGS) (Debatedor)

Sessão 2

Mônica Chaves Abdala (Universidade Federal de Uberlândia) (Debatedor)

Sessão 3 Carmen Silvia Rial (UFSC) (Debatedor)

Resumo: A Antropologia da Alimentação é uma área que vem se tornando um lócus de interlocução entre os campos das Ciências Humanas e Sociais e as Ciências da Saúde, em particular a Nutrição. Desde 1996 a RBA tem acolhido um debate fértil entre antropólogos, sociólogos, historiadores e nutricionistas, nos GTs nesta temática. No contexto contemporâneo, a comensalidade constitui-se num foco instigante de análise, diante de um amplo leque de questões associadas à normatividade discursiva da Nutrição, que se fundamenta nas concepções de risco à saúde. Neste contexto, o hiperindividualismo contemporâneo lança o indivíduo num emaranhado de escolhas diárias, definindo formas de comer diversas, com base em aspectos que vão desde as preocupações com a saúde e em particular com a obesidade, à adoção de determinados estilos de vida que têm no comer uma de suas bases de sustentação. Ligam-se, assim, discursos sobre o saudável com preocupações éticas relativas ao sistema produtivo alimentar, tornando relevantes questões sobre procedência e modo de produção dos alimentos. Em contrapartida, a gastronomia ganha visibilidade própria, recolocando a ideia de prazer e sociabilidade através da alimentação. Novamente a comensalidade é central num debate que envolve as tradições e memórias e a identidade cultural. Todas estas questões não apenas despertam o interesse antropológico, mas apontam para a necessidade fundamental de se estabelecer um diálogo permanente com diferentes campos do saber.

Programação

Sessão 1 - GT 023

Miguel de Nazaré Brito Picanço (SEMEC) Apresentação Oral em GT NA ROÇA, NA MESA, NA VIDA: uma viagem sobre as rotas da mandioca ao fazer-se beiju em Araí

Isabela Maria Pereira Barbosa (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) Apresentação Oral em GT COMIDA, COMENSALIDADE E INDENTIDADE QUILOMBOLA: Uma etnografia no restaurante Baobá Raízes e Tradições, Parque Memorial Quilombo dos Palmares-AL.

Nadja Maria Gomes Murta (Universidade Federal dos vales do Jequitinhonha e Mucuri/UFVJM), Herton Helder Rocha Pires João Victor Leite Dias Apresentação Oral em GT “O boi rende festa”– a carne de boi em uma festa religiosa católica na comunidade quilombola de Quartel do Indaiá, Vale do Jequitinhonha/MG.

Cristiana Marinho Maymone (USP), Valéria Mendonça de Macedo Fernanda Baeza Scagliusi Pôster em GT Práticas de conhecimentos sobre alimentação e comensalidade em uma aldeia guarani em São Paulo

Caio Capella Ribeiro Santos (Universidade de Brasília) Apresentação Oral em GT Veganismo: A dieta da revolução

Virgínia Campos Machado (UFBA), Nadja Maria Gomes Murta Maria Helena Villas Boas Concone Apresentação Oral em GT O uso de alimentos regionais nas práticas alimentares de uma comunidade remanescente de quilombo do Alto Vale do Jequitinhonha/Minas Gerais

Mártin César Tempass (Universidade Federal de Rio Grande) Apresentação Oral em GT O sal de uns vai do doce de outros: sobre as metáforas alimentares dos Mbyá-Guarani na elaboração do discurso sobre as suas especificidades culturais em contraste com as dos “outros”

Vanessa Moreira dos Santos (Instituto IDJ) Apresentação Oral em GT A dieta lactovegetarina dos Hare Krishna: estilo de vida e adaptações normativas alimentares

Sessão 2 - GT 023

Evander Eloi Krone (UFPE), Josefa Salete Barbosa Cavalcanti Apresentação Oral em GT Percepções sobre risco e confiança na produção e consumo de alimentos entre agricultores familiares e trabalhadores rurais da fruticultura irrigada do Vale do São Francisco

Maria Cecilia Barreto Amorim Pilla (PUCPR), Isabel M. R. Mendes Drumond Braga Apresentação Oral em GT Patrimônio alimentar e espaços do feminino: conselhos de Rosa Maria em A Arte de Comer Bem (1930-1960) Ana Claudia Venegeroles de Sá Teles (UFBA) Apresentação Oral em GT A comida na diáspora: o caso da comida chinesa em Salvador, Bahia

Juliana Lucinda Venturelli (UNIRIO), Juliana Lucinda Venturelli Phellipe Marcel da Silva Esteves Apresentação Oral em GT Na estrada e nas enciclopédias, um encontro: (discurso sobre) a tradição alimentar numa região de Minas Gerais

Carla Pires Vieira da Rocha (Universidade Federal de Santa Catarina), Carmen Silvia Rial Apresentação Oral em GT “Comer bem é comer saudável”: Práticas alimentares de imigrantes transnacionais em Amsterdam

Maria de Fátima Farias de Lima (Universidade Federal do Ceará), Antônio Cristian Saraiva Paiva Apresentação Oral em GT O cru e o pasteurizado: incorporação alimentar e representações da desordem na produção queijeira de Jaguaribe-CE

Marilda Rosa Galvão Checcucci Gonçalves da Silva (Universidade Regional de Blumenau) Apresentação Oral em GT Território e tradição: o Kochkãse como Patrimônio Cultural Imaterial do Vale do Itajaí

Clarissa Torres de Aguiar (UFMG), Arthur Henrique Almeida Elvison Moura Pôster em GT Comendo Como Gente, Práticas de conhecimento indígena sobre alimentação e Comensalidade". Um encontro de Antropologia e Educação.

Sessão 3 - GT 023

Euripedes dos Santos Filho (SECRETARIA DA SAÚDE DE GOIÁS), Drª Janine Helfst Collaço Pôster em GT Reeducação Alimentar: busca e possibilidades

Helisa Canfield de Castro (UFRGS), Helisa Canfield de Castro Maria Eunice Maciel Apresentação Oral em GT Entre laços, afetos e subjetividades: comensalidade em uma Cozinha Marta Francisca Topel (USP) Apresentação Oral em GT A procura microscópica por Deus. A kashrut: um indicador delicioso para a análise do crescimento exponencial da ortopraxis no judaísmo ortodoxo contemporâneo

Antônio Augusto Oliveira Gonçalves (UFMG), Mônica Chaves Abdala - UFU Apresentação Oral em GT Comércio informal de alimentos nas ruas: memórias e práticas recentes

Luiza Guimarães Cavalcanti Spinassé (UFBA), Lígia Amparo da Silva Santos Apresentação Oral em GT Acepções sobre alimentação saudável em uma feira-livre

Igor Costa Pereira de Souza (FFLCH/USP) Apresentação Oral em GT Gordinhas do século XXI: sociabilidade e erotismo entre gordinhas e seus admiradores na cidade de São Paulo

Rodrigo Araújo Maciel (UFRPE) Apresentação Oral em GT Ciência à mesa: propostas de endereçamentos do saber gastronômico a partir dos conceitos da gastronomia molecular

Fabiana Bom Kraemer (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), Nathália César Nunes Shirley Donizete Prado Apresentação Oral em GT Comer no trabalho: escolhas saudáveis, sociabilidade ou prazer?

GT 024. Dinâmicas sociais, poder e transformação na África Contemporânea

Local: B103, CA.

Luena Nascimento Nunes Pereira (UFRRJ) (Coordenador) Melvina Afra Mendes de Araújo (Universidade Federal de São Paulo) (Coordenador)

Resumo: Temos assistido a emergência e consolidação dos estudos africanos no Brasil, expressa em vários GTs sobre este tema aprovados em congressos de Ciências Sociais, Antropologia e História, pela criação grupos de pesquisa, associações, seminários e publicações. Este GT busca agregar trabalhos que tenham como foco discussões referentes à temáticas africanas, dentre as quais as relativas aos estudos sobre o poder e as instituições relacionadas à sua criação e manutenção; sobre a articulação entre diferentes formas de poder "tradicional" e Estado colonial e/ou pós- colonial; a cooperação internacional, migrações e deslocamentos de pessoas, objetos e narrativas; processos de produção identitária; conflitos em torno de concepções de direito e cidadania. O GT tem como objetivo adensar os diálogos entre pesquisadores produzir novas leituras e reflexões teóricas realizadas no Brasil sobre o continente africano. Encorajamos a apresentação de trabalhos de viés interdisciplinar, especialmente entre a antropologia e a história bem como trabalhos que apontem para a dimensão simbólica do poder em processos de mudança.

Programação

Sessão 1 - GT 024

Francisco Paolo Vieira Miguel (PPGAS/DAN/UnB) Apresentação Oral em GT O dilema da identidade nacional na experiência dos gays sampadjudus

Segone Ndangalila Cossa (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL) Apresentação Oral em GT Corpos coletivos, receptáculos da vida e a recusa da morte – Um outro paradigma de corporalidade baseado na domesticação da ubiquidade dos corpos femininos em Moçambique

Valdemir Zamparoni (CEAO - UFBA) Apresentação Oral em GT Colonialismo e biopoder: a medicina e o corpo colonizado em Angola e Moçambique

Madalina Florescu (CEBRAP) Apresentação Oral em GT A imagem de um entrelaçamento de historias

Diego Ferreira Marques (Universidade Federal da Bahia) Apresentação Oral em GT Terras como corpos (ou Dos meninos chineses da "Baixa")

Marina Pereira de Almeida Mello (UNILAB - UNIVERSIDADE INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA) Apresentação Oral em GT Trâmites epistemológicos dos afetos e desafetos nas tramas das intersubjetividades: Algumas considerações sobre gênero, corpo, poder e processos de estigmatização nas interações entre mulheres brasileiras e africanas na UNILAB (CE).

Miriam Steffen Vieira (Unisinos) Apresentação Oral em GT Pedagogias do gênero e políticas públicas em Cabo Verde

Icaro Santos Amancio (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-b) Pôster em GT Sexualidades dissidentes e Práticas Cotidianas em Santiago, Cabo Verde-AFR: um primeiro mapeamento teórico e etnográfico

Sessão 2 - GT 024

Camila Alves Machado Sampaio (UFMA) Apresentação Oral em GT A “Reconstrução Nacional” de Angola nos rumos de projetos para a habitação e uso da cidade de Luanda

Paulo Ricardo Muller (Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Erechim) Apresentação Oral em GT O “trabalho da tradição”: cultura e política em Cabinda contemporânea

Mario Teixeira de Sá Junior (UFGD), GRAZIELE ACÇOLINI Apresentação Oral em GT A AMETRAMO EM MOÇAMBIQUE: Entre tradição e modernidade

Aline Beatriz Miranda da Silva (Universidade Federal de Minas Gerais) Pôster em GT O processo da viuvez para a mulher: uma experiência em Moçambique

Luiz Henrique Passador (UNIFESP) Apresentação Oral em GT As dinâmicas locais da guerra civil e o papel das estruturas tradicionais no distrito de Homoíne, província de Inhambane, Sul de Moçambique

Albino Jose Eusebio (Universidade Federal do Para), Sonia Barbosa Magalhães Apresentação Oral em GT Instabilidade politico-militar em Moçambique e a vida cotidiana

Livia Reis Santos (UERJ) Apresentação Oral em GT Entre festas e quereres: a construção de uma “moçambicanidade” mediada pela Igreja Universal

Josué Tomasini Castro (Unicamp) Apresentação Oral em GT Mamdani e os chefes: podemos entender os estados africanos sem eles?

Sessão 3 - GT 024

Lia Dias Laranjeira (USP) Apresentação Oral em GT “Eu vou experimentar, não vou me render”: identidade makonde na produção artística híbrida de Agostinho Ndalinga (Moçambique)

Gilson José Rodrigues Junior (UFPE) Apresentação Oral em GT Humanitarismo e ação seletiva: a invenção de um Nordeste e uma África vulneráveis a partir da atuação dos "braços sociais" do Caminho da Graça

Natalia Velloso Santos (UFRJ) Apresentação Oral em GT Algumas impressões sobre carnaval e política em Cabo Verde

Iracema Hilário Dulley (Cebrap) Apresentação Oral em GT Nomear os outros: iteração e infelicidade em Angola colonial

Daniele Ellery Mourão (UNILAB) Apresentação Oral em GT Entre Palmares e Liberdade: reconfigurações identitárias de estudantes africanos na UNILAB.

Sabrina Soares D'Almeida (Doutoranda/USP) Apresentação Oral em GT África mítica: uma etnografia dos processos de produção de um continente imaginário

Cristiano Sobroza Monteiro (Unicamp) Apresentação Oral em GT Africanos ao Sul do Brasil: deslocamentos e redes de sociais de mobilidade entre ganeses e senegaleses em Caxias do Sul-RS. Santa Julia da Silva (UNICAMP) Pôster em GT Atualizando conversas antropológicas: A questão da tradição do Bailundo

Daniel Mendonça Lage da Cruz (UNB) Apresentação Oral em GT Festa na Favela: Concepções de Cidadania (Freedom) em Mamelodi, Pretoria.

GT 025. “Direitos Humanos”: moralidades, políticas e disputas

Local: F108, CA.

Lucia Eilbaum (UFF) (Coordenador) Patrice Schuch (UFRGS) (Coordenador)

Resumo: O GT busca analisar e debater, a partir de trabalhos etnográficos, práticas, sentidos e valores associados à noção de direitos humanos e expressos em lutas por justiça, processos de violação e/ou demandas por direitos e reconhecimento. Consideramos bem-vindos trabalhos que analisem as dimensões moral, burocrática e política envolvidas em tais processos e seus efeitos na produção de subjetividades e práticas de intervenção. Resultam inspiradoras questões como: a) como se constroem práticas e moralidades específicas em torno da categoria de “direitos humanos”? b) de que forma são criados, manipulados, incorporados, evitados e/ou subvertidos os procedimentos burocráticos e tecnologias de governo que envolvem os “direitos humanos” como linguagem de mobilização e intervenção? c) quais são as formas de construir e legitimar movimentos sociais e processos políticos de demanda, reconhecimento e/ou confronto de direitos, a partir dessa linguagem? Entendendo a categoria de “direitos humanos” como uma noção polissêmica, com sentidos mutáveis e não homogêneos, propomos recepcionar trabalhos que discutam dispositivos administrativos, jurídicos e organizacionais acionados em diversos campos da esfera pública (judiciário; estatal; religioso; filantrópico; social etc.); processos de regulação das relações familiares, de vizinhança, de gênero e sexualidade; lutas e demandas em torno do desrespeito de direitos de grupos sociais como migrantes, jovens, crianças, grupos étnicos, entre outros.

Programação

Sessão 1 - GT 025 Magda Luiza Mascarello (IFPR) Apresentação Oral em GT OS EMBARAÇOS DA FORMALIZAÇÃO. Enlaces entre práticas políticas de catadores de materiais recicláveis e tecnologias de governo no contexto da Política Nacional de Resíduos Sólidos

Danielli Vieira (Instituto Federal de Santa Catarina), Danielli Vieira Fernanda Cardozo Apresentação Oral em GT "Vítimas ou vilões: moralidades, subjetivação e Estado na gestão de crianças e jovens a partir de duas etnografias

Débora Allebrandt (Universidade Federal de Alagoas), Maria Raniele dos Santos - UFAL Apresentação Oral em GT “Eu não sabia que elas sofriam tanto”: Ética, emoção e moralidades na promoção dos direitos da criança em Delegacia Especializada em Crimes Contra a Criança e o Adolescente na cidade de Maceió – AL

Marcus André de Souza Cardoso da Silva (INCT/InEAC) Apresentação Oral em GT "Os Amarildos da Vida": moralidades e concepções de direitos a partir da perspectiva dos moradores de uma favela carioca

Flavia Medeiros Santos (PPGA/UFF) Apresentação Oral em GT “De criminosa a vítima”: aborto, polícia e direitos humanos na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Izabel Saenger Nunez (Estudante) Apresentação Oral em GT “Eu não entro em 'bola dividida'”:os acordos e as convergências morais nos julgamentos realizados no Tribunal do Júri.

Vivianne de Sousa (UFPB) Pôster em GT Direitos Humanos e Políticas Publicas: Uma Análise a partir dos Quilombos da Paraíba

Helma Janielle Souza de Oliveira (UFPB/PPGS) Apresentação Oral em GT Feminicídio, critérios de justiça e competências dos atores sociais: análise de julgamento em Tribunal do Júri de João Pessoa Sessão 2 - GT 025

Lucas de Magalhães Freire (Museu Nacional / Universidade Federal do Rio de Janeiro) Apresentação Oral em GT Um lugar para a diversidade: moralidade e engajamento em um núcleo da Defensoria Pública do Rio de Janeiro

Marco Julián Martínez Moreno (Universidade de Brasília) Apresentação Oral em GT "A violência não tem gênero": desencontros morais e definições éticas na judiciarização de homens autores de violência contra a mulher no Rio de Janeiro

Regina Celi Martins Pereira (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS) Apresentação Oral em GT DAS BONECAS AO ATO INFRACIONAL: uma análise Antropológica das Práticas de Justiças que constroem o perfil de atos infracionais que são consideradas merecedoras de Medida Socioeducativa de Internação em Alagoas.

Helena Patini Lancellotti (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Apresentação Oral em GT O serviço Ação Rua e o governo das famílias

Barbara Santana de Souza (Universidade Federal da Bahia) Pôster em GT A participação de candidatas trans* nas Eleições 2014

Alessandra de Andrade Rinaldi (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), Thainá Rosalino de Freitas Letícia Mara Sales Apresentação Oral em GT A produção da maternidade: laços desfeitos e vínculos construídos

Cláudia Franco Corrêa (Universidade Veiga de Almeida), Bárbara Gomes Lupetti Baptista Doutora em Direito pela Universidade Gama Filho Professora do PPGD da Universidade Veiga de Almeida Apresentação Oral em GT Novas famílias, o Direito e o sistema de identificação de pessoas no Brasil: de novo, o problema da igualdade.

Horacio Federico Sívori (UERJ), Marcos Castro Carvalho Apresentação Oral em GT Contra o gênero: religião, sexualidade e violência Sessão 3 - GT 025

Henrique Romanó Rocha (Graduando) Pôster em GT “Agora fazemos assim”: o projeto Mobile Courts e o processo de transposição da modernidade no Timor-Leste contemporâneo.

Fábio Reis Mota (UFF) Apresentação Oral em GT Ser humano pra quem ? Novas moralidades nas disputas e demandas de direitos no Brasil e na França

Michelle Lima Domingues (Universidade Federal Fluminense) Apresentação Oral em GT Direito à moradia: Organização e mobilização comunitária de famílias trabalhadoras.

Renata Moreira Fontoura (UFF) Apresentação Oral em GT O processo de criação de uma “gramática glocal de Direitos Humanos”, a partir da luta contra o assédio sexual no Cairo, Egito.

Fabricio dos Santos Barretti (UFSCar) Apresentação Oral em GT Removidos, movimento social e Estado: relações acerca da luta política no pós-Pinheirinho

Patricia Kunrath Silva (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Apresentação Oral em GT Do silenciamento dos direitos às vozes das dádivas: as demandas sociais no contexto do capitalismo filantrópico

Marta Fernández y Patallo (INCT-INEAC/UFF) Apresentação Oral em GT A demanda por "Direitos Humanos" dos migrantes e os "direitos humanos" na política migratória argentina

Priscilla Braga Beltrame (UFPE), Lady Selma Ferreira Albernaz Apresentação Oral em GT Aborto legal é um direito humano? A controvérsia entre os grupos sociais pró-vidas e feministas GT 026. Emoções, Política e Trabalho no Mundo Contemporâneo

Local: E105, CA.

Maria Claudia Pereira Coelho (UERJ) (Coordenador) Susana Soares Branco Durão (Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP) (Coordenador)

Sessão 1

Jane Araújo Russo (IMS/ Universidade do Estado do Rio de Janeiro) (Debatedor)

Sessão 3

Maria Antónia Pedroso de Lima (CRIA / ISCTE-IUL) (Debatedor)

Resumo: A antropologia das emoções vem se consolidando como área autônoma no Brasil há cerca de vinte anos. Ao longo deste percurso, é possível reconhecer já alguns eixos temáticos nítidos, com a formulação de objetos de pesquisa relacionados à política, à cidadania e à violência, mas também às experiências do trabalho e das relações institucionais. Este Grupo de Trabalho busca explorar as seguintes questões: a – as articulações entre emoção, cognição e interesse na motivação para a ação social; b – a dimensão moral da vida emocional; e c - o trabalho político das emoções na vida política, profissional e institucional. Com estas questões de fundo em mente, as principais temáticas contempladas são: a – emoções e sociabilidades urbanas marcadas por situações de violência e risco; b – emoções e formas de motivação e engajamento na ação política; c – emoções e discursos/práticas profissionais e institucionais; e d – modelos teóricos para a análise da relação entre emoção e moral.

Programação

Sessão 1 - GT 026

Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer (USP) Apresentação Oral em GT Guardas Universitários(as) da USP e uma antropóloga em meio a eles(as), à reitoria e à comunidade: emoções, discursos e práticas profissionais e institucionais Natália Maximo e Melo (UFSCar) Apresentação Oral em GT EMOÇÕES SILENCIADAS: respeito e conflito entre moradores de rua e agentes estatais

Maíra Mascarenhas Pereira (UFRJ) Apresentação Oral em GT A moralidade e a produção de desigualdade em uma escola pública do Rio de Janeiro

Roberta de Carvalho Corôa (PPGSA/UFRJ) Apresentação Oral em GT O trabalho no Sistema Único de Saúde: qualificação e emoções

Marcela Marques Serrano (CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA (CEFET-RJ)/ PPCIS- UERJ) Apresentação Oral em GT O drama pedevista. Sofrimento e resistência entre ex-servidores públicos no Brasil.

Murilo Rodrigues Guimarães (Instituto de Ciências Sociais - Univ. de Lisboa) Apresentação Oral em GT O que significa ser uma pessoa "de esquerda" num lugar "de esquerda": emoções, identidades e memórias em torno da Revolução de Abril de 74

Claudia Kathyuscia Bispo de Jesus (UFS) Pôster em GT “Culpa e Depressão”: as emoções na feminização no mundo do trabalho.

Sessão 2 - GT 026

Leonardo Alves dos Santos (Universidade de Brasília) Apresentação Oral em GT A influência das emoções no trabalho das agentes penitenciárias do Complexo Penal Dr. João Chaves em Natal/RN

Janaína Dantas Germano Gomes (Centro Acadêmico Xi de Agosto) Apresentação Oral em GT "Aqui a gente é como uma família": Performances, emoções e justiça em cartórios judiciais da cidade de São Paulo Fabio de Medina da Silva Gomes (UFF) Apresentação Oral em GT A "intimidade que faz mal": o trabalho doméstico, emoções e direitos.

Daniel Seabra Lopes (CSG/SOCIUS e ISEG) Apresentação Oral em GT Entre a sala de audiências e o balcão de atendimento: As faces da emoção no funcionamento quotidiano da justiça

Marília Loschi de Melo (UERJ/IBGE) Apresentação Oral em GT Sentir na sentença - um estudo sobre emoções e decisões judiciais

Andresa Karla Silva Carvalho (UFRN), Carlos Guilherme Octaviano do Valle Apresentação Oral em GT O USO DAS EMOÇÕES NA DEFINIÇÃO DE UMA POLÍTICA PÚBLICA: um jogo de vitimização, moralidades e dignidade em relação ao trabalho dos carroceiros em Natal/RN

Rosana Dayara de Alcantara Alves (Universidade Federal do Ceará), Cesar Barreia Pôster em GT Desconsideração, ira e amizade. Relações e emoções em situação de conflito no Cariri cearense.

Sessão 3 - GT 026

Lorena Avellar de Muniagurria (PPGAS/USP) Apresentação Oral em GT Disputas na construção de uma política nacional de cultura: emoções, rumores, piadas e política

Bernardo Fonseca Machado (Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas) Apresentação Oral em GT Emoções na disputa política – a arena pública atravessada por "amor"

João Freire Filho (UFRJ) Apresentação Oral em GT O Julgamento da “Prostituta Feliz”: Uma Análise da Repercussão da Campanha “Sem Vergonha de Usar Camisinha” (2013) do Ministério da Saúde

Adriana María Villalón (IFCH UNICAMP), ADRIANA MARIA VILLALÓN Apresentação Oral em GT De emociones y arrepentimientos: rectificando prácticas políticas y vitales en el actual escenario de convivencia en el País Vasco

Túlio Gava Monteiro (Universidade Vila Velha) Apresentação Oral em GT Uma rua, vários problemas e um caso de injustiça ambiental: das sensações e emoções a uma vida sem publicização.

Raquel Brum Fernandes da Silveira (Universidade Federal Fluminense) Apresentação Oral em GT Sobre emoções, vínculos e "projetos". Uma análise sobre o papel das emoções no desenvolvimento dos "projetos sociais" para a juventude nas favelas do Andaraí/Grajaú.

Rafaella Campos Delgado (Universidade Federal do Maranhão) Pôster em GT Construindo emoções: sobre os possiveis envolvimentos dos voluntarios que trabalham com crianças portadoras de câncer

GT 027. Ensinar e Aprender Antropologia

Local: E107, CA.

Amurabi Pereira de Oliveira (Universidade Federal de Santa Catarina) (Coordenador) Rodrigo Pereira da Rocha Rosistolato (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO) (Coordenador)

Sessão 1

Ana Pires do Prado (Universidade federal do rio de janeiro) (Debatedor)

Sessão 2

Miriam Pillar Grossi (Universidade Federal de Santa Catarina) (Debatedor)

Sessão 3

Bernadete de Lourdes Ramos Beserra (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ) (Debatedor) Resumo: É notório que nos últimos anos a Antropologia tem expandido sua presença junto às mais diversas formações universitárias e não universitárias, bem como, tem havido no Brasil um incremento na formação de antropólogos em nível de pós-graduação e de graduação, sem que com isso tenha havido um debate profundo em torno do seu ensino, bem como das particularidades do aprendizado de ser antropólogo, em termos da aquisição teórica-metodológica. O processo formativo em antropologia passa, necessariamente, pelas relações entre ensino e aprendizagem, de modo que a discussão em torno de sua aquisição mostra-se fundamental para a própria compreensão dos rumos da Antropologia como ciência na atual conjuntura. O presente Grupo de Trabalho visa discutir estas questões, com foco na formação de antropólogos e de “não antropólogos”, discutindo as diversas inserções da ciência antropológica em vários espaços formativos. Buscamos realizar uma reflexão em torno do lugar do ensino/aprendizagem da antropologia, bem como dos desafios postos a sua realização, e das fundamentações teóricas, epistemológicas e práticas que subjazem seu ensino, voltando para a formação de antropólogos (em nível de graduação e pós-graduação), cientistas sociais, profissionais da saúde, professores etc. Também buscamos compreender o ensino/aprendizagem da Antropologia na educação básica. Este GT se baseia numa ampla interface entre a antropologia e ensino, visando abarcar os mais diversos trabalhos produzidos neste cenário.

Programação

Sessão 1 - GT 027

Barbara de Souza Fontes (Colégio Pedro II) Apresentação Oral em GT A Antropologia na Educação Básica: uma análise dos manuais didáticos

Alef de Oliveira Lima (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Apresentação Oral em GT O relato etnográfico: contributos antropológicos na Educação Básica

David Gonçalves Soares (UERJ) Apresentação Oral em GT A pesquisa como ferramenta de ensino em sociologia

Elcimar Dantas Pereira (Departamento de Ciências Sociais e Política da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte), Prof.ª Dr.ª Eliane Anselmo da Silva (DCSP/UERN) Apresentação Oral em GT Fazer antropológico e prática docente: relatos de experiências no PARFOR/CAMEAM/UERN.

Anderson Xavier Tibau Gonçalves (Universidade Federal Fluminense), Tania Dauster Apresentação Oral em GT Antropologia e educação: interdisciplinaridade, ensino, pesquisa e trabalho de campo

Valéria Cristina de Paula Martins (Universidade Federal de Uberlândia (UFU)) Apresentação Oral em GT Oficinas de antropologia para crianças: notas sobre uma experiência

Fran Demétrio (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB) Apresentação Oral em GT Integrando tecidos biológico e simbólico na construção do corpo: experiência metodológica de abordagem antropobiológica na graduação em Bacharelado Interdisciplinar em Saúde

Beatriz Demboski Búrigo (UFSC), Beatriz Demboski Búrigo Felipe Boin Boutin Pôster em GT FAZER ETNOGRÁFICO: uma experiencia no processo de ensino e aprendizagem das práticas antropológicas em espaços formativos

Sessão 2 - GT 027

Fátima Ivone de Oliveira Ferreira (COLEGIO PEDRO II), Rogerio Mendes de lima Apresentação Oral em GT A contribuição da Antropologia para o debate de gênero e raça em uma escola básica do Rio de Janeiro.

Anaxsuell Fernando da Silva (Universidade Federal da Integração Latino- Americana) Apresentação Oral em GT O lugar da Antropologia nos cursos de Saúde Coletiva: uma experiência de ensino e aprendizagem a partir da Unila

Maria Luiza Rodrigues Souza (53601427) Apresentação Oral em GT Ver e pensar a diferença: experiências de ensino em antropologia com ações artísticas. Andréa Bayerl Mongim (UFES) Apresentação Oral em GT Considerações sobre o uso das categorias Diversidades e Desigualdades por professores de Antropologia

Luiz Alberto Alves Couceiro (Universidade Federal do Maranhão) Apresentação Oral em GT Processo de construção coletiva de pesquisas em Sociologia & Antropologia da Educação no PROFEBPAR: educação formal e narrativas de sofrimento e violência como experiência escolar em Codó, Maranhão

Isayanne Francisca Carneiro Cavalcante Martins (Universidade Federal do Ceará), Bernadete de Lourdes Ramos Beserra Apresentação Oral em GT Construindo uma didática antropológica: Os desafios do uso da antropologia no processo de formação docente

Gicele Sucupira Fernandes (UNIR) Apresentação Oral em GT Estranhando a antropologia: as aulas de introdução à antropologia para estudantes indígenas em Rondônia.

Wdson Lyncon Correia de Oliveira (Universidade de Brasília), Rodolfo Celliert Ogliari Pôster em GT Por mais antropologias no ensino brasileiro

Sessão 3 - GT 027

Carlos Kleber Saraiva de Sousa (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ), Valdênia M.L.L. Saraiva Apresentação Oral em GT PITAKAJÁ: ensino de antropologia, saberes tradicionais e práticas culturais.

Amanda Fonseca Soares Freitas (Universidade Federal de Minas Gerais), Sandra Pereira Tosta Apresentação Oral em GT FAZENDO ETNOGRAFIA EM UMA ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL: experiências construídas e compartilhadas nos encontros com as crianças

Guillermo Vega Sanabria (Depto. de Ciências Sociais/Universidade Federal de Viçosa) Apresentação Oral em GT Ensino de antropologia, qualidade da formação e “mercado de trabalho” em tempos de expansão do ensino superior

Lídia Marcelle Arnaud Aires (Universidade Tiradentes) Apresentação Oral em GT Antropologia online: uma experiência de ensino na realidade virtual

Pedro Rosas Magrini (UFSC), Miriam Pillar Grossi Apresentação Oral em GT Aprendizados em cenas: o cotidiano escolar de uma especialização em Gênero e Diversidade na Escola em Santa Catarina.

Mauro Meirelles (Unisinos), Daniel Gustavo Mocelin Leandro Raizer Apresentação Oral em GT O ensino de Sociologia e Antropologia na Educação Básica: ou sobre o culto moderno dos deuses e fetiches da academia

Claudia Regina Dos Anjos (PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE E UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS), Lucia Gouvêa Pimentel Luiz Eduardo R. de A. Souza Apresentação Oral em GT O “Corre”: Etnografia da Reunião Geral do Espaço Comum Luiz Estrela

Evillys Martins de Figueiredo (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) Pôster em GT O diálogo da Sociologia com a lei 10.639/03 no ensino básico

GT 028. Entre seres intangíveis e pessoas: experiência e história

Local: F101, CA.

Emilia Pietrafesa de Godoi (UNICAMP) (Coordenador) Marcelo Moura Mello (Universidade Federal da Bahia) (Coordenador) Maria Rosário Gonçalves de Carvalho (Universidade Federal da Bahia) (Debatedor)

Resumo: Longe de estarem confinados a cosmologias, sistemas de ideias, representações e planos de existência cerrados, espíritos, ancestrais, encantados, divindades estão imersos no mundano e no cotidiano dos humanos. Se, de um lado, suas características e seus atributos permitem antever os desdobramentos de suas ações, de outro suas capacidades e potências são tão inesperadas quanto transgressivas, na medida em que seus atos e os efeitos de suas presenças atravessam fronteiras entre o ritual e o cotidiano, o sagrado e o mundano, o passado e o presente, o privado e o público, o real e o imaginário. Partimos do entendimento de que seres intangíveis estão continuamente em movimento no tempo e no espaço, traçando caminhos e forjando (novas) relações, tanto no plano terreno quanto no espiritual. Interessa-nos receber trabalhos que mostrem, a partir de etnografias de fôlego, de que modo a co-presença desses seres no mundo social se constrói em diversos espaços de experiência, lugares e momentos. Trata-se de pensar, paralelamente, de que modo os efeitos das agências dos seres intangíveis tornam-se significativas e como presenças aparentemente fugazes se infundem no cotidiano dos humanos.

Programação

Sessão 1 - GT 028

Rodrigo de Azeredo Grünewald (Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)) Apresentação Oral em GT O Toré e as Matas Encantadas do Nordeste Indígena

Cinthia Creatini da Rocha (Universidade Federal de Santa Catarina) Apresentação Oral em GT Título: Paisagens da cosmopolítica: entre Encantados e lideranças indígenas

Janaína Ferreira Fernandes (Instituto Federal de Goiás) Apresentação Oral em GT Tremembé encantado: a experiência da terra em Almofala

Francisco Sales de Lima Segundo (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais) Apresentação Oral em GT Os juremeiros e sua ciência: observações sobre a tradição de conhecimento da Jurema Sagrada em Alhandra (PB).

Carlos Eduardo Neves de Moraes (PPGAS/UFRGS) Apresentação Oral em GT As noções de "jepotá" e "kerembá" na sociocosmologia Mbyá-Guarani: um ensaio sobre a relação entre humanos e seres das séries intra e extra humanas

Aline Castilho Crespe (UFGD) Apresentação Oral em GT Os caminhantes do céu: história, mobilidade e temporalidade entre os Kaiowá

Sheila Ramos da Silva (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE), Julie Antoinette Cavignac Pôster em GT A índia Luiza e a cidade de São Vicente (RN)

Sessão 2 - GT 028

Florencia Tola (CONICET) Apresentação Oral em GT No humanos que hacen la historia en el Gran Chaco. Espacio y socialidad atravezador por agencias otras

Myrian Sá Leitão Barboza (University of Florida) Apresentação Oral em GT “Os donos das paisagens”: Domínio dos seres intangíveis nas relações de uso, compartilhamento e apropriação das paisagens culturais entre os Katukina do Rio Biá (Amazonas, Brasil).

Márcia Maria Nóbrega de Oliveira (Unicamp) Apresentação Oral em GT Entre a encruzilhada e a correnteza: as relações entre “almas”, “caboclos” e pessoas numa ilha no rio São Francisco.

Conceição de Maria Teixeira Lima (Universidade Federal do Maranhão) Pôster em GT RELAÇÕES CRUZADAS: Uma narrativa sobre as formas de conexões entre pessoas e encantados.

Martina Ahlert (Universidade Federal do Maranhão) Apresentação Oral em GT “A família de Légua tá toda na eira”: tramas de parentesco nas relações entre pessoas e encantados

Yasmin Ainá Martins Barbosa Loureiro (Universidade Federal do Pará), Lourdes Gonçalves Furtado - Museu Paraense Emílio Goeldi Apresentação Oral em GT A Fuga da Mãe - Um exercício etnográfico sobre a relação entre imaginário e meio ambiente na comunidade do Rrio das Pedras, Curuçá/PA

Stephanie Tselouiko (EHESS/UFSCar), Não tem coautoria Apresentação Oral em GT Para além das categorias humano/não-humano Uma abordagem interativa dos conhecimentos etho-ecologicos Mebengokre Xikrin

Sessão 3 - GT 028

Edimilson Rodrigues de Souza (Universidade Estadual de Campinas) Apresentação Oral em GT Mártires e encantados: a agência de lideranças populares assassinadas em zonas de conflito fundiário

Moisés Vieira de Andrade Lino e Silva (Harvard University), Não há. Apresentação Oral em GT Ontologia da Confusão: Exu e o Diabo dançam ao “Samba do Crioulo Doido”

Lediane Fani Felzke (Instituto Federal de Rondônia) Apresentação Oral em GT “Hoje mesmo ouvi os evóréhj assoviando”: O lugar dos espíritos na socialidade Ikólóéhj após 50 anos de adesão ao cristianismo protestante.

Alline Torres Dias da Cruz (Colégio Pedro II) Apresentação Oral em GT Sobre espaços precários e técnicas espectrais: dominicanos, porto- riquenhos e as “coisas más” em Río Piedras (Porto Rico)

Clémentine Maréchal (UFRGS) Apresentação Oral em GT “é meu jãgré que é o conhecedor, ele quem me guia...” A importância dos jãgré para o fortalecimento das lutas pela terra Kaingang.

Mariana Vitor Renou (PPGAS) Apresentação Oral em GT “Lonnè é rèspé pou zansèt an nou”: lembrança do passado, escravidão e reparação em Guadeloupe/Caribe

Diogo Silva Corrêa (IESP-UERJ) Pôster em GT Entre o espírito santo e os demônios: uma reflexão sobre o papel dos seres intangíveis na favela Cidade de Deus GT 029. Etnicidade e luta por direitos: estratégias indígenas para defesa e recuperação de territórios

Local: AUDITÓRIO 2, CA.

Eloi dos Santos Magalhães (Universidade Federal do Ceará) (Coordenador) João Pacheco de Oliveira Filho (Universidade Federal do Rio de Janeiro) (Coordenador)

Resumo: O Grupo de Trabalho propõe uma análise das estratégias de intervenção políticas específicas que os povos indígenas vêm executando nas últimas décadas em busca da regularização dos territórios que tradicionalmente ocupam e da consequente garantia de direitos. Entre elas, tencionamos destacar, por exemplo, o fenômeno das "retomadas de terra" e as ações de autodemarcação, reconhecidos pelos indígenas como formas legítima de defesa e recuperação de seus territórios. Discutiremos esses processos de reapropriação territorial no marco de um cenário caracterizado, de um lado, pela reiterada omissão do Estado no cumprimento de seu dever constitucional de garantir os direitos étnicos, e, de outro, por incisivas articulações voltadas à alteração de dispositivos legais, com o intuito de suprimir direitos. Pensamos ser importante observar tais processos considerando as alianças históricas e políticas envolvidas em situações etnográficas variadas, relacionadas a diferentes processos de territorialização e de etnicidade.

Programação

Sessão 1 - GT 029

Luiz Augusto Sousa do Nascimento (Instituto Federal do Maranhão) Apresentação Oral em GT DISPERSÃO, COALESCÊNCIA E ETNICIDADE: Trajetórias e territorialidades de um grupo timbira.

Rosamaria Santana Paes Loures (Universidade Federal do Oeste do Pará) Pôster em GT Trajetórias de Resistências e Conflito Territorial: Reflexões a partir da atuação política do Movimento Munduruku Ipereğ Ayũ

Priscila de Santana Anzoategui (UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados)), Rafael Rondis Nunes de Abreu- Mestrando em Antropologia da UFGD, Bruna Santos de Andrade- Mestranda em Antropologia da UFGD Apresentação Oral em GT Novas estratégias Kaiowá e Guarani na luta e recuperação de seus territórios

Mônica Ribeiro Moraes de Almeida (Universidade Federal do Maranhão) Apresentação Oral em GT Disputas por domínios territoriais e identitários na dinâmica do processo de luta por reconhecimento e demarcação de uma terra indígena no Maranhão.

Quezia Martins Chaves (UFAM), Hilkiene Alves da Silva Rafael Barbi Costa e Santos Apresentação Oral em GT História e territorialidade na terra indígena Projeto Mapi, na região do Médio Solimões

Mauricio Torres (Ufopa) Apresentação Oral em GT A autodemarcação da Terra Indígena Sawre Muybu: a resistência do povo Munduruku ante a ameaça de expropriação

Rodrigo Corrêa Diniz Peixoto (Universidade Federal do Pará), Kércia Figueiredo Apresentação Oral em GT Luta, reconhecimento e conquista da Terra Indígena Maró (PA).

Sckarleth Martins (Universidade Federal de Goiás), Deyvisson Pereira da Costa Suely Henrique de Aquino Gomes Apresentação Oral em GT A Saga Xavante: Notas Sobre a Luta Pela Terra Indígena Marãiwatsédé

Sessão 2 - GT 029

Ronaldo de Queiroz Lima (Universidade Federal do Ceará) Apresentação Oral em GT “Força e luz nas correntes das médiuns em nome de Deus”: sobre a territorialização dos índios Tremembé em Queimadas, Acaraú no Ceará.

Wemerson Ferreira da Silva (Universidade Federal de Alagoas), Wemerson Ferreira da Silva Pôster em GT “Essa terra é complicada!”: território e construção identitária entre os Xukuru-Kariri de Taquarana

Cayo Robson Bezerra Gonçalves (UFRN) Apresentação Oral em GT Mobilização étnica em um cenário conflituoso: estratégias, política e etnicidade entre os índios Pitaguary (CE)

José Glebson Vieira (UFRN), Bruno Ronald Andrade da Silva - PPGAS/UFRN Diana Brito de Andrade - UFRN Apresentação Oral em GT Território, mobilização política e regularização fundiária dos Potiguara do Sagi/Trabanda (Baía Formosa/RN)

Daniela Fernandes Alarcon (Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro) Apresentação Oral em GT Retomadas de terras: uma análise sobre as estratégias de intervenção política dos Tupinambá da aldeia Serra do Padeiro, Bahia

Jurema Machado de Andrade Souza (UnB) Apresentação Oral em GT “Resistir, voltar, retomar, permanecer” – os Pataxó Hâhãhãi e a reconquista das terras da Reserva Caramuru-Paraguassu

Hosana Celi Oliveira e Santos (UFPE), Vânia Fialho Apresentação Oral em GT Dinâmicas Sociais e Estratégias Territoriais: A organização Social Xukuru no Processo de Retomada

Francisca Jeannie Gomes Carneiro (Universidade Federal de Pernambuco) Apresentação Oral em GT Território, conflitos e resistência na alldeia Gameleira dos Tapuya Kariri no Ceará

Sessão 3 - GT 029

Sônia Missagia Matos (DCSO/CCHN/UFES) Apresentação Oral em GT Resistência e ação política: os índios “mansos” da Aldeia de Iriritiba (Anchieta), ES – Brasil

Fábio do Espírito Santo Martins (UNESP - FCL/CAr) Apresentação Oral em GT Terra Indígena Tekoá Mirim: Nossa terra porque já pertenceu a nossos avós, e porque, pertencerá aos nossos netos.

Jacqueline Parmigiani (UNIOESTE) Apresentação Oral em GT O processo de reconstrução da territorialidade Guarani Cinthya Valeria Nunes Motta Kos (ITJ) Apresentação Oral em GT Análise da interpretação antropológica e jurídica dos direitos dos povos indígenas

Lia Mendes Cruz (Ministério do Meio Ambiente) Apresentação Oral em GT Em busca do Kametsa Asaike – Viver Bem – na Amazônia central peruana: um olhar sobre a organização política dos Ashaninka do Rio Ene.

Diego Marques Pereira dos Anjos (Estudante) Apresentação Oral em GT Tutela Estatal e Autodeterminação das comunidades indígenas na América Latina

Angela López Cantero (UFCG) Apresentação Oral em GT A luta pela terra do movimento zapatista: uma força revolucionária

Roberta Pereira da Costa (FAEL), Cristiane Modesto do Nascimento Vanderlúcia da Silva Ponte Pôster em GT Wà Zemukatuhaw: práticas terapêuticas, território e cultura do povo Tembé

GT 030. Etnografia de documentos e burocracias: desafios teórico- metodológicos da análise de práticas de poder

Local: F102, CA.

Laura Lowenkron (Unicamp) (Coordenador) Leticia Carvalho de Mesquita Ferreira (Escola de Ciências Sociais (CPDOC) da FGV) (Coordenador) Adriana de Resende Barreto Vianna (MN/UFRJ) (Debatedor)

Resumo: O objetivo do GT é reunir pesquisas antropológicas que contribuam para refletir sobre os desafios e as potencialidades da etnografia de documentos a partir de trabalhos de campo realizados em repartições burocráticas ou entre sujeitos, grupos e movimentos que por elas transitam ou com elas interagem. Visto que a escrita e os documentos são tecnologias e objetos centrais nas burocracias, estes passam a ser também artefatos etnográficos especialmente rentáveis em pesquisas que, de alguma maneira, lidam com este tipo de organização. Embora documentos burocráticos tenham sido um dos artefatos historicamente mais negligenciados na Antropologia Social, atualmente é possível perceber um renovado interesse por estes objetos dentro da disciplina. Ao colocar em diálogos múltiplos modos de fazer etnografia documental em burocracias propriamente ditas, assim como em pesquisas de campo atravessadas por encontros com papéis e outras modalidades de registros burocráticos, a proposta é estimular uma reflexão mais ampla acerca não só das dinâmicas, dos efeitos e dos poderes mobilizados por práticas de documentação, mas também dos desafios que a lida com documentos em situações de trabalho de campo etnográfico aporta à antropologia e às suas autorrepresentações. O grupo acolherá estudiosos/as de diferentes temáticas que se vêem em face de desafios semelhantes e possam apontar diferentes caminhos teórico- metodológicos para este tipo de pesquisa.

Programação

Sessão 1 - GT 030

Maria Gabriela Lugones (UNIVERSIDAD NACIONAL DE CORDOBA ARGENTINA) Apresentação Oral em GT Acerca de las consecuencias de prácticas etnográficas con documentación estatal

Rui Massato Harayama (Universidade Federal Vale do São Francisco) Apresentação Oral em GT Os papéis do poder: notas sobre documentos e burocracias em três contextos etnográficos

Joyce Gotlib (Diretoria de Ensino Mogi;Mirim; Secretaria de Educação-SP) Apresentação Oral em GT Entre laudos, leis e agreements. Os dilemas da pesquisa documental em perspectiva comparada, Brasil e África do Sul.

Rodolfo Moraes Reis (UNICAMP) Apresentação Oral em GT A produção burocrática da técnica? Reflexões iniciais sobre forma e linguagem em documentos da política brasileira de Classificação Indicativa

Peter Schröder (Universidade Federal de Pernambuco) Apresentação Oral em GT ‘Desenvolvimento’ e suas burocracias: problemas metodológicos de pesquisa documental

Vanessa Parreira Perin (UFRJ) Apresentação Oral em GT A Savana vai virar Cerrado? Notas sobre a implementação de um programa de cooperação técnica para o desenvolvimento.

Patricia Marcondes Amaral da Cunha (PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANOPOLIS), Theophilos Rifiotis Apresentação Oral em GT “A publicidade como regra e o sigilo como exceção”: A publicização online de acórdãos referentes à "violência sexual" e os desafios para a etnografia de documentos

Sessão 2 - GT 030

Anelise dos Santos Gutterres (MN/UFRJ) Apresentação Oral em GT Entre Ofícios: reflexões sobre a gestão da habitação a partir de documentos da assistência judicial em um Núcleo Especializado da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro

Marcio Zamboni (USP) Apresentação Oral em GT Interpelação, População e Sujeitos: Estado e produção de documentos em contextos de privação de liberdade

Rocío Alonso Lorenzo (Universidade de São Paulo) Apresentação Oral em GT O lugar das burocracias no atendimento a vítimas de violência doméstica: simbolismo, conectividade e interacionismo em perspectiva comparada

Juliana de Farias Mello e Lima (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) Apresentação Oral em GT Ouvir as pessoas, enxergar os papéis: notas de pesquisa sobre violência de estado

Juliana Ribeiro Alexandre (UFRN) Apresentação Oral em GT Documentos e modos de subjetivação Trans em João Pessoa/PB

Marina Mattar Soukef Nasser (USP) Apresentação Oral em GT 'Meu nome não tá na lista': documentos na gestão dos corpos e do espaço na cracolândia de SP

Mariana Souza Silva (Ministério da Saúde) Pôster em GT Cuidado, Estado e poder:uma etnografia do debate legislativo acerca da profissionalização dos cuidadores de idosos no Brasil.

Sessão 3 - GT 030

Andressa Lewandowski (UFSCAR) Apresentação Oral em GT A política dos processos: notas sobre administração processual no Supremo Tribunal

Danilo César Souza Pinto (UESB) Apresentação Oral em GT De papel a documento: uma reflexão sobre os procedimentos notariais

Michele de Lavra Pinto (Fundação Getúlio Vargas/RJ e ESPM/RJ) Apresentação Oral em GT Insider e Outsider: os critérios para o Bolsa Família e o CadÚnico

Viviane Marinho Fernandes (Museu Nacional / UFRJ) Apresentação Oral em GT Entre conversas, documentos e planilhas: acompanhando os cálculos do superendividamento

José Paulo Pereira de Resende Neto (UFMG) Apresentação Oral em GT Papel dos Papéis: Mobilização de interesses em uma controvérsia sociotécnica da Serra do Gandarela

Joelcyo Véras Costa (Secretaria da Educação do Estado do Paraná) Apresentação Oral em GT Documentos, assinaturas e práticas ilegais: um estudo sobre a perícia criminal realizada pela Polícia Científica do Paraná.

Larissa Brito Ribeiro (Universidade Federal do Triângulo Mineiro) Apresentação Oral em GT História, intersubjetividade e análise documental em um estudo antropológico de disputa pelo espaço urbano.

Igor Henrique Santana Mafra (Universidade Federal de Goiás) Pôster em GT Identidade e identificação: um estudo sobre a construção da política institucional de uso do nome social na Universidade Federal de Goiás

GT 031. Etnografias da (des)ordem: ilegalismos, mercados e controles

Local: F103, CA.

Brígida Renoldi (Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas) (Coordenador) Lenin dos Santos Pires (Universidade Federal Fluminense) (Coordenador) Fábio Mallart (USP) (Debatedor) Carolina Christoph Grillo (USP) (Debatedor) Paulo Artur Malvasi (CEBRAP) (Debatedor)

Resumo: Diferentes dimensões das relações humanas (econômicas, de reciprocidade, de associação) permeiam as fronteiras da legalidade e da ilegalidade, da formalidade e da informalidade, do lícito e do ilícito, ou situam-se em suas liminaridades, produzindo formas diversas de (des)ordem. Para além do formalismo dessas partilhas de base binária, recorremos à noção de ilegalismos como ferramenta heurística que permite entrever transversalmente os campos de tensão e passagem entre a normatividade governamental e as práticas sociais situadas em suas margens. Partimos de um olhar antropológico atento a expressões que nem sempre correspondem à observância da lei por parte das pessoas, integrem elas ou não as instituições estatais. Dispomo-nos a debater trabalhos de base etnográfica que 1) concentrem-se nas mais variadas associações entre o legal/ilegal, formal/informal, lícito/ilícito, na constituição de dispositivos de controle de distintos segmentos sociais, mas também de suas formas de contornamento; 2) explorem o conflito entre as expectativas morais dos sujeitos e os enredos normativos dispostos ao enquadramento das práticas sociais 3) analisem a entrada em cena dos sistemas repressivos e corretivos, seja para autorizar o Estado como forma legítima, ou para reproduzir lógicas aparentemente contra-estatais, que se gestam atravessando suas instituições. Daremos continuidade aos debates inaugurados na 27ª RBA e na 10ª RAM que possibilitaram excelentes contribuições teóricas e empíricas.

Programação

Sessão 1 - GT 031

Fernando de Jesus Rodrigues (Universidade Federal de Alagoas), Andréa Laís Barros Santos Apresentação Oral em GT Entre discotecas e bocas de fumo: comércio de drogas, seletividade criminal e cadeias de agressividades em Maceió.

Salvador Maldonado Aranda (El COlegio de Michoacán) Apresentação Oral em GT Las viudas de la violencia en méxico

Antonio Marcos de Sousa Silva (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira) Apresentação Oral em GT O fazer policial e a produção de delitos e ilegalismos: inversão da ordem na atividade na vida do policial militar

Talitha Mirian do Amaral Rocha (Universidade Federal Fluminense) Apresentação Oral em GT Representações e práticas na atuação da Guarda Municipal de São Gonçalo (RJ): uma análise da administração dos conflitos cotidianos.

Jacqueline de Oliveira Muniz (UFF), Elizabete Albernaz Apresentação Oral em GT Moralidades entrecruzadas nas UPPs - Uma narrativa policial

Lia de Mattos Rocha (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) Apresentação Oral em GT Dinâmicas de Participação e Ação Coletiva nas margens da cidade: Etnografia de arenas públicas em favelas do Rio de Janeiro

Mila Henriques Lo Bianco (IPPUR/UFRJ) Apresentação Oral em GT "Entrega da cidadania" e participação no processo de reordenamento das margens urbanas: usos espaciais e (nome)ações estatais em Manguinhos

Sessão 2 - GT 031

Juliana Oliveira Silva (PPGAS-MN-UFRJ), Não tem co-autor Apresentação Oral em GT “O QUE FAZES AÍ? É A RUA!”: controles, estratégias e tensões em torno dos malabarismos em semáforos

Jhessica Francielli Reia (Fundação Getulio Vargas) Apresentação Oral em GT Passando o chapéu: Regulação, ordem e marginalidade na arte de rua do Rio de Janeiro e de Montreal

Pedro Augusto Pereira Francisco (FGV) Apresentação Oral em GT “Eu sou um índio renegado”: reflexões sobre identidade indígena no contrabando de cigarros

Jacqueline Britto Pólvora (UNILAB) Apresentação Oral em GT Trabalhadoras informais e poder público. Limites e desregramentos nas disputas cotidianas pelo espaço na cidade.

Tatiana Calandrino Maranhão (Universidade Federal fluminense) Apresentação Oral em GT Natureza protegida e seus protetores: Conflitos sobre os usos de um espaço público

Felipe Evangelista Andrade Silva (Instituto Brasileiro de Museus) Apresentação Oral em GT Dinheiro abençoado, dinheiro amaldiçoado. Princípios morais e polaridade de forças espirituais em mercados rurais haitianos.

Taysa Silva Santos (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia) Apresentação Oral em GT “Linha de frente”: políticas de controle social na prisão

Sessão 3 - GT 031

Rosiane Ferreira Martins (Universidade Federal de Campina Grande) Apresentação Oral em GT “Trechos” da clandestinidade: uma etnografia de travessias de migrantes e mercadorias entre Brasil e Guiana Francesa

Flávio Rodrigo Freire Ferreira (IFRN) Apresentação Oral em GT Adoção em movimento: grupos de apoio e campo (i)legal

Sara Vieira Antunes (UNICAMP) Apresentação Oral em GT De caminhadas e corredores: Ambientes e artefatos na produção da vida em uma penitenciária feminina

Ivonete Pinheiro (Universidade Federal do Pará) Pôster em GT Mulheres que comandam: Protagonismo feminino no tráfico de drogas em Belém do Pará

Laís Jabace Maia (IPPUR/UFRJ) Apresentação Oral em GT Relações políticas em uma cidade pequena com uma grande usina sucroalcooleira – Notas sobre o poder de investir e o poder de governar

Isis Karinae Suárez Pereira (UFPel), Flavia Maria Silva Rieth Apresentação Oral em GT Uma Fronteira Insubordinada: um olhar periférico para o Estado

Carlos Gomes de Castro (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO MUSEU NACIONAL) Apresentação Oral em GT En reparación: trabalhos, inventos e negócios em um batey açucareiro cubano

Rejane Valvano Corrêa da Silva (Universidade Federal do Maranhão) Apresentação Oral em GT “Difícil abrir, impossível fechar”: um estudo de caso de uma pequena empresa maranhense na liminaridade entre o informal e o formal

GT 032. Etnografias da Deficiência

Local: AUDITÓRIO 411, CACHLA.

Carolina Cantarino Rodrigues (Universidade Estadual de Campinas) (Coordenador) Nádia Elisa Meinerz (UFAL) (Coordenador)

Resumo: O grupo tem como objetivo reunir investigações e reflexões antropológicas sobre, ou, que se proponham a pensar com, a “deficiência”. O grupo dá continuidade às atividades desenvolvidas na 29ª RBA e na V REA XIV ABANNE, considerando o encontro ou confronto etnográficos como aposta da disciplina para a constituição desse campo de estudos no Brasil. Serão privilegiadas abordagens sobre os mais diversos tipos de “deficiências” e “doenças raras”, considerando duas dimensões: a) dos movimentos sociais e das políticas públicas para “pessoas com deficiência” que estabelecem condições e parâmetros relativos aos direitos e cidadania tais como cuidado, acessibilidade, inclusão escolar, vida autônoma, etc; b) a das diferentes narrativas e/ou perspectivas da deficiência que organizam a inserção de sujeitos concretos em diferentes coletividades a partir dessa experiência. Além disso, a atividade contempla também ensaios teóricos (realizados a partir do amadurecimento etnográfico) que problematizem a categoria deficiência a partir do referencial antropológico, seja a partir dos debates contemporâneos da disciplina ou da articulação com categorias analíticas de rendimento no diálogo com outros campos como saúde, direito, lingüística, etnologia, gênero e sexualidade, estudos de ciência e tecnologia. Por fim, são bem vindas as reflexões sobre os desafios e adequações do e no método etnográfico, produzidas a partir das tensões encontradas no campo de pesquisa com "deficiência".

Programação

Sessão 1 - GT 032

Paula Guedes Bigogno (UFJF) Apresentação Oral em GT Pessoa com deficiência: uma abordagem política e antropológica

Anahi Guedes de Mello (Universidade Federal de Santa Catarina), Pamela Block Apresentação Oral em GT Deficiência e Relações Raciais no Brasil: um estudo antropológico sobre duas obras literárias de Lima Barreto

Felipe Moreira (Universidade Federal Fluminense) Apresentação Oral em GT Virtualidade política e o esboço de um manifesto contra-visual

Edielso Manoel Mendes de Almeida (PUC DE S/AO PAULO), Lindomar Lili Sebastião Apresentação Oral em GT A Educação Inclusiva de índios surdos no processo de aprendizagem na Educação Básica

Martha Cristina Nunes Moreira (Instituto Fernandes Figueira/FIOCRUZ) Apresentação Oral em GT Crianças com Adoecimentos Raros e de Longa Duração: reflexões sobre a pesquisa antropológica em hospitais onde habitam e os novos arranjos normativos.

Luana Santos Cunha (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA), Luana Santos Cunha Doutoranda em Sociologia PPGS/UFPB Mónica Franch Professora de Antropologia. DCS/PPGA/PPGS/UFPB Apresentação Oral em GT Corpo, sexualidade e paralisia cerebral: a partir da noção de pessoa

Pedro Lopes (Associação Escola da Cidade Arquitetura e Urbanismo) Apresentação Oral em GT Deficiência e marcadores sociais da diferença

Sessão 2 - GT 032

Valeria Aydos (UFRGS) Apresentação Oral em GT Quando Cidadania demanda Cuidado: Políticas públicas e moralidades na inclusão de pessoas com autismo no mercado de trabalho

Sandra Simone Moraes de Araújo (Universidade de Pernambuco) Apresentação Oral em GT Bens Culturais para Todos: um estudo sobre acessibilidade no patrimônio cultural no Recife.

Fernanda Cristina Ferreira Nunes (Programa de Pós-graduação em Sociologia e Antropologia) Apresentação Oral em GT Estratégias de atendimento e prevenção à violência contra pessoas com deficiência: o cuidado nos serviços de saúde

Julian Simões Cruz de Oliveira (PPGCS UNICAMP) Apresentação Oral em GT Violência Sexual contra mulheres com deficiência intelectual: Notas a partir de um caso de interrupção Legal.

Carolina Branco de Castro Ferreira (Unicamp), Andrea García-Santesmases Fernández Apresentação Oral em GT Controvérisas sobre a assistência sexual para pessoas com deficiências no contexto espanhol (Barcelona)

Carlos Guilherme Octaviano do Valle (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) Apresentação Oral em GT Família, Deficiência e Administração Pública: intercessões entre mobilização social e política públicas no caso das pessoas com doenças genéticas raras (RN)

Roberta Reis Grudzinski (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Apresentação Oral em GT A potência do conceito de Doenças Raras na produção de redes de conhecimento e biossociabilidades

Sessão 3 - GT 032 Olivia von der Weid (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) Apresentação Oral em GT Provincializar a visão: esboços para uma abordagem metodológica

Maria Izabel dos Santos Garcia (UFF), Ana Regina e Souza Campello Rebeca Garcia Cabral Apresentação Oral em GT A inserção de surdos no ensino superior brasileiro: a experiência da EPLIBRAS

Helena Moura Fietz (UFRGS) Apresentação Oral em GT "Problemas de Cabeça": Reflexões sobre deficiência e práticas de cuidado a partir da experiência de três famílias de um bairro popular.

Elizangela Ferreira da Silva (PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA) Apresentação Oral em GT Festa de surdo dá o que falar - Um estudo de caso realizado na Associação de Surdos de João Pessoa / Paraíba (ASJP -PB)

Ubiratan Garcia Vieira (Universidade Federal da Fronteira Sul) Apresentação Oral em GT Uma experiência etnográfica numa instituição de cuidado para pessoas com deficiência

Cibele Barbalho Assesio (Fasb) Apresentação Oral em GT Pesquisa etnográfica com líderes surdos: notas sobre desafios e desdobramentos de uma investigação

GT 033. Etnografias das Interseccionalidades: Raça e Gênero no Contexto Latino-americano das Políticas Públicas

Local: F104, CA.

Laura Cecília López (Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS) (Coordenador) Vera Regina Rodrigues da Silva (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-b) (Coordenador)

Resumo: Os Estudos de Gênero e das Relações Raciais possuem uma trajetória acadêmica e política que já nos permite considerá-los consolidados. No entanto, pensar a interseccionalidade entre estes marcadores sociais, e seus efeitos, é ainda relativamente novo. A questão social da interseccionalidade emerge no Brasil no Manifesto das Mulheres Negras durante o Congresso de Mulheres Brasileiras, em 1975. Não bastava pensar e lutar pela “mulher” no singular. Semelhante ao que aconteceu nos Estudos de Gênero e das Relações Raciais, dos quais emergiram, por exemplo, o Feminismo Negro, as demandas sociais e políticas estiveram (e estão) associadas às reflexões teóricas e às pesquisas acadêmicas sobre interseccionalidade Este GT propõe-se, então, a discutir a interseccionalidade de gênero e raça no contexto latino-americano, particularmente através de abordagens etnográficas – estando aberto também para refletir sobre outras interseccionalidades, como classe, geração, orientação sexual. Para além da reflexão sobre como a intersecção de demarcadores sociais é construída socialmente em relações de poder e como afeta a vida de sujeitos, a proposta do GT é acolher estudos antropológicos que enfoquem políticas públicas com o recorte de gênero e raça, bem como outras interseccionalidades, na perspectiva de analisar impactos sociais; a relação Estado e sociedade; conexões regionais, nacionais e transnacionais entre outras problematizações possíveis.

Programação

Sessão 1 - GT 033

Willians Alexandre Buesso da Silva (Universidade Estadual Paulista) Apresentação Oral em GT Em Pratos Limpos: Trabalho Doméstico e seus indicadores sociais quanto Raça, Gênero e Classe.

Silvia Aguião (CEBRAP - Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), Márcia Lima (USP) Apresentação Oral em GT Quais políticas, quais sujeitos? A produção de sujeitos e direitos através de políticas de combate às desigualdades de gênero e raça no governo brasileiro.

Susi Anny Veloso Resende (UFRJ) Apresentação Oral em GT Relações raciais e suas variâncias: efeitos do gênero na identificação racial e percepção sobre discriminação

Elismênnia Aparecida Oliveira (Universidade Federal de Goiás) Pôster em GT Contexto e lugar de fala na produção de conhecimento sobre gênero e raça no Brasil a partir dos grupos e núcleos de pesquisa Sessão 2 - GT 033

Cristiano dos Santos Rodrigues (Universidade Federal da Bahia), Débora Campelo Apresentação Oral em GT Das ruas para as redes? O ciberativismo de mulheres negras e as novas dinâmicas de gênero e raça na sociedade brasileira contemporânea

Lidia de Oliveira Matos (Universidade Federal de sergipe) Apresentação Oral em GT “Não é só cabelo, é também identidade”: transição capilar, luta política e construções de sentido em torno do cabelo afro.

Gleicy Mailly da Silva (Universidade de São Paulo) Apresentação Oral em GT Consumo e afirmação identitária na conformação de sensibilidades políticas emergentes: uma análise etnográfica do Festival Latinidades em Brasília

Rebeca Thalia Bastos Barros (Universidade da Amazônia), Gabriela Leal Brito Luciane Mota Seabra Pôster em GT Quebrando grilhões: Sou Negra, Sou Mulher, NÃO sou objeto!

Sessão 3 - GT 033

Ana Laura Silva Vilela (Departamento de Ciências Jurídicas - UFPB) Apresentação Oral em GT Ìyálodè Iyà Orò: Uma análise das lideranças femininas na criação dos direitos das comunidades tradicionais de terreiro

Diogo Raul Zanini (UFPel) Apresentação Oral em GT A Semana Municipal do Hip Hop: Intersecção em um contexto de diáspora local.

Valéria Alves de Souza (Universidade de São Paulo) Apresentação Oral em GT Narrativas Etnografadas: raça, gênero, sexualidade e cultura no Bloco Afro Ilú Obá De Min.

Amanda Medeiros Oliveira (UFPel) Pôster em GT Hierarquia de opressões: uma (auto)etnografia na Marcha das Vadias em Pelotas-RS

GT 034. Etnografias em contextos de violência

Local: B104, CA.

Fabiano de Souza Gontijo (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) (Coordenador) Laura Moutinho (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO) (Coordenador)

Resumo: O objetivo deste GT é reunir pesquisas realizados em contextos de violência, conflitos ou extremada tensão social. Serão bem vindas as etnografias que envolvam situações de crises, sejam elas corriqueiras ou aparentemente fortuitas, sejam conflitos armados, processos de militarização e mesmo guerras civis, entre outras formas de tensão social. O delineamento das fronteiras (sempre fluidas) das diferenças (nacionais, étnico-raciais, de gênero e sexuais, regionais, religiosas, territoriais, etc), com seu jogo de interpretações e valorações, é o espaço-tempo privilegiado de observação dessas situações de crises. Esse é o momento da tensão social, durante o qual podem se desencadear os atos de excesso verificados no exercício das relações de poder e de sentido causadores dos danos sociais sob a forma de violência física ou simbólica. O propósito deste GT é, ainda, refletir sobre as experiências das violências física e simbólica na produção de etnografias. Trata-se, igualmente, de se colocar em perspectiva o lugar da militarização (em sua ampla acepção) na produção e na solução não apenas de conflitos (portanto, a razão humanitária também será interpelada de modo crítico), mas igualmente da violência racial e de gênero, dentre outras. Assim, interessa-nos abrir espaço tanto para entender as ações e a violência do racismo da ultradireita e o surgimento das chamadas “guerras étnicas” ou apreender os sentidos das negações e silenciamentos dos processos de produção de diferenças.

Programação

Sessão 1 - GT 034

Johnatan Ferreira Marques do Vale (UFPB), Eduardo Sérgio Soares Sousa Bárbara Cristina de Oliveira Marques do Vale Apresentação Oral em GT Travestilidade carcerária: violência e cerceamento da identidade travesti em situação de aprisionamento

Francisco Elionardo de Melo Nascimento (Servidor Público), Francisco Elionardo de Melo Nascimento Apresentação Oral em GT Violência e relações de poder: notas sobre a atuação das gangues no Novão

Natália Bouças do Lago (Universidade de São Paulo) Apresentação Oral em GT Bate-volta: trânsitos e tensões em torno das visitas à prisão

Elida Damasceno Braga (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) Apresentação Oral em GT Adolescentes infratoras: múltiplos contextos que envolvem conflitos e tensão social

Lorena Sales de Almeida (UFBA) Apresentação Oral em GT Situações de violência doméstica relatadas por homens denunciados pela Lei Maria da Penha

Ana Laura Lobato Pinheiro (IPEA - Instituto de Pesquisa Econôminca Aplicada) Apresentação Oral em GT Entre o pré-julgamento e o justiçamento popular: convenções de gênero, raça e classe nos linchamentos brasileiros

Cayo Cezar de Farias Cruz (UFPA) Apresentação Oral em GT "MATA ELE ANTES QUE A POLÍCIA CHEGUE”: violência, humilhação e silenciamento durante uma tentativa de linchamento em uma cidade do interior do Maranhão.

Sessão 2 - GT 034

Denise Moraes Pimenta (USP) Apresentação Oral em GT “If you suspect of someone with Ebola, call 177”: a militarização da saúde em Serra Leoa no período da epidemia de Ebola (2014-2016)

Carolina Holanda Castor (Universidade Federal do Ceará - UFC) Pôster em GT Da Caatinga para os Seringais: O recrutamento dos soldados da borracha

Andres Garcia (Universidad de Antioquia) Apresentação Oral em GT De territorios colectivos a lugares de expulsión Cartografías de la autonomía étnica, el conflicto armado y el capitalismo en el medio Atrato.

Rafael Gustavo de Oliveira (UFPR) Apresentação Oral em GT Palestina entre bombas e pedras: reflexões sobre o fazer etnográfico em situações de confronto com forças armadas

Vinicius Esperança Lopes (IESP/UERJ) Apresentação Oral em GT "Poder" e "Glória": etnografia de uma imagem que falta

Leonardo Damasceno de Sá (Universidade Federal do Ceará), Izabel Accioly Larissa Reis Apresentação Oral em GT Das guerras à pacificação nas dinâmicas criminais e lutas faccionais armadas nas favelas à beira-mar em Fortaleza.

Hildon Oliveira Santiago Carade (Universidade Federal da Bahia) Apresentação Oral em GT A angústia da influência: das vicissitudes do policiamento comunitário na periferia urbana de Salvador

Carina da Cunha Santos (Universidade Federal Fluminense), Prof. Lênin Pires Apresentação Oral em GT "Lugar da polícia é na escola? ’’ Conflitos, percepções e representações sobre o serviço de policiamento no interior de uma escola pública na região metropolitana do Rio de Janeiro. ’’

Sessão 3 - GT 034

Sarah Siqueira de Miranda (PINEB) Apresentação Oral em GT Por uma "dupla revolução": movimento de mulheres curdas na luta contra a opressão étnica e de gênero

Paulo Dourian Pereira de Carvalho (UFRN) Apresentação Oral em GT Etnografias das Violências: Experiências Narradas por Travestis e Transexuais que se Prostituem em Petrolina-PE

Aline Gama de Almeida (PPGCISH-UERN), Clarice Ehlers Peixoto Apresentação Oral em GT Identidades em movimento

Simone de Oliveira Mestre (TEIA), Orientadora Érica Renata de Souza Apresentação Oral em GT “Mães Guerreiras”: Uma etnografia sobre mães de jovens encarcerados em Porto Velho/RO.

Aline Maia Nascimento (UFF) Apresentação Oral em GT As estratégias do (sobre)viver: juventude negra no contexto genocida anti-negro

Maria Aparecida dos Santos (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC) Apresentação Oral em GT III MARCHA DA PERIFERIA: ativismos político-culturais contra a criminalização da juventude pobre e negra

Camille Gouveia Castelo Branco Barata (Universidade Federal do Pará), Jane Felipe Beltrão Apresentação Oral em GT Cuidar, curar, resistir: violência e corporeidade entre mulheres Tembé Tenetehara (Santa Maria - PA)

GT 035. Fantasmas dentro da máquina? O ofício antropológico dentro e na órbita da institucionalidade estatal.

Local: F111, CA.

Deborah Bronz (PPGAS/MN/UFRJ) (Coordenador) Henyo Trindade Barretto Filho (IEB) (Coordenador) Eliane Cantarino Odwyer (Universidade Federal Fluminense) (Debatedor)

Resumo: São inúmeros os lugares a partir dos quais a Antropologia se faz hoje no país. Grande parte deles se situa nos (ou orbita em torno dos) marcos da institucionalidade estatal: em agências da administração pública, ONGs, organismos de cooperação internacional, junto a movimentos sociais e mesmo em empresas. Da defesa de direitos, passando pela realização de estudos, laudos e diagnósticos, até a formulação, execução e avaliação de políticas públicas, essas distintas inserções dão acesso à realização de estudos a partir da nossa relação com tais instâncias de poder. Nesses contextos, somos instados a superar os desafios metodológicos de uma investigação situada, ou, no limite lógico, a ultrapassar certas aporias cognitivas que assombram nossa formação disciplinar. Como fantasmas dentro da máquina, o/as antropólogo/as e seus vínculos se tornam muitas vezes invisíveis: seja em nome da manutenção de certos pressupostos metodológicos edificados no campo antropológico, como “objetividade” e “distanciamento”; seja pela natureza supostamente controversa de sua expertise no diálogo com os outros saberes incorporados às práticas estatais. Perambulamos em zonas limítrofes, assombrando tanto o Estado quanto a própria Antropologia, com nossa pegada desnaturalizadora. O GT reunirá propostas que examinem: o ofício de antropólogo/as situado/as em distintas posições “dentro” ou em interface com o “Estado”; suas formas e produtos; e os usos e efeitos da produção de conhecimento nesses marcos. Programação

Sessão 1 - GT 035

Mílton Ribeiro (Universidade Federal do Pará), Aldair da Silva Freire Apresentação Oral em GT Os legados de Charles Wagley na Amazônia: circulação de intelectuais, formação em Antropologia e pontes interinstitucionais

Wilma Marques Leitão (UFPA), Gabriela Galvão Braga Furtado - Graduanda em Ciências Sociais e Bolsista Voluntária de Iniciação Científica (VIC), Universidade Federal do Pará Lenita Pantoja Silva- Graduanda em Ciências Sociais e Bolsista Voluntária de Iniciação Científica (VIC), Universidade Federal do Pará Apresentação Oral em GT Charles Wagley e a Saúde Pública na Amazônia

Maria Angélica Breda Fontão (Ministério da Saúde) Pôster em GT "Antropóloga, sério? Pensei que você fosse nutricionista": Reflexões sobre o trabalho no campo da saúde indígena

Mariana de Andrade Soares (EMATER-RS) Apresentação Oral em GT Políticas Sociais e Povos Indígenas: reflexões antropológicas sobre os limites e as potencialidades no contexto do Rio Grande do Sul

Guilherme de Matos Floriano (UNESP) Apresentação Oral em GT De "dentro" e de "fora" do Estado: um estudo sobre o Bolsa Família, representações e simetrias.

Vanilza Jacundino Rodrigues (IPHAN-Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) Apresentação Oral em GT As nuances do trabalho do antropólogo nas políticas de Patrimônio Imaterial

Ariel Ferreira Nunes (UnB) Apresentação Oral em GT Etnografando burocratas da cultura: uma abordagem do Programa Cultura Viva

Caio Gonçalves Dias (FFLCH/USP) Apresentação Oral em GT Ordem do dia: linhas para uma etnografia do trabalho da Unesco em políticas culturais (1978-1982)

Sessão 2 - GT 035

Carolina Maria Heliodora de Goes Araujo Feijo Braga (Empresa de Pesquisa Energética) Apresentação Oral em GT Os produtos da administração e a produção antropológica: o que planejar pode dizer sobre o ofício antropológico em uma empresa pública federal.

Natália Morais Gaspar (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas - IBASE) Apresentação Oral em GT Etnógrafa, nativa, leitora ou missionária do desenvolvimento? Uma antropóloga na elaboração de estudos para o Licenciamento Ambiental no Brasil

Marcus Antonio Schifino Wittmann (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Sérgio Baptista da Silva Apresentação Oral em GT “Eu, eu mesmo e o Licenciamento Ambiental”: desafios de pesquisa de um antropólogo/arqueólogo

Paulo Roberto Homem de Góes (UFPR) Apresentação Oral em GT Etnologia e licenciamento ambiental: espaços para exercício da antropologia na identificação de impactos, elaboração e gestão de projetos ambientais

Rodrigo Theophilo Folhes (UFMA) Apresentação Oral em GT Nascer, morrer e assombrar: a participação antropológica no procedimento administrativo de licenciamento ambiental do componente indígena

Lidia Neira Alves Lacerda (Universidade Federal de Goiás) Apresentação Oral em GT Trincheiras de uma guerra: análise do papel do antropólogo(a) nos estudos de natureza antropológica da usina Belo Monte.

Sessão 3 - GT 035

Fernando Carlos de Sousa (UERJ) Apresentação Oral em GT Andar, ouvir e participar: uma experiência etnográfica em favelas com Unidades de Polícia Pacificadora

Cleyton Gerhardt (UFRJ) Apresentação Oral em GT Traições etnográficas e o ocultamento do outro na evidenciação da fala competente: sobre violências epistêmicas em situação de alteridade mínima

Márcia Maria Gramkow (GIZ) Apresentação Oral em GT Praticar e/ou fazer-se antropólogo/a em/nas e/ou bordas, intra/extra espaços/linhas de/as institucionalidades: um dilema?

Inara do Nascimento Tavares (Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena - Universidade Federal de Roraima) Apresentação Oral em GT “Não autorizado pesquisas”: Sobre o fazer antropológico nos contextos indígenas em Roraima.

Lílian Raquel Ricci Tenório (UFGD), Lílian Raquel Ricci Tenório (UFMS) Antonio Hilário Aguilera Urquiza (UFMS) Apresentação Oral em GT Auxiliar da justiça: O ofício de antropólogos/as num processo de disputa por terra indígena

Lígia de França Carvalho Fonseca (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) Apresentação Oral em GT Etnografando repertórios políticos no Congresso Nacional: Uma reflexão sobre a atuação antropológica em contextos dissonantes

Roberto Alves de Almeida (INCRA), Julia Marques Dalla Costa Apresentação Oral em GT A CPI da Antropologia

GT 036. Festas, celebrações e ritos: o patrimônio em questão e como questão

Local: F105, CA.

Eufrázia Cristina Menezes Santos (Universidade Federal de Sergipe) (Coordenador) Léa Freitas Perez (UFMG) (Coordenador)

Resumo: Dando sequência a proposição de Gts sobre festas para as reuniões da ABA, atividade iniciada em 2006, e mantida desde então, em todas as RBAs, propomos mais um GT para a 30 reunião, convidando a nós se juntarem pessoas que discutam em seus trabalhos de pesquisa festas, celebrações e ritos, de cariz religioso e urbano, nos quais se reflitam seu uso como bem cultural e imaterial e sua instrumentalização na legislação e na política pública de salvaguarda e de registro do patrimônio cultural dito imaterial. Nosso intento é o de refletir sobre as implicações epistêmicas (conceituais e empíricas) no exercício da pesquisa em sua, cada vez mais crescente, face aplicada no que se refere a seus uso pelos poderes públicos.

Programação

Sessão 1 - GT 036

Rafael Barros Gomes (CER/FAFICH/UFMG e Associação Filmes de Quintal) Apresentação Oral em GT O princípio sagrado das coisas: da sacralidade do patrimônio

Marcos da Costa Martins (Centro de Estudos da Religião/UFMG; PLANTUC) Apresentação Oral em GT Festas de Reinado, Salvaguarda e Etiqueta: ou de como os congadeiros orientam a forma como o estado se dirige a eles

Taís Diniz Garone (Universidade de Brasília), Pedro Junqueira Pessoa Apresentação Oral em GT Patrimônio Cultural, patrimônio de quem? Apropriação e uso indevido de Bens Culturais Imateriais

Heloisa Afonso Ariano (Universidade Federal de Mato Grosso) Apresentação Oral em GT Vila Bela da Santíssima Trindade e os dilemas da patrimonialização da Festança

Jean Souza dos Anjos (UFC) Pôster em GT Encruzilhadas na praia: o processo de tombamento da Festa de Iemanjá no Ceará

Maíra de Oliveira Dias (Universidade Federal da Paraíba) Apresentação Oral em GT Processos de patrimonialização no campo religioso brasileiro

Sessão 2 - GT 036

Alexandre Fernandes Corrêa (UFRJ), Natália Pereira Lima (PPGE/UFRJ) Apresentação Oral em GT A NAÇÃO FARÁ 200 ANOS: a máquina comemorativa, os preparativos do bicentenário de independência do Brasil e seus impactos nos programas educativos.

Francisco Jomário Pereira (Servidor Público) Apresentação Oral em GT Festa e Política: O cortejo ao Sagrado Coração de Jesus

Conceição Aparecida dos Santos (Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Apresentação Oral em GT Santas & Cidades: uma análise do processo patrimonialização de três cultos a santas não-canônicas

José Maria da Silva (Universidade Federal do Amapá) Apresentação Oral em GT Marabaixo: ritual, negritude e “política de identidade”

Renata de Almeida Oliveira (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), Regina Abreu Apresentação Oral em GT Duque de Caxias e a Festa de Santo Antônio: Relações entre cidade, memória e patrimônio

Yumei de Isabel Morales Labañino (Instituto Cubano de Antropología (ICAN)) Apresentação Oral em GT O “Encontro de tradições” de Banaguises no interior de Matanzas, Cuba. A procura do “resgate” do patrimônio afro-cubano local. Sessão 3 - GT 036

Rudney Avelino de Castro (Pesquisador), Ana Paula Lessa Belone Apresentação Oral em GT Resplandecer a hi[e]stória: as irmandades religiosas na Semana Santa de Sabará-MG

Mariana Bracks Fonseca (USP) Apresentação Oral em GT “Rainha Ginga, mulher de batalha”: história e memória da rainha angolana nas congadas brasileiras.

Bárbara Regina Pereira (UNIRIO) Apresentação Oral em GT Desfile de escolas de samba do Rio de Janeiro: o complexo universo por trás da cultura do carnaval

Ester Paixão Corrêa (Universidade Federal do Pará), Edna Ferreira Alencar Apresentação Oral em GT Marujas e Capitoas: Simbolismo, Poder e Hierarquias no ritual da Marujada da Festa de São Benedito de Bragança, Pará.

Rafael Moura de Andrade (UFPE) Apresentação Oral em GT A centralidade do palco no carnaval de rua do Recife

Ruanna Gonçalves da Silva (Universidade Federal da Paraíba), Marina Blank Virgílio da Silva, mestranda em Antropologia pela Universidade Federal da Paraíba. Apresentação Oral em GT As dinâmicas corporais através do Forró na festa do Pau de Santo Antônio

GT 037. Indígenas, Quilombolas e outros Povos e Comunidades Tradicionais em Situações Urbanas: identidades, territórios e conflitos.

Local: AUDITÓRIO 412, CCHLA.

Estêvão Martins Palitot (PPG em Antropologia/Universidade Federal da Paraíba) (Coordenador) Stephen Grant Baines (Universidade de Brasília) (Coordenador) Resumo: O GT pretende reunir trabalhos de pesquisadores que investiguem sobre indígenas, quilombolas e outros povos e comunidades tradicionais em diversas situações urbanas: abrangendo trabalhos sobre comunidades indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais em cidades, a migração para cidades, educação indígena em cidades, educação indígena universitária, indígenas, quilombolas e tradicionais presos, e outras situações no meio urbano. Pretende-se abrir debates sobre as diversas circunstâncias em que indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais se encontram em cidades. Conforme o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2000, no Brasil a população indígena totaliza 896.917 mil, sendo 342.836 em áreas urbanas. Além dos indígenas, comunidades quilombolas e de povos tradicionais, como ciganos, ribeirinhos e pescadores, habitam em cidades de médio e grande porte por todo o país, muitas vezes, enfrentando situações de confronto com projetos de reordenamento do espaço urbano, onde não lhes são garantidas condições de participação e decisão. A existência e a organização desses grupos nos espaços urbanos envolvem diversas problemáticas, abordadas tanto nos meios acadêmicos, quanto nas políticas públicas e que merecem uma atenção sistemática da reflexão antropológica.

Programação

Sessão 1 - GT 037

Sandra Carolina Portela Garcia (UFSC), Não há coautores Apresentação Oral em GT Invisíveis, vulneráveis e empodeiradas: As mulheres Guarani e a venda do artesanato no centro de Florianópolis

Tadeu Lopes Machado (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ) Apresentação Oral em GT Intercâmbio e comércio dos Palikur na cidade de Oiapoque

Jordeanes do Nascimento Araujo (UFAM), JORDEANES N. ARAÚJO - Professor de Antropologia no Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente – UFAM. Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP. SUELLEN A. BARROSO-Mestre em História Social – Programa de Pós- Graduação em História / Mestrado em História / Universidade Federal do Amazonas – UFAM. Membro do Grupo de Pesquisa em Política, Instituições e Práticas Sociais na Amazônia – POLIS/UFAM. EDMUNDO PEGGION - Professor da Universidade Estadual Paulista-UNESP. Apresentação Oral em GT A POLIÉTNICA KAGUAHIWA: redes de relações e reconfigurações politicas do movimento indigena no sul do amazonas(Humaitá e Manicoré).

Mariza de Oliveira Pinheiro (Magistério Federal), Bernardina Maria Juvenal Freire Oliveira Apresentação Oral em GT Os Indígenas Waiwai e os espaços de recordação e práticas interculturais: reflexões preliminares

Luis Eugenio Campos (Universidad Academia de Humanismo Cristiano - CIIR) Apresentação Oral em GT Análisis comparativo de la ocupación mapuche urbana en Santiago y afrodescendiente en Arica, Chile.

Amanda Horta Campos (Museu Nacional da UFRJ) Apresentação Oral em GT Guerra no horizonte: os parque-xinguanos na cidade de Canarana

Márcia Leila de Castro Pereira (Universidade Federal do Piauí) Apresentação Oral em GT Mobilidade Mura e seus espaços: Algumas considerações sobre a Aldeia Pantaleão em Autazes/Baixo Rio Madeira (AM)

Whodson Robson da Silva (Universidade de Pernambuco), Vânia Rocha Fialho de Paiva e Souza Pôster em GT Indígenas em situações urbanas e acesso à Universidade: ressignificação de espaços políticos, étnicos e territoriais em Pernambuco

Sessão 2 - GT 037

José Carlos Matos Pereira (PPGAS/MN/UFRJ) Apresentação Oral em GT Indígenas na metrópole: lutas multiétnicas e identidade coletiva na cidade de Manaus (AM)

István Van Deursen Varga (Universidade Federal do Maranhão), István van Deursen Varga Apresentação Oral em GT “Sobre a ‘pureza’ racial ou étnica como critério de indianidade: repercussões contemporâneas no caso dos Gamela”

André Barbosa de Oliveira (Universidade Federal do Ceará) Apresentação Oral em GT A educação intercultural e a identidade pitaguary na aldeia e em seu contexto urbano.

Ignês Tereza Peixoto de Paiva (Universdidade FederaL do Amazonas), Elizabeth Cristina Siel Souza Artemis Soares de Araújo Apresentação Oral em GT Da Aldeia a Cidade: Reflexões sobre a educação escolar de crianças indígenas em uma escola urbana de Parintins-Am

Carolina Lima Miranda (Universidade de Brasília), Luciana de Oliveira Dias Apresentação Oral em GT A comunidade indígena Santuário Tapuya dos Pajés na cidade de Brasília: retóricas de resistência e reciprocidade no movimento “O Santuário Não Se Move!”

Vanessa Emanuelle de Souza (UFCG) Apresentação Oral em GT Trabalho e Migração em Matão-PB: entre o quilombo, o Rio de Janeiro e João Pessoa.

Michely Aline Jorge Espíndola (UFRN) Apresentação Oral em GT Racismo: uma das “coisas de ser índio na cidade”

Samilys de Oliveira Saraiva (Universidade Federal do Pará) Pôster em GT Da comunidade à Universidade: um estudo de caso sobre os estudantes quilombolas na Universidade Federal do Pará.

Sessão 3 - GT 037

Pablo Honorato Nascimento (Advogado) Apresentação Oral em GT O Observatório dos Territórios Étnicos e os Desafios das Populações Tradicionais da Paraíba

Gessiane Ambrosio Nazario (UFRJ), Sidnei Clemente Peres Apresentação Oral em GT Conflitos e disputas pela terra, memória e identidade quilombola no espaço escolar da Rasa: para uma antropologia da educação em situação urbana de conflito étnico.

Saruanna Dias de Carvalho (UFC) Apresentação Oral em GT Estado e Comunidades Tradicionais: A Etnografia de um Conflito Alda Lúcia Monteiro de Souza (IFG) Apresentação Oral em GT Políticas públicas e pobreza - uma análise da sociabilidade indígena em perspectiva comparada

Luciano Magnus de Araújo (UNIFAP) Apresentação Oral em GT Demandas territoriais e relações institucionais: o caso da comunidade quilombola Lagoa dos Índios/ Macapá/Amapá e os cenários possíveis de disputas e (ir)resoluções

Francisca Daniele Soares do Carmo (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ), Maria Dione Carvalho de Moraes Apresentação Oral em GT TERRITÓRIOS SOCIAIS DOS POVOS DE TERREIRO EM TERESINA-PI: consensos e dissensos no processo de intervenções urbanísticas do Programa Lagoas do Norte, na zona Norte da cidade

Rachel Cristina de Oliveira (Instituto Kairós) Apresentação Oral em GT Arturos e o Território da Diferença: Organização Comunitária para Mediação e Desenvolvimento Local

Kelly Priscila Barbosa Maciel (Universidade Federal do Pará) Pôster em GT Populações tradicionais, jovens e educação formal: um estudo na comunidade Vila do Céu (Soure/PA)

GT 038. Interfaces contemporâneas dos estudos de rituais e performances

Local: F107, CA.

João Miguel Manzolillo Sautchuk (Universidade de Brasília) (Coordenador) Maria Laura Viveiros de Castro Cavalcanti (Universidade Federal do Rio de Janeiro) (Coordenador)

Resumo: Os estudos contemporâneos de performance, em suas variadas perspectivas, vieram renovar o estudo antropológico dos rituais, articulando debates que têm configurado um modo profícuo de abordagem da natureza simbólica da experiência humana. O tema atravessa fronteiras internas à disciplina, percorrendo diversas áreas temáticas. Favorecendo a pluralidade da reflexão antropológica contemporânea, o GT pretende favorecer um debate profícuo entre perspectivas conceituais que perpassam diferentes áreas temáticas. Valoriza-se o enfoque etnográfico, diferentes estratégias e metodologias de pesquisa e análise que forneçam o acesso a novos prismas de interpretação dos processos sociais estudados. Interessa-nos especialmente a conjugação entre os estudos de rituais e performances e a abordagem etnográfica das formas expressivas – gêneros poético-musicais, danças, encenações, manipulação e fabrico de objetos e artefatos que se articulam e desarticulam no contexto de formas mais festivas ou mais cotidianas da prática social. Com enfoque comparativo entre perspectivas teórico-metodológicas, busca-se traçar os contornos das novas questões que perpassam esse campo de estudos.

Programação

Sessão 1 - GT 038

Edson Tosta Matarezio Filho (USP- FAPESP) Apresentação Oral em GT Como compor a etnografia de um ritual - Música, dança e performance na Festa da Moça Nova dos índios Ticuna

Odair Giraldin (UFT), Ligia Raquel Rodrigues Soares Apresentação Oral em GT Análise músico-ritual do Pep-cahàc Ràmkôkamekra/Canela

Antonio Roberto Guerreiro Júnior (Departamento de Antropologia, Universidade Estadual de Campinas) Apresentação Oral em GT Kuambü: poética e política em uma festa xinguana

Júlia Otero dos Santos (Museu Paraense Emílio Goeldi) Apresentação Oral em GT Sobre mulheres brabas: ritual e apresentação entre os Arara de Rondônia

Artionka Manuela Góes Capiberibe (Unicamp) Apresentação Oral em GT Ritual no teatro: o projeto Ponte entre Povos embaralhando fronteiras conceituais

Jessyca Barbosa Marins (UFPB), Luciana de Oliveira Chianca Apresentação Oral em GT “Entre índios de verdade e tradições de boniteza”: Tribos de Índios, identidades e performance no carnaval Socorro de Souza Batalha (Ufam), Deise Lucy Oliveira Montardo – PPGAS/UFAM Apresentação Oral em GT As festas populares na Amazônia: os fluxos entre os grupos de dança das cidades de Manaus (AM), Parintins (AM) e Santarém (PA)

Sessão 2 - GT 038

Valdemiro Severiano Filho (GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE), Valdemiro Severiano Filho Luiz Assunção Apresentação Oral em GT A bateria "nota dez" da escola de samba Balanço do Morro: se for pra "chupar sangue”, é melhor pedir "arrego"

Oswaldo Giovannini Junior (Universidade Federal da Paraíba) Apresentação Oral em GT Vissungos, vissungar, vissungueiros. sentidos tradicionais e usos contemporâneos de um ritual fúnebre.

Joana Ramalho Ortigão Corrêa (UFRJ) Apresentação Oral em GT Performance, tempo e espaço em uma sequência ritual da Festa de Nossa Senhora do Rosário do Serro

Edilson Sandro Pereira (Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ) Apresentação Oral em GT As muitas faces de Cristo: uma reflexão sobre performance e ritual na Semana Santa

Paula Layane Pereira de Sousa (UNIVASF) Apresentação Oral em GT Performances na finalização do ritual, a fugida e morte na brincadeira de boi.

Priscila Soares Silva (UFS) Apresentação Oral em GT “Fogo no beco que o beco está escuro!” – A confecção dos fogos de artifício em Estância - SE

Caio Nobre Lisboa (Universidade Federal da Paraíba (UFPB)) Pôster em GT Importância social e performance dos músicos no contexto do desfile cívico em Rio Tinto - PB: um estudo de caso Lays Eugenia Sampaio Crisanto (Universidade Federal de Alagoas) Apresentação Oral em GT PROCESSOS DE RESSIGNIFICAÇÃO RITUAL: Reflexões Sobre a Dança de São Gonçalo na Serra do Ouricuri/AL

Sessão 3 - GT 038

Cauê Krüger (PUCPR) Apresentação Oral em GT "Nem dito nem feito”: dramaturgia, linguagem poética e performance na Companhia Brasileira de Teatro

Amalle Catarina Ribeiro Pereira (UFPI) Apresentação Oral em GT A paga dos versos: dinheiro ou palavra.

Lucas Kastrup Fonseca Rehen (PPCIS/UERJ) Apresentação Oral em GT “Cantando em línguas”: a relação entre a experiência de holandeses no ritual do Santo Daime e a glossolalia

Rafael da Silva Noleto (Universidade Federal do Tocantins) Apresentação Oral em GT Drama, ritual e festa: gênero e sexualidade em performance no São João de Belém – Pará.

Agenor Cavalcanti de Vasconcelos Neto (PPGAS) Apresentação Oral em GT As práticas cotidianas na música da banda Marupiara – um estudo das ambiguidades sonoras e discursivas em São Gabriel da Cachoeira (AM)

Breno Rodrigo de Oliveira Alencar (INSTITUTO FEDERAL DO PARÁ), Carmem Izabel Rodrigues Apresentação Oral em GT "QUEM CASA QUER..?" Representações sobre casamento, parentesco e conjugalidade em contextos de ritualização e performance nupcial.

Alef Monteiro de Souza (Secretaria de Estado de Ciência Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica - SECTET/PA) Pôster em GT Corpo, mente, comunidade, palavra e cultura: apontamentos de antropologia fenomenológica sobre a dança ritual no Candomblé Angola

Sophia de Lucena Prado (UFRN) Apresentação Oral em GT Performances do crime: um estudo sobre rituais e sujeição criminal

GT 039. Manifestações políticas religiosas e seculares: outro olhar sobre as ruas brasileiras

Local: G102, CA.

Carlos Eduardo Valente Dullo (Departamento de Antropologia/UFRGS) (Coordenador) Carly Barboza Machado (UFRRJ) (Coordenador)

Resumo: Desde junho de 2013, pensar sobre as manifestações políticas nas ruas das cidades brasileiras voltou a ser uma questão crucial para abordagens sobre o Brasil contemporâneo. Tais manifestações constituem- se em eventos complexos, formados por agenciamentos integrados a partir de posições políticas, midiáticas, econômicas, jurídicas, educacionais, de gênero e sexualidade, dentre outras. A proposta deste GT é reunir trabalhos informados etnograficamente sobre estes eventos públicos de caráter reivindicatório, centralmente aqueles em que as fronteiras entre o religioso e o secular e suas contínuas formações e transformações foram relevantes. Seja por uma suposta “invasão” do religioso em cenas políticas tomadas prioritariamente como seculares; seja pela ação organizada de grupos religiosos específicos em “marchas” e “caminhadas” que buscam firmemente o aumento de sua visibilidade no espaço público urbano; seja por ações que se opõem à maior visibilidade pública da religião. O objetivo é compreender tanto as especificidades quanto as semelhanças de cada uma delas, ampliando o entendimento sobre as modificações na forma cívica brasileira.

Programação

Sessão 1 - GT 039

Daniele de Jesus Oliveira (Universidade de São Paulo) Apresentação Oral em GT Às ruas, entre o sagrado e o secular: Novas vozes e atores na sociedade contemporânea.

Asher Grochowalski Brum Pereira (UNICAMP) Apresentação Oral em GT "Peregrinos" e Manifestantes: Relações de conflito na Jornada Mundial da Juventude 2013

Paula Montero (CEBRAP/USP) Apresentação Oral em GT Ritos católicos e ritos civis: atos em memória de Wladimir Herzog (1975/2015)

Raquel Sant'Ana da Silva (UFRJ - Museu Nacional) Apresentação Oral em GT As manifestações do pacífico: "evangélicos" e "cidadania" na Marcha para Jesus

Sessão 2 - GT 039

Cleonardo Gil de Barros Mauricio Junior (Universidade Federal de Pernambuco) Apresentação Oral em GT As subjetividades políticas dos crentes pentecostais: a igreja de Malafaia nos protestos em Brasília.

Evandro de Sousa Bonfim (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP)) Apresentação Oral em GT In hoc signo vinces: a formação religiosa da iconografia secular pública no Brasil

Edmar Antonio Brostulim (UFPR) Apresentação Oral em GT Rainha do Céu, da Terra e do estado do Paraná: A Festa de Nossa Senhora do Rocio

Maria Isabel Pia dos Santos (UFPB), Dilaine Soares Sampaio Apresentação Oral em GT Se estiver na política, fique “longe” da igreja : controvérsias nas disputas eleitorais paraibanas de 2014

Diego Darlisson dos Santos Sousa (UFAM) Apresentação Oral em GT Descriçao sobre igrejas no modelo de células, uma análise antropológica.

Sessão 3 - GT 039

Ana Paula Luna Sales (Unicamp) Apresentação Oral em GT “Crimes sexuais” e “extermínio da juventude”: um estudo sobre regimes de (in)visibilidade do sofrimento em favelas de Fortaleza Igor Rolemberg Gois Machado (École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris) Apresentação Oral em GT Gritos contra a violência em defesa da terra: etnografia de mobilizações coletivas no contexto de conflitos agrários e ambientais no sul e sudeste do Pará

Claudia Wolff Swatowiski (Universidade Federal de Uberlândia), Luciano Senna Peres Barbosa Apresentação Oral em GT Movimento social e movimento evangélico na "Ocupação do Glória", Uberlândia - MG

Amanda Gomes Pereira (Universidade Federal do Maranhão) Apresentação Oral em GT A rua como local da caridade: os agenciamentos político-religiosos de familiares vítimas da violência urbana

GT 040. Marcadores sociais em diálogo: gênero, sexualidade, idade/geração e o curso da vida

Local: B105, CA.

Gustavo Santa Roza Saggese (Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo) (Coordenador) Raphael Bispo dos Santos (UFJF) (Coordenador)

Sessão 1

Carlos Eduardo Henning (UFG - Universidade Federal de Goiás) (Debatedor)

Resumo: A pesquisa em gênero e sexualidade vem se consolidando na Antropologia brasileira motivada pela visibilidade que discussões envolvendo temas como aborto, reprodução, práticas contraceptivas, violência sexual e direitos LGBT ganharam nos últimos anos. Soma-se a isso a interlocução intensa entre antropólogos e ativistas advindos dos movimentos de defesa de direitos sexuais e reprodutivos. As relações de gênero e sexualidade são perpassadas pelos chamados marcadores sociais da diferença, que produzem cenários marcados por desigualdades, hierarquizações e normatividades. Dentre eles, podemos citar aqueles ligados à idade e/ou geração, à cor/ “raça”/ etnicidade e à classe social, tornando urgente uma discussão que insira esses estudos no debate mais amplo sobre interseccionalidades.Dessa forma, este GT tem por objetivo discutir pesquisas que versem sobre tais entrelaçamentos, em especial aqueles que abordem as associações entre gênero, sexualidade, idade/geração e curso da vida. O grupo pretende ser um espaço para o reconhecimento da multiplicidade de modos de vida que compõem o contemporâneo e que fazem a densidade de nosso tempo, buscando compreender de que maneira momentos da vida como “infância”, “juventude”, “meia-idade”, “envelhecimento”, etc. se entrecruzam com os debates sobre gênero e sexualidade, percebendo tais interseccionalidades como uma dimensão privilegiada na qual se visibilizam as mais recentes transformações subjetivas, sociais e culturais.

Programação

Sessão 1 - GT 040

Tarsila Chiara Albino da Silva Santana (NAVIS/PPGAS/UFRN) Apresentação Oral em GT Experiências geracionais, identidades sexuais e regime de visibilidade entre homens com práticas homoeróticas

Vanessa Sander Serra e Meira (Universidade Estadual de Campinas), Lorena Hellen de Oliveira Apresentação Oral em GT Tias e novinhas: envelhecimento e relações intergeracionais nas experiências de travestis trabalhadoras sexuais em Belo Horizonte

Júlio Assis Simões (Universidade de São Paulo) Apresentação Oral em GT Geração, estigma e segredo: em meio às mudanças na experiência social da homossexualidade e da epidemia HIV-Aids

Marina Veiga França (UFMG), Lilian Tatiana de Barros Vieira Apresentação Oral em GT As mudanças de geração no mercado do sexo de Belo Horizonte

Gerliani de Oliveira Mendes (Celer) Apresentação Oral em GT Casamentos Instáveis para Mulheres estáveis

Fátima Regina Almeida de Freitas (Pontifícia Universidade Católica de Goiás), Eliane Gonçalves (doutora em Ciências Sociais, professora da Universidade Federal de Goiás) Apresentação Oral em GT O que os homens trazem para, e levam do, feminismo? Uma análise situada sobre gênero e geração no feminismo brasileiro

Paula Nogueira Pires Batista (Universidade Federal de Goiás) Apresentação Oral em GT Jovens vadias e o sujeito do feminismo contemporâneo - Reflexões em fluxo sobre corpo, gênero, idade/geração e outros marcadores da diferença na Marcha das Vadias de Goiânia/GO

Maiara Diana Amaral Pereira (Universidade Federal Da Bahia), Felipe Bruno Martins Fernandes. Pôster em GT Zahide Machado Neto: Uma reescrita da sua história nas Ciências Sociais e no feminismo.

Regina Facchini (Unicamp) Apresentação Oral em GT De "ondas" e "gerações": sobre como pensar processos de mudança no movimento LGBT

Sessão 2 - GT 040

Kelma Lima Cardoso Leite (Universidade Federal do Ceará), Antônio Cristian Saraiva Paiva Apresentação Oral em GT Uma Análise do Curso da Vida de uma Mulher Soropositiva Para HIV: Percepções e Sentidos da Sexualidade, Idade/Geração e Gênero

Hugo Felipe Quintela (Universidade Federal de Juiz de Fora) Apresentação Oral em GT “Quase lá”: biografias liminares de mulheres na transexualidade

Camila Holanda Marinho (Universidade Federal do Ceará) Apresentação Oral em GT Cartografando sentimentos: narrativas amorosas (e clandestinas) de uma jovem travesti

Jainara Gomes de Oliveira (PPGAS/UFSC) Apresentação Oral em GT Narrativas de coming out de mulheres com condutas homoeróticas sob a ótica do curso da vida

Guilherme Rodrigues Passamani (UFMS) Apresentação Oral em GT “É ajuda, não é prostituição”. Sexualidade, envelhecimento e afeto entre pessoas com condutas homossexuais no Pantanal de Mato Grosso do Sul

Gilson Goulart Carrijo (Universidade Federal de Uberlândia), Flavia do Bonsucesso Teixeira Apresentação Oral em GT Afeto e Proteção: cenas de um casamento nada usual

Natalia Negretti (UNICAMP) Apresentação Oral em GT Até o soslaio girar – Entre vulnerabilidade e cuidado: disposição de discursos em torno de população em situação de rua e envelhecimento

Marina Mantovani Rodrigues de Castro (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO), Moisés Lopes Pôster em GT Homens trans: Um olhar sobre a construção de subjetividades e masculinidades

Sessão 3 - GT 040

Vinícius Gabriel da Silva (Fundação Joaquim Nabuco), Mónica Lourdes Franch Gutiérrez Apresentação Oral em GT Educação e Perspectivas de gênero: Um estudo do ambiente escolar envolvendo questões de gênero e violência

Paula Alegria Bento (Universidade de São Paulo (USP)), Apresentação Oral em GT “Vai ter viado se beijando, sim!”: Sexualidade, política e juventude em uma escola pública federal do Rio de Janeiro

Stephanie Pereira de Lima (UNICAMP) Apresentação Oral em GT O ENUDS na interseção entre movimento estudantil, movimento LGBT e "academia"

Vanessa Jorge Leite (Instituto de Medicina Social / UERJ) Apresentação Oral em GT “Adolescentes LGBT” e o confronto de moralidades em relação ao gênero e a sexualidade nas políticas públicas brasileiras: negociações para a construção da possibilidade de ser e estar

Thiago de Lima Oliveira (Universidade Federal da Paraíba) Apresentação Oral em GT A produção do “macho” e seus “outros”: Economia performática do gênero, cidades e marcadores sociais da diferença em contexto de pegação

Marcelo de Paula Pereira Perilo (Universidade Estadual de Campinas) Apresentação Oral em GT Em trânsito pelo espaço e entre espaços: juventude, (homo)sexualidade e mudança social

Lucas Tramontano (Instituto de Estudos em Saúde Coletiva - UFRJ) Apresentação Oral em GT "Otimizar o desempenho muscular e estético": interseções de diagnósticos, sintomas e desejos no uso da testosterona como aprimoramento

Marlla Suéllen de Melo Dantas (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), Rayane Dayse da Silva Oliveira Pôster em GT Os estudantes do internato de Medicina da UFRN e o discurso acerca da homossexualidade.

GT 041. Medicinas Tradicionais: Ritual, Manejo de Infortúnio e Identidade

Local: G103, CA.

Laércio Fidelis Dias (UNESP - Universidade Est. Paulista "Júlio de Mesquita Filho") (Coordenador) Marcelo Simão Mercante (Unisinos) (Coordenador)

Resumo: A Medicina Tradicional está diretamente ligada às questões de identidade étnica de povos indígenas, afro-descendentes e de diversas comunidades ditas tradicionais. Assim, não haveria apenas uma “medicina tradicional”, mas sim “medicinas tradicionais”. Tais medicinas rompem com várias divisões um tanto rígidas na sociedade “ocidental”, tais como: ciência, religião e espiritualidade; placebo, fé e eficácia simbólica; ritual e terapia; política, identidade, ritual e posse de terras. Isto torna o estudo das medicinas tradicionais um excelente campo para se pensar e problematizar estes temas. Surgem ainda diversas outras questões, tais como: como processos terapêuticos foram desenvolvidos dentro de comunidades tradicionais para lidar com questões exóticas como o abuso de substâncias? Como as medicinas tradicionais têm sido apropriadas pela medicina científica para atuarem complementarmente aos tratamos ofertados em hospitais, unidades básicas de saúde? Que relações estão se estabelecendo entre uso, adoção e desenvolvimento de medicinas tradicionais e fortalecimento étnico? Quais os efeitos das medicinas tradicionais na problematização de conceitos como os de ritual, terapia, identidade, ciência, espiritualidade, eficácia simbólica, etc.? Este grupo de trabalho tem por objetivo então promover uma discussão ampla sobre estes temas, buscado revelar o panorama atual da pesquisa antropológica neste campo, mas tendo como ponto de partida exatamente a questão das medicinas tradicionais.

Programação

Sessão 1 - GT 041

Sergiana Vieira dos Santos (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS) Apresentação Oral em GT As “Marias”: um estudo sobre identidade, memória e representações no ofício das rezadeiras em Delmiro Gouveia- AL

Silvia Regina Paes (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri), Docentes: Rosana Passos Cambraia Marivaldo Aparecido de Carvalho Apresentação Oral em GT Saberes silenciosos: saúde e cultura do Vale do Jequitinhonha

Cristiane Modesto do Nascimento (Universidade Federal do Pará), Roberta Pereira Costa Denise Machado Cardoso Pôster em GT Ritual da menina moça Uma ação política de afirmação da cultura e da identidade Tenetehar-Tembé

Rojane Brum Nunes (UFRGS) Apresentação Oral em GT Práticas tradicionais de cura, benzimentos e indianidade: uma perspectiva etnológica sobre a “cura na (da) América”

Sessão 2 - GT 041

Elisângela Pereira Henrique (Universidade Federal de Pernambuco), Islândia Mª C. de Sousa** Paulo C. Basta*** *Estudante de Graduação do Bacharelado em Ciências Sociais- Universidade Federal de Pernambuco – UFPE-Recife-PE-Brasil ** Professora e Pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz/Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (CpqAM) -Recife-PE-Brasil. *** Professor e Pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca/ Fundação Oswaldo Cruz -Rio de Janeiro-RJ-Brasil Pôster em GT Medicina Tradicional Guarani-Kaiowá: o Ñanderu e a Prática de Cuidado com o Corpo e Alma Rompem com Divisões Ocidentais entre Ciência, Religião e Espiritualidade?

Weleda de Fátima Freitas (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) Apresentação Oral em GT Terapêuticas Tembé-Tenetehar nos ritos de puberdade feminina

Esther Jean Langdon (UFSC), Isabel Santana de Rose Apresentação Oral em GT ‘Medicina tradicional’ e experiências cosmopolíticas na visita de Alcindo Wherá Tupã e Geraldo Karaí Okenda a Belo Horizonte

Vânia Rocha Fialho de Paiva e Souza (UPE), Hosana Celi Oliveira e Santos Maria Jaidene Pires Apresentação Oral em GT Tradição e Intermedicalidade: uma etnografia do II Encontro de Pajés de Pernambuco

Luciane Ouriques Ferreira (Bolsista) Apresentação Oral em GT A emergência das medicinas tradicionais no campo das políticas de saúde indígena

Sessão 3 - GT 041

Rodrigo Toniol (UNICAMP) Apresentação Oral em GT Inventando as PICs. Quando terapias alternativas tornam-se Práticas Integrativas e Complementares

Ana Gretel Echazú Boschemeier (PPGSC - UFRN), MARIA EUGENIA FLORES Apresentação Oral em GT Verdes Mapas. Etnografías con plantas sagradas en los márgenes Latinoamericanos

María Eugenia Flores (Universidad de Salta, Escuela de Antropología), Ana Gretel Echazú Böschemeier Apresentação Oral em GT Verdes Mapas. Etnografías con plantas sagradas en los márgenes Latinoamericanos

Ellana Fiama Souza da Silva (MPEG- Museu paraense Emílio Goeldi) Pôster em GT Xamanismo & Urbanização num território indígena – O papel dos rezadores em São Gabriel da Cachoeira( Alto Rio Negro- Amazonas)

João Tadeu de Andrade (Universidade Estadual do Ceará - UECE), Carlos Kleber Saraiva de Sousa Apresentação Oral em GT Práticas tradicionais de cura: políticas públicas e intermedicalidade entre os Pitaguary no Ceará

Paulidayane Cavalcanti de Lima (UFPE) Apresentação Oral em GT Memória e práticas tradicionais de saúde entre povos Indígenas

GT 042. Migrações Internacionais contemporâneas: análises, debates e conjunturas

Local: G104, CA.

Igor José de Renó Machado (UFSCar) (Coordenador) Miriam de Oliveira Santos (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) (Coordenador)

Resumo: Dando continuidade aos debates desenvolvidos nesse GT desde 2006, pretendemos discutir como as migrações e deslocamentos internacionais ganharam nos últimos tempos uma relevância e urgência significativas que refletem a complexidade dos conflitos de várias naturezas presentes na crescente mobilidade humana no contexto na ordem político- econômica hegemônica vigente e, em especial, os deslocamentos das pessoas que cada vez mais buscam na migração (com maior ou menor grau de escolha e/ou de protagonismo) um caminho para seus projetos de trabalho e de vida em melhores condições do que têm na sua região ou país de origem. A proposta deste GT é acolher trabalhos que busquem analisar os processos e políticas migratórias; compreender os parâmetros para a integração social dos migrantes, entender as interações cotidianas e as lógicas classificatórias que são acionadas em função dos processos migratórios internacionais e das novas configurações societárias contemporâneas. Acreditamos que esse GT tem condições de acentuar a troca de metodologias e experiências de pesquisa nos estudos migratórios, promovendo um aprofundamento em relação às abordagens habituais e acrescentando novas possibilidades para o enfoque antropológico da questão.

Programação Sessão 1 - GT 042

Giralda Seyferth (MN/UFRJ) Apresentação Oral em GT A questão imigratória e a formação do Estado/Nação no Brasil

Sandro Martins de Almeida Santos (Universidade Federal de Roraima), Iana dos Santos Vasconcelos Apresentação Oral em GT Quem é da família? Refletindo sobre relações familiares transnacionais em contextos de mobilidade.

Jamile Dos Santos Pereira Costa (Universidade Federal De Santa Maria), Maria Catarina C. Zanini Apresentação Oral em GT A saga pela cidadania italiana: um estudo antropológico entre e com descendentes de italianos em Santa Maria/RS

Flávia Freire Dalmaso (Museu Nacional/UFRJ) Apresentação Oral em GT Morar em um lugar, viver em outro: a mobilidade haitiana vista a partir de suas casas.

Jullyane Carvalho Ribeiro (Universidade Estadual de Campinas) Apresentação Oral em GT “Em África a mulher faz tudo, mas aqui é o Brasil”: gênero e outras categorias de diferenciação nos deslocamentos de pessoas refugiadas para a cidade de São Paulo

Vítor Lopes Andrade (UFSC) Apresentação Oral em GT Refúgio e orientação sexual: uma intersecção invisibilizada

Jacqueline Lobo De Mesquita (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), Ricardo Correia Carramillo Caetano Apresentação Oral em GT Diferentes Bolívia (s) em São Paulo- Um estudo de caso da deidade Ekeko.

Sessão 2 - GT 042

Taís Cristina Samora de Figueiredo (Universidade Autónoma de Barcelona) Apresentação Oral em GT Brasileirinhos na Europa: percursos e recursos para a construção de uma identidade brasileira no exterior Marcos Estrada (University of Warwick, (Reino Unido)) Apresentação Oral em GT O impacto de politicas agrarias em processos migratório: O caso do deslocamento de brasileiros ao Paraguai e retorno ao Brasil

Cristina Patriota de Moura (Professora - Departamento de Antropologia UnB) Apresentação Oral em GT De Beijing à California: rotas universitárias na circulação de estudantes chineses

Gláucia de Oliveira Assis (UDESC) Apresentação Oral em GT Gênero, afetos e trânsitos contemporâneos de mulheres brasileiras emigrantes no século XXI

Thais Henriques Tiriba (Universidade de São Paulo) Apresentação Oral em GT “Como tá o alemão?” Experiências conjugais de migrantes brasileiras casadas com alemães

Marcelo José Oliveira (Universidade Federal de Viçosa) Apresentação Oral em GT Estratégias e Percursos de Mobilidade da Empregada Doméstica Brasileira como Trabalhadora Estrangeira em Portugal

Sessão 3 - GT 042

Régis Minvielle (USP) Apresentação Oral em GT República: Uma centralidade africana em Sao Paulo

Tilmann Heil (University of Konstanz) Apresentação Oral em GT Para além do conhecido. Visões e decepções de africanos recém- chegados no Rio de Janeiro

Marine Lila Corde (Universidade Federal de Viçosa) Apresentação Oral em GT O direito de voto dos estrangeiros no Brasil: um olhar antropológico sobre os debates relativos ao PEC 25/2012

Larissa Cykman de Paula (UFRGS) Apresentação Oral em GT Imigrantes haitianos(as) no Rio Grande do Sul: considerações sobre suas experiências migratórias

Margarita Rosa Gaviria Mejía (Centro Universitário Univates), Rosmari Terezinha Cazarotto Apresentação Oral em GT Mobilidade do transmigrante haitiano por pequenas cidades do Rio Grande do Sul

Maria Clara Mocellin (Universidade Federal de Santa Maria UFSM) Apresentação Oral em GT Jovens senegaleses em cidades de porte médio do Rio Grande do Sul: projeto migratório e obrigações familiares

Carlos Subuhana (UNILAB), Iadira Antonio Impanta - Bacharel em Humanidades e estudante de Sociologia (Terminalidade) - UNILAB. Apresentação Oral em GT Cooperação Solidária: A presença de estudantes da África Lusófona no Brasil

Andreia Brito de Souza (Unesp Araraquara) Pôster em GT A diáspora haitiana e as condições de trabalho e acolhimento no Brasil: expectativas e realidade na cidade de São Paulo

GT 043. Moradores da Maloca (Aldeia) Grande: Reflexões sobre os indígenas no contexto urbano

Local: G105, CA.

Carlos Alberto Marinho Cirino (Universidade Federal de Roraima) (Coordenador) Carmen Lúcia Silva Lima (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ) (Coordenador)

Resumo: A ideia da proposta surgiu a partir da organização de um livro, cuja composição dos artigos centrava-se na questão dos moradores indígena citadinos. O GT busca refletir a dimensão política da organização social dos indígenas na ocupação e construção do espaço na cidade, as articulações, mobilização e a luta pelo reconhecimento dos seus direitos. Discutiremos os avanços das políticas públicas direcionadas para a população indígena residente na cidade, assim como os processos de deslocamentos, fluxos, em contextos históricos e espaciais diferenciados. Outro objetivo é refletir sobre a perspectiva daqueles que ficaram e dos que partiram para o contexto urbano de uma forma mais fixa; outros, de forma temporária. É preciso entender as relações de convivência entre os povos indígenas da cidade que se deslocaram ao longo da história do contado. Discutir ainda o duplo processo, qual seja, presença da cidade na aldeia e a presença da aldeia na cidade, muito emblemático das TIs próximas aos grandes centros urbanos. Essas dinâmicas abrem espaços para novas discussões e debates

Programação

Sessão 1 - GT 043

Marcos Antonio Braga de Freitas (Universidade Federal de Roraima), Iraildes Caldas Torres Apresentação Oral em GT Política de assistência estudantil para indígenas urbanos na cidade de Boa Vista, Roraima: entraves sociojurídicos

Raimundo Nonato Ferreira do Nascimento (UFPI) Apresentação Oral em GT Educação escolar e diversidade cultural: reflexões sobre a presença indígena no contexto educacional citadino.

Eduardo Tarragó (Ministério Público Federal) Apresentação Oral em GT Etnogênese dos índios residentes em Boa Vista/RR

Isabel Victoria Romero-Cruz (Universidad Nacional de Colombia, sede Amazonia) Apresentação Oral em GT De lenguas maternas a segundas lenguas: la búsqueda de lo propio en la ciudad

Edimar Antonio Fernandes (Universidade Federal do Pará) Apresentação Oral em GT Recontando a história: acesso à universidade e a luta por direitos

Daniel Bampi Rosar (Insitituto Insikiran de Formação Superior Indígena/UFRR) Apresentação Oral em GT Acadêmicos indígenas da Universidade Federal de Roraima: reflexões sobre o processo de seleção.

Sessão 2 - GT 043

Olendina de Carvalho Cavalcante (Universidade Federal de Roraima - UFRR) Apresentação Oral em GT Viver das "panelas": experiências indígenas em Boa Vista, Roraima

Claudina Azevedo Maximiano (Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Amazonas), Claudina Azevedo Maximiano Apresentação Oral em GT Bairro Santa Inês, o povoado: lugar da origem

Edio Batista Barbosa (Centro Universitário Estácio da Amazônia), Francisco Alves Gomes Apresentação Oral em GT Índios na cidade ou cidades nas terras de índios? O caso das cidades de Pacaraima e Bonfim

Wilson Eduardo Gómez Pulgarín (Universidade Federal do Pará) Apresentação Oral em GT Conexão e mobilidade cultural entre os Tikuna na cidade de Leticia (Amazonas-Colômbia)

Samuel Douglas Farias Costa (UFSCar) Apresentação Oral em GT Relações que contrastam e conectam: extensões guarani entre aldeias e a cidade de Maringá

Pablo de Castro Albernaz (Universidade Federal de Roraima) Apresentação Oral em GT Os Ye’kuana e os sons da cidade: dos fonogramas de Koch-Grünberg às músicas dos brancos.

Sessão 3 - GT 043

Ismatônio de Castro Sousa Sarmento (Prefeitura de Parnaíba e Governo do Piauí) Apresentação Oral em GT A produção social da violência Tenetehara no contexto urbano de Barra do Corda-MA

Alexandre Magno de Aquino (UFRGS) Apresentação Oral em GT Paisagens urbanas na configuração do território kaingang: relações entre processos históricos e as transformações na paisagem indígena no sul do Brasil

Camila Vasconcelos Meneghini (UFPE), Renato Monteiro Athias Apresentação Oral em GT Mulheres Indígenas na cidade do Recife: Identidade Étnica e Redes

Leila Maria Camargo (Universidade Estadual de Roraima-UERR) Apresentação Oral em GT Do silêncio ao discurso: a condição social da mulher indígena em Boa Vista

Luciana Marinho de Melo (Universidade Federal do Pará) Apresentação Oral em GT Estratégias identitárias e demandas políticas: povos indígenas na cidade de Boa Vista-Roraima

Camila Mainardi (Universidade Federal de Goiás) Apresentação Oral em GT Usos da cidade, relações com os não indígenas

GT 044. Música e Dança nos Processos de Mobilização Coletiva e Afirmação de Identidades

Local: H101, CA.

Carlos Benedito Rodrigues da Silva (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO) (Coordenador) João Batista de Jesus Felix (Universidade Federal do Tocantins) (Coordenador)

Resumo: Nossa proposta é ampliar debates sobre pesquisas concluídas ou em andamento, enfocando a música e a dança como elementos de expressão corporal e mobilização coletiva nos processos identitários da diáspora, enfocando performances e linguagens corporais produzidas nas diversas regiões brasileiras ou em outros países, em suas expressões tradicionais ou das tendências rítmicas veiculadas pelos sistemas midiáticos. O estágio atual da modernidade nos revela fenômenos interessantes para reflexão do ponto de vista da diversidade, pois, cada vez mais, repertórios culturais, antes reconhecidos como simples formas de lazer, constituem-se, tanto como alternativas de mobilização coletiva para ocupação de espaços, reivindicação de direitos ou afirmação de identidades Arte e cultura, especialmente em sua classificação popular, se por um lado vista como algo perigoso, principalmente pelos governos autoritários, por outro lado, são entendidas como extensão da vida social de determinados grupos, protagonizando histórias diversas. Entendendo que existem já, vários trabalhos acadêmicos que procuram demonstrar a importância das performances rítmicas, musicais e corporais como saberes diversificados, expressões de autonomia política e afirmação de identidades, visamos consolidar um grupo de debates com enfoques diferenciados sobre esses repertórios.

Programação

Sessão 1 - GT 044

Frank Nilton Marcon (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) Apresentação Oral em GT "Música de Festa", Expressão de Identidades, de Estética e de Poder na Diáspora Africana

Paula Santana (UFRPE), Manoel Sotero Caio Netto Apresentação Oral em GT Entre a “Karga” e o “sempre a subir”: reposicionamentos das dinâmicas culturais, mediações tecnológicas e processos de identificação no Kuduro angolano.

Francisco Diego Uchoa De Andrade (Acadêmico de Ciências Sociais - UFPA), Monica Prates Conrado Pôster em GT O MEU PATRIMÔNIO É A MINHA CULTURA: práticas sociais, ações coletivas e expressões culturais através do samba de cacete do Grupo Recordação Umarizal – Pará

Ana Barrientos (Universidade Federal Fluminense) Apresentação Oral em GT A Bomba, expressão cultural afrochoteña de dança e música: Entre o tradicional e as mudanças. Iniciativas para o fortalecimento da(s) identidade(s) dos habitantes do Vale do Chota.

Victor Uehara Kanashiro (SAMAUMA RESIDÊNCIA ARTÍSTICA RURAL) Apresentação Oral em GT Cantos Diaspóricos: artes performativas e políticas da memória

Mariana Conde Rhormens Lopes (UNICAMP) Apresentação Oral em GT Mapiko: Identidade Maconde

Debora Costa de Faria (Universidade Federal de São Paulo) Apresentação Oral em GT Narrativas musicais contemporâneas entre o local e o global: os casos do funk brasileiro e do kuduro angolano

Sessão 2 - GT 044 Maria Acselrad (UFPE) Apresentação Oral em GT "Dançar é estar fora de si" - o lugar do inimigo entre os caboclinhos de Pernambuco: por uma antropologia das forças de oposição em movimento

Sônia Cristina de Assis (Universidade do Estado de Minas Gerais- Escola de Música), José Alfredo Oliveira Debortoli Apresentação Oral em GT Uma investigação sobre o fazer musical da Festa da Folia de Reis São Francisco de Assis da cidade de Carmo do Cajuru-MG

Victória Ester Tavares da Costa (Universidade Federal do Pará), Enderson Geraldo de Souza Oliveira Pôster em GT Conexão Amazônia-Jamaica: Hibridismo, autenticidade e memória no Breggae, em Belém do Pará

Bany Narondy Cabral Lima (UERN), Profª. Drª. Ana Maria Morais Costa Apresentação Oral em GT Desdobramentos do ativismo musical em Mossoró: uma análise da ocupação do Beco dos Artista

Geovana Tabachi Silva (Universidade Federal Fluminense) Apresentação Oral em GT RITMISTAS E BATUQUEIROS: performances culturais, memória e afirmação no batuque.

Ricardo Moreno de Melo (IFRJ) Apresentação Oral em GT “Sou angolano também”: algumas notas acerca dos processos identitários contemporâneos

Alecsandro José Prudêncio Ratts (Universidade Federal de Goiás) Apresentação Oral em GT O canto dos africanos na Terra Brasilis: diáspora africana e identidade negra nos cantopoemas das Festas do Rosário m Goiás

Fatima Sabrina da Rosa (Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande do Sul), José Luis Abalos Junior Apresentação Oral em GT Batalhando no Mercado: arte, ritual e performance em jogos de MCs

Sessão 3 - GT 044 Sérgio da Silva Santos (Universidade de Brasília) Apresentação Oral em GT Espaços públicos e processos de significação: questões sobre juventudes e hip hop nas cidades de Recife, Maceió e Aracaju.

Talita Brasil e Silva (UFC) Apresentação Oral em GT Hip Hop em Fortaleza: uma questão de identidade

Abda de Souza Medeiros (Universidade Federal do Ceará/ Faculdade Vale do Jaguaribe) Apresentação Oral em GT Itinerários femininos e dos bens nos circuitos do rock Metal

Pedro Macedo Mendonça (Colégio Pedro II), Jhenifer Raul Matheus Ferreira Apresentação Oral em GT Saraus de rua e protagonismo negro no Rio de Janeiro: Pesquisa etnomusicológica sob a ótica de uma invesitgação militante e dialógica

Hytalo Kanedo de Lima Fernandes (Universidade Federal de Goiás) Apresentação Oral em GT A vida está Punk: os “Quebra Crânios” no cenário underground de Goiânia

Gabriel Almeida do Valle (Graduação), Adriana Miranda Pimentel Pôster em GT Práticas artístico-culturais e os modos de fazer dos/as jovens da comunidade de Santiago do Iguape.

Mércia Ferreira de Lima (UFCG), Autora: Mércia Ferreira de Lima Co- autor: Vanderlan Francisco da Silva Apresentação Oral em GT Performances e em um movimento juvenil: uma etnografia sobre a mulher no hip hop de Campina Grande

Belisa Zoehler Giorgis (Universidade Feevale), Luiz Antonio Gloger Maroneze (Universidade Feevale) Sandra Portella Montardo (Universidade Feevale) Apresentação Oral em GT "Olhando aqui de perto, tudo é tão normal" - Imersão etnográfica em show da banda Apanhador Só GT 045. O Pantanal e seu entorno: diversidade, relações sociais e conflitos

Local: H102, CA.

Álvaro Banducci Júnior (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) (Coordenador) Jorge Eremites de Oliveira (Universidade Federal de Pelotas) (Coordenador)

Resumo: O Pantanal é a maior planície de inundação do globo e está constituído por ecossistemas que abrangem vastas extensões dos territórios nacionais do Brasil, Bolívia e Paraguai, os quais fazem fronteira na região. Abriga uma significativa diversidade sociocultural, composta de populações dispersas em áreas urbanas e rurais, incluindo povos indígenas e comunidades tradicionais, as quais formam redes de contato e circulação. No caso brasileiro, a região tem chamado à atenção pelos conflitos sociais e socioambientais, violação dos direitos de povos indígenas, fluxo de imigrantes, turismo, comércio de bens lícitos e ilícitos etc. Neste contexto, antropólogos e pesquisadores de áreas afins têm desenvolvido estudos a respeito de temas pertinentes ao universo histórico e sociocultural pantaneiro e às relações com as paisagens e a biodiversidade locais. Diante desta realidade, a presente proposta de GT tem o propósito de se constituir em um espaço aberto e plural para a socialização de conhecimentos e o debate sobre várias temáticas sobre o Pantanal e seu entorno: diversidade sociocultural, turismo, redes de transporte (rodovias, hidrovia etc.), projetos desenvolvimentistas, expansão do agronegócio, relações das populações locais com a biodiversidade, conflitos pela posse de terras indígenas e territórios de comunidades tradicionais etc.

Programação

Sessão 1 - GT 045

Leonardo Tomé de Souza (UNIVASF) Apresentação Oral em GT OS DIAS MARRECAS: Marginalização social e invisibilidade histórica no sudeste piauiense.

Gustavo Villela Lima da Costa (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) Apresentação Oral em GT "Diz que em Corumbá tem muita fofoca": poder, política e moralidade em uma cidade do Pantanal

Lindomar Lili Sebastião (Prefeitura Municipal) Apresentação Oral em GT A diáspora Guaná(Terena) no pós-guerra da Tríplice Aliança e os reflexos em seus territórios no Mato Grosso do Sul

Alisson de Souza Pereira (UFMS), Prof. Dr. Álvaro Banducci Jr. Apresentação Oral em GT Entrenaturezas: Ribeirinhos, Guatós e sua relação com o mundo natural na Comunidade Barra do São Lourenço, Pantanal/MS.

Isabella Banducci Amizo (TUTORES) Apresentação Oral em GT Bugres: o índio na arte e na identidade de Mato Grosso do Sul

GT 046. O trabalho do antropólogo e a implementação dos direitos das comunidades dos quilombos

Local: H103, CA.

Aderval Costa Filho (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS) (Coordenador) Raquel Mombelli (UFSC) (Coordenador)

Resumo: Muitas questões podem ser lançadas sobre a inserção da antropologia no campo político de aplicação dos direitos das comunidades dos quilombos. A antropologia tem acumulado conhecimentos, sobretudo no campo da produção dos chamados relatórios ou laudos antropológicos voltados à subsidiar processos de reconhecimento de direitos étnicos, coletivos e territoriais. Além disso, a antropologia no Brasil tem estabelecido amplo diálogo com o campo jurídico e com o poder executivo, no sentido de promover uma interlocução entre o fazer antropológico, a aplicação de leis e a implementação de políticas, programas e ações governamentais voltadas para a garantia de direitos. A ampliação do campo de atuação profissional do antropólogo tem exigido constante atualização de parâmetros de atuação nesses processos. Nesse sentido, O GT pretende abrir possibilidades de reflexão sobre contextos e situações sociais contemporâneas, violação de direitos e conflitos enfrentados pelas comunidades e profissionais da antropologia, modalidades de atuação do antropólogo e seus pressupostos formativos e éticos, bem como efetividade do trabalho do antropólogo quanto à implementação dos direitos das comunidades dos quilombos.

Programação

Sessão 1 - GT 046 Cintia Beatriz Muller (UFBA) Apresentação Oral em GT Prática antropológica em contexto de perícia: formação e ética profissional na efetividade da implementação de direitos

Osvaldo Martins de Oliveira (Universidade Federal do Espírito Santo) Apresentação Oral em GT DIREITOS QUILOMBOLAS E AGENTES POSICIONADOS: Reflexões sobre experiências profissionais no campo da antropologia

Carlos Alexandre Barboza Plínio dos Santos (Departamento de Antropologia/UnB) Apresentação Oral em GT Campos conflitivos: a afirmação e a negação dos direitos quilombolas

Sandro José da Silva (Universidade Federal do Espírito Santo), Natane Franciella de Oliveira Apresentação Oral em GT Nós, o Estado: sobre o campo de poder na regularização fundiária quilombola

Sueli Pereira Castro (SOCIP/ICHS/UFMT), CASTRO, Sueli Pereira Apresentação Oral em GT O Agora é o Tempo do Direito: o Relatório Antropológico e Histórico e a Regularização de Território Quilombola

Marcelo Barbosa Spaolonse (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA)) Apresentação Oral em GT Territórios inalcançáveis? - Mecanismos de protelação indefinida na efetivação dos direitos territoriais quilombolas

Sessão 2 - GT 046

Ricardo Ferreira Ribeiro (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS), Denise Pirani Wellinson Brito Ferreira Gustavo Araújo Silva Apresentação Oral em GT O quilombo andante – diásporas e territórios

Emmanuel de Almeida Farias Júnior (UEA) Apresentação Oral em GT “Era liberto esse mundo”: a perspectiva de direito dos quilombolas de Cachoeira Porteira Sonia Regina Lourenço (PPGAS/Universidade Federal de Mato Grosso) Apresentação Oral em GT Conflitos e agenciamentos políticos quilombolas em Chapada dos Guimarães, Mato Grosso

João Vitor Martins Lemes (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS), Erika Macedo Moreira Apresentação Oral em GT Aproximações entre antropologia e direito: os laudos periciais antropológicos na afirmação e garantia das territorialidades quilombolas

Maria Tereza Rocha (Universidade Federal de Minas Gerais), Fernanda Fernandes Magalhães Fabio Cabral Jota Apresentação Oral em GT O Estado e suas margens: O processo de formação de fronteiras no Quilombo de Bom Jardim da Prata no município São Francisco, Minas Gerais.

José Batista Franco Junior (PPGAS/UFMT) Pôster em GT Processo de Identificação e Regularização das Comunidades Quilombolas de Chapada dos Guimarães - MT

GT 047. Ofícios e profissões: memória social, identidades e construção de espaços de sociabilidade

Local: H104, CA.

Fernanda Valli Nummer (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) (Coordenador) Maria Cristina Caminha de Castilhos França (IFRS - Câmpus Porto Alegre) (Coordenador)

Resumo: Nesta terceira edição do Grupo de Trabalho (GT) “Ofícios e profissões: memória social, identidades e construção de espaços de sociabilidade”, a primeira foi realizada na 28ª Reunião Brasileira de Antropologia (RBA), em São Paulo, no ano de 2012, e a segunda na 29ª RBA, em Natal, no ano de 2014, segue-se com o pressuposto de que o trabalho é a expressão clara de intersecção entre cultura e processo produtivo. As constantes transmutações do sistema capitalista prospectam novas configurações de antigos campos profissionais e alterações nas regras que organizam as relações de trabalho. Estudos sócio antropológicos, sobre ofícios e profissões em sua multiplicidade de enfoques e de recortes de grupos profissionais, trazem um cenário fértil e criativo em que a dimensão identitária, associada ao trabalho dos sujeitos, cria dinamicidade aos seus projetos de vida e, consequentemente, suas ações no mundo social. A proposta principal é discutir pesquisas em que os ofícios e as profissões são analisados não apenas como funções sociais especializadas que as pessoas desempenham de acordo com as necessidades de outras, mas sim como uma das múltiplas dimensões das identidades dos sujeitos, sendo capazes de gerar esquemas de percepção e ação no mundo social. Pretende-se ampliar os debates.

Programação

Sessão 1 - GT 047

Ricardo Luiz Cruz (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul) Apresentação Oral em GT Trabalho e sociedade na selva alta peruana

Wendell de Freitas Barbosa (Doutorando/ Universidade Federal do Ceará), Leonardo Damasceno de Sá Apresentação Oral em GT OS DEUSES E OS HOMENS : Organização disciplinar, subalternidade e instabilidades hierárquicas na PMCE

Euzalina da Silva Ferrão (Universidade Federal do Pará - UFPA) Apresentação Oral em GT Nos campos da ilha de Marajó: o homem, o gado e as práticas sociais

Nélio Ribeiro Moreira (Universidade Federal do Pará) Apresentação Oral em GT Música e cidade: memória social e experiência urbana de artistas da música popular em Belém do Pará nos anos 1980 (PA).

Rachel Aisengart Menezes (UFRJ), Priscila de Oliveira Galvão Cassemiro (Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro) Apresentação Oral em GT O Vigilante na unidade de saúde: entre a norma e o "jeitinho"

Karen Ambrozi Käercher (Universidade Federal de Santa Maria), Jurema Gorski Brites Apresentação Oral em GT Tecendo gênero e trabalho: trajetórias de costureiras e alfaiates

Wecisley Ribeiro do Espírito Santo (UERJ) Apresentação Oral em GT SULANQUEIROS E EMPREENDEDORES: conflitos e deslizamentos identitários entre produtores/comerciantes de vestuário e outros objetos, no agreste de Pernambuco-BR.

Ismael da Silva Barros (POLICIA MILITAR DO PARA), FERNANDA VALLI NUMMER Pôster em GT Canções que matam: representações sociais e identidade nas canções lúdicas militares no curso de formação de soldados da Policia Militar do Pará

Sessão 2 - GT 047

Luísa Maria Silva Dantas (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Apresentação Oral em GT AS DOMÉSTICAS VÃO ACABAR? Estudo antropológico dos jogos de memória, narrativas biográficas, trajetórias sociais e formas de sociabilidade de mulheres em Belém/PA, Porto Alegre/RS e Salvador/BA

Guillermo Stefano Rosa Gómez (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Claudia Turra Magni Apresentação Oral em GT Entre "Tucos" e "Bochas": A relevância dos apelidos no ethos ferroviário

Luisa Günther Rosa (Departamento de Artes Visuais-UnB) Apresentação Oral em GT Inspiração como Vocação: vida-obra, carisma e carreira

Cristina Rodrigues da Silva (PPGAS-UFSCAR / FAPESP) Apresentação Oral em GT O Exército como família: espaços militares e redes de sociabilidade numa vila na fronteira amazônica

Maria do Socorro Peloso da Silva (UFPB) Apresentação Oral em GT Homens que trabalham, corpos que brincam: Dando voz aos Carregadores Portuários de Santarém-PA

Gabriela de Lima Cuervo (SEEDUC/RJ) Apresentação Oral em GT Pensando as múltiplas leituras das categorias competência, desempenho, igualdade e justiça em um contexto de funcionalismo público

Jardelly Lhuana da Costa Santos (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), Julie Antoinette Cavignac Apresentação Oral em GT Memórias da escravidão no sertão: etnografia e arquivos de Acari (RN).

Andreza Carvalho Ferreira (Universidade de Brasília) Pôster em GT Crescendo entre mundos, vivendo entre circulações: histórias de vida e de trabalho na trajetória de Ofélia

Sessão 3 - GT 047

Anatil Maux de Souza (UFPB), Heytor Queiroz Ednalva Maciel Neves Pôster em GT Perspectivas antropológicas: a construção do ofício do geneticista

José Wanderley Pereira Segundo (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) Apresentação Oral em GT “Sonhou com alguma coisa hoje?”: Um estudo etnográfico sobre os bicheiros de Mossoró/RN

Daniela Guimarães Vieira (ufmg), Maria Aparecida Moura, Maria das Dores Pimentel Nogueira, Terezinha Maria Furiati Apresentação Oral em GT Narrativas dos mestres de ofício do Vale do Jequitinhonha: Saberes Plurais

Rita Boechat e Oliveira (Coletivo Malva) Apresentação Oral em GT Os redeiros em Belo Horizonte: comércio ambulante, mobilidade e familiaridade

Eufrásia Nahako Songa (Universidade Federal de Goiás) Apresentação Oral em GT Espaços, tempos e trocas entre as cabelereiras no mercado Rio Nangombe do Lubango, Angola

Antônio de Salvo Carriço (PPGAS/ Museu Nacional/ UFRJ) Apresentação Oral em GT Percepções etnográficas sobre o trabalho no balcão de padaria

Érika Bezerra de Meneses Pinho (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Apresentação Oral em GT A "mãe da noiva" de aluguel: Trabalho relacional e confiança no cotidiano de uma cerimonialista

Daniel Vaz Lima (Universidade Federal de Pelotas), Flávia Maria Silva Rieth Apresentação Oral em GT Da mão que queima à mão que acaricia: notas etnográficas sobre os encontros corporais entre humanos e animais não humanos no trabalho artesanal da doma de cavalos

GT 048. Onde estava escrito? Criatividade, inovação e a teoria etnográfica.

Local: H108, CA.

Guilherme José da Silva e Sá (Universidade de Brasília) (Coordenador) Karina Biondi (UNICAMP) (Coordenador)

Resumo: Um dos traços marcantes da Antropologia é a convivência indissociável entre sua epistemologia e a teoria etnográfica a partir de sua prática. Essa relação está condicionada à necessidade da reatualização teórica em tempo real mediante as demandas e idiossincrasias provenientes das pesquisas de campo. Não raramente o material etnográfico desafia os limites dos referenciais teóricos mais consolidados e exige a elaboração de abordagens que, por um lado, não imponham limitações ao próprio material e, por outro, levem adiante as discussões que já estão em circulação. Este Grupo de Trabalho pretende estimular o debate e promover a articulação entre pesquisas que vêm lidando com desafios teórico- metodológicos colocados por seus materiais etnográficos, que vêm se deparando com a inadequação ou insuficiência dos referenciais teóricos disponíveis. Acolheremos reflexões sobre pesquisas autorais que desafiem formulações teóricas instituídas e/ou que exijam o empreendimento de certa criatividade no traçado de suas estratégias metodológicas. Privilegiaremos os trabalhos que dialoguem transversalmente entre si em função de suas abordagens inovadoras para a pesquisa e a escrita etnográfica, não só superando delimitações temáticas como também promovendo o diálogo entre as diferentes subáreas da antropologia. Dessa forma, serão bem vindas contribuições dos diversos campos temáticos que compõem o conhecimento antropológico, desde que oriundas de pesquisas empíricas próprias. Programação

Sessão 1 - GT 048 Eduardo Neves Rocha de Brito (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) Apresentação Oral em GT Ensaio sobre políticas espontâneas e a paralisia de certa antropologia

Gustavo Ruiz Chiesa (UFRJ) Apresentação Oral em GT Que faço eu? Reflexões indisciplinares (supostamente antropológicas) sobre a vida

Aline Fonseca Iubel (UFSCar) Apresentação Oral em GT Escrevendo nomes, revelando intrigas: as implicações políticas de uma etnografia sobre política em São Gabriel da Cachoeira (AM).

Clark Mangabeira Macedo (UFMT) Apresentação Oral em GT “Todas as cartas de amor são ridículas”? O romance epistolar entre Fernando Pessoa e Ofélia Queiroz, dificuldades e potencialidades etnográficas – uma antropologia de documentos pessoais

Marcela Roberta Guimarães Vasco (Universidade Estadual de Campinas) Apresentação Oral em GT Transexualidade e fotografias bordadas: linhas que costuram experiências e imagens

Véronique Isabelle (Universidade Federal do Para) Apresentação Oral em GT Exprimir através de imagens o que não poderia ser apresentado de outra forma

Bruna Aparecida Thalita Maia (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afrobr) Pôster em GT Contribuições teórico-metodológicas para a escrita etnográfica: interseccionando raça, gênero e classe na reconstrução de trajetórias biográficas.

Sessão 2 - GT 048

Maria José Villares Barral Villas Boas (Universidade de Brasília) Apresentação Oral em GT [Per(formando)] imagens com crianças do Nêgo Fugido. João Batista Bittencourt (UFAL) Apresentação Oral em GT A etnocartografia como experimento antropológico ou da arte de mapear territórios subjetivos.

Roberto Marques (Universidade Regional do Cariri- URCA) Apresentação Oral em GT Sertão sem limites: masculinidades, consumo e a cultura popular massiva no Nordeste

Márcio Fonseca Benevides (Universidade Federal do Ceará - UFC) Apresentação Oral em GT Produção cultural alternativa, atores-redes juvenis e seus mútuos afetos: notas para a composição de uma etnocartografia das práticas e intensidades do rock

Raquel Gomes Noronha (Universidade Federal do Maranhão) Apresentação Oral em GT Design Anthropology e a materialidade dos jogos na pesquisa etnográfica

Thiago Mota Cardoso (Universidade Federal de Santa Catarina) Apresentação Oral em GT Passos para uma antropologia andarilha: a etnografia como história naturalcultural crítica

Marilena Altenfelder de Arruda Campos (ESALQ-USP) Apresentação Oral em GT Etnografia Multiespécie da Mandioca junto aos Pataxó no entorno do Monte Pascoal.

Carolina Hoffmann Fernandes Braga (UFPel) Pôster em GT O Devir das Coisas: uma etnografia da trajetória social dos resíduos sólidos da Indústria Naval da cidade de Rio Grande

Sessão 3 - GT 048

Luana Zambiazzi dos Santos (Universidade Federal do Pampa) Apresentação Oral em GT Mixando sons, mesclando narrativas: crônicas sônicas no contexto etnográfico de um bairro popular do sul do Brasil

Rosana Horio Monteiro (Universidade Federal de Goiás) Apresentação Oral em GT A etnografia no contexto da arte contemporânea: uma investigação a partir dos estudos STS

Fabiene de Moraes Vasconcelos Gama (Universidade de Brasília) Apresentação Oral em GT Sobre emoções e imagens: estratégias para experimentar, documentar e expressar o invisível em mobilizações políticas

Diogenes Egidio Cariaga (Universidade Federal de Santa Catarina) Apresentação Oral em GT Em nossas próprias armadilhas: “artefatos” antropológicos em contexto.

Zoy Anastassakis (Universidade do Estado do Rio de Janeiro (ESDI/UERJ)) Apresentação Oral em GT Design e Antropologia: desafios de um encontro em bibliotecas públicas no Rio de Janeiro e em Copenhagen

Sarah Victória Almeida Rodrigues (Universidade de Brasília) Pôster em GT Nos limites da fotografia, nos limites da Antropologia? Experiências com pessoas cegas que fotografam.

Lara Santos de Amorim (Universidade Federal da Paraíba) Apresentação Oral em GT Antropologia do Cinema: novos dispositivos etnográficos em uma perspectiva interdisciplinar

Aina Guimarães Azevedo (University of Aberdeen) Apresentação Oral em GT Não estava escrito, mas foi desenhado - Contribuições do desenhar à antropologia

GT 049. Partos e/ou maternidades e políticas do corpo: perspectivas antropológicas

Local: H105, CA.

Fernanda Bittencourt Ribeiro (Pontifícia universidade Católica do Rio Grande do Sul) (Coordenador) Rosamaria Giatti Carneiro (Universidade de Brasilia/ABA/APA) (Coordenador)

Resumo: Este GT pretende dar continuidade às discussões inauguradas na RBA em 2014 e em outros fóruns nos últimos anos. Nesta edição visamos agregar trabalhos que explorem as temáticas do parto e/ou da maternidade/paternidade na contemporaneidade, partindo do pressuposto de que múltiplas têm sido as suas expressões simbólicas, bem como suas transformações enquanto experiência social. Nas décadas de 70 e 80, a maternidade e o parto foram tematizados pelo viés do direito à saúde integral e dos direitos sexuais e reprodutivos, o momento atual, no entanto, parece ser outro, em que o campo se vê interpelado também por questões como: o ideário da humanização do parto; as múltiplas experiências de gravidez, parto e pós-parto; o crescimento de tecnologias reprodutivas (NTRs); as políticas públicas; as experiências de maternidades lésbicas; a existência de outras figurações de paternidade; as paternidades gays e as práticas e moralidades relativas ao cuidado das crianças. Nesse sentido, esperamos adensar a discussão antropológica e criar uma agenda de pesquisa que explore outras noções de sexualidade, corporalidade, pessoa e práticas de cuidado nas cenas de parto, pós-parto, maternidades/paternidades e parentalidades. Por essa razão, trabalhos que discutam o assunto a partir do viés teórico e epistemológico, político e identitários serão mais do que bem- vindos no sentido de despertar diálogos antropológicos sobre outras políticas do corpo e do cuidado na atualidade.

Programação

Sessão 1 - GT 049

Natália Conceição Silva Barros Cavalcanti (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará-IFPA) Apresentação Oral em GT Grupo Papo de Mãe: uma experiência de rede de apoio à maternagem em Belém do Pará

Mariana Marques Pulhez (Unicamp) Apresentação Oral em GT Violência obstétrica e as noções de afeto nas práticas da maternidade ativa: alguns paralelos

Clara Cazarini Trotta (Universidade Federal de Minas Gerais) Apresentação Oral em GT #MaternidadeReal: conteúdo impróprio.

Jaqueline Cardoso Portela (Universidade Federal da Bahia) Apresentação Oral em GT “Não me obriguem a um parto normal”: concepções de corpo, autonomia e direito de escolha de mulheres gestantes que optam pela cesárea eletiva. Laís Oliveira Rodrigues (UFPE) Apresentação Oral em GT Planos, relatos e vídeos de parto: por outras políticas do corpo

Elaine Müller (UFPE) Apresentação Oral em GT "O desafio da maternidade": protagonismo feminino para além do parto

Juliana Souza (ufrrj), Alessandra Rinaldi Apresentação Oral em GT "Parir com dignidade e humanização": Casa de Parto como um caso exemplar.

Sessão 2 - GT 049

Eliane Miranda Costa (Secretaria de Estado de Educação - SEDUC/PA), Ana Maria Smith Santos Flávio Bezerra Barros Apresentação Oral em GT As parteiras e a arte de fazer partos em perspectivas cosmológicas no arquipélago do Marajó

Érica Dumont Pena (Universidade Federal de Minsa Gerais), Rogério Correia da Silva Apresentação Oral em GT Nascer Xakriabá: cuidado e técnicas do corpo, antes e após o nascimento

Lidiane Mello de Castro (Escola de Enfermagem - USP), Edemilson Antunes de Campos Apresentação Oral em GT Múltiplas faces de um conceito de parto: Uma abordagem etnográfica de grupos do movimento de humanização do parto e nascimento

Ramoci Leuchtenberger (UFVJM), Silvia Regina Paes Apresentação Oral em GT Mulheres Quilombolas do Alto Vale do Jequitinhonha: representações sobre gestação, parto e puerpério e suas práticas de autocuidado em saúde reprodutiva.

Camila Cristina Saraiva Castello (Estudante de graduação) Pôster em GT “Exercícios para o trabalho de parto: roda de conversa para mulheres grávidas, doulas e acompanhantes – Um ensaio fotográfico.” Sara Sousa Mendonça (PPGA-UFF) Apresentação Oral em GT Primeiras reflexões do trabalho de campo em uma Maternidade pública humanizada na cidade do Rio de Janeiro

Gisele Oliveira Muniz (UFF), Não se aplica. Apresentação Oral em GT Nascer Kalunga, da casa ao hospital: Como as mulheres Kalunga avaliam as diferentes experiências de parto no cenário obstétrico atual?

Naiara Maria Santana dos Santos Neves (Universidade Federal da Bahia) Apresentação Oral em GT "Como as avós ou entre doutores: o parto como afirmação e reinvenção da identidade quilombola"

Sessão 3 - GT 049

Rachel Salgueiro Rizério (Instituto de Desenvolvimento Institucional e Ação Social) Apresentação Oral em GT “Vida e materialidade: observações e propostas iniciais para uma pesquisa sobre o recém-nascido prematuro em sua passagem pela Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.”

Juliara Borges Segata (UFRN) Apresentação Oral em GT Mães em rede: experiências de gravidez, parto e puerpério em um grupo de gestantes no whatsapp

Marcella Beraldo de Oliveira (Universidade Federal de Juiz de Fora), Amanda Faulhaber Luisa Ladeira Apresentação Oral em GT “Par-te de mim”: amamentação e maternidade em diferentes contextos

Diego Alano de Jesus Pereira Pinheiro (UFPB) Apresentação Oral em GT “Crianças especiais para famílias especiais”: Uma etnografia sobre as representações das mães de bebês com microcefalia em João Pessoa- PB

Anna Carolina Horstmann Amorim (UFSC) Apresentação Oral em GT Maternidades lésbicas: um estudo sobre tecnologias reprodutivas e parentalidades no Brasil Amanda Bartolomeu Santos (UFRGS) Apresentação Oral em GT A produção do aleitamento materno: recursos biomédicos, corpos e gêneros

Jimena Maria Massa (UFSC) Apresentação Oral em GT “Ter um filho me fez desejar conhecer minha mãe”: (re)construção de laços parentais nos casos dos/as “netos/as restituídos/as” na Argentina

GT 050. Perspectivas Antropológicas no Esporte e no Lazer: corpos, gêneros e sociabilidades

Local: I413, CA.

Leonardo Turchi Pacheco (Universidade Federal de Alfenas) (Coordenador) Wagner Xavier de Camargo (FAPESP) (Coordenador)

Resumo: Este Grupo de Trabalho almeja dar um passo complementar que contribua com o esforço empreendido para a consolidação de uma antropologia dos esportes ou das práticas esportivas nos últimos anos em fóruns acadêmicos de discussão e da proeminência que os estudos sobre o corpo e as relações de gênero vêm adquirindo no campo das ciências sociais e humanas. Nesse sentido, tem como proposta a compreensão das interseccionalidades entre corpos, gêneros e sociabilidades nos esportes e nos lazeres. A sua intenção é a de reunir trabalhos, de pesquisadores de diversas regiões do país, – proporcionando amplo espaço de interlocução, intercambio e diálogo –, situados nas áreas das Ciências Sociais, Humanas e/ou da Saúde que se apresentarão como fontes de reflexão para a problematização de rótulos, designações de gênero, sexualidades, desvios, abjeções, corpos e hegemonias esportivas entre outros temas correlatos. Deste modo, entrelaçando perspectivas antropológicas e interdisciplinares pensamos em atingir criticamente a difusão de imaginários, representações, cosmovisões, discursos e práticas atreladas a posturas de dominação patriarcal e de poder hegemonicamente constituídos nos campos do esporte e nas práticas de lazer.

Programação

Sessão 1 - GT 050

Luiz Fernando Rojo Mattos (UFF) Apresentação Oral em GT O gênero para além do sexo: discussões a partir de uma etnografia na vela de Niterói (RJ)

Felipe Magalhaes Lins Alves (UFRRJ) Apresentação Oral em GT Do Nocautear o inimigo à vitória dos justos: projetos de “salvação” e estratégias religiosas para jovens lutadores de MMA no Rio de Janeiro

Barbara Gomes Pires (Museu Nacional / Universidade Federal do Rio de Janeiro) Apresentação Oral em GT Políticas de gênero, resoluções antidoping: quando a verificação de gênero da intersexualidade torna-se “doping natural” no esporte

Mônica da Silva Araujo (UFPB-PPGA) Apresentação Oral em GT O esporte paralímpico no estado da Paraíba: avanços e desafios às vésperas dos Jogos Rio 2016

Miriã Anacleto (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ) Apresentação Oral em GT Para além da estética e da saúde: a academia de ginástica enquanto espaço de sociabilidade

Caroline Soares de Almeida (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA) Apresentação Oral em GT “Bem-vindas, Hermanas”: o Brasileirão de Futebol Feminino e a inserção de futebolistas estrangeiras em clubes brasileiros

Aaron França Teófilo (Unifal-MG) Pôster em GT A esportivização do Judô Kodokan: o que a Educação (Física) nos diz sobre identidade e alteridade

Sessão 2 - GT 050

Tiago Sales de Lima Figueiredo (UFF) Apresentação Oral em GT Ellas Juegan: cooperação Uruguai-Alemanha para o fomento do futebol feminino na Banda Oriental.

Sonia Maria Neves Bittencourt de Sa (terceirizada) Apresentação Oral em GT Kyudo: Os arcos e as flechas que atravessam o tempo desde os samurais a modernidade e sua prática no Brasil

Marco Antonio Gavério (ufscar), Valentina Iragola Cairoli Apresentação Oral em GT Sofrer é necessário, superar é consequência: legitimaçoes da dor e deficiência em algumas narrativas esportivas

Michel de Paula Soares (NÚCLEO DE ANTROPOLOGIA URBANA DA USP) Apresentação Oral em GT “Enterrem meu coração sob o viaduto” - A Nobre Arte e o bairro negro de São Paulo

Ingrid Ferreira Fonseca (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do) Apresentação Oral em GT Corporalidades no jogo de malha: representações sobre o corpo do homem velho

Lucio Carlos Dias Oliveira (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO), Maria de Nazaré Pereira da Silva Jozimar Prazeres Apresentação Oral em GT SE CADA UM TEM UM CORPO, POR QUE O CORPO TEM QUE SER UM? Um estudo de caso na Educação Física Escolar

GT 051. Políticas das drogas: éticas de consumo, diversidades das práticas e conflitos acerca de seus controles

Local: H107, CA.

Beatriz Caiuby Labate (CIESAS) (Coordenador) Frederico Policarpo de Mendonça Filho (Universidade Federal Fluminense) (Coordenador)

Resumo: Seguindo a consolidação de uma rede de pesquisa, iniciada na ABA/2014 e reeditada na ABANNE/2015 e RAM 2016, visando a discussão acadêmica sobre as substâncias psicoativas, o presente GT propõe uma reflexão sobre o consumo destas, bem como de instrumentos teóricos- metodológicos que permitam compreender as éticas de consumo, as diversidades das práticas que o cercam e os conflitos acerca de seus controles. Tomando como princípio que não há uma ética universal que sirva de referencial externo único e absoluto para dar sentido às experiências de consumo, tanto as diversidades das práticas que o atravessam, como os conflitos oriundo das estratégias de controle sobre os mesmos devem ser considerados a partir de sua própria constituição. Portanto, a ética que apoia o proibicionismo é tão legítima quanto as éticas que atravessam consumos diversos, da ayahuasca, maconha ou crack. Assim, é possível problematizar a hegemonia do paradigma “médico-legal”, explicitando os conflitos oriundos do confronto dessa diversidade de éticas de consumo. Para tal, o GT comporta: 1) etnografias sobre práticas de consumo de substâncias que recebem as alcunhas de “droga”, “plantas” e “remédios”; 2) descrição de políticas de drogas que atualizam regimes de controle, como tribunais de justiça, serviços de saúde e comunidades terapêuticas. 3) pesquisas que exploram o saber nativo e o encontro entre disciplinas diversas, como investigações sobre o potencial terapêutico da maconha e dos alucinógenos.

Programação

Sessão 1 - GT 051

Pablo Ornelas Rosa (Universidade Vila Velha), Marcella Uliana Weigert Apresentação Oral em GT Drogas e Alimentos: Construções Morais?

Glauber Loures de Assis (UFMG), Beatriz Caiuby Labate Apresentação Oral em GT Da Amazônia para o mundo: Panorama da literatura sobre a internacionalização das religiões ayahuasqueiras brasileiras

Juliana Nicolle Rebelo Barretto (Universidade Federal de Pernambuco) Apresentação Oral em GT Gestar e parir: corpo e atenção à saúde no Daime.

Sandra Lucia Goulart (Faculdade Cásper Líbero), Sandra Lucia Goulart (1 a autora) Beatriz Caiuby Labate (2a autora) Apresentação Oral em GT "Religião, Política e Cultura: o uso da ayahuasca como patrimônio cultural”

Clodomir Cordeiro de Matos Júnior (UFMA) Apresentação Oral em GT ‘Tá usando o quê?’: uma análise sobre o consumo de substâncias psicoativas no Nordeste brasileiro

Maicon do Couto Fecher (Bolsista) Pôster em GT Etnbotânica ou Fitoantropologia da Ayahuasca? Uma relação em dupla torção entre o humano e as plantas Graziela Ferreira da Silva Pinto (Universidade Federal do Pernambuco) Apresentação Oral em GT Drogas e Estigma: Relações entre Conversão Religiosa e Reconstrução de Si

Aline Ferreira Oliveira (USP) Apresentação Oral em GT Plantas, dietas, éticas yawanawa: iniciações xamânicas contemporâneas.

Sessão 2 - GT 051

Andrés Leonardo Góngora Sierra (PPGAS/MN/UFRJ) Apresentação Oral em GT Facebook, maconha e a libertação das drogas na Colômbia

Nalayne Mendonça Pinto (UFRRJ) Apresentação Oral em GT As Comunidades Terapêuticas Religiosas como instituições disciplinares para “recuperação” de pessoas em situação de uso problemático de drogas.

Victor Cesar Torres de Mello Rangel (INCT/InEAC e PPGA/UFF) Apresentação Oral em GT O trabalho dos peritos criminais na cidade do Rio de Janeiro: saberes e técnicas de análise sobre cocaína

Guilherme Borges da Silva (Universidade Federal de Goiás), Wanderley Pereira da Silva Junior. Apresentação Oral em GT O (Des)controle social das drogas: estratégias de comercialização e as negociações no varejo do tráfico de drogas na cidade de Goiânia

Marcos Alexandre Veríssimo da Silva (Universidade Federal Fluminense), POLICARPO, Frederico. Universidade Federal Fluminense (UFF) / Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos (INCT- InEAC). FIGUEIREDO, Emílio. Advogado / Consultor Jurídico do Growroom. Apresentação Oral em GT O "remédio" da Legalização: os usos medicinais da maconha e a agenda antiproibicionista no Rio de Janeiro.

Laura Girardi Hypolito (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) Apresentação Oral em GT O modelo uruguaio de regulação do mercado da maconha como alternativa ao modelo proibicionista

Luana Almeida Martins (Universidade Federal Fluminense), Laura Talho Ribeiro Apresentação Oral em GT Sementes de maconha e o risco: uma análise das práticas dos procuradores do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro no tratamento jurídico em relação às drogas.

Sessão 3 - GT 051

Ana Carolina Amorim da Paz (UFPB) Apresentação Oral em GT Entre “papudinhos” e “noiados”: Sociabilidades, conflitos e uso de álcool, crack e outras drogas no centro da cidade de Cabedelo/PB

Letícia Canonico de Souza (Universidade Federal de São Carlos), Matheus Caracho Nunes Apresentação Oral em GT O Propósito é um só?

Mário Pereira Borba (UFF) Apresentação Oral em GT Questões em torno de prescrições e usos de Ritalina® por estudantes do ensino médio

Igor Fidelis Maia (UFRN) Apresentação Oral em GT Disputas em torno da Ritalina: entre a obediência farmacologicamente induzida e a inteligência drogada.

Wander Wilson Chaves Junior (PUC-SP) Apresentação Oral em GT Uma genealogia do uso de substâncias psicoativas: entre os saberes médicos e os saberes impulsionados pela literatura

Susana Sandim Borges (Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso) Apresentação Oral em GT No meio do caminho tinha uma pedra, uma família, uma instituição, uma máscara, uma rua, um medicamento, um grafite, um abraço e um cobertor. E por ele passamos.

Deborah Rio Fromm Trinta (PPGAS/ Unicamp) Apresentação Oral em GT "Cistolândia", "De Braços Abertos" e "Recomeço": Notas sobre regimes de controle e formas de tratamento para usuários de crack

GT 052. Políticas Etnográficas no Campo da Cibercultura

Local: D103, CA.

Jean Segata (UFRN) (Coordenador) Theophilos Rifiotis (DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA) (Coordenador)

Resumo: Há duas décadas, a antropologia tem sido desafiada em termos de teoria, método e práticas, com o campo da cibercultura. Aqui ele é pensado como uma situação contemporânea, de cotidianização das tecnologias digitais, em particular, a internet e os seus dispositivos. Práticas e metodologias de pesquisa antropológica nesse campo são crescentes e buscam elementos que dialogam com áreas como a Comunicação e a Sociologia ou mimetizam experiências consolidadas de campos de nossa disciplina que sugeriam a mesma complexida, como é o caso da Antropologia Urbana. Mais recentemente, nota-se que é alimentado um estreito diálogo a Teoria Ator-Rede, o seu rastreamento de associações entre humanos e não humanos e o seu mapeamento de controvérsias. Partindo dessas articulações, o objetivo do GT é o de pensar políticas etnográficas para a pesquisa antropológica no e a partir do campo da cibercultura, conduzindo-as por meio de três eixos ou agendas de trabalho: (i) a agenda teórica, disposta pensar uma teoria antropológica da cibercultura; (ii) a agenda metodológica, preocupada em (a) como pesquisar antropologicamente a cibercultura e em (b) como fazer das novas tecnologias digitais estratégias de pesquisa antropológica/etnográfica; (iii) a agenda prática ou aplicada, disposta a definir ações práticas e/ou engajadas. Programação

Sessão 1 - GT 052

Joab Monteiro de Sousa (UFRN) Apresentação Oral em GT Mobilização étnica polonesa em redes sociotécnicas: processos de etnização em comunidades virtuais no ciberesço.

Maria Elisa Máximo (Instituto Sup. e Centro Ed. Luterano Bom Jesus/Ielusc) Apresentação Oral em GT O “paciente-informado”: uma etnografia das interações entre pessoas e conteúdos de saúde na web. Flora Rodrigues Gonçalves (UFMG) Apresentação Oral em GT Propriedade intelectual e licenças de uso: desafios sobre direitos autorais no campo da cibercultura.

Andrey Cordeiro Ferreira (UFRRJ) Apresentação Oral em GT Junho de 2013: hiperetnografia de uma insurreição "invisível"

Everton de Lima Silva (UFPB) Apresentação Oral em GT Cortes nas Redes: convivendo com automutiladores em seus ciberbastidores

Mariana Pamplona Ximenes Ponte (UFPA) Apresentação Oral em GT #meucirioeassim: questões da pesquisa sobre o Círio de Nazaré de Belém-PA e as mídias e redes sociais

Amanda Karine Monteiro Lima (IFRR), Francisco Alves Gomes, Edio Batista Barbosa. Pôster em GT A vontade de saber sociotécnico no contexto da prática etnográfica on e off-line: metodologias, possibilidades e desafios

Rafael Teixeira Chaves (Universidade Federal de Pelotas-UFPEL), Rafael Teixeira Chaves Juliane Conceição Primon Serres Daniele Borges Bezerra Pôster em GT Museu das Coisas Banais (MCB) ativa a oralidade na rede para a preservação e compartilhamento de memórias.

Francis Oliveira Bezerra (Faculdade Maurício de Nassau -FMN/CG) Pôster em GT Cidades Digitais: Entre a inovação em gestão local e a mudança social

GT 053. Populações costeiras, processos sociais e meio ambientes

Local: H106, CA.

Francisca de Souza Miller (Departamento de Antropologia/UFRN) (Coordenador) Márcia Regina Calderipe Farias Rufino (Universidade Federal do Amazonas) (Coordenador)

Sessão 1 Carlos Abraão Moura Valpassos (Universidade Federal Fluminense) (Debatedor)

Sessão 2

Carlos Abraão Moura Valpassos (Universidade Federal Fluminense) (Debatedor)

Sessão 3

Márcio De Paula Filgueiras (IFES) (Debatedor)

Resumo: Desenvolvimento, meio ambiente e cultura. Regimes de territorialidades, produção e transmissão de saberes, etnociências, políticas ambientais, projetos de desenvolvimento de manejo e conservação e relação natureza e sociedade. Este GT tem como objetivo congregar pesquisadores de diferentes áreas, que tenham desenvolvido análises teóricas e empíricas sobre os processos e dinâmicas sociais observados em grupos indígenas, quilombolas, pescadores, camponeses, ribeirinhos, ciganos, dentre outros no norte e nordeste brasileiro. O GT acolherá reflexões que explorem os desafios e perspectivas relativas à relação entre desenvolvimento, meio ambiente e cultura, e que investiguem os modos de vida dessas populações e produção de suas especificidades culturais, étnicas e históricas, com foco nos regimes de territorialidade, produção e transmissão de saberes tradicionais, etnociências, nos campos relacionais com seu entorno e nos modos de construir e apreender as complexas e diversas relações entre natureza e sociedade.

Programação

Sessão 1 - GT 053

Igor Luiz Rodrigues da Silva (Faculdade Raimundo Marinho/ Faculdade Mauricio de Nassau) Apresentação Oral em GT “A Morte Social, Ambiental e Cultural do Rio da Integração Nacional: um estudo sobre os impactos desenvolvimentistas no rio São Francisco, na pesca e ribeirinhos da cidade de Pão de Açúcar- Alagoas”.

Roberta Sá Leitão Barboza (UFPA/Bragança), Elizandra Matos Cardoso Erika Jimenez Apresentação Oral em GT Entre Unidades de Conservação, Terras Indigenas e Fronteira Internacional: conflitos no uso de recursos pesqueiros no Parque Nacional Cabo Orange.

Thainá Guedelha Nunes (Museu Paraense Emílio Goeldi), Dra. Lourdes Gonçalves Furtado Apresentação Oral em GT Em Busca Da Qualidade De Vida: Reflexões Sobre A Mobilização Local De Uma Comunidade Ribeirinha De Belém/Pa

Luceni Hellebrandt (Universidade Federal de Santa Catarina), Carmen Rial Maria do Rosário de Fátima Andrade Leitão Apresentação Oral em GT Cooperativa Mulheres da Lagoa - Z3 (Pelotas / RS): experiências adquiridas em meio a frustrações cotidianas

Arkeley Xênia Souza da Silva (UFRN), Lore Fortes Adriana Cláudia Câmara da Silva Apresentação Oral em GT Batalhadoras da Mariscagem na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Ponta do Tubarão (Macau-RN)

Uriens Maximiliano Ravena Canete (Universidade da Federal do Pará - UFPA), Voyner Ravena Cañete Sônia Maria Simões Barbosa Magalhães Santos Apresentação Oral em GT Interface entre ontologias: o PARNA do Cabo Orange na construção de uma RESEX Marinha

Dilton Mota Rufino (UFSC), Márcia Regina Calderipe Farias Rufino Pôster em GT Pescadores e saberes tradicionais na maricultura em Florianópolis - Santa Catarina

Simone Frigo (Universidade Federal de Santa Catarina) Apresentação Oral em GT As mulheres veem bem mais que os peixes. Percepções do ambiente na pesca da tainha

Sessão 2 - GT 053

Lucas Lima dos Santos (Instituto de Estudos Brasileiros) Apresentação Oral em GT Do alvoroço dos bichos ao mal tempo: a ecologia eólico-hidrica pontalista Rubens Elias da Silva (UFOPA) Apresentação Oral em GT Racionalização e transformação sociocultural em comunidades pesqueiras no Nordeste do Brasil

Luênia Kaline Tavares da Silva (SEMARH), Francisca de Souza MILLER Apresentação Oral em GT Mudanças Socioambientais: O caso da Pesca Artesanal no Complexo Lagunar Bonfim Guaraíra – RN/Brasil

Silvia Beatriz Mendonca (Secretaria de Educação do Estado de Santa Catarina) Apresentação Oral em GT Relações de gênero e territorialidade em práticas cotidianas na comunidade pesqueira do Araçá, em Porto Belo/SC

Francisco Raphael Cruz Mauricio (Universidade Federal do Ceará) Apresentação Oral em GT Morcegos, guajirus, homens e máquinas: Representações sociais sobre a energia eólica entre moradores da Pedra do Sal

Ana Carolina Rocha (Universidade Federal de Santa Catarina) Apresentação Oral em GT Cercamentos ambientais: modos de uso dos recursos naturais e conflitos socioambientais no estado do Paraná

Hully Guedes Falcão (PPGA - UFF) Apresentação Oral em GT Contra-corrente: algumas considerações sobre desenvolvimento e moralidades na pesca de Atafona – São João da Barra – RJ

Adriana Guimarães Abreu (Universidade Federal do Pará), Profª Drª Edna Ferreira Alencar Pôster em GT O manejo de recursos pesqueiros pela Associação dos Pescadores do Setor Jarauá, Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, Amazonas.

Sessão 3 - GT 053

Leticia D´Ambrosio Camarero (Universidad de la República) Apresentação Oral em GT “Procedimientos de apropiación del territorio maritimo-costero y sus transformaciones”. Rônisson de Souza de Oliveira (Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá), Lucimara Almeida dos Santos Nelissa Peralta Bezerra Apresentação Oral em GT Conhecimento ecológico dos pescadores e o manejo de espécies no lago Tefé

Isis Maria Cunha Lustosa (Laboter/IESA/UFG) Apresentação Oral em GT “Arte Tremembé” como reelaboração étnica indígena? ou saber-fazer apropriado pela CeArt / Fiec no Ceará?

Carla Maria Miranda de Almeida (Universidade do Algarve) Apresentação Oral em GT A "naturalização" da Ria Formosa - Ilha da Culatra

Josael Jario Santos Lima (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) Apresentação Oral em GT O Etnoturismo na Aldeia Lagoa Encantada, Etnia Jenipapo- Kanindé/Aquiraz-Ceará. Uma incursão etnográfica.

Marcia Bezerra de Almeida (Universidade Federal do Pará) Apresentação Oral em GT A Camboa do Véio: os pescadores, as armadilhas e o tempo na Vila de Joanes, ilha do Marajó, Amazônia.

Edna Ferreira Alencar (Universidade Federal do Pará), Isabel Soares de Sousa Apresentação Oral em GT Organização do trabalho na pesca manejada de pirarucus em um projeto desenvolvido na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, Am.

Lucilene Lopes do Nascimento (Universidade do Rio Grande do Norte- UERN) Pôster em GT Pescaria Artesanal: Sobre o olhar e o agir feminino na cidade de Porto do Mangue-RN

GT 054. Povos e Populações Tradicionais e Política Públicas na Perspectiva Antropológica

Local: I415, CA.

José Maurício Paiva Andion Arruti (UNICAMP) (Coordenador) Luís Fernando Cardoso e Cardoso (Universidade Federal do Pará) (Coordenador)

Resumo: O mundo vive um processo de mudanças significativas e intensas que abarcam todos os campos da vida social. Dos povos e populações tradicionais da América Latina às minorias étnicas na Ásia, África e Oceania, temos uma nova ordem de organização sociopolítica nunca antes presenciada. Assistimos uma transformação nas ações de alguns grupos sociais, os quais passaram da condição de imprimir pequeno impacto na organização política dos Estados para se tornarem sujeitos fortes na definição das agendas estatais. Isso leva a novos processos e problemas à investigação antropológica. É neste cenário que este grupo de trabalho (GT) propõe discutir como os povos e populações tradicionais buscam definir as agendas de políticas públicas perante os Estados, como se organizam e lutam para as formulações e consecuções de diretos que lhes são garantidos nas Constituições dos Estados Nacionais e Convenções Internacionais nas quais os países da América Latina são signatários. Assim, nosso foco de debate tem dois eixos: um que pretende discutir a importância das reflexões antropológicas nas formulações de políticas públicas condizentes com a realidade das populações com as quais pesquisamos; e outro que propõe debater como os povos e populações tradicionais participam nas agendas de políticas públicas. Nosso enfoque privilegia os trabalhos baseados em etnografias que discutam tais questões a partir dos marcos teóricos e metodológicas da Antropologia.

Programação

Sessão 1 - GT 054

Carla Miranda (UnB) Apresentação Oral em GT Da perseguição a sujeito de direito: a luta por reconhecimento do Povo de Jurema como povo e comunidade tradicional de matriz africana

Dandara dos Santos Damas Ribeiro (Ministério Público do Estado do Paraná) Apresentação Oral em GT Territorialidade e movimento: limites da política pública de titulação de territórios quilombolas

Judith Costa Vieira (UFOPA) Apresentação Oral em GT Relação entre Direito e Política diante do processo de reconhecimento das diferenças Kalyla Maroun (UFRJ), Ediléia Carvalho - Doutoranda do Programa de Pós- Graduação em Educação da PUC-RIO Apresentação Oral em GT A luta pela implementação de uma educação escolar quilombola: uma experiência no município de Angra dos Reis – RJ

Kátia Cristina Favillla (Ministério do Desenvolvimento Social), Ana Tereza Reis da Silva Apresentação Oral em GT Qual Território, Qual Desenvolvimento? Diálogos e dissensões entre Estado e Povos e Comunidades Tradicionais

Leslye Bombonatto Ursini (UNICAMP) Apresentação Oral em GT Povos e Comunidades Tradicionais, políticas públicas e políticas da natureza: um olhar a partir da Antropologia.

Tiago Rodrigues Santos (Universidade Federal do Oeste da Bahia), Guiomar Inez Germani Apresentação Oral em GT Entre a autonomia e a institucionalização: Percursos da educação quilombola em Bom Jesus da Lapa (Ba)

Sessão 2 - GT 054

Ana Luisa Lisboa Nobre Pereira (UFS) Apresentação Oral em GT LUTANDO "NO SECO": Seguridade territorial e a criação de unidades de conservação numa vila pesqueira

Carla Maria Miranda de Almeida (Universidade do Algarve) Apresentação Oral em GT Lutas locais, ecos nacionais das populações nas “ilhas” de Faro

Carmen Silvia Andriolli (Departamento de Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade, UFRRJ), Adriana de Souza de Lima (União dos Moradores da Jureia-UMJ) Dauro Marcos do Prado (União dos Moradores da Jureia-UMJ) Apresentação Oral em GT A produção de um plano de uso comunitário pelos caiçaras da Juréia: um estudo etnográfico de um experimento de cooperação entre conhecimento tradicional e pesquisa acadêmica

Elton John da Silva Santiago (UFF) Apresentação Oral em GT Paz, pão e terra: conflitos, organização e luta por direitos na Comunidade Caiçara da Praia do Sono.

Natalia Ribas Guerrero (Universidade de São Paulo) Apresentação Oral em GT Quando a terra toma outro rumo: uma investigação sobre conflitos de sobreposição territorial na Terra do Meio (PA)

Mariah Torres Aleixo (Universidade Federal do Amapá) Apresentação Oral em GT Agroextrativistas e Quilombolas no Arquipélago do Marajó (PA): território, etnicidade e direitos

Carla Souza de Camargo (Unicamp) Apresentação Oral em GT Algumas questões sobre a transposição do rio São Francisco e a ação política dos povos indígenas no Sertão de Itaparica/ PE

Sessão 3 - GT 054

Claudiane de Fátima Melo de Sousa (Universidade Federal do Pará), FrancyMary Fernandes da Costa Apresentação Oral em GT Planos de Utilização em Projetos de Assentamento Agroextrativistas: autoritarismo e participação

Erika Giuliane Andrade Souza Beser (UFOPA) Apresentação Oral em GT A expansão da mineração e a invisibilidade quilombola: quem é o dono dessa terra?

Eulália Bezerra Araújo (UFPB), Teresa Cristina Furtado Matos Apresentação Oral em GT Lideranças Quilombolas da Paraíba: Sujeitos em ação no desafio de concretizar Políticas Públicas

Francisco Antunes Caminati (FCT/UNESP) Apresentação Oral em GT Projeto: pensando e trabalhando em projetos

Marina Pereira Novo (UFSCar) Apresentação Oral em GT Os Kalapalo, o dinheiro e as políticas de transferência de renda

Patrícia dos Santos Pinheiro (UFPEL) Apresentação Oral em GT Quando as trajetórias negras encontram a institucionalidade das políticas públicas contemporâneas: algumas ações voltadas para remanescentes de comunidades quilombolas em São Lourenço do Sul, RS

Pedro Stoeckli Pires (Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Danilo Vieira Isabelle Bachtold Juliana Varella Marina Farias Pedro Stoeckli Apresentação Oral em GT Pesquisa de Avaliação do Programa Bolsa Verde

GT 055. Processos identitários étnicos, território e tradições de conhecimento

Local: F110, CA.

Claudia Mura (Universidade Federal de Alagoas) (Coordenador) Jouberth Max Maranhão Piorsky Aires (Universidade Estadual do Ceará) (Coordenador) Sessão 1 José Gabriel Silveira Corrêa (Universidade Federal de Campina Grande) (Debatedor)

Resumo: Este GT pretende reunir pesquisas etnográficas que focam a organização social do conhecimento em processos identitários étnicos e territoriais. Procura-se promover um espaço de diálogo e análise sobre o gerenciamento, distribuição e hierarquização do conhecimento em diferentes contextos experienciais (históricos e políticos) que definem específicas relações de poder. Nesses termos, a proposta tem como base uma abordagem gerativa e comparativa, fundamentada na proposta de Barth de uma sociologia do conhecimento que visa esclarecer a forma pela qual os fluxos culturais são moldados pelo contexto social. Serão valiosas as contribuições provenientes de investimentos empíricos que abordam os processos de transformação (mudanças sociais, políticas e econômicas, incluindo-se os efeitos de políticas públicas) e que analisam a elaboração de tradições de conhecimento, a transformação de cosmologias, bem como dos quadros morais que orientam as experiências individuais e coletivas no estabelecimento e gerenciamento das relações intra e interétnicas. Serão também profícuas contribuições que abordam, com uma escala de análise menor, as unidades sociais e políticas, como por exemplo, famílias e/ou linhagens e que analisam processualmente tanto a forma em que se dão as alianças entre elas no tempo e espaço -extravasando ou não o nível étnico-, quanto as variações que apresentam na elaboração e sistematização dos fluxos culturais.

Programação

Sessão 1 - GT 055

Priscila Faulhaber (Museu de Astronomia e Ciências Afins) Apresentação Oral em GT Território e patrimônio em serras dos encantados

Genoveva Santos Amorim (Universidade Federal do Amazonas) Apresentação Oral em GT Os coletivos madija e a construção da etnia Kulina

Maryelle Inacia Morais Ferreira (Universidade Federal do Amazonas) Apresentação Oral em GT Identidade étnica e transposições cosmológicas entre os Yanomami: uma etnografia das relações interétnicas na criação de uma associação de mulheres

Marianna de Queiroz Araújo (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA) Apresentação Oral em GT Ecologia doméstica e processos identitários entre grupos domésticos Potiguara da Paraíba

Ilana Magalhães Barroso (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI), Carmen Lúcia da Silva Lima Pôster em GT Emergência étnica indígena e territorialização na comunidade Nazaré no município de Lagoa de São Francisco- Piauí

Emerson Rubens Mesquita Almeida (UFMA) Apresentação Oral em GT A força da mistura versus o discurso de pureza. Mistura de corpos e de saberes entre Tentehar no Maranhão.

Marta de Oliveira Antunes (IBGE), Katiane Silva Apresentação Oral em GT Gestão de memórias e narrativas identitárias: conflitos e alianças em contextos interétnicos

Francy Eide Nunes Leal (Capes) Apresentação Oral em GT Organização Social em Terra Dura : "Uma parentagem doida". Sessão 2 - GT 055

Lara Erendira Almeida de Andrade (PPGA / UFPE) Apresentação Oral em GT Organização Social Kapinawá: famílias, grupos domésticos e comunidades políticas locais

Patrícia Assad (Universidade Federal da Paraíba), Professor Doutor Fábio Mura Apresentação Oral em GT Tradição de conhecimento, aspectos ecológicos e território da comunidade do Porto do Capim

Leandro Marques Durazzo (UFRN), José Glebson Vieira (orientador) Apresentação Oral em GT Ciência moderna e ciência do índio: acesso a diferentes tradições de conhecimento entre povos indígenas do Nordeste

Edviges Marta Ioris (Universidade Federal de Santa Catarina) Apresentação Oral em GT Narrativas étnicas, tradição e distribuição de conhecimentos e significados culturais em uma comunidade indígena no baixo Tapajós (PA)

Bruno Pacheco de Oliveira (Laced/Museu Nacional) Apresentação Oral em GT Raposa Serra do Sol: Processos de territorialização indígena na faixa de segurança nacional

Marlon Nilton da Silva Galvão (universidade federal da paraíba) Pôster em GT Tradição de conhecimento entre os rezadores Potiguara, suas redes de relações e dinâmicas territoriais

Géssia Cristina dos Santos (Universidade Federal de Santa Catarina) Apresentação Oral em GT Fluxos Étnicos e a Política Indígena. O caso dos Kaingang, Guarani e Xetás da TI São Jerônimo da Serra

Jhéssika Angell Alves e Silva (UFPE) Apresentação Oral em GT A formação do Missionário na Missão Novas Tribos do Brasil e os usos da Antropologia: Um exercício etnográfico

Sessão 3 - GT 055 Rhuan Carlos dos Santos Lopes (Universidade Federal do Pará), Jane Felipe Beltrão Apresentação Oral em GT Alteridade e consciência histórica: a história do povo Tembé/Tenetehara em seus próprios termos

Virgilio de Almeida Bomfim Neto (Centro Internacional de Educação e Cultura) Apresentação Oral em GT Renascimento cultural amazônico: relações interétnicas e dinâmicas culturais entre os Yawanawa

Rita de Cássia Maria Neves (Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)) Apresentação Oral em GT Práticas, espaços e emergência étnica dos povos indígenas no Rio Grande do Norte.

Aldjane de Oliveira (SSED/AL) Apresentação Oral em GT Povo Wassú-Cocal: “Origem”, Conflitos e Território

Italo Dennis de Oliveira (Ufal), Italo Dennis de Oliveira Pôster em GT Os Xukuru-Kariri do município de Taquarana/AL: organização social, território e o processo de construção da identidade étnica.

Marivania Leonor Souza Furtado (Universidade Estadual do Maranhão), Sérgio César Corrêa Soares Muniz Cássia Ferreira de Oliveira Apresentação Oral em GT “O quilombola tem as raízes sofridas”: Memória e performance em territórios étnicos no Maranhão

Claudelir Correa Clemente (Universidade Federal de Uberlândia) Apresentação Oral em GT Engajamento etnico-cultural e identidade feminina na pratica congadeira

Felipe Sotto Maior Cruz (Universidade de Brasília) Apresentação Oral em GT Indianidade e alteridade no contexto Tuxá GT 056. Racismo no Plural nas Américas: Situando Povos Indígenas e Afro-Indígenas

Local: I416, CA.

Cecília Anne Mccallum (UFBA) (Coordenador) Renato Monteiro Athias (Ufpe) (Coordenador)

Resumo: O GT abre espaço para a discussão antropológica do racismo anti- indígena/afroindígena, no Brasil e nas Américas. Solicitamos trabalhos emergentes do campo da etnologia indígena, ou em diálogo com este campo, que versem sobre casos e contextos específicos e contribuam para a documentação e teorização de fenômenos identificados sob a égide de “racismo”. Quando se fala de preconceito, discriminação ou violência estrutural no que diz respeito à população negra no Brasil, o termo usual empregado é ‘racismo’; mas o mesmo não se estende para a população indígena. O GT procura explorar as razões e formas dessa distinção terminológica, e remediar uma das suas consequências: que não se tem explorado sistematicamente o racismo anti-indígena, seja na etnologia indígena, seja nos estudos sobre ‘raça’, sobretudo para o caso brasileiro. No Brasil, a população permanece indiferente e desinformada sobre os povos indígenas e se mantém passiva diante da atual crise humanitária e política que assola as pessoas classificadas como indígenas, quando seus direitos constitucionais estão sob ataque e muitos sofrem de violências diversas e abandono pelo estado. Nos discursos promovidos na mídia, na educação e nas políticas governamentais, proliferam-se imagens e narrativas sobre ‘os índios’ que sustentam a conivência da população com essa situação. Nesse contexto, torna-se imprescindível e urgente o desenvolvimento de uma discussão antropológica sobre o racismo direcionado aos povos indígenas.

Programação

Sessão 1 - GT 056

Rodrigo Barbosa Ribeiro (Unifesp) Apresentação Oral em GT Os Tikmũ’ũn e as cidades: esboço etnográfico de um caso de racismo

Florêncio Almeida Vaz Filho (Universidade Federal do Oeste do Pará) Apresentação Oral em GT Racismo e indígenas nas universidades brasileiras

Paula Berbert Ferreira Albino (UFMG) Apresentação Oral em GT A Guarda Rural Indígena entre os Maxakali: questões sobre as perspectivas tikmu'un e as perspectivas dos agentes do poder tutelar

Kércia Priscilla Figueiredo Peixoto (Universidade Federal do Pará) Apresentação Oral em GT Racismo: o instrumento disfarçado na negação de direitos. A luta dos indígenas da Terra Maró (PA).

Sessão 2 - GT 056

Patrícia de Mendonça Rodrigues (Autônoma), Patrícia de Mendonça Rodrigues Apresentação Oral em GT O caso dos Avá-Canoeiro do Araguaia: racismo como naturalização do humano

Bruno Ribeiro Marques (PPGAS, Museu Nacional, UFRJ) Apresentação Oral em GT No tempo do Beiradão: o labirinto burocrático, o buraco negro de forças vitais e os Hupd'äh na cidade como o “povo por vir”

Fabíolla Emanuelle Silva Vilar (UFAM) Apresentação Oral em GT “Filhas de ninguém”: desigualdade racial e trabalho doméstico na Amazônia urbana

Denia Román Solano (Instituto de Investigaciones Sociales y Esc. de Antropologia) Apresentação Oral em GT Espaços Oblíquos: Política formal, discriminação e reivindicação na Autonomia do Caribe Nicaraguense.

Sessão 3 - GT 056

Edwin B.Reesink (ufpe) Apresentação Oral em GT Filiações substanciais: revisitando alteridades substanciais

Caroline Farias Leal Mendonça (Nucleo de Estudos e Pesquisas Etnicidade) Apresentação Oral em GT Histórias plurais e desobediência epistêmica: processos de racialização no sertão do São Francisco e a resistência indígena como aliada à formação social do quilombo-indígena Tiririca dos Crioulos Emiliano Ferreira Dantas (AESO) Apresentação Oral em GT As representações visuais dos índios na América-Latina: uma estratégia de construção e apagamento de identidades a partir de uma perspectiva pós-colonial.

Valmir dos Santos Batalha (Faculdade de filosofia e teologia Paulo VI) Apresentação Oral em GT Os Povos Pipipã e a luta pelo reconhecimento

GT 057. Religiões afro-brasileiras: dos quadros sinópticos às matrizes transformacionais

Local: F109, CA.

Gabriel Banaggia de Souza (Museu Nacional) (Coordenador) Miriam Cristina Marcilio Rabelo (Universidade Federal da Bahia) (Coordenador)

Resumo: Se é verdade que as religiões de matriz africana – contínua e criativamente reelaboradas em solo nacional – sempre constituíram tema de investigação privilegiado, o acúmulo de trabalhos com bases etnográficas e conceituais contemporâneas permite hoje retomar, num novo sentido, a proposta de Roger Bastide de elaborar para elas um quadro sinóptico. Nesse sentido, o objetivo do GT é colocar em comunicação casos empíricos estudados em diferentes partes do país para vislumbrar conexões transversais entre eles a partir de uma perspectiva transformacional, com base nos temas que conferem até às mais singulares entre estas religiões um ‘ar de familiaridade’, como diz o povo de santo. Serão privilegiadas apresentações que, apoiadas em pesquisas etnográficas, empreendam uma reflexão sobre os modos pelos quais estas religiões instauram seres e encaminham suas trajetórias, as formas pelas quais lidam com diferenças e cultivam conexões (entre os seres; entre linhas, lados ou nações; ou ainda entre terreiros e outros coletivos) e os ímpetos centrípetos e centrífugos que marcam suas relações com as “exterioridades”. Entre os temas específicos a partir dos quais essas questões podem ser abordadas destacamos: as relações entre os mundos natural e sobrenatural; os sistemas de forças e suas modulações; as texturas ontológicas dos seres; os princípios do dom, da iniciação e da participação; as éticas, estéticas e políticas dos terreiros; as histórias e as geografias traçadas pelas religiões.

Programação Sessão 1 - GT 057

Diogo Bonadiman Goltara (UFES) Apresentação Oral em GT As composições de irmandades e doutrinas espíritas no Vale do Itapemirim

Marlon Marcos Vieira Passos (UFBA), Marlon Marcos Vieira Passos Apresentação Oral em GT Iyá Zulmira de Zumbá: uma trajetória entre nações de candomblé

Luis Guillermo Meza Alvarez (PPGAS Museu Nacional UFRJ) Apresentação Oral em GT Encontros, desencontros e reencontros com e entre seres espirituais: as misas espirituales de integrantes da Red de Ananse da Colômbia

Calliandra Sousa Ramos (Universidade de São Paulo) Apresentação Oral em GT “Encantados que brincam muito além dos muros do terreiro”: Fluxos e narrativas entre o Tambor de Mina e o Tambor de Crioula no Maranhão.

Carolina Souza Pedreira Apresentação Oral em GT Almas, espíritos e caboclos em Andaraí, Bahia

Luisa Mesquita Damasceno (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia) Apresentação Oral em GT A aldeia e suas linhas: entre divindades, pessoas, objetos e lugares

Bianca Arruda Soares (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas - IBASE) Apresentação Oral em GT Candomblés de Belmonte: linhas e doutrinas

Sessão 2 - GT 057

Cauê Fraga Machado (Museu Nacional/UFRJ) Apresentação Oral em GT Casas e movimentações religiosas: o parentesco no batuque gaúcho.

Fladney Francisco da Silva Freire (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS) Apresentação Oral em GT Tempo da Roupa Nova: Beleza e Poder no Terecô de Bacabal(MA)

Lucas de Mendonça Marques (Museu Nacional/UFRJ) Apresentação Oral em GT Plantando o axé: reflexões sobre composições de forças na fundação de um terreiro de candomblé

Fábio Batista Lima (UFBA) Apresentação Oral em GT Uma noite festiva para Mestre Didi no Orum

Daniel Francisco de Bem (Universidade Federal da Fronteira Sul) Apresentação Oral em GT Relações de gênero e orientação sexual em terreiros afro-religiosos no contexto transnacional

Pedro Henrique de Oliveira Germano de Lima (UFPE) Apresentação Oral em GT A constituição místico-ritual-social da pessoa ogã no Xangô Renovado de Pernambuco

Sessão 3 - GT 057

Marcos Júnior Santos de Alvarenga (Universidade de Brasília) Apresentação Oral em GT “Candomblé se aprende na cozinha”: Conhecimento, Alimentação e a Cozinha dos Terreiros de Candomblé

Clara Mariani Flaksman (UFRJ) Apresentação Oral em GT Algumas considerações sobre a ordem e a desordem nas religiões de matriz africana no Brasil

Ligia Barros Gama (Universidade Federal de Pernambuco) Apresentação Oral em GT Ciranda dos Orixás: as experiências religiosas de crianças em terreiros do Recife/PE.

Olavo de Souza Pinto Filho (DOUTORANDO) Apresentação Oral em GT A escrita como prática ritual: uma etnografia do jogo de Ifá em Recife

Daniela Calvo (PPCIS UERJ) Apresentação Oral em GT Ifá e candomblé: desafios, conflitos, contribuições e ajustes

Beatriz Martins Moura (Universidade de Brasília) Apresentação Oral em GT Saberes articulados: religiões de matriz africana como espaços de construção de conhecimentos.

GT 058. Religiões e percursos de saúde no Brasil hoje: as “curas espirituais”

Local: E109, CA.

Bartolomeu Figueirôa de Medeiros (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO/ UFPE) (Coordenador) Raymundo Heraldo Maués (Universidade Federal do Pará) (Coordenador)

Resumo: O GT busca compreender e discutir amplamente o itinerário terapêutico da pessoa em situação de sofrimento que recorre às instâncias de solução dos problemas que a atingem, sejam oficiais, "complementares" ou "não convencionais": ioga, técnicas de relax, de meditação, sistemas de fitoterapia, xamânicos, sociedades ou grupos, religiosos e não, que promovem curas pela oração, por exorcismos, assim como por rituais de libertação de diversos tipos de aflições psicossomáticas. Embora a matriz disciplinar antropológica encare saúde e doença como fatos sociais, estudos recentes neste campo e exigências da interdisciplinaridade induzem a levar em conta a base biológica e psicossomática dos fenômenos a serem estudados, não apenas sócio-antropológicos, mas psicológicos e médicos da cura. Daí considerar-se desejável a presença de profissionais da saúde no GT, como participantes ou consultores. Os trabalhos podem, igualmente, discutir ainda formas de engajamento corporal fomentadas nos espaços religiosos, procurando relacionar o conjunto de ritos, práticas, exercícios e disciplinas corporais, tenham estes ou não finalidade curativa, a uma ou mais das seguintes questões: a) relações de poder e divisões de gênero, classe e (ou) geração no interior do grupo religioso; b) processos terapêuticos desenrolados nestes grupos; e c) o processo mais amplo de construção da pessoa na religião, antes e/ou concomitantemente às práticas de cura.

Programação

Sessão 1 - GT 058

Lucielma Lobato Silva (Secretaria de Estado e Educação) Apresentação Oral em GT DE SIMPLES “MULHER” A PAJÉ: A constituição da “pessoa” a luz do ritual de “preparo” da pajé de Cura em Abaetetuba-PA

Lidiane Alves da Cunha (UFPE), Prof. Dr. Luiz Assunção Apresentação Oral em GT Abençoada cura: poéticas da voz e saberes de benzedeiras

Hermes de Sousa Veras (PPGA-UFPA) Apresentação Oral em GT Rituais de matriz kardecista na Mina Nagô paraense: energia, cura e mediunidade

Thainá Louane Aleixo Menezes (UFPA) Pôster em GT Mulheres e a medicina tradicional: as benzedeiras de Guamá - Belém/PA

Carlos Eduardo Martins Costa Medawar (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE), MELLO, Marco Antonio da Silva Apresentação Oral em GT Ebós e Boris como Processos de Cura na Construção da Identidade religiosa dos cultos Afro-americanos e suas relações com o Mercado Religioso

Raoni Neri da Silva (Universidade Federal de Pernambuco) Apresentação Oral em GT Corpo, Cura e Emoções: Modos de cuidado e a Experiência da doença num terreiro de Candomblé/Jurema

Lucía Copelotti Guedes (Universidade Federal Fluminense) Apresentação Oral em GT “Pra resolver isso só com mandinga braba”: práticas terapêuticas desenvolvidas no centro de umbanda Tenda Vovó Nazaré e Povo Baiano, Cachoeiras de Macacu, RJ

Sessão 2 - GT 058

Fernanda Ferrari (UFGD), Graziele Acçolini Apresentação Oral em GT O processo de Cura: Um estudo com Intercessoras da Renovação Carismática Católica de Dourados

José Adailton Vieira Aragão Melo (UFPB) Apresentação Oral em GT “Promessa é dívida” - Uma Etnografia dos Devotos de Nossa Senhora da Guia na Cidade de Lucena – PB.

Irene de Jesus Silva (Universidade Federal do Pará) Apresentação Oral em GT Antropologia, saúde e doença: o corpo em contextos sociais na dimensão do cuidar curar

Patricia Norat Guilhon (UFPA) Apresentação Oral em GT Os Millagres de Maria: curas, aparições marianas e a trajetória de uma vidente na cidade de Belém

Élida Joyce de Oliveira (UERN) Pôster em GT Reza, fé e cura: o papel das rezadeiras na cidade de Antônio Martins - RN

Maria da Conceição Mariano Cardoso van Oosterhout (UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE) Apresentação Oral em GT Mulheres, Religião e Experiencias de Cura Religiosa no Meio Rural do Nordeste Brasileiro

Sessão 3 - GT 058

Alexsânder Nakaóka Elias (Unicamp) Apresentação Oral em GT Práticas de prevenção e cura de doenças através do Odaimoku

Alexandre Oviedo Gonçalves (Universidade Estadual de Campinas) Apresentação Oral em GT O “pastorado do sexo” – mapeando discursos públicos acerca da controvérsia “Cura Gay”

Vanilda Maria de Oliveira (Universidade Federal de Goiás) Apresentação Oral em GT Terapias holísticas no tratamento da depressão

Ianne Paulo Macêdo (Universidade Federal do Piauí), Ianne Paulo Macêdo Apresentação Oral em GT Cuidados Paliativos e Religiosidades: O significado de "ter câncer"

Evileno Ferreira (Universidade Federal do Maranhão (UFMA)), Elizabeth Maria Beserra Coelho Pôster em GT A PAJELANÇA NO TERREIRO DE SANTA BÁRBARA: tratamento, cura e socialização GT 059. Risco: entre teoria e práticas sociais/coletivas

Local: E111, CA.

Ednalva Maciel Neves (Universidade Federal da Paraíba/UFPB) (Coordenador) Leila Sollberger Jeolás (Universidade Estadual de Londrina (UEL)) (Coordenador)

Sessão 1

Daniela Riva Knauth (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) (Debatedor) Sessão 2

Glaúcia Oliveira da Silva (UFF) (Debatedor)

Sessão 3

Luiz Antonio de Castro Santos (UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA) (Debatedor)

Resumo: Riscos industriais, ambientais, econômicos e políticos, que podem afetar toda a humanidade, tornaram-se centro de um debate com múltiplas e complexas dimensões. Entre nós, a noção de risco se difunde no senso comum, acumula significados e expressa ethos e visões de mundo, cujos efeitos estão associados à normatização/regulação das relações interpessoais, das relações com as coisas/natureza e à produção de modos de vida. Como conceito, adquiriu hegemonia nas ciências modernas com o sentido de possibilidade de um evento negativo acontecer, mas só ganhou visibilidade nas ciências sociais a partir dos anos 1980. A proposta deste GT é reunir pesquisadores que tomam o risco como chave para interpretar a contemporaneidade e a sociedade brasileira. Ensaios teóricos e pesquisas serão aceitos de maneira a apresentar a diversidade teórico-metodológica deste campo, principalmente na antropologia. Os seguintes temas poderão ser abordados: 1) riscos e incertezas produzidos pelo desenvolvimento técnico-científico; 2) políticas de comunicação, administração e prevenção de riscos; 2) domínios profissionais e práticas de esportes radicais/competições esportivas; 3) políticas de saúde, tecnologias da vida/morte, “geneticização” da vida e formas de resistência; 4) percepção dos riscos e suas implicações socioculturais; 5) o “gosto pelo risco” por parte de quem valoriza sua experiência; 6) o conceito de risco nas diretrizes éticas para pesquisa em ciências humanas e sociais. Programação

Sessão 1 - GT 059

Alexandre Barbosa Pereira (Unifesp) Apresentação Oral em GT Grande mídia, pânico moral e práticas culturais juvenis: produção, invenção e experimentação de riscos

Esmael Alves de Oliveira (UFGD) Apresentação Oral em GT Quando cinema e saúde se cruzam: repensando a noção de “risco” e “adoecimento” à partir do filme “Kids”

Arthur Pires Amaral (Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social / UFG) Apresentação Oral em GT Riscos, Enfermidades e Narrativas das doenças do Amianto: uma proposta de etnografia das percepções de risco e adoecimento em Minaçu-GO

Eduardo José Marandola Junior (Unicamp), Stephanie Maldonado Raíssa Salgado Rodrigues Apresentação Oral em GT ESPAÇOS PARA ESCONDER E ESPAÇOS PARA SER: a convivência e as conveniências dos riscos na experiência de bairros urbanos em Limeira (SP)

João Marcos Francisco Sampaio (Procuradoria Geral do Estado de Alagoas) Pôster em GT O Policial Militar e a influência do risco percebido na vida pessoal

Daniela Sales de Souza Leão (Universidade Federal de Pernambuco) Apresentação Oral em GT “Pixo pra me sentir vivo”: notas etnográficas sobre a concepção de risco na pixação.

Bruno dos Santos Hammes (Universidade Federal do Tocantins) Apresentação Oral em GT "A gente faz a linha": notas antropológicas sobre percepções do risco de violência de gênero na saída de um bar GLS em Goiânia

Thiago Lima Moreira (Universidade Federal Fluminense) Apresentação Oral em GT A Construção Social da Percepção do Risco Ambiental

Sessão 2 - GT 059

Paulo Roberto Torres Alves (Colégio Pedro II) Apresentação Oral em GT A água em risco: A transposição do rio Paraíba e o Aqüífero Piranema no Rio De Janeiro

Janaina Da Silva Palma (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia), Herbert Toledo Martins Apresentação Oral em GT Percepção de risco e o consumo de bens de segurança privada

Raquel Oliveira Santos Teixeira (UFMG) Apresentação Oral em GT O risco como governo, o governo do risco e suas implicações

Veronica Tavares de Freitas (UFF) Apresentação Oral em GT Sociedade de risco e Legislação Antiterror

Genisson Paes Chaves (Museu Paraense Emílio Goeldi), Sônia Maria Simões Barbosa Magalhães dos Santos Apresentação Oral em GT Percepção de riscos e implicações socioculturais: uma análise sobre o uso de agrotóxicos por camponeses integrados à agroindústria do dendê no Estado do Pará.

Gabrielle Oliveira de Araujo (UFRGS) Apresentação Oral em GT Do risco à resiliência: configurando uma nova agenda mundial para o desenvolvimento

Sessão 3 - GT 059

Angela Vasconi Speroni (Instituto de Estudos em Saúde Coletiva - UFRJ) Apresentação Oral em GT Turismo de células-tronco: fronteiras entre risco e esperança

Rosana Maria Nascimento Castro Silva (Universidade de Brasília), Rafael Antunes Almeida (Instituto Federal Catarinense) Apresentação Oral em GT Testemunho, evidência e risco: o caso da fosfoetanolamina sintética Renata de Morais Machado (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Apresentação Oral em GT Luto na contemporaneidade: sofrimento como risco para a sociedade?

Katia Lerner (Fundação Oswaldo Cruz), Caio Leão Coelho Apresentação Oral em GT Os sentidos do risco: a cobertura jornalística do câncer no jornal O Globo

Mauro Guilherme Pinheiro Koury (PPGA/UFPB) Apresentação Oral em GT Medo, medos corriqueiros, risco e sociabilidade

Raoni Borges Barbosa (PPGA/UFPE) Apresentação Oral em GT Medos e Cotidiano: Uma reflexão etnográfica sobre riscos, perigos e vulnerabilidades a partir de Koury

Jadson Kleber Lustosa Ribeiro da Silva (UFPB/PPGS), Ednalva Maciel Neves PPGS/PPGA/UFPB Apresentação Oral em GT “Automedicação e Risco” Estudo socioantropológico sobre o uso de medicamentos na comunidade da Guia em Lucena/PB

GT 060. Territórios e Impactos Socioambientais: projetos desenvolvimentistas e reordenação territorial na América Latina.

Local: E110, CA.

Izabel Missagia de Mattos (UFRRJ) (Coordenador) Senilde Alcântara Guanaes (Universidade Federal da Integração Latino Americana) (Coordenador)

Resumo: No mundo contemporâneo, regiões, territórios e paisagens tornaram-se espaços de construção identitária que produzem efeitos sobre políticas públicas. A partir dos anos 1990, sobretudo, observa-se um expressivo aumento da produção intelectual sobre processos de reconfiguração espacial desencadeados por ações econômicas e sociopolíticas, seja em reflexões a respeito dos impactos socioambientais de projetos desenvolvimentistas sobre povos originários e comunidades tradicionais, seja na abordagem de temas como a relação periferia-centro, o binômio natureza-cultura e o fluxo de saberes que subverte relações de poder. Com o término de regimes de exceção em vários países na América Latina e a retomada do crescimento econômico no âmbito da mundialização do capital, os impactos provocados por empreendimentos de caráter extrativista vêm gradativamente se intensificando. Contudo, novas ações coletivas vêm emergindo a partir da crítica ao modelo exportador predatório imposto pelos setores econômicos e políticos - conservadores ou progressistas - nos governos da região. Neste grupo de trabalho, nos propomos a debater as relações e tensões entre neoliberalismo e natureza no contexto de conflitos socioambientais e territoriais na América Latina, enfatizando o campo de lutas sobre o meio ambiente, o controle de seus recursos e redefinições que dizem respeito à “participação” e autonomia territorial.

Programação

Sessão 1 - GT 060

Juliana Rosa de Almeida (universidade federal da Bahia), Juliana Rosa de Almeida Apresentação Oral em GT Natureza, sociedade e territórios: projetos de desenvolvimento e conflitos socioambientais na América do Sul.

José Alex Rego Soares (Universidade Estadual de Minas Gerais), Érica Renata de Souza (UFMG) Apresentação Oral em GT Problematizando o conceito de desenvolvimento: uma reflexão sobre consumo, bem estar e meio ambiente na América Latina

Janaína Tude Seva (UFRRJ), Renata da Silva Nobrega Apresentação Oral em GT Tecnologia, natureza e ciências sociais: um engenheiro e seu caleidoscópio humano.

Joseline Simone Barreto Trindade (Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA)) Apresentação Oral em GT Territorialidade, Conflito e Autonomia no Território Quilombola do Curiaú (AP)

Amanda Gonçalves de Almeida (Universidade Federal de Viçosa) Pôster em GT Políticas de desenvolvimento e territorialidades: análise de um conflito territorial em Rio Acima/MG

Douglas Mansur da Silva (Universidade Federal de Viçosa) Apresentação Oral em GT Do campo à cidade. Políticas de desenvolvimento, territorialidades e migrações (uma comparação triangular)

Marcos Cristiano Zucarelli (UFMG) Apresentação Oral em GT Estratégias de gestão dos conflitos no projeto Minas-Rio e seus efeitos nas comunidades locais

Mariana Gravina Prates Junqueira (PUC-SP), Lucia Helena Rangel Apresentação Oral em GT Participação e conflitos socioambientais: o caso do Parque Estadual da Serra do Papagaio

Sessão 2 - GT 060

Andreza Aparecida Franco Câmara (UFF/PPGSD), Napoleão Miranda Paulo Brasil Dill Soares Apresentação Oral em GT Impactos e riscos sociais em programas de usinas hidrelétricas: Os deslocamentos compulsórios das populações atingidas e o case Simplício

Raoni Machado Giraldin (Universidade De Brasília) Apresentação Oral em GT Os efeitos urbanos da chegada do Consórcio Construtor Belo Monte em Altamira-PA: Contribuições possíveis para uma antropologia dos Impactos Socioambientais.

Cristiane Sobrinho Costa (Universidade Federal da Bahia) Apresentação Oral em GT Impactos sócioambientais da construção do Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP), sobre as populações ribeirinhas de São Roque e Enseada do Paraguaçu.

Kátia Solange do Nascimento Demeda (Universidade Federal do Oeste do Pará) Apresentação Oral em GT Mineração em comunidades Tradicionais: Royalties, indenizações e conflitos socioambientais no PAE Juruti Velho, Oeste do Pará.

Erivelton Antonio dos Santos Silva (Universidade de Pernambuco), Cayo Adriano Silva Feitosa Pôster em GT Conflitos socioambientais e violação de direitos nas comunidades de Onze Negras e Negros de Gilu

Jaqueline Vilas Boas Talga (UFG e IFG) Apresentação Oral em GT Quilombolas vivos e envenenados

Arlene Anélia Renk (Unochapeco), Silvana Winckler Apresentação Oral em GT Os direitos humanos das vítimas de grandes empreendimentos: ampliando a percepção sobre impactos socioambientais decorrentes da UHE Foz do Chapecó

Ismael Andres Stevenson Dechelette (UFF), Ronaldo Lobão Apresentação Oral em GT OS IRREDUTÍVEIS: processos de resistência, territorialidade e identidade em Itaipu (RJ)

Sessão 3 - GT 060

José Antônio Vieira Pimenta (UnB) Apresentação Oral em GT Povos indígenas, comunidades tradicionais e políticas de desenvolvimento no Alto Juruá: uma análise da etnopolítica dos Ashaninka do rio Amônia.

Adriana Francisca de Medeiros (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS), Simone Ferreira de Athayde Adnilson de Almeida Silva Apresentação Oral em GT Hidrelétricas e impactos socioambientais no território Kayabi

Estella Libardi de Souza (FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO) Apresentação Oral em GT As hidrelétricas do PAC e a (não) demarcação de terras indígenas

Ana Paula Massadar Morel (PPGAS/MN/UFRJ) Apresentação Oral em GT Autonomia e a indigenização da política no movimento zapatista

Rafaela da Cunha Pinto (Universidade Federal do Pará) Pôster em GT POVOS DE MAMIRAUÁ E AMANÃ: contribuições das ciências humanas a uma experiência territorial de ação pública local socioambiental Autor: Rafaela da Cunha Pinto

Carolina Llanes Guardiola (CNPq - Universidade Federal do Espírito Santo) Apresentação Oral em GT A “Participação” e suas variantes no Licenciamento Ambiental nas Terras Indígenas do Espírito Santo

Anahí Chaparro Ortiz de Zevallos (ICHF-PPGA), Miguel Valderrama Zevallos Apresentação Oral em GT Políticas de conservação e direitos territoriais dos povos indígenas: o caso da região San Martin, no Peru

Monzerrat Romero-Luna (Instituto Nacional de Antropología e Historia), Monzerrat Romero-Luna Apresentação Oral em GT O decreto da Reserva da Biosfera Tehuacán-Cuicatlán: impactos socioambientais no território das comunidades indígenas cuicatecas da Cañada Oaxaqueña, México.

GT 061. Territórios vividos: territorialidades e processos de constituição das populações do campo

Local: E108, CA.

Nashieli Cecília Rangel Loera (Departamento de Antropologia/Unicamp) (Coordenador) Verena Sevá Nogueira (Universidade Federal de Campina Grande) (Coordenador)

Resumo: Dando continuidade às discussões iniciadas no grupo de trabalho “Territórios do cotidiano: processos e dinâmicas de constituição das populações do campo”, ocorrido na última RBA, este grupo de trabalho se propõe retomar a problemática do surgimento de novos atores no mundo rural e as formas ou modalidades em que as populações do campo praticam, categorizam, designam e constituem seus territórios. Serão privilegiados trabalhos etnográficos que problematizem processos de pertença, mobilidade, circulação de pessoas e coisas, formas de organização e trabalho, relações de coabitação e outras dinâmicas locais que mostram as diversas maneiras em que cotidianamente as populações rurais constituem e são constituídas pelos seus territórios. Assim, a proposta incentiva a apresentação de trabalhos que reflitam sobre configurações territoriais e territorialidades específicas, e acerca da riqueza ou limitação de determinadas abordagens e categorias utilizadas pelos antropólogos como instrumento de análise do mundo rural.

Programação

Sessão 1 - GT 061 Graziele Cristina Dainese de Lima (Universidade Federal da Grande Dourados) Apresentação Oral em GT Entre casas: práticas de movimento e acontecimentos femininos nas localidades rurais do Alto Paranaíba/Minas Gerais

Jurani Oliveira Clementino (UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE), Marilda Aparecida de Menezes. Professora Visitante Nacional Senior do Programa de Ciências Humanas e sociais da Universidade Federal do ABC, Pesquisadora do CNPq Apresentação Oral em GT Vicinalidades e configurações de casas: os Leandros de Várzea Alegre - CE e suas estratégias de moradia em São Paulo

Paulo Augusto Franco de Alcântara (Fundação Getulio Vargas) Apresentação Oral em GT “Pão, família e terra: quem vai por aí não erra”. Trabalho e economia familiar no Caparaó/MG

John Comerford (Museu Nacional/UFRJ) Apresentação Oral em GT Éticas do movimento e dos posicionamentos: lugares, narrativas e julgamentos.

Lorena Leite Aragão (Universidade Estadual de Campinas) Apresentação Oral em GT Parentes, não herdeiros e o sangue bom: uma análise etnográfica da circulação de bens materiais e imateriais entre as famílias do vilarejo de Venâncio, Barroquinha – Ceará

Carolina Perini de Almeida (Fundação Nacional do Índio) Apresentação Oral em GT Troncos, raízes e sementes em uma aldeia Terena

Lúnia Costa Dias (UFMG) Apresentação Oral em GT Fazendo o quilombo: dinâmicas de socialidade, territorialidade e familiarização na conformação do território quilombola de uma comunidade rural do extremo sul da Bahia

Larissa dos Santos Martins (Fundação Nacional do Índio) Pôster em GT Os filhos de Maíra: os Tenetehara e suas dinâmicas de ocupação Sessão 2 - GT 061

Franklin Plessmann de Carvalho (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia) Apresentação Oral em GT Fundos e Fechos de Pasto: territorialidades específicas, lutas e alguns desafios

Manuela Souza Siqueira Cordeiro (Universidade Federal de Roraima) Apresentação Oral em GT Notas sobre a agricultura familiar em Portugal: a “agricultura tradicional”, “novos agricultores” e pluriatividade

Everton de Oliveira (Universidade Estadual de Campinas) Apresentação Oral em GT A extensão do cotidiano: trabalhar na terra e viver das fábricas em uma comunidade de alemães na Encosta da Serra, RS

Diego Amoedo Martínez (PPGAS - IFCH - UNICAMP) Apresentação Oral em GT A inovação na terra: práticas agrícolas em Tourém e Pitões das Júnias (Portugal).

Germán Andrés Moriones Polanía (Estudante) Apresentação Oral em GT Minería ancestral de oro: organización socio-económica y re- configuración territorial. Estudio de caso en una comunidad afrodescendiente en Colombia

Marisa Barbosa Araújo (Universidade Federal de Roraima) Apresentação Oral em GT Territorialidades em cena: processo de ocupação, pertencimento, usos da terra e direitos em uma vicinal em Roraima

Marilia de Jesus da Silva e Sousa (Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá), Professora Dra. Thereza Cristina Cardoso Menezes (CPDA- UFRRJ) Apresentação Oral em GT Artesãs da Reserva Amanã-Am: práticas tradicionais e territorialização das áreas de cauaçuzais para produção do artesanato

Giovana Almeida Nasciento (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA) Pôster em GT A Caminho das Vilas Produtivas Rurais: efeitos socioculturais da Transposição do Rio São Francisco em comunidades rurais no sertão paraibano

Sessão 3 - GT 061

Elis Fernanda Corrado (Unicamp), Aline Castilho Crespe – UFGD Apresentação Oral em GT Do acampamento ao Tekoha: uma análise das áreas de retomadas Guarani e Kaiowá em Dourados – MS

Mariana Vieira Galuch (UFAM) Apresentação Oral em GT Movimentos migratórios e suas implicações: o caso do Projeto de Assentamento Rio Juma, Apuí-AM

Renata Medeiros Paoliello (Universidade Estadual Paulista) Apresentação Oral em GT Discursos de desenvolvimento e territórios quilombolas: relações e territorialidade em mudança

Rosemeire Salata (Universidade Estadual Paulista) Apresentação Oral em GT Nas terras dos outros: deslocamentos laborais, espaços de vida e projetos de autonomia entre camponeses migrantes

Roberta Brandão Novaes (PPGSA) Apresentação Oral em GT Saindo pra fora. Notas iniciais sobre práticas de mobilidade e economia entre populações rurais do Vale do Peruaçu (MG)

Mônica de Andrade Arnt (Emater/RS-Ascar) Apresentação Oral em GT Mediações político-culturais e relações intercomunitárias quilombolas no Litoral Médio do Rio Grande do Sul

Renata da Silva Nobrega (Universidade Federal de Rondônia) Apresentação Oral em GT "Trazendo os iludidos e levando embora aqueles que chegaram...": Mobilidades migratórias em Rondônia

Luna Dalla Rosa Carvalho (UFRN) Pôster em GT Territorialidade em construção: agricultores e cosmopolítica no assentamento Quilombo dos Palmares II GT 062. Tradução, conexões e re(criações) culturais das religiões brasileiras na Europa e em outros contextos nacionais

Local: F106, CA.

Joana D'Arc do Valle Bahia (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) (Coordenador) Marcelo Tavares Natividade (Universidade de São Paulo) (Coordenador)

Resumo: Este GT analisa os nexos entre globalização e configurações do religioso na contemporaneidade em suas múltiplas faces. Uma das dimensões a ser explorada compreende a das práticas religiosas brasileiras na Europa e em outros contextos nacionais. Cabe lembrar que o Brasil é um dos maiores atores na geografia global do sagrado. Grupos e práticas religiosas do Brasil, tão diversas quanto o Candomblé, Santo Daime, Capoeira, Pentecostalismo e o Catolicismo, podem ser identificados em diversas partes do mundo. Consideramos que os conceitos existentes – transnacionalismo, globalização, localização, migração e tradução – apresentam limitações para examinar as novas realidades com as quais identificamos em trabalhos de campo. Pensamos em que extensão ideias sobre religião como mediação e/ou como invenção podem contribuir para as pesquisas sobre fenômeno religioso em diversos contextos.Assim como, partindo do entendimento da religião como construção,-- olhar para o modo como práticas religiosas, tem sido atravessadas por noções, ideias e linguagens seculares,instituindo novas invenções do laico e do religioso.Convidamos a apresentação de trabalhos etnográficos sobre as diferentes manifestações religiosas brasileiras, com distintas dimensões, com por exemplo ritual e produção simbólica (música, corpo); o papel da tecnologia,(re)criação de relações sociais e conexões e mediações da religião com gênero, família e sexualidade, os direitos e as políticas públicas.

Programação

Sessão 1 - GT 062

Cristina Rocha (Universidade de Western Sydney) Apresentação Oral em GT Jovens brasileiros na Austrália: vivendo entre o pentecostalismo brasileiro e australiano

Matan Ilan Shapiro (Ben-Gurion University of the Negev), NA Apresentação Oral em GT Appropriating Terra Santa: Holy Land Tours, Ontology, and the ‘Jewification’ of Brazilian Evangelical Movements Carla Patrícia Pintado Núñez (UFRN) Apresentação Oral em GT Espiritismo no Uruguai: influência das redes espíritas brasileiras na constituição dos centros espíritas em Montevidéu

Aramis Luis Silva (Cebrap) Apresentação Oral em GT Uma igreja inclusiva em um inusitado vértice missionário

Mariana Reinisch Picolotto (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Apresentação Oral em GT Transnacionalização religiosa pentecostal: o papel da rede transnacional na identidade de uma igreja pentecostal

Sessão 2 - GT 062

Roberta de Mello Correa (INEAC-UFF) Apresentação Oral em GT O Sagrado à porta fechada: etnografia de um terreiro de Candomblé em Lisboa

Ricardo Oliveira de Freitas (Professor Efetivo) Apresentação Oral em GT Web-terreiros d'alem-mar: quinze anos depois.

Inga Scharf (Institut für Europäische Ethnologie) Apresentação Oral em GT Umbanda em Berlim. Idéias e imagens de uma religião brasileira na sua diaspora na Europa central.

Edlaine de Campos Gomes (UNIRIO), Luís Cláudio de Oliveira Apresentação Oral em GT Comunidades de Terreiro: ancestralidade e recriações contemporâneas

Sessão 3 - GT 062

Antonio George Lopes Paulino (UFC) Apresentação Oral em GT Entre estranhamentos e interações: a presença de uma igreja do Santo Daime em uma localidade cearense

Kachia Hedeny Téchio (Universidade Federal de Rondônia) Apresentação Oral em GT Rituais indígenas e novas tecnologias: transmissões religiosas tradicionais através do espaço digital e novas formas de apropriação do religioso sobre os territórios indígenas

Andrea Damacena Martins (PUC-PR) Apresentação Oral em GT Tradução, diferenças e possibilidades de construções simbólicas do sentido de “casa” nas práticas religiosas de mulheres católicas em Haia N

Anna Marina M. de P. Barbará Pinheiro (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Apresentação Oral em GT Gênero, Feminismo e Catolicidade no Pensamento de

Ricardo Justino dos Santos (Universidade Regional do Cariri- URCA) Pôster em GT Representações de Gênero na Religião: relações e vivências na esfera domestica e familiar

GT 063. Trajetórias religiosas em trânsito e novas configurações identitárias

Local: I414, CA.

Maristela Oliveira de Andrade (Universidade Federal da Paraíba) (Coordenador) Sylvana Maria Brandão de Aguiar (UFPE) (Coordenador) Antonio Giovanni Boaes Gonçalves (Universidade Federal da Paraíba) (Debatedor) Eduardo Henrique Araújo de Gusmão (UFCG) (Debatedor)

Resumo: As trajetórias religiosas de diferentes lideranças e adeptos de movimentos religiosos na contemporaneidade permitem explorar as dinâmicas de transformação no campo religioso, bem como os processos de construção étnico-identitária-religiosa, que segundo Stuart Hall (2000) revelam o caráter “estratégico e posicional” submetido a uma historicização da mudança constante. Tais processos são, também, multifacetados, permitindo que líderes religiosos e seus grupos ou comunidades religiosas sejam mediadores de diversas fontes e fluxos culturais que convivem e se contrapõem. A nossa proposta é realizar um debate, no que tange o entendimento teórico de narrativas etnográficas que exponham experiências, ora como fenômeno racional de natureza social, ora não-racional com o transcendente. Visamos discutir o que se tem produzido hoje acerca da grande circulação ou trânsito de novos adeptos entre as religiões, nas últimas três décadas. Serão privilegiados trabalhos que explorem as trajetórias em trânsito no âmbito das diferentes religiões no cenário atual brasileiro, entre as quais as religiões de matriz africana, as religiões do campo cristão, bem como os recentes trânsitos no campo judaico, islâmico e as expressões religiosas da Nova Era.

Programação

Sessão 1 - GT 063

Vera Lucia Maia Marques (Universidade Federal de Minas Gerais) Apresentação Oral em GT Inserção dos muçulmanos por conversão no Brasil e em Portugal

Thaís Silva de Assis (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Apresentação Oral em GT Neo-hinduísmo no Brasil: trajetórias e pertencimentos religiosos de adeptos

Mirella de Almeida Braga (ufpb) Apresentação Oral em GT Entre trajetórias, rituais e sinagogas

Ivaldinete de Araújo Delmiro Gémes (Universidade Estadual Vale do Acaraú), Márton Támas Gémes István Gémes Apresentação Oral em GT Evangélikus Gyülekezet: notas etnográficas sobre uma Comunidade Protestante Húngara em Stuttgart

Ana Maria Gomes Raietparvar (Universidade Candido Mendes) Apresentação Oral em GT Peregrinação, estudos e caridade: As relações transnacionais de praticantes da Fé Bahá'i no Brasil

Liza Dumovich Barros (Revista Diáspora) Apresentação Oral em GT A comunidade Gülen no Brasil: configurações locais de um movimento religioso turco transnacional

Vanessa Karla Mota de Souza Lima (Universidade Federal da Paraíba), Prof. Dra. Maria Patrícia Lopes Goldfarb Apresentação Oral em GT A Casa da Ummah – Reflexões antropológicas sobre comunidades islâmicas sunitas no nordeste do Brasil – Paraíba e Agreste de Pernambuco.

Heráclito dos Santos Barbosa (Unilab) Pôster em GT Mãe Mira: trajetória e memória no candomblé angola

Sessão 2 - GT 063

Dalva Maria Soares (UFSC) Apresentação Oral em GT "Muita religião, seu moço!": entre santos, espíritos, pretos velhos, pombas-gira e orixás

José Roberto Feitosa de Sena (Universidade Federal da Paraíba), Antônio Giovanni Boaes Gonçalves. Apresentação Oral em GT Retratos sociológicos e perfis culturais-religiosos no Maracatu de Baque Solto de Pernambuco.

Celso de Brito (Universidade Federal do Piauí), BRITO, Celso de Apresentação Oral em GT A regulação da instanciação religiosa na Capoeira Angola globalizada: A relação entre o Grupo Irmâos Guerreiros e o Ilê Obá Silekê de Berlim, Alemanha

Rafael Trindade Heneine (UFPB) Pôster em GT O trânsito religioso e o ethos de grupo nas tradições da Umbanda e da Jurema na capital Paraibana

Bárbara Luna de Araújo (UFPB) Apresentação Oral em GT Reafricanização e construção da identidade negra nas religiões de origem africana em João Pessoa/PB: o caso do terreiro Ilê Tata do Axé

Ana Maria Vallias Andrade Silveira (Universidade Federal da Grande Dourados) Apresentação Oral em GT Relações e Aproximações no Campo Religioso de Possessão: Um estudo de caso em duas casas Religiosas em Dourados - MS

Geisiane Batista Prates (PREFEITURA MUNICIPAL DE NAVIRAI MS) Apresentação Oral em GT Umbanda E FTU: Intercafes do Embranquecimento das Religiões Afro- Brasileiras

Larissa Sarmento Lira (Universidade Federal da Paraíba) Apresentação Oral em GT Memória Nagô: Vicente Mariano e o Terreiro Senhor do Bonfim Ilê Oxum Ajamin

Sessão 3 - GT 063

Marilda Aparecida de Menezes (Universidade Federal do ABC), Ana Keila Mosca Pinezi (Programa de Ciências Humanas e sociais, UFABC) Apresentação Oral em GT Migração e Pentecostalismo: ressignificações identitárias de mulheres migrantes

Douglas Alessandro Souza Santos (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) Apresentação Oral em GT “O sacerdócio universal dos crentes”: A trajetória de evangélicos não institucionalizados no Brasil.

Francesco Romizi (Universidade Estadual de Londrina) Apresentação Oral em GT As profundas e mutáveis pegadas míticas do povo que não esperou por Deus. A vida religiosa dos índios Kadiwéu

Thayane Lúcia Fernandes da Silva (Universidade Federal de Pernambuco) Pôster em GT Quando o comportamento também fala: expressões vestuais e devoção na benção de São Félix.

Abel de Castro Tavares (Université de Montréal), Yakov M. Rabkin Apresentação Oral em GT Conversão ao Judaísmo: voluntarismo e agenciamento

Vítor Hugo da Silva Adami (Universitat Rovira I Virgili) Apresentação Oral em GT “Hare Krishna à la carte”: as novas configurações de devotos de Krishna no Brasil.

Taís Dias Capelini (Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)) Apresentação Oral em GT Yoga na Laje: uma trajetória entre espiritualidade e identidade híbridas Clécio Jamilson Bezerra dos Santos (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), Orivaldo Pimentel Lopes Junior Apresentação Oral em GT Neo-pentecostalismo em Juazeiro do Norte: a Igreja Mundial do Poder de Deus na trama das classificações

GT 064. Visualidades Indígenas

Local: AUDITÓRIO 1, CA.

Ana Lúcia Marques Camargo Ferraz (UFF/FLACSO-EC) (Coordenador) Paula Morgado Dias Lopes (UNIVERSIDADE DE SAO PAULO) (Coordenador) Junia Torres (UFMF/FAFICH) (Debatedor)

Resumo: O GT Visualidades Indígenas visa reunir pesquisas recentes que analisem as produções audiovisuais feitas por povos indígenas ou sobre eles. O escopo das investigações a serem apresentadas deve agregar reflexões sobre as concepções de imagem do ponto de vista das cosmologias de distintos povos indígenas, mas também reflexões sobre a apropriação das técnicas de produção de imagens, análises de processos de socialização da linguagem do cinema e do vídeo por meio de oficinas e seus paradoxos e experiências correlatas. O objetivo das sessões será analisar as novas visualidades que se colocam para dentro e para fora dos grupos indígenas, o protagonismo dos jovens indígenas na produção de discursos audiovisuais a partir de dentro das lógicas culturais; relações entre imagem e xamanismo; circulação de pontos de vista indígena e sua recepção acadêmica, apropriação do audiovisual em processos de transmissão de conhecimento, seus limites e possibilidades. Os temas gerais que serão acolhidos no GT tratam de comunicação intercultural, relações entre imagem e política, questões de autoria, tecnologias nativas do tornar visível, jovens indígenas e apropriação das técnicas do vídeo, transmissão oral e o audiovisual.

Programação

Sessão 1 - GT 064

Bernard Pêgo Belisário (UFMG) Apresentação Oral em GT As lagartas-espírito e a invenção do cinema Maxakali

Fernanda Ribeiro Amaro (UNICAMP), Takumã Kuikuro Apresentação Oral em GT Londres como uma Aldeia: deslocamento, narrativa e visualidade de um viajante Kuikuro

Amilton Pelegrino de Mattos (UFAC), Amilton Pelegrino de Mattos Apresentação Oral em GT O sonho do nixi pae - O Movimento dos Artistas Huni Kuin

Diego Soares da Silveira (Universidade Federal de Uberlândia), Laura Zanotti (Purdue University) Ingrid Ramon Parra (Purdue University) Apresentação Oral em GT Antropologia Simétrica e produção audiovisual: as experiências dos mebêngôkre da aldeia A'Ukre

André Luís Lopes Neves (Universidade de São Paulo) Apresentação Oral em GT O vídeo como ibirapema: a possibilidade de uma memória prospectiva para os Manoki

Luiza de Paula Souza Serber (Unicamp) Apresentação Oral em GT Entre Pensar, Ver e Filmar: A Apropriação Audiovisual por Mulheres Xinguanas

Sessão 2 - GT 064

Samuel Leal Barquete (Univesidade Federal Fluminense), Francisco Antunes Caminati Apresentação Oral em GT Visualidade e Arquivo: implicações estético-políticas da conversão da imagem indígena em informação digital

Carmem Rejane Antunes Pereira (UFSC) Apresentação Oral em GT Apontamentos e questões de pesquisa para pensar configurações da visualidade indígena a partir das dimensões comunicacional, política e pública

Paula Grazielle Viana dos Reis (UFMG), Vandimar Marques Damas Apresentação Oral em GT Sombras e nuvens: notas etnográficas sobre o vídeo Sonhos e Raios

André Luis Campanha Demarchi (Universidade Federal do Tocantins) Apresentação Oral em GT Vídeo-Ritual: Circuitos imagéticos e cerimoniais entre os Mebengôkre (Kayapó)

Rodrigo Amaro (UFRJ Museu Nacional) Apresentação Oral em GT Che aporahéita ko rap kaiowa (Eu vou chegar para cantar esse rap kaiowa) - reflexões sobre cultura e “cultura” a partir do rap e do áudio visual produzidos pelos coletivos Kaiowa e Guarani da Reserva Indígena de Dourados /MS

Sessão 3 - GT 064

Edgar Teodoro da Cunha (Universidade Estadual Paulista) Apresentação Oral em GT Imagens ameríndias: agência, memória e subjetividade

Debora Fernandes Herszenhut (PPGSA/IFCS - Programa de Pós Graduação em Sociologia e Antro) Apresentação Oral em GT “Cinema indígena ou Cinema indigenizado? O processo de etnização através da produção de imagens”

João Martinho Braga de Mendonça (Universidade Federal da Paraíba) Apresentação Oral em GT Análise e edição de imagens: reflexões com os Potiguara do Litoral Norte da PB

Rodrigo Lacerda Fernandes (CRIA - Centro em Rede de Investigação em Antropologia e Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova) Apresentação Oral em GT "Tava, Casa de Pedra": património, cinema e conhecimento

Alice Martins Villela Pinto (USP) Apresentação Oral em GT O vídeo como encontro: a visita dos Kariri-Xocó aos Xucuru-Kariri mediada pela câmera PRÊMIO PIERRE VERGER

XI Prêmio Pierre Verger de Filme Etnográfico

Local: Cine Aruanda (CCTA - Campus I - UFPB)

04/08 [Quinta-feira] - 14h30 -16h30

A Briga do Cachorro com a Onça (58 min.) Dir. Alice Villela e Hidalgo Romero

Do bugre ao Terena (26 min.) Dir. Aline Espíndola & Cristiano Navarro

Fabrik Funk (25 min.) Dir. Alexandrine Boudreault-Fournier, Rose Satiko G. Hikiji & Sylvia Caiuby Novaes

05/08 [Sexta-feira] - 14h30 - 17h30

Das nuvens pra baixo (75 min.) Dir. Marco Antonio Teixeira Gonçalves

Tupinambá - O Retorno da Terra (25 min.) Dir. Daniela Alarcon

Pás Ho Dame (82 min.) Dir. Daniel Simião

06/08 [Sábado] - 10h -13h

Do Outro Lado do Atlântico (90 min.) Dir. Daniele Ellery

Intolerâncias da Fé (16 min.) Dir. Alexandre Borges, Fernando de Sousa &Taís Capelini

Zika (29 min.) Dir. Debora Diniz

Pimentas no olhos (42 min.) Dir. Andrea Barbosa e Fernanda Matos

06/08 [Sábado] - 14h30 -16h30 O Voo da Beleza (82 min.) Dir. Alexandre Fleming Câmara Vale

Tempo da Terra (30 min.) Dir. JV Santos & Maria José Carneiro

Sangria (11 min.) Dir. Eduardo Di Deus

VIII Prêmio Pierre Verger de Ensaio Fotográfico, Exposição fotográfica e Mostra digital

Local: Galeria Lavandeira (CCTA - Campus I - UFPB)

Mulheres Quilombolas em Marcha Ana Carolina Fernandes

Zona Portuária do Rio de Janeiro: vestígios de estranha civilização Ana Paula Pereira da Gama Alves Ribeiro

A gente não é contra o progresso, a gente é contra a forma como está sendo feito Anelise dos Santos Gutteres

Homens de couro Bruno José de Araújo Florêncio

Cadeia de papel Débora Diniz

Sacralidades Timorenses Daniel Schroeter Simão

Sob o regime das águas Dione do Socorro de Souza Leão

Cores da devoção a São Benedito: entre pés descalços e cores dançam os Marujos e Marujas no ritmo da Marujada de Bragança/PA Ester Paixão Corrêa

Construção das casas entre os Panará Fabiano Campelo Bechelany

Libertando Raxayõma: o Ritual da Fartura entre os Yanomami de Ariabú, Região de Maturacá/AM Gustavo Hamilton de Sousa Menezes

Um carnaval no diminutivo? Juliana Brás Dias

Che amba pe orereko | Vida no território Luciana de Oliveira

Ver Peixe: pescar com os olhos, ver com o corpo Rafael Victorino Devos

Na Casa de Gentio Rodrigo de Azeredo Grünewald

Notas de Falecimento Sophia Ferreira Pinheiro

Kiriri in movement Ugo Maia Andrade

Mostra Retrospectiva de Filme Etnográfico Prêmio Pierre Verger – 20 anos

Local: Cine Aruanda (CCTA - Campus I - UFPB)

04/08 [Quinta-feira] - 10h -13h

Yãnkwa: o banquete dos espíritos (56 min.) Dir. Virgínia Valadão

Nadëb: voz de um povo maku (10 min.) Dir. Ricardo Neves Romcy Pereira

Bois-bumbás de Manaus: brinquedo de São João (27 min.) Dir. Sérgio Ivan Gil Braga

Atlântico Negro: na rota dos orixás (54 min.) Dir. Renato Barbieri

Uma História Severina (23 min.) Dir. Débora Diniz & Eliane Brum

05/08 [Sexta-feira] - 10h -13h

Ondas Curtas (15 min.) Dir. Samuel Leal Barquete & Leandro Parinai'a

Memórias do mundo (39 min.) Dir. Ana Luiza Carvalho da Rocha & Maria Henriqueta Satt

Os Seres da Mata (27 min.) Dir. Rafael Devos

Tecido Memória (71 min.) Dir. José Sérgio Leite Lopes, Celso Brandão & Rosilene Alvim

O Arco e a Lira (16 min.) Dir. Priscila Barrak Emmel

Mostra Digital Retrospectiva de Ensaio Fotográfico Prêmio Pierre Verger – 20 anos

Local: Galeria Lavandeira (CCTA - Campus I - UFPB)

Cinzas Sagradas: imagens da transcendência Lena Tatiana Dias Tosta

Estátua Viva Neiva Rosa Garcia

Agudás – os ‘brasileiros' do Benin Milton Guran

A cozinha e suas múltiplas funções e significados entre os agricultores no planalto catarinense Neusa Maria Bloemer

A folia na roça de Pirenópolis, Goiás: antropologia de uma festa em movimento Felipe Berocan Veiga

O Verso e o Reverso da Rivalidade: a produção artística nos QGs do Boi-Bumbá de Parintins Johannes Andreas Valentin

Missarandê: celebrações do corpo rijo e dócil nas matas do Calhariz Hélio Vianna

O Visual de Uma Visita Digital: narrativa fotoetnográfica Luiz Eduardo Robinson Achutti Pañuelos Fernando de Tacca

Um olhar sobre o cotidiano das crianças indígenas Galibi-Marworno do Amapá: brincadeiras, trabalho e saberes horizontais Camila Guedes Codonho

Animation de rue: Images de l’art de faire d’um ancien Neiva Rosa Garcia

Porteiras, fechos e portas – Minas Gerais: tramelas e trincos de São Gonçalo do Rio das Pedras Fernando César de Araújo

A Religiosidade dos Camponeses Descendentes dos Ucranianos / Prudentópolis-PR Paulo Renato Guérios

Imagens da Etiópia Sylvia Caiuby Novaes

Rituais iniciáticos do jaré, religião de matriz africana na Chapada Diamantina, Bahia Gabriel Banaggia

Pesca e Segredo na Lagoa Feia José Colaço Dias Neto

Cacimba Milena Argenta

Ritual da Menina-moça Tenetehara-Tembé: identidade, saúde e defesa do território na ação local Vanderlucia da Silva Ponte e Maria José da Silva Aquino

As fronteiras da solidão Cristiano Monteiro

Gestação e metamorfoses: aprendizagem da pesca Carlos Sautchuk

Feitura de Santo - Uma narrativa artística e foto-etnográfica de uma iniciação no Candomblé Larissa Yelena Carvalho Fontes

MOSTRA ARANDU DE FILMES ETNOGRÁFICOS

Local: Cine Aruanda/CCTA), a partir das 19hs

Dia 04 de agosto:

Memórias Retomadas – 23’ Direção: João de Mendonça 2015

Imagens e Memórias do Cinema no Vale – 13’ Direção: José Muniz 2016

“Tia, traz a gente pra perto” – 13’ Direção: Ivandiely Menezes 2016

As Sementes – 30’ Direção: Beto Novaes 2015

Gosto mais do que lasanha – 41’ Direção: Luciana Ribeiro 2016

Dia 05 de agosto:

IBURI Trompete dos Ticuna – 14’ Direção: Edson Tosta Matarezio Filho 2014

Cavalhadas de Alagoas – 13’ Direção: Walcler Mendes Junior/ Pedro Simonard/ Juliana Michaello 2016

Como Antigamente – 11’ Direção: Augusto Junior 2016

Arte é Para Todos – 36’ Direção: Darllan da Rocha 2014

R’Congo: Cultura negra em Porto Alegre/RS – 30’ Direção: Olavo Ramalho Marques 2016

A Música e as Bandas no contexto do desfile cívico de Rio Tinto – 13’ Direção: Caio Nobre Lisboa 2016

A arte de Vó Mera – 7’ Direção: Renata Cavalcanti 2015

Babau da Gota Serena – 18’ Direção: coletiva 2016

MENÇÃO ESPECIAL 1:

Das nuvens pra baixo – 74’ (em exibição no Prêmio Pierre Verger) Direção: Marco Antonio Gonçalves / Eliska Altmann 2015

MENÇÃO ESPECIAL 2:

Taller “Miradas Antropológicas” (séries de vídeos associados) Mariano Báez Landa (México /CIESAS) 2001-2016 PERFORMANCES ARTÍSTICAS

Abaixo seguem as performances selecionadas por meio do Edital de Ocupação Artística, cuja proposta foi tecer caminhos entre Arte e Antropologia. Apesar das indicações, algumas performances não ocorrerão nas salas, mas nas imediações destas, com duração aproximada de 15 minutos. As performances buscaram dialogar com as temáticas abordadas nas atividades do evento, sejam Grupos de Trabalho, Mesas Redondas ou espaços de sociabilidade. Afete-se!

Dia 03 (quarta-feira)

Cafuné (Curadoria) – Praça da Alegria/ UFPB – 15hs Em diálogo com: Credenciamento

Cafuné é o ato de acarinhamento realizado entre pessoas em algumas regiões do Brasil. É uma palavra brasileira que tem sua origem etimológica na língua do quimbundo na Angola. Apresenta a especificidade do ato de “catar a cabeça de alguém”. Geralmente ocorre como uma possibilidade de pausa no cotidiano, de cuidado entre as pessoas queridas em frente às suas residências (na frente da porta) ou dentro de casa. A performance consiste em oferecer cafuné em locais públicos. Trata-se de um deslocamento do contexto desse costume social para o contexto público e de passagem, uma espécie de teste na oferta de um ato íntimo num local de fluxo de pessoas.

Concepção: Líria Morays Performers: Líria Morays, Candice Didonet e Carolina Laranjeiras.

Dia 04 (Quinta-feira)

9:30 GT`s

Ato ou efeito de embranquecer, mídia manipulando nossos corpos (I416CA – GT56) Em diálogo com: GT56- Racismo no plural nas Américas: situando povos indígenas e afro- indígenas

Trazer uma consciência do corpo, cor de pele e cabelo. Como o corpo negro é facilmente manipulado pelas mídias e padrões embranquecidos. Muitas vezes não se encaixa nesse quadrado embranquecido. Muitas vezes é esquecido. Muitas vezes é. Performers: Phil Meneses, Miguel Inseta, Ucla Botelho, Ikaro Max

13:00

O Diaspórico Regional Transviado (H101CA-GT44) Em diálogo com: GT44 – Música e Dança nos processos de mobilização coletiva e afirmação da identidade

Performando a própria japonesidade/brasilidade transviada, dando voz a um texto ancestral do antigo Reino de Ryukyu ou cantando um de seus côcos paulistanos, o cantor, performer e cientista social Victor K apresenta ações poéticas, cantos ancestrais e composições autorais que atravessam e são atravessadas pelas questões das identidades/diferenças. O DIASPÓRICO REGIONAL TRANSVIADO é uma performance do cantor, performer e cientista social Victor K. Fruto de uma pesquisa artístico-auto- etnográfica de mais de 12 anos entre a música, o teatro e as ciências sociais, trata-se do desenvolvimento de sua performance anterior I AM EXODUS, um fragmento da performance NOMES, apresentado como parte integrante de sua tese de doutorado em Ciências Sociais “Cantos da Memória Diaspórica” (Unicamp, 2015). A performance vincula-se ainda à comunicação “Cantos Diaspóricos: artes performativas e políticas da memória” a ser apresentada pelo pesquisador no GT44. Música e Dança nos Processo de Mobilização Coletiva e Afirmação de Identidades.

Performers: Victor K, Eduardo Colombo e Tiago Viudes Barboza

14:00 MR e SE

Das Dores Peregrina (Curadoria) (F106CA – MR38) Em diálogo com: Mesa Redonda 38- Sofrimento, Política e Emoções

“Das Dores Peregrina” é uma personagem inspirada em brincadeiras ditas “populares”, nos conflitos fundiários do Brasil, em retirantes e romeiros devotos. Esta “figura” (assim como são chamadas as personagens do Cavalo-Marinho) é a expressão de experiências com mulheres de comunidades indígenas e quilombolas do sertão de Pernambuco, das quais realizam práticas religiosas que são influenciadas pelo universo católico afroindígena. Tais “brincadeiras populares” e rituais mostram o poder em transcender certas dificuldades da vida, ao mesmo tempo são expressões de experiências de identidades e histórias de resistência, oferecendo lugar de reparação à certos conflitos sociais.

Concepção: Larissa Isidoro Serradela. Performers: Larissa Isidoro Serradela, Ivanilton Silva (Nito), Nivaldo Aureliano Léo Neto (Caju)

Mirada – Estudo n1 (Aud. 412 CCHLA – MR 14) Em diálogo com: Mesa Redonda 14- Estado, Políticas desenvolvimentistas e seus impactos sobre territórios e modos tradicionais de vida

Entre dois pontos, uma linha. Tensa, móvel, variável. Ao longo de cada linha, uma relação. E a cada gesto, cada passo, cada movimento, a emergência de novos sentidos e qualidades. Teia, rede, trama. Força que liga e separa. Há um jogo de posições, por meio das forças de oposição em jogo. "Um corpo é, primeiramente, encontro com outros corpos" (Peter Pál Pelbart). Mas se toda relação é uma relação de força, que tipo de tensão essas forças permitem sustentar, de modo a permanecer em movimento? Mirada é um dos desdobramentos da pesquisa de doutorado da antropóloga, professora e dançarina Maria Acselrad (PPGSA/UFRJ), sobre a relação entre dança e guerra.

Performance: Maria Acselrad Estrutura elástica: Anna Paula Secco

17:00

Rabeca, percussão e dança (CCTA) Em diálogo com: Abertura das fotografias do Prêmio Pierre Verger

Uma incursão por gêneros e ritmos nordestinos executados por rabeca e pandeiro, ao estilo de antigos músicos de feira que alegravam esses ambientes com sua musicalidade. Estímulo para a dança e a expressão corporal. Será realizada uma apresentação musical com rabeca e percussão com música instrumental. Apresentando incursões por gêneros nordestinos (xaxado, xote, baião e embolada) como estímulo para a descontração e expressão corporal por meio do gestual e da dança.

Rabeca: João Nicodemos. Pandeiro: Ninno Amorim. 18:00

Experimento para desocupação (Curadoria) (CCTA) Em diálogo com: Abertura das fotografias do Prêmio Pierre Verger

Desocupação trata dos nossos excessos, dos transbordamentos que nos atravessam no cotidiano. Seja pelo acúmulo de tarefas, pelo consumo de bens e serviços ou pelos afetos, a ideia é evidenciar o que nos sobra. Trata- se de uma instalação de natureza itinerante que pode fazer uso de alguns materiais (mala, livros, papeis, relógios...)

Concepção e performance: Bárbara Santos

18:30 22:00

Sakura (Hall da Reitoria) Em diálogo com: Lançamento de livros

“Sakura”, em japonês flor de cerejeira, tem como tema a renovação da vida. A apresentação é composta por duas partes: a despedida do inverno e o desabrochar da primavera. O tema deste trabalho artístico é o movimento cíclico da vida, o mito da ressurreição presente em diferentes culturas. É uma proposta de improvisação em dança e música que busca proporcionar um encontro entre culturas. Os intérpretes dançarinos e músicos, generosamente compartilham com o público suas vivências artísticas, onde a arte popular contemporânea ocidental e a cultura tradicional oriental, marcada pela presença de instrumentos como o koto e flautas chinesa e japonesa, dialogam em uma linguagem universal.

Performers: Alice Lumi (dança e koto) Fernando Pintassilgo (flauta chinesa e flauta japonesa) Mayara Satomi (koto) Naná Vianna (dança) Aretha Paiva (dança) Produção e Iluminação: Itamira Barbosa Direção Geral: Valeska Picado

Dia 05 (sexta-feira) 9:30 GT`s

Lebara (F107CA – GT38) Em diálogo com: GT 38- Interfaces contemporâneas dos estudos de rituais e performances

Lebara é um experimento performativo em construção que tem como mote o enfrentamento à demonização do culto às pombagiras. Entendemos esse estigma como efeito da colonização branca sob a face de sincretismo religioso. A partir dos conceitos de ebó arte e rito performance, celebramos umritual de alimentação de pombagira dedicado à proteção de bichas, lésbicas, bissexuais, travestis, mulheres cis e trans que dia após dia são violentadas nas ruas de nossas cidades.

Performers: Phill Menezes, Sérgio Ferro, Laís Lacerda, Matheus Sol Sol e Emanuel Cururu. Registro audiovisual: Thiago Lima e Karina do Espírito Santo Produção: Yasmin Klein

Histórias que eu Ainda não Contei (H101CA – GT44) Em diálogo com: GT44 – Música e Dança nos processos de mobilização coletiva e afirmação da identidade

O experimento coreográfico “As Histórias que eu Ainda não Contei” diz respeito ao período no qual eu habitei no povoado quilombola Mussuca (entre janeiro e abril de 2015). A cena trata de questões relacionadas ao corpo, ao movimento e às questões das homossexualidades. O trabalho é uma possibilidade de se pensar a etnografia da dança para além do texto. A etnografia da dança, aqui, é possibilidade de produzir dança. Na verdade, a questão da etnografia como ficção foi tema trabalhado por muitos autores no contexto antropológico. Meu objetivo é, portanto, não apenas reconhecer a potência dramática da etnografia como ficção, mas encená-la. Faço dança com etnografias. Aquilo que chamo de antropologia- dança.

Ligado àquilo que se move: Victor D’Olive Vinculado àquilo que se escuta: Renan Hubner Relacionado àquilo que se veste: Theo

14:00 MR e SE

Toca-experimento errante no3 e conversa (B107CA – MR17) Em diálogo com: Mesa Redonda 17- Festa e festivalização no urbano contemporâneo: cultura popular, patrimônio imaterial e performance

A toca é um brinquedo em processo de formação. Um artefato cultural que deseja perder o seu pertencimento a uma autoria. Deseja se perder na multidão. Neste formato, é uma instalação errante que investiga possibilidades de encontro em meio ao fluxo do cotidiano e a sustentação de um estado receptivo ao que se apresenta como emergência. “Toca – experimento errante n.3” e conversa é uma instalação nômade que integra o processo de pesquisa denominado “Errância Passista”. Trata-se de uma intervenção sutil em espaços do cotidiano, um deslocamento de uma brincadeira de carnaval imaginada para dentro do cotidiano. A performer monta uma toca infantil em um ambiente de passagem de pessoas, escuta músicas e movimenta sutilmente a toca dentro da mesma, carregando-a sem sair dela para outro espaço e repete a ação.

Performance e criação: Valéria Vicente Orientação: Daniela Maria Amoroso

18:00

Andestinos (Hall da Reitoria – Fórum 1) Em diálogo com: Fórum 1- Entre o Legislativo e o Judiciário: a política brasileira em debate

Performance de música e dança que mescla a linguagem urbana/moderna com instrumentos e ritmos das culturas tradicionais do Nordeste e dos Andes, nas peças autorais de compositores locais, como Paulo Ró, Pedro Osmar e Alice Lumi. O programa contém: “Canto Cereal”, onde Paulo musicou em ritmo de cueca o poema de Águia Mendes, em homenagem a Victor Jara, compositor morto no golpe do Chile, em 1983; “Huayno para la luna”, outra dança da cultura andina, onde Paulo Ró quebra o ritmo usual nesse instrumental para Kena, siku, violão e charango; “Andestino”, para marimbau, vocal, charango e piano, onde Alice Lumi tenta aproximar as territorialidades em foco; “Ciranda”, para flauta, violão, piano e percussão, de Paulo Ró; e “Piratas de Jaguaribe”, um frevo instrumental de Pedro Osmar, homenageando um bloco de carnaval do seu bairro.

Alice Lumi (Direção musical); Valeska Picado (Direção cênica); Juliana Linhares, Fábio Xavier (vozes); Nando Pintassilgo (kena, siku e flauta); João Nicodemos, Mayara Yuri (rabecas); Alice Lumi (charango e piano); Uirá Garcia (violão); Paulo Ró (percussão); Valeska Picado e Nana Viana (dança).

18:30 22:00

Crochê de Rua: experiências, intervenções e a urbanidade

A intervenção tem como objetivo proporcionar uma experiência ética e estética através da linha e da trama do crochê. Tratase de uma aplicação de peças de crochê em equipamentos urbanos que envolve o entrelace entre o patrimônio imaterial, ou seja, os saberes envolvidos na tecelagem, e o patrimônio material, que são as estruturas, monumentos e equipamentos presentes no cenário urbano. O público será convidado a refletir e a participar da instalação da intervenção, pois sentimos que estamos cada vez mais nos acostumando a viver na cidade como meros expectadores e acreditamos que a aplicação de cores a partir das tramas do crochê possibilita que as pessoas vivenciem novas experiências cotidianas. As ações desenvolvidas pelo grupo Crochê de Rua, atuante na cidade de João Pessoa/PB, tem como mote a experiência coletiva de intervenção urbana, com o objetivo de evocar sentimentos de pertencimento, afetividade e alegria nas pessoas e nos próprios participantes. O grupo é movido pela vontade de ocupar espaços públicos e de se fazer sentir parte ativa da cidade, espalhando peças de crochês por ruas, muros, praças e lugares que tem certas restrições a outros tipos de expressão artística. Refletimos sobre as formas de romper paradigmas e de ter coragem, sendo mulheres, de intervir e expressar o que queremos e pensamos para contribuir com um mundo melhor e mais sociável.

Performers: Akene Shionara Cardoso da Silva, Bruna Tardetti Ortolan,Marina da Silva Teixeira e Silvia Maria

O agora e o depois: o graffiti enquanto presente contínuo (CCTA) Realizar uma intervenção artística - mais especificamente um graffiti -, em um suporte chamado cellograff em 15 minutos. Essa intervenção tem como objetivo trazer a ideia da efemeridade inerente ao graffiti, porém de forma mais enfática, pois o suporte cellograff por si só já demonstra um estado de existir mais vulnerável do que os muros da cidade. Diante disso a interferência na arte feita alí pode ser mais frequente e veloz ao se comparar com os suportes habituais. A performance vai explorar o efêmero no graffiti. Farei o personagem que já faço habitualmente nas ruas, um gato, acompanhado do bomb da crew a qual pertenço chamado Freedas. Após o término da arte, haverá uma rápida interação com o público, convidados a "passar por cima" do meu trabalho, a sujarem com spray a arte pronta, simulando aquilo que o graffiti sofre na rua, sujeito a interagir com diversas outras formas de intervenção urbana como a pixação e o lambe-lambe. O desfecho será o desaparecimento da obra pela autora.

Performer: Thay Petit Coletivo representado: Freedas Crew

Dia 06 (sábado)

9:30 GT`s

Entre o Céu e a Terra (B102CA – GT22) Em diálogo com: GT22- Cultura popular, Patrimônio e Performance

Entre o Céu e a Terra habita Alma: ser encantado que surge da união entre as figuras arquetípicas da Mulher Selvagem e do Bode Expiatório. Esta performance pretende problematizar aspectos sociais e religiosos relacionados ao processo de colonização do Brasil numa poética contemporânea que evoca a memória da nossa herança cultural e dialoga com o contexto sócio-político atual no qual estamos inseridos. Elementos presentes no folguedo do Cavalo Marinho compõem a base simbólica da performance Entre o Céu e a Terra e também fazem parte dos princípios norteadores da corporeidade do ser encantado Alma.

Concepção e performer: Luciana Portela

DefumAção SARA-VÁ pra Frente, Brasil! (E109CA – GT58) Em diálogo com: GT58- Religiões e percursos de saúde no Brasil hoje: as “curas espirituais” Diante do excesso da energia Yang (“masculina”) que se apresenta no micro e macro poderes da sociedade brasileira, propomos uma performance holística através de incensos, cânticos e rituais inspirados nos rituais do Sagrado Feminino para invocarmos a energia Yin (“feminina”), com a intenção de equilibrar essas forças que estão presentes na natureza externa/interna das pessoas, com a intenção em promover a saúde e a paz da nossa Democracia.

Performers: Mariana Uchôa, Mika Costa e Juan Isaza Registro audiovisual: Milena Medeiros.

14:00 MR e SE

Corpos em fragmentos (F111CA – MR24) Em diálogo com: Mesa Redonda 24- Natureza, Cultura e Técnica: perspectiva de gênero e a virada ontológica

“Corpos em fragmentos” é uma performance onde o corpo dialoga com o plástico bolha, investigando a materialidade de ambos na tentativa de subverter as relações hierárquicas entre sujeito e objeto, colocando em questão uma relação onde não haja submissão de um para com o outro. O ponto de partida do trabalho foram as falas de Stela do Patrocínio, transcritas em forma de poesia por Viviane Mosé no livro: Reino dos bichos e dos animais é o meu nome. Stela do Patrocínio viveu boa parte de sua vida em dois centros psiquiátricos e teve em suas falas o reconhecimento de uma poética ao refletir sobre a vida, sua história, sua visão do mundo, reflexões com relação ao sujeito, ao corpo. Em seus textos o corpo se sobressai, um corpo fragmentado, sem forma, sem ordem. Há uma dinâmica em sua fala que permite encontrar um corpo que se faz e refaz. Nesse sentido, essa performance procura por esse corpo em formação, em relação, um corpo coisa que tenta não se apresentar apenas como um sujeito, mas ao utilizar a imagem da coisa permite experimentar um corpo que se reinventa, que se forma e se deforma.

Concepção e performance: Mariana Batista Trilha sonora: Fernando Deddos

17:00

Performance de um maracatu de Nação de Origem Afro e Ameríndia - Pé de Elefante (B105CA- MR34) Em diálogo com: Mesa Redonda 34- Religiões e espaço público

De 2005 a 2008 amigos do bairro de Mangabeira na Zona Sul da Cidade de João Pessoa, no Estado da Paraíba, trabalharam na construção de instrumentos para criar um grupo percussivo com a intenção de torná-lo um Maracatu Nação. Seus sonhos se realizaram em novembro de 2011, quando foram batizados pelo Maracatu Nação Estrela Brilhante de Recife, Pernambuco. Tornando-se assim o primeiro Maracatu de Nação do Estado da Paraíba. Ser um Maracatu de Nação no Estado da Paraíba significa incluir traços afros-ameríndios, já que a Paraíba sofre forte influência religiosa da África, através do Candomblé, e Indígena, através do Culto da Jurema Sagrada.

Nome: Maracatu de Nação Pé de Elefante

CÔRTE Rei: Eriberto Carvalho Rainha: Gina Rose Princesa: Clara Araújo Princesa da Corte: Layla Cecila Princesa da Nação: Maria Júlia Principe: João Henrique Imperador: Niaranjan do Ó Imperatriz: Isabel Cristina Duque: Samuel Augusto Duquesa: Josilene Felinto Damas de Passo: Ana Carolina e Luciana Catirinas: Michelle Nascimento, Amanda Araújo, Gleicyane Santana. Lanceiro: José Wagner Caboclo: Kaio Miotti Vassalo: Rodrigo da Silva Porta Estandarte: Bruno Gonçalvez, Denilson José.

BATERIA Mestre: Fernando Contra Mestre: André Agbê: Andressa da Silva, Daiana Rodrigues, Erika Dayanne, Erika Dayanne, Karine Andréia, Karla Jeniffer, Neydjane Barbosa. Caixa: André Felipe, Herckman Emanoel, João Paulo, Lucas Gabriel, Mário Inácio, Vanildo Fernando. Gonguê: Yuriallis Fernandes. Tambor Mestre: Edilúcio, Rômulo de Oliveira. Tambores de Marcação: Danielle Cristine, Kátia Cristina, Lume Fajardo, Maria Robenilda, Neuri Luiz, Thaís Munholi, Vanildo Barros. Tambor de Repique: Emannuel da Silva, Jessika Cristina, Luanna Bettina, Paulo Ricardo. Tambor de Virada: Ana Carolina, Ana Marcya, Leandro Roque, Leonardo Tomas, Rosenilha Fajardo, Thiago Ramos.

Noteamento (Aud.Reitoria – Conferência 2) Em diálogo com: Conferência 2- O preço da palavra. Capitalismo eletrônico-informático, economia da isca e googleismo

EXIJA NOTA FISCAL. EXIJA NOTA FISCAL. EXIJA NOTA FISCAL. Quanto custa? Quanto custa cada centímetro desse papel? Quanto custa fazer esse papel existir aqui dentro dessa máquina que o cospe para a inutilidade incansavelmente em todo o mundo o tempo todo? O TODO. O MUNDO. O MUNDO TODO. Você deve EXIGIR todas as notas – notar sempre. Noteamento do que fazemos, sem falha ou corte de cobertura. Não precisamos de câmeras: os sensores já existem. Nós exigimos. EXIJA CÂMERA FISCAL. EXIJA DIÁRIO FISCAL. EXIJA. Exija sorrindo: você pode estar sendo filmado.

Concepção e performer: Fernando Hermógenes

18:00

Canto de Entrelugares (Hall da Reitoria-Assembleia da ABA)

Série Entrelugares do espetáculo “Canto de algum lugar” (2015), onde as territorialidades se fazem presentes, entrelaçando um repertório com canções da tradição oral e urbanas do Japão e Nordeste brasileiro. O roteiro atravessa um percurso construído a partir da ideia da canção “Canto do povo de um lugar”, de , que tematiza o fluxo temporal: a passagem do dia, o correr das estações, a transitoriedade e a mutação. Assim o potpourri Leque dos pássaros, inclui a canção minimalista “Pavão”, de Paulo Ró (PB) e Ronald Clever (MG), cantigas de ninar “Nanatsu no ko [Os sete filhotes]”, de Noguchi e Motoori, e “Sansa kroma/Cangoma”, da África do Sul e dos quilombos. Segue-se o potpourri Estações, com as cantigas infantis “Akatonbo [libélula rubra]” e “A mão direita”. Finalizando “Balão”, de Kana Aoki (Japão) e “Teishoku”, de Chico César (PB).

Performers: Alice Satomi (Coordenação, regência e piano) Fábio Xavier e Cristiane Alves (Preparação vocal) Valeska Picado (Direção cênica) Fernando Pintassilgo (Flautas) Mayara Yuri (Rabeca e violino) João Pedro (Piano)

(22:00 - FESTA na Piollin)

La Negra

A performance foi criada a partir da poesia La Negra feita por Michel Costa em homenagem a cantora argentina no ano de sua morte, em 2009. Mercedes Sosa foi apelidada de La Negra pelos fãs devido à sua ascendência ameríndia. A encenação propõe um olhar poético sobre a mais conhecida voz dos "sem voz" e por isso a homenagem se dá com recortes de algumas músicas marcantes fazendo parte da narrativa cênica, assim como traz à tona a manifestação do sagrado através de elementos arquetípicos.

Bertrand Araújo (Direção) Michel Costa (Texto/sonorização) Cecília Retamoza (Atriz) Maria Juliana (Atriz/cantora) Ary Régis (Maquiagem)

Mulher, não há o que Temer

Performance drag contra as violências cotidianas que mulheres sofrem diariamente, atravessadas pela dor e pelo machismo que esmaga e mata. A drag Cílios de Nazaré, mistura seu corpo drag à sua vivência como mulher performer para falar sobre a fronteira do corpo e as dores de quem carrega o sobrenome “mulher”. Chega, não temos nada para Temer! Basta de corpos violados por um CIStema patriarcal excludente que naturaliza a violência e apaga mulheres. Falar sobre as violências cotidianas das pequenas às gigantescas que nós mulheres sofremos. Não só nosso corpo é violado por um CIStema patriarcal excludente, como nossas mentes são moldadas para que naturalizemos ou nos acostumemos a não reivindicar nosso espaço e voz. Para além de uma violência contra mulheres, esse é um ataque cotidiano ao feminino, mas o que é esse feminino? Misturo meu corpo dito de “mulher” gorda com meu corpo drag, que ousa atravessar fronteiras identitárias e claro, também é punido por isso. Para debater esses assuntos do campo do gênero, do corpo e dos afetos, usarei a performance drag como instrumento. Cílios de Nazaré dublará um mashup de mulheres fortes e intensas como Ana Sucha, Elza Soares e Ava Rocha.

Performer Cílios de Nazaré: Monique Malcher, feminista, drag queen, escritora, mestranda em Antropologia pelo PPGA da UFPA (linha de pesquisa Gênero e Sexualidade).