Ricardo De Nardi Fonoff

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Ricardo De Nardi Fonoff 1 Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” Centro de Energia Nuclear na Agricultura A função socioambiental das patentes de plantas geneticamente modificadas no Brasil Fernanda Viegas Reichardt Tese apresentada para obtenção do título de Doutora em Ciências. Área de concentração: Ecologia Aplicada Piracicaba 2015 2 Fernanda Viegas Reichardt Bacharel em Direito A função socioambiental das patentes de plantas geneticamente modificadas no Brasil Orientador: Profa. Dra. SILVIA MARIA GUERRA MOLINA Tese apresentada para obtenção do título de Doutora em Ciências. Área de concentração: Ecologia Aplicada Piracicaba 2015 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação DIVISÃO DE BIBLIOTECA - DIBD/ESALQ/USP Reichardt, Fernanda Viegas A função socioambiental das patentes de plantas geneticamente modificadas no Brasil / Fernanda Viegas Reichardt. - - Piracicaba, 2015. 151 p. : il. Tese (Doutorado) - - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Centro de Energia Nuclear na Agricultura. 1. Ecologia política 2. Biotecnologia moderna 3. Direito de propriedade 4. Função socioambiental da propriedade 5. Pensamento abissal I. Título CDD 631.523 R348f “Permitida a cópia total ou parcial deste documento, desde que citada a fonte – O autor” 3 DEDICATÓRIA Ao meu irmão Roberto (in memorian), quem me ensinou as coisas mais bonitas da vida, entre elas o respeito pela dignidade de qualquer pessoa, não importando quem seja ou como esteja; Aos meus pais, Ceres e Klaus, que fizeram da nossa vida, uma vida feliz. E, que me ensinaram a afeição e o respeito pelos outros, como condição para a nossa própria felicidade; Ao meu irmão Gustavo, meu parceiro de infância; À Mariana, Alice e Pedro, com todo meu afeto; À Sônia, quem me deu o privilégio de confundir a mãe com a irmã em uma só pessoa, À Marilsa, quem dedicou vinte e cinco anos da sua vida à nossa família, nunca deixou de me apoiar e se tornou minha irmã do coração; À Cirlene, quem sempre acreditou em mim incondicionalmente; À Juliana, amiga querida, que tem o dom de unir luta e ação ao sentimento; E, finalmente à Dona Maria e ao Seu Zé, que aqui representam por quem e para quem esse trabalho foi realizado. Isto é, a todos os brasileiros que não são pensados do lado de cá da linha abissal. 4 5 AGRADECIMENTOS Delimitar e apontar um grupo de pessoas às quais dirijo este agradecimento é uma tarefa especialmente difícil, uma vez que a construção desse trabalho só se tornou possível a partir de contribuições diretas e indiretas, ambas igualmente importantes, que ocorreram ao longo de toda minha formação pessoal e profissional. Entretanto, algumas pessoas e instituições tiveram um papel muito marcante nesta trajetória, às quais o meu agradecimento torna-se uma satisfatória obrigação. À Professora Silvia Maria Guerra Molina, pela amizade, pela oportunidade de ingresso na pesquisa científica de alta qualidade e pela competente orientação acadêmica; À Professora Maria Elisa de Paula Eduardo, pela amizade, pela confiança em mim depositada e pelo apoio nas incansáveis trocas de idéias e discussões científicas; À Professora Maria Victoria Ramos Ballester, pela amizade, pelo apoio e pelo incentivo a seguir pelos caminhos da ciência; Aos Professores Solange Teles da Silva, Rubens Onofre Nodari, Paulo Yoshio Kageyama, Antonio Almeida, pelas contribuições ao projeto de pesquisa, participação no comitê de orientação e pela paciência em responder minhas extensas questões; Aos Professores Hugh Lacey, Theo Beckers, Alysson Leandro Mascaro, Giancarlo Conde Xavier Oliveira e Leonardo Melgarejo que, apesar de não comporem formalmente o comitê de orientação, proporcionaram experiências enriquecedoras, sem as quais este trabalho não teria sido possível; À Antonia Mara Piacentini Casarin e a Celine Coppe de Sousa pela habilidade de unir competência e afeto no apoio acadêmico; 6 À equipe de pós-graduação, Lucas Pavão Zanini, Ana Maria Scudeller Lopes, Daniel Moacir Bigardi, Lia Bueno Moretti, Maria Helena da Silva Maia, Mariana Cogo, Rodrigo Fray da Silva, Samuel Degaspari, com quem tive o prazer de conviver nos últimos anos; Aos funcionários, professores e alunos do Programa de Pós-graduação Interunidades em Ecologia Aplicada da Universidade de São Paulo que me proporcionaram um grande aprendizado durante meus dois anos como representante discente da Comissão de Pós- graduação (CPG/PPGI-EA); Aos funcionários da Biblioteca do Campus "Luiz e Queiroz" da Universidade de São Paulo, em especial a Eliana Maria Garcia e Silvia Maria Zinsly, que tiveram carinho e paciência na finalização desse trabalho; Aos colegas, funcionários e professores do Laboratório de Ecologia Evolutiva Humana, do Departamento de Genética; Laboratório de Antropologia e Processamento Artesanal, do Departamento de Economia, Administração e Sociologia; Laboratório de Análise Ambiental e Geoprocessamento, todos do Campus "Luiz e Queiroz" da Universidade de São Paulo; À Andrea Santos Garcia, amiga e parceira de pesquisa querida, quem durante dois anos pacientemente discutiu esse trabalho comigo; À Gabriel Henrique Lui, amigo e colega querido, que mesmo sem me conhecer, confiou em mim e no meu trabalho; Aos meus avós, in memorian, Vera de Carvalho Pinto Viegas e Glauco Pinto Viegas, Bertha Reichardt e Hans Reichardt, que a despeito da distância imposta pela vida, não deixam de dar fundamental suporte à minha formação; Aos meus tios, in memorian, Maria Cecília Pinto Viegas, Ahmes Pinto Viegas e Hans Reichardt, pelo exemplo e pela inspiração, que fazem de mim quem sou hoje; 7 À Maria de Lourdes Piedade Sodero Martins e ao Professor Paulo Sodero Martins (in memorian), pela importante influência na infância e na idade adulta; À família Geise, em especial à tia Barbara, pela alegria, suporte e conforto; Às famílias Bacchi e Moraes, que nunca deixaram de me apoiar nos momentos difíceis, de me motivar nos bons momentos e de sempre acreditar nas minhas escolhas; À família Borges, em especial a Marisa e Geraldo, que suavizaram o peso das extensas horas de trabalho em momentos inigualáveis, proporcionando desde as discussões mais intelectuais às mais divertidas; À família Machado, em especial a Beth e Valdir, pelo exemplo, suporte, carinho; À querida amiga e irmã de coração, Alessandra Cintia Maniero, pelo constante suporte emocional e espiritual; À Vilma Juntini e Silvia Luzia Santos, pelos exemplos de mulheres corajosas; À todos meus queridos amigos, minha família não consanguínea, que fazem minha vida ter um sentido todo especial; Ao Programa de Pós-graduação em Ecologia Aplicada, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" e Centro de Energia Nuclear na Agricultura, por acreditar e oferecer apoio a este trabalho; Finalmente, ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pelo suporte material desta pesquisa de Doutorado Direto. 8 9 "- Conheces a história do macaco e do peixe? Eu não conhecia. Então o quimbanda pôs-se a contar: andava um macaco passeando pela floresta. Movia-se aos saltos pelas árvores, quando topou com uma lagoa feito esta e olhando-a, entre o encanto e o susto, porque todos os macacos receiam a água, viu um peixe movendo-se ao meio ao lago espesso, junto à margem. "Que horror!", pensou o macaco, "aquele pequeno animal sem braços nem pernas caiu à água e está a afogar-se". O macaco, que era um bom macaco, ficou numa grande angústia. Queria saltar e salvar o animalzinho, mas o terror impedia-o. Por fim, encheu-se de coragem, mergulhou, agarrou o peixe e atirou-o para a margem. Conseguiu içar-se para terra firme e ficou ali, alegre, vendo o peixe aos saltos. "Fiz uma boa ação", pensou o macaco, "vejam como está feliz!". Ri-me. Rimo-nos os dois. - O que eu mais receio - continuou o quimbanda depois de parámos de rir - é que os próprios peixes comecem a acreditar nos macacos"." José Eduardo Agualusa 10 11 SUMÁRIO RESUMO........................................................................................................................ 13 ABSTRACT................................................................................................................... 15 LISTA DE QUADROS.................................................................................................. 17 1 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 19 Referências...................................................................................................................... 30 2 CONSIDERAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS SOBRE ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS................................................................ 35 Resumo............................................................................................................................. Abstract............................................................................................................................ 35 2.1 Introdução................................................................................................................. 35 2.2 Aspectos gerais sobre a Convenção da Diversidade Biológica e o Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança................................................................................ 39 2.2.1 Convenção da Diversidade Biológica.................................................................... 39 2.2.2 Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança........................................................ 42 2.3 Dos impactos socioambientais de plantas geneticamente modificadas.................. 46 2.3.1 Agrotóxicos..........................................................................................................
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