Revista Brasileira 65-Interne

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Revista Brasileira 65-Interne Prosa A confiança renovada Marcos Vinicios Vilaça Ocupante da Cadeira 18 na Academia Brasileira de Letras. uvimos a lição de Eduardo Portella. Como sempre, um fa- Ocho de luz; como sempre, lâmina de fogo que clareia inteli- gências. Ele diz o que sabe, mas sabe ainda muito mais do que diz. Com ele falou a Academia. Deixem que eu fale agora para não parecer que o Presidente é me- nos do que possa parecer ou não passa de um mero pirronista. Outra vez encontro-me aqui, na poltrona de Machado de Assis. Reconduzido pelas mãos de todos os Acadêmicos, cabe-me agrade- cer. Agradecer aos confrades a confiança renovada. Dizer obrigado a Maria do Carmo, filhos e netos, que, na medida de cada um, deram-me confiança para cumprir deveres que, como disse tempos atrás, podem ser servidão mas, indiscutivelmente, são servidão jubilosa. * Discurso de posse na qualidade de presidente reeleito da Academia Brasileira de Letras para o ano de 2011, proferido em 17 de dezembro de 2010. 15 Marcos Vinicios Vilaça Sem a minha mulher não acontece nada, não sou nada. De tão irmana- dos que somos “que um não é sem o outro, na paisagem/ de filhos e tra- balhos ajustados” como Drummond falou de Nazareth e Odylo Costa, filho. À Academia compete transformar sentimentos em ideias e ideias em ação. É assim que lhe cabe realizar destinos, mesmo com os espantos quotidianos e os riscos de desânimo. Como admitir que o trabalho de uma casa de cultura perverta-se num faze- dor de fraturas? Isso, não. A Academia está na boca do povo porque foi feita em mais de 100 anos por quase 300 brasileiros. Tínhamos que mostrar a que viemos. O Presidente por- tou-se como pregoeiro. Tão somente pregoeiro. Quem tudo fez foi a Acade- mia. É obra de todos os seus membros. A mim ninguém peça para dizer se nestas passagens pela presidência fiz bem, fiz mal. No Quincas Borba está escrito que a vida não é completamente boa, nem completamente má. Só tenho certeza de que fiz como pude. A Academia deve trabalhar com parâmetros aquecidos, aqueles que suge- rem vida. Viver é desenvolver, não é estacionar. E como a Academia não pode ser monocultural, que não desaprume a mão, que não despreze sopros de so- nhos. Afinal de contas, é o ativo cultural mais destacado do país. A Academia não tem cara de “segunda mão”. Karl Popper ensinou que a nobreza da História não reside no esgotamento, mas na manutenção de sua natureza inesgotável. Temos que seguir buscando essa natureza inesgotável de sua abertura ao sincretismo da diversidade. A Academia não poderia ser apenas artesanal. Buscamos e obtivemos até parceria tecnológica contemporânea. A Academia não se rende aos antolhos do localismo, por isso pesquisa cartas de navegação para cruzar mundos. Só este ano 19 acadêmicos estiveram em missões culturais no exterior, fazendo mais respeitados os valores e as ideias da nossa Casa. 16 A confiança renovada Estaremos cada vez mais juntos a outras culturas e a outras línguas, sem perder a noção de que é bom mostrarmos a individualidade de nossa expres- são, sem conceder espaço a cacoetes tribalistas. Sempre digo – e agora, repito – sou insistente na esperança, não sou carente de sonhos. Aqui continuo pleno de sonhos e de esperanças. Retreinei os olhos para enxergar bem este momento. Saibam todos, estou feliz da vida. As possí- veis murmurações de incompreensão não me machucam, quando muito, me levam a conferir a trajetória. Vou prosseguir, vou continuar, mas sem continuismo. Vou prosseguir com a obra dos meus antecessores, vou persistir no apelo pela orientação e ajuda dos confrades. T.S. Eliot nos legou estes versos preciosos que vivem na minha mente como balizamento: “O ciclo sem fim da ideia e da ação, Insustentável invenção, interminável experimento, Conhece o movimento, não o repouso; O conhecimento das palavras, não o do silêncio: Conhecimento do verbo, mas ignorância do mundo”. Agradeço vivamente a Ana Maria Machado, a Domício Proença Filho, a Murilo Melo Filho e a Luiz Paulo Horta, a indormida participação no que me tocou conduzir. Eles continuarão, apenas o Luiz Paulo Horta passa o posto a Geraldo Holanda Cavalcanti e vai se dedicar, com a competência de todos re- conhecida, àquilo que já cuidou ao longo desses anos: a pauta musical de nossa programação acadêmica. Geraldo Holanda Cavalcanti nos dará o saber de ex- periência feito sua vida de cidadão do mundo. Quando, por imperativo da saúde, afastei-me da Presidência, a doença me incomodava; contudo era acolitada pela dedicação de Domício Proença Filho, Ana Maria Machado me sossegava com a mão amiga e o braço forte, ambos tão úteis à gestão acadêmica. Em público proclamo, em público agradeço a sua 17 Marcos Vinicios Vilaça participação relevante nos trabalhos deste ano. “Amigo é coisa para se guardar debai- xo de sete chaves” saibam Ana Maria e Domício. Agora, vamos continuar a trabalhar. Conto com o entusiasmo visível do nosso inteligente quadro de servidores, à frente Dona Carmen, que, além de tudo o que já era, este ano acumulou ao ser humano excepcional o ser também sinônimo de Sala. Vamos trabalhar e continuar a aprender. Afinal de contas temos que dar razão a Paulinho da Viola: As coisas estão no mundo, a gente é que precisa aprender. 18 Prosa É preciso imaginar Albert Camus feliz Eduardo Portella Ocupante da Cadeira 27 na Academia Brasileira de Letras. França, todo o mundo acadêmico e cultural vem registran- Ado, sem pompas, porém com circunstância, o cinquentená- rio da morte do escritor Albert Camus (1913-1960). Ao falar dele, nós vamos nos ocupar de um autor incompreendi- do. Incompreendido por ser plurívoco, por cultivar a ambiguidade, por buscar a felicidade com todas as suas frágeis forças, por recusar todo e qualquer viés ideológico. Sobretudo por se opor à violência e à opressão. Não saberia afirmar se ele contribuiu ou não para esse desenten- dimento. Muito menos se foi ele quem descobriu o absurdo, ou se foi o absurdo que o revelou. Em Le Malentendu, tragédia moderna, por alguns considerada malograda, ele metaforiza os ruídos do entendi- mento. Em todo caso, há muito do próprio Albert Camus nesse mal-entendido. Daquele que trocou a passagem de trem que o levaria de volta a Paris pelo automóvel veloz do seu amigo Michel Gallimard, que o deixou para sempre no Le Grand Fossard de Villeblevin. Em 19 Eduardo Portella Lourmarin visitei o seu túmulo, em um dia de sol de verão, muito ao seu gosto, e pude ler as inscrições simples, com o seu nome, sobrenome e datas. O percurso de Albert Camus foi um percurso acidentado, partido ao meio, di- lacerado, sempre enfrentando a repressão e o terrorismo. A sua biografia aponta para o pai prematuramente morto, a mãe meio surda e batalhadora, o tio deficien- te físico, e nele a renitente doença pulmonar que tantas vezes o levou à internação hospitalar. Mesmo assim jamais cedeu ao derrotismo, ou deixou de compreender “a exigência da felicidade e sua busca paciente”. A certa altura do L’État de Siège, ele exclama: “Eu devo me dedicar a ser feliz”. Mas Camus, porque acredita fortemen- te no amor, tem dúvidas, e não as evita. Prefere acreditar, em instantes cruciais, que ahistóriaearevoluçãosãoincompatíveiscomoamor.Eleéenfático,depoisde haver passado por experiências partidárias traumáticas, na crítica do ideal de revo- lução. Em nenhum momento deixou de ressaltar a contradição insuperável entre revolta e revolução. É cada vez mais o livre atirador sem papas na língua. Apesar da sua dupla nacionalidade, se assim se pode dizer, Albert Camus não é um ser fronteiriço, porque habita, com igual intensidade, qualquer uma das geografias que lhe foi destinada. Na verdade, habita a pátria do homem: absurdo, insubmisso, revoltado e, ao mesmo tempo, terno e tolerante. Se foi, em dias matinais de sua travessia, um existencialista, terá sido um existencialis- ta conflitado, sintagma tão pleonástico quanto verdadeiro. Tornou-se impossível viver em permanente estado de guerra. Desde que se reconheçam a felicidade, as paixões inesperadas, o amor, a beleza, a natureza e que se rejeite a política do pior. Mais até do que absurdité estes são os temas pri- oritários da agenda explícita de Albert Camus. Com eles podemos superar a solidão do homem, a toda hora acossado pela ação corrosiva das coisas. Não é fácil ser feliz tendo que remover o absurdo e administrar a revolta. No entanto, o sol mediterrâneo e a sabedoria da razão permeabilizada têm razões que a própria razão desconhece, mas que Meursault, aquele personagem indife- rente do L’Étranger, que assassinou o árabe por causa do sol, conhece muito bem. 20 É preciso imaginar Albert Camus feliz A sua origem deserdada, daqueles marcados para “desaparecer sem deixar tra- ços”, soube evitar qualquer tipo de ressentimento e promover o elogio, radioso, solar, caloroso, o que emerge da terra e das águas mediterrâneas. Motivado pela paisagem dos sonhos matinais, e das adiadas promessas de felicidade, Camus exal- ta a vida até a erotização da linguagem, o amor à vida, a todas as suas manifesta- ções.Avidaéaprocuraincessanteeinfatigáveldafelicidade. Em franco dissídio contra qualquer forma de assassinato, político ou não. Contra a pena de morte. Camus é, na última modernidade, um dos primeiros fundadores do partido da vida: o único partido inteiro. Voltado para a interminável contenda de ho- mem e mundo. Se niilismo houver, talvez soprado pelo impulso vitalizador de Zaratustra, será o niilismo ativo. A sua revolta envolve a humanidade, e inverte a famosa sentença cartesiana: “Je me revolte, donc nous sommes”. Daí fazer questão de deixar bem claro: “Todo valor – diz – não implica a revolta, mas todo mo- vimento de revolta invoca tacitamente um valor”.
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