Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I VOLUME

O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE Produção Didático-Pedagógica 2009 1

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ - UENP CAMPUS DE CORNÉLIO PROCÓPIO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – PDE

CADERNO PEDAGÓGICO LITERATURA E TECNOLOGIA

Organizadores: Ana Paula Regonatti Helena Aparecida Batista Maria do Carmo Martins Alves Vanderléia da Silva Oliveira

CORNÉLIO PROCÓPIO – PARANÁ 2010

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APRESENTAÇÃO

A leitura da literatura faz-se urgente em sala de aula e é necessária para que os alunos leiam o texto de forma significativa, posto que a obra literária amplia horizontes e exerce uma função social. Também é fato corrente que, atualmente, os jovens têm uma carga enorme de incentivos para o conhecimento do mundo  internet, televisão, cinema, revistas, para citar apenas alguns - os quais quase sempre trazem um conhecimento superficial. Somado a isso, eles trazem de casa um desinteresse pelas atividades mais trabalhosas para a construção do conhecimento, motivadas por fatores como a falta de hábito e valorização dessas atividades no lar, além de outras questões sociais. Assim, fica a escola com toda a responsabilidade pelo desenvolvimento de tais atividades. Todavia, os professores, muitas vezes, têm dificuldades em desenvolver esses trabalhos, em função dos fatos apontados e também por causa de uma carência em sua formação. Diante desta breve consideração, três professoras vinculadas ao PDE- 2009 aceitaram a proposta de formular uma produção didática, no formato caderno pedagógico, com o tema norteador Literatura e tecnologia, de modo a atender a uma das etapas do programa de formação. Assim, cerca de um ano após iniciado nosso primeiro contato, elas apresentam o material desenvolvido, que propõe a abordagem do texto literário articulada a diversos recursos midiáticos, numa perspectiva de relação entre a produção literária e a tecnologia disponível para que o professor fomente leitura em sala de aula. Trata-se de uma proposta que entende os recursos midiáticos – mídia impressa, eletrônica e digital – como instrumentos capazes de oferecer ao professor possibilidades pedagógicas, a partir da devida seleção destas mídias e dos conteúdos a serem abordados. Portanto, a certeza de que as escolas estão sendo equipadas com vários recursos tecnológicos (TV, vídeo, TV multimídia, rádio, projetores, computadores, acesso à internet, laboratórios de informática etc.) e que é necessário incorporar estas tecnologias ao currículo e às práticas em sala de aula, motivou as autoras a buscarem um repertório teórico-prático que apontassem caminhos para integrarem estes recursos à leitura de obras literárias. É inegável que os meios de comunicação, em conjunto com a informática sofreram avanços consideráveis no final do século XX, o que resultou na atualidade em tecnologias da informação e comunicação (as chamadas TIC), que superam expectativas, fornecendo ao professor múltiplas possibilidades em suas práticas educacionais. Aqui, as 3 professoras deram ênfase no uso do meio digital, da TV e do cinema, ao lado de estratégias em sala de aula no trato com o texto oral, escrito, visual, sempre a partir da leitura literária. É preciso esclarecer que não houve preocupação em discutir a polêmica em torno do chamado fim da literatura e do livro impresso, do domínio do e-book, dos hipertextos, dos suportes de publicação e, sobretudo, de autoria, produção e recepção literária na rede. O destaque se dá na questão metodológica, ou seja, o de como lidar com a leitura literária na escola, num momento em que nossos alunos se voltam para a predominância de uma sociedade marcadamente visual e digital. Neste sentido, as três unidades partem da abordagem do texto literário, apontando modos de sistematizar práticas de leitura e escrita, amparadas por suportes denominados tecnológicos. O tema Literatura e tecnologia, portanto, sugere o trabalho com texto literário, particularmente os gêneros crônica, conto e romance, a fim de indicar caminhos para uma sistematização da leitura literária em sala de aula que seja capaz de gerar leitores críticos e reflexivos, além de bons produtores de textos. No percurso da produção deste caderno, destaco que as autoras fizeram abordagens teóricas sobre conceito de leitura, sobre literatura e suas funções, vinculando- as ao espaço escolar, além de investigação sobre gêneros textuais e metodologias de ensino. Do mesmo modo, foram respeitados os princípios norteadores estabelecidos pelas Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a Educação Básica, do Paraná, tendo em vista o desejo de que este caderno possa servir de apoio aos docentes da rede básica que se interessam por propostas reais de letramento literário. Ao final, o resultado evidencia três unidades que se complementam. Na primeira delas, intitulada Gênero crônica e a utilização de recursos tecnológicos: uma proposta de uso de blogs e wikis para dar visibilidade à produção da escrita na escola, o leitor encontrará uma resposta para as indagações de Helena assim resumidas: “Vivemos numa sociedade de múltiplas linguagens e de ferramentas várias de escrita e leitura, mecanismos que nos levam a pensar: Como ensinar a ler e escrever neste contexto? Que tipo de habilidade deve ser implementada e estimulada na escola?”. A resposta para estas indagações, a autora revela a partir de uma unidade em que não apenas elege o gênero crônica como objeto de trabalho, mas também demonstra ao professor que o aluno deve escrever para muitos interlocutores e a Wiki e o Blog são caminhos para esta produção. Para os avessos à rede e a era da Web, a autora ainda instrui dando os passos para lidar com estes instrumentos, evidenciando que podemos sim transitar com facilidade e desenvoltura nos mesmos ambientes que nossos alunos o que, certamente, também nos insere no mundo deles. 4

Na sequência, Maria do Carmo, denominando sua unidade de Televisão e literatura: nos bastidores da fantasia, se pergunta: “O grande desafio do professor de Língua Portuguesa, nos dias atuais, é a tarefa de formar leitores. Afinal, quem forma o leitor? Como se forma um leitor? Que meios utilizar para formar leitores?”. Ao fazer estas perguntas, busca respostas nas chamadas produções de cultura de massa, as , tentando compreendê-las para também compreender o gosto dos alunos. Nesta dinâmica, propõe atividade de leitura que os levem a compreender a estética do texto literário, considerando que “somente eles e por meio deles é possível discutir ideias, valores, atitudes, ideologias, modos de ver e sentir as pessoas e suas relações consigo e com o mundo”. Para isso, tece interessante retrospectiva sobre o chamado romance-folhetim amplamente produzido no século XIX, praticamente precursores das telenovelas, e sobre a teledramaturgia brasileira do século XX. Ao final, investe num trabalho de leitura que sistematiza a chamada sequência expandida, proposta por Cosson, em Letramento Literário (2006), sugerindo várias atividades utilizando-se de recursos midiáticos. Ana Paula, por sua vez, investe numa proposta que utiliza o método recepcional proposto por Bordini e Aguiar (1993), na unidade denominada Leitura literária em sala de aula: experiência com o método recepcional e recursos tecnológicos. A autora, “acreditando que o professor de Literatura deve agir como mediador entre o leitor e a obra literária, influenciando na formação de leitores críticos e competentes”, propõe o desenvolvimento de ações educacionais sistematizadas para a leitura de textos literários. Ela se apoia, nas práticas sugeridas, em recursos tecnológicos presentes no espaço escolar, mas muitas vezes subutilizados. Adotando a temática da “morte”, ela apresenta uma sistematização que envolve vários gêneros textuais e várias possibilidades de leitura e produção de texto. No conjunto, as três unidades apresentam a mesma preocupação: a de fomentar a leitura literária de modo diferenciado, ou seja, distanciada de uma perspectiva diacrônica e sem sistematização e propósito. É preciso entender que a literatura, pelo seu potencial humanizador, é rico instrumento para compor um acervo cultural amplo e sólido de nossos alunos. Em vista disso, fazer uso da tecnologia em sala de aula para abordagens de leitura literária significa “atualizar” o ensino de literatura, lançando mão de recursos que aproximem e estimulem o aluno, dando sentido às práticas de leitura e escrita. É com este desejo que a presente produção foi concebida. Boa leitura!

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Vanderléia da Silva Oliveira Professora orientadora

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UNIDADE 2

TELEVISÃO E LITERATURA: NOS BASTIDORES DA FANTASIA

Maria do Carmo Martins Alves

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1. CONVERSA COM O PROFESSOR

O grande desafio do professor de Língua Portuguesa, nos dias atuais, é a tarefa de formar leitores. Afinal, quem forma o leitor? Como se forma um leitor? Que meios utilizar para formar leitores? A leitura que se faz na decifração de códigos, leis, decretos, atas, manuais de instruções, registros, receitas e outros é aquela necessária à sobrevivência. Mas e a leitura literária? Sabemos das exigências para a atuação da juventude na sociedade. Conhecemos os recursos utilizados para seleção e o quanto são segregadores e discriminatórios. Todavia, também entendemos que estes jovens que hoje ocupam os bancos escolares, o fazem por orientação dos pais e por acreditarem ser por meio da escola o caminho mais seguro e de maior credibilidade que conhecem. Está aí a grande responsabilidade do professor. Estamos informados sobre dados estatísticos que nos advertem para um universo de alunos concluintes do ensino fundamental e médio, incapazes de ler um texto com fluência e interpretação necessárias, compatível ao grau de escolaridade apresentado. E nós professores nos vemos diante de um paradoxo: os jovens “antenados” com o que há de mais moderno no que diz respeito às novas tecnologias, sobretudo às de comunicação, relacionamentos, leitura, informação e pesquisa. A internet que abre ante seus olhos, um mundo feito imagem e som que muitos de nós sequer conhecemos. Por outro lado, esses jovens se sentem incapazes de recitar um poema, dramatizá-lo, reescrevê-lo ou escrever um novo texto. Se questionados sobre um assunto qualquer que demande reflexão e análise podemos sentir o peso do silêncio e da insegurança que se instaura. Angustiado, o professor de língua portuguesa se sente responsável, sem muitas vezes se dar conta do mundo em que este jovem está inserido e suas limitações enquanto formador de opinião e acima de tudo formador de leitores. Considerando o aparato tecnológico que cerca esse alunado fica difícil pensar em jovens que não tenham acesso a livros, a bons livros. São muitos os sites que disponibilizam textos na íntegra, obras que até bem pouco tempo não era acessível sequer para o professor pela impossibilidade financeira de aquisição e também pela ausência de livrarias que disponibilizassem a venda de determinadas obras. Hoje, no entanto, tudo isso soa como desculpa devido às facilidades de acesso a estes livros. 8

Mas é em meio a este cenário que está a escola. De um lado a farta oferta de leitura, de outro aquele que não quer ler. Ora alegando cansaço, ora falta de tempo. Está lançada a dura tarefa do professor: formar leitores apaixonados por literatura. Leitores críticos capazes de interagir com o mundo, suas exigências, suas necessidades, seus desafios, sendo capaz de, por meio da leitura, criar um mundo onde seja possível o sonho, a fantasia, a beleza, a arte, o humor, a reflexão, a solidariedade, o companheirismo, a valorização do trabalho escrito daqueles que por meio dela descortina um ou mais horizontes que só podem ser desvelados pela leitura. Imbuída pelo prazer que sinto em ler e pelas inúmeras portas que se abrem a partir dela, é que esta unidade propõe a partir de atividades variadas e produções de cultura de massa, mais especificamente, as novelas de televisão, convencê-los da beleza que só um texto literário é capaz de nos presentear, pois somente eles e por meio deles é possível discutir ideias, valores, atitudes, ideologias, modos de ver e sentir as pessoas e suas relações consigo mesmo e com o mundo. Despertá-los para a produção literária como instrumento de credibilidade, exercício da paciência, disciplina e criticidade é nosso compromisso. Por isso, conto com sua experiência de vida, trabalho e leitura para que essa unidade tenha relevância, cumpra com sua função que é nos auxiliar neste caminho a percorrer objetivando a formação do leitor.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 . Literatura na Escola e a Cultura de Massa

Desde sua constituição a escola encampou a literatura como recurso pedagógico. Buscou nela respaldo para ensinar a língua, a gramática, a ortografia, a leitura, regras de convivência, lições de moral, entre tantos outros conteúdos curriculares. A fim de atender a essa necessidade didática, foi muitas vezes alvo de seleção de temas, realizada por grupos que se consideravam autorizados a listar o que deveria ou não ser lido e utilizado para fins educativos. Nesta lista sempre figuraram obras que foram consideradas, pelos críticos literários, de grande relevância para a formação cultural dos alunos. Conhecido por cânone, este repertório de leituras objetiva orientar educadores, dando a estes um parâmetro do que se deve ofertar como leitura escolar. Os materiais 9 didáticos, sejam livros ou apostilas, buscam nele critérios para inclusão de textos que nortearão o ensino da língua. No entanto, em paralelo a esses padrões há outra literatura que, utilizada pela população não atendida pela escola, é buscada pelo simples prazer de exercitar a fantasia e mergulhar na ficção. Conhecida como literatura trivial ou de massa, esta modalidade surgiu da necessidade de sobrevivência dos escritores que até então escreviam apenas a literatura conhecida como arte, como observa Zilberman (1984). Esta caiu no gosto popular por apresentar linguagem simples, desprovida de elaborados recursos linguísticos e, sobretudo, por ser conformadora. A escola, por sua vez, se coloca como guardiã da produção cultural, muitas vezes tratando um texto clássico com tanta reverência que, temerosos, os alunos se afastam daquela leitura receando esvaziá-la com sua interpretação (ABREU, 2000). É neste vácuo deixado pela escola que os meios de comunicação descobriram o grande filão econômico. Inundar as casas, ruas, lojas, repartições, salas de projeção, auditórios, e tantos outros lugares, com suas produções culturais. Nem maiores, nem menores, apenas diferentes. Sabedoras da necessidade humana de fantasia e ficção. Conhecedora das funções formativa, psicológica, social e humanizadora que tem a literatura, atendem a um público ávido de emoções, que lê pouco ou lê mal (AVERBUCK, 1984, p.187). Nesta perspectiva, a escola deve tomar para si o papel de mediadora entre a cultura de massa e a literatura. Cabe ao professor, afirma Furtado (2004), criar estratégias que conduzam o aluno a uma leitura exploratória e compreensiva do texto, uma segunda leitura para obter uma interpretação mais apurada e uma terceira leitura, que na verdade não é uma releitura, mas uma reflexão aprofundada do que foi lido, que possibilite o leitor de contextualizar historicamente o que leu. Para isso é preciso ofertar os clássicos. Partir dos contemporâneos é uma estratégia, mas não se pode ficar apenas neste patamar, sob pena de impor barreiras intransponíveis para o aluno, que jamais se tornará um pesquisador, ou naquele que não dominará nem seu próprio idioma. De todos os veículos de cultura de massa, o mais arrebatador é disparado a televisão. O produto veiculado por ela, preferido da maioria da população, que chama atenção pela sua capacidade de arrebanhar multidões, está a . Favorita na preferência nacional e produto de exportação. Conhecer como uma telenovela é concebida, sob que condições é produzida, pode ser um aliado ao professor que deseja aliar cultura de massa, sobretudo as telenovelas, na condução do aluno à leitura de um clássico da literatura brasileira, 10 estrangeira ou universal. Por entender a telenovela como um recurso tecnológico que deve ser usado em sala de aula, pela sua relevância, se inserido neste contexto de produção tecnológica, de mundo imagético em que nos vemos mergulhados via televisão, internet e outros recursos midiáticos. Para tanto, são necessárias estratégias de ensino que conduzam o aluno de forma a perceberem que o livro, tão insignificante para muitos, é o ponto de apoio para tudo o que há de mais moderno e criativo com que eles se deparam todos os dias diante das telas de televisão, computadores e outros. Nada surgiu do acaso, mas de muitas leituras e criatividade que só o indivíduo letrado é capaz de idealizar, projetar, criar e arrebanhar tantos adeptos encantados com o que há de mais moderno e atrativo neste mundo fantástico de imagens e sons que arrebatam e seduzem.

2.2. Das Origens: Breve Histórico do Romance-Folhetim

As novelas de televisão, que hoje conhecemos, nasceram na França, na década de 1830, sob a estrutura do conhecido feuilleton-roman ou romance-folhetim. No começo do século XIX havia um espaço no jornal, conhecido como o rez-de-chaussée – rés-do-chão, ou rodapé, este espaço geralmente ocupava a primeira página e tinha a finalidade de entreter, podendo ser crítico, dramático, ou simplesmente recreativo, porém era vigiado pela censura. Segundo Meyer (1996), este espaço era reservado a assuntos mais leves que o restante do jornal e era consumido, sobretudo, pela burguesia. Émile de Girardim e seu sócio e pirateador, Dutacq, logo perceberam as inúmeras vantagens financeiras que dali podiam tirar. Girardim acompanhou de perto a ascensão e consolidação da burguesia e articulou para que as vendas do jornal que publicava, aumentasse as tiragens. Meyer (1996) destaca que, objetivando reduzir custos, o jornal cedeu espaço à publicidade, mas percebeu que isso não era suficiente, então, conhecedor do espaço cedido à diversão, o rodapé, Girardim encontrou o caminho para baratear e aumentar as vendas dos jornais. Utilizou o que já estava sendo feito pelos periódicos: publicar ficção em pedaços. Para garantir a vendagem diária usou a técnica do suspense e publicou o primeiro folhetim dando a ele um lugar de honra no jornal. Deixava que a história tomasse determinado rumo para que o chamariz, “continua no próximo capítulo”, tornasse a garantia de fidelidade à compra e leitura do jornal. Por isso, era considerado bom escritor, aquele que tinha a capacidade de prender os leitores ao longo das histórias, publicadas em sequência pelos jornais, juntamente com a possibilidade de conquistar 11 novos leitores. A capacidade e o talento do escritor se deviam principalmente pela sua capacidade e maestria no corte dos capítulos. O corte bem feito era garantia de que os leitores continuariam a comprar o jornal, garantindo assim o lucro para o autor e o editor. Balzac foi o primeiro a tentar o modelo, com La vieille fille em outubro de 1836. Mas, o primeiro a sair cotidianamente e aos pedaços, foi o Lazarilho de Tormes, a partir de 5 de agosto de 1836. De acordo com Meyer (1996) é na década de 1840 que o romance- folhetim adquire sua forma definitiva tendo Eugène de Sue e Alexandre Dumas como os grandes responsáveis pelo sucesso desse gênero ficcional. No ano de 1844, foram veiculados: Os três mosqueteiros, O judeu errante e O conde de Monte Cristo. Sucesso de vendas, o folhetim era consumido vorazmente pelos leitores desejosos de fantasia e ficção. No Brasil, esta modalidade chegou no ano de 1838. Anunciado pelo Jornal do Comércio, os leitores tomaram conhecimento do primeiro romance-folhetim a ser publicado: uma “linda novela, O capitão Paulo, novela de Alexandre Dumas” (MEYER, 1996, p.32). Sua publicação se estendeu de 31 de outubro a 27 de novembro. Nasce assim o folhetim no Brasil. O resultado concreto para o jornal foi o aumento de 5 mil assinaturas suplementares em seis meses. Data daí o império do folhetim. “A partir de então, não se trata mais, para o romance-folhetim, de trazer ao jornal o prestígio da ficção em troca da força de penetração deste, mas, pelo contrário, é o romance que vai devorar seu veículo. Este passa a viver em função do romance” (MEYER, 1996, p. 61). Gramsci apud Meyer (1996) lembra que este método irá se difundir e Eco define esta época como o começo da crítica e a denomina, apocalíptica. O curioso da publicação em pedaços é que ao término da produção, todos os capítulos eram reunidos em volumes baratos e espalhados pelas bibliotecas ou comercializados. Em busca de projeção, muitos escritores desejavam ver sua obra publicada em folhetim, a fim de sentirem a reação do público e verem suas obras publicadas e comercializadas em forma de romance. E assim, o autor ficava conhecido por sua obra e se firmava como escritor. A estratégia usada por Girardin, conforme observa Meyer (1996) teve muitas consequências. São elas:  O romance-folhetim se tornou uma receita posteriormente reproduzida por centenas de autores.  A partir de então, toda ficção em prosa escrita na época passou a ser primeiro publicada em folhetim para depois ser compilada em volumes. Foi assim com 12

Machado de Assis, José de Alencar, Joaquim Manoel de Macedo, Aloísio de Azevedo.  Os contratos firmados com os autores previam colaboração exclusiva e o pagamento era por linha escrita, o que coloca em dúvida a escrita como arte. Alexandre Dumas, por exemplo, foi um que para aumentar seus rendimentos, produziu textos com discursos monossilábicos e figurantes que tinham pouco ou nenhuma importância no enredo. Mas os diretores de jornal perceberam a fraude e estabeleceram que o pagamento seria apenas pela linha inteira.  Sendo o jornal um espaço em que a edição de uma produção escrita é mais ágil e mais acessível a todos, muitos escritores saíram do anonimato e puderam enfim ver suas produções serem editadas e se tornarem conhecidos do grande público. Buscando “atender” aos desejos do telespectador, produtores de ficção descobrem nas obras literárias universais um tesouro que, aliado à imagem, se tornaria sucesso absoluto, o que podemos ver por meio das telenovelas.

2.3. O Gosto Popular: Breve Histórico das Telenovelas Brasileiras

A história da televisão brasileira, das telenovelas, sua importância e abrangência se integram à história da divulgação da literatura brasileira. Não se pode falar em divulgação das produções literárias no Brasil sem falar das telenovelas e sua relevância como divulgadora das produções literárias no Brasil. As telenovelas passaram a ser veiculadas a partir dos anos 1950 e até 1963 não se tinha ainda a telenovela diária. Reimão (1999) registra que estas eram apresentadas duas ou três vezes por semana, em capítulos de cerca de vinte minutos. Como eram produzidas por profissionais do rádio, estes profissionais priorizavam nos programas, os concertos e noticiários. Vista como um gênero menor, tida como desqualificada, os financiadores da produção televisiva consideravam o teleteatro como polo cultural e privilegiado. Pode-se afirmar que este tipo de produção caiu no gosto da população, pois entre os anos de 1951 a 1963 foram veiculadas em são Paulo, 164 telenovelas, sendo que 95 eram adaptações literárias e 16 de autores de romances. Segundo Reimão (1999), os primeiros romances brasileiros a serem adaptados foram: Senhora e Diva, de José de Alencar; Helena, de Machado de Assis, e Casa de pensão, de Aluísio de Azevedo em 1952, pela TV Paulista, canal 5. Em 1953, foram adaptados Iaiá Garcia, de Machado, A Muralha, de Dinah Silveira de Queiroz, que 13 recebeu duas versões (Record, 54 e Tupi, 58); Éramos seis, de Maria José Dupré, foi adaptado pela Record em 58 e em 1959, a TV Tupi adaptou O Guarani, de José de Alencar. No ano de 1961 foi a vez de Gabriela, de Jorge Amado, e Olhai os lírios do campo, de Érico Veríssimo, pela TV Tupi; Helena, de Machado, pela TV Paulista. Em 1962, a TV Cultura apresentou A Muralha, que recebeu pela terceira vez sua seriada versão televisiva; Senhora recebeu no mesmo ano a segunda versão, pela TV Tupi. E no ano de 1963, foi produzido pela TV Paulista O tronco do ipê, de José de Alencar. No Rio de Janeiro, o primeiro registro de telenovelas se deu no ano de 1953, com Drama de Consciência, com transmissão às quartas e sextas-feiras e alternava-se com a telenovela Coração delator, que ia ao ar às terças e quintas. No entanto, foi em 1958 que A canção de Bernadete foi ao ar e registrou sucesso de audiência. É interessante observar que os romances literários consistiam em importantes fontes de enredos novelísticos e que os autores Machado de Assis e José de Alencar eram os preferidos pelas emissoras, isto porque esse novo formato televisivo que despontava não era visto com bons olhos pela sociedade e fazer uso das produções de autores respeitados pela sociedade da época, era sem dúvida, uma forma de dar valor e peso cultural a essa nova maneira de fazer cultura. Reimão (1999), observa que a partir de 1963, São Paulo começa a contar com as telenovelas diárias. A primeira delas foi: 2-5499 ocupado que durante os meses de julho e agosto de 1963 foi apresentada em três capítulos semanais, mas que após obter audiência passou a ser semanal, indo ao ar de segunda a sexta-feira. Isso só foi possível porque a televisão já podia contar com a tecnologia do videoteipe, técnica que permitia montar o cenário e gravar todos os capítulos e passá-los durante a semana. Esta novela contava com Glória Menezes e Tarcísio Meira como protagonistas e o roteirista era o argentino Alberto Migré. Os patrocinadores eram da Colgate-Palmolive. Esta produção foi veiculada pela TV Excelcior, canal 9. A partir de então a dona de casa já tinha hora marcada para a novela que entrou para o cotidiano do brasileiro. A primeira novela diária do Rio de Janeiro, A morta sem espelho, de Nelson Rodrigues, foi transmitida em 1963. E foi em O direito de nascer, transmitida pela TV Tupi, de dezembro de 1964 a agosto de 1965 que a telenovela brasileira conheceu o sucesso. A grande cartada de televisão brasileira foi dada pela TV Tupi que, entre 4 de novembro de 1968 e 30 de novembro de 1969, produziu a primeira novela, cuja constituição, se identificava com os brasileiros: Beto Rockfeller. “Linguagem coloquial, interpretação natural, diálogos ágeis, pequenas histórias do dia a dia e um protagonista 14 que era um anti-herói” (REIMÃO, 1999, P.509). De olho nesta tendência, a TV Globo, no ano de 1969, apresentou Véu de noiva, de Janete Clair, uma adaptação de uma radionovela da mesma autora. Os protagonistas eram Regina Duarte e Cláudio Marzo. Esta telenovela contou com a trilha sonora composta de músicas de Vinícius de Morais, Chico Buarque e Caetano Veloso. Regina Duarte passa a ser conhecida, a partir de então, como a namoradinha do Brasil. Mas, é a partir dos anos 1960, como observa Reimão (1999), que os brasileiros passam a contar com uma “rede de fantasia”, pois é nesta década que a TV Globo se consolida no terreno das telecomunicações. Isto porque no dia 13 de dezembro de 1968 foi decretado o Ato Institucional número 5 (AI-5) pelo governo militar e este decreto instalava a censura no país em nome da Segurança Nacional. A fim de preservarem a ordem em todo território, os governos militares acreditando em um projeto de Integração Nacional, investiram em um sistema de microondas visando unificar a nação. Aliados ao governo militar, os responsáveis pela TV Globo levaram ao ar, em 1969, o Jornal Nacional. Disposto a arrebanhar os telespectadores e ser um canal de informação que atendia as exigências da época, o jornal era transmitido entre duas telenovelas, modelo que persiste até os dias atuais. Todavia, foi nos anos 1970, que a televisão se consolida como rede, graças ao serviço de satélites, via Embratel. É também nos anos 1970, que a então Rede Globo de televisão, consegue a audiência masculina, não só para ver o telejornal, mas também para suas novelas. A novela que conquistou o público masculino foi Irmãos Coragem, de Janete Clair, telenovela exibida de junho de 1970 a julho de 1971. Na mesma época a TV Tupi contava com Ivani Ribeiro como autora de suas telenovelas. Neste período escreveu 12 novelas; uma delas censurada em 1975, , uma adaptação da peça teatral O berço do herói, de Dias Gomes. Esta telenovela foi ao ar pela Rede Globo e foi uma das maiores audiências alcançadas nos anos 80. Em 1975, foi publicado o Plano Nacional de Cultura (PNC), formulado pelo ministro Ney Braga e pelo Conselho Federal de Educação. Este documento tinha a pretensão de valorizar a cultura nacional. A TV Globo, por sua vez, passou a utilizar as produções literárias, de autores brasileiros, para as telenovelas. Neste período foram adaptadas: Helena, O alienista, de Machado, Senhora, de José de Alencar e Gabriela, cravo e canela, de Jorge Amado. Neste mesmo período, a TV Tupi passa a fazer parte do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), que passa a veicular novelas importadas da Televisiva (México), mas que não alcançou a audiência desejada. Por conta disso, a Globo consolida sua hegemonia e deixa de apresentar novelas no horário das dez da 15 noite, estabelecendo, assim, três grandes horários: o das seis, sete e oito da noite. Sempre apresentadas entre um telejornal, a emissora se encarrega de tratar de temas mais polêmicos e atuais, no horário das oito. Embora muitas das telenovelas brasileiras apresentadas pelas TV Globo, SBT, Bandeirantes, Record, TV Manchete, TV Cultura, tenham sido adaptadas de romances de autores nacionais, estudos mostram que estas passaram por dois momentos distintos: até fins dos anos 1970, a literatura nacional não só serviu de roteiro para as telenovelas, como serviu também para dar credibilidade à produção nacional. No entanto, percebe-se que a partir dos anos 1980 até os anos 1990, vendo consolidada sua imagem, adquirido credibilidade junto aos anunciantes dos mais diversos produtos comerciais, a preocupação em enfatizar a obra e o autor vai desaparecendo de forma gradativa, o que pode ser percebido pelos anúncios. Um de página inteira publicado no Jornal da Tarde, em 04/05/1987, apresenta a estreia da telenovela Helena, pela Rede Manchete, não traz o nome do autor da obra, Machado de Assis. Outros anúncios publicados nos anos 1980 trazem muitas referências para cativar o telespectador, mas não se preocupam em apresentar o nome do autor. Assim, consolidada como papel central, a telenovela ganha projeção nacional e internacional. Comercializada em muitos países, passa a ser o maior filão econômico da emissora. A partir de então, as telenovelas tem um compromisso com a audiência que por sua vez interfere nos rumos da história através de cartas, telefonemas, e-mails e outros. A rede televisiva acata as inferências do telespectador, afinal é ele que mantém a novela no ar e também seus patrocinadores, o que coloca em dúvida a relevância e credibilidade do produto veiculado. Se pensarmos que 68% da população brasileira vê televisão, segundo pesquisa realizada pela Fecomércio do Rio de janeiro (FOLHA DE LONDRINA, 22/02/10), cujo objetivo é o de mensurar os hábitos de lazer relacionados à cultura e, que ouvindo pessoas em 70 cidades, mil domicílios, incluindo 9 regiões metropolitanas, chegam à conclusão que 60% dos entrevistados não têm o hábito da leitura, nos resta buscar metodologias para dar conta destes vazios de leitura que assolam nossas escolas, cidades, estado e o país.

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

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3.1. Dos Caminhos Possíveis

Pensar um projeto cujo tema é o Ensino e Aprendizagem de Leitura – a formação de leitores, requer do professor uma metodologia que dê conta das inúmeras situações e condições adversas que podem ocorrer durante sua implementação. Pensando num trabalho que seja realizado por etapas, estruturado em atividades que contemplem o mundo de leitura que o aluno traz consigo e o mundo de leitura que precisa descobrir, é que proponho fazer usando o Método Recepcional (BORDINI e AGUIAR, 1993, p.91) em três de suas etapas: a determinação, a ruptura e a ampliação do horizonte de expectativas, tendo como base a Estética da Recepção, que juntas sugerem a criação de estratégias que estimulem a curiosidade e disponibilidade de se confrontar com novas possibilidades de leitura. O processo de recepção parte do princípio em que a que se considerar o repertório de leituras e interesses do leitor e encaminhá-lo para se defrontar com o novo rompendo com o distanciamento entre sua visão de mundo e da obra, saindo da leitura da “obra conformadora” para a “obra emancipatória”, num ir e vir constante e insistente visando à qualificação de leitores pela sua interação com os textos e a sociedade da qual faz parte. Em busca de estratégias que possibilitem a execução da proposta, proponho utilizar a Sequência Expandida (COSSON, 2006), que não se pauta numa teoria, mas em sistematização de leitura. Esta sequência recebe esse nome porque pretende levar o aluno ao letramento literário, através da expansão de leitura, ou seja, que este leia outras obras: canônicas ou contemporâneas que remetam à temática da primeira e assim sucessivamente. Para isso, propõe que após a motivação e introdução à obra apresentada, sejam combinados “intervalos de leitura”. Estes intervalos consistem em fazer uma parada obrigatória após a leitura de, por exemplo, vinte páginas, não aleatórias, mas com um objetivo bem específico. Isto feito, é o momento de o professor inserir um texto que pode ser um poema, conto, crônica, tiras humorísticas, vídeo, fotografia, entrevista ou outro que venha enriquecer ainda mais o trabalho com a obra escolhida. Estes intervalos são combinados com a turma. Após leitura da obra completa, a interpretação é dividida em três etapas: 1ª interpretação, 2ª interpretação e expansão. Na primeira interpretação o professor estabelece atividades que levem o aluno à contextualização da obra lida. Esta é feita por meio de pesquisas e registros dos alunos, sempre de acordo com as ideias que sustentam ou estão encenadas na obra. A contextualização pode ser: histórica, estilística, 17 poética, crítica, presentificadora, temática. Na segunda interpretação é realizada uma leitura aprofundada de um dos aspectos da obra. Esta interpretação deve resultar em compartilhamento de leitura, ponto alto do letramento literário. Aqui se faz o registro final. A expansão é a intertextualidade, essencialmente comparativa, é o momento de buscar em outras obras a temática que norteou a obra lida. Nesta linha de pensamento, este material propõe uma sequência didática que pretende aliar etapas do método recepcional, tendo como base a estética da recepção e sequência expandida, a fim de entremear cultura de massa (cenas de telenovelas) e leitura do clássico Esaú e Jacó, de Machado de Assis. Todos os registros de atividades serão compilados num portfólio

3.2 Sugestões de Atividades

Atividade a ser realizada para a 1ª. Série, nível médio, com tempo aproximado de 8 aulas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS – GÊNEROS DISCURSIVOS – LEITURA – ORALIDADE – ESCRITA – ANÁLISE LINGUÍSTICA

CONTEÚDO ESPECÍFICO

Apresentação do autor: Joaquim Maria Machado de Assis

JUSTIFICATIVA

Pensei em distribuir o trabalho em etapas porque percebo que muitas vezes o aluno se perde em meio a tantas informações que lhe impingimos. Por isso sistematizei o trabalho de forma a dar condições ao professor de trabalhar de acordo com tempo que ele tem. Os textos apresentados são apenas sugestões, caso o professor esteja sem tempo para buscar outros. Todavia, deve sentir-se livre para criar outras estratégias no momento de aplicá-lo. O plano de aula, propriamente dito, pressupõe uma ou duas aulas, mas entendo que ao fechar uma etapa de trabalho, o professor poderá se 18 organizar e organizar seu trabalho pedagógico de forma a ter as aulas preparadas e poder então administrar o andamento deste. Assim, a avaliação será contínua, como pede as diretrizes para área no estado do Paraná (PARANÁ, 2008). Quanto à forma de apresentar o autor, penso que nossos alunos, oriundos de classes menos favorecidas, moradores de cidades pequenas ou nas periferias, sem muitas perspectivas, muitas vezes se acham incapazes ou desprovidos de “sorte”. Por esse motivo, acredito que ao apresentar alguém como Machado, que na linguagem atual “tinha tudo para dar errado”, nossos alunos poderão simpatizar-se com este autor e se “abrirem” para conhecê-lo melhor, lendo uma obra sua sendo capaz de compreendê-lo e, por que não, se encantarem?

OBJETIVOS

Objetivo Geral

 Despertar o interesse pelo escritor a partir do conhecimento de sua condição de vida, suas dificuldades, contextualizado no momento histórico vivido por ele.

Objetivos Específicos

 Assistir aos vídeos, sob orientação do professor, observando a relevância deles para o bom desenvolvimento da temática apresentada.  Encaminhar discussão relativa às limitações impostas pela condição de saúde e comunicação do autor.  Ler todos os textos apresentados pelo professor, observando a relevância das informações na construção da imagem do escritor Machado de Assis.  Fazer anotações que venham somar às ideias apresentadas no grupo de trabalho.  Debater os textos apresentados estabelecendo relações com situações vivenciadas por pessoas de seu meio social.  Organizar grupos de trabalho, de no máximo 4 alunos, para construção de cartazes que serão apresentados em mural, na escola.  Escrever um poema livre, utilizando o banco de palavras que o grupo possui, fazendo a apresentação do autor. 19

 Construir um cartaz seguindo a orientação do professor, utilizando os recursos construídos no decorrer do trabalho.  Fotografar e filmar as ações do grupo durante a execução do trabalho e o trabalho concluído.  Expor o trabalho realizado, no mural da escola.

METODOLOGIA

Os encaminhamentos dados a esta primeira fase do trabalho estão pautados no Método Recepcional e na Sequência expandida. As atividades que foram sugeridas estão ordenadas de forma a dar uma sequência ao trabalho pedagógico. O professor deve se sentir livre para escolher os textos, vídeos, fontes de pesquisa que deseja apresentar aos alunos. O que não deve é perder o foco, que nesta etapa pretende criar uma empatia do leitor com o autor, na tentativa de torná-los desejosos de conhecer a obra e se sentirem preparados para realizar sua leitura. Quanto ao gênero utilizado para a primeira avaliação escrita, o cartaz e o poema, foram escolhidos porque julgo ser mais fácil e agradável, portanto de melhor aceitação. No entanto, os demais gêneros serão pedidos, gradativamente, na apresentação da obra e, posteriormente, durante a leitura da obra, em seus intervalos.

1ª ETAPA APRESENTAÇÃO DO AUTOR: JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS

Sugestão de Atividades  1º Passo Converse com o ADM local (administrador local), para que prepare o laboratório de informática, com antecedência, deixe com ele os endereços eletrônicos que serão usados. Leve os alunos ao laboratório de informática e os oriente como será feita a leitura dos vídeos. Sugiro que sejam vistos os seguintes vídeos: Youtube: Vídeo Show: Murilo Benício – telenovelas – 3 de novembro de 20

2008. Irmãos coragem (95); (93); Pé na jaca (2006); América (2005). Assunto: Disfemia ou gagueira. Youtube: música: Pagode do gago – João Carreiro e Capataz; Gago apaixonado – Noel Rosa (1930); João Bosco – Gago apaixonado – Heineken concerts – São Paulo, 1995. Youtube: Vídeo: Consciência Negra, 2008. Youtube: Cinema, trailler: Requien – Casablanca Filmes – 22 de setembro de 2008. Ver o filme na íntegra é opcional. Este filme conta a vida de uma jovem que sofre epilepsia, mas sua família, levada por conceitos e preconceitos religiosos, a vê como uma pessoa possuída pelo demônio. Este é o drama que precisa enfrentar: quer viver como uma pessoa normal, mas não é assim que as pessoas a veem. Filme alemão, baseado em fatos reais. Se achar melhor levar parte desses vídeos para a sala de aula, use a TV Multimidia. Dicas e Sugestões

Crie um espaço no mural da escola chamado, CANTINHO DO LEITOR, onde alguns trabalhos realizados em sala possam ser apresentados à comunidade escolar no decorrer de todo o projeto. Não se esqueça de registrar as imagens, sons e produção escrita realizada. Esta atividade pode ser delegada aos alunos.

 2º Passo Na sala de aula, peça para os alunos se organizarem em um círculo onde você possa observar a atenção, reação, interesse e participação do grupo. Espalhe sobre a mesa cartões coloridos de 6 cm x 10cm, juntamente com pincéis ou canetas coloridas. Em seguida faça questionamentos que os levem a refletir sobre uma das doenças que afligem mais de dois milhões de brasileiros: A EPILEPSIA e o distúrbio de fala: Disfemia ou gagueira.

Sugestão de Perguntas para Levá-los à Reflexão

1- Você já presenciou uma forte tempestade? Que efeitos ela traz? 2- Quais as sensações sentidas por você durante a tempestade? 21

3- Você pode imaginar seu cérebro sofrendo uma tempestade? Pense nisso. Imagine que essa tempestade só pode ser sentida por você, ninguém a sua volta pode sequer imaginar o que pode estar ocorrendo dentro do seu cérebro. 4- Agora procure pensar em como seria sua vida caso estas tempestades ocorressem pelo menos uma vez por semana, sem aviso prévio. 5- Você pode imaginar as implicações que esta tempestade cerebral poderia ocasionar em sua vida pessoal, amorosa, profissional, familiar, social? 6- Você já ouviu falar, ou conhece alguém que sofre este tipo de tempestade cerebral? Sabe o nome que ela recebe? O que você sabe sobre isso? Deixe que os alunos falem. Provoque-os, chame a atenção sobre as respostas obtidas, interfira quando julgar necessário. Continue conduzindo-os à reflexão. Provoque-os perguntando com se comportam quando se veem diante de uma pessoa gaga. Se já gaguejaram e em que circunstância. Questione sobre o que pensam sobre o preconceito racial. Qual deve ser o papel do Estado, Escola, Família, Comunidade e Nosso, como Indivíduos, no sentido de erradicar o racismo de nossa sociedade? Conduza-os de forma a abrir espaço para discutir o bullying, pois esta tem sido uma prática comum entre os adolescentes. Os temas discutidos são, muitas vezes, motivo de brincadeiras de mau gosto e que, de certa forma, incita a prática. Observação: Indique, para leitura, o blog de Daniele Vuoto, 24 anos, de Porto Alegre RS, vítima de bullying. (http://nomorebullying.blig.ig.com.br)

 3º Passo Reflexão feita, é hora de escrever!

Peça a eles que escolham um cartão dentre os cartões que estarão dispostos sobre a mesa. Em seguida peça que escrevam uma palavra que defina o que sentiram, ou como se sentiriam se estivessem em uma, ou mais das situações apresentadas. Explique que esses cartões farão parte de um cartaz que irão montar. Recolha os cartões.

 4º Passo Após ouvi-los apresente a EPILEPSIA como nome da doença que causa a tempestade cerebral. A DISFEMIA, como uma desordem de fluência de fala. E o 22

RACISMO, como preconceito racial. Se antes desta apresentação algum aluno nomeou-a antes, aproveite para retomar a fala e dizer que serão apresentados textos informativos que darão condições, a toda turma, de conhecer um pouco mais sobre o assunto.

Sugestão de textos a serem apresentados para leitura

 Para conter a tempestade cerebral (Disponível na Revista Veja, edição 1972. 6 de setembro de 2006).  Tempestade cerebral sob controle (Disponível na Revista Veja, edição 2160 – ano 43- Nº 15, 14 de abril de 2010, pp. 126-9). Distribua a leitura por parágrafos para que seja acompanhada por todos. Faça comentários quando julgar necessário. Provoque-os no sentido de fazê-los entender e sentir quais os desafios que as personalidades ilustres, citadas nos textos, enfrentaram para serem reconhecidos como pessoas e como profissionais. Em seguida distribua textos informativos sobre a gagueira, seus efeitos sobre a vida do indivíduo e tratamento.

Sugestão de textos

Há diversos textos disponíveis na internet. O que considerei mais interessante foi: Breve Revisão Sobre a Disfemia. Disponível no site www.profala.com Apresente o Brasil escravocrata do século XVIII, a condição de vida do negro e situação política entre os anos de 1839 a 1908. Os movimentos abolicionistas, suas lutas e conquistas e a mudança de regime político: Brasil, da Monarquia à República. Aqui poderia ser feita uma parceria com o professor de história ou recorrer a um livro de História.

Leitura feita, é hora de discussão

Provoque discussão a respeito de pessoas comuns que são portadoras da doença, epilepsia, dos distúrbios de fala, como gagueira, suas limitações, desafios e a maneira como lidam com ela. Peça para que junte os três fatores: ser gago, ser mulato e epilético. Acrescente pobreza, orfandade e apenas os estudos primários. 23

 5º Passo MOMENTO DAS APRESENTAÇÕES

Este é o melhor momento de apresentar o escritor Machado de Assis. Esta apresentação pode ser feita através de leitura dos dados biográficos do autor, disponível em livros, revistas, ou por meio de vídeo da TV escola, disponível na biblioteca da escola, supervisão ou biblioteca do professor. Aproveitar o momento das apresentações para sensibilizar o aluno diante das tantas dificuldades encontradas pelo escritor, no sentido de estabelecer uma cumplicidade necessária para, posteriormente apresentar a obra.

Momento de construção

Organize a turma em equipes, não excedendo o número de quatro por grupo. Distribua uma cartolina ou papel craft e oriente para que desenhem uma cabeça e que dentro dela colem todos os cartões coloridos que foram escritos por eles. Oriente que todos os espaços em branco devem ser preenchidos com sinônimos das palavras escritas nos cartões. Incentive-os a buscar novas palavras no dicionário. Em seguida, peça que escrevam um poema livre, que contenha as palavras escritas nos cartões, de cada um do grupo, de tal forma que o poema seja de apresentação do autor. Faça leitura corretiva orientando, quando necessário, para a devida correção e refacção textual, alertando-os que o cartaz será apresentado no mural da escola. Por isso deve conter: Título, nomes dos alunos e série. Peça que usem o celular ou câmara fotográfica para registrarem o trabalho da equipe, pois este material irá compor um potfólio que será apresentado no final das três etapas. Organize para que possam expor seus trabalhos no mural da escola.

RECURSOS DIDÁTICOS

Para execução da primeira etapa serão utilizados os seguintes recursos: 24 revistas, computador, internet, TV multimídia, papel sulfite colorido, ou retalhos de papel dobradura coloridos, papel craft ou cartolinas, cola, tesoura, canetas, ou pincéis coloridos, livros de Literatura, de História, dicionários.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

 Leitura: Espera-se que o aluno reconheça diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, considerando as condições de produção e recepção. Que identifique informações explícitas e implícitas nos textos, seu tema e finalidade.  Oralidade: Espera-se que o aluno utilize o discurso de acordo com a situação (formal, informal). Que elabore argumentos convincentes na defesa de suas ideias e ouça com respeito e atenção as ideias e exposição dos outros.  Escrita: Espera-se que o aluno produza o texto atendendo as circunstâncias de produção proposta. Que respeite o tema e adeque a linguagem de acordo com o contexto exigido.  Análise Linguística: Espera-se que o aluno utilize adequadamente os recursos linguísticos, como o uso da pontuação e dos sinônimos. Que distingua o sentido literal dos metafóricos nos textos orais e escritos.

2ª ETAPA APRESENTAÇÃO DA OBRA – ESAÚ e JACÓ

Tempo aproximado de 03 aulas

 1º Passo  Entregar a obra. Conduzir os alunos no sentido de que façam a “leitura do olhar e explorar”. Olhar o livro, sua capa, suas ilustrações, apresentação, edição.

 2º Passo  É importante que o professor leia os capítulos bíblicos sugeridos, nos parênteses, a fim de que se tenha uma visão mais ampla do que esta leitura pode contribuir, para um melhor entendimento do que o autor, Machado de Assis, propõe como referência na obra. 25

 Livro do Gênesis: 25,19-34 (26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35,36). O capítulo e versículos apresentados é leitura sugerida para ser feita com os alunos, pois serão estes que introduzirão à narrativa de Esaú e Jacó.

TEXTO DE APOIO AO PROFESSOR

Isaac, filho de Abraão e Sara, casou-se com Rebeca que ficou grávida. Rebeca ficou encabulada ao sentir que no ventre dela, duas crianças lutavam entre si. Quando nasceram, essas crianças receberam os nomes de Esaú e Jacó. Esaú torna-se um caçador e Jacó um pastor. Tendo nascido minutos antes, Esaú é o primogênito e, como tal, tem todos os direitos de filho mais velho. Quando fica adulto, porém, ao chegar a casa, certo dia, sofrendo a fome e o cansaço, troca o direito de primogenitura por um prato de lentilhas preparado por Jacó. Jacó sempre fora o preferido da mãe, Esaú, o preferido do pai. Isaac, já velho e meio cego, chama o filho mais velho para abençoá-lo e fazer dele seu herdeiro. Rebeca toma a dianteira e faz com que Jacó seja abençoado no lugar de Esaú. A briga entre Esaú e Jacó, no ventre da mãe, e outras brigas pela vida afora, é um símbolo que denomina dois povos vzinhos e irmãos, os edomitas (Esaú é Edom) e os israelitas (Jacó, que mais tarde recebe o nome de Israel). Esaú fica com ódio do irmão e Jacó, com a ajuda da mãe, foge para uma terra distante. Vai parar na casa de Labão, irmão de Rebeca. Ali, ele se apaixona por Raquel, a filha mais nova de seu tio. Trabalha sete anos para poder casar com ela e, enganado pelo tio se vê obrigado a casar com Lia, que é a filha mais velha e, por isso, tem que casar primeiro, como mandava a tradição do lugar. Jacó fica com Lia e tem que trabalhar mais sete anos por Raquel. Ao todo Jacó trabalha mais ou menos vinte anos para o tio. Mas Jacó é esperto e faz um trato com o tio e acaba se tornando dono de um grande rebanho e das duas irmãs (ter mais de uma mulher fazia parte da cultura deste povo). Jacó decide ir embora, mas pensa no irmão Esaú e não sabe se, mesmo depois de tanto tempo, ele o terá perdoado. Neste meio tempo, Raquel era a preferida, Lia era desprezada por Jacó. Raquel permaneceu estéril e Lia fecunda. Numa história de ciúmes entre as duas mulheres Lia dá à luz a onze meninos e uma menina. Raquel cede a seu marido uma serva (costume da época, quando a mulher não conseguia ter filhos), que dá à luz um menino. Jacó é pai de doze meninos. Tempos depois, junta toda sua 26 família e servos e volta para a terra de Canaã. Esaú vai ao seu encontro e o abraça. Dos muitos sonhos de Jacó, a simbologia bíblica vai aos poucos revelando a edificação das doze tribos de Israel, cuja descendência terá como ápice o nascimento de Jesus Cristo.

 3º Passo Apresentar os atores e personagens que viveram o papel de gêmeos nas novelas:  – Ruth e Rachel, 1ª versão em 1973, por Eva Wilma. 2ª versão, Glória Pires, no ano de 1993.  Baila Comigo – João Vítor e Quinzinho, por , novela de Manoel Carlos, em 1981.  Cara ou Coroa – Fernanda e Vivi (como sósias), por , novela de Antonio Calmon, em 1995.  – Bartolomeu e Félix, por Antonio Fagundes, novela de Aguinaldo Silva, em 2001.  – Lucas e Diogo e Léo que é clone de Diogo, por Murilo Benício; novela de Glória Perez; em 2001.  – Apolo e Paco; por Reynaldo Gianecchini; novela de João Emanuel Carneiro; em 2004.  Paraíso Tropical – Paula e Taís; por Alessandra Negrini; novela de Gilberto Braga; em 2007.  Os Mutantes – Caminhos do coração – Maria e Samira; interpretadas por Bianca Rinaldi, Rede Record, em 2008.  – Jorge e Miguel; por Mateus Solano; novela de Manoel Carlos; em 2009. Todos os dados: tramas/personagens, cenas, depoimentos, ficha técnica, fotos, abertura, trilha sonora, curiosidades, trilha sonora, merchandising estão disponíveis no site da Rede Globo, em: Memória Globo-Rede Globo.

Observação: Nesta etapa do trabalho é importante que o professor apresente apenas os atores as novelas e os depoimentos. Sugiro os depoimentos de: Tony Ramos, em Baila Comigo; Antonio Calmon, em Cara ou Coroa; diálogo, que aparece como link no texto da trama, de Diogo e seu Clone Léo. Isto porque é importante que o professor mostre a intenção de quem faz a novela. Como o ator se vê diante da complexidade de se interpretar duplamente e as emoções que a novela desperta naquele 27 que assiste. Tudo isso para introduzir o aluno no mundo da leitura, da imaginação, da criação, das sutilezas, e trama apresentada por Machado em Esaú e Jacó. Como curiosidade, é possível visualizar os atores que interpretaram papéis de gêmeos em telenovelas no endereço: http://www.sitedosfamosos.com.br/ultimas-dos-famosos/veja-os-atores-que-viveram- gemeos-nas-novelas/.

NÃO PERCA A OPORTUNIDADE

Motive seus alunos a conversarem em casa sobre as novelas apresentadas, para que perguntem aos familiares se viram essas novelas, do que se lembram, por que, etc. Dessa forma, o professor cria um laço de cumplicidade e pode sutilmente encaminhar as discussões em sala para a casa dos alunos.

 4º Passo É Hora de Escrever

Peça aos alunos que, individualmente, redijam um texto relatando suas expectativas sobre a obra a ser lida. Oriente sobre a leitura e reescrita do texto e recolha. Este texto será reunido às demais produções, no portifólio, e lido pela turma ao final da leitura conclusiva da obra, mais precisamente após a contextualização temática.

 3ª Etapa

LEITURA

Tempo aproximado: 43 aulas e 63 dias de leitura, pesquisa, oralidade e produção escrita.

SEQUÊNCIA EXPANDIDA & MÉTODO RECEPCIONAL 28

A primeira parte, reservada à Motivação e à Introdução, já foram atendidas nas etapas anteriores.

A turma será dividida em equipes, de no máximo quatro alunos, para a execução das tarefas programadas para os intervalos de leitura.

A leitura da obra será dividida em cinco etapas ou intervalos. A seguir:

 1º Momento - 09/09 a 16/09 – 06 aulas – 08 dias

Apresentação da cena da novela Mulheres de Areia, 2ª versão, vídeo que apresenta a história da novela; cena em que Ruth e Raquel, interpretadas por Glória Pires, irmãs gêmeas discutem sobre o amor que sentem pelo mesmo homem e sua relação com ele, inclusive o fato de uma se passar pela outra para tê-lo consigo. Cena da novela Cara ou Coroa, em que Fernanda e Vivi, interpretadas por Christiane Torloni, uma se faz passar pela outra para conquistar o homem desejado.

Liberdade para os comentários e interferência do professor quando necessário. Apresentação da abertura da novela Porto dos Milagres. Momento de lançar o desafio da primeira etapa de leitura do romance Esaú e Jacó: Advertência até o capítulo XVIII. De como vieram crescendo.

Primeiro intervalo. Ler, ouvir, comentar a música “O Amanhã”, Simone. Leitura do conto russo: História de dois irmãos, recontado por Tatiana Belinky.

Sugestão de atividades: Em equipe, os alunos deverão elaborar perguntas que serão feitas a gêmeos ou trigêmeos e à família, se necessário. As perguntas deverão focar na gravidez, nascimento, comportamento social, namoro, interesses pessoais, vantagens e desvantagens de serem tão parecidos um com . As perguntas serão formuladas em sala de aula. A entrevista deverá ser realizada como atividade extraclasse e apresentada para a turma. O material escrito será compilado ao portfólio.

Observação: Se permitido pelos entrevistados, será interessante fotografá-los para compor no registro de atividades.

 2º Momento - 21/09 a 30/09 – 08 aulas – 10 dias 29

Apresentação da cena da novela O Clone, cenas em que aparecem os gêmeos Diogo e Lucas, interpretados por Murilo Benício, que disputam a mesma mulher; cena em que Lucas se vê frente a frente com seu clone Léo e a conversa que eles têm. Cena em que Glória Perez, autora da novela faz um depoimento do por que trabalhar a temática e sobre a cultura mulçumana.

Liberdade para os comentários e interferência do professor quando necessário. Início da segunda etapa de leitura: do capítulo XIX. Apenas duas – Quarenta anos. Terceira causa até o capítulo XLVIII. Terpsícore.

Segundo intervalo. Ler, ouvir, comentar a poesia escrita e musicada de Cecília Meireles “Ou isto ou aquilo”.

Sugestão de atividades: Os alunos, organizados em equipe, farão uma pesquisa sobre aforismos, recurso bastante usado por Machado, “Todos os contrastes estão no homem” (cap. XXX), ou “Não é preciso ter as mesmas ideias para dançar a mesma quadrilha” (cap. XLVIII) o que são, e pelo menos dez, que possam dialogar com o romance que estão lendo”. O registro dos aforismos pesquisados será apresentado em sala; no mural: Cantinho do Leitor e compilados ao portfólio.

 3º Momento - 05/10 a 14/10 – 06 aulas – 10 dias

Apresentação da cena da novela Baila Comigo, cena em que os irmãos gêmeos, João Vitor e Quinzinho, interpretados por Tony Ramos, que foram separados pela vida, se encontram e se falam. Coletânea de cenas da novela Baila Comigo.

Liberdade para os comentários e interferência do professor quando necessário. Apresentação do trailler da novela Paraíso Tropical, que conta a história das gêmeas, Paula e Taís, interpretadas por Alessandra Negrini. Início da terceira etapa de leitura: do capítulo L. Tabuleta velha até o capítulo LXIII. Tabuleta nova.

Terceiro intervalo. Ler a fábula: O Velho o Menino e a Mulinha – Monteiro Lobato

Sugestão de atividades: Em equipe, os alunos farão uma pesquisa em que trarão para os colegas a história de gêmeos mitológicos, lendários, ou outros que apresentem discordâncias entre si na busca do amor, poder, dinheiro, fama. Cada equipe 30 deverá apresentar apenas uma história. A apresentação da equipe será através de contação de história. O texto apresentado será compilado ao portfólio.

 4º Momento - 19/10 a 28/10 – 08 aulas – 17 dias

Apresentação da cena final da novela Da Cor do Pecado que conta a história dos gêmeos Apolo e Paco, representados por Reynaldo Gianecchini. Trailler da novela Os Mutantes e cena da novela Os Mutantes – caminhos do coração; a morte de Samira, irmã gêmea de Maria.

Liberdade para os comentários e interferência do professor quando necessário. Apresentação da abertura da novela Paraíso Tropical. Início da quarta etapa de leitura: do capítulo LXIV. Paz! até o capítulo XCVIII. O médico Aires.

Quarto intervalo. Ler o conto: A Morta, de Guy de Maupassant.

Sugestão de atividades: Quem conta um conto... Pedir à equipe que escolha entre os moradores mais antigos do município alguém que conte uma história ou causo, dramático, de amor, ou outro que envolva gêmeos. Registrar, reescrever, apresentar ao grupo, no mural e no portfólio.

 5º Momento - 04/11 a 11/11 – 06 aulas – 13 dias

Apresentação da cena da novela Porto dos Milagres, no momento em que Bartolomeu descobre que está sendo enganado pelo irmão Félix, ambos são representados por Antônio Fagundes. Apresentação de cenas da novela Viver a Vida em que os gêmeos Jorge e Miguel, interpretados por Mateus Solano se agridem verbalmente e fisicamente por causa da mesma mulher.

Liberdade para os comentários e interferência do professor quando necessário. Apresentação da abertura da novela Viver a Vida. Início da quinta etapa de leitura: do capítulo XCIX. A título de ares novos até o capítulo CXXI. Último.

Quinto intervalo. Ler a fábula: O Asno de Buridan, de Jean de Buridan.

Conto: Um suplício moderno, Monteiro Lobato - Urupês 31

Sugestão de atividades: em equipe, os alunos farão uma coletânea de provérbios, ditados populares e farão a escrita inversa, como faz Machado, no romance, Ex: “Nenhum quer, nenhum briga” (cap. CXI), para “Quando um não quer, dois não brigam”. Os provérbios pesquisados e os produzidos pelos alunos serão expostos no mural e compilados ao portfólio.

PRIMEIRA INTERPRETAÇÃO - 16/11 – 02 Aulas

Neste momento, os alunos serão convidados a dizer o que pensam sobre a obra lida. No entanto, esta será uma atividade individual. A fim de organização, os alunos serão divididos em duplas e será proposta a seguinte atividade: entrevista informal. Os alunos, individualmente, preparam três perguntas que serão encaminhadas ao colega; cada um receberá as três perguntas do colega que recebeu as suas. Após escrita e resposta, as ideias serão confrontadas. As perguntas e respostas deverão ser utilizadas para produção de texto, ensaio, comparando as ideias ou confrontando-as.

CONTEXTUALIZAÇÃO - 18/11 – 02 Aulas

Serão feitas as seguintes contextualizações: histórica, crítica, presentificadora e temática.

Para a realização desta contextualização é interessante que os alunos sejam dispostos em círculo para que possam, por meio da oralidade, expor suas considerações sobre a obra lida.

a) Contextualização histórica – será retomado o discurso da 1ª etapa que trata da apresentação do autor. Sabendo que os alunos já conhecem o autor, o momento histórico vivido por ele, os conflitos sociais, econômicos e políticos da época, se faz necessário confrontar estes momentos com a obra e sua pertinência no aprofundamento da leitura.

TEXTO DE APOIO PARA O PROFESSOR

É importante lembrar que o Brasil passava por um período histórico conturbado e que quatro questões foram fundamentais para a discussão de mudança do 32 regime político e sua difusão, tomasse corpo. Período de 1840 a 1889. Lembre-se que o romance tem início em 1871 e Machado de Assis viveu de 1839 a 1908.

1ª Questão Religiosa

O imperador tinha autoridade sobre a igreja que contava na época, com padres maçons. Não contente com esta situação, a igreja começou a punir estes padres. O imperador, por sua vez, tomou as dores dos padres maçons e perdeu muito o apoio dos católicos, isso enfraqueceu a monarquia.

2ª Questão Militar

Foi a mais decisiva porque o exército retirou o apoio ao imperador. Os militares que participavam das guerras conheciam o sistema de indenização que os militares recebiam e exigiram indenização por terem participado inclusive da Guerra do Paraguai; também estavam descontentes por não poderem se manifestar, se expressar na imprensa por isso se rebelaram; não achavam justo que civis pudessem ocupar cargos de ministros; Benjamim Constant era professor da escola do exército e tinha ideias republicanas, defendia que os exércitos eram mais valorizados nos países republicanos. Um dos argumentos mais fortes deste era que o Brasil era o único país das Américas que ainda não era Republicano e argumentava que os EUA eram adiantados por serem Republicanos.

3ª Questão: Guerra do Paraguai

Os militares brasileiros entraram em contato com os uruguaios e argentinos que já viviam sob um regime republicano e houve aqui um intercâmbio de ideias.

4ª Questão: Abolição da escravatura

Sabendo que o comércio exterior, com a Inglaterra, estava prejudicado pelo fato de ela não mais se interessar por mão de obra escrava o Brasil foi aos poucos reduzindo a escravidão por meios de leis, sendo elas: Lei Eusébio de Queirós (extingue definitivamente o tráfico negreiro); Lei do sexagenário (consideravam livres todos os negros maiores de 65 anos); Lei do ventre livre (consideravam livres todos os negros 33 concebidos desde então); Lei áurea (lei que reconhecia a liberdade de todos os negros de qualquer idade). Todas estas leis desagradaram os barões do café que perderam a mão de obra escrava na produção cafeeira. Perdendo o apoio dos fazendeiros, o imperador perde sua força política.

Conclusão

Sem o apoio da igreja, dos militares e dos barões do café, resta ao imperador deixar o Brasil para que se promulgue a República.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Segundo_Reinado

b) Contextualização crítica – serão apresentados dois textos que criticam a obra lida. Uma crítica que apoia a obra considerando-a um clássico e uma que desmerece o texto considerando-o menor, com o claro objetivo de ampliar o horizonte de leitura da turma.

http://publicacoes.unigranrio.edu.br/index. php/reihm/article/view/56/60

http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=resumos/docs/esau ejaco

Caso o professor se interesse em se aprofundar sobre o assunto, há dois estudos sobre esta obra que são: Affonso Romano Sant’anna – Análise Estrutural de Romances Brasileiros e Antonio Candido – Vários Escritos.

c) Contextualização presentificadora – Esta contextualização tem por objetivo convidar o aluno a perceber situações vivenciadas pelos personagens do texto, ou ideias que o texto apresenta, que estão presentes na atualidade, no mundo em que vivem. Portanto, a percepção da atualidade do texto e sua importância no mundo real.

d) Contextualização temática – A temática discutida será a política. A ambiguidade, as dualidades humanas presentes nos discursos políticos que desejam a todo custo vencer. A presença dos gêmeos, no sentido de usurpar e fazer parecer. A presença de Flora como o objetivo a ser alcançado. A indecisão de Flora 34 mostrando como o cidadão comum se vê diante de situações em que se sente incapaz de escolher. Os personagens que estão sempre em busca de melhores condições de vida, mas numa busca individual. O coletivo, quando se percebe, é quando no individual é possível antever vantagens, reconhecimento, glórias.

Este é o momento ideal para que os textos escritos, anteriormente, sobre as expectativas de leitura da obra foram registradas e compiladas ao portfólio, sejam lidas e comparadas. Certamente as divergências de opiniões favorecerão na produção textual final que realizarão.

Observação: Em cada um desses momentos será pedido aos alunos que registrem suas impressões sobre a contextualização feita, pois, ao final, produzirão textos, de opinião, sobre a obra lida.

Os textos de opinião serão lidos, corrigidos e reescritos se houver necessidade. Todos serão compilados ao portfólio.

SEGUNDA INTERPRETAÇÃO - 23/11 – 02 Aulas

Seguindo a organização da equipe de quatro alunos, para as atividades durante a leitura, estes alunos deverão construir um cartaz em que farão a propaganda do livro lido. Este cartaz deverá apresentar os traços característicos do gênero: Texto de função apelativa, elaborado para chamar a atenção com um mínimo de recursos expressivos. As imagens poderão ser desenhadas ou fazer uso de colagens, montagens, fotografias. Deve conter slogan ou frase criativa com objetivo de chamar a atenção e despertar o interesse por ler o que nele está escrito. Estes cartazes serão expostos à comunidade escolar, nos murais da escola.

EXPANSÃO - 25/11 – 02 aulas

A expansão é a “extrapolação dentro do processo de leitura” (COSSON, 2006, p.94). É buscar em outros textos a possibilidade de diálogo com a obra lida. Este é 35 um trabalho que tem como objetivo principal comparar as obras lidas “em contraste e confronto a partir de seus pontos de ligação” (p.95). Para tanto, será sugerida, como opção de leitura, a obra de Milton Hatoum, Dois Irmãos. Será apresentado o filme: O Bem Amado.

BUSCANDO INTERLOCUTORES

30/11– Apresentação no Período Noturno – 01 Aula

Esta tarefa consiste em apresentar à comunidade escolar, às pessoas entrevistadas durante o trabalho e aos pais, o resultado do trabalho realizado. Para isto será marcada uma noite em que os convidados serão recepcionados pelos alunos participantes do projeto que se encarregarão de apresentar em slides, sons e imagens que contam cada etapa do trabalho realizado até sua conclusão. Ao final das apresentações será mostrado o portfólio construído pela turma, aos participantes, que assinarão numa página reservada para isto, que servirá de registro de memória do projeto executado.

O principal objetivo desta apresentação é garantir aos alunos que suas reflexões, produções e discussões não fiquem restritas à sala de aula, mas que possa transpor os muros da escola, buscando novos interlocutores.

SUGESTÃO DE LINKS PARA UTILIZAÇÃO EM CADA ETAPA

Links – Novelas

 Sugestão de links e imagens

memoriaglobo. globo.com/TVGlobo/Comunicacao/Institucional/memoriaglobo/CDA/Pop/tvg_cmp_memori aglobo_pop_video/0,,158632.html Murilo Benício - cena de O Clone - o encontro e reflexão 36 memoriaglobo. globo.com/TVGlobo/Comunicacao/Institucional/memoriaglobo/CDA/Pop/tvg_cmp_memori aglobo_pop_video/0,33213,175846,00.html - Depoimento de Glória Perez – temática da novela O Clone memoriaglobo.globo.com/TVGlobo/Comunicacao/Institucional/memoriaglobo/CDA/Pop/tvg _cmp_memoriaglobo_pop_video/0,33213,175844,00.html Depoimento de Glória Perez - O mundo muçulmano

 1ª Etapa www.youtube.com/watch?v=r_DGdnX2KqA&feature=related Murilo Benício fala sobre seus personagens e sua gagueira. letras.kboing.com.br/brenno-reis-e-marco-viola/pagode/ Pagode do gago letras.terra.com.br/noel-rosa-musicas/125755/ Gago apaixonado - Noel Rosa www.youtube.com/watch?v=PMhGC1UcF6Q João Bosco - Gago apaixonado www.mdig.com.br/atom.php?itemid=3580&scbegin=51 Cena de epilepsia confundida com possessão demoníaca - exorcismo http://www.youtube.com/watch?v=YYIqKNuy2Lw Vídeo Dia Nacional da Consciência Negra

 2ª Etapa

memoriaglobo.globo.com/TVGlobo/Comunicacao/Institucional/memoriaglobo/CDA/Pop/tvg _cmp_memoriaglobo_pop_video/0,33213,146300,00.html 37

Depoimento de Tony Ramos - Baila Comigo memoriaglobo.globo.com/TVGlobo/Comunicacao/Institucional/memoriaglobo/CDA/Pop/tvg _cmp_memoriaglobo_pop_video/0,33213,174147,00.html

Depoimento de Antonio Calmon - Cara ou coroa memoriaglobo.globo.com/TVGlobo/Comunicacao/Institucional/memoriaglobo/CDA/Pop/tvg _cmp_memoriaglobo_pop_video/0,,158632.html Murilo Benício - cena de O Clone - o encontro e reflexão

 3ª Etapa

 1º Momento www.youtube.com/watch?v=qxgm-8ViPOg A história da novela Mulheres de Areia http://www.youtube.com/watch?v=TazNnxHWbw0&feature=related Cena entre as Gêmeas de Mulheres de Areia v=5qxQWiFWdc0&feature=PlayList&p=776493DC661E2AFB&playnext_from=PL&playnex t=1&index=63 Cena de cara ou coroa, conversa de Fernanda e Vivi. www.youtube.com/watch?v=FKeyM70qcRQ Abertura da novela Porto dos Milagres

 2º Momento memoriaglobo.globo.com/TVGlobo/Comunicacao/Institucional/memoriaglobo/CDA/Pop/tvg _cmp_memoriaglobo_pop_video/0,,158632.html Murilo Benício - cena de O Clone - o encontro e reflexão memoriaglobo.globo.com/TVGlobo/Comunicacao/Institucional/memoriaglobo/CDA/Pop/tvg _cmp_memoriaglobo_pop_video/0,33213,175846,00.html Depoimento de Glória Perez – temática da novela O Clone memoriaglobo.globo.com/TVGlobo/Comunicacao/Institucional/memoriaglobo/CDA/Pop/tvg _cmp_memoriaglobo_pop_video/0,33213,175844,00.html Depoimento de Glória Perez - O mundo muçulmano

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 3º Momento http://www.youtube.com/watch?v=coA5GcT4kbU&feature=related Cena em que os gêmeos João Vitor e Quinzinho se encontram - novela Baila Comigo www.youtube.com/watch?v=NmVAjzVLTns Cenas da novela Baila Comigo/ coletânea www.youtube.com/watch?v=3_Pr0wTiKYs Trailler da novela Paraíso Tropical

 4º Momento www.youtube.com/watch?v=NYxBIKLSaqY&feature=PlayList&p=FAE57E3FF91893BA&pl aynext_from=PL&playnext=1&index=59 Cena final da novela Da Cor do Pecado http://www.youtube.com/watch?v=XNKviyeD4Qc&feature=related Cena da novela Os Mutantes – A morte de Samira, irmã gêmea de Maria www.youtube.com/watch?v=xZZaNov7Yx8&feature=related Abertura de Paraíso Tropical

 5º Momento www.youtube.com/watch?v=n1EijXJK4i0 Cena entre os gêmeos Bartolomeu e Félix em Porto dos Milagres www.youtube.com/watch?v=V0USjMNI4Yw Cena entre os gêmeos de Viver a Vida www.youtube.com/watch?v=JStQV9OB9C0&feature=related Cena entre os gêmeos de Viver a Vida www.youtube.com/watch?v=BanRP31dgKg&feature=related Abertura da novela Viver a Vida www.youtube.com/watch?v=WiRhyB20ztw&feature=related Música de abertura, completa, da novela Viver a Vida

 Sugestão de filmes que tratam o preconceito e a epilepsia

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Cinema

Uma prova de amor. Direção: Nick Cassavetes

A Vida é Bela. Direção: Roberto Benigni

Falcão Negro em Perigo. Direção: Ridley Scott

O Último Rei da Escócia. Direção: Kevin Macdonald

24 hours party people. Direção: Michael Winterbottom

Control. Direção: Anton Corbijn

The Exorcism of Emily Rose. Direção: Scott Derrickson

Reflexos da Inocência. Direção: Baillie Walsh

Requiem. Direção: Hans-Christian Schmid

The Andromeda Strain. Direção: Robert Wise

Notre Dame de Paris. Direção: Gilles Maheu

Os Doze Macacos. Direção: Terry Gilliam

Sugestões disponíveis em:

 Sugestão de leitura

Livros Urupês – Monteiro Lobato História de dois irmãos – Tatiana Belinky Os dois irmãos – Frei Betto Dois irmãos – Milton Hatoum O deus das pequenas coisas – Arundhati Roy Gêmeas – Nelson Rodrigues (conto) Contos fantásticos – Guy de Maupassat Fábulas – Monteiro Lobato 13 Dos Melhores Contos de Amor –da Literatura Brasileira – Rosa Amanda Strausz (org). Tony Ramos: no tempo da delicadeza – Tânia Carvalho – Coleção Aplauso 40

Entrevistas Tatiana Belinky: Tantas palavras, tantas histórias... Por Luiz Henrique Gurgel – Disponível na revista: Na Ponta do Lápis, ano V – número 12, dezembro de 2009 – A hora e a vez do Conto – Olimpíada de Língua Portuguesa. Umberto Eco “Não contem com o fim do livro”- Disponível no jornal O Estado de São Paulo, Sabático, 13 de março de 2010. Eliane Giardini – Reconhecimento tardio – Disponível no jornal Folha de Londrina – Folha 2 - 7 de fevereiro de 2010. Manoel Carlos – O cronista da dor – Disponível no jornal Folha de Londrina – Folha 2 – 23 de janeiro de 2010. Thelma Guedes, escritora e autora de novelas – “A desconstrução de Clarice Lispector”- Disponível no jornal O Estado de São Paulo – Caderno 2 – 18 de março de 2010. Christine Fernandes – Entre o suave e o feroz – Disponível no jornal Folha de Londrina – Folha 2 – 30 de março de 2010. – “Bete é boa, mas não é boba”- Disponível no jornal O Estado de São Paulo – Caderno TV – 16 a 22 de maio de 2010.

Artigos Emoções de segunda mão – Emissoras de televisão apostam cada vez mais em remakes na corrida pela audiência – Disponível no jornal Folha de Londrina – Folha 2 – 4 de março de 2010. Parece mentira, mas é novela – Patrícia Villalba – Disponível no jornal O Estado de São Paulo – TV&Lazer – Domingo, 7 de março de 2010. De telespectadora à personagem – Disponível no jornal Folha de Londrina – Folha 2 – 14 de março de 2010. Fagundes vive personagem “revolucionário” – Disponível no jornal Folha de Londrina – Folha 2 – 22 de janeiro de 2010. Palavras ao vento – atraídos por personagens tentadores, atores acabam se frustrando com seus destinos nas novelas – Disponível no jornal Folha de Londrina – Folha 2 – 11 de abril de 2010.

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Ensaios Tecnologia para ricos ou pobres? Cláudio de Moura e Castro – Disponível na revista Veja – 25 de novembro, 2009. Livros. Livros. Livros. Livros. Livros? Millôr – Disponível na revista Veja, edição 2116 – ano 42 - nº 23, 10 de junho de 2009. Educar é contar histórias. Cláudio de Mora e Castro – Disponível na revista Veja – edição 2116 – ano 42 – nº 23, 10 de junhos de 2009.

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REFERÊNCIAS

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BELINKY, Tatiana. História de dois irmãos / recontada por Tatiana Belinky; ilustrações de Edu. – São Paulo: FTD, 2001. (Coleção contos populares).

BETTO, Frei. Os dois irmãos. São Paulo: Editora Salesiana, 2001.

BORDINI, Maria da Glória; AGUIAR, Vera Teixeira de. Literatura – a formação do leitor: alternativas metodológicas. 2. ed. Porto alegre: Mercado Aberto, 1993.

CANDIDO, Antonio. Vários Escritos. Livraria Duas Cidades. 2ª Edição. São Paulo, 1997.

CARVALHO, Tania. Tony Ramos: no tempo da delicadeza. Coleção aplauso. Série perfil/coordenação geral Rubens Ewald Filho. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2006.

COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2006.

FOLHA DE LONDRINA, Ubiratan Brasil, Agência do Estado, Folha Geral. 22 de fevereiro, segunda-feira, de 2010.

FURTADO, Magda. Clássicos ou contemporâneos? A mediação da escola na formação do leitor. In: GRAÇA Paulino; COSSON Rildo (orgs). Leitura Literária: a mediação escolar. – Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, 2004. 168p. 43

HATOUM, Milton. Dois irmãos. – São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

LOBATO, Monteiro. Fábulas. Ilustrações de capa e miolo Manoel Victor Filhol, - 50.ª ed. – São Paulo; Brasiliense, 1994.

LOBATO, Monteiro. Contos (extraídos de Urupês). Edição integral. Pólo Editorial Do Paraná. Curitiba – Paraná, 1997.

MAUPASSANT, Guy de. Contos fantásticos – O Horla & outras histórias / Henri René Albert de Maupassant; tradução de José Thomaz Brum. Porto Alegre: L&PM, 1997.

MEYER, M. Folhetim: uma história. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

MOISES, Massaud. Introdução. MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. Esaú e Jacó. São Paulo: Cultrix, 1962. (Obras escolhidas de Machado de Assis)

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ROY, Arundhati. O deus das pequenas coisas/Arundhati Roy; tradução José Rubens Siqueira. – São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

SANT’ANNA, Romano Affonso de. Análise Estrutural de Romances Brasileiros. Série Fundamentos, 67. Editora Ática, 7ª edição. São Paulo, 1990.

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MACHADO, Ana Maria. Como e por que ler os clássicos universais desde cedo. Rio de janeiro: Objetiva, 2002.

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KAUFMAN, Ana María, RODRÍGUEZ, Maria Helena. Escola, leitura e produção de textos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

PAULINO, Graça, COSSON, Rildo. Leitura literária e mediação escolar (Orgs). Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, 2004.

ZILBERMAN, Regina; SILVA, Ezequiel T. da. Literatura e pedagogia: ponto e contraponto. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1990.