Yvonne Maggie Alves

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Yvonne Maggie Alves b-OO ~~-=------ V ENCONTRO AN&AL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL--- ~- I DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM CIÊNCIAS SOCIAIS ·.I A QUEM DEVEMOS SERVIR: IMPRESSÔES SOBRE A IINOVELA DAS OITO:~ Yvonne Maggie Alves -'( , . - Trabalho Apresentado na Reunião do Grupo de Trabalho "Cultura Popular e Ideologia POlítica", Friburgo 21 a 23 de outubro de ----- 1981. A QUEM DEVEMOS SERVIR : IMPRESSÕES SOBRE A "NOVELA DAS OITO" * ~ difícil para quem há anos se dedica ao estudo de Rel! giões ditas "Afro-Brasileiras" pensar sobre um assunto tão p0.2- co "exótico" e tão coti.diano. Explico, portanto, através de que caminhos cheguei lá. A estória começou em uma sala de aula do CUP (Centro Uni ficado Profissional) quando, pela primeira vez, estava lecionan do em uma faculdade particular. Sempre imaginara que a client~ la dessas faculdades fosse composta de pessoas de nível social mais alto do que o das faculdades públicas. Engano. Os prime! ros meses de aula revelaram que os estudantes eram,em sua maiQ ria, primeira geração de universitários de suas famílias, que nao eram mais ricas do que a de seus colegas em faculdades p§ blicas mas, talvez, de um setor nem especIfico de camada média que defini, poeticamente, como "pequena burguesia suburbana". Filhos de donos de pequenos estabelecimentos, funcionários py blicos de escalões médios, tipo enfermeiras, delegados de poli cia, etc. Havia também alguns estudantes de "Zona Sul" (como se classificavam e eram classificados). Esses estudantes de "Zona Sul" eram considerados pela maioria dos professores m~ lhores alunos, mais aplicados, etc. No entanto, espantava-me * Devo agradecer. especialmente. aos estudantes de História da Cultura de 1978 do CUP e à turma de Antropologia Cultural da ECO, UFRJ. do primeiro semestre de 1981. pela participação neste trabalho. A Ouda Machado. por ter discutido comigo o assunto TV. Friso. porém. que as impressões aqui registradas são de minha inteira responsabilidade e peço desculpas se de algum modo interpretei 'mal as opiniões das pessoas citadas. J 2 a distância cultural entre os estudantes de "Zona Norte" e os' professores e alunos de "Zona Sul". Meus exemplos em sala de aula eram incompreendidos, a linguagem que eu empregava pare- cia não chegar a meus interlocutores. Como "boa" Antropóloga, como me considerava, via nessa dificuldade uma diferença de c§. digo cultural e não uma "incapacidade" para o aprendizado. QUê ria entender que cultura era essa diante dos meus olhos e prQ curava um meio de me comunicar com esses estudantes. Acho que comecei a poder fazer isso no dia em que, ao mesmo tempo, de§ cobri a "Novela das Oito" (programa de TV com elevado IBOPE, tipo folhetim, escrito por autores nacionais e transmitido pela rede Globo para todo o país) . Nesse dia havia recomendado a leitura do texto de Laura Bohanan, "Miching Malecho, ou seja, a Feitiçaria!!l e como a a!! tora referia-se ao Hamlet de Shakespeare, resolvi contar a hi§ tória, parafraseando a autora, para os "meus nativos". A sur .presa foi rnaí.o r do que a de minha colega americana com os Ti v. A turma ouviu atentamente meu relato emocionado sem que, no en tanto, seus olhos brilhassem. Nenhuma pergunta foi feita, ne nhum comentário. Fiquei deprimida e achei que a culpa devia ter sido minha. Talvez não fosse boa contadora de estórias. Acho que fiquei calada e aí alguém disse: "mas que estória boba I morrem todos no final". Fiquei mais afli ta e ia despedir-me, terminando a aula, quando uma moça falou, timidamente: " mas que coisa, essa estória parece com o Astro!" A turma concordou com a colega mas eu fiquei meio atônita e perguntei o que era o "astro". Disseram, em uníssono, os estudantes: "a novela das " oito". (Nessa época eu era dessas intelectuais que desprezam a 1 Laura Bohanan, "Miching Malecho, ou seja, a feitiçaria", mimeo, tradução de Alba Zaluar Guimaraes. 3 TV e n~o possuía o aparelho por "ideologia".) Pedi, ent~o, ji me refazendo do fracasso corno "contadora de estórias", que me dissessem do que se tratava. Foi difícil no começo o relato dos estudantes, que n~o sabiam resumir, ou melhor, por onde começar o resumo; mas aos poucos a moça, que estava sendo minha tábua de salvação, conseguiu dizer: "ora, o filho de Salomão Hayala fala com o fantasma do pai dele que foi assassinado e a mae de le casa, em seguida, com o irm~o do falecido". Comecei a vibrar com "minha 11 descoberta e a partir desse dia minhas aulas foram debates estimulantes centrados na novela e nas regras de parentesco de meus "nativos"~ Pedi a esses estudantes que fizessem urna descrição etnQ gráfica de um capítulo da novela e de como era assistido por suas famílias. Além disso, fizemos urna listagem dos comentários feitos sobre os personagens e urna discussão dos finais pos sI+ veis da novela. Desde ent~o, venho acompanhando as novelas corno uma es- pectadora comum, ou quase. Sigo os capítulosGom certa regula- ridade e emociono-me de uma forma muito semelhante a de meus alunos. Este ano, voltei aos estudantes, desta vez, da Escola de Comunicação da UFRJ. Ao contrário dos primeiros, esses sao em sua maioria de "Zona Sul", de famílias de camadas médias I mas já não mais primeira geraçao de universitários. Geralmente sao pessoas mais "politizadas" e encaram a novela com bastante re- serva. Nessa turma, fizemos uma experiência de dois meses na qual cada estudante deveria, como tarefa principal, escrever um diário do "ritual da novela", corno o denominei. Deveriam des- crevér, etnograficamente, os modos de cada família assistir a I- 4 novela e se comportar diante dela. O resultado foi extremamen te rico, não só pela descrição das casas na "hora da novela" como pelos comentários feitos sobre enredo e personagens. Essa descrição mostrou-me que os dois grupos de estudantes tinham reações, comentários, expressões e modos de se comportar dian- te da novela muito semelhantes apesar de suas diferenças ideo- lógicas e sociais. Minhas Lmpr es sóe s sobre a novela foram baseadas nessas duas experiências com estudantes e em minhas próprias observa- çoes. o ritual da novela, nesses dois grupos, difere em alguns pontos. No entanto, dois aspectos fundamentais aparecem com mu! ta nitidez nas descrições feitas pelos estudantes. Em primeiro lugar, expressões de caráter geral a respe! to da novela refletem uma oposição que talvez marque o funciQ namento do ritual em dois tempos: "novela é coisa leve", 0pon do-se à expressao "novela é a hora sagrada em que a família se reúne". "A novela é como a vida" opondo-se a "só representa s1 tuações irreais". Essas expressões revelam que a novela funciQ na no tempo das vidas de quem a assiste e em um tempo quase mi tico. Essas expressoes são ditas por todos e vêm acompanhadas de comentários sobre o caráter dos personagens. Estes são di§ cutidos a partir de seu comportamento e durante o ritual os a~ sistentes se limitam a tecer julgamentos sobre os mesmos. A§ . sim enquanto veem a novela, as pessoas dizem: "olha como Joana é piranha", "esse aí é um mau caráter", etc. Em segundo lugar, nos dois grupos, personagem e ator sao, geralmente, vistos e tratados como a mesma pessoa. Quando exi~ te necessidade de distingui-los, usa-se a expressão - "na vida real" . 5 Pensarei a prática de assistir a novela a partir desses dois aspectos comuns. Utilizarei as descrições etnográficas de uma noite de cada famí lia dos estudantes do CUP, os finais da novela elaborados por este grupo de estudantes e os diários do ritual da novela feitos pelos estudantes da ECO como material base de análise. Alguns dados foram também extraídos de entre- vistas feitas por um grupo de estudantes da ECO com atores da novela e de entrevistas feitas por uma estudante,também da ECO, sobre os possíveis finais da novela. Não me referirei às discussões dos estudiosos de cultura de massa nem à questão da novela e "merchandising". Não penso a cultura de massa ou a TV, paranoicamente, como algo maquiav~ lico, arquitetado para a manipulação das massas. Apesar de s~ ber que essa questão é crucial, quis, propositalmente, fugir dela para poder pensar como se vive essa produção cultural de massa e levantar algumas questões sobre formas cotidianas, mas nao menos ritualizadas, de um ethos cultural de camadas médias urbanas. Consanguinidade e Afinidade Como disse acima, comecei a pensar a novela a partir da aproximação feita pelos estudantes entre ela e a tragédia sha- kespeareana. Fiquei de início assustada e, confesso, irritada com o que me pareceu urna discussão moralista. Os estudantes se limitavam a julgar o caráter dos personagens. O enredo nao era tão importante nas discussões. Os estudantes quase não mencio- .. navam a estória, mas apenas classificavam os personagens como maus, bons, chatos, maus caráteres, piranhas, etc. Quando eu perguntava porque eram isso, respondiam dando exemplos de cenas em que apareciam os personagens em questão dizendo ou fazendo algo, e comentavam: "tá vendo, está na cara que ela é uma pir~ nha". Como essa era a discussão básica, resolvi fazer uma 1is- tagem dos personagens com os julgamentos feitos sobre cada um.2 A partir dessa listagem descobrimos que os personagens eram classificados em três grupos: personagens com julgamentos POS! tivos, negativos e ambíguos. Por trás desses julgamentos mora- listas encontramos um critério de classificação extremamente recorrente, todos os qu~ eram conotados positivamente tinham exce len tes relações com seus consanguíneos, eram considerados bons pais, filhos, maes ou filhas, etc. Os que recebiam clas- sificação negativa tinham péssimas relações com seus consangu! neos. Os personagens ambíguos, embora tivessem boas relações de consanguinidade, agiam de forma a ameaçar a organização de al- guma estrutura familiar.
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