Universidade Federal Do Rio De Janeiro Programa De Pós-Graduação Em Sociologia E Antropologia
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA A CULTURA BRASILEIRA NO ESTEIO DO MOVIMENTO TROPICALISTA: ESTABELECENDO CONEXÕES ENTRE O ONTEM E O HOJE Pérola Virgínia de Clemente Mathias 2014 A CULTURA BRASILEIRA NO ESTEIO DO MOVIMENTO TROPICALISTA: ESTABELECENDO CONEXÕES ENTRE O ONTEM E O HOJE Pérola Virgínia de Clemente Mathias Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós- graduação em Sociologia e Antropologia, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Sociologia e Antropologia. Orientadora: Prof.ª Dra. Gláucia Kruse Villas Bôas Rio de Janeiro Fevereiro de 2014 A CULTURA BRASILEIRA NO ESTEIO DO MOVIMENTO TROPICALISTA: ESTABELECENDO CONEXÕES ENTRE O ONTEM E O HOJE Pérola Virgínia de Clemente Mathias Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos à obtenção do título de Mestre em Sociologia. Banca Examinadora: ____________________________________________________________ Presidente: Profª. Drª. Glaucia Kruse Villas Bôas. ____________________________________________________________ Prof. Dr. Marco Antônio Teixeira Gonçalves ____________________________________________________________ Prof. Dr. Frederico Oliveira Coelho ____________________________________________________________ Profª. Drª. Tatiana Siciliano (Suplente) ____________________________________________________________ Profª. Dr. Alexandre Ramos (Suplente) Rio de Janeiro Fevereiro de 2014 RESUMO A CULTURA BRASILEIRA NO ESTEIO DO MOVIMENTO TROPICALISTA: ESTABELECENDO CONEXÕES ENTRE O ONTEM E O HOJE Pérola Virgínia de Clemente Mathias Orientadora: Gláucia Villas Bôas Resumo da Tese de Mestrado submetida ao Programa de Pós-graduação em Sociologia e Antropologia, Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Sociologia e Antropologia. Este trabalho busca analisar e compreender o movimento tropicalista considerando-o a partir de dois argumentos que envolvem uma relação espaço-temporal. O primeiro é resultado da busca por saber porque o tropicalismo é tão representado e invocado como referência em e para as representações artísticas e culturais atualmente. O segundo, fruto de um mal estar de ver uma história cristalizada sendo constantemente repetida, sempre com as mesmas datas e episódios, é a busca por saber o que e quem se perde nestes intervalos. Daí resulta que a maior perda dos estudos sobre a Tropicália é deixar desaparecer as conexões entre o como pesquisas e produções artísticas e culturais foram se desenrolando desde um primeiro momento no cenário cultural de Salvador, tendo os seus primeiros passos quando de uma mudança de alguns artistas para Rio de Janeiro e São Paulo, e, por fim, a eclosão do Tropicalismo, marcante nesta última cidade. Os dois argumentos se conectam no estudo, num primeiro momento, através da análise do filme “Tropicália”, de Marcelo Machado, por ele ser representativo dessa nova leva de trabalhos sobre o movimento tropicalista e por discutir a formação da Tropicália historicamente. Num segundo momento, busca-se desvendar a tessitura do contexto histórico pelo qual passa o que envolve o tropicalismo, retraçando as teias de interação desenvolvidas que o possibilitaram. Tendo o tropicalismo como uma concepção plurisemântica de um momento/movimento da cultura e da arte brasileira, este trabalho apresenta a Tropicália destacando a relação que existe entre o movimento e a Bahia, fazendo a conexão com o que hoje extrapola estas barreiras territoriais. Palavras-chave: Tropicália; tropicalismo; música popular; cultura brasileira; Bahia Rio de Janeiro Fevereiro, 2014 ABSTRACT THE BRAZILIAN CULTURE UNDER THE TROPICALIST MOVEMENT: MAKING CONECTIONS BETWEEN YESTERDAY AND TODAY Pérola Virgínia de Clemente Mathias Orientadora: Gláucia Villas Boas This work intends to analyze and comprehend the tropicalist movement having two different arguments that involve a time-space relation as the starting point. The first is the result of the search to know why the tropicalismo is so represented and invoked as reference in and for artistic and cultural representations nowadays. The second, product of a discomfort in seeing what and who is lost in this intervals. From there the result is that most of the studies about Tropicália lets the connections of how researches, projects and artistic and cultural productions were developing since a first remarkable moment in Salvador’s cultural scene, walking its first steps when some artists moved to Rio de Janeiro, São Paulo and finally, the explosion of Tropicalismo, noticeable in the latter, disappear. Both arguments are connect in the study, in a first moment, through the analysis of the movie “Tropicália”, from Marcelo Machado, for its representation of both its new series of works about the tropicalist movement and for discussing the formation of the Tropicália historically. In a second moment, the intent is only to disclose the texture of the historical context that passes everything involving tropicalismo, retracing the webs of interaction developed that made it possible. Having the tropicalismo as a polisemantic concept of a moment/movement of Brazilian’s culture and arts, this work seeks to present Tropicália as a way to highlight the relationship between the movement and the state of Bahia, making the connection with what today goes beyond any territorial limits. Key-Words: Tropicália; tropicalism; popular music; brazilian culture; Bahia Rio de Janeiro Fevereiro, 2014 Dedicatória “Pai e Mãe, ouro de mina” Agradecimentos Muitas pessoas estão envolvidas nos momentos que resultaram neste trabalho e que gostaria de agradecer de alguma forma e com carinho. A meus pais e meus irmãos, por incentivarem e apoiarem incondicionalmente esta aventura em terras cariocas. A Thiago Xavier, fonte de inspiração e reflexão, pelo amor constante. Gostaria de agradecer minha professora orientadora, Gláucia Villas Bôas, por todos os momentos em que estivemos juntas dentro e fora da universidade. Gostaria de agradecê-la pela dedicação, atenção e pelo imenso aprendizado que tive sobre a sociologia e sobre a vida nestes dois anos. Igualmente, gostaria de agradecer aos colegas do NUSC pelo trabalho em conjunto, pela dedicação e pela certeza que crescemos muito juntos, especialmente neste último semestre: obrigada Tatiana Siciliano, Renata Proença, Alexandre Ramos, Júlia Polessa, Tarcila Formiga, Daniela Stocco, Guilherme Marcondes, Ana Miranda, Carlos Douglas, Marcelo Martins e Leonardo Nóbrega. Ao PPGSA e à CAPES, pelo apoio institucional e financeiro. Foi fundamental para a realização deste trabalho a disponibilidade e amabilidade com que figuras importantes desta história me concederam depoimentos e entrevistas. Agradeço ao amigo Dicinho, a Roberto Sant’Ana, José Carlos Capinan, Rogério Duarte e Maurício Bastos. Assim como o amor, a abertura, o acolhimento e dedicação da minha família baiana para comigo: Dona Dina, tia Lourdes e Mariana Menezes. Tendo, as três, fundamental importância. Agradeço Lucas Santtana, pela amizade, carinho, paciência e por me mostrar constantemente que nosso tempo é hoje. E agradeço ainda ao Lucas por ter me apresentado Frederico Coelho, com quem pude dividir ideias iniciais sobre o tropicalismo e aprender muito sobre o tema. Gostaria de agradecer Frederico e Tatiana pelas importantes considerações no exame de qualificação. Agradeço ao Frederico Coelho também por ter me apresentado Narlan Matos Teixeira, a quem agradeço pelos papos que tivemos sobre o tropicalismo, por ter me colocado em contato com Rogério Duarte e ter me introduzido na turma de Jequié. Ao amigo Rodrigo Marques que, além do apoio constante, também contribuiu para tornar possível a aventura pelo Rio de Janeiro. A Alexis Baldomá, Leonardo Nóbrega e Rafaela Sarinho pela amizade e alegria. A Débora Herszenhut e Mário Wiedmann, sempre tão queridos. Aos amigos do IFCS, Vinícius Natal, Gabriel Savelli e Camilo Salcedo. A todos que estiveram comigo nestes dois anos entre tantas mudanças do Catete à Glória, da Glória ao Catete. Especialmente Cecília de Mendonça, Mariana Serrão, Clara Camatta e as primas-vizinhas Cecília e Marta. Agradeço também a duas pessoas que fizeram diferença na minha passagem pelo Rio de Janeiro nestes dois anos, Luter Filho e Alex Werner (que foi quem primeiro me chamou a atenção para o filme “Tropicália”). A todos os meus amigos baianos, porque são eles que mantém meu coração verdadeiramente aquecido. E, fundamentalmente, à Bahia: minha terra mãe. Sumário Introdução ................................................................................................................. 11 Capítulo 1 - A presença tropicalista ......................................................................... 33 1.1 Tropicália, um filme de Marcelo Machado ................................................ 33 1.2 A narrativa cronológica do documentário “Tropicália”: uma descrição densa ................................................................................................................................ 39 1.2.1 1967 ............................................................................................................ 40 1.2.2 1968 e 1969................................................................................................