Espaço Plural ISSN: 1518-4196
[email protected] Universidade Estadual do Oeste do Paraná Brasil Magno Azevedo, Amailton ÁFRICA/BRASIL: REDES SÔNICAS NO ATLÂNTICO NEGRO Espaço Plural, vol. XIV, núm. 28, enero-junio, 2013, pp. 63-93 Universidade Estadual do Oeste do Paraná Marechal Cândido Rondon, Brasil Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=445944241005 Como citar este artigo Número completo Sistema de Informação Científica Mais artigos Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Home da revista no Redalyc Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto ÁFRICA/BRASIL: REDES SÔNICAS NO ATLÂNTICO NEGRO Amailton Magno Azevedo1 Resumo: As produções musicais de Femi Kuti, Seun Kuti e NNeka, na Nigé- ria; de Olodum, Racionais Mc´s, Carlinhos Brown, Timbalada e Marcelo D2, no Brasil; estão instituindo redes culturais de comunicação que se movem a partir de diálogos melódicos e rítmicos. No entanto, os trabalhos desses músicos, não assumem o caráter de movimentos artísticos organizados e/ou planejados. Não se verifica conversas formais ou trocas diretas de informa- ção, mas diálogos e empréstimos mútuos de melodias e ritmos, que me permitiu refletir sobre esses intercruzamentos no Atlântico Negro. Nessa rede de comunicação rítmica as conexões são multidirecionais, irregulares e giratórias; configurando experiências/historicidades relacionais. Sendo as- sim, fluxos e refluxos de informações insinuam-se e, é aí, que os músicos operam culturas musicais que se manifestam na antipureza e na inautenci- dade do discurso verbal e melódico, sugerindo assim, novos rumores estéti- cos para as musicalidades pós-coloniais. Com isso, as polifonias musicais do Atlântico Negro expressam uma multiplicidade de ritmos, textualidades, instrumentos, cantos e performances; configurando assim, uma policentrali- dade das imagens, dos corpos e das memórias das Áfricas e das Diásporas na contemporaneidade.