O Grupo De Teatro Tá Na Rua – Entre Memórias, Imagens E Histórias
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1 LÍGIA GOMES PERINI Dar não dói, o que dói é resistir: o grupo de teatro Tá na Rua – entre memórias, imagens e histórias UBERLÂNDIA 2012 2 LÍGIA GOMES PERINI Dar não dói, o que dói é resistir: o grupo de teatro Tá na Rua – entre memórias, imagens e histórias Dissertação apresentada ao Programa de Pós- graduação em História da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), como requisito parcial para a obtenção do título de mestre em História, sob a orientação da Profª. Drª. Kátia Rodrigues Paranhos. Área de concentração: História Social UBERLÂNDIA 2012 3 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Sistema de Bibliotecas da UFU, MG, Brasil. P445d Perini, Lígia Gomes, 1986- Dar não dói, o que dói é resistir : o grupo de teatro Tá na Rua : entre memórias, imagens e histórias. / Lígia Gomes Perini. - Uberlândia, 2012. 161 f. : il. Orientadora: Kátia Rodrigues Paranhos. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Uberlândia, Programa de Pós-Graduação em História. Inclui bibliografia. 1. História - Teses. 2. História social - Teses. 3. História e teatro - Brasil - Teses. 4. Teatro e sociedade - Brasil - História - Teses. 5. Tá na Rua (Grupo Teatral) - Rio de Janeiro (RJ) - Teses. I. Paranhos, Kátia Rodrigues. II. Universidade Federal de Uberlândia. Programa de Pós- Graduação em História. III. Título. CDU: 930 4 LÍGIA GOMES PERINI Dar não dói, o que dói é resistir: o grupo de teatro Tá na Rua – entre memórias, imagens e histórias ____________________________________________ Profª. Drª. Kátia Rodrigues Paranhos (Orientadora / INHIS – UFU) ____________________________________________ Prof. Dr. Antônio Rago Filho (PUC – SP) ____________________________________________ Profª. Drª. Ana Paula Spini (INHIS – UFU) 5 Aos meus pais, João Ilario e Luciene, meus primeiros educadores. Ao meu irmão, Luís Agnaldo, minha saudade. Ao Roberto, meu companheiro e grande amor. 6 Agradeço À minha orientadora Kátia Paranhos pela sensibilidade. Ao professor Antônio Rago por ter aceitado o convite para participar da banca. À professora Ana Paula Spini pelas leituras atentas e pela receptividade. À professora Carla Miucci pelos apontamentos precisos no exame de qualificação. Ao professor Alexandre Avelar pelo compartilhar de pensamentos. À professora Luciene Lehmkuhl pelas dicas nas leituras das imagens. Ao professor Adalberto Paranhos pela inspiração. A Alexandre Santini, Ana Cândida, Amir Haddad, Ingrid Medeiros, Paulinho de Andrade e Yasmini Andrade pela concessão das entrevistas. À Jussara Trindade pela disponibilidade em ajudar no acervo do grupo. A Disnael dos Anjos e Licko Turle pela atenção e prontidão. Aos meus pais João Ilario e Luciene, base de amor e de partilha, por tê-los sempre presentes. Ao meu irmão Luís Agnaldo pelo amor que só ele tem. À minha cunhada Agathe Masson pelo muito mundo do mundo. À minha prima Jacqueline Perini pelos doces sorrisos. Ao Roberto Camargos por tudo o que há de mais especial. À Ana Flávia Santana pelos laços de afeto. À Andrea Landell pelo nosso país das maravilhas. Ao Daniel Sobreira pela ajuda. À Érika Quites por ser a ―lanterninha‖. À Fernanda Santos pela amizade sincera. Ao Fernando Braconaro pela descontração. Ao Leonardo Latini pelo carinho. À Poliana Lacerda pela cumplicidade. Ao Roger Vieira pela alegria. À Renata Sanchez pela arte. Ao Renato Jales pelos momentos compartilhados. À Thaís Araújo por ter chegado e ficado. À Fapemig pela bolsa de pesquisa. 7 Resumo Partindo da hipótese central deste trabalho, de que, ao elaborar Dar não dói, o que dói é resistir, o grupo Tá na Rua procurou construir uma memória de si, vinculando a sua imagem a um ―teatro sem arquitetura, dramaturgia sem literatura e ator sem papel‖, analisamos como o Tá na Rua associou o seu surgimento com o período histórico de ditadura militar. Para tanto, mostramos que, embora o grupo tenha se colocado como vanguarda, como pioneiro em um teatro realizado em espaços abertos, esse foi um movimento característico das décadas de 1960 e 1970 no Brasil e no mundo. Também examinamos qual a imagem de Amir Haddad foi criada por ele mesmo, pelos atores do Tá na Rua e pela mídia. As reflexões lançarão luz também na concepção, na elaboração e nas apresentações de Dar não dói, o que dói é resistir, com o intuito de problematizarmos as versões do grupo de um teatro livre, espontâneo, em que não há papéis definidos para cada ator e que está aberto à participação do público. Certos de que não somente os documentos produzidos pelo próprio grupo são indícios de sua história, também percorremos as matérias jornalísticas, através das quais podemos apreender como o público — especialmente os jornalistas — percebe o Tá na Rua e como pode ajudar a consolidar um lugar para o grupo no contexto teatral brasileiro. Palavras-chave: história; teatro; Dar não dói, o que dói é resistir; Tá na Rua. 8 Résumé En partant de l‘hypothèse centrale de ce travail, que Dar não dói, o que dói é resistir selon le groupe Tá na Rua, qui a cherché à construire une mémoire de soi, en associant son image à un ―théâtre sans architecture, une dramaturgie sans littérature ou un acteur sans rôle‖, nous avons analysé que Tá na Rua a assimilé son apparition à la période historique de dictature militaire. Pour autant, nous démontrons que tout pendant que le groupe s‘était placé comme avant-gardiste, comme pionnier dans un théâtre réalisé à lextérieur, cela a été un mouvement caractéristique des années 1960-1970 au Brésil et dans le monde. Nous avons de même examiné quelle image d‘Amir Haddad fut créée par lui- même, par les acteurs de Tá na Rua et par les médias. Les réflexions mirent en lumière la conception, l‘élaboration et les représentations de Dar não dói, o que dói é resistir avec l‘objectif de problématiser les versions du groupe comme un théâtre libre, spontané, dans lequel il n‘y a pas de rôles définis pour chaque acteur et ouvert à la participation du public. Certains que les documents produits par le groupe-même sont des indices de son histoire, nous avons ensuite feuilleté les matières journalistiques au travers desquelles nous pouvons saisir comment le public, spécialement les journalistes, perçoit le groupe et comment il peut aider à consolider une place pour le groupe dans le contexte théâtral brésilien. Mots-clés: histoire; théâtre; Dar não dói, o que dói é resistir; Tá na Rua. 9 Lista de figuras Figura 1: O grupo Tá na Rua................................................................................................11 Figura 2: Detalhe da figura 1 I.............................................................................................12 Figura 3: Detalhe da figura 1 II............................................................................................13 Figura 4: Osama Bin Laden..................................................................................................13 Figura 5: O discurso de Jango..............................................................................................32 Figura 6: Identidade visual do Tá na Rua.............................................................................69 Figura 7: O narrador I...........................................................................................................72 Figura 8: O narrador II.......................................................................................................104 Figura 9: O narrador III......................................................................................................105 Figura 10: O narrador IV....................................................................................................107 Figura 11: Imagem de gorro em pelo de zibelina...............................................................108 Figura 12: Detalhe da figura 10 I.......................................................................................108 Figura 13: Tio Sam.............................................................................................................108 Figura 14: Detalhe da figura 10 II......................................................................................108 Figura 15: A tortura de Augusto Boal I..............................................................................115 Figura 16: A tortura de Augusto Boal II............................................................................117 Figura 17: A tortura de Augusto Boal III..........................................................................118 Figura 18: Os gorilas..........................................................................................................121 Figura 19: A morte de Edson Luís I..................................................................................125 Figura 20: A morte de Edson Luís II.................................................................................126 Figura 21: A morte de Edson Luís III...............................................................................128 Figura 22: Reprodução da página do Jornal do Brasil......................................................132 Figura 23: Reprodução da página do Monitor Campista...................................................138 Figura 24: Reprodução da nota de divulgação..................................................................146 10 Sumário Introdução p. 11 1. “Nós somos um grupo que nascemos durante o mais duro período da ditadura militar brasileira”: Rio de Janeiro, 1980 p. 26 2. “Eu acho que o SOMMA é a base de tudo o que veio depois”: um divisor de águas p. 27 3. “Amir, não venha para a UNIRIO porque eles