Tese Leda Entrega Final Encadernação 1

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Tese Leda Entrega Final Encadernação 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS: ESTUDOS LITERÁRIOS Giovanna Soalheiro Pinheiro Chadid ESCRITURAS MODERNISTAS NO BRASIL: A POÉTICA DE GUILHERME DE ALMEIDA BELO HORIZONTE 2018 Giovanna Soalheiro Pinheiro Chadid ESCRITURAS MODERNISTAS NO BRASIL: A POÉTICA DE GUILHERME DE ALMEIDA Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), como requisito parcial para obtenção do título de Doutora em Letras: Estudos Literários. Área de concentração: Literatura Brasileira. Linha de Pesquisa: Poéticas da Modernidade (LP). Orientadora: Professora Drª – Leda Maria Martins. BELO HORIZONTE 2018 Tese intitulada ESCRITURAS MODERNISTAS NO BRASIL: A POÉTICA DE GUILHERME DE ALMEIDA , de autoria de Giovanna Soalheiro Pinheiro – apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários, da UFMG, como pré-requisito parcial para obtenção do título de Doutora em Literatura Brasileira. BANCA EXAMINADORA: Leda Maria Martins (UFMG) _________________________________________________________________ Andrea Sirihal Werkema (UERJ) Maria do Rosário Alves Pereira (CEFET-MG) ___________________________________________________________________ Reinaldo Martiniano Marques (UFMG) Sérgio Alcides Pereira do Amaral (UFMG) ___________________________________________________________________ SUPLENTES Eduardo de Assis Duarte (UFMG) Tailze Melo (PUC/MG) ___________________________________________________________________ BELO HORIZONTE 2018 Ficha catalográfica CHADID, Giovanna Soalheiro Pinheiro. Escritas modernistas do Brasil: a poética de Guilherme de Almeida./Giovanna Soalheiro Pinheiro Chadid – 2018. 163 f. enc. Orientadora: Leda Maria Martins Área de Concentração: Literatura Brasileira. Linha de pesquisa: Poéticas da Modernidade. Tese (Doutorado). – Universidade Federal de Minas Gerais/Faculdade de Letras. Bibliografia. f. 146-155. 1. Almeida, Guilherme (1890-1969). Crítica e interpretação. Teses. 2. Modernismos. Modernismo hispano-americano. Teses. 3. Modernismo e vanguardas. Teses. 4. Tradição. 5. Tradução-transfusão. Teses. 6. Modernidade. I. Martins, Leda Maria. II Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Letras. AGRADECIMENTOS Como toda lista, esta não poderia ser feita sem dificuldade, uma vez que listar não é apenas ordenar, mas também dispor sobre a importância das coisas e dos acontecimentos em nossa vida. Apesar dessa importância, o objetivo aqui é agradecer a todos que me possibilitaram concluir esta tese. AGRADEÇO, À minha orientadora, Leda Maria Martins, pelo cuidado com que sempre leu os meus textos, mas não apenas por isso. Agradeço-a por ter me ajudado a resistir e a acreditar, em tempos de incerteza. À minha família, aos meus pais e às minhas irmãs, exemplos de resistência e minha ancoragem. Ao Fábio Chadid Vasconcelos, por compartilhar das minhas agruras e alegrias, em momentos diversos ao longo dessas quase cinco anos. À professora Andrea Werkema pela participação na minha defesa, pelas relevantes considerações sobre o meu trabalho no campo da tradição. À professora Maria do Rosário Alves Pereira, pela leitura crítica e comentários atentos sobre o modernismo. Aos professores Reinaldo Martiniano Marques e Sérgio Alcides do Amaral, pelas ponderações sobre modernidade, modernismo e transfusão, sendo este um campo ainda por se pesquisar. Ao professor Gustavo Silveira Bueno, pela participação da minha qualificação. Ao professor Eduardo de Assis Duarte, por ter me despertado o ofício da pesquisa. À querida professora Tailze Melo, pela sensibilidade e pela participação na minha banca de defesa. Aos integrantes do CEDAE, do Instituto de linguagem da Unicamp, especialmente à Cléo, que, com muito carinho, auxiliou-me na pesquisa realizada junto ao acervo de Guilherme de Almeida. Sem o apoio do CEDAE, parte desta tese não teria sido escrita. De maneira especial, agradeço à Casa Guilherme de Almeida, ao museólogo Ivanei, que me mostrou a beleza e a arte do espaço em que habitou Guilherme; à Suzy, que muito educadamente me recebeu, e, claro, ao pesquisador e poeta Marcelo Tápia, que prontamente me ofereceu o seu estudo inédito sobre o ritmo na poesia do nosso escritor. Agradeço ainda à CAPES, pela bolsa a mim ofertada durante os quatro anos de pesquisa. Aos membros do Pós-lit, à Letícia e ao Colegiado de Pós-Graduação, pelo apoio. Ao curso de Letras, ao Colegiado de Graduação, pelos dois anos e meio em que lecionei para os alunos de Letras, nas disciplinas “Introdução à Literatura Comparada” e “Guilherme de Almeida e Mário de Andrade: poetas modernistas”. Agradeço, por fim, aos meus alunos: com eles, certifiquei-me de que nós, professores, aprendemos muito mais do que ensinamos. Gratidão! A todos nós, que somos: “donatários? Caciques? zambis? – qual! poetas e poetas e poetas e poetas.” (G.A) “A pergunta amiga insistiu delicadamente: ‘Você saberia explicar-me o que é um poeta?’ Mas uma definição de verdade: sem ‘blague’ e, principalmente, sem poesia (...)’ Respondi, simplesmente: – Não sei.” (Guilherme de Almeida). RESUMO Neste trabalho, objetiva-se estudar a poesia e os ensaios de Guilherme de Almeida – poeta nascido em Campinas, em 1890 – tendo em vista os modernismos observados em sua obra. Como buscamos delinear, Almeida não se vinculou somente ao movimento consagrado em 1922, tão menos dele se distanciou. O que aqui se pretende discutir, desse modo, é a existência de modernismos moventes (pluralmente, realça-se), que perfazem os anos finais do séc. XIX, como modernismo hispano-americano; e a primeira metade do séc. XX, com as vanguardas hispano- americanas e o modernismo brasileiro. A fim de melhor compreendermos o percurso do poeta, analisar-se-ão os ensaios Natalika (1924), Ritmo, elemento de expressão (1926) e Do sentimento nacionalista na poesia brasileira (1926), por meio dos quais o poeta discute, respectivamente, a autonomia literária no campo estético, os ritmos livres e o nacionalismo, consideravelmente comum às estéticas vanguardistas. Em relação à poesia, dar-se-á maior ênfase ao Livro de horas de sóror dolorosa (1920) , de viés neo-simbolista; e ao Meu (1923), obras em que se anuncia a sua consciência nacionalista. Guilherme de Almeida destacou-se no Movimento Modernista de 1922, atuando não só como criador, mas como articulador e difusor da nova estética; ademais, tornou-se um dos fundadores da Revista Klaxon – principal mensário de arte da Semana de 22 – publicando seus poemas nesta revista, mesmo aqueles de aparência mais clássica. Pretende-se, assim, pensar sobre a sua poesia, tendo em vista uma abordagem experimental do artista, já que ele, de fato, experimenta formas e linguagens diversas – caminha da tradição à modernidade – propondo uma visão de literatura como continuidade. Tentamos pensar, por fim, de que modo a atuação do poeta como tradutor – ou melhor, como transfusor – articula-se às suas reflexões teóricas sobre a criação poética e sobre a sua relação com a literatura. Palavras-chave: Guilherme de Almeida e os Modernismos, Tradição, Tradução- transfusão, Nacionalismo e Vanguarda-modernista. ABSTRACT The current thesis aims at a study of Guilherme de Almeida’s poetry and essays, having in mind the modernisms observed throughout his works. This poet was born in Campinas, in 1890, and we aim to outline that Almeida has neither joined the movement consecrated in 1922, nor has he set himself apart from it. What we aim to discuss is the existence of modernisms (plurally, one must highlight) that conclude the late years of the 19 th century, with the Hispanic-American modernism; and modernisms that pass through the first half of the 20 th century, with the Hispanic- American avant-gardes and Brazilian modernism. In order to better understand the poet’s course, we will analyze the following essays: Natalika (1924), Rhythm, element of expression (1926) and On the nationalist feeling in Brazilian poetry (1926), by means of which the poet discusses considerably common topics to avant- garde aesthetics, respectively, literary autonomy on the aesthetic field, the free rhythms and nationalism. Regarding poetry proper, biggest emphasis was given to the Book of hours of sister painful (1920) , a work with a neo-symbolist bias; and to Mine (1925). In both works, his nationalist consciousness is announced. Guilherme de Almeida highlighted himself in the Modernist Movement of 1922 not only as a creator, but as an articulator and diffuser of the new aesthetics; furthermore, he became one of the founders of Klaxon Magazine – the most important monthly journal of the 1922 Week – publishing his poetry in this magazine, even the ones of more classical appearance. Therefore, we aim to reflect on his poetry, having in mind and experimental approach to the artist, since he, indeed, experiments with diverse forms and languages – walking from tradition to modernity – proposing a vision of literature as continuity. We will try to think, therefore, in which way the performance of the poet as a translator – or better, as a transfuser – is connected to his theoretical reflections on poetic creation and his relationship with literature. Keywords: Guilherme de Almeida and Modernisms,Tradition, Translation- transfusion, Nationalism and Modernist avant-garde. RESUMEN Este estudio investiga la poesía y los ensayos de Guilherme de Almeida – poeta nacido en Campinas, en 1890 – teniendo en vista los modernismos observados en su obra. Como buscaremos delinear, Almeida no se vinculó solamente al movimiento consagrado
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