CONGRESSO NACIONAL

ANAIS DO SENADO FEDERAL

ATAS DA 110ª SESSÃO À 111ª SESSÃO DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 53ª LEGISLATURA

VOLUME 31 Nº 36 11 DE JULHO A 12 DE JULHO

SENADO FEDERAL SECRETARIA ESPECIAL DE EDITORAÇÃO E PUBLICAÇÕES SUBSECRETARIA DE ANAIS. BRASÍLIA – BRASIL 2007

VOLUMES NÃO PUBLICADOS DOS ANAIS DO SENADO FEDERAL

1919, 1920, 1927 a 1930, 1936, 1937, 1949 a 1952, 1963, 1964 e 1966.

Anais do Senado / Senado Federal, Subsecretaria de Anais. – 1823-. Brasília, Senado Federal, Subsecretaria de Anais, 1823- v. ; 27 cm. Quinzenal.

Volumes anteriores a 1977 publicados sob numerações próprias, com periodicidade irregular. Editado pela Diretoria de Anais e Documentos Parlamentares no período de 1950-1955; pela Diretoria de Publicações no período de maio de 1956 a 1972 e pela Subsecretaria de Anais a partir de 1972.

Variações do título: Annaes do Senado do Império do Brazil, 1826-1889. Annaes do Senado Federal, 1890-1935. Anais do Senado Federal, 1946-

1. Poder legislativo – Anais. I. Brasil. Congresso. Senado Federal, Subsecretaria de Anais.

CDD 341.2531 CDU 328(81)(093.2)

Senado Federal Subsecretaria de Anais - SSANS Via N 2, Unidade de Apoio I. CEP - 70165-900 – Brasília – DF – Brasil.

SENADO FEDERAL

COMISSÃO DIRETORA (2007-2008)

PRESIDENTE Senador RENAN CALHEIROS (PMDB-AL) 1º VICE-PRESIDENTE Senador TIÃO VIANA (PT-AC) 2º VICE-PRESIDENTE Senador ÁLVARO DIAS (PSDB-PR) 1º SECRETÁRIO Senador EFRAIM MORAIS (PFL-PB) 2º SECRETÁRIO Senador GERSON CAMATA (PMDB-ES) 3º SECRETÁRIO Senador CÉSAR BORGES (PFL-BA) 4º SECRETÁRIO Senador MAGNO MALTA (PR-ES)

SUPLENTES DE SECRETÁRIO

1º Senador PAPALÉO PAES (PSDB-AP) 2º Senador ANTÔNIO CARLOS VALADARES (PSB-SE) 3º Senador JOÃO VICENTE CLAUDINO (PTB-PI) 4º Senador FLEXA RIBEIRO (PSDB-PA)

COMPOSIÇÃO DO SENADO FEDERAL NA 53ª LEGISLATURA

Bahia Rio Grande do Sul Amazonas PFL – Antonio Carlos Magalhães * BLOCO-PT – Paulo Paim* PSDB – Arthur Virgílio* PFL – César Borges* PTB – Sérgio Zambiasi* PDT – Jefferson Péres* PDT – João Durval ** PMDB – Pedro Simon** PR – Alfredo Nascimento**

Rio de Janeiro Ceará Paraná PRB – Marcelo Crivella* BLOCO-PSB – Patrícia Saboya Gomes* BLOCO-PT – Flávio Arns* S PMDB – Regis Fichtner* PSDB – Tasso Jereissati* PDT – Osmar Dias * PP – Francisco Dornelles ** PC do B – Inácio Arruda** PSDB – Alvaro Dias **

Maranhão Paraíba Acre PFL – Edison Lobão* PFL – Efraim Morais* PMDB – Geraldo Mesquita Júnior* S PMDB – Roseana Sarney * PMDB – José Maranhão* BLOCO-PT – Sibá Machado* PTB – Epitácio Cafeteira ** PSDB – Cícero Lucena ** BLOCO-PT – Tião Viana**

Pará Espírito Santo Mato Grosso do Sul PSOL – José Nery*S PMDB – Gerson Camata* PT – Delcídio Amaral * PSDB – Flexa Ribeiro*S PR – Magno Malta* PMDB – Valter Pereira*S PSDB – Mário Couto** PSB – Renato Casagrande** PSDB – Marisa Serrano**

Pernambuco Piauí Distrito Federal PFL – Marco Maciel* PFL – Heráclito Fortes* PDT – Cristovam Buarque * PSDB – Sérgio Guerra* PMDB – Mão Santa * PFL – Adelmir Santana *S PMDB – ** PTB – João Vicente Claudino** PMDB – Joaquim Roriz**

São Paulo Rio Grande do Norte Tocantins BLOCO-PT – Aloizio Mercadante* PMDB – Garibaldi Alves Filho * PR – João Ribeiro * PFL – Romeu Tuma* PFL – José Agripino* PMDB – Leomar Quintanilha* BLOCO-PT – Eduardo Suplicy** PFL – Rosalba Ciarlini** PFL – Kátia Abreu**

Minas Gerais Santa Catarina Amapá PSDB – Eduardo Azeredo* BLOCO-PT – Ideli Salvatti* PMDB – Gilvam Borges* PMDB – Wellington Salgado de Oliveira*S PMDB – Neuto de Conto *S PSDB – Papaléo Paes* PFL – Eliseu Resende** PFL – Raimundo Colombo ** PMDB – José Sarney **

Goiás Alagoas Rondônia PFL – Demóstenes Torres * PMDB – Renan Calheiros* BLOCO-PT – Fátima Cleide* PSDB – Lúcia Vânia* PSDB – João Tenório*S PMDB – Valdir Raupp* PSDB – Marconi Perillo** PRTB – Fernando Collor** PR – Expedito Júnior**

Mato Grosso Sergipe Roraima PFL – Jonas Pinheiro * PMDB – Almeida Lima* BLOCO-PT – Augusto Botelho*

BLOCO-PT – Serys Slhessarenko* BLOCO-PSB – Antônio Carlos Valadares* PMDB – Romero Jucá* PFL – Jayme Campos ** PFL – Maria do Carmo Alves ** PTB – Mozarildo Cavalcanti** ------Mandatos *: Período 2003/2011 **: Período 2007/2015 ÍNDICE TEMÁTICO

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ARTIGO DE IMPRENSA Registro do artigo intitulado “Mediocridade con- fessada”, publicado no jornal Folha de S.Paulo, edição Registro do artigo intitulado “Um escudo para de 13 de março de 2007. Senador Marconi Perillo...... 587 Lula”, publicado na seção Notas & Informações do Registro da matéria intitulada “Para Lula houve jornal O Estado de S.Paulo, de 8 de abril de 2007. calúnia no mensalão”, publicada no jornal O Estado Senador Flexa Ribeiro...... 409 de S.Paulo, edição de 08 de maio de 2007. Senador Registro do editorial intitulado “As ocas pro- Cícero Lucena...... 588 messas do governo”, publicado no jornal O Estado Registro da matéria intitulada “Serra contra o de S.Paulo, em sua edição de 15 de abril de 2007. crime”, publicada na revista Veja, edição de 23 de Senador Papaléo Paes...... 411 maio de 2007. Registro da matéria intitulada “‘Sou Registro do artigo intitulado “Minha pastinha amigo de Lula, presidente não tem amigo’, disse implacável”, publicado na revista Veja, em sua edi- acusado, em 2004”, publicada no jornal Folha de ção de 21 de março de 2007 e das matérias intitu- S.Paulo, edição de 06 de junho de 2007. Senador lada “Para Giambiagi, país não merece crescer” e João Tenório...... “Analistas descartam alta maior do PIB”, publicadas 589 no jornal Folha de S.Paulo, em sua edição de 04 Registro da matéria intitulada “Brasil precisa de março de 2007. Senador João Tenório...... 412 fazer mais, diz ‘Economist’’’, publicada no jornal O Registro da matéria intitulada “Balanço do PAC Estado de S.Paulo, edição de 13 de abril de 2007. expõe inação do governo”, publicada no jornal Folha Senador Papaléo Paes...... 592 de S.Paulo, em sua edição de 9 de maio de 2007. Registro das matérias intituladas “Rondeau e Dilma ATUAÇÃO PARLAMENTAR são contra usina nuclear” e “O PAC não mudou nada”, publicadas no jornal O Estado de S.Paulo, nas edi- Relato de missão oficial à Itália, integrando ções de 08 de maio de 2007 e 09 de maio de 2007, comitiva do Governo de Santa Catarina. Senador respectivamente. Senador Cícero Lucena...... 416 Neuto de Conto...... 2 Registro da matéria intitulada “O bom pai das ONG’s”, publicada pela revista IstoÉ, em sua edição COMISSÃO de 9 de maio de 2007. Senador Marconi Perillo..... 420 Registro dos editoriais “O manifesto contra Questionamento acerca de alguns procedimen- a CPMF”, “Cangaço no século 21” e da matéria tos do Conselho de Ética. Senador Almeida Lima...... 384 “PSDB vê contabilidade enganosa no programa”, Comentário sobre a oficialização do grupo publicados no jornal O Estado de S.Paulo, em sua edição de 11 de maio, 27 de abril e 15 de maio de de trabalho da Comissão de Constituição, Justiça 2007, respectivamente. Senador Sérgio Guerra..... 421 e Cidadania. Senadora Ideli Salvatti...... 406 Registro da matéria intitulada “Por que investir fora”, publicada no jornal O Estado de S.Paulo, edi- CONSTITUIÇÃO ção de 03 de junho de 2007. Registro do editorial intitulado “Atraso injustificável”, publicado no jornal Demonstração de contrariedade diante da aber- Folha de S.Paulo, edição de 11 de maio de 2007. tura de crédito extraordinário em casos não previstos Senador Sérgio Guerra...... 584 na Constituição Federal. Senador Jefferson Péres...... 363 II

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Demonstração de contrariedade diante da aber- Homenagem ao Senhor João Paulo dos Reis tura de crédito extraordinário em casos não previstos Velloso. Senador Mão Santa...... 578 na Constituição Federal. Senador José Agripino...... 364 (IBAMA) DESENVOLVIMENTO REGIONAL Posição contrária à votação da Medida Pro- Comentário sobre a concessão de autoriza- visória nº 366, que, se aprovada, pode redundar no ção à Prefeitura de Campo Grande para contrair enfraquecimento do IBAMA. Aparte ao Senador Ge- empréstimo do Fundo Financeiro para o Desenvol- raldo Mesquita Júnior. Senador Expedito Júnior..... 30 vimento da Bacia do Prata – FONPLATA. Senador Posição contrária à votação da Medida Provi- Valter Pereira...... 37 sória nº 366, que, se aprovada, pode redundar no en- Debate sobre a necessidade de adoção de po- fraquecimento do IBAMA. Aparte ao Senador Geraldo lítica para o abastecimento de água para a região do Mesquita Júnior. Senador Mozarildo Cavalcanti...... 31 semi-árido nordestino. Senador José Maranhão...... 571 Posição contrária à votação da Medida Provisória nº 366, que se aprovada, pode redundar no enfraque- DIVISÃO TERRITORIAL cimento do IBAMA. Senador Marconi Perillo...... 37

Apoio à divisão do Estado do Piauí para a cria- INFRA-ESTRUTURA ção do Estado do Gurguéia. Senador Mão Santa...... 13 Discussão do Projeto de Lei do Senado nº 264, ECONOMIA de 2004, que altera a Lei nº 6.766, de 19 de dezem- bro de 1979, para condicionar a pavimentação de Apelo para a aprovação do nome de três no- vias urbanas à previa implantação das redes de infra- vos diretores da Comissão de Valores Mobiliários. estrutura urbana básica. Senador Cícero Lucena...... 324 Senador Aloizio Mercadante...... 31 Comentário acerca da discussão do Projeto Comentário a respeito da Bovespa, ressaltan- de Lei do Senado nº 264, de 2004, que altera a Lei do seu papel importante na captação de recursos nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, para con- para financiar as empresas brasileiras. Senador dicionar a pavimentação de vias urbanas à previa implantação das redes de infra-estrutura urbana Aloizio Mercadante...... 392 básica. Senador Jayme Campos...... 324 GOVERNO ESTADUAL Ponderação para que os Prefeitos conside- rassem o saneamento básico como uma questão essencial para a vida e a saúde da população...... 323 Comentário sobre a audiência do Governador de Rondônia, Ivo Cassol, junto com a bancada federal, Considerações a respeito do Projeto de Lei do Senado nº 264, de 2004, que versa sobre a implan- com o Presidente Lula. Senador Expedito Júnior...... 16 tação das redes de infra-estrutura básica. Senador Comentário sobre o débito do Governo do Paraná Cícero Lucena...... 325 junto ao Tesouro Nacional. Senador Osmar Dias...... 32 Discussão do Projeto de Lei do Senado nº 264, de 2004, que altera a Lei nº 6.766, de 19 de dezembro HOMENAGEM de 1979, para condicionar a pavimentação de vias ur- banas à previa implantação das redes de infra-estrutura Homenagem ao teatrólogo Hermilo Borba urbana básica. Senador Flexa Ribeiro...... 325 Filho, que se vivo fosse, completaria 90 anos no Discussão do Projeto de Lei do Senado nº dia 8 de julho de 2007. Senador Marco Maciel...... 6 264, de 2004, que altera a Lei nº 6.766, de 19 de Registro da realização do seminário “O Lega- dezembro de 1979, para condicionar a pavimen- do de Franco Montoro”, patrocinado pelo Memorial tação de vias urbanas à previa implantação das da América Latina. Senador Pedro Simon...... 26 redes de infra-estrutura urbana básica. Senador Exaltação à carreira política do Senhor Franco Renato Casagrande...... 325 Montoro. Aparte ao Senador Pedro Simon. Senador Discussão do Projeto de Lei do Senado nº 264, Jéferson Péres...... 27 de 2004, que altera a Lei nº 6.766, de 19 de dezembro Exaltação à carreira política do Senhor Franco de 1979, para condicionar a pavimentação de vias ur- Montoro. Aparte ao Senador Pedro Simon. Senador banas à previa implantação das redes de infra-estrutura Sibá Machado...... 27 urbana básica. Senador Eliseu Resende...... 326 III

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Ressalva acerca do pronunciamento do Se- Comentário sobre a instalação da CPI das nador Eliseu Resende a respeito do Projeto de ONGs. Aparte ao Senador Heráclito Fortes. Sena- Lei do Senado nº 264, de 2004, que versa sobre dor Romeu Tuma...... 539 a implantação das redes de infra-estrutura básica. Comentário sobre a instalação da CPI das Senador Inácio Arruda...... 326 ONGs. Aparte ao Senador Heráclito Fortes. Sena- dor Mozarildo Cavalcanti...... 539 LEGISLAÇÃO PENAL Comentário sobre a instalação da CPI das ONGs. Aparte ao Senador Heráclito Fortes. Sena- Comentário sobre o Projeto de Lei do Se- dor José Agripino...... 539 nado nº 163, de 2007, que versa sobre a subs- Críticas diante das irregularidades envolvendo tituição da pena privativa de liberdade. Senador a questão das ONGs. Aparte ao Senador Heráclito Eduardo Suplicy...... 522 Fortes. Senador Tasso Jereissati...... 540

MEIO AMBIENTE PARECER

Comentários à entrevista sobre aquecimento Parecer nº 602, de 2007 (da Comissão de global, do cientista Luiz Carlos Molion, publicada Serviços de Infra-Estrutura), sobre o nº 264, de na revista IstoÉ, edição de 11 de julho de 2007. 2004, de autoria do Senador Augusto Botelho, Senador Mozarildo Cavalcanti...... 19 que altera a Lei nº 6.766, de 19 de dezembro Considerações a respeito do Relatório da ONU de 1979, para condicionar a pavimentação de sobre o meio ambiente. Aparte ao Senador Mozarildo vias urbanas à prévia implantação de redes de Cavalcanti. Senador Leomar Quintanilha...... 21 infra-estrutura básica, e dá outras providências. Considerações a respeito do Relatório da Senador Adelmir Santana...... 308 ONU sobre o meio ambiente. Aparte ao Senador Parecer nº 603, de 2007 (da Comissão de Mozarildo Cavalcanti. Senador Sibá Machado...... 22 Constituição, Justiça e Cidadania), sobre o Projeto Considerações a respeito do Relatório da de Lei da Câmara nº 111, de 2005 (nº 3.796/2004, ONU sobre o meio ambiente. Aparte ao Senador na Casa de origem), que dispõe sobre a Política Mozarildo Cavalcanti. Senador Jefferson Péres..... 22 Nacional de Orientação, Combate e Controle dos Efeitos Danosos da Exposição ao Sol à Saúde e dá providências correlatas. Senador Magno Malta...... 328 MINISTÉRIOS Parecer nº 604, de 2007 (da Comissão de Assuntos Sociais), sobre o Projeto de Lei da Câ- Encaminhamento à votação da Medida Provi- mara nº 111, de 2005 (nº 3.796/2004, na Casa de sória nº 364, de 2007, que abre crédito extraordinário origem), que dispõe sobre a Política Nacional de em favor dos Ministérios da Educação, da Justiça, Orientação, Combate e Controle dos Efeitos Dano- dos Transporte, do Esporte, da Integração Nacional e sos da Exposição ao Sol à Saúde e dá providências das Cidades, no valor global de R$ 1.717.041.026,00 correlatas. Senador Papaléo Paes...... 331 (um bilhão, setecentos e dezessete milhões, qua- renta e um mil e vinte e seis reais), para os fins que Parecer nº 605, de 2007 (da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania), sobre o especifica. Senador Romero Jucá...... 364 Projeto de Lei da Câmara nº 22, de 2006, (nº 5.919/2005, na Casa de origem), de iniciativa da MOVIMENTO TRABALHISTA Presidência da República, que cria 1.951 (mil novecentos e cinqüenta e um) cargos da Car- Protesto contra ameaças aos grevistas do reira da Seguridade Social e do Trabalho, para IBAMA. Senador Geraldo Mesquita Júnior...... 28 o Quadro do Ministério do Trabalho e Emprego; Comentário sobre o movimento grevista dos extingue 2.191 (dois mil, cento e noventa e um) servidores do IBAMA. Aparte ao Senador Geraldo cargos vagos disponíveis no Sistema de Pesso- Mesquita Júnior. Senador Eduardo Suplicy...... 29 al Civil da Administração Federal – SIPEC; e dá outras providências. Senador Romero Jucá...... 337 (ONG) Parecer nº 606, de 2007 (da Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania), sobre o Pro- Considerações sobre a participação de ONGs jeto de Lei da Câmara nº 6, de 2007 (nº 6.645/2006, nos escândalos do País. Senador Heráclito Fortes...... 538 na origem), que altera o art. 175 da Lei nº 5.869, de IV

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11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil, Considerações a respeito da atividade pes- e o inciso I do caput do art. 62 da Lei nº 5.010, de queira no Brasil, principalmente no Nordeste bra- 30 de maio de 1966, que organiza a Justiça Federal sileiro. Senadora Patrícia Saboya...... 37 de 1ª (primeira) instância, e dá outras providências. Preocupação com a atividade pesqueira no Senador Pedro Simon...... 340 Brasil. Senadora Rosalba Ciarlini...... 38 Parecer nº 607, de 2007 (da Comissão de Preocupação com a atividade pesqueira no Assuntos Econômicos), sobre a Mensagem nº 111, Brasil. Senador Magno Malta...... 38 de 2007, que submete à apreciação do Senado Federal a indicação da Senhora Maria Helena dos POLÍTICA AGRÍCOLA Santos Fernandes de Santana para exercer o cargo de Presidente da Comissão de Valores Mobiliários Anúncio de renegociação, pelo Governo Fe- – CVM. Senadora Serys Slhessarenko...... 345 deral, das dívidas dos produtores rurais. Senador Parecer nº 608, de 2007 (da Comissão de Jonas Pinheiro...... 530 Assuntos Econômicos), sobre a Mensagem nº 112, de 2007, que submete à apreciação do Senado POLÍTICA CIENTÍFICO-TECNOLÓGICA Federal a indicação do Senhor Marcos Barbosa Pinto para exercer o cargo de Diretor da Comissão Comentário acerca do Requerimento nº 813, de Valores Mobiliários – CVM, na vaga da Senhora de 2007, que versa sobre a pesquisa que está de- Maria Helena dos Santos Fernandes de Santana. senvolvendo a jovem biomédica Juliana Monte Real. Senador Garibaldi Alves Filho...... 347 Senador Eduardo Suplicy...... 407 Parecer nº 609, de 2007 (da Comissão de Considerações sobre os 50 anos da Era Espa- Assuntos Econômicos), sobre a Mensagem nº 113, cial e cumprimentos à Agência Espacial Brasileira. de 2007, que submete à apreciação do Senado Senador Romero Jucá...... 583 Federal a indicação do Senhor Durval José Sole- dade Santos para exercer o cargo de Diretor da POLÍTICA ECONÔMICO FINANCEIRA Comissão de Valores Mobiliários – CVM, na vaga do Senhor Pedro Oliva Marcílio de Sousa. Senador Demonstração de contrariedade diante da Edison Lobão...... 349 liberação de R$ 5 bilhões previstos na Medida Pro- Parecer nº 610, de 2007 (de Plenário), so- visória nº 365, de 23 de abril de 2007, que “abre bre a Medida Provisória nº 365, de 23 de abril de crédito extraordinário, em favor de Encargos Finan- 2007, que “abre crédito extraordinário, em favor ceiros da União”. Senador Heráclito Fortes...... 374 de Encargos Financeiros da União, no valor de Defesa da liberação de R$ 5 bilhões previs- R$ 5.200.000.000,00, para o fim que especifica”. tos na Medida Provisória nº 365, de 23 de abril de Senadora Ideli Salvatti...... 372 2007, que “abre crédito extraordinário, em favor Parecer nº 611, de 2007 (da Comissão de de Encargos Financeiros da União”. Senadora Constituição, Justiça e Cidadania), sobre o Projeto Ideli Salvatti...... 374 de Lei do Senado nº 163, de 2007, de autoria do Defesa da liberação de R$ 5 bilhões previs- Senador Aloizio Mercadante, que altera dispositivos tos na Medida Provisória nº 365, de 23 de abril do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 de 2007, que “abre crédito extraordinário em fa- – Código Penal, que tratam da substituição da pena vor de Encargos Financeiros da União”. Senador privativa de liberdade. Senador Valter Pereira...... 514 Romero Jucá...... 375 Discussão da Medida Provisória nº 365, de PESCA 2007, que abre crédito extraordinário em favor de Encargos Financeiros da União, no valor de cinco Preocupação com a atividade pesqueira no bilhões e duzentos milhões de reais, para o fim que Brasil. Senador Romero Jucá...... 33 especifica. Senador Aloizio Mercadante...... 376 Considerações a respeito da atividade pes- Discussão da Medida Provisória nº 365, de queira no Brasil. Senador José Agripino...... 34 2007, que abre crédito extraordinário em favor de Considerações a respeito da atividade pes- Encargos Financeiros da União, no valor de cinco queira no Brasil. Senador Romero Jucá...... 36 bilhões e duzentos milhões de reais, para o fim que Demonstração de contrariedade à concessão especifica. Senador Romero Jucá...... 377 de crédito extraordinário para a atividade pesqueira. Discussão da Medida Provisória nº 365, de Senador José Agripino...... 36 2007, que abre crédito extraordinário em favor de V

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Encargos Financeiros da União, no valor de cinco Avaliação do “Super Simples”, novo sistema bilhões e duzentos milhões de reais, para o fim que de tributação advindo da Lei Geral das Micro e Pe- especifica. Senador Inácio Arruda...... 377 quenas Empresas. Senadora Lúcia Vânia...... 593 Discussão da Medida Provisória nº 365, de 2007, que abre crédito extraordinário em favor de POLÍTICA FUNDIÁRIA Encargos Financeiros da União, no valor de cinco bilhões e duzentos milhões de reais, para o fim que Críticas a decreto do Presidente da República especifica. Senador Valdir Raupp...... 378 que regulamenta artigo da Constituição e conce- Discussão da Medida Provisória nº 365, de de propriedade de terra a quilombolas. Senador 2007, que abre crédito extraordinário em favor de Gerson Camata...... 4 Encargos Financeiros da União, no valor de cinco bilhões e duzentos milhões de reais, para o fim que POLÍTICA INDIGENISTA especifica. Senador Mão Santa...... 378 Discussão da Medida Provisória nº 365, de Denúncia sobre “operação de guerra” prepa- 2007, que abre crédito extraordinário em favor de rada pela Polícia Federal, para retirar moradores da Encargos Financeiros da União, no valor de cinco reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. bilhões e duzentos milhões de reais, para o fim que Senador Mozarildo Cavalcanti...... 525 especifica. Senador Flexa Ribeiro...... 379 Demonstração de contrariedade diante da operação preparada pela Polícia Federal de retirada Discussão da Medida Provisória nº 365, de dos moradores da reserva indígena Raposa Serra 2007, que abre crédito extraordinário em favor de do Sol, em Roraima. Aparte ao Senador Mozarildo Encargos Financeiros da União, no valor de cinco Cavalcanti. Senador Augusto Botelho...... 528 bilhões e duzentos milhões de reais, para o fim que especifica. Senador Mario Couto...... 379 POLÍTICA INTERNACIONAL Demonstração de contrariedade diante da liberação de R$ 5 bilhões previstos na Medida Pro- Comentário sobre o Senado da Itália. Aparte ao visória nº 365, de 23 de abril de 2007, que “abre Senador Neuto de Conto. Senador Gerson Camata.... 3 crédito extraordinário em favor de Encargos Finan- Considerações sobre o sistema político da ceiros da União”. Senador Papaléo Paes...... 380 Itália. Aparte ao Senador Neuto de Conto. Senador Esclarecimentos a respeito da Medida Pro- Mão Santa...... 3 visória nº 365, de 23 de abril de 2007, que “abre crédito extraordinário em favor de Encargos Finan- POLÍTICA ORÇAMENTÁRIA ceiros da União”. Senador Aloizio Mercadante...... 380 Comentário acerca da votação da Lei de Di- POLÍTICA ENERGÉTICA retrizes Orçamentárias para o Exercício de 2008. Senadora Lúcia Vânia...... 426 Comemoração pelo convênio celebrado en- tre a Eletrosul e três Municípios catarinenses para POLÍTICA TRABALHISTA a iluminação da BR-101, na Grande Florianópolis. Senadora Ideli Salvatti...... 12 Comentário a respeito da votação do reque- rimento que versa sobre o combate ao trabalho POLÍTICA FISCAL escravo. Senador Flexa Ribeiro...... 398 Considerações sobre o exercício da profissão de Registro da reunião realizada junto à Recei- técnico agrícola no Brasil. Senador Expedito Júnior..... 425 ta Federal para discutir os assuntos referentes à Emenda nº 3. Senador Romero Jucá...... 409 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Apelo em favor da votação de projetos de lei que regulamentam dispositivos da Lei de Respon- Projeto de Decreto Legislativo nº 212, de sabilidade Fiscal. Senador Marconi Perillo...... 543 2007 (nº 1.898/2005, na Câmara dos Deputados), Pedido de pressa no exame do Projeto de Lei que aprova o texto do Acordo sobre os Serviços da Câmara nº 43, de 2007, que altera a Lei Geral Aéreos entre o Governo da República Federativa das Micro e Pequenas Empresas e traz mudanças do Brasil e o Governo da República do Cabo Verde, no Supersimples. Senador Osmar Dias...... 546 celebrado em Praia, em 29 de julho de 2004...... 42 VI

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Projeto de Decreto Legislativo nº 213, de Projeto de Decreto Legislativo nº 220, de 2007 2007 (nº 1.899/2005, na Câmara dos Deputados), (nº 1.975/2005, na Câmara dos Deputados), que que aprova o texto do Acordo entre o Governo aprova o texto do Acordo de Cooperação Mútua da República Federativa do Brasil e o Governo entre o Governo da República Federativa do Bra- da República de Cabo Verde sobre o Exercício sil e o Governo da República Oriental do Uruguai de Atividades Remuneradas por Parte de De- para combater o Tráfego de Aeronaves envolvidas pendentes do Pessoal Diplomático, Consular, com Atividades Ilícitas Transnacionais, assinado Administrativo e Técnico, celebrado em Praia, em Montevidéu, em 14 de setembro de 2004...... 115 em 14 de janeiro de 2005...... 62 Projeto de Decreto Legislativo nº 221, de 2007 Projeto de Decreto Legislativo nº 214, de (nº 1.978/2005, na Câmara dos Deputados), que 2007 (nº 1.900/2005, na Câmara dos Deputados), aprova o texto do Acordo sobre Serviços Aéreos que aprova o texto do Convênio para a Criação do entre o Governo da República Federativa do Brasil Centro de Cooperação Regional para a Educação e o Governo da República de Gana, celebrado em de Adultos na América Latina e no Caribe – CRE- Acra, em 12 de abril de 2005...... 119 FAL, celebrado na Cidade do México, em 19 de Projeto de Decreto Legislativo nº 222, de 2007 outubro de 1990...... 66 (nº 2.073/2005, na Câmara dos Deputados), que Projeto de Decreto Legislativo nº 215, de aprova o texto das Emendas à Convenção sobre 2007 (nº 1.914/2005, na Câmara dos Deputados), Prevenção da Poluição Marinha Causada pelo Ali- que aprova o texto do Acordo de Cooperação entre jamento no Mar de Resíduos e outras matérias..... 140 o Governo da República Federativa do Brasil e o Projeto de Decreto Legislativo nº 223, de Governo da República do Líbano sobre o Com- 2007 (nº 2.074/2005, na Câmara dos Deputados), bate à Produção, ao Consumo e ao Tráfico Ilícito que aprova o texto do Acordo entre o Governo de Entorpecentes e Substâncias Psicotrópicas e da República Federativa do Brasil e o Governo sobre o Combate às Atividades de Lavagem de da República de Angola sobre Transferência de Dinheiro e outras Transações Financeiras Frau- Pessoas Condenadas, assinado em Brasília, 3 dulentas Afins, celebrado em Beirute, em 4 de de maio de 2005...... 169 dezembro de 2003...... 79 Projeto de Decreto Legislativo nº 224, de Projeto de Decreto Legislativo nº 216, de 2007 (nº 2.134/2006, na Câmara dos Deputados), 2007 (nº 1.938/2005, na Câmara dos Deputados), que aprova o texto do Tratado de Extradição en- que aprova o texto do Tratado de Extradição entre tre o Governo da República Federativa do Brasil o Governo da República Federativa do Brasil e o e a Romênia, celebrado em Brasília, em 12 de Governo da República da Guatemala, celebrado agosto de 2003...... 179 em Brasília, em 20 de agosto de 2004...... 85 Projeto de Decreto Legislativo nº 225, de Projeto de Decreto Legislativo nº 217, de 2007 (nº 2.135/2006, na Câmara dos Deputados), 2007 (nº 1.939/2005, na Câmara dos Deputados), que aprova o texto das Emendas, adotadas em 19 que aprova o texto do Memorando de Entendimento de maio de 1998, à Convenção Internacional sobre entre a República Federativa do Brasil e o Reino Busca e Salvamento Marítimo, de 1979...... 187 da Noruega sobre Diretrizes Técnicas, Higiênicas e Projeto de Decreto Legislativo nº 226, de Sanitárias para o Comércio Bilateral de Produtos da 2007 (nº 2.136/2006, na Câmara dos Deputados), Pesca, da Agricultura e seus Derivados, celebrado que aprova o texto da Convenção entre o Governo em Brasília, em 7 de outubro de 2003...... 99 da República Federativa do Brasil e o Governo da Projeto de Decreto Legislativo nº 218, de 2007 Federação Russa para evitar a dupla tributação e (nº 1.940/2005, na Câmara dos Deputados), que prevenir a evasão fiscal em matéria de impostos aprova o texto do Acordo de Cooperação Cultural sobre a renda, celebrado em Brasília, 22 de no- entre o Governo da República Federativa do Brasil e vembro de 2004...... 225 o Governo do Estado do Kuaite, assinado na Cidade Projeto de Decreto Legislativo nº 227, de do Kuaite, em 23 de fevereiro de 2005...... 106 2007 (nº 2.137/2006, na Câmara dos Deputados), Projeto de Decreto Legislativo nº 219, de 2007 que aprova o texto do Acordo entre o Governo da (nº 1.974/2005, na Câmara dos Deputados), que República Federativa do Brasil e o Governo da Re- aprova o texto do Acordo de Cooperação no Setor de pública de Angola sobre Extradição, assinado em Turismo entre o Governo da República Federativa do Brasília, em 3 de maio de 2005...... 250 Brasil e o Governo da República Helênica, celebrado Projeto de Decreto Legislativo nº 228, de em Brasília, em 19 de dezembro de 2002...... 110 2007 (nº 2.141/2007, na Câmara dos Deputados), VII

Pág. Pág. que aprova o texto da Convenção Internacional munitária na cidade de Bandeira do Sul, Estado relativa à Intervenção em Alto-Mar em casos de de Minas Gerais...... 461 Acidentes com Poluição por Óleo de 1969 e seu Projeto de Decreto Legislativo nº 237, de 2007 Protocolo de 1973...... 265 (nº 2.126/2006, na Câmara dos Deputados), que Projeto de Decreto Legislativo nº 229, de 2007 aprova o ato que outorga autorização à Associa- (nº 2.543/2006, na Câmara dos Deputados), que ção de Radiodifusão Comunitária Majestade “FM” aprova o texto da Convenção Internacional contra para executar serviço de radiodifusão comunitária o Doping nos Esportes, celebrada em Paris, em 19 na cidade de Sorocaba, Estado de São Paulo...... 464 de outubro de 2005...... 288 Projeto de Decreto Legislativo nº 238, de Projeto de Decreto Legislativo nº 230, de 2007 (nº 2.193/2006, na Câmara dos Deputa- 2001 (nº 628/2003, na Câmara dos Deputados), dos), que aprova o ato que outorga autorização que aprova o ato que outorga concessão à Funda- à Rádio Comunitária “A Voz da Liberdade” para ção Cultural “Romeu Marsico” para executar serviço executar serviço de radiodifusão comunitária na de radiodifusão de sons e imagens na cidade de cidade de Jaboatão dos Guararapes, Estado de Jaboticabal, Estado de São Paulo...... 435 ...... 467 Projeto de Decreto Legislativo nº 231, de Projeto de Decreto Legislativo nº 239, de 2007 (nº 745/2003, na Câmara dos Deputados), que 2007 (nº 2.394, na Câmara dos Deputados), que aprova o ato que renova a concessão outorgada à aprova o ato que outorga autorização à Associa- Rádio Costa do Sol Ltda. para explorar serviço de ção Comunitária Ituiutabana de Desenvolvimento radiodifusão sonora em onda média na cidade de Artístico Cultural e Social para executar serviço de Araruama, Estado do Rio de Janeiro...... 438 radiodifusão comunitária na cidade de Ituiutaba, Projeto de Decreto Legislativo nº 232, de Estado de Minas Gerais...... 470 2007 (nº 1.092/2003, na Câmara dos Deputa- Projeto de Decreto Legislativo nº 240, de 2007 dos), que aprova o ato que renova a concessão (nº 2.395/2006, na Câmara dos Deputados), que outorgada à Rádio Cassino de Rio Grande Ltda. aprova o ato que outorga autorização à Associa- para explorar serviço de radiodifusão sonora em ção de Moradores da Sede de Marques de Souza onda média na cidade de Rio Grande, Estado do para executar serviço de radiodifusão comunitária Rio Grande do Sul...... 443 na cidade de Marques de Souza, Estado do Rio Projeto de Decreto Legislativo nº 233, de 2007 Grande do Sul...... 473 (nº 1.364/2007, na Câmara dos Deputados), que Projeto de Decreto Legislativo nº 241, de aprova o ato que outorga autorização à Associa- 2007 (nº 2.402/2006, na Câmara dos Deputa- ção Ypuarana Artística e Cultural de Radiodifusão dos), que aprova o ato que outorga autorização Comunitária de Lagoa Seca para executar serviço à Associação de Arte e Cultura Comunitária e de radiodifusão comunitária na cidade de Lagoa Natividade para executar serviço de radiodifusão Seca, Estado da Paraíba...... 452 comunitária na cidade de Natividade, Estado do Projeto de Decreto Legislativo nº 234, de 2007 Rio de Janeiro...... 476 (nº 1.401, de 2004, na Câmara dos Deputados), Projeto de Decreto Legislativo nº 242, de 2007 que aprova o ato que outorga autorização à Asso- (nº 2.405/2006, na Câmara dos Deputados), que ciação de Difusão Comunitária de Campos Verdes aprova o ato que outorga autorização à Associação para executar serviço de radiodifusão comunitária Beneficente e Comunitária de Dumont para execu- na cidade de Zortéa, Estado de Santa Catarina.... 455 tar serviço de radiodifusão comunitária na cidade Projeto de Decreto Legislativo nº 235, de 2007 de Dumont, Estado de São Paulo...... 479 (nº 1.641/2005, na Câmara dos Deputados), que Projeto de Decreto Legislativo nº 243, de aprova o ato de outorga autorização à Associação 2007 (nº 2.419/2006, na Câmara dos Deputados), Comunitaria de Comunicação e Cultura de São que aprova o ato que renova a concessão ou- Tomé – RN para executar serviço de radiodifusão torgada à Rádio Difusora do Paraná Ltda., para comunitária na cidade de São Tomé, Estado do Rio explorar serviço de radiodifusão sonora em onda Grande do Norte...... 458 média na cidade de Marechal Cândido Rondon, Projeto de Decreto Legislativo nº 236, de Estado do Paraná...... 482 2007 (nº 1.864/2005, na Câmara dos Deputados), Projeto de Decreto Legislativo nº 244, de 2007 que aprova o ato que outorga autorização à Asso- (nº 2.429/2006, na Câmara dos Deputados), que ciação Comunitária de Radiodifusão de Bandeira aprova o ato que renova a concessão outorgada à do Sul para executar serviço de radiodifusão co- Rádio Difusora Caxiense Ltda. para explorar serviço VIII

Pág. Pág. de radiodifusão sonora em onda média na cidade de ampliar as possibilidades de declaração, por parte Caxias do Sul, Estado do Rio Grande do Sul...... 490 do poder concedente, de caducidade do contrato Projeto de Decreto Legislativo nº 245, de 2007 de concessão. Senador Gerson Camata...... 357 (nº 2.430/2006 , na Câmara dos Deputados), que Projeto de Lei do Senado nº 417, de 2007, que aprova o ato que renova a permissão outorgada à altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que Rádio Floresta Ltda. para explorar serviço de radio- dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescen- difusão sonora em freqüência modulada na cidade te, e dá outras providências, para obrigar entidades de Tucuruí, Estado do Pará...... 492 a terem, em seus quadros, pessoal capacitado para Projeto de Decreto Legislativo nº 246, de 2007 reconhecer e reportar maus-tratos de crianças e (nº 2.451/2006, na Câmara dos Deputados), que adolescentes. Senador Marcelo Crivella...... 357 aprova o ato que outorga autorização à Associa- Projeto de Lei do Senado nº 418, de 2007, ção dos Amigos do Bairro da Matriz de Jaguaribara que dispõe sobre a criação da Zona de Proces- para executar serviço de radiodifusão comunitária samento de Exportação (ZPE) do Município de na cidade de Jaguaribara, Estado do Ceará...... 494 Campina Grande, no Estado da Paraíba. Senador Projeto de Decreto Legislativo nº 247, de 2007 Cícero Lucena...... 511 (nº 2.466/2006, na Câmara dos Deputados), que aprova o ato que outorga autorização à Associa- PROJETO DE RESOLUÇÃO ção Cultural de Radiodifusão Comunitária de Santo Angelo – Radiocom FM, para executar serviço de Projeto de Resolução nº 36, de 2007, que radiodifusão comunitária na cidade da Santo An- dispõe sobre o cumprimento da exigência contida gelo, Estado do Rio Grande do Sul...... 497 na alínea “d” do inciso III do art. 2º da Resolu- Projeto de Decreto Legislativo nº 248, de 2007 ção do Senado Federal nº 98, de 1998. Senador (nº 2.468/2006, na Câmara dos Deputados), que Romero Jucá...... 360 aprova o ato que outorga autorização à Associação Projeto de Resolução nº 37, de 2007, que Comunitária de Comunicação e Cultura de Coribe dispõe sobre o afastamento preventivo do Sena- para executar serviço de radiodifusão comunitária dor ocupante do cargo de Corregedor do Senado, na cidade de Coribe, Estado da Bahia...... 500 membro da Mesa Diretora, do Conselho de Ética Projeto de Decreto Legislativo nº 249, de e Decoro Parlamentar e Presidente da Comissão 2007 (nº 2.482/2006, na Câmara dos Deputados), em caso de oferecimento de representação contra que aprova o ato que outorga autorização à Asso- Senador por fato sujeito à pena de perda do man- ciação Cultural de Tururu para executar serviço de dato ou à pena de perda temporária do exercício radiodifusão comunitária na cidade de Tururu, Es- do mandato. Senador Delcídio Amaral...... 512 tado do Ceará...... 503 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO PROJETO DE LEI DO SENADO Proposta de Emenda à Constituição nº 61, Projeto de Lei do Senado nº 414, de 2007 de 2007, que altera o art. 45 da Constituição Fe- (Complementar), que altera o art. 57 da Lei Com- deral, para estabelecer o sistema eleitoral misto plementar nº 101, de 2000, para determinar aos para as eleições de Deputados Federais, Depu- Tribunais de Contas e à comissão mista permanen- tados Estaduais e Vereadores. Senador Antônio te referida no § 1º do art. 166 da Constituição ou Carlos Valadares...... 351 equivalente das Casas Legislativas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que enviem REGIMENTO INTERNO os pareceres das contas de Governo ao Ministério Público. Senador Mozarildo Cavalcanti...... 355 Apelo para que a Medida Provisória nº 366 Projeto de Lei do Senado nº 415, de 2007, entre na pauta do dia 11 de julho de 2007. Senador que dispõe sobre a criação de Zona de Processa- Sibá Machado...... 33 mento de Exportação (ZPE) no Município de Bar- ra do Garça, no Estado do Mato Grosso. Senador REQUERIMENTO Jayme Campos...... 356 Projeto de Lei do Senado nº 416, de 2007, Requerimento nº 809, de 2007, que requer a que altera a redação do inciso VII do § 1º do art. 38 realização de Sessão Especial do Senado, no dia 27 da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, para de agosto de 2007, destinada a homenagear Dom IX

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Helder Câmara, no transcurso do oitavo aniversário Requerimento nº 817, de 2007, requer que de seu falecimento. Senador Cristovam Buarque...... 361 seja considerada como desempenho de missão Requerimento nº 810, de 2007, requer que parlamentar no exterior, a participação de S.Exa. seja consignado, nos Anais do Senado, Voto de no período de 16 a 19 de julho de 2007, por ocasião Aplauso à Sociedade Brasileira para o Progresso da Visita da Comissão Especial sobre Mudanças da Ciência (SBPC), pela oportuna iniciativa de reali- Climáticas do Congresso Nacional do Reio Unido. zar a sua 59a Reunião Anual na Região Amazônica, Senador Inácio Arruda. Senador Inácio Arruda...... 507 mais precisamente em Belém, no Estado do Pará. Requerimento nº 818, de 2007, que requer A SBPC foi fundada, em 1948, com o objetivo de autorização para ausentar-se do País, no período agregar, institucionalmente, o pensamento científico de 14 a 20 de julho de 2007, para integrar a Dele- brasileiro. Solicita também que comunique a deci- gação da Comissão Mista Especial sobre Mudan- são desta Casa aos membros da referida instituição ças Climáticas e participar de reuniões e eventos por intermédio do seu presidente, o cientista Ennio sobre mudanças climáticas na cidade de Londres, Candotti. Senador João Pedro...... 361 Reino Unido. Senador Cícero Lucena...... 507 Requerimento nº 811, de 2007, requer que sejam encaminhados Votos de Aplauso ao brasilei- SALÁRIO MÍNIMO ro Cristiano Pinto dos Santos, que caminhou 2.700 quilômetros, de Cachoeirinha, na região metropoli- Defesa da concessão de pisos salariais dife- tana de Porto Alegre, até Brasília, durante 176 dias, renciados por categoria profissional. Senador Gari- para chamar a atenção do Brasil para o problema baldi Alves Filho...... 17 da obesidade. Senador Sérgio Zambiasi...... 362 Comentário sobre o piso nacional do salário Requerimento nº 812, de 2007, que requer a mínimo. Aparte ao Senador Garibaldi Alves Filho. realização de Sessão Especial às 10 horas do dia Senador Sibá Machado...... 18 7 de agosto de 2007, destinada a homenagear o Senhor Antonio Ernesto Werna de Salvo. Senador SENADO FEDERAL Marconi Perillo...... 362 Requerimento nº 813, de 2007, que requer Considerações sobre a Proposta de Emen- a inserção em ata de Voto de Aplausos para jo- da à Constituição nº 11, de 2003, da qual S.Exa. é vem biomédica de 23 anos, Juliana Monte Real, o primeiro signatário, que disciplina a escolha de pela pesquisa que está desenvolvendo e pela qual suplentes de Senador. Senador Sibá Machado...... 10 descobriu que a Proteína PTX3 gerada por pulmão Comentários ao discurso do Senador Sibá que recebe respiração artificial pode piorar o estado Machado sobre o disciplinamento da escolha de clínico do doente. Senador Eduardo Suplicy...... 408 suplentes de Senador. Senador Eduardo Suplicy..... 11 Requerimento nº 814, de 2007, que requer Apelo ao Senado Federal no sentido de que autorização para desempenhar missão no exterior, haja entendimento para que se possa aprovar o Pro- por indicação da Presidência da Casa, para fazer jeto nº 43 em Plenário. Senador Adelmir Santana..... 35 algumas Palestras para a Comunidade Brasileira Apelo ao Senado Federal para a votação em em New York, sobre os temas: Prevenção ao Uso Plenário do Projeto nº 43. Senador Romero Jucá...... 36 de Drogas e sobre a atual situação Política e Eco- nômica do Brasil. Senador Magno Malta...... 506 Alerta para o cumprimento integral do Re- gimento Interno do Senado Federal. Senador Requerimento nº 815, de 2007, requer que Almeida Lima...... 381 seja criada Comissão Temporária Externa, composta de 5 (cinco) Senadores, destinada a acompanhar a Considerações sobre o cumprimento do retirada de moradores não-indígenas da Terra Indí- Regimento Interno do Senado Federal. Senador gena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Senador Arthur Virgílio...... 382 Mozarildo Cavalcanti...... 506 Contestação ao comentário do Senador Al- Requerimento nº 816, de 2007, requer que meida Lima, sobre a questão de ordem por ele le- a Sessão do Senado Federal do dia 20 de agosto vantada. Senador Renato Casagrande...... 382 de 2007 seja destinada a homenagear a Maçonaria Contestação ao comentário do Senador Al- Brasileira, pelo transcurso do Dia do Maçom e que meida Lima, sobre a questão de ordem por ele le- a referida homenagem seja prestada na primeira vantada. Senadora Marisa Serrano...... 383 hora da sessão não-deliberativa da mesma data. Considerações a respeito dos trabalhos desta Senador Mozarildo Cavalcanti...... 506 Casa. Senador José Agripino...... 385 X

Pág. Pág.

Considerações a respeito dos trabalhos desta Comentário de despedida ao Senador Wil- Casa. Senador Leomar Quintanilha...... 386 son Matos, por ocasião do término da licença Considerações a respeito dos trabalhos desta médica do titular do cargo, o Senador Alvaro Casa. Senador Almeida Lima...... 386 Dias. Aparte ao Senador Wilson Matos. Senador Considerações a respeito dos trabalhos desta Mozarildo Cavalcanti...... 533 Casa. Senador Wellington Salgado de Oliveira. .... 386 Comentário de despedida ao Senador Wil- Considerações a respeito dos trabalhos desta son Matos, por ocasião do término da licença médica do titular do cargo, o Senador Alvaro Casa. Senador Renato Casagrande...... 388 Dias. Aparte ao Senador Wilson Matos. Senador Registro da presença no Senado Federal das Eduardo Azeredo...... 534 quebradeira de coco babaçu dos Estados do Ma- Comentário de despedida ao Senador Wilson ranhão, Piauí, Pará e Tocantins. Senadora Serys Matos, por ocasião do término da licença médica do Slhessarenko...... 389 titular do cargo, o Senador Alvaro Dias. Aparte ao Considerações a respeito dos trabalhos desta Senador Wilson Matos. Senador Osmar Dias...... 534 Casa. Senador José Agripino...... 389 Comentário de despedida ao Senador Wilson Considerações a respeito dos trabalhos desta Matos, por ocasião do término da licença médica do Casa. Senador Gerson Camata...... 392 titular do cargo, o Senador Alvaro Dias. Aparte ao Elogios à passagem do Senador Wilson Matos Senador Wilson Matos. Senador Flexa Ribeiro...... 534 pelo Senado Federal. Senador Marcelo Crivella.... 394 Considerações a respeito do trabalho parla- Relato do trabalho de S.Exa. na suplência do mentar. Senador Gilvam Borges...... 536 Senador Alvaro Dias, por ocasião de sua despedida Comentários acerca do Conselho de Ética do do Senado Federal, em razão do término da licença Senado Federal. Senador José Agripino...... 541 do titular. Senador Wilson Matos...... 531 Críticas ao adiamento da reunião do Con- Comentário de despedida ao Senador Wil- selho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado son Matos, por ocasião do término da licença Federal, referente ao “caso Renan Calheiros”. médica do titular do cargo, o Senador Alvaro Senador Tasso Jereissati...... 545 Dias. Aparte ao Senador Wilson Matos. Senador Críticas ao adiamento da reunião do Con- Leomar Quintanilha...... 532 selho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Comentário de despedida ao Senador Wilson Federal, referente ao “caso Renan Calheiros”. Matos, por ocasião do término da licença médica do Senador José Agripino...... 545 titular do cargo, o Senador Alvaro Dias. Aparte ao Comentários sobre as investigações do “caso Senador Wilson Matos. Senador Magno Malta...... 532 Renan Calheiros”. Senador Sérgio Guerra...... 546 Comentário de despedida ao Senador Wilson Manutenção do posicionamento do PDT a Matos, por ocasião do término da licença médica do respeito do afastamento do Presidente do Sena- titular do cargo, o Senador Alvaro Dias. Aparte ao do Federal, Senador Renan Calheiros. Senador Senador Wilson Matos. Senador Marconi Perillo...... 532 Osmar Dias...... 546 Comentário de despedida ao Senador Wilson Questão de ordem sobre a desnecessidade Matos, por ocasião do término da licença médica do de prazo para notificação das partes, no processo titular do cargo, o Senador Alvaro Dias. Aparte ao de investigação das denúncias sobre o Senador Senador Wilson Matos. Senador Mario Couto...... 532 Renan Calheiros. Senador Demóstenes Torres...... 548 Comentário de despedida ao Senador Wilson Defesa da conduta do Presidente Renan Matos, por ocasião do término da licença médica do Calheiros em relação à reunião da Mesa Diretora. titular do cargo, o Senador Alvaro Dias. Aparte ao Senador Almeida Lima...... 549 Senador Wilson Matos. Senador Augusto Botelho..... 533 Comentários sobre o Conselho de Ética e De- Comentário de despedida ao Senador Wilson coro Parlamentar do Senado Federal, referente ao Matos, por ocasião do término da licença médica “caso Renan Calheiros”. Senador José Agripino.... 551 do titular do cargo, o Senador Alvaro Dias. Aparte Comentários sobre o Conselho de Ética e ao Senador Wilson Matos. Senador Mão Santa..... 533 Decoro Parlamentar do Senado Federal, referen- Comentário de despedida ao Senador Wilson te ao “caso Renan Calheiros”. Senador Wellington Matos, por ocasião do término da licença médica do Salgado de Oliveira...... 552 titular do cargo, o Senador Alvaro Dias. Aparte ao Considerações sobre o adiamento da reunião Senador Wilson Matos. Senador Gilvam Borges...... 533 do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Se- XI

Pág. Pág. nado Federal, referente ao “caso Renan Calheiros”. Comentários sobre o Conselho de Ética, referente Senador José Nery...... 553 ao “caso Renan Calheiros”. Senador Valter Pereira...... 562 Considerações sobre o adiamento da reunião Comentários sobre as apurações do Conse- do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Se- lho de Ética, referente ao “caso Renan Calheiros”. nado Federal, referente ao “caso Renan Calheiros”. Senador Mozarildo Cavalcanti...... 563 Senador Tasso Jereissati...... 553 Considerações sobre o “caso Renan Calheiros”. Comentários sobre as investigações do “caso Senador Wellington Salgado de Oliveira...... 563 Renan Calheiros”. Senador Almeida Lima...... 554 Considerações sobre o “caso Renan Calheiros”. Comentários sobre o Conselho de Ética e De- Senador Sérgio Guerra...... 564 coro Parlamentar do Senado Federal, referente ao Considerações sobre o “caso Renan Calheiros”. “caso Renan Calheiros”. Senador Marconi Perillo.. 555 Senador Inácio Arruda...... 565 Citação do requerimento que versa sobre a Considerações sobre o “caso Renan Calheiros”. reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamen- Senador Garibaldi Alves Filho...... 566 tar do Senado Federal, referente ao “caso Renan Calheiros”. Senador Demóstenes Torres...... 555 Considerações sobre o “caso Renan Calheiros”. Senador Cristovam Buarque...... 567 Comentários sobre o Conselho de Ética e Deco- ro Parlamentar do Senado Federal, referente ao “caso Defesa da votação de matérias pelo Senado Renan Calheiros”. Senador Renato Casagrande...... 556 Federal. Senador Romero Jucá...... 567 Críticas à postura do Senador Renan Calhei- Pedido de calma e entendimento entre os Se- ros no andamento das investigações do Conselho nadores na condução do processo de investigação do de Ética. Senador Cristovam Buarque...... 559 “caso Renan Calheiros”. Senadora Ideli Salvatti...... 568 Comentários sobre as investigações do “caso Esclarecimento sobre a solicitação de afasta- Renan Calheiros”. Senador Inácio Arruda...... 560 mento do Senador Renan Calheiros da Presidência Comentários sobre as apurações do Conse- do Senado. Senador Arthur Virgílio...... 569 lho de Ética, referente ao “caso Renan Calheiros”. Réplica ao pronunciamento do Senador Senadora Patrícia Saboya...... 561 Arthur Virgílio. Senador Inácio Arruda...... 570

Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23163 Ata da 110ª Sessão Deliberativa Ordinária, em 11 de julho de 2007 1ª Sessão Legislativa Ordinária da 53ª Legislatura

Presidência dos Srs. Renan Calheiros, Magno Malta, Papaléo Paes e Mão Santa

ÀS 14 HORAS, ACHAM-SE PRESENTES AS SRAS.E OS SRS. SENADORES: 2 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23164 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) pela Itália em missão especial, acompanhando o Go- – A lista de presença acusa o comparecimento de 72 vernador do Estado de Santa Catarina, Luiz Henrique Srs. Senadores. Havendo número regimental, declaro da Silveira, juntamente com vários prefeitos e com um aberta a sessão. número considerável de empresários. Ali conduzimos Sob a proteção de Deus, iniciamos nossos tra- ações de Santa Catarina, oferecendo às comunidades balhos. italianas oportunidade de negócios, oportunidade de O SR. GERSON CAMATA (PMDB – ES) – Sr. entendimentos, de acordos e de convênios. Presidente, peço a palavra, pela ordem. Tiramos um dos dias da viagem, Sr. Presidente, O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) para conhecer o Senado italiano, onde fomos recebidos – Concedo a palavra ao Senador Gerson Camata, por um Senador brasileiro – a Itália é o único país do pela ordem. mundo que elege Deputados e Senadores fora da Itália; O SR. GERSON CAMATA (PMDB – ES. Pela or- cinqüenta milhões vivem na Itália, e a mesma proporção dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, solicito de italianos vive em outras partes do mundo. a V. Exª que permita minha inscrição para uma comu- Foi uma visita muito interessante. Fomos cicero- nicação inadiável no momento oportuno. neados pelo Senador Edoardo Pollastri, paulista, que O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) se elegeu com os votos dos latino-americanos que – V. Exª está inscrito, em primeiro lugar, para uma co- têm cidadania italiana. Fomos ali buscar conhecimen- municação inadiável. O primeiro orador inscrito é o Se- tos na área administrativa, na área tributária. Inclusive, nador Neuto de Conto, que fará uso da palavra antes fomos ali buscar conhecimento quanto à forma de se de V. Exª, Senador Gerson Camata. votar naquele país. É lógico – não poderia ser diferente O SR. GERSON CAMATA (PMDB – ES) – Muito – que conhecemos mais profundamente as eleições obrigado, Sr. Presidente. realizadas na América Latina, quando se elegem dois O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI) – Sr. Presiden- Senadores e três Deputados federais para aquele país te, peço a palavra pela ordem. – parlamentares que atuam em Roma, defendendo os O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) interesses daquele país. – Tem a palavra o Senador Mão Santa, pela ordem. É interessante notar que, na América Latina, há O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI. Pela ordem. Sem hoje 372 mil pessoas com cidadania italiana que têm revisão do orador.) – Sr. Presidente, Senador Papaléo direito a voto; só elas votam para as eleições internas. Paes, em que ordem estou inscrito? Os números são muito significativos: a Itália tem 315 O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) Senadores e 680 Deputados federais. – V. Exª é o quarto inscrito na lista de oradores. O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI) – Então, fico Nesse dia de trabalho e de conhecimento, tive- aguardando, Sr. Presidente. mos a oportunidade de fazer um congraçamento e O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) uma troca de experiências, de conhecer a estrutura à – Estão inscritos o Senador Neuto de Conto, o Sena- disposição de cada Senador italiano e de compará-la dor Marco Maciel, o Senador Garibaldi Alves Filho e, com a nossa, enfim, pudemos conhecer melhor um depois, V. Exª, Senador Mão Santa. Senado que, desde a época de Júlio César até hoje, O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI) – Sr. Presidente, tem uma das histórias mais brilhantes da Humanidade. peço, então, minha inscrição para uma comunicação Foi muito interessante e muito importante. inadiável, pois pode ser que não dê tempo de falar Voltando a integrar a comitiva de prefeitos e de como orador inscrito. empresários, tivemos a oportunidade de visitar várias O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) regiões, várias províncias, ao lado de administrado- – V. Exª está inscrito, Senador Mão Santa. res, de governadores e de parlamentares daquele Tem a palavra o Senador Neuto de Conto, pri- país. Levamos empresários nossos para começarem meiro orador inscrito. a tratar de vários negócios, entre eles, o de carnes, O SR. NEUTO DE CONTO (PMDB – SC. Pronun- já que Santa Catarina está hoje livre da febre aftosa cia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. sem vacinação. Nós, que vendíamos carne suína so- Presidente, Senador Papaléo Paes, Srªs Senadoras mente para a Rússia, estamos abrindo mercados. É e Srs. Senadores, estive, na última semana, viajando um negócio bastante promissor: poderemos não só JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 3 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23165 entrar com nossos produtos em um país, mas também verdadeiramente cidadãos do mundo os descenden- distribuí-los pelo mundo. tes italianos. Cumprimento V. Exª. É um exemplo que É lógico que também as universidades fizeram todos os países do mundo deveriam seguir: a amplia- parte de nosso roteiro, assim como vários segmentos ção dos laços de pátria, quase dos laços continentais na área de moda e na área de móveis, o que tornou da cidadania italiana. a viagem muito proveitosa e trouxe muitas perspecti- O SR. NEUTO DE CONTO (PMDB – SC) – Re- vas de soluções e de ações entre Santa Catarina, no cebo, Senador Gerson Camata, sua eminente palavra, Brasil, e aquele país do qual sou oriundo, do qual vie- a voz que insiro em nosso pronunciamento. ram meus avós – tenho também a cidadania italiana Conheci também a sede do Senado, que é mui- e participo das eleições daquele país. to interessante. Foi a primeira sede papal. Era a sede O Sr. Gerson Camata (PMDB – ES) – Permite- dos Papas, que só saíram de lá quando foram para o me um aparte, Senador? Vaticano, a nova sede, com a Catedral de São Pedro. O SR. NEUTO DE CONTO (PMDB – SC) – Con- Na antiga sede dos Papas, encontram-se relíquias cedo um aparte ao Senador Camata, com muita sa- históricas. É muito lindo, muito bonito, uma tradição tisfação. fantástica! O Sr. Gerson Camata (PMDB – ES) – Ilustre É lógico que fiquei imensamente gratificado. Con- Senador Neuto de Conto, V. Exª teve oportunidade videi para uma visita o eminente Senador Edoardo de observar talvez o mais antigo Senado do mundo, Pollastri, paulista, que nos prometeu que, no mês de exatamente o Senado italiano, em Roma. É interes- agosto, período de suas férias, passará por Brasília, sante observar a Itália no mundo de hoje. A Itália não quando, certamente, poderemos fazer uma reunião para colonizou, não escravizou, não explorou nenhum país obtermos mais conhecimentos sobre o funcionamento do mundo. Não foi como a Espanha, a Inglaterra e a do Senado italiano, para fazermos nossas compara- França, que fizeram colônias, que exploraram colônias, ções. Em alguns aspectos, acho que estamos mais que depauperaram colônias, que mataram os coloni- avançados; em outros, eles estão mais avançados. zados. A Itália distribuiu justiça, modelos, civilização Nessa troca de informações, poderemos obter alguns e exportou emigrantes para o mundo inteiro, não para avanços importantes para os cidadãos brasileiros. que estes explorassem outro país e, depois, voltassem: Ouço, com satisfação, o Senador Mão Santa. eles residiram e trabalharam no Canadá, na Venezue- O Sr. Mão Santa (PMDB – PI) – Senador Neuto la, no Brasil, na Argentina, no Peru, na Austrália. E o de Conto, sua origem é italiana, e nosso Camata mos- que é que a Itália faz para esses que foram para ficar, trou a intelectualidade daquela civilização. A Grécia para crescer, para progredir nesses países? Dá-lhes decaiu, apesar de ter sido o berço da civilização e da o direito de cidadania. Dá aos descendentes o jus democracia, porque lá, Camata – daí o termo “ostra- sanguinis, esse antigo instituto do direito romano as- cismo” –, eles se preocupavam em colocar as pesso- sociado à cidadania. E dá mais a esses cidadãos da as para fora. Se uma pessoa não se conduzia bem, Austrália, do Brasil, da América Latina, do Canadá, era colocada para fora. E a votação não era feita com dos Estados Unidos: o direito de eleger Deputados e urna eletrônica, mas com ostras. Aquele que recebia Senadores que lá vão defender os interesses desses uma montanha de ostras era excluído. Roma agiu di- cidadãos italianos que povoaram o mundo, para tra- ferentemente, buscava estagiários para aprenderem balhar, para ficar, para crescer e para progredir, não com eles. Átila Rei dos Hunos, foi estagiário lá. Por para explorar, não para matar, não para torturar, não isso, não a invadiu. Na história – e essa observação é para dominar, não para colonizar. É um exemplo que essencial para os dias de hoje –, o mais importante, a Itália dá ao mundo, resistindo, às vezes, a algumas como o Senador Gerson Camata disse, é o que mar- pressões de outros países europeus, que dizem que cou tudo. A Idade Média, que foi a idade do regresso, a Itália está facilitando a cidadania européia – agora, é limitada à queda de Roma, à civilização romana, ao não há mais cidadania italiana, ela é européia – para Direito Romano, ao Direito Administrativo, ao Renasci- bastardos, para usar uma expressão do francês Le mento. Surgiu uma plêiade de jovens em Florença, em Pen, que nos chamou a todos de bastardos. Veja V. Nápoles – Maquiavel, Leonardo da Vinci, Michelangelo, Exª que a Itália permanece com essa disposição, Rafael –, que mudaram o mundo. Não ficaram como dando esse exemplo de amplidão da cidadania. São os medievais – que esperavam de Deus a contribui- 4 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23166 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 ção –, mas, sim, trabalhavam. Recentemente, temos nidade de produzir algodão para fazer tecidos, não só o exemplo de um Senador que foi um marco: Norberto para produzir alimentos. A terra propicia uma série de Bobbio, Senador vitalício que nos deu os maiores en- outras atividades importantes e significativas e será o sinamentos teóricos. Foi muito bom V. Exª viver essa grande tema para nós, para o desenvolvimento, para liberdade democrática. Pode dizer o número de Sena- o crescimento, para alcançarmos um só objetivo, Sr. dores que há lá? Presidente: o bem-estar social, o crescimento da so- O SR. NEUTO DE CONTO (PMDB – SC) – São ciedade, com o patrimônio maior, o ser humano. 315 Senadores. Muito obrigado. O Sr. Mão Santa (PMDB – PI) – São 315 Sena- O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) dores. Aqui, somos 81, mas V. Exª vale por dez, bem – Muito obrigado, Senador, e parabéns pela merecida como o Senador Gerson Camata. Essa é uma reflexão eleição, que vai honrar aquela Comissão. para o povo brasileiro. Este Senado é o melhor da Re- O SR. SIBÁ MACHADO (Bloco/PT – AC) – Sr. pública em 183 anos, por nós, que representamos os Presidente, peço a palavra pela ordem. Estados com firmeza. Temos dificuldades, assim como O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) o Senado romano, que, no entanto, teve tanta força, – Com a palavra, o Senador Sibá Machado. que, em alguns momentos, elegia um cônsul para fazer O SR. SIBÁ MACHADO (Bloco/PT – AC. Pela a administração. Era o cônsul romano que tinha po- ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, peço deres administrativos, que nós não temos. Mas essa a V. Exª a minha inscrição para uma comunicação é uma reflexão. Dizem que aqui há despesa, mas não inadiável, se ainda houver vaga. Senão, solicito minha a tenho. Recebo só o salário. Mas o Senado da Itália inscrição pela Liderança do Governo. tem quantos Senadores? O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) O SR. NEUTO DO CONTO (PMDB – SC) – São – V. Exª está inscrito em terceiro lugar para uma comuni- 315 Senadores. cação inadiável. O primeiro inscrito é o Senador Gerson O Sr. Mão Santa (PMDB – PI) – Lá há 315 Se- Camata, que fará uso da palavra neste momento. nadores. Nós somos apenas 81 Senadores, que tra- O SR. GERSON CAMATA (PMDB – ES. Para uma duzem o melhor da gente brasileira. comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) – Sr. O SR. NEUTO DO CONTO (PMDB – SC) – In- Presidente, Srªs e Srs. Senadores, estou apresentan- siro em meu pronunciamento o aparte do eminente do hoje um projeto de lei que torna possível a União, Senador Mão Santa. os Estados e os Municípios cancelarem concessões Sr. Presidente, preciso apenas de mais dois mi- para os reincidentes condenados por lavagem de di- nutos. nheiro, crime de natureza patrimonial ou falsificação Voltaremos a esta tribuna para falar sobre o sis- de produtos. tema de voto. Na Itália, vota-se duas vezes, na lista e Por exemplo, em relação aos medicamentos, a no candidato, para dar oportunidade à renovação. farmácia vende remédio falsificado, remédio roubado, Sr. Presidente, quero anunciar que, hoje pela ma- e nada acontece com ela. O Governo tem de ter o po- nhã, fomos eleitos, na Comissão de Agricultura e Refor- der de impedir o indivíduo que comete esses ilícitos de ma Agrária, para substituir o Senador Joaquim Roriz, comercializar qualquer coisa no Brasil por dez anos. que deixou esta Casa. Já nos manifestamos sobre a Posto de gasolina é outro exemplo. Outro dia, em São vontade, o desejo, a força de todos aqueles compa- Paulo, um rapaz chamado Chico Mistura foi preso 12 nheiros Senadores que fazem parte daquela Comissão vezes por falsificação de combustível. E continua dono para trabalharmos unidos na busca de soluções. do posto de gasolina. Que diabo é isso? Não pode! Eu dizia lá, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, Então, meu projeto de lei amplia os poderes dos que a terra é um instrumento fantástico deste País e governos de cancelar as concessões dos reinciden- que, até há pouco tempo, era utilizada somente para tes ou dos condenados com sentença transitada em produzir alimentos para o ser humano. Hoje, faz-se julgado. reflorestamento, para produção de pasta mecânica e Mas quero falar hoje sobre um assunto que tem de móveis, para construção civil. Hoje, está se produ- preocupado a mim e ao Estado do Espírito Santo, que zindo cana para gerar açúcar e álcool, que movimenta é o problema dos quilombolas. O jornalista Marcos Sá as máquinas, gerando riquezas. A terra nos dá oportu- Corrêa escreveu, outro dia, um artigo no Estadão muito JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 5 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23167 interessante. Ele disse o seguinte: “Nenhum brasileiro tempo do meu avô.” “Bom, o seu avô por acaso pescava precisa ir muito longe para encontrar um quilombo nas- por aqui?” “Pescava.” “Pescava até onde?” “Ah, ele ia lá cendo, com selo oficial, praticamente na esquina de na cabeceira do rio.” “Tudo é seu. Onde ele ocupou é casa. Se alguma coisa está acontecendo pela-primei- seu.” “O seu bisavô caçava?” “Caçava.” “Onde que ele ra-vez-na-história-deste-país ou mesmo deste planeta caçava?” “Ele ia lá naquela montanha.” “Tudo é seu!” é que, 120 anos depois da Lei Áurea, o Brasil produz Escrituras centenárias estão sendo destruídas quilombolas como nunca”. porque estão se baseando num direito que não exis- O Presidente da República assinou um decreto, te. Tenho certeza de que, quando o Presidente Lula mas o Partido de V. Exª, Senador Marco Maciel, entrou regulamentou, não foi para isso. com uma ação no Supremo, porque, pelo que enten- Estão fazendo mais, perguntando: ”Você tem dem os juristas, o Presidente da República não pode parentes em Vitória, no Rio de Janeiro, em Colatina? regulamentar um artigo da Constituição. Sua Excelência Chamem-nos para cá que vamos preparar uma gran- pode regulamentar uma lei, mas artigo da Constituição de invasão. Vamos colocar esses brancos azedos para só pode ser regulamentado por lei complementar do fora e vamos ocupar os territórios nossos”. Congresso Nacional. É o Congresso que pode regu- Tem gente se armando, tem gente se preparando lamentar um artigo da Constituição. para uma guerra. Não é isso que o Governo quer, eu O Presidente Fernando Henrique incorreu neste tenho certeza. Mas temos de abrir o olho para esse erro: regulamentou um artigo da Constituição. O Presi- processo. Aqui de Brasília, sem que ninguém tenha dente Lula cancelou a regulamentação do Presidente ido lá, fazem um mapa desses e cai na mão de gente Fernando Henrique. E o fez bem. Só que aí fez pior: inadvertida, que quer pregar ódio racial. Eles acham regulamentou um artigo da Constituição também. que o Brasil vai ter uma revolução comunista, tipo Tenho certeza de que a intenção do Presidente Cuba. Eles estão até bem-intencionados, acham que Lula não foi esta, mas quem fez isso queria preparar vai acontecer isso e imaginam que podem começar uma guerra racial no Brasil. Aquela Ministra que disse com uma guerra racial. Aí se faz uma revolução. Isso que as pessoas afro-descendentes têm de ter raiva vai provocar morte, isso vai provocar problemas. e ódio dos brancos não disse isso por acaso, porque Estou avisando, abrindo o olho, antes que um estava distraída, ela prega uma guerra racial no Brasil. fato lamentável e doloroso aconteça. É a segunda vez Há gente que prega ódios raciais no Brasil, um País que estou advertindo. Queria pedir às autoridades, ao que até hoje tem os seus problemas, mas, em lugar de Governo Federal, porque vai dar muito trabalho para a tentarmos diminuí-los, estamos querendo acirrá-los. Polícia Federal, vai ocorrer muita morte, muito enterro, A UnB – Universidade de Brasília, tida como a e o Brasil não está preparado para isso. vanguarda do atraso intelectual no Brasil, foi contratada Vejam como estão as coisas: com o PAN, esse pelo Governo Federal para fazer o mapa dos quilom- grande evento, oito categorias estão ameaçando en- bolas. E fez um milagre. Num instante, olhem o que trar em greve. Dizem que é para advertir o Governo. ela fez com o Brasil! Em todos os lugares, como diz o Na verdade, estão chantageando, ameaçando parar Marcos Sá Corrêa, há quilombolas. O Espírito Santo o Brasil por causa do PAN. não tem mais Estado. O Governador Paulo Hartung Como é que um País deste pode ser sede de uma Copa do Mundo? Se, no PAN, que ocorre apenas em vai governar nada, é tudo quilombo. Da mesma forma, um Estado, já há oito categorias querendo chantagear, Pernambuco. Há um Estado aqui em cima, a fronteira imaginem na Copa do Mundo, que seria no País todo! com o Pará, que é um quilombo inteiro. Pára o País todo porque uma categoria quer aumento; E o que eles estão fazendo em cima desse mapa? outra quer determinado direito; outra quer invadir terra; Aparecem uns caras barbudos, usando piercings no outra quer fechar um posto de pedágio. Tudo por cau- nariz, no umbigo, parecem uns hippies antigos – sei lá sa do PAN. Como é que poderemos ser sede de uma o que são agora –, perguntando ao cidadão afro-des- Copa do Mundo? Para passar vergonha? cendente: “O senhor mora aqui?” “Moro.” “Há quanto Penso que temos de meditar sobre essas coisas, tempo?” Diz o artigo da Constituição que o quilombola e a cidadania tem de ser um objetivo de todos nós, que residisse no dia da promulgação da Constituição brasileiros, e não apenas de Governo e não apenas teria direito à escritura. Ele pergunta ainda: “O senhor de organizações desportivas. mora aqui?” “Moro.” “Quem morava aqui?” “Desde o Muito obrigado, Sr. Presidente. 6 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23168 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) da tetrologia “Um Cavaleiro de Segunda Decadên- – Muito obrigado, Senador Gerson Camata, que fez cia”, respeitada como a sua obra mais importante e uso da palavra para uma comunicação inadiável. também a mais conhecida. Além dos romances, a fértil Concedo a palavra ao nobre Senador Marco Ma- produção de Hermilo deu-nos peças teatrais, inclusive ciel, como orador inscrito. V. Exª terá dez minutos para para o mamulengo, contos e novelas. o seu pronunciamento. O conjunto da obra de Hermilo Borba Filho contri- O SR. MARCO MACIEL (PFL – PE. Pronuncia buiu sobremaneira para a renovação do teatro brasileiro o seguinte discurso. Com revisão do orador.) – Ilustre e na criação de uma sólida dramaturgia nordestina. Senador Papaléo Paes, que preside esta sessão, Srªs Sr. Presidente, falar de teatro é ressalvar uma e Srs. Senadores, venho, hoje, à tribuna registrar uma arte tão antiga quanto apreciada. data significativa para o teatro brasileiro e, de modo es- Antes de concluir, Sr. Presidente, gostaria de pecial, para o teatro do Nordeste. O objetivo de minha lembrar que Hermilo Borba Filho está sendo homena- presença, hoje, aqui, é justamente lembrar a memória geado em Pernambuco e no Nordeste. Os três princi- de Hermilo Borba Filho. pais jornais de meu Estado registraram reportagens A arte e a cultura no Brasil reverenciam esta se- a respeito de sua vida e de sua obra. mana a memória de Hermilo Borba Filho, um dos mais O Diário de Pernambuco, com a matéria “Luzes expressivos teatrólogos e romancistas nordestinos, e na cena hermiliana”, de autoria de Carolina Leão, no extraordinário animador cultural. caderno Viver e ainda queria mencionar um artigo de Se ainda entre nós, Hermilo completaria este mês, Juarez Correya, intitulado “Hermilo 90 anos”. no dia 8 passado, noventa anos de amor e dedicação A Folha de Pernambuco também tratou do ho- ao teatro e às letras. menageado através de uma matéria de Andréa Cortez, Pernambucano de Palmares, teve a sua primeira também exaltando o trabalho que ele realizou. peça – A Felicidade – levada à cena na Sociedade de Finalmente, o não menos importante, Jornal do Cultura de Palmares.Formado em Ciências Jurídicas Commercio fez, no seu caderno “C”, dedicado à cul- e Sociais pela Faculdade de Direito do , nunca tura, excelentes trabalhos, valendo destacar trabalhos advogou. Seus interesses sempre foram o teatro e a de Bruna Cabral, de Shneider Carpegiani e de Paulo literatura. Marca presença no Teatro de Amadores de Sérgio Scarpa, intelectual que tem uma coluna no JC e Pernambuco, traduzindo peças e atuando em espetá- muito bem conhece a obra de Hermilo, pessoa também culos. Em meados da década de 40, cria, em conjunto preocupada, embora não nascida em Pernambuco, com com , o Teatro de Estudante de Per- o desenvolvimento da cultura em nosso Estado. nambuco, sempre voltado para o fortalecimento de Sr. Presidente, solicitaria a V. Exª que se dê ciên- uma estética nordestina. cia da homenagem que ora prestamos a sua família, Aliás, falar em Hermilo e em Ariano Suassuna na pessoa de Leda Alves, sua segunda esposa, atual é também falar em Luiz Marinho, amigo de Hermilo Diretoria do Teatro Santa Isabel de Pernambuco, que Borba Filho, que muito o ajudou no desenvolvimento ele chamava de Léo minha, e aos filhos dele: Alfredo de suas iniciativas. Borba, Liane Freire Borba e Márcia Borba. Impressiona o vigor de Hermilo Borba Filho. Na Por fim, Sr. Presidente, pediria que fosse apensa- Escola de Belas Artes criou o Curso de Formação de do ao meu pronunciamento artigo intitulado “Hermilo Ator e fundou o Teatro Popular Nacional que profissio- Borba Filho”, de autoria de Moisés Neto. Trata-se de nalizou o movimento teatral do Recife. Ao fazer surgir, uma resenha da obra e de toda uma vida dedicada nos anos 60, o Teatro de Arena, Hermilo deu origem ao desenvolvimento cultural do Nordeste e do Brasil a um importante centro cultural. e ao florescimento do teatro, arte tão importante para Hermilo foi também professor de Arte Dramática os povos que desejam desenvolver essa antiga mani- nas Universidades Federais de Pernambuco, Paraíba festação de sensibilidade artística. e Rio Grande do Norte, crítico teatral e jornalista em jornais e revistas de São Paulo e do Nordeste. Meus agradecimentos a V. Exª, Sr. Presidente. A par dessa impressionante atividade, Hermilo DOCUMENTO A QUE SE REFERE O não descuidou de sua produção dramatúrgica e literária. SR. SENADOR MARCO MACIEL EM SEU “A Margem das Lembranças” (1966), “A Porteira do PRONUNCIAMENTO. Mundo” (1967), “O Cavalo da Noite” (1968) e “Deus (Inserido nos termos do art. 210, inciso no Pasto” (1972), que compõem os quatro romances I e § 2º, do Regimento Interno.) JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 7 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23169 8 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23170 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 9 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23171 10 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23172 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) tes consangüíneos, até o segundo grau ou – Obrigado, Senador Marco Maciel. V. Exª será atendi- por adoção, dos Chefes do Poder Executivo; do em suas solicitações, de acordo com o Regimento ou seja, fica proibido ao suplente de Senador da Casa. o parentesco até o segundo grau com o can- Concedo a palavra, para uma comunicação inadi- didato titular. ável, ao Senador Sibá Machado. Em seguida, falarão o 2) Modificar no texto constitucional a pre- Senador Mão Santa, como orador inscrito, e a Senadora visão de eleição de Senador no caso de va- Ideli Salvatti, assim que formalizar seu pedido. cância, a fim de assegurar a legitimidade da A SRA. IDELI SALVATTI (Bloco/PT – SC) – Sr. representação política, cabendo ao suplente, Presidente, desculpe-me, mas já fiz todas as tratativas nesse caso, substituir o titular até a posse do com o Senador Mão Santa. Como S. Exª estava ins- novo eleito. Em caso de renúncia, cassação do crito para falar como orador e também para fazer uma mandato ou morte do titular, o suplente assu- comunicação inadiável, eu lhe disse que o substituiria me até a eleição seguinte; conseqüentemen- em uma dessas oportunidades. te, não exerce todo o restante do mandato. A Então, como S. Exª falará como orador inscrito, PEC nº 11, de 2003, prevê que a eleição do solicito que eu possa falar em seu lugar para fazer uma Senador para preencher a vaga deixada pelo comunicação inadiável. titular que não concluir o seu mandato ocor- O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) rerá por ocasião das eleições gerais, inclusive – Após o pronunciamento do Senador Mão Santa, V. Exª municipais, que se seguirem ao surgimento da fará uso da palavra para uma comunicação inadiável. vacância. A exceção a esta regra é apenas no Concedo a palavra ao Senador Sibá Machado. caso de a vacância ocorrer quando faltarem O SR. SIBÁ MACHADO (Bloco/PT – AC. Para setenta dias ou menos para essas eleições; uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) nesses casos, a escolha é transferida para o – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, nas últimas pleito eleitoral subseqüente. semanas, assisti na imprensa a um debate cujo tema 3) Se esta PEC já estivesse em vigor comecei a abordar, não agora, mas em 2003, quan- para as próximas eleições, no ano de 2008, do cheguei ao Senado. Trata-se da polêmica sobre a seria eleito um novo Senador para preencher forma como são eleitos os suplentes de Senador e o uma vaga no Distrito Federal, no Pará ou em questionamento acerca de sua legitimidade. tantos outros Estados. O novo Senador ou No meu primeiro ano de mandato, a primeira pro- Senadora seria eleito(a) para o período que posição que apresentei nesta Casa foi a PEC nº 11, de falta para a conclusão do mandato do Senador 2003, que altera a Constituição Federal de 1988 para que renunciou. disciplinar a candidatura do suplente de Senador e a eleição para o Senado Federal em caso de vacância. Reconheço que a minha proposta, expressa no Devo dizer que parte dessa PEC é fruto de um texto da PEC nº 11, não é de fácil concertação. Por debate que a Senadora Marina Silva começou durante exemplo, nos Estados Unidos, um dos modelos do o seu primeiro mandato, quando apresentou projeto de nosso presidencialismo, na vacância do Senador, o lei que vedava que parentes do titular até o segundo Estado é que escolhe, de forma indireta, o seu novo grau fossem candidatos a suplente de Senador. Na representante para cumprir o restante do mandato. Na época, a proposta obteve o voto da maioria do Plená- Alemanha, a escolha também é indireta. rio, mas, como era um projeto de lei complementar, A minha proposta evita as escolhas indiretas. necessitava de, pelo menos, 41 votos. Como obteve Por isso, penso que apesar das dificuldades, a minha apenas 38, foi rejeitado. PEC é uma solução para melhorar a legitimidade dos A minha proposta incorpora parte significativa da suplentes. discussão em plenário desse projeto da atual Ministra No caso específico de suplente que está no exer- do Meio Ambiente. Dessa forma, digo que não consi- cício do mandato de titular que assumiu cargo no Exe- dero perfeita a minha PEC, mas, sem dúvida, está ela cutivo, entendo que isso não se constitui um problema. assentada em elementos sustentáveis para que melho- Esses estão exercendo um mandato de forma precária, remos a legitimidade dos suplentes de Senador. no sentido de que o titular poderá voltar a qualquer Os elementos centrais da PEC são: momento. Por outro lado, seria insólito, nesses casos, 1) Estender ao suplente de Senador a assumir o segundo mais votado ou que se estabeleça semelhante proibição que a Constituição Fe- um teto para sua permanência no cargo, porque esta- deral estabelece para o cônjuge e os paren- ríamos afrontando a idéia republicana da representa- JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 11 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23173 tividade e tolhendo a liberdade de uma pessoa, eleita Apenas para deixar claro, acho que, no bojo da Senadora, assumir cargos no Executivo. discussão sobre a reforma política, é importante tratar- Uma parte polêmica dessa proposta, mas que de- mos desse assunto também. Se o Brasil está incomo- vemos enfrentar, é a que trata da vedação de parente dado com essa situação, é importante que o Senado até o segundo grau ser incluído na chapa do titular. avance. Penso que tem de nascer aqui a idéia, porque, Ora, se a Constituição estabelece que a adminis- se for na Câmara, acredito estar errado por ser um des- tração pública deve observar, como princípio básico, a propósito. Esta Casa tem de dar um sinal. Sei que na impessoalidade, em razão de não ser admissível que Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania trami- a pessoa do agente público confunda-se com o Esta- tam várias sugestões de autoria do Senador Eduardo do, também não deve ser admissível que interesses Suplicy, do Senador Jefferson Péres, do Senador Tião de famílias confundam mandato público com proprie- Viana, bem como a sugestão que apresento e, certa- dade particular. mente, deve haver outras. Por isso, peço ao Relator da É necessário ressaltar que não me oponho a matéria, Senador José Maranhão, que apense a ela as que, no Senado, parentes sejam companheiros de le- demais proposições a fim de que possamos tirar a me- gislatura, desde que para isso tenham se submetido lhor contribuição possível para, quem sabe, fazermos à aprovação das urnas. um debate, a se efetivar no ambiente da Comissão de Enfim, Srªs e Srs. Senadores, entendo que a mi- Constituição, Justiça e Cidadania. Portanto, esta Casa nha proposta se enquadra no sentimento da sociedade, tem a obrigação de apresentar uma sugestão melhor mais especificamente dos formadores de opinião que para a escolha dos suplentes e de como os suplentes questionam a legitimidade dos suplentes e a forma poderão assumir o mandato, por qualquer que seja o como esses aqui chegam. A minha proposta está à motivo da vacância. disposição de todos que queiram sugerir melhorias. Esta, a sugestão que faço a V. Exª. Não me sinto Devo dizer também que vou me empenhar para nem um pouco diminuído. Sei das minhas obrigações; que, até o segundo semestre, esta proposta seja apro- sei exatamente os motivos que me trouxeram até ao vada pelo Senado. Acredito ser uma importante con- Senado Federal. Procuro cumprir rigorosamente com tribuição do próprio Senado à representatividade po- as minhas prerrogativas e com as minhas obrigações, pular, melhorando a relação com os Entes federados que sei quais são. Não vim aqui para passear; não vim representados nesta Casa. aqui para brincar e, portanto, todos os dias, procuro, Sr. Presidente, desde que cheguei ao Senado, incessantemente, dar conta do meu recado. embora tenhamos o calor, o carinho e o respeito de O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT – SP) – V. Exª todos os colegas Senadoras e Senadores, sinto um me permite um aparte? clima, não só aqui dentro, mas na sociedade em ge- O SR. SIBÁ MACHADO (Bloco/PT – AC) – Se o ral, muito ruim relativo à questão da suplência. Devo Presidente permitir... dizer a V. Exª que uma das coisas que pesa é o fato de O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) parente de primeiro grau ser colocado num ambiente – Senador Eduardo Suplicy, é anti-regimental apartes familiar ou, muitas vezes, o suplente ser visto como o em comunicação inadiável. financiador de campanha do titular. Por conta dessas Em seguida à palavra do Senador Sibá Macha- coisas, o Brasil inteiro olha o suplente como sinônimo do, darei, pela ordem, a palavra para que V. Exª possa de pessoa completamente despreparada para a fun- fazer o seu comentário. ção, além de não ter a menor chance de, um dia, se O SR. SIBÁ MACHADO (Bloco/PT – AC) – Sr. eleger. Até aí, são méritos, os argumentos... Presidente, muito obrigado. O Sr. Mão Santa (PMDB – PI) – Fernando Henri- O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) que Cardoso era suplente; V. Exª é suplente pelo Acre. – Concedo a palavra, pela ordem, ao Senador Edu- Acredito que se V. Exª voltar para o Piauí, V. Exª será ardo Suplicy. eleito como titular. O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT – SP. Pela O SR. SIBÁ MACHADO (Bloco/PT – AC) – Obri- ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Se- gado, Senador Mão Santa. nador Papaléo Paes, agradeço a oportunidade. O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) Em primeiro lugar, quero dizer da admiração cres- – Nobre Senador, V. Exª dispõe de um minuto para cente que tenho tido pelo Senador Sibá Machado. Não concluir. apenas eu, mas cada um de nós, Senadores, temos O SR. SIBÁ MACHADO (Bloco/PT – AC) – Vou demonstrado nosso respeito, admiração, conforme concluir, Sr. Presidente. disse o Senador Mão Santa há pouco. 12 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23174 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 Acho importante que S. Exª, que, com tanta dig- Meus cumprimentos a S. Exª pela proposição! nidade, tem aqui substituído a Senadora Marina Sil- Talvez o Senador João Maranhão e todos aqueles que va, nossa querida Ministra do Meio Ambiente, e muito são Relatores, como o Senador Jarbas Vasconcelos, de tem honrado o mandado que o povo do Acre conferiu proposições como a do Tião Viana e a minha própria à Senadora Marina Silva e a S. Exª próprio, como pri- possam chegar a um melhor entendimento e, possi- meiro suplente, tem se preocupado em como dar maior velmente, a um consenso sobre essa questão. legitimidade ainda àqueles que, porventura, sejam o Meus cumprimentos ao Senador Sibá Machado! primeiro e o segundo suplente. Daí se originou a pro- Um abraço! posição sobre a qual S. Exª se referia. O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) Venho de uma recepção à Princesa Anne, na – É assunto importante, que precisa ser debatido. Tam- Embaixada do Reino Unido, mas, durante o percurso, bém sugiro que possamos debater a situação dos Vices ouvi o pronunciamento feito por S. Exª. Por isso, quero – Vice-Governador, Vice-Prefeito –, que são substitutos expressar que se trata de uma proposição interessan- eventuais do titular. Temos de dar condições ao povo te. Imaginem a situação em que o Senador titular seja de escolher também o substituto eventual do titular. eleito para o cumprir o mandato de Prefeito, de Gover- Srªs e Srs. Senadores, em sessão anterior, foi nador, de Presidente, ou venha a falecer. Nesse caso, lido o Requerimento nº 803, de 2007, de autoria do em um período de no máximo dois anos, dependendo Senador Sibá Machado e outros Srs. Senadores, so- da ocasião, haveria eleição direta para Senador. Trata- licitando a realização de sessão especial do Senado se de uma proposta que procura, portanto, conceder destinada a comemorar os 80 anos do escritor, dra- maior legitimidade ao Senador eleito por voto direto maturgo e poeta Ariano Suassuna. da população. Em votação o requerimento. Acho essa uma proposição muito interessante, As Srªs e os Srs. Senadores que o aprovam quei- que merece ser examinada com todo o carinho e res- ram permanecer sentados. (Pausa.) peito por todos nós. Aprovado. Apresentei uma proposição com conteúdo se- Será cumprida a deliberação do Plenário. melhante, de dar toda a legitimidade, maior ainda do Parabéns a V. Exª, como um dos autores do re- que a existente, ao Senador eleito como suplente do querimento, Senador Sibá Machado! titular. A proposição que apresentei – já havia apre- O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) sentado um projeto de lei nesse sentido que acabou – Concedo a palavra à Senadora Ideli Salvatti para uma sendo arquivado porque se considerou que necessário comunicação inadiável. se fazia que fosse uma proposta de emenda à Cons- V. Exª terá cinco minutos para o seu pronuncia- tituição – na terça-feira passada, de uma proposta de mento. emenda à Constituição, estabelece que, quando o ti- A SRA. IDELI SALVATTI (Bloco/PT – SC. Para tular é eleito, o eleitor, além do titular, escolherá qual uma comunicação inadiável. Sem revisão da oradora.) o primeiro e qual o segundo suplente dentre os nomes – Agradeço, Sr. Presidente. E agradeço, de forma espe- que a convenção ou o partido político tiver indicado. cial, ao Senador Mão Santa, que permitiu a ocupação De tal maneira que, portanto, o eleitor deverá ter ple- do horário e a inversão. na consciência de quem está sendo escolhido para a Senador Papaléo Paes, o que me traz à tribuna é primeira e para a segunda suplência. Portanto, todos um evento ocorrido em Florianópolis, na última segun- os 81 Parlamentares que aqui chegarem deverão ser da-feira – e saúdo o Governador em exercício de Santa escolhidos diretamente pelo povo. Catarina, Senador Leonel Pavan –, que concretizou a São proposições, portanto, Presidente Papaléo, assinatura do convênio entre a Eletrosul e três Prefei- que guardam relação e têm o mesmo propósito. Hoje, turas – a de Biguaçu, a de São José e a de Palhoça ainda, o Senador Sibá Machado propôs ao Presiden- – para a iluminação do trecho da BR–101 que corta te Valter Pereira, que prontamente acatou, que trami- esses três Municípios. É o local de maior número de tassem em conjunto a proposição de S. Exª, assim acidentes e de mortes, portanto, a iluminação é abso- como a do Senador Tião Viana, a minha e outras que lutamente imprescindível para diminuir os acidentes e porventura surgirem na direção de como se assegu- para que a travessia seja mais tranqüila nessa rodovia, rar maior legitimidade possível ao suplente, em mui- que é importante para a integração do Mercosul e que tos casos – e o Senador Sibá Machado é um exemplo está sendo inclusive duplicada no trecho entre Palho- de conseguir a maior respeitabilidade e legitimidade, ça e Osório. É a maior obra rodoviária em execução até pela força da sua atuação –, com o propósito de pelo Governo Federal, com muito orgulho, em nosso aperfeiçoar isso. Estado, e vai muito bem. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 13 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23175 A iluminação, além de ter todo esse significado de energia elétrica dos Municípios naqueles trechos, para a grande Florianópolis e para aquela região, no o que vai compensar tranqüilamente o pagamento ao sentido de diminuir os acidentes e proporcionar maior longo dos cinco anos do financiamento. segurança, me permitiu tomar consciência de algo que Portanto, é uma nova visão, uma outra maneira muitas vezes busquei trazer à tribuna, que são as di- de enxergar, de atuar, de agir em nome do Poder Pú- ferenças de visão de Estado. Como é que um governo blico e do Estado. atua com determinada visão sobre para que serve o Eu não poderia deixar de fazer este registro, pois Estado, a máquina pública, e como é diferente de um a população da grande Florianópolis agradece essa governo para outro. ação do Governo Federal, do Governo Lula, principal- Os recursos, de R$3,2 milhões, que serão apli- mente porque diz respeito a algo que ela paga todo cados na iluminação de 32 quilômetros da BR-101, no mês, na conta de luz, ao sistema elétrico, e que volta trecho que corta esses três Municípios, virão da Reser- na forma do Luz Para Todos ou do Reluz, atendendo va Global de Reversão (RGR). Essa RGR é um fundo, a todos. que foi criado em 1971 e é constituído com recursos Senador Leonel Pavan, aproveito sua presen- que advêm da conta de luz que todos nós pagamos, e ça nesta Casa – V. Exª veio matar a saudade – para ele é utilizado em algumas situações. Ao longo de 37 dizer que espero que tenha sido muito proveitosa a anos de RGR, na maior parte do tempo, os recursos reunião com a Ministra Dilma Rousseff. Na próxima foram utilizados ou para socorrer empresas de energia semana, o Presidente Lula irá a Santa Catarina. Não elétrica que passavam por dificuldades, ou para fede- sei se já está definido, mas algo em torno R$250 mi- ralizá-las, no caso de empresas estaduais que foram lhões serão destinados para saneamento e habitação federalizadas, ou para privatizá-las, nos processos de a várias Prefeituras e ao Governo estadual. Espero privatização. Sempre foram utilizados para a empresa, que a reunião tenha sido muito produtiva, e que cada para o setor produtivo de energia elétrica, e não para vez mais recursos sejam aplicados nos Estados, a fim o usuário de energia elétrica, apesar de sermos nós de atender às necessidades da população, seja em que pagamentos, na conta, essa reserva. habitação, em saneamento ou em iluminação. É para Atualmente, é possível executar esse processo isto que serve o Poder Público, para melhorar a vida de iluminação, como é possível executar o Luz para das pessoas. Se não melhora a vida das pessoas, não Todos, sem qualquer custo para o atendido. A energia serve para nada. não vai chegar apenas à porta, mas também ao inte- Muito obrigada. rior da residência, pois o Luz para Todos leva energia O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) a todos os brasileiros e brasileiras, e não apenas até – Muito obrigado, Senadora Ideli Salvatti. a porta, mas instala essa energia, para que não haja Registro a presença do Senador Leonel Pavan, qualquer dúvida de que todos os brasileiros e brasilei- grande companheiro, competente Senador que serviu ras, em pleno século XXI, terão acesso à energia elé- nesta Casa por 4 anos, e é hoje Vice-Governador do trica, que é um bem de que a humanidade já desfruta Estado de Santa Catarina. Agradecemos a sua pre- há quase três séculos. sença. Portanto, tanto o Reluz, que é um programa na- O SR. EXPEDITO JÚNIOR (Bloco/PR – RO) – Sr. cional de iluminação pública eficiente e que vai per- Presidente, pela ordem. mitir iluminar os 32 quilômetros da BR-101, na grande O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) Florianópolis, como o Luz para Todos são uma visão – Com a palavra o Senador Expedito Júnior. diferenciada de Estado. Os recursos constituídos com O SR. EXPEDITO JÚNIOR (Bloco/PR – RO. Pela a contribuição de todos têm que ser aplicados para o ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, gos- benefício de todos. Ou seja, o que é contribuição da taria de saber se ainda é possível me inscrever para população brasileira tem que voltar em serviços para uma comunicação inadiável. a população brasileira. O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) Essa visão diferenciada de Estado foi algo que me – Já completamos o número determinado pelo Regi- chamou profundamente a atenção. Na solenidade de mento. A Senadora Ideli Salvatti falou utilizando o es- assinatura, os três Prefeitos estavam muito satisfeitos, paço deixado pelo Senador Mão Santa. inclusive porque haverá uma contrapartida, já que, dos Agora, fará uso da palavra o Senador Mão Santa, R$3,2 milhões, R$800 mil serão custeados pelas Pre- por permuta com o Senador Garibaldi Alves Filho. feituras, mas por meio de um financiamento com cinco O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI. Pronuncia o anos para pagar, seis meses de carência, e a juros de seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Senador 5% ao ano. Ou seja, haverá uma economia no consumo Papaléo Paes, que preside esta sessão, Senadoras e 14 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23176 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 Senadores, brasileiras e brasileiros aqui presentes e Éramos de partidos opostos, mas temos de apren- que nos assistem pelo Sistema de Comunicação do der o que dá certo. Expedito Júnior, quando ele as- Senado, V. Exª apresentou, Senador Papaléo, o nos- sumiu, o Piauí tinha 115 cidades. Ele criou 30 e me so Senador Leonel Pavan. Peço, então, permissão a entregou 145. V. Exª, que é tucano, para que, quando se referir ao Vi que o negócio era bom. Senti povoados se Senador, que se refira a S. Exª como o melhor tucano, transformarem. Não que tenha mais mérito do que ele, de perspectivas invejáveis para o seu Partido. Eu vejo o ex-Governador Freitas Neto, porque peguei o bonde vocês falando em José Serra, em Aécio, mas entendo andando. Eu digo: é bom. Senti isso. Era Prefeito de que é o melhor candidato a Presidente da República Parnaíba, deu duas cidades, Bom Princípio e Morro da que vocês têm, Ô Leonel Pavan, é V. Exª, o melhor Mariana. Então, é pegar povoado e transformá-lo em candidato dos tucanos. cidade. Leonel Pavan, aprenda isso, leve essa expe- E, como quis Deus, a Ideli está ali. Ô Ideli, Luiz riência. Como Prefeito, V. Exª foi o melhor: foi por três Inácio é uma figura mística, porque foi um operário vezes, é o campeão. Transformar povoado em cidade é que chegou à Presidência da República. Leonel Pavan extraordinário. Não é além daquilo que se vê, Garibaldi: era um garçom. praça para namorar, escola para aprender, hospital para Ô Leonel, eu quero dar um testemunho: eu fui saúde, avenidas iluminadas, cadeia para botar ordem, ao seu Estado quando governava o Piauí, buscar uma mercado para comercializar e fazer riqueza. empresa, a Cerval, que depois foi, Garibaldi, comprada Expedito Júnior, o essencial é invisível aos olhos. pela Bunge, uma multinacional. E eles me hospedaram O importante é transformar pessoas em líderes: Vere- em Camboriú. Papaléo, eu fui a um restaurante, e os adores, Vice-Prefeitos, Prefeitos. garçons todos se apresentaram e disseram: “Você co- A lei permite: os Prefeitos dessas pequenas ci- nhece o Leonel Pavan?”.Eu disse: “Não.” “Pois Leonel dades estão sendo Prefeitos da capital, que chamo de Pavan foi um dos nossos. Foi garçom, três vezes Prefei- cidade-mãe. São extraordinários! Já há vários casos to, o melhor Prefeito de Camboriú.” A Ideli está aí, mas em que o Prefeito da pequena desenvolve, trabalha e ele foi mesmo, e aqui foi aquela figura de Senador. é eleito na cidade-mãe. Isso melhorou muito o Piauí. Então, Papaléo, se eu estivesse no meio dos tu- Eu criei 78 cidades. É que já peguei o bonde andan- canos, meu candidato seria Leonel Pavan, o melhor do, mas melhorou. Os povoados se transformaram. que vocês têm. Quem assinou minha ficha no PMDB Então, trazendo para o Senado: Estados, dividi-los ou foi Luiz Henrique, que é o Governador, e V. Exª. Então, não? Sim. a admiração é por dois. É hora de pensarmos isso. Ó, Garibaldi! Ó, Lu- Mas estamos aqui, Senador Papaléo. Acho que cena, que é Presidente da Subcomissão de Assuntos este Senado está muito confuso e tem de pensar pelo Brasil. Municipais: devem-se criar Estados. Olhem para o mapa Senador Expedito Júnior, como disse Descartes: dos Estados Unidos: é quase do tamanho do Brasil, “Penso, logo existo”. Nós temos de pensar. Esta é a um pouquinho maior; são 50 Estados. E olhem para experiência que tenho nesta Casa, Garibaldi: um Se- o mapa do Brasil, visualizem-no na mente. Papaléo, nador representa o melhor que há no País, na história visualize agora o mapa do Brasil e seus Estados. O do mundo – assim o é, e aqui o é. Nós somos 81, vai dos Estados Unidos parece azulejo, todo igualzinho, haver problema. Na época de Cristo, só eram treze, e quadrilátero; todos os Estados têm, mais ou menos, houve um problemão lá no Senado. Com 81, tem de o mesmo tamanho. Imaginem no cérebro o nosso haver problema. País: é uma zorra, uma bagunça! Olhem o tamanho Então, queria dar ao País minha experiência. Ex- dos Estados, uns grandes e outros pequenos. O meu pedito Júnior, V. Exª tem perspectiva invejável na política começa magrinho, onde nasci; ele engorda e depois do seu Estado, deve ser Governador muito novo e pode se junta lá na Bahia. Disforme. É comprido! Eu nasci chegar à Presidência. Quando governei o Piauí, sucedi no mar, sou garoto do delta: verdes mares bravios, um extraordinário Governador, que foi Senador. brancas dunas, ventos que nos acariciam, sol que nos Este negócio de falar de algumas pessoas aprendi tosta. De onde nasci até o fundo do Piauí, lá junto com com os filósofos: quem tem bastante luz não precisa a Bahia, é longe. Dá para andar a Europa toda, uma diminuir ou apagar a luz dos outros. O Governador Suíça. Andar ali parece brincadeira: dez passos, e se que me antecedeu foi um homem extraordinário; foi está na França; dez, e se está na Alemanha. A Suíça Senador da República, talvez um dos melhores da- é uma brincadeira. Atravessa-se a Suíça, e se está na qui. Ele esboçou um projeto de transformar povoados Alemanha, na França: muda de documento, o dinheiro em cidades. não vale mais. Agora existe o Euro. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 15 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23177 Então, é hora de dividir. O México é bem menos da Cepal, onde ele fez um estágio, onde ele estudou. do que a metade. Conheço o México: riqueza como a Ele passou dias e dias, vendo a riqueza do Gurguéia. do nosso País; tem 35 Estados, e o Brasil só tem 27. Então, Fernando Henrique Cardoso estudou muito. O maior administrador era Peter Drucker. Mor- Ele tinha uma fundação que possibilitou com que ele reu. Agora é Charan, consultor, que diz que se tem de fizesse esse estudo. Eu, não; eu era médico-cirurgião ver resultados, escolher gente e ver o que se passa no litoral; por que eu iria andar atrás de Gurguéia? Eu no mundo. não era hippie. Então, ele sabia tudo do Gurguéia: o Resultados? Estão no Brasil. Bem aí. Mato Gros- futuro, as perspectivas, a grandeza. Eu tirava o assunto so, quando eu estudava Geografia, era um mundo; ca- de lá e jogava para Teresina, para o litoral, porque, do biam duas Europas dentro dele. Ele foi dividido, e Mato Gurguéia, ele sabia mais. Grosso do Sul cresceu. Goiás? Era grandão. Surgiu Essa gente quer criar um Estado, Senador Cí- Tocantins, que cresceu, assim como Goiás. Os dois cero Lucena. Eu sou do norte do Estado. Cristalândia cresceram, como os Estados de Mato Grosso. do Piauí e Corrente estão ao sul do Estado, e o sul E os territórios? Só não conheço todos, porque do Piauí é mais próximo de Brasília que de Teresina. o Papaléo não é assim tão gentil como V. Exª. Tenho É uma loucura de Estado. Os habitantes do sul do elogiado aqui o meu colega médico, mas S. Exª ainda Estado estão mais próximos de Brasília que da capi- não me convidou. V. Exª, em poucos instantes. Che- tal do Estado do Piauí. O Estado é muito comprido. guei lá, não era nem meu roteiro, pois fora convidado Então, eles querem que haja uma divisão do Estado a ir ao Acre para uma missão cultural e política, e V. – já queriam a divisão antes. Quando eu governava Exª recepcionou-me com aquele extraordinário Gover- nador, Ivo Cassol. o Piauí, umas duzentas pessoas chegaram a cavalo. O que quero dizer é que são Estados novos. E Mandei que eles entrassem no palácio. Realmente, como estão educados! Estou encantado com as duas o norte era mais desenvolvido. Eles se queixavam. capitais. Por quê? Porque as administrações estão Eu investi muito lá, em universidade, em eletrificação próximas. – 230 quilowatts. Papaléo, não vi uma lâmpada quebrada! Foi o Fernando Henrique lá e eu disse: “Cadê? Quando fui Prefeito, andava atrás de um poste Você não quer o Gurguéia? Então tem que levar mais alto para a turma não quebrar as lâmpadas. energia para o cerrado”. Aí ele nos deu a linha-tron- Lá não! Não há um muro pichado, tampouco um co – 230 quilowatts, que ilumina o nosso cerrado e monumento! que me possibilitou buscar lá, em Santa Catarina, a Então, eles se transformaram em Estado. Ob- Ceval, que hoje é a Bunge; foi a primeira indústria e servei isso em Roraima (Boa Vista), em Rondônia e hoje é bem dirigida pelo Prefeito Francisco Filho. Há no Acre. V. Exª ainda não me convidou para ir ao seu desenvolvimento. Estado, não o conheço. Então eles foram a cavalo. Saíram de lá, 800 A criação do Estado aproxima. Papaléo, isso é quilômetros, e entraram no meu Palácio. Eu não podia velho, já está amadurecido, não pode deixar ficar po- dividir, então investi muito, não para que acabasse dre. Este Congresso tem de trabalhar, andar, votar e com o sonho deles, mas porque tem, como na Medi- trazer coisas boas. Essa é uma coisa boa. cina – Papaléo sabe disso –urgência e emergência. Vejam o Gurguéia. Estou aqui com alguns com- E era o que eu podia fazer: levar eletricidade, de- pêndios que falam disso e um livro aqui de Agostinho senvolver a produção de soja, levar energia, hospi- Reis. A região do Gurguéia é boa, o rio Gurguéia é tais e desenvolvimento. Mas eu não queria enterrar como o Nilo, dádiva da natureza para o Egito, pois aquele sonho, ô Cícero, que é legítimo, que era a enche e se espalha. criação do Estado de Gurguéia. E eu queria me po- Vou contar uma, Guerra. Eu não gostava de con- sicionar. Mas isso é velho, é porque as coisas aqui versar com Fernando Henrique Cardoso, não, porque para acontecerem... ele sabe, ele é estudioso, ele é homem sabido. Papaléo, Em 1950, um Senador, Joaquim Pires – 1950, toda vez que eu, como Governador, ia lá, ele vinha falar ano santo – já bradava; depois o Senador Chagas do Gurguéia. Eu sou do mar, litoral, eu não sabia, ele Rodrigues; e agora isso volta à tona. Sou do norte, sabia mais que eu. Aí, era chato, não é? Ele sabia, por- do mar, do delta, mas acho viável que se divida. Os que tem uma instituição em São Paulo, à semelhança Estados Unidos têm 50 estados; o México, menos da 16 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23178 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 metade do Brasil, tem 35. É hora de dividirmos o Piauí que eu disse: doze Sergipes cabem dentro do Piauí. É em Gurguéia e Piauí. o menor, mas é a maior renda per capita. Quer dizer, É hora de dividir o Pará, que é muito grande; o não é o tamanho que vai dar a grandeza. O menor do Maranhão quer. Isso possibilita, Papaléo, uma melhor Nordeste é o Sergipe e é o de maior renda per capita administração do Nordeste. Então, tem compêndio, hoje, tratando disso, por Então, somos favoráveis à divisão. Deputado Federal: Gurguéia, que eu já li. Tem outro Estamos aqui trabalhando, e acho que este Con- de Jesualdo Cavalcanti, que é da Associação de Pre- gresso tem que agilizar. Este País espera isso: solu- feitos. Tem o primeiro de Agostinho Régis, e tem o de ções. um jovem estudioso, Nelson de Aguiar: “Gurguéia: o Eram estas as nossas palavras. Antes, eu gos- Estado que nasce para o desenvolvimento”. É um so- taria de conceder um aparte a este extraordinário Lí- ciólogo, pensa bem como Pascal. der do Nordeste – apenas um aparte para enriquecer Então, queremos dar nossa definição com a res- o meu pronunciamento. Foi o Prefeito número um do ponsabilidade de quem criou municípios e viu como Rio Grande do Norte, de Natal, e também Governador: melhoraram os povoados transformados em cidades, Senador Garibaldi Alves Filho. e os exemplos dos Estados. O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) Essa é a nossa voz. Este Congresso não deve – Senador Garibaldi Alves Filho, V. Exª deseja fazer uso acabar com isso nesse recesso, deve resolver os seus da palavra, agora, após o Senador Mão Santa? problemas e acelerar esse sonho do Estado do Piauí O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI) – Sr. Presiden- de se dividir, que vem de 1950, cuja idéia já está ama- te, permita que S. Exª faça o seu aparte para comple- durecida. E quero enaltecer os outros que trabalham. mentar. Não poderíamos deixar de citar o trabalho de Jesual- O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) do, de que já falei, de Francisco Filho, seu irmão, José – Em virtude do tempo que V. Exª já se encontra na Nordeste. Enalteço esses autores, principalmente o tribuna, S. Exª abre mão de fazer o aparte para fazer último trabalho de todos, que é conciso, mas objetivo, uso da palavra como orador inscrito. o de Nelson de Aguiar. O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI) – Eu só quero E, para fechar, um quadro vale por dez mil pa- que ele fique no Rio Grande do Norte, porque se ele lavras. Cícero Lucena, V. Exª é do Nordeste, Paraíba, levar o título dele para o Piauí ou para Gurguéia, eu que tem 56.440 km. Eu me lembro – e o Cícero Luce- não ganho mais as eleições. Ele é tão querido lá! É na deve se lembrar, ô Garibaldi – que o Governador uma figura extraordinária! de Sergipe, Albano Franco, hoje Deputado Federal, se queixava, Papaléo, para o Presidente Fernando Eram estas, então, as nossas palavras e espero Henrique Cardoso de que as estradas estavam ruins. dar àquele povo a esperança de que nós estamos aqui Sergipe! Ai eu me virei e disse: ô Presidente, se ele – como Joaquim Pires, como Chagas Rodrigues, que está falando de Sergipe, ah, se eu governasse o Ser- desde 1950 levantam esta bandeira. gipe! Eu, com uma lambreta, ia governar porque ele é O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) pequeno. Cabem doze Sergipes dentro Piauí! Então – Muito obrigado a V. Exª, Senador Mão Santa. é grande. O SR. EXPEDITO JÚNIOR (Bloco/PR – RO) – Sr. O Sr. Garibaldi Alves Filho (PDMB – RN) – Se- Presidente, peço a palavra pela ordem. nador Mão Santa, permita-me um aparte? O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI) – Vou já! Doze – Com a palavra o Senador Expedito Júnior, pela or- Sergipes no Piauí. E do nosso Nordeste? Como tama- dem. nho não é documento.. – a sabedoria popular. Nunca O SR. EXPEDITO JÚNIOR (Bloco/PR – RO. vi um provérbio errar. Aqui temos um exemplo, o nos- Pela ordem. Sem revisão do orador) – Sr. Presiden- so provérbio do Piauí, ô Papaléo, não é do Piauí, é te, estou inscrito para falar, mas vejo que há muitos da Bahia, é do Nordeste: “Pau que nasce torto morre oradores na minha frente. Na verdade, eu só gostaria torto.” Ô verdade! Foi o nosso Conselho de Ética. Aí de fazer um registro: ontem, o Governador Ivo Cas- está a confusão. sol, junto com a Bancada federal, os três Senadores Então, é o seguinte: atentai bem. O menor Estado e os oito Deputados Federais, foram recebidos pelo do Nordeste, em tamanho: Sergipe, 21.910 km². É o Presidente Lula. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 17 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23179 E nós viemos tratar com o Presidente, junto com o desde o início, demonstrou ser a favor do desenvolvi- Governador Ivo Cassol, de vários assuntos. Eu gostaria mento do nosso Estado, a favor do desenvolvimento de destacar aqui, Sr. Presidente, que, dentre eles, há o do Brasil. recurso no PAC que o Presidente assumiu o compro- Muito obrigado. misso, junto com a Bancada Federal, da liberação de O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) mais de R$70 milhões para levarmos água tratada e – Muito obrigado, Senador Expedito Júnior. saneamento básico para o município de Porto Velho. Concedo a palavra ao nobre Senador Garibaldi Discutimos também sobre a extinção do Beron, Alves Filho. que está tramitando nesta Casa, desde 2003, na Co- Como orador inscrito, V. Exª terá dez minutos para missão de Assuntos Econômicos, e até agora não seu pronunciamento. conseguimos tirar o projeto da Comissão. Discutimos O SR. GARIBALDI ALVES FILHO (PMDB – RN. ontem com o Presidente Lula a possibilidade de tra- Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do ora- zê-lo direto para o plenário desta Casa. Em tendo a dor.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ante- aprovação, que tenhamos também do Presidente o cipo para hoje uma discussão que, na verdade, va- apoio necessário para resgatar uma dívida que não é mos ainda travar tanto na Comissão de Constituição, nossa com o Estado de Rondônia. Quando assumiu o Justiça e Cidadania como na Comissão de Assuntos extinto Beron – Banco do Estado de Rondônia –, para Econômicos, uma vez que se trata da questão do fazer a sua liquidação, o Banco Central o assumiu com salário mínimo. uma dívida de R$40 milhões; devolveu-o depois com Temos um salário mínimo novo a partir de 1º de uma dívida superior a R$600 milhões. Portanto, essa maio e entendemos que isso ocorreu após um debate dívida não é nossa, mas do Banco Central, do Bacen, que avançou consideravelmente nos últimos anos. do Governo Federal. Na verdade, pelo menos até 2011, com a apro- Quero falar também sobre a transposição dos vação do projeto de lei de iniciativa do Governo Fe- servidores públicos estaduais para o quadro federal. deral, temos um aumento real dado ao salário mínimo Aconteceu isso com Roraima e com o Estado do Amapá. igual ao crescimento do PIB de dois anos anteriores Estamos pedindo a isonomia, para que se faça justiça somado ao reajuste anual da inflação, como já era com o povo de Rondônia. antes, aferida pelo INPC. O referido projeto ainda Finalizando, o Governador entregou um projeto prevê que até o início de 2011 deverão ser estabele- da ordem de R$33 milhões para que sejam liberados cidas regras para um ciclo maior de 12 anos, que se os recursos da Suframa. Esse dinheiro é nosso, dos encerra em 2023. nossos impostos que são arrecadados na Zona Franca Portanto, Sr. Presidente, este é um momento de de Manaus. Esses recursos, infelizmente, estão con- reflexão, de reconhecer esses avanços, mas também tingenciados pelo Presidente da República, e estamos de avaliar quais os próximos passos que poderemos pedindo a liberação desses recursos. dar para que os salários atinjam um patamar que possa Sr. Presidente, gostaria de fazer um agradecimen- dar dignidade aos trabalhadores brasileiros. to – já o fizemos ontem – à Ministra Dilma e também ao Fui Relator da LDO de 2005 – essa mesma LDO Presidente Lula por terem, enfim, assinado a licença que é votada todos os anos e que espero seja votada ambiental pelo Ibama e a liberação do Complexo do hoje à noite pelo Congresso Nacional – e tive, Sena- Madeira: Usina de Jirau e a Usina de Santo Antonio, dor Sibá Machado, a oportunidade de introduzir na lei no Estado de Rondônia. anual um dispositivo que criou um piso para o reajuste Serão gerados lá em torno de 6.500 megawat- do salário mínimo daquele ano. Houve, naquele tempo, ts, o que não vai, praticamente, atender ao Estado de um debate em torno da proposta, a qual estabelecia Rondônia. A energia está saindo não por ser bom para que o aumento do mínimo não poderia ser menor do Rondônia, mas porque é bom para o Brasil, para que que a soma da inflação e do crescimento do Produto não tenhamos mais um apagão em nosso País. Interno Bruto do País. Conseguimos aprová-la com o Cumprimento, então, o Presidente Lula pela sua apoio decisivo do então Presidente da Comissão Mista determinação, pela sua coragem desde o início. Enfim, de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, o Mi- estamos concluindo, estamos saindo do papel e par- nistro Paulo Bernardo, e do Senador Aloizio Mercadan- tindo para a realidade. Energia limpa, Sr. Presidente. te, que era, àquela época, Líder do Governo. Os dois Meus cumprimentos também à Ministra Dilma, que, se encarregaram de convencer a equipe econômica 18 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23180 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 do Governo da viabilidade da proposta, um patamar criado ainda no Governo Getúlio Vargas. É uma po- mínimo sobre o qual o salário foi reajustado, tomando lítica que, com certeza, permanecerá por muito mais por base, já aí num acordo com o Governo, o cresci- tempo ainda, mas precisamos encontrar um elemento mento do PIB per capita. de proteção dos ganhos reais do salário mínimo. V. Exª Sr. Presidente, não quero, no entanto, colocar-me está coberto de razão. O que pesa é aquele debate so- como um precursor de um debate que já vem de muito bre os impactos, principalmente na Previdência. Cada longe, visto que essa postura não seria coerente com a real colocado sobre o salário mínimo impacta em até minha história política nem com a luta antiga de outros R$150 milhões a folha da Previdência. Portanto, se Parlamentares. O Senador Paulo Paim, por exemplo, é no Brasil o fantasma da inflação está cada vez mais uma referência quando se trata da luta em defesa de distante, se temos no Brasil um equilíbrio de contas um salário mínimo mais digno. Inclusive, lamento saber um pouco mais firme, se sonhamos com um PIB da que o Senador Paulo Paim está ausente dos nossos ordem de até 5%, se a infra-estrutura vai ser feita, se trabalhos por motivo de doença de um filho. Faço votos tanta coisa maravilhosa vai ser feita, nada melhor do para que ele retorne logo aos trabalhos desta Casa que encontrarmos aquilo que é o melhor índice de com o seu filho plenamente recuperado. distribuição de renda no Brasil, que é o salário míni- Portanto, aquilo que construímos naquela época, mo. Portanto, estou fazendo este aparte para dizer o em 2005, acabou servindo de base para que o Gover- quanto respeito V. Exª por ter avançado numa política no Federal enviasse, desde então, a mesma regra de pela qual o Senador Paulo Paim tanto lutou – duran- correção na LDO e, agora, estejamos debatendo uma te todos os mandatos de Deputado Federal que teve regra permanente. mais o de Senador da República. V. Exª encontrou o No entanto, todos sabemos que o caminho em caminho mais curto possível, tanto é que os debates busca de um salário mínimo digno é longo e estamos a respeito do salário mínimo, agora, são muito civili- apenas na metade do seu curso. Apesar dos avanços zados aqui nesta Casa. Parabéns a V. Exª! alcançados, o nosso salário ainda é muito baixo. Um O SR. GARIBALDI ALVES FILHO (PMDB – dos parâmetros comparativos para o salário mínimo RN) – Senador Sibá Machado, obrigado pelo seu é a sua relação com a renda per capita. Pode-se afe- aparte. rir desse resultado o grau de desigualdade de uma Na verdade, até que poderíamos ter um salário sociedade. maior. O mercado de trabalho comporta um aumento Pois bem, a América do Sul apresenta como mé- mais generoso, entretanto, temos um sério limitador, dia um salário mínimo equivalente a 4,57% da renda que é o próprio Estado. O salário mínimo vem deixan- per capita do Continente. Para atingir esse patamar, o do de ser uma referência expressiva para o mercado nosso salário deveria ser de R$496,00. de trabalho e se constitui hoje naquilo que V. Exª falou Pois não, Senador Sibá Machado, ouço V. Exª. há pouco: em um indexador da Previdência e de be- O Sr. Sibá Machado (Bloco/PT – AC) – Em pri- nefícios sociais como o seguro-desemprego, o abono meiro lugar, quero testemunhar que V. Exª realmente salarial e a assistência social prevista na LOAS para foi decisivo para que pudéssemos encontrar um dis- idosos e portadores de deficiência física pertencentes positivo de longo prazo, mais permanente, para uma a famílias de baixa renda. política de recuperação e valorização do salário mínimo Cada real de aumento do salário mínimo repre- no País. Sei que, nos tempos do Presidente Fernando senta um gasto adicional anual de R$179 milhões para Henrique, adotou-se o método de que cada Estado, a União. Os estados da federação e, principalmente, além do piso nacional, da política nacional para o sa- os Municípios não comportariam um salário mínimo lário mínimo, poderia fazer alterações. Tal configuração de R$496,00, por exemplo, se escolhêssemos como deu certo em alguns lugares, já que, com certeza, em parâmetro o percentual do salário frente à renda per muitos dos Estados brasileiros, as transferências na- capita na América do Sul. cionais são as principais fontes de receita. Sr. Presidente, apesar do apelo de V. Exª, peço O SR. GARIBALDI ALVES FILHO (PMDB – RN) apenas mais um pouco de sua tolerância com relação – Vou inclusive, se V. Exª me permite apartear o apar- ao tempo. teante, abordar essa questão. Conseguimos, porém, com todos esses percal- O Sr. Sibá Machado (Bloco/PT – AC) – Ouvirei ços, definir uma regra de aumento para o salário que, com atenção V. Exª. Então, temos um salário mínimo se de um lado dará maior dignidade às famílias que o JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 19 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23181 recebem, não representará aumento incompatível das Diversas razões levaram a um resultado insuficiente, contas públicas. Hoje, o trabalhador, o aposentado, os uma delas seria a possibilidade de, com pisos regionais, beneficiários do sistema de seguridade social, podem a iniciativa privada procurar os Estados que pagassem dormir sossegados sem correr o risco de ver o valor dos os menores salários para mão-de-obra de semelhan- seus salários corroído pelo tempo. Pelo contrário, têm a te qualificação. Esse dispositivo gerou também uma garantia de que o crescimento da economia repercutirá injustiça: como somos cidadãos do mesmo País, não positivamente nos seus salários. Terão um ganho real seria justo, então, estabelecer que um trabalhador que todo ano, de acordo com o crescimento do PIB. exerce uma determinada atividade no Rio Grande do Não obstante essa importante conquista, temos Sul tivesse um piso salarial maior do que um trabalha- que nos voltar para o mercado de trabalho. Excetuan- dor da mesma atividade, com igual qualificação, que do-se os Estados mais pobres, o salário mínimo não é a exercesse no Rio Grande do Norte. mais referência expressiva para os trabalhadores eco- Portanto, este é o momento de intensificar o de- nomicamente ativos. Os salários pagos na indústria, bate em torno de pisos diferenciados por categoria no setor de serviços, no comércio, excluindo aqueles profissional. Só seremos uma Nação desenvolvida se que remuneram mão-de-obra sem nenhuma especia- tratarmos com dignidade os nossos trabalhadores. Te- lização, não possuem mais relação direta com o salá- mos que, então, buscar de todas as formas soluções rio mínimo. Quando possuem relação com o mínimo, para que os trabalhadores busquem melhores remu- contrariamente ao que se espera, os empregadores nerações. O Governo Federal seria um mediador das se utilizam do seu valor para deter o crescimento dos negociações entre empregados e empregadores. O salários de seus empregados. melhor salário possível para cada categoria ou ativi- Na verdade, existe um salário mínimo real, que dade econômica deve ser tenazmente procurado. É é aquele salário compatível para que a iniciativa priva- dessa forma, abrindo o debate para a sociedade, que da pague melhor os seus empregados, mas obtenha vamos construir uma sociedade mais justa. a margem de lucro própria de cada atividade. E qual Sr. Presidente, era o que tinha a dizer, descul- é esse salário? Cada categoria profissional, ou traba- pando-me pelo abuso do tempo. lhadores de uma determinada atividade econômica, Muito obrigado. poderia se reunir com os sindicatos patronais para O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) negociar patamares mínimos condizentes para cada – Agradeço a V. Exª, Senador Garibaldi Alves Filho. categoria. Já existem pisos nacionais para algumas Concedo a palavra, sem prejuízo da ordem das profissões determinados em lei. A minha proposta, inscrições, ao próximo orador inscrito, Senador Moza- que está expressa em projeto, permite que se inicie rildo Cavalcanti. no País uma ampla negociação em torno dos salários O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (Bloco/PTB do mercado de trabalho – esse projeto, Sr. Presidente, – RR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do está na Comissão de Justiça e, hoje, se não fosse a orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, lerei ausência, que eu já expliquei aqui, do Senador Paulo trecho de uma entrevista publicada na revista Istoé, Paim, ele poderia ter sido debatido. nesta semana: Esse debate só é possível porque já se estabe- É difícil dizer que o aquecimento global é global. leceu uma regra para o aumento do valor real do mí- O Hemisfério Sul é diferente do Hemisfério Norte e, a nimo. Se não tivéssemos essa regra, estaríamos com partir disso, é complicado pegar uma temperatura e falar a possibilidade de criar outros pisos, levando o valor em temperatura média global. Os dados dos 44 Estados do salário mínimo praticamente à estagnação, o que contíguos dos EUA, que têm uma rede de medição bem não seria justo com aposentados, beneficiários do go- mantida, mostram que, nas décadas de 30 e 40, as tem- verno, funcionários públicos e certos trabalhadores do peraturas foram mais elevadas que agora [vejam bem mercado de trabalho que ainda recebem o mínimo. No que, nas décadas de 30 e 40, as temperaturas médias entanto, hoje já se pode pensar em pisos diferenciados. foram mais elevadas do que agora]. A maior divergência Já se pode avançar nesse sentido, Sr. Presidente. está no fato de quererem imputar esse aquecimento às O meu projeto prevê, Senador Sibá Machado, a atividades humanas [da forma como estão dizendo, o revogação dos pisos regionais, que foi uma iniciativa aquecimento se deve exclusivamente à atividade humana], do Governo do Presidente Fernando Henrique. Poucos particularmente há queima de combustíveis fósseis, como Estados estabeleceram esse piso mínimo diferenciado. petróleo e carvão, e à agricultura, atrás da agropecuária, 20 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23182 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 que libera metano. Quando a gente olha a série temporal fato que nos leva a pensar com muita cautela de 150 anos usada pelos defensores da tese do aqueci- sobre esse tema]. mento, vê claramente que houve um período, entre 1925 Eu tenho fotos da capa da Time em 1945 e 1946, em que a temperatura média global sofreu um que dizia: “O mundo está fervendo” [portanto, aumento de cerca de 0,4 grau centígrado. Aí a pergunta há mais de 60 anos, o mundo estava fervendo,

é: esse aquecimento foi devido ao CO2? Como, se, nes- já dizia a capa da revista Time]. Depois, em sa época, o homem liberava para a atmosfera menos de 1947, as manchetes diziam que estávamos 10% do que libera hoje? Depois, no pós-guerra, quando indo para uma nova era glacial. Agora, de novo a atividade industrial aumentou e o consumo de petróleo se fala em aquecimento. Não é que os eventos também, houve uma queda nas temperaturas. sejam cíclicos, porque existem muitos fatores Há dez anos, descobriu-se que o oceano Pací- que interferem no clima global. Sem exagero, fico tem um modo muito singular na variação da sua eu digo que o clima da Terra é resultante de temperatura. Parece-me lógico que o Pacífico interfira tudo o que ocorre no universo [desde a erup- no clima global. Primeiro, a atmosfera terrestre é aque- ção de um vulcão, o aquecimento do oceano cida por debaixo, ou seja, temos temperaturas mais Pacífico etc]. Se a poeira de uma supernova altas aqui na superfície, e, à medida que se sobe, a que explodiu há 15 milhões de anos for den- temperatura vai caindo – na altura em que voa um jato sa e passar entre o Sol e a Terra, vai reduzir comercial, por exemplo, a temperatura externa chega a entrada de radiação solar no sistema e mu- a 45 ou 50 graus abaixo de zero. Ora, o Pacífico ocupa dar o clima. Esse ciclo de aquecimento muito um terço da superfície terrestre. Juntando isso tudo, provavelmente já terminou em 1998. Existem claro está que, se houver uma variação na temperatura evidências, por medidas feitas via satélite e por da superfície do Pacífico, vai afetar o clima. cruzeiros de navio, de que o oceano Pacífico está se aquecendo fora dos trópicos [fora da O painel [trata-se do Painel Intergover- região normalmente quente] – daí o derreti- namental sobre Mudança Climática, o IPCC] mento das geleiras –, e o Pacífico tropical [que não leva em consideração todos os dados. está na região da nossa Amazônia] está es- Outra coisa que incomoda bastante e que o friando, o que significa que estamos entrando Al Gore (ex-Vice-Presidente dos EUA e estrela numa nova fase fria. Quando esfria, é pior para do documentário “Uma verdade inconveniente” nós [brasileiros], porque, quando a atmosfera sobre mudanças no clima) usa muito é a con- fica fria, ela tem menor capacidade de reter centração de CO . O IPCC diz claramente que 2 umidade, e aí chove menos. Eu gostaria que a concentração atingida em 2005, de 339 par- aquecesse realmente, porque, durante o pe- tes por milhão, ou ppm, foi a maior dos últimos ríodo quente, os totais pluviométricos foram 650 mil anos. Isso é uma coisa muito ridícula. maiores, enquanto, de 1946 a 1976, a chuva Eles usam uma série iniciada em 1957 e não no Brasil como um todo ficou reduzida. fazem menção a medições de concentração As conseqüências para o Brasil são de gás carbônico anteriores. É como se nunca drásticas [se não houver, vamos dizer assim, ninguém tivesse se preocupado com isso. o aquecimento]. O Sul e o Sudeste devem

O aumento de CO2 não é um fenômeno sofrer uma redução de chuvas da ordem de novo. Nos últimos 150 anos, já chegou a 550, 10% a 20%, dependendo da região. Mas vai 600 ppm [agora, está em 339 ppm]. Como é ter invernos em que a freqüência de massas que se jogam fora essas medidas? Só porque de ar polar vai ser maior, provocando uma não interessam ao argumento? O leigo, quan- freqüência maior de geadas. A Amazônia vai do vê a coisa da maneira que é apresentada ter uma redução de chuvas e principalmente [frise-se que é apresentada pelo Sr. Al Gore e a Amazônia oriental e o sul da Amazônia vão que é repercutida mundialmente], pensa que ter uma freqüência maior de seca, como foi só começaram a medir nos últimos 50 anos. Al a de 2005. O Nordeste vai sofrer redução de

Gore usou no filme a curva de CO2 lá embai- chuva. O que mais me preocupa é que, do xo há 650 mil anos e, agora, decolando [é um ponto de vista da agricultura, as regiões sul do JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 21 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23183 Maranhão, leste e sudeste do Pará, Tocantins verdades dogmáticas, em que há unanimidade quase e Piauí são as que apresentam sinais mais religiosa sobre o tema. fortes. Essas regiões preocupam, porque são Ouço, inicialmente, o Senador Leomar Quintanilha a fronteira de expansão da soja brasileira. A e, em seguida, o Senador Sibá Machado. precipitação vai se reduzir e certamente vai O Sr. Leomar Quintanilha (PMDB – TO) – Se- haver redução de produtividade. Infelizmente, nador Mozarildo, tenho a impressão de que essa é a para o Brasil, é pior do que seria se houvesse primeira voz abalizada, a voz de um cientista, que se o aquecimento [no caso, para o Brasil, o aque- contrapõe à manifestação de inúmeros cientistas que cimento é melhor]. firmaram o Relatório da ONU. E o interessante é que Senador Quintanilha, em seguida, concederei o vem exatamente em sentido contrário àquela afirma- aparte a V. Exª. Apenas gostaria de concluir mais um ção e que faz um alerta muito forte ao mencionar que tópico da entrevista: pode ter sido outro interesse, que não o conservacio- nista, que tenha levado à conclusão amplamente di- Quando eu digo que muito provavelmen- te estamos num processo de resfriamento, eu vulgada e que levou todos nós a termos essa grande faço por meio de dados [dados científicos]. O preocupação com o aquecimento planetário e com as IPCC, o nome já diz [repito que se trata do Pai- reações fortes da natureza. nel Intergovenamental sobre Mudança Climá- (Interrupção do som.) tica], é constituído de pessoas que são desig- O Sr. Leomar Quintanilha (PMDB – TO) – Sr. nadas por seus governos. Os representantes Presidente, aproveitando a generosidade de V. Exª, do G-7 não vão aleatoriamente [eles não vão peço-lhe que nos conceda mais dois minutos. Falo por para lá por mérito científico, não!]. Vão defender um minuto, e o Senador Sibá, por mais um minuto. os interesses de seus governos. No momento O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) em que começa uma pressão desse tipo, eu – Isso seria muito bom, visto ser o tema muito impor- digo que já vi esse filme antes, na época do tante, mas, conforme o Regimento, o limite máximo discurso da destruição da camada de ozônio para cada aparteante é de dois minutos. Peço a com- pelos CFCs [chamo a atenção de V. Exªs], os compostos de clorofluorcarbonos. Os CFCs ti- preensão por causa dos outros inscritos. nham perdido o direito de patente [vejam bem!] O Sr. Leomar Quintanilha (PMDB – TO) – Agra- e haviam se tornado domínio público [qualquer deço-lhe, Sr. Presidente. Vou concluir, Senador Moza- um podia fabricar]. Aí inventaram a história de rildo, imaginando o seguinte: talvez, seja importante, que esses compostos estavam destruindo a se for da conveniência desse cientista... Poderia repetir camada de ozônio. Começou exatamente com o nome dele, por gentileza? a mesma fórmula de agora. Em 1987, sob a O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (Bloco/PTB liderança de Margaret Thatcher, fizeram uma – RR) – Inclusive, comecei meu discurso fazendo essa reunião em Montreal de onde saiu um proto- leitura, sem citar o nome do autor do texto, para con- colo que obrigava os países subdesenvolvidos cluir, dizendo que essas palavras não são minhas, mas a eliminar os CFCs. O Brasil assinou. Depois, do cientista Luiz Carlos Molion. ficamos sabendo que assinou, porque foi uma O Sr. Leomar Quintanilha (PMDB – TO) – Ele das condições impostas pelo FMI para reno- é brasileiro? var a dívida externa brasileira. É claro que O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (Bloco/PTB o interesse por trás disso certamente não é – RR) – É brasileiro, mas está no exterior há muito conservacionista. tempo e pesquisa essa questão a fundo. Ouço, com a permissão do Presidente, os dois O Sr. Leomar Quintanilha (PMDB – TO) – É apartes e concluirei, em seguida. É importante que te- uma pena, porque eu ia sugerir a possibilidade de nhamos a coragem de trazer este tema para discussão, convidá-lo a vir à Comissão do Meio Ambiente, a fim senão todos ficam mais ou menos intimidados, porque, de que pudéssemos ampliar um pouco mais essa dis- como passa a ser uma verdade global, o que se fala cussão, estabelecendo o contraditório e o contraponto ao contrário não é politicamente correto. E, como sou com pessoas que defendem a opinião do Relatório da um homem de formação científica, não gosto dessas ONU. Mas vamos buscar uma forma, quem sabe com 22 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23184 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 ele mesmo, com sua disposição de brasileiro de poder relatório tem muito fundamento quando diz que, na vir dar essa contribuição. Agradeço a V. Exª. velocidade que está o processo de industrialização, O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (Bloco/PTB se não houver cuidado com as energias mais limpas, – RR) – Agradeço-lhe e penso que a idéia de V. Exª inevitavelmente encurtaremos nossa já curta experi- é muito oportuna, porque, em ciência, não se pode ência de vida na face da Terra. Agradeço a V. Exª pelo aceitar uma verdade pronta e acabada. Tem de haver tema que traz hoje para nosso debate. realmente o contraponto, o debate e o contraditório O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (Bloco/PTB amplo, porque impingir ao mundo todo essa história – RR) – Nobre Senador, apenas lembro, dentro do que V. – e aqui, nesse artigo, ele diz muito claramente – é Exª falou, que, há 60 anos, o clima foi mais quente. uma jogada realmente comercial das potências ricas, Ouço o Senador Jefferson Péres e, em seguida, não levando em conta uma série de dados científicos. concluirei. Não é questão de gosto. O Sr. Jefferson Péres (PDT – AM) – Sr. Presi- Senador Sibá, concedo-lhe o aparte. dente, falarei por um minuto, rigorosamente. Senador Mozarildo Cavalcanti, concordo com V. Exª no sentido O Sr. Sibá Machado (Bloco/PT – AC) – Sena- de que não há verdades absolutas. Nunca se saberá se dor Mozarildo, desculpe-me, mas realmente o tempo o aquecimento é fruto principalmente de um processo é muito curto. O Presidente vai me conceder os dois cíclico ou o quanto se deve à ação humana. Uma par- minutos? te se deve à ação humana, com certeza. Em segundo O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) lugar, vejo com muita cautela essas teses conspirató- – Absolutamente, pois S. Exª já está no período de rias. Foram milhares de cientistas da ONU, inclusive prorrogação. de países pobres. Será que todos essas cientistas são O Sr. Sibá Machado (Bloco/PT – AC) – Mas só ingênuos ou são desonestos para estarem a serviço faltam quatorze segundos... de interesses inconfessáveis? Não acredito nisso. O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) Em terceiro lugar, se fosse uma conspiração do G-7, – Por favor, peço sua compreensão, porque ainda há por que exatamente o governo de George W. Bush é 25 oradores inscritos e o tempo do Senador Mozarildo que não aceita o aquecimento global e não assinou o Cavalcanti já está encerrado. Protocolo de Kyoto? Então, há alguma coisa falsa na O Sr. Sibá Machado (Bloco/PT – AC) – Senador tese do cientista. Mozarildo Cavalcanti, V. Exª traz um tema provocante. O SR. MORAZILDO CAVALCANTI (Bloco/PTB Esse é um contraponto direto a todos os pesquisado- – RR) – Fiz questão, Sr. Presidente – V. Exª também é res que trabalharam no relatório do IPCC. Quero di- médico – de trazer este artigo do cientista Luiz Carlos zer apenas que, nesse debate, precisamos ter muita Molion, que é professor e que, inclusive, participou da serenidade, mas, em um ponto, concordo com o rela- Rio-92 e foi um dos grandes debatedores dessa questão, tório muito seriamente. Pode até ser que os números porque penso que esse assunto realmente merece ser sejam muito fantasiosos, que haja muita catástrofe, debatido no Senado, em vez de, simplesmente, apres- muita coisa dessa natureza, mas há um fundamento sarmo-nos em dar aplausos ao Mr. Al Gore e em não básico: há uma acelerada transformação das riquezas nos aprofundarmos nessa questão, principalmente se naturais e o uso de energias muito sujas para produ- considerarmos que a Amazônia é colocada como a vilã ção das nossas riquezas, com um efeito, portanto, na dessa história do aquecimento global, quando, na ver- natureza. Até que ponto esse efeito vai demorar e a natureza terá capacidade de absorvê-lo, naturalmente dade, ela é vítima desse processo de aquecimento. não sabemos disso. Então, é um ponto de vista, é um Sr. Presidente, requeiro a publicação, na íntegra, debate. O Governo americano, até o presente momen- desse artigo como parte do meu pronunciamento e vol- to, não quis assinar o Protocolo de Kyoto, tem se re- tarei ainda com outros detalhes, porque não é apenas cusado a assinar uma série de tratados internacionais esse cientista que diz isso. para os cuidados ambientais e, inclusive, relutou em Muito obrigado. assinar esse relatório do IPCC desde o primeiro mo- mento. O Presidente George Bush veio entender isso DOCUMENTO A QUE SE REFERE O agora, veio compreender e absorver isso no seio do SR. SENADOR MOZARILDO CAVALCANTI seu governo agora. Então, como de tudo o que vem de EM SEU PRONUNCIAMENTO. lá nós desconfiamos, estou com V. Exª e com o autor (Inserido nos termos do art. 210, inciso dessa matéria em tese, mas continuo achando que o I e § 2º, do Regimento Interno). JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 23 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23185 24 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23186 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 25 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23187 26 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23188 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB – AP) Aliás, cabe, aqui, a transcrição de um aparte de – Muito obrigado, Senador Mozarildo Cavalcanti. a Franco Montoro, quando o Senador Concedo a palavra ao nobre Senador Pedro Si- paulista usava a tribuna. mon, como orador inscrito. Disse o grande político mineiro: V. Exª dispõe de dez minutos. Em hora tormentosa de nossa História, V. Exª é o 13º orador e tem o privilégio de con- tivemos a honra de participar do mesmo Go- seguir falar às 16 horas. verno. V. Exª foi um extraordinário Ministro do E a honra é nossa de ouvi-lo. Trabalho; mais do que isso, eu diria o Ministro O SR. PEDRO SIMON (PMDB – RS. Pronuncia o da paz social. Em 1962, os movimentos gre- seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presi- vistas que tivemos que enfrentar, naquela hora dente, Srªs e Srs. Senadores, a Fundação do Memorial incerta e vacilante, V. Exª, com a segurança da América Latina estará realizando, a partir de 16 des- do seu talento, com o seu espírito público e a te mês, um seminário intitulado “O Legado de Franco Montoro”, que visa refletir sobre a vida e a obra desse sua extraordinária capacidade de servidor do importante brasileiro, homem público que foi referência povo, conseguiu resolver pelo entendimento. ética durante sua longa vida política. Há ainda mais, V. Exª tem todos os motivos de Quero hoje aqui falar um pouco sobre o meu ami- se orgulhar de haver sido o Ministro do Tra- go, sobre o meu irmão, o querido Franco Montoro. balho que implantou o salário-família e, mais Recentemente publiquei um livro em que traço ainda, o Ministro que implantou os sindicatos a biografia dos homens que conduziram o povo brasi- rurais, como instrumento para uma reforma leiro na sua marcha da volta à democracia, depois do agrária pacífica. Há, na sua vida pública, uma Golpe de 64. São eles: Ulysses Guimarães, Teotônio característica singular: o parlamentar nunca Vilela, Tancredo Neves, Mário Covas, , conseguiu desvencilhar-se de sua condição de Leonel Brizola e Franco Montoro. Infelizmente, neste professor. V. Exª foi sempre o homem que luta momento dramático que estamos atravessando agora, ensinando, e eu tenho certeza de que V. Exª são raros os homens públicos que gozam do respeito fará, no Governo de São Paulo, uma imensa pleno e do carinho real dos nossos concidadãos. universidade da democracia brasileira. Franco Montoro foi um dos mais destacados bra- Apesar dos duros embates, Montoro não fazia sileiros do Século XX. Principal líder parlamentarista inimigos. Pela sua inteligência, pela sua cordialidade, brasileiro, foi pioneiro na defesa da democracia cristã. ou fazia amigos, ou fazia, pelo menos, admiradores. Líder político inconteste do Estado de São Paulo, por Lembro, também, o seu espírito de renúncia, várias décadas recebeu inúmeros mandatos – verea- que era muito grande, pois só ele explica que Monto- dor, deputado, ministro, senador e governador –, que ro não tenha ocupado a Presidência da República, já lhe foram concedidos pelo povo paulista. que era homem que tinha todas as qualidades de um Quero mencionar aqui, inicialmente, algumas ca- racterísticas de Franco Montoro que o transformaram grande estadista. num grande líder político. Era cauteloso, moderado e Como conhecedor profundo da nossa cultura sensato. Destacava-se, também, por estudar com pro- política, Montoro acreditava que apenas com o parla- fundidade os problemas que analisava no Parlamen- mentarismo nós poderíamos nos livrar das pragas do to. Era um político de larga visão. Não se limitava ao populismo, da corrupção, do clientelismo, do fisiologis- dia-a-dia dos problemas nacionais, buscava soluções mo, do nepotismo, do empreguismo e do autoritarismo permanentes. Olhava para o futuro. Era a voz da se- que há tanto nos infelicitam. renidade, do equilíbrio e da sabedoria. Montoro lutava pela união dos povos da Améri- O meu amigo Franco Montoro era o companheiro ca Latina, desde antes de ter surgido a idéia do Mer- com o qual se podia contar em todos os momentos, em cosul. Um artigo da Constituição revela seu sonho de especial nos mais difíceis. Sempre contei com o seu integração latino-americana. Essa foi uma das suas apoio e com o seu incentivo, mesmo nos seus últimos preocupações como Presidente de Honra do Instituto anos de vida, quando nos encontrávamos em partidos Latino-Americano, cargo que exerceu de 1987 a 1994. diversos, mas, no fundo, sempre lutando pelas mesmas Montoro influiu, decisivamente, para a aprovação do causas, que podem ser resumidas em poucas palavras: dispositivo constitucional que dispõe que o Brasil bus- democracia, justiça social e liberdade. cará a integração econômica, política, social e cultural JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 27 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23189 dos povos da América Latina, para a formação de uma propaganda que existia naquela época, eu gostava comunidade latino-americana de nações. do que ouvia falar a respeito dele. No momento em Católico, Franco Montoro foi um dos líderes da que me aproximei da urna, recebi, de um dos tantos democracia-cristã e obteve, nas urnas, três mandatos cabos eleitorais, um papelzinho com os nomes e nú- pelo antigo PDC. Após uma brilhante passagem pelo meros em que eu deveria votar. Um desses nomes, MDB e pelo PMDB, foi um dos criadores do PSDB. que tenho bem gravado na memória, foi o de Franco Ao lado de Ulysses Guimarães e de Tancredo Montoro para o Senado da República. Tenho orgulho, Neves, ele esteve no comando da luta pela recon- então, de ter participado desse fato que V. Exª cita no quista da democracia, batalha que nos tomou longos seu brilhante pronunciamento. Muito obrigado. 20 anos depois de 1964. Montoro era o Governador O SR. PEDRO SIMON (PMDB – RS) – Meus de São Paulo em 1984, pelo PMDB, quando eclodiu o cumprimentos a V. Exª. movimento pelas Diretas Já, do qual foi um dos gran- Quatros anos depois, em 1982, já pelo PMDB, des líderes. foi eleito Governador do Estado de São Paulo na pri- Quando houve a extinção dos partidos pelo re- meira eleição direta para o Governo do Estado desde gime militar, Montoro fez a opção mais difícil: ligou-se 1965, com 5,5 milhões de votos, mais do que o dobro ao MDB, o partido do “não” à ditadura. Em 1970, em do segundo colocado. eleições realizadas já dentro da nova e difícil situação No Palácio dos Bandeirantes, Franco Montoro política, Montoro foi eleito Senador por São Paulo com assumiu, desde o início, a defesa das eleições diretas mais de dois milhões de votos, apesar das restrições para Presidente da República, tornando-se um dos lí- estabelecidas pelo regime. Foi um dos cinco Senado- deres do apoio à emenda Dante de Oliveira. res eleitos pela Oposição. Sua principal tarefa política, Foi num comício na Praça da Sé, em São Paulo, a seguir, foi a estruturação do MDB, além da organi- que teve início o movimento Diretas Já, que tomou as zação de campanhas pela redemocratização em todo ruas do País e acabou por decretar o fim do regime o País. Sua atuação para a construção do MDB foi militar. fundamental para o vitorioso desempenho do partido O Governo Montoro destacou-se pela descen- nas eleições parlamentares de 1974, quando o parti- tralização administrativa, procurando devolver certas do elegeu nada menos que 16 Senadores. Ao fim de tarefas de Estado para os Municípios e viabilizando a seu primeiro mandato de Senador, em 1978, Montoro participação popular. Por outro lado, realizou uma ad- reelegeu-se com 4,8 milhões de votos. ministração austera e fiscalmente responsável, exem- O Sr. Jefferson Péres (PDT – AM) – Um brevís- plar no trato do dinheiro público. Sua administração foi simo aparte ao seu discurso, comovido e comovente, exemplar, sem máculas. a respeito de um grande homem que tive a ventura Quando se discutiu sua sucessão, Montoro era de conhecer. Franco Montoro era um Político com “p” contra a candidatura de Orestes Quércia, mas jamais maiúsculo, homem de elevada qualificação moral e movimentou uma palha para que não se cumprisse intelectual, mas a pergunta melancólica que deixo no ou não se respeitasse a decisão da Convenção, que ar, Senador Pedro Simon, é: como se estaria sentindo, acabou por indicar Orestes Quércia candidato a Go- hoje, se Senador fosse Franco Montoro? vernador. O SR. PEDRO SIMON (PMDB – RS) – Sem res- Lembro-me de quando Montoro me procurou, posta, Senador. triste e amargurando, dizendo que o PMDB não tinha O Sr. Sibá Machado (Bloco/PT – AC) – Sena- jeito. Ele insistiu comigo, então Governador do Rio dor Pedro Simon, permite-me perturbar um pouco o Grande do Sul, para acompanhá-lo num novo Partido. raciocínio de V. Exª? Lá estava eu, com ele, na sede do Governo do Esta- O SR. PEDRO SIMON (PMDB – RS) – Pois do – ele e Mário Covas –, insistindo para que eu os não. acompanhasse na organização desse novo Partido. Eu O Sr. Sibá Machado (Bloco/PT – AC) – Se foi no não o acompanhei, mas pensei: “Se o Montoro está ano de 1978 que Franco Montoro recebeu esse número tomando uma posição dessas, eu que o conheço, é de votos que V. Exª citou, um deles foi o meu. porque a situação, realmente, é dramática, e ele deve Votei em Franco Montoro como candidato ao ter razões muito profundas”. Senado da República, no ano de 1978, quando eu re- Também devo destacar aqui o Montoro intelectual sidia em São Paulo. Eu era muito garoto e não sabia e professor, que ajudou a formar incontáveis juristas atu- direito o que estava acontecendo, mas, pela pouca ando como mestre de Direito da Pontifícia Universidade 28 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23190 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 Católica de São Paulo e na Universidade de Brasília. Agora, quando São Paulo se prepara, por inter- Num tempo de autoritarismo, ele dizia que era impor- médio da Fundação Memorial da América Latina, a tante transmitir aos seus alunos, além da importância prestar uma grande homenagem a Montoro, com um fundamental do Direito, a esperança no futuro. grande seminário, eu, que convidado, não poderei es- Na transição para a democracia, Montoro foi um tar lá, daqui, desta tribuna, rendo a homenagem que, dos mais destacados líderes políticos da década de 70. tenho a certeza, neste fim de semana a América Latina Coube a essa geração o resgate da atividade política estará prestando à memória de Tancredo Neves. como o único instrumento viável para a busca efetiva Muito obrigado, Sr. Presidente. da justiça social. Durante o discurso do Sr. Pedro Simon, A alternativa comunitária, a descentralização, a o Sr. Papaléo Paes, Suplente de Secretário, austeridade no gasto dos recursos públicos, a respon- deixa a cadeira da presidência, que é ocupada sabilidade fiscal, a ênfase na participação e a preocu- pelo Sr.Mão Santa. pação com o desenvolvimento e a justiça social foram O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB – PI) as grandes metas de Franco Montoro. Realmente, vo- – Os nossos aplausos à homenagem a Franco Mon- cacionado para a política e a defesa da coisa pública toro feita pelo Senador do Rio Grande do Sul, Pedro deixou um exemplo de vida limpa. Simon. Tenho dois exemplos que acompanhei, de perto, Consultando a lista de oradores, chamamos para na vida de Montoro. Primeiro, na sucessão do MDB. usar da tribuna o próximo orador inscrito, Senador Oscar Passos era Presidente, Montoro era primeiro Geraldo Mesquita Júnior, que representa o Estado do Vice-Presidente, Ulysses Guimarães era terceiro Vice- Acre, cujo Partido é o PMDB. Presidente, e surgiu um impasse: Rio de Janeiro tinha O SR. GERALDO MESQUITA JÚNIOR (PMDB três Senadores, era a facção mais forte do MDB, não – AC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do havia ninguém na Executiva. E, numa reunião fecha- orador.) – Senador Mão Santa, que preside esta ses- da com a Executiva, exigiu-se porque exigiu-se uma são, Srªs e Srs. Senadores, se se confirmar a votação Vice-Presidência. Reunidos e debatendo a matéria, da LDO, prevista para o final do dia de hoje, cuja reali- um dos dois tinha de renunciar. São Paulo tinha dois zação está sendo preparada pela Senadora Roseane, Vice-Presidentes: Montoro, primeiro Vice-Presiden- que está na articulação do Governo no Congresso Na- te e Ulysses terceiro Vice. Na hora, Montoro abriu cional, esta talvez seja uma das últimas sessões antes mão. Ulysses ficou quieto, não falou, não disse uma do recesso parlamentar, recesso muitas vezes mal palavra, e Montoro abriu mão. E, naquele momento, compreendido pela sociedade, mas necessário para Ulysses assumia a Vice-Presidência, e Oscar passos aqueles que trabalham duro nesta Casa. Confesso a não se elegendo renunciava, e a Presidência do Par- todos que neste momento já estou meio exaurido, e tido ficou com Ulysses Guimarães. Presidência essa o recesso, muitas das vezes, significa mais trabalho que poderia e tinha todas as condições de estar com inclusive, porque, nos nossos Estados, o que mais fa- Franco Montoro. zemos é andar, visitar, conversar e colher o sentimento Lembro-me que quando se iniciou a campanha da população para voltarmos a esta Casa revigorados para a candidatura à Presidência da República, Mon- para os novos embates. Mas preparo-me para esse toro era Governador de São Paulo. E quando caiu a recesso com o coração apertado, com uma certa tris- Emenda das Diretas, e o MDB resolveu participar das teza ao ver que a mobilização de uma categoria inteira eleições indo ao Colégio, havia um movimento de Go- – refiro-me aos servidores do Ibama – não conseguiu vernadores para que Montoro fosse o nosso candidato. sensibilizar o Governo Federal no sentido de alongar, Montoro reuniu os Governadores à época do MDB e elastecer o tempo de discussão de uma matéria tão lançou a candidatura de Tancredo Neves. Ele é que importante, enviada para nesta Casa por intermédio poderia ter sido o candidato a Presidente da Repúbli- de medida provisória, quando deveria estar sendo tra- ca, ele que era Governador do maior Estado; ele que balhada na forma de um projeto de lei. Mas, enfim, é tinha o apoio do Paraná, outro Estado importante, com do embate político, é do contraditório, é do confronto, o Richa, também vindo do PDC, ele preferiu que Tan- é do processo democrático. credo fosse o candidato. E Tancredo foi o candidato. Mas o que mais me entristece é que essa cate- Assim era Franco Montoro: um homem de idéias, um goria que em greve, não por reajuste salarial, mas por homem de ideal, um homem de princípios. uma interpretação legítima de um fato relevante para a JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 29 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23191 sua atuação profissional, tem sido objeto de medidas E hoje eu ocupo esta tribuna apenas para dizer administrativas de cerceamento ao movimento grevista, que estou com o coração apertado. A tristeza é grande que, no meu entender, extrapolam os limites do con- por ver um movimento como esse, legítimo, chegar ao traditório, da prática democrática, do confronto – que é ponto do exaurimento, porque não apreciamos aqui a natural –, para se transformarem em atos que beiram Medida Provisória. a retaliação, a ameaça, o que não é desejável para Os trabalhadores paralisaram para expressar a ninguém, para o Governo, para os trabalhadores. sua opinião e o seu entendimento sobre a questão. Antes de subir a esta tribuna cruzei com o Senador Não ouvi de ninguém isso, mas sinto que, pelo exau- Suplicy e avisei a S. Exª que iria citá-lo neste discurso rimento, terão, talvez, de fazer um recuo estratégico: e que, em seguida, eu faria, faço agora inclusive, do suspender o movimento grevista e voltar ao trabalho. plenário, uma solicitação: Senador Eduardo Suplicy, V. Mas não merecem, Senador Eduardo Suplicy e Srs. Exª que tem trânsito e que é amigo fraterno da nossa Senadores, um tratamento humilhante. Não merecem queridíssima e estimada Ministra Marina Silva, Senador um tratamento dessa sorte. Creio que demonstraram, Suplicy que goza do respeito dos trabalhadores brasi- inclusive, a altivez de iniciar um movimento grevista leiros, em particular dos trabalhadores do Ibama, faço sem reivindicação salarial para se envolverem em uma a solicitação no sentido de que V. Exª abra um canal grande discussão no País e dentro deste Congresso, e de diálogo e interceda por uma categoria enorme de creio não merecem um tratamento dessa ordem. profissionais que talvez tenha que fazer um recuo es- Senador Eduardo Suplicy, concedo a V. Exª um tratégico, quem sabe até suspender o movimento gre- aparte, com muito prazer. vista, por absoluto exaurimento, depois de passar todo O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT – SP) – Se- esse período tentando expor ao Congresso Nacional nador Geraldo Mesquita Júnior, em verdade, o movi- e ao País seu ponto de vista, que devemos respeitar. mento de protesto e de reivindicação dos servidores Mesmo aqueles que discordam devem respeitar, pois do Ibama atingiu ontem um objetivo maior. Fui, muitas é o ponto de vista de uma grande categoria, de mais vezes, um dos Senadores que ouviu dos servidores do de 6 mil profissionais. Ibama que eles tanto queriam que houvesse a opor- Faço a V. Exª, Senador Eduardo Suplicy, um tunidade de um diálogo com a Ministra Marina Silva, apelo público, desta tribuna, para que interceda, no além de com os próprios Presidentes do Ibama e do sentido de que sejam revogadas ou suspensas medi- Instituto Chico Mendes, como ontem aconteceu com das administrativas adotadas e que, como eu disse, os Srs. Capobianco e Bazileu Alves Margarido. beiram a retaliação, a ameaça inclusive, contra uma Por aproximadamente quatro horas e meia, man- grande categoria. Eu me refiro a uma portaria edita- tivemos um diálogo do mais alto nível. E V. Exª foi um da pelo Presidente substituto do Ibama, que é seu dos Senadores que contribuiu para isso. Sou testemu- amigo, Dr. Bazileu, e que trata do corte de ponto dos nha da maneira gentil, cortês e respeitosa com que V. trabalhadores paralisados. E o mais grave: ameaça, a Exª se dirigiu – e aqui reitera em suas palavras – à meu ver, os trabalhadores que estão em estágio pro- Ministra Marina Silva... batório; ou seja, aqueles trabalhadores que passaram (Interrupção do som.) em concurso e não foram ainda efetivados, estão em estágio probatório. O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT – SP) – Con- A medida, Senador Eduardo Suplicy, é uma amea- forme V. Exª reiterou, é uma pessoa queridíssima de ça grave que há muito tempo eu não via ser perpetrada todos nós, do povo brasileiro. E conforme V. Exª me no País. A Portaria, em seu art. 2º, diz simplesmente ouviu dizer, ao final da audiência, transmitindo ao Pre- que em relação aos servidores em período de estágio sidente da Associação dos Servidores do Ibama, qui- probatório tal quesito será considerado fator determi- sera eu, se fosse servidor de algum Ministério, ter uma nante para fins de efetivação no serviço público. Isso é pessoa como a Ministra Marina Silva, por sua história cerceamento da liberdade de expressão, é cerceamen- de retidão, de busca e defesa do interesse público. to ideológico, é assédio moral, é, enfim, ameaça a um No caso, como Ministra do Meio Ambiente, com um conjunto de trabalhadores que legitimamente expres- histórico fantástico em defesa das diretrizes, normas sam seu posicionamento, sua opinião acerca de um e princípios de como preservar e melhorar o ambiente assunto tão grande e que ontem foi objeto de debate de nosso País: as florestas, os rios, as águas. Muitos na Comissão do Meio Ambiente, com a participação de nós fomos testemunhas aqui dos pronunciamentos de vários Parlamentares, inclusive de V. Exª. da Ministra Marina Silva, quando procurava sempre unir 30 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23192 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 os ensinamentos da Bíblia Sagrada com o que viveu Margarido para transmitir-lhe o que V. Exª aqui pronun- na floresta, tantas vezes nos ilustrando com exemplos ciou. Muito obrigado. dos que vivem na floresta, dos seringueiros, dos índios, O SR. GERALDO MESQUITA JÚNIOR (PMDB dos animais. Histórias formidáveis, relacionando-as – AC) – Senador Eduardo Suplicy, eu que agradeço. aos ensinamentos da Bíblia, como ensinamento para Saio daqui aliviado e certo de que tratativas serão en- a melhoria de nós seres humanos. Considero esse cetadas no sentido de colhermos uma solução satis- movimento algo de muita força. Respeitei os servi- fatória para esse caso. dores desde o primeiro dia em que nos procuraram. Com a permissão do Presidente Renan Calheiros, Procurei ouvi-los. Fui ao gabinete da Ministra e pedi concedo um aparte ao Senador Expedito Júnior. que houvesse – o que acabou finalmente acontecendo O Sr. Expedito Júnior (Bloco/PR – RO) – Senador ontem – um diálogo entre S. Exª, nós e os servidores. Geraldo Mesquita, eu estava aqui ouvindo atentamente Isso foi muito positivo, e um avanço aconteceu. Pude- o pronunciamento de V. Exª e também acompanhei o mos ouvir da Ministra Marina Silva a sua convicção aparte do Senador Eduardo Suplicy. Já fiz um apelo ao tão grande, por questões históricas, e por que avaliou Presidente Renan Calheiros para que não vote essa que seria necessário a medida provisória, procurando Medida Provisória nº 366 nem hoje nem amanhã. Di- distingui-la de outras situações, como ocorreu certo ferentemente do Senador Eduardo Suplicy, eu ontem dia, ao debater com V. Exª de que medida provisória saí da audiência com mais dúvidas ainda. Ontem eu vi nem sempre é o melhor instrumento. Agora, S. Exª que, no meu Estado de Rondônia, não seria fechada falou com convicção, e sua história nos faz respeitar nenhuma unidade do Ibama, e perplexo estou hoje ao o que ela considera ser o melhor. E eu respeito essa saber que em Rondônia só ficarão duas unidades, uma decisão. No que diz respeito ao apelo que V. Exª faz, no Município de Guajará-Mirim e outra no Município quero dizer que o considero viável e perfeitamente de Costa Marques. As demais unidades todas estarão possível, em especial se houver uma solução honrosa fechadas. Eu fui ontem àquela audiência pública, que para os servidores do Ibama. Tendo acontecido esse fizemos juntos para resolver os problemas, o gargalo diálogo tão positivo ontem, se, de hoje para amanhã, que está atrapalhando, principalmente com a criação for votada essa medida provisória – eles gostariam do Instituto Chico Mendes, mas saí de lá com mais que os Senadores dissessem “não”, mas é possível dúvidas. Portanto, faço um apelo ao Presidente Renan que, sobretudo depois de ouvirmos a Ministra Marina Calheiros, para que não vote hoje a Medida Provisória Silva, a maioria dos Senadores a aprove –, havendo, nº 366, que trata da divisão do Ibama. portanto, uma questão vencida e com os servidores (Interrupção do som.) do Ibama resolvendo sustar o movimento, vou trans- mitir ao Presidente Bazileu Alves Margarido, que é, de O Sr. Expedito Júnior (Bloco/PR – RO) – Faço fato, um amigo meu, essa sugestão de V. Exª. Quem um apelo a V. Exª para que não vote nem hoje nem sabe, por um gesto positivo da parte deles, possa ha- amanhã. Vamos tentar dirimir as nossas dúvidas. ver um sinal de compreensão. Acredito que o próprio O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB Presidente Lula, de quem emanou a ordem também – AL) – Peço permissão ao Senador Geraldo Mesquita – pois essa não foi uma ordem apenas do Presidente Júnior para dizer que, ontem, combinei com os Sena- Bazileu e da Ministra Marina Silva; foi expresso que dores aqui presentes que somente vamos votar mais deveria haver um rigor por parte do Presidente... Mas duas medidas provisórias; as restantes ficarão para eu acredito que um apelo de V. Exª... depois do recesso, sobretudo essa que se refere ao Ibama. Não há nenhum acordo com relação ao mérito (Interrupção do som.) dessa medida provisória e, enquanto não houver acor- O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB do, não vamos votá-la no Senado Federal. – AL. Fazendo soar a campainha.) – Eu queria comu- O Sr. Expedito Júnior (Bloco/PR – RO) – Certo. nicar a V. Exª, Senador Eduardo Suplicy, que o tempo Eu até faria um apelo ao Senador Romero Jucá, com do orador está acabando. É de dois minutos o tempo quem eu estava falando – apelo que já fiz ontem ao tolerável para o aparte. Presidente Lula –, para que não se resolvesse esse O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT – SP) – Está assunto por medida provisória e para que transformás- muito bem. É que o apelo dele foi forte. Acredito que semos essa matéria em projeto de lei, a fim de que o apelo de V. Exª, Senador Geraldo Mesquita, faz sen- pudéssemos discutir o tema com a sociedade, com tido. Já estou procurando o Presidente Bazileu Alves os servidores da Casa. Ouvi o Senador Eduardo Su- JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 31 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23193 plicy dizendo que, ontem, tivemos a oportunidade de mais condições ao Ibama, cria-se o Serviço Florestal discutir o assunto porque convidamos a Ministra para Brasileiro e, agora, o Instituto Chico Mendes. Portanto, uma audiência pública, visto que essa medida provi- eu quero dizer que concordo com V. Exª... sória seria votada na semana passada, sem discutir (Interrupção do som.) com ninguém, sem ouvir ninguém nesta Casa. Então, é hora de mudarmos um pouco. Já que somos os res- O Sr. Mozarildo Cavalcanti (Bloco/PTB – RR) ponsáveis e não temos coragem de regulamentar a – Concordo com V. Exª quanto à ponderação em re- edição de medidas provisórias, vamos fazer um ape- lação ao diálogo com os funcionários, mas vou além. lo ao Líder do Governo, Senador Romero Jucá, para Quero dizer que me manifesto contrário a essa inicia- que possamos transformar essa medida provisória em tiva, principalmente feita por medida provisória. projeto de lei e discutir a matéria na Casa. Parabéns, O SR. GERALDO MESQUITA JÚNIOR (PMDB – Senador Geraldo Mesquita! AC) – Muito obrigado, Senador Mozarildo Cavalcanti. O SR. GERALDO MESQUITA JÚNIOR (PMDB Senador Presidente Renan, era o que tinha a – AC) – Obrigado, Senador Expedito Júnior, mas vim dizer e agradeço a oportunidade. hoje aqui apenas para fazer esse apelo ao Senador Durante o discurso do Sr. Geraldo Mes- Suplicy, apelo que estendo ao Senador Mercadante quita Júnior, o Sr. Mão Santa, deixa a cadeira e a todos, enfim, para que medidas duras que estão da presidência, que é ocupada pelo Sr. Renan sendo tomadas contra os trabalhadores do Ibama Calheiros, Presidente. sejam repensadas, para que os trabalhadores sejam chamados a conversar sobre isso. O SR. ALOIZIO MERCADANTE (Bloco/PT – SP) Nós passamos. Nós, Senadores, Ministros, pas- – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. samos pela administração pública. Os servidores são O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB permanentes. Eles não merecem o tratamento que – AL) – Senador Aloizio Mercadante, tem V. Exª a pa- estão tendo. lavra. O Sr. Mozarildo Cavalcanti (Bloco/PTB – RR) O SR. ALOIZIO MERCADANTE (Bloco/PT – SP. – Senador Geraldo Mesquita... Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, O SR. GERALDO MESQUITA JÚNIOR (PMDB Srªs e Srs. Senadores, fizemos uma reunião extraor- – AC) – A discussão, tudo bem, é legítima; a defesa dinária – no mérito, de urgência – na Comissão de dos interesses é legítima. Agora, um tratamento que Assuntos Econômicos para tratar de alguns temas beira a retaliação e que beira a ameaça, eu o consi- essenciais ao País. O primeiro deles é a aprovação do dero ilegítimo e penso que deve ser repensado pelo nome de três novos diretores da Comissão de Valores Governo. Mobiliários (CVM). Venceram os mandatos de dois di- O Sr. Mozarildo Cavalcanti (Bloco/PTB – RR) retores, e, se não homologarmos esses nomes, haverá – Senador Geraldo, por favor, um aparte. problemas no desempenho da CVM, ao longo desse O SR. GERALDO MESQUITA JÚNIOR (PMDB período que vai até agosto. – AC) – Senador Mozarildo. Quero lembrar à Casa que a Bovespa teve uma O Sr. Mozarildo Cavalcanti (Bloco/PTB – RR) valorização de mais de 400% nestes últimos quatro – Senador Geraldo Mesquita, V. Exª, eu e mais 11 anos, batendo todos os recordes históricos de valoriza- Senadores nos insurgimos contra a Lei de Gestão de ção. E tivemos mais de US$32 bilhões de emissão pri- Florestas, isto é, a lei do aluguel das florestas, contra a forma como foi trazida para a Câmara e o Senado, em mária, portanto, de financiamento a custo praticamente urgência constitucional, sem tempo para debatermos, zero das empresas, permitindo ampliar a capacidade sem tempo para nos aprofundarmos. E até os acordos produtiva e sustentar o crescimento da economia. que foram construídos aqui no Senado foram derruba- Então, o primeiro apelo, Sr. Presidente, que faço dos na Câmara, como, por exemplo, o que estabelecia a V. Exª é no sentido de votarmos, ainda hoje, os no- que toda concessão pública de terra passasse pelo exa- mes dos três novos diretores da CVM. me do Senado. Essa questão do Instituto Chico Mendes Sr. Presidente, repito: o primeiro apelo que faço é um filhote dessa lei de gestão de florestas, como é o é o de votarmos, ainda hoje, os nomes dos três novos Serviço Florestal Brasileiro. Então, no fundo, no fundo, diretores da CVM. essa lei já causou dois males a um órgão importante Senador Romero Jucá, aguarde um minutinho. como é o Ibama. Em vez de melhorar o Ibama, de dar Está difícil falar com a Mesa. O Senador Romero está 32 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23194 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 obstruindo a aprovação dos nomes dos diretores da Portanto, peço a V. Exª que coloque os nomes CVM. (Pausa.) dos diretores da CVM em votação hoje e que, se pos- O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB sível, se conseguirmos votar as medidas provisórias, – AL) – Perdoe-me a interrupção. O Senador Romero, coloque como prioridade a Lei Geral da Micro e Pe- valendo-se da amizade que tem com V. Exª, julga-se quena Empresa. no direito de fazer isso toda hora. O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB O SR. ALOIZIO MERCADANTE (Bloco/PT – SP) – AL) – Antes de conceder a palavra ao nobre Líder – Está obstruindo os trabalhos do Parlamento. Osmar Dias, quero dizer à Casa que, com relação à Sr. Presidente, há três nomes de diretores da apreciação de nomes, não há problema algum, por- CVM que acabamos de aprovar, por unanimidade, na que há uma decisão do Supremo Tribunal Federal que Comissão de Assuntos Econômicos. Se esses nomes permite que, mesmo com a pauta trancada por medida não forem votados hoje, poderá haver vacância na provisória, votemos as indicações de nomes de autori- CVM, porque os mandatos de dois diretores já estão dades. O que não podemos é apreciar qualquer outro vencidos. Então, gostaríamos de aprovar isso hoje. tipo de proposição, infelizmente. Como vamos empa- Pedimos urgência na CAE. Os nomes estão sendo en- car – é o que estou depreendendo, pelo que conversei caminhados à Mesa. Eu pediria a V. Exª que colocasse com alguns – na Medida Provisória nº 366, que trata em votação os três nomes. É um pedido da Comissão do Ibama, vamos encerrar a votação hoje depois da de Assuntos Econômicos. Eles foram aprovados, por votação dos indicados para a direção da CVM. unanimidade, hoje, na Comissão. Concedo a palavra ao Senador Osmar Dias. Aprovamos também o projeto das micro e pe- O SR. OSMAR DIAS (PDT – PR. Pela ordem. Sem quenas empresas, a questão do Supersimples. Há revisão do orador.) – Sr. Presidente, serei rápido. 1,5 milhão de empresas que aguardam essa decisão. Quero apenas comunicar à Casa que o Senador Chegamos a um entendimento. Participaram desse Romero Jucá protocolou, junto à Comissão de Assun- entendimento vários Senadores: Osmar Dias, Tasso tos Econômicos, um projeto de resolução para resol- Jereissati, Cícero Lucena, Flexa Ribeiro, Sérgio Zam- ver um problema grave que o Governo do Estado do biasi, Valter Pereira e o Senador Adelmir Santana, que, Paraná enfrenta. como Relator, foi fundamental para que construísse- Com o apoio do Presidente da CAE, Senador mos esse acordo. O acordo envolveu a Receita Fede- Aloizio Mercadante, conseguimos que esse projeto de ral do Brasil; o Confaz; quatro Secretários da Fazenda, resolução, acordado com a Secretaria do Tesouro Na- que acompanharam nossas negociações; e também cional, possa ser a solução para a multa que o Estado as entidades representativas municipais e nacionais. do Paraná vem deixando de pagar, acumulando um Nesse diálogo, conseguimos construir o acordo para débito junto ao Tesouro da União que pode, inclusive, aprovar o projeto originário da Câmara com dois vetos. fazer com que a dívida do Estado do Paraná cresça Com isso, poderíamos, imediatamente, fazê-lo entrar em R$1,5 bilhão apenas pela penalidade de não es- em vigência e discutiríamos, em agosto, com calma, tar pagando a multa, ou seja, transferindo de IGP-DI os temas pendentes, inclusive mais uma emenda do para taxa Selic. Senador Eduardo Azeredo, para não prejudicar a ne- É muito importante a iniciativa do Senador Ro- cessidade dessa lei complementar. mero Jucá. Apesar de ser oposição ao atual Gover- Apelo, portanto, para que apreciemos a pauta nador do Paraná, Presidente Renan Calheiros, não de hoje, votando, assim, esse projeto de grande inte- estou aqui para fazer oposição ao Paraná, mas, sim, resse nacional, pois mais de 1,5 milhão de empresas para defender o meu Estado, e é em função disso que aguardam essa definição, para se enquadrarem no estou defendendo o projeto de resolução do Senador Supersimples e serem beneficiadas por esse regime, Romero Jucá e, ao ensejo, agradecendo a V. Exª por que é uma verdadeira reforma tributária para a micro haver me designado Relator da Medida Provisória nº e pequena empresa do Brasil. É uma reforma tribu- 368, na qual apresento também emenda para atender tária construída pelo Parlamento, com a participação esse pleito, que é da sociedade paranaense, de todos do Governo. Simplifica, desburocratiza, reduz carga os cidadãos do Paraná, e acabar com essa multa que tributária e, portanto, gera emprego e desenvolvimento incomoda o Governo, mas que vai incomodar a popu- econômico, estimula o empreendedorismo e ajuda a lação do Estado por mais vinte e cinco anos se não distribuição de renda. for cancelada. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 33 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23195 Esse projeto de resolução vai ficar por cinco dias res possam efetivamente se reestruturar e atuar dando na CAE a fim de receber emendas, e o acordo é que sustento às suas famílias. possamos votá-lo no início de agosto, Presidente. Sr. Presidente, feito este esclarecimento – e, de Era o comunicado que eu gostaria de fazer. certa forma, avançando na discussão e no pleito de O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB diversos Senadores e Senadoras que colocaram aqui, – AL) – Agradeço a V. Exª pelo comunicado, desta- durante a semana, essa questão –, eu queria fazer um cando, mais uma vez, a atuação de V. Exª em favor apelo aos Líderes para que votemos os itens 1 e 2 da do Brasil e do Paraná, o Estado que V. Exª representa pauta, que são duas medidas provisórias de crédito. nesta Casa, bem como ressaltando a satisfação de Pararíamos a votação no item 3, porque ainda não há todos nós com essa convivência. entendimento sobre a questão do Ibama, apesar de, Concedo a palavra ao Senador Romero Jucá. a nosso ver, tratar-se de algo que precisa ser votado O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB – RR. Pela or- urgentemente. Além disso, votaríamos também os três dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs indicados para a Comissão de Valores Mobiliários, cujos e Srs. Senadores, quero registrar algumas questões nomes foram aprovados hoje na CAE. importantes para os Líderes e gostaria da atenção do Portanto, é este o pleito que faço às Lideranças, Senador José Agripino, da Senadora Patrícia Saboya, ou seja, que, buscado o entendimento, possamos vo- do Senador Garibaldi Alves, do Senador Siba Macha- tar hoje as matérias referidas. do, do Senador Mão Santa, enfim, dos Senadores que O SR. SIBÁ MACHADO (Bloco/PT – AC. Pela or- trataram da questão da pesca da lagosta. dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu fazia Tivemos, hoje, uma reunião no Palácio com a pre- um pronunciamento quando V. Exª falou a respeito de sença de diversos Senadores e avançamos bastante, a Medida Provisória nº 366 entrar ou não na pauta no Sr. Presidente, no entendimento para que se construa dia de hoje. Conversei com diversos dos Srs. Senado- uma solução para atender aqueles pescadores de res, e é um assunto sobre o qual eu queria chamar a lagosta que pescavam ainda de uma forma que não atenção da Casa, tendo em vista as seguintes conse- está enquadrada na nova legislação. Foram definidos qüências que julgo que devemos analisar. alguns mecanismos que vão ajudar exatamente nesse Embora, costumeiramente, esta Casa se debru- tipo de tratativa. ce sobre medidas provisórias que chegam aqui com Primeiro, o Governo irá adquirir os equipamentos um tempo muito curto para serem debatidas, algumas de pesca que agora estão proibidos de serem utilizados. com seu prazo de validade já vencendo, justamente Então, todos os equipamentos que hoje são manuse- a Casa debate sobre a possibilidade de nós termos ados na pesca irregular da lagosta serão adquiridos um tempo maior para discussão. Mas acho que essa pelo Governo Federal, por intermédio da Secretaria matéria, Sr. Presidente, está contaminada por um pon- Especial da Aqüicultura e Pesca. Para isso, já estão to de vista de que, quanto à conciliação, não sei até alocados recursos da ordem de R$15 milhões. onde poderemos chegar. Digo para V. Exª, com toda A segunda questão é que existem pescadores tranqüilidade, que, votando hoje ou deixando para que não se enquadraram na nova legislação. Para os agosto, o que poderíamos mudar no padrão da medi- pescadores que não se enquadraram e estão sem li- da provisória... Porque mexer nos escritórios do Ibama cença, estamos negociando um mecanismo parecido não tem absolutamente nada a ver com essa medida com o do defeso. Será um auxílio-desemprego, será provisória. É um ato administrativo da Presidência do uma bolsa, uma ajuda, para que, em noventa dias, es- Ibama, que deve ser negociado diretamente com o ses pescadores possam redirecionar suas atividades Presidente do Ibama. pesqueiras com financiamento. Com relação à medida provisória – e os funcio- O Senador José Agripino e diversos Senadores nários daquela instituição têm debatido de forma bas- solicitaram um enquadramento do financiamento desses tante calorosa, com uma greve em curso há tantos dias pescadores no Pronaf A. Estamos com dificuldades, –, teremos, daqui para frente, se não apreciarmos a porque o Pronaf A, pela legislação atual, é específico matéria no dia de hoje, e pelo tempo que vai demorar, para os assentamentos de agricultura familiar. Contu- com certeza, um prejuízo na celeridade dos licencia- do, há o compromisso de buscarmos mecanismos de mentos, inclusive de obras que estão inseridas no calor financiamento nos mesmos padrões, com juros pare- do debate do Plano de Aceleração do Crescimento e cidos, enfim, com condições para que esses pescado- tantas outras iniciativas. 34 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23196 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 O medo que temos é o de chegarmos ao mo- ou não de acordo no plenário. Vai haver acordo para mento da conclusão da matéria e já termos perdido prosseguirmos a discussão ou não vai haver acordo? um prazo muito importante para os licenciamentos do Só vamos ter sessão até terça-feira. Ibama, de tal forma que não seja possível, em prazo Temos sete medidas provisórias. Se não ultra- hábil, concluirmos esse trabalho. passarmos este item 3 da pauta, significa dizer, em A Ministra esteve aqui, ontem, passou quase cinco português claro, que só vamos votar dois itens até o horas em um debate na Comissão de Meio Ambien- recesso, e o restante será votado depois do recesso. te, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, O SR. ADELMIR SANTANA (PFL – DF) – Sr. onde estiveram diversos funcionários do Ibama, por Presidente, pela ordem. meio de sua associação. Tivemos um momento para O SR. MARCONI PERILLO (PSDB – GO) – Sr. mencionar os pontos que são explícitos e até outros Presidente, pela ordem. que não estão explícitos no debate. Entendo que esta O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB Casa tem, neste momento, necessidade de que avan- – AL) – Vou conceder a palavra ao Senador José Agri- cemos nessa matéria, Sr. Presidente. pino e, em seguida, a V. Exª. Faço aqui um apelo. Não estou pedindo para O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL – RN. Pela ordem. ninguém mudar de opinião, mas creio que deveríamos Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. iniciar o debate da medida provisória hoje. Ademais, Senadores, hoje, tivemos uma reunião, patrocinada vamos entrar em recesso. Não sei se teremos tempo, pelo Senador Romero Jucá, no Palácio do Planalto. Fui durante o mês de julho, para encontrar um ambiente ao Palácio do Planalto hoje. Quando cheguei lá, com de negociação, de entendimento. o Senador Tasso Jereissati, foi um assombro: “O que Acho que a Ministra, a Direção do Ministério, há?” “O que houve?” “Não há nada. Estou vindo aqui do Ibama, do novo Instituto Chico Mendes, que está a convite do Ministro Walfrido Mares Guia para discu- sendo criado, já estiveram aqui. Os pontos foram es- tir a questão dos pescadores, um assunto que já está clarecidos, penso eu, e acredito que não há nenhuma encruado no Senado e tem de ter uma solução, e a medida... Como eu disse ontem, e volto a repetir hoje, solução no Ministério da Pesca não acontecerá. Subiu o que está aqui em discussão, Sr. Presidente, não trata de instância e aqui estou, como representante do meu de nenhuma política sobre o meio ambiente, não tra- Estado, para tratar de um assunto que diz respeito ao ta de absolutamente mais nada a não ser melhorar o Ceará, do Senador Tasso, que aqui está presente; ao serviço ambiental por intermédio de um novo instituto. Espírito Santo, do Senador Casagrande, que está lá É uma medida de governo, é uma medida meramen- em cima; ao Ceará, da Senadora Patrícia, que está lá te administrativa, motivo pelo qual estamos pedindo aqui o entendimento desta Casa para aprovação des- em cima; ao Rio Grande do Norte, do Senador Gari- sa matéria. baldi, que está lá em cima.” Então, queria saber do Senador Romero Jucá, que Eu vou lá! E fomos lá. Fomos lá e tivemos uma é o Líder do Governo, e dos demais Líderes partidários longa discussão com o Ministro Walfrido Mares Guia, sobre a possibilidade de tratarmos dessa matéria ainda com o Ministro da Pesca e seu Secretário Executivo. hoje, dada a relevância e a importância que tem para Foi uma conversa difícil, não pela posição de Romero o entendimento do Governo com a Associação dos Jucá, não pela posição do Walfrido Mares Guia, mas Funcionários do Ibama para o encerramento da greve pela posição do Ministério da Pesca, que parece não e para a volta ao trabalho o mais rápido possível, a fim entender que estamos tratando de uma questão polí- de que os licenciamentos e os outros serviços ambien- tica e não apenas técnica. Ela tem condimentos téc- tais de que o País tanto precisa se normalizem. nicos, evidentemente. É claro que não podia deixar É o apelo que faço a V. Exª. de tê-los. Nós os respeitamos todos, mas ela é uma O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL – RN) – Sr. Pre- questão política porque envolve milhares de brasileiros. sidente... Só no meu Estado, são 40 mil pescadores de pesca O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB de litoral e de interior. – AL) – O Senador Sibá Machado está querendo sa- Não quero cansar V. Exªs com explicações e com ber dos Líderes partidários se há acordo, pelo menos, a hora e tanto de reunião que tivemos no Palácio do para que possamos evoluir na discussão da Medica Planalto. Desejo dizer que houve alguns avanços, mas Provisória nº 366, porque da parte da Presidência não na medida do que desejo e exijo. Permitam-me a não há problema nenhum. O problema é a existência audácia: não é que eu exija, os pescadores exigem, e JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 35 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23197 estou aqui para, ao lado de companheiros Senadores, tem licença, é um clandestino e quer ter direito de ge- fazer a interlocução dos pescadores. rar o seu próprio emprego. Muito bem, pleiteávamos uma prorrogação pelo Por que vai se negar a licença de pesca a ele que prazo de 90 dias para que houvesse uma adaptação é um profissional, um pescador, um gerador do seu do apetrecho de pesca usado ao longo de muitos anos, próprio emprego? Por que se vai negar a ele a oportu- que é a rede, a caçoeira, pelo covo, que é um instru- nidade de gerar o seu próprio emprego? É assim que mento, um cestinho, que ele vai produzir, vai fabricar. Vai entendo e não vou abrir mão da tese. ter de ter dinheiro e tempo para fabricá-lo. O Ministério Terceiro ponto, a inclusão de todos no Pronaf A. da Pesca tem uma posição renitente, mas o Ministro Saí da reunião por que vi que não íamos chegar a uma Walfrido Mares Guia, com o apoio do Senador Romero conclusão. Na saída, enquanto os que ficavam parti- Jucá e com o nosso “de acordo”, fez uma proposta que cipavam de um almoço de que não participamos, eu aceito – e já consultei os pescadores, que também a e o Senador Tasso Jereissati fomos acompanhados, aceitam: em vez de prorrogar a autorização, Senador gentilmente, pelo Ministro Walfrido Mares Guia. Eu dis- Romero Jucá, que se conceda auxílio-desemprego se a S. Exª: Ministro, se há dificuldades incontornáveis pelos 90 dias para aqueles que não estão apetrecha- para se incluir o pescador dentre os beneficiários do dos com o covo. Naqueles 90 dias, que eles sejam Pronaf A, que são os assentados pela reforma agrá- beneficiados com o auxílio-desemprego. É como se ria, por que não se cria uma linha de crédito à imagem a transição tivesse sido operada. Há uma conquista? e semelhança do Pronaf A, com prazo equivalente, Claro que há. Há uma conquista? Há, sim. É preciso com juros equivalentes, com carência equivalente e reconhecer que há. com teto equivalente para beneficiar os pescadores que teriam com esse financiamento uma alternativa: Segundo ponto: a compra dos equipamentos, a se não vai haver mais chance de pescar lagosta, com caçoeira e o compressor. V. Exª é testemunha da briga esse financiamento, ele pode apetrechar seu barco e que foi para incluir o compressor, por causa do seu va- pescar, por exemplo, atum. lor: “Ah, mas pode aparecer quem quer que seja com O Ministro me disse que essa era uma alternati- um compressor para vender”. Não. O que se deseja é va e, consultando o Senador Romero Jucá, S. Exª me que alguém da Federação de Pescadores esteja nas disse que iria batalhar. Quero ouvir o compromisso comissões que vão chegar com o financiamento para, do Senador em torno desta tese, da adequação do inclusive, avalizar que aquele compressor ou aquele financiamento a uma linha assemelhada ao Pronaf A, apetrecho de pesca que está sendo indenizado per- para que possamos, como sempre, pactuar o enten- tence realmente a um pescador. Isso também ficou dimento para a votação das matérias mais urgentes acordado. O Ministro Walfrido Mares Guia disse que nesta tarde. se, de R$12 milhões, evoluir para R$13 milhões, R$14 Com a permissão de V. Exª, Sr. Presidente, gos- milhões, R$15 milhões, R$16 milhões, para que se taria de ouvir o Senador Romero Jucá, com relação a atenda também aos compressores, ele avaliza. essa questão da concessão do financiamento por linha Agora, eu pedi, ok. Na medida em que se entrega equivalente ao Pronaf A. o apetrecho de pesca é porque o pescador que está O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB entregando, e que talvez não tivesse a licença de pes- – AL) – Senador Romero Jucá, já concederei a pala- ca, tenha o direito a obter essa licença. vra a V. Exª, pois antes está inscrito o Senador Adelmir Esse assunto não ficou resolvido, sendo uma exi- Santana, a quem concedo a palavra. gência dos pescadores que endosso: a licença para O SR. ADELMIR SANTANA (PFL – DF. Pela todos que sejam realmente pescadores. ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, na A pesca com o covo será em quantidade inferior mesma direção apontada pelo Senador Aloizio Mer- à pesca com rede. Há necessidade, portanto, para o cadante, bem como levando em conta o aspecto que pescado disponível de uma quantidade maior de pro- V. Exª mencionou dos dias que nos faltam, quero fazer fissionais. É assim que entendo e é uma exigência um apelo: que encontremos uma solução para isso que faço. Apesar da garantia do auxílio-desemprego tudo porque está em jogo este projeto aprovado hoje pela transição e da compra dos equipamentos estar na CAE, o de nº 43, que trata de regulamentar algu- garantida, desejo que a licença de pesca seja dada a mas categorias que não podem fazer a opção pelo quem levar o seu equipamento avalizado por uma co- Supersimples, porque já estavam no Simples federal; missão que diga que realmente ele é pescador. Não são mais de 500 mil empresas e mais de 1,5 milhão 36 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23198 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 de empregados. Essas empresas não podem esperar vamos defender outras linhas; que não seja Pronaf, até meados de agosto, quando termina o prazo para que seja uma linha específica para a pesca até para fazer as opções. Neste instante, não são nem Simples, sinalizar que há preocupação do Governo na questão nem Supersimples, nem têm como arcar com a situa- da pesca. ção que não possa fazer a opção. Dos 12 bilhões de reais direcionados para o Pro- Faço um apelo, portanto, às Lideranças no senti- naf, 500 milhões de reais estão direcionados para do de que haja um entendimento para que possamos pescadores em diversos itens do Pronaf – B, C, D e aprovar este projeto aqui em plenário, uma vez que foi E. Então, o que nós vamos discutir é a criação de um aprovado na Câmara em regime de urgência. Fizemos mecanismo que possa realmente atender aos pesca- todos os entendimentos com secretários de Estado da dores e lhes dar condições de reestruturarem sua ati- Fazenda, com Governadores, com o Poder Executivo, vidade profissional. Essa é a preocupação do Senador por meio da Receita Federal, e estamos impedidos José Agripino e de todos os Senadores que falaram em razão de a pauta estar travada. Então apelo aos dessa questão. Srs. Líderes no sentido de encontrar um caminho para Então fica aqui o compromisso de buscarmos votarmos ainda hoje – ou amanhã, o mais tardar – o esse encaminhamento com o acompanhamento e o Projeto nº 43. apoio decisivo do Ministro Walfrido Mares Guia, que, O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB – hoje, na mesa de reuniões, também se mostrou dire- AL) – Concedo a palavra ao Senador Romero Jucá. tamente interessado, atuando no sentido de resolver O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB – RR. Pela ordem. esse problema. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero falar O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL – RN) – Sr. Presi- sobre duas questões. dente, peço a palavra. No que diz respeito à colocação do Senador O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB Adelmir Santana, quero dizer que é prioridade nossa – AL) – Senador José Agripino, ouço V. Exª. também votar essa matéria, mas para que isso ocorra O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL – RN. Pela ordem. temos primeiro que votar as sete medidas provisórias Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, as palavras que estão trancando a pauta. Portanto, estamos ten- do Senador Romero Jucá me satisfazem. V. Exª é tes- tando construir o entendimento para começar a votar temunha de que eu sempre abri para ele o crédito da os itens 1 e 2. melhor confiança. O Senador Romero Jucá é homem No que se referiu o Senador José Agripino – eu de tomar compromisso e cumprir. E, quando não cum- já havia falado antes – quero dizer que, realmente, ti- prem aquilo que lhe prometem, ele toma o partido do vemos um avanço importante na reunião no Palácio. pacto que ele estabeleceu. Repito: ele toma o partido Conseguimos discutir os recursos para a indenização do pacto que ele estabeleceu. do material de pesca – 14 a 16 milhões, o que for pre- Assim, Sr. Presidente, eu não tenho por que não ciso –; conseguimos discutir a ajuda que será defeso, estabelecer com o Senador Romero Jucá, Líder do auxílio-desemprego ou qualquer outro nome durante Governo, um entendimento para que nós possamos, três meses para dar sustentação a essas famílias de conforme desejo da Casa, votar as indicações de au- pescadores que não se credenciaram na questão da toridades e as duas medidas provisórias que conce- pesca da lagosta. dem créditos extraordinários. Anuncio logo que meu Dois dispositivos ainda não estão resolvidos, es- Partido vai encaminhar o voto contrário; vai concordar tamos discutindo. Um deles é a licença: por conta da em votar, mas vai votar contrariamente pelo fato de se quantidade de licenças e da necessidade de novas li- tratar de créditos extraordinários, não previstos. Crédi- cenças, estamos pedindo ao Ministério da Pesca que to extraordinário para ministério não tem sentido nem levante o número exato dessa demanda. O outro diz cabimento. Porém, concordaremos em votar essas respeito ao financiamento: quero registrar que iremos matérias. No entanto, com relação ao Ibama, trata-se trabalhar no sentido de buscar um mecanismo que de uma questão não resolvida e não esclarecida, e, possa efetivamente financiar os pescadores nos mol- por parte dos Democratas, não há acordo para votar des do Pronaf – vamos tentar chegar o mais próximo essa questão. possível do Pronaf A. De modo que confiando, primeiro, nos avanços O Pronaf A não pode ser direcionado especifica- que já conseguimos na reunião de hoje e nos compro- mente, porque é direcionado, por lei, para agricultura missos do Senador Romero Jucá e do Ministro Walfrido familiar, assentamentos da reforma agrária. Mas nós Mares Guia – que espero tenha amolecido o coração JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 37 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23199 do Ministro da Pesca –, vamos iniciar esse processo que o Ministério da Fazenda agilizasse sua tramitação, de votação, acreditando que comecemos a próxima e, posteriormente, da mesma forma, na Casa Civil. A semana com a equação definitiva dos pescadores de Presidência da República enviou ao Senado, e, nesta lagosta do Brasil, o que vai ensejar solução para pes- Casa, houve uma diligência nesse sentido junto à CAE. cadores de atum e de sardinha e para muitos outros De sorte que está na Mesa, dependendo de aprova- pescadores que geram seu próprio emprego. ção, esse pedido de financiamento do Fonplata, que Obrigado, Sr. Presidente. gostaríamos que V. Exª submetesse à votação, como O SR. MARCONI PERILLO (PSDB – GO) – Pela item extrapauta. Faço também um apelo para que pos- ordem, Sr. Presidente. samos contar com o apoio da Oposição, especialmente do Senador José Agripino. O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB – AL) – Tem a palavra o Senador Marconi Perillo. – AL) – Concedo a palavra à Senadora Patrícia Saboya O SR. MARCONI PERILLO (PSDB – GO. Pela e, posteriormente, ao Senador José Agripino. ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o A SRA. PATRÍCIA SABOYA (Bloco/PSB – CE. PSDB vai votar contra as duas medidas provisórias. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presiden- Temos uma posição firmada de não votar a favor de te, após ter participado dessa reunião com o Ministro medidas provisórias que poderiam chegar à Casa pe- Mares Guia, com o Ministro da Pesca, ao lado de ou- los métodos convencionais. Fui orientado pelo nosso tros Senadores, como os Senadores José Agripino, Líder, Senador Arthur Virgílio, para concordar com o Romero Jucá, Tasso Jereissati, Garibaldi Alves Filho e acerto que está sendo estabelecido entre o Senador Renato Casagrande, quero dar o meu testemunho de José Agripino e o Líder do Governo, no sentido de que que as coisas melhoraram, tendo em vista a situação votemos as indicações das autoridades e as duas me- muito ruim dos pescadores, principalmente no nordeste didas provisórias. brasileiro, com as novas exigências e critérios para o Não temos acordo em relação à medida provi- licenciamento de suas embarcações. sória que trata do Ibama. Uma parte considerável da Fui uma daquelas que, ao lado de muitos Senado- Bancada do PSDB é contrária à criação do novo ins- res, disse que também não poderia votar outras maté- tituto. Portanto, somos contrários ao enfraquecimento rias enquanto essa situação que tem afetado milhares do Ibama. Amanhã, possivelmente, irei discorrer so- de pescadores em nosso País não fosse resolvida. bre os argumentos contrários ao enfraquecimento do Quero também trazer o meu testemunho da pre- Ibama. Sou contra. sença e da participação do Líder do Governo, Senador Romero Jucá, e ressaltar a maneira como S. Exª con- De modo que, na medida em que há um acordo duziu essa reunião, quando foi feito um apelo para que entre o Senador José Agripino e o Líder do Governo encontrássemos uma solução para o período de transi- no sentido de votar as autoridades, as duas medidas ção que envolve aqueles que não puderam se adaptar provisórias, mas não votar a medida provisória do à situação e não receberam o licenciamento. É preciso Ibama, o PSDB concorda com o acerto estabelecido dizer que a atuação do Senador Romero Jucá foi es- pelo Senador José Agripino. Portanto, concordamos sencial nessa negociação, nessa intermediação. com a votação das autoridades e das duas medidas A intervenção do Ministro Mares Guia, por quem provisórias. Reafirmamos nosso compromisso de votar tenho grande apreço, admiração e respeito, também contra as duas medidas provisórias, mas aceitamos o foi excepcional para que fosse celebrado esse acordo, acordo estabelecido. que, como disse o Senador José Agripino, era muito O SR. VALTER PEREIRA (PMDB – MS) – Sr. mais uma questão política, de vontade, de determina- Presidente, peço a palavra pela ordem. ção em resolver o problema. O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB Hoje sinto certo conforto, porque sei que há o – AL) – Senador Valter Pereira. compromisso do Governo Federal de investir, dando O SR. VALTER PEREIRA (PMDB – MS. Pela or- uma espécie de seguro, que estamos chamando de dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu ouvi defeso especial, justamente a esses pescadores. atentamente a manifestação do Líder José Agripino e Portanto, falo aqui também em nome do meu Es- gostaria de fazer um apelo para que S. Exª inclua na tado, o Ceará, que foi prejudicado por essas exigências, pauta que elencou a Mensagem de grande importância mas que agora encontra certo alento, certo conforto, pelo que autoriza a Prefeitura de Campo Grande a contrair compromisso, tanto do Líder do Governo como do próprio empréstimo do Fonplata. Houve um empenho muito Ministro Mares Guia, de encontrarem uma saída para que grande da nossa parte, durante toda esta semana, para os pescadores não percam a sua remuneração, porque 38 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23200 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 eles vivem da pesca. Não podendo pescar nesse período, O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB eles ficariam prejudicados, alguns tendo muitas dificulda- – AL) – Concedo a palavra ao nobre Senador José des para manter as suas famílias com dignidade. Agripino. Acho que a solução encontrada é viável, e nós O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL – RN. Pela ordem. buscaremos, Senador José Agripino, certamente, aper- Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. feiçoá-la para que os pescadores também possam ser Senadores, fui citado pelo Senador Valter Pereira, que favorecidos pelo crédito especial. Assim se normalizaria colocou como um apelo a minha posição. essa situação que é desgastante, tanto para o Governo Gostaria muitíssimo de atender ao pleito do Mu- como para os pescadores e para nós, que somos re- nicípio de Campo Grande, muitíssimo. Só que V. Exª presentantes dos nossos Estados e do nosso povo. sabe que é impossível, porque só se poderia votar este Muito obrigado. projeto com a pauta destravada e votaremos apenas O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB duas MPs, pois não há consenso com relação a MP – AL) – Eu queria fazer um apelo à Casa, sobretudo do Ibama, nem ao menos há interesse do Governo ao Senador José Agripino. em votá-la, porque ele não está seguro de ter votos para aprová-la. A SRA. ROSALBA CIARLINI (PFL – RN) – Sr. De modo que, por essa razão, não será votada a Presidente, pela ordem. MP 366. A pauta, portanto, vai permanecer travada. O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB – AL) – Concedo a palavra a V. Exª, Senadora. – AL) – Agradeço a V. Exª. A SRA. ROSALBA CIARLINI (PFL – RN. Pela Vamos, portanto, retomar a Ordem do Dia, a partir ordem. Sem revisão da oradora.) – Eu gostaria, Sr. Pre- do momento em que a encerramos ontem. sidente, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, de também O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR – ES) – Sr. dizer da minha satisfação por saber que, para esse grave Presidente, peço a palavra. problema que aflige milhares de pessoas do nosso País, O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB homens e mulheres que enfrentam as maiores adversi- – AL) – Tem a palavra o Senador Magno Malta. dades do dia, que são os nossos pescadores, começa O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR – ES. Pela or- a aparecer uma luz para que encontremos uma forma dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, antes amigável de trazer um pouco de tranqüilidade às famí- que V. Exª retome a Ordem do Dia, gostaria de fazer lias que vivem dessa atividade tão nobre e que requer coro aos Senadores que falaram sobre a situação dos tanta coragem – as famílias desses pescadores. pescadores. Então, Senador José Agripino, Senadora Patrí- Estive reunido também com os pescadores cia Saboya, Senador Renato Casagrande, Senador do litoral do meu Estado, e tudo o que foi dito aqui Garibaldi Alves Filho, que hoje conversaram com o pelo Senador José Agripino e por outros Senado- Ministro Walfrido Mares Guia e encontraram, median- res aplica-se a eles, em relação às angústias por te acordo, uma solução para melhorar a situação dos que têm passado. Reuni-me recentemente com os pescadores. Essa solução não é a ideal, pois não lhes pescadores de Marataízes, da Barra, de Itapemirim, assegura as condições a que têm direito, não lhes dá o mas de maneira muito singular com os pescadores que eles merecem, mas já é um caminho, já é alguma de Marataízes, que representam a grita de todos os coisa que foi conseguida. pescadores do Estado do Espírito Santo. E, nesse Tenho certeza de que, se continuarmos todos uni- sentido, nós da Bancada do Espírito Santo agen- dos, pensando mais do que nunca nos artesãos, nos damos uma reunião com o Ministro da Pesca, para pescadores que enfrentam as adversidades para levar levar a ele essa angústia que é somada à de todos à mesa dos brasileiros peixe, lagosta, camarões, siris e os pescadores do Brasil. tantas outras espécies que engrandecem o nosso País, Então gostaria que V. Exª e a Casa, neste momen- mediante a geração de emprego e renda desses homens, to, toda a Casa, e não só os Senadores que convivem vamos melhorar a situação dos pescadores. Então, deixo aqui a minha solidariedade na cer- com aqueles que sobrevivem da pesca, aqueles que teza de que, com essa luta, já conseguimos alguma têm os seus Estados, a sua família e as suas bases no coisa; e ela vai continuar. litoral brasileiro, mas que a Casa como um todo, fizesse Parabéns a todos que se somaram a nós. Vamos coro, porque essa questão dos pescadores brasileiros é continuar juntos para conseguirmos mais! extremamente importante e dolorosa, e podemos sentir Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. isso, quando os ouvimos em reunião. E o que os pesca- JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 39 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23201 dores brasileiros pedem ao Governo, neste momento, Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua é o mínimo que um trabalhador pode exigir. publicação. Sr. Presidente, eu tinha que registrar minha Câmara dos Deputados, 2 de julho de 2007. – Ar- fala. lindo Chinaglia, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB PROJETO APROVADO ORIGINALMENTE – AL) – Sobre a mesa, ofícios que passo a ler. PELO SENADO FEDERAL São lidos os seguintes: Altera o art. 36 do Decreto-Lei nº 221, OFÍCIOS DO PRIMEIRO-SECRETÁRIO de 28 de fevereiro de 1967, que dispõe sobre DA CÂMARA DOS DEPUTADOS a proteção e estímulos à pesca e dá outras Nº 322/2007, de 2 do corrente, encaminhando o providências. Substitutivo da Câmara ao Projeto de Lei do Senado O Congresso Nacional decreta: nº 57, de 2001 (nº 5.270/2001, naquela Casa), que al- Art. 1º O art. 36 do Decreto-Lei nº 221, de 28 tera o art. 36 do Decreto-Lei nº 221, de 28 de fevereiro de fevereiro de 1967, passa a vigorar acrescido do de 1967, que dispôe sobre a proteção e estímulos à seguinte § 2º, numerando-se o atual parágrafo único pesca e dá outras providências; como § 1º: Nº 325/2007, de 2 do corrente, encaminhando o Substitutivo da Câmara ao Projeto de Lei do Senado “Art. 36...... nº 247, de 2003 (nº 6.346/2005, naquela Casa), que ...... acrescenta s=dispositivos ao art. 51 da Lei nº 8.078, § 2º É responsabilidade dos proprietários de 11 de setembro de 1990, que dispõe sobre a prote- ou concessionários de represas, de acordo ção do consumidor e dá outras providências, definindo com determinações do órgão competente, a como nula a cláusula de eleição de foro em prejuízo produção e distribuição de alevinos em suas da defesa do consumidor áreas de atuação.”(NR) São as seguintes as matérias recebi- Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua das: publicação. Senado Federal, 29 de agosto de 2001. – Sena- SUBSTITUTIVO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS dor Edison Lobão, Presidente do Senado Federal, AO PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 57, DE 2001 Interino. (Nº 5.270/2001, naquela Casa) LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA Altera o art. 36 do Decreto-Lei nº 221, PELA SECRETARIA-GERAL DA MESA de 28 de fevereiro de 1967, que dispõe sobre a proteção e estímulos à pesca e dá outras DECRETO-LEI Nº 221, providências. DE 28 DE FEVEREIRO DE 1967

O Congresso Nacional decreta: Regulamento Art. 1º O art. 36 do Decreto-Lei nº 221, de 28 de fevereiro de 1967, passa a vigorar acrescido do se- Dispõe sobre a proteção e estímulos guinte § 2º, renumerando-se o atual parágrafo único à pesca e dá outras providências. para § 1º: ...... “Art. 36...... Art. 36. O proprietário ou concessionário de re- § 1º ...... presas em cursos d’água, além de outras disposi- § 2º Constituem responsabilidade dos ções legais, é obrigado a tomar medidas de proteção proprietários ou concessionários de represas, à fauna. de acordo com determinações do órgão com- Parágrafo único. Serão determinadas pelo órgão petente, em suas áreas de atuação: competente medidas de proteção à fauna em quais- I – o fomento à aqüicultura; quer obras que importem na alteração do regime dos II – o peixamento do reservatório, com a cursos d’água, mesmo quando ordenadas pelo Poder finalidade de elevar a população da respectiva Público. ictiofauna.“(NR) ...... 40 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23202 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007

(Às Comissões de Meio Ambiente, Defe- “Art. 51...... sa do Consumidor e Fiscalização e Controle; ...... e de Agricultura e Reforma Agrária) XVII – estabeleçam para as ações de- correntes das relações de consumo foro de SUBSTITUTIVO DA CÂMARA AO PROJETO eleição que contrarie as regras do Código de DE LEI DO SENADO Nº 247, DE 2003 (Nº 6.346/2005, naquela Casa) Processo Civil...... Acrescenta dispositivos ao art. 51 da § 5º É assegurado ao consumidor o di- Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que reito à mudança de foro de eleição em sede dispõe sobre a proteção do consumidor e administrativa ou judicial quando este demons- dá outras providências, definindo como nula trar-se claramente prejudicial à defesa de seus cláusula de eleição de foro em prejuízo da direitos.“(NR) defesa do consumidor. O Congresso Nacional decreta: Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua Art. 1º O art. 51 da Lei nº 8.078, de 11 de setem- publicação. bro de 1990, passa a vigorar acrescido dos seguintes Câmara dos Deputados, 2 de julho de 2007. – Ar- inciso XVII e § 5º: lindo Chinaglia. Presidente. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 41 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23203 PROJETO APROVADO PELO SENADO vantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a E ENCAMINHADO À CÂMARA DOS DEPUTADOS boa-fé ou a eqüidade; PARA REVISÃO V – (Vetado); VI – estabeleçam inversão do ônus da prova em Acrescenta o inciso XVII ao art. 51 da prejuízo do consumidor; Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que dispõe sobre a proteção do consumidor e VII – determinem a utilização compulsória de dá outras providencias, definindo como nula arbitragem; a cláusula de eleição de foro em prejuízo VIII – imponham representante para concluir ou da defesa do consumidor. realizar outro negócio jurídico pelo consumidor; IX – deixem ao fornecedor a opção de concluir ou O Congresso Nacional decreta: não o contrato, embora obrigando o consumidor; Art. 1º O art. 51 da Lei nº 8.078, de 11 de setem- bro de 1990, passa a vigorar acrescido do seguinte X – permitam ao fornecedor, direta ou indireta- inciso XVII: mente, variação do preço de maneira unilateral; XI – autorizem o fornecedor a cancelar o contrato “Art. 51...... unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ...... ao consumidor; XVII – estabeleçam, em prejuízo da de- XII – obriguem o consumidor a ressarcir os custos fesa dos direitos do consumidor, foro de elei- ção para as ações decorrentes das relações de cobrança de sua obrigação, sem que igual direito de consumo. lhe seja conferido contra o fornecedor; ...... (NR)” XIII – autorizem o fornecedor a modificar unilate- ralmente o conteúdo ou a qualidade do contrato, após Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua sua celebração; publicação. XIV – infrinjam ou possibilitem a violação de nor- Senado Federal, 6 de dezembro de 2005. – Se- mas ambientais; nador Renan Calheiros, Presidente do Senado Fe- XV – estejam em desacordo com o sistema de deral. proteção ao consumidor; LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA XVI – possibilitem a renúncia do direito de inde- PELA SECRETARIA-GERAL DA MESA nização por benfeitorias necessárias. § 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990 a vontade que: Regulamentacão I – ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a que pertence; Dispõe sobre a proteção do consumi- II – restringe direitos ou obrigações fundamentais dor e dá outras providências. inerentes à natureza do contrato, de tal modo a ame- ...... açar seu objeto ou equilíbrio contratual; Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, III – se mostra excessivamente onerosa para o as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de consumidor, considerando-se a natureza e conteúdo produtos e serviços que: do contrato, o interesse das partes e outras circuns- I – impossibilitem, exonerem ou atenuem a res- tâncias peculiares ao caso. ponsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer § 2º A nulidade de uma cláusula contratual abu- natureza dos produtos e serviços ou impliquem re- siva não invalida o contrato, exceto quando de sua núncia ou disposição de direitos. Nas relações de ausência, apesar dos esforços de integração, decorrer consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa ônus excessivo a qualquer das partes. juridica, a indenização poderá ser limitada, em situa- § 3º (Vetado). ções justificáveis; § 4º É facultado a qualquer consumidor ou enti- II – subtraiam ao consumidor a opção de reem- dade que o represente requerer ao Ministério Público bolso da quantia já paga, nos casos previstos neste que ajuíze a competente ação para ser declarada a nu- código; lidade de cláusula contratual que contrarie o disposto III – transfiram responsabilidades a terceiros; neste código ou de qualquer forma não assegure o justo IV – estabeleçam obrigações consideradas iní- equilíbrio entre direitos e obrigações das partes. quas, abusivas, que coloquem o consumidor em des- ...... 42 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23204 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007

(Ás Comissões de Constituição, Justiça Federativa do Brasil e o Governo da Repú- e Cidadania, e de Meio Ambiente, Defesa do blica de Cabo Verde, celebrado em Praia, Consumidor e Fiscalização e Controle). em 29 de julho de 2004. O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB O Congresso Nacional decreta: – AL) – O Substitutivo da Câmara ao Projeto de Lei do Senado nº 57, de 2001, vai às Comissões de Meio Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo sobre Servi­ Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e ços Aéreos entre o Governo da República Federativa Controle; e de Agricultura e Reforma Agrária; e o de nº do Brasil e o Governo da República de Cabo Verde, 247, de 2003, às Comissões de Constituição, Justiça e celebrado em Praia, em 29 de julho de 2004. Cidadania e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do e Fiscalização e Controle. Congresso Nacional quaisquer atos que possam resul- O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB tar em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer – AL) – Sobre a mesa, projetos recebidos da Câmara dos Deputados que passo a ler. ajustes complementares que, nos termos do inciso I do caput do art. 49 da Constituição Federal, acarre- São lidos os seguintes: tem encargos ou compromissos gravosos ao patrimô- PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO nio nacional. Nº 212, DE 2007 Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na (Nº 1.898/2005, na Câmara dos Deputados) data de sua publicação. Aprova o texto do Acordo sobre Servi- Câmara dos Deputados, 4 de julho de 2007. ços Aéreos entre o Governo da República – , Presidente. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 43 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23205 44 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23206 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 45 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23207 46 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23208 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 47 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23209 48 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23210 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 49 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23211 50 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23212 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 51 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23213 52 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23214 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 53 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23215 54 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23216 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 55 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23217 56 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23218 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 57 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23219 58 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23220 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 59 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23221 60 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23222 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 61 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23223

LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA I – resolver definitivamente sobre tratados, acor- SECRETARIA-GERAL DA MESA dos ou atos internacionais que acarretem encargos ou CONSTITUIÇÃO DA compromissos gravosos ao patrimônio nacional; REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ...... Art. 49. É da competência exclusiva do Congres- (À Comissão de Relações Exteriores e so Nacional: Defesa Nacional.) 62 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23224 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Atividades Remuneradas por Parte de Dependentes do Nº 213, DE 2007 Pessoal Diplomático, Consular, Administrativo e Técnico, (Nº 1.899/2005, na Câmara dos Deputados) celebrado em Praia, em 14 de janeiro de 2005. Aprova o texto do Acordo entre o Go- Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do verno da República Federativa do Brasil Congresso Nacional quaisquer atos que possam resul- e o Governo da República de Cabo Verde tar em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer sobre o Exercício de Atividades Remunera- ajustes complementares que, nos termos do inciso I das por Parte de Dependentes do Pessoal do caput do art. 49 da Constituição Federal, acarre- Diplomático, Consular, Administrativo e tem encargos ou compromissos gravosos ao patrimô- Técnico, celebrado em Praia, em 14 de ja- neiro de 2005. nio nacional. Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo entre o data de sua publicação. Governo da República Federativa do Brasil e o Gover- Câmara dos Deputados, 4 de julho de 2007. no da República de Cabo Verde sobre o Exercício de – Arlindo Chinaglia, Presidente. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 63 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23225 64 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23226 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 65 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23227 66 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23228 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA a Educação de Adultos na América Latina e SECRETARIA-GERAL DA MESA no Caribe – CREFAL, celebrado na Cidade do México, em 19 de outubro de 1990. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o texto do Convênio para ...... a Criação do Centro de Cooperação Regional para a Art. 49. É da competência exclusiva do Congres- Educação de Adultos na América Latina e no Caribe so Nacional: – CREFAL, celebrado na Cidade do México, em 19 de I – resolver definitivamente sobre tratados, acor- outubro de 1990. dos ou atos internacionais que acarretem encargos ou Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do compromissos gravosos ao patrimônio nacional; Congresso Nacional quaisquer atos que possam re- ...... sultar em revisão do referido Convênio, bem como (À Comissão de Relações Exteriores e quaisquer ajustes complementares que, nos termos Defesa Nacional.) do inciso I do caput do art. 49 da Constituição Fede- ral, acarretem encargos ou compromissos gravosos PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO ao patrimônio nacional. Nº 214, DE 2007 Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na (Nº 1.900/2005, na Câmara dos Deputados) data de sua publicação. Aprova o texto do Convênio para a Cria- Câmara dos Deputados, 4 de julho de 2007. ção do Centro de Cooperação Regional para – Arlindo Chinaglia, Presidente. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 67 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23229 68 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23230 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 69 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23231 70 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23232 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 71 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23233 72 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23234 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 73 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23235 74 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23236 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 75 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23237 76 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23238 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 77 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23239 78 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23240 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 79 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23241

LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA bate às Atividades de Lavagem de Dinheiro SECRETARIA-GERAL DA MESA e outras Transações Financeiras Fraudu- lentas Afins, celebrado em Beirute, em 4 CONSTITUIÇÃO DA de dezembro de 2003. REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ...... O Congresso Nacional decreta: Art. 49. É da competência exclusiva do Congres- Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo de Coopera­ so Nacional: ção entre o Governo da República Federativa do Brasil I – resolver definitivamente sobre tratados, acor- e o Governo da República do Líbano sobre o Combate dos ou atos internacionais que acarretem encargos ou à Produção, ao Consumo e ao Tráfico Ilícito de Entor- compromissos gravosos ao patrimônio nacional; pecentes e Substâncias Psicotrópicas e sobre o Com- ...... bate às Atividades de Lavagem de Dinheiro e outras (À Comissão de Relações Exteriores e Transações Financeiras Fraudulentas Afins, celebrado Defesa Nacional.) em Beirute, em 4 de dezembro de 2003. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Nº 215, DE 2007 Congresso Nacional quaisquer atos que possam re- (Nº 1.914/2005, na Câmara dos Deputados) sultar em revisão do referido acordo, assim como quaisquer ajustes complementares que, nos termos Aprova o texto do Acordo de Coopera- do inciso I do caput do art. 49 da Constituição Fede- ção entre o Governo da República Federati­ va do Brasil e o Governo da República do Lí- ral, acarretem encargos ou compromissos gravosos bano sobre o Combate à Produção, ao Con- ao patrimônio nacional. sumo e ao Tráfico Ilícito de Entorpecentes e Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na Substâncias Psicotrópicas e sobre o Com- data de sua publicação. 80 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23242 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 81 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23243 82 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23244 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 83 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23245 84 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23246 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 85 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23247

LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA rativa do Brasil e o Governo da República SECRETARIA-GERAL DA MESA da Guatemala, celebrado em Brasília, em CONSTITUIÇÃO DA 20 de agosto de 2004. REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL O Congresso Nacional decreta: ...... Art. 1º Fica aprovado o texto do Tratado de Ex- Art. 49. É da competência exclusiva do Congres- so Nacional: tradição entre o Governo da República Federativa do I – resolver definitivamente sobre tratados, acor- Brasil e o Governo da República da Guatemala, cele- dos ou atos internacionais que acarretem encargos ou brado em Brasília, em 20 de agosto de 2004. compromissos gravosos ao patrimônio nacional; Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do ...... Congresso Nacional quaisquer atos que possam re- (À Comissão de Relações Exteriores e sultar em revisão do referido Tratado, bem como quais- Defesa Nacional.) quer ajustes complementares que, nos termos do PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO inciso I do caput do art. 49 da Constituição Federal, Nº 216, DE 2007 acarretem encargos ou compromissos gravosos ao (Nº 1.938/2005, na Câmara dos Deputados) patrimônio nacional. Aprova o texto do Tratado de Extradi­ Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na ção entre o Governo da República Fede­ data de sua publicação. 86 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23248 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 87 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23249 88 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23250 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 89 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23251 90 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23252 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 91 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23253 92 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23254 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 93 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23255 94 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23256 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 95 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23257 96 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23258 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 97 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23259 98 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23260 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 99 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23261 LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA trizes Técnicas, Higiênicas e Sanitárias para SECRETARIA-GERAL DA MESA o Comércio Bilateral de Produtos da Pesca, CONSTITUIÇÃO DA da Agricultura e seus Derivados, celebrado REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL em Brasília, em 7 de outubro de 2003...... O Congresso Nacional decreta: Art. 49. É da competência exclusiva do Congres- Art. 1º Fica aprovado o texto do Memorando de so Nacional: Entendimento entre a República Federativa do Brasil e I – resolver definitivamente sobre tratados, acor- o Reino da Noruega sobre Diretrizes Técnicas, Higiêni- dos ou atos internacionais que acarretem encargos ou cas e Sanitárias para o Comércio Bilateral de Produtos compromissos gravosos ao patrimônio nacional; da Pesca, da Aqüicultura e seus Derivados, celebrado ...... em Brasília, em 7 de outubro de 2003. (À Comissão de Relações Exteriores e Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Defesa Nacional.) Congresso Nacional quaisquer atos que possam re- sultar em revisão do referido Memorando, bem como PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO quaisquer ajustes complementares que, nos termos do Nº 217, DE 2007 inciso I do caput do art. 49 da Constituição Federal, (Nº 1.939/2005, na Câmara dos Deputados) acarretem encargos ou compromissos gravosos ao Aprova o texto do Memorando de patrimônio nacional. Entendimento entre a República Federativa Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na do Brasil e o Reino da Noruega sobre Dire- data de sua publicação. 100 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23262 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 101 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23263 102 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23264 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 103 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23265 104 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23266 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 105 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23267 MENSAGEM Nº 271, DE 2005 do Memorando de Entendimento entre a República Federativa do Brasil e o Reino da Noruega sobre Di- Senhores Membros do Congresso Nacional, retrizes Técnicas, Higiênicas e Sanitárias para o Co- Nos termos do disposto no art. 49, inciso I, com- mércio Bilateral de Produtos da Pesca, da Aqüicultu- binado com o art. 84, inciso VIII da Constituição, sub- ra e seus Derivados, celebrado em Brasília, em 7 de meto à elevada consideração de Vossas Excelências, outubro de 2003. acompanhado de Exposição de Motivos do Senhor Brasília, 12 de maio de 2005. – Luiz Inácio Lula Ministro de Estado das Relações Exteriores, o texto da Silva. 106 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23268 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA Federativa do Brasil e o Governo do Estado SECRETARIA-GERAL DA MESA do Kuaite, assinado na Cidade do Kuaite, CONSTITUIÇÃO DA em 23 de fevereiro de 2005. REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL O Congresso Nacional decreta: ...... Art. 49. É da competência exclusiva do Congres- Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo de Coopera­ so Nacional: ção Cultural entre o Governo da República Federativa I – resolver definitivamente sobre tratados, acor- do Brasil e o Governo do Estado do Kuaite, assinado dos ou atos internacionais que acarretem encargos ou na Cidade do Kuaite, em 23 de fevereiro de 2005. compromissos gravosos ao patrimônio nacional;- ...... Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Con­ gresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em (À Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.) revisão do referido acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do caput do PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 218, DE 2007 art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou (Nº 1.940/2005, na Câmara dos Deputados) compromissos gravosos ao patrimônio nacional. Aprova o texto do Acordo de Coopera- Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na ção Cultural entre o Governo da República data de sua publicação. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 107 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23269 108 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23270 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 109 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23271 110 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23272 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007

LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO SECRETARIA-GERAL DA MESA Nº 219, DE 2007 (Nº 1.974/2005, na Câmara dos Deputados) CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Aprova o texto do Acordo de Coope- ...... ração no Setor de Turismo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Go­ Art. 49. É da competência exclusiva do Congres- verno da República Helênica, celebrado em so Nacional: Brasília, em 19 de dezembro de 2002. I – resolver definitivamente sobre tratados, acor- O Congresso Nacional decreta: dos ou atos internacionais que acarretem encargos ou Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo de compromissos gravosos ao patrimônio nacional; Cooperação no Setor de Turismo entre o Governo da ...... República Federativa do Brasil e o Governo da Repú- (À Comissão de Relações Exteriores e blica Helênica, celebrado em Brasília, em 19 de de- Defesa Nacional.) zembro de 2002. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 111 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23273 Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Con­ do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos gresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional. revisão do referido acordo, bem como quaisquer ajustes Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na complementares que, nos termos do inciso I do caput data de sua publicação. 112 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23274 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 113 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23275 114 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23276 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 115 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23277 LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA Oriental do Uruguai para combater o Tráfego SECRETARIA-GERAL DA MESA de Aeronaves envolvidas com Atividades CONSTITUIÇÃO DA Ilícitas Transnacionais, assinado em Mon- REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL tevidéu, em 14 de setembro de 2004...... O Congresso Nacional decreta: Art. 49. É da competência exclusiva do Congres- Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo de Coopera­ so Nacional: ção Mútua entre o Governo da República Federativa do I – resolver definitivamente sobre tratados, acor- Brasil e o Governo da República Oriental do Uruguai dos ou atos internacionais que acarretem encargos ou para combater o Tráfego de Aeronaves envolvidas com compromissos gravosos ao patrimônio nacional; Atividades Ilícitas Transnacionais, assinado em Mon- ...... tevidéu, em 14 de setembro de 2004. (À Comissão de Relações Exteriores e Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Con­ Defesa Nacional.) gresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO revisão do referido acordo, bem como quaisquer ajustes Nº 220, DE 2007 complementares que, nos termos do inciso I do caput (Nº 1.975/2005, na Câmara dos Deputados) do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos Aprova o texto do Acordo de Coopera- ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional. ção Mútua entre o Governo da República Fe­ Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na derativa do Brasil e o Governo da República data de sua publicação. 116 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23278 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 117 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23279 118 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23280 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 119 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23281

LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO SECRETARIA-GERAL DA MESA Nº 221, DE 2007 (Nº 1.978/2005, na Câmara dos Deputados) CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Aprova o texto do Acordo sobre Servi- ços Aéreos entre o Governo da República Art. 49. É da competência exclusiva do Congres- Federativa do Brasil e o Governo da Repú- so Nacional: blica de Gana, celebrado em Acra, em 12 I – resolver definitivamente sobre tratados, acor- de abril de 2005. dos ou atos internacionais que acarretem encargos ou O Congresso Nacional decreta: compromissos gravosos ao patrimônio nacional; Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo sobre ...... Serviços Aéreos entre o Governo da República Fede- (À Comissão de Relações Exteriores e rativa do Brasil e o Governo da República de Gana, Defesa Nacional.) celebrado em Acra, em 12 de abril de 2005. 120 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23282 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Con­ do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos gresso Nacional quaisquer atos que possa resultar em ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional. revisão do referido Acordo, bem como quaisquer ajustes Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na complementares que, nos termos do inciso I do caput data de sua publicação. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 121 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23283 122 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23284 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 123 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23285 124 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23286 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 125 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23287 126 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23288 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 127 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23289 128 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23290 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 129 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23291 130 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23292 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 131 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23293 132 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23294 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 133 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23295 134 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23296 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 135 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23297 136 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23298 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 137 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23299 138 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23300 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 139 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23301 140 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23302 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007

LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO SECRETARIA-GERAL DA MESA Nº 222, DE 2007 (Nº 2.073/2005, na Câmara dos Deputados) CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Aprova o texto das Emendas à Con- ...... venção sobre Prevenção da Poluição Ma- Art. 49. É da competência exclusiva do Congres- rinha Causada pelo Alijamento no Mar de so Nacional: Resíduos e Outras Matérias. I – resolver definitivamente sobre tratados, acor- dos ou atos internacionais que acarretem encargos ou O Congresso Nacional decreta: compromissos gravosos ao patrimônio nacional; Art. 1º Fica aprovado o texto das Emendas à ...... Convenção sobre Prevenção da Poluição Marinha (À Comissão de Relações Exteriores e Causada pelo Alijamento no Mar de Resíduos e Ou- Defesa Nacional.) tras Matérias. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 141 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23303 Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação mos do inciso I do caput do art. 49 da Constituição do Congresso Nacional quaisquer atos que possa Federal. resultar em revisão das referidas Emendas, bem Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na como quaisquer ajustes complementares nos ter- data de sua publicação. 142 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23304 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 143 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23305 144 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23306 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 145 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23307 146 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23308 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 147 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23309 148 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23310 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 149 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23311 150 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23312 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 151 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23313 152 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23314 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 153 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23315 154 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23316 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 155 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23317 156 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23318 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 157 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23319 158 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23320 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 159 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23321 160 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23322 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 161 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23323 162 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23324 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 163 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23325 164 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23326 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 165 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23327 166 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23328 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 167 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23329 168 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23330 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 169 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23331

LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA o Governo da República de Angola sobre SECRETARIA-GERAL DA MESA Transferência de Pessoas Condenadas, as- CONSTITUIÇÃO DA sinado em Brasília, 3 de maio de 2005. REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL O Congresso Nacional decreta: ...... Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo entre o Art. 49. É da competência exclusiva do Congres- Governo da República Federativa do Brasil e o Governo so Nacional: da República de Angola sobre Transferência de Pessoas I – resolver definitivamente sobre tratados, acor- Condenadas, assinado em Brasília, 3 de maio de 2005. dos ou atos internacionais que acarretem encargos ou Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do compromissos gravosos ao patrimônio nacional; ...... Congresso Nacional quaisquer atos que possam resul- (À Comissão de Relações Exteriores e tar em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer Defesa Nacional.) ajustes complementares que, nos termos do inciso I

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO do caput do art. 49 da Constituição Federal, acarre- Nº 223, DE 2007 tem encargos ou compromissos gravosos ao patrimô- (Nº 2.074/2005, na Câmara dos Deputados) nio nacional. Aprova o texto do Acordo entre o Go­ Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na verno da República Federativa do Brasil e data de sua publicação. 170 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23332 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 171 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23333 172 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23334 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 173 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23335 174 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23336 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 175 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23337 176 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23338 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 177 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23339 178 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23340 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 179 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23341 LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA rativa do Brasil e a Romênia, celebrado em SECRETARIA-GERAL DA MESA Brasília, em 12 de agosto de 2003. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL O Congresso Nacional decreta: ...... Art. 1º Fica aprovado o texto do Tratado de Extradição Art. 49. É da competência exclusiva do Congres- entre o Governo da República Federativa do Brasil e a Ro­ so Nacional: I – resolver definitivamente sobre tratados, acor- mênia, celebrado em Brasília, em 12 de agosto de 2003. dos ou atos internacionais que acarretem encargos ou Parágrafo único. Fica sujeitos à aprovação do Con- compromissos gravosos ao patrimônio nacional; gresso Nacional quaisquer atos que possa resultar em ...... (À Comissão de Relações Exteriores e revisâo do referido Tratado, bem como quaisquer ajustes Defesa Nacional.) complementares que, nos termos do inciso I do caput PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos Nº 224, DE 2007 ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional. (Nº 2.134/2006, na Câmara dos Deputados) Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na Aprova o texto do Tratado de Extradi­ ção entre o Governo da República Fede­ data de sua publicação. 180 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23342 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 181 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23343 182 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23344 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 183 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23345 184 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23346 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 185 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23347 186 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23348 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 187 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23349 LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA O Congresso Nacional decreta: SECRETARIA-GERAL DA MESA Art. 1º Fica aprovado o texto das Emendas, adota- CONSTITUIÇÃO DA das em 18 de maio de 1999, à Convenção Internacional REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL sobre Busca e Salvamento Marítimo, de 1979...... Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Art. 49. É da competência exclusiva do Congres- so Nacional: Congresso Nacional quaisquer atos que possam re- I – resolver definitivamente sobre tratados, acor- éultar em revisão das referidas Emendas, bem como dos ou atos internacionais que acarretem encargos ou quaisquer ajustes complementares que, nos termos do compromissos gravosos ao patrimônio nacional; inciso I do caput do art. 49 da Constituição Federal, ...... acarretem encargos ou compromissos gravosos ao PROJETO DE DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 225, DE 2007 patrimônio nacional. (Nº 2.135/2006, na Câmara dos Deputados) Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na Aprova o texto das Emendas, adota- data de sua publicação. das em 19 de maio de 1998, à Convenção Internacional sobre Busca e Salvamento (À Comissão de Relações Exteriores e Marítimo, de 1979. Defesa Nacional.) 188 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23350 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 189 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23351 190 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23352 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 191 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23353 192 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23354 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 193 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23355 194 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23356 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 195 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23357 196 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23358 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 197 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23359 198 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23360 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 199 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23361 200 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23362 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 201 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23363 202 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23364 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 203 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23365 204 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23366 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 205 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23367 206 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23368 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 207 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23369 208 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23370 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 209 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23371 210 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23372 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 211 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23373 212 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23374 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 213 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23375 214 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23376 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 215 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23377 216 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23378 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 217 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23379 218 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23380 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 219 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23381 220 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23382 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 221 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23383 222 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23384 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 223 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23385 224 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23386 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 225 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23387 MENSAGEM Nº 545, DE 2005 I – resolver definitivamente sobre tratados, acor- Senhores Membros do Congresso Nacional, dos ou atos internacionais que acarretem encargos ou Nos termos do disposto no art. 49, inciso I, com- compromissos gravosos ao patrimônio nacional; binado com o art. 84, inciso VIII, da Constituição, sub- ...... meto à elevada consideração de Vossas Excelências, acompanhado de Exposição de Motivos do Senhor PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Ministro de Estado das Relações Exteriores, o texto Nº 226, DE 2007 das emendas à Convenção Internacional sobre Busca (Nº 2.136/2006, Na Câmara dos Deputados) e Salvamento Marítimo, 1979. Brasília, 24 de agosto de 2005. – Luiz Inácio Aprova o texto da Convenção entre o Lula da Silva. Governo da República Federativa do Bra- EM Nº 49/MRE sil e o Governo da Federação Russa para Brasília, 28 de fevereiro de 2005 Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Eva- Excelentíssimo Senhor Presidente da República, são Fiscal em Matéria de Impostos sobre A Convenção Internacional sobre Busca e Salva- a Renda, celebrado em Brasília, 22 de no- mento Marítimo (SAR) foi adotada por uma conferência vembro de 2004. internacional realizada em Hamburgo, Alemanha, em abril de 1979. Esta Convenção foi estabelecida com o O Congresso Nacional decreta: propósito de prover uma estrutura capaz de conduzir Art. 1º Fica aprovado o texto da Convenção en- operações de busca e salvamento no mar. tre o Governo da República Federativa do Brasil e o 2. Embora muitos países tenham seus próprios Governo da Federação Russa para Evitar a Dupla planos para tais emergências, este foi o primeiro pro- Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de cedimento internacional adotado, tendo entrado em vigor em 22 de junho de 1985. No Brasil, entrou em Impostos sobre a Renda, celebrado em Brasília, 22 de vigor na mesma data, após aprovado pelo Congresso novembro de 2004. Nacional por meio do Decreto Legislativo nº 34, de 21 Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do de maio de 1982. Congresso Nacional quaisquer atos que possam re- LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA sultar em revisão da referida Convenção, bem como SECRETARIA-GERAL DA MESA quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do caput do art. 49 da Constituição Federal, CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL acarretem encargos ou compromissos gravosos ao ...... patrimônio nacional. Art. 49. É da competência exclusiva do Congres- Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na so Nacional: data de sua publicação. 226 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23388 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 227 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23389 228 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23390 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 229 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23391 230 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23392 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 231 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23393 232 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23394 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 233 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23395 234 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23396 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 235 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23397 236 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23398 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 237 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23399 238 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23400 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 239 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23401 240 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23402 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 241 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23403 242 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23404 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 243 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23405 244 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23406 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 245 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23407 246 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23408 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 247 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23409 248 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23410 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 249 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23411 250 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23412 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007

LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA (À Comissão de Relações Exteriores e SECRETARIA-GERAL DA MESA Defesa Nacional.)

CONSTITUIÇÃO DA PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Nº 227, DE 2007 ...... (Nº 2.137/2006, na Câmara dos Deputados) Art. 49. É da competência exclusiva do Congres- so Nacional: Aprova o texto do Acordo entre o Governo I – resolver definitivamente sobre tratados, acor- da República Federativa do Brasil e o Governo dos ou atos internacionais que acarretem encargos ou da República de Angola sobre Extradição, as- compromissos gravosos ao patrimônio nacional; sinado em Brasília, em 3 de maio de 2005...... O Congresso Nacional decreta: JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 251 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23413 Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo entre o complementares que, nos termos do inciso I do caput Governo da República Federativa do Brasil e o Gover- do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos no da República de Angola sobre Extradição, assinado em Brasília, em 3 de maio de 2005. ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional. Parágrafo único. Fica sujeitos à aprovação do Con­ Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na gresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer ajustes data de sua publicação. 252 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23414 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 253 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23415 254 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23416 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 255 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23417 256 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23418 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 257 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23419 258 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23420 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 259 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23421 260 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23422 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 261 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23423 262 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23424 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 263 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23425 264 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23426 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007

MENSAGEM Nº 673, DE 2005 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 265 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23427 LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA em casos de Acidentes com Poluição por SECRETARIA-GERAL DA MESA Óleo de 1969 e seu Protocolo de 1973. CONSTITUIÇÃO DA O Congresso Nacional decreta: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Art. 1º Fica aprovado o texto da Convenção Interna­ ...... Art. 49. É da competência exclusiva do Congres- cional relativa à Intervenção em Alto-Mar em casos so Nacional: de Acidentes com Poluição por Óleo de 1969 e seu I – resolver definitivamente sobre tratados, acor- Protocolo de 1973. dos ou atos internacionais que acarretem encargos ou Parágrafo único. Fica sujeitos à aprovação do Con­ compromissos gravosos ao patrimônio nacional; ...... gresso Nacional quaisquer atos que possam resultar (À Comissão de Relações Exteriores e em revisão da referida Convenção e do seu Protocolo, Defesa Nacional.) bem como quaisquer ajustes complementares que, nos temos do inciso I do caput do art. 49 da Constituição PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 228, DE 2007 Federal, acarretem encargos ou compromissos gravo- (Nº 2.141/2007, na Câmara dos Deputados) sos ao patrimônio nacional. Aprova o texto da Convenção Interna­ Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na cional relativa à Intervenção em Alto-Mar data de sua publicação. 266 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23428 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 267 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23429 268 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23430 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 269 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23431 270 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23432 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 271 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23433 272 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23434 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 273 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23435 274 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23436 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 275 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23437 276 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23438 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 277 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23439 278 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23440 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 279 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23441 280 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23442 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 281 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23443 282 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23444 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 283 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23445 284 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23446 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 285 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23447 286 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23448 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 287 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23449 288 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23450 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007

LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA celebrada em Paris, em 19 de outubro SECRETARIA-GERAL DA MESA de 2005. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL O Congresso Nacional decreta: ...... Art. 1º Fica aprovado o texto da Convenção Interna­ Art. 49. É da competência exclusiva do Congres- cional contra o Doping nos Esportes, celebrada em so Nacional: Paris, em 19 de outubro de 2005. I – resolver definitivamente sobre tratados, acor- dos ou atos internacionais que acarretem encargos ou Parágrafo único. Fica sujeitos à aprovação do compromissos gravosos ao patrimônio nacional; Congresso Nacional quaisquer atos que possa re- ...... sultar em revisão da referida Convenção, bem como (À Comissão de Relações Exteriores e quaisquer ajustes complementares que, nos termos do Defesa Nacional.) inciso I do caput do art. 49 da Constituição Federal, PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 229, DE 2007 acarretem encargos ou compromissos gravosos ao (Nº 2.543/2006, na Câmara dos Deputados) patrimônio nacional. Aprova o texto da Convenção Interna­ Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na cional contra o Doping nos Esportes, data de sua publicação. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 289 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23451 290 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23452 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 291 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23453 292 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23454 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 293 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23455 294 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23456 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 295 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23457 296 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23458 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 297 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23459 298 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23460 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 299 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23461 300 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23462 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 301 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23463 302 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23464 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 303 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23465 304 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23466 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 305 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23467 306 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23468 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007

LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA – Aviso nº 23, de 2007 (nº 79/2007, na ori- SECRETARIA-GERAL DA MESA gem), de 7 de maio último, referente à Em- preendimentos Radiodifusão Cabo Frio S.A., CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA da cidade de Cabo Frio, Estado do Rio de DO BRASIL Janeiro; Art. 49. É da competência exclusiva do Congres- – Aviso nº 24, de 2007 (nº 79/2007, na origem), so Nacional: de 7 de maio último, referente ao Canal e I – resolver definitivamente sobre tratados, acor- Transmissões Internetv S.A., da cidade de dos ou atos internacionais que acarretem encargos ou Nova Friburgo, Estado do Rio de Janeiro; compromissos gravosos ao patrimônio nacional; – Aviso nº 25, de 2007 (nº 79/2007, na origem), ...... de 7 de maio último, referente à Rede 21 (À Comissão de Relações Exteriores e de Comunicações Ltda., da cidade de São Defesa Nacional). Paulo, Estado de São Paulo; O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB – Aviso nº 26, de 2007 (nº 79/2007, na ori- – AL) – Os Projetos de Decreto Legislativo nºs 212 a gem), de 7 de maio último, referente à Rá- 229, de 2007, vão à Comissão de Relações Exteriores dio Ribamar Ltda., da cidade de São Luiz, e Defesa Nacional, onde, nos termos do art. 376, III, do Estado do Maranhão; Regimento Interno, terão o prazo de cinco dias úteis – Aviso nº 27, de 2007 (nº 79/2007, na origem), para recebimento de emendas, findo o qual a referida de 7 de maio último, referente ao Sistema Comissão terá quinze dias úteis, prorrogáveis por igual Meridional de Comunicação Ltda., da cidade período, para opinar sobre as proposições. de Cacoal, Estado de Rondônia; O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB – AL) – A Presidência recebeu do Ministro de Estado – Aviso nº 28, de 2007 (nº 79/2007, na origem), das Comunicações, em cumprimento ao art 3º, pará- de 7 de maio último, referente à TV Juiz de grafo único, da Lei nº 10.610, de 2002, as seguintes Fora Ltda., da cidade de Juiz de Fora, Es- matérias, comunicando alterações de controle socie- tado de Minas Gerais; tário ocorridas em empresas executantes de serviços – Aviso nº 29, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de radiodifusão sonora e de sons e imagens: de 7 de maio último, referente à Televisão JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 307 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23469 Joaçaba Ltda., da cidade de Joaçaba, Es- – Aviso nº 42, de 2007 (nº 79/2007, na origem), tado de Santa Catarina; de 7 de maio último, referente à Sociedade – Aviso nº 30, de 2007 (nº 79/2007, na origem), Jaru de Rádio e Televisão Ltda., da cidade de 7 de maio último, referente ao Sistema Sul de Jaru, Estado de Rondônia; de Radiodifusão Ltda., da cidade de Avaré, – Aviso nº 43, de 2007 (nº 79/2007, na origem), Estado de São Paulo; de 7 de maio último, referente à Rádio FM – Aviso nº 31, de 2007 (nº 79/2007, na origem), Norte Comunicações Ltda., da cidade de Boa de 7 de maio último, referente à Sociedade Esperança, Estado do Espírito Santo; Mandaguari de Radiodifusão S/C Ltda., da – Aviso nº 44, de 2007 (nº 79/2007, na ori- cidade de Mandaguari, Estado do Paraná; gem), de 7 de maio último, referente à Rádio – Aviso nº 32, de 2007 (nº 79/2007, na origem), Aratu Ltda., da cidade de Salvador, Estado de 7 de maio último, referente à Energia FM da Bahia; de Monte Alto Ltda., da cidade de Monte – Aviso nº 45, de 2007 (nº 79/2007, na origem), Alto, Estado de São Paulo; de 7 de maio último, referente à Rádio Vale – Aviso nº 33, de 2007 (nº 79/2007, na ori- Verde Ltda., da cidade de Jesuítas, Estado gem), de 7 de maio último, referente à Rádio do Paraná; Clube de Cacoal Ltda., da cidade de Cacoal, – Aviso nº 46, de 2007 (nº 79/2007, na ori- Estado de Rondônia; gem), de 7 de maio último, referente à Rá- – Aviso nº 34, de 2007 (nº 79/2007, na ori- dio Tropical de Jaú Ltda., da cidade de Jaú, gem), de 7 de maio último, referente à So- Estado de São Paulo; ciedade Trespontana de Radiodifusão Ltda., – Aviso nº 47, de 2007 (nº 79/2007, na origem), da cidade de Três Pontas, Estado de Minas de 7 de maio último, referente ao Sistema Gerais; Tambau de Comunicação Ltda., da cidade – Aviso nº 35, de 2007 (nº 79/2007, na ori- de Santa Rita, Estado da Paraíba; e gem), de 7 de maio último, referente à Pinto – Aviso nº 48, de 2007 (nº 79/2007, na ori- Comunicações Ltda., da cidade de Santana gem), de 7 de maio último, referente à Rá- do Ipanema, Estado de Alagoas; dio Meridional da Bahia Ltda., da cidade de – Aviso nº 36, de 2007 (nº 79/2007, na ori- Itabuna, Estado da Bahia. gem), de 7 de maio último, referente à Rá- As matérias vão à Comissão de Ciência, Tecno- dio Difusora de Duque de Caxias Ltda., da logia, Inovação, Comunicação e Informática. cidade de Duque de Caxias, Estado do Rio O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB de Janeiro; – AL) – A Presidência comunica ao Plenário que deter- – Aviso nº 37, de 2007 (nº 79/2007, na origem), minou a juntada do inteiro teor dos autos do Processo de 7 de maio último, referente à Rondovisão Administrativo nº 012387/07, originário de expediente – Rondônia Rádio e Televisão Ltda., da cida- do Presidente da Comissão de Serviços de Infra-Es- de de Porto Velho, Estado de Rondônia; trutura à Corregedoria do Senado Federal, ao proces- – Aviso nº 38, de 2007 (nº 79/2007, na origem), sado da Mensagem nº 74, de 2007. de 7 de maio último, referente à Sociedade A referida Mensagem volta ao exame da Comis- Maringaense de Radiodifusão Ltda., da ci- são de Serviços de Infra-Estrutura. dade de Maringá, Estado do Paraná; O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB – Aviso nº 39, de 2007 (nº 79/2007, na origem), – AL) – A Presidência comunica ao Plenário que re- de 7 de maio último, referente à Rede Cen- cebeu Relatório nº 3, de 2007 (Parcial), da Comissão tral de Rádio e Televisão Ltda., da cidade de Parlamentar de Inquérito, criada pelo Requerimento nº São Paulo, Estado de São Paulo; 401, de 2007, destinada a apurar as causas, condições – Aviso nº 40, de 2007 (nº 79/2007, na origem), e responsabilidades relacionadas aos graves problemas de 7 de maio último, referente à Rádio Arraial verificados no sistema de controle do tráfego aéreo, bem do Cabo S/C Ltda., da cidade de Arraial do como nos principais aeroportos do país, evidenciados Cabo, Estado do Rio de Janeiro; a partir do acidente aéreo, ocorrido em 29 de setembro – Aviso nº 41, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de 2006, envolvendo um Boeing 737-800 da Gol e um de 7 de maio último, referente ao Sistema jato Legacy da American ExcelAire, e que tiveram seu Transrio Comunicação Ltda., da cidade de ápice no movimento de paralisação dos controladores Barra do Piraí, Estado do Rio de Janeiro; de vôo ocorrido em 30 de março de 2007. 308 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23470 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 O Relatório vai à publicação em suplemento ao exigências como as que constituem objeto do projeto presente Diário do Senado Federal. sob exame. O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB Como a legislação atual admite que os loteamen- – AL) – Sobre a mesa, pareceres que passo a ler. tos sejam registrados e ocupados sem a pavimenta- São lidos os seguintes: ção das vias de circulação e apenas com as obras de escoamento das águas pluviais, vastas áreas urbanas PARECER Nº 602, DE 2007 se implantam sem que as mínimas condições de sa- neamento estejam satisfeitas. Adiante, já com gran- Da Comissão de Serviços de Infra-Es- des comunidades convivendo com tais precaricdades trutura, sobre o nº 264, de 2004, de autoria e reivindicando melhorias, as autoridades tendem a do Senador Augusto Botelho, que altera a promover a pavimentação de vias, obra mais visível, Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, anteriormente ao provimento da infra-estrutura. Não para condicionar a pavimentação de vias raro, a ulterior implantação dessas redes enseja danos urbanas à prévia implantação de redes de à pavimentação precocemente executada. infra-estrutura básica, e dá outras provi- A instituição do princípio de racionalidade nessa dencias. matéria, tão importante para um País que já tem mais Relator: Senador Adelmir Santana de quatro quintos de sua população vivendo em cida- des, deve merecer o apoio do Congresso Nacional. A I – Relatório exigência de prévia execução das redes de infra-es- De autoria do Senador Augusto Botelho, o Projeto trutura por ocasião da pavimentação das vias urbanas de Lei do Senado nº 264, de 2004, tem o objetivo de contribuirá para que o déficit social na área de sane- condicionar a pavimentação de vias urbanas à pré- amento seja mais celeremente reduzido. via implantação das redes de infra-estrutura básica. No mérito, ademais, a proposição é consentânea Para tanto, a proposição altera a Lei nº 6.766, de 19 com os princípios e diretrizes da Política Nacional de de dezembro de 1979, que “dispõe sobre o parcela- Saneamento, recentemente transformada na Lei nº mento do solo urbano e dá outras providências”, no 11.445, de 5 de janeiro de 2007. sentido de: No tocante à constitucionalidade, o projeto en- 1. incluir no conceito de “infra-estrutura básica” contra abrigo no art. 21, XX, da Constituição Fede- a exigência de que as vias de circulação sejam pavi- ral, que fixa a competência da União para “instituir mentadas; diretrizes para o desenvolvimento urbano”. De outra 2. exigir, também nas zonas habitacionais decla- parte, a iniciativa da proposição preenche os requi- radas por lei como de interesse social (ZHIS), que a sitos inscritos no art. 61 da Lei Maior. Encontram-se infra-estrutura básica contemple a pavimentação das igualmente atendidos os preceitos de juridicidade e vias, bem como a efetiva implantação de sistemas de regimentalidade. abastecimento de água potável, esgotamento sanitário O projeto, contudo, carece de pequeno ajuste na e energia elétrica domiciliar; redação do caput do art. 2º-A, dispositivo que se pre- 3. determinar que a pavimentação das vias so- tende aditar à lei alterada. A remissão feita aos incisos mente ocorra após a implantação das redes de dre- “do art. 2º”, deveria, na verdade, referir-se ao “§ 6º do nagem pluvial, abastecimento d’água, esgotamento art. 2º”. No sentido de sanar a imprecisão, formulamos sanitário e energia elétrica, salvo nos Casos em que adiante a emenda necessária. a conveniência técnica e a economicidade da solução III – Voto alternativa sejam devidamente comprovadas em laudo Ante as razões comentadas, voto pela aprovação de engenharia. do PLS nº 264, de 2004, com a seguinte Emenda: Distribuído a esta Comissão para colher decisão terminativa, o projeto não recebeu emendas. EMENDA Nº 1-CI II – Análise Substitua-se a redação proposta para o caput do art. 2º-A pela seguinte: Trata-se de proposição de grande relevância so- cial. Como afirma seu autor, o combate à situação de “Art. 2º-A. A pavimentação de vias urbanas precariedade da infra-estrutura de saneamento em em novos parcelamentos somente será realiza- nosso País, principal fator de disseminação de do- da após a implantação dos itens constantes dos enças de veiculação hídrica e de comprometimento incisos II, III, IV e V do § 6º do art. 2º”. da rede de postos de saúde e hospitais, depende de Sala da Comissão, 2 de maio de 2007. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 309 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23471 310 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23472 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 ADENDO AO PARECER Nº , DE 2007 Faz-se necessário, portanto, adequar a redação DA COMISSÃO DE SERVIÇOS dada ao parágrafo, a fim de preservar essa recente DE INFRA-ESTRUTURA alteração. Relator: Senador Adelmir Santana III – Voto I – Relatório Ante o exposto, voto pela aprovação do PLS nº De autoria do Senador Augusto Botelho, o Projeto 264, de 2004, nos termos do parecer anterior, acres- de Lei do Senado nº 264, de 2004, tem o objetivo de cido da seguinte Emenda: condicionar a pavimentação de vias urbanas à prévia implantação das redes de infra-estrutura básica. EMENDA Nº 2-CI Distribuído a esta Comissão para decisão termi- Substitua-se a redação proposta para o § 5º do nativa, o projeto foi aprovado com uma emenda. art. 2º da Lei nº 6.766, de 1979, alterado pela Lei nº II – Análise 11.445, de 5 de janeiro de 2007, pela seguinte: Após a aprovação do parecer, detectou-se um “§ 5º A infra-estrutura básica dos parce- erro formal, que o presente adendo procura sanar. lamentos é constituída pelos equipamentos Ocorre que, durante a tramitação do projeto, o § 5º urbanos de escoamento das águas pluviais, do art. 2º da Lei nº 6.766, de 1979, objeto da proposição iluminação pública, esgotamento sanitário, em análise, foi alterado pelo art. 55 da Lei nº 111.445, abastecimento de água potável, energia elé- de 5 de janeiro de 2007, que “estabelece diretrizes trica pública e domiciliar e vias de circulação nacionais para o saneamento básico”. A nova redação pavimentadas.” substituiu a menção a “redes de esgoto sanitário” pelo termo mais genérico “esgotamento sanitário.” Sala da Comissão, 31 de maio de 2007. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 311 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23473 312 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23474 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 313 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23475 314 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23476 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 315 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23477 TEXTO FINAL V – energia elétrica domiciliar. (NR)” AO PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 264, DE “Art. 2º-A. A pavimentação de vias urbanas 2004, APROVADO EM 2 E 31 DE MAIO DE 2007 em novos parcelamentos somente será reali- Altera a Lei nº 6.766, de 19 de dezem- zada após a implantação dos itens constantes bro de 1979, para condicionar a pavimenta- dos incisos II, III, IV e V do § 6º do art. 2º. ção de vias urbanas à prévia implantação Parágrafo único. A execução de obras em das redes de infra-estrutura urbana básica, e dá outras providências. desacordo com o disposto no caput deverá ser fundamentada por laudo de engenharia que O Congresso Nacional decreta: comprove a conveniência técnica e a econo- Art. 1º A Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, passa a vigorar com as seguintes alterações: micidade da solucão adotada.” Art. 2º ...... “Art. 18...... § 5º A infra-estrutura básica dos parce- V – cópia do ato de aprovação do lote- lamentos é constituída pelos equipamentos amcnto e comprovante do termo de verifica- urbanos de escoamento das águas pluviais, ção pela Prefeitura Municipal ou pelo Distrito iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de água potável, energia elétri- Federal, da execução das obras exigidas pela ca pública e domiciliar e as vias de circulação legislação ou da aprovação de um cronogra- pavimentadas. ma, com a duração máxima de quatro anos, § 6º A infra-estrutura básica dos parce- acompanhado de competente instrumento de lamentos situados nas zonas habitacionais declaradas por lei como de interesse social garantia para a execução das obras: (ZHIS) consistirá, no mínimo, de: ...... (NR)” I – vias de circulação pavimentadas; Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua II – escoamento das águas pluviais; III – abastecimento de água potável; publicação. – Senador Marconi Perillo, Presidente IV – esgotamento sanitário; – Senador Adelmir Santana, Relator. 316 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23478 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 317 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23479 318 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23480 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 319 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23481 DOCUMENTO ANEXADO NOS TER- te, já com grandes comunidades convivendo com MOS DO ART. 250, PARÁGRAFO ÚNICO, tais precariedades e reivindicando melhorias, as DO REGIMENTO INTERNO DO SENADO autoridades tendem a promover a pavimentação de FEDERAL. vias, obra mais visível, anteriormente ao provimento RELATÓRIO da infra-estrutura. Não raro, a ulterior implantação dessas redes enseja danos à pavimentação preco- Relator: Senador Mário Calixto cemente executada. I – Relatório A instituição do princípio de racionalidade nes- De autoria do Senador Augusto Botelho, o Projeto sa matéria, tão importante para um País que já tem de Lei do Senado nº 264, de 2004, tem o objetivo de mais de quatro quintos de sua população vivendo em condicionar a pavimentação de vias nrbanas à prévia cidades, deve merecer o apoio do Congresso Nacio- implantação das redes de infra-estrutura básica. Para nal, pois a exigência de prévia execução das redes de tanto, a proposição altera a Lei nº 6.766, de 19 de de- infra-estrutura por ocasião da pavimentação das vias zembro de 1979, que “dispõe sobre o parcelamento do solo urbano e dá outras providências”, no sentido de: urbanas contribuirá para que o déficit social na área de saneamento seja mais celeremente reduzido. 1. incluir no conceito de “infra-estrutura No tocante à constitucionalidade, o projeto encon- básica” a exigência de que as vias de circula- tra abrigo no art. 21, XXI, da Constituição Federal, que ção sejam pavimentadas; fixa a competência da União para “instituir diretrizes 2. exigir, também nas zonas habitacionais declaradas por lei como de interesse social para o desenvolvimento urbano”. De outra parte, a ini- (ZHIS), que a infra-estrutura básica contemple ciativa da lei proposta preenche os requisitos inscritos a pavimentação das vias, bem como a efetiva no art. 61 da Lei Maior. Encontram-se igualmente aten- implantação de sistemas de abastecimento de didos os preceitos de juridicidade e regimentalidade. água potável, esgotamento sanitário e energia A proposição, contudo, carece de pequeno ajuste na elétrica domiciliar; redação do caput do art. 2º-A, dispositivo que se pre- 3. determinar que a pavimentação das tende aditar à lei alterada. A remissão feita aos incisos vias somente ocorra após a implantação das “do art. 2º deveria, na verdade, referir-se ao § 6º do redes de drenagem pluvial, abastecimento art. 2º”. No sentido de sanar a imprecisão, formulamos d’água, esgotamento sanitário e energia elé- adiante a emenda necessária. trica, salvo nos casos em que a conveniência técnica e a economicidade da solução alter- III – Voto nativa sejam devidamente comprovadas em Ante as razões comentadas, voto pela aprovação laudo de engenharia. do PLS nº 264, de 2004, com a seguinte emenda: Distribuído a esta Comissão para colher deci- são terminativa, o PLS nº 264, de 2004, não recebeu EMENDA Nº emendas no prazo regimental. Substitua-se a redação proposta para o caput II – Análise do art. 2º-A pela seguinte: Trata-se de proposição de grande relevância so- “Art. 2º-A. A pavimentação de vias urba- cial. Como afirma seu autor, o combate à situação de precariedade da infra-estrutura de saneamento em nas somente será realizada após a implanta- nosso País, principal fator de disseminação de do- ção dos itens constantes dos incisos II, III, IV enças de veiculação hídrica e de comprometimento e V do § 6º do art. 2º.” da rede de postos de saúde e hospitais depende de exigências como as que constituem objeto do projeto Sala da Comissão, sob exame. Como a legislação atual admite que os lotea- mentos sejam registrados e ocupados sem a pavi- mentação das vias de circulação e apenas com as obras de escoamento das águas pluviais, vastas áreas urbanas se implantam sem que as mínimas condições de saneamento estejam satisfeitas. Adian- 320 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23482 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 321 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23483 322 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23484 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 RELATÓRIO A instituição do princípio de racionalidade nessa Relator: Senador Adelmir Santana matéria, tão importante para um País que já tem mais de quatro quintos de sua população vivendo em cida- I – Relatório des, deve merecer o apoio do Congresso Nacional. A De autoria do Senador Augusto Botelho, o Proje- exigência de prévia execução das redes de infra-es- to de Lei do Senado nº 264, de 2004, tem o objetivo de trutura por ocasião da pavimentação das vias urbanas condicionar a pavimentação de vias urbanas à prévia contribuirá para que o déficit social na área de sane- implantação das redes de infra-estrutura básica. Para amento seja mais celeremente reduzido. tanto, a proposição altera a Lei nº 6.766, de 19 de de- No mérito, ademais, a proposição é consentânea zembro de 1979, que “dispõe sobre o parcelamento do com os princípios e diretrizes da Política Nacional de solo urbano, e dá outras providências”, no sentido de: Saneamento, recentemente transformada na Lei nº 1. incluir no conceito de “infra-estrutura 11.445, de 5 de janeiro de 2007. básica” a exigência de que as vias de circula- No tocante à constitucionalidade, o projeto encon- ção sejam pavimentadas; tra abrigo no art. 21, XX, da Constituição Federal, que 2. exigir, também nas zonas habitacionais fixa a competência da União para instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano”. De outra parte, a iniciativa declaradas por lei como de interesse social da proposição preenche os requisitos inscritos no art. (ZHIS), que a infra-estrutura básica contemple 61 da Lei Maior Encontram-se igualmente atendidos a pavimentação das vias, bem como a efetiva os preceitos de juridicidade e regimentalidade. implantação de sistemas de abastecimento de O projeto, contudo, carece de pequeno ajuste na água potável, esgotamento sanitário e energia redação do caput do art. 2º-A, dispositivo que se pre- elétrica domiciliar; tende aditar à lei alterada. A remissão feita aos incisos 3. determinar que a pavimentação das “do art. 2º deveria, na verdade, referir-se ao “§ 6º do vias somente ocorra após a implantação das art. 2º”. No sentido de sanar a imprecisão, formulamos redes de drenagem pluvial, abastecimento adiante a emenda necessária. d’água, esgotamento sanitário e energia elé- trica, salvo nos casos em que a conveniência III – Voto técnica e a economicidade da solução alter- Ante as razões comentadas, voto pela aprovação nativa sejam devidamente comprovadas em do PLS nº 264, de 2004, com a seguinte Emenda: laudo de engenharia. EMENDA Nº Distribuído a esta Comissão para colher decisão Substitua-se a redação proposta para o caput terminativa, o projeto não recebeu emendas. do art. 2º-A pela segumte: II – Análise “Art. 2º-A. A pavimentação de vias urba- Trata-se de proposição de grande relevância social. nas somente será realizada após a implanta- Como afirma seu autor, o combate à situação de preca- ção dos itens constantes dos incisos II, III, IV riedade da infra-estrutura de saneamento em nosso País, e V do § 6º do art. 2º.” principal fator de disseminação de doenças de veicula- Sala da Comissão, 2 de maio de 2007. ção hídrica e de comprometimento da rede de postos de saúde e hospitais, depende de exigências como as que constituem objeto do projeto sob exame. Como a legislação atual admite que os loteamen- tos sejam registrados e ocupados sem a pavimenta- ção das vias de circulação e apenas com as obras de escoamento das águas pluviais, vastas áreas urbanas se implantam sem que as mínimas condições de sa- SENADOR RENATO CASAGRANDE (PSB – ES) neamento estejam satisfeitas. Adiante, já com gran- – Com o Relator; Sr. Presidente. des comunidades convivendo com tais precariedades SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- e reivindicando melhorias, as autoridades tendem a RILLO (PSDB – GO) – Eu indago se há mais algum promover a pavimentação de vias, obra mais visível, senador do bloco de apoio ao Governo aqui presen- anteriormente ao provimento da infra-estrutura. Não te. Titulares do PMDB. Como vota o Senador Leomar raro, a ulterior implantação dessas redes enseja danos Quintanilha? Como vota o Senador Valter Pereira? à pavimentação precocemente executada. Como vota o Senador Wellington Salgado? JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 323 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23485 SENADOR WELLINGTON SALGADO DE OLI- cional. A exigência de previa execução das redes de VEIRA (PMDB – MG) – (Pronunciamento fora do mi- infra-estrutura por ocasião da pavimentação das vias crofone). urbanas contribuirá para que o déficit social na área SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- de saneamento seja mais celeremente reduzido. No RILLO (PSDB – GO) – Eu convido os titulares do bloco mérito, ademais, a proposição é consentânea com os da minoria. Como vota o Senador Adelmir Santana? princípios de diretrizes da Política Nacional de sanea- Voto do Senador Adelmir Santana com o Relator. Se- mento, recentemente transformada em Lei nº 11.445 nador Eliseu Resende. de 5 de janeiro de 2007. No tocante à constitucionali- SENADOR ELISEU RESENDE (PFL – MG) – dade, o projeto encontra abrigo no art. 21, inciso XX da Com o Relator. Constituição Federal. Que fixa a competência da União SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- para instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano. RILLO (PSDB – GO) – Senador Jayme Campos, Se- De outra parte, a iniciativa da proposição preenche os nador Flexa Ribeiro, Senador Marco Maciel, Senador requisitos inscritos no art. 61 da Lei Maior. Encontram- Romeu Tuma, Senador Cícero Lucena, Senador Edu- se igualmente atendidos os preceitos de juridicidade e ardo Azeredo. regimentalidade. O projeto, contudo, carece de peque- Bom, vamos aqui proferir o resultado. Treze sim, no ajuste na redação do caput do art. 2º-A, dispositivo pela unanimidade declaramos prejudicial a matéria. A que pretende adiar a lei alterada. A remissão feita aos matéria vai à Secretaria-Geral da Mesa para as devi- incisos do art. 2º deveria na verdade referir-se ao § 6º das providências. do art. 2º no sentido de sanar a impressão formulamos Item 3 da pauta. Altera a Lei nº 6.766 de 19 de adiante a emenda necessária. dezembro de 1979 para condicionar a pavimentação Voto: Ante as razões comentadas, voto pela apro- de vias urbanas a redes de infra-estrutura urbana bá- vação do PLS nº 264/2004 com a seguinte emenda sica e dá outras providências. O autor é o Senador que é aquilo que eu fiz referência no parágrafo anterior. Augusto Botelho, o Relator Senador Adelmir Santana. Emenda nº 1, substitui a redação proposta no caput Lembro aos Srs. Senadores que o Projeto é termina- do art. 2º-A, pela seguinte. “Art. 2º-A. A pavimentação tivo e exige, portanto, quorum qualificado. Concedo de vias urbanas somente será realizada após a im- a palavra ao Senador Adelmir Santana para proferir plantação dos itens constantes dos incisos II, III, IV e o seu parecer. V, do § 6º do art. 2º.” Esse é o nosso relatório e voto, SENADOR ADELMIR SANTANA (PFL – DF) – Sr. Sr. Presidente. Presidente, vou entrar na análise vez que esse relatório SENADOR FLEXA RIBEIRO (PSDB – PA) – Pela já se encontra algum tempo nessa comissão. Trata-se de proposição de grande relevância social como afirma ordem, Sr. Presidente. o seu autor, o combate à situação de precariedade da SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- infra-estrutura de saneamento em nosso País, principal RILLO (PSDB – GO) – Com a palavra, pela ordem, o fator de disseminação de doenças, de veiculação hídrica Senador Flexa Ribeiro. e de comprometimento da rede de postos de saúde e SENADOR FLEXA RIBEIRO (PSDB – PA) – Eu hospitais. Depende de exigências como as que cons- solicitaria ao nobre Relator, Senador Adelmir Santa- titui objeto do projeto sob exame. Como a Legislação na que fizesse a leitura desses incisos para que os atual admite que os loteamentos sejam registrados e senadores pudessem ter de forma clara o que... Qual ocupados sem a pavimentação das vias de circulação a obrigatoriedade que está sendo imposta para a pa- e apenas com as obras de escoamento de águas plu- vimentação de vias urbanas. Da emenda do Senador viais, vastas áreas urbanas se implantam sem que as Adelmir Santana. mínimas condições de saneamento estejam satisfeitas. SENADOR ADELMIR SANTANA (PFL – DF) Adiante, já com grandes comunidades convivendo com – A emenda apenas faz uma alteração. Porque ele tais precariedades e reivindicando melhorias as auto- fala assim art. 2º, § 6º. A infra-estrutura básica dos ridades tendem a promover a pavimentação de vias, parcelamentos situados nas zonas habitacionais de- obras mais visíveis, anteriormente ao provimento de claradas por lei como interesse social, consistirá no infra-estrutura. Não raro, a anterior implantação des- mínimo de: sas redes enseja danos a pavimentação precocemente 1) Via de circulação pavimentada; executada. A instituição do princípio de racionalidade 2) Escoamento das águas pluviais; nessa matéria tão importante para o País que já tem 3) Abastecimento de água potável; mais de quatro quintos de sua população vivendo em 4) Esgotamento sanitário; cidades, devem merecer o apoio do Congresso Na- 5) Energia elétrica domiciliar. 324 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23486 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 Apenas no art. 2º-A, ele faz referências a esses Perillo, o que é ocorre? As Prefeituras hoje, dentro do incisos e diz assim do art. 2º: Eu estou alterando e código de uso do solo, sobretudo dentro da lei orgânica dizendo § 6º do art. 2º. É a única alteração que faze- do município, quando um cidadão vai aprovar um lote- mos na emenda. É uma questão apenas de redação amento, na verdade existem ali as exigências. Esgoto, porque se refere ao art. 2º e o art. 2º tem mais de um galeria com redes fluviais, posteamento, arruamento, parágrafo. áreas reservadas para equipamentos comunitários, SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- etc, etc. Todavia, na verdade não é na prática isso na RILLO (PSDB – GO) – A matéria está em discussão. demanda do tempo que vai passando, as empresas e Srs. Senadores. Sr. Senador Cícero Lucena para a imobiliárias elas não cumprem com o seu dever. Caso discussão da matéria. especificamente da minha cidade que é uma cidade de SENADOR CÍCERO LUCENA (PSDB – PB) 300 mil habitantes, ali hoje qualquer loteamento para – Presidente, como ex-prefeito de uma cidade, a ci- ser aprovado é reservado inicialmente 50% se for mil dade de João Pessoa por dois mandatos, nós temos lotes, 500 lotes fica disponibilizado para o cumprimen- a consciência da importância desse projeto, da inicia- to daquilo da sua aprovação. Feito isso, eu acho se o tiva, do parecer, da relatoria, mas nós não podemos Poder Público municipal cobrar na sua plenitude aquilo deixar de trazer uma preocupação como administrador que foi de fato aprovado quando da aprovação do seu municipal. Esta lei tem a responsabilidade de só fazer loteamento, eu imagino que nós não teríamos hoje na investimento quando da infra-estrutura tiver devida- verdade um grande número de municípios brasileiros mente concluída, ex-Governador, ex-Prefeito, Senador hoje que lamentavelmente os loteamentos não foram Jayme Campos, o senhor sabe muito bem de que a contemplados com as obras de infra-estrutura. Contudo realidade, a prática vivida nos nossos municípios não acho que para aperfeiçoar isso aí depende muito dos é essa. Nós não podemos, por exemplo, estabelecer municípios. Entretanto quando V. Exª diz aqui de que em áreas de expansão dos municípios que tem ruas, fundamentalmente alguns acessos, alguns bairros mais vamos dizer assim, sem nenhuma infra-estrutura, é distantes a Prefeitura é impossibilitada, ela é engessada uma realidade brasileira, e que de repente você está para investimento, sobretudo, no transporte de massa. proibindo o prefeito de fazer o asfalto, por exemplo, Isso é uma política que nós aqui temos que exigir de da via de transporte coletivo, seria uma prioridade já tal forma, na medida que lamentavelmente hoje grande que ele não tem condições de fazer esse investimento. parcela dos bairros das cidades brasileiras, hoje não Possivelmente para novos loteamentos onde a Prefei- tem o mínimo de infra-estrutura. Vivem abaixo, muitos tura vem autorizar, aí sim exigir toda a infra-estrutura. deles, de qualquer situação de qualidade de vida. Mas a realidade vivida hoje nos municípios brasileiros Então eu acho que as leis que estão sendo apro- é que dessa forma nós estaremos dando cobertura a vadas aqui, sobretudo esse projeto aqui é fundamental, prefeitos que não querem trabalhar pelo investimento sobretudo, quando o Senador Adelmir Santana, que- na infra-estrutura, mas sacrificando a população que ro cumprimentar aqui pela, como Relator do projeto, vai prorrogar em muito o prazo de no mínimo ter, por com certeza vai melhorar, vai aprimorar, com certeza exemplo, as vias de transporte coletivo, de transporte os investimentos nos municípios brasileiros em que se de massa devidamente pavimentada. respeitem os loteamentos doravante que foi aprovado. Eu vivi essa experiência na cidade de João Pes- Muito obrigado. soa, em algumas ruas eu fiz, até porque já fazem oito SENADOR ADELMIR SANTANA (PFL – DF) anos, eu fui prefeito por oito anos, já fazem três anos – Presidente. que deixei a Prefeitura e sem dúvida nenhuma esses SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- investimentos ainda não chegaram lá. Não quero res- RILLO (PSDB – GO) – (soa a campainha). Concedo ponsabilizar o atual prefeito. É porque as limitações a palavra ao Senador Adelmir Santana. de recursos do município fazem com que a correção SENADOR ADELMIR SANTANA (PFL – DF) – Eu dessas áreas antigas que não tem ainda infra-estru- entendo todas essas ponderações feitas por ilustres tura você venha penalizar essa medida, que é correta senadores ex-prefeitos. Mas na justificativa do projeto de preservação dos recursos públicos, mas ela vai feito pelo Senador Botelho, que por sinal é médico, ele engessar muito a administração municipal. faz algumas citações e faz algumas ponderações que SENADOR JAYME CAMPOS (PFL – MT) – Sr. morre muito mais gente em razão da falta de sanea- Presidente, pela ordem. Quero apenas colaborar com as mento básico do que em razão de não ir, por exemplo, palavras do ilustre Senador Cícero Lucena, até porque o transporte coletivo. Então, eu queria ponderar aos eu fui prefeito também por 14 anos, três mandatos, na Srs. Senadores naturalmente que isso é uma exigência verdade muitas cidades brasileiras, Senador Marconi que passa a ser feita em futuros loteamentos, futuros JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 325 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23487 ordenamentos urbanos. E a questão de saneamento trás. Agora, eu tenho uma dúvida, Senador Presiden- básico no País é uma questão essencial. Se nós não te, Marconi Perillo, no art. 2º diz assim: A pavimenta- atentarmos para isso, até a questão de asfaltar ruas e ção de vias urbanas somente será realizada após a depois fazer determinadas outras tarefas, encarece o implantação dos incisos constantes dos incisos II, III, processo. Corta o asfalto, desmonta o asfalto. Asfalto IV... Aí vai. A pergunta é o seguinte, as vias urbanas também é caro. Tão caro muitas vezes do que se co- hoje existentes só poderão ser pavimentadas após a locar uma canalização de águas pluviais. implantação disso, aí nós vamos engessar, eu tiraria Então eu queria ponderar aos senhores Prefeitos por Belém, capital do meu Estado do Pará. Só existe que levassem em conta também o aspecto do sanea- esgoto sanitário acho que em 20% da cidade. Então mento básico como uma questão essencial para vida nenhuma rua de Belém poderia ser pavimentada por- e para saúde da população. que ela tem águas pluviais, algumas, água potável SENADOR CÍCERO LUCENA (PSDB – PB) quase todas, mas esgoto sanitário só 20%. Então não – Para discutir, Presidente. poderiam ser pavimentadas. Então a minha dúvida, SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- Senador Adelmir, é se o projeto diz respeito apenas a RILLO (PSDB – GO) – Senador Cícero Lucena, pela novos parcelamentos urbanos, ou se diz respeito às ordem. Eu gostaria apenas de informar a Comissão que vias já existentes. Porque aí sim nós vamos impedir o nós temos dois oradores inscritos para a discussão. asfaltamento em todas as cidades brasileiras. Senador Flexa e Senador Casagrande. Logo após eu SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- vou encerrar o período de discussão até porque se não RILLO (PSDB – GO) – Com a lavra o Senador Adel- votarmos não vamos ter quorum para deliberar. Com mir Santana, se quiser responder o Senador Flexa a palavra, pela ordem, o Senador Cícero Lucena. Ribeiro. SENADOR CICERO LUCENA (PSDB – PB) – SENADOR ADELMIR SANTANA (PFL – DF) – O Bastante rápido, Senador, é só a preocupação, como projeto não faz essa diferenciação. O projeto apenas disse o Senador Jayme, é que nós nos municípios faz a... Reafirma que a pavimentação das vias urbanas todos adotaram exatamente esta postura de novos somente ocorrerão após atendido esses incisos I, II, loteamentos já têm que ter toda essa infra-estrutura. III, IV e V do projeto. Agora, com a proposta, nós vamos engessar. Porque SENADOR RENATO CASAGRANDE (PSB – ES) a realidade que nós vivemos é que a maioria dos mu- – Sr. Presidente. nicípios brasileiros não atingem a 50% de saneamento SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- básico ainda até agora. Obviamente que a importância RILLO (PSDB – GO) – Com a palavra o Senador Re- do saneamento básico é fundamental. Mas se além nato Casagrande para discutir a matéria no prazo de disso nós engessarmos a condição de pavimentação, três minutos. nós estamos levando a população a continuar no sa- SENADOR RENATO CASAGRANDE (PSB – ES) crifício maior. Até porque o exemplo de João Pessoa – Vou ser mais rápido, Presidente. Acho que a tese do eu tinha esse projeto aprovado, o Governo do Estado projeto é uma tese importante, e é o correto, de fato era meu adversário político, fez o loteamento de duas nós temos toda a infra-estrutura preparada antes de mil casas, não botou uma pedra de meio fio. E fez o pavimentarmos, mas eu estou junto com os parlamen- loteamento. Você imagina a Prefeitura fazer o esgota- tares, os senadores, que levantaram as preocupações mento sanitário. com que já existe. Até porque tem muitos locais que a SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- responsabilidade de fazer o saneamento básico é do RILLO (PSDB – GO) – Com a palavra para discutir a estado e não do município. Pega no Estado do Espírito matéria o Senador Flexa Ribeiro por três minutos. Santo a maioria dos municípios quem gerencia essa SENADOR FLEXA RIBEIRO (PSDB – PA) – parte é uma companhia estadual. Caso da Paraíba Presidente, eu quero parabenizar o Senador Augusto também, e de outros estados. E não... No Pará, e não Botelho pelo seu projeto e o Senador Adelmir Santa- as Prefeituras. Então, nós temos essa dificuldade. na pelo relatório. A minha preocupação é, Senador Então, talvez pudéssemos, para nós não votarmos Adelmir, V. Exª disse a pouco que o projeto se dirige a contra o projeto, e que todo mundo concorda que está novos parcelamentos. Ou seja, a novos loteamentos correto, é para frente isso, nós temos que... Os novos que venham a ser feitos. Em sendo assim, eu sou ple- loteamentos têm que ser exigido isso, eu acho que tem namente de acordo. Acho que novos parcelamentos que forçar a barra para que as coisas certas possam que vierem a ser feitos devem atender a exigência que ser implementadas. Ao invés de votarmos contra que está aqui imposta. Até porque a gente procure resolver a gente pudesse fazer uma emenda dizendo que isso o problema para frente, e depois vamos resolver para será implementado na verdade com novos loteamentos, 326 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23488 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 novas vias urbanas nos novos loteamentos. O relator SENADOR ELISEU RESENDE (PFL – MG) – Pre- podia acatar uma sugestão para que nós todos pudés- sidente, adoto também como Relator esse parágrafo semos votar a favor desse projeto, Sr. Presidente. único que não tinha dado atenção antes. Isso realmen- SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- te exigindo um laudo técnico nas obras que estejam RILLO (PSDB – GO) – Senador Adelmir Santana, V. em desacordos, apenas aumenta burocraticamente o Exª acata a sugestão? Senador Casagrande... processo, mas salva... SENADOR ADELMIR SANTANA (PFL – DF) SENADOR CASAGRANDE (PSB – ES) – Salva – Teria que ser uma supressão da questão. as cidades citadas pelos senadores prefeitos. (risos) SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- RILLO (PSDB – GO) – Ou uma emenda modificativa. RILLO (PSDB – GO) – Não havendo mais. SENADOR FLEXA RIBEIRO (PSDB – PA) – Ex- SENADOR INÁCIO ARRUDA (PCdoB – CE) – A clui o art. 2º. principal ressalva, Sr. Presidente. SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- RILLO (PSDB – GO) – A Secretaria prepara a reda- RILLO (PSDB – GO) – Com a palavra o Senador Iná- ção. Com a palavra o Senador Eliseu Resende, nosso cio Arruda. ex-Ministro de Transportes, palavra balizadíssima para SENADOR INÁCIO ARRUDA (PCdoB – CE) – A discutir essa matéria. principal ressalva que eu faço é relativa à expressão SENADOR ELISEU RESENDE (PFL – MG) – que o Senador Eliseu Resende utilizou. Obrigado, Sr. Presidente. É que é uma matéria tipicamente do Poder Legis- Não fui prefeito ainda. (Risos). (Soa a campai- nha). Eu acho que a propósito é o mais salutar possí- lativo municipal. Nós estamos entrando, digamos assim, vel. Tecnicamente a gente recomenda isso. As obras nessa seara diretamente. A rigor. Basta ver o Item 5, de infra-estrutura sejam feitas antes da pavimentação. logo em seguida, como é que a gente já vai entrando Mas eu fico preocupado, Presidente, com a colocação na questão do loteamento. Se nós pegarmos hoje o Pla- disso em lei. Mesmo, porque pode haver fatos espe- no Diretor de qualquer cidade, tudo que nós estamos cíficos onde tecnicamente se aconselha o pavimento colocando aqui vai estar posto no Plano Diretor. E vai mesmo quando não há energia elétrica e até mesmo estar posto no código de postura. Se nós examinarmos quando não há saneamento. as cidades brasileiras, vamos examinar só uma questão Eu quero chamar outra atenção sobre um outro detalhe aqui. Quando se fala em pavimentado, pavi- implora que diz respeito ao pedestre. Aquele que não mentação, não quer dizer asfaltamento. Um simples tem o carro, que não tem a bicicleta e não tem a moto calçamento poliédrico, de pé-de-moleque é pavimento. que são as calçadas. Que é a questão da humanizar. O broquete é pavimento. Paralelepípedo é pavimento. Caberia colocar nesse projeto. Mas é o problema de có- Então eu tenho a impressão, eu fico só preocupado digo de postura do município. Está posto no código de com o engessamento. A imposição de uma disciplina postura. Eu estou de acordo porque sou municipalista, administrativa ao poder municipal. Não sei até mesmo não fui prefeito, mas fui vereador na minha cidade, gos- se isso é prerrogativa nossa. Então eu chamo atenção taria de ter sido prefeito, já disputei eleições municipais, para esses detalhes. acho que é bom administrar, é importante administrar, SENADOR CASAGRANDE (PSB – ES) – Sr. Pre- acho que a gente tem que ter todo esse zelo e todo esse sidente, só para esclarecer. Eu fui chamado atenção aqui pela Assessoria que o parágrafo único do proje- cuidado. Mas acho que a gente exagera um pouco en- to, ele já dá a seguinte redação ao art. 2º-A. Parágrafo trando muito na seara lá do gestor municipal. Termina... único. A execução de obras em desacordo com o dis- Eu compreendo que nós vamos engessando. Mesmo posto no caput, isto é, daquelas exigências, deverá ser que a gente aprove com as observações do Ademir, fundamentada por laudo de engenharia que comprove Senador Ademir, mas o projeto do Senador Augusto a conveniência técnica e a economicidade da solução Botelho, ele causa um engessamento às cidades hoje adotada. Portanto esse parágrafo único já atende a es- e para frente. Para o futuro. sas exigências pode ser, vamos dizer assim, pode ser SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- desconsiderado ou desatendido alguns desses itens. RILLO (PSDB – GO) – Como diria o Dr. Ulysses Gui- SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- marães, vamos a voto. (soa a campainha) RILLO (PSDB – GO) – Eu sugiro ao Senador Adelmir SENADOR CASAGRANDE (PSB – ES) – Eu que acerte a redação com o Senador Eliseu em rela- só queria dizer que a colocação do Senador Inácio é ção aos pontos que preocupam o Senador, para que procedente. Mas a lei que nós estamos aqui tratan- nós possamos deliberar a matéria. Eu acho que é re- do é de 79. Então alguém já errou lá em 1979. Quer levante essa matéria. Senador Eliseu. dizer, nós apenas estamos melhorando ou tentando JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 327 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23489 melhorar uma lei de 79. Portanto, não estamos com SENADOR MARCO MACIEL (PFL – PE) – Com nenhuma lei nova. o Relator e as respectivas emendas. SENADOR FLEXA RIBEIRO (PSDB – PA) – Pre- SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- sidente, para discutir. RILLO (PSDB – GO) – Senador Romeu Tuma. Sena- SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- dor Cícero Lucena. RILLO (PSDB – GO) – Com a palavra pela ordem o SENADOR CÍCERO LUCENA (PSDB – PB) Senador Flexa Ribeiro. – Com o Relator com a devida modificação. SENADOR FLEXA RIBEIRO (PSDB – PA) – Pre- SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- sidente, a lei que o Senador Adelmir se refere é lei que RILLO (PSDB – GO) – Senador Eduardo Azeredo. En- trata do parcelamento do solo urbano, é lei para novos cerrada a votação, vou proclamar o resultado. Votaram loteamentos. Então nós precisamos único e exclusiva- 13 dos Srs. Senadores, 13 votos favoráveis, ressalvado mente tirar a dúvida, deixar sem dúvida nenhuma com a emenda. E as sugestões de modificações. Vou repe- relação que o projeto do Senador Augusto Botelho, tir a votação para as emenda, caso os Srs. Senadores trata de novos loteamentos. Não trata de vias urbanas concordem. Os Srs. Senadores que concordam, per- existentes. Só isso. Até porque o adendo que ele leu aí maneçam como se acham. Aprovado. dizendo que se houver uma justificativa pode-se deixar Item 4 da pauta. de ser exigido, torna a lei sem eficácia. SENADOR FLEXA RIBEIRO (PSDB – PA) – Pre- Então, vamos só tirar essa questão de que ela se sidente, pela ordem. Só para deixar claro. A emenda é define para novos loteamentos, novos parcelamentos para excluir do projeto as vias urbanas já existentes. Ou urbanos e vamos votar. Agora, o que não podemos seja, o projeto vale apenas para novos parcelamentos deixar é engessar as cidades brasileiras no sentido urbanos, novos loteamentos. de pavimentar vias já existentes que não tenham o SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- atendimento desses itens que estão aqui. RILLO (PSDB – GO) – Senador Flexa Ribeiro, essa é a (soa a campainha) compreensão dessa Presidência e de toda a comissão. SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- Eu determino à secretaria que acolha as sugestões e RILLO (PSDB – GO) – Eu indago ao Senador Adelmir a emenda do Senador Flexa. Santana se ele concorda em agregar a sugestão do Item 4 da pauta, Projeto de Lei do Senado nº Senador Flexa ao seu parecer. Havendo concordância 22/2004. Decisão terminativa. O Projeto é de autoria e não havendo mais quem queira discutir a matéria, do ilustre Senador Magno Malta, Relator Senador Del- encerro a discussão. Srs. Parlamentares, comunico que cídio. Não estando presente, designo como Relator ad serão duas votações nominais, uma para o projeto e hoc o ilustre Senador Wellington Salgado de Oliveira. outra para a emenda. Eu até sugiro que a gente pos- Com a palavra o Senador Wellington Salgado. sa repetir a votação. Em votação o Projeto de Lei do SENADOR WELLINGTON SALGADO DE OLI- Senado nº 264/2004. Quem votar com o Relator vota VEIRA (PMDB – MG) – Sr. Presidente, eu vou ler rapi- sim. Senador Inácio Arruda, como vota? damente o voto. Mas eu queria deixar claro aqui que é SENADOR INÁCIO ARRUDA (PCdoB – CE) um momento muito importante, inclusive agradecer a V. – (Pronunciamento fora do microfone). Exª de me dar a oportunidade de relatar esse projeto. SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- Porque na verdade eu sempre ouvia falar de meu avô RILLO (PSDB – GO) – Senador Expedito Júnior. Se- que comprava boi em Nanuque e levava para Gover- nador Renato Casagrande, com o Relator. nador Valadares. E ele sempre me contava a história Senador João Ribeiro, com o Relator. Pelo PMDB. e comprava no fio do bigode e só pagava depois que Como vota o Senador Leomar Quintanilha? Com o Relator, vendia em Governador Valadares. Então foi o destino Senador Valter Pereira. Senador Wellington Salgado. gracioso comigo que me coloca aqui para relatar esse SENADOR WELLINGTON SALGADO DE OLIVEI- projeto graças também à autoria do Senador Magno RA (PMDB – MG) – Com o Relator, Sr. Presidente. Malta. Muito obrigado Senador por essa oportunidade. SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- Então vou ler simplesmente o voto muito orgulhoso. RILLO (PSDB – GO) – Como vota o Senador Adelmir Diante do exposto, votamos favoravelmente à aprovação no Projeto de Lei da Câmara nº 22/2004 Santana? Senador Eliseu Resende. Senador Jayme na forma do seguinte. Projeto de Lei do Senado nº Campos, com o Relator. Senador Flexa Ribeiro. 22/2004 substitutivo. Altera a Lei nº 5.917 de 10 de SENADOR FLEXA RIBEIRO (PSDB – PA) – Com setembro de 1973 que aprova o Plano Nacional de o Relator e as devidas emendas. Viação, para incluir na relação descritiva das rodovias SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- do sistema rodoviário federal, o trecho compreendido RILLO (PSDB – GO) – Senador Marco Maciel. entre as localidades de Pedro Canário e Nanuque, Mi- 328 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23490 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 nas Gerais. O Congresso Nacional decreta inclua-se de Orientação, Combate e Controle dos Efei- no Item 2.2 relação descritiva das rodovias do sistema tos Danosos da Exposição ao Sol à Saúde rodoviário federal, subitem Plano Nacional de Viação e dá providências correlatas. aprovado a Lei nº 5.917 de 10 de setembro de 1973. Trecho rodoviário com a seguinte descrição. É esse o PARECER Nº 603, DE 2007 voto, Sr. Presidente, e dedico esse voto ao meu avô (Da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) esteja ele onde estiver. Relator: Senador Magno Malta SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- RILLO (PSDB – GO) – A matéria está em discussão. I – Relatório Não havendo quem queira discutir a matéria, encerro O Projeto de Lei da Câmara (PLC) nº 111, de a discussão. Em votação. O Projeto de Lei do Senado 2005 (PL nº 3.796, de 2004, na origem) dispõe sobre nº 22/2004 nos termos do substitutivo que apresenta. a Política Nacional de Orientação, Combate e Controle Lembro aos Srs. Senadores que o projeto é termina- tivo. E exige quorum qualificado. Quem vota com o dos Efeitos Danosos da Exposição ao Sol à Saúde. Relator vota sim. Vamos à votação. Senador Inácio A proposição, de iniciativa da Deputada Laura Arruda, como vota? Carneiro, tinha por finalidade original tratar somente SENADOR INÁCIO ARRUDA (PCdoB – CE) da Política Nacional de Conscientização e Orientação sobre o LES – Lupus Eritematoso Sistêmico. Contudo, (Pronunciamento fora do microfone). (Ri- o projeto recebeu substitutivo da Comissão de Segu- sos). ridade Social e Família da Câmara dos Deputados, SR. PRESIDENTE SENADOR MARCONI PE- que ampliou seu escopo, de modo a contemplar ou- RILLO (PSDB – GO) – Senador Expedito, como vota? tras síndromes associadas, na sua origem ou no seu Senador João Ribeiro como vota? desenvolvimento, à necessidade de proteção contra a SENADOR JOÃO RIBEIRO (PR – TO) – Também exposição de seus portadores aos raios solares. em homenagem ao Relator, com o Relator. O parecer da referida comissão esclarece que a proposta, nessa nova configuração, contempla um Ofício nº 83/2007 – CI espectro de atuação que abrange uma variada gama Brasília, 12 de junho de 2007 de patologias e ocorrências, onde o uso permanente de bloqueadores, filtros e protetores, ao lado de ou- Excelentíssimo Senhor tras providências, mostra-se indispensável, tanto em Senador Renan Calheiros caráter preventivo como de controle. Digníssimo Presidente do Senado Federal O projeto compõe-se de quatro artigos. O art. 1º Nesta prevê a instituição da Política Nacional de Orientação, Excelentíssimo Senhor Presidente, Combate e Controle dos Efeitos Danosos da Exposi- Comunico a Vossa Excelência que em reunião ção ao Sol à Saúde, a ser desenvolvida, articulada e realizada no dia 2 de maio do ano em curso, foram conjuntamente, pela União, Estados, Distrito Federal aprovados, em decisão terminativa, o Projeto de Lei e Municípios. O § 1º do artigo apresenta as metas a do Senado nº 264, de 2004, de autoria do Senador serem atendidas e o § 2º relaciona, sem prejuízo de Augusto Botelho, que “Altera a Lei nº 6.766, de 19 de outras, as ocorrências e patologias associadas aos dezembro de 1979, para condicionar a pavimentação efeitos do agente solar ou da fotossensibilidade (entre de vias urbanas à prévia implantação das redes de in- essas o próprio LES, que deu ensejo ao projeto). fra-estrutura urbana básica, e dá outras providências” O art. 2º prevê seja proporcionada, à clientela da com a Emenda nº 1 – CI. política, assistência médica, diagnóstica e terapêutica, Outrossim, informo que em reunião realizada no inclusive tornando disponíveis os medicamentos de- dia 31 de maio do corrente, o Relator Senador Adelmir mandados em cada caso, entre eles os bloqueadores, Santana apresentou adendo ao Parece, que conclui filtros e protetores solares. Admite-se, ainda, que a pela Emenda nº 2 – CI sendo aprovada. União, os Estados e o Distrito Federal possam alterar, Respeitosamente, Senador Marconi Perillo, Pre- isolada ou coletivamente, a tributação desses produtos, sidente da Comissão. com o objetivo de reduzir seus custos. O art. 3º estipula que as despesas decorrentes PARECERES Nos 603 E 604, DE 2007 da execução da lei correrão a conta das dotações or- Sobre o Projeto de Lei da Câmara nº çamentárias próprias, suplementadas se necessário. O 111, de 2005 (nº 3.796/2004, na Casa de ori- art. 4º traz a cláusula de vigência, que incidirá a partir gem), que dispõe sobre a Política Nacional da publicação da lei. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 329 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23491 Não foram oferecidas emendas à matéria. adequação com os preceitos da Lei Complementar nº 95, de 1998, que disciplina a elaboração e redação II – Análise das leis. Entretanto, são necessários ajustes em dois Cabe à Comissão de Constituição, Justiça e Ci- dispositivos. No § 2º do art. 1º, a palavra “ocorrência” dadania (CCJ), em conformidade com o art. 101, I, do deveria estar no plural e os incisos deveriam relacionar Regimento Interno do Senado Federal (RISF), opinar as hipóteses ali previstas mediante alíneas. Na parte sobre a constitucionalidade, juridicidade e regimenta- final do § 1º do art. 2º, faz-se referência ao § 1º do art. 1º, quando o correto seria o dispositivo referir-se ao § lidade da matéria, uma vez que seu mérito será ava- 2º desse mesmo artigo. Para promover as necessárias liado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), por adequações, formulamos duas emendas de redação. força do art. 100, II, do mesmo Regimento. No exame da constitucionalidade, cumpre ob- III – Voto servar que o art. 23, II, da Constituição Federal atribui Pelo exposto, o voto é pela aprovação do Projeto competência comum à União, aos Estados, ao Distrito de Lei da Câmara nº 111, de 2005, com as emendas Federal e aos Municípios para cuidar da saúde e as- de redação a seguir apresentadas. sistência pública. Isso significa dizer que as políticas EMENDA Nº 1 – CCJ (DE REDAÇÃO) públicas de saúde devem ter atribuição compartilhada por todos os entes federados. Dê-se ao § 2º do art. 1º do PLC nº 111, de 2005, Por isso, a Carta de 1988 estipula a sistemática a seguinte redação: de legislação concorrente para a proteção e defesa “Art. 1º ...... da saúde (art. 24, XII). Nessa seara, a União tem a ...... competência de estabelecer normas gerais, a serem § 2º Observado o disposto no § 1º deste suplementadas pelos Estados e Distrito Federal (art. artigo, dentro dos critérios de ênfase e opor- 24, §§ 1º e 2º). Aos Municípios, a Constituição confere tunidade apropriados a cada caso, estarão a possibilidade de suplementar a legislação federal e abrangidas pelo disposto no caput deste artigo, a estadual, no que couber (art. 30, II). sem prejuízo de outras, ocorrências e patolo- No aspecto formal, verifica-se que o projeto não gias associadas em sua evolução ou controle versa matéria cuja competência seja reservada ao aos efeitos do agente solar ou da fotossensi- Presidente da República ou ao Poder Judiciário, de bilidade a seguir discriminadas: forma que nada impede a iniciativa parlamentar no I – para fins de prevenção: tema. Sob a ótica material, o projeto não só se afeiçoa, a) queimaduras; como cumpre a determinação do art. 196 da Consti- b) câncer de pele; tuição Federal, segundo o qual a saúde é direito de c) catarata e outros danos oculares; todos e dever do Estado, garantido mediante políticas d) alergias e alterações imunológicas; sociais e econômicas que visem à redução do risco II – para fins de controle: de doença e de outros agravos e ao acesso universal a) varicela; e igualitário às ações e serviços para sua promoção, b) Lúpus Eritematoso Sistêmico – proteção e recuperação. LES.” As disposições do projeto não violam qualquer EMENDA Nº 2 – CCJ (DE REDAÇÃO) princípio ou regra de Direito, de modo que se pode atestar sua juridicidade. É preciso frisar que a propo- Dê-se ao § 1º do art. 2º do PLC nº 111, de 2005, sição tem natureza preponderantemente programáti- a seguinte redação: ca, fixando diretrizes e metas a serem seguidas pelos Art. 2º ...... entes federados na consecução da política nela ver- ...... sada. Por tal razão, mesmo dispositivos que não têm § 1º Para efeito do disposto no caput imediata força cogente, demandando posterior edição deste artigo, são considerados medicamentos de norma legal ou regulamentar, como o que sugere os bloqueadores, filtros e protetores solares de a redução dos tributos (art. 2º, § 2º, do PLC), são ple- uso imprescindível ao controle ou à prevenção namente justificáveis e condizentes com o escopo e de problemas ou moléstias a que se refere o propósito do projeto. § 2º do art. 1º desta Lei. Por fim, nada há a obstar quanto à regimenta- ...... ” lidade do projeto. Com relação à técnica legislativa, verifica-se que a proposição, em linhas gerais, guarda Sala da Comissão, 21 de agosto de 2006. 330 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23492 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 331 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23493 PARECER Nº 604, DE 2007 Pelo art. 3º, as despesas decorrentes da execu- (Da Comissão de Assuntos Sociais) ção da lei correrão à conta das dotações orçamentárias Relator: Senador Papaléo Paes próprias e serão suplementadas, se necessário. Por fim, a lei em que o projeto se transformar en- I – Relatório trará em vigor na data de sua publicação. Tendo recebido parecer favorável, com duas O Projeto de Lei da Câmara nº 111, de 2005, emendas, na Comissão de Constituição, Justiça e Ci- de autoria da Deputada Laura Carneiro, foi recebido dadania, o projeto deverá ser apreciado nesta Comissão nesta comissão no dia 3 de agosto de 2006 e distri- de Assuntos Sociais sob o aspecto de seu mérito. buído ao ilustre Senador Mão Santa, que apresentou parecer favorável à matéria, na forma de substitutivo. II – Análise O minucioso relatório, infelizmente, não chegou a ser apreciado antes do fim da legislatura. É inegável o caráter social da proposição em Nos termos dos incisos do art. 332 do Regimento análise. Contudo, faz-se necessário salientar os pro- Interno desta Casa e do Ato nº 97, de 2002, a propo- blemas subjacentes ao texto do projeto. sição voltou a tramitar e retornou a esta Comissão de As “metas” da política não possuem conteúdos Assuntos Sociais, onde, por concordar com a análise substantivos sobre o tema, mas apenas determinações do primeiro relator, reproduzo neste parecer a maior genéricas aplicáveis a qualquer política nacional – e já parte daquele relatório, com modificações apenas no contidas na legislação brasileira, em especial na Lei texto do substitutivo. nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 (Lei Orgânica A proposta institui, no seu art. 1º, a Política Na- da Saúde). cional de Orientação, Combate e Controle dos Efeitos A listagem das doenças associadas ao “agente Danosos da Exposição ao Sol à Saúde e dá providên- solar”, presente nos incisos do § 2º do art. 2º, explicita, cias correlatas. em primeiro lugar, a enorme disparidade entre essas As metas da política são elencadas nos incisos patologias: do ponto de vista clínico, quanto à evolu- do § 1º do art. 1º e podem ser resumidas da seguin- ção, ao prognóstico e ao tratamento; do ponto de vista te forma: sanitário, à magnitude e ao impacto econômico para os sistemas de saúde. Elas diferem até mesmo quanto • definição das situações-alvo da políti- à ligação delas com a exposição ao sol. ca (inciso I); O câncer de pele constitui, sem dúvida, uma gra- • realização de campanhas de esclare- ve questão de saúde pública que merece ser objeto cimento (inciso II); de políticas e programas de controle, já que acomete • implantação de sistemas de informa- pessoas saudáveis que, após um histórico de exposi- ção (inciso III); ção despreocupada ao sol – inclusive por razões de trabalho —, são acometidas por doença potencialmente • formalização de convênios (inciso IV). letal, cujo tratamento traz custos consideráveis para As doenças associadas ao “agente solar” são elas, seus familiares e os sistemas de saúde. apresentadas nos incisos do § 2º do art. 2º: no inciso I, O mesmo não se pode dizer – quanto à magni- para fins de prevenção, queimaduras, câncer de pele, tude, à gravidade e aos custos – acerca das alergias, catarata e outros danos oculares, alergias e alterações queimaduras e alterações imunológicas. imunobiológicas; no inciso II, para fins de “controle”, No caso do lúpus eritematoso sistêmico, apesar varicela e lúpus eritematoso sistêmico. de ele ser uma doença grave e acarretar custos signi- O caput do art. 2º determina que seja proporcio- ficativos para o doente e seus familiares, não há prova nada aos portadores das doenças supramencionadas, definitiva de que sua ocorrência poderia ser evitada por meio dos programas pertinentes, assistência mé- pela prevenção da exposição ao sol. Ademais, a do- dica, diagnóstica e terapêutica, inclusive com a dispo- ença não constitui uma questão significativa de saúde nibilização de medicamentos. pública. Assim, o cenário é o de uma pessoa que já O § 1º do artigo classifica como medicamentos, têm o diagnóstico da doença e que, a partir de então, para os efeitos do caput, os bloqueadores, filtros e recebe aconselhamento para não se expor ao sol de protetores solares. forma a evitar o agravamento ou surgimento de algu- O § 2º dispõe que a União, os Estados e o Distrito mas manifestações da moléstia. Federal poderão, isolada ou coletivamente, alterar a Dessa forma, a listagem contida no projeto apre- tributação desses produtos com o objetivo de reduzir senta um grupo de doenças ligadas por um fio tênue: seus custos. o de serem associadas – de maneiras muito diversas 332 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23494 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 – à exposição ao sol. Por isso, a nosso ver, não se jus- • necessidade de o Sistema Único de tifica a implementação de uma política única dirigida Saúde fornecer o protetor solar aos portado- a todas elas. res de doenças causadas ou agravadas pela Ademais, a menção aos efeitos do agente solar radiação solar. (grifo nosso) não parece apropriada, pois o sol não é Assim, apresentamos substitutivo que contempla um agente ou vetor a ser combatido por meio de uma os pontos acima listados na forma de uma Campanha política nacional – como, por exemplo, os mosquitos. Nacional de Prevenção da Exposição Indevida ao Sol. Ademais, uma exposição moderada é essencial para o crescimento adequado das crianças e a prevenção III – Voto da osteoporose entre adultos e idosos. Em face do exposto, votamos pela aprovação do Quanto à classificação dos protetores solares Projeto de Lei da Câmara nº 111, de 2005, na forma como medicamentos, que se pretende instituir por meio do seguinte substitutivo: do § 1º do art. 2º, já existem projetos em tramitação no Congresso Nacional com esse objetivo. Estudos EMENDA Nº 3 – CAS (SUBSTITUTIVO) realizados sobre a matéria, no entanto, apontaram não só a ineficácia mas, sobretudo, a impropriedade PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 111, DE 2005 da medida, haja vista, principalmente, que ela estaria Institui a Campanha Nacional de Pre- na contramão das normas vigentes no âmbito do Mer- venção da Exposição Indevida ao Sol. cosul, internalizadas no País por portarias dos órgãos responsáveis, que classificam os protetores solares O Congresso Nacional decreta: como cosmético e estabelecem o regulamento técnico Art. 1º Fica instituída a Campanha Nacional de para esses produtos. Prevenção da Exposição Indevida ao Sol, com os se- Por esse motivo, mesmo que o projeto em análise guintes objetivos: especifique que a classificação dos protetores solares I – conscientizar o cidadão sobre os riscos e as como medicamentos se restringe às finalidades da lei conseqüências da exposição indevida ao sol; que se originará da proposta, não nos parece apro- II – implementar as medidas necessárias para priado manter essa determinação. No caso, é mais facilitar ou possibilitar o acesso do cidadão ao protetor, recomendável obrigar o SUS a fornecer o produto às bloqueador ou filtro solar. pessoas que dele necessitam, sem alterar sua clas- § 1º Para fins do disposto no inciso I docaput : sificação. I – o Poder Público veiculará, anualmente, nos A última ressalva ao projeto diz respeito ao con- meios de comunicação, campanha específica durante teúdo do § 2º do art. 2º, que dispõe que a União, os o período de férias escolares; Estados e o Distrito Federal poderão, isolada ou co- II – os fabricantes aporão advertência nas embala- letivamente, alterar a tributação dos protetores sola- gens ou etiquetas de produtos associados à exposição res. Salienta, nesse dispositivo, a ausência de um dos ao sol e na publicidade desses produtos. atributos da juridicidade da norma legal, qual seja, o § 2º Para fins do disposto no inciso II docaput : caráter coercitivo. I – por meio de leis específicas para essa finalida- O que se pode depreender do acima exposto é de, o Poder Público reduzirá as alíquotas dos tributos que não há conteúdo ou razão suficiente para que a que incidem sobre o protetor, o bloqueador e o filtro matéria seja apresentada na forma de uma política solar ou isentará os produtos desses tributos; nacional. O que nela existe de significativo se resume II – o protetor, bloqueador ou filtro solar integrará nos seguintes aspectos, que podem e devem ser con- o equipamento de proteção individual do trabalhador templados de maneira mais efetiva: exposto ao sol por força de suas atribuições; • necessidade premente de educação III – o protetor, bloqueador ou filtro solar será e conscientização das pessoas para evitar a fornecido sem ônus ao portador, usuário do Sistema exposição excessiva ao sol; Único de Saúde, de doença causada ou agravada pela • necessidade de tornar os protetores exposição ao sol. solares acessíveis para a população e de en- § 3º O regulamento estabelecerá os requisitos e quadrar o produto como equipamento de prote- as condições para a implementação do disposto nos ção individual para os trabalhadores expostos §§ 1º e 2º. à radiação solar (este segundo aspecto, de Art. 2º Esta Lei entra em vigor cento e oitenta grande relevância, não foi contemplado pela dias após a data de sua publicação. proposição em análise); Sala da Comissão, JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 333 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23495 334 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23496 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 335 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23497 DOCUMENTO ANEXADO NOS TER- A necessidade premente acerca do tema é a de MOS DO ART. 250, PARÁGRAFO ÚNICO DO conscientizar a população para evitar a exposição ex- REGIMENTO INTERNO: cessiva ao sol. As “metas” da política não possuem conteúdos RELATÓRIO substantivos sobre o tema, mas apenas determinações Relator: Senador Mão Santa genéricas aplicáveis a qualquer política nacional – e já contidas na legislação brasileira, em especial na Lei I – Relatório nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 (Lei Orgânica da Saúde). Chega a esta comissão o Projeto de Lei da Câmara A listagem das doenças associadas ao “agente nº 111, de 2005, de autoria da Deputada Laura Carneiro solar”, presente nos incisos do § 2º do art. 2º, explicita, que institui, no seu art. 1º, a Política Nacional de Orienta- em primeiro lugar, a enorme disparidade entre essas ção, Combate e Controle dos Efeitos Danosos da Expo- patologias: do ponto de vista clínico, quanto à evolu- sição ao Sol à Saúde e dá providências correlatas. ção, ao prognóstico e ao tratamento; do ponto de vista As metas da política são elencadas nos incisos sanitário, à magnitude e ao impacto econômico para do § 1º do art. 1º e podem ser resumidas da seguin- os sistemas de saúde. Elas diferem até mesmo quanto te forma: à ligação delas com a exposição ao sol. • definição das situações-alvo da políti- O câncer de pele constitui, sem dúvida, uma gra- ca (inciso I); ve questão de saúde pública que merece ser objeto de • realização de campanhas de esclare- políticas e programas de controle, na medida em que cimento (inciso II); acomete pessoas saudáveis que, após um histórico • implantação de sistemas de informa- de exposição despreocupada ao sol, são acometidas ções (inciso III); por doença potencialmente letal, cujo tratamento traz • formalização de convênios (inciso IV). custos consideráveis para elas, seus familiares e os sistemas de saúde. As doenças associadas ao “agente solar” são O mesmo não se pode dizer – quanto à magni- apresentadas nos incisos do § 2º do art. 2º no inciso I, tude, à gravidade e aos custos – acerca das alergias, para fins de prevenção, queimaduras, câncer de pele, queimaduras e alterações imunológicas. catarata e outros danos oculares, alergias e alterações No caso do lúpus eritematoso sistêmico, ape- imunobiológicas; no inciso II, para fins de “controle”, sar de ele ser uma doença grave e acarretar custos varicela e lúpus eritematoso sistêmicos. significativos para o doente e seus familiares, não há O caput do art. 2º determina que seja proporcio- estudos que demonstrem que sua ocorrência poderia nada aos portadores das doenças supramencionadas, ser evitada pela prevenção da exposição ao sol. Ade- por meio dos programas pertinentes, assistência mé- mais, a doença não constitui uma questão significativa dica, diagnóstica e terapêutica, inclusive com a dispo- de saúde pública. Assim, o cenário é o de uma pessoa nibilização de medicamentos. que já têm o diagnóstico da doença e que, a partir de O § 1º do artigo classifica como medicamentos, então, recebe aconselhamento para não se expor ao sol de forma a evitar o agravamento ou surgimento de para os efeitos do caput, os bloqueadores, filtros e algumas manifestações da moléstia. protetores solares. Dessa forma, a listagem contida no projeto apre- O § 2º dispõe que a União, os Estados e o Distrito senta um grupo de doenças ligadas por um fio tênue: Federal poderão, isolada ou coletivamente, alterar a o de serem associadas – de maneiras muito diversas tributação desses produtos com o objetivo de reduzir – à exposição ao sol. Por isso, a nosso ver, não se jus- seus custos. tifica a implementação de uma política única dirigida Pelo art. 3º, as despesas decorrentes da execu- a todas elas. ção da lei correrão à conta das dotações orçamentárias Ademais, a menção aos efeitos do agente solar próprias e serão suplementadas, se necessário. (grifo nosso) não parece apropriada, pois o sol não é Por fim, a lei em que o projeto se transformar en- um agente ou vetor a ser combatido por meio de uma trará em vigor na data de sua publicação. política nacional – como, por exemplo, os mosquitos. Tendo recebido parecer favorável, com duas Ademais uma exposição moderada é essencial para emendas, na Comissão de Constituição, Justiça e Ci- dadania, o projeto deverá ser apreciado nesta Comissão o crescimento adequado das crianças e a prevenção de Assuntos Sociais sob o aspecto de seu mérito. da osteoporose entre adultos e idosos. Quanto à classificação dos protetores solares II – Análise como medicamentos, que se pretende instituir por meio É inegável o caráter social da proposição em do § 1º do art. 2º, já existem projetos em tramitação análise. Contudo, faz-se necessário salientar os pro- no Congresso Nacional com esse objetivo. Estudos blemas subjacentes ao texto do projeto. realizados sobre a matéria, no entanto, apontaram 336 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23498 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 não só a ineficácia mas, sobretudo, a impropriedade O Congresso Nacional decreta: da medida, haja vista, principalmente, que ela estaria Art. 1º Fica instituída a Campanha Nacional de na contramão das normas vigentes no âmbito do Mer- Prevenção da Exposição Indevida ao Sol, com os se- cosul, internalizadas no País por portarias dos órgãos responsáveis, que classificam os protetores solares guintes objetivos: como cosmético e estabelecem o regulamento técnico I – conscientizar o cidadão sobre os riscos e as para esses produtos. conseqüências da exposição indevida ao sol; Por esse motivo, mesmo que o projeto em análise II – implementar as medidas necessárias para especifique que a classificação dos protetores solares facilitar ou possibilitar o acesso do cidadão ao protetor, como medicamentos se restringe às finalidades da lei que se originará da proposta, não nos parece apro- bloqueador ou filtro solar. priado manter essa determinação. No caso, é mais § 1º Para fins do disposto no inciso I do caput, recomendável obrigar o SUS a fornecer o produto às serão executadas as seguintes ações: pessoas que dele necessitam, sem alterar sua clas- I – veiculação, nos meios de comunicação, de sificação. A última ressalva ao projeto diz respeito ao con- campanha específica durante o período de férias es- teúdo do § 2º do art. 2º, que dispõe que a União, os colares; Estados e o Distrito Federal poderão, isolada ou co- II – aposição de advertência nas embalagens letivamente, alterar a tributação dos protetores sola- res. Salienta, nesse dispositivo, a ausência de um dos ou etiquetas de produtos associados à exposição ao atributos da juridicidade da norma legal, qual seja, o sol. caráter coercitivo. § 1º Para fins do disposto no inciso II do caput, O que se pode depreender do acima exposto é serão tomadas as seguintes medidas: que não há conteúdo ou razão suficiente para que a matéria seja apresentada na forma de uma política I – redução das alíquotas dos tributos que inci- nacional. O que nela existe de significativo se resume dem sobre o protetor, o bloqueador e o filtro solar ou nos seguintes aspectos, que podem e devem ser con- isenção desses tributos, por meio de lei específica templados de maneira mais efetiva: para essa finalidade; • necessidade premente de educação e cons- II – inclusão do protetor, bloqueador ou filtro so- cientização das pessoas para evitar a exposição ex- cessiva ao sol; lar como parte do equipamento de proteção individual • necessidade de tornar acessível para a popula- do trabalhador exposto ao sol por força de suas atri- ção o uso do protetor solar e de enquadrar o produto buições; como equipamento de proteção individual para os tra- III – no âmbito do Sistema Único de Saúde, for- balhadores expostos à radiação solar (este segundo necimento de protetor, bloqueador ou filtro solar ao aspecto, de grande relevância, não foi contemplado pela proposição em análise); portador de doença causada ou agravada pela expo- • necessidade de o Sistema Único de Saúde sição ao sol. fornecer o protetor solar aos portadores de doenças § 3º O regulamento estabelecerá os requisitos e causadas ou agravadas pela radiação solar. as condições para a implementação do disposto nos Assim, apresentamos substitutivo que contem- pla os pontos acima listados na forma de uma Cam- §§ 1º e 2º. panha Nacional de Prevenção da Exposição Indevida Art. 2º Esta Lei entra em vigor cento e oitenta ao Sol. dias após a data de sua publicação. III – Voto Sala da Comissão, Em face do exposto, votamos pela aprovação do Projeto de Lei da Câmara nº 111, de 2005, na forma do seguinte substitutivo: PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 111 (SUBSTITUTIVO), DE 2005

Institui a Campanha Nacional de Pre- venção da Exposição Indevida ao Sol. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 337 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23499 PARECER Nº 605, DE 2007 funções institucionais do Ministério do Trabalho e Em- prego. Nesse sentido, subscrevemos a argumentação Da Comissão de Constituição, Justiça apresentada na justificação ao projeto, que indica a ne- e Cidadania, sobre o Projeto de Lei da Câ- cessidade de reposição do pessoal perdido nos últimos mara nº 22, de 2006, (nº 5.919/2005, na Casa anos, bem como daqueles servidores que deverão se de origem), de iniciativa da Presidência da aposentar nos anos vindouros. Além disso, a proposi- República, que cria 1.951 (mil novecentos e ção tem o objetivo de possibilitar a admissão de novos cinqüenta e um) cargos da Carreira da Se- servidores, de forma a evitar a contratação de serviços guridade Social e do Trabalho, para o Qua- terceirizados em atividades-fim da Administração. dro do Ministério do Trabalho e Emprego; Entretanto, tendo em vista a criação da Carreira extingue 2.191 (dois mil, cento e noventa e da Previdência, da Saúde e do Trabalho – CPST pela um) cargos vagos disponíveis no Sistema Lei nº 11.355 de 2006, que modificou o enquadramento de Pessoal Civil da Administração Federal dos servidores que optaram pela nova carreira, enten- – SIPEC; e dá outras providências. demos pela necessidade de adequação do projeto à nova norma. Relator: Senador Romero Jucá III – Voto I – Relatório Em face do exposto, somos pela a aprovação, Vem ao exame desta Comissão, em caráter ter- por constitucionalidade, juridicidade e regimentalida- minativo, o Projeto de Lei da Câmara nº 22, de 2006 de, do Projeto de Lei da Câmara nº 22, de 2006, com (Projeto de Lei nº 5.919, de 2005, na origem), que cria as emendas a seguir apresentadas. 1.951 cargos da Carreira da Seguridade Social e do Trabalho, no Ministério do Trabalho e Emprego e ex- EMENDA Nº 1 – CCJ tingue 2.191 cargos vagos disponíveis no Sistema de Dê-se à ementa do Projeto de Lei da Câmara nº Pessoal Civil da Administração Federal – SIPEC. 22, de 2006, a seguinte redação: De autoria do Poder Executivo, o projeto foi apro- “Cria mil novecentos e cinqüenta e um cargos vado na Câmara dos Deputados sem a apresentação da Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho, de qualquer emenda. para o Quadro do Ministério do Trabalho e Emprego e extingue dois mil, cento e noventa e um cargos vagos II – Análise disponíveis no Sistema de Pessoal Civil da Administra- De acordo com o art. 101, inciso I, do Regimento ção Federal – SIPEC, e dá outras providências.” Interno, compete a esta Comissão pronunciar-se sobre EMENDA Nº 2 – CCJ a constitucionalidade, juridicidade e regimentalidade das matérias que lhe forem submetidas. Nos termos Dê-se ao art. 1º do Projeto de Lei da Câmara nº do inciso II, alínea f, do mesmo dispositivo regimental, 22, de 2006, a seguinte redação: cabe, adicionalmente, deliberação quanto ao mérito da “Art. 1º Ficam criados na Carreira da Previdência, proposição, tendo em vista tratar-se de matéria relativa da Saúde e do Trabalho, de que trata a Lei nº 11.355, a servidores públicos. de 19 de outubro de 2006, mil novecentos e cinqüen- No plano da constitucionalidade, o Projeto de Lei ta e um cargos efetivos do quadro de Pessoal do Mi- da Câmara nº 22, de 2006, mostra-se adequado, uma nistério do Trabalho e Emprego, na forma do Anexo I vez que são atendidos os requisitos referentes ao pro- a esta Lei.” cesso legislativo. A iniciativa da proposição é legítima, EMENDA Nº 3 – CCJ tendo em vista a reserva de competência ao Presiden- Dê-se ao art. 2º do Projeto de Lei da Câmara nº te da República para apresentação de projetos de lei 22, de 2006, a seguinte redação: relativos a servidores públicos da União, instituída no art. 61, § 1º, II, c, da Constituição Federal. “Art. 2º Ficam extintos, no âmbito do Po- Da mesma forma, é clara a juridicidade da pro- der Executivo, dois mil cento e noventa e um posta, que se apresenta em condições de inserção har- cargos vagos discriminados no Anexo II a esta mônica no ordenamento. Do ponto de vista regimental, Lei, integrantes do Plano Geral de Cargos do igualmente, não subsistem óbices ao prosseguimento Poder Executivo de que trata a Lei nº 11.357, regular da tramitação do projeto. de 19 de outubro de 2006, disponíveis no Com respeito ao mérito da proposição, somos fa- Sistema de Pessoal Civil da Administração voráveis às suas disposições, tendo em vista que deverá Federal – SIPEC.” proporcionar melhores condições para realização das Sala da Comissão, 27 de junho de 2007. 338 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23500 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 339 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23501 LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA Tecnologia Militar – GDATM; e a criação da SECRETARIA-GERAL DA MESA Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Operacional em Tecnologia Militar CONSTITUIÇÃO DA – GDATEM; a alteração da Gratificação de REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Desempenho de Atividade de Controle e ...... Segurança de Tráfego Aéreo – GDASA, de que trata a Lei nº 10.551, de 13 de novem- Subseção III bro de 2002; a alteração dos salários dos Das Leis empregos públicos do Hospital das Forças Art. 61. A iniciativa das leis complementares e Armadas - HFA, de que trata a Lei nº 10.225, ordinàrias cabe a qualquer membro ou Comissão da de 15 de maio de 2001; a criação de cargos Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do na Carreira de Defensor Público da União; Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao a criação das Funções comissionadas do Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, lNSS – FCINSS; o auxílio-moradia para os ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na servidores de Estados e Municipios para a forma e nos casos previstos nesta constituição. União, a extinção e criação de cargos em § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da comissão; e dá outras providências. República as leis que: ...... II – disponham sobre: LEI Nº 11.357, DE 19 DE OUTUBRO DE 2006 ...... Dispõe sobre a criação do Plano Geral c) servidores públicos da União e Territórios, seu de Cargos do Poder Executivo - PGPE e regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e do Plano Especial de Cargos do Ministério aposentadoria; (Redação dada pela Emenda Consti- do Meio Ambiente e do IBAMA; institui a tucional n0 18, de 1998) Gratificação Específica de Docência dos ...... servidores dos extintos Territórios Fede- LEI Nº 11.355, DE 19 DE OUTUBRO DE 2006 rais do Acre, Amapá, Rondônia e Roraima – GEDET; fixa o valor e estabelece crité- Dispõe sobre a criação da Carreira rios para a concessão da Gratificação de da Previdência, da Saúde e do Trabalho, Serviço Voluntário, de que trata a Lei nº do Plano de carreiras e cargos de Ciên- cia, Tecnologia, Produção e Inovação em 10.486, de 4 de julho de 2002, aos milita- Saúde Pública da Fiocruz, do Plano de res dos extintos Territórios Federais do Carreiras e cargos do Inmetro, do Plano Amapá, Rondônia e Roraima; autoriza a de carreiras e cargos do IBGE e do Plano redistribuição, para os Quadros de Pes- de Carreiras e cargos do INPI; o enqua- soal Específico das Agências Regulado- dramento dos servidores originários das ras, dos servidores ocupantes de cargos extintas Tabelas de Especialistas no Plano de provimento efetivo do Plano de Clas- de Classificação de Cargos, de que trata sificação de Cargos, instituído pela Lei a Lei nº 5.645, de 10 de dezembro de 1970, nº 5.645, de 10 de dezembro de 1970, ou e no Plano Único de Classificação e Re- planos correlatos das autarquias e fun- tribuição de cargos e Empregos, de que dações públicas, cedidos àquelas autar- trata a Lei nº 7.596, de 10 de abril de 1987; quias, nas condições que especifica; cria a criação do Plano de Carreiras dos car- Planos Especiais de Cargos, no âmbito gos de Tecnologia Militar, a reestruturação das Agências Reguladoras referidas no da Carreira de Tecnologia Militar, de que Anexo I da Lei nº 10.871, de 20 de maio trata a Lei nº 9.657, de 3 de junho de 1998; de 2004; institui a Gratificação de Efetivo a criação da carreira de Suporte Técnico Desempenho em Regulação – GEDR, de- à Tecnologia Militar; a extinção da Grati- vida aos ocupantes dos cargos do Plano ficação de Desempenho de Atividade de Especial de cargos da Agência Nacional 340 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23502 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 de Vigilância Sanitária – ANVISA; cria as podem abandonar suas atividades em decorrência da carreiras e o Plano Especial de cargos do continuidade dos prazos judiciais. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Não foram oferecidas emendas à matéria. Educação – FNDE e do Instituto Nacional II – Análise de Pesquisas Educacionais Anisio Teixei-

ra – INEP; aumenta o valor da Gratificação O PLC nº 6, de 2007, não apresenta vício de re- Específica de Publicação e Divulgação da gimentalidade, à luz do art. 101, inciso I, alínea d, do Imprensa Nacional – GEPDIN, instituída Regimento Interno do Senado (RISF), que assegura competência à Comissão de Constituição, Justiça e pela Lei nº 11.090, de 7 de janeiro de 2005; Cidadania para opinar sobre a constitucionalidade, e dá outras providências. juridicidade e regimentalidade dos temas que lhe são ...... submetidos, bem como, no mérito, dentre outros, sobre ...... direito processual civil. PARECER Nº 606, DE 2007 A proposição atende aos requisitos formais e ma- teriais de constitucionalidade, relativos à competência Da Comissão de Constituição, Justiça privativa da União para legislar sobre direito processual, e de Cidadania, sobre o Projeto de Lei da a teor do disposto no art. 22, inciso I, da Constituição Câmara nº 6, de 2007 (nº 6.645/2006, na ori- Federal (CF), matéria que integra o rol das atribuições gem), que altera o art. 175 da Lei nº 5.869, do Congresso Nacional, conforme dispõe o caput do de 11 de janeiro de 1973 – Código de Pro- art. 48 da Cada Federal. Constata-se, ainda, não ter cesso Civil, e o inciso I do caput do art. 62 sido vulnerada cláusula pétrea, das intrínsecas ao art. da Lei nº 5.010, de 30 de maio de 1966, que 5º e das estampadas no § 4º do art. 60 da Cada da organiza a Justiça Federal de 1ª (primeira) República. instância, e dá outras providências. O PLC nº 6, de 2007, também atende aos requi- Relator: Senador Pedro Simon sitos de juridicidade, porquanto está vazado na forma de lei ordinária, presentes as condições de genera- I – Relatório lidade, impessoalidade e coercividade, essenciais à A Comissão examina o Projeto de Lei da Câma- sua caracterização. ra (PLC) nº 6, de 2007 (PL nº 6.645, de 2006, na Câ- A Emenda Constitucional nº 45, de 2004, com o mara dos Deputados), que altera o art. 175 da Lei nº objetivo de apresentar mecanismos processuais capa- 5.869, de 11 de janeiro de 1973, que institui o Código zes de contribuir para uma maior celeridade na trami- de Processo Civil, e o inciso I do caput do art. 62 da tação dos processos e também a redução da morosi- Lei nº 5.010, de 30 de maio de 1966. dade da Justiça brasileira, estabeleceu, entre outras O escopo do autor da proposição é alterar o alterações, a vedação de férias coletivas nos juízos e art. 175 do Código de Processo Civil (CPC) e o in- também nos tribunais de segundo grau, conforme re- ciso I do art. 62 da Lei nº 5.010, de 1966, que dis- dação do novo inciso XII do artigo 93 da Constituição põe sobre a Organização da Justiça Federal. Am- Federal, que dispõe: bos os dispositivos dispõem sobre feriados para “XII – a atividade jurisdicional será inin- efeito forense. terrupta, sendo vedado férias coletivas nos Ao justificar a medida, o ilustre autor pondera que juízos e tribunais de segundo grau, funcio- com a entrada em vigor da Emenda Constitucional nº nando, nos dias em que não houver expe- 45, de 2003, “a sistemática atual de funcionamento dos diente forense normal, juízes em plantão juízos e tribunais tem tornado virtualmente impossível permanente”. que os profissionais do Direito disponham de tempo Alega ainda o autor que com o fim das férias fo- para seu descanso”. renses, os advogados ficaram impossibilitados de se Alega que após a Emenda nº 45 a atividade ju- valer do período de férias, tendo que trabalhar todos risdicional tornou-se ininterrupta, restando vedado fé- os dias do ano enquanto que os juízes, promotores rias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, e serventuários da Justiça têm garantido o direito às o que atinge particularmente os advogados que não férias legais. Esse problema tem sido sentido princi- JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 341 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23503 palmente pelos advogados de pequenos escritórios deral de 1ª (primeira) instância, e dá outras ou aqueles que trabalham de forma autônoma, so- providências. zinhos. O Congresso Nacional decreta: Destarte, propõe então o ilustre Deputado Men- des Ribeiro que, a fim de facilitar a atividade laboral Art. 1º Esta Lei acrescenta parágrafo único ao o destes profissionais e proporcionar-lhes seu mere- art. 175 da Lei nº5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Có- cido período de descanso, que se considere que o digo de Processo Civil, e dá nova redação ao art. 62 período compreendido entre 20 de dezembro e 6 da Lei nº 5.010, de 30 de maio de 1966, que organiza de janeiro seja entendido como feriado no Poder a Justiça Federal de 18 (primeira) instância. Judiciário. Art. 2º O art. 175 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro Com a devida vênia de meu amigo e conterrâ- de 1973 – Código de Processo Civil, passa a vigorar neo permito-me discordar de sua tese e proposição. com a seguinte redação: Um dos maiores avanços da Reforma do Judiciário foi dar-lhe um caráter de trabalho intermitente, facilitando “Art. 175...... a todos o acesso e a celeridade da justiça. A dificul- Parágrafo único. Ficam suspensos todos dade encontrado pelos advogados – bem entendido os prazos, audiências e quaisquer outras in- tratar-se de atividade da iniciativa privada – no cum- tercorrências processuais nos dias compre- primento dos prazos processuais dentro do período endidos entre 20 de dezembro e 6 de janei- não pode servir de abono para um retorno a situação ro. (NR)” de praticamente fechamento das Cortes. Ou seja, não se pode cercear o serviço público em detrimento de Art. 3º O art. 62 da Lei nº 5.010, de 30 de maio um setor privado. de 1966, passa a vigorar com a seguinte redação: De forma a tentar dar uma solução que possa aten- “Art. 62...... der a esta demanda, neste período de notória transição, descanso e festividades proponho uma alternativa. I – os dias da Semana Santa, compre- endidos entre a quarta-feira e o Domingo de III – Voto Páscoa; Em face do exposto, opinamos pela aprovação do II – os dias de segunda e terça-feira de

Projeto de Lei da Câmara nº 6, de 2007 (PLC nº 6.645, carnaval; e de 2006, na Casa de origem), na forma do Substituti- III – os dias 11 de agosto, 1º e 2 de no- vo que apresento. vembro e 8 de dezembro. EMENDA Nº 1 – CCJ (SUBSTITUTIVO) Parágrafo único. Ficam suspensos todos os prazos, audiências e quaisquer outras inter- PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 6, DE 2007 corrências judiciais nos dias compreendidos Acrescenta parágrafo único ao art. entre 20 de dezembro e 6 de janeiro. (NR)” 175 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil e dá nova Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua redação ao art. 62 da Lei nº 5.010, de 30 de publicação. maio de 1966, que organiza a Justiça Fe- Sala da Comissão, 27 de junho de 2007. 342 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23504 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 343 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23505 LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA Art. 22. Compete privativamente à União legis- SECRETARIA-GERAL DA MESA lar sobre: ...... I – direito civil, comercial, penal, processual, elei- toral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do LEI Nº 5.010, DE 30 DE MAIO DE 1966 trabalho; Organiza a Justiça Federal de primeira ...... instância, e dá outras providências Seção II ...... Das Atribuições do Congresso Nacional Art. 62. Além dos fixados em lei, serão feriados Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a na Justiça Federal, inclusive nos Tribunais sanção do Presidente da República, não exigida esta Superiores: para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre ...... todas as matérias de competência da União, especial- I – os dias compreendidos entre 20 de dezembro mente sobre: e 6 de janeiro, inclusive; I – sistema tributário, arrecadação e distribuição ...... de rendas; EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 45, II – plano plurianual, diretrizes orçamentárias, or- DE 30 DE DEZEMBRO DE 2004 çamento anual, operações de crédito, divida pública e emissões de curso forçado; Altera dispositivos dos arts. 5º, 36, 52, III – fixação e modificação do efetivo das Forças 92, 93, 95, 98, 99, 102, 103, 104, 105, 107, 109, Armadas; 111, 112, 114, 115, 125, 126, 127, 128, 129, IV – planos e programas nacionais, regionais e 134 e 168 da Constituição Federal, e acres- setoriais de desenvolvimento; centa osarts. 103-A, 103-B, 111-A e 130-A, V – limites do território nacional, espaço aéreo e e dá outras providências. marítimo e bens do domínio da União; ...... VI – incorporação, subdivisão ou desmembra- mento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as CONSTITUIÇÃO DA respectivas Assembléias Legislativas; REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 VII – transferência temporária da sede do Go- TÍTULO II verno Federal; Dos Direitos e Garantias Fundamentais VIII – concessão de anistia; IX – organização administrativa, judiciária, do CAPÍTULO I Ministério Público e da Defensoria Pública da União Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos e dos Territórios e organização judiciária, do Minis- Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distin- tério Público e da Defensoria Pública do Distrito ção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros Federal; e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade X – criação, transformação e extinção de cargos, do direito á vida, á liberdade, à igualdade, à segurança empregos e funções públicas; e à propriedade, nos termos seguintes: XI – criação, estruturação e atribuições dos Mi- ...... nistérios e órgãos da administração pública; XLVII – não haverá penas: X – criação, transformação e extinção de cargos, a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, empregos e funções públicas, observado o que esta- nos termos do art. 84, XIX; belece o art. 84, VI, b; (Redação dada pela Emenda b) de caráter perpétuo; Constitucional nº 32, de 2001) c) de trabalhos forçados; XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos d) de banimento; da administração pública; (Redação dada pela Emen- e) cruéis; da Constitucional nº 32, de 2001) ...... XII – telecomunicações e radiodifusão; 344 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23506 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 XIII – matéria financeira, cambial e monetária, nal nº 53, de 2006). Atenção: (Vide Medida Provisoria instituições financeiras e suas operações; nº 339 de 2006). XIV – moeda, seus limites de emissão, e mon- ...... tante da dívida mobiliária federal. § 4º Para efeito de distribuição de recursos dos XV – fixação do subsídio dos Ministros do Supre- Fundos a que se refere o inciso I do caput deste ar- mo Tribunal Federal, por lei do iniciativa conjunta dos tigo, levar-se-á em conta a totalidade das matriculas Presidentes da República, da Câmara dos Deputados, no ensino fundamental e considerar-se-á para a edu- do Senado Federal o do Supremo Tribunal Federal, ob- cação infantil, para o ensino médio e para a educação servado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 150, II, 153, de jovens e adultos 1/3 (um terço) das matrículas no III, e 153, § 2º, primeiro ano, 2/3 (dois terços) no segundo ano e sua I. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, totalidade a partir do terceiro ano. (Redação dada pela de 1998) Emenda Constitucional nº 53, de 2006). XV - fixação do subsídio dos Ministros do Su- ...... premo Tribunal Federal, observado o que dispõem Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supre- os arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I. (Re- mo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Ma- dação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19- gistratura, observados os seguintes princípios: 12-2003) ...... Art. 60. Até o 14º (décimo quarto) ano a partir da XII – a atividade jurisdicional será ininterrupta, promulgação desta Emenda Constitucional, os Esta- sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais dos, o Distrito Federal e os Municípios destinarão parte de segundo grau, funcionando, nos dias em que não dos recursos a que se refere o caput do art. 212 da houver expediente forense normal, juizes em plantão Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento permanente; (Incluído pela Emenda Constitucional nº da educação básica e à remuneração condigna dos 45, de 2004.) trabalhadores da educação, respeitadas as seguintes ...... disposições: (Redação dada pela Emenda Constitucio- ...... JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 345 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23507 346 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23508 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007

RELATÓRIO Em seu curriculum vitae existem ainda outras Relatora: Senadora Serys Slhessarenko experiências profissionais, relevantes para a sua for- É submetida à apreciação do Senado Federal, mação, mas que no âmbito desta sabatina não se faz necessário aduzir. nos termos do art. 52, inciso III, alínea f da Constitui- ção Federal, combinado com o art. 6º da Lei nº 6.385, Durante seus doze anos de atuação na Bovespa, de 7 de dezembro de 1976, com a redação dada pelo a indicada demonstrou sensibilidade para perceber art. 10 da Lei nº 10.411, de 26 de fevereiro de 2002, e que mudanças se faziam necessárias para o desen- com o art. 2º desta mesma lei, a indicação da Senhora volvimento do mercado de capitais brasileiro. Neste Maria Helena dos Santos Fernandes de Santana para sentido participou da criação de segmentos especiais exercer o cargo de Presidente da Comissão de Valores de listagem da Bovespa, como o Novo Mercado que Mobiliários (CVM). é uma referência no que diz respeito às práticas mais Trata-se de uma indicação presidencial, feita por avançadas de governança corporativa. meio da Mensagem nº 472, de 2007, acompanhada do curriculum vitae da indicada. Para melhor compreensão do significado deste A Senhora Maria Helena dos Santos Fernandes instrumento, aduziremos uma breve explicação. O Novo de Santana é brasileira e domiciliada em São Paulo. Mercado é um segmento especial de listagem destina- Formada em Economia pela Faculdade de Economia e do à negociação de ações emitidas por companhias Administração da Universidade de São Paulo – USP. que se comprometem, voluntariamente, com a adoção O curriculum vitae da indicada apresenta as de práticas de governança corporativas adicionais em seguintes experiências profissionais: relação ao que é exigido pela legislação. • Comissão de Valores Mobiliários – CVM – A valorização e a liquidez das ações das compa- nhias que compõem o Novo Mercado são influenciadas onde ocupa desde 2006, o cargo de Diretora. positivamente pelo grau de segurança oferecido pelos • Bolsa de Valores de São Paulo – BOVES- direitos concedidos aos acionistas e pela qualidade PA – onde desempenhou a função de Superin- das informações prestadas. Essa é a premissa básica tendente de Relações com Empresas e Gerente deste instrumento. de Projetos Especiais, entre 1994 e 2006. O Sucesso destas mudanças pode ser verificado • Vice-Presidente do Instituto Brasilei- pela credibilidade atribuída à Bovespa, que hoje nego- ro de Governança Corporativa – IBGC – até cia em patamares superiores a 55.000 pontos. 2006 e membro do conselho de administração É importante que se destaque, também, o ine- desde 2001. ditismo desta indicação, por ser a primeira vez que • Membro do Conselho de Auto-Regula- uma mulher será conduzida ao Cargo de Presidente. ção do Mercado de Capitais da ANBID – As- Vale lembrar que o mercado financeiro, assim como sociação Nacional dos Bancos de Investimento a CVM, tem composição majoritariamente masculina entre 2001 e 2006. e a indicação de uma mulher para sua presidência si- • Membro da Roundtable Latino-Ameri- naliza uma importante mudança Cultural. cana de Governança Corporativa da OCDE A formação acadêmica e profissional da Srª – Banco Mundial desde 2000. Maria Helena dos Santos Fernandes de Santana JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 347 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23509 obedece aos requisitos necessários para a ocupa- Destarte, cumpridos os trâmites processuais ne- ção do cargo de Presidente da Comissão de Valores cessários, o nome em questão está em condições de Mobiliários (CVM), para o qual foi indicada pelo Pre- ser apreciado por esta comissão. sidente da República. Sala da Comissão, 11 de julho de 2007. 348 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23510 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007

RELATÓRIO De acordo com esse documento, o candidato Relator: Senador Garibaldi Alves Filho nasceu em Amambaí, no Mato Grosso do Sul, em 23 O Senado Federal é chamado a manifestar-se de fevereiro de 1977, filho de Almiro Pinto Sobrinho e sobre a indicação que o Senhor Presidente da Repú- Anita Rosa Barbosa Pinto. blica faz do Senhor Marcos Barbosa Pinto para exercer Quanto a sua formação acadêmica, é bacharel o cargo de Diretor da Comissão de Valores Mobiliários em Direito desde 1999, pela Faculdade de Direito da – CVM, materializada na Mensagem nº 112, de 2007, Universidade de São Paulo (USP), com especialização e no Aviso nº 634, da Casa Civil, assinado por Sua Ex- em Direito Empresarial; Mestre em Direito pela Facul- celência a Ministra de Estado Chefe da Casa Civil, Srª dade de Direito da Universidade de Yale, graduado Dilma Rousseft protocolizados nesta Casa Legislativa com honras acadêmicas em 2001; doutorando pelo em 10 de julho do corrente ano. Departamento de Teoria Geral do Direito da Faculdade O Senhor Marcos Barrosa Pinto é indicado para de Direito da Universidade de São Paulo, com conclu- a vaga da Senhora Maria Helena dos Santos Fernan- são esperada ainda para este ano; e foi pesquisador des de Santana, que deixa o cargo de Diretora em ra- visitante na Faculdade de Direito da Universidade de zão de indicação para assumir o cargo de Presidente Columbia, de novembro de 2006 a junho de 2007. da autarquia. Dentre os cargos que ocupou, cumpre destacar A Constituição atribui competência ao Senado os seguintes: membro do Conselho de Administração Federal para examinar previamente e deliberar por voto secreto sobre a escolha de titulares de cargos da América Latina Logistica SA., de março a novem- que a lei determinar. O art. 6º da Lei nº 6.385, de 7 de bro de 2006; Chefe de Gabinete da Presidência do dezembro de 1976, por sua vez, exige a aprovação BNDES, de março a novembro de 2006; Assessor da do Senado para a nomeação dos Diretores da CVM, Diretoria do BNDES, de dezembro de 2004 a março de que devem ser escolhidos entre pessoas de ilibada 2006; Consultor do Banco Interamericano de Desen- reputação e reconhecida competência em matéria de volvimento (BID), de setembro a dezembro de 2004; mercado de capitais. Advogado do Escritório Levy & Salomão Advogados, Ressalte-se que o cargo para o qual o candidato de agosto de 2002 a agosto de 2004; e Advogado do foi indicado é de grande importância para o bom fun- Escritório Morrison & Foerster LLP, de junho de 2001 cionamento do mercado de valores mobiliários no Bra- a agosto de 2002. sil, haja vista suas funções de administração da CVM, Por fim, como docente, proferiu diversas pales- entidade autárquica que tem competência permanente tras, nos anos de 2000 a 2006, e publicou artigos em para a regulação e a fiscalização dos serviços do mer- jornais e revistas especializadas. cado de valores mobiliários e das companhias abertas com papéis negociados nos mercados brasileiros. Diante da natureza da matéria, eram essas as Acompanha a mensagem curriculum vitae do considerações pertinentes no âmbito do presente Re- candidato, em cumprimento ao art. 383, I, do Regimen- latório. to Interno do Senado Federal. Sala da Comissão, 11 de junho de 2007. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 349 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23511 350 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23512 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007

RELATÓRIO É bacharel em Direito desde 1974, pela Facul- dade de Direito da Universidade Federal Fluminense, Relator: Senador Edison Lobão com MBA Executivo na Coppe/UFRJ, pós-graduação O Senado Federal é chamado a manifestar-se em Economia do Desenvolvimento pela PUC/Bndes sobre a indicação que o Senhor Presidente da Repú- e em Direito Empresarial pelo Instituto de Direito de blica faz do Senhor Durval José Soledade Santos para Empresa da Cândido Mendes. exercer o cargo de Diretor da Comissão de Valores Mo- Dentre os cargos que ocupou, cumpre destacar biliários – CVM, materializada na Mensagem nº 113, de os seguintes: no Bndes, Diretor de Operações e Jurí-

2007, e no Aviso nº 635, da Casa Civil, assinado por dico da Bndespar, Chefe de Gabinete da Presidência, Sua Excelência a Ministra de Estado Chefe da Casa Superintendente da Área de Administração, Superin- Civil, Sra. Dilma Rousseff, protocolizados nesta Casa tendente de Mercado de Capitais, Superintendente Legislativa em 10 de julho do corrente ano. de Operações Especiais e Superintendente Jurídico A Constituição atribui competência ao Senado da Bndespar; na CVM, Diretor e Superintendente- Federal para examinar previamente e deliberar por Geral; Presidente do Conselho de Administração da voto secreto sobre a escolha de titulares de cargos Eletrosiderúrgica Brasileira SA., (SIBRA) e Multextil que a lei determinar. O art. 6º da Lei nº 6.385, de 7 de SA., Vice-Presidente do Conselho de Administração dezembro de 1976, por sua vez, exige a aprovação da Aracruz Celulose SA., e da Nova América SA., do Senado para a nomeação dos Diretores da CVM, Conselheiro de Administração da Telemar (Tele Nor- que devem ser escolhidos entre pessoas de ilibada te Leste Participações SA.), da Light SA., do Banco reputação e reconhecida competência em matéria de do Nordeste do Brasil SA., (BNB) e da CRP Caderi mercado de capitais. SA., Foi também Diretor Vice-Presidente do Banco do Ressalte-se que o cargo para o qual o candidato Estado do Rio de Janeiro SA., (BANERJ), Vice-Presi- foi indicado é de grande importância para o bom funcio- dente da Distribuidora de Valores do Rio de Janeiro namento do mercado de valores mobiliários no Brasil, SA., (DIVERJ) e Diretor Vice-Presidente da Com- haja vista suas funções de administração da CVM, enti- panhia Taubaté Industrial. Fez parte dos Conselhos dade autárquica que tem competência permanente para Consultivos da Financiadora de Estudos e Projetos a regullação e a fiscalização dos serviços do mercado (FINEP), do Programa de Capacitação Tecnológica de valores mobiliários e das companhias abertas com da Indústria (PACTI), do Brasil Private Equity do Ban- papéis negociados nos mercados brasileiros. co Garantia e da Anbid, como membro da Comissão Acompanha a mensagem curriculum vitae do de Finanças. candidato, em cumprimento ao art. 383, I, do Regimen- É professor de Direito Empresarial da Coppead/ to Interno do Senado Federal. UFRJ, do MBA em Direito da Fundação Getúlio Vargas De acordo com esse documento, o candidato e da Faculdade de Direito Cândido Mendes. nasceu no Rio de Janeiro, Capital, em 13 de dezem- Diante da natureza da matéria, eram essas as bro de 1948, filho de Raphael Trindade Santos e Maria considerações pertinentes no ãmbito do presente Re- Mercedes Soledade Santos. latório. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 351 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23513 Sala da Comissão, 11 de julho de 2007. de Constituição, Justiça e Cidadania e de Assuntos Sociais, sobre as seguintes matérias: Projeto de Lei da Câmara nº 111, de 2005 (nº 3.796/2004, na Casa de origem), que dispõe sobre a Política Nacional de Orientação, Combate e Controle dos Efeitos Danosos da Exposição ao Sol à Saúde e dá providências correlatas; Projeto de Lei da Câmara nº 22, de 2006 (nº 5.919/2005, na Casa de origem), de iniciativa do Pre- sidente da República, que cria mil, novecentos e cin- qüenta e um cargos da Carreira da Seguridade Social O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB e do Trabalho, para o Quadro do Ministério do Traba- – AL) – Os pareceres que acabam de ser lidos vão à lho e Emprego; extingue dois mil, cento e noventa e publicação. um cargos vagos disponíveis no Sistema de Pessoal Sobre a mesa, ofício que passo a ler. Civil da Administração Federal – SIPEC; e dá outras É lido o seguinte: providências; e Projeto de Lei da Câmara nº 6, de 2007 (nº Of. Nº CE/88/2007 6.645/2006, na Casa de origem), que altera o art. 175 Brasília, 10 de junho de 2007 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Senhor Presidente, Processo Civil, e o inciso I do caput do art. 62 da Lei Comunico a Vossa Excelência que esta Comis- nº 5.010, de 30 de maio de 1966, que organiza a Jus- são aprovou, cm reunião realizada no dia de hoje, tiça Federal de 1ª instância, e dá outras providências substitutivo de autoria de Sua Excelência o Senhor (estabelece dias e períodos de feriado forense e de Senador Wilson Matos, ao Projeto de Lei do Senado suspensão dos prazos processuais). nº 277, de 2007, dc Sua Excelência o Senhor Se- As matérias ficarão perante a Mesa durante cinco nador Flávio Arns que, “Acrescenta parágrafo úni- dias úteis a fim de receber emendas, nos termos do co ao art. 4º da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de art. 235, II, “d”, do Regimento Interno. 1996 para definir condições de qualidade da oferta O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB de educação escolar para crianças de cinco e seis – AL) – Sobre a mesa, proposta que passo a ler. anos de idade”. A matéria será incluída em pauta da próxima É lida a seguinte: reunião, para apreciação em turno suplementar, nos termos do disposto no art. 282, combinado com o art. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO 92 do Regimento Interno do Senado Federal. Nº 61, DE 2007 Atenciosamente, Senador Cristovam Buarque, Altera o art. 45 da Constituição Federal, Presidente da Comissão de Educaçio, Cultura e Es- para estabelecer o sistema eleitoral misto porte. para as eleições de Deputados Federais, O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB Deputados Estaduais e Vereadores. – AL) – Com referência ao expediente que acaba de ser lido, a Presidência comunica ao Plenário que ao As Mesas da Câmara dos Deputados e do Se- Substitutivo ao Projeto de Lei do Senado nº 277, de nado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Cons- 2007, poderão ser oferecidas emendas até o encerra- tituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao mento da discussão, no turno suplementar, perante a texto constitucional: Comissão de Educação. Art. 1º O art. 45 da Constituição Federal passa a O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB vigorar com as seguintes alterações: – AL) – Nos termos do art. 91, §§ 3º a 5º, do Re- “Art. 45. A Câmara dos Deputados com- gimento Interno, fica aberto o prazo de cinco dias põe-se de representantes do povo, eleitos, úteis para interposição de recurso, por um décimo pelos sistemas majoritário e proporcional, em da composição da Casa, para que o Projeto de Lei cada Estado, em cada Território e no Distrito do Senado nº 264, de 2004, seja apreciado pelo Federal, na forma da lei, observados os se- Plenário. guintes preceitos: O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB I – 50% da representação de cada Esta- – AL) – Foram encaminhados à publicação os Parece- do e do Distrito Federal, ou o número inteiro res nºs 603, 604, 605 e 606, de 2007, das Comissões maior mais próximo, será composta por no- 352 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23514 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 mes eleitos pelo voto majoritário em distritos aquelas satisfeitas com a regra vigente. De um lado, uninominais; a vontade dos Presidentes da República e os efeitos II – 50% da representação de cada Es- das crises políticas sucessivas na opinião pública tado e do Distrito Federal será composta por empurram a reforma para a agenda. De outro, o re- nomes apresentados em listas partidárias; ceio dos parlamentares dos efeitos eleitorais ainda não conhecidos da nova regra, assim como a resis- III – o eleitor terá direito a dois votos tência de alguns ao empoderamento dos partidos, desvinculados, um para o candidato de seu trabalha contra ela. distrito eleitoral e outro para o partido de sua Consideramos o diagnóstico das propostas de preferência; reforma correto, no fundamental. O voto que o Brasil IV – o total de lugares destinados a cada pratica, proporcional com listas abertas, conduz à per- partido será calculado com base no princípio sonalização da política, ao enfraquecimento dos parti- da proporcionalidade, aplicado aos votos ob- dos e à construção de um ambiente eleitoral que torna tidos pelas listas partidárias; os pleitos excessivamente caros e confere influência V – deduzidos do total de lugares desti- desmesurada ao poder econômico. Consideramos, tam- nados a cada partido os representantes eleitos bém, que medidas pontuais, embora meritórias, como nos distritos, os demais lugares serão preenchi- a fidelidade partidária, não são suficientes para alterar dos pelos candidatos apresentados nas listas com a radicalidade necessária o quadro que experimen- tamos: dificuldade para a formação de maiorias, fuga partidárias, segundo a ordem da lista; da verdade eleitoral, por meio das trocas de partidos, VI – se o número de representantes elei- e dependência de recursos clandestinos de campanha, tos pelo partido nos distritos for superior ao conhecidos popularmente como caixa 2. número definido pelo princípio da proporciona- Discordamos contudo da linha mestra adotada lidade, a diferença será acrescida ao número pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados, total de deputados. linha mestra que foi, recentemente, derrotada no plená- § 1º Ressalvada a hipótese do inciso VI, rio daquela Casa: a manutenção do voto proporcional o número total de deputados não será superior com o fechamento e bloqueamento das listas. A pré- a quinhentos e treze. definição da lista em convenções partidárias subordina, § 2º A representação por Estado, por Ter- é certo, os parlamentares às direções partidárias, e, ritório e pelo Distrito Federal será estabelecida nesse sentido, produz partidos forte, quiçá demasiado fortes, como muitos temem. Exime, no entanto, o eleitor por lei complementar, proporcionalmente à po- do controle dos seus representantes, tarefa que a regra pulação, procedendo-se aos ajustes necessá- delega, na prática, às direções dos partidos. rios no ano anterior às eleições, de modo que A experiência internacional mostra que o vínculo nenhuma unidade da Federação tenha menos estreito entre representantes e representados é obtido de oito ou mais de setenta deputados. com a operação do voto distrital. Nesse sistema, o elei- § 3º Cada território elegerá dois depu- tor sabe exatamente quem é o seu representante e está tados, pelo sistema proporcional. em condições de levar a ele propostas e sugestões e § 4º As regras estabelecidas neste artigo mesmo de interpelá-lo quando assim julgar necessário. aplicam-se às eleições de Deputados Estadu- Por outro lado, os inconvenientes, também sobejamente ais e Vereadores. (NR)”. conhecidos, desse sistema, como a exclusão das cor- Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vi- rentes minoritárias da representação, são evitados com gor na data de sua publicação. a adoção dos sistemas mistos, que buscam preservar as vantagens do voto majoritário e do voto distrital. Justificação Essa é a proposta ora apresentada. A eleição de Logo após a definição do povo brasileiro favorável metade das cadeiras da Câmara dos Deputados pelo ao regime republicano e ao sistema presidencialista voto distrital e a das demais por listas partidárias. Esse de governo teve início, nas duas Casas do Congresso sistema tem demonstrado sucesso na experiência in- Nacional, a discussão sobre reforma política. Essa dis- ternacional. Após sua adoção na Alemanha do pós- cussão repete-se, conforme as linhas de um processo guerra, foi implantado com sucesso em outros países, padrão: propostas isoladas, consolidação por parte de comissões especiais, obstáculos à tramitação, arqui- como Rússia, Japão, Nova Zelândia, Venezuela e, por vamento e reinício do ciclo. um período, na Itália. Está claro que a matéria divide profundamen- Essas as razões por que solicitamos apoio para te a opinião de deputados e senadores. Está igual- a presente Proposta de Emenda à Constituição. mente claro que o impasse que se repete deve-se Sala das Sessões, 11 de julho de 2007. – Sena- ao equilíbrio entre as forças partidárias da reforma e dor Antônio Carlos Valadares. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 353 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23515 354 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23516 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 355 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23517 LEGISLAÇÃO CITADA § 3º Os Tribunais de Contas e a co- missão mista permanente referida no § 1º CONSTITUIÇÃO DA do art. 166 da Constituição ou equivalente REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL das Casas Legislativas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios enca- TÍTULO IV Da Organização dos Poderes minharão cópia dos pareceres referidos neste artigo ao Ministério Público corres- CAPÍTULO I pondente. (NR)” Do Poder Legislativo Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua Seção I publicação. Do Congresso Nacional Justificação Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se As contas de Governo, criadas com o intuito de de representantes do povo, eleitos, pelo sistema pro- ser mais um instrumento de garantia da gestão públi- porcional, em cada Estado, em cada Território e no ca responsável, são julgadas pelas Casas Legislativas Distrito Federal. nas três esferas. Os parâmetros para julgamento são, § 1º O número total de Deputados, bem como a basicamente, as disposições da Lei Complementar nº representação por Estado e pelo Distrito Federal, será 101, de 2000; a referida lei é conhecida como Lei de estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à Responsabilidade Fiscal (LRF). população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas Algumas condutas violadoras de disposições da unidades da Federação tenha menos de oito ou mais LRF são definidas como crimes contra as finanças pú- de setenta Deputados. blicas pela Lei nº 10.028, de 19 de outubro de 2000, § 2º Cada Território elegerá quatro Deputados. que alterou o Código Penal. O titular da ação penal é o Ministério Público (MP). (À Comissão de Constituição, Justiça e Por força do art. 56 da LRF, os Tribunais de Con- Cidadania.) tas, a comissão mista permanente referida no § 1º do O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB – art. 166 da Constituição e suas equivalentes das Casas AL) – A Proposta de Emenda à Constituição que acaba Legislativas estaduais e municipais emitem pareceres de ser lida está sujeita às disposições constantes dos sobre as contas de Poder ou órgão referido no art. 20 art. 354 e seguintes do Regimento Interno. A matéria vai da mesma Lei. à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. Ora, mais evidente não pode ser que os trabalhos Sobre a mesa, projetos que passo a ler. desses órgãos contêm elementos que podem servir de São lidos os seguintes: base para o desempenho das funções constitucionais do Ministério Público. As informações contidas nos pa- PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 414, DE 2007 COMPLEMENTAR receres são, evidentemente, de domínio público, mas esta proposição inova ao institucionalizar a remessa Altera o art. 57 da Lei Complementar nº obrigatória dessas peças para os MP. 101, de 2000, para determinar aos Tribunais O projeto de lei não afeta a atribuição do Poder de Contas e à comissão mista permanente Legislativo de julgar as contas das autoridades res- referida no § 1º do art. 166 da Constituição ponsáveis pelos Poderes ou órgãos alcançados pelo ou equivalente das Casas Legislativas dos art. 20 da LRF, que lhe são prestadas pelo Chefe do Estados, do Distrito Federal e dos Municí- Executivo (CF art. 49, IX c/c art. 56, caput, da LRF). pios que enviem os pareceres das contas Não há falar em invasão de competência, porquanto a de Governo ao Ministério Público. atuação do MP continuará adstrita aos limites impostos O Congresso Nacional decreta: pelo Texto Constitucional. Art. 1º O art. 57 da Lei Complementar nº 101, de Convicto do acerto do projeto que ora apresen- 4 de maio de 2000, passa a vigorar acrescido do § 3º, tamos, pedimos o apoio dos nobres senadores para com a seguinte redação: sua aprovação. “Art. 57...... Sala das Sessões, 11 de julho de 2007. – Sena- ...... dor Mozarildo Cavalcanti. 356 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23518 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 LEGISLAÇÃO CITADA A criação de Zonas de Processamento de Expor- tação pode não apenas revigorar as vendas ao exterior, LEI COMPLEMENTAR Nº 101, mas também proporcionar o desenvolvimento das áre- DE 4 DE MAIO DE 2000 as menos favorecidas, pois nelas são industrializados os produtos locais, geralmente comercializados com Estabelece normas de finanças públi- pouco ou nenhum tipo de beneficiamento. cas voltadas para a responsabilidade na A instalação de uma ZPE em Barra do Garças gestão fiscal e dá outras providências. beneficiaria todo o Leste do Estado de Mato Grosso, ...... que compreende os territórios limítrofes ao rio Ara- Art. 57. Os Tribunais de contas emitirão parecer prévio guaia, pois o município se constitui no pólo agroin- conclusivo sobre as contas no prazo de sessenta dias do dustrial da região. recebimento, se outro não estiver estabelecido nas cons- A pecuária e as indústrias de beneficiamento da tituições estaduais ou nas leis orgânicas municipais. carne e do couro, tais como frigoríficos e curtumes, § 1º No caso de municípios que não sejam capi- são responsáveis por mais de oitenta por cento da tais e que tenham menos de duzentos mil habitantes receita de impostos do município. A pecuária é impor- o prazo será de cento e oitenta dias. tante para toda a região do Vale do Araguaia, que se § 2º Os Tribunais de Contas não entrarão em re- estende da divisa entre Mato Grosso e Mato Grosso cesso enquanto existirem contas de Poder, ou órgão do Sul até o Sul do Pará e abriga rebanho de cerca de referido no art. 20, pendentes de parecer prévio. quatro milhões de cabeças...... Devido ao uso preponderante, em Barra do Gar- (Às Comissões de Assuntos Econômicos, ças, da técnica extensiva para a criação do rebanho e de Constituição, Justiça e Cidadania.) bovino, a quantidade de empregos gerada na pecuária é muito baixa, uma vez que apenas um trabalhador é PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 415, DEº 2007 capaz de cuidar de mil bois. Os frigoríficos com grande capacidade de abate Dispõe sobre a criação de Zona de de cabeças de gado por dia são as empresas que ge- Processamento de Exportação (ZPE) no ram maior número de empregos. Portanto, a instalação Município de Barra do Garça, no Estado de uma ZPE no Município de Barra do Garças atrairia do Mato Grosso. novos investimentos para a industrialização de produtos O Congresso Nacional decreta: da pecuária, gerando, com isso, novas oportunidades Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a criar de emprego para a população. Além disso, poderia Zona de Processamento de Exportação no Município atrair outras indústrias como as de ração animal e de de Barra do Garça, no Estado do Mato Grosso. defensivos agrícolas, pois o município vem tentando Parágrafo único. A Zona de Processamento de diversificar sua economia a partir do cultivo de grãos, Exportação de que trata este artigo terá a sua criação, hortifrutigranjeiros e criação de aves. características, objetivos e funcionamento regulados Cabe ressaltar que Barra do Garças possui o pela legislação pertinente. maior aeroporto da região Leste de Mato Grosso, lo- Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua calizado a quinze quilômetros do centro da cidade. O publicação. aeroporto tem movimento médio e pode receber aero- naves de médio e grande porte. Ademais, situado às Justificação margens do rio Araguaia, o município possui um porto A criação de Zonas de Processamento de Ex- fluvial e fácil acesso à hidrovia Araguaia/Tocantins. portação (ZPE) pode contribuir para a obtenção de Pelas razões expostas, na certeza de que a cria- superávits mais elevados na balança comercial brasi- ção de uma ZPE no Município de Barra do Garça leira, na medida em que o regime tributário, cambial trará novas perspectivas de desenvolvimento para a e administrativo diferenciado a que estão submetidas toda a região do Vale do Araguaia, peço o apoio aos facilita a industrialização e a venda de produtos desti- Nobres Pares para a aprovação do projeto de lei que nados ao mercado externo. ora apresento. Áreas de livre comércio com o exterior seme- Sala das Sessões, 11 de julho de 2007. – Sena- lhantes às ZPE que se pretende implantar no Brasil, já dor Jayme Campos. fazem parte da realidade em mais de uma centena de (Às Comissões de Desenvolvimento Re- países, inclusive Estados Unidos, Alemanha e China, gional e Turismo, e de Assuntos Econômicos, líderes do comércio internacional. cabendo à última a decisão terminativa.) JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 357 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23519 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 416, DE 2007 LEGISLAÇÃO CITADA

Altera a redação do inciso VII do § 1º LEI Nº 8.987, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1995 do art. 38 da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro Mensagem de veto de 1995, para ampliar as possibilidades de Texto compilado declaração, por parte do poder concedente, (Vide Lei nº 9.074, de 1995) de caducidade do contrato de concessão. Dispõe sobre o regime de concessão O Congresso Nacional decreta: e permissão da prestação de serviços pú- Art. 1º O inciso VII do § lº do art. 38 da Lei nº blicos previsto no art. 175 da Constituição 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, passa a vigorar Federal, e dá outras providências. com a seguinte redação: Art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato “Art. 38...... acarretará, a critério do poder concedente, a decla- § 1º ...... ração de caducidade da concessão ou a aplicação ...... das sanções contratuais, respeitadas as disposições VII – o titular da concessionária for con- deste artigo, do art. 27, e as normas convencionadas denado, em sentença transitada em julgado, entre as partes. por crime contra a ordem econômica, a or- § 1º A caducidade da concessão poderá ser de- dem tributária, de lavagem de dinheiro ou de clarada pelo poder concedente quando: natureza patrimonial, praticado no âmbito da VII – a concessionária for condenada em senten- concessão ou em virtude desta.(NR)” ça transitada em julgado por sonegação de tributos, Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data da sua inclusive contribuições sociais. publicação. (À Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania – decisão terminativa.) Justificação A proposição em tela tem como objetivo ampliar PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 417, DE 2007 as possibilidades de declaração, por parte do poder concedente, de caducidade do contrato de concessão, Altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho especialmente no que concerne a condenações crimi- de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da nais por sentença transitada em julgado. Criança e do Adolescente, e dá outras pro- A atual redação do dispositivo só abre esta possi- vidências, para obrigar entidades a terem, bilidade ao poder concedente nos crimes de sonegação em seus quadros, pessoal capacitado para de tributos, inclusive contribuições sociais. Ora, a lei é reconhecer e reportar maus-tratos de crian- silente, por exemplo, para o caso de o concessionário, ças e adolescentes. valendo-se dessa condição, usar a empresa de que é O Congresso Nacional decreta: o titular para lavagem de dinheiro. Art. 1º A Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, Dessa forma, procuramos tomar a redação do passa a vigorar acrescida dos seguintes dispositivos: dispositivo o mais abrangente possível, abrindo a pos- “Art. 71-A. As entidades, públicas e pri- sibilidade de declaração, por parte do poder conce- vadas, que atuem nas áreas a que se refere dente, de caducidade do contrato de concessão para o artigo 71, dentre outras, devem contar, em universo mais amplo de crimes, quais sejam, contra a seus quadros, com pessoas capacitadas a ordem econômica, a ordem financeira, de lavagem de reconhecer e comunicar ao Conselho Tutelar dinheiro, bem como crimes de natureza patrimonial. suspeitas ou casos de maus-tratos praticados Decerto, a hipótese de caducidade do contrato, contra crianças e adolescentes. (NR) medida de natureza claramente punitiva, só faz sentido Parágrafo único. São igualmente respon- se o crime cometido pelo titular da concessionária es- sáveis pela comunicação de que trata este ar- tiver relacionado com a concessão, motivo da ressalva tigo, as pessoas encarregadas, por razão de consignada na parte final do dispositivo. cargo, função, ofício, ministério, profissão ou Assim, contando com a sensibilidade dos nobres ocupação, do cuidado, assistência ou guarda Pares, solicito apoio à aprovação da presente inicia- de crianças e adolescentes, punível, na forma tiva legislativa. deste Estatuto, o injustificado retardamento ou Sala das Sessões, 11 de junho de 2007. – Sena- omissão, culposo ou doloso. (NR) dor Gerson Camata...... 358 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23520 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 Art. 94-A. As entidades, públicas ou pri- a serem adotados nesses casos, notadamente a de- vadas, que abriguem ou recepcionem crianças núncia ao Conselho Tutelar da localidade. e adolescentes, ainda que em caráter tempo- A obrigatoriedade dessa capitação profissional rário, devem ter, em seus quadros, profissio- é de notificar às autoridades competentes os casos nais capacitados a reconhecer e reportar ao suspeitos ou confirmados de maus-tratos, abusos, ex- Conselho Tutelar suspeitas ou ocorrências de ploração sexual, dentre outras, contribuirá para que a maus-tratos. (NR) família, sociedade e o Estado assumam de vez o com- ...... promisso ético, moral e legal de promover a proteção Art. 136...... de nossos jovens...... Merece registro, que a imposição desse dever XII – promover e incentivar, na comuni- ético, moral e legal está em consonância com o es- dade e nos grupos profissionais, ações de di- tatuído na Constituição Federal (art. 227) e na Lei nº vulgação e treinamento para o reconhecimen- 8.069, de 13 de julho de 1990 (art. 4º), sendo que as to de sintomas de maus-tratos em crianças e disposições a respeito nesta última (arts. 13; 56, I; 130; adolescentes. (NR)” e 245) não alcançam todas as hipóteses alvitradas pela presente proposição. Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua Por fim, aprovado o projeto, todos passarão a publicação. agir de maneira mais solidária em relação às crianças Justificação e aos adolescentes que sofrem ou sofreram abuso, permitindo que se dê o encaminhamento, em regime A violência contra crianças e adolescentes, seja de prioridade absoluta, aos serviços de ajuda médica, ela física, psíquica ou moral, constitui um dos piores educacional, psicossocial e jurídica. problemas enfrentados pela sociedade brasileira e pelo Na certeza de que a proposta pode colaborar Governo. Segundo o Conselho Regional de Serviço para a redução dos alarmantes indicadores de violência Social de São Paulo, a Organização Pan-Americana contra as crianças e os adolescentes em nosso País, de Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde espero dos nobres senadoras e senadores, deputadas (OMS) estimam que apenas dois por cento dos casos e deputados, o apoio para aprovação do projeto de lei de abuso sexual contra crianças são denunciados, es- que ora apresentamos. pecialmente nos casos em que o agressor é parente Sala das Sessões, 11 de julho de 2007. – Sena- ou pessoa próxima à vítima. dor Marcelo Crivella. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), os dados coletados sugerem LEGISLAÇÃO CITADA que noventa e seis por cento dos casos de violência CONSTITUIÇÃO FEDERAL física e sessenta e seis por cento dos casos de abuso sexual contra crianças de até seis anos de idade são ...... cometidos por familiares. Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Es- Já os adolescentes estão expostos a maior vio- tado assegurar à criança e ao adolescente, com abso- lência nas ruas – nas duas últimas décadas, o núme- luta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, ro de homicídios de jovens, entre quinze e dezenove à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, anos de idade quadruplicou, especialmente entre as à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência famílias pobres. familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de Ainda de acordo com a Unicef, há o uso exces- toda forma de negligência, discriminação, exploração, sivo de medidas como o recolhimento a abrigo ou a violência, crueldade e opressão. privação de liberdade para os adolescentes – apro- LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 ximadamente trezentos mil adolescentes são presos anualmente, dos quais apenas trinta por cento foram Dispõe sobre o Estatuto da Criança e condenados por crimes violentos. do Adolescente e dá outras providências. Para melhor proteger crianças e adolescentes, é ...... de vital importância que as pessoas ou profissionais Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação que com eles interagem em escolas, clubes, acade- de maus-tratos contra criança ou adolescente serão mias, organizações religiosas e outras instituições, obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar tenham em seus quadros pessoas capacitadas para da respectiva localidade, sem prejuízo de outras pro- a detecção de maus-tratos e sobre os procedimentos vidências legais. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 359 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23521 ...... XVIII – manter programas destinados ao apoio e Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de acompanhamento de egressos; ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tute- XIX – providenciar os documentos necessários ao lar os casos de: exercício da cidadania àqueles que não os tiverem; I – maus-tratos envolvendo seus alunos; XX – manter arquivo de anotações onde cons- ...... tem data e circunstâncias do atendimento, nome do Art. 71. A criança e o adolescente têm direito a adolescente, seus pais ou responsável, parentes, en- informação, cultura, lazer, esportes, diversões, espe- dereços, sexo, idade, acompanhamento da sua forma- táculos e produtos e serviços que respeitem sua con- ção, relação de seus pertences e demais dados que dição peculiar de pessoa em desenvolvimento. possibilitem sua identificação e a individualização do ...... atendimento. Art. 94. As entidades que desenvolvem progra- § 1º Aplicam-se, no que couber, as obrigações mas de internação têm as seguintes obrigações, en- constantes deste artigo às entidades que mantêm pro- tre outras: grama de abrigo. I – observar os direitos e garantias de que são § 2º No cumprimento das obrigações a que alude titulares os adolescentes; este artigo as entidades utilizarão preferencialmente II – não restringir nenhum direito que não tenha os recursos da comunidade. sido objeto de restrição na decisão de internação; Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar: III – oferecer atendimento personalizado, em pe- I – atender as crianças e adolescentes nas hipó- quenas unidades e grupos reduzidos; teses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medi- IV – preservar a identidade e oferecer ambiente das previstas no art. 101, I a VII; de respeito e dignidade ao adolescente; II – atender e aconselhar os pais ou responsável, V – diligenciar no sentido do restabelecimento e aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII; da preservação dos vínculos familiares; III – promover a execução de suas decisões, po- VI – comunicar à autoridade judiciária, periodica- dendo para tanto: mente, os casos em que se mostre inviável ou impos- a) requisitar serviços públicos nas áreas de saú- sível o reatamento dos vínculos familiares; de, educação, serviço social, previdência, trabalho e VII – oferecer instalações físicas em condições segurança; adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e se- b) representar junto à autoridade judiciária nos gurança e os objetos necessários à higiene pessoal; casos de descumprimento injustificado de suas deli- VIII – oferecer vestuário e alimentação suficien- berações. tes e adequados à faixa etária dos adolescentes aten- IV – encaminhar ao Ministério Público noticia didos; de fato que constitua infração administrativa ou penal IX – oferecer cuidados médicos, psicológicos, contra os direitos da criança ou adolescente; odontológicos e farmacêuticos; V – encaminhar à autoridade judiciária os casos X – propiciar escolarização e profissionaliza- de sua competência; ção; VI – providenciar a medida estabelecida pela au- XI – propiciar atividades culturais, esportivas e toridade judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I de lazer; a VI, para o adolescente autor de ato infracional; XII – propiciar assistência religiosa àqueles que VII – expedir notificações; desejarem, de acordo com suas crenças; VIII – requisitar certidões de nascimento e de óbito XIII – proceder a estudo social e pessoal de de criança ou adolescente quando necessário; cada caso; IX – assessorar o Poder Executivo local na ela- XIV – reavaliar periodicamente cada caso, com boração da proposta orçamentária para planos e pro- intervalo máximo de seis meses, dando ciência dos gramas de atendimento dos direitos da criança e do resultados à autoridade competente; adolescente; XV – informar, periodicamente, o adolescente X – representar, em nome da pessoa e da família, internado sobre sua situação processual; contra a violação dos direitos previstos no art. 220, § XVI – comunicar às autoridades competentes to- 3º, inciso II, da Constituição Federal; dos os casos de adolescentes portadores de moléstias XI – representar ao Ministério Público, para efeito infecto-contagiosas; das ações de perda ou suspensão do pátrio poder. XVII – fornecer comprovante de depósito dos Art. 130. Verificada a hipótese de maus-tratos, pertences dos adolescentes; opressão ou abuso sexual impostos pelos pais ou res- 360 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23522 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 ponsável, a autoridade judiciária poderá determinar, ro do art. 33 do Ato das Disposições Constitucionais como medida cautelar, o afastamento do agressor da Transitórias, com o objetivo de pagar precatórios ven- moradia comum. cidos e não pagos...... Leitura atenta do dispositivo em comento indica Art. 245. Deixar o médico, professor ou respon- que o seu objetivo esgotava-se na verificação da ce- sável por estabelecimento de atenção à saúde e de lebração de contrato de compra e venda dos títulos, ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comu- não cabendo imaginar que a União também deveria nicar à autoridade competente os casos de que tenha zelar pelo adimplemento dos seus termos, até pela au- conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de sência de interesse econômico-financeiro desta última maus-tratos contra criança ou adolescente: no exercício de semelhante atribuição. Disputas pelo Pena – multa de três a vinte salários de referência, descumprimento de obrigações contratuais por uma aplicando-se o dobro em caso de reincidência. das partes interessadas – no caso, o Estado do Pa- (À Comissão de Direitos Humanos e Le- raná ou o atual controlador do Banco Banestado S.A. – deverão ser dirimidas em fórum próprio, definido pela gislação Participativa – decisão terminativa.) legislação pertinente. PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 36, DE 2007 Efetivamente, o Governo do Estado do Paraná já ajuizou ação junto à 3ª Vara Cível da Justiça Federal Dispôe sobre o cumprimento da exi- (Autos nº 2005.70.00.027122-6), sustentando que o gência contida na alínea d do inciso III do contrato de compra e venda de títulos é autônomo e art. 2º da Resolução do Senado Federal nº independente, com cláusulas penais próprias, sendo 98, de 1998. indevida a aplicação de sanções contidas no parágrafo

O Senado Federal resolve: único do art. 2º da Resolução do Senado Federal nº 71, Art. 1º É considerada cumprida a exigência con- de 1998, quais sejam: a aplicação de multa e a substi- tida na alínea d do inciso III do art. 2º da Resolução tuição do indexador da dívida renegociada, que deixaria do Senado Federal nº 98, de 1998, se: de ser o IGP-DI e passaria a ser a taxa Selic. I – o Estado do Paraná houver celebrado, no Em prol da segurança jurídica, o projeto ora apre- prazo de um ano, contado a partir de 30 de junho de sentado pretende dirimir as dúvidas existentes. Assim, 1998, o contrato de aquisição dos títulos públicos ti- dado que o Ministério da Fazenda certifique o exato tulados pelo Banco Banestado S.A., em 30 de agosto cumprimento da condição contida na alínea d do inciso de 1998, de emissão dos Estados de Alagoas, Santa III do art. 20 da Resolução do Senado Federal nº 98, Catarina e Pernambuco, e dos Municípios de Osasco de 1998, não caberá imputar ao Estado do Paraná as (SP) e Guarulhos (SP); sanções anteriormente referidas. II – o Ministério da Fazenda certificar o cumpri- Trata-se de problema que exige urgente mani- mento da exigência estipulada no inciso I. festação desta Casa. Portanto, conto com o apoio dos Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data meus Pares. de sua publicação. Sala das Sessões, 11 de julho de 2007. – Sena- dor Romero Jucá. Justificação (À Comissão de Assuntos Econômicos.) O presente projeto de resolução pretende ex- O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB plicitar as condições que devem pautar o controle do – AL) – Os projetos que acabam de ser lidos serão pu- cumprimento da exigência contida na alínea d do in- blicados e remetidos às Comissões competentes. ciso III do art. 2º da Resolução do Senado Federal nº Sobre a mesa, ofício que passo a ler. 98, de 1998. Essa resolução autorizou o Estado do Paraná a É lido o seguinte: contratar operação de crédito e de compra e venda de Ofício nº 235/07 ações com a União no âmbito do Programa de Apoio à Reestruturação e ao Ajuste Fiscal dos Estados. Entre Brasília, 4 de julho de 2007 as cláusulas da operação em questão há a exigência, Senhor Presidente, disciplinada pela aludida alínea, de compromisso de Solicito a Vossa Excelência a gentileza de indicar aquisição, por aquele Estado, de títulos públicos emi- o Deputado Fábio Ramalho PV – MG, para a Comissão tidos pelos Estados de Alagoas, Pernambuco e Santa Especial Mista destinada a analisar a Medida Provi- Catarina, e pelos Municípios de Osasco (SP) e Gua- sória de nº 379, de 28 de junho de 2007, que “altera rulhos (SP). São títulos que foram emitidos ao ampa- dispositivos de Lei nº 10.826, de 22 dezembro de 2003, JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 361 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23523 que dispõe sobre registro, posse o comercialização de É lido o seguinte: armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – SINARM e define crimes”, em substituição REQUERIMENTO Nº 809, DE 2007 ao Titular anteriormente indicado. Requeremos nos termos do art. 199 do Regimen- Certo de merecer sua especial atenção, renovo- to Interno do Senado Federal, a realização de Sessão lhe minhas expressões de apreço e consideração. Especial do Senado, no dia 27 de agosto de 2007, des- Atenciosamente, Deputado Marcelo Ortiz, Lí- der do PV. tinada a homenagear Dom Helder Câmara, no trans- O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB curso do oitavo aniversário de seu falecimento. – AL) – Será feita a substituição solicitada. Sala das Sessões, 11 de julho de 2007. – Sena- Sobre a mesa, requerimento que passo a ler. dor Cristovam Buarque.

O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB desta Casa aos membros da referida ins- – AL) – O requerimento que acaba de ser lido vai à tituição por intermédio do seu presidente, publicação e será votado oportunamente. o cientista Ennio Candotti. Sobre a mesa, requerimentos que passo a ler. Justificação São lidos os seguintes: Os estados da Amazônia sentem-se honrados REQUERIMENTO Nº 810, DE 2007 com mais essa deferência da SBPC, instituição estra- tégica ao estímulo da produção e divulgação do co- Requeiro, nos termos do art. 222 do nhecimento científico no Brasil. Neste momento, em Regimento Interno, e ouvido o Plenário, que Belém, mais de sete mil pesquisadores, cientistas e seja consignado, nos Anais do Senado, Voto estudantes debatem em mesas-redondas, seminários de Aplauso à Sociedade Brasileira para o e conferências temas relacionados às novas descober- Progresso da Ciência (SBPC), pela oportuna tas, às pesquisas em andamento e às novas demandas iniciativa de realizar a sua 59a Reunião Anu- científicas da sociedade. al na Região Amazônica, mais precisamen- A SBPC, com a reunião de Belém, criou uma te em Belém, no Estado do Pará. A SBPC excelente oportunidade para colocar a Amazônia na foi fundada, em 1948, com o objetivo de pauta nacional do interesse público. É imprescindível, agregar, institucionalmente, o pensamento por exemplo, que o Estado brasileiro trate a produ- científico brasileiro. Solicito-lhe, ainda, nos ção do conhecimento científico, para a Amazônia, mesmos termos, que comunique a decisão como parte da grande estratégia para tê-la sob seu 362 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23524 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 domínio, para a proteção inteligente dos seus ecos- REQUERIMENTO Nº 812, DE 2007 sistemas e bem-estar das populações amazônicas e do Brasil. Requeremos, nos termos do art. 199 Instituições do porte da SBPC contribuem para do Regimento Interno do Senado Federal, que o debate em torno da biodiversidade e sociodi- a realização de Sessão Especial às 10 ho- versidade amazônicas ocorram de forma transdis- ras do dia 7 de agosto de 2007, destinada a homenagem ao Sr. Antonio Ernesto Wer- ciplinar, plural e transparente, fator essencial para na de Salvo. a formulação de políticas públicas com menor pos- sibilidade de impacto ambiental. Rogo, por fim, que Justificação os cientistas, na reunião de Belém, renovem seus Em 29 de junho de 2007, faleceu o Sr. Antonio esforços no sentido de conseguir o tão almejado es- Ernesto Werna de Salvo, engenheiro agrônomo, nas- tágio de desenvolvimento que se baseia nas condicio- cido em 6-7-1933, formado pela Escola Nacional de nantes econômica, ecológica, política e social, para Agronomia da Universidade Rural do Brasil, em 1955, que a Amazônia torne-se economicamente viável, no Rio de Janeiro. ecologicamente adequada, politicamente equilibrada Presidente da Confederação da Agricultura e Pe- e socialmente justa. cuária do Brasil (CNA) por cinco mandatos, há 17 anos, Sala das Sessões, 11 de julho de 2007. – Sena- foi reeleito em outubro de 2005 para mais um triênio à dor João Pedro, PT – AM. frente da entidade que representa os produtores rurais brasileiros. Presidia também o Conselho Superior de REQUERIMENTO Nº 811, DE 2007 Agricultura e Pecuária do Brasil – Rural Brasil. Por sua atuação na liderança do setor agropecu- Requeiro nos termos do Art. 222 do ário, foi condecorado com a Comenda da Ordem do Regimento Interno do Senado Federal, que Mérito Judiciário, do TST, e a Comenda da Ordem do sejam encaminhados Votos de Aplauso ao Rio Branco, do Ministério das Relações Exteriores. brasileiro Cristiano Pinto dos Santos, que Assim, objetivando conferir o merecido reconhe- caminhou 2.700 quilômetros, de Cacho- cimento ao Senhor Antonio Ernesto Werna de Salvo, eirinha, na região metropolitana de Porto propomos o presente requerimento de Sessão especial, Alegre, até Brasília, durante 176 dias, para a ser realizada no dia 7 de agosto de 2007. chamar a atenção do Brasil para o proble- Sala das Sessões, 11 de julho de 2007. – Mar- ma da obesidade. coni Perillo – PSDB – GO. Nosso conterrâneo, mesmo obeso, não se ame- drontou diante da perspectiva da caminhada de mi- lhares de quilômetros e veio em busca de um plano nacional para enfrentar a questão da obesidade. Foi recebido pelo senhor Ministro da Saúde José Gomes Temporão, que assinou uma portaria instituindo diretri- zes para atenção ao portador de obesidade em todas as unidades da Federação, como também liberou mais de cinco milhões de reais para o orçamento destinado a cirurgias bariátricas. Esta é uma justa homenagem que presta o Senado Federal. Sala das Sessões, 11 de julho de 2007. – Sena- dor Sérgio Zambiasi. O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB – AL) – A Presidência encaminhará os votos solicita- dos. Os requerimentos vão ao Arquivo. Sobre a mesa, requerimento que passo a ler. É lido o seguinte: JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 363 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23525 O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB Passamos à apreciação do mérito da medida – AL) – O requerimento que acaba de ser lido vai à provisória. publicação e será apreciado oportunamente. Em discussão a medida provisória e as emendas, Passa-se à em turno único. (Pausa.) Não havendo quem queira discutir a medida pro- ORDEM DO DIA visória, declaro encerrada a discussão. Item 1: Encerrada a discussão, passamos à votação. Em votação a medida provisória, sem prejuízo MEDIDA PROVISÓRIA Nº 364, DE 2007 das emendas. (Encontra-se sobrestando a pauta, nos termos do As Srªs e os Srs. Senadores que a aprovam per- § 6º do art. 62 da Constituição Federal) maneçam sentados. (Pausa). Aprovada. Discussão, em turno único, da Medida Votação, em globo, das emendas de parecer Provisória nº 364, de 2007, que abre crédi- contrário. to extraordinário, em favor dos Ministérios As Srªs e os Srs. Senadores que as aprovam da Educação, da Justiça, dos Transportes, permaneçam sentados. (Pausa). do Esporte, da Integração Nacional e das Rejeitadas. Cidades, no valor global de um bilhão, se- O SR. JEFFERSON PÉRES (PDT – AM. Pela tecentos e dezessete milhões, quarenta e ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a um mil e vinte e seis reais, para os fins que medida provisória abre crédito extraordinário? especifica. O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB Parecer sob nº 600, de 2007, Relator-Re- – AL) – Essa medida provisória abre crédito extra- visor: Senador Inácio Arruda, pelo atendimento ordinário para diversos Ministérios – Transportes, dos pressupostos constitucionais de relevância Integração Nacional, Cidades, Educação, Justiça, e urgência e pela adequação financeira e or- entre outros. çamentária da Medida Provisória, e no mérito, O SR. JEFFERSON PÉRES (PDT – AM.) – Sr. favorável à Medida Provisória; e contrário às Presidente, quero dizer que a minha tomada de deci- emendas apresentadas. são relativa a isso será a mesma em todas as MPs que abrirem crédito extraordinário. É uma posição pessoal, A matéria constou da Ordem do Dia da sessão e não do Partido. deliberativa ordinária de ontem, quando deixou de Crédito extraordinário, segundo a Constitui- ser apreciada em virtude da falta de quorum para sua ção, só pode ser aberto em três casos; três casos deliberação. e nenhum mais: guerra, calamidade ou comoção O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB social. O Brasil não está em guerra, não há como- – AL) – Quero, portanto, retomar a discussão da ção social e não há calamidade. Portanto, estamos Medida Provisória nº 364, que estava em discus- aqui sempre – e isso não é de hoje, é antigo – no são ontem quando nos preparávamos para votar os País do faz-de-conta: faz de conta que o Brasil está pressupostos constitucionais de relevância, urgência em guerra, ou que está havendo uma situação ca- e adequação financeira e orçamentária da medida lamitosa, ou que está havendo uma grave comoção provisória. social; portanto, vamos aprovar. Mas isso está na O parecer do Relator é, no mérito, pela aprovação. Constituição da República, e, para mim, Constitui- O Senador Inácio Arruda foi o Relator revisor. ção não é brincadeira. Em votação os pressupostos constitucionais de O PDT está liberado, mas eu vou votar contra. relevância e urgência e de adequação financeira e O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB orçamentária. – AL) – A matéria vai à promulgação. As Srªs e os Srs. Senadores que aprovam os Com a palavra o Senador Arthur Virgílio. pressupostos constitucionais permaneçam sentados. O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM. Sem (Pausa.) revisão do orador.) – Sr. Presidente, os jornais têm Aprovados. especulado muito sobre o que seria a improdutividade 364 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23526 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 do Congresso Nacional. Parto da premissa de que, em O PSDB reafirma sua posição, antes manifesta- uma democracia moderna, de tipo ocidental, é natural da, de que qualquer medida provisória que concretizar que a maioria das iniciativas de lei partam do Executivo crédito, seja qual for, terá posição contrária do PSDB, mesmo. O Executivo tem uma visão mais abrangente de forma veemente, como, aliás, tem feito. das questões, mais global, mais sistêmica. E o papel do Concedo a palavra ao Senador José Agripino. Congresso é precisamente melhorar aquilo que chega O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL – RN. Sem re- do Executivo, reprovar aquilo que, vindo do Executivo, visão do orador.) – Sr. Presidente, é a mesma coisa porventura não sirva à compreensão da maioria dos como anunciei. Os créditos extraordinários, pelas ra- Congressistas, e até aprovar por inteiro se entender zões muito bem salientadas aqui, mais uma vez, pelo que teria sido feliz a iniciativa do Executivo. Agora, é Senador Jefferson Péres, têm a posição permanente evidente que tem que haver um espaço para a legis- do Democratas: voto contra. É imprevidência. Crédito lação propriamente dos Parlamentares. Tem que ter extraordinário que não seja sobre questão climática, um espaço para isso. coisa imprevista, destinado a Ministério não tem ca- A improdutividade não é nossa. Todos temos bimento. É incompetência administrativa, é defeito de projetos e gostaríamos de vê-los votados e aprovados nas duas Casas, e não logramos êxito nesse mister composição de orçamento, é governo que não sabe porque o Executivo, sistematicamente, atropela a pau- fazer orçamento prevendo os passos que precisam ta habitual dele próprio, sem dúvida a do Congresso acontecer. e, sem dúvida, especificamente a do Senado Federal, O voto é contra. com medida provisória em cima de medida provisó- O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB ria, e, com isso, termina expondo o Congresso como – AL) – Destaco entre nós a honrosa presença do eter- entidade improdutiva. Nós passamos grande parte do no Senador Blairo Maggi, atual Governador do Mato tempo nos desembaraçando das medidas provisórias Grosso. Sua presença honra demais esta Casa. que o Executivo para cá envia. Concedo a palavra ao Senador Romero Jucá. Então, esclarecendo, pela enésima vez, que esta O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB – RR. Para en- medida provisória se refere a dinheiro já gasto, já des- caminhar votação. Sem revisão do orador.) – Sr. Presi- pendido – não cabendo, portanto, aquele choro do dente, o Governo orienta o voto “sim”, pela aprovação tipo “está negando dinheiro para isso ou para aquilo” da medida provisória. ‑, é dinheiro que já foi, o vendaval já levou, e, por uma A SRA. IDELI SALVATTI (Bloco/PT – SC) – Sr. questão de princípio, estabelecido em reunião de ban- Presidente, peço a palavra para encaminhar. cada do PSDB, dos Senadores tucanos, nesses casos O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB sempre votaremos contra. Votaremos contra por en- – AL) – Concedo a palavra à Senadora Ideli Salvatti. tender que é a resposta que podemos dar ao Execu- A SRA. IDELI SALVATTI (Bloco/PT – SC) – Da tivo, que usa e abusa do seu direito, usa e abusa da mesma forma, quero fazer o encaminhamento pelo sua prerrogativa de editar medidas provisórias, usa e Bloco... abusa do improviso, usa e abusa de impedir que o Se- O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB nado e a Câmara cumpram, de maneira mais nobre, – AL) – Já votamos o Item nº 1. Pelo Item nº 2, desejo as suas atividades. Portanto, o PSDB encaminha o voto contra, votará designar V. Exª como relatora da Medida Provisória nº contra e fará assim sempre que a matéria for relacio- 365. Podemos fazê-lo? nada a créditos, por entender que essa será a regra, A SRA. IDELI SALVATTI (Bloco/PT – SC.) – Sim, por entender que eles todos poderiam ter vindo sob mas eu estava fazendo o encaminhamento. outra forma, sob a capa de projeto de lei. O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB Sendo assim, encaminhamos dessa forma, en- – AL) – Não, porque houve um atropelo aqui. Já tinha caminhamos “não”, Sr. Presidente. sido anunciado que a matéria vai à promulgação. O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB A SRA. IDELI SALVATTI (Bloco/PT – SC) – Está – AL) – Agradeço a V. Exª. bem. Perdão. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 365 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23527 366 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23528 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 367 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23529 368 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23530 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 369 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23531 370 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23532 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 371 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23533 372 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23534 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB Então, estamos exatamente consolidando algo – AL) – Item 2: que a Casa já aprovou por unanimidade, permitindo, pela abertura de um crédito extraordinário em favor da MEDIDA PROVISÓRIA Nº 365, DE 2007 Caixa Econômica, aqueles R$5,2 bilhões referentes (Encontra-se sobrestando a pauta, nos termos do à ampliação do crédito que a Caixa passa a ter para § 6º do art. 62 da Constituição Federal) fazer o financiamento. Discussão, em turno único, da Medida Portanto, os pressupostos constitucionais foram Provisória nº 365, de 2007, que abre crédito amplamente atendidos, têm compatibilidade e adequa- extraordinário, em favor de Encargos Finan- ção financeira e orçamentária. Também foi atendido o ceiros da União, no valor de cinco bilhões requisito de se expor a motivação da medida provisó- e duzentos milhões de reais, para o fim que ria, que é exatamente abrir o crédito para o que nós especifica. já aprovamos anteriormente, que é destinar mais R$5 bilhões à Caixa para que ela, com essa ampliação de A matéria constou da Ordem do Dia da sessão sua capacidade, possa financiar projetos na área de deliberativa ordinária de ontem, quando deixou de desenvolvimento, principalmente projetos que visam ser apreciada em virtude da falta de quorum para sua atender o crescimento, a aceleração do crescimento. deliberação. E o mérito está absolutamente já compatibilizado em Antes de submeter a matéria ao Plenário, a Pre- todo o debate que já realizamos quando aprovamos a sidência presta os seguintes esclarecimentos: ampliação dos R$5,2 bilhões para a Caixa. – à Medida Provisória não foram apre- Em razão do exposto, nosso parecer, nosso voto é sentadas emendas. pela aprovação, nos termos propostos pelo Poder Exe- – a Proposição foi remetida à Câmara dos cutivo nessa medida provisória transformada em PLC. Deputados no dia 8 de maio, tendo sido apre- Sr. Presidente, é esta a nossa posição: o nosso ciada naquela Casa no dia 12 de junho; parecer é favorável à aprovação. – o Relator da matéria naquela Casa foi o Deputado Colbert Martins (PMDB-BA); É o seguinte o parecer na íntegra: – o prazo de vigência de sessenta dias PARECER Nº 610, DE 2007 foi prorrogado por igual período pelo Ato do Presidente do Congresso Nacional nº 39, de Do Plenário, sobre a Medida Provisória nº 2007, e se esgotará em 4 de setembro; 365, de 23 de abril de 2007, que “Abre crédito – a Medida Provisória foi recebida for- extraordinário, em favor de Encargos Financei- malmente pelo Senado Federal no dia 28 de ros da União, no valor de R$5.200.000.000,00, junho. para o fim que especifica”. Prestados esses esclarecimentos, passa-se à Autor: Poder Executivo apreciação da matéria. Relator: Senador Tenho a honra de conceder a palavra à nobre I – Relatório Senadora Ideli Salvatti, como Relatora revisora da matéria. Com fundamento nos arts. 62 e 167, § 3º, da Constituição Federal, o Presidente da República sub- PARECER Nº 610, DE 2007 – PLEN meteu à apreciação do Congresso Nacional a Medida A SRA. IDELI SALVATTI (Bloco/PT – SC. Para Provisória nº 365, de 23-4-2007 (MP nº 365/2007), que emitir parecer:) – Sr. Presidente, a Cláudia Lyra entre- abre crédito extraordinário em favor de Encargos Fi- gou-me o documento, e eu já passei em tantas mesas nanceiros da União, no valor de R$5.200.000.000,00, que já não sei onde eu o deixei. Então, se V. Exª puder para o fim que especifica. me socorrer... Anteriormente, por meio da Medida Provisória De qualquer forma, essa é uma medida provisó- nº 347, de 22 de janeiro de 2007 (MP nº 347/2007), a ria que apenas consolida algo que esta Casa já votou União foi autorizada a conceder crédito de R$5,2 bilhões – se não me falha a memória, por unanimidade –, que à Caixa Econômica Federal – CEF, com o objetivo de é a capacidade de empréstimos da Caixa Econômica, constituir fonte de recursos adicional para ampliação que foi ampliada exatamente para atender recursos im- do limite operacional, viabilizando o financiamento de portantes para que as obras do Plano de Aceleração ações dos setores público e privado, principalmente do Crescimento possam desenvolver-se com financia- nas áreas de saneamento básico e habitação popu- mentos feitos pela Caixa Econômica. lar. Do mesmo modo, esses recursos poderão ser JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 373 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23535 aplicados em outras operações previstas no estatuto tibilidade e adequação orçamentária e financeira das social da CEF. medidas provisórias abrange a análise da repercussão De acordo com a EM lnterministerial nº 00005/2007, sobre a receita ou a despesa pública da União e da que acompanhou a MP 347/2007, o aporte de recursos implicação quanto ao atendimento das normas orça- é essencial, tendo em vista a necessidade de adequa- mentárias e financeiras vigentes, em especial a confor- ção do nível mínimo de patrimônio líquido exigido da midade com a Lei Complementar nº 101, de 4 de maio CEF para amparar novas contratações com estados, de 2000, a lei do plano plurianual, a lei de diretrizes municípios e empresas controladas no volume preten- orçamentárias e a lei orçamentária da União”. dido pelo Governo Federal. A transação em questão A proposição será atendida com recursos prove- nada tem a ver com a situação econômica e financeira nientes de superávit financeiro de 2006, apurado com da Caixa, sendo o objetivo principal alavancar o pa- base em dados constantes do Sistema Integrado de Ad- trimônio de referência e a capacidade operacional da ministração Financeira do Governo Federal – SIAFI. instituição no setor de infra-estrutura, bem como na Cabe ressaltar que o crédito está em consonância qualificação de mão-de-obra e viabilização de novos com o Plano Plurianual 2004-2007 (Lei nº 10.933/2004, empreendimentos no Pais. A concessão de crédito está com alterações subseqüentes). prevista no “Programa de Aceleração do Crescimento 2007-2010,, divulgado no início deste ano. 2.3 Atendimento do Requisito de se Expor a Moti- A operação será realizada sob condições finan- vação da Medida Provisória ceiras e contratuais que permitam o seu enquadra- A Exposição de Motivos (EM) nº 00052/2007/MP, do mento como instrumento híbrido de capital e dívida, Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, conforme definido pela Resolução nº 2.837, de 30 que acompanha a Medida Provisória supre a exigência de maio de 2001, do Conselho Monetário Nacional prevista no § 1º do art. 2º da Resolução nº 1, de 2002 – CMN. Ressalte-se que o empréstimo será concedido – CN, acerca do envio de documento expondo os motivos com incidência de juros que permitam a equivalência justificadores da adoção da medida provisória. econômica da operação em relação ao custo de cap- 2.4 Mérito tação de longo prazo do Tesouro Nacionaí, na data de O instituto do crédito extraordinário, constitucio- sua efetivação. nalmente tem o objetivo de atender a programações II – Voto do Relator cujas despesas não sejam passíveis de previsibilidade e que se revistam do caráter de urgência. Portanto, em 2.1 Atendimento dos Pressupostos Constitucio- se tratando de despesas de realização imediata, que nais não podem submeter-se ao processo legislativo ordi- O art. 62 da Constituição Federal confere com- nário, o seu mérito subjaz à importância dos fatos que petência ao Presidente da República para, em caso requerem imediata intervenção do Poder Público. de relevância e urgência, adotar medidas provisórias, Tendo em vista os argumentos trazidos na Expo- com força de lei, devendo submetê-las de imediato à sição de Motivos, que demonstraram a necessidade apreciação do Congresso Nacional. da edição da MP, posicionamo-nos favoravelmente ao Outra regra que cumpre ser invocada diz respeito mérito da medida provisória. ao § 3º do art. 167 da Lei Magna, segundo o qual, a abertura de crédito extraordinário somente será admi- 2.5 Da Conclusão tida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, Em razão do exposto, opinamos pelo atendimen- como as decorrentes de guerra, comoção interna ou to dos pressupostos constitucionais de relevância, ur- calamídade pública, observado o disposto no art. 62. gência e imprevisibilidade da despesa constante da Dessa forma, confrontando as disposições cons- Medida Provisória nº 365, de 2007; por sua compati- titucionais mencionadas com as justificativas apresen- bilidade e adequação financeira e orçamentária; e, no tadas pelo Poder Executivo para a adoção da presente mérito, por sua aprovação nos termos propostos pelo medida provisória como veículo para a abertura do Poder Executivo. crédito extraordinário, pode-se constatar que resultam Sala das Sessões, 11 de julho de 2007. – Se- demonstradas a urgência, a relevância e a imprevisibi- nador lidade de que cuidam os mencionados dispositivos. 2.2 Compatibilidade e Adequação Financeira e Or- çamentária A teor das disposições insertas no § 1º do art. 5º da Resolução nº 1, de 2002 – CN, “o exame de compa- 374 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23536 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Sr. a nossa atuação e a nossa capacidade ou não de fa- Presidente, peço a palavra pela ordem. zer a defesa do que fazemos, que não paire nenhuma O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB dúvida. Esta Casa já debateu e já aprovou a ampliação – AL) – Concedo a palavra, pela ordem, ao Senador do limite de endividamento da Caixa Econômica em Heráclito Fortes. R$5,2 bilhões! Estamos apenas, nesta medida provisó- O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI. Pela or- ria, abrindo crédito extraordinário do que já aprovamos dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, há toda antes. E já aprovamos inclusive com uma finalidade. a boa vontade da Oposição de votar a medida provi- Esses R$5,2 bilhões que a Caixa Econômica teve de sória, mas não se justifica que aprovemos aqui R$5 ampliação da sua capacidade de financiamento já fica- bilhões sem que a Relatora esteja com o processo na ram absolutamente configurados. Inclusive o Presidente mão. Acusar a Mesa de não entregá-lo é uma questão Lula já está fechando os contratos e os convênios com que foge ao nosso entendimento. as companhias de saneamento e de habitação, com Não podemos, Senadora Ideli, desculpe-me, apro- os Governos de Estado, com as Prefeituras, para que var a liberação de R$5 bilhões. O País todo está nos esses recursos possam ser aplicados a fim de benefi- assistindo, e a Relatora não tem os fundamentos que ciar o povo brasileiro. Se alguém tem alguma dúvida... motivam essa operação. Porque já houve a votação anterior. A votação da am- Quero fazer uma proposta. Poderemos deixar pliação do endividamento da Caixa já foi feita por este para o final esse item enquanto votaremos outros, até Plenário sem celeuma e sem polêmica. Sem celeuma que S. Exª se inteire do que quer aprovar em nome do e sem polêmica, talvez até porque não tenha sido eu Governo que defende. O Senado da República liberar a Relatora, não é, Senador Flexa Ribeiro? Estou me a aprovação de R$5 bilhões sem um relato profundo referindo a V. Exª apenas porque V. Exª está me ad- do que se está fazendo é perigoso e absurdo. É um mirando e estou muito feliz com relação a isso. Se a desgaste, uma desmoralização para o Senado. celeuma é o fato de eu estar relatando, não quero aqui Portanto, creio que devemos inverter a pauta, Sr. estabelecer essa celeuma, porque a matéria, o mérito Presidente. Podemos colocar esse item para o final. Não já foi aprovado pela Casa em medida provisória ante- adianta o Senador Romero Jucá vir socorrer. Temos de rior. Estamos apenas consolidando algo que a Casa já ouvir da Relatora os fundamentos que vão nos moti- aprovou. Se alguém tem alguma dúvida, posso voltar var a votar recursos dessa natureza. É uma caixa de a prestar os esclarecimentos necessários. surpresa dar R$5 bilhões ao Governo. Sem ter clareza O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Sr. sobre essa matéria, Sr. Presidente, eu pessoalmente Presidente, tenho dúvidas profundas. Acho que esse confesso que sou contra. E tentarei, inclusive, se for o fato, pelo valor, precisa ser mais bem esclarecido. caso, a obstrução. Nenhuma questão pessoal com relação à escolha da A SRA. IDELI SALVATTI (Bloco/PT – SC) – Sr. Relatora. Não vou tratar aqui de assunto psiquiátrico Presidente... dessa natureza. Estou tratando de um assunto sério, O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB que é a liberação de recursos para saneamento em – AL) – Com a palavra a Senadora Ideli Salvatti. Estados e Municípios. Eu exijo, esta Casa exige, o País A SRA. IDELI SALVATTI (Bloco/PT – SC. Como exige esclarecimentos. Essa história de perseguição Relatora. Sem revisão da oradora.) – Em primeiro lu- não funciona comigo e não vai me tirar o direito de gar, falei de forma muito clara que o parecer me havia exercer o meu mandato. sido entregue pela Drª Cláudia e que, como andei cir- A SRA. IDELI SALVATTI (Bloco/PT – SC) – Lon- culando bastante, não sabia em qual das bancadas ge de mim, Senador Heráclito Fortes, até porque esta eu o havia deixado. Ela, muito gentilmente, encami- Casa é testemunha de que V. Exª não tem nenhum nhou-me o parecer. problema comigo. Se todos prestaram atenção, já iniciei a fala fa- O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Sr. zendo a defesa do que iríamos votar e a explicação Presidente, tratando dos assuntos que nos trazem a mesmo antes de o papel ter chegado a mim. Inclusive esta tribuna, eu gostaria de ter esclarecimentos. porque o que votaremos hoje é apenas no sentido de Quais são os Municípios? Quais são os Estados? abrir o crédito para algo que esta Casa já aprovou, que Não podemos liberar R$5 bilhões, Sr. Presidente, sim- é a ampliação do limite da capacidade de crédito da plesmente porque lá atrás já foi votado. Essa é uma Caixa Econômica para financiar projetos de habitação questão que precisa ser esclarecida. E qualquer Relator e de saneamento. nessa função tem o dever e a obrigação de esclarecer Então, como há sempre essa necessidade de se não a mim, mas ao País que nos está assistindo. São fazerem questionamentos e de se colocar em dúvida R$5 bilhões, Sr. Presidente. E não é justo, Senador JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 375 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23537 José Agripino, que votemos sem esclarecimento. É o encargos financeiros da União, a fim de que a União mínimo. Caso contrário, sugiro que se retire de pauta possa capitalizar a Caixa Econômica. Então, na ver- a matéria, Senador Romero Jucá, porque vamos ter dade, não poderiam estar predefinidos na listagem os de esclarecer para onde estão sendo destinados es- Estados e os Municípios. ses R$5 bilhões. O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Mas, O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB – RR. Sem revisão Senador Romero Jucá, a Líder acaba de dizer que o do orador.) – Senador Heráclito Fortes, eu poderia tal- Presidente Lula foi a São Paulo e anunciou. Foi ao Rio, vez esclarecer a V. Exª que o que estamos aprovando vai ao Ceará e não sei mais aonde. O Presidente da agora é uma operação que abre crédito para a União República tem o direito de saber, e esta Casa não? É para que a União possa transferir à Caixa Econômica incoerência. Federal R$5,2 bilhões para que esse recurso, na Caixa O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB – RR) – Senador Econômica, atenda à carteira de projetos que ainda Heráclito, são duas coisas distintas. Essa operação estão sendo apresentados por Estados e Municípios. que estamos aprovando autoriza a União a repassar Ainda não se sabe quais são os Estados e os Muni- recursos para a Caixa Econômica. O Presidente está cípios que serão contratados, porque, no volume do indo aos Estados para proceder a convênios e até a PAC, existe uma parte de saneamento, de água e de contratos, dependendo do andamento do projeto, da habitação que é empréstimo a Estados e Municípios. Caixa Econômica com Estados e Municípios. Os Estados e Municípios terão de se estruturar, apre- O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Mas sentar os projetos, que serão analisados, debatidos, que dependerão de aprovação nesta Casa, Senador. contratados. E aí, sim, a Caixa Econômica vai dispor O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB – RR) – Não, dos recursos para... essa é uma operação separada da operação contra- A SRA. IDELI SALVATTI (Bloco/PT – SC. Pela tada pela Caixa Econômica. ordem. Sem revisão da oradora.) – V. Exª me permite O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Então, um aparte, Senador Romero Jucá? vamos fazer o seguinte: se a operação é separada, O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB – RR) – Pois vamos retirá-la de pauta, porque não tem nenhuma não. importância. A SRA. IDELI SALVATTI (Bloco/PT – SC) – In- O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB – RR) – É fun- clusive porque... damental que isso possa ser feito, Senador Heráclito Fortes. Os projetos estão sendo apresentados. É im- (O Sr. Presidente faz soar a campai- portante que a Caixa Econômica receba os recursos da nha.) União que foram, inclusive, como lembrou a Senadora A SRA. IDELI SALVATTI (Bloco/PT – SC) – ... Ideli Salvatti, fruto de outra medida provisória do PAC há alguns projetos que já foram aprovados e já foram, que aprovamos no início do ano, que foram exatamente inclusive, contratados. os R$5,2 bilhões de aumento da capitalização, tão bem Por exemplo, o Presidente Lula esteve no Estado relatado pelo Senador Francisco Dornelles. de São Paulo e assinou vários contratos com o Gover- O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Vamos no do Estado de São Paulo, com a Prefeitura de São esclarecer a origem desses R$5 bilhões, a destinação Paulo e com prefeituras de vários Municípios. Esteve desses R$5 bilhões – melhor dizendo. no Rio de Janeiro e fez a mesma coisa com o Gover- O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB – RR) – A des- no do Estado do Rio de Janeiro, com a Prefeitura do tinação é para que a União capitalize a Caixa Econô- Rio de Janeiro e outros Municípios. Esteve em Minas, mica. A partir daí... esteve no Ceará. A semana que vem irá... O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Para Esses projetos estão sendo avaliados, avaliza- a Caixa Econômica fazer uso onde? dos, e estão sendo fechados os contratos dentro das O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB – RR) – A Cai- normas e das regras de processos licitatórios e dos xa Econômica terá esses recursos em carteira, para convênios possíveis, dentro da lei, de se fazer o re- atender projetos que sejam aprovados de Estados e passe de recurso federal com os Estados, Municípios Municípios, para fins de habitação, saneamento e abas- e as companhias. tecimento d’água. É impossível dizer agora quais são Então, é óbvio que não temos a lista de todos os Municípios que serão atendidos, porque depende os Estados e Municípios que serão beneficiados com da aprovação do projeto. esses R$5,2 bilhões. O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Mas O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB – RR) – Senadora acabou de ser dito pela Líder que ele já anunciou em Ideli, até porque o crédito que se está abrindo é para São Paulo, no Rio, e que vai ao Nordeste anunciar. 376 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23538 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB – RR) – Porque a a Oposição, evidentemente, participará de sua apro- Caixa Econômica está trabalhando na linha de enten- vação, mesmo porque não há nenhum Estado da Fe- dimento e discussão de convênio com o Estado. deração que não precise hoje de financiamento em O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Mas habitação e saneamento. Precisam de mais recursos, é aprovação nossa. a Caixa tem que ser esse instrumento de fomento, e O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB – RR) – Uma nós estamos fortalecendo essa instituição pública com coisa não tem nada a ver com a outra. um crédito que vai potencializar a nossa capacidade O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Então, de gerar emprego, saneamento e habitação popular não vamos aprovar a matéria. Não há necessidade. O no Brasil. que é isso?! O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB Não, Sr. Presidente! Essa questão precisa de – AL) – Concedo a palavra ao Senador Heráclito For- esclarecimento! tes. O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI. Pela or- – AL) – Concedo a palavra ao Senador Valdir Raupp. dem. Sem revisão do orador.) – Com o respeito que o O SR. ALOIZIO MERCADANTE (Bloco/PT – SP. Senador Aloizio Mercadante merece, eu queria prestar Para discutir. Sem revisão do orador.) – Sr. Presiden- um esclarecimento. Em nenhum momento, eu disse te, queria fazer uma ponderação. Aprovamos aqui – e que o Senado tem de aprovar projeto a projeto. O que foi uma discussão bastante detalhada – essa visão é preciso é que saibamos onde a Caixa Econômica de ampliar a capacidade de crédito da Caixa Econô- vai usar esses recursos, porque acabou de ser dito mica Federal, que é um banco público, para que se aqui, Senador Mercadante, que o Presidente Lula já foi aumente, dentro das regras da prudência bancária e anunciar, em três ou quatro solenidades, esses proje- das exigências e desempenho de uma instituição fi- tos. E os outros? Para onde será destinado o restante nanceira pública, a capacidade de financiar projetos desses recursos? Eu preciso saber disso. em infra-estrutura social, basicamente em saneamen- O SR. ALOIZIO MERCADANTE (Bloco/PT – SP) to básico, que hoje é um dos grandes desafios deste – Vou informá-lo. Todos os projetos, Senador Heráclito, País. O investimento em saneamento é uma forma foram acordados com os governadores de Estado. A de reduzir gastos em saúde, de melhorar o acesso alocação dos recursos no Estado é feita em parceria à qualidade da água e, portanto, a qualidade de vida com o governo do Estado e para as prefeituras que da população, especialmente a mais carente, porque foram definidas como prioritárias, que são, sobretudo, os nossos índices de saneamento básico ainda estão as das regiões metropolitanas e as mais carentes. muito aquém do desejado. O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Quais De outro lado, a medida visa financiar projetos são elas, Senador Mercadante? de habitação popular. A Caixa hoje é o grande instru- O SR. ALOIZIO MERCADANTE (Bloco/PT – SP) mento de financiamento de todas as cidades do Bra- – Senador Heráclito, isso está sendo construído pela sil, da reurbanização de favelas, de modernização de Caixa, aprovando-se projeto a projeto, porque o Mu- estruturas de cortiços nos grandes centros urbanos e nicípio tem de ter as contrapartidas, tem de ter a área de investimentos que são indispensáveis para a mo- destinada, e há uma série de procedimentos. radia popular, que são de grande segurança para a O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Qual sociedade. foi a contrapartida de São Paulo? É evidente que não está na legislação, nem do O SR. ALOIZIO MERCADANTE (Bloco/PT – SP) Senado, nem da Caixa, nem na Constituição, que o – Nós não estamos liberando recursos; nós estamos Senado autorize projeto a projeto. A Caixa é uma ins- autorizando um crédito. Está mais que esclarecido, é tituição pública, tem regras de funcionamento, procedi- indispensável, e tenho certeza de que nós deveríamos mentos, e está submetida às regras de Basiléia, sobre votar essa matéria para poder responder a uma das a prudência bancária e os procedimentos. Estamos demandas populares mais importantes deste País, autorizando um crédito à Caixa que vai se transfor- que são o saneamento básico e a habitação popular, mar em saneamento básico e moradia popular em com uma atitude republicana na autorização desse parceria com os governos dos Estados, que estabe- crédito. leceram as prioridades nos seus respectivos Estados O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB – CE) e nos Municípios que estão sendo contemplados com – Sr. Presidente. esses programas. O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Sr. Pre- Creio que esse projeto tem grande alcance social sidente, estamos vendo aí mais uma vez o que acon- e tenho certeza de que, feitos esses esclarecimentos, tece. Liberam-se recursos para as grandes cidades, JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 377 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23539 e ficam os Municípios do Nordeste, do Centro-Oeste Mercadante, segundo a Senadora Ideli Salvatti, já assi- e do Norte desprotegidos, a fazerem peregrinação à nou. O que quero é um tratamento igual para todos! Caixa Econômica, a terem de contratar projetos, sen- O SR. INÁCIO ARRUDA (PCdoB – CE. Para do que a Caixa Econômica, no ano passado – o Brasil discutir. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu todo sabe –, envolveu-se em corrupção. Essa área de não quero contra-argumentar com o Senador Herá- saneamento básico é uma das áreas mais sensíveis clito Fortes. Eu acho que S. Exª reivindica em defesa a esse tipo de coisa. do seu Estado. Aí é bonito! O Senador Aloizio Mercadante, de São Está correto. E já está sendo atendido. Paulo, diz que não tem problemas, porque foi atendido. Agora, falo com relação ao meu Estado – já que Atendem-se duas ou três cidades, mas e o restante S. Exª está fazendo um questionamento para ter co- do Brasil? Senador Aloizio Mercadante, tenho aqui a nhecimento do que está ocorrendo com esses recursos responsabilidade de defender o Nordeste... –, o Ceará. O Presidente Lula esteve no Estado, e eu O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB – RR) – Sena- também estive lá, com a Senadora Patrícia Saboya, no dor... momento em que o Presidente anunciava a assinatura O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – ... tenho dos contratos, na ordem de quase R$1 bilhão – R$780 a responsabilidade de defender o meu Estado! milhões do Governo Federal mais as contrapartidas O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB – CE) do Estado. Esses contratos envolvem os Municípios – Sr. Presidente... de Fortaleza, Maracanaú, Caucaia, Juazeiro do Norte O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – É pre- – que é dirigido pela Oposição ao Governo estadual e ciso que se esclareça a repartição desses recursos. ao Governo central, mas foi beneficiada, porque o que Como se sabe o que vai para São Paulo e o que vai importava era beneficiar os Municípios e aquele Esta- para o Rio de Janeiro? Como não se sabe o que vai do com obras de saneamento, esgotamento sanitário, para o Nordeste? É um absurdo, principalmente na tratamento de resíduos sólidos – e mais o Município de área de saneamento, em que V. Exª muito bem sabe Sobral. Quer dizer, um investimento de grande porte. o que vem acontecendo. E assinaram-se esses contratos. O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB – RR. Para discu- Então, não compreendo onde está a objeção se tir. Sem revisão do orador.) – Senador Heráclito Fortes, vamos beneficiar o Estado brasileiro, se estão sen- quero apenas registrar que as obras de infra-estrutu- do liberados recursos, dinheiro, para quase todos os ra do PAC estão sendo discutidas, na coordenação Estados. Penso que nenhum Estado está fora desse do PAC, com todos os Estados da Federação. Todos programa de saneamento. É incompreensível que, no os Estados e todas as capitais serão atendidos com momento em que se está querendo liberar recursos, recursos para água e para saneamento, independen- contratos, dinheiro da Caixa Econômica e do Governo temente do restante das obras de infra-estrutura eco- Federal, haja algum tipo de objeção, mesmo compre- nômica do PAC. Há uma determinação do Presidente endendo a posição do Senador Heráclito, se o Esta- para que todos os Estados sejam atendidos. Posso dar do do Piauí, por acaso, estivesse fora. Mas isso não é um exemplo: no meu Estado de Roraima, em que o verdade; o Piauí está dentro. Teresina, a região metro- Governador é da Oposição ao Presidente Lula, houve politana e muitos Municípios do Estado do Piauí estão uma reunião da estrutura do Governo do Estado com sendo contemplados com o Programa de Aceleração a Casa Civil, e estão sendo programados recursos do Crescimento. para abastecimento de água, para saneamento, para Por isso, Senador Heráclito Fortes, peço a V. Exª infra-estrutura urbana. Então, todos os Estados estão que nos ajude, porque eu quero é mais recursos para sendo contatados, todos os Estados estão sendo ou- o Ceará e para o Piauí, que é nosso irmão. vidos, e está sendo priorizado aquilo que os Estados O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Se- estão apontando como prioridade. nador Inácio Arruda, V. Exª está coberto de razões. V. Sei da preocupação de V. Exª, mas todos serão Exª é da Base do Governo e tem acesso a esses nú- atendidos. meros. Eu, pobre mortal, não tenho acesso, mas tenho O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – O que o mesmo direito... eu me preocupo, Senador, é com injustiça que fazem O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB – CE) – V. com V. Exª. V. Exª é de Roraima, é o homem mais for- Exª é o mortal mais vivo que já vi por aqui. te deste Governo, é o Líder, mas a Caixa Econômica O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Tenho Federal ainda está estudando o que vai fazer no seu o direito de, pelo menos, saber o que ocorre, porque Estado! Enquanto isso, o Estado do Senador Aloizio a mesma obrigação que V. Exª tem de prestar contas 378 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23540 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 ao seu Estado eu tenho em relação ao meu Estado. Eu pediria aos Líderes do Governo que consultas- A questão é outra. sem, rapidamente, quanto o Piauí, quanto a cidade de Quero dizer a V. Exª que estou farto de ver anún- Teresina e outras cidades do Estado estão recebendo, cios de recursos que vão para o Piauí, mas que não para que o Senador Heráclito flexibilize sua posição e chegam ao Estado. Dinheiro no Piauí, Senadora Ideli possamos votar essa medida provisória. Salvatti, é como a linha do horizonte: sabemos que Muito obrigado, Sr. Presidente. existe, vemos, mas nunca alcançamos. Estamos fartos O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB desse tipo de balela. – AL) – Senador Mão Santa. Há algo mais simples: em vez de me acusarem O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI. Para discutir. de tratar de uma rixa pessoal, que não existe, basta- Sem revisão do orador.) – Presidente Renan, faço mi- va que se mostrasse o valor destinado a cada Estado. nhas as preocupações do Senador Heráclito Fortes. Meu caro Líder Valdir Raupp, é muito duro aprovarmos O Piauí está sendo destruído pela dengue, como já aqui uma medida provisória que prevê cinco bilhões clamamos aqui, por aquele mosquitinho que Oswaldo para saneamento, sendo que há Estados atacados Cruz soube combater. O mosquitinho que, naquele pela dengue e com hospitais lotados, sem sabermos tempo, era da febre amarela agora é da dengue. sequer quais são os Municípios contemplados e de Está diante de nós o Senador Papaléo Paes, essa quanto vamos dispor para o saneamento, o que é fun- sumidade médica. damental no combate à dengue no Estado do Piauí e Presidente Renan Calheiros, tenho advertido em todo o Nordeste. que estão enganando o Luiz Inácio. Antes, o índice Creio que é obrigação da relatoria, em qualquer de mortalidade da dengue hemorrágica era de 3,5%; circunstância, esclarecer dúvidas e não questionar agora é de 14,5%. De cada cem casos de dengue e tentar transformar o debate em picuinha política, o hemorrágica, 14,5 vão a óbito. Em Teresina, em um que não ocorre. É dever e obrigação de um Senador fim de semana morreram cinco. O que se sabe é por da República querer saber para onde vai o recurso observação: são mais crianças que estão morrendo. público liberado pela União. V. Exª, Senador Papaléo, que já andou o mundo todo, O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB – PA) – Sr. Pre- sabe disto: o Fidel Castro já acabou com a dengue, sidente, peço a palavra para discutir. a Colômbia acabou com a dengue, mas ela está au- O SR. VALDIR RAUPP (PMDB – RO. Para dis- mentando aqui no Brasil. cutir. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, não sei Senador Renan Calheiros, em Teresina há o se essa medida está atendendo, está contemplando Projeto Sanear, que eu fiz no meu governo. São qua- as 27 unidades da Federação se quatrocentos quilômetros de esgotos sanitários, O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB – PA) – Não está, dez vezes mais do que São Luiz do Maranhão. Ela se não, Senador. verticalizou graças o Projeto Sanear. Quase não tinha O SR. VALDIR RAUPP (PMDB – RO) – Mas sei edifício. Havia uns cinco e hoje há mais de trezentos. que se trata de uma soma de recursos importante para Mas quero dizer – o povo é testemunha – que não foi os Estados e Municípios. feito mais nem um metro depois que nós deixamos o O Ceará já foi contemplado, conforme a fala aqui governo. do nobre Senador Inácio Arruda. Acho que o Senador Então, o Senador Heráclito Fortes está com essa Heráclito pode até ter razão por não saber ainda quanto preocupação que é legítima, porque a nossa intenção o Piauí está recebendo nessa medida provisória. era que esse Projeto Sanear chegasse aos bairros O meu Estado, há muito tempo, não recebe re- pobres. Foram quase quatrocentos quilômetros. Mas cursos na área de saneamento e muito pouco na área o que eu tenho a dizer é que não foi feito nem um me- de habitação. Vai, agora, receber R$70 milhões, para tro. E nós do Piauí queremos saber onde está a parte a capital, que está recebendo as usinas do rio Madei- do bolo do Piauí, porque promessa... O Presidente da ra, para melhorar o sistema de saneamento daquela República foi lá e tomou banho de mar. Para o porto cidade, que é muito carente. de Luiz Correia faltam US$10 milhões. Ele prometeu a Tenho certeza de que, na área de habitação e na ferrovia. Levou o Alberto Silva e disse que ia terminar área de saneamento, esse dinheiro todo vai atender a ferrovia. Eu vi o apito do trem. Não trocou nem um as famílias pobres, porque os ricos já moram bem, já dormente. Há uma ponte lá, Senador Heráclito Fortes, vivem em área onde há saneamento. Então, entendo que deveria comemorar os 150 anos de Teresina, mas que esses R$5 bilhões vão atender principalmente a a cidade vai fazer 157 anos... No mesmo rio, eu fiz uma classe pobre deste País. ponte em 87 dias e o Heráclito fez em cem. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 379 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23541 Então o que se vê é isso. Nós queremos saber. cursos, conforme relatório do próprio Governo. Mandei Esta é a Casa da Federação? São Paulo tem quase buscar agora no gabinete para que eu possa mostrar cem Deputados e o Piauí só tem dez. Aqui, há igual- aqui que dos R$3,4 bilhões alocados nesse quadrimes- dade para que haja uma divisão igualitária dos recur- tre para obras de saneamento nos Estados brasileiros, sos da Nação. Então queremos saber. O domínio dos para o Pará tem, tão-somente R$2,6 milhões. Ou seja, poderosos, como o Mercadante de São Paulo, é lá na em relação aos R$3,4 bilhões, isso não é nada. Câmara; aqui há igualdade. Eu e o Heráclito estamos Então, eu queria saber para onde será destinado aqui para ver, desse bolo, o que chega para o Piauí, o restante dos recursos que chegam a R$5,2 bilhões. porque não chegou nem dinheiro para a dengue. Ainda há R$1,8 bilhão a serem disponibilizados. O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB – PA) – Sr. Pre- Eu perguntaria ao Senador Aloizio Mercadante sidente, peço a palavra para discutir. se ele tem conhecimento de que o Pará será atendido O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB nas obras de saneamento necessárias para melhorar – PI) – Darei já a palavra a V. Exª. a qualidade de vida da nossa população. Senador Heráclito, indago a V. Exª se posso avan- O SR. MÁRIO COUTO (PSDB – PA) – Para dis- çar na instrução da medida provisória, na leitura do cutir, Sr. Presidente. parecer. V. Exª pode pedir verificação mais adiante. O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Estou – AL) – Senador Mário Couto, tem V. Exª a palavra. aguardando uns esclarecimentos que o Senador Rau- O SR. MÁRIO COUTO (PSDB – PA. Para discutir. pp disse que pediu. Estou aqui aguardando! Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, desde que Sugiro que o Senador Flexa Ribeiro fale ago- cheguei a esta Casa, eu e o nobre Senador Mão Santa ra... temos lamentado a discriminação que o Governo Fe- O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB – deral faz com os nossos Estados. Desde que cheguei AL) – Lamento comunicar à Casa que terei um compro- a esta Casa, Senador Mão Santa, minhas primeiras misso fora da Casa daqui a cinco minutos. Vou ter que, palavras foram exatamente para alertar a Nação, o circunstancialmente, me ausentar da Presidência. povo brasileiro sobre a discriminação que faz o Presi- O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – A ses- dente Luiz Inácio Lula da Silva com o Estado do Pará são será encerrada daqui a cinco minutos? e com o Estado do Piauí, principalmente com esses O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB dois Estados. Eu gostaria de saber, sim, Senador Flexa, – AL) – Não, eu passarei a Presidência para quem por que essa discriminação com o Estado do Pará e de direito. com o Estado do Piauí. Não é a primeira vez e nem vai O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB – RR) – Sr. Pre- ser a última. Quero deixar registrado nos Anais desta sidente, temos o entendimento de votar essa matéria Casa: essa discriminação não se dá pela primeira vez e as três autoridades também. e nem será pela última. Com certeza, pelo que se vê, O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB pelo que se sente da vontade do Presidente Lula, em – AL) – Senador Flexa Ribeiro. todos os seus grandes projetos o Pará será discrimi- O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB – PA. Para discu- nado, infelizmente, porque foi um Estado que acreditou tir. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Senador no Presidente da República, que prestou a devida so- Renan Calheiros, Senador Heráclito Fortes, quero as- lidariedade com o seu voto de confiança, votando em sociar-me à preocupação de V. Exª e também pedir um massa no Presidente Lula, mas não tem recebido de esclarecimento à Senadora Ideli Salvatti e ao nosso Sua Excelência o mesmo carinho, a mesma atenção. Líder do Governo, Senador Romero Jucá. Então, fica aqui o meu registro de indignação Mandei apanhar em meu gabinete, agora, Sena- porque o meu Estado não está sendo beneficiado com dor Jucá e Senadora Ideli, o relatório de acompanha- recursos para a Caixa Econômica. mento do PAC no primeiro quadrimestre. Lamentavel- Muito obrigado. mente, ainda não entendi o que o Presidente Lula tem contra o Pará. Talvez fosse, Senador Jucá, porque o Durante o discurso do Sr. Mário Couto, o governo anterior era do PSDB. Mas agora, Senadora Sr. Renan Calheiros, Presidente, deixa a ca- Patrícia, a Governadora do Pará é a nossa colega ex- deira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Senadora Ana Júlia Carepa. Magno Malta, 4º Secretário. Não entendo porque o Presidente Lula também O SR. PAPALÉO PAES (PSDB – AP) – Sr. Pre- não atende o Pará nos recursos que estão previstos no sidente, peço a palavra pela ordem. PAC na área de saneamento. Não é só o Piauí, não. O O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR Pará, Senadora Ideli, também está excluído desses re- – ES) – Concedo a palavra a V. Exª, pela ordem. 380 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23542 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 O SR. PAPALÉO PAES (PSDB – AP. Pela ordem. De repente, vai parecer aqui que o Amapá tem Sem revisão do Orador.) – Sr. Presidente, quero aqui dinheiro, que o Piauí tem dinheiro... Vão já dar um jeito prestar minha solidariedade ao Senador Heráclito For- de dizer isso para tentar calar o nosso protesto aqui. tes, que, muito inteligentemente, levantou essa questão, Muito obrigado, Sr. Presidente. porque estávamos exatamente sendo tapeados com O SR. ALOIZIO MERCADANTE (Bloco/PT – SP) essa votação que parecia ser uma votação já comemo- – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem,. rada pela Senadora Líder do PT e, por conseguinte, sem O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR nenhum esclarecimento a todos nós. E, logicamente, o – ES) – Concedo a palavra, pela ordem, ao nobre Se- Senador Mercadante, como já foi citado aqui, Senador nador Aloizio Mercadante. do Estado de São Paulo, que é o grande beneficiado, O SR. ALOIZIO MERCADANTE (Bloco/PT – SP. por ser um Estado rico que não precisa, mas que tira Pela ordem. Sem revisão do orador.) – É o último es- dos Estados menores recursos para saneamento, forço que faço porque, se, de fato, o objetivo é escla- quando ele mesmo tem condições de fazer a própria recer, eu vou apresentar os dados básicos que estão aplicação de seus recursos em saneamento. previstos por região, que é o que foi pedido. Então, estamos aqui contestando essa defesa dos Nós temos na área de saneamento básico, pre- grandes Estados de forma veemente, porque nós, eu vistos R$3,9 bilhões, para a Região Norte do País; do Estado do Amapá, um Estado que está com uma 2,2 milhões domicílios serão atendidos. Vou repetir: situação assustadora de morbidade e mortalidade 2,2 milhões famílias poderão ser atendidas por esses pela dengue, o Governo Federal só faz mandar bilhe- recursos. tinhos, caderninhos e outras informações. Não age No Nordeste, o volume total de investimentos pre- diretamente, ajudando o Estado, os Municípios que vistos são R$9,6 bilhões e 5,4 milhões famílias seriam não têm recursos para aplicar no combate e prevenção atendidas na área de saneamento básico. No Programa Luz para Todos, recursos Fede- da dengue. Então, temos o direito de reivindicar esses rais: R$2,1 bilhões; recursos estaduais: R$300 mi- recursos e saber para que caixas, para que Estados lhões; recursos privados: R$300 milhões. No total, na estão indo esses recursos. Sei que o Estado tem de se Região Norte, R$2,7 bilhões: 1,620 milhão famílias habilitar para pegar o empréstimo, mas, para a Caixa serão atendidas; na Região Nordeste, 2,560 milhões Econômica Federal do Estado do Amapá, tem alguma famílias, do investimento consolidado na parte do Luz destinação para o Governo reivindicar? Não sabemos, para Todos. mas, temos certeza absoluta de que Santa Catarina, Da habitação, que é o tema mais importante, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Mi- eu vou dar em detalhes. Para a área de moradia, são nas Gerais, todos esses Estados, por serem grandes R$12,7 bilhões; para urbanização de favelas, R$3,5 bi- e pesados politicamente, serão atendidos com certe- lhões. No total do Nordeste, R$16,2 bilhões; 1,7 milhão za absoluta. Visto é que o Presidente da República já famílias seriam atendidas nos programas de moradia; está fazendo campanhas prévias nesses Municípios, e, na Região Norte, 313 mil famílias. para logicamente, anunciando com antecedência que Portanto, estão aqui os dados consolidados. Isso esses Municípios serão contemplados, para o ano na inclui não só a Caixa Econômica Federal, mas também eleição de prefeito, ele ter suas indicações politiquei- a transferência dos Estados e também a contrapartida ras. Temos de ter muito cuidado com isso, para que de Municípios e Estados nesses programas que estão possamos fazer justiça. sendo construídos. É um esforço bastante significativo Sr. Presidente, quero deixar bem claro que o do País, uma meta ambiciosa, que será tanto mais fácil Estado do Amapá, um Estado que tem uma condição – e aqui eu termino –, se não deixarmos parados es- socioeconômica baixa, que tem uma concentração de ses recursos durante o mês de julho e, talvez, agosto. população elevadíssima e que é o Estado que mais Perderíamos dois meses para dar prosseguimento a cresce populacionalmente neste País, devido à migra- um programa absolutamente essencial ao País. ção principalmente do Estado do Pará, tem apenas, na Tenho certeza de que a Oposição está pedindo parte de esgoto sanitário, 3% de saneamento básico. esclarecimentos com a sincera determinação de apro- E esses 3% foram construídos há mais de 30 anos, var essas medidas. Creio que poderemos votá-las e Senador Mão Santa, ainda na época do DNOS. aprová-las ainda hoje. Então, é só o centro do Município de Macapá que O SR. ALMEIDA LIMA (PMDB – SE) – Sr. Pre- é contemplado. O resto que se dane, que se lixe! Não sidente... quero dizer a V. Exª que não abrimos mão de contestar, O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI. Pela or- de querermos justiça, visto que está obscuro. dem. Sem revisão do orador) – Sr. Presidente, mais uma JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 381 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23543 vez, com todo o respeito que tenho pelo Senador Aloi- encaminhada para este Senador cópia integral dos zio Mercadante, quero apenas levantar uma questão. autos da Representação nº 1 e que isso se daria às 8 Não estamos votando o Luz para Todos. Aliás, o Luz horas ou 9 horas de hoje. O protocolo registra que só para Todos tem hoje menos a ver com o Orçamento e vim receber os autos, para poder tomar conhecimen- mais com a Polícia Federal. É bom que não se tente to, precisamente às 11 horas e 57 minutos. Portanto, enganar o Senado da República, Senador Mercadante. esse foi o primeiro desrespeito, o primeiro descompro- O Luz para Todos não está nessa medida provisória misso, a primeira decisão da noite de ontem a não ser relatada pela Senadora Ideli Salvatti, nem habitação cumprida. Segundo, eu teria um prazo até amanhã, ao popular. Estão querendo enganar quem? Quem é que meio-dia, para fazer a leitura dos documentos e, só a vai ser enganado com esse tipo de propaganda, Se- partir dessa data e dessa hora, haveria uma reunião nador Mercadante? Isso não faz jus à inteligência e ao para deliberarmos sobre quesitos. preparo de V. Exª. O Luz para Todos está respondendo Há poucos instantes, minhas ponderações fo- aos questionamentos da Polícia Federal. Se fossem re- ram vistas como posições isoladas. Já disse algumas cursos para o Luz para Todos, não discutiríamos nem vezes que tenho defendido o processo legal, porque sua aprovação hoje. não admito tribunal de exceção nem que sejam torpe- Temos de levar essa questão focando o objeto da medida provisória. A propaganda do PAC deve ficar deados procedimentos desrespeitando a Constituição para o momento devido. Estamos tratando de sanea- e o Regimento da Casa. mento básico, que precisa ser tratado com prioridade Portanto, quero a manifestação de V. Exª no sen- e seriedade. tido de fazer respeitar o parágrafo único da minha Nossa posição, Sr. Presidente, é exatamente: ou questão de ordem e declarar nulos os atos que estão esclarece ou não se vota essa matéria hoje. procedendo. O SR. ALMEIDA LIMA (PMDB – SE) – Sr. Pre- Faço questão de frisar inclusive que esta minha sidente, peço a palavra pela ordem. posição de plenário foi comunicada a S. Exªs, os Srs. O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR Senadores. Seria esse o meu procedimento. Não posso – ES) – Pela ordem, Senador Almeida Lima admitir nem aceitar pressão de quem quer que seja e O SR. ALMEIDA LIMA (PMDB – SE. Pela ordem. quero me fazer presente em todas as reuniões, sem Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, peço a palavra atropelamentos. Não estou preocupado em ser pautado pela ordem para levantar, junto à Mesa, uma questão por organismos ou instituições extra-Senado Federal. de ordem. Preciso de uma declaração da Mesa e não Não serei pautado pela pressa de ninguém. Recebi o se trata da matéria que está em pauta e em discus- procedimento em andamento. Preciso tomar conheci- são neste momento. A questão de ordem que levanto mento. Pedi cópia, recebi fora do prazo e preciso de tem por base o parágrafo único do art. 107, que diz o prazo suficiente para ler, pois não sou “Maria nem Zé seguinte: “Em qualquer hipótese, a reunião de comis- vai com as outras”. Tenho Consultoria? Tenho. Ouvirei são permanente ou temporária não poderá coincidir a Consultoria, mas, primeiro, a minha consciência e a com o tempo reservado à Ordem do Dia das sessões minha formação jurídica. deliberativas ordinárias do Senado”. Espero que V. Exª declare como descumprimento Estamos em plena Ordem do Dia. ao Regimento e que chame, exatamente, o feito à or- Segundo, Conselho de Ética e Comissão de In- dem, não permitindo que descumprimentos ao nosso quérito, vinculada à Comissão de Ética. A Comissão Regimento se dêem dessa forma. Isso é um desres- é vista regimentalmente como comissão e assim deve peito à Casa e a mim pessoalmente, tratamento que ser tratada. Apesar das ponderações que fiz ao Presidente não tenho dado a S. Exªs, porque meu tratamento é o do Conselho de Ética, por telefone, três vezes nesses mais respeitoso possível, e é isso que exijo. últimos dez minutos; apesar das ponderações que fiz O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR à Senadora Marisa Serrano, membro da Comissão de – ES) – Senador Arthur Virgílio, V. Exª falará depois o Inquérito; apesar das ponderações que fiz ao Senador Senador Renato Casagrande. Renato Casagrande para que suspendessem a reu- Senador Almeida Lima, a questão de ordem de nião da Comissão de Inquérito, com base nesse dis- V. Exª tem dois pontos. A Mesa responde a V. Exª que, positivo, S. Exªs insistem em continuar com a reunião, com relação ao primeiro ponto, V. Exª está correto e para promover uma deliberação que não foi objeto da tem razão. Nenhuma comissão pode funcionar en- reunião do dia de hoje, tendo em vista que, na reunião quanto estamos num processo de votação dentro da de ontem à noite, ficou deliberado: primeiro, que seria Ordem do Dia. 382 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23544 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 Com relação ao segundo ponto, vou conceder as pretendida pelo nobilíssimo Senador Almeida Lima, a outras questões de ordem, para que S. Exªs possam reunião do Conselho de Ética hoje, Sr. Presidente. contraditar, e a Mesa responderá em seguida. Muito obrigado. Senador Arthur Virgílio. O SR. RENATO CASAGRANDE (Bloco/PSB O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM. Pela – ES) – Pela ordem, Sr. Presidente. ordem. Sem revisão do orador.) – Pela ordem, Sr. O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR Presidente. – ES) – Concedo a palavra, pela ordem, ao Senador O Senador Renato Casagrande vai se pronunciar Renato Casagrande, em seguida, à Senadora Marisa e a Senadora Marisa Serrano também. Serrano, pela ordem e, em terceiro lugar, ao Senador A nossa prioridade é a investigação lisa e comple- Eduardo Suplicy. ta pelo Conselho de Ética acerca do caso que envolve O SR. RENATO CASAGRANDE (Bloco/PSB o Presidente da Casa. Portanto – e aqui falo como Líder – ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Muito do PSDB –, se prevalece o entendimento aqui levan- obrigado, Sr. Presidente. tado pelo nosso nobilíssimo Senador Almeida Lima, Srs. Senadores, Srªs Senadoras, peço a palavra a posição do PSDB é muito clara – não vou entrar no pela ordem para contestar a questão de ordem feita mérito, que será abordado pelo Senador Casagrande pelo Senador Almeida Lima, membro da comissão e pela Senadora Marisa Serrano –: vai partir para tor- de inquérito, junto comigo e com a Senadora Marisa pedear a sessão. Serrano. O SR. ALMEIDA LIMA (PMDB – SE) – Sr. Presi- Ontem, Sr. Presidente, havíamos definido uma dente, não estamos ouvindo aqui no fundo. A palavra reunião do Conselho de Ética para hoje, às 17 horas, do Senador Arthur Virgílio é muito importante para mim lá no gabinete do Senador Leomar Quintanilha, Presi- e eu gostaria de ouvi-lo. dente do Conselho, que tem conduzido e participado de todas as nossas reuniões. Marcamos essa reunião O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR para que pudéssemos começar o debate sobre o do- – ES) – Aumente o som, por favor. cumento que queremos e queríamos encaminhá-lo à O Senador Arthur, quando está calmo, a voz sai Mesa Diretora até amanhã, a fim de que a Mesa pu- serena. desse pedir à Polícia Federal a realização da perícia. O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – E vou Nós começaríamos a discutir os quesitos. ficar calmo o tempo inteiro. O Senador Almeida Lima não compareceu à reu- Estou sendo ouvido agora, Senador? Vou repe- nião de hoje. Ligamos para ele; falei com o Senador por tir que, prevalecendo o entendimento do nobilíssimo telefone. A Senadora Marisa Serrano também o fez. O Senador Almeida Lima, o PSDB opta por torpedear Senador Leomar Quintanilha também conversou com esta sessão, torpedear a sessão do Congresso, por- o Senador, que disse que não iria porque havia um que quer, hoje, sessão da Comissão de Ética. Então processo de votação. vamos torpedear a LDO, torpedear esta sessão. Não Apelamos para S. Exª ir à reunião para começar- participaremos mais de votação nenhuma porque não mos a debater o tema, mesmo que nós não deliberás- aceitaremos a ilegitimidade. Não aceitaremos mais semos hoje porque, de fato, tínhamos combinado que, nada que signifique se postergar uma decisão que até amanhã ao meio-dia, daríamos encaminhamento a está sendo aguardada pelo País. esse documento à Mesa Diretora. O Senador Almeida Nós, aqui, também não queremos tribunal de ex- Lima não quis e veio para a tribuna do Senado fazer ceção; também temos os nossos preços pagos lá atrás. a questão de ordem. Tenho horror à idéia de tribunal de exceção. Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o proble- A minha casa foi invadida em março, abril de ma que temos é o seguinte: poderemos votar a LDO 1964, pela polícia política do Sr. Carlos Lacerda. Sei hoje à noite. A partir de hoje à noite, já haverá diver- o que é isso. sos Senadores viajando, e outros viajarão amanhã Sou a favor do direito amplíssimo de defesa para durante o dia. o Senador Renan Calheiros, mas não abrimos mão da Queremos fazer a entrega do documento à Mesa mais absoluta, da mais exigente investigação. Diretora, porque o Partido que representou essa ação, o Então, se é essa a definição, a sugestão que faço PSOL, fez a entrega do documento ontem às 19 horas. – e o PSDB já vai se posicionar contra a continuação Os consultores estão trabalhando nesse documento. desta sessão a partir deste momento – é que não se Nós queríamos entregar isso até amanhã para que, dê prosseguimento a esta sessão, não se faça sessão amanhã à tarde, a Mesa pudesse se reunir e encami- do Congresso e se realize então, dentro da legalidade nhar à Polícia Federal esse documento com os quesitos, JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 383 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23545 pedindo a perícia, fundamental para que possamos dar para que nós tenhamos a garantia da reunião da Mesa seqüência ou dar início a uma investigação. Diretora amanhã. E que nós possamos... Nós cremos Mais do que prestar conta a “a”, “b” ou “c”, a nossa que o Senador Almeida Lima estará sempre junto e função aqui é prestar contas à sociedade brasileira. poderemos decidir, em conjunto, essa questão. Não Já estamos há mais de 40 dias sem iniciar esse queremos decidir sem a presença do Senador Almei- processo de investigação. Isso é ruim para todos, para da Lima, mas, como S. Exª veio à tribuna fazer essas as partes envolvidas, para a sociedade brasileira e, afirmações publicamente, também nós, o Senador Le- especialmente, para o Senado da República. omar Quintanilha, a Senadora Marisa Serrano e eu, Queremos dar seqüência a esse pedido de pe- consideramos que devíamos dar essas explicações. rícia porque, se entrarmos em recesso sem fazer o Esse é o apelo que fazemos, Senador Magno encaminhamento dessa perícia à Polícia Federal, en- Malta. frentaremos dificuldade para explicar isso para a so- O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR ciedade brasileira, depois de tanto tempo sem fazer o – ES) – Vou conceder a palavra pela ordem à Senadora processo de investigação. Marisa Serrano. Para disciplinarmos os trabalhos, vou Fizemos um apelo ao Senador Almeida Lima no conceder três minutos a cada fala pela ordem, para sentido de antecipar a reunião previamente marcada que tenhamos celeridade. Se houver necessidade, au- para o meio-dia, realizando-a às 10 horas, porque nós menta-se o tempo, mas vamos disciplinar. nos lembramos da votação da LDO marcada para hoje Concedo a palavra à Senadora Marisa Serrano. e porque, votada a LDO hoje, a partir de amanhã, a Em seguida, vou conceder a palavra ao Senador Edu- Mesa poderia ter dificuldade de se reunir mais tarde. ardo Suplicy, ao Senador Almeida Lima, ao Senador Fizemos um apelo para votarmos às 10 horas da ma- José Agripino e ao Presidente do Conselho de Ética e nhã. O Senador Almeida Lima não concordou, e foi Decoro Parlamentar, Senador Leomar Quintanilha. mantido o horário anterior: meio-dia. A SRA. MARISA SERRANO (PSDB – MS. Pela Senador Magno Malta, que ora preside esta ses- ordem. Sem revisão da oradora.) – Obrigada, Sr. Pre- são, nós queremos encaminhar amanhã à Mesa Dire- sidente. tora; queremos fazer esse encaminhamento à Mesa Eu gostaria de dar uma satisfação à Casa e a Diretora, repito. Nós só devemos satisfação à socie- todos que estão nos vendo e ouvindo, dizendo que te- dade brasileira. Se nós estamos sendo, muitas vezes, mos feito – e todos que estão nos acompanhando são acusados de dar satisfação a “a” ou a “b”, nós tam- testemunhas disso – esforço para que haja o máximo bém não podemos dar satisfação apenas às partes de trabalho integrado e para que as pessoas possam envolvidas. Nós temos de dar satisfação é à socieda- deliberar juntas. O Senador Almeida Lima é testemu- de brasileira. nha vital de quanto estamos nos esforçando para que Então, o que nós queremos, efetivamente – eu o trabalho consiga andar de forma satisfatória e o mais e a Senadora Marisa Serrano e o Presidente do Con- rapidamente possível. selho de Ética, Senador Leomar Quintanilha –, é que Senador Magno Malta, temos muito pouco tem- nós possamos fazer esse encaminhamento à Mesa po. Eu disse ao Senador Almeida Lima pelo telefone: Diretora amanhã e que a Mesa Diretora possa agen- Senador, vamos nos encontrar pelo menos para dis- dar uma reunião para amanhã, às quatro, às cinco, às cutir os casos que são fundamentais, porque temos seis, às sete, a qualquer hora da noite, mas que nós uma coisa nova. Vamos votar uma LDO hoje. Amanhã não encerremos o dia de amanhã sem uma reunião é quinta-feira, quando muita gente vai embora à tarde. da Mesa Diretora, para encaminhar os documentos à Se a Mesa da Casa não se reunir, vai passar a imagem Polícia Federal. para a sociedade brasileira e para os nossos Pares de É esse o pleito que nós estamos fazendo: que não que estamos postergando, e não queremos isso. Eu protelemos mais esse processo de investigação, porque implorei ao Senador Almeida Lima que nos atendes- protelar não interessa nem ao Presidente Renan, não se. S. Exª quer ler todo o processo. É impossível, Sr. interessa à parte que provocou a ação, não interessa Presidente Magno Malta, fazer isso hoje à noite ou ao Senado, não interessa à sociedade brasileira. Não amanhã de manhã. Não dá, não vai ler! Então não há interessa a ninguém. E, com certeza, também não vai condições, e não vamos nos prestar a qualquer outro interessar ao Senador Almeida Lima, assim espero. tipo de atuação que não seja dando celeridade a esse Por isso pedimos – eu sei que V. Exª é membro processo. Se for o caso, vamos fazer em separado. Se da Mesa – que tome essa decisão junto com o Presi- eu puder fazer com o Senador Renato Casagrande, dente Renan Calheiros – se S. Exª se julgar impedido, faremos o mais rápido possível para que a Mesa re- junto com o Vice-Presidente, Senador Tião Viana –, ceba isso. 384 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23546 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 Quero aqui confirmar as palavras do Senador são por mais meia hora para ouvirmos as questões Renato Casagrande. Precisamos que a Mesa se re- de ordem. úna amanhã. Nós vamos fazer nossa parte. A Mesa Concedo a palavra, pela ordem, ao Senador Al- terá até amanhã, ao meio-dia, os quesitos que preci- meida Lima. samos sejam respondidos. Agora, precisamos que a O SR. ALMEIDA LIMA (PMDB – SE. Pela or- Mesa se reúna amanhã à tarde, e isso não depende dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, serei de nós; depende de V. Exª, que compõe a Mesa. Que brevíssimo. Além de pedir a atenção das Srªs e dos V. Exª o faça. Srs. Senadores, quero pedir a atenção, em especial, Quero dizer a V. Exª também que, hoje, no ple- do nobre Senador Arthur Virgílio, dos meus Pares na nário do Congresso Nacional pedir uma verificação de Conselho de Ética e do Presidente, para dizer algumas quorum é muito fácil; meu partido pode fazê-lo, e, en- coisas de forma pontual. tão, não se vota a LDO. Portanto, atrapalha todos. Não Sr. Presidente, eu não desejo nem protelar nem é isso que queremos, mas chegou a tal momento e a atropelar a representação. A minha posição não é tal ponto, já que se trouxe ao plenário isso, que nem protelatória, mas não desejo também que se atropele. precisava, mas já que veio para o plenário, queremos Que fique bem claro. também dizer que temos as nossas armas. Uma delas é A Comissão estava reunida? Sim. Poderia estar pedir verificação dequorum , hoje, no plenário do Con- reunida? Não. Não. Está ferindo o Regimento. E isso gresso, na votação da LDO. Portanto, estamos pedindo significa atropelar o Regimento. e implorando que nos dê a possibilidade de trabalhar. Segundo, eu gostaria de me dirigir aos membros Nós só queremos isso. Penso que temos todo direito do Conselho de Ética e ao Presidente para fazer o se- de pedir à Mesa que nos ouça. Muito obrigada. guinte questionamento: prometeram a mim entregar os autos da representação ontem à noite e hoje até as oito O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PL e meia da manhã?! Fizeram essa promessa a mim?! – ES) – Concedo a palavra pela ordem ao eminente Presidente Leomar Quintanilha, essa promessa de me Senador Eduardo Suplicy. encaminhar os autos ontem à noite e hoje até as oito O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT – SP. Pela e trinta foi feita?! Foi feita, Senadora Marisa Serrano, ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu não foi? Mas não me entregaram. gostaria de fazer um apelo... E eu notifiquei e cientifiquei V. Exªs. Na reunião Sr. Presidente, som, por favor. de ontem, ficou definido que a reunião que iria de- O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR liberar sobre os quesitos não seria amanhã, após o – ES) – V. Exª tem a palavra, e o som está funcio- meio-dia? Ou eu estou mentindo? Portanto, eu não nando. quero protelar, mas não aceito que venham atropelar O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT – SP) os procedimentos. – Faço um apelo ao Senador Arthur Virgílio, Líder V. Exªs são testemunhas. Sr. Presidente, eu sugeri do PSDB, e ao Senador Almeida Lima. A reunião do à Comissão trabalhar sexta, sábado e domingo. Conselho de Ética não precisa atrapalhar nem esta Sr. Presidente Leomar Quintanilha, Sr. Senador sessão nem a sessão do Congresso Nacional para Renato Casagrande, Srª Senadora Marisa Serrano, apreciação e votação e LDO. Portanto, se for para se eu me coloquei à disposição de V. Exªs para trabalhar fazer uma reunião do Conselho de Ética, sugiro que sexta, sábado e domingo. Quem assume uma atitude seja acordada a sua realização após a sessão de vo- dessas não está querendo protelar. Por favor! tação do Senado e a do Congresso Nacional, que vai Por último, o pleito que foi feito à Mesa para que votar a LDO. ela se reúna amanhã ou sexta-feira é legítimo, mas já Sr. Presidente, tendo em conta que apresentei deveria ter sido encaminhado à Mesa. E não apenas um requerimento à Mesa sobre a pesquisadora Juliana agora. A Mesa tem responsabilidades. O que eu não Monte Real, eu também gostaria de fazer um registro posso... Ao contrário do que disse o Senador Renato antes do encerramento da presente sessão. Eu gostaria Casagrande, que estamos com 45 dias, alto lá! Eu fui que o requerimento que entreguei à Mesa fosse lido. indicado Relator, membro da Comissão de Inquérito, Então, eu pediria a palavra na hora adequada. Peço, há uma semana e não tinha recebido nem os autos por favor, que não seja encerrada a sessão sem a lei- para folhear. tura desse requerimento. Nobre Senadora Marisa Serrano, V. Exª não foi Obrigado, Sr. Presidente. justa comigo, não foi correta quando disse que eu pre- O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR tendia ler todos os autos. Eu disse a V. Exª, há poucos – ES) – Não havendo objeção, vou prorrogar a ses- instantes, por telefone, que pretendia ler algumas pe- JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 385 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23547 ças... Ou não é justo que eu, como Relator Membro relatórios, que é a autorização da Mesa para que um da Comissão de Ética, primeiro, não tenha acesso questionário ou uma solicitação que vai ser remetida aos autos? Segundo, que eu não tenha tempo de ler a peritos da Polícia Federal possa ser feito. Para isso é sequer meia dúzia de peças, isso é atropelar! Eu não preciso que os três Relatores elaborem o questionário quero protelar! Ofereci-me para passar todo o final de e que a Mesa, antes do recesso, claro, legitime, para semana trabalhando. que não haja qualquer tipo de questionamento jurídico Portanto, finalizando, devo dizer o seguinte: quan- no futuro; legitime a atitude que os relatores vão tomar tos processos, Sr. Presidente Quintanilha, existem no para que se possa até entrar em recesso. Conselho de Ética? Existe apenas esse processo no Os peritos vão pedir 20 dias de prazo. É o prazo Conselho de Ética ou existem outros processos ante- do recesso para que, nesse período de recesso, os riores a esse? Por que o açodamento? Os outros pro- relatórios possam, aguardando as informações dos cessos não merecem atenção também? Ou só merece peritos da Polícia Federal, ser esboçados em função atenção esse processo? São perguntas que deixo aqui de evidências que possam, ao longo do tempo, ser para V. Exªs responderem e para a sociedade brasilei- mostradas. ra, tomando conhecimento, também questionar. Quem Conversava, agora há pouco, com o Senador se oferece, Sr. Presidente, para trabalhar no final de Romeu que me dizia que os próprios peritos podem semana não quer protelar. O que consegui mostrar é ficar em contato com os membros do Conselho para que estavam, sim, atropelando o Regimento, fazendo que essas informações possam, ao longo desses 20 sessão em um momento em que o Regimento impede. dias, no recesso, ir subsidiando a elaboração de re- O que desejo? O devido processo legal, e isso importa latórios. respeito ao Regimento. Hoje de manhã, conversei com um membro da Essas são as minhas palavras, Sr. Presidente! Mesa do meu Partido, que manifestou preocupação O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL – RN) – Sr. Presi- pela solicitação não ter chegado à Mesa, se votar a dente, pela ordem. LDO, a Mesa não decidir, e ficarmos com o mês de O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR julho perdido. O meu Partido não concordará, em hi- – ES) – Pela ordem, tem a palavra o Senador Leomar pótese alguma, com esse fato. Em hipótese alguma. Quintanilha e, em seguida, o Senador José Agripino. A chance é zero. O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL – RN. Pela ordem. Vejo de forma muito pragmática. O que temos de Sem revisão do orador.) – Se o Senador Quintanilha fazer é, daqui até amanhã, quinta-feira – que, do ponto concordar, a minha palavra vai requerer um posiciona- de vista prático, é o último dia em que os Senadores mento do Presidente Leomar Quintanilha. Então, até vão estar disponíveis, se for votada a LDO –, fazermos por economia processual, eu pediria a V. Exª que me a reunião dos relatores, seja elaborado o questionário, autorizasse e também pediria a atenção do Senador seja remetido à Mesa; a Mesa se reúna e faça o que Quintanilha. foi feito na semana passada: legitime a atitude toma- Sr. Presidente, o Presidente Renan, da cadeira da pelo Conselho de Ética, para que o questionário em que V. Exª está sentado, declarou já duas ou três seja remetido para a Polícia Federal. E aí vai se abrir vezes que não se licencia, apesar dos apelos daqueles o interstício para que os relatores fiquem na espera que desejam que as investigações ocorram em clima das evidências, para prepararem o relatório, a fim de de isenção clara. Como ele não se licencia – o que é que o relatório, ou os relatórios, seja posto a voto, e um direito inalienável dele e só ele é quem pode tomar aí se decida sobre se o Presidente Renan é culpado a iniciativa de licenciar-se ou não –, o incômodo que ou inocente; pelo voto do Conselho de Ética, depois nos aflige a todos, que faz com que a rua nos questio- da CCJC e, depois, do Plenário. Não há mais o que ne o tempo todo, só pode ser decidido pelo voto. Pelo fazer. Fora disso, é lirismo. Agora, procrastinação... voto, nada mais! Não temos que fazer mais nada do Ah, essa não! Essa não! E pelo que ouvi, não há essa que elaborar relatório ou resumo de atividades e co- intenção do Senador Casagrande, nem da Senadora locar os relatórios a votos. Marisa, e ouvi agora, por repetidas declarações, do Estamos em vias de entrar em recesso: dia 18, Senador Almeida Lima. Se assim é, eu queria ouvir do quarta-feira, é o prazo. Temos três Relatores: Senador Senador Leomar Quintanilha um compromisso – ele Almeida Lima, Senadora Marisa, Senador Casagrande, que é um Presidente que nos merece fé. No começo, que aqui falaram. O que é que eles precisam fazer? Ela- houve alguns questionamentos que eu pessoalmente borar o relatório. Eles estão presos a quê? Estão presos já superei e retirei, mas o que eu gostaria de ver era à autorização legal, à legitimação de uma atitude, que o compromisso do Senador Leomar Quintanilha de, é fundamental, afim de que possam preparar os seus amanhã, remeter – porque até o meio-dia os relato- 386 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23548 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 res estão comprometidos a preparar o relatório –, de apelo aos Líderes, Senador Arthur Virgílio, Senador mandar para a Mesa com a intenção de que aqueles José Agripino e aos demais Senadores: não vamos que são da base do Governo e os que são do Demo- atropelar a sessão do Senado, vamos deixar o Senado cratas e do PSDB tomarem o compromisso – e eu funcionar. A Nação precisa dos trabalhos do Senado. tomo desde já, em nome daqueles que são nossos Queremos manter a reunião dos relatores, amanhã, e fazem parte da Mesa – de participarem da reunião inclusive com a presença do Senador Almeida Lima, para simplesmente legitimar o que precisa acontecer para deliberarmos sobre o que ficamos de deliberar e, no período do recesso. aí sim, encaminharmos à Mesa. Então, o que eu queria era que o Presidente Leo- O que queremos, Sr. Presidente, é a garantia de mar tomasse aqui o compromisso de que, até amanhã que a Mesa poderá reunir-se amanhã, depois da nos- ao meio-dia, remeterá à Mesa, e o compromisso dos sa reunião, depois de entregarmos a documentação à Líderes de que seus representados na Mesa estarão Mesa para que ela possa tomar as decisões cabíveis presentes numa reunião da Mesa para legitimar aquilo a respeito do assunto. que for solicitado. Era essa a colocação que eu gostaria de fazer. Se isso for feito, eu tomarei a iniciativa de reco- O SR. ALMEIDA LIMA (PMDB – SE. Sem revi- mendar aos meus que votem a LDO. Se isso não for são do orador.) – Senador Leomar Quintanilha, com feito, cria-se um fato novo e daqui para frente tudo é relação à reunião de amanhã, não há nenhuma con- imprevisível. trariedade, nenhuma oposição. Apenas gostaria que Obrigado, Sr. Presidente. realmente a reunião de amanhã fosse mantida e que O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR ela não fosse antecipada. – ES) – Concedo a palavra ao Senador Leomar Quin- Sr. Presidente, gostaria de esclarecer um peque- tanilha e, em seguida, falará o Senador Wellington no ponto ao Presidente Quintanilha. Salgado. O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR O SR. LEOMAR QUINTANILHA (PMDB – TO. – ES) – Senador Almeida Lima, seja breve. O Senador Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Leomar Quintanilha falava pela ordem. Na seqüência, Srªs e Srs. Senadores, os relatores estavam reunidos será a vez do Senador Wellington Salgado. comigo, sim, no meu gabinete. Faltava apenas o Se- O SR. ALMEIDA LIMA (PMDB – SE) – Eu já vou nador Almeida Lima que, ao ser contatado, disse que concluir, Sr. Presidente; peço trinta segundos para um estava em plenário porque tinha uma sessão delibe- esclarecimento. A comissão de Relatores do Conse- rativa em curso. lho de Ética, na semana passada, concedeu prazo às Na verdade, havíamos marcado uma reunião partes, Renan Calheiros e PSOL, para formularem para amanhã, ao meio-dia, para deliberar sobre as quesitos. E o prazo, Quintanilha, terminava quando? questões relacionadas ao trabalho dos srs. relatores. Ontem, terça-feira. Não é isso? Pois bem, V. Exª pode Estávamos reunidos, sim, durante a sessão plenária, atestar aqui no Plenário que o Senador Renan Ca- como estivemos reunidos anteontem, ontem, mais de lheiros tinha até ontem, terça-feira, para apresentar, e duas vezes. ele apresentou na segunda-feira. O PSOL apresentou Estamos quase reunidos permanentemente, Sr. ontem, no último dia. A que horas? Lá pelas 20 horas. Presidente, porque estamos compromissados em dar E apresentou um catatau de quesitos – algo como 20 cabo da responsabilidade que pesa sobre nós. Esta- ou 25 quesitos – que precisam ser estudados. Não é mos trabalhando. Não iríamos deliberar hoje, até em assim de inopino, a toque de caixa, a repique de sino! razão do compromisso com o Senador Almeida Lima, Então, aqueles que dizem que alguns estão querendo que, de certa forma, tem razão em dizer que não re- protelar... Olhem, o Renan Calheiros, que, entre aspas, cebeu a documentação relativa ao processo no tempo “alguém diz que quer protelar”, entregou no dia anterior. prometido. É porque o volume de documentos é muito Aqueles que querem celeridade foram entregar ontem, grande; em vez de chegar pela manhã, só foi chegar no último minuto do prazo que receberam. ao seu gabinete ao meio-dia. E ele quer inteirar-se O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR – sobre isso. Mas creio que não há interesse, nem por ES) – Com a palavra o Senador Wellington Salgado. parte dos srs. relatores, nem por parte do Presidente O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA do Conselho de Ética, nem por parte de ninguém, em (PMDB – MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. procrastinar essa questão, que o Conselho, o Senado Presidente, Srªs e Srs. Senadores, vejam bem, ninguém e a Nação brasileira esperam tanto. agüenta mais essa questão, ninguém agüenta mais Não percamos a serenidade; continuemos com isso! A verdade é essa. A todo momento chegamos firmeza e determinação nosso trabalho. E faço aqui um aqui e há essa discussão contra o Presidente, Sena- JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 387 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23549 dor Renan Calheiros. Não estou agüentando mais isso. O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR Quero trabalhar, quero votar. Que o Conselho de Ética – ES) – Muito obrigado. analise. Já fizemos reuniões aqui às 21horas, não há O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA problema nenhum. A questão da documentação tem (PMDB – MG) – Sabe por quê? Não estou me sen- de ser levantada. Se não for legal, ela tornou-se legal tindo bem assim. E outra coisa, a Comissão de Ética, porque tornou-se pública essa questão. na hora em que for para reunir, vamos reunir. A gente Não podemos – e aí pode ser que eu esteja er- vem para passar a semana aqui em Brasília mesmo. rado – por qualquer coisa bloquear a sessão, falar- Marquem às 10 horas, às 11 horas, para mim não é mos que não vamos votar, que vamos fazer e aconte- problema. Entendeu, Sr. Presidente? O que se deci- cer. Quero trabalhar. Estou ganhando para estar aqui. dir, se vai mandar para a Mesa, a Mesa que reúna e Caso contrário, me arrumem uma conta corrente em analise. que eu possa depositar 1/3 do meu salário todo dia. Agora, não pode parecer – e depois vem a con- V. Exª tem uma fundação. Se for para trabalhar nas versa diferente – que se está protelando, que o Pre- comissões de manhã e vir aqui à tarde tomar água sidente Renan está agindo. Até agora não vi nada gelada e cafezinho, vou depositar 1/3 do meu salário que beneficiasse o Presidente Renan aqui. Eu não vi na fundação de V. Exª. O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR nada! E a toda hora dizem que o Presidente Renan, – ES) – E nós agradeceremos. na Presidência, está mexendo com a estrutura. Ora, O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEI- ele não ganha uma. O Presidente Renan não ganha RA (PMDB – MG) – Creio que não estou fazendo jus uma. Quando vai para o Conselho, perde; quando vai a esse salário. V. Exª vai aplicar esse dinheiro muito para o Tribunal, perde. O que o Presidente Renan está bem. Por toda e qualquer coisa paramos a sessão, não atrasando? Em que ele está mexendo? votamos. Estou ganhando para isso. Estão pagando o Senador Casagrande, vai fazer reunião do trio? meu salário para isso. De manhã, trabalhei na Comis- Faça, decida, chame o Conselho e reúna. A gente sabe são que presido. Tudo estava funcionando no Senado que esse é um problema que o Senado está enfren- direito. Chego ao plenário e, na hora da votação, há tando. Todo mundo aqui está andando nas ruas e está esse tipo de coisa. Vamos parar. Fica parecendo para sabendo que é um problema que temos de resolver, o Brasil que o Senado não está trabalhando. O Sena- e vamos resolver. do está trabalhando sim. Todos, pela manhã, estão Mas não se pode chegar aqui e dizer que não freqüentando as comissões. Quando chega a hora de vamos votar. Olha, se continuar assim, um terço do votar, dizem que não vão votar, sai todo mundo daqui. meu salário eu vou depositar nominalmente para a É o jogo político isso? fundação de V. Exª. Estou querendo trabalhar. Quero votar contra O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR ou a favor. – ES) – Muito obrigado. O SR. VALTER PEREIRA (PMDB – MS) – Per- O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEI- mita-me um aparte, Senador Wellington.. RA (PMDB – MG) – Somente para V. Exª, e mais nin- O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA guém. (PMDB – MG) – O que quero saber é isso. O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR – ES) – Que todos tenham a mesma atitude. – ES) – Senador, não há aparte quando se fala pela O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Sr. ordem. Presidente, pela ordem. É sobre a questão. Eu queria O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA (PMDB – MG) – Senador Valter, eu sempre venho para saber... cá, sento aqui, o Zezinho me serve cafezinho, água A SRA. SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT gelada. Passo a tarde aqui, escuto os discursos, volto – MT) – Sr. Presidente, pela ordem. para o meu gabinete, venho para cá. Quando penso O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR que vou votar, dizem que vão obstruir. Ora, votem con- – ES) – Senador Heráclito, um momento. Só para ad- tra! Não aprovem! ministrar, vou conceder a palavra aos que estão com O SR. VALTER PEREIRA (PMDB – MS) – Eu o microfone levantado. Depois, quero consultar os Lí- quero a outra parte. deres, porque estamos na Ordem do Dia, se vamos O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEI- votar os itens que aqui estão ou vamos, de fato, parar RA (PMDB – MG) – Não, vou doar para a fundação a sessão. Vou ouvir quem levantou o microfone e nin- de V. Exª. guém mais. Em seguida... 388 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23550 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 O SR. RENATO CASAGRANDE (Bloco/PSB O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA – ES) – Só queria que V. Exª pudesse responder à (PMDB – MG. Para uma explicação pessoal. Sem revi- questão da reunião da Mesa e encerro o assunto. são do orador.) – Senador Heráclito Fortes, veja bem, O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Agra- não vou falar que V. Exª é um dos homens mais inte- deço a V. Exª, Sr. Presidente. ligentes e mais cultos da Casa porque o Senado está O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR cheio de homens e mulheres inteligentes e cultos. – ES) – Senador Heráclito, um momento. O que eu quis mostrar é minha posição de que, a O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Gos- partir de hoje, eu divido o salário em 30 dias, divido um taria apenas de saber o seguinte sobre as declarações dia em três partes, e uma parte, se não houver votação do Senador Wellington Salgado: primeiro, se a... por obstrução, eu deposito. Isso não é problema. O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR Agora, tudo aqui também é Conselho de Ética. – ES) – Senador Heráclito, só um momento. Eu já lhe O que está virando o Conselho de Ética? Nem Regi- dou a palavra. mento tem o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar! O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Pois A verdade é essa. Tudo aqui é Conselho de Ética. Se não. entrar, errado, no banheiro feminino, é Conselho de Éti- O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR ca. Qual é o Regimento Interno do Conselho de Ética, – ES) – Mais uma vez vou repetir que, ao final dessas Sr. Valter? Não existe. Precisamos fazer o Regimen- intervenções – é o Senador Casagrande, que vai res- to Interno, o que se pode e o que não se pode fazer. ponder, o Senador Almeida Lima, a Senadora Serys Se eu sentar na cadeira errada é Conselho de Ética? e o Senador José Agripino –, uma vez que houve uma Já não sei mais qual o limite disso. Agora já vou para posição do Senador José Agripino e do Senador Arthur o Conselho de Ética porque tenho que fazer a conta Virgílio de que os seus Partidos obstruiriam a sessão também desse dinheiro?! Isso é uma coisa séria, e o e a votação da LDO, como estamos na Ordem do Dia, Brasil inteiro está vendo, Senador Heráclito. com um item para votar, quero consultar se continua- O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR mos ou não com a sessão. Tem V. Exª a palavra. – ES) – Senadores, vamos chegar ao final... O SR. RENATO CASAGRANDE (Bloco/PSB O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Quero – ES) – O Senador Heráclito ou eu? apenas fazer um registro... O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR – ES) – O Senador Heráclito, depois o Senador Casa- – ES) – Senador Renato Casagrande, V. Exª tem a grande. Em seguida, a Senadora Serys e o Senador palavra. Agripino, e encerramos. O SR. RENATO CASAGRANDE (Bloco/PSB – ES. O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI. Pela Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Quero só dizer ordem. Sem revisão do orador.) – Eu queria saber, o seguinte, Sr. Presidente: a comissão de investigação Sr. Presidente, se essa decisão histórica do Senador foi designada a partir de quinta-feira passada. Com o Wellington tem efeito retroativo. Se tiver, que a Mesa encaminhamento desse pedido de perícia à Mesa Di- examine as datas em que ele compareceu, tomou ca- retora, nós concluímos a primeira etapa do trabalho, fezinho servido pelo Zezinho e não houve votação aqui. que é disparar todos os procedimentos investigatórios Em segundo lugar, quero alertá-lo que é um compro- com relação ao processo que envolve o Senador Re- misso que assume no Senado da República, e o Con- nan Calheiros. selho de Ética, Senador Leomar Quintanilha, tem que Por isso estamos ansiosos, querendo fazer isso observar o cumprimento, sob pena de o Senador estar no dia de amanhã, para evitarmos qualquer atraso nes- faltando com a verdade e o compromisso, correndo o se procedimento. A única coisa que pedimos foi que risco de ser um dos julgados pelo Conselho. houvesse uma antecipação da reunião de meio-dia Em último lugar, quero parabenizá-lo. V. Exª terá para as 10 horas da manhã, o que provocou a vinda uma fundação beneficiada pela generosidade do Sena- desse assunto para o plenário da Casa. Eu não gos- dor; agora, ele precisa esclarecer se tem efeito retroa- taria de tê-lo trazido para cá, pois está atrapalhando tivo, porque V. Exª vai receber uma “bolada” fantástica, a votação. Mas o nosso companheiro da Comissão, o ou se apenas é a partir de hoje. Senador Almeida Lima, trouxe o assunto ao plenário O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA e tínhamos que fazer esse debate. (PMDB – MG) – Peço a palavra pelo art. 14. Então, o que queremos, efetivamente, para en- O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR cerrar o assunto, é a garantia de V. Exª de que amanhã – ES) – V. Exª tem a palavra, pois foi citado. a Mesa se reunirá, após a nossa reunião, para que JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 389 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23551 possamos ter o encaminhamento desse processo de aprovado e de onde virá para o Senado da República. acordo com a decisão da Mesa Diretora. Aqui eu e certamente este Senado como um todo as- Respondido isso, penso que temos condições de sumimos a aprovação pela preservação, pelo direito da encerrar esse assunto aqui no plenário. coleta e pelo direito que essas mulheres têm de estar A SRA. SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT na luta lá e aqui também em Brasília. – MT) – Pela ordem, Sr. Presidente. Obrigada. Um abraço carinhoso a todos e a to- O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (Bloco/PTB das! – RR) – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. Viva o babaçu livre! O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR (Manifestação nas galerias.) – ES) – Pela ordem, concedo a palavra ao Senador Mozarildo. O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (Bloco/PTB – ES) – O Senador José Agripino fará uso da palavra – RR. Pela ordem.) – Sr. Presidente, foi lido o parecer e, em seguida, vou ler o parecer preliminar da Relatora da relatora Senadora Ideli. Temos que cumprir o Regi- revisora, Senadora Ideli Salvatti, para darmos continui- mento. Eu gostaria que V. Exª pudesse prosseguir. dade aos trabalhos da Casa. O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR Senador José Agripino. – ES) – Senador, eu disciplinei e disse que concederia O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL – RN. Pela ordem. a palavra apenas aos que estavam com o microfone Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. levantado: a Senadora Serys e o Senador Agripino. Em Senadores, a proposta que fiz foi clara, objetiva e prag- seguida, entraremos no processo de votação. mática: que o Senador Leomar Quintanilha, Presidente Senadora Serys, V. Exª tem a palavra. do Conselho de Ética, assumisse o compromisso que A SRA. SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT assumiu, de fazer, amanhã, pela manhã, a reunião – MT. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. dos três relatores que estão presentes no plenário, Presidente, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, serei que tomaram o compromisso de fazer a reunião para bastante breve. elaborar o questionário a ser endereçado à Polícia Fe- O Senado da República vive um momento da deral para ser feita a perícia. Para que isso que está maior relevância. Encontram-se aqui conosco – infe- assegurado possa ter legitimidade, há necessidade lizmente não são todas, porque não coube neste local da reunião da Mesa. – em torno de 300 quebradeiras de coco babaçu dos V. Exª, Presidente Magno Malta, é membro da Estados do Maranhão, Piauí, Pará e Tocantins. São Mesa. Faço uma pergunta a V. Exª: os democratas e mulheres de luta, do Movimento Interestadual de Que- tucanos têm três Membros na Mesa. Está assegurado, bradeiras de Coco Babaçu, que vieram a Brasília, des- pelos democratas e tucanos, que esses três Membros, locaram-se das comunidades mais longínquas – vilas, entre titulares e suplentes, estarão presentes na hora reservas extrativistas, assentamentos, terras de preto, em que for convocada a reunião da Mesa. O Senador posses, florestas públicas, lugares longínquos do Ma- Tião Viana, que é Vice-Presidente, falou comigo por ranhão, do Piauí, do Pará e de Tocantins. telefone, há pouco, e garante que estará presente. V. Essas mulheres são exemplo da luta pela conquis- Exª é Membro da Mesa e quero questioná-lo sobre se ta do ganha-pão no dia-a-dia, da luta pela preservação estará presente e se V. Exª toma o compromisso de das nossas reservas, da luta pela proteção realmente convocar a reunião da Mesa amanhã, após a reunião daquele que é o ganha-pão com dignidade para si e do Conselho de Ética com os relatores, para que a ma- para seus familiares. téria seja legitimada e para que seja feita a remessa do Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, temos 18 requerimento de informações à Polícia Federal, com o milhões de hectares no nosso Brasil cobertos de baba- questionamento e com as perguntas, para que os rela- çu no Maranhão, no Piauí, no Pará, no Tocantins, em tórios possam ser feitos, ainda que no recesso. Goiás. São 400 mil mulheres nessa atividade. O baba- O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR çu serve para fazer sabonete, sabão, óleo, biodiesel, – ES) – Senador José Agripino, respondo a V. Exª. bioquerosene. Só precisamos que o nosso Congresso Ninguém tem qualquer tipo de interesse protelatório Nacional faça leis para que se preservem os babaçu- nessa questão. Uma vez provocada, a Mesa precisa se ais, para que se garanta o acesso à coleta do babaçu, posicionar. Em havendo a provocação e em havendo a fim de que o ganha-pão de 400 mil mulheres e seus a entrega do relatório, certamente, a Mesa se reunirá familiares esteja assegurado. e deliberará sobre a matéria. O nosso querido Deputado Dutra apresentou O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL – RN) – Sr. Pre- o Projeto de Lei nº 231 na Câmara, onde tem de ser sidente, posso compreender, portanto, que está to- 390 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23552 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 mado o compromisso – já que o Presidente Leomar As Srªs e os Srs. Senadores que os aprovam Quintanilha assumiu o compromisso de reunir os re- queiram permanecer sentados. (Pausa.) latores amanhã, que estão presentes, e de elaborar Aprovados. o questionário e remetê-lo à Mesa –, pela palavra de Passa-se à apreciação do mérito. V. Exª, que, neste momento, ocupa a Presidência da Discussão da medida provisória, em turno úni- Casa, que a Mesa se reunirá amanhã, ainda que à co. tarde, para legitimar o questionário a ser endereçado O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (Bloco/PTB à Polícia Federal. – RR) – Sr. Presidente, quero registrar o meu voto de O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR – abstenção. ES) – V. Exª me diz que acabou de falar com o Senador O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR Tião Viana, que é o Vice-Presidente da Casa? – ES) – O voto do Senador Mozarildo Cavalcanti é de O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL – RN) – Falei hoje, abstenção. em torno do meio-dia. S. Exª estava de viagem para cá O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Eu e garantiu sua presença na Casa, hoje e amanhã. voto contra, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR – ES) – Mais três membros da Mesa, pertencentes – ES) – O Senador Heráclito Fortes vota contra. aos dois Partidos de Oposição... O Senador Papaléo Paes vota contra. O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL – RN) – Os demo- Há, então, uma abstenção e dois votos contra. cratas e os tucanos garantem a presença. A Senadora Marisa, o Senador César Borges... O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL – RN) – Sr. Presi- – ES) – Isso já é a maioria da composição da Mesa, dente, todo o Partido Democratas vota contra a maté- de maneira que a Mesa não se furtará. A Mesa, então, ria. Ele não está obstruindo, não vai pedir verificação se reunirá para receber e deliberar sobre a matéria, de quórum, mas vota contra a matéria. quando provocada e no ato da sua entrega. O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL –RN) – Com a – ES) – Então, vamos contar os votos do Democra- presença de V. Exª? tas. (Pausa.) O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR São 17 votos. – ES) – Sem dúvida alguma. O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – Sr. O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL – RN) – O Sena- Presidente, do mesmo modo, o PSDB – não pelo mé- dor Leomar Quintanilha tem uma questão importante rito, mas pelo princípio em relação aos créditos – vota a fazer. contra a matéria, sem pedir verificação de quórum e, O SR. LEOMAR QUINTANILHA (PMDB – TO. portanto, sem fazer a “mais mínima” obstrução nesse Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Presidente, a episódio. provocação a que V. Exª faz referência é um requeri- O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR mento por escrito ou é essa convocação verbal que – ES) – Com o voto contrário do PSDB, são trinta vo- nós já fizemos? tos contrários. O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR A SRA. IDELI SALVATTI (Bloco/PT – SC) – Sr. – ES) – É a documentação oficial; essa que o Senador Presidente, pela Liderança do Bloco de Apoio ao Go- José Agripino acabou de falar. verno, o voto é favorável à matéria. O SR. LEOMAR QUINTANILHA (PMDB – TO) O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR – Nós vamos encaminhá-la, então. Obrigado. – ES) – Continua em discussão a Medida Provisória, O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR em turno único. (Pausa.) – ES) – Vamos então ao parecer preliminar da Relatora Não havendo quem peça a palavra, encerro a revisora, Senadora Ideli Salvatti, que é pelo atendimento discussão. dos pressupostos constitucionais de relevância e urgên- Em votação a Medida Provisória. cia e pela adequação financeira da Medida Provisória, As Srªs e os Srs. Senadores que a aprovam quei- nos termos do art. 8º da Resolução nº 1, de 2002. No ram permanecer sentados. (Pausa.) mérito, é pela aprovação da Medida Provisória. O PSDB e o DEM são contrários. Em votação os pressupostos de relevância e ur- Aprovada. gência, adequação financeira e orçamentária. (Pau- A matéria vai à promulgação. sa.) É a seguinte a matéria aprovada: JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 391 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23553 392 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23554 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB – RR. Pela or- As Srªs e os Srs. Senadores já podem votar. dem.) – Sr. Presidente, pelo acordo com as Lideranças, (Procede-se à votação.) votamos as duas medidas provisórias e votaríamos agora as indicações das autoridades da Comissão de O SR. ALOIZIO MERCADANTE (Bloco/PT – SP) Valores Mobiliários. São indicações de três autorida- – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. des que estão sobre a mesa. O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR – ES) – Senador Aloizio Mercadante, tem V. Exª a pa- – ES) – Havendo acordo, então, votaremos as três in- lavra pela ordem. dicações de autoridades. O SR. ALOIZIO MERCADANTE (Bloco/PT – SP. O SR. VALTER PEREIRA (PMDB – MS) – Sr. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presiden- Presidente, peço a palavra pela ordem. te, eu queria reafirmar que a Drª Maria Helena está O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR sendo reconduzida à CVM, agora na condição de – ES) – Tem a palavra o Senador Valter Pereira. Presidente. O SR. VALTER PEREIRA (PMDB – MS. Pela Trata-se de uma economista formada pela Uni- ordem.) – Sr. Presidente, eu tinha requerido a in- versidade de São Paulo, com uma longa trajetória clusão da votação de uma matéria de interesse do profissional na área. Município de Campo Grande. Como já foram vota- Atualmente, a Bovespa é um instrumento muito das as medidas provisórias, por que essa matéria importante de captação de recursos para financiar, a não foi incluída? custo praticamente zero, as empresas brasileiras. Tive- O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR mos a valorização das empresas, nestes últimos quatro – ES) – Senador Valter Pereira, não existe essa pos- anos e meio, em mais de 400% e estamos batendo sibilidade porque a Ordem do Dia está obstruída por todos os recordes históricos. É um momento bastan- medida provisória. te favorável da economia internacional em termos de O SR. VALTER PEREIRA (PMDB – MS) – Obri- liquidez, e só de emissão primária de ações tivemos gado, Sr. Presidente. US$32 bilhões nos últimos 12 meses. É dinheiro novo, O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR que gera investimento, que gera crescimento susten- – ES) – Já houve manifestação do Líder do Governo tável, que gera emprego e que fortalece o mercado de que há acordo com os demais Partidos. de capitais. Item extrapauta: Há dois diretores da CVM que estão concluin- PARECER Nº 607, DE 2007 do o mandato. Portanto, agradeço a contribuição dos (Escolha de autoridade) Partidos de Oposição por, hoje, de acordo com esse entendimento, votarmos essas autoridades que vão Discussão, em turno único, do Pare- dar continuidade ao trabalho da Comissão de Valores cer nº 607, de 2007, da Comissão de As- Mobiliários, uma instituição fundamental ao Ibovespa suntos Econômicos, Relatora: Senadora e, portanto, um instrumento do mercado de capitais Serys Slhessarenko, sobre a Mensagem nº do País. 111, de 2007 (nº 472/2007, na origem), pela Quero destacar, também, que foram aprovados qual o Presidente da República submete à na CAE, por unanimidade, os três indicados para a deliberação do Senado a indicação da Se- Comissão de Valores Mobiliários. nhora Maria Helena dos Santos Fernandes O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR de Santana para exercer o cargo de Presi- – ES) – Concedo a palavra ao Senador Gerson Ca- dente da Comissão de Valores Mobiliários mata. – CVM. O SR. GERSON CAMATA (PMDB – ES. Pela Discussão do parecer. (Pausa.) ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, V. Declaro encerrada a discussão. Exª está ao lado do Presidente do Conselho de Ética, Passa-se à votação, que, de acordo com o dis- Senador Leomar Quintanilha. posto no art. 383, inciso VII, do Regimento Interno, Para que tenhamos, amanhã, um calendário deve ser procedida por escrutínio secreto. do que vai ocorrer e para que possamos nos pro- JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 393 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23555 gramar, eu queria fazer uma sugestão, se V. Exª me O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM. Pela or- permitir. dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, é bem O Conselho de Ética ou o Presidente do Conse- simples, é só para... Nem precisa mais. lho de Ética e os três Relatores se reuniriam às nove Mas peço, para a próxima votação, a presença horas e a Mesa seria convocada para uma reunião ao dos Senadores do PSDB, a fim de que cumpramos o meio-dia. Feitas as perguntas, elas seriam levadas, acordo que fizemos. ao meio-dia, à Mesa, que já estaria pronta para rece- Temos mais duas autoridades, Líder? Mais uma bê-las, fazer a reunião e, de acordo com a votação, ou duas autoridades? despachá-las. O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB – RR) – Mais duas autoridades. Então, todos nós teríamos um calendário, um O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – Mais organograma daquilo que vai ocorrer amanhã, com duas. hora de início e de término de cada evento e cada ato, Portanto, peço a presença dos Senadores do para não ficarmos aguardando chamada, telefonema PSDB para cumprirmos o compromisso que assumi- e convocações. mos, Sr. Presidente. Sr. Presidente, se V. Exª me permite, essa é a O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB – RR) – Sr. Pre- sugestão que faço a V. Exª e ao Senador Leomar sidente, pela ordem. Quintanilha. O SR. MARCELO CRIVELLA (Bloco/PRB – RJ) O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR – Sr. Presidente, pela ordem. – ES) – Senador Gerson Camata, repita para o Sena- O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR dor Quintanilha a sugestão de V. Exª. – ES) – Só um minuto, para que eu possa prorrogar a O SR. GERSON CAMATA (PMDB – ES) – V. Exª sessão por mais 20 minutos, lembrando que nós temos me ouve, Senador? sessão do Congresso Nacional. Eu queria que V. Exª, Senador Leomar Quinta- Senador Marcelo Crivella. Em seguida... nilha, que está ao lado do Presidente, convocasse O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB – RR. Pela or- já uma reunião do Conselho de Ética ou que V. Exª dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu pe- se reunisse com os três Relatores do Conselho de diria só que V. Exª abrisse o painel, já que há mais de Ética amanhã, às 9 horas. Ao mesmo tempo, o Se- 41 votantes. É para ganhar tempo, já que temos mais nador Magno Malta convocaria reunião da Mesa Di- duas votações. retora para amanhã ao meio-dia, na esperança de O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR que, durante essas três horas, os três Relatores e – ES) – Já estamos votando. V. Exª preparassem as perguntas que deverão ser O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Sr. remetidas à Mesa Diretora, para que a Mesa Dire- Presidente. O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB – RR) – Podemos tora pratique o ato de permitir que a Polícia Federal abrir. Podemos apurar o resultado. investigue aqueles fatos contidos nas perguntas que O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR serão endereçadas. – ES) – Já quer abrir o painel? Isso faria que todos nós soubéssemos dos fatos O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Sr. que vão ocorrer amanhã, da hora em que eles vão co- Presidente. meçar e da hora em que eles vão terminar, para não O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR ficar tudo em suspenso e, por acaso, por causa disso, – ES) – É processo de votação, Senador. ocorrerem problemas de retardamento da tramitação O SR. MARCELO CRIVELLA (Bloco/PRB – RJ) desses processos. – Sr. Presidente. É a questão de ordem e uma sugestão que faço O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR a V. Exª. – ES) – Só um momento, Senador Crivella. O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Sr. Já estamos em processo de votação. Estão vo- Presidente. tando. O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR V. Exª está me pedindo para encerrar a vota- – ES) – Senador Arthur Virgílio. ção? 394 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23556 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 Com a palavra o Senador Marcelo Crivella. De forma que eu queria fazer essa justificativa O SR. MARCELO CRIVELLA (Bloco/PRB – RJ. pelo fato de haver um questionamento com relação a Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, sua ausência. apenas quero dizer a V. Exª que eu gostaria de fazer Faço este registro na oportunidade em que envio menção, neste momento, à passagem brilhante, fulgu- a esse grande companheiro voto de profundo pesar rante, extraordinária de alguém que esteve aqui entre por esta perda. nós, que é o Senador Wilson Matos. Ele se despede O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR do convívio conosco em plenário, pois amanhã retor- – ES) – A Mesa se solidariza com a família do Sena- nará o Senador Alvaro Dias. dor Demóstenes Torres. Quero ressaltar o trabalho profícuo, qualificado, A Mesa foi comunicada do passamento da irmã de um educador. A obra que esse homem tem no Pa- dele, Srª Maria Delurdes, ocorrido em Goiânia, e nós raná é realmente extraordinária. Durante todo o tempo somos solidários e abraçamos essa família enlutada do em que esteve conosco, adotou uma postura sempre nosso companheiro Senador Demóstenes Torres. construtiva, colaboradora. Ele apresentou mais de dez Que Deus conforte a família! projetos. Assim, eu gostaria, até como um dever de Com a palavra o Senador Leomar Quintanilha. consciência, de ressaltar o seu trabalho. S. Exª não é Em seguida, encerrarei a votação. do meu Partido, é do PSDB, é da Oposição, adversá- O SR. LEOMAR QUINTANILHA (PMDB – TO. rio, mas não passou aqui em brancas nuvens, tendo Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, mostrado um trabalho extraordinário. apenas para fazer um esclarecimento ao nobre Se- A S. Exª e a sua família as recomendações do nador Gerson Camata, que, certamente, querendo PRB por esse tão dignificante trabalho. contribuir para o andamento dos trabalhos realizados Era isso o que queria dizer, Sr. Presidente. pelos Relatores do Conselho de Ética, sugeriu que a O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR reunião fosse marcada para amanhã, às nove horas – ES) – Só um minutinho, Senador Heráclito Fortes da manhã. e Senador Leomar Quintanilha, pois já concederei a Gostaria de dizer ao nobre Senador Gerson Ca- palavra a V. Exªs. mata que essa reunião já foi acordada entre os três Posso encerrar à votação? Relatores para amanhã, ao meio-dia. E a nossa pro- O SR. SIBÁ MACHADO (Bloco/PT – AC) – positura é para que a Mesa possa se reunir depois Não. desse horário, para receber a documentação que os O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI. Pela Relatores estão preparando. ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR gostaria apenas de fazer um registro aqui. – ES) – Vou encerrar a votação. O Senador Demóstenes Torres, um Parlamentar Encerrada a votação. sempre presente, hoje não pôde vir a esta Casa. Fa- Vou proclamar o resultado. leceu uma irmã sua e ele guarda luto. (Procede-se à apuração.) JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 395 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23557 396 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23558 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR O SR. CÉSAR BORGES (PFL – BA) – Sr. Presi- – ES) – Votaram SIM 50 Srs. Senadores; e NÃO, 8. dente, peço a palavra pela ordem. Houve uma abstenção. O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR Total: 59 votos. – ES) – Senador César Borges, da Bahia. Está aprovado. O SR. CÉSAR BORGES (PFL – BA. Pela or- Será feita a devida comunicação ao Senhor Pre- dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero sidente da República. me colocar na mesma posição de outros membros da O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR – ES) – Item extrapauta: Mesa, como o Senador Gerson Camata, e, havendo compromisso do Conselho de Ética de encaminhar, a PARECER DE Nº 608, DE 2007 qualquer momento do dia de amanhã – claro que, se (Escolha de Autoridade) for até ao meio-dia, melhor, porque poderemos nos Discussão, em turno único, do Parecer desincumbir dessa função o mais rapidamente pos- nº 608, de 2007 da Comissão de Assuntos sível; mas, se for à tarde, da mesma forma ‑, estare- Econômicos, Relator: Senador Garibaldi mos aqui cumprindo nosso papel como membros da Alves Filho, sobre a Mensagem nº 112, de Mesa Diretora para analisarmos o processo que será 2007 (nº 473/2007, na origem), pela qual o encaminhado da comissão do Conselho de Ética para Presidente da República submete à delibe- a Mesa Diretora. ração do Senado a indicação do Sr. Marcos Não será, de forma alguma, a ausência pelo Barbosa Pinto, para exercer o cargo de Di- menos minha na Mesa Diretora. Estaremos presen- retor da Comissão de Valores Mobiliários tes aqui, a qualquer momento, a qualquer hora, seja – CVM, na vaga da Srª Maria Helena dos Santos Fernandes de Santana. do dia de amanha ou até na sexta-feira, para cumprir o nosso papel. Discussão do parecer. (Pausa.) O SR. PRESIDENTE (Magno Malta Bloco/PR Não havendo quem peça a palavra, declaro en- – ES) – Todos os Senadores já votaram? (Pausa). cerrada a discussão. Passa-se à votação, que, de acordo com o dis- Lembro às Srªs e aos Srs. Senadores que temos posto no art. 383, inciso VII, do Regimento Interno, ainda mais uma votação acordada. deve ser procedida por escrutínio secreto. Encerrada a votação. Vou proclamar o resulta- As Srªs e os Srs. Senadores já podem votar. do. (Procede-se à votação.) (Procede-se à apuração.) JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 397 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23559 398 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23560 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 O SR. PRESIDENTE (Magno Malta Bloco/PR que convalida a representação no Parlamento do – ES) – Votaram SIM 52 Srs. Senadores; e NÃO, 07. Mercosul. Houve uma abstenção. É muito importante a aprovação desta resolução, Total: 60 que foi encaminhada à Mesa. Aprovado, por 60 votos. O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR Será feita a devida comunicação ao Senhor Pre- – ES) – É no Congresso, Senador. sidente da República. O SR. ALOIZIO MERCADANTE (Bloco/PT – SP) O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR – É uma resolução do Congresso, mas precisa ser vo- – ES) – Item extrapauta: tada no Senado, não é? (Pausa.) Será apreciada em sessão do Congresso? Está PARECER Nº 609, DE 2007 ótimo. Então, votaremos depois, na sessão do Con- (Escolha de Autoridade) gresso que teremos logo a seguir. Discussão, em turno único, do Parecer O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – Sr. nº 609, de 2007, da Comissão de Assuntos Presidente. Econômicos, Relator: Senador Edison Lo- O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR bão, sobre a Mensagem nº 113, de 2007 (nº – ES) – Concedo a palavra ao Senador Arthur Vir- 474/2007, na origem), pela qual o Presiden- gílio. te da República submete à deliberação do O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM. Pela Senado a indicação do Senhor Durval José ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, so- Soledade Santos para exercer o cargo de bre esse tema, fui procurado há pouco pelo Senador Diretor da Comissão de Valores Mobiliários Eduardo Azeredo, que me trouxe a solicitação feita – CVM, na vaga do Senhor Pedro Oliva Mar- pelo Deputado Dr. Rosinha, companheiro de Partido cilio de Sousa. do Senador Mercadante, e disse que, em homenagem Discussão do parecer. (Pausa.) ao Deputado e sobretudo em homenagem ao Parla- Não havendo quem peça a palavra, encerro a mento, que será por nós apoiado, o PSDB se coloca inteiramente de acordo com a idéia. discussão. (PSDB – PA) – Sr. Pre- Passa-se à votação, que, de acordo com o dis- O SR. FLEXA RIBEIRO sidente, peço a palavra pela ordem. posto no art. 383, inciso VII, do Regimento Interno, (Magno Malta. Bloco/PR deve ser procedida por escrutínio secreto. O SR. PRESIDENTE – ES) – Concedo a palavra a V. Exª, pela ordem. As Srªs e os Srs. Senadores já podem votar. O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB – PA. Pela (Procede-se à votação.) ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, O SR. MARCONI PERILLO (PSDB – GO) – Sr. encaminhei ontem à Mesa um requerimento para Presidente. que fosse votado no plenário a criação de uma O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR comissão externa do Senado Federal, composta – ES) – Senador Marconi Perillo. por Senadores do Estado do Pará e por pelo me- O SR. MARCONI PERILLO (PSDB – GO. Pela nos dois membros da Comissão de Constituição ordem. Sem revisão do orador.) – Quero registrar meu e Justiça, da Comissão de Direitos Humanos, da voto favorável nas duas votações anteriores. Comissão de Assuntos Sociais e da Subcomissão O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR de Combate ao Trabalho Escravo, para que pudés- – ES) – A Ata registrará a manifestação de V. Exª. semos visitar as instalações da empresa Pagrisa, Senador Mercadante. no Município de Ulianópolis, no Estado do Pará, O SR. ALOIZIO MERCADANTE (Bloco/PT – SP. que foi alvo de uma força-tarefa do Ministério do Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presiden- Trabalho, que determinou o afastamento de 1.200 te, além das três autoridades, eu queria agradecer funcionários, com carteira assinada, plano de saú- a votação pelo Plenário do Senado de uma matéria de, atendimento odontológico, atendimento médico muito importante para o mercado de capitais: ha- e transporte. Impossível enquadrar uma empresa víamos acordado votar uma resolução da Câma- desse nível como submetendo seus trabalhadores ra dos Deputados sobre a Comissão do Mercosul, ao trabalho degradante. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 399 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23561 Estou ao lado do Senador José Nery, Presiden- Então, faço esse convite aos meus Pares, para te da Subcomissão de Combate ao Trabalho Escra- que possamos ir até Ulianópolis, para mostrar e des- vo. Não foi possível votar o requerimento, porque a caracterizar o que foi feito por essa força-tarefa, talvez pauta está obstruída, está trancada pelas medidas com segundas intenções, do Ministério do Trabalho. provisórias. O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR – Sr. Presidente, Senador Magno Malta, convi- ES) – Antes de encerrar o processo de votação, desejo do os Senadores que se dispuserem a compor uma fazer uma observação. Aproximam-se os 17 anos do comissão para que possamos ir até a empresa. E já ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), e quero faço o convite aqui ao Senador José Nery e ao Se- ressaltar que, embora eu lute a favor da redução da nador Mário Couto, Senadores pelo Estado do Pará, maioridade penal, nada é tão bom absolutamente que à Senadora Kátia Abreu, que já aceitou o convite, não precise de mudanças. e a qualquer outro Senador que queira ir, ao Sena- O ECA tem coisas maravilhosas a serem con- dor Sibá Machado, ao Senador Eduardo Suplicy, tinuadas e outras mudadas; mas há que se louvar o ao Senador Wellington Salgado, à Senadora Serys ECA por esses 17 anos, embora muito pouco se tenha Slhessarenko, ao Senador Sérgio Guerra, ao Sena- feito. Se tivéssemos pelo menos colocado em prática dor Tasso Jereissati, à Senadora Roseana Sarney, os centros de reabilitação referidos no ECA para me- ao Senador João Pedro, para que possamos ir até nores infratores, certamente estaríamos vivendo dias lá verificar, para que não seja praticado, talvez, um diferentes nesta violência que avassalou a sociedade ato que vá prejudicar uma empresa que produz 50 brasileira. milhões de litros de álcool por ano e que tem 11 Todos os Srs. Senadores já votaram? (Pausa.) mil hectares de cana plantados sem ter derrubado Encerrada a votação. uma única árvore, transformando o que era pasto Vou proclamar o resultado. em plantio de cana. (Procede-se à apuração.) 400 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23562 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 401 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23563 O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR Relator revisor: – ES) – Votaram SIM 53 Srs. Senadores. (Sobrestando a pauta a partir de: 16-6- Votaram NÃO 08 Srs. Senadores. 2007) Abstenção: 01. Prazo final (prorrogado): 12-9-2007 Total: 62 Está aprovada. 5 Será feita a devida comunicação ao Senhor Pre- MEDIDA PROVISÓRIA Nº 368, DE 2007 sidente da República. (Encontra-se sobrestando a pauta, nos termos do O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR § 6º do art. 62 da Constituição Federal) – ES) – Está encerrada a Ordem do Dia. Discussão, em turno único, da Medida São os seguintes os itens cuja apreciação será trans- Provisória nº 368, de 2007, que dispõe sobre ferida para a próxima sessão deliberativa ordinária: a prestação de auxílio financeiro pela União 3 aos Estados, ao Distrito Federal e aos Muni- PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO cípios, no exercício de 2007, com o objetivo Nº 19, DE 2007 de fomentar as exportações do País. (Proveniente da Medida Provisória nº 366, de 2007) Relator revisor: (Encontra-se sobrestando a pauta, nos termos do (Sobrestando a pauta a partir de: 21-6- § 6º do art. 62 da Constituição Federal) 2007) Discussão, em turno único, do Projeto de Prazo final (prorrogado): 17-9-2007 Lei de Conversão nº 19, de 2007, que dispõe 6 sobre a criação do Instituto Chico Mendes de MEDIDA PROVISÓRIA Nº 370, DE 2007 Conservação da Biodiversidade – Instituto Chi- (Encontra-se sobrestando a pauta, nos termos do co Mendes; altera as Leis nºs 7.735, de 22 de § 6º do art. 62 da Constituição Federal) fevereiro de 1989, 11.284, de 2 de março de 2006, 9.985, de 18 de julho de 2000, 10.410, Discussão, em turno único, da Medida de 11 de janeiro de 2002, 11.156, de 29 de Provisória nº 370, de 2007, que abre crédito julho de 2005, 11.357, de 19 de outubro de extraordinário, em favor do Ministério da Agri- 2006, e 7.957, de 20 de dezembro de 1989; cultura, Pecuária e Abastecimento, no valor revoga dispositivos da Lei nº 8.028, de 12 de de vinte e cinco milhões de reais, para o fim abril de 1990, e da Medida Provisória nº 2.216- que especifica. 37, de 31 de agosto de 2001; e dá outras pro- Relator revisor: vidências (proveniente da Medida Provisória (Sobrestando a pauta a partir de: 25-6- nº 366, de 2007). 2007) Relator revisor: Prazo final (prorrogado): 21-9-2007 (Sobrestando a pauta a partir de: 11-6- 2007) 7 Prazo final (prorrogado): 7-9-2007 PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO Nº 18, DE 2007 4 (Proveniente da Medida Provisória nº 371, de 2007) PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO (Encontra-se sobrestando a pauta, nos termos do Nº 20, DE 2007 (Proveniente da Medida Provisória nº 367, de 2007) § 6º do art. 62 da Constituição Federal) (Encontra-se sobrestando a pauta, nos termos do Discussão, em turno único, do Projeto de § 6º do art. 62 da Constituição Federal) Lei de Conversão nº 18, de 2007, que altera Discussão, em turno único, do Projeto dispositivos da Lei nº 569, de 21 de dezembro de Lei de Conversão nº 20, de 2007, que abre de 1948, que estabelece medidas de defesa crédito extraordinário, em favor dos Ministérios sanitária animal (proveniente da Medida Pro- dos Transportes e da Defesa, no valor global visória nº 371, de 2007). de quatrocentos e quinze milhões, quinhentos Relator revisor: e setenta e cinco mil e dez reais, para os fins (Sobrestando a pauta a partir de: 25-6- que especifica, (proveniente da Medida Pro- 2007) visória nº 367, de 2007). Prazo final (prorrogado): 21-9-2007 402 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23564 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 8 senvolvimento (BIRD) [financiamento parcial PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO do Proágua]. Nº 211, DE 2007 (Incluído em Ordem do Dia, nos termos do parágrafo 11 único do art. 353 do Regimento Interno) PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 23, DE 2007 (Em regime de urgência, nos termos do Requerimento Discussão, em turno único, do Projeto de nº 670, de 2007 – art. 336, II) Decreto Legislativo nº 211, de 2007 (apresen- tado como conclusão do Parecer nº 575, de Discussão, em turno único, do Projeto de 2007, da Comissão de Assuntos Econômicos, Resolução nº 23, de 2007 (apresentado pela Relatora ad hoc: Senadora Ideli Salvatti), que Comissão de Assuntos Econômicos como aprova a Programação Monetária relativa ao conclusão de seu Parecer nº 270, de 2007, segundo trimestre e para o ano de 2007. Relator: Senador Valdir Raupp), que autoriza a República Federativa do Brasil a conceder 9 garantia à operação de crédito externo, a ser PROJETO DE LEI DO SENADO contratada pelo Banco Nacional de Desen- Nº 412, DE 2003-COMPLEMENTAR volvimento Econômico e Social – BNDES, no (Em regime de urgência nos termos do Requerimento valor total equivalente a até cinqüenta milhões nº 647, de 2007 – art. 336, inciso II) de dólares dos Estados Unidos da América, junto ao Banco Europeu de Investimento – BEI Discussão, em turno único, do Projeto (financiamento do Programa Multissetorial BEI de Lei do Senado nº 412, de 2003-Comple- – Linha de Crédito). mentar, de autoria do Senador Antonio Carlos Magalhães, que estabelece a competência do 12 Conselho Administrativo de Defesa Econômi- PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 22, DE 2007 ca (CADE), para prevenir e reprimir infrações (Em regime de urgência, nos termos do Requerimento contra a ordem econômica e contra a concor- nº 671, de 2007 – art. 336, inciso II) rência no Sistema Financeiro Nacional e dá outras providências. Discussão, em turno único, do Projeto de Pareceres sob nºs 109 e 110, de 2007, Resolução nº 22, de 2007 (apresentado pela das Comissões Comissão de Assuntos Econômicos como – de Constituição, Justiça e Cidadania, conclusão de seu Parecer nº 269, de 2007, Relator: Senador César Borges, favorável, Relator: Senador Valdir Raupp), que autoriza com as Emendas nºs 1 a 6-CCJ, que apre- o Estado da Bahia a contratar operação de senta; e crédito externo, com garantia da União, com – de Assuntos Econômicos, Relatora: o Banco Internacional para a Reconstrução Senadora Serys Slhessarenko, favorável ao e o Desenvolvimento (BIRD), no valor de até Projeto e às Emendas nºs 1 a 6-CCJ, apre- cem milhões de dólares dos Estados Unidos da sentando a Emenda nº 7-CAE. América (financiamento parcial do Premar). 10 13 PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 19, DE 2007 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO (Em regime de urgência nos termos do Requerimento Nº 57, DE 2005 nº 669, de 2007 – art. 336, inciso II) (Votação nominal) Discussão, em turno único, do Projeto de Votação, em primeiro turno, da Proposta Resolução nº 19, de 2007 (apresentado pela de Emenda à Constituição nº 57, de 2005, ten- Comissão de Assuntos Econômicos como do como primeiro signatário o Senador Marco conclusão de seu Parecer nº 245, de 2007, Maciel, que dá nova redação ao § 4º do art. Relator ad hoc: Senador Francisco Dornelles), 66 da Constituição, para permitir que os vetos que autoriza a República Federativa do Brasil sejam apreciados separadamente no Senado a contratar operação de crédito externo, no Federal e na Câmara dos Deputados. valor total de cinqüenta milhões de dólares Pareceres sob nºs 779, de 2006; e 272, dos Estados Unidos da América, com o Ban- de 2007, da Comissão de Constituição, Justi- co Internacional para a Reconstrução e o De- ça e Cidadania, – 1º pronunciamento (sobre a JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 403 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23565 Proposta): Relator: Senador Ramez Tebet, fa- nos termos da Emenda nº 1-CCJ (Substitutivo), vorável; – 2º pronunciamento (sobre a Emenda que oferece, com votos contrários dos Sena- nº 1, de Plenário): Relator: Senador Adelmir dores Eduardo Suplicy e Sibá Machado, e, em Santana, favorável, e apresentando a Emenda separado, da Senadora Ideli Salvatti. nº 2-CCJ, de redação. 17 14 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 58, DE 2005 Nº 2, DE 2007 Primeira sessão de discussão, em pri- Terceira sessão de discussão, em primei- meiro turno, da Proposta de Emenda à Cons- ro turno, da Proposta de Emenda à Constituição tituição nº 58, de 2005, tendo como primeiro nº 2, de 2007, tendo como primeiro signatário signatário o Senador Flexa Ribeiro, que altera o Senador Marco Maciel, que acrescenta pará- o art. 159 da Constituição Federal, para deter- grafo ao art. 17 da Constituição Federal, para minar a transferência, aos Estados, ao Distrito autorizar distinções entre partidos políticos, Federal e aos Municípios, de parte do produto para fins de funcionamento parlamentar, com da arrecadação do imposto de importação e base no seu desempenho eleitoral. do imposto sobre produtos industrializados, Parecer sob nº 91, de 2007, da Comissão proporcionalmente ao saldo de suas balanças de Constituição, Justiça e Cidadania, Relator: Senador Jarbas Vasconcelos, favorável, com comerciais com o exterior. as Emendas nºs 1 e 2-CCJ, que apresenta, Parecer sob nº 291, de 2006, da Comissão com votos contrários dos Senadores Antonio de Constituição, Justiça e Cidadania, Relator ad Carlos Valadares e José Nery, e, em separado, hoc: Senador João Batista Motta, favorável, com do Senador Inácio Arruda. a Emenda nº 1-CCJ, que apresenta, com votos contrários das Senadoras Ideli Salvatti e Serys 15 Slhessarenko, do Senador Eduardo Suplicy, e, PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO em separado, do Senador Sibá Machado. Nº 5, DE 2007 18 Segunda sessão de discussão, em pri- PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 132, DE 2005 meiro turno, da Proposta de Emenda à Consti- tuição nº 5, de 2007, tendo como primeiro sig- Discussão, em turno único, do Projeto de natário o Senador Antonio Carlos Magalhães, Lei da Câmara nº 132, de 2005 (nº 4.412/2001, que cria o Fundo de Combate à Violência e na Casa de origem), que regulamenta o exer- Apoio às Vítimas da Criminalidade. cício da profissão de Supervisor Educacional Parecer sob nº 191, de 2007, da Comis- e dá outras providências. são de Constituição, Justiça e Cidadania, Re- Pareceres favoráveis, sob nºs 541 e 925, lator: Senador Demóstenes Torres, favorável, de 2006 das Comissões de Assuntos Sociais, com as Emendas nºs 1 a 3-CCJ, que apresenta, Relator: Senador Wellington Salgado de Olivei- e abstenção do Senador Jefferson Péres. ra; e de Educação (em audiência, nos termos 16 do Requerimento nº 642, de 2006), Relator: PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Senador Sérgio Zambiasi. Nº 50, DE 2005 19 Primeira sessão de discussão, em primei- PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 83, DE 2006 ro turno, da Proposta de Emenda à Constituição nº 50, de 2005, tendo como primeiro signatário Discussão, em turno único, do Projeto de o Senador Osmar Dias, que acrescenta inciso Lei da Câmara nº 83, de 2006 (nº 1.996/2003, ao art. 159 da Constituição Federal, para o fim na Casa de origem), que fica instituído o Pro- de destinar ao Fundo de Participação dos Esta- grama Disque Idoso. dos e dos Municípios dez por cento do produto Pareceres favoráveis, sob nºs 282 e 283, da arrecadação das contribuições sociais e de de 2007, das Comissões de Constituição, Jus- intervenção no domínio econômico. tiça e Cidadania, Relator: Senador José Jorge; Parecer sob nº 290, de 2006, da Comis- e de Direitos Humanos e Legislação Partici- são de Constituição, Justiça e Cidadania, Re- pativa, Relatora ad hoc: Senadora Maria do lator: Senador Juvêncio da Fonseca, favorável, Carmo Alves. 404 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23566 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 20 aprova o texto da Convenção Adicional Alteran- PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 108, DE 2006 do a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Regular outras Questões em Matéria de Impos- Discussão, em turno único, do Projeto de tos sobre a Renda e o Protocolo Final assinados Lei da Câmara nº 108, de 2006 (nº 5.150/2001, em Brasília, em 23 de junho de 1972, entre o na Casa de origem), que institui o dia 27 de Governo da República Federativa do Brasil e setembro de cada ano como o Dia Nacional o Governo do Reino da Bélgica, celebrado em dos Vicentinos. Brasília, em 20 de novembro de 2002. Parecer favorável, sob nº 88, de 2007, Parecer favorável, sob nº 991, de 2006, da Comissão de Educação, Relator: Senador Marco Maciel. da Comissão de Relações Exteriores e Defe- sa Nacional, Relator ad hoc: Senador Arthur 21 Virgílio. PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 33, DE 2007 (Tramitando nos termos dos arts. 142 e 143 do 24 Regimento Comum) PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 502, DE 2006 Primeira sessão de discussão, em primei- ro turno, do Projeto de Lei da Câmara nº 33, Discussão, em turno único, do Projeto de 2007 (nº 4.125/2004, na Casa de origem), de Decreto Legislativo nº 502, de 2006 (nº de iniciativa da Comissão Parlamentar Mista 1.392/2004, na Câmara dos Deputados), que de Inquérito da Exploração Sexual, que torna aprova o texto da Convenção nº 178 relativa à obrigatória a divulgação pelos meios que es- Inspeção das Condições de Vida e de Trabalho pecifica de mensagem relativa à exploração dos Trabalhadores Marítimos bem como o texto sexual e tráfico de crianças e adolescentes da Recomendação nº 185, ambas da Organiza- apontando formas para efetuar denúncias. ção Internacional do Trabalho – OIT e assinadas em Genebra, em 22 de outubro de 1996. 22 Parecer favorável, sob nº 124, de 2007, PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 35, DE 2007 da Comissão de Relações Exteriores e Defe- (Tramitando nos termos dos arts. 142 e 143 do sa Nacional, Relator : Senador Antônio Carlos Regimento Comum) Valadares. Primeira sessão de discussão, em primei- 25 ro turno, do Projeto de Lei da Câmara nº 35, de PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 2007 (nº 4.126/2004, na Casa de origem), de Nº 503, DE 2006 iniciativa da Comissão Parlamentar Mista de In- quérito da Exploração Sexual, que acrescenta a Discussão, em turno único, do Projeto Seção VIII ao Capítulo III – Dos Procedimentos de Decreto Legislativo nº 503, de 2006 (nº – do Título VI – Do Acesso à Justiça – da Parte 1.836/2005, na Câmara dos Deputados), que Especial da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 aprova o texto do Acordo entre a República – Estatuto da Criança e do Adolescente, dispon- Federativa do Brasil e a República Portuguesa do sobre a forma de inquirição de testemunhas e sobre Facilitação de Circulação de Pessoas, ce- produção antecipada de prova quando se tratar lebrado em Lisboa, em 11 de julho de 2003. de delitos tipificados no Capítulo I do Título VI Parecer favorável, sob nº 125, de 2007, do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de da Comissão de Relações Exteriores e De- 1940 – Código Penal, com vítima ou testemu- fesa Nacional, Relator: Senador Jarbas Vas- nha criança ou adolescente e acrescenta o art. concelos. 469-A ao Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal. 26 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 23 Nº 504, DE 2006 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 204, DE 2006 Discussão, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 504, de 2006 (nº Discussão, em turno único, do Projeto 2.145/2006, na Câmara dos Deputados), que de Decreto Legislativo nº 204, de 2006 (nº aprova o texto do Acordo entre o Governo da 1.798/2005, na Câmara dos Deputados), que República Federativa do Brasil e o Governo da JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 405 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23567 República da Croácia sobre Cooperação no 30 Campo de Veterinária, celebrado em Zagreb, PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO em 20 de abril de 2004. Nº 30, DE 2007 Parecer favorável, sob nº 126, de 2007, da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Discussão, em turno único, do Proje- Nacional, Relator: Senador Marcelo Crivella. to de Decreto Legislativo nº 30, de 2007 (nº 1.395/2004, na Câmara dos Deputados), que 27 aprova o texto do Memorando de Entendimen- PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO to entre o Governo da República Federativa Nº 4, DE 2007 do Brasil e o Governo da República de Cuba Discussão, em turno único, do Projeto de para Cooperação Técnica em Matéria de Saú- Decreto Legislativo nº 4, de 2007 (nº 278/99, de Animal e Sanidade Vegetal, celebrado em na Câmara dos Deputados), que aprova o Havana, em 26 de setembro de 2003. texto do Acordo Relativo à Implementação da Parecer favorável, sob nº 386, de 2007, Parte XI da Convenção das Nações Unidas da Comissão de Relações Exteriores e De- sobre o Direito do Mar, de 10 de dezembro fesa Nacional, Relatora: Senadora Rosalba de 1982, concluído em Nova Iorque, em 29 Ciarlini. de julho de 1994. Parecer favorável, sob nº 170, de 2007, 31 da Comissão de Relações Exteriores e Defesa PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nacional, Relator: Senador Marco Maciel. Nº 31, DE 2007

28 Discussão, em turno único, do Proje- PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO to de Decreto Legislativo nº 31, de 2007 (nº Nº 24, DE 2007 1.546/2004, na Câmara dos Deputados), que Discussão, em turno único, do Proje- aprova o texto do Acordo entre o Governo da to de Decreto Legislativo nº 24, de 2007 (nº República Federativa do Brasil e o Governo da 638/2003, na Câmara dos Deputados), que República de Moçambique sobre Cooperação aprova o texto da Convenção Interamericana Técnica e Procedimentos nas Áreas Sanitária sobre Assistência Mútua em Matéria Penal, e Fitossanitária, celebrado em Maputo, em 5 assinada em Nassau em 23 de maio de 1992 de novembro de 2003. e de seu Protocolo Facultativo, assinado em Parecer favorável, sob nº 387, de 2007, Manágua em 11 de junho de 1993. da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Parecer favorável, sob nº 344, de 2007, Nacional, Relator: Senador Marcelo Crivella. da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, Relator: Senador Paulo Duque. 32 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 29 Nº 32, DE 2007 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 29, DE 2007 Discussão, em turno único, do Proje- to de Decreto Legislativo nº 32, de 2007 (nº Discussão, em turno único, do Proje- to de Decreto Legislativo nº 29, de 2007 (nº 1.732/2005, na Câmara dos Deputados), que 1.324/2004, na Câmara dos Deputados), que aprova o texto do Acordo de Cooperação Ju- aprova o texto do Acordo sobre Cooperação dicial em Matéria Penal entre o Governo da em Assuntos Relacionados à Defesa entre o República Federativa do Brasil e o Governo Governo da República Federativa do Brasil e da República de Cuba, celebrado em Havana, o Governo da República da Turquia, celebrado em 24 de setembro de 2002. em Brasília, em 14 de agosto de 2003. Parecer favorável, sob nº 278, de 2007, Parecer favorável, sob nº 171, de 2007, da Comissão de Relações Exteriores e De- da Comissão de Relações Exteriores e Defesa fesa Nacional, Relator: Senador Jarbas Vas- Nacional, Relator: Senador Romeu Tuma. concelos. 406 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23568 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 33 das reuniões que a Ministra Dilma Rousseff fará com PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO os Governadores, os Prefeitos, bem como as datas em Nº 33, DE 2007 que o Presidente Lula irá aos Estados para assinar os contratos e os convênios do PAC Saneamento Habita- Discussão, em turno único, do Proje- ção. As Senadoras e os Senadores que desejarem ter to de Decreto Legislativo nº 33, de 2007 (nº acesso ao cronograma, tanto das reuniões da Ministra 1.759/2005, na Câmara dos Deputados), que Dilma com Governadores e Prefeitos, quanto da assi- aprova o texto do Acordo entre o Governo da natura dos atos, eu os tenho à disposição. República Federativa do Brasil e o Governo O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT – SP) da Romênia sobre Isenção Parcial de Vistos, – Sr. Presidente, pela ordem. celebrado em Bucareste, em 16 de outubro O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR de 2004. – ES) – Não havendo objeção do Plenário, aproveito Parecer favorável, sob nº 388, de 2007, que estamos aqui quase à unanimidade para votarmos da Comissão de Relações Exteriores e Defesa as indicações para a Comissão Representativa que Nacional, Relator ad hoc: Senador Mozarildo estará a postos durante o recesso parlamentar. Cavalcanti. Foram encaminhados à Mesa, em obediência à O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR Resolução nº 3, de 1990-CN, combinada com o art. – ES) – Ainda comunico, lá do nosso Estado, Senador 10-A do Regimento Comum, os nomes dos candida- Camata, que a revista Comunhão, tão importante no tos do Senado à eleição para comporem a Comissão nosso Espírito Santo, completa 10 anos de muitos ser- Representativa do Congresso Nacional, prevista no § viços prestados à comunidade. Nós nos congratulamos 4º do art. 58 da Constituição Federal, com mandato com esses 10 anos da revista Comunhão. para o período de 18 a 31 de julho de 2007. Concedo a palavra à Senadora Ideli Salvatti. Titulares Suplentes A SRA. IDELI SALVATTI (Bloco/PT – SC. Pela or- dem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, eu quero BLOCO PARLAMENTAR DA MINORIA comunicar à Casa que hoje pela manhã foi oficializado o grupo de trabalho da Comissão de Constituição e Jus- (PFL/PSDB) tiça que vai se esforçar, nos próximos 30 dias, visando Demóstenes Torres 1. Jonas Pinheiro a uma aceleração, a um verdadeiro mutirão para que, Edison Lobão 2. Marisa Serrano a exemplo do que já foi feito nos projetos de Segurança Lúcia Vânia 3. Arthur Virgílio Pública, tenhamos um resultado também da votação de inúmeros projetos para agilizar o rito processual na Jus- PMDB tiça, principalmente alterações no Código de Processo Renan Calheiros 1. Neuto De Couto Penal e no Código de Processo Civil. Valdir Raupp 2. Wellington Salgado de Oliveira A Comissão é composta pelos Senadores Moza- rildo Cavalcanti, Jefferson Péres, Pedro Simon, Romeu BLOCO DE APOIO AO GOVERNO Tuma e por mim. Nós já temos trabalho para o dia de amanhã. Às 14h, vamos conversar com o Presidente da (PT/PTB/PL/PSB/PcdoB/PRB/PP) Comissão de Constituição e Justiça da Câmara para ter- Sibá Machado 1. Inácio Arruda mos, também na Câmara, um procedimento semelhante Ideli Salvatti 2. Renato Casagrande ao que a Comissão de Constituição e Justiça adotará PDT/P-SOL aqui no Senado. Às 16 horas, seremos recebidos pela Ministra Ellen Gracie, Presidente do Supremo Tribunal Cristovam Buarque 1. José Nery Federal, para que S. Exª possa nos orientar e apresen- São as seguintes as indicações: tar sugestões para o trabalho da Comissão. Quero agradecer mais uma vez o pronto atendimen- Of. nº 67/07-DEM to ao nosso requerimento e a aprovação do grupo de tra- Brasília, 11 de julho de 2007 balho. Tenho certeza, Senador Romeu Tuma, que, como o grupo de trabalho que agilizou mais de duas dezenas de Senhor Presidente, projetos de lei na área da segurança pública, o resultado Em resposta ao Ofício nº SF/987/2007, dessa dessa Comissão também será bem-sucedido. Presidência, indico, para comporem a Comissão Re- Caso algum Senador queira – e já distribuí para presentativa do Congresso Nacional, a que se refere o alguns –, tenho, enviado pela Casa Civil, o cronograma § 4º do art. 58 da Constituição Federal, para mandato JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 407 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23569 no período de 18 a 31 de julho de 2007, os seguintes gresso Nacional, a que se refere o § 4º do art. 58 da Senhores Senadores: Constituição Federal, para mandato no período de 18 a 31 de julho de 2007. Titulares Suplente Atenciosamente, – Ideli Salvatti, Líder do Bloco Demóstenes Torres Jonas Pinheiro de Apoio ao Governo. Edison Lobão OFGSJP nº 45/2007 Cordialmente, – José Agripino, Líder do Demo- Brasília, 11 de julho de 2007 cratas no Senado Federal. Senhor Presidente, Ofício nº 145/07-GLPSDB Em atenção ao seu Of. SF/001/2007 e conforme Brasília, 11 de julho de 2007 entendimentos mantidos com a Liderança do P-SOL, indico os senadores Cristovam Buarque (PDT/DF) e Senhor Presidente, José Nery (P-SOL/PA), como membros titular e su- Em atenção ao ofício de V. Exª de nº 988, de 2007, plente respectivamente, para comporem a Comissão e de acordo com as vagas destinadas ao PSDB – Par- Representativa do Congresso Nacional, para mandato tido da Social Democracia Brasileira, venho indicar a no período de 18 a 31 de julho de 2007. seguinte composição para a Comissão Representativa Cordialmente, – Jefferson Péres – (PDT/AM) do Congresso Nacional: – Líder do PDT. O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR Titular Suplentes – ES) – Em votação as indicações. Senadora Lúcia Vânia Senadora Marisa Serrano As Srªs e os Srs. Senadores que as aprovam Senador Arthur Virgílio queriam permanecer sentados. (Pausa.) Na oportunidade, renovo protestos de apreço e Aprovadas. Declaro eleita a Chapa. distinta consideração. O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB – RR) – Sr. Pre- Atenciosamente, – Arthur Virgílio, Líder do sidente, solicito a palavra pela liderança do Governo, PSDB. para dar uma pequena informação à Casa. OF.GLPMDB nº 340/2007 O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR – ES) – Já concedo a palavra a V. Exª. Brasília, 11 de julho 2007 O Senador Suplicy pediu primeiro, o requerimento Senhor Presidente, de V. Exª está aqui, e a Mesa dará o encaminhamento Nos termos regimentais, comunico a Vossa Ex- devido. Senador Suplicy. celência a indicação dos Senadores do Partido do O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT – SP) Movimento Democrático Brasileiro – PMDB que irão – Permita-me uma breve palavra, Sr. Presidente? compor a Comissão Representativa do Congresso O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB – PA) – Pela or- Nacional, a que se refere o § 4º do art. 58 da Consti- dem, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR tuição Federal, para o mandato no período de 18 a 31 – ES) – Só lembrando aos Srs. Senadores que estão de julho de 2007. pedindo a palavra pela ordem, que teremos uma ses- Titulares Suplentes são do Congresso Nacional que começa, aliás, em Senador Renan Calheiros Senador Neuto De Conto cinco minutos. Senador Valdir Raupp Senador Wellington Salgado Senador Suplicy. O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB – PA) – Pela or- Renovo, na oportunidade, votos de elevado apre- dem, Sr. Presidente. ço e distinta consideração. – Valdir Raupp, Líder do O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT – SP. PMDB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Ofício nº 130/2007 – GLDBAG trata-se de requerimento de Voto de Aplauso para a pesquisadora Juliana Monte Real, jovem biomédica Brasília, 11 de julho de 2007 de 23 anos, pela pesquisa que está desenvolvendo e Senhor Presidente, pela qual descobriu que a Proteína PTX3, gerada por Nos termos regimentais, indico os Senadores Sibá pulmão que recebe respiração artificial, pode piorar o Machado e Ideli Salvatti como titulares e os Senadores estado clínico do doente. Inácio Arruda e Renato Casagrande como suplentes Trata-se de Juliana Monte Real, biomédica, forma- para comporem a Comissão Representativa do Con- da pelo Centro Universitário Lusíada, de Santos, que 408 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23570 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 trabalha no Hospital do Câncer A.C. Camargo, em São quisa a respiração artificial utilizada em pacientes com Paulo, onde iniciou sua tese de mestrado sob orien- doenças pulmonares pode ser mais perigosa do que tação da bióloga Adriana Abalen e do pneumologista se imagina. Daniel Dehenzelin, com bolsa e projeto de pesquisa Juliana percebeu que um organismo já afetado financiado pela Fapesp. por inflamação aguda no pulmão, causada por câncer, Essa tese de mestrado pode ajudar pessoas in- pneumonia ou dengue, por exemplo, é mais suscetível ternadas com doenças pulmonares futuramente. Se- a lesões provocadas pelo procedimento. É como jogar gundo essa pesquisa, a respiração artificial utilizada gasolina em uma fagulha: uma etapa do processo de em pacientes com doenças pulmonares pode ser mais cura pode ser tão perigosa quanto a doença. perigosa do que se imagina. O motivo é a ação de uma proteína, a PTX3 Ela percebeu que um organismo já afetado por (pentraxina 3), presente em níveis altos nos processos inflamação aguda no pulmão, causada por câncer, inflamatórios agudos. Ela é produzida por células do pneumonia ou dengue, é mais suscetível a lesões pro- tecido pulmonar como uma reação à doença. E, segun- vocadas pelo procedimento. É como jogar gasolina em do o estudo de Juliana, também aparece quando as uma fagulha: uma etapa do processo de cura pode ser mesmas células são expostas ao estresse provocado tão perigosa quanto a doença. pela respiração artificial. “O simples fato de esticar as O motivo é a ação de uma proteína, a PTX3, células já deflagra sua produção”. É justamente isso presente em níveis altos nos processos inflamatórios que faz o procedimento: esticar e encolher forçosa- agudos. Ela é produzida por células do tecido pulmonar mente o pulmão quando o ar é empurrado para dentro. como uma reação à doença. E, segundo esse estudo, Essa é a principal abordagem usada quando o pacien- também aparece quando as mesmas células são ex- te apresenta insuficiência respiratória, até que possa postas ao stress provocado pela respiração artificial. reassumir a função sozinho. “O simples fato de esticar as células já deflagra sua Embora indispensável, o procedimento pode pio- produção”. rar a lesão que já existia no pulmão. Tanto que há pro- São exemplos como a dessa jovem, de apenas tocolos de segurança que levam em conta a elastância 23 anos, que engrandece o Brasil e os brasileiros, que – a capacidade de elasticidade do pulmão do paciente precisamos divulgar e incentivar. – para protegê-lo de lesões que podem surgir. Como Peço a gentileza de ser transcrito, na íntegra, os protocolos são padronizados, enquanto as pesso- aquilo que está no requerimento. as respondem de forma diferente a eles, a biomédica Obrigado. espera que um exame de detecção da PTX3 ajude a O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR – nortear o trabalho dos médicos no futuro. ES) – Sobre a mesa, requerimento que passo a ler. Por enquanto, o trabalho foi feito apenas com É lido o seguinte: modelos animais, camundongos transgênicos, que produziam uma quantidade maior da proteína do que REQUERIMENTO Nº 813, DE 2007 o normal. A pesquisa mostrou que quanto mais tempo Requeiro, nos termos do art. 222 do Regimento eles eram ligados aos aparelhos de respiração artificial, Interno do Senado Federal, a inserção em ata de Voto mais rápido apareciam lesões induzidas nos pulmões de Aplausos, para Juliana Monte Real, jovem biomédica dos roedores. de 23 anos, pela pesquisa que está desenvolvendo e Juliana Monte Real ao iniciar sua tese não imagi- pela qual descobriu que a Proteína PTX3 gerada por nava que o resultado fosse tão positivo. Além de com- pulmão que recebe respiração artificial pode piorar o provar que existe a ligação entre os fatores ela recebeu estado clínico do doente. um prêmio do principal congresso europeu de doenças respiratórias. Sua tese foi uma das cinco premiadas Justificação entre os quatro mil e 700 trabalhos apresentados. Foi Juliana Monte Real é uma jovem de apenas 23 também convidada a apresentar o resultado de seu tra- anos, biomédica, formada pelo Centro Universitário Lu- balho em um congresso em Estocolmo, em setembro síada, de Santos. Atualmente ela trabalha no Hospital próximo. O passo seguitne será continuar a pesquisa A. C. Camargo, em São Paulo, onde iniciou sua tese de no doutorado e, de preferência, com humanos. mestrado sob a orientação da bióloga Adriana Abalen Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Sena- e do pneumologista Daniel Dehenzelin, com bolsa e dores, são exemplos como o dessa jovem de apenas projeto de pesquisa financiado pela Fapesp. 23 anos que engrandecem o Brasil e os brasileiros e A pesquisa conduzida por Juliana, em sua tese que precisamos divulgar e incentivar. de mestrado, pode ajudar pessoas internadas com Sala das Sessões, 11 de julho de 2007. – Sena- doenças pulmonares futuramente. Segundo essa pes- dor Eduardo Suplicy. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 409 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23571 O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB – PA. Pela ordem. – ES) – A Presidência encaminhará o voto solicitado. Sem revisão do orador.) – Presidente Magno Malta, O requerimento vai ao Arquivo. quero associar-me ao requerimento do Senador Edu- O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB – PA) – Sr. Pre- ardo Suplicy, mas peço a V. Exª que também coloque sidente, para uma questão de ordem. em votação o requerimento que encaminhei à Mesa, O SR. CÍCERO LUCENA (PSDB – PB) – Sr. Pre- pedindo a criação da comissão para a visita... sidente, só para registrar... O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR – ES) – Esse não pode, porque temos um “paredão” – ES) – Tem a palavra o Senador Romero Jucá. à nossa frente chamado medida provisória. Não po- O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB – RR. Como Lí- demos tomar decisão legislativa. der. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, apenas O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB – PA) – Mas para fazer um comunicado à Casa. Pedi a palavra pela posso fazer um requerimento, então, de convite aos Liderança para registrar que hoje procedemos a mais Senadores? uma reunião do grupo de trabalho, junto com a Receita O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR Federal e diversos segmentos do empresariado, para – ES) – V. Exª pode fazer qualquer requerimento, V. discutir os assuntos referentes à nova proposta para Exª é Senador. a Emenda nº 3, ou seja, a relação de trabalho pessoa O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB – PA) – Mas jurídica/pessoa jurídica, que tanto tem sido cobrada quero que seja votado, porque já fiz o requerimento por todos os partidos. Gostaria de comunicar à Casa e V. Exª diz... que avançamos muito. O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR Já construímos a primeira proposta de texto, e a – ES) – A medida provisória não permite. Não é V. Exª, próxima reunião ficou marcada para o dia 8 de agos- não sou eu, é medida provisória. E qualquer decisão legislativa não se pode tomar com a pauta fechada por to, às 14 horas e 30 minutos, quando deveremos, com medida provisória, infelizmente. outros segmentos empresariais e também sindicais, O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR – discutir um texto para ser encaminhado à Câmara ES) – Concedo a palavra ao Senador Sérgio Guerra. dos Deputados. Depois do Senador Sérgio Guerra, encerrarei a Então, estamos cumprindo aquilo que foi acerta- sessão. do com diversas Lideranças. O SR. SÉRGIO GUERRA (PSDB – PE. Pela or- O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, só para – ES) – Concedo a palavra ao Senador Cícero Lu- registrar publicações dos jornais de hoje que compro- cena. vam que a corrupção no Brasil cresceu enormemente O SR. CÍCERO LUCENA (PSDB – PB. Pela or- no Governo Lula, assim como a incompetência geren- dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, só para cial e administrativa. registrar meu voto na indicação da Comissão de Va- Sr. Presidente, não foi o Instituto Teotônio Vilela, lores Mobiliários, porque infelizmente eu não estava do PSDB, ou qualquer instituto ligado a qualquer par- presente, tive que sair. Favorável. tido de oposição. Foi o Banco Mundial que concluiu O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR que a corrupção cresceu imensamente no Governo – ES) – O voto de V. Exª será registrado em Ata. brasileiro na gestão do Presidente Lula. O SR. MARCONI PERILLO (PSDB – GO) – Sr. O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR Presidente, pela ordem. – ES) – Não há mais oradores inscritos. O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR Os Srs. Senadores Flexa Ribeiro, Papaléo Paes, – ES) – Concedo a palavra ao Senador Marconi Pe- João Tenório, Cícero Lucena, Marconi Perillo, Sérgio rillo. Guerra, Expedito Júnior e a Srª Senadora Lúcia Vânia O SR. MARCONI PERILLO (PSDB – GO. Pela enviaram discursos à Mesa para serem publicados na ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu forma do disposto no art. 203, combinado com o art. gostaria de pedir a V. Exª que colocasse em votação 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno. um requerimento de minha autoria que está sobre a S. Exªs serão atendidos. mesa. O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB – PA. Sem apa- O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR nhamento taquigráfico.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. – ES) – Concedo a palavra ao Senador Flexa Ribei- Senadores, ocupo a tribuna, neste momento, para fazer ro e ao Senador Sérgio Guerra. Em seguida, vamos o registro do artigo intitulado “Um escudo para Lula”, encerrar porque começará a sessão do Congresso publicado na seção Notas & Informações do jornal O Nacional. Estado de S .Paulo, de 8 de abril de 2007. 410 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23572 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 O artigo trata das indicações para o ministério do sidente agora quer deixar as propostas morrerem por atual governo e destaca que o presidente Lula – ao in- esquecimento”. dicar os novos ministros para as pastas do Trabalho e Sr. Presidente, requeiro que o artigo acima ci- tado seja considerado parte integrante deste pronun- da Previdência – terá uma boa justificativa “para aqui- ciamento, para que passe a constar dos Anais do Se- lo que o governo quer fazer mas não tem coragem de nado Federal. assumir publicamente: abandonar de vez as reformas DOCUMENTO A QUE SE REFERE O sindical e trabalhista”. SR. SENADOR FLEXA RIBEIRO EM SEU Segundo o artigo, “Anunciadas como urgentes PRONUNCIAMENTO. no início do primeiro mandato lulista, essas reformas (Inserido nos termos do art. 210, inciso geraram resistências e, para não enfrentá-las, o pre- I e § 2º, do Regimento Interno.) JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 411 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23573 O SR. PAPALÉO PAES (PSDB – AP. Sem apa- O editorial faz uso de declaração do presidente nhamento taquigráfico.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais Senadores, venho à tribuna, neste momento, para fazer para resumir o comportamento do atual governo: “Não o registro do editorial intitulado “As ocas promessas do cumprir os compromissos acordados está se tornando um hábito do governo federal, que decepciona até os governo”, publicado no jornal O Estado de S. Paulo, mais otimistas”. em sua edição de 15 de abril do corrente. Sr. Presidente, para que conste dos anais do Se- O editorial destaca que o atual governo não cum- nado, requeiro que o editorial acima citado seja consi- pre compromissos acordados e não se envergonha de derado como parte integrante deste pronunciamento. sua pequenez. Para justificar suas afirmativas, o edito- DOCUMENTO A QUE SE REFERE O rial cita o compromisso não cumprido de aumento da SR. SENADOR PAPALÉO PAES EM SEU Polícia Federal e as reivindicações dos funcionários do PRONUNCIAMENTO. Banco Central e dos militares, para ficar apenas nas (Inserido nos termos do art. 210, inciso demandas do funcionalismo. I e § 2º, do Regimento Interno.) 412 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23574 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 O SR. JOÃO TENÓRIO (PSDB – AL. Sem apa- “mentalidade de funcionário público acomodado”. A nhamento taquigráfico.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. frase do economista foi dita depois que Giambiagi Senadores, ocupo a tribuna, neste momento, para fa- analisou a previsão do PIB brasileiro para esse ano zer o registro do artigo intitulado “Minha pastinha im- que, mais uma vez fica a frente apenas do Haiti, em placável”, publicado na revista Veja em sua edição de guerra civil. 21de Março de 2007. Sr. Presidente, para concluir, requeiro que a re- Em seu artigo, o jornalista Diogo Mainardi, lem- ferida matéria passe a integrar os Anais do Senado bra os processos que responde na Justiça, impetrados Federal. pelo jornalista Franklin Martins, porque afirmou em E como terceiro assunto, Sr. Presidente, Srªs e vários artigos que Martins era “um dos maiores aco- Srs. Senadores, trago o registro da matéria intitulada bertadores do lulismo” na imprensa definindo-o como “Analistas descartam alta maior do PIB”, publicada “José Dirceu até a morte”. Na época o então diretor no jornal Folha de S.Paulo em sua edição de 04 de da sucursal da Rede Globo em Brasília, acusou Dio- março de 2007. go Mainardi de um “difamador travestido de jornalista”. A matéria destaca que, o Brasil ainda não tem Segundo o articulista de Veja, tudo se encaixa agora condições de crescer rapidamente a taxas elevadas. que “Lula ofereceu um cargo a Franklin Martins” o de A recomendação é que o governo Lula busque um ministro da secretaria de Comunicação, onde “Franklin crescimento gradual e, ao mesmo tempo, trabalhe nas Martins terá o poder inédito em nossa história de for- reformas estruturais da economia, principalmente com necer a notícia e de pagar por ela”. a redução da carga tributária, para o país sonhar com Sr. Presidente, requeiro que o referido artigo pas- taxas de crescimento na casa dos 5%. se a integrar os Anais do Senado Federal. Sr. Presidente, para concluir, requeiro que a re- Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, como se- ferida matéria passe a integrar os Anais do Senado gundo assunto, ocupo a tribuna, neste momento, quero Federal. registrar a matéria intitulada “Para Giambiagi, país não merece crescer”, publicada no jornal Folha de S.Paulo DOCUMENTOS A QUE SE REFERE em sua edição de 04 de Março de 2007. O SR. SENADOR JOÃO TENÓRIO EM SEU A matéria destaca que, para o economista do PRONUNCIAMENTO. Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Fabio (Inseridos nos termos do art. 210, inciso Giambiagi, o país “colhe o que plantou” e que adota I e § 2º, do Regimento Interno.) JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 413 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23575 414 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23576 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 415 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23577

Economia Brasileira 416 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23578 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 O SR. CÍCERO LUCENA (PSDB – PB. Sem apa- Sr. Presidente, requeiro que a referida matéria nhamento taquigráfico.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. passe a integrar os Anais do Senado Federal. Senadores, ocupo a tribuna, neste momento, para fa- E, como terceiro e último assunto, Sr. Presidente, zer o registro da matéria intitulada “Balanço do PAC Srªs e Srs. Senadores, ocupo a tribuna, neste momen- expõe inação do governo”, publicada no jornal Folha to, para fazer o registro da matéria intitulada “O PAC de S.Paulo, em sua edição de 09 de maio de 2007. não mudou nada”, publicada no jornal O Estado de S. A matéria destaca o balanço preparado pela Paulo, em sua edição de 09 de maio de 2007. Casa Civil com o objetivo de mostrar um país com A matéria destaca que a exemplo do que fez obras e projetos espalhados pelos Estados para ace- quando anunciou o Programa de Aceleração do Cres- lerar o crescimento, o que deixou claro, na verdade, a cimento (PAC), o Governo Lula produziu “um segundo incapacidade do governo de apresentar novidades e evento de marquetagem explícita: a apresentação de implementar suas prioridades. um balanço dos cem dias de vida do programa”. Se- Sr. Presidente, requeiro que a referida matéria gundo a matéria, as obras que o governo considera passe a integrar os Anais do Senado Federal. dele, na verdade estão em andamento há muito tempo Outro assunto, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Sena- e são iniciativas de governos anteriores, “estão onde dores, que me faz ocupar a tribuna, neste momento, já estavam 100 dias atrás, quando “viraram” o PAC: as é o registro que faço da matéria intitulada “Rondeau que iam bem continuam a ir bem, as que iam mal assim e Dilma são contra usina nuclear”, publicada no jornal permanecem”, numa clara alusão de que o Governo O Estado de S. Paulo, em sua edição de 08 de maio Lula continua investindo pesado em marketing político de 2007. e na verdade não realiza nada de novo. A matéria mostra que os ministros da Casa Civil, Sr. Presidente, para concluir, requeiro que a re- Dilma Roussef, e de Minas e Energia, Silas Rondeau, ferida matéria passe a integrar os Anais do Senado disseram ontem que a idéia de retomada do programa Federal. nuclear, com a construção da Usina Angra 3, não tem relação com a demora no licenciamento ambiental das DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O hidrelétricas do Rio Madeira. A afirmação, segundo o SR. SENADOR CÍCERO LUCENA EM SEU jornal, contradiz o discurso feito pelo presidente Lula PRONUNCIAMENTO. na semana passada em Uberlândia (MG), ao inaugu- (Inseridos nos termos do art. 210, inciso rar duas hidrelétricas. I e § 2º, do Regimento Interno.) JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 417 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23579 418 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23580 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 419 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23581 420 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23582 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 O SR. MARCONI PERILLO (PSDB – GO. Sem cebeu R$103 milhões, mais que o Ministério do Plane- apanhamento taquigráfico.) – Sr. Presidente, Srªs e jamento, que ganhou R$98,2 milhões no período. Srs. Senadores, ocupo a tribuna, neste momento, para Sr. Presidente, solicito que a matéria citada seja registrar a matéria intitulada “O bom pai das ONGs”, considerada parte deste pronunciamento, para que publicada pela revista ISTOÉ, em sua edição de 09 passe a constar dos Anais do Senado Federal. de maio de 2007. A matéria destaca que as entidades sem fins DOCUMENTO A QUE SE REFERE O lucrativos recebem mais recursos do Governo que a SR. SENADOR MARCONI PERILLO EM SEU Saúde e a Educação. Segundo a revista em seis anos PRONUNCIAMENTO. a União Nacional dos Estudantes, UNE, recebeu R$4,3 (Inserido nos termos do art. 210, inciso milhões. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) re- I e § 2º, do Regimento Interno.) JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 421 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23583

O SR. SÉRGIO GUERRA (PSDB – PE. Sem apa- para fazer o registro da matéria intitulada “PSDB vê nhamento taquigráfico.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. contabilidade enganosa no programa”, publicada no Senadores, ocupo a tribuna, neste momento, para fa- Jornal O Estado de S. Paulo em sua edição de 15 de zer o registro do editorial “O manifesto contra a CPMF” maio de 2007. do Jornal O Estado de S. Paulo em sua edição de 11 A matéria destaca que um documento do PSDB de maio de 2007. divulgado ontem afirma que o Governo usou “artifícios O editorial destaca que trinta e quatro entidades estatísticos” e “contabilidade enganosa” no balanço de classe, mobilizadas pela Federação das Indústrias de cem dias do Programa de Aceleração do Cresci- do Estado de São Paulo (Fiesp), lançaram um manifesto na quarta-feira contra a prorrogação da CPMF. mento. Sr. Presidente, requeiro que o editorial passe a Sr. Presidente, requeiro que a referida matéria integrar os Anais do Senado Federal. passe a integrar os Anais do Senado Federal. Como segundo assunto, Sr. Presidente, Srªs E o último assunto, Sr. Presidente, Srªs e Srs. e Srs. Senadores, ocupo a tribuna, neste momento, Senadores, é sobre o registro do editorial “Cangaço 422 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23584 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 no século 21”, publicado pelo jornal O Estado de S. Sr. Presidente, para concluir, requeiro que o edi- Paulo, em sua edição de 27 de abril de 2007. torial passe a integrar os Anais do Senado Federal. O texto destaca que movimentos, como o MST, DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SR. SENADOR SÉRGIO GUERRA EM SEU executam operações onde o grau de brutalidade au- PRONUNCIAMENTO. menta na razão direta da falta de vontade dos Poderes (Inseridos nos termos do art. 210, inciso Públicos de fazer respeitar a lei e a ordem. I e § 2º, do Regimento Interno.) JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 423 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23585 424 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23586 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 425 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23587 O SR. EXPEDITO JÚNIOR (PR – RO. Sem apa- das pelo melhor direito. O que soa estranho, como já nhamento taquigráfico.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. registrei, é a alegada falta de uniformidade no tratamen- Senadores, o exercício da profissão de técnico agrí- to de casos supostamente semelhantes, que ficam à cola em nosso País está definido pela Lei no 5.524, mercê de sua mera localização geográfica. Mas, enfim, de 1968, com regulamentação dada pelos Decretos não há como ignorar os interesses corporativos, sempre 90.922, de 1985, e 4.560, de 2002. presentes quando se demarca o limite de atribuições Conforme a legislação em vigor, compete aos das distintas categorias profissionais. Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Pelo menos desde meados de 2005, engenhei- Agronomia o registro dos profissionais legalmente ha- ros e arquitetos defendem a suspensão dos efeitos do bilitados e a fiscalização do exercício da profissão. Decreto no 4.560, de 2002, que concede aos técnicos Nas últimas semanas, tenho recebido no Gabi- industrial e agrícola, de nível médio ou do antigo 2º nete correspondências de cidadãos de meu Estado, grau, competências que, insistem os defensores do Rondônia, reclamando providências junto aos órgãos embargo, “caberiam a profissionais de nível superior, competentes, em virtude de o Conselho Regional se- como engenheiros agrônomos, florestais e mecânicos, diado em Porto Velho não estar concedendo revisão de entre outros, além de arquitetos”. atribuições aos técnicos agrícolas de nível médio. Aliás, Projeto de Decreto Legislativo, de autoria Alegam, inclusive, que outras unidades da Fe- do eminente Senador Augusto Botelho, tramita na Casa deração, “como Mato Grosso do Sul e Rio Grande do desde abril de 2005. A justificativa para a medida é que Sul, entre outros”, estariam normalmente efetuando o Decreto 90.922, de 1985, “amplia de modo excessivo revisões semelhantes à que postula. as atribuições do técnico agrícola”. A proposição ora Ora, Sr. Presidente, estamos aparentemente dian- sob apreciação estaria fundamentada no inciso V, do te de um caso que não deixa margem a equívocos. artigo 49, da Constituição Federal. Tampouco parece comportar interpretações que even- Muito bem, se existe uma proposição legislativa tualmente ultrapassem e cheguem a inovar e alterar que procura restringir o escopo de norma pretérita, o espírito da norma, sobretudo em desfavor daqueles porque essa ampliaria excessivamente as atribuições que nela buscam amparo para suas pretensões. do técnico agrícola, a sua singela existência implica Pelo que se pode observar, o ponto central da o reconhecimento expresso de que na sistemática le- matéria é regulado por legislação federal: estamos gal em vigor seria lícito ao profissional de nível médio diante de uma lei ordinária e de dois decretos do Po- ou 2º grau postular a revisão e o reconhecimento de der Executivo. atribuições, legalmente reconhecida. Se pudermos falar em um sistema Crea, não po- Logo, não cabe a um Conselho Regional, res- deremos furtar-nos de mencionar um Conselho Fede- ponsável pelo credenciamento e pela fiscalização do ral de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, o Confea. exercício profissional, legislar, especialmente contra Esse Conselho Federal, em tese, teria a função de legem. Porque enquanto não for efetuada a alteração assegurar um mínimo de organicidade e harmonia na na norma legal que permite a revisão das atribuições atuação dos órgãos reguladores e fiscalizadores, regio- dos técnicos agrícolas e industriais, de nível médio ou nalmente distribuídos em todo o território nacional. 2º grau, fica facultado a esses profissionais requerer, e Portanto, segue-se como lógica e razoável ex- obter, junto a seu Conselho Regional tal revisão. pectativa: o mínimo que os profissionais sujeitos aos A Federação Nacional dos Técnicos Agrícolas re- Conselhos Regionais podem esperar é que exista uma gistra em sua página na Internet que o Conselho Re- inequívoca uniformidade, cumpridas as exigências le- gional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato gais, nas decisões relativas, por exemplo, para ficar- Grosso, por exemplo, “não respeita a legislação e nega mos tão-somente nos casos que chegaram ao meu as atribuições profissionais aos técnicos agrícolas”. E conhecimento, à revisão de atribuições dos técnicos mais, que o Crea-MT só cumpriria decisão judicial, em agrícolas de nível médio ou 2º grau. favor dos técnicos, depois de denunciado à Justiça. E, positivamente, como registra o profissional ron- É francamente lamentável a ocorrência de situ- doniense que me honrou com sua correspondência, não ações desse tipo, razão pela qual me senti compelido é isso o que se pode observar, pelo menos, no que diz a trazer ao conhecimento desta Casa um caso espe- respeito às deliberações do Crea de nosso Estado. cífico, que na verdade é emblemático. Não pretendo, Sr. Presidente, adentrar aqui em É inadmissível que órgãos da envergadura e da disputas corporativas. Entendo que, na aparência, se tradição dos Conselhos Regionais de Engenharia, trata apenas de confrontar as normas vigentes com os Arquitetura e Agronomia deixem de prestar estrita ob- casos específicos e tomar-se as decisões recomenda- servância ao ordenamento jurídico. 426 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23588 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 Nada contra, Sr. Presidente, proposições que Ora, aprovar o Projeto de Lei de Diretrizes Or- visem alterar normas jurídicas. Que sigam seu curso çamentárias na forma como se apresenta equivale à de debate, discussão e apreciação, assim é a vida do renúncia do Congresso Nacional a uma de suas mais direito. No entanto, faço um especial chamamento ao nobres e importantes atribuições. Confea, Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura É bom que se deixe registrado que a situação e Agronomia, para que exija dos Conselhos Regionais de disfunção na execução orçamentária produzida um tratamento uniforme e equânime a postulações de pelo atual modelo já foi objeto de severas críticas do mesma natureza e, sobretudo, que se submetam aos TCU no Parecer das Contas de 2006, especialmente termos das leis em vigor no Brasil. sobre a forma descontrolada do uso de restos a pa- Muito obrigado. gar e Créditos Extraordinários, abertos por Medidas A SRA. LÚCIA VÂNIA (PSDB – GO. Sem apanha- Provisórias. mento taquigráfico.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Sena- Matéria do Correio Braziliense de hoje, por exem- dores, nesse momento em que o Congresso Nacional plo, levanta pesquisa encomendada pelo meu partido, se reúne para iniciar a votação do Projeto de Lei de PSDB, sobre o papel secundário a que o Congresso Diretrizes Orçamentárias para o Exercício de 2008, é Nacional vem sendo relegado na aprovação do orça- importante que meditemos sobre as responsabilidades mento da União, sobretudo em razão da edição de- de iniciar mais um processo de elaboração do orça- senfreada de MPs de crédito extraordinário. Segundo mento para próximo ano, a fim de constatar eventuais a matéria, tudo leva a crer que, aos parlamentares, deficiências estruturais que levam a desvios, ineficiência sobram as “migalhas” do orçamento – esse foi o termo e usurpação das funções do Congresso Nacional. usado pela matéria. Inicialmente, gostaria de ressaltar o trabalho de Em segundo lugar, em que pese acreditarmos ser melhoria promovido por este Parlamento no projeto necessária a limitação da possibilidade de se prorrogar apresentado pelo Executivo, ressaltando a regulamen- indefinidamente os restos a pagar, da forma como o tação do art. 45 da Lei de Responsabilidade Fiscal, no Poder Executivo tem procedido, acreditamos que ao que se refere à vedação para iniciar novos projetos após estabelecermos limitações às transferências aos entes adequadamente atendidos aqueles em andamento e federados estaríamos, na verdade, penalizando os pe- após contempladas as despesas de conservação do quenos e mais pobres municípios da Federação. patrimônio público e as ações que visam a uma maior Dessa forma, sugerimos nova redação ao disposi- transparência e eficiência na alocação dos gastos. tivo que trata da vigência de restos a pagar, restringindo- Em que pese o respeito ao trabalho desenvolvi- se apenas “a convênios, ou instrumentos congêneres, do, somos obrigados a nos opor e denunciar os riscos já firmados, ressalvados os casos de rescisão”. de aprovarmos essa matéria, sem atentarmos detida- mente sobre os seguintes pontos: Destacamos, por último, que somos obrigados Em primeiro lugar, a regulamentação da autoriza- a discordar da não atualização da Tabela de Procedi- ção do uso dos duodécimos, na forma como prevista mentos Ambulatoriais e Hospitalares do SUS, que se pelo Substitutivo que ora analisamos, é um verdadeiro acha bastante defasada, uma vez que não vem sen- convite à usurpação das atribuições do Legislativo por do corrigida desde 2004. O reajuste dessa tabela se parte do Executivo e um incentivo à não aprovação da afigura, por isso, absolutamente impostergável, sob Lei Orçamentária Anual no prazo legalmente previsto. pena de causarmos grandes prejuízos à qualidade do Segundo consta do PLDO aprovado pela Comissão atendimento à população. Mista, caso a lei orçamentária não seja aprovada até o Corroborando esse entendimento, ressaltamos final do corrente ano, o Executivo poderá executar um que os Conselhos Nacional de Saúde, Nacional dos doze avos por mês das despesas de capital constantes Secretários Municipais de Saúde, das Santas Casas de do Orçamento de Investimento; das despesas de capital Misericórdia e da Frente Parlamentar de Saúde afirmam relativas aos projetos em andamento; e, inclusive, de que a não atualização da tabela pode comprometer a outras despesas correntes de caráter inadiável. oferta e ampliação de serviços já pactuados no âmbito Caso aprovemos esse substitutivo na forma pro- do SUS, como também, inviabilizar a implantação de posta, estaremos dando um cheque em branco na mão novos serviços necessários à melhoria das condições do Poder Executivo, que, usando, ainda, o expediente de saúde da população. do verdadeiro orçamento de Restos a Pagar que tem Assim, buscando aperfeiçoar o trabalho do No- executado em conjunto com os créditos extraordinários, bre Relator do PLDO e preservar as atribuições do poderá prescindir da discussão do Orçamento Anual Congresso e o compromisso de nossos mandatos com o Parlamento e com a Sociedade. com o Desenvolvimento Social, oferecemos ao juízo JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 427 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23589 dos nossos ilustres Pares as sugestões que ora apre- dos Transportes e da Defesa, no valor global sentamos. de quatrocentos e quinze milhões, quinhentos Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente. e setenta e cinco mil e dez reais, para os fins Obrigada. que especifica,(proveniente da Medida Provi- O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR sória nº 367, de 2007). – ES) – A Presidência lembra às Srªs e Srs. Senadores Relator revisor: que constarão da Ordem do Dia da sessão deliberati- (Sobrestando a pauta a partir de: 16-6- va ordinária de amanhã, a realizar-se às 14 horas, as 2007) matérias remanescentes da pauta de hoje. Prazo final (prorrogado): 12-9-2007 O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR 3 – ES) – Nada mais havendo a tratar, a Presidência vai MEDIDA PROVISÓRIA Nº 368, de 2007 encerrar os trabalhos, lembrando às Srªs e aos Srs. (Encontra-se sobrestando a pauta, nos termos do Senadores que constará da próxima sessão delibera- § 6º do art. 62 da Constituição Federal) tiva ordinária de amanhã, a realizar-se às 14 horas, a seguinte: Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 368, de 2007, que dispõe sobre ORDEM DO DIA a prestação de auxílio financeiro pela União 1 aos Estados, ao Distrito Federal e aos Muni- PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO cípios, no exercício de 2007, com o objetivo Nº 19, DE 2007 de fomentar as exportações do País. (Proveniente da Medida Provisória nº 366, de 2007) Relator revisor: (Encontra-se sobrestando a pauta, nos termos do (Sobrestando a pauta a partir de: 21-6- § 6º do art. 62 da Constituição Federal) 2007) Prazo final (prorrogado): 17-9-2007 Discussão, em turno único, do Projeto de 4 Lei de Conversão nº 19, de 2007, que dispõe MEDIDA PROVISÓRIA Nº 370, DE 2007 sobre a criação do Instituto Chico Mendes de (Encontra-se sobrestando a pauta, nos termos do Conservação da Biodiversidade – Instituto Chi- § 6º do art. 62 da Constituição Federal) co Mendes; altera as Leis nºs 7.735, de 22 de fevereiro de 1989, 11.284, de 2 de março de Discussão, em turno único, da Medida 2006, 9.985, de 18 de julho de 2000, 10.410, Provisória nº 370, de 2007, que abre crédito de 11 de janeiro de 2002, 11.156, de 29 de extraordinário, em favor do Ministério da Agri- julho de 2005, 11.357, de 19 de outubro de cultura, Pecuária e Abastecimento, no valor 2006, e 7.957, de 20 de dezembro de 1989; de vinte e cinco milhões de reais, para o fim revoga dispositivos da Lei nº 8.028, de 12 de que especifica. abril de 1990, e da Medida Provisória nº 2.216- Relator revisor: 37, de 31 de agosto de 2001; e dá outras pro- (Sobrestando a pauta a partir de: 25-6- vidências (proveniente da Medida Provisória 2007) nº 366, de 2007). Prazo final (prorrogado): 21-9-2007 Relator revisor: 5 (Sobrestando a pauta a partir de: 11-6- PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO 2007) Nº 18, DE 2007 Prazo final (prorrogado): 7-9-2007 (Proveniente da Medida Provisória nº 371, de 2007) 2 (Encontra-se sobrestando a pauta, nos termos do PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO § 6º do art. 62 da Constituição Federal) Nº 20, DE 2007 (Proveniente da Medida Provisória nº 367, de 2007) Discussão, em turno único, do Projeto de (Encontra-se sobrestando a pauta, nos termos do Lei de Conversão nº 18, de 2007, que altera § 6º do art. 62 da Constituição Federal) dispositivos da Lei nº 569, de 21 de dezembro de 1948, que estabelece medidas de defesa Discussão, em turno único, do Projeto sanitária animal (proveniente da Medida Pro- de Lei de Conversão nº 20, de 2007, que abre visória nº 371, de 2007). crédito extraordinário, em favor dos Ministérios Relator revisor: 428 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23590 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 (Sobrestando a pauta a partir de: 25-6- a contratar operação de crédito externo, no 2007) valor total de cinqüenta milhões de dólares Prazo final (prorrogado): 21-9-2007 dos Estados Unidos da América, com o Ban- co Internacional para a Reconstrução e o De- 6 senvolvimento (BIRD) [financiamento parcial PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO do Proágua]. Nº 211, DE 2007 (Incluído em Ordem do Dia, nos termos do parágrafo 9 único do art. 353 do Regimento Interno) PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 23, DE 2007 Discussão, em turno único, do Projeto de (Em regime de urgência, nos termos do Requerimento Decreto Legislativo nº 211, de 2007 (apresen- nº 670, de 2007 – art. 336, II) tado como conclusão do Parecer nº 575, de Discussão, em turno único, do Projeto de 2007, da Comissão de Assuntos Econômicos, Resolução nº 23, de 2007 (apresentado pela Relatora ad hoc: Senadora Ideli Salvatti), que Comissão de Assuntos Econômicos como aprova a Programação Monetária relativa ao conclusão de seu Parecer nº 270, de 2007, segundo trimestre e para o ano de 2007. Relator: Senador Valdir Raupp), que autoriza 7 a República Federativa do Brasil a conceder PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 412, DE 2003- garantia à operação de crédito externo, a ser COMPLEMENTAR contratada pelo Banco Nacional de Desen- (Em regime de urgência nos termos do Requerimento volvimento Econômico e Social – BNDES, no nº 647, de 2007 – art. 336, inciso II) valor total equivalente a até cinqüenta milhões de dólares dos Estados Unidos da América, Discussão, em turno único, do Projeto junto ao Banco Europeu de Investimento – BEI de Lei do Senado nº 412, de 2003-Comple- (financiamento do Programa Multissetorial BEI mentar, de autoria do Senador Antonio Carlos – Linha de Crédito). Magalhães, que estabelece a competência do Conselho Administrativo de Defesa Econômi- 10 ca (CADE), para prevenir e reprimir infrações PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 22, DE 2007 contra a ordem econômica e contra a concor- (Em regime de urgência, nos termos do Requerimento rência no Sistema Financeiro Nacional e dá nº 671, de 2007 – art. 336, inciso II) outras providências. Discussão, em turno único, do Projeto de Pareceres sob nºs 109 e 110, de 2007, Resolução nº 22, de 2007 (apresentado pela das Comissões Comissão de Assuntos Econômicos como – de Constituição, Justiça e Cidadania, conclusão de seu Parecer nº 269, de 2007, Relator: Senador César Borges, favorável, Relator: Senador Valdir Raupp), que autoriza com as Emendas nºs 1 a 6-CCJ, que apre- o Estado da Bahia a contratar operação de senta; e crédito externo, com garantia da União, com – de Assuntos Econômicos, Relatora: o Banco Internacional para a Reconstrução Senadora Serys Slhessarenko, favorável ao e o Desenvolvimento (BIRD), no valor de até Projeto e às Emendas nºs 1 a 6-CCJ, apre- cem milhões de dólares dos Estados Unidos da sentando a Emenda nº 7-CAE. América (financiamento parcial do Premar). 8 PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 19, DE 2007 11 (Em regime de urgência nos termos do Requerimento PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO nº 669, de 2007 – art. 336, inciso II) Nº 57, DE 2005 (Votação nominal) Discussão, em turno único, do Projeto de Resolução nº 19, de 2007 (apresentado pela Votação, em primeiro turno, da Proposta Comissão de Assuntos Econômicos como de Emenda à Constituição nº 57, de 2005, ten- conclusão de seu Parecer nº 245, de 2007, do como primeiro signatário o Senador Marco Relator ad hoc: Senador Francisco Dornelles), Maciel, que dá nova redação ao § 4º do art. que autoriza a República Federativa do Brasil 66 da Constituição, para permitir que os vetos JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 429 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23591 sejam apreciados separadamente no Senado de destinar ao Fundo de Participação dos Esta- Federal e na Câmara dos Deputados. dos e dos Municípios dez por cento do produto Pareceres sob nºs 779, de 2006; e 272, da arrecadação das contribuições sociais e de de 2007, da Comissão de Constituição, Justi- intervenção no domínio econômico. ça e Cidadania, – 1º pronunciamento (sobre a Parecer sob nº 290, de 2006, da Comis- Proposta): Relator: Senador Ramez Tebet, fa- são de Constituição, Justiça e Cidadania, Re- vorável; – 2º pronunciamento (sobre a Emenda lator: Senador Juvêncio da Fonseca, favorável, nº 1, de Plenário): Relator: Senador Adelmir nos termos da Emenda nº 1-CCJ (Substitutivo), Santana, favorável, e apresentando a Emenda que oferece, com votos contrários dos Sena- nº 2-CCJ, de redação. dores Eduardo Suplicy e Sibá Machado, e, em 12 separado, da Senadora Ideli Salvatti. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO 15 Nº 2, DE 2007 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Terceira sessão de discussão, em primei- Nº 58, DE 2005 ro turno, da Proposta de Emenda à Constituição Primeira sessão de discussão, em pri- nº 2, de 2007, tendo como primeiro signatário meiro turno, da Proposta de Emenda à Cons- o Senador Marco Maciel, que acrescenta pará- tituição nº 58, de 2005, tendo como primeiro grafo ao art. 17 da Constituição Federal, para signatário o Senador Flexa Ribeiro, que altera autorizar distinções entre partidos políticos, o art. 159 da Constituição Federal, para deter- para fins de funcionamento parlamentar, com minar a transferência, aos Estados, ao Distrito base no seu desempenho eleitoral. Federal e aos Municípios, de parte do produto Parecer sob nº 91, de 2007, da Comissão da arrecadação do imposto de importação e de Constituição, Justiça e Cidadania, Relator: do imposto sobre produtos industrializados, Senador Jarbas Vasconcelos, favorável, com proporcionalmente ao saldo de suas balanças as Emendas nºs 1 e 2-CCJ, que apresenta, comerciais com o exterior. com votos contrários dos Senadores Antonio Parecer sob nº 291, de 2006, da Comissão Carlos Valadares e José Nery, e, em separado, de Constituição, Justiça e Cidadania, Relator ad do Senador Inácio Arruda. hoc: Senador João Batista Motta, favorável, com 13 a Emenda nº 1-CCJ, que apresenta, com votos PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO contrários das Senadoras Ideli Salvatti e Serys Nº 5, DE 2007 Slhessarenko, do Senador Eduardo Suplicy, e, em separado, do Senador Sibá Machado. Segunda sessão de discussão, em pri- meiro turno, da Proposta de Emenda à Consti- 16 tuição nº 5, de 2007, tendo como primeiro sig- PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 132, DE 2005 natário o Senador Antonio Carlos Magalhães, que cria o Fundo de Combate à Violência e Discussão, em turno único, do Projeto de Apoio às Vítimas da Criminalidade. Lei da Câmara nº 132, de 2005 (nº 4.412/2001, Parecer sob nº 191, de 2007, da Comis- na Casa de origem), que regulamenta o exer- são de Constituição, Justiça e Cidadania, Re- cício da profissão de Supervisor Educacional lator: Senador Demóstenes Torres, favorável, e dá outras providências. com as Emendas nºs 1 a 3-CCJ, que apresenta, Pareceres favoráveis, sob nºs 541 e 925, e abstenção do Senador Jefferson Péres. de 2006 das Comissões de Assuntos Sociais, Relator: Senador Wellington Salgado de Olivei- 14 ra; e de Educação (em audiência, nos termos PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO do Requerimento nº 642, de 2006), Relator: Nº 50, DE 2005 Senador Sérgio Zambiasi. Primeira sessão de discussão, em primei- 17 ro turno, da Proposta de Emenda à Constituição PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 83, DE 2006 nº 50, de 2005, tendo como primeiro signatário o Senador Osmar Dias, que acrescenta inciso Discussão, em turno único, do Projeto de ao art. 159 da Constituição Federal, para o fim Lei da Câmara nº 83, de 2006 (nº 1.996/2003, 430 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23592 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 na Casa de origem), que fica instituído o Pro- adolescente e acrescenta o art. 469-A ao De- grama Disque Idoso. creto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 Pareceres favoráveis, sob nºs 282 e 283, – Código de Processo Penal. de 2007, das Comissões de Constituição, Jus- tiça e Cidadania, Relator: Senador José Jorge; 21 e de Direitos Humanos e Legislação Partici- PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO pativa, Relatora ad hoc: Senadora Maria do Nº 204, DE 2006 Carmo Alves. Discussão, em turno único, do Projeto 18 de Decreto Legislativo nº 204, de 2006 (nº PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 108, DE 2006 1.798/2005, na Câmara dos Deputados), que aprova o texto da Convenção Adicional Alteran- Discussão, em turno único, do Projeto de do a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Lei da Câmara nº 108, de 2006 (nº 5.150/2001, Regular outras Questões em Matéria de Impos- na Casa de origem), que institui o dia 27 de tos sobre a Renda e o Protocolo Final assinados setembro de cada ano como o Dia Nacional em Brasília, em 23 de junho de 1972, entre o dos Vicentinos. Governo da República Federativa do Brasil e Parecer favorável, sob nº 88, de 2007, o Governo do Reino da Bélgica, celebrado em da Comissão de Educação, Relator: Senador Brasília, em 20 de novembro de 2002. Marco Maciel. Parecer favorável, sob nº 991, de 2006, da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Na- 19 cional, Relator ad hoc: Senador Arthur Virgílio. PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 33, DE 2007 (Tramitando nos termos dos arts. 142 e 143 do 22 Regimento Comum) PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 502, DE 2006 Primeira sessão de discussão, em primei- ro turno, do Projeto de Lei da Câmara nº 33, Discussão, em turno único, do Projeto de 2007 (nº 4.125/2004, na Casa de origem), de Decreto Legislativo nº 502, de 2006 (nº de iniciativa da Comissão Parlamentar Mista 1.392/2004, na Câmara dos Deputados), que de Inquérito da Exploração Sexual, que torna aprova o texto da Convenção nº 178 relativa à obrigatória a divulgação pelos meios que es- Inspeção das Condições de Vida e de Trabalho pecifica de mensagem relativa à exploração dos Trabalhadores Marítimos bem como o texto sexual e tráfico de crianças e adolescentes da Recomendação nº 185, ambas da Organiza- apontando formas para efetuar denúncias. ção Internacional do Trabalho – OIT e assinadas em Genebra, em 22 de outubro de 1996. 20 Parecer favorável, sob nº 124, de 2007, PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 35, DE 2007 da Comissão de Relações Exteriores e Defe- (Tramitando nos termos dos arts. 142 e 143 sa Nacional, Relator : Senador Antônio Carlos do Regimento Comum) Valadares.

Primeira sessão de discussão, em pri- 23 meiro turno, do Projeto de Lei da Câmara nº PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 35, de 2007 (nº 4.126/2004, na Casa de ori- Nº 503, DE 2006 gem), de iniciativa da Comissão Parlamentar Discussão, em turno único, do Projeto Mista de Inquérito da Exploração Sexual, que de Decreto Legislativo nº 503, de 2006 (nº acrescenta a Seção VIII ao Capítulo III – Dos 1.836/2005, na Câmara dos Deputados), que Procedimentos – do Título VI – Do Acesso à aprova o texto do Acordo entre a República Justiça – da Parte Especial da Lei nº 8.069, Federativa do Brasil e a República Portuguesa de 13 de julho de 1990 – Estatuto da Criança sobre Facilitação de Circulação de Pessoas, ce- e do Adolescente, dispondo sobre a forma de lebrado em Lisboa, em 11 de julho de 2003. inquirição de testemunhas e produção anteci- pada de prova quando se tratar de delitos tipifi- Parecer favorável, sob nº 125, de 2007, cados no Capítulo I do Título VI do Decreto-Lei da Comissão de Relações Exteriores e De- nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código fesa Nacional, Relator: Senador Jarbas Vas- Penal, com vítima ou testemunha criança ou concelos. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 431 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Quinta-feira 12 23593 24 Governo da República Federativa do Brasil e PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO o Governo da República da Turquia, celebrado Nº 504, DE 2006 em Brasília, em 14 de agosto de 2003. Parecer favorável, sob nº 171, de 2007, Discussão, em turno único, do Projeto da Comissão de Relações Exteriores e Defesa de Decreto Legislativo nº 504, de 2006 (nº Nacional, Relator: Senador Romeu Tuma. 2.145/2006, na Câmara dos Deputados), que aprova o texto do Acordo entre o Governo da 28 República Federativa do Brasil e o Governo da PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO República da Croácia sobre Cooperação no Nº 30, DE 2007 Campo de Veterinária, celebrado em Zagreb, em 20 de abril de 2004. Discussão, em turno único, do Proje- Parecer favorável, sob nº 126, de 2007, to de Decreto Legislativo nº 30, de 2007 (nº da Comissão de Relações Exteriores e Defesa 1.395/2004, na Câmara dos Deputados), que Nacional, Relator: Senador Marcelo Crivella. aprova o texto do Memorando de Entendimen- to entre o Governo da República Federativa 25 do Brasil e o Governo da República de Cuba PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO para Cooperação Técnica em Matéria de Saú- Nº 4, DE 2007 de Animal e Sanidade Vegetal, celebrado em Havana, em 26 de setembro de 2003. Discussão, em turno único, do Projeto de Parecer favorável, sob nº 386, de 2007, Decreto Legislativo nº 4, de 2007 (nº 278/99, na Câmara dos Deputados), que aprova o da Comissão de Relações Exteriores e De- texto do Acordo Relativo à Implementação da fesa Nacional, Relatora: Senadora Rosalba Parte XI da Convenção das Nações Unidas Ciarlini. sobre o Direito do Mar, de 10 de dezembro 29 de 1982, concluído em Nova Iorque, em 29 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO de julho de 1994. Nº 31, DE 2007 Parecer favorável, sob nº 170, de 2007, da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Discussão, em turno único, do Proje- Nacional, Relator: Senador Marco Maciel. to de Decreto Legislativo nº 31, de 2007 (nº 1.546/2004, na Câmara dos Deputados), que 26 aprova o texto do Acordo entre o Governo da PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO República Federativa do Brasil e o Governo da Nº 24, DE 2007 República de Moçambique sobre Cooperação Discussão, em turno único, do Proje- Técnica e Procedimentos nas Áreas Sanitária to de Decreto Legislativo nº 24, de 2007 (nº e Fitossanitária, celebrado em Maputo, em 5 638/2003, na Câmara dos Deputados), que de novembro de 2003. aprova o texto da Convenção Interamericana Parecer favorável, sob nº 387, de 2007, sobre Assistência Mútua em Matéria Penal, da Comissão de Relações Exteriores e Defesa assinada em Nassau em 23 de maio de 1992 Nacional, Relator: Senador Marcelo Crivella. e de seu Protocolo Facultativo, assinado em 30 Manágua em 11 de junho de 1993. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Parecer favorável, sob nº 344, de 2007, Nº 32, DE 2007 da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, Relator: Senador Paulo Duque. Discussão, em turno único, do Proje- to de Decreto Legislativo nº 32, de 2007 (nº 27 1.732/2005, na Câmara dos Deputados), que PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 29, DE 2007 aprova o texto do Acordo de Cooperação Ju- dicial em Matéria Penal entre o Governo da Discussão, em turno único, do Proje- República Federativa do Brasil e o Governo to de Decreto Legislativo nº 29, de 2007 (nº da República de Cuba, celebrado em Havana, 1.324/2004, na Câmara dos Deputados), que em 24 de setembro de 2002. aprova o texto do Acordo sobre Cooperação Parecer favorável, sob nº 278, de 2007, em Assuntos Relacionados à Defesa entre o da Comissão de Relações Exteriores e De- 432 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 23594 Quinta-feira 12 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 fesa Nacional, Relator: Senador Jarbas Vas- celebrado em Bucareste, em 16 de outubro concelos. de 2004. 31 Parecer favorável, sob nº 388, de 2007, PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nº 33, DE 2007 Nacional, Relator ad hoc: Senador Mozarildo Discussão, em turno único, do Proje- Cavalcanti. to de Decreto Legislativo nº 33, de 2007 (nº O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco/PR 1.759/2005, na Câmara dos Deputados), que – ES) – Está encerrada a sessão. aprova o texto do Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo (Levanta-se a sessão às 19 horas e 32 da Romênia sobre Isenção Parcial de Vistos, minutos.) JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 433 23748 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 Ata da 111ª Sessão Deliberativa Ordinária, em 12 de julho de 2007 1ª Sessão Legislativa Ordinária da 53ª Legislatura

Presidência dos Srs. Tião Viana, Gerson Camata, César Borges e da Sra. Patrícia Saboya

ÀS 14 HORAS, ACHAM-SE PRESENTES AS SRAS. E OS SRS. SENADORES: 434 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23749 O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB – Aviso nº 58, de 2007 (nº 79/2007, na origem), – ES) – A lista de presença acusa o comparecimento de 7 de maio último, referente à Sociedade de 66 Srs. Senadores. Havendo número regimental, Rádio Emissora Paranaense S/A, da cidade declaro aberta a sessão. de Curitiba, Estado do Paraná; Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos – Aviso nº 59, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de 7 trabalhos. de maio último, referente à 90-FM Stereo Ltda., da O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB cidade de Pirassununga, Estado de São Paulo; – ES) – A Presidência recebeu do Ministro de Es- – Aviso nº 60, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de 7 tado das Comunicações, em cumprimento ao art de maio último, referente à Rádio Liberdade do 3º, parágrafo único, da Lei nº 10.610, de 2002, as Rio Grande do Sul Ltda., da cidade de Viamão, seguintes matérias, comunicando alterações de Estado do Rio Grande do Sul; controle societário ocorridas em empresas exe- – Aviso nº 61, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de 7 cutantes de serviços de radiodifusão sonora e de de maio último, referente à Rádio Iguatemi Fre- sons e imagens: qüência Modulada Stereo Ltda., da cidade de Bebedouro, Estado de São Paulo; – Aviso nº 49, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de – Aviso nº 62, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de 7 7 de maio último, referente à Rede Gerais de de maio último, referente à Rádio Independência Comunicação Ltda., da cidade de Coromandel, de Ribeirão Preto Ltda., da cidade de Ribeirão Estado de Minas Gerais; Preto, Estado de São Paulo; – Aviso nº 50, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de – Aviso nº 63, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de 7 de maio último, referente à Rede Nordeste de 7 de maio último, referente à ABC Rádio e Te- Comunicação Ltda., da cidade de Caruaru, Es- levisão Ltda., da cidade de Barbacena, Estado tado de Pernambuco; de Minas Gerais; – Aviso nº 51, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de 7 – Aviso nº 64, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de 7 de maio último, referente à Rádio Belos Montes de maio último, referente à Rádio 99 FM Ltda., de Seara Ltda., da cidade de Seara, Estado de da cidade de Balneário Camboriú, Estado de Santa Catarina; Santa Catarina; – Aviso nº 52, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de – Aviso nº 65, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de 7 7 de maio último, referente à Rádio Planalto de de maio último, referente à Rádio Globo de Bra- Perdizes Ltda., da cidade de Perdizes, Estado sília Ltda., de Brasília, Distrito Federal; de Minas Gerais; – Aviso nº 66, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de 7 – Aviso nº 53, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de 7 de maio último, referente à Rádio Sul Capixaba de maio último, referente à Rádio Jornal de Ubatã FM de Guaçuí Ltda., da cidade de Guaçuí, Es- Ltda., da cidade de Ubatã, Estado da Bahia; tado do Espírito Santo; – Aviso nº 54, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de – Aviso nº 67, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de 7 de maio último, referente à Sistema Horizonte 7 de maio último, referente à Rádio Itaimbé FM de Comunicação Ltda., da cidade de Carpina, Ltda, da cidade de São Francisco de Paula, Es- Estado de Pernambuco; tado do Rio Grande do Sul; – Aviso nº 55, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de 7 – Aviso nº 68, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de de maio último, referente à Sociedade Rádio FM 7 de maio último, referente à Rádio Equatorial Pé de Cedro Ltda., da cidade de Coxim, Estado Ltda., da cidade de Boa Vista, Estado de Ro- do Mato Grasso do Sul; raima; – Aviso nº 56, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de 7 – Aviso nº 69, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de 7 de maio último, referente à Rádio Emissora Aru- de maio último, referente à Rádio Energia Ltda., anã Ltda., da cidade de Barra do Garças, Estado da cidade de Volta Redonda, Estado do Rio de do Mato Grosso; Janeiro; – Aviso nº 57, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de – Aviso nº 70, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de 7 de maio último, referente à Sociedade Rádio 7 de maio último, referente à FM Rádio Voz do Emissora Paranaense S/A, da cidade de Londri- Agreste Ltda., da cidade de Cupira, Estado de na, Estado do Paraná; Pernambuco; JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 435 23750 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 – Aviso nº 71, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB 7 de maio último, referente à Rádio União da – ES) – Sobre a mesa, projetos recebidos da Câmara Franca Ltda., da cidade de Franca, Estado de dos Deputados que passo a ler. São Paulo; São lidos os seguintes: – Aviso nº 72, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de 7 de maio último, referente à Televisão Sul de Minas Ltda., da cidade de Varginha, Estado de PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Minas Gerais; Nº 230, DE 2001 – Aviso nº 73, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de 7 (Nº 628/2003, na Câmara dos Deputados) de maio último, referente ao Sistema Regional de Radiodifusão Ltda., da cidade de Votorantim, Aprova o ato que outorga concessão Estado de São Paulo; à Fundação Cultural “Romeu Marsico” para – Aviso nº 74, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de 7 executar serviço de radiodifusão de sons e de maio último, referente à Rádio Emissora da imagens na cidade de Jaboticabal, Estado Barra Ltda., da cidade de Barra Bonita, Estado de São Paulo. de São Paulo; O Congresso Nacional decreta: – Aviso nº 75, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere o De- 7 de maio último, referente à Rádio Progresso creto s/nº de 25 de junho de 2002, que outorga conces- de Russas Ltda., da cidade de Russas, Estado são à Fundação Cultural “Romeu Marsico” para execu- do Ceará; tar, por 15 (quinze) anos, sem direito de exclusividade, – Aviso nº 76, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de 7 serviço de radiodifusão de sons e imagens, corn fins de maio último, referente à Sociedade Campogran- exclusivarnente educativos, na cidade de Jaboticabal, dense de Radiodifusão Ltda., da cidade de Campo Estado de São Paulo. Grande, Estado de Mato Grosso do Sul; Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na – Aviso nº 77, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de 7 data de sua publicação. de maio último, referente à Rádio Educadora de Guaíba Ltda., da cidade de Guaíba, Estado do MENSAGEM Nº 1.067, DE 2002 Rio Grande do Sul; – Aviso nº 78, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de 7 Senhores Membros do Congresso Nacional, de maio último, referente à FM Maior de Aracati Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado corn o § 3º do art. 223, da Constituição Federal, submeto à Ltda., da cidade de Aracati, Estado do Ceará; – Aviso nº 79, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de 7 apreciacão de Vossas Excelências, acompanhado de de maio último, referente à Rádio Pontal FM Ltda., Exposição de Motivos do Senhor Ministro de Estado das Comunicações, o ato constante do Decreto de 25 da cidade de Pontal, Estado de São Paulo; de junho de 2002, que “Outorga concessão às enti- – Aviso nº 80, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de 7 dades que menciona, para executar serviço de radio- de maio último, referente à TV Vale do Paraíba difusão de sons e imagens, corn fins exclusivamente Ltda., da cidade de São José dos Campos, Es- educativos, e dá outras providências”. As entidades tado de São Paulo; e mencionadas são as seguintes: – Aviso nº 81, de 2007 (nº 79/2007, na origem), de 7 de 1– Fundação Nagib Haickel, na cidade de Impe- maio último, referente à Rádio Modelo FM Ltda., ratriz – MA; da cidade de Indaiatuba, Estado de São Paulo. 2 – Fundação de Radiodifusão Ermindo Francisco As matérias, juntadas aos processados dos Pro- Roveda, na cidade de União da Vitória – PR; jetos de Decreto Legislativo nºs 28, 62, 120 e 124, de 3 – Fundação Educar Sul Brasil, na cidade de 1990; 11, 54 e 66, de 1991; 27, de 1992; 64, de 1993; Pinhais – PR; 133 e 154, de 1995; 55, de 1996; 112, de 1997; 208, 4 – Fundação Cultural “Romeu Marsico”, na ci- de 1999; 112, 163 e 376, de 2001; 821, de 2003; 652, dade de Jaboticabal – SP; e 784, 803, 901, 935, 1030, 1158, 1191, 1297 e 1472, 5 – Fundação Ernesto Benedito de Camargo, na de 2004; 13, 143, 267 e 410, de 2005; e 442, de 2006, cidade de Guarulhos – SP. vão à Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Co- Brasília, 9 de dezembro de 2002. – Marco Ma- municação e Informática. ciel. 436 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23751 MC nº 800 EM O Presidente da República, no uso das atribuições Brasília, 5 de junho de 2002 que lhe conferem os arts. 84, inciso IV, e 223, caput, da Constituição, e 34, § 1º da Lei nº 4.117, de 27 de Excelentíssimo Senhor Presidente da República, agosto de 1962, e tendo em vista o disposto no art. Submeto à consideração de Vossa Excelência 14, § 2º, do Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de o incluso projeto de decreto que trata da outorga de 1967, e no § 1º do art. 13 do Regulamento de Serviços concessão às entidades abaixo relacionadas, para de Radiodifusão, aprovado pelo Decreto nº 52.795, de executar serviço de radiodifusão de sons e imagens, 31 de outubro de 1963. com fins exclusivamente educativos nas localidades e Decreta: Unidades da Federação indicadas: Art. 1º Fica outorgada concessão às entidades • Fundação Nagib Haickel, na cidade de Im- abaixo mencionadas, para excutar, pelo prazo de quinze peratriz, no Estado do Maranhão (Processo nº anos, sem direito de exclusividade, serviço de radio- 53000.004246/99); difusão de sons e imagens, com fins exclusivamente • Fundação de Radiodifusão Ermindo Francisco educativos: Roveda, na cidade de União da Vitória, Estado do Pa- I – Fundação Nagib Haickel, na cidade de Im- raná (Processo nº 53000.003403/01); peratriz, no Estado do Maranhão (Processo nº • Fundação Educar Sul Brasil, na cidade de Pinhais, 53000.004246/99); Estado do Paraná (Processo nº 53000.004151/01); II – Fundação de Radiodifusão Ermindo Francis- • Fundação Cultural “Romeu Marsico”, na cida- co Roveda, na cidade de União da Vitória, Estado do de de Jaboticabal, Estado de São Paulo (Processo nº Paraná (Processo nº 53000.003403/01); 53830.001107/00); III – Fundação Educar Sul Brasil, na cida- • Fundação Ernesto Benedito de Camargo, na de de Pinhais, Estado do Paraná (Processo nº cidade de Guarulhos, Estado de são Paulo (Processo 53000.004151/01); nº 53000.004929/01); IV – Fundação Cultural “Romeu Marsico”, na ci- 2. De acordo com o artigo 14, § 2º, do Decreto- dade de Jaboticabal, Estado de São Paulo (Processo Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967, e com o § 1º do nº 53830.001107/00); artigo 13 do Regulamento de Serviços de Radiodifusão, V – Fundação Ernesto Benedito de Camargo, na aprovado pelo Decreto nº 52.795 de 31 de outubro de cidade de Guarulhos, Estado de são Paulo (Processo 1963, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto nº nº 53000.004929/01); 2.108, de 24 de dezembro de 1996, não dependerá de Parágrafo único. As concesões ora outorgadas edital a outorga para execução de serviço de radiodi- reger-se-ão pelo Código Brasileiro de Telecomunica- fusão com fins exclusivamente educativos. ções, leis subseqüentes, regulamentos e obrigações 3. Cumpre ressaltar que os pedidos se encontram assumidas pelas outorgadas. devidamente instruídos, de acordo com a legislação Art. 2º Este ato somente produzirá efeitos legais aplicável, demonstrando possuírem as entidades as após deliberação do Congresso Nacional, nos termos qualificações exigidas para a execução do serviço. do § 3º do art. 223 da Constituição. 4. Esclareço que, nos termos do §3º do artigo Art. 3º Os contratos decorrentes destas conces- 223 da Constituição Federal, o ato de outorga somente sões deverão ser assinados dentro de sessenta dias, produzirá efeitos legais após deliberação do Congresso a contar da data da publicação da deliberação de que Nacional, para onde solicito seja encaminhado o referido trata o art. 2º, sob pena de tornarem-se nulos, de ple- ato, acompanhado dos processos correspondentes. no direito, os atos de outorga. Respeitosamente, – Juarez Quadros do Nasci- Art. 4º Este decreto entra em vigor na data de mento, Ministro das Comunicações. sua publicação. Brasília, 25 de junho de 2002; 181º da Indepen- DECRETO DE 25 DE JUNHO DE 2002 dência e 114º da República. – Fernando Henrique Cardoso, Juarez Quadros do Nascimento. Outorga concessão às entidades que menciona, para executar serviço de radio- PARECER Nº 178/2002 difusão de sons e imagens, com fins ex-

clusivamente educativos, e dá outras pro- Referência: Processo nº 53830.001107/00 vidências. Interessada: Fundação Cultural Romeu Marsico JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 437 23752 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 Assunto: Outorga de servico de radiodifusão. viço, ao tempo em que condiciona a eficácia do corres- Ementa: Independe de edital a outorga para serviço de pondente ato à deliberação do Congresso Nacional. radiodifusão corn fins exclusivarnente educativos. 9. 0 Regulamento dos Serviços de Radiodifusão, Atendimento das exigências estabelecidas no Regu- aprovado pelo Decreto nº 52.795, de 31 de outubro de lamento dos Servicos de Radiodifusão e na Portaria 1963, em seu art. 13, com a redação que lhe foi dada

Interministerial nº 651/99. pelo Decreto nº 2.108, de 24 de dezembro de 1996, publicado no DOU de 26 subseqüente, dispensa a pu- Conclusão: Pelo deferimento blicação de edital para a outorga de serviço de radio- difusão com fins exclusivamente educativos. I – Os Fatos “Art 13. A Fundação Cultural Romeu Marsico, com sede (...) na cidade de Taquaritinga, Estado de São Paulo, requer § 1º É dispensável a licitação para outor- lhe seja outorgada concessão para executar o serviço ga para execução de Serviços de Radiodifusão de radiodifusão de sons e imagens, com fins exclusiva- com fins exclusivamente educativos”. mente educativos, na cidade de Jaboticabal, São Paulo, 10. A documentação instrutória concernente à mediante a utilização do canal 47+E, previsto no Plano entidade e aos seus diretores está em ordem. A en- Básico de Distribuição de Canais do referido serviço. tidade encaminhou a declaração prevista na Portaria 2. Trata-se de fundacão de direito privado, sem Interministerial nº 651, de 15 de abril de 1999, publi- fins lucrativos, com autonomia patrimonial, adminis- trativa e financeira, cujo objetivo principal é promover, cada no DOU de 19 de abril de 1999. mediante concessão ou permissão, programas infor- 11. O deferimento da outorga pretendida não mativos, culturais e recreativos pela televisão, rádio e implicará descumprimento dos limites fixados pelo outros meios de comunicação. Decreto-Lei nº 236/67, quanto aos diretores, confor- 3. Para atender aos requisitos estabelecidos pela me declaração firmada por eles e juntada à fl.100 dos Legislação de radiodifusão, a entidade apresentou toda presentes autos. a documentação pertinente. 4. A escritura pública com o estatuto social da III – Conclusão entidade encontra-se devidamente matriculada no Estando o processo devidamente instruído, em Registro Civil de Pessoas Jurídicas, na cidade de Ta- conformidade com os dispositivos legais que regem os quaritinga, São Paulo, atendendo a todos as requisitos serviços de radiodifusão, concluo pelo deferimento do dispostos no Código Civil Brasileiro e na Legislação pedido, sugerindo que os autos sejam encaminhados especifica de radiodifusão. ao Diretor do Departamento de Outorga de Serviços 5. O cargo de Diretor Administrativo, está ocu- de Radiodifusão para prosseguimento. pado pela Sra. Wendy Lyz Crespi, cabendo a ela a O ato de outorga dar-se-á por decreto presiden- representação ativa e passiva da Fundação, nos atos cial, em razão de se tratar do serviço de radiodifusão de sua administração. de sons e imagens, conforme dispõe a legislação es- 6. Estão previstos também, as cargos de Diretor Financeiro, ocupado pela Sra. Delma Aparecida Cesá- pecífica. rio da Costa e de Diretor de Produção e Programação, Posteriormente à decisão da outorga, o processo ocupado pelo Sr. Valdir de Azevedo Lazari. deverá ser encaminhado ao Congresso Nacional onde o ato de outorga será apreciado conforme dispõe a Constituição Federal (art. 223). II – Do Mérito É o parecer “sub-censura”. 7. A outorga de permissão, concessão e autori- Brasília, 24 de maio de 2002. – Fernando Sam- zação para executar serviços de radiodifusão sonora paio Netto, Assessor Jurídico. e de sons e imagens está admitida na Constituição De acordo. À consideração do Sr. Diretor do De- Federal (art. 21, inciso XII, alínea a). partamento de Outorga de Serviços de Radiodifu- 8. É também a Carta Magna, em seu art. 223, que são. atribui ao Poder Executivo competência para outorgar Brasília, 24 de maio de 2002. – Napoleão Vala- concessão, permissão e autorização para o referido ser- dares, Coordenador-Geral de Outorga. 438 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23753 À Consideração do Sr. Secretário de Serviços to de renovação do prazo de vigência da concessão de Radiodifusão. outorgada à Rádio Costa do Sol Ltda., para explorar Brasília, 24 de maio de 2002. – Hamilton de serviço de radiodifusão sonora em onda média, na ci- Magalhães Mesquita, Diretor do Departamento de dade de Araruama, Estado do Rio de Janeiro. Outorga de Serviços de Radiodifusão. 2. O pedido de renovação encontra-se devida- Encaminhem-se os autos à douta Consultoria mente instruído de acordo com a legislação em vigor e Jurídica, para prosseguimento. a estação está funcionando dentro das características Brasília, 27 de maio de 2002. – Antonio Carlos técnicas a ela atribuídas por este Ministério. Tardeli, Secretário de Serviços de Radiodifusão. 3. Nos termos do § 3º do art. 223 da Constituição, (À Comissão de Ciências, Tecnologia, o ato de revogação somente produzirá efeitos legais Inovação, Comunicação e Informática – Deci- após deliberação do Congresso Nacional, a quem de- são Terminativa.) verá ser remetido o processo administrativo pertinente, que a esta acompanha. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 4. Estas, Senhor Presidente, as minhas consi- Nº 231, DE 2007 derações a respeito do mencionado projeto de de- (Nº 745/2003, na Câmara dos Deputados) creto, que submeto à elevada consideração de Vossa Excelência. Aprova o ato que renova a concessão Respeitosamente, – Affonso Alves de Camar- outorgada à Rádio Costa do Sol Ltda. para go Netto, Ministro de Estado dos Transportes e das explorar serviço de radiodifusão sonora em Comunicações. onda média na cidade de Araruama, Estado do Rio de Janeiro. DECRETO DE 29 DE JULHO DE1992

O Congresso Nacional decreta: Renova a concessão outorgada à Rá- Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere o De- dio Costa do Sol Ltda., para explorar servi- creto s/nº de 29 de julho do 1992, que renova por 10 ço de radiodifusão sonora em onda média, (dez) anos, a partir de 17 de abril de 1988, a concessão na cidade de Araruama, Estado do Rio de outorgada à Rádio Costa do Sol Ltda. para explorar, Janeiro. sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda média na cidade de Araruama, Esta- O Presidente da República, no uso das atribuições do do Rio de Janeiro. que lhe conferem os arts. 84, inciso IV, e 223, caput, Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na da Constituição, de acordo com o art. 33, § 3º, da Lei data de sua publicação. nº 4.117, de 27 de agosto de 1962, e tendo em vista o que consta do Processo nº 29101.000451/88, MENSAGEM Nº 384, DE 1992 Decreta: Senhores Membros do Congresso Nacional, Art. 1º Fica renovada, por dez anos, a partir de Nos termos do artigo 49, inciso XII, combinado 17 de abril de 1988, a concessão outorgada à Rádio com o § 1º do artigo 223, da Constituição Federal, Costa do Sol Ltda., cujo prazo residual da outorga foi submeto à apreciação do Congresso Nacional, acom- mantido pelo Decreto de 10 de maio de 1991, para panhado de Exposição de Motivos do Senhor Ministro explorar, sem direito de exclusividade, serviço de ra- de Estado dos Transportes e das Comunicações, o ato diodifusão sonora em onda média, na cidade de Ara- constante do Decreto que “Renova a concessão outor- ruama, Estado do Rio de Janeiro. gada à Rádio Costa do Sol Ltda., para explorar serviço Parágrafo único. A execução do serviço de radio- de radiodifusão sonora em onda média, na cidade de difusão, cuja outorga é renovada por este Decreto, re- Araruama, Estado do Rio de Janeiro”. ger-se-á pelo Código Brasileiro de Telecomunicações, Brasília, 29 de julho de 1992. – Fernando leis subseqüentes e seus regulamentos. Collor. Art. 2º Este ato somente produzirá efeitos legais EM nº 128/92 após deliberação do Congresso Nacional, nos termos Brasília, 9 de janeiro de 1992 do § 3º do art. 223 da Constituição. Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de Excelentíssimo Senhor Presidente da República, sua publicação. Tenho a honra de submeter à elevada conside- Brasília, 29 de julho de 1992; 171º da Indepen- ração de Vossa Excelência o incluso projeto de decre- dência e 104º da República. – Fernando Collor. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 439 23754 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 440 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23755 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 441 23756 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 442 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23757 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 443 23758 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007

(À Comissão de Ciência, Tecnologia, Ino- vação, Comunicação e Informática. – Decisão terminativa.)

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO MENSAGEM Nº 754, DE 2002 Nº 232, DE 2007 Senhores Membros do Congresso Nacional, (Nº 1.092/2003, na Câmara dos Deputados) Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado com Aprova o ato que renova a concessão o § 3º do art. 223, da Constituição Federal, submeto à outorgada à Rádio Cassino de Rio Grande apreciação de Vossas Excelências, acompanhado de Ltda. para explorar serviço de radiodifusão Exposição de Motivos do Senhor Ministro de Estado sonora em onda média na cidade de Rio das Comunicações, o ato constante do Decreto de 20 Grande, Estado do Rio Grande do Sul. de agosto de 2002, que “Renova a concessão e a au- O Congresso Nacional decreta: torização das entidades que menciona, para explorar Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere o De- serviços de radiodifusão, e dá outras providências”. As creto s/nº de 20 de agosto de 2002, que renova por 10 entidades mencionadas são as seguintes: (dez) anos, a partir de 10 de marco de 1999, a conces- a) concessão, em onda média: são outorgada à Rádio Cassino de Rio Grande Ltda. 1 – Rádio Manguaba do Pilar Ltda., na cidade para explorar, sem direito de exclusividade, serviço de de Pilar-AL; radiodifusão sonora em onda média na cidade de Rio 2 – Caraíba Empreendimentos Culturais Ltda., Grande, Estado do Rio Grande do Sul. na cidade de Senhor do Bonfim-BA; Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na 3 – Fundação Antena Azul, na cidade de Cícero data de sua publicação. Dantas-BA; 444 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23759 4 – Rádio Bahiana de Itaberaba Ltda., na cidade c) autorização, em onda média: de Itaberaba-BA; I – Prefeitura Municipal de Bom Jesus, na cidade 5 – Rádio a Voz de Itapagé Ltda., na cidade de de Bom Jesus-RS; e Itapagé-CE; 2– Prefeitura Municipal de Taquari, na cidade de 6 – Rádio Cultura de Paracuru Ltda., na cidade Taquari-RS. de Paracuru-CE; Brasilia, 27 de agosto de2002. – Fernando Hen- 7 – Fundação Cultural Santa Helena, na cidade rique Cardoso. de Santa Helena de Goiás-GO; MC nº 1012 EM 8 – Rádio Eldorado de Mineiros Ltda., na cidade Brasília, 16 de junho de 2002 de Mineiros-GO; 9 – Rádio Vitória Ltda., na cidade de Vitória do Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Mearim-MA; Submeto à consideração de Vossa Excelência o 10 – Rádio Campo Alegre Ltda., na cidade de incluso projeto de decreto que trata da renovação de Rio Verde de Mato Grosso-MS; concessões e autorizações, outorgadas às entidades 11 – Rádio Princesa do Vale de Camapuã S/C abaixo relacionadas, para explorar serviço de radio- Ltda., na cidade de Camapuã-MS; difusão, nas localidades e Unidades da Federação 12 – Rádio Regional de Fátima do Sul Ltda-ME., indicadas: na cidade de Fátima do Sul-MS; • Rádio Manguaba do Pilar Ltda., concessioná- 13 – Rádio Regional Piravevê Ltda., na cidade ria do serviço de radiodifusão sonora em onda média, de Ivinhena-MS; na cidade de Pilar, Estado de Alagoas (Processo nº 14– Rádio Difusora de Poços de Caldas Ltda., 53103.000137/00); na cidade de Poços de Caldas-MG; • Caraíba Empreendimentos Culturais Ltda., con- 15– Rádio Juriti de Paracatu Ltda., na cidade de cessionária do serviço de radiodifusão sonora em onda Paracatu-MG; média, na cidade de Senhor do Bonfim, Estado da 16 – Rádio Metropolitana de Vespasiano Ltda., Bahia (Processo nº 53640.001193/98); na cidade de Vespasiano-MG; • Fundação Antena Azul, concessionária do ser- 17– Rádio Serrana Ltda., na cidade de Araru- viço de radiodifusão sonora em onda média, na cida- na-PB; de de Cícero Dantas, Estado da Bahia (Processo nº 18 – Fundação Cultural Nossa Senhora da Glória 53640.000109/97); de Maringá, na cidade de Maringá-PR; • Rádio Bahiana de Itaberaba Ltda., concessioná- 19 – Rádio Difusora de São Jorge D’Oeste Ltda., ria do serviço de radiodifusão sonora em onda média, na cidade de São Jorge D’Oeste-PR; na cidade de Itaberaba, Estado da Bahia (Processo nº 20 – Rádio Educadora Laranjeiras do Sul Ltda., 53640.000263/98); na cidade de Laranjeiras do Sul-PR • Rádio a Voz de Itapagé Ltda., concessionária 21 – Fundação Nossa Senhora de Fátima, na do serviço de radiodifusão sonora em onda média, cidade de Cianorte-PR; na cidade de Itapagé, Estado do Ceará (Processo nº 22 – Sistema Resendense de Comunicação Ltda., 53650.001234/98); na cidade de Resende-RJ; • Rádio Cultura de Paracuru Ltda., concessioná- 23 – Sociedade Stereosul de Radiodifusão Ltda., ria do serviço de radiodifusão sonora em onda média, na cidade de Volta Redonda-RJ; na cidade de Paracuru, Estado do Ceará (Processo nº 24– Rádio Atlântica de Constantina Ltda., na ci- 53650.000033/95); dade de Constantina-RS; • Fundação Cultural Santa Helena, concessioná- 25– Rádio Cassino de Rio Grande Ltda., na ci- ria do serviço de radiodifusão sonora em onda média, dade de Rio Grande-RS; na cidade de Santa Helena de Goiás, Estado de Goiás 26 – Rádio Difusora Três Passos Ltda., na cidade (Processo nº 53670.000190/98); de Três Passos-RS; • Rádio Eldorado de Mineiros Ltda., concessioná- 27 – Rádio Guarita Ltda., na cidade de Coronel ria do serviço de radiodifusão sonora em onda média, Bicaco-RS; e na cidade de Mineiros, Estado de Goiás (Processo nº 28 – Sociedade Rádio Difusora Alegretense Ltda., 53670.000248/98); na cidade de Alegrete-RS. • Rádio Vitória Ltda., concessionária do serviço b) concessão, em onda curta: de radiodifusão sonora em onda média, na cidade de Rádio e Televisão Record S.A., na cidade de Vitória do Mearim, Estado do Maranhão (Processo nº São Paulo-SP. 53680.000245/98); JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 445 23760 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 • Rádio Campo Alegre Ltda., concessionária do onda média, na cidade de Volta Redonda, Estado do serviço de radiodifusão sonora em onda média, na ci- Rio de Janeiro (Processo nº 5370.001572/98); dade de Rio Verde de Mato Grosso, Estado de Mato • Rádio Atlântica de Constantina Ltda., conces- Grosso do Sul (Processo nº 53700.000956/98); sionária do serviço de radiodifusão sonora em onda • Rádio Princesa do Vale de Camapuã S/C LTDA., média, na cidade de Constantina, Estado do Rio Gran- concessionária do serviço de radiodifusão sonora em de do Sul (Processo nº 53790.000541/98); onda média, na cidade de Camapuã, Estado de Mato • Rádio Cassino de Rio Grande Ltda., concessio- Grosso do Sul (Processo nº 53700.000600/98); nária do serviço de radiodifusão sonora em onda mé- • Rádio Regional de Fátima do Sul Ltda.-ME., dia, na cidade de Rio Grande, Estado do Rio Grande concessionária do serviço de radiodifusão sonora em do Sul (Processo nº 53528.000314/00); onda média, na cidade de Fátima do Sul, Estado de • Rádio Difusora Três Passos Ltda., concessioná- Mato Grosso do Sul (Processo nº 53700.000707/98); ria do serviço de radiodifusão sonora em onda média, • Rádio Regional Piravevê Ltda., concessionária na cidade de Três Passos, Estado do Rio Grade do Sul do serviço de radiodifusão sonora em onda média, na (Processo nº 53790.000166/98); cidade de Ivinhema, Estado de Mato Grosso do Sul • Rádio Guarita Ltda., concessionária do serviço (Processo nº 53700.000908/98); de radiodifusão sonora em onda média, na cidade de • Rádio Difusora de Poços de Caldas Ltda., con- Coronel Bicaco, Estado do Rio Grande do Sul (Pro- cessionária do serviço de radiodifusão sonora em onda cesso nº 53790.000550/98); média, na cidade de Poços de Caldas, Estado de Minas • Sociedade Rádio Difusora Alegretense Ltda., Gerais (Processo nº 53710.000161/98); concessionária do serviço de radiodifusão sonora em • Rádio Juriti de Paracatu Ltda., concessionária onda média, na cidade de Alegrete, Estado do Rio do serviço de radiodifusão sonora em onda média, na Grande do Sul (Processo nº 53790.000447/98); cidade de Paracatu, Estado de Minas Gerais (Processo • Rádio E Televisão Record S/A., concessionária nº 53710.000908/98); do serviço de radiodifusão sonora em onda curta, na • Rádio Metropolitana de Vespasiano Ltda., con- cidade de São Paulo, Estado de São Paulo (Processo cessionária do serviço de radiodifusão sonora em onda nº 50830.00106 1/93); média, na cidade de Vespasiano, Estado de Minas Ge- • Prefeitura Municipal de Bom Jesus, através do rais (Processo nº 53710.000611/98); Serviço Municipal de Radiodifusão – Rádio Aparados • Rádio Serrana Ltda., concessionária do ser- da Serra, autorizada do serviço de radiodifusão sonora viço de radiodifusão sonora em onda média, na ci- em onda média, na cidade de Bom Jesus, Estado do dade de Araruna, Estado da Paraíba (Processo nº Rio Grande do Sul (Processo nº 53790.001156/98); 53730.000265/98); • Prefeitura Municipal de Taquari, através da Em- • Fundação Cultural Nossa Senhora da Glória de presa Jornalística e de Radiodifusão Açoriana – EJORA, Maringá, concessionária do serviço de radiodifusão autorizada do serviço de radiodifusão sonora em onda sonora em onda média, na cidade de Maringá, Estado média, na cidade de Taquari, Estado do Rio Grande do Paraná (Processo nº 53740.000496/98); do Sul (Processo nº 53790.000697/98). • Rádio Difusora de São Jorge D’oeste Ltda., 2. Observo que a renovação do prazo de vigência concessionária do serviço de radiodifusão sonora em das outorgas para explorar serviços de radiodifusão é onda média, na cidade de São Jorge D’Oeste, Estado regida pelas disposições contidas na Lei nº 5.785, de do Paraná (Processo nº 53740.000674/98); 23 de junho de 1972, e no Decreto nº 88.066, de 26 • Rádio Educadora Laranjeiras do Sul Ltda., con- de janeiro de 1983, que a regulamentou. cessionária do serviço de radiodifusão sonora em onda 3. Cumpre ressaltar que os pedidos foram analisa- média, na cidade de Laranjeiras do Sul, Estado do Pa- dos pelos órgãos técnicos deste Ministério e conside- raná (Processo nº53740.000964/98); rados de acordo com os dispositivos legais aplicáveis, • Fundação Nossa Senhora de Fátima, conces- demonstrando possuir as entidades as qualificações sionária do serviço de radiodifusão sonora em onda necessárias à renovação da concessão. média, na cidade de Cianorte, Estado do Paraná (Pro- 4. Nessa conformidade, e em observância ao que cesso nº 53740.000381/98); dispõem a Lei nº 5.785, de 1972, e seu Regulamento, • Sistema Resendense de Comunicação Ltda., Decreto nº 88.066, de 1983, submeto o assunto à su- concessionária do serviço de radiodifusão sonora em perior consideração de Vossa Excelência para decisão onda média, na cidade de Resende, Estado do Rio de e submissão da matéria ao Congresso Nacional, em Janeiro (Processo nº 53770.001634/98); cumprimento ao § 3º do art. 223 da Constituição. • Sociedade Stereosul de Radiodifusão Ltda., Respeitosamente, – Juarez Quadros do Nasci- concessionária do serviço de radiodifusão sonora em mento, Ministro de Estado das Comunicações. 446 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23761 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 447 23762 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 448 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23763 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 449 23764 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007

PARECER CONJUR/MC Nº 1.322/2002 termo em 1º de março de 1999. Pedido apresentado intempestivamente. Regulares a situação técnica e a Referência: Processo nº 53528.000314/00. vida societária. Origem: ANATEL no Estado do Grande do Sul. Conclusão: Pelo deferimento do pedido. Interessada: Rádio Cassino de Rio Grande Ltda. Tratam os presentes autos de pedido de renovação do prazo de vigência de concessão para explorar serviço Assunto: Renovação de outorga. de radiodifusão sonora em onda média, na cidade de Ementa: Concessão para explorar serviço de radio- Rio Grande, Estado do Rio Grande do Sul, formulado difusão sonora em onda média, cujo prazo teve seu pela Rádio Cassino de Rio Grande Ltda. 450 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23765 2. O pedido foi objeto de análise pela Delegacia I – a renovação não for conveniente ao do MC no Estado do Rio Grande do Sul – DMC/RS, interesse nacional; tendo aquela Delegacia concluído favoravelmente ao II – verificar-se que a interessada não pleito, consoante Parecer Jurídico nº 034/2001, fls. 37 cumpriu as exigências legais e regulamentares a 39, dos autos. aplicáveis ao serviço, ou não observou suas Em aditamento ao citado Parecer acrescento finalidades educativas e culturais.” que: 9. Da leitura do dispositivo citado resulta, de pla- • a outorga que se pretende renovar, con- no, que o não requerimento da renovação do prazo da cedida pelo Decreto nº 83.082, de 24 de janeiro outorga implicará na adoção das medidas pertinen- de 1979, foi objeto da renovação havida com o tes, com a instauração do correspondente processo Decreto nº 98.482, de 7 de dezembro de 1989, de perempção, até a declaracão da perempção ou- aprovado pelo Decreto Legislativo nº 47, de 8 torga, extinguindo-se, desta forma, a relação jurídi- de março de 1991, publicado no Diário Oficial ca estabelecida entre a União e a concessionária ou da União do dia 11 seguinte, por dez anos, a permissionária do serviço de radiodifusão, por ma- partir de 1º de março de 1999; nifesto desinteresse dos outorgados na manutenção • atualmente a concessionária tem seus dessa relação. quadros societário e diretivo autorizados pela 10. Todavia, os pedidos de renovação de outorga Exposição de Motivos nº 173, de 11 de julho apresentados intempestivamente, ou seja, ultrapassa- de 1988, do Ministério das Comunicações, do o prazo legal, inclusive aqueles apresentados nos publicada no Diário Oficial da União em 15 autos do processo de declaração de perempção já seguinte, com a seguinte composição: instaurado, deverão ser apreciados e ter prossegui- mento, entendimento esse adotado por este Ministério das Comunicações desde os idos de 1973, quando foi promovida no país, pela primeira vez, a revisão de todas as concessões e permissões ate então outor- gadas, nos termos da Lei nº 5.785/72. 11. Naquela oportunidade, concluiu-se pela ju- 4. Ressalte-se que o pedido de renovação da en- ridicidade dos procedimentos e pela legalidade da tidade foi apresentado a este Ministério intempestiva- renovação, em pedidos com incidente de intempesti- mente, em 27 de abril de 2000, conforme requerimento vidade, uma vez que o pedido, mesmo intempestivo, de fls. 01 dos autos, cujos estudos se concluíram em arreda a incidência da extinção da outorga, por ter ha- 3 de maio de 2001, na forma do mencionado Parecer vido, mesmo que tardia, a manifestação de vontade e de fls. 37 a 39. interesse na continuação da exploração do serviço de 5. No que respeita à intempestividade do pedi- radiodifusão, entendimento esse mantido até os dias do, mencionada no citado parecer, tecemos algumas de hoje e que consideramos plenamente defensável à consideracões. luz da legislação brasileira e da melhor doutrina, que 6. A legislação que trata da renovação das con- abordamos ligeiramente. cessões e permissões está consubstanciada na Lei nº 12. É, a perempção, genericamente conceituada 5.785, de 23 de junho de 1972, regulamentada pelo como a extinção de um direito. Tecnicamente, entre- Decreto nº 88.066, de 26 de janeiro de 1983. tanto, tem-se que a perempção ocorre sempre dentro 7. Nos termos da referida legislação, “as entidades do processo e com relação ao processo, quando se que pretenderem a renovação do prazo de concessão deixa de praticar ato ou não se faz o que deveria fazer, ou permissão deverão dirigir requerimento ao órgão dentro dos prazos estabelecidos, conforme incisos II e V do art. 267 do Código de Processo Civil. competente do Ministério das Comunicações no período 13. Aproxima-se do conceito de decadência e compreendido entre o 6º (sexto) e o 3º (terceiro) mês de prescrição (ambas reguladas pelo inciso IV do anteriores ao término do respectivo prazo” (art. 4º da art. 269 do CPC) quanto à proximidade dos seus Lei nº 5.785/72 e art. 3º do Decreto nº 88.066/83). efeitos. Todavia, não pode ser com estas confundi- 8. O citado Decreto nº 88.066/83, em seu artigo da, porque se aplica exclusivamente ao processo e 7º, assim dispõe: não ao direito. “Art. 7º A perempção da concessão ou 14. Difere fundamentalmente tanto da prescrição permissão será declarada quando, terminado quanto da decadência uma vez que “a perempção tanto o prazo: pode referir-se à extinção da ação, como somente à JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 451 23766 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 perda do direito de exercício de um ato, que pertence trativo, de que “A atividade da Administração é inin- ou faz parte do processo, sem que este se paralise ou terrupta, não se admitindo a paralisação dos serviços se aniquile, por inteiro.” Públicos.” Assinale-se que esse princípio não distingue “E tanto assim é que no caso de absolviçâo de o serviço executado diretamente pela Administração, instância, pode esta ser restaurada enquanto na de- daquele que é delegado ou concedido pelo Estado ao cadência ou na prescrição nada mais se tem a restau- particular, que o executará em seu nome. Exatamen- rar, desde que tudo é morto ou extinto, seja direito ou te aí é que residem as concessões e permissões dos seja ação.” (De Plácido e Silva. Vocabulário Jurídico, serviços de radiodifusão. fls. 414, 12ª ed. Forense). 19. O Princípio da Continuidade dos serviços pú- 15. No mesmo sentido, Luiz Rodrigues Wambier blicos tem como escopo o princípio maior – da proteção (Curso Avançado de Processo Civil – Ed. Revista dos dos beneficiários da atividade administrativa – uma vez Tribunais – 1998– pág. 610) que a extinção de um serviço que vem sendo regular- • “A perempção, a que alude o art. 267, V, mente prestado a uma determinada comunidade re- é instituto processual cuja definição é expres- sultaria em prejuízo maior para a mesma comunidade, sa legalmente. Esta definição está no art. 268, que seria privada do serviço. parágrafo único, que contém uma imprecisão 20. Ainda é de se considerar que este Ministério, de linguagem técnica consistente na expres- ao dar curso ao pedido intempestivo de renovação, for- são “nova ação”. Não se aplica o preceito se, mulando exigências compatíveis à espécie, assentiu na verdade, de “nova ação” se tratar. A mesma na continuidade do processo, reconhecendo-o sanável, imperfeição técnica não tem lugar, todavia, no admitindo, de modo inequívoco, que os estudos ineren- caput do artigo, onde se faz menção à pos- tes se concluíssem no sentido da renovação. sibilidade de que “se intente de novo a ação.” 21. Diante do concurso das circunstâncias que Vê-se, pela última parte do parágrafo único envolvem a presente renovação, deve o processo se- do artigo em tela, que o fenômeno processual guir em seu trâmite, sendo viável, juridicamente, que se da perempção gera, por assim dizer, a “perda a autorize a postulada renovação, por 10 anos, a partir pretensão (perda da possibilidade de se afirmar de 1º de março de 1999. 22. Estando cumpridas as praxes processuais, que se tem direito), e não a perda do direito em no que se refere à análise técnico-jurídica da matéria, si, tendo em vista a possibilidade que remanes- proponho o encaminhamento dos autos, acompanhados ce, ao autor, de alegá-lo em sua defesa.” de minutas dos atos próprios – Exposição de Motivos 16. E ainda, Moacyr Amaral Santos (Primeiras Li- e Decreto Presidencial – à consideração do Exmº Se- nhas de Direito Processual Civil, 2º vol. – pág. 105– Ed. nhor Ministro de Estado das Comunicações que, em Saraiva – 17ª ed.) os aprovando, os submeterá ao Excelentíssimo Senhor • “Com a decretação da extinção do pro- Presidente da República para os fins previstos no Re- cesso por um dos motivos enumerados no art. gulamento dos Serviços de Radiodifusão. 267 do referido Código, aquele se encerra sem 23. Posteriormente, a matéria deverá ser objeto julgamento do mérito. Permanece íntegra a pre- de apreciação pelo Congresso Nacional, nos termos tensão do autor, que, entretanto, não pode ser do § 3º do art. 223 da Constituição. apreciada e decidida no processo, pois que se É o Parecer “sub censura”. extinguiu. Daí ocorrer o seguinte efeito: Brasília, 17 de junho de 2002. – Maria Lucia Ao autor será permitido intentar de novo Paternostro Rodrigues, Coordenadora Jurídica de a ação, salvo quando a extinção do processo Radiodifusão. tiver sido decretada com fundamento no nº V De acordo. Submeto à Senhora Consultora Ju- do art. 267 (Cód. Cit., art. 268)” rídica. 17. Diante de tais conceitos e observados os efeitos Em 17 de junhode 2002. – Maria da Gloria Tuxi deles decorrentes, o legislador buscou no Direito Proces- F. dos Santos, Coordenadora-Geral de Assuntos Ju- sual Civil, e sabiamente introduziu no texto do Decreto nº rídicos de Comunicações. 88.066, de 26 de janeiro de 1983, que regulamentou a Lei Aprovo. Encaminhe-se ao Gabinete do Sr. Ministro. nº 5.785/72, a figura da perempção e não a da decadência Em 4 de julho de 2002.– Raimunda Nonata Pi- ou da prescrição, traduzindo-se, aí, a possibilidade de se res, Consultora Jurídica. restaurar, tanto o processo quanto o direito. (À Comissão de Ciência, Tecnologia, Ino- 18. Por outro lado, há que se ter presente o Prin- vação, Comunicação e Informática. – Decisão cípio da Continuidade que informa o Direito Adminis- Terminativa.) 452 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23767 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 7 – Portaria nº 541, de 11 de setembro de 2001 Nº 233, DE 2007 – Associação Rádio Comunitária de Piúma – ARCOP, (Nº 1.364/2007, na Câmara dos Deputados) na cidade de Piúma – ES; 8 – Portaria nº 542, de 11 de setembro de 2001 Aprova o ato que outorga autorização – Associação dos Moradores e Produtores Residen- à Associação Ypuarana Artística e Cultu- tes nos Bairros de Parambu, na cidade de Parambu ral de Radiodifusão Comunitária de Lagoa – CE; Seca para executar serviço de radiodifusão 9 – Portaria nº 543, de 11 de setembro de 2001 comunitária na cidade de Lagoa Seca, Es- – Associação Comunitária Esportiva e Cultural dos tado da Paraíba. Amigos de São Vicente de Férrer – MA, na cidade de O Congresso Nacional decreta: São Vicente de Férrer – MA; Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Por- 10 – Portaria nº 544, de 11 de setembro de 2001 taria nº 546, de 11 de setembro de 2001, que outorga – ASCOCAVE – Associação Comunitária de Comunica- autorização à Associação Ypuarana Artística e Cultu- ção de Cana Verde, na cidade de Cana Verde – MG; 11 – Portaria nº 545, de 11 de setembro de 2001 ral de Radiodifusão Comunitária de Lagoa Seca para – Fundação Abraham Lincoln (FAL), na cidade de La- executar, sem direito de exclusividade, serviço de ra- vras – MG; diodifusão comunitária na cidade de Lagoa Seca, Es- 12 – Portaria nº 546, de 11 de setembro de 2001 tado da Paraíba, retificando-se o prazo de autorização – Associação Ypuarana Artística e Cultural de Radio- para 10 (dez) anos, tendo em vista o disposto na Lei difusão Comunitária de Lagoa Seca, na cidade de nº 10.597, de 11 de dezembro de 2002. Lagoa Seca – PB; Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na 13 – Portaria nº 547, de 11 de setembro de 2001 data de sua publicação. – Associação de Radiodifusão Comunitária Cravinhos MENSAGEM Nº 1.338, DE 2007 FM, na cidade de Cravinhos – SP; 14 – Portaria nº 548, de 11 de setembro de 2001 Senhores Membros do Congresso Nacional, – Associação Comunitária da Comunicação de Nova Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado com Granada – SP, na cidade de Nova Granada – SP; o § 3º do art. 223, da Constituição Federal, submeto 15 – Portaria nº 549, de 11 de setembro de 2001 à apreciação de Vossas Excelências, acompanhadas – Associação de Desenvolvimento e Integração Social de Exposições de Motivos do Senhor Ministro de Es- Frutuosense – ADISF, na cidade de Frutuoso Gomes tado das Comunicações, autorizações para executar, – RN; e pelo prazo de três anos, sem direito de exclusividade, 16 – Portaria nº 550, de 11 de setembro de 2001 serviços de radiodifusão comunitária, conforme os se- – Associação Comunitária, Cultural e Beneficente guintes atos e entidades: – CENTENÁRIO, na cidade de Tabatinga – SP. 1 – Portaria nº 534, de 11 de setembro de 2001 Brasília, 6 de dezembro de 2001. – Fernando – Conselho de Desenvolvimento Comunitário de Capi- Henrique Cardoso. tólio – MG (CODEC), na cidade de Capitólio – MG; MC nº 674 EM 2 – Portaria nº 535, de 11 de setembro de 2001 – Associação Comunitária Cachoeirense de Radiodi- Brasília, 29 de outubro de 2001 fusão, na cidade de Cachoeira de Minas – MG; Excelentíssimo Senhor Presidente da República, 3 – Portaria nº 536, de 11 de setembro de 2001 Encaminho a Vossa Excelência Portaria de outor- – Associação Comunitária Feminina de Montalvânia, ga de autorização e respectiva documentação para que na cidade de Montalvânia – MG; a entidade Associação Ypuarana Artística e Cultural de 4 – Portaria nº 537, de 11 de setembro de 2001 Radiodifusão Comunitária de Lagoa Seca, na cidade – Associação Comunitária de Comunicação e Cultura de Lagoa Seca, Estado da Paraíba, explore o serviço de Canindé, na cidade de Canindé – CE; de radiodifusão comunitária, em conformidade com o 5 – Portaria nº 538, de 11 de setembro de 2001 caput do art. 223, da Constituição e a Lei nº 9.612, de – Associação Comunitária de Comunicação e Cultura 19 de fevereiro de 1998. da Cidade de Santo Antônio – RN, na cidade de San- 2. A referida entidade requereu ao Ministério das to Antônio – RN; Comunicações sua inscrição para prestar o serviço, 6 – Portaria nº 540, de 11 de setembro de 2001 cuja documentação inclui manifestação de apoio da – Associação Cultural, Esportiva Rodolfense – ACERF, comunidade, numa demonstração de receptividade da na cidade de Rodolfo Fernandes – RN; filosofia de criação desse braço da radiodifusão, de JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 453 23768 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 maneira a incentivar o desenvolvimento e a sedimen- RELATÓRIO Nº 269/2001-DOSR/SSR/MC tação da cultura geral das localidades postulantes. 3. Como se depreende da importância da inicia- Referência: Processo nº 53.730.000.016/99 de 28-1-99 tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações Objeto: Requerimento de outorga de autorização para a permitem que as entidades trabalhem em conjunto exploração do Serviço de Radiodifusão Comunitária. com a comunidade, auxiliando não só no processo Interessado: Associação Ypuarana Artística e Cultu- educacional, social e cultural mas, também, servem ral de Radiodifusão Comunitária, localidade de Lagoa de elo à integração de informações benéficas em Seca, Estado da Paraíba. todos os seguimentos, e a todos esses núcleos po- pulacionais. I – Introdução 4. Sobre o caso em espécie, determinei análises 1. A Associação Ypuarana Artística e Cultural técnica e jurídica da petição apresentada, constatan- de Radiodifusão Comunitária, inscrita no CNPJ sob o do a inexistência de óbice legal e normativo ao pleito, número 02.940.250/0001-37, Estado da Paraíba, com o que se conclui da documentação de origem, con- sede na Rua Frei Clementino, nº 158, Centro, Cidade substanciada nos autos do Processo Administrativo de Lagoa Seca, dirigiu-se ao Senhor Ministro de Es- nº 53730.000016/99, que ora faço acompanhar, com tado das Comunicações, por meio de requerimento a finalidade de subsidiar os trabalhos finais. datado de 26 de janeiro, subscrito por representan- 5. Em conformidade com os preceitos educa- te legal, demonstrando interesse na exploração do cionais e legais, a outorga de autorização, objeto Serviço de Radiodifusão Comunitária na localidade do presente processo, passará a produzir efeitos que indica. legais somente após deliberação do Congresso 2. A entidade, que doravante passa a ser tratada Nacional, a teor do § 3% do art. 223, da Constitui- como requerente, baseou o seu pleito nos termos do ção Federal. Aviso publicado no Diário Oficial da União – DOU, Respeitosamente, – Pimenta da Veiga, Ministro de 14-12-1998, Seção 3, que contempla a localidade de Estado das Comunicações. onde pretende instalar o seu transmissor, assim como o sistema irradiante e respectivo estúdio. PORTARIA Nº 546, DE 11 DE SETEMBRO DE 2001 3. A requerente, por final, solicita “a designa- O Ministro de Estado das Comunicações, no uso ção de canal para a prestação do serviço, nos ter- de suas atribuições, considerando o disposto nos ar- mos do artigo 12 do Regulamento do Serviço de tigos 10 e 19 do Decreto nº 2.615, de 3 de junho de Radiodifusão Comunitária, aprovado pelo Decreto 1998, e tendo em vista o que consta do Processo Ad- nº 2.615, de 3 de junho de 1998”, apresentando ministrativo nº 53730.000016/99, resolve: ao Ministério a documentação constante dos pre- Art. 1º Autorizar a Associação Ypuarana Artística sentes autos. e Cultural de Radiodifusão Comunitária de Lagoa Seca, II – Relatório com sede na Rua Frei Clementino, nº 158, Centro, na cidade de Lagoa Seca, Estado da Paraíba, a executar . Atos constitutivos da entidade/documentos aces- serviço de radiodifusão comunitária, pelo prazo de três sórios anos, sem direito de exclusividade. 4. O Departamento de Outorga de Serviços de Art. 2º Esta autorização reger-se-á pela Lei nº Radiodifusão, por determinação do Senhor Secretá- 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, rio de Serviços de Radiodifusão, passa ao exame do seus regulamentos e normas complementares. pleito formulado pela requerente, consubstanciado Art. 3º A entidade fica autorizada a operar com na Petição de folha 1, bem como a documentação o sistema irradiante localizado nas coordenadas ge- apresentada, relatando toda a instrução do presente ográficas com latitude em 07º09’11”S e longitude em processo administrativo, em conformidade com a le- 35º51’41”W, utilizando a freqüência de 87,9 MHz. gislação, especialmente a lei nº 9.612, de 19-2-1998, Art. 4º Este ato somente produzirá efeitos le- o Regulamento do Serviço de Radiodifusão Comuni- gais após deliberação do Congresso Nacional, nos tária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de 3-3-1998 e termos do § 3º do art. 223 da Constituição, devendo Norma nº 02/98, de 6-8-1998. a entidade iniciar a execução do serviço no prazo de 5. A requerente, como mencionado na introdução seis meses a contar da data de publicação do ato de (item 1), ao demonstrar interesse em explorar o servi- deliberação. ço, faz indicação da localidade onde pretende instalar Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de seus equipamentos transmissores, complementando sua publicação. – Pimenta da Veiga. com o endereço da respectiva estação e coordena- 454 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23769 das geográficas, além de pedir a designação de canal 11. O mesmo documento trata de outros dados, para a prestação do serviço, atendendo os requisitos conforme se segue: do item 6.4 da Norma Complementar nº 2/98 e, ainda, – informações sobre geração de coor- juntando a documentação necessária. denadas geográficas, instruções sobre coor- 6. A documentação (item 6.7 e incisos, da Nor- denadas coincidentes com os levantamentos ma nº 2/98), está contida nos autos, correspondendo do IBGE; ao seguinte: – compatibilização de distanciamento – estatuto social; do canal; – ata de constituição e eleição de diri- – situação da estação em faixa de fronteira, gentes; endereço proposto para instalação da antena; – declarações e comprovantes relativos – planta de arruamento, endereços da a responsabilidades e obrigações de dirigen- sede e do sistema irradiante; tes, enquanto vinculados à entidade, em face – outros dados e conclusão. dos ditames legais pertinentes; 12. Seguiram-se diligências para apresentação – manifestações de apoio da comuni- de comprovante de registro da Ata de Constituição e dade; do Estatuto Social, alterações estatutárias, declaração – plantas de arruamento, com indicação do endereço da sede da Entidade, cópia do CNPJ da do local de instalação do sistema irradiante, e Entidade, planta de arruamento, confirmação de coor- respectivas coordenadas geográficas; denadas, bem como do subitem 6.11 (Projeto Técnico) e – informações complementares de diri- adequação do mesmo à Norma 02/98 (fls. 144 a 183). gentes da entidade, como declaração de re- 13. Cumpridas as exigências, foi expedido o “For- sidência e declaração de fiel cumprimento às mulário de Informações Técnicas”, fl. 183, firmado pelo normas, recolhimento da taxa de cadastro e engenheiro responsável, onde estão resumidas as se- cópias de documentos pessoais. guintes informações: 7. Toda a documentação mencionada está contida – identificação da entidade; – os endereços da sede administrativa no intervalo de folhas 3 a 183 dos autos. e de localização do transmissor, sistema irra- 8. Analisados os documentos apresentados ini- diante e estúdio; cialmente e após o cumprimento de exigências, este – características técnicas dos equipa- Departamento constatou conformidade legal e nor- mentos (transmissor) e acessórios (antena mativa, pelo que passa a examinar as informações e cabo coaxial), com indicação da potência técnicas de relevância. efetiva irradiada e intensidade de campo no III – Relatório limite da área de serviço; – diagramas de irradiação do sistema • informações técnicas irradiante e características elétricas. 9. Preliminarmente, a requerente indicou em sua petição que os equipamentos seriam instala- 14. Segue-se o Roteiro de Verificação de Instala- dos em área abrangida pelo círculo de raio igual a ção da Estação, constatando-se conformidade com a Norma 02/98, em especial as exigências inscritas em 1km, com centro localizado na Rua José Caetano seu item 6.11, folhas 184 e 185. de Andrade, s/nº, Cidade de Lagoa Seca, Estado da 15. É o relatório. Paraíba, de coordenadas geográficas em 07º09’15”S de latitude e 35º51’21”W de longitude, consoantes IV – Conclusão/Opinamento aos dados constantes no aviso no DOU de 14-12- 16. O Departamento de Outorga de Serviços de 1998, Seção 3. Radiodifusão, a quem cabe a condução dos trabalhos 10. A análise técnica desenvolvida, demonstra de habilitação de interessados na exploração do serviço que as coordenadas geográficas indicadas deveriam de radiodifusão comunitária, conclui a instrução dos pre- ser confirmadas, pelo que se depreende da memória sentes autos, após detido exame do rol de documentos, do documento de folha 143, denominado de “Roteiro os quais estão compatíveis com a legislação atinente. de Análise Técnica de RadCom”. Posteriormente, fo- 17. Assim, a requerente, de acordo com o seu ram indicadas novas coordenadas e o real endereço, Estatuto Social, e nos termos de seu requerimento, que foram analisados e aceitos pelo Engenheiro Res- atende os requisitos legais e normativos ao seu pleito, ponsável. seguindo-se informações básicas sobre a entidade: JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 455 23770 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 • nome PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Associação Ypuarana Artística e Cultural de Ra- Nº 234, DE 2007 diodifusão Comunitária. (Nº 1.401, de 2004, na Câmara dos Deputados) – quadro diretivo Aprova o ato que outorga autoriza- Dir. Presidente: Francisco Hélder Loureiro Pegado ção à Associação de Difusão Comunitária Dir. Executiva: Maria da Conceição Jerônimo de Campos Verdes para executar serviço Secretária Geral: Simone Barbosa de Oliveira de radiodifusão comunitária na cidade de Dir. de Fin. e Pat.: Josué Faustino Pereira Zortéa, Estado de Santa Catarina. Dir. de Cult. e Artes: Luciana Basílio Tomaz O Congresso Nacional decreta: Dir. de Form. e Cap.: Maria Aparecida dos Santos Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Dir. de Com. e Mark.: Marco Aurélio Acioli Sampaio Portaria nº 677, e 9 de dezembro de 2003, que outor- • localização do transmissor, sistema irradiante e ga autorização à Associação de Difusão Comunitária estúdio de Campos Verdes para executar, por 10 (dez) anos, Rua Frei Clementino, nº 158, Centro, Cidade de sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão Lagoa Seca, Estado da Paraíba; comunitária na cidade de Zortéa, Estado de Santa • coordenadas geográficas Catarina. 07º09’11”S de latitude e 35º51’41”W de longitude, Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na correspondentes aos dados constantes no “Formulário data de sua publicação. de Informações Técnicas”, fl. 183, e “Roteiro de Análi- MENSAGEM Nº 515, DE 2004 se de Instalação da Estação de RADCOM”, fls. 184 e Senhores Membros do Congresso Nacional, 185, que se refere à localização da estação. Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado com 18. Por todo o exposto, opinamos pelo deferimento o § V do art. 223, da Constituição, submeto à aprecia- do pedido formulado pela Associação Ypuarana Artís- ção de Vossas Excelências, acompanhadas de Expo- tica e Cultural de Radiodifusão Comunitária, no senti- sições de Motivos do Senhor Ministro de Estado das do de conceder-lhe a Outorga de Autorização para a Comunicações, autorizações para executar, pelo prazo exploração do serviço de radiodifusão comunitária, na de dez anos, sem direito de exclusividade, serviços localidade pretendida, dentro das condições circunscri- de radiodifusão comunitária, conforme os seguintes tas no Processo Administrativo nº 53.730.000.016/99 atos e entidades: de 28 de janeiro de 1999. 1 – Portaria nº 359, de 17 de julho de 2003 – As- Brasília, 20 de agosto de 2001. – Adriana G. Cos- sociação Beneficente Cristã de Formoso – ABCF, na ta, Relatora da Conclusão Jurídica – Neide Aparecida cidade de Formoso – MG; da Silva, Relatora da Conclusão Técnica. 2 – Portaria nº 663, de 9 de dezembro de 2003 De acordo. – Movimento Viva Lagoa Grande – MG, na cidade de À consideração do Senhor Diretor do Departa- Lagoa Grande – MG; e mento de Outorga de Serviços de Radiodifusão. 3 – Portaria nº 677, de 9 de dezembro de 2003 Brasília, 20 de agosto de 2001. – Hamilton de – Associação de Difusão Comunitária de Campos Ver- Magalhães Mesquita, Coordenador-Geral. des, no Município de Zortéa – SC. LEGISLAÇÃO CITADA Brasília, 20 de agosto de 2004. – Luiz Inácio ANEXADA PELA SECRETARIA-GERAL DA MESA Lula da Silva...... MC nº 555 EM LEI Nº 10.597, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2002 Brasília, 26 de dezembro de 2003

Altera o parágrafo único do art. 6º da Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, que 1. Encaminho a Vossa Excelência Portaria de institui o Serviço de Radiodifusão comuni- outorga de autorização e respectiva documentação tária, para aumentar o prazo de outorga. para que a entidade Associação de Difusão Comuni- tária Campos Verdes, no Município de Zortéa, Estado ...... de Santa Catarina, explore o serviço de radiodifusão (À Comissão de Ciência, Tecnologia, Ino- comunitária, em conformidade com o caput do art. vação, Comunicação e Informática – decisão 223, da Constituição e a Lei nº 9.612, de 19 de feve- Terminativa.) reiro de 1998. 456 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23771 2. A referida entidade requereu ao Ministério das Art. 3º Este ato somente produzirá efeitos legais Comunicações sua inscrição para prestar o serviço, após deliberação do Congresso Nacional, nos termos cuja documentação inclui manifestação de apoio da do § 3º do art. 223 da Constituição, devendo a entidade comunidade, numa demonstração de receptividade da iniciar a execução do serviço, em caráter definitivo, no filosofia de criação desse braço da radiodifusão, de ma- prazo de seis meses a contar da data de publicação neira a incentivar o desenvolvimento e a sedimentação do ato de deliberação. da cultura geral das localidades postulantes. Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de 3. Como se depreende da importância da inicia- sua publicação. – Miro Teixeira. tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações RELATÓRIO Nº 318/2003-DOSR/SSCE/MC permitem que as entidades trabalhem em conjunto com a comunidade, auxiliando não só no processo Referência: Processo nº 53.740.000380/02, protoco- educacional, social e cultural, mas, também, servem lizado em 18 de maio de 2002. de elo à integração, por meio de informações bené- Objeto: Requerimento de autorização para a explora- ficas a todos os segmentos e a todos esses núcleos ção do Serviço de Radiodifusão Comunitária. populacionais. 4. Sobre o caso em espécie, cumpre informar que Interessado: Associação de Difusão Comunitária Cam- o Grupo de Trabalho, instituído por meio da Portaria pos Verdes, localidade de Zórtea, Estado de Santa nº 83, de 24 de março de 2003, com a finalidade de Catarina. proceder criteriosa análise dos processos pendentes, I – Introdução referentes à autorização de funcionamento e execução das Rádios Comunitárias, manifestou-se favoravelmen- 1. A Associação de Difusão Comunitária Campos te ao pleito, constatando a legalidade e a regularidade Verdes, inscrita no CNPJ sob o número 05.025.514/0001- do Processo Administrativo nº 53740.000380/02, que l5, no Estado de Santa Catarina, com sede na Rua An- ora faço acompanhar, com a finalidade de subsidiar tônio Zórtea Primo, 170 – Centro, cidade de Zórtea, os trabalhos finais. dirigiu-se ao Senhor Ministro de Estado das Comu- 5. Em conformidade com os preceitos constitu- nicações, conforme requerimento datado de 15 de cionais e legais, a outorga de autorização, objeto do maio de 2002, subscrito por representante legal, no presente processo, passará a produzir efeitos legais qual demonstrou interesse na exploração do Serviço somente após deliberação do Congresso Nacional, a de Radiodifusão Comunitária nos termos do artigo teor do § 3º, do art. 223, da Constituição Federal. 12, do Regulamento do Serviço de Radiodifusão Co- Respeitosamente, – Miro Teixeira. munitária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de 3 de junho de 1998. PORTARIA Nº 677, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2003 2. A entidade, que doravante passa a ser tratada O Ministro de Estado das Comunicações, no como requerente, baseou o seu pleito nos termos do uso de suas atribuições, considerando o disposto no Aviso de Habilitação publicado no Diário Oficial da inciso II do art. 9º e art. 19 do Decreto nº 2.615, de 3 União – DOU, de 29 de agosto de 2002, que contem- de junho de 1998, na Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro pla a localidade onde pretende instalar o seu trans- de 1998, e tendo em vista o que consta do Processo missor, assim como o sistema irradiante e respectivo Administrativo nº 53740.000380/02 e do PARECER/ estúdio. CONJUR/MC nº 1514/2003, resolve: 3. Em atendimento à citada convocação e ainda, Art. 1º Outorgar autorização a Associação de Di- considerando a distância de 4Km entre as interessadas fusão Comunitária de Campos Verdes, com sede na nesta localidade, comunicamos que apenas a mencio- Rua Antônio Zortéa Primo, nº 170 – Centro, no Muni- nada entidade demonstrou seu interesse na prestação cípio de Zortéa, Estado de Santa Catarina, para exe- do referido serviço, não havendo concorrentes. cutar serviço de radiodifusão comunitária, pelo prazo II – Relatório de dez anos, sem direito de exclusividade. Parágrafo único. A autorização reger-se-á pela Lei • atos constitutivos da entidade/documentos aces- nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, sórios e aspectos técnicos seus regulamentos e normas complementares. 4. O Departamento de Outorga de Serviços, em Art. 2º A entidade autorizada deverá operar com atendimento às Normas e critérios estabelecidos para o sistema irradiante localizado nas coordenadas ge- a regular análise dos requerimentos, passou ao exa- ográficas com latitude em 27º27’03’S e longitude em me do pleito formulado pela requerente, de acordo 51033’18”W, utilizando a freqüência de 104,9 MHz. com petição de folha 1, bem como toda a documen- JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 457 23772 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 tação apresentada e vem por meio deste, relatar toda constatando-se conformidade com a Norma nº 2/98, a instrução do presente processo administrativo, em em especial as exigências inscritas em seu item 6.11, conformidade com a legislação, especialmente a Lei conforme observa-se nas folhas 189 e 190. Ressalta- nº 9.612, de 19-2-1998, o Regulamento do Serviço de mos que nestes documentos constam as seguintes Radiodifusão Comunitária, aprovado pelo Decreto nº informações: identificação da entidade; os endereços 2.615, de 3-3-1998 e Norma nº 2/98, de 6-8-1998. da sede administrativa e de localização do transmissor, 5. Preliminarmente, a requerente indicou em sua sistema irradiante e estúdio; características técnicas petição que os equipamentos seriam instalados em dos equipamentos (transmissor) e acessórios (antena área abrangida pelo círculo de raio igual a 1km, com e cabo coaxial), com indicação da potência efetiva ir- centro localizado na Rua Antônio Zórtea Primo, 304, radiada e intensidade de campo no limite da área de na cidade de Zórtea, Estado de Santa Catarina, de serviço, diagramas de irradiação do sistema irradiante coordenadas geográficas em 27º27’04”S de latitude e e características elétricas. 51033’l8”W de longitude. Ocorre que, posteriormente, 9. Por fim, a documentação exigida pela legislação as coordenadas propostas foram retificadas, passan- específica e contida nos autos, mais especificamente do a estar em 27º27’03”S de latitude e 51033’l8”W de no intervalo de folhas 1 a 188 dos autos, corresponde longitude consoante aos dados constantes do Aviso ao que se segue: publicado no DOU, de 29-8-2002. • Estatuto Social devidamente registrado 6. A análise técnica desenvolvida, demonstra e em conformidade com os preceitos dispos- que as coordenadas geográficas indicadas deveriam tos no Código Civil Brasileiro e adequados às ser mantidas, pelo que se depreende da memória do finalidades e requisitos da Lei 9.612/98; documento de folhas 157 e 158, denominado de “Ro- • ata de constituição e atual ata de eleição teiro de Análise Técnica de RadCom”, que por sua vez dos dirigentes, devidamente registradas e em trata de outros dados, quais sejam: informações sobre conformidade com os preceitos dispostos no geração de coordenadas geográficas, instruções sobre Código Civil Brasileiro e adequados às finali- coordenadas coincidentes com os levantamentos do dades e requisitos da Lei 9.612/98; IBGE, compatibilização de distanciamento do canal, • comprovantes relativos a maioridade e situação da estação em faixa de fronteira, endereço nacionalidade dos dirigentes; proposto para instalação da antena; planta de arru- • manifestações de apoio à iniciativa da amento, endereços da sede e do sistema irradiante, requerente, formulados e encaminhados pela outros dados e conclusão. Vale salientar que ao final, comunidade; a entidade apontou novas coordenadas, o que foi ob- • planta de arruamento e declaração de jeto de análise e conclusão por este Departamento, acordo com o disposto no subitem 6.7 incisos que constatou a possibilidade de aceitação dos no- XIX e X da Norma Complementar nº 2/98, bem vos dados. como o Projeto Técnico conforme disposto no 7. Das análises técnico-jurídicas realizadas e con- subitem 6.11 e incisos da Norma Complemen- siderando a documentação que foi encaminhada pela tar nº 2/98; requerente, constataram-se pendências passíveis do • declarações relativas aos integrantes do cumprimento das seguintes exigências: para a apre- quadro administrativo da requerente, demons- sentação da documentação elencada no subitem 6.7 trando a sua regularidade, conforme indicado incisos II, IV, V, VIII e X da Norma nº 2/98, comprova- no subitem 6.7, incisos III, IV, V e VIII da Norma ção de necessária alteração estatutária, comprovante Complementar nº 2/98 e ainda, demais decla- de válida existência das entidades que manifestaram rações e documentos requeridos com intuito apoio à iniciativa, cópia do CNPJ retificado da reque- de confirmar alguns dados informados; rente, declaração do endereço da sede e documento declarando que a Entidade não possui vínculos, cujo III – Conclusão/Opinamento cumprimento e aplicação dos critérios estabelecidos na 10. O Departamento de Outorga de Serviços, a legislação específica resultou no saneamento dos autos quem cabe a condução dos trabalhos de habilitação e posterior seleção da Entidade, tendo sido solicitada de interessados na exploração do Serviço de Radio- a apresentação do projeto técnico (fls. 61 a 188). difusão Comunitária, conclui a instrução dos presen- 8. Ao cumprir as exigências, foi encaminhado tes autos, após detido exame do rol de documentos, o “Formulário de Informações Técnicas” – fls. 157 e os quais estão compatíveis com a legislação atinente, 158, firmado pelo engenheiro responsável, seguindo- seguindo-se abaixo as informações básicas sobre a se o roteiro de verificação de instalação da estação, entidade: 458 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23773 • nome autorização à Associação Comunitária da Comunica- Associação de Difusão Comunitária Campos ção e Cultura de São Tomé – RN para executar, por Verdes; 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço • quadro diretivo de radiodifusão comunitária na cidade de São Tomé, Presidente: Anderson Alexandre Rossa Mantovani Estado do Rio Grande do Norte. Vice-Presidente: João Marcelo Guarez Pereira Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na Secretário-Geral: Delcio Biavati data de sua publicação. 2º Secretário: Altair Antonio Natalio MENSAGEM Nº 823, DE 2005 Tesoureira: Sônia Aparecida Rossa Mantovani Senhores Membros do Congresso Nacional, Vice-Tesoureiro: Renato Andreoni Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado oom o Diretor de Operação: João Paulo Susin § 3º do art. 223, da Constituição, submeto à apreciação Vice-Diretor de Operação: Remilton Andreoni de Vossas Excelências, acompanhado de Exposição de Dir.Cult.Com.Soc: Kelli Cristiane dos Santos Menegaz Motivos do Senhor Ministro de Estado das Comunica- Vic.Dir.Cult.Com.Soc: Marileide Beloto ções, o ato constante da Portaria nº 208, de 12 de junho Diretor Patrimônio: Francisco César Dellazaro de 2003, que autoriza a Associação Comunitária de • localização do transmissor, sistema irradiante e Comunicação e Cultura de São Tomé – RN a executar, estúdio pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, Rua Antônio Zortéa Primo, 170 – Centro, cidade serviço de radiodifusão comunitária na cidade de São de Zortéa, Estado de Santa Catarina; Tomé, Estado do Rio Grande do Norte. • coordenadas geográficas Brasília, 9 de dezembro de 2004. – Luiz Inácio 27º27’03” de latitude e 51º33’18” de longitude, Lula da Silva. correspondentes aos dados dispostos no “Roteiro de MC nº 279 EM Análise de Instalação da Estação” – fls. 189 e 190, bem Brasilia, 4 de agosto de 2003 como “Formulário de Informações Técnicas” – fls. 157 e 158 e que se referem à localização da estação. Excelentíssimo Senhor Presidente da República, 11. Por todo o exposto, opinamos pelo deferimento 1. Encaminho a Vossa Excelência Portaria de do pedido formulado pela Associação de Difusão Co- outorga de autorização e respectiva documentação munitária Campos Verdes, no sentido de conceder-lhe para que a entidade Associação Comunitária de Co- a autorização para a exploração do serviço de radiodi- municação e Cultura de São Tomé – RN, na cidade de fusão comunitária, na localidade pretendida, dentro das São Tomé, Estado do Rio Grande do Norte, explore o condições circunscritas no Processo Administrativo nº serviço de radiodifusão comunitária, em conformida- 53.740.000.380/02, de 18 de maio de 2002. de com o caput do art. 223, da Constituição e a Lei nº Brasília, 28 de outubro de 2003. – Aline Oliveira 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. Prado, Chefe de Serviço/SSR, Relatora da Conclusão 2. Referida entidade requereu ao Ministério das Jurídica, Regina Aparecida Monteiro, Chefe de Ser- Comunicações sua inscrição para prestar o serviço, viço/SSR, Relatora da Conclusão Técnica. cuja documentação inclui manifestação de apoio da (À Comissão de Ciência, Tecnologia, Ino- comunidade, numa demonstração de receptividade da vação, Comunicação e Informática – decisão filosofia de criação desse braço da radiodifusão, de ma- terminativa.) neira a incentivar o desenvolvimento e a sedimentação da cultura geral das localidades postulantes. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 3. Como se depreende da importância da inicia- Nº 235, DE 2007 tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações (Nº 1.641/2005, na Câmara dos Deputados) permitem que as entidades trabalhem em conjunto com a comunidade, auxiliando não só no processo Aprova o ato de outorga autorização à educacional, social e cultural mas, também, servem Associação Comunitaria de Comunicação e de elo à integração de informações benéficas em Cultura de São Tomé – RN para executar ser- todos os seguimentos, e a todos esses núcleos po- viço de radiodifusão comunitária na cidade de pulacionais. São Tomé, Estado do Rio Grande do Norte. 4. Sobre o caso em espécie, determinei análises O Congresso Nacional decreta: técnica e jurídica da petição apresentada, constatan- Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a do a inexistência de óbice legal e normativo ao pleito, Portaria nº 208 de 12 de junho da 2003, que outorga o que se conclui da documentação de origem, con- JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 459 23774 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 substanciada nos autos do Processo Administrativo de Estado das Comunicações, conforme requerimen- nº 53780.000311/98, que ora faço acompanhar, com to datado de 25 de novembro de 1998, subscrito por a finalidade de subsidiar os trabalhos finais. representante legal, no qual demonstrou interesse na 5. Em conformidade com os preceitos educa- exploração do Serviço de Radiodifusão Comunitária, cionais e legais, a outorga de autonzação, objeto do nos termos do artigo 12, do Regulamento do Serviço presente processo, passará a produzir efeitos legais de Radiodifusão Comunitária, aprovado pelo Decreto somente após deliberação do Congresso Nacional, a nº 2.615, de 3 de junho de 1998. teor do § 3º, do art. 223, da Constituição Federal. 2. A entidade, que doravante passa a ser trata- Respeitosamente, – Miro Teixeira. do como requerente, baseou o seu pleito nos termos do Aviso de Habilitação publicado no Diário Oficial PORTARIA Nº 208, DE 12 DE JUNHO DE 2003 da União – DOU, de 5 de novembro de 1998, que O Ministro de Estado das Comunicações, no contempla a localidade onde pretende instalar o seu uso de suas atribuições, considerando o disposto nos transmissor, assim como o sistema irradiante e res- artigos 10 e 19 do Decreto nº 2.615, de 3 de junho pectivo estúdio. de 1998, e tendo em vista o que consta do Processo 3. Em atendimento à citada convocação e ainda, Administrativo nº 53780.000311/98 e do Parecer/Con- considerando a distância de 3,5 km entre as interes- jur/MC nº 499/2003, resolve: sadas nesta localidade, comunicamos que o requeri- Art. 1º Autorizar a Associação Comunitária de mento de outra entidade foi objeto de exame por parte Comunicação e Cultura de São Tomé – RN, com sede do Departamento de Outorga de Serviços, vez que na Rua Ladislau Galvão, s/nº– Centro, na cidade de apresentou sua solicitação para mesma área de inte- São Tomé, Estado do Rio Grande do Norte, a executar resse, tendo sido seu processo devidamente analisado serviço de radiodifusão comunitária, pelo prazo de dez e arquivado. O motivo do arquivamento, bem como a anos, sem direito de exclusividade. indicação da relação constando o respectivo nome e Art. 2º Esta autorização reger-se-á pela Lei nº processo, se encontra abaixo explicitado: 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, a) Associação Comunitária de Comunicação e seus regulamentos e normas complementares. Cultura de São Tomé/RN – ACOST – Processo nº Art. 3º A entidade fica autorizada a operar com 53780000152/98, arquivado pelos seguintes fatos e o sistema irradiante localizado nas coordenadas ge- fundamentos: a entidade não cumpriu as exigências ográficas com latitude em 05º58’17”S e longitude em elencadas no Ofício nº 6.714/02, datado de 11-11-02, 36º04’23”W, utilizando a freqüência de 87,9 MHz. AR Postal em 18-11-02, restando a apresentação de Art. 4º Este ato somente produzirá efeitos legais toda a documentação solicitada. Desta forma, ocorreu após deliberação do Congresso Nacional, nos termos a perda do prazo por decurso de tempo, conforme co- do § 3º do art. 223 da Constituição, devendo a entidade municado à entidade por meio do Ofício nº 1.039/03, iniciar a execução do serviço no prazo de seis meses a datado de 27 de fevereiro de 2003. (cópia anexa) contar da data de publicação do ato de deliberação. Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de II – Relatório sua publicação. – Miro Teixeira. • atos constitutivos da entidade/documentos aces- RELATÓRIO Nº 88/2003 – DOSR/SSR/MC sórios e serviços técnicos 4. O Departamento de Outorga de Serviços, em Referência: Processo nº 53780000311/98, protocoli- atendimento às Normas e critérios estabelecidos para zado em 26-11-98. a regular análise dos requerimentos, passou ao exa- Objeto: Requerimento de autorização para a explora- me do pleito formulado pela requerente, de acordo ção do Serviço de Radiodifusão Comunitária. com petição da folha 1, bem como toda a documen- Interessado: Associação Comunitária de Comunica- tação apresentada e vem por meio deste, relatar toda ção e Cultura de São Tomé – RN, localidade de São a instrução do presente processo administrativo, em Tomé, Estado do Rio Grande do Norte. conformidade com a legislação, especialmente a Lei nº 9.612, de 19-2-1998, o Regulamento do Serviço de I – Introdução Radiodifusão Comunitária, aprovado pelo Decreto nº 1. A Associação Comunitária de Comunicação 2.615, de 3-3-1998 e Norma Complementar nº 2/98, e Cultura de São Tomé – RN, inscrita no CNPJ sob o de 6-8-1998. número 02.566.138/0001-88, no Estado do Rio Grande 5. Preliminarmente, a requerente indicou em do Norte, com sede na Rua Ladislau Galvão s/nº, Cen- sua petição que os equipamentos seriam instalados tro, cidade de São Tomé, dirigiu-se ao Senhor Ministro em área abrangida pelo círculo de raio igual a 1 km, 460 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23775 como centro localizado na Rua Ladislau Galvão nº • Estatuto Social devidamente regis- 239, Centro, na cidade de São Tomé, Estado do Rio trado e em conformidade com os preceitos Grande do Norte, de coordenadas geográficas em dipostos no Código Civil Brasileiro e ade- 05º58’17”S de latitude e 36º04’23”W de longitude, quados às finalidades e requisitos da Lei consoante os dados constantes do Aviso publicado nº 9.612/98; no DOU, de 5-11-98. • ata de constituição e atual ata de elei- 6. A análise técnica desenvolvida, demonstra ção dos dirigentes, devidamente registradas que as coordenadas geográficas indicadas deveriam e em conformidade com os preceitos dipostos ser mantidas, pelo que se depreende da memória do no Código Civil Brasileiro e adequados às fina- documento de folhas 70, denominado de “Roteiro de lidades e requisitos da Lei nº 9.612/98; Análise Técnica de RadCom”, que por sua vez trata • comprovantes relativos a maioridade e de outros dados, quais sejam: informações sobre ge- nacionalidade dos dirigentes; ração de coordenadas geográficas, instruções sobre • manifestações de apoio à iniciativa da coordenadas coincidentes com os levantamentos do requerente, formulados e encaminhados pela IBGE, compatibilização de distanciamento do canal, comunidade; situação da estação em faixa de fronteira, endereço • planta de arruamento e declaração de proposto para instalação da antena; planta de arru- acordo com o disposto no subitem 6.7 incisos amento, endereços da sede e do sistema irradiante, XIX e X da Norma Complementar nº 2/98, bem outros dados e conclusão. como o Projeto Técnico conforme disposto no 7. Das análises técnico-jurídicas realizadas e subitem 6.11 e incisos da Norma Complemen- considerando a documentação que foi encaminhada tar nº 2/98; pela requerente, constataram-se pendências passí- • declarações relativas aos integrantes do veis do cumprimento das seguintes exigências: apre- quadro administrativo da requerente, demons- sentação da documentação elencada no subitem trando a sua regularidade, conforme indicado 6.7 incisos 1, II, da Norma nº 2/98, comprovação de no subitem 6.7, incisos III, IV, V e VIII da Norma necessária alteração estatutária, cópia do CNPJ da Complementar nº 2/98 e ainda, demais decla- rações e documentos requeridos com intuito requerente e declaração do endereço da sede, cujo de confirmar alguns dados informados; cumprimento e aplicação dos critérios estabelecidos na legislação específica resultou no saneamento III – Conclusão/Opinamento dos autos e posterior seleção da Entidade, tendo 10. O Departamento de Outorga de Serviços, a sido solicitada a apresentação do projeto técnico quem cabe a condução dos trabalhos de habilitação (fls. 73 a 163). de interessados na exploração do Serviço de Radio- 8. Ao cumprir as exigências, foi encaminhado o difusão Comunitária, conclui a instrução dos presen- “Formulário de Informações Técnicas – fls. 142, firmado tes autos, após detido exame do rol de documentos, pelo engenheiro responsável, seguindo-se o roteiro de os quais estão compatíveis com a legislação atinente, verificação de instalação da estação, constatando-se seguindo-se abaixo as informações básicas sobre a conformidade com a Norma nº 2/98, em especial as entidade: exigências inscritas em seu item 6.11, conforme ob- • nome serva-se nas folhas 164 e 165. Ressaltamos que nes- Associação Comunitária de Comunicação e Cul- tes documentos constam as seguintes informações: tura de São Tomé – RN; identificação da entidade; os endereços da sede ad- ministrativa e de localização do transmissor, sistema • quadro diretivo irradiante e estúdio; características técnicas dos equi- Presidente: Maria do Socorro Coura Estrela pamentos (transmissor) e acessórios (antena e cabo Vice-Presidente: Maria da Conceição Araújo Ribeiro coaxial), com indicação da potência efetiva irradiada Secretária: Francinete Lopes da Silva e intensidade de campo no limite da área de serviço, 2ª Secretária: Terezinha Maria de Araújo diagramas de irradiação do sistema irradiante e carac- Tesoureiro: Francisco Estrela Martins terísticas elétricas. 2º Tesoureiro Carlos Antônio Cândido 9. Por fim, a documentação exigida pela legislação • localização do transmissor, sistema irradiante e específica e contida nos autos, mais especificamente estúdio no intervalo de folhas 1 a 164, dos autos, corresponde Rua Ladislau Galvão s/n0, Centro, cidade de São ao que se segue: Tomé, Estado do Rio Grande do Norte; JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 461 23776 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 • coordenadas geográficas MENSAGEM Nº 220, DE 2005 05º58’17” de latitude e 36º04’23” de longitude, Senhores Membros do Congresso Nacional, correspondentes aos dados dispostos no “Roteiro de Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado Análise de Instalação da Estação”– fls. 164 e 165, bem com o § 3º do art. 223, da Constituição, submeto à como “Formulário de Informações Técnicas” – fl. 142 e apreciação de Vossas Excelências, acompanhadas que se referem à localização da estação. de Exposições de Motivos do Senhor Ministro de 11. Por todo o exposto, opinamos pelo deferimento Estado das Comunicações, autorizações às entida- do pedido formulado pela Associação Comunitária de des abaixo relacionadas para executar, pelo prazo Comunicação e Cultura de São Tomé– RN, no senti- de dez anos, sem direito de exclusividade, serviços do de conceder-lhe a autorização para a exploração de radiodifusão comunitária, conforme os seguin- do serviço de radiodifusão comunitária, na localida- tes atos: de pretendida, dentro das condições circunscritas no 1 – Portaria nº 87, de 23 de janeiro de 2004 – Processo Administrativo nº 53780000311/98, de 26 de Associação Arauto Cultural de Boqueirão do Leão, na novembro de 1998. cidade de Boqueirão do Leão – RS; Brasília, 16 de maio de 2003. – Cristiane Cava- 2 – Portaria nº 94, de 23 de janeiro de 2004 – As- lheiro Rodrigues, Chefe de Serviço/SSR, Relatora sociação Comunitária de Radiodifusão de Bandeira do da Conclusão Técnica. Sul, na cidade de Bandeira do Sul – MG; De acordo. 3 – Portaria nº 136, de 16 de abril de 2004 – As- À consideração do Senhor Diretor do Departa- sociação de Comunicação Comunitária Cultural de mento de Outorga de Serviços. Nova Ibiá, na cidade de Nova Ibiá – BA; Brasília, 16 de maio de 2003. – Jayme Marques 4 – Portaria nº 147, de 16 de abril de 2004 Asso- de Carvalho Neto, Coordenador-Geral de Outorga de ciação Cultural e Comunitária de Itaberaí, na cidade Serviços de Áudio e Imagem. de Itaberaí – GO; De acordo. 5 – Portaria nº 152, de 16 de abril de 2004 – As- À consideração do Senhor Secretário de Serviços sociação Movimento Comunitário Nossa Bom Repouso, de Comunicação Eletrônica. na cidade de Bom Repouso – MG; Brasília, 16 de maio de 2003. – Carlos Alberto 6 – Portaria nº 159, de 16 de abril de 2004 – As- Freire Resende, Diretor do Departamento de Outor- sociação Baionense de Rádio Difusão Comunitária ga de Serviços. – ABARCO, na cidade de Baião – PA; 7– Portaria nº 168, de 16 de abril de 2004 – Asso- (À Comissão de Ciência, Tecnologia, Ino- ciação Comunitária de Comunicação, Cultura e Desen- vação, Comunicação e Informática – Decisão volvimento, na cidade de Reserva do Iguaçu – PR; Terminativa.) 8 – Portaria nº 176, de 16 de abril de 2004 – As- sociação Comunitária Amigos de Álvares Florence, na PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO cidade de Álvares Florence – SP; Nº 236, DE 2007 9 – Portaria nº 217, de 28 de abril de 2004 – As- (Nº 1.864/2005 na Câmara dos Deputados) sociação Cultural e Comunitária de Locutores Aperibe- Aprova o ato que outorga autorização enses (ACCLA), no Município de Aperibé – RJ; e à Associação Comunitária de Radiodifusão 10 – Portaria nº 320, de 30 de agosto de 2004 de Bandeira do Sul para executar serviço – Organização Cultural e Ecológica de Missal, no mu- de radiodifusão comunitária na cidade de nicípio de Missal – PR. Brasília, 19 de abril de 2005. – Luiz Inácio Lula Bandeira do Sul, Estado de Minas Gerais. da Silva. O Congresso Nacional decreta: MC nº 59 EM Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Por- taria nº 94 de 23 de janeiro de 2004, que outorga au- Brasília, 13 de abril de 2004 torização à Associação Comunitária de Radiodifusão Excelentíssimo Senhor Presidente da República, de Bandeira do Sul para executar, por 10 (dez) anos, 1. Encaminho a Vossa Excelência Portaria de sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão outorga de autorização e respectiva documenta- comunitária na cidade de Bandeira do Sul, Estado de ção para que a entidade Associação Comunitária Minas Gerais. de Radiodifusão de Bandeira do Sul, na cidade de Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na Bandeira do Sul, Estado de Minas Gerais, explore data de sua publicação. o serviço de radiodifusão comunitária, em confor- 462 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23777 midade com o caput do art. 223, da Constituição e Art. 2º A entidade autorizada deverá operar a Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. com o sistema irradiante localizado nas coorde- 2. A referida entidade requereu ao Ministério das nadas geográficas com latitude em 21º43’47”S e Comunicações sua inscrição para prestar o serviço, longitude em 46º23’10”W, utilizando a freqüência cuja documentação inclui manifestação de apoio da de 87,9 MHz. comunidade, numa demonstração de receptividade da Art. 3º Este ato somente produzirá efeitos legais filosofia de criação desse braço da radiodifusão, de ma- após deliberação do Congresso Nacional, nos termos neira a incentivar o desenvolvimento e a sedimentação do § 3º do art. 223 da Constituição, devendo a entidade da cultura geral das localidades postulantes. iniciar a execução do serviço, em caráter definitivo, no 3. Como se depreende da importância da inicia- prazo de seis meses a contar da data de publicação tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações do ato de deliberação. permitem que as entidades trabalhem em conjunto Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de com a comunidade, auxiliando não só no processo sua publicação, – Miro Teixeira. educacional, social e cultural mas, também, servem de elo à integração, por meio de informações bené- RELATÓRIO Nº 6 /2004/RADCOM/ ficas a todos os segmentos e a todos esses núcleos DOS/SSCE/MC – LSM populacionais. 4. Sobre o caso em espécie, cumpre informar que Referência: Processo nº 53.710.001.025/98. protoco- o Grupo de Trabalho, instituído por meio da Portaria lizado em 11 de setembro de 1998 nº 83, de 24 de março de 2003, com a finalidade de Objeto: Requerimento de autorização para a explora- proceder criteriosa análise dos processos pendentes, ção do Serviço de Radiodifusão Comunitária. referentes à autorização de funcionamento e execução das Rádios Comunitárias, manifestou-se favoravelmen- Interessado: Associação Comunitária de Radiodifu- te ao pleito, constatando a legalidade e a regularidade são de Bandeira do Sul. localidade de Bandeira do Sul, do Processo Administrativo nº 53710.001025/98, que Estado de Minas Gerais. ora faço acompanhar, com a finalidade de subsidiar os trabalhos finais. I – Introdução 5. Em conformidade com os preceitos constitu- cionais e legais, a outorga de autorização, objeto do 1. A Associação Comunitária de Radiodifusão presente processo, passará a produzir efeitos legais de Bandeira do Sul, inscrita no CNPJ sob o número somente após deliberação do Congresso Nacional, a 01.543.930/0001-54, no Estado de Minas Gerais, teor do § 3º, do art. 223, da Constituição Federal. com sede na Rua São Vicente de Paulo, nº 28, 3º Respeitosamente, – Eunício de Oliveira. andar, Centro, cidade de Bandeira do Sul, dirigiu-se ao Senhor Ministro de Estado das Comunicações, conforme requerimento datado de 12 de agosto de PORTARIA Nº 94, DE 23 DE JANEIRO DE 2004 1998, subscrito por representante legal, no qual O Ministro de Estado das Comunicações, no demonstrou interesse na exploração do Serviço de uso de suas atribuições, considerando o disposto no Radiodifusão Comunitária nos termos do artigo 12, inciso II do art. 9º e art. 19 do Decreto nº 2.615, de 3 do Regulamento do Serviço de Radiodifusão Co- de junho de 1998, na Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro munitária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de 3 de de 1998, e tendo em vista o que consta do Processo junho de 1998. Administrativo nº 53710.001025/98 e do PARECER/ 2. A entidade, que doravante passa a ser trata- CONJUR/MC nº 0144/2004, resolve: da como requerente, baseou o seu pleito nos termos Art. 1º Outorgar autorização à Associação Co- do Aviso de Habilitação publicado no Diário Oficial munitária de Radiodifusão de Bandeira do Sul, com da União – DOU, de 5 de novembro de 1998, que sede na Rua São Vicente de Paulo, nº 28, 3º andar contempla a localidade onde pretende instalar o seu – Centro, na cidade de Bandeira do Sul, Estado de transmissor, assim como o sistema irradiante e res- Minas Gerais, para executar serviço de radiodifusão pectivo estúdio. comunitária, pelo prazo de dez anos, sem direito de 3. Em atendimento a citada convocação e ainda, exclusividade. considerando a distância de 4Km entre as interessadas Parágrafo único. A autorização reger-se-á pela Lei nesta localidade, comunicamos que apenas a mencio- nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, nada entidade demonstrou seu interesse na prestação seus regulamentos e normas complementares. do referido serviço, não havendo concorrentes. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 463 23778 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 II – Relatório Ata de Fundação e do Estatuto Social da Entidade no Livro “A” do Registro de Pessoas Jurídicas, compro- • atos constitutivos da entidade/documentos aces- vante de válida existência das entidades que manifes- sórios e aspectos técnicos taram apoio a iniciativa, cópia do CNPJ da requerente 4. O Departamento de Outorga de Serviços, e declaração do endereço da sede, cujo cumprimento em atendimento as Normas e critérios estabeleci- e aplicação dos critérios estabelecidos na legislação dos para a regular análise dos requerimentos, pas- específica resultou no saneamento dos autos e poste- sou ao exame do pleito formulado pela requerente, rior seleção da Entidade, tendo sido solicitada a apre- de acordo com petição de folha 1, bem como toda sentação do projeto técnico (fls. 103 a 212). a documentação apresentada e vem por meio des- 8. Ao cumprir as exigências, foi encaminhado o te, relatar toda a instrução do presente processo “Formulário de Informações Técnicas” – fls. 179, firma- administrativo, em conformidade com a legislação, do pelo engenheiro responsável, seguindo-se o roteiro especialmente a Lei nº 9.612, de 19-2-1998, o Re- de verificação de instalação da estação, constatando- gulamento do Serviço de Radiodifusão Comunitária, se conformidade com a Norma 2/98, em especial as aprovado pelo Decreto nº 2.615, de 3-3-1998 e Nor- exigências inscritas em seu item 6.11, conforme ob- ma nº 2/98, de 6-8-1998. serva-se nas folhas 213 e 214. Ressaltamos que nes- 5. Preliminarmente, a requerente indicou em sua tes documentos constam as seguintes informações: petição que os equipamentos seriam instalados em identificação da entidade; os endereços da sede ad- área abrangida pelo circulo de raio igual a 1km, com ministrativa e de localização do transmissor, sistema centro localizado na Rua Idelfonso Bandeira, nº 141, irradiante e estúdio; características técnicas dos equi- 2º andar, Centro, na cidade de Bandeira do Sul, Es- pamentos (transmissor) e acessórios (antena e cabo tado de Minas Gerais, de coordenadas geográficas coaxial), com indicação da potência efetiva irradiada em 21º43’47’S de latitude e 46º2155’W de longitude. e intensidade de campo no limite da área de serviço, Ocorre que, posteriormente, as coordenadas e ende- diagramas de irradiação do sistema irradiante e carac- reço propostos foram retificados, passando a estar na terísticas elétricas. Rua São Vicente de Paulo, nº 28, em 21º43’47”S de 9. Por fim, a documentação exigida pela legislação latitude e 46º23’10”W de longitude consoante aos da- especifica e contida nos autos. mais especificamente dos constantes do Aviso publicado no DOU., de 5 de no intervalo de folhas 01 a 212, dos autos, correspon- novembro de 1998. de ao que se segue: 6. A análise técnica desenvolvida, demonstra que • Estatuto Social devidamente registrado as coordenadas geográficas indicadas deveriam ser e em conformidade com os preceitos dispostos confirmadas, pelo que se depreende da memória do no Código Civil Brasileiro adequados as finali- documento de folhas 97 e 98, denominado de “Roteiro dades e requisitos da Lei nº 9.612/98; de Análise Técnica de RadCom”, que por sua vez trata • ata de constituição e atual ata de eleição de outros dados, quais sejam: informações sobre ge- dos dirigentes, devidamente registradas e em ração de coordenadas geográficas, instruções sobre conformidade com os preceitos dispostos no coordenadas coincidentes com os levantamentos do Código Civil Brasileiro adequados as finalida- IBGE, compatibilização de distanciamento do canal, des e requisitos da Lei nº 9.612/98; situação da estação em faixa de fronteira, endereço • comprovantes relativos a maioridade e proposto para instalação da antena; planta de arru- nacionalidade dos dirigentes; amento, endereços da sede e do sistema irradiante, • manifestações de apoio a iniciativa da outros dados e conclusão. Vale salientar que ao final, requerente, formulados e encaminhados pela a entidade apontou novas coordenadas e endereço, o comunidade; que foi objeto de análise e conclusão por este Depar- • planta de arruamento e declaração de tamento, que constatou a possibilidade de aceitação acordo com o disposto no subitem 6.7 incisos dos novos dados XIX e X da Norma Complementar nº 2/98, bem 7. Das análises técnico-jurídicas realizadas e con- como o Projeto Técnico conforme disposto no siderando a documentação que foi encaminhada pela subitem 6.11 e incisos da Norma Complemen- requerente, constataram-se pendências passíveis do tar nº 2/98; cumprimento das seguintes exigências: apresentação • declarações relativas aos integrantes do da documentação elencada no subitem 6.7 inciso II da quadro administrativo da requerente, demons- Norma 2/98, comprovação de necessária alteração es- trando a sua regularidade, conforme indicado tatutária, certidão cartorária comprovando o registro da no subitem 6.7, incisos III, IV, V e VIII da Norma 464 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23779 Complementar nº 2/98 e ainda, demais decla- PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO rações e documentos requeridos com intuito Nº 237, DE 2007 de confirmar alguns dados informados; (Nº 2.126/2006, na Câmara dos Deputados)

III – Conclusão/Opinamento Aprova o ato que outorga autorização 10. O Departamento de Outorga de Serviços, a à Associação de Radiodifusão Comunitá- quem cabe a condução dos trabalhos de habilitação ria Majestade “FM” para executar serviço de interessados na exploração do Serviço de Radio- de radiodifusão comunitária na cidade de difusão Comunitária, conclui a instrução dos presen- Sorocaba, Estado de São Paulo. tes autos, após detido exame do rol de documentos, O Congresso Nacional decreta: as quais estão compatíveis com a legislação atinente, Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Por- seguindo-se abaixo as informações básicas sobre a taria nº 51 de 16 de janeiro de 2004, que outorga au- entidade: torização à Associação de Radiodifusão Comunitária • nome Majestade “FM” para executar, por 10 (dez) anos, sem Associação Comunitária de Radiodifusão de Ban- direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comu- deira do Sul; nitária na cidade de Sorocaba, Estado de São Paulo. Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na • quadro diretivo data de sua publicação. Presidente: Reginaldo de Jesus Bastos; Vice-presidente: Sebastião Bastos; MENSAGEM Nº 222, DE 2005 1º Secretário: Erli Teixeira da Silva; Senhores Membros do Congresso Nacional, 2º Secretário: João Batista de Souza; Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado 1º Tesoureiro: Rovilson Lopes da Fonseca; com o § 32 do art. 223, da Constituição, submeto a 2º Tesoureiro: Mecias dos Reis. apreciação de Vossas Excelências, acompanhadas de • localização do transmissor, sistema irradiante e Exposições de Motivos do Senhor Ministro de Estado estúdio das Comunicações, autorizações as entidades abaixo Rua São Vicente de Paulo, nº 28, cidade de Ban- relacionadas para executar, pelo prazo de dez anos, deira do Sul, Estado de Minas Gerais; sem direito de exclusividade, serviços de radiodifusão comunitária, conforme os seguintes atos: • coordenadas geográficas 1 – Portaria nº 549, de 5 de novembro de 2003 21º43’47” de latitude e 46º23’10” de longitude, – Associação Comunitária de Desenvolvimento Cultu- correspondentes aos ral e Artístico de Pérola D’Oeste, na cidade de Pérola dados dispostos no “Roteiro de Análise de Ins- D’Oeste – PR; talação da Estação” – fls. 213 e 214, bem como “For- 2 – Portaria nº 771, de 22 de dezembro de 2003 mulário de Informações Técnicas” – fls 179 e que se – Associação dos Lavradores Autônomos de Buriti referem à localização da estação. – MA, na cidade de Buriti – MA; 11. Por todo o exposto, opinamos pelo deferimento 3 – Portaria nº 775, de 22 de dezembro de 2003 do pedido formulado pela Associação Comunitária de – Centro Comunitário Sócio Cultural de Barra dos Co- Radiodifusão de Bandeira do Sul, no sentido de con- queiros, na cidade de Barra dos Coqueiros – SE; ceder-lhe a autorização para a exploração do serviço 4 – Portaria nº 5, de 13 de janeiro de 2004 – So- de radiodifusão comunitária, na localidade pretendida, ciedade dos Amigos de Magalhães de Almeida, na dentro das condições circunscritas no Processo Ad- cidade de Magalhães de Almeida – MA; ministrativo nº 53.710.001.025/98, de 11 de setembro 5 – Portaria nº 7, de 13 de janeiro de 2004 – As- de 1998. sociação Comunitária de Comunicação e Cultura de Brasília, 9 de janeiro de 2004. – Lídia Souza Ubaitaba, Estado da Bahia, na cidade de Ubaitaba El-Carab Moreira, Relatora da Conclusão Jurídica – BA; (Chefe de Serviço/SSR). – Ana Maria das Dores e 6 – Portaria nº 16, de 14 de janeiro de 2004 Silva, Relatora da Conclusão Técnica (Chefe de Ser- – Associação Comunitária de Edealina, na cidade de viço/SSR). Edealina –GO; (Às Comissões de Ciência, Tecnologia, 7 – Portaria nº 33, de 15 de janeiro de 2004 – As- Inovação, Comunicação e Informática, em de- sociação Mercosul de Difusão Comunitária, na cidade cisão terminativa.) de Pedro Osório – RS; JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 465 23780 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 8 – Portaria nº 51, de 16 de janeiro de 2004 – As- PORTARIA Nº 51, DE 16 DE JANEIRO DE 2004 sociação de Radiodifusão Comunitária Majestade “FM”, O Ministro de Estado das Comunicações, no uso na cidade de Sorocaba – SP; de suas atribuições, considerando o disposto no inciso 9 – Portaria nº 53, de 16 de janeiro de 2004 – Ins- II do art. 99 e art. 19 do Decreto nº 2.615, de 3 de junho tituto de Radiodifusão Comunitária de Pacujá – Ceará, de 1998, na Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, na cidade de Pacujá – CE; e e tendo em vista o que consta do Processo Adminis- 10 – Portaria nº 86, de 23 de janeiro de 2004, trativo nº 53 830.000909/99 e do Parecer/Conjur/MC alterada pela de nº 303, de 3 de agosto de 2004 – As- nº 0050/2004, resolve: sociação Curaçaense Comunitária de Radio e Difusão, Art. 1º Outorgar autorização a Associação de Radio- no município de Curaçá – BA. difusão Comunitária Majestade “FM”, com sede na Rua Brasília, 19 de abril de 2005. Professora Hortência Soares do Amaral, nº 183, Jardim MC nº 35 EM Itanguá II, na cidade de Sorocaba, Estado de São Paulo, para executar serviço de radiodifusão comunitária, pelo Brasília, 13 de abril de 2004 prazo de dez anos, sem direito de exclusividade. Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Parágrafo único. A autorização reger-se-á pela Lei

1. Encaminho a Vossa Excelência Portaria de nº9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, outorga de autorização e respectiva documentação seus regulamentos e normas complementares. para que a entidade Associação de Radiodifusão Co- Art. 2º A entidade autorizada devera operar com munitária Majestade “FM”, na cidade de Sorocaba, o sistema irradiante localizado nas coordenadas ge- Estado de São Paulo, explore o serviço de radiodifu- ográficas com latitude em 23º32’41”S e longitude em são comunitária, em conformidade com o caput do 47º22’11”W, utilizando a freqüência de 105,9MHz. art. 223, da Constituição e a Lei nº 9.612, de 19 de Art. 3º Este ato somente produzirá efeitos legais fevereiro de 1998. após deliberação do Congresso Nacional, nos termos 2. A referida entidade requereu ao Ministério das do § 3º do art. 223 da Constituição, devendo a entidade Comunicações sua inscrição para prestar o serviço, iniciar a execução do serviço, em caráter definitivo, no cuja documentação inclui manifestação de apoio da prazo de seis meses a contar da data de publicação comunidade, numa demonstração de receptividade da do ato de deliberação. filosofia de criação desse braço da radiodifusão, de ma- Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de publicação. – Miro Teixeira. neira a incentivar o desenvolvimento e a sedimentação da cultura geral das localidades postulantes. RELATÓRIO Nº 459 /2003-DOSR/SSCE/MC 3. Como se depreende da importância da iniciativa comandada por Vossa Excelência, essas ações permitem Referência: Processo nº 53.830.000.909/99, protoco- que as entidades trabalhem em conjunto com a comuni- lizado em 1º de junho de 1999. dade, auxiliando não só no processo educacional, social Objeto: Requerimento de autorização para a explora- e cultural mas, também, servem de elo a integração, por ção do Serviço de Radiodifusão Comunitária. meio de informações benéficas a todos as segmentos Interessado: Associação de Radiodifusão Comunitá- e a todos esses núcleos populacionais. ria Majestade “FM”, localidade de Sorocaba, Estado 4. Sobre o caso em espécie, cumpre informar que o de São Paulo. Grupo de Trabalho, instituído por meio da Portaria nº 83, de 24 de marco de 2003, com a finalidade de proceder I – Introdução criteriosa análise dos processos pendentes, referentes 1. A Associação de Radiodifusão Comunitá- a autorização de funcionamento e execução das Rádios ria Majestade “FM”, inscrita no CNPJ sob o número Comunitárias, manifestou-se favoravelmente ao pleito, 03.051.994/0001-63, no Estado de São Paulo, com constatando a legalidade e a regularidade do Processo sede na Rua Profª Hortência Soares do Amaral nº 183, Administrativo nº 53830.000909/99, que ora faço acompa- Jardim Itanguá II, cidade de Sorocaba, dirigiu-se ao Se- nhar, com a finalidade de subsidiar os trabalhos finais. nhor Ministro de Estado das Comunicações, conforme 5. Em conformidade com os preceitos constitu- requerimento datado de 27 de maio de 1999, subscrito cionais e legais, a outorga de autorização, objeto do por representante legal, no qual demonstrou interesse presente processo, passará a produzir efeitos legais na exploração do Serviço de Radiodifusão Comunitária somente após deliberação do Congresso Nacional, a nos termos do artigo 12, do Regulamento do Serviço tear do § 3º, do art. 223, da Constituição Federal. de Radiodifusão Comunitária, aprovado pelo Decreto Respeitosamente, – Eunicio Lopes de Oliveira. nº 2.615, de 3 de junho de 1998. 466 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23781 2. A entidade, que doravante passa a ser trata- análise e conclusão por este Departamento, que cons- da como requerente baseou o seu pleito nos termos tatou a possibilidade de aceitação do novo dado. do Aviso de Habilitação publicado no Diário Oficial 7. Das análises técnico-jurídicas realizadas e con- da União – DOU, de, 17 de dezembro de 1999, que siderando a documentação que foi encaminhada pela contempla a localidade onde pretende instalar o seu requerente, constataram-se pendências passíveis do transmissor, assim como o sistema irradiante e res- cumprimento das seguintes exigências: para a apre- pectivo estúdio. sentação da documentação elencada no subitem 6.7 3. Em atendimento a citada convocação e ainda, incisos III, IV, V, VIII e X da Norma nº 2/98, comprovação considerando a distância de 4km entre as interessadas de necessária alteração estatutária, comprovante de nesta localidade, comunicamos que apenas a mencio- valida existência das entidades que manifestaram apoio nada entidade demonstrou seu interesse na prestação a iniciativa, cópia do CNPJ retificado da requerente e do referido serviço, não havendo concorrentes. declaração do endereço da sede, cujo cumprimento e aplicação dos critérios estabelecidos na legislação es- II – Relatório pecífica resultou no saneamento dos autos e posterior • atos constitutivos da entidade/documentos aces- seleção da Entidade, tendo sido solicitada a apresen- sórios e aspectos técnicos tação do projeto técnico (fls. 44 a 105). 4. O Departamento de Outorga de Serviços, em 8. Ao cumprir as exigências, foi encaminhado o atendimento as Normas e critérios estabelecidos para “Formulário de Informações Técnicas” – fls. 79 e 80, a regular análise dos requerimentos, passou ao exa- firmado pelo engenheiro responsável, seguindo-se o me do pleito formulado pela requerente, de acordo roteiro de verificação de instalação da estação, cons- com petição de folha 01, bem como toda a documen- tatando-se conformidade com a Norma nº 2/98, em tação apresentada e vem por meio deste, relatar toda especial as exigências inscritas em seu item 6.11, a instrução do presente processo administrativo, em conforme observa-se nas folhas 100 e 101. Ressal- conformidade com a legislação, especialmente a Lei tamos que nestes documentos constam as seguintes nº 9.612, de 19-2-1998, o Regulamento do Serviço de informações: identificação da entidade; os endereços Radiodifusão Comunitária, aprovado pelo Decreto nº da sede administrativa e de localização do transmissor, 2.615, de 3-3-1998 e Norma nº 2/98, de 6-8-1998. sistema irradiante e estúdio; características técnicas 5. Preliminarmente, a requerente indicou em sua dos equipamentos (transmissor) e acessórios (antena petição que os equipamentos seriam instalados em área e cabo coaxial), com indicação da potência efetiva ir- abrangida pelo círculo de raio igual a 1km, com centro radiada e intensidade de campo no limite da área de localizado na Rua Profª Hortência Soares Amaral, 131, serviço, diagramas de irradiação do sistema irradiante Jd. Itanguá II, na cidade de Sorocaba, Estado de São e características elétricas. Paulo, de coordenadas geográficas em 23º32’41”S 9. Por fim, a documentação exigida pela legislação de latitude e 47º22’11”W de longitude. Ocorre que, específica e contida nos autos, mais especificamente posteriormente, as coordenadas e endereço propos- no intervalo de folhas 01 a 105 dos autos, correspon- tos foram retificados, passando a estar na Rua Profª de ao que se segue: Hortência S. Amaral 183, Jardim Itanguá, consoante • Estatuto Social devidamente registrado aos dados constantes do Aviso publicado no DOU, de e em conformidade com os 17-12-1999. • preceitos dispostos no Código Civil Bra- 6. A análise técnica desenvolvida, demonstra sileiro e adequados às finalidades e requisitos que as coordenadas geográficas indicadas deveriam da Lei nº 9.612/98; ser mantidas, pelo que se depreende da memória do • ata de constituição e atual ata de elei- documento de folhas 40 e 41, denominado de “Roteiro ção dos dirigentes, devidamente registradas de Análise Técnica de RadCom”, que por sua vez trata e em conformidade com os preceitos dispos- de outros dados, quais sejam: informações sobre ge- tos no Código Civil Brasileiro e adequados às ração de coordenadas geográficas, instruções sobre finalidades e requisitos da Lei nº 9.612/98; coordenadas coincidentes com os levantamentos do comprovantes relativos a maioridade e na- IBGE, compatibilização de distanciamento do canal, cionalidade dos dirigentes; manifestações de situação da estação em faixa de fronteira, endereço apoio à iniciativa da requerente, formulados e proposto para instalação da antena; planta de arru- encaminhados pela comunidade; amento, endereços da sede e do sistema irradiante, • planta de arruamento e declaração de outros dados e conclusão. Vale salientar que ao final, acordo com o disposto no subitem 6.7 incisos a entidade apontou novo endereço, a que foi objeto de XIX e X da Norma Complementar 02/98, JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 467 23782 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 bem como o Projeto Técnico conforme dis- PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO posto no subitem 6.11 e incisos da Norma Nº 238, DE 2007 Complementar 02/98; (Nº 2.193/2006, na Câmara dos Deputados) • declarações relativas aos integrantes do quadro administrativo da requerente, demons- Aprova o ato que outorga autorização à trando a sua regularidade, conforme indicado Rádio Comunitária A Voz da Liberdade para no subitem 6.7, incisos III, IV, V e VIII da Norma executar serviço de radiodifusão comunitá- Complementar 02/98 e ainda, demais declara- ria na cidade de Jaboatão dos Guararapes, ções e documentos requeridos com intuito de Estado de Pernambuco.

confirmar alguns dados informados; O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a III – Conclusão/Opinamento Portaria nº 201 de 11 de marco de 2005, que outorga 10. O Departamento de Outorga de Serviços, autorização a Rádio Comunitária A Voz da Liberda- a quem cabe a condução dos trabalhos de habili- de para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de tação de interessados na exploração do Serviço de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária Radiodifusão Comunitária, conclui a instrução dos na cidade de Jaboatão dos Guararapes, Estado de presentes autos, após detido exame do rol de docu- Pernambuco. mentos, os quais estão compatíveis com a legislação Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na atinente, seguindo-se abaixo as informações básicas data de sua publicação. sobre a entidade: MENSAGEM Nº 93, DE 2006 • nome Associação de Radiodifusão Comunitária Ma- Senhores Membros do Congresso Nacional, jestade “FM”; Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado com o § 3º, do art. 223, da Constituição, submeto a • quadro diretivo apreciação de Vossas Excelências, acompanhado de Presidente: Sérgio Rodrigo Cardoso Exposição de Motivos do Senhor Ministro de Estado Vice-presidente: Maria Helena Tissei Bastos das Comunicações, a ato constante da Portaria nº 201, Secretária: Lúcia Helena Amadio de 11 de março de 2005, que outorga autorização a Tesoureiro: Valdimir Bento Baena Rádio Comunitária A Voz da Liberdade para executar, • localização do transmissor, sistema irradiante e pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, estúdio serviço de radiodifusão comunitária no Município de Rua Profª Hortência S Amaral 183, Jardim Itan- Jaboatão dos Guararapes, Estado de Pernambuco. guá, cidade de Sorocaba, Estado de São Paulo; Brasília, 15 de fevereiro de 2006. – Luiz Inácio • coordenadas geográficas Lula da Silva. 23º32’41” de latitude e 47º22’11” de longitude, MC nº 173 EM correspondentes aos dados dispostos no “Roteiro de Brasília, 26 de abril de 2005 Análise de Instalação da Estação” – fls. 100 e 101, bem como “Formulário de Informações Técnicas” – fls. 79 e Excelentíssimo Senhor Presidente da República, 80 e que se referem à localização da estação. 1. Encaminho a Vossa Excelência Portaria de 11. Por todo o exposto, opinamos pelo deferimento outorga de autorização e respectiva documentação do pedido formulado pela Associação de Radiodifusão para que a entidade Rádio Comunitária A Voz da Li- Comunitária Majestade “FM”, no sentido de conceder- berdade, no Município de Jaboatão dos Guararapes, lhe a autorização para a exploração do serviço de ra- Estado de Pernambuco, explore o serviço de radiodi- diodifusão comunitária, na localidade fusão comunitária, em conformidade com a caput do o pretendida, dentro das condições circunscritas art. 223, da Constituição e a Lei nº 9.612, de 19 de no Processo Administrativo nº 53.830.000.909/99, de fevereiro de 1998. 1º de junho de 1999. 2. A referida entidade requereu ao Ministério das Brasília, 23 de dezembro de 2003. – Aline Oliveira Comunicações sua inscrição para prestar a serviço, Prado, Relatora da Conclusão Jurídica – Maria Apa- cuja documentação inclui manifestação de apoio da recida Monteiro, Relatora da Conclusão Técnica. comunidade, numa demonstração de receptividade da (À Comissão de Ciência, Tecnologia, Ino- filosofia de criação desse braço da radiodifusão, de ma- vação, Comunicação e Informática – decisão neira a incentivar o desenvolvimento e a sedimentação terminativa. da cultura geral das localidades postulantes. 468 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23783 3. Como se depreende da importância da iniciativa RELATÓRIO Nº 225/2004/RADCOM/ comandada por Vossa Excelência, essas ações permitem DOS/SSCE/MC – AOP que as entidades trabalhem em conjunto com a comuni- dade, auxiliando não só no processo educacional, social Referência: Processo nº 53.103.000.293/00, protoco- e cultural mas, também, servem de elo a integração, por lizado em 21 de julho de 2000. meio de informações benéficas a todos os segmentos Objeto: Requerimento de autorização para exploração e a todos esses núcleos populacionais. do Serviço de Radiodifusão Comunitária. 4. Sobre o caso em espécie, cumpre informar que Interessado: Radio Comunitária A Voz da Liberdade, a Grupo de Trabalho, instituído por meio da Portaria município de Jaboatão dos Guararapes, Estado de nº 83, de 24 de março de 2003, com a finalidade de Pernambuco. proceder criteriosa análise dos processos pendentes, referentes a autorização de funcionamento e execução I – Introdução das Rádios Comunitárias, manifestou-se favoravelmen- 1. A Radio Comunitária A Voz da Liberdade, ins- te ao pleito, constatando a legalidade e a regularidade crita no CNPJ sob o número 03.256.169/0001-03, no do Processo Administrativo nº 53103.000293/00, que Estado de Pernambuco, com sede na av. Barreto de ora faço acompanhar, com a finalidade de subsidiar Menezes, 567 – Marcos Freire, município de Jaboatão as trabalhos finais. dos Guararapes, dirigiu-se ao Senhor Ministro de Esta- 5. Em conformidade com os preceitos constitu- do das Comunicações, conforme requerimento datado cionais e legais, a outorga de autorização, objeto do de 19 de julho de 2000, subscrito por representante presente processo, passará a produzir efeitos legais legal, no qual demonstrou interesse na exploração do somente após deliberação do Congresso Nacional, a Serviço de Radiodifusão Comunitária nos termos do teor do § 3º, do art. 223, da Constituição Federal. art. 12, do Regulamento do Serviço de Radiodifusão Respeitosamente, – Eunício Lopes de Oliveira. Comunitária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de 3 de junho de 1998. PORTARIA Nº 201, DE 11 DE MARÇO DE 2005 2. A entidade, que doravante passa a ser tratada O Ministro de Estado das Comunicações, no como requerente, baseou o seu pleito nos termos do usa de suas atribuições, considerando a disposto no Aviso de Habilitação publicado no Diário Oficial da inciso II do art. 9º e art. 19 do Decreto nº 2.615, de 3 União – DOU, de 23 de junho de 2000, que contem- de junho de 1998, na Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro pla a localidade onde pretende instalar o seu trans- de 1998, e tendo em vista a que consta do Processo missor, assim como o sistema irradiante e respectivo Administrativo nº 53103.000293/00 e do Parecer/MC/ estúdio. Conjur/GAT/Nº 1630– 1.08/2004, resolve: 3. Em atendimento à citada convocação e, ainda, Art. 1º Outorgar autorização a Rádio Comunitária considerando a distancia de 4km entre as interessadas A Voz da Liberdade, com sede na Av. Barreto de Mene- nesta localidade, comunicamos que apenas a mencio- zes, nº 567, Marcos Freire, no Município de Jaboatão nada entidade demonstrou seu interesse na prestação dos Guararapes, Estado de Pernambuco, para execu- do referido serviço, não havendo concorrentes. tar serviço de radiodifusão comunitária, pelo prazo de II – Relatório dez anos, sem direito de exclusividade. Parágrafo único. A autorização reger-se-á pela Lei • atos constitutivos da entidade/documentos aces- nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, sórios e aspectos técnicos seus regulamentos e normas complementares. 4. O Departamento de Outorga de Serviços, em Art. 2º A entidade autorizada deverá operar com atendimento às Normas e critérios estabelecidos para o sistema irradiante localizado nas coordenadas ge- a regular análise dos requerimentos, passou ao exa- ográficas com latitude em 08º08’12”S e longitude em me do pleito formulado pela requerente, de acordo 34º58’27”W, utilizando a freqüência de 106,3 MHz. com petição de folha 01, bem como toda a documen- Art.3º Este ato somente produzirá efeitos legais tação apresentada e veio por meio deste, relatar toda após deliberação do Congresso Nacional, nos termos a instrução do presente processo administrativo, em do § 3º do art. 223 da Constituição, devendo a entidade conformidade com a legislação, especialmente a Lei iniciar a execução do serviço, em caráter definitivo, no nº 9.612, de 19-2-1998, o Regulamento do Serviço de prazo de seis meses a contar da data de publicação Radiodifusão Comunitária, aprovado pelo Decreto nº do ato de deliberação. 2.615, de 3-3-1998 e a Norma nº 2/98, de 6-8-1998. Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de 5. Preliminarmente, a requerente indicou em sua publicação. – Eunício Oliveira. sua petição que os equipamentos seriam instalados JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 469 23784 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 em área abrangida pelo círculo de raio igual a 1km, • Estatuto Social devidamente registrado com centro localizado na rua Barreto de Menezes, e em conformidade com os preceitos dispos- 567 – Marcos Freire, no município de Jaboatão dos tos no Código Civil Brasileiro e adequados às Guararapes, Estado de Pernambuco, de coordenadas finalidades e requisitos da Lei nº 9.612/98; geográficas em 08º08’12”S de latitude e 34º58’27”W • ata de constituição e atual ata de eleição de longitude. dos dirigentes, devidamente registradas e em 6. A análise técnica inicial desenvolvida, demons- conformidade com os preceitos dispostos no tra que as coordenadas geográficas indicadas deveriam Código Civil Brasileiro e adequados às finali- ser mantidas, pelo que se depreende da memória do dades e requisitos da Lei nº 9.612/98; documento de folhas 63 e 64, denominado de “Roteiro • comprovantes relativos a maioridade e de Análise Técnica de RadCom”, que por sua vez trata nacionalidade dos dirigentes; de outros dados, quais sejam: informações sobre ge- • manifestações de apoio a iniciativa da ração de coordenadas geográficas, instruções sobre requerente, formulados e encaminhados pela coordenadas coincidentes com os levantamentos do comunidade; IBGE, compatibilização de distanciamento do canal, • planta de arruamento e declaração de situação da estação em faixa de fronteira endereço acordo com o disposto no subitem 6.7 incisos proposto para instalação da antena; planta de arru- XIX e X da Norma Complementar 02/98, bem amento, endereços da sede e do sistema irradiante, coma o Projeto Técnico conforme disposto outros dados e conclusão. no subitem 6.11 e incisos da Norma Comple- 7. Das análises técnico-jurídicas realizadas e mentar 02/98; considerando a documentação que foi encaminhada • declarações relativas aos integrantes do pela requerente, constataram-se pendências passi- quadro administrativo da requerente, demons- veis do cumprimento das seguintes exigências: apre- trando a sua regularidade, conforme indicado sentação da documentação elencada no subitem no subitem 6.7, incisos III, IV, V e VIII da Norma 6.7 incisos I e II da Norma nº 2/98, comprovação de Complementar 02/98 e ainda, demais declara- necessária alteração estatutária, cópia do CNPJ da ções e documentos requeridos com intuito de requerente e declaração do endereço da sede, cujo confirmar alguns dados informados; cumprimento e aplicação dos critérios estabelecidos III – Conclusão/Opinamento na legislação específica resultaram no saneamento dos autos e posterior seleção da entidade, tendo 10. O Departamento de Outorga de Serviços, a sido solicitada a apresentação do projeto técnico quem cabe a condução dos trabalhos de habilitação (fls. 67 a 156). de interessados na exploração do Serviço de Radio- 8. Ao cumprir as exigências, foi encaminhado o difusão Comunitária, conclui a instrução dos presen- “Formulário de Informações Técnicas” – fls. 146, firma- tes autos, após detido exame do rol de documentos, do pelo engenheiro responsável, seguindo-se o roteiro os quais estão compatíveis com a legislação atinente, de verificação de instalação da estação, constatando- seguindo-se abaixo as informações básicas sobre a se conformidade com a Norma nº 2/98, em especial entidade: as exigências inscritas em seu item 6.11, conforme se • nome observa nas folhas 159 a 161. Ressaltamos que nes- tes documentos constam as seguintes informações: Rádio Comunitária A Voz da Liberdade identificação da entidade; os endereços da sede ad- • quadro diretivo ministrativa e de localização do transmissor, sistema Presidente: Pedro Martins dos Santos irradiante e estúdio; características técnicas dos equi- Vice-presidente: Jeane Vieira dos Santos pamentos (transmissor) e acessórios (antena e cabo 1º Secretário: Claudemir José da Silva coaxial), com indicação da potência efetiva irradiada 2º Secretária: Ana Regina Gomes da Silva e intensidade de campo no limite da área de serviço, 1º Tesoureiro: Inaldo Alves de Franca diagramas de irradiação do sistema irradiante e carac- 2º Tesoureiro: Luiz Bezerra dos Santos terísticas elétricas. Dir. Operações: Maria José de Araújo 9. Por fim, a documentação exigida pela legislação Vice – Dir. Oper: Gildo Alves de Oliveira especifica e contida nos autos mais especificamente Dir. Cult. Com. Soc: Jamerson Brito de Lima no intervalo de folhas 01 a 156 dos autos, correspon- Vice Dir. Cult. Com. Soc: Adalgisa Maria de Souza dentes ao que se segue: Dir. Patrimônio: Roque José da Silva 470 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23785 • localização do transmissor, sistema irradiante e das Comunicações, autorizações às entidades abaixo estúdio relacionadas para executar, pelo prazo de dez anos, Av.Barreto de Menezes, nº 567 – Marcos Freire, sem direito de exclusividade, serviços de radiodifusão Município de Jaboatão dos Guararapes, Estado de comunitária, conforme os seguintes atos: Pernambuco. 1 – Portaria nº 174, de 16 de abril de 2004 – As- • coordenadas geográficas sociação Comunitária Rádiocom FM Chapecó, na ci- 08º08’12” de latitude e 34º58’27” de longitude, dade de Chapecó – SC; correspondentes aos dadas dispostos no “Roteiro de 2 – Portaria nº 175, de 16 de abril de 2004 – As- Análise de Instalação da Estação” – fls. 99 a 101, bem sociação Radio Comunitária Guaraciaba – ARCGUA, coma “Formulário de Informações Técnicas” – fls. 146 na cidade de Guaraciaba – SC; e que se referem à localização da estação. 3 – Portaria nº 210, de 28 de abril de 2004 – Asso- 11. Por todo o exposto, opinamos pelo deferi- ciação Cultural de Radiodifusão Independente – ACRDI, mento do pedido formulado pela Rádio Comunitária no Município de São Sebastião do Passé – BA; A Voz da Liberdade, no sentido de conceder-lhe a au- 4 – Portaria nº 212, de 28 de abril de 2004 – As- torização para a exploração do serviço de radiodifu- sociação Comunitária de Radiodifusão e Serviços são comunitária, na localidade pretendida, dentro das Sociais “José Fernandes da Silva”, no Município de condições circunscritas no Processo Administrativo nº Guapé – MG; 53.103.000.293/00, de 21 de julho de 2000. 5 – Portaria nº 214, de 28 de abril de 2004 – As- Brasília, 28 de julho de 2004, – Aline Oliveira sociação Comunitária Itulutabana de Desenvolvimento Prado, Chefe de Serviço/SSP, Relatora da Conclusão Artístico Cultural e Social, no Município de Ituiutaba Jurídica – Neide Aparecida da Silva, Chefe de Divi- – MG; são/SSR, Relatora da Conclusão Técnica. 6 – Portaria nº 216, de 28 de abril de 2004 – As- sociação dos Amigos da Radio Comunitário de Jacin- (À Comissão de Ciência e Tecnologia, to Machado – SC, no Município de Jacinto Machado Inovação, Comunicação e Informática. – De- – SC; cisão Terminativa.) 7 – Portaria nº 250, de 31 de maio de 2004 – Cen- tro de Serviços Socioeducativos o Técnico – Científicos PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO para o Desenvolvimento Comunitário, no Município de Nº 239, DE 2007 Solânea – PB. (Nº 2.394, na Câmara dos Deputados) Brasília, 15, de dezembro de 2004. – Luiz Inácio Aprova o ato que outorga autorização Lula da Silva. Associação Comunitária Ituiutabana de De- MC nº 182 EM senvolvimento Artístico Cultural e Social Brasília, 26 de maio de 2004 para executar serviço de radiodifusão co- munitária na cidade de Ituiutaba, Estado Excelentíssimo Senhor Presidente da República, de Minas Gerais. 1. Encaminho a Vossa Excelência Portaria de ou- O Congresso Nacional decreta: torga de autorização e respectiva documentação para Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere à que a entidade Associação Comunitária Ituiutabana de Portaria nº 214 de 28 de abril de 2004, que outorga Desenvolvimento Artístico Cultural e Social, no Muni- autorização a Associação Comunitária Ituiutabana de cípio de Ituiutaba, Estado de Minas Gerais, explore o Desenvolvimento Artístico Cultural e Social para exe- serviço de radiodifusão comunitária, em conformida- cutar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusivida- de com o caput do art. 223, da Constituição e a Lei nº de, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de 9.612, de 19 de fevereiro do 1998. Ituiutaba, Estado de Minas Gerais. 2. A referida entidade requereu ao Ministério das Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na Comunicações sua inscrição para prestar o serviço, data de sua publicação. cuja documentação inclui manifestação de apoio da comunidade, numa demonstração de receptividade da MENSAGEM Nº 888, DE 2004 filosofia de criação desse braço da radiodifusão, de ma- Senhores Membros do Congresso Nacional, neira a incentivar o desenvolvimento e a sedimentação Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado da cultura geral das localidades postulantes. com o § 3º do art. 223, da Constituição, submeto a 3. Como se depreende da importância da inicia- apreciação de Vossas Excelências, acompanhadas de tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações Exposições de Motivos do Senhor Ministro do Estado permitem que as entidades trabalhem em conjunto JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 471 23786 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 com a comunidade, auxiliando não só no processo RELATÓRIO Nº 0100/2004/RADCOM/DOS/SSCE/MC educacional, social e cultural mas, também, servem de elo a integração, por meio de informações bené- Referência: Processo nº 53.710.001.659/98, protoco- ficas a todos os segmentos e a todos esses núcleos lizado em 5 de novembro de 1998. populacionais. Objeto: Requerimento do autorização para a explora- 4. Sobre o caso em espécie, cumpre informar que ção do Serviço do Radiodifusão Comunitária. o Grupo de Trabalho, instituído por meio da Portaria Interessado: Associação Comunitária Ituiutabana de nº 83, de 24 do marco de 2003, com a finalidade de Desenvolvimento Artístico Cultural e Social, localidade proceder criteriosa análise dos processos pendentes, do Ituiutaba, Estado do Minas Gerais. referentes à autorização do funcionamento e execução das Rádios Comunitárias, manifestou-se favoravelmen- I – Introdução te ao pleito, constatando a legalidade e a regularidade 1. A Associação Comunitária Ituiutabana do do Processo Administrativo nº 53.710.001.659/98, que Desenvolvimento Artístico Cultural e Social, inscri- ora faço acompanhar, com a finalidade do subsidiar os ta no CNPJ sob o número 02.886.239/0001-36, no trabalhos finais. Estado de Minas Gerais, com sede Av. Vinte e Sete, 5. Em conformidade com os preceitos Consti- nº 1008, Centro, na cidade de Ituiutaba, dirigiu-se tucionais e legais, a outorga de autorização, objeto ao Senhor Ministro de Estado das Comunicações, do presente processo, passará a produzir efeitos conforme requerimento datado do 10 de dezembro legais somente após deliberação do Congresso de 1998, subscrito por representante legal, no qual Nacional, a teor do § 3º, do art. 223, da Constitui- demonstrou interesse na exploração do Serviço do ção Federal. Radiodifusão Comunitária nos termos do artigo 12, Respeitosamente, – Eunicio Lopes de Oliveira. do Regulamento do Serviço de Radiodifusão Co- PORTARIA Nº 214, DE 28 DE ABRIL 2004 munitária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, do 3 de junho de 1998. O Ministro de Estado das Comunicações, no uso 2. A entidade, que doravante passa a ser trata- de atribuições, considerando o disposto no inciso II do da como requerente, baseou o seu pleito nos termos art. 9º e art. 19 do Decreto nº 2.615, de 3 de junho de do Aviso de Habilitação publicado no Diário Oficial 1998, na Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, e da União – DOU de 5 de novembro do 1998 que tendo em vista a que consta do Processo Administra- contempla a localidade onde pretende instalar o seu tivo nº 53.710.001.659/98 e do PARECER/MC/CON- transmissor, assim como o sistema irradiante e res- JUR/MRD/Nº 0539 – 1.08/2004, resolve: pectivo estádio. Art. 1º Outorgar autorização a Associação Co- 3. Em atendimento a citada convocação e ainda, munitária Ituiutabana do Desenvolvimento Artístico considerando a distância do 4 km entre as interes- Cultural e Social, com sede na Av. Vinte e Sete, nº sadas nesta Localidade, comunicamos que o reque- 1008, Centro, no município do Ituiutaba, Estado de rimento da outra entidade foi objeto do exame por Minas Gerais, para executar serviço de radiodifusão parte do Departamento de Outorga do Serviços, vez comunitária, pelo prazo de dez anos, som direito de que apresentou sua solicitação para a mesma área exclusividade. de interesse, tendo sido seu processo devidamente Parágrafo único. A autorização reger-se-á pela Lei analisado e arquivado. Os motivos do arquivamen- nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, to, bem como a indicação da relação constando os seus regulamentos e normas complementares. Art. 2º A entidade autorizada deverá operar com respectivos nome e processo, se encontra abaixo o sistema irradiante localizado nas coordenadas ge- explicitada: ográficas com latitude em 18º58’38”S o longitude em a) Associação Comunitária Evangélica El 49º27’22”W, utilizando a freqüência de 87,9 MHz. Shadai FM – Processo nº 53.710.000.731/98, Art. 3º Este ato somente produzirá efeitos legais arquivado pelos seguintes fatos e fundamen- após deliberação do Congresso Nacional, nos termos tos: utilizou-se o critério da Representativida- do § 3º do art. 223 da Constituição Federal, devendo de, do qual constatou-se que esta entidade a entidade iniciar a execução do serviço, em caráter apresentou menor número do manifestações definitivo, no prazo de seis meses a contar da data de em apoio a iniciativa que a sua concorrente, publicação do ato de deliberação. conforme comunicado a entidade por meio do Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de oficio nº 12073/03, datado do 17 do dezembro sua publicação, – Eunicio Oliveira. do 2003. (copia anexa) 472 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23787 II – Relatório entidade, cópia do CNPJ retificado da requerente e declaração do endereço da sede. Diante da regula- • atos constitutivos da entidade/documentos aces- ridade técnico – jurídica a Entidade foi selecionada, sórios e aspectos técnicos. tendo sido solicitada a apresentação do projeto téc- 4. O Departamento de Outorga do Serviços, em nico (fls. 118 a 201). atendimento as Normas e critérios estabelecidos para 8. Ao cumprir as exigências, foi encaminhado o a regular análise dos requerimentos, passou ao exa- “Formulário de Informações Técnicas” – fls. 174, firma- me do pleito formulado pela requerente, do acordo do pelo engenheiro responsável, seguindo-se o roteiro com petição de folha 01, bem como toda a documen- de verificação do instalação da estação, constatando- tação apresentada e vem por meio deste, relatar toda se conformidade com a Norma 02/98, em especial as a instrução do presente processo administrativo, em exigências inscritas em sou item 6.11, conforme ob- conformidade com a legislação, especialmente a Lei serva-se nas folhas 204 e 205. Ressaltamos que nes- nº 9.612, de 19-2-1998, o Regulamento do Serviço de tes documentos constam as seguintes informações: Radiodifusão Comunitária, aprovado pelo Decreto nº identificação da entidade; os endereços da sede ad- 2.615, de 3-3-1998 e Norma Complementar nº 02/98, ministrativa e do localização do transmissor, sistema de 6-8-1998. irradiante e estúdio; características técnicas dos equi- 5. Preliminarmente, a requerente indicou em sua pamentos (transmissor) e acessórios (antena e cabo petição que os equipamentos seriam instalados em coaxial), com indicação da potência efetiva irradiada área abrangida pelo circulo de raio igual a 1km, com e intensidade do campo no limite da área do serviço, centro localizado na Rua Vinte e Dois, nº 1838, Cen- diagramas do irradiação do sistema irradiante e carac- tro na cidade de Ituiutaba, Estado de Minas Gorais, de terísticas elétricas. coordenadas geográficas em 18º58’06”S de latitude e 9. Por fim, a documentação exigida pela legislação 49º27’14’W de longitude. Ocorre que, posteriormente, específica e contida nos autos, mais especificamente as coordenadas e endereço propostos foram retifica- no intervalo do folhas 01 a 201, dos autos, correspon- dos, passando a estar na Rua Trinta, nº 1586, Centro do ao que se segue: em 18º58’38”S de latitude e 49º27’22”W de longitude consoante aos dados constantes do Aviso publicado • Estatuto Social devidamente registrado no DOU, de 5 de novembro do 1998. e em conformidade com os preceitos dispostos 6. A analise técnica desenvolvida, demonstra no Código Civil Brasileiro adequados as finali- que as coordenadas geográficas indicadas deveriam dades o requisitos da Lei nº 9.612/98; ser mantidas, peio que se depreende da memória do • ata do constituição e atual ata do eleição documento do folhas 112 e 113, denominado de “Ro- dos dirigentes, devidamente registradas e em teiro do Análise Técnica do RadCom”, que por sua vez conformidade com os preceitos dispostos no trata do outros dados, quais sejam: informações sobre Código Civil Brasileiro adequados as finalida- geração do coordenadas geográficas, instruções sobre des e requisitos da Lei nº 9.612/98; coordenadas coincidentes com os levantamentos do • comprovantes relativos a maioridade e IBGE, compatibilização de distanciamento do canal, nacionalidade dos dirigentes; situação da estação em faixa do fronteira, endereço • manifestações do apoio a iniciativa da proposto para instalação da antena; planta do arru- requerente, formulados e encaminhados pela amento, endereços da sede e do sistema irradiante, comunidade; outros dados e conclusão. Vale salientar que ao final, • planta do arruamento e declaração de a entidade apontou novas coordenadas o endereço, o acordo com o disposto no subitem 6.7 incisos que foi objeto de análise e conclusão por este Depar- XIX e X da Norma Complementar 02/98, bem tamento, que constatou a possibilidade do aceitação como o Projeto Técnico conforme disposto dos novos dados. no subitem 6.11 o incisos da Norma Comple- 7. Das analises técnico – jurídicas realizadas mentar 02/98; o considerando a documentação que foi encami- • declarações relativas aos integrantes do nhada pela requerente, constataram-se pendências quadro administrativo da requerente, demons- passíveis do cumprimento das seguintes exigências: trando a sua regularidade, conforme indicado apresentação da documentação elencada no subi- no subitem 6.7, incisos III, IV, V e VIII da Norma tem 6.7 inciso II da Norma 02/98, comprovação de Complementar 02/98 e ainda, domais declara- necessária alteração estatutária, certidão cartorária ções o documentos requeridos com intuito do comprovando o registro da Ata do Constituição da confirmar alguns dados informados; JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 473 23788 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 III – Conclusão/Opinamento autorização I Associação de Moradores da Sede de 10. O Departamento do Outorga do Serviços, a Marques de Souza para executar, sem direito de ex- quem cabe a condução dos trabalhos de habilitação clusividade, serviço de radiodifusão comunitária na do interessados na exploração do Serviço de Radio- cidade de Marques de Souza, Estado do Rio Grande difusão Comunitária, conclui a instrução dos presen- do Sul, retificando-se o prazo de autorização para 10 tes autos, após detido exame do rol do documentos, (dez) anos, tendo em vista o disposto na Lei nº 10.597, os quais estão compatíveis com a legislação atinente, de 11 de dezembro de 2002. seguindo-se abaixo as informações básicas sobre a Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na entidade: data de sua publicação. • nome MENSAGEM Nº 921, DE 2004 Associação Comunitária Ituiutabana de Desen- Senhores Membros do Congresso Nacional, volvimento Artístico Cultural e Social; Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado com • quadro diretivo o § 3º do art. 223, da Constituição, submeto a apre- Presidente: Dênis Rodrigo de Souza; ciação de Vossas Excelências, acompanhado de Ex- Vice-presidente: Protásio Caetano Filho; posição do Motivos do Senhor Ministro de Estado das Diretor Administrativo: Silvânio Umbelino Ferreira. Comunicações, o ato constante da Portaria nº 2.161, de • localização do transmissor, sistema irradiante e 16 de outubro do 2002, que autoriza a Associação de estúdio Moradores da Sede de Marques de Souza a executar, Rua Trinta, nº 1586, Centro, cidade do Ituiutaba, pelo prazo de três anos, sem direito de exclusividade, Estado do Minas Gerais; serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Mar- ques de Souza, Estado do Rio Grande do Sul. • coordenadas geográficas Brasília, 20 de dezembro de 2004. – Luiz Inácio 18º58’38” do latitude e 49º27’22” do longitude, Lula da Silva. correspondentes aos dados dispostos no “Roteiro do Análise de Instalação da Estação” – fls. 204 e 205, bom MC nº 1409 EM como “Formulário do Informações Técnicas” – fls. 174 Brasília, 29 de outubro de 2002 e que se referem à localização da estação. 11. Por todo o exposto, opinamos pelo deferimen- Excelentíssimo Senhor Presidente da Repúbli- to do pedido formulado pela Associação Comunitária ca, Ituiutabana do Desenvolvimento Artístico Cultural o So- Encaminho a Vossa Excelência Portaria de outor- cial, no sentido do conceder-lhe a autorização para a ga de autorização e respectiva documentação para que exploração do serviço do radiodifusão comunitária, na a entidade denominada Associação de Moradores da localidade pretendida, dentro das condições circunscri- Sede de Marques de Souza, na cidade do Marques de tas no Processo Administrativo nº 53.710.001.659/98, Souza, Estado do Rio Grande do Sul, exploro o serviço de 5 de novembro do 1998. de radiodifusão comunitária, em conformidade com o Brasília, 18, de março de 2004, – Lídia Souza, caput do art. 223, da Constituição e a Lei nº 9.612, de Chefe de Serviço/SSR, Relatora da Conclusão Jurídica 19 de fevereiro de 1998. – Regina Aparecida Monteiro, Chefe de Serviço/SSR, 2. A referida entidade requereu ao Ministério das Relatora da Conclusão Técnica. Comunicações sua inscrição para prestar o serviço, (À Comissão de Ciência, Tecnologia, Ino- cuja documentação inclui manifestação de apoio da vação, Comunicação e Informática. – Decisão comunidade, numa demonstração de receptividade da Terminativa.) filosofia de criação desse braço da radiodifusão, de ma- neira a incentivar o desenvolvimento e a sedimentação PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO da cultura geral das localidades postulantes. Nº 240, DE 2007 3. Como se depreende da importância da inicia- (Nº 2.395/2006, na Câmara dos Deputados) tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações permitem que as entidades trabalhem em conjunto Aprova o ato que outorga autorização com a comunidade, auxiliando não só no processo a Associação de Moradores da Sede de educacional, social e cultural, mas também, serve de Marques de Souza para executar serviço elo a integração de informações benéficas em todos os de radiodifusão comunitária na cidade de seguimentos, e a todos esses núcleos populacionais. Marques de Souza, Estado do Rio Grande 4. Sobre o caso em espécie, determinei análi- do Sul. ses técnica e jurídica da petição apresentada, cons- O Congresso Nacional decreta: tatando a inexistência de óbice legal e normativo ao 1º Fica aprovado a ato a que se refere à Porta- pleito, a que se conclui da documentação de origem, ria nº 2.161 de 16 de outubro de 2002, que outorga consubstanciada nos autos do Processo Administra- 474 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23789 tivo nº 53790.001052198, ”que ora faço acompanhar, datado de 20-8-1998, subscrito por representante legal, com a finalidade de subsidiar os trabalhos finais. demonstrando interesse na exploração do Serviço de 5. Em conformidade com os preceitos educa- Radiodifusão Comunitária, na localidade que indica. cionais e legais, a outorga de autorização, objeto de 2. A entidade, que doravante passa a ser tratada presente processo, passará a produzir efeitos legais como requerente, baseou o seu pleito nos termos do somente após deliberação do Congresso Nacional, a Aviso publicado no Diário Oficial da União – DOU, teor do § 3º, do art. 223, da Constituição Federal. de 18-3-1999, Seção 3, que contempla a localidade Respeitosamente, – Juarez Quadros do Nasci- onde pretende instalar o seu transmissor, assim como mento, Ministro de Estado das Comunicações. o sistema irradiante e respectivo estúdio. PORTARIA Nº 2.161, DE 16 DE OUTUBRO DE 2002 3. A requerente, por final, solicita “a designação de canal para a prestação do serviço, nos termos do O Ministro de Estado das Comunicações, no uso de suas atribuições, considerando o disposto nos ar- artigo 12, do Regulamento do Serviço de Radiodifu- tigos 10 e 19 do Decreto nº 2.615, de 3 de junho de são Comunitária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de 1998, e tendo em vista o que consta do Processo Ad- 03 de junho de 1998.”, apresentando ao Ministério a ministrativo nº 53790.001052/98, resolve: documentação constante dos presentes autos. Art. 1º Autorizar a Associação de Moradores da II – Relatório Sede de Marques de Souza, com sede na Rua Ge- neral Osório, s/nº, na cidade de Marques de Souza, • atos constitutivos da entidade/documentos aces- Estado do Rio Grande do Sul, a executar serviço de sórios radiodifusão comunitária, pelo prazo de três anos, sem 4. O Departamento de Outorga de Serviços de direito de exclusividade. Radiodifusão, por determinação do Senhor Secretá- Art. 2º Esta autorização reger-se-á pela Lei nº rio de Serviços de Radiodifusão, passa ao exame do 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, pleito formulado pela requerente, consubstanciado seus regulamentos e normas complementares. na Petição de folha 01, bem como a documentação Art. 3º A entidade fica autorizada a operar com apresentada, relatando toda a instrução do presente o sistema irradiante localizado nas coordenadas ge- processo administrativo, em conformidade com a le- ográficas com latitude em 29º19’23”S e longitude em gislação, especialmente a Lei nº 9.612, de 19-2-1998, 52º06’0l”W, utilizando a freqüência de 106,3 MHz. o Regulamento do Serviço de Radiodifusão Comuni- Art. 4º Este ato somente produzirá efeitos legais tária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de 3-3-1998 e após deliberação do Congresso Nacional, nos termos Norma nº 02/98, de 6-8-1998. do § 3º do art. 223 da Constituição, devendo a entidade 5. A requerente, como mencionado na introdução iniciar a execução de serviço no prazo de seis meses a (item 1), ao demonstrar interesse em explorar o servi- contar da data de publicação do ato de deliberação. Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua ço, faz indicação da localidade onde pretende instalar publicação. – Juarez Quadros do Nascimento. seus equipamentos transmissores, complementando com o endereço da respectiva estação e coordenadas RELATÓRIO Nº 188/2001-DOSR/SSR/MC geográficas, além de pedir a designação de canal para Referência: Processo nº 53.790.001.052/98 de a prestação do serviço, atendendo os requisitos do 20-8-1998. item 6.4 da Norma Complementar nº 02/98 e, ainda, juntando a documentação necessária. Objeto: Requerimento de outorga de autorização para a 6. A documentação (item 6.7 e incisos, da Nor- exploração do Serviço de Radiodifusão Comunitária. ma 02/98), está contida nos autos, correspondente Interessado: Associação dos Moradores da Sede de ao seguinte: Marques de Souza, localidade de Marques de Souza, – Estatuto Social; Estado do Rio Grande do Sul. – ata de constituição e eleição de diri- I – Introdução gentes; 1. A Associação dos Moradores da Sede de – declarações e comprovantes relativos Marques de Souza, inscrita no CNPJ sob o número a responsabilidades e obrigações de dirigen- 94.705.969/0001-01, Estado do Rio Grande do Sul, tes, enquanto vinculados a entidade, face aos com sede na Rua General Osório, s/nº, Cidade de ditames legais pertinentes; Marques de Souza, dirigiu-se ao Senhor Ministro de – manifestações de apoio da comuni- Estado das Comunicações, por meio de requerimento dade; JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 475 23790 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 – plantas de arruamento, com indicação V, VII e VIII da Norma nº 2/98, bem como do subi- do local de instalação do sistema irradiante, e tem 6.11, (Projeto Técnico), da Norma nº 2/98 (fls. respectivas coordenadas geográficas; 77 a 95). – informações complementares de diri- 13. Cumpridas as exigências, foi expedido o “For- gentes da entidade, como declaração de re- mulário de Informações Técnicas”, fl. 85, firmado pelo sidência e declaração de fiel cumprimento às engenheiro responsável, onde estão resumidas as normas, recolhimento da taxa de cadastro e seguintes informações: cópias de documentos pessoais. – identificação da entidade; 7. Toda a documentação mencionada está contida – os endereços da sede administrativa no intervalo de folhas 08 a 83 dos autos. e da localização do transmissor, sistema irra- 8. Analisados os documentos apresentados ini- diante e estúdio; cialmente e após o cumprimento de exigências, este – características técnicas dos equipa- Departamento constatou conformidade legal e nor- mentos (transmissor) e acessórios (antena mativa, pelo que passa a examinar as informações e cabo coaxial), com indicação da potência técnicas de relevância. efetiva irradiada e intensidade de campo no limite da área de serviço; III – Relatório – diagramas de irradiação do sistema irradiante e características elétricas. • informações técnicas 14. Segue-se o Roteiro de Verificação de Insta- 9. Preliminarmente, a requerente indicou em sua lação da Estação, constatando-se conformidade com petição que os equipamentos seriam instalados em a Norma nº 2/98, em especial as exigências inscritas área abrangida pelo círculo de raio igual a 1 km, com em seu item 6.11, folhas 96 e 97. centro localizado na Rua General Osório, s/nº, Cida- É o relatório. de de Marques de Souza, Estado do Rio Grande do Sul, de coordenadas geográficas em 29º19’22,46”S de latitude e 52º06’1,15”W de longitude, retificadas IV – Conclusão/Opinamento em 29º19’23” S de latitude e 52º06’01”W de longitude 16. O Departamento de Outorga de Serviços de consoante aos dados constantes no aviso no DOU de Radiodifusão, a quem cabe a condução dos trabalhos 18-3-1999, Seção 3. de habilitação de interessados na exploração do ser- 10. A análise técnica desenvolvida, demonstra viço de radiodifusão comunitária, conclui a instrução que, as coordenadas geográficas indicadas deveriam dos presentes autos, após detido exame do rol de ser mantidas, pelo que se depreende da memória do documentos, os quais estão compatíveis com a legis- documento de folha 75, denominado de “Roteiro de lação atinente. Análise Técnica de RadCom”. 17. Assim, a requerente, de acordo com o seu 11. O mesmo documento trata do outros dados, Estatuto Social, termos de seu requerimento, atende conforme se segue: os requisitos legais e normativos ao seu pleito, seguin- – informações sobre geração de coor- do-se informações básicas sobre a entidade: denadas geográficas, instruções sabre coor- denadas coincidentes com os levantamentos – nome do IBGE; Associação dos Moradores da Sede de Marques – compatibilização de distanciamento de Souza. do canal: – quadro diretivo – situação da estação em faixa de fron- Presidente: Edvino Claas teira, endereço proposto para instalação da Vice-Presidente: Breno Closs antena; 1º Secretária: Maristela Regina Pech – planta de arruamento, endereços da 2º Secretário: Rubem Walter Krüger sede e do sistema irradiante; 1º Tesoureiro: Regina Inês Scherer – outros dados e conclusão. 2º Tesoureiro: Fabrício Marcelo Closs 12. Seguiram-se diligências para apresentação – localização do transmissor, sistema irradiante de comprovante de registro da Ata de Constituição, e estúdio Ata de Eleição dos atuais dirigentes da Entidade, Rua General Osório, s/nº, Cidade de Marques de declarações de acordo com o subitem 6.7, inc. IV, Souza, Estado do Rio Grande do Sul; 476 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23791 – coordenadas geográficas autorização à Associação de Arte e Cultura Comuni- 29º19’22,46”S de latitude e 52º06’1,15”W de longi- tária de Natividade para executar, por 10 (dez) anos, tude, retificadas em 29º19’23”S de latitude e 52º06’01”W sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão de longitude, correspondentes aos dados constantes no comunitária na cidade de Natividade, Estado do Rio “Formulário de Informações Técnicas”, fl. 85, e “Roteiro de Janeiro. de Análise de Instalação da Estação de RadCom”, fls. Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na 96 e 97, que se refere a localização da estação. data de sua publicação. 18. Por todo o exposto, opinamos pelo deferimento MENSAGEM Nº 252, DE 2006 do pedido formulado pela Associação dos Moradores da Sede de Marques de Souza, no sentido do conce- Senhores Membros do Congresso Nacional, der-lhe a Outorga de Autorização para a exploração Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado com do serviço de radiodifusão comunitária, na localida- o § 3º, do art. 223, da Constituição, submeto à apre- de pretendida, dentro das condições circunscritas no ciação de Vossas Excelências, acompanhado de Ex- Processo Administrativo nº 53.790.001.052/98, de 20 posição de Motivos do Senhor Ministro de Estado das do agosto de 1998. Comunicações, o ato constante da Portaria nº 26, de Brasília, 13 de junho de 2001. 15 de janeiro de 2004, que outorga autorização à As- sociação de Arte e Cultura Comunitária de Natividade para executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Natividade, Estado do Rio de Janeiro. Brasília, 18 de abril de 2006. – Luiz Inácio Lula De acordo. da Silva. A consideração do Senhor Diretor do Departa- EM nº 91 EM mento de Outorga de Serviços de Radiodifusão. Brasília, 20 de junho de 2001. – Hamilton de Brasília, 18 de abril de 2006 Magalhães Mesquita, Coordenador-Geral. Excelentíssimo Senhor Presidente da República, LEGISLAÇÃO CITADA 1. Encaminho a Vossa Excelência Portaria de ANEXADA PELA SECRETARIA-GERAL DA MESA outorga de autorização e respectiva documentação ...... para que a entidade Associação de Arte e Cultura Comunitária de Natividade, na cidade de Natividade, LEI Nº 10.597, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2002 Estado do Rio de Janeiro, explore o serviço de radio- difusão comunitária, em conformidade com o caput Altera o parágrafo único do art. 6º da do art. 223, da Constituição e a Lei nº 9.612, de 19 de Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, que fevereiro de 1998. institui o Serviço de Radiodifusão comuni- 2. A referida entidade requereu ao Ministério das tária, para aumentar o prazo de outorga. Comunicações sua inscrição para prestar o serviço, ...... cuja documentação inclui manifestação de apoio da (À Comissão de Ciência, Tecnologia, Ino- comunidade, numa demonstração de receptividade da vação, Comunicação e Informática.– Decisão filosofia de criação desse braço da radiodifusão, de ma- Terminativa.) neira a incentivar o desenvolvimento e a sedimentação da cultura geral das localidades postulantes. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 3. Como se depreende da importância da inicia- Nº 241, DE 2007 tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações (Nº 2.402/2006, na Câmara dos Deputados) permitem que as entidades trabalhem em conjunto com a comunidade, auxiliando não só no processo Aprova o ato que outorga autorização educacional, social e cultural mas, também, servem à Associação de Arte e Cultura Comunitá- de elo à integração, por meio de informações bené- ria e Natividade para executar serviço de ficas a todos os segmentos e a todos esses núcleos radiodifusão comunitária na cidade de Na- populacionais. tividade, Estado do Rio de Janeiro. 4. Sobre o caso em espécie, cumpre informar que O Congresso Nacional decreta: o Grupo de Trabalho, instituído por meio da Portaria Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a nº 83, de 24 de março de 2003, com a finalidade de Portaria nº 26 de 15 de janeiro de 2004, que outorga proceder criteriosa análise dos processos pendentes, JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 477 23792 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 referentes à autorização de funcionamento e execução I – Introdução das Rádios Comunitárias, manifestou-se favoravelmen- 1. A Associação de Arte e Cultura Comunitá- te ao pleito, constatando a legalidade e a regularidade ria de Natividade, inscrita no CNPJ sob o número do Processo Administrativo nº 53770.002286/98, que 2.741.827/0001-81, no Estado do Rio de Janeiro, com ora faço acompanhar, com a finalidade de subsidiar sede na Rua Governador Portella, 42, Centro, cidade os trabalhos finais. de Natividade dirigiu-se ao Senhor Ministro de Estado Em conformidade com os preceitos constitucionais das Comunicações, conforme requerimento datado de e legais, a outorga de autorização, objeto do presente 23 de Setembro de 1998, subscrito por representante processo, passará a produzir efeitos legais somente legal, no qual demonstrou interesse na exploração do após deliberação do Congresso Nacional, a teor do § Serviço de Radiodifusão Comunitária nos termos do 3º, do art. 223, da Constituição Federal. artigo 12, do Regulamento do Serviço de Radiodifu- Respeitosamente, – Eunicio Lopes de Oliveira. são Comunitária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de PORTARIA Nº 26, DE 15 DE JANEIRO DE 2004 3 de junho de 1998. 2. A entidade, que doravante passa a ser tratada O Ministro de Estado das Comunicações, no uso como requerente, baseou o seu pleito nos termos do de suas atribuições, considerando o disposto no inciso Aviso de Habilitação publicado no Diário Oficial da

II do art. 9º e art. 19 do Decreto nº 2.615, de 3 de junho União – DOU, de 19 de abril de 1999, que contempla a de 1998, na Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, localidade onde pretende instalar o seu transmissor, as- e tendo em vista o que consta do Processo Adminis- sim como o sistema irradiante e respectivo estúdio. trativo nº 53770.002286/98 e do Parecer/Conjur/MC 3. Em atendimento à citada convocação e ainda, nº 0007/2004, resolve: considerando a distância de 4 Km entre as interessadas Art. 1º Outorgar autorização à Associação de nesta localidade, comunicamos que apenas a mencio- Arte e Cultura Comunitária de Natividade com sede na nada entidade demonstrou seu interesse na prestação Rua Governador Portella, nº 42 – Centro, na cidade de do referido serviço, não havendo concorrentes. Natividade, Estado do Rio de Janeiro, para executar serviço de radiodifusão comunitária, pelo prazo de dez II – Relatório anos, sem direito de exclusividade. • atos constitutivos da entidade/documentos aces- Parágrafo único. A autorização reger-se-á pela Lei sórios e aspectos técnicos nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, 4. O Departamento de Outorga de Serviços, em seus regulamentos e normas complementares. atendimento às Normas e critérios estabelecidos para Art. 2º A entidade autorizada deverá operar com a regular análise dos requerimentos, passou ao exa- o sistema irradiante localizado nas coordenadas ge- me do pleito formulado pela requerente, de acordo ográficas com latitude em 21º02’32”S e longitude em com petição de folha 1, bem como toda a documen- 41º58’24”W, utilizando a freqüência de 104,9MHz. tação apresentada e vem por meio deste, relatar toda Art. 3º Este ato somente produzirá efeitos legais a instrução do presente processo administrativo, em após deliberação do Congresso Nacional, nos termos conformidade com a legislação, especialmente a Lei do § 3º do art. 223 da Constituição, devendo a entidade nº 9.612, de 19-2-1998, o Regulamento do Serviço de iniciar a execução do serviço, em caráter definitivo, no Radiodifusão Comunitária, aprovado pelo Decreto nº prazo de seis meses a contar da data de publicação 2.615, de 3-3-1998 e Norma nº 2/98, de 6-8-1998. do ato de deliberação. 5. Preliminarmente, a requerente indicou em sua Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de petição que os equipamentos seriam instalados em sua publicação. área abrangida pelo círculo de raio igual a 1 km, com centro localizado na Rua Governador Portella, nº 60,

na cidade de Natividade, Estado do Rio de Janeiro, de RELATÓRIO Nº 435/2003-DOS/SSCE/MC coordenadas geográficas em 2lº02’32”S de latitude e Referência: Processo nº 53770002286/98, protocoli- 41º58’24”W de longitude. Ocorre que posteriormente o zado 24-9-1998 endereço foi retificado, constando na Rua Governador Portella, 42, centro. Objeto: Requerimento de autorização para a explora- 6. A análise técnica desenvolvida, demonstra ção do Serviço de Radiodifusão Comunitária. que as coordenadas geográficas indicadas deveriam Interessado: Associação de Arte e Cultura Comuni- ser mantidas, pelo que se depreende da memória do tária de Natividade. localidade de Natividade, Estado documento de folhas 173/174, denominado de “Roteiro do Rio de Janeiro. de Análise Técnica de RadCom”, que por sua vez trata 478 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23793 de outros dados, quais sejam: informações sobre ge- • comprovantes relativos a maioridade e ração de coordenadas geográficas, instruções sobre nacionalidade aos dirigentes; coordenadas coincidentes com os levantamentos do • manifestações de apoio à iniciativa da IBGE, compatibilização de distanciamento do canal, requerente, formulados e encaminhados pela situação da estação em faixa de fronteira, endereço comunidade; proposto para instalação da antena; planta de arru- • planta de arruamento e declaração de amento, endereços da sede e do sistema irradiante, acordo com o disposto no subitem 6.7 incisos outros dados e conclusão. Vale salientar que ao final, XIX e X da Norma Complementar 02/98, bem a entidade apontou novas coordenadas e endereço, o como o Projeto Técnico conforme disposto que foi objeto de análise e conclusão por este Depar- no subitem 6.11 e incisos da Norma Comple- tamento, que constatou a possibilidade de aceitação mentar 02/98; dos novos dados. • declarações relativas aos integrantes do 7. Das análises técnico-jurídicas realizadas e con- quadro administrativo da requerente, demons- siderando a documentação que foi encaminhada pela trando a sua regularidade, conforme indicado requerente, constataram-se pendências passíveis do no subitem 6.7, incisos III, IV, V e VIII da Norma cumprimento das seguintes exigências: para a apre- Complementar 02/98 e ainda, demais declara- sentação da documentação elencada no subitem 6.7 ções e documentos requeridos com intuito de incisos I, II da Norma 02/98, cópia do CNPJ da reque- confirmar alguns dados informados; rente e declaração do endereço da sede, cujo cumpri- III – Conclusão/Opinamento mento e aplicação dos critérios estabelecidos na legis- 10. O Departamento de Outorga de Serviços, a lação específica resultou no saneamento dos autos e quem cabe a condução dos trabalhos de habilitação posterior seleção da Entidade, tendo sido solicitada a de interessados na exploração do Serviço de Radio- apresentação do projeto técnico (fls. 181 a 239). difusão Comunitária, conclui a instrução dos presen- 8. Ao cumprir as exigências, foi encaminhado o tes autos, após detido exame do rol de documentos, “Formulário de Informações Técnicas” – fls. 191, firma- os quais estão compatíveis com a legislação atinente, do pelo engenheiro responsável, seguindo-se o roteiro seguindo-se abaixo as informações básicas sobre a de verificação de instalação da estação, constatando- entidade: se conformidade com a Norma 02/98, em especial as exigências inscritas em seu item 6.11, conforme ob- • nome serva-se nas folhas 222/223. Ressaltamos que nes- Associação de Arte e Cultura Comunitária de tes documentos constam as seguintes informações: Natividade identificação da entidade; os endereços da sede ad- • quadro diretivo ministrativa e de localização do transmissor, sistema Presidente: Edilson de Almeida Silva irradiante e estúdio; características técnicas dos equi- Vice presidente: Romário Gomes de Souza pamentos (transmissor) e acessórios (antena e cabo 1º Tesoureiro: Waltrudes Dias Brito coaxial), com indicação da potência efetiva irradiada 2º Tesoureiro: Jadilson Fernandes Lopes e intensidade de campo no limite da área de serviço, Sup. de Assuntos de Radiod.: Eduardo de Moraes diagramas de irradiação do sistema irradiante e carac- Barbosa terísticas elétricas. • localização do transmissor, sistema irradiante e 9. Por fim, a documentação exigida pela legislação estúdio específica e contida nos autos, mais especificamente Rua Governador Portella, 42, centro, cidade de no intervalo de folhas 01 a 239, dos autos, correspon- Natividade, Estado do Rio de Janeiro; de ao que se segue: • coordenadas geográficas • Estatuto Social devidamente registrado 21º02’32” de latitude e 41º58’24” de longitude, e em conformidade com os preceitos dispos- correspondentes aos dados dispostos no “Roteiro de tos no Código Civil Brasileiro e adequados às Análise de Instalação da Estação” – fls. 222/223, bem finalidades e requisitos da Lei nº 9.612/98; como “Formulário de Informações Técnicas” – fls. 191 • ata de constituição e atual ata de eleição que se referem à localização da estação. dos dirigentes, devidamente registradas e em 11. Por todo o exposto, opinamos pelo deferimento conformidade com os preceitos dispostos no do pedido formulado pela Associação de Arte Cultura Código Civil Brasileiro e adequados às finali- Comunitária de Natividade, no sentido de conceder-lhe dades e requisitos da Lei nº 9.612/98; autorização para a exploração do serviço de radiodifu- JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 479 23794 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 são comunitária, na localidade pretendida, dentro das Exposição de Motivos do Senhor Ministro de Estado condições circunscritas no Processo Administrativo nº das Comunicações, o ato constante da Portaria nº 53770002286/98, de 24 de setembro de 1998. 769, de 22 de dezembro de 2003, que outorga au- Brasília, 10 de Dezembro de 2003, – Luciana torização à Associação Beneficente e Comunitária Coelho, Chefe de Serviço/SSP, Relatora da Conclu- de Dumont para executar, pelo prazo de dez anos, são Jurídica, Regina Aparecida Monteiro, Chefe de sem direito de exclusividade, serviço de radiodifu- Serviço/SSR, Relatora da Conclusão Técnica. são comunitária na cidade de Dumont, Estado de De acordo. São Paulo. À consideração do Senhor Diretor do Departa- Brasília, 16 de maio de 2006. – Luiz Inácio Lula mento de Outorga de Serviços. da Silva. Brasilia, 11 de dezembro de 2003, – Jayme Mar- MC nº 68 EM ques Carvalho Neto, Coordenador-Geral de Outorga de Serviços, Áudio e Imagem. Brasília, 13 de abril de 2004 De acordo. À consideração do Senhor Secretário de Serviços Excelentíssimo Senhor Presidente da República, de Comunicação Eletrônica. 1. Encaminho a Vossa Excelência portaria de ou- Basília, 11 de dezembro de 2003, – Carlos Al- torga de autorização e respectiva documentação para berto Freire Resende, Diretor do Departamento de que a entidade Associação Beneficente e Comunitária Outorga de Serviços. de Dumont, na cidade de Dumont, Estado de São Pau- Aprovo o Relatório nº 435/2003/DOS/SSCE/MC. lo, explore o serviço de radiodifusão comunitária, em Encaminhe-se à Consultoria Jurídica para exame e conformidade com o caput do art. 223, da Constituição parecer. e a Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. Brasília, 11 de dezembro de 2003, – Eugenio 2. A referida entidade requereu ao Ministério das de Oliveira Fraga, Secretário de Serviço de Comuni- Comunicações sua inscrição para prestar o serviço, cação Eletrônica. cuja documentação inclui manifestação de apoio da comunidade, numa demonstração de receptividade da (À Comissão de Ciência, Tecnologia, Ino- filosofia de criação desse braço da radiodifusão, de ma- vação, Comunicação e Informática. – decisão neira a incentivar o desenvolvimento e a sedimentação Terminativa.) da cultura geral das localidades postulantes. PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 3. Como se depreende da importância da inicia- Nº 242, DE 2007 tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações (Nº 2.405/2006, na Câmara dos Deputados) permitem que as entidades trabalhem em conjunto com a comunidade, auxiliando não só no processo Aprova o ato que outorga autorização educacional, social e cultural mas, também, servem à Associação Beneficente e Comunitária de de elo à integração, por meio de informações bené- Dumont para executar serviço de radiodi- ficas a todos os segmentos e a todos esses núcleos fusão comunitária na cidade de Dumont, populacionais. Estado de São Paulo. 4. Sobre o caso em espécie, cumpre informar que O Congresso Nacional decreta: o Grupo de Trabalho, instituído por meio da Portaria nº Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Por- 83, de 24 de março de 2003, com a finalidade de pro- taria nº 769 de 22 de dezembro de 2003, que outorga ceder a criteriosa análise dos processos pendentes, autorização à Associação Beneficente e Comunitária de referentes à autorização de funcionamento e execução Dumont para executar, por 10 (dez) anos, sem direito das rádios comunitárias, manifestou-se favoravelmente de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária ao pleito, constatando a legalidade e a regularidade na cidade de Dumont, Estado de São Paulo. do Processo Administrativo nº 53830.000480/99, que Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na ora faço acompanhar, com a finalidade de subsidiar data de sua publicação. os trabalhos finais. 5. Em conformidade com os preceitos constitu- MENSAGEM Nº 374, DE 2006 cionais e legais, a outorga de autorização, objeto do Senhores Membros do Congresso Nacional, presente processo, passará a produzir efeitos legais Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado somente após deliberação do Congresso Nacional, a com o § 3º, do art. 223, da Constituição, submeto à teor do § 3º, do art. 223, da Constituição Federal. apreciação de Vossas Excelências, acompanhado de Respeitosamente, – Eunício Lopes de Oliveira. 480 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23795 PORTARIA Nº 769, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003 2. A entidade, que doravante passa a ser trata- O Ministro de Estado das Comunicações, no uso da como requerente, baseou o seu pleito nos termos de suas atribuições, considerando o disposto no inciso do Aviso de Habilitação publicado no Diário Oficial II do art. 9º e art. 19 do Decreto nº 2.615, de 3 de junho da União – DOU, de 9 de setembro de 1999, que contempla a localidade onde pretende instalar o seu de 1998, na Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, e transmissor, assim como o sistema irradiante e res- tendo em vista o que consta do Processo Administrati- pectivo estúdio. vo nº 53830.000480/99 e do PARECER/CONJUR/MC 3. Em atendimento à citada convocação e ainda, nº 1732/2003, resolve: considerando a distância de 4km entre as interessadas Art. 1º Outorgar autorização à Associação Be- nesta localidade, comunicamos que apenas a mencio- neficente e Comunitária de Dumont, com sede na av. nada entidade demonstrou seu interesse na prestação Treze de Maio nº 366, na cidade de Dumont, Estado do referido serviço, não havendo concorrentes. de São Paulo, para executar serviço de radiodifusão comunitária, pelo prazo de dez anos, sem direito de II – Relatório exclusividade. • Atos constitutivos da entidade/documentos aces- Parágrafo único. A autorização reger-se-á pela Lei sórios e aspectos técnicos nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, 4. O Departamento de Outorga de Serviços, em seus regulamentos e normas complementares. atendimento às Normas e critérios estabelecidos para Art. 2º A entidade autorizada deverá operar com a regular análise dos requerimentos, passou ao exa- o sistema irradiante localizado nas coordenadas ge- me do pleito formulado pela requerente, de acordo ográficas com latitude em 21º14’13”S e longitude em com petição de folha 1, bem como toda a documen- 47º58’35”W, utilizando a freqüência de 87,9MHz. tação apresentada e vem por meio deste, relatar toda Art. 3º Este ato somente produzirá efeitos legais a instrução do presente processo administrativo, em após deliberação do Congresso Nacional, nos termos conformidade com a legislação, especialmente a Lei do § 3º do art. 223 da Constituição, devendo a entidade nº 9.612, de 19-2-1998, o Regulamento do Servico de iniciar a execução do serviço, em caráter definitivo, no Radiodifusão Comunitária, aprovado pelo Decreto nº prazo de seis meses a contar da data de publicação 2.615, de 3-3-1998, a e Norma nº 2/98, de 6-8-1998. do ato de deliberação. 5. Preliminarmente, a requerente indicou em sua Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de petição que os equipamentos seriam instalados em área sua publicação. – Miro Teixeira. abrangida pelo círculo de raio igual a 1km, com centro RELATÓRIO Nº 387/2003 – DOSR/SSCE/MC localizado na Rua Benevuto Sartori, nº 11, na cidade de Dumont, Estado de São Paulo, de coordenadas Referência: Processo nº 53.830.000.480/99, protoco- geográficas em 21º14’13”S de latitude e 47º58’35”W lizado em 16 de março de 1999. de longitude. 6. A análise técnica desenvolvida, demonstra Objeto: Requerimento de autorização para a explora- que as coordenadas geográficas indicadas deveriam ção do Serviço de Radiodifusão Comunitária. ser mantidas, pelo que se depreende da memória do Interessado: Associação Beneficente e Comunitária documento de folhas 92, denominado de “Roteiro de de Dumont, localidade de Dumont, Estado de São Análise Técnica de RadCom”, que por sua vez trata Paulo. de outros dados, quais sejam: informações sobre ge- I – Introdução ração de coordenadas geográficas, instruções sobre coordenadas coincidentes com os levantamentos do 1. A Associação Beneficente e Comunitária de Du- IBGE, compatibilização de distanciamento do canal, mont, inscrita no CNPJ sob o número 02.963.881/0001- situação da estação em faixa de fronteira, endereço 71, no Estado de São Paulo, com sede na Avenida Treze proposto para instalação da antena, planta de arru- de Maio, nº 366, cidade de Dumont, dirigiu-se ao Se- amento, endereços da sede e do sistema irradiante, nhor Ministro de Estado das Comunicações, conforme outros dados e conclusão. Vale salientar que ao final, requerimento datado de 3 de março de 1999, subscrito a entidade apontou novas coordenadas e endereço, o por representante legal, no qual demonstrou interesse que foi objeto de análise e conclusão por este Depar- na exploração do Serviço de Radiodifusão Comunitária tamento, que constatou a possibilidade de aceitação nos termos do artigo 12, do Regulamento do Serviço dos novos dados. de Radiodifusão Comunitária, aprovado pelo Decreto 7. Das análises técnico-jurídicas realizadas e nº 2.615, de 3 de junho de 1998. considerando a documentação que foi encaminhada JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 481 23796 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 pela requerente, constataram-se pendências passí- • declarações relativas aos integrantes do veis do cumprimento das seguintes exigências: para a quadro administrativo da requerente, demons- apresentação da documentação elencada no subitem trando a sua regularidade, conforme indicado 6.7 incisos II e V da Norma nº 2/98, certidão cartorária no subítem 6.7, incisos III, IV, V e VIII da Norma comprovando o devido registro da Ata de Constituição; Complementar nº 2/98 e, ainda, demais decla- do Estatuto Social e da Ata de Eleição da Entidade, rações e documentos requeridos com o intuito comprovação de necessária alteração estatutária, de confirmar alguns dados informados; cópia do CNPJ retificado da requerente e declaração do endereço da sede, cujo cumprimento e aplicação III – Conclusão/Opinamento dos critérios estabelecidos na legislação específica 10. O Departamento de Outorga de Serviços, a resultou no saneamento dos autos e posterior seleção quem cabe a condução dos trabalhos de habilitação da Entidade, tendo sido solicitada a apresentação do de interessados na exploração do Serviço de Radio- projeto técnico (fls. 100 a 269). difusão Comunitária, conclui a instrução dos presen- 8. Ao cumprir as exigências, foi encaminhado o tes autos, após detido exame do rol de documentos, “Formulário de Informações Técnicas” – fls. 130, firmado pelo engenheiro responsável, seguindo-se o roteiro de os quais estão compatíveis com a legislação atinente, verificação de instalação da estação, constatando-se seguindo-se abaixo as informações básicas sobre a conformidade com a Norma nº 2/98, em especial as entidade: exigências inscritas em seu item 6.11, conforme ob- • nome serva-se nas folhas 236 e 237. Ressaltamos que nes- Associação Beneficente e Comunitária de Du- tes documentos constam as seguintes informações: mont; identificação da entidade; os endereços da sede ad- ministrativa e de localização do transmissor, sistema • quadro diretivo irradiante e estúdio; características técnicas dos equi- Presidente: Santo Catanante; pamentos (transmissor) e acessórios (antena e cabo Vice-Presidente: Rosana Solange Giória Nabuco; coaxial), com indicação da potência efetiva irradiada Secretária: Lourdes Aparecida Tovo Ortigoso; e intensidade de campo no limite da área de serviço, Tesoureira: Ilma de Fátima Estevão Catanante. diagramas de irradiação do sistema irradiante e carac- • localização do transmissor, sistema irradiante e terísticas elétricas. estúdio 9. Por fim, a documentação exigida pela legislação Rua Benevuto Sartori nº 11, Centro, cidade de específica e contida nos autos, mais especificamente Dumont, Estado de São Paulo; no intervalo de folhas 1 a 269, dos autos, corresponde ao que se segue: • coordenadas geográficas 21º14’13” de latitude e 47º58’35” de longitude, • Estatuto Social devidamente registrado e em conformidade com os preceitos dipostos correspondentes aos dados dispostos no “Roteiro de no Código Civil Brasileiro e adequados às fina- Análise de Instalação da Estação” – fls. 236 e 237, bem lidades e requisitos da Lei nº 9.612/98; como “Formulário de Informações Técnicas” – fls. 130 • ata de constituição e atual ata de eleição e que se referem à localização da estação. dos dirigentes, devidamente registradas e em 11. Por todo o exposto, opinamos pelo deferimen- conformidade com os preceitos dispostos no to do pedido formulado pela Associação Beneficente e Código Civil Brasileiro e adequados às finali- Comunitária de Dumont, no sentido de conceder-lhe a dades e requisitos da Lei nº 9.612/98; autorização para a exploração do serviço de radiodifu- • comprovantes relativos a maioridade e são comunitária, na localidade pretendida, dentro das nacionalidade dos dirigentes; condições circunscritas no Processo Administrativo nº • manifestações de apoio à iniciativa da 53.830.000.480/99, de 16 de março de 1999. requerente, formulados e encaminhados pela Brasília, 21 de novembro de 2003. – Lídia Sou- comunidade; za El-Calab Moreira, Relatora da Conclusão Jurídica • planta de arruamento e declaração de – Regina Aparecida Monteiro, Relatora da Conclu- acordo com o disposto no subitem 6.7 incisos são Técnica. XIX e X da Norma Complementar nº 2/98, bem como o Projeto Técnico conforme disposto no (À Comissão de Ciência, Tecnologia, Ino- subitem 6.11 e incisos da Norma Complemen- vação, Comunicação e Informática – Decisão tar nº 2/98; Terminativa.) 482 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23797 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 19 de março de 2004, que renovou a outorga a partir Nº 243, DE 2007 de 10 de maio de 1994. Assim, o prazo de vigência (Nº 2.419/2006, na Câmara dos Deputados) desta outorga possui como termo final o dia 1º de maio de 2004, haja vista ter começado a vigorar no dia lº de Aprova o ato que renova a concessão maio de 1994, nos termos do aludido Decreto Legisla- outorgada à Rádio Difusora do Paraná Ltda., tivo nº 161 de 2004, conforme a disposição do artigo para explorar serviço de radiodifusão so- 32, parágrafo único do Decreto nº 52.795/63. nora em onda média na cidade de Marechal 3. Pretende a Requerente a renovação de sua Cândido Rondon, Estado do Paraná. concessão por igual período, ou seja, 10 (dez) anos, O Congresso Nacional decreta: apartir de 1º de maio de 2004. Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere o De- 4. Observo que a renovação do prazo de vigên- creto s/nº de 24 de agosto de 2006, que renova por cia da outorga para explorar serviços de radiodifusão 10 (dez) anos, a partir de 1º de maio de 2004, a con- é regida pelas disposições contidas na Lei nº 5.785, cessão outorgada à Rádio Difusora do Paraná Ltda., de 23 de junho de 1972, e no Decreto nº 88.066, de para explorar, sem direito de exclusividade, serviço de 26 de janeiro de 1983, que a regulamentou. radiodifusão sonora em onda média na cidade de Ma- 5. Cumpre ressaltar que os órgãos técnicos e a rechal Cândido Rondon, Estado do Paraná. Consultoria Jurídica deste Ministério manifestaram-se Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na sobre o pedido, considerando-o de acordo com a legis- data de sua publicação. lação aplicável e demonstrando possuir a entidade as qualificações necessárias à renovação da concessão, o MENSAGEM Nº 787, DE 2006 que me levou a deferir o requerimento de renovação. Senhores Membros do Congresso Nacional, 6. Nessa conformidade, e em observância aos Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado com termos do § 3º, do art. 223 da Constituição Federal, o § 3º do art. 223, da Constituição, submeto à apre- esclareço que o ato de renovação somente produzirá ciação de Vossas Excelências, acompanhado de Ex- efeitos legais após deliberação do Congresso Nacio- posição de Motivos do Senhor Ministro de Estado das nal, para onde solicito seja encaminhado o referido ato, Comunicações, o ato constante do Decreto de 24 de acompanhado do Processo nº 53000.004386/2004-27, agosto de 2006, que “Renova a concessão outorgada que lhe deu origem. à Rádio Difusora do Paraná Ltda., para explorar servi- Respeitosamente, – Hélio Calixto da Costa. ço de radiodifusão sonora em onda média, sem direito DECRETO DE 24 DE AGOSTO DE 2006 de exclusividade, no Município de Marechal Cândido Rondon, Estado do Paraná”. Renova a concessão outorgada à Rá- Brasília, 13 de setembro de 2006. – Luiz Inácio dio Difusora do Paraná Ltda., para explorar Lula da Silva. serviço de radiodifusão sonora em onda MC nº 431 EM média, sem direito de exclusividade, no Município de Marechal Cândido Rondon, Brasília, 28 de dezembro de 2005 Estado do Paraná. Excelentíssimo Senhor Presidente da República, O Presidente da República, no uso das atribuições 1. Submeto à apreciação de Vossa Excelência que lhe conferem os arts. 84, inciso IV, e 223, caput, o incluso projeto de Decreto, para renovação da con- da Constituição e nos termos do art. 6º, inciso I, do cessão outorgada à Rádio Difusora do Paraná Ltda., Decreto nº 88.066, de 22 de janeiro de 1983, e tendo pela Portaria Contel nº 101, de 22 de abril de 1965, em vista o que consta do Processo Administrativo nº para explorar, sem direito de exclusividade, serviço de 53000.004386/2004-27, radiodifusão sonora em onda média, no Município de Decreta: Marechal Cândido Rondon, Estado do Paraná, pelo Art. 1º Fica renovada, de acordo com o art. 33, § prazo de 10 (dez) anos. 3º, da Lei nº 4.117, de 27 de agosto de 1962, por dez 2. A Requerente recebeu a última renovação da anos, a partir de 1º de maio de 2004, a concessão outorga originariamente concedida por 10 (dez) anos, para explorar, sem direito de exclusividade, serviço sem direito de exclusividade, para o município de Ma- de radiodifusão sonora em onda média, no Município rechal Cândido Rondon, Estado do Paraná, mediante de Marechal Cândido Rondon, Estado do Paraná, ou- o Decreto de 4 de novembro de 1997, publicado no torgada à Rádio Difusora do Paraná Ltda., originaria- DOU, de 5 de novembro de 1997, aprovado pelo De- mente pela Portaria Contel nº 101, de 22 de abril de creto Legislativo nº 161 de 2004, publicado no DOU, de 1965, e renovada pelo Decreto de 4 de novembro de JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 483 23798 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 1997, publicado no Diário Oficial da União de 5 de Art. 2º Este ato somente produzirá efeitos legais novembro de 1997, aprovado pelo Decreto Legislativo após deliberação do Congresso Nacional, nos termos nº 161, de 18 de março de 2004, publicado no Diário do § 3º do art. 223 da Constituição. Oficial da União de 19 de março de 2004. Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de Parágrafo único. A concessão ora renovada reger- se-á pelo Código Brasileiro de Telecomunicações, leis sua publicação. Brasília, 24 de agosto de 2006; 185º subseqüentes, regulamentos e obrigações assumidas da Independência e 118º da República. – Luiz Inácio pela outorgada. Lula da Silva. 484 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23799 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 485 23800 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 486 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23801 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 487 23802 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 488 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23803 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 489 23804 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 490 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23805 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 3. Pretende a Requerente a renovação de sua Nº 244, DE 2007 concessão por igual período, ou seja, 10 (dez) anos, (Nº 2.429/2006, na Câmara dos Deputados) a partir de 1º de maio de 2004. 4. Observo que a renovação do prazo de vigên- Aprova o ato que renova a concessão cia da outorga para explorar serviços de radiodifusão outorgada à Rádio Difusora Caxiense Ltda. é regida pelas disposições contidas na Lei nº 5.785, para explorar serviço de radiodifusão sono- de 23 de junho de 1972, e no Decreto nº 88.066, de ra em onda média na cidade de Caxias do 26 de janeiro de 1983, que a regulamentou. Sul, Estado do Rio Grande do Sul. 5. Cumpre ressaltar que os órgãos técnicos e a O Congresso Nacional decreta: Consultoria Jurídica deste Ministério manifestaram- Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere o se sobre o pedido, considerando-o de acordo com a Decreto s/nº de 11 de setembro de 2006, que renova legislação aplicável e demonstrando possuir a enti- por 10 (dez) anos, a partir de 1º de maio de 2004, a dade as qualificações necessárias à renovação da concessão outorgada à Rádio Difusora Caxiense Ltda. concessão, o que me levou a deferir o requerimento para explorar, sem direito de exclusividade, serviço de de renovação. radiodifusão sonora em onda média na cidade de Ca- 6. Nessa conformidade, e em observância aos xias do Sul, Estado do Rio Grande do Sul. termos do § 3º do art. 223 da Constituição Federal, Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na esclareço que o ato de renovação somente produzirá data de sua publicação. efeitos legais após deliberação do Congresso Nacio- nal, para onde solicito seja encaminhado o referido ato, MENSAGEM Nº 824, DE 2006 acompanhado do Processo nº 53528.001640/2003, Senhores Membros do Congresso Nacional, que lhe deu origem. Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado com Respeitosamente, – Helio Calixto da Costa. o § 3º do art. 223, da Constituição, submeto à apre- ciação de Vossas Excelências, acompanhado de Ex- DECRETO DE 11 DE SETEMBRO DE 2006 posição de Motivos do Senhor Ministro de Estado das Renova a concessão outorgada à Rá- Comunicações, o ato constante do Decreto de 11 de dio Difusora Caxiense Ltda. para explorar setembro de 2006, que “Renova a concessão outor- serviço de radiodifusão sonora, em onda gada à Rádio Difusora Caxiense Ltda., para explorar média, sem direito de exclusividade, no serviço de radiodifusão sonora, em onda média, sem Município de Caxias do Sul, Estado do Rio direito de exclusividade, no Município de Caxias do Grande do Sul. Sul, Estado do Rio Grande do Sul”. O Presidente da República, no uso das atribuições Brasília, 21 dezembro de 2006. – Luiz Inácio que lhe conferem os arts. 84, inciso IV, e 223, caput, Lula da Silva. da Constituição, e nos termos do art. 6º, inciso I, do MC nº 344 EM Decreto nº 88.066, de 22 de janeiro de 1983, e tendo Brasília, 20 de junho de 2006 em vista o que consta do Processo Administrativo nº 53528.001640/2003, Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Decreta: 1. Submeto à apreciação de Vossa Excelência Art. 1º Fica renovada, de acordo com o art. o incluso projeto de Decreto, para renovação da con- 33, § 3º, da Lei nº 4.117, de 27 de agosto de 1962, cessão outorgada à Rádio Difusora Caxiense Ltda. por dez anos, a partir de 1º de maio de 2004, a para explorar, sem direito de exclusividade, serviço concessão outorgada à Rádio Difusora Caxiense de radiodifusão sonora, em onda média, no Município Ltda. pela Portaria MVOP nº 818, de 29 de outu- de Caxias do Sul, Estado do Rio Grande do Sul, pelo bro de 1957, renovada pelo Decreto de 20 de de- prazo de 10 (dez) anos. zembro de 1996, publicado no Diário Oficial da 2. A Requerente recebeu a outorga, originaria- União de 23 de dezembro de 1996, aprovado pelo mente, pela Portaria MVOP nº 818, de 29 de outubro Decreto Legislativo nº 118, de 5 de novembro de de 1957, renovada pelo Decreto s/nº de 20 de dezem- 1999, publicado no Diário Oficial da União de 8 bro de 1996, publicado no DOU do dia 23 de dezem- de novembro de 1999, para explorar, sem direito bro de 1996, aprovado pelo Decreto Legislativo nº de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora 118, de 1999, publicado no DOU em 8 de novembro em onda média, no Município de Caxias do Sul, de 1999. Estado do Rio Grande do Sul. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 491 23806 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 Parágrafo único. A concessão ora renovada reger- da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicações se-á pelo Código Brasileiro de Telecomunicações, leis e Informática da Câmara dos Deputados; na nº Lei subseqüentes, regulamentos e obrigações assumidas 8.212/1991, e na Lei nº 8.036/1990. pela outorgada. 7. Cumpre explicitar que a requerente tem seus Art. 2º Este ato somente produzirá efeitos legais quadros societário e diretivo autorizados pela Porta- após deliberação do Congresso Nacional, nos termos ria nº 1.877, de 26 de novembro de 2002, contando a do § 3º do art. 223 da Constituição. entidade com a seguinte composição: Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 11 de setembro de 2006, 185º da In- denpendência e 118º da República. – Luiz Inacio Lula da Silva. PARECER/MC/CONJUR/DMM/ Nº 1.001 – 1.13 / 2006 PROCESSO Nº 53528.001640/2003 Ementa: Concessão para explorar o serviço de radio- PESSOA EXERCENTE CARGO diffisão sonora, em ondas médias. A requerente apre- Raul Bento Alves Diretor Superintendente sentou toda a documentação exigida. O deferimento Helena Joanna Bento Alves Diretora Comercial do pedido de renovação reveste-se de legalidade. 8. Ressalte-se, ainda, que a emissora encontra-se I – Do Relatório operando regularmente, dentro das características téc- 1. Veio a exame desta Consultoria requerimento nicas que lhe foram atribuídas (fl. 2 a 15/16 e 106). formulado pela Rádio Difusora Caxiense Ltda., conces- 9. A situação da concessionária perante o Fun- sionária do serviço de radiodifusão sonora, em ondas do de Fiscalização de Telecomunicações – FISTEL, é médias, no Município de Caxias do Sul, Estado de Rio regular, não existindo débitos pendentes com a Ana- Grande do Sul, solicitando a renovação da concessão tel (fl. 80). que lhe foi outorgada pela Portaria MVOP nº 818, de 10. Também é regular a situação da concedente 29 de outubro de 1957. em face das Fazendas Públicas Federal emitida pela 2. A mais recente renovação da concessão foi, Receita Federal (fl. 41) e Procuradoria Geral da Fazen- então, deferida à entidade pelo Decreto s/nº de 20 da Nacional (fl. 42), Estadual (fl. 40), Municipal (fl. 39), de dezembro de 1996, publicado no DOU do dia 23 INSS (fl. 37) e da CEF, gestora do FGTS (fl. 38). de dezembro do mesmo ano, aprovado pelo Decreto 11. Ademais, restaram apresentados os demais Legislativo nº 118 de 1999, publicado no DOU do dia documentos e certidões exigidos legalmente para fins 8 de novembro de 1999, renovando a outorga por 10 de renovação de outorga. (dez) anos, a partir de 1º de maio de 1994. III – Da Conclusão 3. A Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica, por meio da Informação nº 096/2006/COS- 12. Diante do exposto, cumpridas as praxes pro- MS/CGLO/DEOC/SC (fls. 109 a 111), manifestou-se cessuais no que se refere à análise técnico-juridica favoravelmente ao deferimento do pedido, concluindo da matéria, propõe-se o encaminhamento dos autos, pela regularidade da situação técnica e da vida socie- acompanhados de minutas dos atos próprios – Decreto tária da requerente. e Exposição de Motivos – à consideração do Senhor Ministro de Estado das Comunicações. II – Da Análise 13. Posteriormente, deverá a matéria ser aprecia- 4. Inicialmente, observa-se que a requerente, ao da pelo Congresso Nacional, consoante o disposto do solicitar o pedido de renovação no dia 18 de novembro § 3º do art. 223 da Constituição Federal, para que o ato de 2003 (fl. 1), o fez tempestivamente. de renovação possa surtir seus efeitos legais. 5. O Decreto nº 88.066/83, que deu nova regula- 14. Em se tratando de concessão, nos termos do mentação à Lei nº 5.785/72, trata dos requisitos e exi- art. 6º da Lei nº 5.785/72, compete ao Presidente da gências para obtenção da renovação das concessões República decidir o pedido. e permissões do serviço de radiodifusão. 15. É o parecer, o qual submeto à apreciação 6. Nesse contexto, a análise dos autos mostra que superior. a requerente juntou a documentação estabelecida no Brasília, 26 de abril de 2006. – Daniel Mandelli Decreto nº 88.066/83; no Ato Normativo nº 1, de 1999, Martins Filho, Advogado da União. 492 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23807 De acordo. À consideração superior. MC nº 50 EM Em 2 de maio de 2006. – Eduardo Magalhães Brasília, 19 de janeiro de 2006 Teixeira, Coordenador Jurídico de Serviços de Ra- diodifusão. Excelentíssimo Senhor Presidente da República, De acordo. À consideração do Sr. Consultor Ju- Submeto à apreciação de Vossa Excelência a in- rídico. clusa Portaria, pela qual foi renovada a permissão ou- Em 2 de maio de 2006. – Maria da Glória Tuxi torgada à Rádio Floresta Ltda., conferida, inicialmente, F. dos Santos, Coordenadora-Geral de Assuntos Ju- pela Portaria nº 161, de 16 de agosto de 1982, publicada rídicos de Comunicação Eletrônica. no DOU do dia 18 subseqüente. E, posteriormente, re- Aprovo. Encaminhe-se o presente processo acom- novada, a partir de 18 de agosto de 1992, pela Portaria panhado do respectivo ato ao gabinete do Exmo. Sr. nº 658, de 5 de setembro de 1994, publicada no Diário Ministro de Estado das Comunicações para as provi- Oficial da União de 12 de setembro de 1994, median- dências de sua alçada. te aprovação pelo Decreto Legislativo nº 72, de 5 de Em 2 de maio de 2006. – Marcelo Bechara de maio de 2000, publicado no Diário Oficial da União S. Hobaika, Consultor Jurídico. de 8 de maio de 2000, para explorar, pelo período de (À Comissão de Ciência, Tecnologia, Ino- 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço vação, Comunicação e Informática, em deci- de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no são terminativa.) Município de Tucuruí, Estado do Pará. Observo que a renovação do prazo de vigência PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO da outorga para explorar serviços de radiodifusão é Nº 245, DE 2007 regida pelas disposições contidas na Lei nº 5.785, de (Nº 2.430/2006 , na Câmara dos Deputados) 23 de junho de 1972, e no Decreto nº 88.066, de 26 de janeiro de 1983, que a regulamentou. Aprova o ato que renova a permissão Cumpre ressaltar que o pedido foi analisado pelos outorgada à Rádio Floresta Ltda. para ex- órgãos técnicos desta Pasta e considerado de acordo plorar serviço de radiodifusão sonora em com os dispositivos legais aplicáveis, demonstrando freqüência modulada na cidade de Tucuruí, possuir a entidade as qualificações necessárias à Estado do Pará. renovação da permissão, o que levou a Consultoria O Congresso Nacional decreta: Jurídica deste Ministério a concluir pela regularidade Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Por- do pedido. taria nº 658 de 26 de dezembro de 2005, que renova Nessa conformidade, e em observância aos ter- por 10 (dez) anos, a partir de 18 de agosto de 2002, mos do §3º do art. 223 da Constituição Federal, escla- a permissão outorgada à Rádio Floresta Ltda. para reço que o ato de renovação somente produzirá efei- explorar, sem direito de exclusividade, serviço de ra- tos legais após deliberação do Congresso Nacional, diodifusão sonora em freqüência modulada na cidade para onde solicito seja encaminhado o referido ato, de Tucuruí, Estado do Pará. acompanhado do Processo nº 53720.000395/2002, Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na que lhe deu origem. data de sua publicação. Respeitosamente, – Helio Calixto da Costa. MENSAGEM Nº 839, DE 2006 PORTARIA Nº 658, DE 26 E DEZEMBRO DE 2005 Senhores Membros do Congresso Nacional, O Ministro de Estado das Comunicações, no Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado com o uso de suas atribuições, conforme o disposto no art. § 3º, do art. 223, da Constituição, submeto à apreciação 6º, inciso II, do Decreto nº 88.066, de 26 de janeiro de de Vossas Excelências, acompanhado da Exposição de 1983, e tendo em vista o que consta do Processo nº Motivos do Senhor Ministro de Estado das Comunica- 53720.000395/2002 e do PARECER/MC/CONJUR/ ções, o ato constante da Portaria nº 658, de 26 de de- ACV/Nº 1285 – 1.13/2005, resolve: zembro de 2005, que renova, por dez anos, a partir de Art. 1º Renovar, de acordo com o art. 33, § 3º, 18 de agosto de 2002, a permissão outorgada à Rádio da Lei nº 4.117, de 27 de agosto de 1962, por 10 Floresta Ltda. para explorar, sem direito de exclusividade, (dez) anos, a partir de 18 de agosto de 2002, a per- serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada missão outorgada à Rádio Floresta Ltda., conferida, no município de Tucuruí, Estado do Pará. inicialmente, pela Portaria nº 161, de 16 de agosto de Brasília, 27 de setembro de 2006. – Luiz Inácio 1982, publicada no DOU do dia 18 subseqüente. E, Lula da Silva. posteriormente, renovada, a partir de 18 de agosto JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 493 23808 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 de 1992, pela Portaria nº 658, de 5 de setembro de entre os seis e os três meses anteriores ao término 1994, publicada no Diário Oficial da Uniãode 12 de das respectivas concessões ou permissões. setembro de 1994, mediante aprovação pelo Decreto 5. Inicialmente, observa-se que a Requerente, ao Legislativo nº 72, de 5 de maio de 2000, publicado protocolar o pedido de renovação, no dia 15 de maio no Diário Oficial da União de 8 de maio de 2000, de 2002 (fls. 01), o fez tempestivamente, e que a re- para explorar, sem direito de exclusividade, serviço novação valerá a partir de 18 de agosto de 2002, pelo de radiodifusão sonora em freqüência modulada, no mesmo período de 10 (dez) anos. município de Tucuruí, Estado do Pará. 6. O Decreto nº 88.066/83, que deu nova regula- Art. 2º A exploração do serviço de radiodifusão, mentação à Lei nº 5.785/72, trata dos requisitos e exi- cuja outorga é renovada por esta Portaria, reger-se- gências para obtenção da renovação das concessões á pelo Código Brasileiro de Telecomunicações, leis e permissões do serviço de radiodifusão. subseqüentes e seus regulamentos. 7. Analisando-se os autos, observa-se que a Art. 3º Este ato somente produzirá efeito legais após deliberação do Congresso Nacional, nos termos Requerente juntou a documentação estabelecida no do §3º do art. 223 da Constituição Federal. Decreto nº 88.066/83; no Ato Normativo nº 1, de 1999, Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicações sua publicação. – Hélio Costa, Ministro de Estado das e Informática da Câmara dos Deputados; na Lei nº Comunicações. 8.212/1991 e na Lei nº 8.036/1990. 8. Ademais, a Entidade encontra-se operando PARECER/MC/CONJUR/ACV/ Nº 1285 – 1.13 / 2005 regularmente, não havendo débitos para com o Fis- PROCESSO Nº 53720.000395/2002 tel, conforme depreende-se do documento que refere- se ao Extrato de Lançamentos, em anexo aos autos, Ementa: Permissão para explorar serviço de radio- concluindo-se terem sido cumpridas as penalidades difusão sonora, em freqüência modulada. Pedido de impostas, não havendo óbice ao deferimento da re- renovação formulado tempestivamente. A requerente novação da outorga pretendida. apresentou toda a documentação exigida. O deferimen- 9. Cabe mencionar, ademais, que a Requeren- to do pedido de renovação reveste-se de legalidade. te tem seu quadro societário e diretivo aprovado pelo 1 – Do Relatório Poder Concedente, através da Portaria nº 55, de 12 de maio de 1998 (fl. 57), mediante a seguinte com- 1. Veio a exame desta Consultoria Jurídica, re- querimento formulado pela Rádio Floresta Ltda., per- posição: missionária do serviço de radiodifusão sonora em fre- qüência modulada no município de Tucuruí, Estado do Pará, solicitando a renovação da permissão que lhe foi outorgada, pelo prazo de 10 (dez) anos, a par- tir de 18 de agosto de 1992, pela Podaria nº 658, de 5 de setembro de 1994, publicada no Diário Oficial da União de 12 de setembro de 1994 e, posteriormente, 10. Em se tratando de permissão, nos termos aprovada pelo Decreto Legislativo nº 72, de 5 de maio do art. 5º da Lei nº 5.785/72, compete ao Ministro de de 2000, publicado no Diário Oficial da União de 8 Estado decidir o pedido. de maio de 2000. 2. A Requerente, teve a permissão conferida, III – Da Conclusão inicialmente, pela Portaria nº 161, de 16 de agosto de 11. Diante do exposto, cumpridas as praxes pro- 1982, publicada no DOU do dia 18 subseqüente. cessuais no que se refere à análise técnico-jurídica 3. A Secretaria de Serviços de Comunicação da matéria, propõe-se o encaminhamento dos autos, Eletrônica, por meio do Parecer nº 152/2005/CONEN/ acompanhados de minutas dos atos próprios – Portaria CGLO/DEOC/SC/MC, manifestou-se favoravelmente e Exposição de Motivos – à consideração do Senhor ao deferimento do pedido. Ministro de Estado das Comunicações. II – Da Análise 12. Posteriormente, a matéria deverá ser aprecia- 4. Consoante determina o art. 4º da Lei nº 5.785/72 da pelo Congresso Nacional, consoante o disposto no e o art. 3º do Decreto nº 88.066/83, o pedido de reno- § 3º do art. 223 da Constituição Federal, para que o ato vação deve ser apresentado no período compreendido de renovação possa surtir seus efeitos legais. 494 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23809 13. É o Parecer, o qual submeto à apreciação MC nº 87 EM da Srª Coordenadora-Geral de Assuntos Jurídicos de Brasília, 11 de março de 2005 Comunicação Eletrônica. Brasília, de de 2005. – Ana Carolina de Vascon- Excelentíssimo Senhor Presidente da República, cellos Garcia, Assistente. 1. Encaminho a Vossa Excelência Portaria de ou- De acordo. À consideração do Sr. Consultor Ju- torga de autorização e respectiva documentação para rídico. que a entidade Associação dos Amigos do Bairro da Em 2005. – Maria da Glória Tuxi F. dos Santos, Matriz de Jaguaribara, no Município de Jaguaribara, Coordenadora-Geral de Assuntos Jurídicos de Comu- Estado do Ceará, explore o serviço de radiodifusão nicação Eletrônica. comunitária, em conformidade com o caput do art. Aprovo. Encaminhe-se o presente processo acom- 223 da Constituição e a Lei nº 9.612, de 19 de feve- mo panhado do respectivo ato ao gabinete do Ex Sr. reiro de 1998. Ministro de Estado das Comucações, para as provi- 2. A referida entidade requereu ao Ministério das dências de sua alçada. Comunicações sua inscrição para prestar o serviço, Em 22-12-05. – Marcelo Bechara de S. Hobai- cuja documentação inclui manifestação de apoio da ka, Consultor Jurídico. comunidade, numa demonstração de receptividade da (À Comissão de Ciência, Tecnologia, Ino- filosofia de criação desse braço da radiodifusão, de ma- vação, Comunicação e Informática – Decisão neira a incentivar o desenvolvimento e a sedimentação Terminativa.) da cultura geral das localidades postulantes. 3. Como se depreende da importância da inicia- PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações Nº 246, DE 2007 permitem que as entidades trabalhem em conjunto (Nº 2.451/2006, na Câmara dos Deputados) com a comunidade, auxiliando não só no processo Aprova o ato que outorga autorização educacional, social e cultural mas, também, servem à Associação dos Amigos do Bairro da Ma- de elo à integração, por meio de informações bené- triz de Jaguaribara para executar serviço ficas a todos os segmentos e a todos esses núcleos de radiodifusão comunitária na cidade de populacionais. Jaguaribara, Estado do Ceará. 4. Sobre o caso em espécie, cumpre informar que o Grupo de Trabalho, instituído por meio da Portaria O Congresso Nacional decreta: nº 83, de 24 de março de 2003, com a finalidade de Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Por- taria nº 113, de 16 de fevereiro de 2005, que outorga au- proceder criteriosa análise dos processos pendentes, torização à Associação dos Amigos do Bairro da Matriz referentes à autorização de funcionamento e execução de Jaguaribara para executar, por 10 (dez) anos, sem das Rádios Comunitárias, manifestou-se favoravelmen- direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comu- te ao pleito, constatando a legalidade e a regularidade nitária na cidade de Jaguaribara, Estado do Ceará. do Processo Administrativo nº 53650.001729/99, que Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na ora faço acompanhar, com a finalidade de subsidiar ata de sua publicação. os trabalhos finais. 5. Em conformidade com os preceitos constitu- MENSAGEM Nº 532, DE 2006 cionais e legais, a outorga de autorização, objeto do Senhores Membros do Congresso Nacional, presente processo, passará a produzir efeitos legais Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado com o somente após deliberação do Congresso Nacional, a § 3º do art. 223 da Constituição, submeto à apreciação teor do § 3º do art. 223 da Constituição Federal. de Vossas Excelências, acompanhado de Exposição Respeitosamente, – Eunício Lopes de Oliveira. de Motivos do Senhor Ministro de Estado das Comu- PORTARIA Nº 113, DE 16 DE FEVEREIRO DE 2005 nicações, o ato constante da Portaria nº 113, de 16 de fevereiro de 2005, que outorga autorização à Asso- O Ministro de Estado das Comunicações, no uso ciação dos Amigos do Bairro da Matriz de Jaguaribara de suas atribuições, considerando o disposto no inci- para executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de so II do art. 9º e art. 19 do Decreto nº 2.615, de 3 de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no junho de 1998, na Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de Município de Jaguaribara, Estado do Ceará. 1998, e tendo em vista o que consta do Processo Ad- Brasília, 6 de julho de 2006. – Luiz Inácio Lula ministrativo nº 53650.001729/99 e do PARECER/MC/ da Silva CONJUR/GAT/Nº 1796 – 1.08/2004, resolve: JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 495 23810 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 Art. 1º Outorgar autorização à Associação dos nesta localidade, comunicamos que o requerimento Amigos do Bairro da Matriz de Jaguaribara, com sede de outra entidade foi objeto de exame por parte do na Rua VCL 7, Quadra 68, nº L-06 – Centro, no Muni- Departamento de Outorga de Serviços, vez que apre- cípio de Jaguaribara, Estado do Ceará para executar sentou suas solicitações para a mesma área de inte- serviço de radiodifusão comunitária, pelo prazo de dez resse, tendo sido seu processo devidamente analisado anos, sem direito de exclusividade. e arquivado. O motivo do arquivamento, bem como a Parágrafo único. A autorização reger-se-á pela Lei indicação da relação constando o respectivo nome e nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, processo, se encontra abaixo explicitada: seus regulamentos e normas complementares. a) Fundação Porcino Maia – Processo nº Art. 2º A entidade autorizada deverá operar com 53650.000765/01, arquivado pelos seguintes o sistema irradiante localizado nas coordenadas ge- fatos e fundamentos: A Fundação Porcino Maia ográficas com latitude em 5º27’27”S e longitude em não atendeu a todas as exigências elencadas 38º27’55”W, utilizando a freqüência de 104,9 MHz. no Oficio de Reconsideração em tempo hábil, Art. 3º Este ato somente produzirá efeitos legais tais como: informações das coordenadas geo- após deliberação do Congresso Nacional, nos termos gráficas reais para o local proposto à instalação do § 3º do art. 223 da Constituição, devendo a entidade do sistema irradiante, sendo que as coordena- iniciar a execução do serviço, em caráter definitivo, no das informadas estão à 28,251km de distân- prazo de seis meses a contar da data de publicação cia das do cadastro do IBGE; nova planta de do ato de deliberação. arruamento com indicação das coordenadas Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de corretas; comprovante por meio de Certidão sua publicação. – Eunício Oliveira. Cartorária do registro da Ata de eleição de 19- RELATÓRIO Nº 0202 /2004/RADCOM/DOS/SSCE/MC 4-2002, eis que a trazida aos autos não supriu tal exigência, conforme comunicado à entidade Referêcia: Processo nº 53650001729/99, protocoliza- por meio do Oficio nº 12.185/03, datado de 22- do em 29/12/99. 12-2003, cuja cópia do oficio e respectivo AR Objeto: Requerimento de autorização para a explora- Postal se encontram anexos. Saliente-se que, ção do Serviço de Radiodifusão Comunitária. frente à ciência do arquivamento dos autos, a entidade não apresentou solicitação para re- Interessado: Associação dos Amigos do Bairro da consideração desta decisão. Matriz de Jaguaribara, município de Jaguaribara, Es- tado do Ceará. II – Relatório

I – Introdução • atos constitutivos da entidade/documentos aces- 1. A Associação dos Amigos do Bairro da Ma- sórios e aspectos técnicos triz de Jaguaribara, inscrita no CNPJ sob o número 4. O Departamento de Outorga de Serviços, em 03.264.970/0001-92, no município de Jaguaribara, Es- atendimento às normas e critérios estabelecidos para tado do Ceará, com sede à rua VCL 07, Quadra 68, nº a regular análise dos requerimentos, passou ao exa- L-06, Centro, no município de Jaguaribara, dirigiu-se ao me do pleito formulado pela requerente, de acordo Senhor Ministro de Estado das Comunicações, confor- com petição de folha 01, bem como toda a documen- me requerimento datado de 11-12-2001, subscrito por tação apresentada e vem, por meio deste, relatar toda representante legal, no qual demonstrou interesse na a instrução do presente processo administrativo, em exploração do Serviço de Radiodifusão Comunitária conformidade com a legislação, especialmente a Lei nos termos do art. 12, do Regulamento do Serviço de nº 9.612, de 19-2-1998, o Regulamento do Serviço de Radiodifusão Comunitária, aprovado pelo Decreto nº Radiodifusão Comunitária aprovado pelo Decreto nº 2.615, de 3 de junho de 1998. 2.615, de 3-3-1998 e Norma Complementar nº 2/98, 2. A entidade, que doravante passa a ser tratada de 6-8-1998. como requerente, baseou o seu pleito nos termos do 5. Preliminarmente, a requerente indicou em sua Aviso de Habilitação publicado no Diário Oficial da petição que os equipamentos seriam instalados em União – DOU, de 12-11-2001 que contempla a locali- área abrangida pelo círculo de raio igual a 1km, com dade onde pretende instalar o seu transmissor, assim centro localizado na av. VL2-4, Qd. 53, Lote 91, Cen- como o sistema irradiante e respectivo estúdio. tro, no município de Jaguaribara, Estado do Ceará, de 3. Em atendimento à citada convocação e, ainda, coordenadas geográficas em 05º27’39”S de latitude e considerando a distância de 4km entre as interessadas 38º27’36”W de longitude. 496 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23811 6. A análise técnica inicial desenvolvida demonstra conformidade com os preceitos dispostos no que as coordenadas geográficas indicadas deveriam Código Civil Brasileiro e adequados às finali- ser alteradas, pelo que se depreende da memória do dades e requisitos da Lei nº 9.612/98; documento de fls. 110, denominado de “Roteiro de • comprovantes relativos a maioridade e Análise Técnica de RadCom”, que, por sua vez, trata nacionalidade dos dirigentes; de outros dados, quais sejam: informações sobre ge- • manifestações de apoio à iniciativa da ração de coordenadas geográficas, instruções sobre requerente, formulados e encaminhados pela coordenadas coincidentes com os levantamentos do comunidade; IBGE, compatibilização de distanciamento do canal, • planta de armamento e declaração de situação da estação em faixa de fronteira, endereço acordo com o disposto no subitem 6.7 incisos proposto para instalação da antena; planta de arru- XIX e X da Norma Complementar 02/98, bem amento, endereços da sede e do sistema irradiante, como o Projeto Técnico conforme disposto outros dados e conclusão. Vale salientar que, ao final, no subitem 6.11 e incisos da Norma Comple- a entidade apontou novas coordenadas e endereço, o mentar 02/98; que foi objeto de análise e conclusão por este Depar- • declarações relativas aos integrantes do tamentó, que constatou a possibilidade de aceitação quadro administrativo da requerente, demons- dos novos dados. trando a sua regularidade, conforme indicado 7. Das análises técnico-jurídicas realizadas e con- no subitem 6.7, incísos III, IV, V e VIII da Norma siderando a documentação que foi encaminhada pela Complementar 02/98 e ainda, demais declara- requerente, constataram-se pendências passíveis do ções e documentos requeridos com intuito de cumprimento das seguintes exigências: apresentação confirmar alguns dados informados; da documentação elencada no subitem 6.7 incisos I, II, III, IV, V, VIII e IX da Norma nº 2/98, comprovação III – Conclusão/Opinamento de necessária alteração estatutária e declaração do 10. O Departamento de Outorga de Serviços, a endereço da sede. Diante da regularidade técnico-ju- quem cabe a condução dos trabalhos de habilitação rídica a Entidade foi selecionada, tendo sido solicitada de interessados na exploração do Serviço de Radio- a apresentação do projeto técnico (fls. 113 a 179). difusão Comunitária, conclui a instrução dos presen- 8. Ao cumprir as exigências, foi encaminhado tes autos, após detido exame do rol de documentos, o “Formulário de Informações Técnicas” – fls. 168 e os quais estão compatíveis com a legislação atinente, 169, firmado pelo engenheiro responsável, seguindo- seguindo-se abaixo as informações básicas sobre a se o roteiro de verificação de instalação da estação, entidade: constatando-se conformidade com a Norma nº 2/98, em especial as exigências inscritas em seu item 6.11, • nome conforme observa-se nas folhas 183 e 184. Ressalta- Associação dos Amigos do Bairro da Matriz de mos que nestes documentos constam as seguintes Jaguaribara; informações: identificação da entidade; os endereços • quadro diretivo da sede administrativa e de localização do transmissor, Presidente: Francisco Angelo de Jesus sistema irradiante e estúdio; características técnicas Vice-presidente: José Alves dos equipamentos (transmissor) e acessórios (antena 1º Secretário: Maria do Socorro Lopes da Silva e cabo coaxial), com indicação da potência efetiva ir- 2º Secretário: Liduina Fernandes de Negreiro radiada e intensidade de campo no limite da área de 1º Tesoureiro: Gerrimar Barbosa Moura serviço, diagramas de irradiação do sistema irradiante 2º Tesoureiro: José Carlos Ferreira e características elétricas. 9. Por fim, a documentação exigida pela legislação • localização do transmissor, sistema irradiante e específica e contida nos autos, mais especificamente estúdio no intervalo de folhas 01 a 185, dos autos, correspon- Avenida Francisco Melaninas Bezerra – 430, Mu- de ao que se segue: nicípio de Jaguaribara, Estado do Ceará; • Estatuto Social devidamente registrado • coordenadas geográficas e em conformidade com os preceitos dispos- 05º27”27” de latitude e 38º27”55” de longitude, tos no Código Civil Brasileiro e adequados às correspondentes aos dados dispostos no “Roteiro de finalidades e requisitos da Lei nº 9.612/98; Análise de Instalação da Estação” – fls. 183 e 184, bem • ata de constituição e atual ata de eleição como “Formulário de Informações Técnicas” – fls. 168 dos dirigentes, devidamente registradas e em e 169 e que se referem à localização da estação. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 497 23812 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 11. Por todo o exposto, opinamos pelo deferimento MC nº 131 EM do pedido formulado pela Associação dos Amigos do Brasília, 5 de abril de 2005 Bairro da Matriz de Jaguaribara, no sentido de conceder- lhe a autorização para a exploração do serviço de radio- Excelentíssimo Senhor Presidente da República, difusão, comunitária, na localidade pretendida, dentro 1. Encaminho a Vossa Excelência Portaria de das condições circunscritas no Processo Administrativo Outorga de Autorização e respectiva documentação nº 53650001729/99, de 29 de dezembro de 1999. para que a entidade Associação Cultural de Radiodifu- Brasília, de de 2004. são Comunitária de Santo Angelo – Radiocom FM, no Município de Santo Ângelo, Estado do Rio Grande do Sul, explore o serviço de radiodifusão comunitária, em conformidade com o caput do art. 223 da Constituição e a Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. 2. A entidade requereu ao Ministério das Co- (À Comissão de Ciência, Tecnologia, Ino- municações sua inscrição para prestar o serviço de vação, Comunicação e Informática – Decisão radiodifusão comunitária, cuja documentação inclui Terminativa.) manifestação de apoio da comunidade, numa demons- tração de receptividade da filosofia de criação desse PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO braço da radiodifusão, de maneira a incentivar o de- Nº 247, DE 2007 senvolvimento e a sedimentação da cultura geral das (Nº 2.466/2006, na Câmara dos Deputados) localidades postulantes. 3. Como se depreende da importância da inicia- Aprova o ato que outorga autoriza- tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações ção à Associação Cultural de Radiodifusão permitem que as entidades trabalhem em conjunto Comunitária de Santo Angelo – Radiocom com a comunidade, auxiliando não só no processo FM, para executar serviço de radiodifusão educacional, social e cultural mas, também, servem comunitária na cidade da Santo Angelo, de elo à integração, por meio de informações bené- Estado do Rio Grande do Sul. ficas a todos os segmentos e a todos esses núcleos O Congresso Nacional decreta: populacionais. Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a 4. Sobre o caso em espécie, cumpre informar que Portaria nº 114, de 23 de março de 2006, que outorga o Grupo de Trabalho, instituído por meio da Portaria autorização à Associação Cultural de Radiodifusão nº 83, de 24 de março de 2003, com a finalidade de Comunitária de Santo Angelo – Radiocom FM, para proceder criteriosa análise dos processos pendentes, executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusivi- referentes à autorização de funcionamento e execução dade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade das Rádios Comunitárias, manifestou-se favoravelmen- de Santo Angelo, Estado do Rio Grande do Sul. te ao pleito, constatando a legalidade e a regularidade Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na do Processo Administrativo nº 53790.000098/99, que data de sua publicação. ora faço acompanhar, com a finalidade de subsidiar os trabalhos finais. MENSAGEM Nº 608, DE 2006 5. Em conformidade com os preceitos constitu- Senhores Membros do Congresso Nacional, cionais e legais, a outorga de autorização, objeto do Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado com o presente processo, passará a produzir efeitos legais § 3º do art. 223 da Constituição, submeto à apreciação somente após deliberação do Congresso Nacional, a de Vossas Excelências, acompanhado de Exposição teor do § 3º do art. 223 da Constituição Federal. de Motivos do Senhor Ministro de Estado das Comu- Respeitosamente, – Hélio Calixto da Costa. nicações, o ato constante da Portaria nº 114, de 23 de março de 2006, que outorga autorização à Associação PORTARIA Nº 114, DE 23 DE MARÇO DE 2006 Cultural de Radiodifusão Comunitária de Santo Angelo O Ministro de Estado das Comunicações, no – Radiocom FM, para executar, pelo prazo de dez anos, uso de suas atribuições, considerando o disposto no sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão inciso II do art. 9º e art. 19 do Decreto nº 2.615, de 3 comunitária no Município de Santo Ângelo, Estado do de junho de 1998, na Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro Rio Grande do Sul. de 1998, e tendo em vista o que consta do Processo Brasília, 24 de julho de 2006. – Luiz Inácio Lula Administrativo nº 53790.000.098/99 e do PARECER/ da Silva. MC/CONJUR/GAT/Nº 1322-1.08/2005, resolve: 498 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23813 Art. 1º Outorgar autorização à Associação Cultural 3. Em atendimento à citada convocação e ainda, de Radiodifusão Comunitária de Santo Ângelo – Ra- considerando a distância de 4km entre as interessadas diocom FM, com sede na Travessa Pedro Krinski, nº nesta localidade, comunicamos-que apenas a mencio- 48, Bairro Centro Norte, no município de Santo Ângelo, nada entidade demonstrou seu interesse na prestação Estado do Rio Grande do Sul, para executar serviço do referido serviço, não havendo concorrentes. de radiodifusão comunitária, pelo prazo de dez anos, II – Relatório sem direito de exclusividade. Parágrafo único. A autorização reger-se-á pela Lei • atos constitutivos da entidade/documentos aces- nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, sórios e aspectos técnicos seus regulamentos e normas complementares. 4. O Departamento de Outorga de Serviços, em Art. 2º A entidade autorizada deverá operar com atendimento às normas e critérios estabelecidos para o sistema irradiante localizado nas coordenadas ge- a regular análise dos requerimentos, passou ao exa- ográficas com latitude em 28º17’59”S e longitude em me do pleito formulado pela requerente, de acordo 48º15’39”W, utilizando a freqüência de 105,9 MHz. com petição de folha 01, bem como toda a documen- Art. 3º Este ato somente produzirá efeitos legais tação apresentada e vem, por meio deste, relatar toda após deliberação do Congresso Nacional, nos termos a instrução do presente processo administrativo, em do § 3º do art. 223 da Constituição Federal, devendo conformidade com a legislação, especialmente a Lei a entidade iniciar a execução do serviço, em caráter nº 9.612, de 19-2-1998, o Regulamento do Serviço de definitivo, no prazo de seis meses a contar da data de Radiodifusão Comunitária, aprovado pelo Decreto nº publicação do ato de deliberação. 2.615, de 3-3-1998 e Norma nº 2/98, de 6-8-1998. Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de 5. Preliminarmente, a requerente indicou em sua sua publicação. – Hélio Costa. petição que os equipamentos seriam instalados em área abrangida pelo círculo de raio igual a 1km, com RELATÓRIO Nº 103/2004/RADCOM/ centro localizado na travessa Pedro Krinski, nº 48 DOS/SSCE/MC – LHMB – Centro Norte, na cidade de Santo Ângelo, Estado Referência: Processo nº 53.790.000.098/99, proloco- do Rio Grande do Sul, de coordenadas geográficas lizado em 12 de fevereiro de 1999. em 28º17’13”S de latitude e 54º15’51”W de longi- tude. Ocorre que, posteriormente, as coordenadas Objeto: Requerimento de autorização para a explora- e endereço propostos foram retificados passando a ção do Serviço de Radiodifusão Comunitária. estar na rua Marques do Herval nº 1634 – sala 503 Interessado: Associação Cultural de Radiodifusão Co- em 28º17’59”S de latitude e 48º15’39”W de longitude munitária de Santo Ângelo – Radiocom FM, localidade consoante aos dados constantes do Aviso publicado de Santo Ângelo, Estado do Rio Grande do Sul. no DOU, de 18-3-1999. 6. A análise técnica desenvolvida, demonstra I – Introdução que as coordenadas geográficas indicadas deveriam 1. A Associação Cultural de Radiodifusão Co- ser mantidas, pelo que se depreende da memória do munitária de Santo Ângelo –Radiocom FM, inscrita no documento de folhas 164/165, denominado de “Rotei- CNPJ sob o número 02.925.438/0001-06, no Estado ro de Análise Técnica de RadCom”, que, por sua vez, do Rio Grande do Sul, com sede na Travessa Pedro trata de outros dados, quais sejam: informações sobre Krinski, nº 48, cidade de Santo Ângelo, dirigiu-se ao geração de coordenadas geográficas, instruções sobre Senhor Ministro de Estado das Comunicações, con- coordenadas coincidentes com os levantamentos do forme requerimento datado de 28 de janeiro de 1999, IBGE, compatibilização de distanciamento do canal, subscrito por representante legal, no qual demonstrou situação da estação em faixa de fronteira, endereço interesse na exploração do Serviço de Radiodifusão proposto para instalação da antena; planta de arru- Comunitária nos termos do artigo 12, do Regulamen- amento, endereços da sede e do sistema irradiante, to do Serviço de Radiodifusão Comunitária, aprovado outros dados e conclusão. Vale salientar que, ao final, pelo Decreto nº 2.615, de 3 de junho de 1998. a entidade apontou novas coordenadas e endereço, o 2. A entidade, que doravante passa a ser tratada que foi objeto de análise e conclusão por este depar- como requerenjte, baseou o seu pleito nos termos do tamento, que constatou a possibilidade de aceitação Aviso de Habilitação publicado no Diário Oficial da dos novos dados. União – DOU, de 18 de março de 1999, que contempla 7. Das análises técnico-jurídicas realizadas e con- a localidade onde pretende instalar o seu transmissor, siderando a documentação que foi encaminhada pela assim como o sistema irradiante e respectivo estúdio. requerente, constataram-se pendências passíveis do JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 499 23814 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 cumprimento das seguintes exigências: apresentação trando a sua regularidade, conforme indicado da documentação elencada no subitem 6.7 incisos II, no subitem 6.7, incisos III, IV, V e VIII da Norma III, V, VII e IX da Norma nº 2/98, comprovação de ne- Complementar 02/98 e ainda, demais declara- cessária alteração estatutária, cópia do CNPJ retifica- ções e documentos requeridos com intuito de do da requerente e declaração do endereço da sede, confirmar alguns dados informados; comprovação das manifestações de apoio; certidão car- III – Conclusão/Opinamento torária comprovando.o registro da ata de eleição, cujo cumprimento e aplicação dos critérios estabelecidos na 10. O Departamento de Outorga de Serviços, a legislação específica resultou no saneamento dos autos quem cabe a condução dos trabalhos de habilitação e posterior seleção da Entidade, tendo sido solicitada a de interessados na exploração do Serviço de Radiodi- apresentação do projeto técnico (fls. 168 a 239). fusão Comunitária, conclui a instrução dos presentes 8. Ao cumprir as exigências, foi encaminhado o autos, após detido exame do rol de documentos, estão “Formulário de Informações Técnicas” – fls 212/213, compatíveis com a legislação atinente, seguindo-se firmado pelo engenheiro responsável, seguindo-se o abaixo as sobre a entidade: roteiro de verificação de instalação da estação, cons- • nome tatando-se conformidade com a Norma nº 2/98, em Associação Cultural de Radiodifusão Comunitária especial as exigências inscritas em seu item 6.11, de Santo Angelo – Radiocom FM. conforme observa-se nas folhas 243 e 244. Ressal- • quadro diretivo tamos que nestes documentos constam as seguintes Presidente: Francisco de Assis Schaff informações: identificação da entidade; os endereços Vice-Presidente: Telismar da Silva Lemos Júnior da sede administrativa e de localização do transmissor, Secretário: Paulo Ricardo de Moraes Menezes sistema irradiante e estúdio; características técnicas Tesoureira : Guaraci de Alencar Lemos dos equipamentos (transmissor) e acessórios (antena Diretora de Patrimônio.: Isabel Kemper e cabo coaxial), com indicação da potência efetiva ir- Diretor de Operações.: Carlos Roberto Borges Le- radiada e intensidade de campo no limite da área de mos serviço, diagramas de irradiação do sistema irradiante Vice-Diretor de Operações: Jan Oswaldo Jung e características elétricas. 9. Por fim, a documentação exigida pela legislação • localização do transmissor, sistema irradiante e específica e contida nos autos, mais especificamente estúdio no intervalo de folhas 01 a 245 dos autos, correspon- Rua Marques do Herval, 1634 – Sl. 503, Cidade de ao que se segue: de Santo Angelo, Estado do Rio Grande do Sul. • Estatuto Social devidamente registrado • coordenadas geográficas e em conformidade com os preceitos dispos- 28º17’59 de latitude e 48ºl5’39 de longitude, cor- tos no Código Civil Brasileiro e adequados às respondentes aos dados dispostos no “Roteiro de Análi- finalidades e requisitos da Lei nº 9.612/98; se de Instalação da Estação” – fls. 243 e 244, bem como • ata de constituição e atual ata de elei- “Formulário de Informações Técnicas” – fls. 212/213 e ção dos dirigentes, devidamente registradas que se referem à localização da estação. e em conformidade com os preceitos disposto 11. Por todo o exposto, opinamos pelo deferimento no Código Civil Brasileiro e adequados às fina- do pedido formulado pela Associação Cultural de Ra- lidades e requisitos da Lei nº 9.612/98; diodifusão Comunitária de Santo Ângelo – Radiocom • comprovantes relativos a maioridade e FM, no sentido de conceder-lhe a autorização para a nacionalidade dos dirigentes; exploração do serviço de radiodifusão comunitária, na • manifestações de apoio à iniciativa da localidade pretendida, dentro das condições circunscri- requerente, formulados e encaminhados pela tas no processo Administrativo nº 53.790.000.098/99, comunidade; de 12 de fevereiro de 1999. • planta de arruamento e declaração de Brasília, 19 de março de 2004. –, Relator da con- acordo com o disposto no subitem 6.7 incisos clusão Jurídica – Neide Aparecida da Silva, Relatora XIX e X da Norma Complementar 02/98, bem da conclusão Técnica. como o Projeto Técnico conforme disposto De acordo. no subitem 6.11 e incisos da Norma Comple- À consideração do Senhor do Departamento de mentar 02/98; Outorga de Serviços. • declarações relativas aos integrantes do Brasília, 19 de março de 2004. – Alexandra Lu- quadro administrativo da requerente, demons- ciana Costa, Coordenadora. 500 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23815 De acordo, MC nº 634 EM À consideração do Senhor Secretário de Serviços Brasília, 26 de dezembro de 2003 de Comunicação Eletrônica. Brasília, 19 de março de 2004. – Carlos Alberto Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Freire Resende, Diretor do Departamento de Outorga 1. Encaminho a Vossa Excelência portaria de de Serviços. outorga de autorização e respectiva documentação Aprovo o Relatório nº 0103/2004/RADCOM/DOS/ para que a entidade Associação Comunitária de Co- SSCE/MC. Encaminhe-se à Consultoria Jurídica para municação e Cultura de Coribe, na cidade de Coribe, exame parecer. Estado da Bahia, explore o serviço de radiodifusão Brasília, 19 de março de 2004. – Carlos Alberto comunitária, em conformidade com o caput do art. Freire Resende, Secretário de Serviços de Comuni- 223 da Constituição e a Lei nº 9.612, de 19 de feve- cação Eletrônica Substituto. reiro de 1998. (À Comissão de Ciência, Tecnologia, Ino- 2. A referida entidade requereu ao Ministério das vação, Comunicação e Informática – decisão Comunicações sua insclusão para prestar o serviço, terminativa.) cuja documentação inclui manifestação de apoio da comunidade, numa demonstração de receptividade da filosofia de criação desse braço da radiodifusão, de ma- PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO neira a incentivar o desenvolvimento e a sedimentação Nº 248, DE 2007 da cultura geral das localidades postulantes. (Nº 2.468/2006, na Câmara dos Deputados) 3. Como se depreende da importância da inicia- Aprova o ato que outorga autorização tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações à Associação Comunitária de Comunicação permitem que as entidades trabalhem em conjunto e Cultura de Coribe para executar serviço com a comunidade, auxiliando não só no processo de radiodifusão comunitária na cidade de educacional, social e cultural, mas, também, servem Coribe, Estado da Bahia. de elo à integração, por meio de informações bené- ficas a todos os segmentos e a todos esses núcleos O Congresso Nacional decreta: populacionais. Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a 4. Sobre o caso em espécie, cumpre informar que Portaria nº 647, de 9 de dezembro de 2003, que ou- o Grupo de Trabalho, instituído por meio da Portaria nº torga autorização à Associação Comunitária de Co- 83, de 24 de março de 2003, com a finalidade de pro- municação e Cultura de Coribe para executar, por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de ceder a criteriosa análise dos processos pendentes, radiodifusão comunitária na cidade de Coribe, Esta- referentes à autorização de funcionamento e execução do da Bahia. das rádios comunitárias, manifestou-se favoravelmente Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na ao pleito, constatando a legalidade e a regularidade data de sua publicação. do Processo Administrativo nº 153640.000219/00, que Câmara dos Deputados, 4 de julho de 2007. – Ar- ora faço acompanhar, com a finalidade de subsidiar os lindo Chinaglia, Presidente. trabalhos finais. 5. Em conformidade com os preceitos constitu- MENSAGEM Nº 595, DE 2006 cionais e legais, a outorga de autorização, objeto do Senhores Membros do Congresso Nacional, presente processo, passará a produzir efeitos legais Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado com o somente após deliberação do Congresso Nacional, a § 3º do art. 223 da Constituição, submeto à apreciação teor do § 3º do art. 223 da Constituição Federal. de Vossas Excelências, acompanhado de Exposição Respeitosamente, – Miro Teixeira. de Motivos do Senhor Ministro de Estado das Comu- PORTARIA Nº 647, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2003 nicações, o ato constante da Portaria nº 647, de 9 de dezembro de 2003, que outorga autorização à Associa- O Ministro de Estado das Comunicações, no uso ção Comunitária de Comunicação e Cultura de Coribe de suas atribuições, considerando o disposto no inciso para executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de II do art. 9º e art. 19 do Decreto nº 2.615, de 3 de junho exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no de 1998, na Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, e Município de Coribe, Estado da Bahia. tendo em vista o que consta do Processo Administrati- Brasilia, 24 de julho de 2006. – Luiz Inácio Lula vo nº 53640.000219/00 e do PARECER/CONJUR/MC da Silva. nº 1.565/2003, resolve: JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 501 23816 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 Art. 1º Outorgar autorização à Associação Co- nesta localidade, comunicamos que apenas a mencio- munitária de Comunicação e Cultura de Coribe, com nada entidade demonstrou seu interesse na prestação sede na Praça da Matriz, s/nº – Centro, na cidade de do referido serviço, não havendo concorrentes. Coribe, Estado da Bahia, para executar serviço de ra- II – Relatório diodifusão comunitária, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade. • atos constitutivos da entidade/documentos aces- Parágrafo único. A autorização reger-se-á pela Lei sórios e aspectos técnicos nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, seus regulamentos e normas complementares. 4. O Departamento de Outorga de Serviços, em Art. 2º A entidade autorizada deverá operar com atendimento às normas e critérios estabelecidos para o sistema irradiante localizado nas coordenadas ge- a regular análise dos requerimentos, passou ao exame ogràficas com latitude em 13º49’50’S e longitude em do pleito formulado pela requerente, de acordo com 44º21’10”W, utilizando a freqüência de 104,9MHz. petição de folha nº 1, bem como toda a documenta- Art. 3º Este ato somente produzirá efeitos legais ção apresentada e vem por meio deste, relatar toda após deliberação do Congresso Nacional, nos termos a instrução do presente processo administrativo, em do § 3º do art. 223 da Constituição, devendo a entidade conformidade com a legislação, especialmente a Lei iniciar a execução do serviço, em caráter definitivo, no nº 9.612, de 19-2-1998, o Regulamento do Serviço de prazo de seis meses a contar da data de publicação Radiodifusão Comunitária, aprovado pelo Decreto nº do ato de deliberação. 2.615, de 3-3-1998 e Norma nº 2/98, de 6-8-1998. Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de 5. Preliminarmente, a requerente indicou em sua sua publicação. – Miro Teixeira. petição que os equipamentos seriam instalados em área abrangida pelo círculo de raio igual a 1km, com RELATÓRIO Nº 356/2003-DOSR/SSCE/MC centro localizado na Praça da Matriz, s/nº, Centro, na cidade de Coribe, Estado da Bahia, de coordenadas Referência: Processo nº 53.640.000.219/00, protoco- geográficas em 13º49’50”S de latitude e 44º21’10”W lizado em 31 de Maio de 2000. de longitude. Ocorre que, posteriormente, o endereço Objeto: Requerimento de autorização para a explora- proposto foi retificado passando a estar na Rua Rui ção do Serviço de Radiodifusão Comunitária. Barbosa, nº 356, Centro, consoante aos dados cons- Interessado: Associação Comunitária de Comunica- tantes do Aviso publicado no DOU, de 29 de agosto ção e Cultura de Coribe, localidade de Coribe, Estado de 2002. da Bahia. A análise técnica desenvolvida demonstra que as coordenadas geográficas indicadas deveriam ser I – Introdução mantidas, pelo que se depreende da memória do do- 1. A Associação Comunitária de Comunicação cumento de folhas nos 119 e 120, denominado de “Ro- e Cultura de Coribe, inscrita no CNPJ sob o número teiro de Análise Técnica de RadCom”, que por sua vez 03.795.514/0001-79, no Estado da Bahia, com sede na trata de outros dados, quais sejam: informações sobre Praça da Matriz, s/nº, Centro, cidade de Coribe, dirigiu- geração de coordenadas geográficas, instruções sobre se ao Senhor Ministro de Estado das Comunicações, coordenadas coincidentes com os levantamentos do conforme requerimento datado de 24 de maio de 2000, IBGE, compatibilização de distanciamento do canal, subscrito por representante legal, no qual demonstrou situação da estação em faixa de fronteira, endereço interesse na exploração do Serviço de Radiodifusão proposto para instalação da antena; planta de arru- Comunitária nos termos do artigo 12, do Regulamen- amento, endereços da sede e do sistema irradiante, to do Serviço de Radiodifusão Comunitária, aprovado outros dados e conclusão. Vale salientar que ao final, pelo Decreto nº 2.615, de 3 de junho de 1998. a entidade apontou novas coordenadas e endereço, o 2. A entidade, que doravante passa a ser tratada que foi objeto de análise e conclusão por este Depar- como requerente, baseou o seu pleito nos termos do tamento, que constatou a possibilidade de aceitação Aviso de Habilitação publicado no Diário Oficial da dos novos dados. União – DOU de 29 de agosto de 2002, que contem- 7. Das análises técnico-jurídicas realizadas e con- pla a localidade onde pretende instalar o seu trans- siderando a documentação que foi encaminhada pela missor, assim como o sistema irradiante e respectivo requerente, constataram-se pendências passíveis do estúdio. cumprimento das seguintes exigências: comprovação 3. Em atendimento à citada convocação e ainda, de necessária alteração estatutária, comprovante de considerando a distância de 4Km entre as interessadas válida existência das entidades que manifestaram apoio 502 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23817 à iniciativa, cópia do CNPJ retificado da requerente e III – Conclusão/Opinamento declaração de que a entidade não possui vínculos, cujo 10. O Departamento de Outorga de Serviços, a cumprimento e aplicação dos critérios estabelecidos na quem cabe a condução dos trabalhos de habilitação legislação específica resultou no saneamento dos autos de interessados na exploração do Serviço de Radio- e posterior seleção da entidade (fls. 125 a 199). difüsão Comunitária, conclui a instrução dos presen- 8. Ao cumprir as exigências, foi encaminhado tes autos, após detido exame do rol de documentos, o “Formulário de Informações Técnicas” – fls. 169 e os quais estão compatíveis com a legislação atinente, 170, firmado pelo engenheiro responsável, seguindo- seguindo-se abaixo as informações básicas sobre a se o roteiro de verificação de instalação da estação, entidade: constatando-se conformidade com a Norma nº 2/98, em especial as exigências inscritas em seu item 6.11, • nome conforme observa-se nas folhas 200 e 201. Ressalta- Associação Comunitária de Comunicação e Cul- mos que nestes documentos constam as seguintes tura de Coribe; informações: identificação da entidade; os endereços • quadro diretivo da sede administrativa e de localização do transmissor, sistema irradiante e estúdio; características técnicas Presidente: Silvaldo Ferreira da Silva; dos equipamentos (transmissor) e acessórios (antena Vice-presidente: Romualdo de Araújo Silva; e cabo coaxial), com indicação da potência efetiva ir- 1º Secretário: Edemilson Ferreira da Silva; radiada e intensidade de campo no limite da área de 2º Secretário: Raimundo Pereira Lopes; serviço, diagramas de irradiação do sistema irradiante 1º Tesoureiro : Sebastião Pereira da Silva Neto; e características elétricas. 2º Tesoureiro: Gilvandes José da Silva; 9. Por fim, a documentação exigida pela legislação • localização do transmissor, sistema irradiante e específica e contida nos autos, mais especificamente estúdio no intervalo de folhas nº 1 a 199, dos autos, corres- Rua Rui Barbosa, nº 356, Centro, cidade de Co- ponde ao que se segue: ribe, Estado da Bahia; • Estatuto Social devidamente registrado • coordenadas geográficas e em conformidade com os preceitos dipostos no Código Civil Brasileiro e adequados às fina- 13º49’50” de latitude e 44º21’l0” de longitude, lidades e requisitos da Lei nº 9.612/98; correspondentes aos dados dispostos no “Roteiro • ata de constituição e atual ata de elei- de Análise de Instalação da Estação” – fls. nº 200 e ção dos dirigentes, devidamente registradas 201, bem como “Formulário de Informações Técnicas” e em conformidade com os preceitos dipostos – fls. nº 169 e 170 e que se referem à localização da no Código Civil Brasileiro e adequados às fina- estação. lidades e requisitos da Lei nº 9.612/98; 11. Por todo o exposto, opinamos pelo deferimento • comprovantes relativos a maioridade e do pedido formulado pela Associação Comunitária de nacionalidade dos dirigentes; Comunicação e Cultura de Coribe, no sentido de con- • manifestações de apoio à iniciativa da ceder-lhe a autorização para a exploração do serviço requerente, formulados e encaminhados pela de radiodifusão comunitária, na localidade pretendi- comunidade; da, dentro das condições circunscritas no Processo • planta de arruamento e declaração de Administrativo nº 53.640.000.219/00, de 31 de maio acordo com o disposto no subitem 6.7 incisos de 2000. XIX e X da Norma Complementar nº 2/98, bem Brasília, 17 de novembro de 2003. – Relator da como o projeto técnico conforme disposto no conclusão Jurídica: Lídia Souza El-Carab Moreira, subitem 6.11 e incisos da Norma Complemen- Chefe de Serviço/SSR. – Relator da conclusão Técnica: tar nº 2/98; Neide Aparecida da Silva, Chefe da Divisão/SSR. • declarações relativas aos integrantes do De acordo. quadro administrativo da requerente, demons- À consideração do Senhor Diretor do Departa- trando a sua regularidade, conforme indicado mento de Outorga de Serviços. no subitem 6.7, incisos III, IV, V e VIII da Norma Brasília, 17 de novembro de 2003. – Jayme Mar- Complementar nº 2/98 e ainda, demais decla- ques de Carvalho Neto, Coordenador-Geral de Ou- rações e documentos requeridos com intuito torga de Serviços de Áudio e Imagem. de confirmar alguns dados informados; De acordo. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 503 23818 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 À consideração do Senhor Secretário de Serviços nicípio de Tururu, Estado do Ceará, explore o serviço de Comunicação Eletrônica. de radiodifusão comunitária, em conformidade com o Brasília, 17 de novembro de 2003. – Carlos Al- caput do art. 223, da Constituição e a Lei nº 9.612, de berto Freire Resende, Diretor do Departamento de 19 de fevereiro de 1998. Outorga de Serviços. 2. A entidade requereu ao Ministério das Co- Aprovo o Relatório nº 356/2003/DOSR/SSCE/ municações sua inscrição para prestar o serviço de MC. Encaminhe-se à Consultoria Jurídica para exa- radiodifüsão comunitária, cuja documentação inclui me e parecer. manifestação de apoio da comunidade, numa demons- Brasília, 17 de novembro de 2003. – Eugênio tração de receptividade da filosofia de criação desse de Oliveira Fraga, Secretário de Serviços de Comu- braço da radiodifusão, de maneira a incentivar o de- nicação Eletrônica. senvolvimento e a sedimentação da cultura geral das (À Comissão de Ciência, Tecnologia, Ino- localidades postulantes. vação, Comunicação e Informática em decisão 3. Como se depreende da importância da inicia- terminativa). tiva comandada por Vossa Excelência, essas ações permitem que as entidades trabalhem em conjunto PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO com a comunidade, auxiliando não só no processo Nº 249, DE 2007 educacional, social e cultural mas, também, servem (Nº 2.482/2006, na Câmara dos Deputados) de elo àintegração, por meio de informações bené- Aprova o ato que outorga autorização ficas a todos os segmentos e a todos esses núcleos à Associação Cultural de Tururu para exe- populacionais. cutar serviço de radiodifusão comunitária 4. Sobre o caso em espécie, foram efetuadas na cidade de Tururu, Estado do Ceará. análises técnica e jurídica da petição apresentada, constando a inexistência de óbice legal e normativo O Congresso Nacional decreta: ao pleito, o que se conclui da documentação de ori- Art. 1º Fica aprovado o ato a que se refere a Por- gem, consubstanciada no Processo Administrativo nº taria nº 273 de 2 de maio de 2006, que outorga autori- 53100.000223/04, que ora faço acompanhar, com a zação à Associação Cultural de Tururu para executar, finalidade de subsidiar os trabalhos finais. por 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, ser- 5. Em conformidade com os preceitos constitu- viço de radiodifusão comunitária na cidade de Tururu, cionais e legais, a outorga dc autorização, objeto do Estado do Ceará. presente processo, passará a produzir efeitos legais Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na somente após deliberação do Congresso Nacional, a data de sua publicação. teor do § 3º, do art. 223, da Constituição Federal. MENSAGEM Nº 637, DE 2006 Respeitosamente, – Helio Calixto da Costa. Senhores Membros do Congresso Nacional, PORTARIA Nº 273, DE 2 DE MAIO DE 2006 Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado O Ministro de Estado das Comunicações, no com o § 3º, do art. 223, da Constituição, submeto à uso de suas atribuições, considerando o disposto no apreciação de Vossas Excelências, acompanhado de inciso II do art. 9º e art. 19 do Decreto nº 2.615, de 3 Exposição dc Motivos do Senhor Ministro de Estado de junho de 1998, na Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro das Comunicações, o ato constante da Portaria nº273, de 1998, e tendo em vista o que consta do Processo de 2 de maio de 2006, que outorga autorização à As- Administrativo nº 53100.000223/04 e do Parecer/MC/ sociação Cultural de Tururu para executar, pelo prazo Conjur/GAT/Nº 0770–1.08/2006, resolve: de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de Art. 1º Outorgar autorização à Associação Cultu- radioditiasão comunitária no municipio de Tururu, Es- ral de Tururu, com sede na Rua Pedro Leitão, nº 99, 3º tado do Ceará. andar, sala 6, no município de Tururu, Estado do Ceará, Brasilia, 26 de julho de 2006. – Luiz Inácio Lula para executar serviço de radiodifusão comunitária, pelo da Silva. prazo de dez anos, sem direito de exclusividade. MC nº 311 EM Parágrafo único. A autorização reger-se-á pela Lei Brasília, 11 de maio de 2006 nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, leis subseqüentes, seus regidamentos e normas complementares. Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Art. 2º A entidade autorizada deverá operar com 1. Encaminho a Vossa Excelência Portaria de Ou- o sistema irradiante localizado nas coordenadas ge- torga de Autorização e respectiva documentação para ográficas com latitude em 03º35’54”S e longitude em que a entidade Associação Cultural de Tururu, no Mu- 39º26’09”W, utilizando a freqüência de 104,9MHz. 504 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23819 Art. 3º Este ato somente produzirá efeitos legais Comunitária, aprovado pelo Decreto nº 2.615, de 3-3- após deliberação do Congresso Nacional, nos termos 1998 e Norma Complementar nº 1/2004. do § 3º do art. 223 da Constituição, devendo a entidade 5. Preliminarmente, a requerente indicou em sua iniciar a execução do serviço, em caráter definitivo, no petição que os equipamentos seriam instalados em prazo de seis meses a contar da data de publicação área abrangida pelo circulo de raio igual a 1km, com do ato de deliberação. centro localizado na rua Pedro Leitão, 99, 3º andar, Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sala 6, Bairro Centro, no município de Tururu, Estado sua publicação. – Hélio Costa. do Ceará, de coordenadas geográficas em 03º35’54”S RELATÓRIO Nº 183/2005/RADCOM/DOS/SSCE/MC de latitude e 39º26’09”W de longitude. 6. Inicialmente os autos do processo foram ar- Referencia: Processo nº 53.100.000.223-04, protoco- quivados, tendo em vista que o local proposto para a lizado em 5-3-2004. instalação do sistema irradiante estava localizado a Objeto: Requerimento de autorização para a explora- mais de 1km das coordenadas publicadas no Aviso de ção do Serviço de Radiodifbsào Comunitária. Habilitação, no entanto a Entidade apresentou pedido Interessado: Associação Cultural de Tururu, município de Reconsideração comprovando que as coordenadas de Tururu, Estado do Ceará. publicadas no referido Aviso estavam erradas e, diante de tal fato, o processo foi reconsiderado e as coorde- I – Introdução nadas mantidas. 1. A Associação Cultural de Tururu, inscrita no Após a reconsideração dos autos, a análise téc- CNPJ sob o número 05.413.774/0001-68, no Estado nica desenvolvida, demonstra que as coordenadas ge- do Ceará, com sede na Rua Pedro Leitão, nº 99, 3º ográflcas indicadas deveriam ser mantidas, pelo quase andar, sala 6, Centro, município de Tururu, dirigiu- depreende da memória do documento de folhas 159 se ao Senhor Ministro de Estado das Comunicações, e 160, denominado de “Roteiro de Análise Técnica de conforme requerimento datado de 5 de março de 2004 RadCom”, que por sua vez trata de outros dados, quais subscrito por representante legal, no qual demonstrou sejam: informações sobre geração de coordenadas ge- interesse na exploração do Serviço de Radiodifusão ográficas, instruções sobre coordenadas coincidentes Comunitária nos termos do artigo 12, .do Regulamen- com os levantamentos do IBGE, compatibilização de to do Serviço de Radiodifusão Comunitária, aprovado distanciamento do canal, situação da estação em fai- pelo Decreto nº 2.615, de 3 de junho de 1998. xa de fronteira, endereço proposto para instalação da 2. A entidade, que doravante passa a ser tratada antena; planta de arruamento, endereços da sede e do como requerente, baseou o seu pleito nos termos do sistema irradiante, outros dados e conclusão. Aviso de Habilitação publicado no Diário Oficial da 7. Considerando a seleção desta requerente , União – DOU. de 28-1-2004 que contempla a locali- bem como a documentação que foi encaminhada pela dade onde pretende instalar o seu transmissor, assim requerente, constataram-se pendências passíveis do como o sistema irradiante e respectivo estúdio. cumprimento das seguintes exigências: apresentação 3. Em atendimento à citada convocação e ainda, da documentação elencada no subitem 7.1 alíneas “b” considerando a distância de 4km entre as interessadas , “e” e “h” da Norma Complementar nº 1/2004, tendo nesta localidade, comunicamos que apenas a mencio- sido solicitada a apresentação do projeto técnico, em nada entidade demonstrou seu interesse na prestação conformidade com o disposto no subitem 12.1 e alí- do referido serviço, não havendo concorrentes neas da citada Norma (fls. 130 a 158). II – Relatório 8. Ao cumprir as exigências, foi encaminhado o “Formulário de Informações Técnicas” – fls. 161 e 162, • atos constitutivos da entidade/documentos aces- firmado pelo engenheiro responsável, seguindo-se o sórios e aspectos técnicos roteiro de verificação de instalação da estação, cons- 4. O Departamento de Outorga de Serviços, em tatando-se ccnformidade com a Norma Complementar atendimento ás Normas e critérios estabelecidos para nº 1/2004, em especial as exigências inscritas em seu a regular análise dos requerimentos, passou ao exame subitem 12.1 e alíneas, conforme observa-se nas fo- do pleito formulado pela requerente, de acordo com pe- lhas 159 e 160. Ressaltamos que nestes documentos tição de folha 1, bem como toda a documentação apre- constam as seguintes informações: identificaçãó da sentada e vem por meio deste, relatar toda a instrução entidade; os endereços da sede administrativa e de lo- do presente processo administrativo, em conformidade calização do transmissor, sistema irradiante e estúdio; com a legislação, especialmente a Lei nº 9.612, de 19- caracteristicas técnicas dos equipamentos (transmissor) 2-1998, o Regulamento do Serviço de Radiodifusão e acessórios (antena e cabo coaxial), com indicação JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 505 23820 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 da potência efetiva irradiada e intensidade de campo • coordenadas geográflcas no limite da área de serviço, diagramas de irradiação 03º35’54” de latitude e 39º26’09” de longitude, do sistema irradiante e caracteristicas elétricas. correspondentes aos dados dispostos no “Roteiro de 9. Por fim, a documentação exigida pela legislação Análise de Instalação da Estação” – fls. 161 e 162, bem específica e contida nos autos, mais especifícamente como “Formulário de Informações Técnicas” – fls. 146 no intervalo de folhas 1 a 143, dos autos, corresponde e que se referem à localização da estação. ao que se segue: 11. Por todo o exposto, opinamos pelo deferimento • Estatuto Social devidamente registrado do pedido formulado pela Associação Cultural de Tu- e em conformidade com os preceitos dispostos ruru, no sentido de conceder-lhe a autorização para a no Código Civil Brasileiro e adequados às finali- exploração do serviço de radiodiffisào comunitária, na dades e requisitos da Lei nº 9.612/98 e pressu- localidade pretendida, dentro das condições circunscri- postos da Norma Complementar nº 1/2004; tas no Processo, Administrativo nº 53.100.000.223-04 • ata de constituição e atual ata de eleição de 5 de março de 2004. dos dirigentes, devidamente registradas e em A consideração do Senhor Diretor do Departa- conformidade com os preceitos dispostos no mento de Outorga de Serviços. Código Civil Brasileiro e adequados às finali- Brasília, 30 de agosto de 2005. – Waldemar Gon- dades e requisitos da Lei nº 9.612/98; çalves Ortunho Junior, Coordenador-Geral. • comprovantes relativos a maioridade e De acordo. nacionalidade dos dirigentes; A consideração do Senhor Secretário de Serviços • manifestações de apoio à iniciativa da de Comunicação Eletrônica. requerente, formulados e encaminhados pela Brasília, 31 de agosto de 2005. – Carlos Alberto comunidade; Freire Resende, Diretor do Departamento de Outorga • Projeto Técnico conforme disposto no de Serviços.. Aprovo o Relatório nº /2005/RADCOM/DOS/ subitem 12.1 e alíneas da Norma Complemen- SSCE/MC, Encaminhe-se à Consultoria Jurídica para tar nº 1/2004; exame e parecer. • declarações relativas aos integrantes do Brasília, 31 de agosto de 2005. – Joanilson La- quadro administrativo da requerente, demons- ércio Barbosa Ferreira, Secretário de Serviços de trando a sua regularidade, conforme indicado Comunicação Eetrônica. nas alineas “h”, “i”e”j” da Norma Complementar nº 1/2004 e ainda, demais declarações e do- (À Comissão de Ciência Tecnologia, ino- cumentos requeridos com intuito de confirmar vação, Comunicação e Informática, decisão alguns dados informados; terminativa.) III – Conclusão/Opinamiento O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB – ES) – Os Projetos de Decreto Legislativo nºs 230 10. O Departamento de Outorga de Serviços, a a 249, de 2007, que acabam de ser lidos, tramitarão quem cabe a condução dos trabalhos de habilitação de com prazo determinado de quarenta e cinco dias, de interessados na exploração do Serviço de Radiodifusão acordo com o art. 223, §1º, da Constituição Federal. Comunitária, conclui a instrução dos presentes autos, A Presidência comunica ao Plenário que, nos após detido exame do rol de documentos, os quais es- termos do Parecer nº 34, de 2003, da Comissão de tão compatíveis com a legislação atinente, seguindo-se Constituição, Justiça e Cidadania, aprovado pelo Ple- abaixo as informações básicas sobre a entidade: nário em 25 de março de 2003, e da Resolução nº • nome 1, 2007 do Senado Federal, os Projetos lidos serão Associação Cultural de Tururu apreciados terminativamente pela Comissão de Ciên- cia, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática, • quadro diretivo onde poderão receber emendas pelo prazo de cinco Nome do Dirigente Cargo dias úteis, nos termos do art. 122, II, “b”, combinado Manoel Silva Oliveira Presidente com o art. 375, I, ambos do Regimento Interno. Francisco Rérison de Oliveira Lima Dir. Adminstrativo O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB – ES) Michele Trixeira Xavier Dir. Operação – A Presidência comunica ao Plenário que, uma vez findo • localização do transmissor, sistema irradiante e o prazo fixado no parágrafo único do art. 254 do Regi- estúdio mento Interno, sem interposição do recurso ali previsto, Rua Pedro Leitão, nº 99, 3º andar, sala 6, Centro, determinou o arquivamento definitivo daPetição nº 2, de município de Tururu, Estado do Ceará. 2007, da Vara Federal de Angra dos Reis, que encami- 506 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23821 nha cópia de decisão liminar proferida na Ação Civil Pú- (cinco) senadores, destinada a acompanhar a retirada blica nº 2006.51.11.000219-2, impetrada pelo Ministério de moradores não-indígenas da Terra Indígena Raposa Público Federal em face do Instituto Brasileiro do Meio Serra do Sol, em Roraima. Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – Ibama, e A T.I Raposa Serra do Sol, recentemente demar- da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente cada, é foco potencial de conflitos e está sendo ques- – Feema, referente a licenciamento de empreendimento tionada judicialmente. Entretanto o Governo Federal nuclear conhecido como Usina Angra III. está divulgando para breve a extrusão dos habitantes O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB não índios daquela área e é importante a participação – ES) – Encerrou-se ontem o prazo para apresenta- do Senado Federal nesse procepso. ção de emendas ao Projeto de Decreto Legislativo O Senado Federal já designou anteriormente nº 211, de 2007 (apresentado como conclusão do duas Comissões Temporárias Externas, das quais fui Parecer nº 575, de 2007, da Comissão de Assuntos o Presidente, para acompanhar de perto as questões Econômicos), que aprova a Programação Monetária fundiárias polêmicas, no intuito de se buscar soluções relativa ao segundo trimestre de 2007. aos possíveis conflitos na Região. Ao projeto não foram oferecidas emendas. A designação da composição, que ora se requere, A matéria encontra-se em regime de urgência é um complemento das ações das CTEs anteriores. e consta da pauta da sessão deliberativa ordinária Sala das Sessões, 12 de julho de 2007. – Sena- de hoje. dor Mozarildo Cavalcanti. O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB – ES) – Sobre a mesa, requerimento que passo a ler. O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB É lido o seguinte: – ES) – O requerimento que acabam de ser lido será incluído em Ordem do Dia oportunamente. REQUERIMENTO Nº 814, DE 2007 Sobre a mesa, requerimentos que passo a ler. São lidos os seguintes: Excelentíssimo Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do ar- REQUERIMENTO Nº 816, DE 2007 tigo 40, § 1º inciso I do Regimento Interno, autorização Senhor Presidente, para desempenhar missão no exterior, por indicação Em aditamento ao Requerimento nº 66, de 2007, desta Presidência para fazer algumas Palestras para a Comunidade Brasileira em New York, sobre os temas: no sentido de que a Sessão do Senado Federal do Prevenção ao Uso de Drogas e sobre a atual situação dia 20 de Agosto de 2007 seja destinada a homena- Política e Econômica do Brasil. Serão promovidos, na gear a Maçonaria Brasileira, pelo transcurso do Dia oportunidade, encontros com diversas autoridades ame- do Maçom, requeiro que a referida homenagem seja ricanas para discutir outros assuntos, como a Maioridade prestada na primeira hora da sessão não-deliberativa Penal, a Segurança Pública e o tratamento que é dado da mesma data. por aquele país a assuntos de extrema relevância. Sala das Sessões, 12 de julho de 2007. – Na oportunidade, comunico a Vossa Excelência em cumprimento ao disposto do Artigo 39, inciso I do Regimento Interno, que me ausentarei do País no período de 10 a 25 de julho do corrente ano, para o desempenho desta missão. Sala das Sessões, 12 de julho de 2007. – Sena- dor Magno Malta, Quarto-Secretário. O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB – ES) – O requerimento que acaba de ser lido vai à publicação. Sobre a mesa, requerimento que passo a ler. É lido o seguinte:

REQUERIMENTO Nº 815, DE 2007 Senhor Presidente, Requeiro, nos termos do art. 74, II e artigos se- guintes do Regimento interno do Senado Federal, seja criada Comissão Temporária Externa, composta de 5 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 507 23822 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 REQUERIMENTO Nº 817, DE 2007 1. Abertura das atividades Requeiro, nos termos do artigo 40, do Regimento Da pauta da Terceira Sessão Plená- Interno do Senado Federal, com a redação dada pela ria do Mercosul, constaram os seguintes Resolução nº 37, de 1995, que seja considerada como temas: desempenho de missão parlamentar no exterior, minha a) Leitura e Discussão das Atas Da 1ª e 2ª Ses- participação no período de 16 a 19 de julho de 2007, por sões (7 e 8 de Maio de 2007); ocasião da Visita da Comissão Especial sobre Mudanças b) Apresentação de Proposições; Climáticas do Congresso Nacional ao Reio Unido. c) Informe da Presidência Pro Tempore do Mer- Comunico ainda, nos termos do artigo 39 inciso I cosul; do Regimento Interno do Senado Federal, que estarei d) Transferência da Presidência do Parlamento ausente do Pais no período de 14 a 20 de julho. do Mercosul para o Uruguai; Sala das Sessões, 12 de julho de 2007. – Iná- e) Ordem do Dia: cio Arruda. 1. Discussão do Projeto de Regimento Interno do REQUERIMENTO Nº 818, DE 2007 Parlamento do Mercosul; Requeiro, com fulcro, no disposto nos artigos 39 e 2. Designação das Comissões Permanentes do 40 do Regimento Interno do Senado Federal, autorização Parlamento do Mercosul; para ausentar-me do PaÍs, no período de 14 a 20 de julho 3. Discussão do Informe da Comissão da Agen- do corrente ano, para integrar a Delegação da Comissão da Política; Mista Especial sobre Mudanças Climáticas que participa- 4. Participação do Parlamento do Mercosul na rá de reuniões e eventos sobre mudanças climáticas na XXXIII Reunião do Conselho Mercado Comum e de cidade de Londres, Reino Unido, conforme programação Chefes de Estado em Assunção (28 e 29 de Junho anexa, com ônus para o Senado Federal. de 2007). Sala das Sessões, 12 de julho de 2007. – Cíce- f) Assuntos Políticos. ro Lucena. 2. Reunião do Parlamento do Mercosul O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB Após a leitura e aprovação da ata da Segunda Ses- – ES) – Os requerimentos que acabam de ser lidos vão são Plenária do Parlamento do Mercosul, o Chanceler à publicação e serão apreciados oportunamente. Rubén Ramírez Lezcano apresentou relatório sobre o Sobre a mesa, comunicação que passo a ler. programa cumprido pela Presidência Pro Tempore (PPT) É lida a seguinte: paraguaia do Mercosul (art. 4º, inciso VI, do Protocolo Constitutivo do Parlamento do Mercosul – PCPM). COMUNICAÇÃO Nº , DE 2007 A PPT buscou, também, propor medidas com Comunico ao Presidente do Senado, para que vistas à efetiva implementação do art. 1º do Tratado de conste dos Anais desta Casa, que estou encaminhan- Assunção, no sentido de retirar as travas ainda existen- do, anexo, Relatório da Missão da Terceira Sessão do tes entre os países à livre circulação de bens e fatores Parlamento do Mercosul, ocorrida nos dias 25 a 26 de produtivos. Reiterou a importância da elaboração de um junho próximo passado, em Montevidéu, Uruguai. plano para garantir a livre circulação entre os países e Sala das Sessões, 12 de julho de 2007. – Cris- um outro para a supressão das assimetrias. tovam Buarque, Senador. A PPT, segundo afirmou o Chanceler, trabalhou sobre a reforma institucional do Mercosul, incluindo o RELATÓRIO DE MISSÃO DA TERCEIRA SESSÃO estudo de um orçamento para o Parlamento, para o PLENÁRIA DO PARLAMENTO DO MERCOSUL Instituto Social do Mercosul, a Secretaria e o Tribunal Em atendimento à designação do Congresso Permanente de Revisão. Nacional, nos termos das Disposições Transitórias Afirmou encontrar-se muito avançado o Código Primeira, Segunda e Terceira do Protocolo Constitu- Aduaneiro do Mercosul, com estudos sobre a definição tivo do Parlamento do Mercosul, combinadas com os de mecanismo para a distribuição da renda aduaneira. arts. 57, § 5º, da Constituição Federal, e § 9º do Regi- Afirmou, em seguida, que os Fundos de Conver- mento Comum, de acordo com as indicações das lide- gência Estrutural do Mercosul já são uma realidade, ranças, estive, como membro da delegação brasileira, vez que foram aprovados todos os projetos pilotos em Montevidéu, Uruguai, nos dias 25 e 26 de junho voltados para a superação das diferenças resultantes do corrente ano, para representar o Brasil na terceira do nível de assimetrias entre as economias dos Es- sessão do Parlamento do Mercosul. tados Partes. 508 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23823 Sobre a integração energética entre os países do a implementação do trabalho, entre elas as distintas Mercosul, o Chanceler declarou haver sido assinado culturas parlamentares, o que gera tendência de se memorando de entendimento, que prevê constituição buscar utilizar mecanismos, inspirados nos regimentos de grupo de trabalho sobre bio-combustíveis. internos dos respectivos parlamentos nacionais, para No que tange ao aperfeiçoamento do Protocolo um Parlamento Regional. Lembrou ainda que muitas de Olivos, a PPT buscou o fortalecimento da Secre- das propostas de emendas foram enviadas sem a ne­ taria do Tribunal. cessária indicação quanto ao dispositivo a ser emen- No que diz respeito às negociações internacionais dado, manifestando-se contrariamente à inserção, no do Mercosul, informou o Sr. Lezcano que prosseguem Regimento, de dispositivos referentes a temas adminis- os entendimentos com Israel, SACU (União Aduaneira trativos e a questões éticas, que deverão ser tratados da África Austral), Índia, Paquistão, Cingapura, Coréia, em documentos distintos. União Européia, países do Golfo Pérsico e com a OMC O Parlamentar Ricardo Jano propôs que a votação (Organização Mundial de Comércio). do Regimento e a composição das comissões fossem Acrescentou que também avança a criação da feitas na próxima sessão do Parlamento. O Parlamentar União Sul-Americana de Nações (UNASUR) e que Doreen Ibarra propôs que se assegurasse o quórum prossegue, ademais, o diálogo político Mercosul-União para a próxima sessão, haja vista não haver, na atual, Européia e Mercosul-Federação Russa. o quórum previsto pelo art. 14 e pelo art. 15, inciso V, No que concerne ao tema do desenvolvimento do PCPM (maioria absoluta de integrantes da repre- social, explicou o Chanceler a realização de trabalho sentação parlamentar de cada Estado Parte), para a junto aos setores da sociedade civil e movimentos aprovação do Regimento. sociais. Nesse sentido, foi realizada, em Assunção, O relator lembrou que as emendas apresentadas a Segunda Cúpula Social do Mercosul, coordenada sem indicação dos artigos a serem emendados não pelo Foro Consultivo Econômico e Social do Merco- serão consideradas. Apontou as dificuldades encontra- sul (FCES). das para a implementação do trabalho, entre elas as Outras iniciativas da PPT paraguaia foram: a de- distintas culturas parlamentares, o que gera tendência finição das linhas estratégicas de trabalho do Instituto de se buscar utilizar mecanismos, inspirados nos regi- Social do Mercosul, com sede em Assunção; adoção mentos internos dos respectivos parlamentos nacio- de estratégia para a criação de empregos formais na nais, para um Parlamento Regional. Lembrou ainda, na região, por meio do “Projeto Políticas de Emprego para oportunidade, que muitas das propostas de emendas a Igualdade de Gênero e Etnias”. foram enviadas sem a necessária indicação quanto ao O Ministro ressaltou a imperiosa necessidade de dispositivo a ser emendado, e manifestou sua posição que a livre circulação de produtos seja estabelecida contrária à inserção, no Regimento, de dispositivos re- no Mercosul. Lembrou que os produtores reclamam a ferentes a temas administrativos e a questões éticas, previsibilidade das normas do Mercosul para que não que devem ser tratados em documentos distintos. percam seus produtos perecíveis. O Relator lembrou que as emendas apresentadas O Parlamentar Alfredo Atanasof pediu um apar- sem indicação dos artigos a serem emendados não te para lembrar que se trata de conflito concernente serão consideradas, e aquelas já apresentadas sem ao trânsito de bananas do Paraguai para Argentina, referência ao artigo, ficam anuladas. Abriu-se prazo de já solucionado. 10 (dez) dias para a apresentação de emendas, até o dia 6 de julho próximo. 2.1. Transmissão da Presidência No dia 16 de julho a Comissão de Regimento de- Em seguida, a Presidência foi transmitida ao Par- verá reunir-se para a análise das emendas apresenta- lamentar Roberto Conde. das. A proposta do texto final do Regimento será distri- buída a partir das 18h do dia 18 de julho de 2007. 2.2. Discussão do Regimento Até o dia 25 de julho, às 12h, serão recebidas O Parlamentar Fabián Rios propôs que na pró- propostas de emendas que modifiquem ou suprimam xima sessão do Parlamento as delegações nacionais os artigos do Projeto. Das propostas de emenda deverá trouxessem a composição das comissões. Em segui- constar o artigo a que se referem, do contrário serão da, o Parlamentar Marcelo Duarte propôs moção de anuladas. Caso a proposta pretenda acrescentar um adiamento da discussão do Regimento. novo artigo ao Projeto de Regimento, seu autor deverá O Presidente passou, então, a palavra ao Rela- especificar o capítulo e a seção onde o mesmo deverá tor, Parlamentar Dr. Rosinha, que apresentou relató- ser inserido, sob pena de ser a emenda desconside- rio geral, apontando as dificuldades encontradas para rada pelo relator. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 509 23824 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 Decide-se que haverá 10 (dez) comissões. Antes art. 18, inciso I, do PCPM, tendo em vista da saída do dia 30 de julho próximo, cada país deverá decidir da delegação da Argentina do Plenário. quais são os 2 (dois) parlamentares que integrarão as Ficou decidido, na ocasião, que a próxima sessão comissões, com exceção da última, que será integra- plenária realizar-se-á em 30 de julho próximo. da posteriormente. A representação brasileira, que foi recebida pelo 3. Agenda Política Chefe da Delegação do Brasil junto ao Mercosul e à Aladi, Embaixador Régis Arslanian, esteve composta O Relator da Comissão de Agenda Política, Parla- dos seguintes Parlamentares do Mercosul: Deputado mentar Rafael Michelini, apresentou seu relatório, men- Beto Albuquerque; Senador Inácio Arruda; Deputado cionando os seguintes principais pontos para a agenda: Germano Bonow; Senador Cristovam Buarque; Depu- diagnóstico da percepção do Mercosul na região, para tado Cláudio Diaz; Deputado George Hilton; Senador o qual dever-se-á solicitar às Chancelarias dos países Aloizio Mercadante; Senador Geraldo Mesquita Junior; membros um relatório sobre a situação do Mercosul; Senador Efraim Morais; Deputado Geraldo Resende; cumprimento dos incisos VI (seis) e VII (sete) do art. 4º Deputado Doutor Rosinha; Deputado Max Rosenmann; do Protocolo Constitutivo do Parlamento do Mercosul Deputado Cezar Schirmer; Senadora Mansa Serrano; (PCPM); estudo sobre o relacionamento do Parlamento com o Conselho do Mercado Comum; elaboração da Senador Pedro Simon; Deputado José Paulo Tóffano; página web do Parlamento utilizando a infra-estrutura Senador Romeu Tuma e Senador Sérgio Zambiasi. do Senado Federal do Brasil. Outros temas sugeridos 7. Considerações finais por diversos parlamentares são: o Código Aduaneiro A Terceira Sessão Plenária do Mercosul foi mar- do Mercosul, reconhecimento de títulos universitários, cada pela aprovação do Parlamento do Mercosul e a questão da pobreza, demandas da sociedade civil; eleição do novo presidente, o Parlamentar Roberto reunião com o Grupo Ad-Hoc do Aqüífero Guarani; Conde, o atual vice-presidente pelo Uruguai. Com levantamento dos documentos do Mercosul em vigor e harmonização de políticas macroeconômicas. a aprovação do Regimento e a constituição das co- Sobre o tema da Venezuela, a Parlamentar Aurora missões, o Parlamento ficou em condições de iniciar Morales solicitou que os países do Mercosul ratifiquem sua efetiva atividade legislativa no segundo semestre o Protocolo de Adesão daquele país ao Mercosul. A re- deste ano. presentação Argentina apresenta projeto de Declaração A proposta de agenda política aprovada pelo que sugere aos Parlamentos do Brasil e do Paraguai Parlamento estabeleceu os assuntos prioritários que que aprovem o referido Protocolo de Adesão. deverão ser tratados pelo Parlamento. Entre eles, cum- pre destacar a inclusão do combate à pobreza, na for- 4. Protocolo de Adesão da Venezuela ma de uma melhor distribuição dos benefícios, com Sobre o tema da Venezuela, a Parlamentar Aurora a requalificação de mão-de-obra e investimento em Morales solicitou que os países do Mercosul ratificassem educação, além de outros pontos essenciais, como a o Protocolo de Adesão daquele país ao Mercosul. A re- unificação dos parâmetros macroeconômicos dentro presentação Argentina apresentou projeto de Declaração do bloco, a criação do Banco do Sul e a integração que sugere aos Parlamentos do Brasil e do Paraguai energética, fundamental para a consolidação da inte- que aprovem o referido Protocolo de Adesão. gração regional do Mercosul. 5. Projetos aprovados É importante assinalar, ainda, a aprovação de dois Projetos de Declaração de Apoio, relativos à questão Dois Projetos de Declaração (anexo) foram apro- da soberania das Ilhas Malvinas e à posição assumida vados: de apoio à soberania das Ilhas Malvinas (autor: pelo Mercosul nas negociações da OMC. Parlamentar Alfredo Atanasof) e sobre a Rodada de Brasília, 6 de julho de 2007. – Cristovam Buar- Doha (autor: Parlamentar Aloísio Mercadante). Ambas que, Senador da República. as Declarações serão enviadas aos parlamentos nacio- nais e aos governos dos países membros e Associados ANEXO I do Mercosul bem como ao Parlamento Europeu, sendo Ilhas Malvinas que a segunda será, também, enviada à Organização Mundial do Comércio – OMC (vide Anexo 1). MERCOSUR/PM/DECL. Nº 2/2007 6. Discussão sobre a Venezuela Respaldo a los legítimos derechos de la Repú- Seguiu-se debate sobre a situação da Vene- blica Argentina en la disputa de soberanía referida a zuela, que foi interrompido pelo Presidente, à luz do la Cuestión de las Islas Malvinas 510 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23825 En la ciudad de Montevideo, el 25 de junio de metida liberalização do comércio agrícola, pois os 2007, reunido en ocasión de la III Sesión Ordinaria, países desenvolvidos continuam a ter significativas El Parlamento del Mercosur barreiras tarifárias e não–tarifárias nessa área, além declara: de praticarem uma substancial política de subsídios “Los parlamentarios del Mercosur manifiestan que distorce inteiramente os fluxos comerciais de su compromiso con la Declaración de los Presidentes bens agrícolas; de los Estados Parte del Mercosur y de la República Enfatizando que o resultado geral da Rodada Uru- de Bolivia y de la República de Chile, firmada el 25 de guai foi a produção de acordos assimétricos, em detri- junio de 1996 en Potrero de los Funes, denominada mento dos interesses dos países em desenvolvimento Declaración sobre Malvinas, y con todas las declara- e, particularmente, dos Estados Partes do Mercosul, ciones posteriormente emanadas en este mismo sen- bem como a ampliação das desigualdades econômicas tido, reafirmando su respaldo a los legítimos derechos internacionais e a concentração ainda maior do fluxo de la República Argentina en la disputa de soberanía do comércio nos países desenvolvidos; referida a la Cuestión de las Islas Malvinas. Convicto de que a Rodada Doha tem de ser fun- Y se manifiestan de conformidad con el reiterado damentalmente uma “rodada do desenvolvimento” que interés regional en que la prolongada disputa de sobe- corrija as assimetrias do comércio mundial e assegure ranía entre la República Argentina y el Reino Unido de as condições para a prosperidade das nações que não Gran Bretaña e Irlanda del Norte sobre las Islas Malvi- têm posição privilegiada no cenário internacional; nas, Georgias del Sur, Sandwich del Sur y los espacios Recordando que o parágrafo 2º da Declaração marítimos circundantes, alcance una pronta solución Ministerial de Hong Kong estabeleceu que um dos de conformidad con las resoluciones de las Naciones objetivos principaís da Rodada Doha é o de ampliar a Unidas y las declaraciones de la Organización de los participação dos países em desenvolvimento no co- Estados Americanos”. mércio mundial; Montevideo, 25 de junio de 2007. Certo de que tal ampliação depende, em grande parte, da prometida liberalização dos protegidos mer- ANEXO II cados dos países desenvolvidos aos bens agrícolas Negociações da OMC dos países em desenvolvimento; Convicto também que a liberalização do comércio MERCOSUL/PM/DECL. Nº 1/2007 agrícola, por ser uma pendência da Rodada Uruguai, não pode ser condicionada a uma ampliação significa- Declara apoio as posições assumidas pelos Es- tiva da abertura dos mercados dos países em desen- tados Partes do Mercosul nas negociações da OMC e volvimento a bens manufaturados, pois isso resultaria manifesta o entendimento de que a Rodada Doha só na impossibilidade desses países desenvolverem as chegará a bom termo se induzir a liberalização signifi- suas incipientes indústrias; cativa do comércio agrícola e a correção das assime- Consciente de que os negociadores dos Estados trias nos fluxos do comércio mundial. Partes do Mercosul, em conjunto com os negociado- Considerando que na Rodada Uruguai os países res dos demais participantes do G20, pautam as suas desenvolvidos negociaram exitosamente novos temas posições pelos interesses maiores de suas nações e no GATT, como serviços, propriedade intelectual e in- vestimentos, que lhes propiciaram ganhos comerciais pela necessária e justa busca de um mundo menos e econômicos significativos, mas que, por outro lado, assimétrico e mais próspero; e limitaram a capacidade de países em desenvolvimen- Repudiando aqueles que querem responsabilizar to de promoverem políticas de desenvolvimento e de as nações em desenvolvimento, em particular o Merco- ciência e tecnologia; sul e o G20, pelo atual impasse da Rodada Doha; Assinalando que, naquela rodada, as concessões O Parlamento do Mercosul declara: tarifárias ofertadas pelos países em desenvolvimento • Seu apoio às posições assumidas pe- foram mais de duas vezes superiores às concedidas los negociadores dos Estados Partes do Mer- pelos países desenvolvidos, uma vez que estes já ti- cosul na Organização Mundial do Comércio nham indústrias muito competitivas e possuíam, em (OMC). conseqüência, barreiras tarifárias comparativamente • Seu entendimento de que a Rodada mais baixas; Doha só chegará a bom termo se induzir uma Recordando que a introdução do tema agri- significativa liberalização do mercado agrícola cultura na Rodada Uruguai não resultou na tão pro- e corrigir as assimetrias da Rodada Uruguai. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 511 23826 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 • Sua defesa dos setores industriais dos mento econômico e social e uma difusão tecnológica Estados Partes e dos seus empregos, que não capaz de mudar a realidade de toda uma região e sua podem ficar comprometidos por novas conces- população. sões abusivas nesta rodada da OMC. A instalação de uma Zona de Processamento • Sua convicção de que o comércio tem de Exportação na cidade de Campina Grande será de ser um instrumento para a prosperidade de fundamental importância para o desenvolvimen- de todos os países, o que demanda acordos to do semi–árido paraibano e nordestino, criando um equilibrados e justos. novo centro de atração de investimentos e difusão • Seu entendimento de que as nações tecnológica. do Mercosul têm de preservar espaço para a É importante ressaltar que o Município de Cam- implantação de políticas de desenvolvimento, pina Grande já agrega vários fatores que facilitariam ciência e tecnologia e saúde pública, bem como a instalação da ZPE proposta, em especial o fato de outras necessárias para a promoção do seu ser um importante centro universitário e tecnológico crescimento e da qualidade de vida de suas da Região Nordeste, possuir uma ampla infra–estru- populações. tura de transportes aeroviário, rodoviário e ferroviário, Montevidéu, 25 de Junho 2007. este interligado ao Porto de Cabedelo, possuir forte vocação industrial, sendo um pólo da indústria de ce- O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB râmica e de minerais não preciosos, além da existência – ES) – A comunicação que acaba de ser lida vai à de mão–de–obra qualificada e disponível. publicação e será juntada ao processado do Requeri- Por todas as razões acima expostas é que solicito mento nº 707, de 2007. o apoio dos meus pares no sentido de aprovarmos a Sobre a mesa, projeto que passo a ler. presente proposição, que, sem qualquer dúvida, será É lido o seguinte: fundamental para o desenvolvimento do Estado da Pa- raíba e da Região Nordeste, reduzindo o desequilíbrio regional existente hoje em nosso País. PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 418, DE 2007 Sala das Sessões, 12 de julho de 2007. – Sena- dor Cicero Lucena. Dispõe sobre a criação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Município de Campina Grande, no Estado LEGISLAÇÃO CITADA da Paraíba. LEI Nº 7.792, DE 4 DE JULHO DE 1989 O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a criar Limita em dez o número de Zona de uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE), no Processamento de Exportações (ZPE). Município de Campina Grande, no Estado da Paraíba...... Parágrafo único – A Zona de Processamento de Art. 1º Fica limitado em 12 (doze) o número de Zo- Exportação de que trata este artigo terá a sua criação, nas de Processamento de Exportações – ZPE, de que características, objetivos e funcionamento, regulados trata o Decreto-Lei nº 2.452, de 29 de julho de 1988.. pela legislação pertinente. (Redação dada pela Lei nº 7.993, de 1990) (Vide Lei Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua nº 8.015, de 1990) publicação, revogado o disposto no art. 1º da Lei nº ...... 8.015, de 7 de abril de 1990 e o art. 1º da Lei nº 7.792, Brasília, 4 de julho de 1989; 168º da Independên- de 4 de julho de 1989. cia e 101º da República. – JOSÉ SARNEY, Roberto Justificação Cardoso Alves. A criação e instalação de Zonas de Processa- Este texto não substitui o publicado no DOU de 5-7-1989. mento de Exportação constitui–se em um dos mais importantes instrumentos de redução dos desequilí- LEI Nº 8.015, DE 7 DE ABRIL DE 1990 brios regionais de que deispõe o Governo. A experiência demonstra que o aumento da ar- Autoriza a criação de Zonas de Pro- recadação tributária nessas regiões, aliada à atração cessamento de Exportação e dá outras de empresas e investimentos, com a conseqüente providências. geração de empregos, proporciona um desenvolvi- ...... 512 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23827 Art. 1º É elevado para catorze o limite estabele- Art. 2º Esta Resolução entra em vigor no pri- cido no art. 1º da Lei nº 7.792, de 4 de julho de 1989, meiro dia da terceira Sessão Legislativa da 53º Le- na redação dada pela Lei nº 7.993, de 5 de janeiro gislatura. de 1990. Justificação ...... Trata-se de flagrante constrangimento a injusti- Senado Federal, 7 de abril de 1990; 169º da Inde- ficável permanência de Senadores investigados pelo pendência e 102º da República. – Nelson Carneiro. Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa Este texto não substitui o publicado no DOU de 10-4-1990. nas funções que porventura exerçam, pois, por sua posição privilegiada, podem interferir no processo de (Às Comissões de Desenvolvimento Re- maneira altamente desaconselhável, tanto por ação gional e Turismo e de Assuntos Econômicos, como por omissão. cabendo à última a decisão terminativa.) Não obstante, seria temerário e contraprodu- cente determinar o afastamento preventivo dos Se- O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB nadores das suas funções no caso do oferecimento – ES) – O projeto que acaba de ser lido será publicado de qualquer representação. Assim, se a representa- e remetido às Comissões competentes. ção se der por fato sujeito às penas de advertência Sobre a mesa projeto que passo a ler. e censura, nos termos do art. 7º, incisos I e II, da Resolução do Senado Federal nº 20, de 1993, não É lido o seguinte: há que se falar em afastamento dos Senadores das suas funções.

Por outro lado, se a representação se der por PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 37, DE 2007 fato sujeito às penas de perda temporária do exercí- Dispõe sobre o afastamento preventivo cio do mandato e perda do mandato, nos termos do art. 7º, incisos III e IV, da referida Resolução, convém do Senador ocupante do cargo de Correge- que os representados afastem-se das funções que dor do Senado, membro da Mesa Diretora, eventualmente exerçam, especificamente a função de do Conselho de Ética e Decoro Parlamen- Corregedor do Senado e os cargos da Mesa Diretora, tar e Presidente da Comissão em caso de incluindo os suplentes, os membros do Conselho de oferecimento de representação contra Se- Ética e Decoro Parlamentar e ainda a presidência de nador por fato sujeito á pena de perda do comissões. mandato ou à pena de perda temporária do Com a aprovação do presente Projeto de Reso- exercício do mandato. lução espera-se sanar essa “lacuna ética”, que tanto vem desgastando a imagem da Casa, e mais, asse- O Senado Federal resolve: gurar a necessária isenção na condução dos procedi- Art. 1º O art. 14 da Resolução do Senado Federal mentos dessa natureza, além de indicar um tratamento nº 20, de 1993, passa a vigorar acrescido do seguinte isonômico para todos os Senadores em semelhantes parágrafo único: situações. “Art. 14...... Estou certo de que a presente sugestão encon- Parágrafo único. Se encaminhada a re- trará acolhida entre os que buscam preservar o Se- presentação ao Conselho de Ética e Decoro nado Federal como esteio de elevados valores éticos Parlamentar, nos termos do caput, fica pre- e como um dos pilares da democracia. ventivamente afastado da função que exerça Sala de Sessões, 12 de julho de 2007, – Delcí- o Senador ocupante de cargo da Mesa Dire- dio Amaral. tora, ainda que suplente, de presidência de O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB comissão, de membro do Conselho de Ética – ES) – O projeto que acaba de ser lido vai a publi- e Decoro Parlamentar e ainda do cargo de cação. Corregedor do Senado. O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB ...... – ES) – A Presidência comunica ao Plenário a aber- JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 513 23828 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 tura de prazo de cinco dias úteis perante a Mesa para SGM/P Nº 1.276/2007 recebimento de emendas ao Projeto de Resolução Brasília, 12 de julho de 2007 nº 37, de 2007, que acaba de ser lido, nos termos no Excelentíssimo Senhor art. 235, II, f, do Regimento Interno. Senador Renan Calheiros O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB Presidente do Senado Federal – ES) – A Presidência recebeu, da Câmara dos Depu- Senhor Presidente, tados, a relação dos nomes eleitos por aquela Casa Tenho a honra de comunicar a Vossa Excelência para comporem a Comissão Representativa do Con- que a Câmara dos Deputados, em sessão realizada gresso Nacional, prevista no § 4º do art. 58 da Cons- no dia 12 de julho de 2007, elegeu, conforme relação tituição Federal. anexa, os deputados que integrarão a Comissão Re- Sobre a mesa, ofício do Presidente da Câmara, presentativa do Congresso Nacional prevista no § 4º do art. 58 da Constituição Federal. que passo a ler. Atenciosamente, – Arlindo Chinaglia, Presi- É lido o seguinte: dente. 514 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23829 O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB – ES) – Fica assim constituída a Comissão Represen- – ES) – Sobre a mesa, parecer que passo a ler. tativa do Congresso Nacional, que exercerá o mandato É lido o seguinte: no período de 18 a 31 de julho do corrente ano: SENADO FEDERAL PARECER Nº 611, DE 2007 Titulares Suplentes Da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, sobre o Projeto de Lei do Se- BLOCO PARLAMENTAR DA MINORIA nado nº 163, de 2007, de autoria do Senador (PFL/PSDB) Aloizio Mercadante, que altera dispositivos Demóstenes Torres Jonas Pinheiro do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro Edison Lobão Marisa Serrano de 1940 – Código Penal, que tratam da subs- Lúcia Vânia Arthur Virgílio tituição da pena privativa de liberdade. PMDB Relator: Senador Valter Pereira Renan Calheiros Neuto de Couto I – Relatório Valdir Raupp Wellington Salgado Esta Comissão examina, em caráter terminativo, nos BLOCO DE APOIO AO GOVERNO termos do art. 101, II, d, do Regimento Interno do Senado (PT/PTB/PL/PSB/PCdoB/PRB/PP) Federal (RISF), o Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 163, de 2007, de autoria do Senador Aloizio Mercadante, que Sibá Machado Inácio Arruda pretende alterar o Código Penal (CP) para: Ideli Salvatti Renato Casa Grande 1) incluir entre as penas restritivas de PDT/P-SOL direitos, previstas em seu art. 43, o recolhi- Cristovam Buarque José Nery mento domiciliar; 2) permitir que o juiz substitua a pena CÂMARA DOS DEPUTADOS privativa de liberdade pelo compromisso de Titulares Suplentes freqüência a curso escolar ou profissiona- PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB lizante, quando a condenação for inferior a seis meses; Arlindo Chinaglia Antônio Andrade 3) impedir a aplicação das penas de Edinho Bez Chico Abreu prestação pecuniária e de multa cumulati- Jofran Frejat Gilmar Machado varnente; Magela Osvaldo Reis 4) destinar a prestação pecuniária pre- Márcio Reinaldo Moreira Paes Landim ferencialmente à vítima ou a seus dependen- Mauro Benevides Pedro Novais tes; Sérgio Moraes Pedro Wilson 5) revogar a previsão do caput do art. 46 Vital do Rêgo Filho Virgílio Guimarães que restringe a aplicação da pena de presta- Walter Pinheiro Waldir Maranhão ção de serviços à comunidade aos condena- PSDB/DEM/PPS dos em pena privativa de liberdade superior a seis meses; Fernando de Fabinho Eduardo Gomes 6) permitir antecipação do cumprimento Guilherme Campos Moreira Mendes de pena substitutiva, ainda que a pena subs- Leonardo Vilela Rafael Guerra tituída seja inferior à um ano (art. 46, § 4º do Paulo Abi-Ackel (vago) CP); Raul Jungman (vago) 7) obrigar o juiz – e não mais facultar – a PSB/PDT/PCdoB/PMN substituir por pena de multa cumulada com Márcio França (vago) outra restritiva de direitos a pena privativa de Rodrigo Rollemberg (vago) liberdade não superior a um ano – e não mais a seis meses (art. 60, § 2º, do CP); PV 8) a proposição prevê, ainda, ajuste na Sarney Filho (vago) atual redação do art. 58 do CP. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 515 23830 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 Na justificação, o autor argumenta que “as No que tange à inclusão do recolhimento domi- penas alternativas, especialmente a prestação de ciliar entre as penas restritivas de direitos enumera- serviços à comunidade, devem ser valorizadas no das no art. 43 do CP, lembramos que o projeto que sistema penal. Isso porque a prestação de serviços deu origem à Lei nº 9.714, de 25 de novembro de busca integrar elementos como a reparação do dano 1998, já havia proposto essa alteração. Foi, no en- causado à sociedade, a valorização das aptidões tanto, objeto de veto nesse ponto, sob o argumento do condenado e a sua efetiva integração, através de que “a figura do ‘recolhimento domiciliar’, confor- do trabalho gratuito.” me a concebe o Projeto, não contém, na essência, o Não foram oferecidas emendas ao projeto. mínimo necessário de força punitiva, afigurando-se totalmente desprovida da capacidade de prevenir II – Análise nova prática delituosa. Por isto, carente do indispen- A matéria tratada no presente projeto de lei in- sável substrato coercitivo, reputou-se contrária ao sere-se naquelas de competência privativa da União interesse público a norma do Projeto que a institui (art. 22, I, da Constituição Federal). como pena alternativa.” Mostram-se necessárias algumas considerações A fim de evitar aposição de novo veto com esse prévias, uma vez que o PLS nº 137, de 2007, de autoria fundamento, com base nas idéias contidas no citado do Senador Demóstenes Torres, que altera o Decre- PLS nº 137, de 2007, substituímos o recolhimento to-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código “domiciliar” pela possibilidade de o juiz aplicar outra Penal), e a Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, para pena restritiva de direitos, além daquelas listadas nos ampliar a aplicação das penas alternativas, também atuais incisos I a VI do art. 43, que ele entender mais se encontra sob minha relatoria. adequada, considerando a situação econômica, a ap- Embora essas proposições (PLS nº 163, de 2007, tidão e a personalidade do condenado. e o PLS nº 137, de 2007) não tramitem em conjunto, a Parece-nos que a legislação brasileira, no que conexão das matérias por elas tratadas justifica a reu- concerne à utilização de penas alternativas, deve me- nião dos temas para fins de discussão nesta Comis- lhor se adequar à realidade e às especificidades do caso concreto. Assim, convém que o juiz possa, a par- são. Nesse sentido, buscaremos aproveitar as contri- tir do exame das particularidades da causa – situação buições de ambos os projetos por meio da elaboração económica, aptidão e personalidade do condenado –, de Substitutivo ao PLS nº 163, de 2007, considerando escolher a pena mais apropriada para alcançar resul- ser este mais abrangente que o PLS nº 137, de 2007. tados satisfatórios, especialmente do ponto de vista Vale registrar que não verificamos divergências entre da ressocialização do sentenciado. as alterações pretendidas pelos projetos. Com isso, acrescentamos, nos mesmos moldes Passemos, assim, à análise do PLS nº 163, de do PLS nº 137, de 2007, o art. 148-A à Lei de Execu- 2007, que ora relatamos e ao qual serão acrescidas ção Penal, para determinar que o juiz deverá deixar as modificações propostas no texto do PLS nº 137, expresso na sentença a forma e as condições para de 2007. execução da pena restritiva de direitos que não esteja Em todo o mundo, a adoção de penas alternativas prevista em lei. tem, por várias razões, se mostrado eficaz, apresen- O PLS nº 163, de 2007, prevê, ainda, a inclusão tando, inclusive, os que a elas são submetidos, menor de § 1º no art. 43 do Código Penal para permitir a subs- índice de reincidência se comparado com o sistema tituição, pelo juiz, de pena privativa de liberdade pelo, tradicional. A primeira dessas razões se refere ao fato compromisso de freqüência a curso regular ou profis- de que as penas alternativas se voltam para a quali- sionalizante, quando a condenação for inferior a seis ficação profissional e a ressocialização do sentencia- meses. Sem dúvida, estimulará a inserção, de forma do. Além disso, a aplicação dessas penas apresenta saudável, do condenado no convívio social. baixos custos para o poder público. Por fim, oferece O projeto também pretende vedar a aplicação a vantagem de diminuir as tensões geradas pelo pro- cumulada de pena de prestação pecuniária e de mul- blema da superlotação nos estabelecimentos penais, ta por meio da alteração dos art. 44, §§ 2º e 6º do CP. circunstância esta que merece destaque, dada a situ- Mostra-se medida de extrema conveniência, uma vez ação atual do sistema penitenciário brasileiro. que se privilegia o caráter sócioeducativo no momento Nesses termos, a presente proposição vem ao da escolha e imposição da pena. Sugerimos, todavia, encontro dessa tendência mundial. alterar o § 6º a fim de harmonizá-lo com o § 2º, nos 516 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23831 termos da redação que lhe foi dada pelo PLS: melhor Também muito oportuna a modificação do pará- seria, ao que nos parece, a menção única aos casos grafo único do art. 58, o qual, equivocadamente, faz re- de cumulatividade entre as penas de multa e presta- ferência ao parágrafo único do art. 44, em vez de § 2º. ção pecuniária, uma vez que a proibição de aplica- Quanto à redação sugerida pelo PLS para o § 2º ção isolada resulta da própria cominação legal, isto do art. 46 do Código Penal, optamos por suprimi-la, é, caso a caso. entendendo que representa indevida interferência nas A proposta de alteração do § 1º do art. 45 do atribuições do Poder Executivo estadual. Código Penal – com o fim de destinar, preferencial- Por fim, não vislumbramos vícios concernentes mente à vítima ou a seus dependentes, o valor pago àregimentalidade, juridicidade ou constitucionalidade em razão do cumprimento de prestação pecuniária e acreditamos que as alterações propostas permitirão – é muito adequada, na medida em que aumenta- aplicação mais adequada e profícua das penas alter- rá a garantia da vítima quanto à recomposição do nativas em nosso sistema penal. dano que eventualmente lhe tenha sido causado III – Voto pelo agente criminoso. No Substitutivo adiante apre- Pelas razões expostas, somos pela aprovação sentado, alteramos a redação constante do PLS nº do Projeto de Lei do Senado nº 163, de 2007, incor- 163, de 2007, para tornar mais clara essa ordem poradas as alterações propostas pelo PLS nº 137, de de preferência 2007, nos termos do seguinte Substitutivo: O PLS nº 163, de 2007, pretende, ainda, atualizar a redação desse dispositivo (art. 45, § 1º) para que o EMENDA Nº 1-CCJ (SUBSTITUTIVO) valor pago seja deduzido também de acordo homolo- PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 163, DE 2007 gado em ação de reparação civil. A redação atual pre- vê a dedução tão-somente nos casos de condenação. Altera dispositivos do Decreto-Lei nº Além disso, visando ao aperfeiçoamento do instituto e 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código de acordo com o proposto pelo Senador Demóstenes Penal), e da Lei nº 7.210, de 11 de julho de Torres no PLS nº 137, de 2007, propomos seja contem- 1984, que tratam da substituição da pena plada a exclusão do limite máximo de 360 (trezentos privativa de liberdade. e sessenta) salários mínimos para a fixação da pres- O Congresso Nacional decreta: tação pecuniária. Art. 1º Os arts. 43 a 46, 55, 58 e 60 do Decreto-Lei A redação atual do art. 46, caput do CP, restringe nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, a pena de prestação de serviços à comunidade ou a passam a vigorar com as seguintes alterações: entidades públicas às condenações em penas priva- “Art. 43...... tivas de liberdade superiores a seis meses. A nosso ...... sentir, essa limitação (acima de seis meses) não deve VII – outra que o juiz entender adequada, persistir, pois, como bem ressaltou o autor do proje- considerando-se a situação econômica, a ap- to, “as penas alternativas, especialmente a prestação tidão e a personalidade do condenado. de serviços à comunidade, devem ser valorizadas no Parágrafo único. Quando a condenação sistema penal.” Assim, concordamos com a retirada for inferior a seis meses, o juiz pode substituir desse dispositivo de acordo com o disposto no PLS a pena privativa de liberdade pelo compromis- nº 163, de 2007. so de freqüência a curso regular ou profissio- Pela mesma razão, parece-nos conveniente per- nalizante. (NR)” mitir a antecipação do cumprimento de pena de pres- “Art. 44...... tação de serviço à comunidade, mesmo se a pena ...... substituída for inferior a um ano (art. 46, § 1º, do CP), § 2º Na condenação igual ou inferior a bem como impor ao juiz o dever de substituir por pena um ano, a substituição deverá ser feita por de multa cumulada com outra restritiva de direitos a multa e por uma pena restritiva de direitos; se pena privativa de liberdade não superior a um ano – e superior a um ano, a pena privativa de liber- não mais seis meses (art. 60, § 2º, do CP). Amplia- dade deverá ser substituída por duas restriti- se, nesses termos, o âmbito de aplicação das penas vas de direitos. restritivas de direitos...... JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 517 23832 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 § 6º A prestação pecuniária e a pena de § 2º A pena privativa de liberdade aplica- multa não poderão ser aplicadas cumulativa- da, não superior a um ano, deverá ser substi- mente. (NR)” tuída pela pena de multa, desde que cumula- “Art. 45...... tivamente a outra restritiva de direitos, obser- ...... vados os critérios previstos no art. 44 deste § 1º A prestação pecuniária consiste no Código. (NR)” pagamento em dinheiro à vítima, a seus depen- Art. 2º O art. 148 da Lei nº 7.210, de 11 de julho dentes ou a entidade pública ou privada com de 1984 – Lei de Execução Penal, passa a vigorar com destinação social, nesta ordem de preferência, a seguinte redação: de importância fixada pelo juiz, não inferior a 1 (um) salário mínimo, sendo o valor pago de- “Art. 148. Em qualquer fase da execução, poderá o Juiz, motivadamente, alterar a forma duzido do montante de eventual condenação de cumprimento das penas de prestação de ou acordo homologado em ação de reparação serviços à comunidade, de limitação de fim de civil, se coincidentes os beneficiários. semana ou outra que tenha sido cominada, ...... (NR)” ajustando-as às condições pessoais do conde- “Art. 46. A prestação de serviços à co- nado e às características do estabelecimento, munidade ou a entidades públicas consiste da entidade ou do programa comunitário ou na atribuição de tarefas, sem remuneração, estatal. (NR)” ao condenado. § 1º A prestação de serviços à comunida- Art. 4º A Lei nº 7.210, de 1984, passa a vigorar de dar-se-á em entidades assistenciais, hos- acrescida do seguinte art. 148-A: pitais, escolas, orfanatos e outros estabeleci- “Art. 148-A. No caso de o juiz cominar pena mentos congêneres devidamente cadastrados, restritiva de direitos não prevista nos arts. 149 em programas comunitários ou estatais. a 155 desta Lei, especificará na sentença a for- § 2º As tarefas a que se refere o caput ma e condições de sua execução, aplicando-se, serão atribuídas conforme as aptidões do con- subsidiariamente, no que couber, o disposto no denado, devendo ser cumpridas à razão de Capítulo II do Título V desta Lei. (NR)” uma hora de tarefa por dia de condenação, Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua fixadas de modo a não prejudicar a jornada publicação. normal de trabalho. Sala da Comissão, 18 de abril de 2007. – Sena- § 3º A pena substituída pela prestação dor Pedro Simon, Presidente eventual, Senador Valter de serviços à comunidade poderá ser cum- Pereira, Relator. prida em menor tempo (art. 55), nunca infe- rior à metade da pena privativa de liberdade SUBEMENDA À EMENDA Nº 1- CCJ fixada. (NR)” (SUBSTITUTIVO AO PLS Nº 163, DE 2007) ...... Dê-se ao § 1º do art. 46 do Decreto-Lei nº 2.848, “Art. 55. As penas restritivas de direito de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, nos ter- referidas nos incisos IV, V, VI e VII do art. 43 mos do que propõe o art. 2º do PLS nº 163, de 2007, terão a mesma duração da pena privativa de a seguinte redação: liberdade substituída, ressalvado o disposto “Art. 2º ...... no § 3º do art. 46. (NR)” ...... ‘Art. 46...... “Art. 58...... Parágrafo único. A multa prevista no § § 1º A prestação de serviços à comunida- 2º do art. 44 e no § 2º do art. 60 aplica-se de dar-se-á em entidades assistenciais, hospi- independentemente de cominação na parte tais, escolas, orfanatos e outros estabelecimen- especial. (NR)” tos congêneres devidamente cadastrados, em ...... programas comunitários ou estatais, ou ainda “Art. 60...... em programas de formação didática.’ ...... ”(NR) 518 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23833 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 519 23834 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 520 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23835 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 521 23836 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 TEXTO FINAL § 1º A prestação de serviços à comunida- DO PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 163, de dar-se-á em entidades assistenciais, hospi- DE 2007, NA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, tais, escolas, orfanatos e outros estabelecimen- JUSTIÇA E CIDADANIA QUE: tos congêneres devidamente cadastrados, em programas comunitários ou estatais, ou ainda Altera dispositivos do Decreto-Lei nº em programas de formação didática. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código § 2º As tarefas a que se refere o caput

Penal, e da Lei nº 7.210, de 11 de julho de serão atribuídas conforme as aptidões do con- 1984, que tratam da substituição da pena denado, devendo ser cumpridas à razão de privativa de liberdade. uma hora de tarefa por dia de condenação, O Congresso Nacional decreta: fixadas de modo a não prejudicar a jornada Art. 1º Os arts. 43 a 46, 55, 58 e 60 do Decreto-Lei normal de trabalho. nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, § 3º A pena substituída pela prestação passam a vigorar com as seguintes alterações: de serviços à comunidade poderá ser cum- prida em menor tempo (art. 55), nunca infe- “Art. 43...... rior à metade da pena privativa de liberdade ...... fixada.” (NR) VII – outra que o juiz entender adequada, ...... considerando-se a situação econômica, a ap- “Art. 55. As penas restritivas de direito tidão e a personalidade do condenado. referidas nos incisos IV, V, VI e VII do art. 43 Parágrafo único. Quando a condenação terão a mesma duração da pena privativa de for inferior a seis meses, o juiz pode substituir liberdade substituída, ressalvado o disposto a pena privativa de liberdade pelo compromis- no § 3º do art. 46.” (NR) so de freqüência a curso regular ou profissio- ...... nalizante.” (NR) “Art. 58...... “Art. 44...... Parágrafo único. A multa prevista no § ...... 2º do art. 44 e no § 2º do art. 60 aplica-se § 2º Na condenação igual ou inferior a independentemente de cominação na parte um ano, a substituição deverá ser feita por especial.” (NR) multa e por uma pena restritiva de direitos; se ...... superior a um ano, a pena privativa de liber- “Art. 60...... dade deverá ser substituída por duas restriti- ...... vas de direitos. § 2º A pena privativa de liberdade aplica- ...... da, não superior a um ano, deverá ser substi- § 6º A prestação pecuniária e a pena de tuída pela pena de multa, desde que cumula- multa não poderão ser aplicadas cumulativa- tivamente a outra restritiva de direitos, obser- mente.” (NR) vados os critérios previstos no art. 44 deste ...... Código.” (NR) “Art. 45...... Art. 2º O art. 148 da Lei nº 7.210, de 11 de julho § 1º A prestação pecuniária consiste no de 1984 – Lei de Execução Penal, passa a vigorar com pagamento em dinheiro à vítima, a seus depen- a seguinte redação: dentes ou a entidade pública ou privada com destinação social, nesta ordem de preferência, “Art. 148. Em qualquer fase da execução, de importância fixada pelo juiz, não inferior a poderá o Juiz, motivadamente, alterar a forma um salário mínimo, sendo o valor pago dedu- de cumprimento das penas de prestação de zido do montante de eventual condenação ou serviços à comunidade, de limitação de fim de acordo homologado em ação de reparação semana ou outra que tenha sido cominada, civil, se coincidentes os beneficiários. ajustando-as às condições pessoais do conde- ...... “(NR) nado e às características do estabelecimento, “Art. 46. A prestação de serviços à co- da entidade ou do programa comunitário ou munidade ou a entidades públicas consiste estatal.” (NR) na atribuição de tarefas, sem remuneração, Art. 3º A Lei nº 7.210, de 1984, passa a vigorar ao condenado. acrescida do seguinte art. 148-A: 522 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23837 Art. 148-A. No caso de o juiz cominar Relatório oral sobre a Subemenda à Emenda pena restritiva de direitos não prevista nos arts. nº 1, de autoria dos Senadores Eduardo Suplicy 149 a 155 desta Lei, especificará na sentença a e Aloizio Mercadante forma e condições de sua execução, aplicando- se, subsidiariamente, no que couber, o disposto (.....) no Capítulo II, do Título V, desta Lei. SR. PRESIDENTE SENADOR VALTER PEREI- RA (PMDB – MS) – Senador Suplicy. Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua SENADOR EDUARDO SUPLICY (PT – SP) – Sr. publicação. Presidente, quero parabenizá-lo também como Rela- Sala da Comissão, 18 de abril de 2007. – Sena- tor do parecer e aos Senadores Demostenes Torres é dor Pedro Simon, Presidente eventual. Aloizio Mercadante porque acredito que esse projeto LEGISLAÇÃO CITADA refere-se a uma das necessidades mais prementes do ANEXADA PELA SECRETARIA-GERAL DA MESA que precisa ser feito no âmbito da Justiça Brasileira porque as experiências têm demonstrado que muito CONSTITUIÇÃO DA melhor do que estarem as pessoas trancafiadas em REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL celas onde não têm a oportunidade de se ressociali- zar, de aprender, de se reeducar para o convívio na ...... sociedade, muito melhor é a aplicação de penas al- Art. 22. Compete privativamente à União legis- ternativas. lar sobre: E eu gostaria, Sr. Presidente, de submeter a I – direito civil, comercial, penal, processual, elei- V.Exª como Relator do parecer e aos dois autores, in- toral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do clusive um acréscimo aqui no art. 46 onde nos §§ 1º, trabalho: 2º e 3º estão definidas formas de penas alternativas, ...... mas submeto à apreciação de V. Exª Ainda um § 4º se LEI Nº 7.210, DE 11 DE JULHO DE 1984 os autores considerarem adequado. Que seria muito simples porque veja só, o § 1º ele diz que a presta- Institui a Lei de Execução Penal. ção de serviços à comunidade dar-se-á em entidades ...... assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outros Art. 148. Em qualquer fase da execução, poderá o estabelecimentos e assim por diante em programas Juiz, motivadamente, alterar, a forma de cumprimento comunitários. De maneira consistente, mas… Talvez das penas de prestação de serviços à comunidade e definindo de uma forma mais precisa até para que o de limitação de fim de semana, ajustando-as às con- Juiz possa assim definir e havendo a vontade da pes- dições pessoais do condenado e às características do soa que está cumprindo a pena de ter a capacidade estabelecimento, da entidade ou do programa comu- de fazer isso. A disposição de fazer e o Juiz então po- nitário ou estatal. der definir o seguinte. § 4º – alternativamente poderá ...... a prestação de serviços como pena ser realizada por meio do ensino, sobretudo, com a finalidade de promo- LEI Nº 9.714, DE 25 DE NOVEMBRO DE 1998 ver a alfabetização de pessoas. Então, fica a sugestão encaminhada a V. Exª se quiser aperfeiçoar e os auto- Mensagem de Veto nº 1.447 res também, mas eu… Altera dispositivos do Decreto-Lei nº SR. PRESIDENTE SENADOR VALTER PEREIRA 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código (PMDB – MS) – Eu agradeço a sugestão de V. Exª, acho Penal. que é meritória. Agora, entendo, todavia, que quando ...... se fala em ensino regular já está pressupondo todas as etapas da educação. Mas, de qualquer forma, eu DOCUMENTO ANEXADO PELA SE- consulto os dois autores para que eles se manifestem CRETARIA–GERAL DA MESA, NOS TER- a respeito. Senador Demostenes. MOS DO ART. 250, PARÁGRAFO ÚNICO, SENADOR DEMOSTENES TORRES (PFL – GO) DO REGIMENTO INTERNO. – Já está incluído, Senador. Décima Primeira Reunião Ordinária da Comissão SENADOR EDUARDO SUPLICY (PT – SP) – de Constituição, Justiça e Cidadania da 1ª Sessão Le- Permita, Sr. Presidente. gislativa Ordinária da 53ª Legislatura. Realizada no dia SENADOR DEMOSTENES TORRES (PFL – 18 de abril de 2007, às 10 horas 34 minutos. GO)– Está incluído. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 523 23838 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 SENADOR EDUARDO SUPLICY (PT – SP) – No SENADOR EDUARDO SUPLICY (PT – SP) – esforço do processo de alfabetização que hoje há no Não. Brasil, há as mais diversas formas, inclusive da parte do SENADOR DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) Ministro da Educação para se promover a alfabetização. – Se colocar que é um cientista e tem que dar aula... Aí o que se está lembrando é que poderá, pessoas que SENADOR EDUARDO SUPLICY (PT-SP) – Se eventualmente estejam cumprindo penas, ter a capa- for um professor de Física. cidade de ensinar outros, inclusive a se alfabetizarem. SENADOR DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) E se porventura for lhes dada a oportunidade de … – Então o que eu acho é o seguinte, à medida que Como pena alternativa, estar ensinando pessoas a ler você determina... e a escrever, isso poderia estar consoante ao objetivo SENADOR ALOIZIO MERCADANTE (PT – SP) de alfabetização daqueles que ainda no Brasil não se – Vou dar uma sugestão de redação Senador Demós- alfabetizaram. Então é essa a sugestão, se os autores tenes, vê como analisa: A prestação de serviços à co- e V.Exª considerar adequada fica aí para exame. munidade dar-se-á em entidades assistenciais, hospi- SR. PRESIDENTE SENADOR VALTER PEREI- tais, escolas, portanto, estão contemplados orfanatos RA (PMDB – MS) – Da minha parte não tem proble- e outros estabelecimentos congêneres devidamente ma. Consulto ... cadastrados, em programas comunitários de formação didática ou estatais. SENADOR DEMOSTENES TORRES (PFL – GO) SENADOR DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) – Eu vejo aí com o Senador Aloizio Mercadante que é – Pode ser. o autor nessa parte, mas eu vejo .... SENADOR EDUARDO SUPLICY (PT – SP) – SR. PRESIDENTE SENADOR VALTER PEREI- Formação didática inclui desde alfabetizar a ensinar RA (PMDB – MS) – Senador Mercadante. Física, Química, Direito e assim por diante. SENADOR DEMOSTENES TORRES (PFL – GO) SENADOR ALOIZIO MERCADANTE (PT – SP) – Eu vejo ao colocar outras penas alternativas já fica – Dessa forma eu acho que fica contemplada a ini- definido que o Juiz também pode fazer essa. ciativa. SR. PRESIDENTE SENADOR VALTER PEREIRA SENADOR EDUARDO SUPLICY (PT – SP) – Es- (PMDB – MS) – Há uma Emenda do Senador Suplicy tou de acordo. propondo que seja incluída a alfabetização. SENADOR DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) SENADOR ALOIZIO MERCADANTE (PT – SP) – Receba como... – Eu entendi, Presidente, estou acompanhando. O art. SR. PRESIDENTE SENADOR VALTER PEREI- 46 diz o seguinte: É prestação de serviços à comuni- RA (PMDB – MS) – Não vejo óbice nenhum. E vamos dade ou a entidades públicas consiste na atribuição colocar então em votação com a Emenda depois va- de tarefas sem remuneração ao condenado. mos dar a redação final só... Nos termos do que foi SENADOR DEMOSTENES TORRES (PFL – GO) proposto pelo Senador Mercadante. – Inclusive esta. SENADOR ALOIZIO MERCADANTE (PT – SP) (...) – Portanto, no meu ponto de vista está contemplado Requerimento de dispensa de interstício para apreciação imediata do Substitutivo ao é mais abrangente e dá a possibilidade do Juiz defi- PLS nº 163, de 2007, em turno suplementar. nir. Agora, se quiser colocar uma Subemenda numa dessas definições e colocar inclusive alfabetização, eu SR. PRESIDENTE SENADOR VALTER PEREI- acho que fica de bom tamanho. RA (PMDB – MS) – Não é para o arquivo, só se todos SENADOR EDUARDO SUPLICY (PT – SP) – Aí concordarem é que vai para o arquivo. fica contemplado, Sr. Presidente, pode aperfeiçoar SENADOR ALOIZIO MERCADANTE (PT – SP) nesta direção, então. – Questão de ordem. Apesar de V. Exª ter apresen- SR. PRESIDENTE SENADOR VALTER PEREI- tado como substitutivo, isso exigirá uma, votação RA (PMDB – MS) –Então está incorporada. de turno suplementar, eu quero pedir à Comissão SENADOR DEMOSTENES TORRES (PFL – GO) a quebra do interstício para que a gente vote ainda – Veja bem, eu queria só ponderar, porque aí é uma hoje e conclua a votação desse projeto de penas questão jurídica. Como está incluída, por exemplo, por alternativas. Nós temos que apresentar respostas que é que uma pessoa pode ser incumbida de fazer. Se concretas para a sociedade. E o rito formalista, é nós colocarmos, incluindo o projeto de alfabetização, se desnecessário. Nós poderíamos votar imediatamen- o juiz decidir que ela tem que dar aula para o segundo te, quebrando interstício e aprovando de forma ter- grau não pode porque é só para alfabetização. minativa o projeto. 524 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23839 SR. PRESIDENTE SENADOR VALTER PEREIRA em Turno Suplementar e não tendo sido oferecidas (PMDB – MS) – Em votação a proposta do Senador Emendas, fica ratificada a decisão da Comissão que, Mercadante. Os que concordarem permaneçam como nos termos do Oficio nº 11/2007-PRESIDÊNCIA/CCJ, estão. Está aprovado. em turno suplementar, adotou definitivamente o Subs- SENADOR DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) titutivo ao Projeto de Lei do Senado nº 163, de 2007, – Faço uma outra proposta, Senador Valter Pereira, que “Altera dispositivos do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 como a votação primeira aconteceu agora, nós pode- de dezembro de 1940 – Código Penal, que tratam da mos considerar a votação repetida, porque todos são substituição da pena privativa de liberdade”, de autoria os mesmos aqui. Se... Os colegas concordarem. do Senador Aloizio Mercadante, em Reunião Ordinária SR. PRESIDENTE SENADOR VALTER PEREI- realizada em 18 de abril do corrente. RA (PMDB – MS) – Alguma divergência? Não havendo Aproveito a oportunidade para renovar protestos divergência, está aprovada a proposta. Terminativo. de estima e consideração. Ofício nº 11 /2007 – PRESIDÊNCIA/CCJ Atenciosamente, – Senador Valter Pereira, Vice- Presidente no exercício da Presidência da Comissão Brasilia, 18 de abril de 2007 de Constituição, Justiça e Cidadania. Ao Excelentíssimo Senhor O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB Senador Renan Calheiros – ES) – O parecer que acaba de ser lido vai à publi- Presidente do Senado Federal cação. Assunto: Substitutivo definitivamente adotado em tur- Sobre a mesa, ofício que passo a ler. no suplementar É lido o seguinte: Senhor Presidente, Em cumprimento ao disposto no art. 91, § 2º, Ofício nº 66/07 – PRESIDÊNCIA/CCJ combinado com o art. 284, do Regimento Interno desta Brasília, 12 de julho de 2007 Casa, comunico a Vossa Excelência que, em Reunião Ordinária realizada nesta data, esta Comissão, em turno Excelentíssimo Senhor suplementar, adotou definitivamente o Substitutivo ao Senador Renan Calheiros Projeto de Lei do Senado nº 163, de 2007, de autoria Presidente do Senado Federal do Senador Aloizio Mercadante, que “Altera disposi- Assunto: ratifica a adoção do substitutivo em turno tivos do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de suplementar. 1940 – Código Penal, que tratam da substituição da Senhor Presidente, pena privativa de liberdade”. Em cumprimento ao disposto no artigo 91, § 2º, Aproveito a oportunidade para renovar protestos do Regimento Interno desta Casa, comunico a Vossa de estima e consideração. Excelência que tendo sido aberto o prazo de Emendas Cordialmente, – Senador Pedro Simon, Presi- em Turno Suplementar e não tendo sido oferecidas dente eventual da Comissão de Constituição, Justiça Emendas, fica ratificada á decisão da Comissão que, e Cidadania. nos termos do Ofício nº 11/2007-Presidência/CCJ, em Ofício nº 66/07 – PRESIDÊNCIA/CCJ turno suplementar, adotou definitivamente o Substi- Brasília, 12 de julho de 2007 tutivo ao Projeto de Lei do Senado nº 163, de 2007, que “Altera dispositivos do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 Excelentíssimo Senhor de dezembro de 1940 – Código Penal, que tratam da Senador Renan Calheiros substituição da pena privativa de liberdade”, de autoria Presidente do Senado Federal do Senador Aloizio Mercadante, em Reunião Ordinária Assunto: ratifica a adoção do Substitutivo em Turno realizada em 18 de abril do corrente. Suplementar. Aproveito a oportunidade para renovar protestos Senhor Presidente, de estima e consideração. Em cumprimento ao disposto no art. 91, § 2º, do Atenciosamente, – Senador Valter Pereira, Vice- Regimento Interno desta Casa, comunico a Vossa Ex- Presidente no exercício da Presidência da Comissão celência que tendo sido aberto o prazo de Emendas de Constituição, Justiça e Cidadania. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 525 23840 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB – ES) – O ofício que acaba de ser lido vai à publica- – ES) – Sugiro a V. Exª que consiga uma inscrição pela ção. liderança, pois não há nenhum inscrito até o momento. O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB Aí teríamos todos nós o direito à palavra. – ES) – Nos termos do art. 91, §§ 3º a 5º, do Regimen- Há oradores inscritos. to Interno, fica aberto o prazo de cinco dias úteis para O primeiro orador inscrito é o Senador Marconi interposição de recurso, por um décimo da composi- Perillo, que cedeu o seu tempo, por permuta, ao Se- ção da Casa, para que o Projeto de Lei do Senado nador Mozarildo Cavalcanti. nº 163, de 2007, seja apreciado pelo Plenário. Pelo Regimento Interno, V. Exª tem a palavra pelo O SR. JONAS PINHEIRO (PFL – MT) – Sr. Pre- tempo de dez minutos. sidente, peço a palavra pela ordem. O Sr. Mão Santa (PMDB – PI) – Sr. Presidente, O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI) – Sr. Presiden- peço a palavra pela ordem. te, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB – ES) – Pela ordem, tem a palavra o Senador Mão – ES) – Pela ordem, tem a palavra o Senador Jonas Santa. Pinheiro, que a havia solicitado anteriormente. O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI) – Sr. Presiden- O SR. JONAS PINHEIRO (PFL – MT. Pela ordem. te, quero fazer uma breve saudação ao nosso Wilson Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, gostaria de Matos. Temos de refletir sobre os suplentes. Ele acabou me inscrever para uma comunicação inadiável. com toda essa imagem, é um suplente extraordinário, O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB não bastasse Fernando Henrique Cardoso. Na tumba – ES) – V.Exª está inscrito em primeiro lugar. de Thomas Jefferson, que foi Presidente dos Estados Tem a palavra o Senador Mão Santa, pela or- Unidos, Camata e Mozarildo, está escrito: “Aqui jaz dem. o fundador da Universidade de Virgínia”. Isso é para O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI. Pela ordem. dizer da grandeza desse suplente, que é pai de uma Sem revisão do orador.) – Está escrito: pedi e dar-se- universidade do Paraná. vos-á. Sr. Presidente, peço a V. Exª que me inscreva O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB para uma comunicação inadiável. – ES) – Tem a palavra o Senador Mozarildo Cavalcan- O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB ti, como orador inscrito, por permuta com o Senador – ES) – V. Exª está inscrito. Marconi Perillo, pelo tempo de dez minutos. Tem a palavra o Senador Mário Couto. O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (Bloco/PTB O SR. MÁRIO COUTO (PSDB – PA. Pela ordem.) – RR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do – Da mesma forma, Sr. Presidente, solicito minha ins- orador.) – Sr. Presidente, Srs. Senadores, Srªs Sena- crição para uma comunicação inadiável. doras, na história do mundo, existem alguns relatos em O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB que um povo foi expulso de sua terra e obrigado a se – ES) – V. Exª é o terceiro inscrito. Vamos tentar en- deslocar para outros lugares, a viver onde não queria. contrar uma solução para manter a sua inscrição com Isso vem acontecendo desde antes de Cristo, com a desistência de algum companheiro. os judeus e com outros povos; e, mais recentemente, Tem a palavra o Senador César Borges, pela aconteceu com os palestinos e em algumas ditaduras, ordem. notadamente na época da União Soviética. O SR. CÉSAR BORGES (PFL – BA. Pela ordem. No entanto, não há registro – a não ser na histó- Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, também so- ria mais recente dos Estados Unidos, quando os colo- licito a V. Exª que me inscreva para uma comunicação nizadores forçaram os índios a saírem de suas terras inadiável. Acredito até que, se fosse colocar por ordem – de que alguém tenha sido forçado a sair de um lugar, de chegada, V. Exª estaria na minha frente e eu estaria de maneira coercitiva, para morar ou trabalhar onde na frente de alguns dos Srs. Senadores. Mas, como alguma autoridade determine. vejo que no dia de hoje talvez não tenhamos tantos Infelizmente, no Brasil, por uma interpretação Senadores solicitando fazer uso da palavra, acredito equivocada da Constituição de 1988, demarcam-se que todos nós poderemos usar a tribuna. De qualquer reservas indígenas por causa de algum laudo antro- forma, peço a V. Exª minha inscrição. pológico feito por uma, duas ou três pessoas – uma 526 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23841 espécie de colegas de Deus – que resolvem dizer que vem ali há muito tempo saiam. Há até uma relação. aquela área era, historicamente, pertencente a esta ou Os índios que estão lá são vereadores, prefeitos e àquela etnia, e se expulsam da região pessoas que vice-prefeitos dos três Municípios que englobam ali estavam há mais de um século, por meio de uma essa reserva. E também são funcionários públicos, cadeia familiar. professores, funcionários das diversas repartições No meu Estado, temos mais de 35 reservas indí- públicas do Estado e até de repartições federais, genas demarcadas e, em várias delas, se promoveu a policiais militares... expulsão dos moradores que estavam lá para apenas E, apesar de tudo isso, apesar de essa reserva desocuparem a área, porque nem mesmo os índios estar sendo questionada no Supremo e ainda não ter que moravam ali... Vejam bem, há várias categorias de sido decidido o mérito, o Governo Federal está promo- índios hoje no Brasil. Há índios que realmente vivem vendo a expulsão de brasileiros de lá. E expulsando de de acordo com seus costumes tradicionais e há índios uma forma ou de outra: mediante ameaça permanente integrados à comunidade. Aliás, em muitos Estados, ou através da força. a maior aldeia indígena localiza-se nas capitais ou na Agora, quero trazer, aqui, ao conhecimento desta sede dos Municípios. Casa uma denúncia, que aliás fiz há pouco, baseada Não tenho nada contra a demarcação de re- numa informação que eu tinha... servas indígenas. No caso específico da reserva O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB indígena a que vou me reportar, a Raposa Serra do – ES) – Se V. Exª me permite, eu queria passar a Pre- Sol, parece, pelo nome, que as terras são unidas. sidência ao Senador César Borges, pois gostaria de Não, começou-se demarcando uma reserva indígena aparteá-lo também. chamada Serra do Sol; depois, uma outra no outro O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (Bloco/PTB extremo, a 150 quilômetros de distância, em linha – RR) – Pois não. reta, chamada Raposa; e, depois, foi-se ampliando Depois da denúncia que eu fiz, a Polícia Fede- até formar uma só. ral de Roraima negou que iria haver a operação. Pois O Senado Federal designou uma comissão ex- bem, eu recebi de um policial federal – que, acima terna, a qual tive a honra de presidir, relatada pelo Se- de ser policial federal, é um patriota, um nacionalista nador Delcídio Amaral, que apresentou uma proposta: – os dados da operação, que lerei para que constem se, do total de 1,7 milhão de hectares, se tirassem 320 nos Anais do Senado e para conhecimento de todos mil hectares – portanto ficariam mais de 1,4 milhão de os brasileiros, para que vejam como é que o Governo hectares –, seriam salvas quatro cidades localizadas Federal trata as pessoas que estão lá trabalhando, na fronteira com a Guiana, a ex-Guiana Inglesa, com cidadãos de bem, que hoje produzem 25% do PIB a atual República da Guiana, e com a Venezuela; e do meu Estado, que são os produtores de arroz, e também os produtores que estavam lá muito antes de ainda alguns pequenos produtores na agricultura e os próprios índios chegarem, porque a maioria dos ín- na pecuária. dios que estão no Estado de Roraima veio do Caribe, Este documento contém onze pontos, Senador perseguidos pelos espanhóis. Augusto Botelho, e é o plano elaborado pela Polícia O Presidente da República, muito bem pressio- Federal para expulsar, numa verdadeira operação de nado por ONGs, pela Igreja Católica notadamente, de- guerra, cidadãos de bem que estão lá nas fronteiras marcou a reserva de maneira contínua, portanto con- do Brasil com a Guiana e com a Venezuela. denando as cidades que estavam na fronteira a serem desocupadas pelos não– índios. Inclusive, tentaremos 1) O Departamento de Polícia Federal fazer um teste, Senador Jonas Pinheiro, para saber se deverá utilizar um efetivo de 500 (quinhentos) as pessoas que estão sendo expulsas têm ou não DNA homens, necessitando para tanto do apoio do indígena. A maioria é miscigenada. A índia mais velha Comando da Aeronáutica para o deslocamen- é viúva de um não-índio e tem toda uma geração de to aéreo de todas as capitais do País para a filhos, netos e bisnetos miscigenados. cidade de Boa Vista/RR; Mas as pessoas estão saindo, porque não há Vejam bem, é uma operação de guerra, para a mais clima para ficar, embora a maioria dos índios qual terão de deslocar policiais federais de todo o que mora lá não queira que os não-índios que vi- País, para quê? Para combater o narcotráfico? Para JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 527 23842 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 combater bandidos? Para combater alguma subver- guerra de brasileiros contra brasileiros, lá são da ordem em Roraima? Não, para combater no meu Estado], para a desmobilização da trabalhadores que estão lá produzindo e gerando tropa. mais de 6.000 empregos diretos e indiretos. 9) Necessidade de equipamento de CDC 2) A chegada a Boa Vista e o desloca- – Controle de Distúrbio Civil [quem vai causar mento para ocupação das áreas deverá ser no o distúrbio? A Polícia Civil, porque lá não há mesmo dia, havendo a necessidade de veícu- distúrbio nenhum, atualmente], disponibili- los do exército (caminhões de transporte da zando para uso equipamentos empregados equipe), e em face do tempo chuvoso [lá, em em tais missões (escudos, capacetes, tonfas, Roraima, é época chuvosa] com a possível que- granadas de gás lacrimogêneo, munição de “bala de borracha” para carabina calibre 12) da de pontes serão imprescindíveis veículos para 250 policiais federais do grupo de CDC, ponte móvel do Comando do Exército; que poderá ser fornecido pelo Comando do 3) No avanço do comboio deverão ser Exército ou adquiridas novas 250 unidades tomados e montados postos do Comando pelo DPF com um custo de R$ 975.000,00 do Exército junto aos 25 pontos de interesse (novecentos e setenta e cinco mil reais). Res- descritos no anexo 3 [que, infelizmente, não saltamos que o DPF terá uma equipe de 400 me foi dado], com a fiscalização dos veícu- homens no CDC e já dispõe de 150 unidades los que circularem na área após o início da de equipamento. operação; 10) O DPF irá deslocar para a área 02 4) Solicitamos também que seja disponi- helicópteros, um BEL 412 e um esquilo, os bilizada pelo Comando do Exército a infra-es- quais deverão ser reabastecidos e mantidos trutura de campanha (alojamento em barracas com o custo de: R$ 800.000,00 (oitocentos – com sacos de dormir, estrutura para banho, mil reais). Devendo haver pelo menos um he- sanitários e higiene pessoal), devendo haver licóptero baseado em Boa Vista/RR, a capital o deslocamento do efetivo para montagem e do Estado, que poderá ser fornecido por outro instalação no comboio principal; órgão como (Comando do Exército ou a Polícia 5) Há a necessidade de um suprimento Rodoviária Federal). inicial de ração fria para dois dias (a ser dispo- 11) Aluguel de dez caminhonetes cabine nibilizada pelo Comando do Exército), até que dupla para transporte do Comando do DPF haja a regularização de um fornecimento de na área (que poderá ser locado pela própria alimentação da capital até os acampamentos Funai, acrescentado ao seu planejamento), (a ser fornecida pela própria Polícia Federal). além de combustível. 6) Criação de bases nas sedes da fa- zenda, com tendas do Comando do Exército, Sr. Presidente, dada a gravidade da comunicação incluindo o sistema de comunicações entre as que faço ao Senado e à Nação, peço que V. Exª me mesmas e as equipes, além de contato com o conceda o tempo necessário não apenas para fazer controle central da operação em Boa Vista. a leitura deste documento, que, repito, foi-me enviado 7) Disponibilização de um posto de aten- por um policial federal que não concorda com essa dimento médico de emergência local (Comando operação – talvez ele tenha até de participar, se ela do Exército ou da Polícia Rodoviária Federal), acontecer. Estou apresentando, hoje, um requerimento, com apoio de UTI terrestre, além de uma UTI Sr. Presidente, pedindo ao Senado que designe uma aérea, baseada em Boa Vista/RR; comissão temporária externa, da qual faço questão de participar, para irmos lá, pelo menos três Senadores, Significa que eles estão prevendo uma guerra, para que, caso essa operação venha a acontecer, es- porque, se estão pedindo até UTI, é porque eles vão tejamos presentes. Afinal, não é possível que nós, que fazer uma guerra mesmo. somos representantes dos Estados e da Federação, 8) O tempo estimado pela Funai e Iba- aceitemos que haja uma intervenção de guerra pelo ma é considerado apropriado para a ope- Governo Federal – porque envolve órgãos federais. ração, cerca de quarenta dias [40 dias de Não acredito que o Exército brasileiro, que sempre 528 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23843 defendeu o povo brasileiro, vá sujar suas mãos com que elas melhorem de vida. Vamos repovoar aquilo uma operação dessas, muito menos o Comando da com gado, porque lá sempre houve gado e os índios Aeronáutica. sabem cuidar dele. Vamos dar dinheiro para eles plan- O SR. PRESIDENTE (César Borges. PFL – BA) tarem feijão e arroz, mecanizarem a sua agricultura. – Senador Mozarildo, a Mesa informa que V. Exª já está Pois é, Senador Mozarildo Cavalcanti, foi bom V. Exª com a palavra há quatorze minutos, mas concederei falar desse assunto para que o Brasil dele tomasse mais três minutos para que V. Exª possa concluir o seu conhecimento. E os outros Senadores, de outros Es- pronunciamento. tados, que se preparem, porque eles começam com O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (Bloco/PTB uma área pequenininha. Essas 35 áreas de que o Se- – RR) – Vou preferir ouvir os apartes, pedindo permis- nador Mozarildo Cavalcanti falou foram ampliadas, no são ao Senador Gerson Camata para ouvir primeiro mínimo, três vezes cada uma. o Senador Augusto Botelho, que é lá de Roraima; em O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (Bloco/PTB seguida, S. Exª. – RR) – Senador Gerson Camata, eu gostaria de acre- O Sr. Gerson Camata (PMDB – ES) – Retiro ditar que esse documento não é verdadeiro, mas a o meu pedido de aparte. Prefiro ouvir V. Exª, embora Polícia Federal já fez duas operações nessa área. Na não acredite que esse documento seja verdadeiro. primeira delas, de intimidação, cercou toda a área. Eu, Não é possível! inclusive, fui até lá e fui obrigado a descer e a me iden- O Sr. Augusto Botelho (Bloco/PT – RR) – Se- nador Mozarildo, sabemos da situação. V. Exª falou tificar, antes da demarcação. Depois da demarcação, dos laudos antropológicos, e há, inclusive, uma sus- invadiram várias propriedades. Estive presente numa peita – aliás, comprovada por um historiador e por delas e questionei o comandante da operação, que outro antropólogo – de que esse laudo da Raposa estava lá sem ordem judicial. Ele me disse que, como Serra do Sol é um laudo falso. A pessoa fez o laudo a Procuradora Duprat tinha dado um parecer de que juntando coisas daqui e dali sem ir lá analisar a área. não precisava de ordem judicial, ele podia entrar. Sa- E, no laudo da nossa Reserva de São Marcos, de 800 bemos que somente em três hipóteses a polícia pode mil hectares, a cidade de Pacaraima foi omitida; não entrar numa propriedade privada: em caso de incêndio, há nenhuma referência a uma população de três mil em caso de crime iminente e, realmente, quando tem pessoas que vivem há muito tempo lá. Essa atitude é ordem judicial. Somente nesses casos. uma agressão ao nosso Estado, às pessoas de lá. O Portanto, quero denunciar e pedir ao Presiden- dinheiro que vão gastar nessa operação eles deviam te da República, que é o responsável maior por essa dar aos indígenas para melhorar a vida deles, porque operação, que não permita que ela se realize. Principal- estão contrabandeando gasolina para sobreviver. Daqui mente, quero fazer um apelo às Forças Armadas para a pouco, vão começar a plantar maconha por lá, para que não colaborem com tamanha malvadeza contra o vender, porque dá mais lucro do que gasolina. Não povo brasileiro que habita as fronteiras do País. adianta homologar a área e abandonar os indígenas. Peço a transcrição, na íntegra, desse documen- Isso não pode ser feito. Devemos mudar essa situação. to, embora já o tenha lido, porque eu havia recebido Discordamos dessa operação e tenho certeza de que a informação verbal, mas, agora, recebi a descrição isso não vai ser feito, depois que apareceu. Poderiam de toda a operação, que é muito perfeita para que se pegar de surpresa. Vão gastar, somente com helicóp- diga que não é verdadeira. tero, R$ 800 mil! Espero que o Presidente Lula não permita que O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (Bloco/PTB se cometa tamanha barbaridade, a tamanho custo, – RR) – Não, R$ 200 mil, não! O que é isso? Serão contra trabalhadores honestos, quando falta policial R$ 975 mil. onde existe marginalidade. O Sr. Augusto Botelho (Bloco/PT – RR) – So- mente com helicóptero. Ora, bolas! DOCUMENTO A QUE SE REFERE O O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (Bloco/PTB SR. SENADOR MOZARILDO CAVALCANTI – RR) – Não, R$ 800 mil. Serão R$ 800 mil. EM SEU PRONUNCIAMENTO. O Sr. Augusto Botelho (Bloco/PT – RR) – En- (Inserido nos termos do art. 210, inciso treguem isso para as comunidades indígenas para I e §2º do Regimento Interno.) JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 529 23844 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 530 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23845 Durante o discurso do Sr. Mozarildo Ca- No caso de custeio agropecuário, as parcelas ven- valcanti, o Sr. Gerson Camata, 2º Secretário, cidas e vincendas em 2007 das operações de custeio deixa a cadeira da presidência, que é ocupada agropecuário das safras de 2003/2004, 2004/2005 e pelo Sr. César Borges, 3º Secretário. 2005/2006 serão prorrogadas por um ano após o ven- O SR. PRESIDENTE (César Borges. PFL – BA) cimento da última parcela. – Agradeço ao Senador Mozarildo Cavalcanti pela im- No caso específico dos programas de investimen- portante comunicação feita em seu pronunciamento tos agropecuários, as medidas são as seguintes: nos na tarde de hoje. programas Moderfrota, Prodecoop, Finame Agrícola Concedo a palavra ao nobre Senador Jonas Pi- Especial, no montante de R$3 bilhões, as parcelas nheiro, para uma comunicação inadiável. vencidas ou vincendas em 2007, dos produtores que O SR. WILSON MATOS (PSDB – PR) – Sr. Pre- tiveram sua renda principal obtida com algodão, com sidente, peço a palavra pela ordem. arroz, com milho, com trigo e com soja, terão pagamen- O SR. PRESIDENTE (César Borges. PFL – BA) to mínimo de 30% da parcela de 2007 e prorrogação – Concedo a palavra, pela ordem, ao Senador Wilson do restante por um ano, após o final do contrato. Ha- Matos. verá também a concessão de bônus de 15% sobre o O SR. WILSON MATOS (PSDB – PR. Pela or- valor da parcela integral para quem pagar parte ou o dem. Sem revisão do orador.) – Eu gostaria de falar total dessa parcela. Assim, com o bônus, o pagamento em nome das minorias, rapidamente. será, portanto, de 15% do valor da parcela integral, ou O SR. PRESIDENTE (César Borges. PFL – BA) seja, 30% menos 15%. O pagamento é de 30%, mas – Senador Wilson Matos, eu já havia concedido a pa- há um bônus de 15% sobre o valor da parcela. Assim, lavra ao Senador Jonas Pinheiro. Logo em seguida, V. o pagamento é reduzido para 15%. Exª fará uso da palavra. Nos programas Modeagro, Moderinfra, Prodeagro, Concedo a palavra ao Senador Jonas Pinheiro por Prodefruta, Progerrural, Propflora-Pronaf Investimento, cinco minutos, prorrogáveis por mais dois minutos. no montante de R$400 milhões, as parcelas vencidas O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR – ES) – Sr. ou vincendas em 2007, dos produtores que tiveram sua Presidente, peço a palavra pela ordem. renda principal obtida com algodão, com arroz, com O SR. PRESIDENTE (César Borges. PFL – BA) milho, com trigo e com soja, terão pagamento mínimo – Concedo a palavra, pela ordem, ao Senador Mag- de 20% e prorrogação do restante por um ano, após no Malta. a última prestação, ou para o final do contrato, bem O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR – ES. Pela como a concessão de bônus de 5% sobre o valor da ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, ain- parcela. Para as parcelas vencidas ou vincendas em da existe vaga para comunicação inadiável? Se não 2007, dos produtores que tiveram sua renda obtida houver, peço que V. Exª me inscreva para falar como com qualquer cultura/atividade, independentemente Líder do meu Partido. das culturas definidas, algodão, arroz, milho, trigo e O SR. PRESIDENTE (César Borges. PFL – BA) soja, também haverá a possibilidade de prorrogação – Lamentavelmente, já há quatro inscritos para fazer de até 100%, após análise caso a caso, desde que o comunicação inadiável. Vou inscrever V. Exª pela Li- produtor demonstre incapacidade de pagamento do derança. percentual mínimo exigido, operações essas limita- O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR – ES) – Obri- das a 10% do saldo devedor vincendo em 2007, por gado, Sr. Presidente. agente financeiro. O SR. JONAS PINHEIRO (PFL – MT. Para uma Os produtores que prorrogarem, no todo ou em comunicação inadiável.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. parte, as parcelas de 2007 só poderão se habilitar a Senadores, após a finalização dos trabalhos realizados novas operações de investimentos com recursos do com a participação do Ministro da Agricultura, Pecu- Crédito Rural se liquidarem totalmente a parcela de ária e Abastecimento, do Secretário-Executivo do Mi- 2007 prorrogada ou se vierem a liquidar a parcela de nistério da Fazenda, de representantes de entidades 2008 até o respectivo vencimento. representativas dos produtores rurais e de Parlamen- Estarão enquadradas também nessas medidas as tares, decidiu-se que o Governo Federal encaminha- operações lastreadas com recursos dos Fundos Cons- rá ao Conselho Monetário Nacional e ao Congresso titucionais (FNO, FNE e FCO), exigibilidade bancária Nacional, para aprovação e normatização, as medidas dos depósitos à vista e da Poupança Rural. relacionadas com a prorrogação das dívidas agrope- Para a Região Nordeste, o prazo de adesão dos cuárias, a fim de possibilitar que os produtores rurais produtores rurais será prorrogado até 28 de setem- possam financiar o custeio da safra 2007/2008. bro de 2007; e o prazo de formalização das opera- JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 531 23846 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 ções nos agentes financeiros, até 31 de dezembro Peço licença ao Senador Gilvam Borges, próxi- de 2007, com o objetivo de compatibilizar o prazo de mo orador inscrito, a quem darei a palavra posterior- formalização da negociação com o da receita prevista mente, para conceder a palavra, primeiramente, pela de sua produção. Liderança do PSDB, ao Senador Wilson Matos, que Sr. Presidente, apesar de as previsões de pro- fará o seu discurso de despedida da Casa, vez que o dução da agropecuária brasileira se situarem em ní- titular, Senador Alvaro Dias, retornará. veis confortáveis, garantindo o abastecimento interno Concedo a palavra ao nobre Senador Wilson e possibilitando que expressivos percentuais possam Matos. ser destinados à exportação – gerando importantes O SR. WILSON MATOS (PSDB – PR. Pela Li- divisas para o País –, a situação dos produtores ru- derança do PSDB. Sem revisão do orador.) – Meus rais tem sido crítica, devido, sobretudo, à elevação dos cumprimentos ao Presidente da Mesa, Senador César custos de produção, à deterioração da infra-estrutura Borges e às Srªs e aos Srs. Senadores. de apoio à produção e à queda acentuada do dólar, Foi grande honra permanecer nesta Casa por que deprecia fortemente o preço recebido pelos pro- um período de quatro meses, uma grande lição subs- dutores rurais. tituir o Senador Alvaro Dias, que, lamentavelmente, foi Assim, por ter tido a oportunidade de participar obrigado a licenciar-se em razão de recomendação dessas discussões e dessas negociações, achei im- médica. O tempo que estive no Senado foi curto. No portante enunciar, neste plenário, as medidas que entanto, gostaria de ressaltar que a minha presença foram objeto desse processo de entendimento e res- nesta Casa representou um enorme e dignificante de- saltar que elas são importantes, neste momento de safio na minha trajetória de vida. Apesar de já haver crise da agropecuária, porque possibilitarão que os percorrido, como educador, um itinerário profissional produtores rurais tenham mais prazo para quitar suas marcado por muitas lutas e experiências aqui incorpo- dívidas e para, assim, obter novos recursos para o radas, ampliou, em larga medida, a minha visão sobre custeio da safra 2007/2008, mantendo-se, dessa ma- a realidade nacional. neira, na atividade, continuando a produzir e a gerar Deixo, como minha contribuição a esta Casa, riquezas no País. 11 projetos de lei que visam a melhoria da educação Sr. Presidente, esse assunto é complexo, e es- no Brasil. tamos à disposição das Srªs Senadoras e dos Srs. São projetos singelos, mas que têm como foco Senadores para dar melhores explicações. as questões para que possamos fazer com que o Obrigado. aluno permaneça mais tempo na escola. Espero po- O SR. PRESIDENTE (César Borges. PFL – BA) der contar com o apoio imprescindível de V. Exªs na – Agradeço-lhe, Senador Jonas Pinheiro. tramitação dessas propostas. Estarei atento aos de- Neste momento, a Mesa recebe do Conselho de bates e eventuais sugestões oferecidas pelas Srªs e Ética do Senado Federal – aqui representado pelo seu Srs. Senadores e sempre pronto a elucidar dúvidas ou Presidente, Senador Leomar Quintanilha, e pelos três questionamentos. Relatores designados – solicitação para que possa dar Sr. Presidente, gostaria de mais um minuto para a devida apreciação e a decisão com relação à solici- falar a respeito de um projeto que tramita na Câmara tação de perícias junto à Polícia Federal. e que em breve chegará a esta Casa. Trata-se da sus- Consultada a Mesa, daremos o trâmite normal, pensão de autorização de curso de medicina por dez qual seja, o encaminhamento à Presidência, uma vez anos no Brasil. Elaborei já um discurso sobre esse fato que o ofício é feito à Presidência, para que o Presidente – não vou fazê-lo agora, mas vou deixar registrado na do Senado possa convocar, de imediato, a Mesa Dire- Mesa – cujos dados vou citar rapidamente. Ainda hoje, tora para que esta delibere – acredito que ainda hoje existem mil cidades brasileiras sem um médico sequer; – sobre a solicitação do Conselho de Ética, por meio temos mais de três mil jovens brasileiros fazendo me- de seu Presidente e dos Relatores designados. dicina na Argentina, Bolívia, Venezuela, Cuba e em Peço à Drª Cláudia Lyra a solicitação para que outros países da América do Sul e Latina por falta de eu possa despachar, de imediato; peço ainda que S. vagas nas Faculdades de Medicina do Brasil; há Esta- Sª a encaminhe, imediatamente, ao Presidente Renan dos brasileiros que não têm sequer uma Faculdade de Calheiros. (Pausa.) Medicina. Então, não vejo procedência nesse projeto Então, está dado como recebido. e na necessidade de suspendermos por dez anos a A Mesa encaminhará o ofício, imediatamente, ao criação de novas faculdades de Medicina. Presidente da Casa, Senador Renan Calheiros, para O Brasil tem apenas 4,5 milhões de jovens no deliberação. Ensino Superior. Para nos compararmos e nos nive- 532 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23847 larmos aos níveis dos países vizinhos, deveríamos ter avante, porque os seus colegas,que fazem parte da cinco milhões a mais, e formarmos, eficientemente e Comissão de Educação hão de entender, assim como efetivamente, jovens em todas as áreas dos saberes. o Senador Alvaro Dias, que retorna à Casa, também O direito ao conhecimento é livre a todas as pessoas. fará todo o esforço no sentido de que os aprovarmos. A escolha da profissão tem de ser uma garantia da Falo desses projetos com certo conhecimento porque liberdade que todas as pessoas têm. Sou a favor da V. Exª me deu conhecimento deles. Educador como V. qualidade, e o MEC tem instrumentos para avaliar o Exª não orgulha somente o seu Estado, mas o Brasil. Ensino Superior, e deve fazê-lo. V. Exª é um homem de fé, que professa a fé em Cristo Sr. Presidente, chamo a atenção para este Projeto, Jesus, um homem de família. Certamente, conhecê-lo ao tempo em que deixo aqui o nosso agradecimento de perto foi muito significativo para mim. Receba o meu por esse rico período de permanência no Senado da abraço, desejando-lhe toda a sorte do mundo. Quero República. dizer-lhe que, de maneira muito individual, estou aqui O nosso muito obrigado. a sua inteira disposição, e, de forma coletiva, também O Sr. Leomar Quintanilha (PMDB – TO) – Per- o Senado Federal, que o abraça neste momento em mita-me V. Exª um aparte? que V. Exª se despede, voltando a sua terra natal. Re- O SR. WILSON MATOS (PSDB – PR) – Pois ceba o nosso abraço. Vá com Deus! não. O SR. WILSON MATOS (PSDB – PR) – Muito Ouço o aparte de V. Exª, Senador Leomar Quin- obrigado, Senador. Concedo o aparte ao Senador tanilha. Marconi Perillo. O Sr. Leomar Quintanilha (PMDB – TO) – No- O Sr. Marconi Perillo (PSDB – GO) – Senador bre Senador Wilson Matos, tenho a certeza de que a Wilson Matos, gostaríamos de cumprimentá-lo pela minha manifestação certamente expressará o senti- passagem por esta Casa que, apesar de curta, foi muito mento da grande maioria dos seus Pares, que tiveram produtiva e altamente qualificada. V. Exª demonstrou, o privilégio de conviver com V. Exª no período em que junto à Bancada e junto a este Plenário, grande espí- V. Exª tão bem representou o seu Estado, o Paraná. rito público e grande devoção à causa da educação. V. Exª veio imbuído do propósito de fazer valer a for- No que diz respeito à educação, apresentou onze ça, a vontade daquele laborioso povo, e demonstrou, projetos consistentes, que continuarão em tramitação muito rapidamente, essa sua disposição de trabalho, nesta Casa com o nosso apoio, com o nosso aval, deixando consignadas na Casa proposituras de natu- com a nossa dedicação. Além do compromisso com a reza legislativa do maior relevo e da maior importância, educação, V. Exª se revelou um disciplinado discípulo que seguramente tornarão indelével a passagem de do PSDB, companheiro leal, cumpridor do programa V. Exª por este Senado. Será também inesquecível o do Partido, cumpridor dos deveres nesta Casa, como bom relacionamento, respeitoso e fraterno, com que Senador da República, dotado de muitas qualidades, V. Exª se houve com relação aos seus Pares. Quero sobretudo intelectuais e morais. Demonstrou ter sem- registrar a minha admiração, o meu respeito e desejar pre um grande espírito público e um grande interesse a V. Exª toda a sorte possível na nova atividade que em servir ao seu Estado, o Paraná, e à Pátria. Portan- reassume no seu Estado. Meus parabéns! to, eu o cumprimento e me coloco à sua disposição. A O SR. WILSON MATOS (PSDB – PR) – Muito todos os brasileiros que nos assistem neste momento obrigado. digo que V. Exª deixou aqui uma marca indelével, pelo O Sr. Magno Malta (Bloco/PR – ES) – Permita- compromisso com a educação, pelo compromisso com me V. Exª um aparte? as nobres causas deste Parlamento. Muito obrigado. O SR. WILSON MATOS (PSDB – PR) – Pois não. O SR. WILSON MATOS (PSDB – PR) – Muito Ouço o aparte de V. Exª, Senador Magno Malta. obrigado, Senador Marconi Perillo. O Sr. Magno Malta (Bloco/PR – ES) – Nobre Senador Mário Couto. Senador, não poderia me furtar de, neste momento, O Sr. Mário Couto (PSDB – PA) – Senador Wil- aparteá-lo para transmitir-lhe o meu abraço, além de son Matos, com apenas quatro meses de atividades reconhecer a importância dos dias em que V. Exª es- nesta Casa, V. Exª vai deixar saudades, principalmen- teve entre nós. V. Exª é um educador por excelência, te pelo seu comportamento, em todos os sentidos. Na um obstinado e impregnado de bons planos e de um Bancada, um comportamento singular de amizade; sentimento que exala educação. Aliás, em sua saída no plenário, um comportamento altamente operoso. V. Exª prova isso, porque sai da Casa deixando “n” Foram doze projetos na área da educação. V. Exª se projetos na área de educação nesse curto período preocupou com algo por que o Brasil todo clama, que em que aqui esteve, projetos que certamente irão é uma boa educação. V. Exª foi ao âmago das neces- JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 533 23848 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 sidades brasileiras. V. Exª é um homem de inteligência O Sr. Mão Santa (PMDB – PI) – Foi como naquela singular, e demonstrou a todos nós essa inteligência, Copa de que me lembro: saiu o Pelé, e todos disseram que, com certeza, vai continuar levando-o para o su- que iríamos perder. Aí entrou o Amarildo e fez vários cesso, o sucesso que obteve aqui. A passagem de V. gols. V. Exª repetiu isso. E vou repetir o que eu havia Exª pelo Senado foi um sucesso. Tenho certeza de dito no começo, porque quero que fique marcado em que o povo paranaense deve estar dizendo de V. Exª seu discurso. Todos os dias, repetimos o Pai-Nosso, a a mesma coisa que um paraense diz neste momento. Ave-Maria, e saímos daqui aos céus. Thomas Jeffer- Estou alegre por ter de volta um grande Senador, que son foi um dos maiores líderes da história democrática é o titular, o Senador Alvaro Dias,... do mundo. Participou da independência dos Estados O SR. WILSON MATOS (PSDB – PR) – Com Unidos, da Constituição, foi Presidente dos Estados certeza. Unidos. Em seu túmulo, está escrito – e digo isso para O Sr. Mário Couto (PSDB – PA) – ...mas triste mostrar a grandeza de V. Exª a Maringá, ao Paraná, por perder V. Exª, um grande companheiro em todos ao Brasil –: “Aqui jaz Thomas Jefferson, o fundador da os momentos. V. Exª demonstrou isso a todos nós. Universidade da Virgínia”. Não foi dito que se tratava Parabéns pela sua lealdade, principalmente, e pelo de um ex-Presidente. V. Exª pode fazer isso. É mais seu trabalho. significativo do que o título de Senador. V. Exª é pro- O SR. WILSON MATOS (PSDB – PR) – Muito fessor. E professor é o único profissional que pode ser obrigado, Senador Mário Couto. chamado de mestre, igual a Cristo. Senador Augusto Botelho. O SR. WILSON MATOS (PSDB – RR) – Muito O Sr. Augusto Botelho (Bloco/PT – RR) – Sena- obrigado, Senador Mão Santa. dor Wilson Matos, V. Exª demonstrou ser um educador. Senador Gilvam Borges. Apresentou onze projetos dirigidos à educação e me O Sr. Gilvam Borges (PMDB – AP) – Senador causou entusiasmo pelo trabalho que desenvolve na Wilson Matos, V. Exª agregou, substanciou, e trouxe Universidade de sua cidade, na área de pesquisas, vitalidade a esta Casa, mostrando os quadros da intelec- inclusive com relação à agropecuária, pesquisas de tualidade do Paraná, além da população extremamente ponta que contribuem para o melhoramento da ali- pesquisadora e sempre à frente de grandes projetos mentação no Brasil, que V. Exª financia e desenvolve que influenciam a vida nacional. Recentemente, estive em seu Estado. Ao povo de Maringá, digo que V. Exª em Curitiba, e pude presenciar. A passagem de V. Exª elogiou muito e trabalhou representando bem o povo por esta Casa engrandeceu o Senado Federal. V. Exª, paranaense, que é um povo batalhador e que tem fama em tão pouco tempo, apresentou mais de dez projetos, de ser produtor de grãos e de pecuarista. V. Exª foi um discutiu grandes idéias, mostrou seu perfil, enquadrado produtor intelectual nesta Casa, participou ativamente na ideologia do Partido de V. Exª. Estamos orgulhosos de todas Comissões, fazendo relatorias, apresentando de poder compartilhar da amizade e da contribuição projetos, estando sempre presente. Tenha a certeza que V. Exª deu ao Senado Federal. Por esse motivo, de que a sua passagem por esta Casa foi de apenas meus parabéns. V. Exª deixa nesta Casa as marcas 4 meses, mas ficou marcada como um mandato intei- profundas do homem empreendedor, do homem que ro de Senador. consegue condensar, conceber e materializar. Receba O SR. WILSON MATOS (PSDB – PR) – Muito um forte abraço do Estado do Amapá, de todo o Brasil obrigado, Senador. e da Casa. V. Exª imprimiu nesta Casa somente idéias Senador Mão Santa. e alegrias, somente o exemplo de um homem público, O Sr. Mão Santa (PMDB – PI) – Senador Wilson e todos nós tivemos a oportunidade dessa convivência Matos, V. Exª enriquece esses 183 anos de Senado. tão sadia. Muito obrigado. Sem dúvida nenhuma, fazendo uma análise daqueles O SR. WILSON MATOS (PSDB – PR) – Muito Senadores que vestiram a camisa da educação e que obrigado, Senador. estão na História – ô Camata, lá do Espírito Santo –: Senador Mozarildo Cavalcanti. Pedro Calmon, João Calmon, e Cristo- O Sr. Mozarildo Cavalcanti (Bloco/PTB – RR) vam Buarque, V. Exª está nesse primeiro time de Se- – Senador Wilson Matos, apesar da curta permanên- nadores que se debruçou sobre a educação. V. Exª tem cia na Casa, V. Exª demonstrou muito cabalmente sua uma missão muito difícil, porque entrou como suplente capacidade, sua disposição de trabalho. Depois de ter de um dos mais extraordinários homens públicos que lido o material que V. Exª enviou a todos os Senadores, conhecemos, o Senador Alvaro Dias. notadamente sobre a sua Universidade de Maringá, O SR. WILSON MATOS (PSDB – PR) – É ver- repito, de público, o apelo que fiz a V. Exª, em particular, dade. no sentido de estudar a possibilidade de estender essa 534 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23849 universidade até Roraima. Pois meu Estado, apesar de esta Casa, com a ida do Senador Alvaro Dias para outro pequeno, com apenas 400 mil habitantes, já conta com cargo, mas seria muito bom tê-los aqui juntamente. cinco instituições particulares de ensino, duas federais O SR. WILSON MATOS (PSDB – PR) – Muito e uma estadual. Então, sua universidade com certeza obrigado, Senador Eduardo Azeredo. completaria este quadro de um Estado universitário, Senador Osmar Dias, nosso companheiro lá do que é o meu Estado de Roraima. Paraná, ouço V. Exª. O SR. WILSON MATOS (PSDB – PR) – Muito O Sr. Osmar Dias (PDT – PR) – Senador Wilson obrigado. Matos, o importante é que eu possa testemunhar o Quero registrar nosso profundo agradecimento trabalho que V. Exª realizou no Senado Federal, mas a todos que fizeram aparte e também dizer aos de- sobretudo o que realiza na bela cidade de Maringá mais que fizemos grandes amizades aqui, o que foi – nossa cidade, do nosso Estado do Paraná –, como um grande privilégio. educador e empresário da educação, proporcionan- Resta-nos, Sr. Presidente, pedir a Deus que con- do a oportunidade a milhares de jovens de estudar, tinue abençoando esta Casa e o nosso País. Nosso de fazer o curso superior, numa escola de altíssima muito obrigado. qualidade, em instalações modernas que V. Exª lá O SR. PRESIDENTE (César Borges. PFL – BA) construiu. Com certeza, aquilo que faz pelo Paraná, – Senador Wilson Matos, antes de V. Exª se ausentar na Cesumar, que é a universidade que dirige, V. Exª da tribuna, queria também, em meu nome pessoal, da trouxe para o Senado Federal, com a mesma compe- Mesa Diretora e da Presidência da Casa, que ocupo tência, com a mesma seriedade, com a mesma digni- neste momento, congratular-me com V. Exª pelo seu dade, representando muito bem Maringá e o Estado brilhante trabalho realizado no Senado Federal, no do Paraná. Foi uma honra conviver nesses quatro me- período que esteve entre nós, e desejar que continue ses com V. Exª. E, claro, esperamos que V. Exª possa dar continuidade ao trabalho que realiza em benefício servindo bem ao Estado do Paraná, como tem feito do Paraná, agora, como educador e dirigente de uma até hoje. empresa muito importante para o nosso Estado, que V. Exª, em pouco tempo, enriqueceu sua vida pú- é a Cesumar. Parabéns. blica e, principalmente, o setor que abraçou com tanto O SR. WILSON MATOS (PSDB – PR) – Senador entusiasmo, o setor educacional. É um educador, dei- Osmar Dias, tive o privilégio de sentar ao seu lado e xou aqui projetos que, tenho certeza, os Senadores de aprender com V. Exª no dia-a-dia, durante esse pe- vão levar adiante, para aprovar e, com isso, melhorar ríodo. Muito obrigado a V. Exª. a educação brasileira. Tudo de bom para V. Exª. Senador Flexa Ribeiro, ouço V. Exª. Vejo que mais alguns Senadores, seus colegas, O Sr. Flexa Ribeiro (PSDB – PA) – Nobre Senador desejam fazer apartes. Vou, então, estender o tempo Wilson Matos, não com alegria, mas quero dizer que de V. Exª, para que os nobres Senadores possam ho- V. Exª faz hoje um pronunciamento em que enuncia menageá-lo neste momento. um “até breve” ao convívio dos seus Pares do Sena- O SR. WILSON MATOS (PSDB – PR) – Nosso do Federal. Quero prestar ao povo do Paraná o reco- agradecimento, Presidente, pelas suas palavras e pelo nhecimento pelo trabalho que V. Exª desenvolveu ao tempo concedido. longo desses quatro meses em que substituiu o nobre Concedo um aparte ao Senador Eduardo Aze- e competente Senador Alvaro Dias. V. Exª, com foco redo. na educação, que hoje, sem dúvida nenhuma, é um O Sr. Eduardo Azeredo (PSDB – MG) – Sena- dos pontos que vai nortear o futuro do nosso País, ou dor Wilson Matos, quero também trazer a minha ho- seja, seu crescimento econômico e social, mostrou- menagem. Foram quatro meses profícuos em que V. se um conhecedor profundo da matéria, foi autor de Exª exerceu o cargo de Senador. Despede-se agora, diversos projetos e, mais do que isso, teve o cuidado tendo substituído nesse período o nosso colega Alva- de ir a cada um dos seus Pares neste Plenário, para ro Dias. Como seu colega de PSDB, quero dizer que encaminhar seu trabalho e solicitar que lhe seja dado o Paraná pode orgulhar-se, sim: foram quatro meses prosseguimento, para que possa vir a beneficiar a so- em que projetos foram apresentados, mais exatamente ciedade brasileira. O Paraná está de parabéns. Tenho doze – cuja cópia V. Exª distribuiu aos colegas, para certeza absoluta de que em breve V. Exª vai estar de que possamos acompanhá-los –, onze deles na área volta ao nosso convívio no Senado Federal, porque da educação, que é sua área especial e que precisa, seu titular, Senador Alvaro Dias, tem vôos previstos. realmente, da atenção de todos nós. Meus parabéns, Parabéns pelo seu trabalho nesse curto, mas profí- seja muito feliz. Quem sabe, no futuro, V. Exª volte a cuo período. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 535 23850 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 O SR. WILSON MATOS (PSDB – PR) – Muito universo, aproximadamente 300 mil vagas foram pre- obrigado, Senador Flexa Ribeiro. enchidas em instituições públicas e 1 milhão e 250 mil Certamente, a palavra de todos os nobres cole- em instituições privadas. gas, deste importante Parlamento do mundo, deixa- É fundamental ampliar o ingresso de jovens bra- me muito feliz e me motiva ainda mais a caminhar no sileiros no ensino superior. caminho da educação com qualidade. A necessidade de expansão do ensino superior Finalizando, Rui Barbosa disse que investimen- privado brasileiro não é um deleite dos que militam na to na educação com qualidade significa o resgate da esfera da educação. Precisamos aprimorar as condi- auto-estima de um povo, por isso continuarei lutando ções de acesso e investir na qualidade do ensino ofe- na minha vida. recido à população. Muito obrigado. Sr. Presidente: na contramão da história, nos SEGUE, NA ÍNTEGRA, DISCURSO DO causa estupefação constatar que esteja tramitando SR. SENADOR WILSON MATOS. um projeto que proíbe a criação de cursos de medicina por um período de 10 anos. Uma iniciativa legislativa O SR. WILSON MATOS (PSDB – PR. Sem apa- dessa natureza é contrária ao que preceitua a própria nhamento taquigráfico.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Constituição Federal em seu art. 209: “o ensino é livre Senadores, tenho a honra de ocupar esta tribuna nesta à iniciativa privada”, sem falar que deixa de conside- tarde para ressaltar que é imperioso ampliar o ensino rar o panorama atual dos profissionais da medicina. superior em nosso País. A minha afirmação está cal- Segundo o Conselho Nacional de Saúde, aproxima- cada em dados irrefutáveis os quais não podem ser damente 1000 cidades brasileiras não possuem um ignorados pelos nobres integrantes desta Casa. A re- único médico. alidade está posta e precisamos enfrentá-la sem titu- Somos uma República Federativa, formada pela bear, sob pena de vetar o ingresso no ensino superior união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distri- de parcela significativa da população. to Federal, um Estado democrático de Direito, e como É lícito e legítimo que o jovem alimente o sonho tal não se admite qualquer iniciativa capaz de ceifar de cursar uma faculdade. A meta que foi lançada, por os fundamentos inscritos nessa moldura. Imaginem os exemplo, no Plano Nacional de Educação – PNE –, nos senhores senadores se amanhã a OAB resolver propor idos de 2001, fixando o índice de 30% a ser atingido a proibição de criação de novos cursos de direito no até 2011, pressupõe condições de acesso que estão País e em escala iniciativas como essa se amplifiquem longe de serem oferecidas e alcançadas. À guisa de para outros segmentos profissionais. ilustração, lembraria que a parcela de brasileiros entre O que preconizamos, à luz do texto constitucional, 18 e 24 anos com acesso à educação superior situa- é a intensificação pelo poder público das avaliações com se, atualmente, na ordem de 12%, o que é considera- vistas a auferir a qualidade do ensino superior. Aquela velmente baixo, principalmente se comparado com o escola que por ventura oferece um curso claudicante cenário exibido por países de nível similar de desen- deve ter as suas portas lacradas. Todavia, não é vetando volvimento econômico. a criação de novos cursos que iremos combater eventu- O atendimento à já referida meta fixada pelo PNE ais disfunções no sistema educacional superior. deverá assegurar o ingresso de mais de 5 milhões de No que se refere especificamente ao curso de estudantes na escola superior, traduzindo uma soma medicina, vale ressaltar a presença expressiva de es- anual de 30 bilhões de reais, pelos próximos 5 anos. tudantes brasileiros nos países limítrofes em busca É mister destacar que financiar um contingente dessa da realização do sonho de cursar medicina. Hoje são magnitude, para atingir a meta inicial que é colocar 30% milhares de jovens nessas condições na Argentina, de jovens no ensino superior, não se revela como desa- Bolívia, Uruguai, Colômbia, Venezuela, sem falar de fio banal. Nesse sentido, como adiantei aos senhores Cuba e outras localidades. Esse contingente de jovens senadores em pronunciamentos anteriores, apresentei que partiu em busca da concretização de uma meta projetos os quais buscam oferecer fontes alternativas profissional no exterior, em face da falta de vagas em para o financiamento dos estudantes, notadamente nosso país, transfere recursos financeiros vultosos utilizando recursos do FAT e do FGTS. para o estrangeiro. Após sete anos, em média, cur- Nesse contexto, sou compelido a reprisar que sando medicina lá fora, jovens brasileiros percorrem no último exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), verdadeira via crucis pelas universidades públicas o contingente de inscritos superou a marca de 3,7 para convalidarem seus diplomas. Somam-se, ainda, milhões de jovens, dos quais apenas 1,5 milhão con- mais dois a três anos para o efetivo início do exercício seguiu ter acesso ao nível superior em 2007. Nesse da profissão. 536 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23851 Ademais, a formação do profissional em medicina O SR. GILVAM BORGES (PMDB – AP. Pronun- demanda aproximadamente dez anos de estudos, dos cia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. quais seis anos dedicados à graduação propriamente Presidente, Srªs e Srs. Senadores, estudiosos garan- dita, dois anos de residência médica e mais dois anos tem que, na maioria dos países do mundo, a opinião de especialização. Nesse contexto, devemos conside- pública e os eleitores têm expressado mal-estar e rar que o Brasil cresce tanto em termos econômicos descrédito com os sistemas políticos em geral e com quanto populacionais e, por conseguinte, a demanda o representativo em particular. por profissionais de nível superior acompanha o cres- Nos países de democracia recente ou redemocra- cimento em tela. tizados, como é o caso brasileiro, atribui-se ao sistema É inconcebível, quando ainda existem Estados político e aos seus representantes a responsabilidade pela da federação que não possuem um curso de medicina, incapacidade de se responder às expectativas geradas propor a interdição sumária de criação de novos cur- pela democracia. Ademais, vem ganhando espaço a mal- sos, negando a oportunidade aos cidadãos brasileiros dosa visão de que nós, os legisladores, buscamos apenas de escolher o seu destino profissional. a satisfação de nossos interesses, o que gera políticas Trago com serenidade o assunto ao conhecimento pouco universalistas, fisiologismo e clientelismo. dos senhores senadores sem esconder a minha perple- Não é bem assim. O trabalho honesto, a dedicação xidade diante de proposta legislativa nessa direção. e o amor à causa pública norteiam o comportamento da Não me canso de repetir e destacar o grande maioria dos Parlamentares desta Casa. Digo isso com papel social exercido pela escola privada em nosso total sinceridade, primeiro, porque não comecei ontem País, a qual, juntamente com o ensino público, tem minha vida pública; depois, porque, exatamente por isso, sido agente de mudanças de nossa sociedade. Espero tenho convivido com meus Pares para assegurar que a que o bom senso, a sensibilidade e a lucidez dos se- maioria tem um agudo e responsável espírito público. nhores parlamentares possam rechaçar o mencionado Tenho dito, reiteradas vezes, que não é verdade projeto. Vamos reunir e somar esforços no sentido de que o Parlamentar brasileiro não trabalha ou trabalha exigir e assegurar que os mecanismos de avaliação pouco. O Legislativo é a vidraça da mídia, porque é o e controle dos cursos superiores sejam periódicos e mais transparente dos Poderes. E é transparente por- levem em conta as reais necessidades da população que representa o povo e os Estados brasileiros. brasileira. Na verdade, na política nem noite de Natal justifi- Por fim, não poderia deixar de registrar a satis- ca dia de folga. O trabalho, nesta Casa, por exemplo, é fação de substituir o eminente Senador Alvaro Dias, o extenuante: são 13 comissões técnicas permanentes e qual, lamentavelmente, foi obrigado a licenciar-se em mais o Plenário. Treze comissões permanentes, afora razão de recomendação médica. O tempo que estive as temporárias e as chamadas Comissões Parlamen- no Senado da República foi curto, mas gostaria de res- tares de Inquérito, as famosas CPIs. saltar que a minha presença nesta Casa representou Mas o trabalho parlamentar não se extingue no com- um enorme e dignificante desafio na minha trajetória parecimento e na participação às sessões. A elaboração de vida. Apesar de já ter percorrido, como educador, de projetos e a emissão de pareceres exigem dedicação um itinerário profissional marcado por muitas lutas, a extra. Inteirar-se dos projetos que tramitam na Casa e experiência aqui incorporada ampliou, em larga medi- preparar-se para votá-los é outro desafio parlamentar. da, a minha visão sobre a realidade nacional. Quando vai ao Estado de origem, aí mesmo é que não Deixo, como contribuição, 11 projetos de lei que tem sossego. Eleitores, correligionários, lideranças polí- visam à melhoria da Educação no Brasil. Espero po- ticas, todos têm demanda, todos requerem atenção. der contar com o apoio imprescindível de V. Exªs na Ainda assim, não obstante o intenso trabalho tramitação dessas propostas. Estarei muito atento congressual, o Parlamentar precisa aprovar recursos aos debates e eventuais sugestões oferecidas pelos para o seu Estado. Um desafio e tanto. Mas depois de senhores e sempre pronto a elucidar dúvidas ou ques- aprovar, vem o mais difícil, que é obter a liberação des- tionamentos. ses recursos. Afinal, a Constituição estabelece que as Muito obrigado. emendas dos Parlamentares serão apresentadas na O SR. PRESIDENTE (César Borges. PFL – BA) Comissão Mista de Orçamento, que sobre elas emiti- – Sem mais delonga, concedo, com muita satisfação, rá parecer, e apreciadas pelo Plenário do Congresso a palavra ao nobre Senador Gilvam Borges, pelo Es- Nacional, o que já ocorreu ontem, com a reunião do tado do Amapá, como orador inscrito. Congresso para votação da LDO. V. Exª dispõe de dez minutos para a sua inter- Eu vou explicar melhor, Sr. Presidente, nobres venção, prorrogável por mais dois minutos. Senadores. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 537 23852 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 Nas sociedades que acolhem a fórmula repre- tes públicos – no tocante à realização de despesas e à sentativa de organização – como a brasileira e as da arrecadação de receitas. A elaboração e a aprovação maioria das nações ocidentais –, a vontade geral do do Orçamento público seguem o processo legislativo povo é manifestada por intermédio dos mandatários de discussão, emenda, votação e sanção presidencial eleitos para integrar o Poder Legislativo. Apenas os como qualquer outra lei. legisladores têm legitimidade para definir, para cada A segunda é a dimensão econômica: o orçamento período de tempo, as políticas públicas, as prioridades público é basicamente o instrumento por meio do qual e os programas de gastos, que interessam à maioria o governo extrai recursos da sociedade e os injeta em dos segmentos da população que representam. áreas selecionadas. Esse processo redistributivo não Nessa perspectiva, cabe ao Poder Executivo é neutro do ponto de vista da eficiência econômica e apresentar propostas de atuação, fundamentadas em da trajetória de desenvolvimento de longo prazo. Tan- diagnósticos; implementar as decisões do povo (toma- tos os incentivos microeconômicos e setoriais quanto das por meio dos corpos legislativos), sistematizadas as variáveis macroeconômicas relativas ao nível de na Constituição e nas leis; e exercitar os atos de ges- inflação, endividamento e emprego na economia são tão com competência e responsabilidade, de modo a diretamente afetados pela gestão orçamentária. aumentar a eficácia do governo e ampliar a eficiência A terceira dimensão – a política – é conseqüên- no emprego dos recursos. cia da dimensão econômica. Se o orçamento público O orçamento público é o instrumento por meio tem caráter redistributivo, o processo de elaboração, do qual o governo estima as receitas que irá arreca- aprovação e gestão do orçamento embute necessa- dar e fixa os gastos que espera realizar durante o ano. riamente perspectivas e interesses conflitantes que Trata-se de uma peça de planejamento, no qual as se resolvem, em última instância, no âmbito da ação políticas públicas setoriais são analisadas, ordenadas política dos agentes públicos e dos inúmeros segmen- segundo sua prioridade e selecionadas para integrar tos sociais. o plano de ação do governo, nos limites do montante Por isso, as emendas ao orçamento refletem as de recursos passíveis de serem mobilizados para fi- disputas territoriais por recursos federais em um País nanciar tais gastos. marcado por desigualdades regionais, que moldam tam- O sistema orçamentário brasileiro é composto bém a forma como essas disputas são negociadas. por três instrumentos principais: a Lei Orçamentária Eu, por exemplo, que represento o Amapá, Esta- Anual (LOA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do pródigo em riquezas naturais, mas ainda com difi- e o Plano Plurianual (PPA). culdades infra-estruturais do ponto de vista da renda O Plano Plurianual, que vigora por quatro anos, per capita, preciso lutar como um bicho para garantir a estabelece diretrizes, objetivos e metas da administra- liberação de recursos da União, que são fundamentais ção federal para as despesas de capital e os progra- para o desenvolvimento do Estado. Não é apenas uma mas de duração continuada, veiculando, portanto, um atribuição que tenho. Fazer gestões, aprovar recursos planejamento de médio prazo. e liberá-los é uma obrigação constitucional que preciso Já a LDO – essa votação que começou ontem cumprir no exercício do mandato parlamentar. com a sessão do Congresso, em que todos estáva- Para este ano de 2007, cuja votação e aprovação mos lá, Senadores e Deputados – é elaborada anual- orçamentárias se deram no ano passado, o Amapá tem mente e objetiva detalhar as metas e prioridades da 260 milhões e 100 mil reais. São quase 300 milhões administração para o ano subseqüente e orientar a de reais para todos os Municípios do Estado, que con- elaboração da lei orçamentária anual. A partir dos pa- templam obras importantíssimas, como a restauração râmetros definidos pela LDO e em consonância com de parte e finalização de toda a BR-156. Para quem a programação do PPA, a LOA estima as receitas e não sabe, essa estrada é a espinha dorsal do Estado. fixa as despesas de toda a administração pública fe- Só para ela estão previstos, neste ano, 62 milhões de deral para o ano subseqüente. O sistema orçamentá- reais. Sem ela, não há sustentação possível. rio brasileiro está definido nos artigos 165 a 169 da Infra-estrutura urbana ainda é um problema grave Constituição Federal. no Amapá, onde a falta de saneamento básico é caso O sistema orçamentário brasileiro tem três im- de saúde pública. Pois bem; as emendas contemplam portantes dimensões, todas de interesse direto para obras de infra-estrutura e saneamento básico. a sociedade. Mas garantir a aprovação das emendas não sig- A primeira é a dimensão jurídica: o orçamento nifica, Sr. Presidente, garantir a liberação da verba. público tem caráter e força de lei, e enquanto tal define Entre um momento e outro, vai uma grande e perigosa limites a serem respeitados pelos governantes e agen- diferença. O dinheiro pode não sair. Para evitar isso, o 538 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23853 Parlamentar precisa desenvolver um intenso trabalho mara são compostas de homens de bem que trabalham junto ao Executivo, marcando presença nos Ministérios diuturnamente para o desenvolvimento da Nação. e advogando a tese do seu Estado. São audiências, Encerro dizendo que agradeço a presença do chá de cadeira, troca de ofícios, trâmites burocráticos. Deputado Gervásio Oliveira, que representa o Estado É um trabalho exaustivo. Exaustivo, porém honesto. do Amapá e que faz uma visita honrosa a esta augus- Tenho vindo a este plenário, reiteradas vezes, ta Casa. anunciar a liberação de verbas para o meu Estado. Sr. Presidente, esse discurso foi baseado já na Eu o faço de público porque se trata de dinheiro pú- preparação do Orçamento para o ano de 2008. Então, blico destinado à comunidade. Faço e farei isso todas começa uma intensa e grandiosa luta para a alocação as vezes e todos os dias, porque sei da importância de recursos e disputas salutares pelo desenvolvimen- desses anúncios para o meu povo. to da Nação. Dentro dos limites da lei, da moral e da ética, Muito obrigado. tudo pode aquele que é movido por amor e dedicação O SR. PRESIDENTE (César Borges. PFL – BA) à causa pública. – Eu que agradeço a V. Exª, Senador Gilvam Borges. Determino ainda o atendimento à solicitação do (Interrupção do som.) Senador Wilson Matos, de transcrição do seu discur- O SR. GILVAM BORGES (PMDB – AP) – Sr. so de despedida, cuja leitura S. Exª não pode concluir Presidente, já concluo. hoje, nesta tarde. Até assomar a esta tribuna, como acabo de fa- Concedo a palavra ao nobre Senador Heráclito zer, e pedir ao Governo Federal que não se esqueça Fortes, pelo tempo de cinco minutos, para uma comu- do Estado cuja capital está, literalmente, no meio do nicação inadiável, por permuta com o Senador Ger- mundo. Os amapaenses, com certeza, agradecem. son Camata. Sr. Presidente, não poderia deixar de fazer essas O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI. Para uma referências porque é dever nosso, de cada membro comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) – Sr. das duas Casas, defender o Congresso e dizer da am- Presidente, Srªs e Srs. Senadores, vamos encerrar plitude das dedicações e das competências de cada este semestre com a sensação de que a Nação está Parlamentar desta Casa. E posso garantir, não só aos anestesiada, irremediavelmente anestesiada. meus colegas, mas à Nação brasileira, que a grande Ontem, levantei, aqui, uma questão grave. O Go- maioria deste Congresso é formada por pessoas hon- verno encaminhou uma medida provisória destinando radas. Por esse motivo, não tememos. R$5 bilhões para a Caixa Econômica. Pedi explicações à Liderança do Partido, e a Líder achou que era uma Por exemplo, pararam os recursos para as obras questão pessoal e não uma questão do País. E os R$5 em curso no Aeroporto de Macapá. Estava indo tudo bilhões do Orçamento destinados ao saneamento, um bem, mas as obras eram executadas pela Gautama. dos grandes vazadouros de corrupção neste País. Não temos nada a ver com isso; nós precisamos dos Sr. Presidente, ninguém discute mais, aqui, medi- recursos de volta, Sr. Presidente, Sr. Ministro da Fa- das de importância, como a liberação de R$5 bilhões zenda. Ministro Walfrido Mares Guia, nós queremos que saem do Orçamento da União para a Caixa Eco- os recursos de volta; não podemos condenar a Gau- nômica. Lembremos que, em um dos últimos episódios, tama porque houve um problema factual ou direciona- havia dentro dessa Caixa Econômica um funcionário do dentro de um escândalo. A empresa tem as suas que já articulava a burla ao esquema licitatório do PAC, qualidades, e acredito que, em grande parte, esteja essa mesma Caixa Econômica que recebe esse che- executando e complementando as obras. É o que fa- que em branco. zemos lá no Amapá: as obras estão lá, a pleno vapor, O meu inconformismo é por ser de um Estado sendo executadas e sendo fiscalizadas. Não se pode pobre, de uma região sofrida que não recebeu consi- generalizar, e nós queremos recursos de volta para deração alguma por parte do Governo – quando, para continuar a execução das obras do aeroporto. que, nem quanto receberia. Os grandes Estados, pro- O SR. PRESIDENTE (César Borges. PFL – BA. tegidos pelas grandes empreiteiras, Senador Camata, Fazendo soar a campainha.) – Sr. Senador, conclua, estão assinando seus convênios; os pequenos Esta- por favor. dos que se danem. O SR. GILVAM BORGES (Gilvam Borges. PMDB Digo isso, Senador Mão Santa, porque estou, – AP) – Sr. Presidente, agradeço a paciência de V. Exª e desde o início desta Legislatura – aliás, para ser jus- encerro, dizendo aos meus colegas que acredito nisto e to, desde a Legislatura passada – pedindo a abertu- tenho certeza disto, pela convivência: esta Casa e a Câ- ra de uma CPI para investigar ONGs, mas uma CPI JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 539 23854 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 que proteja a ONG bem-intencionada e puna a ONG No mesmo episódio envolvendo a Petrobras, vi- desonesta. Em que pese ter conseguido um recorde mos que o presidente do fundo de pensão da empresa de assinaturas, regimentalmente, não tivemos ainda de eletricidade de Santa Catarina está preso em Floria- condições de instalá-la, muito embora esteja marcada nópolis. Onde? Fundo de Pensão em Santa Catarina? para o início de agosto. Já está no noticiário há bastante tempo. Todos os escândalos que o Brasil viveu nos últi- O envolvimento de ONGs burlando, principal- mos momentos têm por trás, Senador Tuma, a proteção mente, treinamento de mão-de-obra foi denunciado, e de uma ONG; têm uma ONG como vazadouro de recur- o Governo não tomou nenhuma providência. so público, e todas elas com proteção político-partidá- Quanto ao caso dos cartões de crédito, Senador ria. E o Governo não toma providência alguma. Tasso Jereissati, que V. Exª levantou há quase três O Sr. Romeu Tuma (PFL – SP) – Quando puder, anos, nenhuma providência foi tomada, e os gastos gostaria de aparteá-lo, Senador. se avolumam. O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Com Perdeu-se o sentimento de compostura neste o maior prazer, Senador Tuma. País, o País está anestesiado. O Sr. Romeu Tuma (PFL – SP) – Há dias, estou Pois não, Senador Mozarildo. Ouço V. Exª. angustiado para perguntar a V. Exª por que não foi ins- O Sr. Mozarildo Cavalcanti (Bloco/PTB – RR) talada ainda essa CPI. Não há dia em que os jornais – Senador Heráclito, fico até entristecido ao constatar não publiquem algum tipo de falcatrua. Não generali- a comprovação daquilo de que nós apenas desconfiá- zam, mas, objetivamente, citam várias ONGs que se vamos quando foi instalada a primeira CPI das ONGs aproveitam do dinheiro. Não sei se V. Exª viu. Até seria aqui, no período de 2001/2002, quando relacionamos bom pedirmos uma explicação sobre esse problema dez dessas instituições que cometiam ilícitos, desde da Petrobras, das prisões. Vou pedir à polícia, porque desvio de recursos para a saúde indígena até o des- caminho de minérios. Agora a coisa ficou amplíssima, dizem que a movimentação era feita por intermédio de porque temos problemas na Petrobrás, no Ministério uma ONG que não tinha fundamento legal. É a opera- da Educação, no Ministério da Saúde e no Ministério ção da movimentação financeira para pagar a “caixi- do Trabalho. Há uma infestação, uma verdadeira me- nha” – esse é o termo mais usado – por meio de uma tástase desse câncer que são as ONGs más, como ONG. Fico angustiado. Sei que V. Exª lutou; não teve V. Exª frisou. muita dificuldade para conseguir as assinaturas, mas, O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – O Go- infelizmente, tem demorado a sua instalação. Estou fi- verno precisa, Senador Mozarildo, ter mais respeito cando aflito, porque há muita informação, muito desa- com o povo brasileiro e mais cuidado com os recursos fio, e, como V. Exª diz, não se vê providência alguma que manda às ONGs. de ordem legal. Então, acho que vai valer a pena V. O Sr. Mozarildo Cavalcanti (Bloco/PTB – RR) Exª insistir na instalação e começar a trabalhar, pois – O que me revolta, Senador Heráclito – V. Exª tam- as informações estão chovendo por aí. Desculpe-me bém é de um Estado que tem municípios pobres –, é interrompê-lo. Cumprimento V. Exª. ver quanta rigidez existe para liberar um dinheirinho O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Agra- pequeno para um município do interior e quanta fle- deço a V. Exª. xibilidade há quando se trata de liberar milhões para Meu Líder, José Agripino, no ano passado, aqui essas ONGs, que são uma corriola de amigos que se nesta mesma tribuna, o Senador Antonio Carlos Ma- constituem justamente para assaltar o dinheiro do povo, galhães denunciava a Petrobras pelo uso de recursos que é o dinheiro dos cofres públicos. para beneficiar ONGs de cunho político. O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Se- Naquele instante, no calor da eleição, os que es- nador José Agripino, com a colaboração do meu Pre- tavam no Governo – e estão hoje – defendiam os seus sidente, concedo a V. Exª a palavra. interesses alegando que se tratava de uma questão O Sr. José Agripino (PFL – RN) – Senador He- político-eleitoral. Um ano depois, as denúncias estão ráclito, é rápida a minha intervenção. Estamos pratica- comprovadas como verdadeiras, e a Petrobras, uma mente encerrando este primeiro semestre de trabalho, empresa que é orgulho nacional, decepciona seus in- e V. Exª, com muita oportunidade, ocupa a tribuna para vestidores. Vemos a imprensa mostrando que o episó- relembrar que, nos primeiros dias de agosto, confor- dio constrange a Petrobras inclusive na ONU, porque me V. Exª acordou, há o compromisso dos Líderes de ela faz parte, naquele organismo, justamente de um indicar nomes – os que não indicaram ainda têm de programa de combate à corrupção, Senador César indicar – para que a CPI das ONGs seja instalada. Eu Borges! É lamentável que esses fatos aconteçam. acho que V. Ex, que foi o autor, foi até paciente demais. 540 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23855 Primeiro de tudo, cedendo espaço para que a CPI do Poder Legislativo. Hoje ninguém procura mais saber Apagão Aéreo pudesse se instalar; depois, abrindo onde está Gautama, onde está Vavá, em que pé estão espaço para que os Líderes, sem constrangimento, os escândalos do Executivo, que é a matriz produtora pudessem fazer a indicação para uma Comissão Par- de escândalos neste País – esta Casa é, no mínimo, lamentar de Inquérito que vai produzir grandes resul- uma filial de quinta grandeza, impotente e sem direito tados – eu acho que produzirá grandes resultados. a defesa. É um assunto que precisa ser investigado. Há ONGs Finalizando, gostaria de ouvir o aparte do Sena- da melhor qualidade – são a maioria –, que prestam dor Tasso Jereissati. bons serviços e agem com correção, mas há também O Sr. Tasso Jereissati (PSDB – CE) – Senador ONGs mazeladas, que, supõe-se, são lavanderias. A Heráclito Fortes, V. Exª tem toda razão: o País parece Comissão Parlamentar de Inquérito haverá de identi- estar anestesiado. E faço uma autocrítica: nós mesmos, ficar quais são elas para separar o joio do trigo e para aqui no Senado, em função de estarmos vivendo dias fazer com que ONG seja uma coisa respeitável. tão difíceis, também não temos prestado atenção ao O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – En- festival de irregularidades que continua acontecendo quanto ainda há trigo! neste País. É absolutamente fundamental que essa O Sr. José Agripino (PFL – RN) – Claro, en- proposta já feita por V. Exª, que tem insistido nisso quanto ainda há trigo! Quero dizer a V. Exª que o nos- já há algum tempo dentro desta Casa, seja colocada so partido está absolutamente confiante no trabalho logo em funcionamento – a expectativa é que isso vá que vai ser realizado por essa CPI da qual V. Exª vai acontecer em agosto. Sem dúvida nenhuma – e eu fazer parte. Se nos couber a indicação do Presidente vou já falar, espero já ter oportunidade também de fa- ou do Relator, V. Exª sabe que, como idealizador, será lar sobre o assunto –, a corrupção nunca esteve tão o nosso indicado para ocupar uma dessas funções e elevada – e agora o próprio Banco Mundial comprova dar a essa Comissão Parlamentar de Inquérito a ve- isso – na história deste País. Há a questão das ONGs, locidade que ela vai exigir daqueles que a integrarem. que estão completamente fora de controle, fora de Cumprimentos a V. Exª. qualquer limite de irregularidade. Portanto, parabéns O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Agra- a V. Exª por essa iniciativa. deço a V. Exª. O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Se- Senador Osmar Dias, o Sr. Ricardo Moritz, presi- nador Tasso, é lamentável, mas o que nós temos que dente do fundo de pensão da Companhia Energética fazer? É continuar na trincheira, protestando, mostran- de Santa Catarina, foi preso – era, até ontem, presi- do, para que o País acorde. dente do Celos, que é o fundo de pensão da empresa É lamentável, Senador César Borges, que esses energética daquele Estado –, e a Secretaria de Previ- fatos ocorram. O Senador Antonio Carlos – S. Exª con- dência Complementar, até agora, não tomou nenhuma valesce e não pode estar aqui – denunciou inúmeras providência com relação à instauração de sindicância vezes o que se praticava na Petrobras, inúmeras vezes para avaliar a gestão desse senhor à frente do fundo fez denúncias desta tribuna e, em algumas delas, deu de pensão catarinense. nome aos bois. Mostrou o uso de ONGs abastecidas O Brasil está anestesiado, Sr. Presidente, infeliz- com recursos da Petrobras, e está aí a Petrobras ex- mente. O Governo confia na popularidade e na blinda- posta, os seus acionistas correndo risco, mas não se gem do Presidente Lula, que é um fato, é verdadeira. ouve uma palavra. Um vai mandar relaxar e gozar, o Mas eu finalizo, Sr. Presidente, dizendo que o outro vai dizer que é desenvolvimento, e ninguém toma Presidente Lula está para o Brasil como o pau de en- providência. O brasileiro que pague a conta! chente está para a catástrofe. É aquela madeira de tora O Sr. João Pedro (Bloco/PT – AM) – As prisões grossa, Senador Tasso Jereissati, que vai andando, não já são providências. importa se a seu lado há boi morto, cobra velha, ma- O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Pois deira, pedaço de casa; importa aonde ele quer chegar. não? O custo não interessa, o preço que o País pagará não O Sr. João Pedro (Bloco/PT – AM) – As prisões interessa. O importante para o Presidente da República já são providências. é a blindagem – blindagem do pau de enchente, que O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL – PI) – Inclu- vai sendo levado pelas ondas custe o que custar. sive, vocês estão mandando construir ou estão prome- É exatamente isso, Sr. Presidente, que nós esta- tendo construir mais não sei quantas prisões. Serão mos vivendo. E é lamentável, porque as providências poucas! No ritmo em que estão andando serão poucas não são tomadas por parte do Governo, que conse- as prisões. No primeiro governo, prometeram a cons- gue atravessar a crise do Palácio do Planalto para o trução de várias, inclusive três no Piauí. Não fizeram JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 541 23856 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 nenhuma! Não fizeram, no primeiro governo, nenhuma, dora Marisa Serrano, Senador Renato Casagrande Senador João Pedro! E agora estão prometendo. Vo- e Senador Almeida Lima, que entregaram aqui uma cês precisam aprender que a fase da promessa foi no solicitação ao Presidente do Senado, Senador Renan primeiro governo. Agora têm de mostrar resultado, têm Calheiros, para as diligências necessárias junto à Po- de mostrar o que fizeram para combater a corrupção. lícia Federal ao processo que caminha no Conselho Não fizeram nada! As promessas estão aí. de Ética. De imediato, solicitei à Drª Cláudia Lyra que É verdade que vocês são campeões em apura- a encaminhasse ao Presidente Renan Calheiros, para ção de corrupção, porque são exatamente geradas sua necessária e imprescindível deliberação sobre a no governo mais corrupto da história do Brasil. Nunca convocação da Mesa. tivemos um governo neste País com tanta corrupção. Parece-me que, quase na sua totalidade, os mem- E o pior, Senador César Borges, é que os corruptos bros da Mesa estão aqui e poderão ser convocados a perdoados ontem são os mesmos que estão se reve- qualquer momento. Entretanto, a informação que te- zando e praticando novos atos de corrupção, como o nho, inclusive também por parte do Vice-Presidente, caso da Petrobras. Não tem um cristão novo, não tem Senador Tião Viana, é a de que essa convocação é inocente. atribuição exclusiva do Presidente do Senado, Sena- O que estamos vendo é um festival de desrespeito dor Renan Calheiros. ao povo brasileiro. Mas isso tem tempo e tem a hora do Estamos no aguardo de uma deliberação a res- basta, Sr. Presidente, e ela não demora a chegar. peito da matéria, que deverá vir do Presidente Renan O SR. PRESIDENTE (César Borges. PFL – BA) Calheiros. – Senador Heráclito Fortes, obrigado pelo seu vibran- O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL – RN. Pela ordem. te discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, tenho a cer- Dou prosseguimento à lista de oradores. teza de que V. Exª se encontrava ontem no plenário O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL – RN) – Sr. Presi- durante à tarde, quando uma sucessão de discussões, dente, peço a palavra para uma questão de ordem. de depoimentos e de compromissos foram tomados, O SR. PRESIDENTE (César Borges. PFL – BA) por iniciativa minha, do Senador Arthur Virgílio e de – Tem a palavra o Líder do Democratas, Senador José alguns Senadores desejosos de que o encaminha- Agripino, para uma questão de ordem. mento da feitura do relatório pudesse ficar amarrado O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL – RN. Para uma por providências tomadas ontem, para que a opinião questão de ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Pre- pública não levantasse nenhuma suspeita sobre a sidente, gostaria de uma informação de V. Exª. isenção do Senado. Tenho conhecimento de que os três Relatores en- Sr. Presidente César Borges, é preciso que a carregados das investigações, no Conselho de Ética, Nação brasileira compreenda que todos nós temos das denúncias feitas contra o Senador Renan Calheiros responsabilidades individuais, e, se leniências vierem já entregaram a V. Exª, no exercício da Presidência da a ocorrer no Senado, teremos de ter responsabilidade Mesa da Casa, o relatório contendo as indagações que individualizada. Os democratas têm de ter uma posi- têm de ser remetidas à Polícia Federal como forma de ção clara, os tucanos também, os petistas também, levantar evidências e provas para a feitura do relatório os peemedebistas também, e acho que fizemos nossa do Conselho de Ética. parte no sentido de que essa responsabilidade ficasse Suponho que V. Exª tenha encaminhado o rol de dividida por todos. perguntas e de indagações, para que a Mesa possa O Conselho de Ética é composto por Parlamen- reunir-se. V. Exª, como Presidente, tem essa prerro- tares de diversos Partidos. Os Relatores são três: um gativa. Não sei que atitude tomou V. Exª e queria uma do PSDB, a Senadora Marisa Serrano; um do PMDB, explicação, tanto eu como a Casa, sobre que proce- o Senador Almeida Lima; e o Líder do PSB, o Senador dimentos serão adotados, até em função dos acordos Renato Casagrande. realizados na tarde de ontem pelos membros do Con- E o Presidente do Conselho é do PMDB, o dig- selho de Ética e pelos membros da Mesa. no Senador Leomar Quintanilha. São de Partidos da Formulo essa questão a V. Exª e gostaria de ter base do Governo e da Oposição; são do Conselho uma explicação, Sr. Presidente. de Ética, que não tem partido político, que não pode O SR. PRESIDENTE (César Borges. PFL – BA) ter partido político; são do partido da isenção e têm – Pois não, nobre Líder José Agripino. V. Exª não es- de ser do partido da isenção. E tomaram um compro- tava naquele momento no plenário. Fomos procurados misso, após discussões – o Senador Almeida Lima pelo Presidente do Conselho de Ética, Senador Leomar manifestou sua posição, o Senador Casagrande ma- Quintanilha, acompanhado dos três Relatores, Sena- nifestou sua posição, a Senadora Marisa Serrano 542 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23857 manifestou sua posição, o Presidente manifestou sua sugerir a hora – e eu pediria até o testemunho de S. posição –, de fazerem a reunião hoje, de alinharem Exª. Sugeriu que o Conselho de Ética se reunisse às os pontos, os questionamentos que têm de ser en- 9 horas e que a Mesa se reunisse ao meio-dia. Todos dereçados à Polícia Federal, vencida uma etapa de têm avião para voltar às suas bases. legalização, que é a de submeter esse questionário Já são 16 horas. Os compromissos de todos à Mesa Diretora. existem. O compromisso do País é com a legalidade, é Estavam presentes o Senador Gerson Camata, com passar a limpo os fatos que são denunciados. Nós do PMDB; V. Exª, do Democratas; o Senador Magno falamos pelos eleitores do Brasil. O que nós queremos Malta, que presidia a sessão; o Senador Papaléo Paes, é uma manifestação. Peço, inclusive, a V. Exª que está do PSDB; o Senador Flexa Ribeiro, do PSDB. Conver- presidindo a sessão que, se puder, tome a iniciativa sei com o Senador Tião Viana, que vinha do Rio do junto com seus companheiros de Mesa, para que se Janeiro, que me disse que estaria à disposição para repita a atitude que o Presidente Renan tomou dez dias participar da reunião da Mesa. Aí já vão seis dos sete atrás, quando, voluntariamente, solicitou a reunião da membros da Mesa. Mesa, para que a Mesa referendasse o processo que O Presidente Renan Calheiros teve uma atitude veio do Conselho de Ética e que voltou. A partir daí, de extrema dignidade, que nos confortou a todos, e não o processo de investigação tomou novo impulso, para podia deixar de ser outra a atitude de S. Exª, quando, que aquilo que o País espera viesse a acontecer: o há dez dias – e o Vice-Presidente Tião Viana presidiu a esclarecimento dos fatos. Com isso, as provas serão sessão –, convocou a reunião da Mesa, para que uma definitivamente apresentadas, para que não se precise exigência do Conselho de Ética ou a devolução de toda lançar mão de artifício de espécie alguma para que as a documentação feita pelo Conselho de Ética à Mesa evidências possam aparecer. pudesse, no meu entendimento, numa tramitação bu- O que se quer é o que ao Presidente Renan deve rocrática para estabelecer a legalidade dos fatos, ser interessar. O Presidente Renan precisa, neste momen- apreciada pela Mesa, que a devolveu, legitimando o to, das provas para demonstrar ao País que S. Exª é andamento do processo. como diz: inocente. Do contrário, podem prevalecer Não posso esperar mais, diante da posição pú- evidências que mostram ser S. Exª culpado. Para que blica tomada por todos os membros da Mesa, todos as evidências se mostrem, é preciso que a reunião da – estão aqui, inclusive –, diante do compromisso to- Mesa aconteça, para que as provas aconteçam, para mado de fazerem a reunião da Mesa hoje, em tem- que quem tiver consistência possam adquiri-las, para po hábil, para que se cumprisse uma etapa de mera que o voto dos membros do Conselho de Ética sejam legalização dos fatos, para que o rol de indagações dados, para condenar ou para absolver – repito: para pudesse ser devolvido ao Conselho, que o remeteria condenar ou para absolver! à Polícia Federal, para que, no período de recesso, Eu pediria, portanto, a V. Exª que tomasse alguma os peritos pudessem fazer seu trabalho e para que providência, tendo em vista que são 16 horas. Daqui a os Relatores pudessem começar a alinhavar seu pen- pouco, serão 16 horas e 30 minutos, 17 horas, e pode- samento, em função de provas e de evidências que se perder o quórum da Mesa. Peço que aquilo que foi pudessem mostrar-se. feito há dez dias se repita, para que o País continue Veja V. Exª que já são quase 16 horas. Hoje é a acreditar na lisura de procedimento, na isenção do quinta-feira. O recesso começa na terça-feira. Dificil- Presidente Renan, que, neste momento, é investiga- mente, amanhã, os membros da Mesa estarão aqui. do e que tem de ter o direito à oportunidade de obter Não sei se estarão na segunda-feira ou na terça-feira. provas para sua defesa. E o País espera que as provas Os membros da Mesa que aqui se manifestaram estão surjam para condenar ou para absolver. comprometidos com o País em se reunir para cumprir O SR. PRESIDENTE (César Borges. PFL – BA.) uma formalidade e para devolver ao Conselho de Ética – Senador José Agripino, eu, que estou na Presidência, o “autorizo”, para que os pedidos de informação, de informo a V. Exª que a Secretária da Mesa, Drª Cláu- perícia, à Polícia Federal tenham conseqüência. Será dia Lyra, encontra-se, neste momento, no gabinete da que – não passa pela minha cabeça – está na cabeça Presidência para fazer a entrega oficial do requerimen- de alguém a procrastinação? Não acredito. to solicitando a permissão para as perícias, feito pelo Gostaria que os membros da Mesa tomassem a Conselho de Ética. Estamos no aguardo de um retorno iniciativa – só para confirmar – de procurar o Presidente da Drª Cláudia Lyra para informar a V. Exª. da Casa, para que aquilo que eles disseram ontem aqui O que eu posso dizer a V. Exª, em meu nome pes- seja referendado, para que eles não fiquem desauto- soal e acredito que em nome dos demais membros da rizados. Ontem, o Senador Gerson Camata chegou a Mesa, é que nós estamos inteiramente à disposição: JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 543 23858 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 agora, à noite e até, se for o caso, amanhã. Acredito O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) que não será, em hipótese nenhuma, por falta de quó- – Senador Magno Malta, Senador Osmar Dias e Sena- rum na Mesa que nós não iremos deliberar. dor Tasso Jereissati. A informação que tinha chegado Entretanto, regimentalmente, só quem pode con- foi essa; eu apenas a emiti. Lamento se não foi fruto vocar a reunião da Mesa é o Presidente Renan Ca- de um entendimento, mas V. Exª, então, terá a palavra lheiros. Não tenho informação de que qualquer outro após o orador que está na tribuna. membro da Mesa possa fazer essa convocação sem O SR. OSMAR DIAS (PDT – PR) – Sr. Presidente, estar sendo contrário ao Regimento da Casa. é porque tenho viagem, e a inscrição foi invertida, mas Portanto, é isso que posso informar a V. Exª. aguardo o pronunciamento do Senador Marconi. O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL – RN) – Presidente O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) César Borges, como, no meu entendimento, é do inte- – Senador Tasso Jereissati, a Presidência informa a resse total do Senador Renan Calheiros demonstrar a V. Exª que, tendo em vista um equívoco na ordem de sua inocência, e o que se pretende é levantar as provas inscrição, após o Senador Marconi Perillo, falará o Se- e as evidências que darão a S. Exª a condição que alega nador Osmar Dias e, em seguida, V. Exª, para corrigir de inocência, ou pode dar algo em sentido contrário, um erro de inscrição. Agradeço a V. Exª. essa perícia é de fundamental importância. O SR. TASSO JEREISSATI (PSDB – CE) – O S. Exª o Presidente Renan, em oportunidade an- Senador Osmar Dias, naturalmente, por ordem natural terior, já solicitou essa perícia, por intermédio do Líder das coisas, está sempre à minha frente. Romero Jucá. E, tendo em vista, portanto, a presença O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) na Casa dos Senadores Tião Viana, César Borges, – Agradeço a V. Exª. Gerson Camata, Magno Malta e Papaléo Paes, que O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR – ES) – Sr. são a maioria, aguardamos que o Presidente Renan Presidente, com a vênia do jovem Governador de Goi- faça o que fez há dez dias e reúna a Mesa para que a ás e jovem Senador... providência de ordem administrativo-burocrática seja O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) tomada e os requerimentos apresentados retornem ao – Peço muita brevidade, porque temos um orador na Conselho de Ética, a fim de que, no recesso, se ganhe tribuna. o tempo necessário para a apuração das evidências O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR – ES) – Sim, eu e das provas. sei, estou pedindo a vênia de S. Exª, que foi Governa- dor adolescente ainda, então, tem paciência. Não era O Sr. César Borges, 3º Secretário, deixa nem jovem quando foi Governador, era adolescente; a cadeira da presidência, que é ocupada pelo jovem ele está agora. Sr. Presidente, peço que V. Exª Sr. Tião Viana, 1º Vice-Presidente. informe a minha posição para falar pela Liderança do O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) meu Partido. – Antes de conceder a palavra ao próximo orador, que O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) falará pela Liderança do PSDB, o eminente Senador – V. Exª falará após o Senador Tasso Jereissati. Tasso Jereissati, patrimônio da política brasileira, Se- O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR – ES) – Muito nador Sérgio Guerra, comunico que eu mesmo tive obrigado. um entendimento com o Senador Renan Calheiros. O SR. MARCONI PERILLO (PSDB – GO. Pro- Fui ouvi-lo, e a decisão do Presidente do Senado, Se- nuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) nador Renan Calheiros, foi a de que a reunião será na – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, assim como próxima terça-feira, às 11 horas. boa parte dos Senadores desta Casa, estivemos à Com a palavra, o Senador Tasso Jereissati, pela frente de Governo de Estado, o Governo de Goiás, e Liderança do PSDB. conhecemos a luta para equilibrar as contas nos ter- O SR. OSMAR DIAS (PDT – PR) – Sr. Presiden- mos da Lei de Responsabilidade Fiscal, que, aliás, foi te, só para uma informação. uma das grandes conquistas da sociedade brasileira, O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) graças à iniciativa do ex-Presidente Fernando Henri- – O Senador Tasso Jereissati permuta com o Sena- que Cardoso, que, a partir dessa medida, colocou um dor Marconi Perillo. E, em seguida, falará o Senador freio de arrumação em relação à gastança por parte Tasso Jereissati. de Municípios e Estados, principalmente. Pela ordem, Senador Osmar Dias. Com o advento da Lei de Responsabilidade Fis- O SR. OSMAR DIAS (PDT – PR. Pela ordem. cal, Sr. Presidente, os Estados e Municípios se viram Sem revisão do orador.) – Gostaria de saber qual a obrigados a ajustar suas contas. Todos os Governa- minha ordem de inscrição pela Liderança. dores foram, ao longo desses últimos anos, após a 544 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23859 sanção da Lei de Responsabilidade Fiscal, obrigados competência privativa desta Casa. Se houve presteza a cumprir uma série de pontos indispensáveis aos cha- da Presidência da República, à época em que Fernando mados ajustes definidos pela Lei de Responsabilidade Henrique presidia este País, em encaminhar a matéria Fiscal. Cinco são as metas que os Estados e Municí- para apreciação, atitude semelhante deveria ter sido pios são obrigados a cumprir em relação ao chamado tomada por esta Casa. ajuste fiscal. E a Lei de Responsabilidade Fiscal tem Não é possível, Sr. Presidente, que, desde o ano sido rigorosíssima em relação a gastos com pessoal, 2000, o projeto de regulamentação da Lei de Respon- a gastos correntes, dentre outros limites que estão sabilidade Fiscal esteja nesta Casa, na Comissão de estabelecidos na referida lei. Assuntos Econômicos, sem que o Presidente da CAE Em Goiás, por exemplo, Sr. Presidente, há cerca tenha sequer designado Relator para preparar um pa- de nove anos, quando assumimos o Governo do Es- recer sobre a matéria. tado, o Estado devia cerca de 3,5 anos de sua receita Revela-se fundamental, também, observar que, líquida real total para pagar a dívida externa. Graças por meio da Mensagem nº 1.070, da Presidência da ao esforço fiscal, ao ajuste fiscal, ao cumprimento de República, datada de 3 de agosto de 2000, originou-se, todas as metas e ao cumprimento da Lei de Responsa- no âmbito da Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei bilidade Fiscal, conseguimos reduzir de 3,5 anos para nº 3.431, de 2000, que estabelece para a dívida públi- 1,88 ano de receita líquida real para o pagamento da ca mobiliária federal uma série de definições a serem dívida externa. observadas. É difícil acreditar que essa proposição se Ocorre, Sr. Presidente, que, se a Lei de Respon- encontre na Comissão de Constituição, Justiça e Cida- sabilidade Fiscal estabelece regras claras e limites dania daquela Casa desde 1º de novembro de 2001, para os Estados e Municípios, não acontece a mesma após ter sido aprovada pela Comissão de Finanças e coisa em relação à União. Por isso, sentimo-nos na Tributação. Desde 15 de outubro de 2003, há parecer obrigação de suscitar, desta tribuna, o debate sobre a favorável sobre a matéria, emitido pelo Deputado Inaldo regulamentação da Lei de Responsabilidade Fiscal, em Leitão, mas a tramitação continua parada. Não há inte- particular, da fixação dos limites globais para o mon- resse dos Líderes, não há interesse daquela Casa, não tante da dívida consolidada líquida da União, prevista há interesse da Presidência da República em priorizar, no art. 30, I, da Lei de Responsabilidade Fiscal, bem na reunião de Líderes, um acordo que possa, efetiva- como da fixação dos limites para a dívida mobiliária mente, garantir a aprovação dessa matéria. federal, prevista também no art. 30, II, do mesmo di- Da mesma forma, Srªs e Srs. Senadores, foi ploma legal. encaminhada a Mensagem nº 1.658, da Presidência Queremos suscitar, igualmente, no âmbito do da República, datada de 7 de novembro de 2000, de Congresso Nacional, a importância de apreciarmos a onde se originou o Projeto de Lei nº 3.744, de 2000, criação do Conselho de Gestão Fiscal, prevista no art. que institui o Conselho de Gestão Fiscal e dispõe so- 67 da Lei de Responsabilidade Fiscal. bre a composição desse órgão, bem como sobre a Vale notar, Sr. Presidente, que a Lei de Respon- sua forma de funcionamento – também de iniciativa sabilidade Fiscal previu o encaminhamento pelo Presi- do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso e, até dente da República ao Congresso Nacional, no prazo agora, sem uma definição. de 90 dias da publicação, de mensagem com propostas Pois bem, essa proposição encontra-se, desde sobre os incisos I e II do art. 30. Ocorre que a Mensa- 11 de janeiro de 2001, na Comissão de Trabalho, de gem nº 154 da Presidência da República, datada de Administração e Serviço Público, e ainda deverá tra- 8 de agosto de 2000 – ainda durante o Governo Fer- mitar por mais duas Comissões: a CFT e a CCJC. De- nando Henrique –, e encaminhada em cumprimento vemos notar, ainda, que, em 13 de outubro de 2006, ao inciso l, ainda está em tramitação no Senado, nos o Deputado Luciano Castro foi designado Relator da termos do art. 332 do Regimento Interno e do Ato nº matéria no âmbito da CTASP, e emitiu, no dia 23 do 97, de 2002, do Presidente do Senado. Ela encontra- mesmo mês, parecer favorável à aprovação do projeto. se na Comissão de Assuntos Econômicos. Todavia, em abril deste ano, a matéria foi devolvida ao Com efeito, permitimo-nos pedir à Presidência Relator para revisão do parecer. da Casa, em particular ao Presidente da Comissão Entendemos que a maioria das Senadoras e dos de Assuntos Econômicos, CAE, celeridade na apre- Senadores presentes neste plenário há de concordar ciação dessa matéria, que, até a presente data, ainda conosco quanto à necessidade de o Congresso envidar não tem sequer Relator designado. esforços no sentido de apressar a tramitação dessas É fundamental ressaltar que a demora em apre- matérias, sobretudo quando o assunto diz respeito à ciar a matéria significa que o Senado deixa de exercer Lei de Responsabilidade Fiscal. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 545 23860 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 A Lei de Responsabilidade Fiscal, Senador Osmar vez mais transparentes, claras, justas e honestas. Ao Dias, não deve prevalecer apenas para os Estados e se adiar a reunião por mais seis dias, quando havia Municípios. Ela deve valer também para a União, que se a possibilidade de realizá-la hoje, parece que há uma deve enquadrar nos ditames e nos limites dessa lei. clara e deliberada intenção de se postergarem as in- Os Estados se endireitaram e gastam, hoje, com vestigações para que elas não aconteçam conforme um pouco mais de qualidade, sobretudo com pessoal havia sido determinado como intenção do Senado e despesas correntes, graças a essa lei que foi apro- Federal. vada no ano de 2000. Não podem, portanto, estar os Tivemos oportunidade – todos nós, do PSDB, dos Estados e Municípios enquadrados nos limites e nos Democratas e de outros Partidos, inclusive do próprio rigores da Lei de Responsabilidade Fiscal – que, na PMDB – de dizer ao Sr. Presidente desta Casa que minha opinião, é absolutamente benéfica para a cida- considerávamos conveniente que ele se afastasse dania –, e o Governo Federal não estar limitado por para que não houvesse a percepção de que ele es- ela, não ter que se ater ao que ela estabelece. taria, de alguma maneira, interferindo no andamento Senador José Agripino, devemos tratar desse as- dessas negociações, dessas investigações. Ora, ele sunto, que é muito grave. A União não tem interesse disse que não, e nós o ouvimos com a atenção e o em priorizar a regulamentação da Lei de Responsabi- respeito devidos. lidade Fiscal, porque a União não a cumpre nem tem No entanto, no momento em que cabe ao Presi- a obrigação de fazê-lo. Enquanto os Estados e Muni- dente do Senado, ao Presidente da Mesa – e exclu- cípios realizam um grande esforço para cumprir essa sivamente ao Presidente da Mesa – deliberar sobre a lei, o que tem significado benefícios extraordinários data da reunião e ele toma a decisão, monocraticamen- para a qualidade dos serviços prestados à cidadania, te, de que vai ser postergada a reunião por mais seis a União não tem iniciativa concreta para regulamentar dias, coincidindo com a véspera, com o dia do início o Conselho de Gestão e, muito menos, a própria Lei do recesso desta Casa, essa sensação de que o Pre- de Responsabilidade Fiscal. sidente do Senado está interferindo no andamento das Permitimo-nos, portanto, conclamar nossos Pa- negociações se concretiza como verdadeira. res a fazer coro para que, tanto no Senado quanto na Portanto, nós não podemos aceitar essa delibe- Câmara dos Deputados, possam ser apreciados, com ração do Presidente. Esperamos que ele venha aqui a maior urgência, estes três aspectos de fundamental justificar essa posição, porque, para nós, é uma clara importância: a fixação dos limites globais para o mon- demonstração de que há interferência, sim, do Pre- tante da dívida consolidada líquida da União, a fixação sidente. dos limites para a dívida mobiliária federal e a criação Não sei que alternativa temos, mas queria con- do Conselho de Gestão Fiscal. clamar os nossos Senadores do PSDB e trocar idéias Era o que eu tinha a dizer. com o Presidente dos Democratas e de outros partidos Muito obrigado. para que, se essa posição de hoje se confirmar, nós O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) nos sentirmos impedidos de continuar qualquer ativi- – Agradeço a V. Exª, Senador Marconi Perillo. dade legislativa sob a Presidência de S. Exª. O SR. TASSO JEREISSATI (PSDB – CE) – Sr. Esperamos uma explicação rápida para que não Presidente, peço a palavra pela ordem. tenhamos que tomar uma atitude mais drástica nesta O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL – RN) – Sr. Presi- Casa, neste momento. dente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) – Concedo a palavra ao Senador José Agripino. – Pela ordem, concedo a palavra ao Senador Tasso O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL – RN. Pela ordem. Jereissati. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, apenas gos- Em seguida, falará o Senador José Agripino. taria de fazer uma consulta. O Presidente Renan está O SR. TASSO JEREISSATI (PSDB – CE. Pela na Casa? ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) gostaria de manifestar nossa estranheza – falo, também, – O Presidente Renan está na Casa. pelo PSDB – diante do adiamento da reunião da Mesa O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL – RN. Pela ordem. para deliberar a respeito da decisão que lhe foi enviada Sem revisão do orador.) – Eu não compreendo, Pre- pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. sidente Tião Viana, diante de tudo aquilo que foi dito Parece-me que isso é extremamente prejudicial ontem por companheiros de Senado de S. Exª, do com- para o Senado Federal e para o bom andamento das promisso tomado por Gerson Camata, que chegou a investigações, que pretendemos, repito, sejam cada pedir para marcar hora, companheiro de Partido que 546 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23861 é, de César Borges, de Papaléo, de V. Exª, com quem O SR. SÉRGIO GUERRA (PSDB – PE) – Sr. conversei por telefone, do Senador Magno Malta, que Presidente, peço a palavra pela ordem. firmaram um compromisso perante o País – o País está O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) esperando que as investigações prossigam em sistema – Pela ordem, concedo a palavra ao Senador Sérgio de isenção. O que neste momento passa para o País Guerra. é que a Presidência do Senado está armando alguma Solicito ao Senador Osmar Dias que se dirija à chicana jurídica para, daqui até terça-feira, procrastinar tribuna posteriormente à fala do Senador Sérgio Guerra, o processo de levantamento de provas, de evidências, uma vez que tem uma viagem, um compromisso mar- perícias, ou seja, para que alguma instância jurídica cado e, portanto, não pode ser prejudicado. O Senador possa impedir aquilo que foi pactuado política e regi- Osmar Dias falará após o Senador Sérgio Guerra. Em mentalmente ontem aqui neste Plenário. seguida, falará o Senador Demóstenes Torres. O Presidente da Casa está aqui. Ele não presidiu O SR. SÉRGIO GUERRA (PSDB – PE. Pela or- ontem a sessão do Congresso, mas ele está aqui. Ele dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e disse a V. Exª que só na terça-feira, contrariando aquilo Srs. Senadores, o Presidente Renan Calheiros terá, que foi discutido no Plenário, que foi pactuado no Ple- seguramente, duas formas de se defender das acu- nário por seus companheiros de Mesa e de Senado. sações, das denúncias feitas contra procedimentos. Será que ele não compreende que, com essa atitude A primeira é a defesa por documentos, argumentos – para a qual não vejo nenhuma conseqüência práti- contrários às acusações feitas. ca –, ele está desautorizando os membros da Mesa, Ele as tem feito pela remessa de documentos, que estão aqui dispostos a se reunirem? Será que ele de relatórios, sustentando, de maneira cada vez mais não percebe que a atitude dele está passando para o incisiva, a sua inocência, o fato de que não há, segun- País que a Presidência da Casa está tentando tutelar do ele, denúncias contra sua pessoa que não tenham as investigações? sido refutadas. Gostaria de entender isso tudo e de ver o Presi- O segundo procedimento tem a ver com a sua dente Renan, onde quer que esteja S. Exª neste mo- atividade de Presidente do Senado. O Presidente Re- mento, dar alguma explicação – se é que ela existe nan afirma que as suas atividades na Presidência do – para a quebra do entendimento que foi tomado pelo Senado não interferem sobre as decisões que tenham Plenário, pelos membros do Conselho de Ética, que já a ver com as investigações. Na medida em que o Pre- fizeram o que disseram que iam fazer, e pelos membros sidente afirma isso, e hoje a decisão tomada aponta da Mesa, companheiros dele, que desejam oferecer a em outra direção, parece-me um caso extremamente oportunidade da evidência das provas. Se elas forem grave. favoráveis ao Presidente Renan, ele será o grande be- Uma coisa é o Presidente peticionar, como já o neficiário dessa investigação. É ele o grande benefici- fez, na sua própria defesa, o Senador Renan Calhei- ário! Quanto mais o tempo passar, pior para ele. ros. Isso é objeto de uma discussão aqui no Senado. Gostaria de obter uma resposta que a mim me Outra coisa é o Presidente, que pode, agora, a qual- convencesse. Do contrário, eu e o Brasil vamos enten- quer instante, promover uma reunião da Mesa, que der que há alguma tentativa de manobra jurídica por permitiria a fluidez da investigação, e, sem uma razão trás da procrastinação, da quebra do compromisso, que concreta, objetiva, atrasar a realização dessa reunião não é dele, mas é dos membros da Mesa, de hoje se para a semana que vem. Acho que não é sensato, reunirem para cumprir uma mera formalidade adminis- não faz sentido, compromete o Presidente do Senado, trativa, dando legalidade a uma atitude do Conselho compromete o Senador Renan Calheiros e não ajuda de Ética, e respondendo ao anseio da sociedade que o conceito do Senado de uma maneira geral. quer ver esse assunto passado a limpo, para absolver O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) ou condenar o Presidente Renan Calheiros, mas dan- – Agradeço a V. Exª. do a ele a oportunidade da prova, do direito de defesa. Com a palavra o Senador Osmar Dias; em se- O direito de defesa passa pelo que estamos pedindo: guida, falarão os Senadores Demóstenes Torres e o levantamento das evidências, que a Polícia Federal Almeida Lima. poderá fazer. Essa é uma questão política, sim, que Tem a palavra o Senador Osmar Dias. cabe a nos decidir, sim. O SR. OSMAR DIAS (PDT – PR. Pela ordem. Peço a V. Exª que interceda, para que possamos Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. terminar esta quinta-feira bem com as nossas cons- Senadores, quero agradecer o Senador Tasso Jereis- ciências. sati, sempre gentil, às vezes até demais. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 547 23862 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 Eu não falei aqui desta tribuna sobre este assunto O SR. OSMAR DIAS (PDT – PR) – Senador Adel- porque o Líder do meu Partido pediu que as opiniões mir Santana, agradeço o aparte. V. Exª foi o Relator do Partido, do PDT, fossem expostas por ele, Líder da matéria na Comissão de Assuntos Econômicos e do Partido. Mas eu tenho o direito também de expor a sabe muito bem da sua importância para 1,5 milhão minha opinião, para dizer a todos os Senadores que de empresas e para os milhares de empregos que se o PDT já anunciou ao País qual é a sua posição ofi- multiplicam por esse 1,5 milhão de empresas. cial: pede que o Senador Renan Calheiros se afaste Seria importante, inclusive, que o acordo feito na da Presidência até que esse assunto seja resolvido Comissão de Assuntos Econômicos pudesse prosse- pelo Conselho de Ética, e, depois do resultado das guir e que incluíssemos outros setores no Supersim- investigações e do julgamento do Conselho de Ética, ples, como o setor de saúde, essencial para o País, os possamos ou tê-lo de volta à Presidência, ou eviden- corretores de seguros, os representantes comerciais, temente, respondendo pelas conseqüências daquilo segmentos que não foram e que precisam ser contem- que apontar o Conselho de Ética. plados por essa lei, pois seu objetivo é exatamente Sr. Presidente, também acredito que não é bom gerar empregos, viabilizar novos empreendimentos no para o Senado Federal esse debate interminável. Por País e fazer com que a economia cresça. isso, seria bom que o Presidente Renan Calheiros re- Senador Adelmir Santana, se estamos falando almente marcasse essa reunião, agilizasse os proce- em Programa de Aceleração de Crescimento, essa dimentos e permitisse que o Conselho de Ética desse lei é essencial. V. Exª apresentou um relatório muito uma satisfação ao Plenário da Casa e também ao País. competente e propôs um acordo para que, em agosto, Seria bom para o próprio Presidente do Senado Federal voltemos a discutir a inclusão de novos segmentos. que este assunto fosse resolvido de uma vez por todas, Sr. Presidente Tião Viana, eu não ia falar desse porque estamos, sim, vendo o Senado Federal se arras- assunto, falaria de outro, mas resolvi falar porque en- tando, sem votar. Hoje, poderíamos ter votado o Super- tendo que o bom senso tem que ser retomado nesta simples – inclusive, aqui está o Deputado Luiz Carlos Casa. Hauly insistindo para que votemos essa lei. Poderíamos Os Senadores José Agripino e Tasso Jereissati votar, hoje, a Medida Provisória nº 368. Seria importante propuseram que a Mesa se reúna. Faço uma proposta o Senado, nesta quinta-feira, votar, para dizer ao País complementar: que este Plenário vote a medida pro- que continuamos trabalhando e produzindo. Contudo, visória que está para ser votada hoje, ou pelo menos vamos encerrar este semestre sem votar. tente votar, mostre ao País que está tentando votar, Então, acredito, que seria muito bom que o Pre- e, se não conseguirmos, porque não há consenso em sidente Renan Calheiros reunisse a Mesa, tomasse as relação à Medida Provisória do Ibama, a de nº 366, providências que a Mesa deve tomar, para que o Conse- que encerremos as votações e, na seqüência, a Mesa lho de Ética desse seqüência aos seus trabalhos, para se reúna para deliberar sobre esse assunto que inte- que depois pudéssemos, aqui, neste Plenário do Senado ressa a todos os Senadores e à sociedade brasileira, Federal, tomar também a posição necessária para que que aguarda a conclusão do processo. o Senado volte à normalidade. O Deputado Hauly está Não podemos permanecer eternamente amarra- ansioso, para ver essas matéria ser votada. dos nesse vaivém; sobretudo, não podemos voltar do Sr. Presidente, é importante que V. Exª peça aos recesso, que começa no dia 18, na mesma situação. Líderes que votemos essa matéria na tarde de hoje, Algo tem que ser feito a fim de que possamos concluir porque é uma matéria consensual. Todos querem que os procedimentos no Conselho de Ética, e, dessa for- a Lei do Supersimples seja aprovada hoje. ma, voltar a esta Casa, votando projetos importantes O Sr. Adelmir Santana (PFL – DF) – V. Exª me para o País. permite um aparte, Senador Osmar Dias? Senador Adelmir Santana, a lei que V. Exª relatou, O SR. OSMAR DIAS (PDT – PR) – Pois não, com certeza, é muito mais importante do que muitas Senador Adelmir Santana. coisas que estamos debatendo. Com certeza, V. Exª O Sr. Adelmir Santana (PFL – DF) – Essa pre- está ansioso para votá-la. Contudo, enquanto não eli- ocupação é de todos nós, porque 1,5 milhão de em- minarmos esse impasse, não votaremos. presas depende da aprovação do Projeto de Lei nº 43. Deixo um apelo respeitoso à Mesa: que seus Isso significa que, se não aprovarmos, 1,5 milhão de membros se reúnam, deliberem, tomem as providên- empresas não poderá optar pelo Supersimples. Asso- cias necessárias, a fim de que voltemos do recesso cio-me a V. Exª no apelo para buscarmos uma solução em uma situação normal, retomemos as votações para o processo de votação dessas medidas e incluir- normalmente, e o País veja no Senado Federal uma mos entre as votações o Projeto de Lei nº 43. instituição de respeito de fato. 548 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23863 O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT–AC) funcionários técnicos [no caso, os peritos da – Agradeço a V. Exª. Polícia Federal] para estudo de determinado O SR. ALMEIDA LIMA (PMDB – SE) – Pela or- trabalho, sem prejuízo das suas atividades nas dem, Sr. Presidente. repartições a que pertençam.” O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) Como a Comissão de Inquérito deliberou reme- – A Presidência, antes de passar a palavra, pela ordem, ter para a Mesa, nós não temos mais como discutir o aos Senadores Demóstenes Torres e Almeida Lima, tem um comunicado do Presidente Renan Calheiros. assunto. Peço a atenção dos Senadores José Agripino, Mas, Sr. Presidente, naturalmente, o Presidente Tasso Jereissati e Sérgio Guerra para o comunicado da Casa, Renan Calheiros, está impedido de deliberar da Presidência da Casa: e inclusive de marcar qualquer reunião, porque ele é O Presidente Renan Calheiros esclarece que a parte. Evidentemente, ele é parte. Neste momento, V. reunião da Mesa Diretora do Senado Federal somente Exª se encontra na Presidência da Casa, presidindo não foi realizada no dia de hoje e foi marcada para a esta sessão, e é também o Presidente da Mesa que próxima terça-feira, 17 de julho, para que haja tempo vai decidir sobre o assunto. V. Exª, de ofício, pode muito hábil de notificar os advogados das partes – no caso, bem avocar e convocar a reunião da Mesa. Mas se não o Partido autor da representação e a defesa do Se- quiser fazê-lo, nós poderemos apresentar – sugiro que nador Renan Calheiros – do pedido feito hoje, dia 12 os Líderes o façam – um requerimento para que V. Exª de julho, de dar continuidade à perícia requerida pelo tenha maior conforto de assim agir, e nós, no plenário, Conselho de Ética desta Casa. deliberaremos, se V. Exª tem ou não atribuição para É o comunicado do Presidente Renan Calheiros. fazer a convocação da Mesa Diretora da Casa para o O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) dia de hoje. Uma vez que o PSOL está presente, sente- – Pela ordem, Sr. Presidente. se comunicado. E o próprio Presidente, já que é parte, O SR. ALMEIDA LIMA (PMDB – SE) – Não era já está comunicado, porque ele mesmo disse que iria outra coisa, Sr. Presidente, que eu desejava, exata- comunicar ao seu advogado, e o advogado nada mais mente pedindo a V. Exª a palavra pela ordem. é que o seu representante dentro do Conselho. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) É a sugestão que faço aos Líderes, Sr. Presiden- – Peço a V. Exª que aguarde, pois o Senador Demós- te. Caso V. Exª concorde, porque não podemos usar tenes Torres pediu a palavra antes de V. Exª. o argumento de que a pauta está trancada porque há O SR. ALMEIDA LIMA (PMDB – SE) – Tudo bem, medidas provisórias. Esse requerimento não tem ca- Sr. Presidente. ráter legislativo. É um requerimento de mero ordena- O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) mento dos trabalhos. – Com a palavra o Senador Demóstenes Torrres. O Sr. Wellington Salgado de Oliveira (PMDB O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO. Pela – MG) – V. Exª me permite um aparte, Senador De- ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eviden- móstenes Torres? temente que o comunicado do Sr. Presidente da Casa O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) – visa dar regularidade ao procedimento. Mas sabemos Pois não, Senador Wellington Salgado de Oliveria. muito bem que existe o que se chama de “comunica- O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) ção processual”. A notificação é um instrumento para – Não pode, Senador. Trata-se de uma manifestação que as partes saibam que existe aquele procedimen- pela ordem. Inscreverei V. Exª. to. Nesse caso, o PSOL pode tomar conhecimento de O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA imediato, agora, neste momento, e o Sr. Presidente (PMDB – MG) – É que não estou vendo o Senador Renan Calheiros, como fez a comunicação do ato, é José Nery aqui. óbvio que já tomou conhecimento. Então, essa parte O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) fica totalmente suprida. – Eu inscrevo V. Exª após o Senador Almeida Lima. Mas há má vontade de se convocar a Mesa, já que Senador Demóstenes Torres. praticamente todos os seus elementos se encontram aqui. O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) E, na realidade, nem precisava passar pela Mesa, porque – Mas o PSOL, com certeza, tem representação na o art. 89, inciso IX, do nosso Regimento dispõe: Casa e pode... “Art. 89. Ao Presidente de Comissão O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) compete: – A Presidência esclarece a V. Exª que, ao ler o art. 89, IX – solicitar, em virtude de deliberação é preciso que se faça a leitura da Resolução nº 20, em da comissão [e não da Mesa] os serviços de seu art. 19, que é claríssimo: JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 549 23864 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 “Cabe à Mesa encaminhar uma solici- Sr. Presidente, quando o Presidente Renan Ca- tação de análise de documento ou de outra lheiros diz que, para instalar uma reunião da Mesa Di- natureza aos órgãos devidos”. retora... há pouco, eu me transferia do gabinete para V. Exª precisa ler. cá e ouvia dizer, aqui no plenário, que essa reunião é O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) apenas uma reunião administrativa, para cumprir uma – Não tem razão V. Exª. simples formalidade. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) Isso é um absurdo! É uma reunião deliberativa. Não é formal, para atender a uma simples formalida- – Segundo: V. Exª precisa ler os arts. 48 e 52 do Re- de de encaminhamento, ou não, do pedido de perícia gimento Interno do Senado Federal. Se V. Exª os ler, para a Polícia Federal. É uma reunião deliberativa, que com a qualidade parlamentar que tem, com a formação pode deliberar pelo encaminhamento, mas também jurídica que tem, eu tenho certeza de que não defen- pode deliberar pelo não-encaminhamento. derá os argumentos utilizados até agora. Ora, Sr. Presidente Tião Viana, a Resolução nº Com a palavra o Senador Almeida Lima. A seguir, 20, que o Senador Demóstenes Torres também deve V. Exª usará também da palavra. ler, no art. 16, diz expressamente: O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) “É facultado ao Senador, em qualquer caso, cons- – Como V. Exª respondeu, eu gostaria também de tituir advogado para a sua defesa, a este assegurado mencionar... atuar em todas as fases do processo”. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) Como o Senador vai receber uma documentação – A seguir, V. Exª usará da palavra. agora, basicamente às 15h30min? O Senador Demós- O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) tenes diz: “Mas ele já tomou conhecimento”. Sim, mas – Pois não, Sr. Presidente. ele preferiu ser representado e se representar por ad- O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) vogado, que precisa ser formalmente notificado. – Pela ordem, o Senador Almeida Lima. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) O SR. ALMEIDA LIMA (PMDB – SE. Pela ordem. – Peço a V. Exª que conclua a sua fala. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. O SR. ALMEIDA LIMA (PMDB – SE) – Se o ad- Senadores, peço a palavra pela ordem exatamente vogado estiver formalmente notificado, Sr. Presidente, para manifestar-me acerca dessa questão, por enten- pode haver outra audiência, uma sustentação oral em der que há uma precipitação muito grande. um tribunal. Não é possível receber uma comunicação, As Srªs e os Srs.Senadores precisam – permitam- para, meia hora depois, comparecer a uma reunião da me, e peço até desculpas por este aconselhamento, Mesa Diretora. Por que esse atropelo? Eu queria en- esta orientação – ter mais cautela. Por que esta coisa tender. Por que esse atropelo? Falta civilidade. Vamos tão açodada? E a primeira expressão é de chicana ter cautela, paciência. processual, numa agressão desnecessária, numa fal- Ora, na terça-feira, o Congresso Nacional está ta de civilidade. E falam de manobra protelatória do em plena atividade? Está. Faz-se a reunião, cumpridas Presidente. Até o presente momento, os senhores não as formalidades legais. têm autoridade para falar em ato protelatório nenhum Mais uma vez, Sr. Presidente, quero deixar regis- do Presidente desta Casa a esse respeito. trado que estou defendendo o devido processo legal, Gostaria que V. Exªs, com a autoridade que jul- mas há um interesse manifesto de atropelar o Regi- gam ter, pedissem a palavra após a minha fala e apon- mento da Casa e as boas normas de processo, além tassem um ato protelatório neste caso do Presidente dos direitos e garantias individuais, assegurados pela Renan Calheiros. Constituição a qualquer parte. O que vejo, sim, pela segunda ou terceira vez, é O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) uma pretensão atropelatória de V. Exªs. Assim como – Senador Demóstenes Torres, V. Exª tem a palavra pela ontem desejaram atropelar o procedimento, V. Exªs ordem. A seguir, falará o Senador Tasso Jereissati. estão querendo atropelar novamente. O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO. Pela Ora, Sr. Presidente, o Presidente Renan Calheiros ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, natu- recebeu essa documentação, que lhe foi encaminha- ralmente que não assiste, como sempre, neste caso, da pela Mesa desta Casa, depois de esta ter recebido qualquer razão ao ilustre Senador Almeida Lima. Digo, do Presidente do Conselho de Ética e da Comissão porque é um jurista reconhecido no Brasil todo por sua aqui em plenário, e que foi entregue ao nobre Senador capacidade, mas, evidentemente, neste caso, ele per- César Borges, que estava no exercício da Presidência deu o norte: tem ido numa direção sistematicamente dos trabalhos neste plenário, após as 15h. contrária ao Direito, uma vez que sabe muito bem que 550 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23865 é óbvio que o advogado tem de receber a notificação, O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) mas é óbvio também que o Código de Processo Civil – Permita-me, Senador Demóstenes Torres, porque é é claríssimo: importante para o juízo de V. Exª. Art. 214...... O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) § 1º O comparecimento espontâneo do – Pois não, Senador Tião Viana. réu supre, entretanto, a falta de citação [de O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) comunicação processual]. – Os termos da solicitação do Conselho de Ética não se reportam apenas à perícia, estão além. É por essa Então, o Senador Renan Calheiros, se quisesse, razão que aí só cabe o art. 19. poderia muito bem – se quisesse! – ter marcado essa O SR. DEMÓSTENTES TORRES (PFL – GO) reunião para agora. A outra parte, o PSOL, pode mui- – Muito bem, não penso desse jeito, mas já foi toma- to bem se dar por contente. Como foi ele que pediu a da essa decisão. provocação da Mesa, pode estar simplesmente cum- prindo o que foi requerido pelo Partido. Então, mesmo Agora, como o Presidente da Casa e o Presiden- que não se encontre aqui... te desse processo evidentemente é V. Exª – porque o O Sr. Almeida Lima (PMDB – SE) – Senador, V. Exª Senador Renan Calheiros está impedido; não há quem leu um artigo de citação inicial; é caso de intimação. possa dizer aqui que ele tem como tomar qualquer ato O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) de impulso em relação a si mesmo –, então, se assim – Não cabe aparte. O Senador Demóstenes Torres entender V. Exª... tem a palavra. Por isso estou dizendo “se assim entender”, por- Senador Almeida Lima, a palavra está com o Se- que não adianta nada apresentarmos um requerimento nador Demóstenes. V. Exª pode fazer a inscrição pela que V. Exª vai indeferir. Se V. Exª assim entender, os ordem, a seguir; agora, é o Senador Demóstenes. Líderes da Casa poderiam fazer esse requerimento, O Sr. Almeida Lima (PMDB – SE) – O caso é para que V. Exª avocasse o processo. E, como a grande de intimação para um ato do processo. maioria dos membros da Mesa encontra-se aqui pre- Eu me inscrevo, Sr. Presidente. sente, V. Exª poderia deliberar, no sentido de marcar a O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) reunião para o dia de hoje, tão-somente no intuito de – Mas podemos discutir. agilizar esse procedimento, nada mais do que isso. Senador Almeida Lima, o gênero “comunicação De sorte, Sr. Presidente, que lhe faço esse apelo. processual” V. Exª bem sabe: citação é quando uma pes- V. Exª já respondeu que tem outro entendimento, mas, soa é chamada para se defender; intimação é quando se quiser refluir, tenho certeza de que os Líderes da uma pessoa é chamada ao processo, para cumprir de- Casa poderão dar-lhe o conforto de um requerimento, terminado ato sobre determinada pena; e notificação é para tomar essa decisão. uma mera comunicação de um ato que irá realizar-se. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) V. Exª também sabe que o Código Penal, o Códi- – Agradeço a V. Exª, mas devo deixar claro ao Plená- go de Processo Civil – até porque, quando é que ima- rio que estou subordinado à autoridade do Regimen- ginávamos uma situação como essa, em que o nosso to da Casa, e assim deve ser no processo legal, e Presidente estaria presidindo seu próprio processo? que o art. 52 do Regimento da Casa me impede de ir Ele está fazendo o quê? O que o Código abre? Abre a além da posição em que estou, apenas de condutor possibilidade de se fazer uma interpretação em qual- dos trabalhos atuais, sendo o Presidente do Senado quer caso, porque não temos todas as previsões. Isso não existe. O Código de Processo Civil precisaria ter Federal, na figura do Senador Renan Calheiros, que 30 mil artigos e, ainda assim, não seria suficiente para está, inclusive, na Casa, com toda a legalidade de au- resolver todas as pendências. Então, podemos aplicar, toridade de Presidente que tem, nos termos do art. 48 sim, de forma analógica. Eu até já disse aqui – talvez do Regimento Interno. V. Exª não se tenha apercebido – que a Comissão po- O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) deria ter aplicado o art. 89, mas resolveu aplicar o art. – Senador, posso fazer-lhe uma pergunta? 19. Portanto, essa matéria está superada. Sei que a O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) matéria está superada pela própria Comissão de In- – Pois não, Senador. quérito e disse aqui. Nesse caso, como não se trata O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) de investigação, mas de perícia, poderia ter sido feita – Considera V. Exª que o Senador Renan Calheiros pelo próprio Conselho, que preferiu não agir dessa não está impedido neste caso, ou V. Exª considera-o forma. Agora, V. Exª... impedido? JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 551 23866 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) por um telefonema dado ao Senador Romero Jucá: a – Isso quem pode responder é o Supremo Tribunal perícia dos peritos da Polícia Federal. Para dar legiti- Federal. midade a esse fato solicitado pelo Presidente Renan, o O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) Conselho de Ética, por intermédio dos Relatores, iria se – Não, é V. Exª, que está na Presidência. reunir e mandar as informações à Mesa hoje. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) Eu disse que votamos a LDO com o compromisso – Não posso. O art. 52 diz que a mim compete substituir da Mesa, que aqui está representada pela sua maioria, o Presidente nas suas faltas ou impedimento. Até agora, e do Conselho de Ética de que esses procedimentos ele está amplamente respaldado na legalidade. aconteçam, para que o povo do Brasil não entenda O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) que o Senado está pactuando com procrastinação. – Para atuar no processo dele ele está impedido. Se há alguém pactuando com procrastinação, não é O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) o Plenário do Senado. Daqui para frente, vai ter de fi- – Não estou fazendo juízo de valor do caso. car muito claro quem está procrastinando, que partido O Senador Tasso Jereissati tem a palavra pela político está procrastinando, para que não sejamos ordem. admoestados na rua. O SR. JOSÉ NERY (PSOL – PA) – Sr. Presi- Eu não serei admoestado na rua. Eu vou repe- dente... tir: eu quero muito bem ao Presidente Renan, mas eu O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) quero muito mais bem ao Senado e ao Brasil. – Primeiro falará o Senador José Agripino. Em seguida, Muito bem. Aquilo que foi pactuado pelos mem- o Senador José Nery. bros da Mesa foi desautorizado pelo Presidente, que Senador Wellington Salgado, pensei que V. Exª não considerou o entendimento da Mesa, mesmo com tivesse desistido. Volto a conceder a palavra a V. Exª o respaldo jurídico do Senador Demóstenes Torres – após o Senador José Agripino. que a mim me convenceu – de que os argumentos de O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL – RN. Pela ordem. S. Exª o Presidente não são prevalentes. Ele mantém Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero, por an- a posição da terça-feira, suponho que seja para fazer tecipação, dizer que lamento muito o que vou falar, por- – não sei, talvez – alguma manobra. que vou fazer uma constatação baseada nos fatos. Mas eu quero fazer uma constatação, Presidente Não sou jurista, sou engenheiro, mas acredito mui- Tião Viana. O que foi feito no passado sem consultar to nos fundamentos jurídicos do Senador Demóstenes ninguém agora é dentro, e todos os acordos, com toda Torres. Ele me convenceu. Mas, como engenheiro prag- cobertura regimental, com todo entendimento entre mático, sou muito fiel aos fatos. Vamos aos fatos. participantes do Conselho de Ética e da Mesa... Não A representação do PSOL – aqui está o Senador se cumpre o compromisso. José Nery – foi apresentada, e o Presidente Renan Senador Tasso Jereissati, o que eu posso depre- Calheiros, independentemente de consulta à Mesa, a ender? V. Exª conhece aquele ditado que quem não remeteu ao Conselho de Ética. Este é um fato: inde- deve não teme? Presidente Tião, quem não deve não pendentemente de consulta, Presidente Tião Viana, teme. O Presidente Renan pediu essa perícia há um respaldado, é claro, por entendimento jurídico que de- mês e agora mudou o entendimento. Será que ele deve via ter, remeteu ao Conselho de Ética. Dias passados, e está temendo? É o que o País está, neste momen- houve, talvez, um arrependimento, e a matéria foi de- to, entendendo. Para desmanchar este entendimento volvida, depois de marchas e contramarchas, à Mesa. do País, só ele pode tomar uma atitude, que é reunir A Mesa, em um passe de mágica, boa mágica, em a Mesa agora, que é o que eu peço, em homenagem uma atitude decente de V. Exª, reuniu-se rapidamente à palavra tomada pelos membros da Mesa, em ho- e, para prestar contas ao País, que cobra a elucidação menagem à sociedade do Brasil, que quer ver esse desses fatos, deliberou, por unanimidade, a devolução assunto encerrado, como disse, há pouco, o Senador do processo ao Conselho de Ética. Osmar Dias, rapidamente, no menor espaço de tempo Muito bem! Ontem, foi anunciado, no plenário, que possível. Senão, Presidente Tião, vai ficar prevalente o Conselho, os Relatores e o Presidente iriam se reunir, na mente dos brasileiros aquela história de que quem com hora marcada, para cumprir o que não foi feito an- não deve não teme e que quem deve teme. tes, no primeiro movimento, quando o Presidente Renan O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) mandou diretamente ao Conselho de Ética, sem ouvir a – Senador Wellington Salgado, a seguir Senador Tasso Mesa. Diferentemente de qualquer procedimento anterior, Jereissati e, posteriormente, Senador Almeida Lima. foi pactuado aqui que o Conselho de Ética iria se reunir Senador José Nery após o Senador Tasso Jereissati. para cumprir um fato solicitado pelo Presidente Renan Está aqui inscrito. 552 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23867 O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA todos querendo uma decisão rápida. Vou estar aqui (PMDB – MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) terça-feira. Não tenho pressa alguma. Qual a diferença – Sr. Presidente, eu estava, hoje, presidindo a Comis- de hoje para terça-feira, Sr. Presidente? Qual o proble- são de Comunicação... ma? Por que transformaram isso, qualquer decisão do O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) Presidente está atrasando? Ora, quanto tempo levou – A Presidência solicita que o uso da palavra pela para essa trinca dar essa decisão que chegou às mi- ordem tenha um tempo de três minutos, para que nhas mãos hoje? Quando foi que V. Exªs se reuniram? possamos ouvir todos os Senadores que queiram se Quando foi a última reunião do Conselho de Ética? Só manifestar. saiu essa decisão hoje. O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEI- A Srª Marisa Serrano (PSDB – MS) – (Inaudível. RA (PMDB – MG) – O tempo não é proporcional ao Fora do microfone.) tamanho? O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA Então, Sr. Presidente, o que aconteceu? Fiquei (PMDB – MG) – Não é barbaridade, não, Senadora Ma- preso na Comissão de Comunicação e queria ver o risa Serrano. Quando foi que formamos o Conselho? relatório das três pessoas designadas pela Comissão Trabalhou bastante. Não estou dizendo que V. Exª não de Ética para prepará-lo. Recebi esse relatório, mais trabalhou. Só digo que demorou tempo para aprontar ou menos, às três horas da tarde. o relatório. Chega hoje, entregam o relatório e querem A imprensa deve ter acesso, porque sempre o uma resposta para ele... tem, tem informações, tem fontes a ele. Esse relatório, Sr. Presidente, realmente quero dizer que não com o voto em separado do Senador Almeida Lima, tenho nada com Alagoas... foi recebido por mim às três horas da tarde. Eu estava (Interrupção do som.) correndo atrás do relatório, porque sou do Conselho O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC.) de Ética, e não sei a que horas ele chegou para o Pre- – Mais um minuto. sidente Renan Calheiros. O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA O Presidente recebeu e tomou a decisão cabível, (PMDB – MG) – Não fui eleito por Alagoas, não tenho mandou citar as partes, dentro do prazo legal. É a pró- nada com Alagoas, o Presidente Renan é do meu par- xima reunião deliberativa que haveria terça-feira... tido. Estou em uma situação desconfortável por esta Agora, está-se falando que o Presidente está situação que está acontecendo no Senado. Agora, não atrasando. Atrasando o quê? Você recebe algo às três vou abrir mão do Estado democrático de direito. Por- horas da tarde, há uma hora e meia, pois são dezes- que, se eu abrir mão, seja para o Presidente Renan, seis horas e trinta e sete minutos, toma uma decisão seja para os outros membros que estão no Conselho e manda essa decisão para a Mesa... O que vai alterar de Ética – não é só o Presidente Renan –, não é isso de hoje para terça-feira? Vou estar aqui terça-feira, é que quero para a minha vida, não é isso que quero decisão deliberativa. E como Senador, posso assistir para os meus filhos. Se o Presidente Renan é culpa- à reunião da Mesa, um direito de qualquer Senador do ou inocente, será decidido com essa perícia que aqui. Eu gostaria de assistir. será feita – nem sei se isso é legal, mas vamos fazer. O Senador Demóstenes, um grande jurista, e o O fato político está criado. Senador Almeida Lima também um grande estudioso, jurista, têm de ser respeitados. (O Sr. Presidente faz soar a campainha.) Eu sou um pedagogo, mas tenho assessoria ju- O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA rídica, já fui alertado de que há, nesse processo, uma (PMDB – MG) –Tenho mais 13 ou 18 segundos, Sr. série de coisas erradas. Estou falando de processo Presidente. legal, não de processo político. Processo político é a É isso que acho. Para que essa pressa toda, essa satisfação que temos de dar à sociedade. Essa situação correria, essa empurração de cerca? Lá em Minas, está nos colocando a todos, inclusive a mim – estou isso é chamado de empurração de cerca. Vamos com sendo cobrado no Estado de Minas, em Uberlândia –, calma! Na terça-feira, estaremos aqui e vamos decidir. em situação de desconforto. Eu queria até assistir à reunião da Mesa, tenho direito O que quero saber é: em função da nossa situ- como Senador. ação de desconforto, vamos abrir mão do Estado De- O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) mocrático de Direito, aquele pelo qual pessoas morre- – Senador Tasso Jereissati e, a seguir, Senador José ram, para que a pessoa tenha o direito de se defender, Nery. para que, antes que se culpe alguém, seja necessário Por permuta, Senador José Nery e, a seguir, Se- se provar sua culpa? Mas o que acontece? Estamos nador Tasso Jereissati. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 553 23868 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 O SR. JOSÉ NERY (PSOL – PA. Pela ordem. ficou o compromisso de que até o meio-dia a Mesa se Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Senador reuniria para tomar as providências quanto ao anda- Tião Viana, Srªs e Srs. Senadores, todos nós aqui e o mento do processo. País inteiro somos testemunhas do que se passa nesta Nesse sentido, Sr. Presidente, solicito de V. Exª Casa há quase 60 dias. mais do que seguir o Regimento tal qual V. Exª anun- A representação que o PSOL fez para que se ciou há pouco, que o que se impõe aqui é uma decisão investigasse possível quebra de decoro por parte do altiva do Senado para exigir – solicitamos e exigimos Senador Renan Calheiros, processo esse acolhido pela aqui e agora – que a Mesa, ainda no dia de hoje, se Mesa e pelo Conselho de Ética, que se vem transfor- reúna e tome os procedimentos necessários à conti- mando, ao longo desses dois meses, numa tentativa a nuidade da investigação. E que, de agora em diante, cada dia renovada com expedientes diferentes, numa Sr. Presidente, o Senador Renan Calheiros, embora tentativa permanente de evitar, de não realizar a in- continue Presidente do Senado Federal, em relação ao vestigação que propusemos. processo que corre no Conselho de Ética, o Senador Vamos lembrar que, no dia seguinte à represen- Renan considere-se eticamente impedido de praticar tação que o PSOL fez ao Conselho de Ética, houve um qualquer ato relativo ao processo, tendo em vista ser anúncio, divulgado pelos vários órgãos da imprensa parte do processo como representado. brasileira, de que houve uma reunião dos grandes Lí- Portanto, Sr. Presidente... deres do Senado, dos grandes partidos, para definir, O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) de forma bastante amena, que aquele processo não – V. Exª pediu mais dois minutos, já foram dados os deveria seguir. Isso, pelo menos não foi desmentido dois minutos e peço a V. Exª para concluir, em razão oficialmente. Então, considero que aquilo, então, era de haver outros oradores. uma articulação verdadeira. O SR. JOSÉ NERY (PSOL – PA) – Encerro, Sr. Portanto, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, Presidente, dizendo o seguinte: sugerimos a reunião diante do andamento do processo, com suas idas e imediata da Mesa para tratar dessa questão e que, vindas, considero que o Senado não pode continuar se assim não acontecer, sugerir a todos os Líderes, a de joelhos diante da necessidade de investigar esse todos os Senadores e Senadoras e à Mesa para que fato tão grave. E só o estamos aqui discutindo porque o Senado fique de plantão até a próxima terça-feira, ele é grave, senão não teria motivado a disposição data anunciada para a pretensa reunião da Mesa, até de cada um para debater essa questão, seja no Con- que essa decisão seja tomada com a necessária cele- selho de Ética ou em nossas sessões plenárias nos ridade e urgência de que o Senado e o Brasil precisam últimos dias. para esclarecer fatos tão graves. Por isso, se o motivo alegado pelo Senador Re- Muito obrigado, Sr. Presidente. nan Calheiros de adiar para terça-feira uma reunião da O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) Mesa – peço um pouco mais de tempo, Sr. Presiden- – Concedo a palavra ao eminente Senador Tasso Je- te – for a necessidade de comunicar às partes, que- reissati e, a seguir, ao Senador Almeida Lima. ria aqui anunciar em público, Senador José Agripino, O SR. TASSO JEREISSATI (PSDB – CE. Pela que o PSOL, como parte do processo, considera-se ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Se- notificado para efeito da decisão há pouco anunciada nador Tião Viana, Srªs e Srs. Senadores, prestem bem em ofício... atenção! Acabei de ouvir aqui algo que me impressionou muito e que me fez refletir. Temos ouvido, no plenário (Interrupção do som.) do Senado, vários Senadores e o próprio Presidente O SR. JOSÉ NERY (PSOL – PA) – Sr. Presi- queixando-se bastante da imprensa, dizendo que a dente, gostaria de pedir dois minutos para concluir, imprensa exagera, que a imprensa é a culpada etc. E por favor. dizem que a opinião pública brasileira está contami- Então, o Partido se considera notificado para que nada pela opinião da imprensa. esse processo tenha a celeridade de que precisamos. Ouvi o Senador José Nery, do PSOL, dizendo o Invoco o acordo feito ontem aqui pelo Plenário, com seguinte: “O Presidente do Senado mandou notificar anuência de todos os Líderes, de todos os Senadores as partes, e eu me considero notificado”. Não foi isso, presentes, o compromisso feito pela Mesa de que hoje, Senador Nery? (Pausa.) após a reunião da comissão de relatores, enviaria, A outra parte é o próprio Presidente do Senado. E durante a manhã, um documento com as questões, o Presidente do Senado não sabe se foi ele que mandou os quesitos, para o aprofundamento da perícia, que notificar a outra parte. É uma situação surrealista a que deve ser encaminhado pela Mesa à Polícia Federal. E estamos vivendo. Isso leva a uma inteira desmoraliza- 554 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23869 ção deste plenário e do Conselho de Ética. Estamos Mas é preciso que se diga que citação não é bem o fazendo, perante a opinião pública, o papel de grandes fato de hoje. O fato de hoje, Senador, é intimação. Não enganadores da opinião pública e de tolos. confunda a citação do art. 213, que é o chamamento Não podemos aceitar isso, Senador Tião Viana. da parte para oferecer defesa, para se defender – e Estamos passando do nosso limite de respeitabilidade, isso o Presidente Renan já fez há 45 dias –, com o não só cada um de nós individualmente, mas esta Casa ato do art. 234 do Código de Processo Civil, que é como um todo. Não adianta! Cada filigrana jurídica apa- exatamente a intimação, ou seja, a comunicação para rece a mais, citando o art. 25, o ponto 23, o § 42, para dar conhecimento à parte da necessidade da prática protelar, sim, o processo que se vem arrastando, colo- de um ato no processo. Portanto, V. Exª não pretenda cando as vísceras desta Casa diante de toda a Nação dar aula assim sem olhar o Código! Até aceito as au- brasileira, enterrando nossa história. Isso nos coloca las de V. Exª, mas olhe o Código primeiro! Sem olhar cada vez mais para baixo, no fundo do poço. o Código, não vale! O mais grave é olhar o Código e Ontem mesmo, ouvimos, nesta Casa, Senado- pretender dar uma aula errada. ra Marisa, uma voz pomposa, de pronúncia silábica, Em segundo lugar, quero dizer, Sr. Presidente, mas tremendamente enfadonha, reclamar que a reu- que o que se deseja mesmo é o atropelamento de tudo, nião não poderia ser realizada ontem. E vejo a mes- nada além disso. Minha fala pode até ser enfadonha. É ma voz, com o mesmo tom pomposo, com a mesma claro que a fala elegante é a do Senador Tasso Jereis- pronúncia silábica e cada vez mais enfadonha, recla- sati. Mas não tem cobertura legal, não tem nenhuma mar da pressa. cobertura constitucional. É uma fala que está preten- O que é isso? Onde estamos? Será que não per- dendo um ato ilegal, arbitrário e abusivo. cebem que o País todo está olhando para nós e para Sr. Presidente, o advogado tem o direito de, pelo o papel que estamos desempenhando? menos, ser intimado 24 horas antes para a prática de Senador Renan, V. Exª, que, com certeza, está nos um ato processual. Como aqui estão querendo atrope- ouvindo neste momento, disse-nos, repetidas vezes, lar tudo, vai uma sugestão: instalem uma fogueira na que tinha consciência da sua inocência e que queria frente do Congresso Nacional e toquem fogo logo no só a verdade. Se assim é, dê uma prova agora, faça Presidente! Toquem fogo logo no Presidente! Instalem com que as coisas aconteçam, porque todos estaremos na frente do Congresso Nacional uma forca! Enforquem lutando junto com V. Exª pela verdade! Mais uma vez, logo o Presidente! em nome dessa verdade, V. Exª não tem condições É essa a ampla defesa em que o advogado não de presidir esta Casa, porque, no dia de hoje, neste vai ter o direito nem de analisar algo em torno de seis momento, não pode pronunciar veredictos e decisões ou oito páginas de um documento, em que tem de ser que beneficiam V. Exª mesmo. Será que V. Exª não está intimado incontinênti, em que, incontinênti, tem de pe- percebendo isso? Chega! Está na hora de colocarmos gar o carro e vir aqui? um ponto final nisso! Sr. Presidente, quanta impertinência! Quanta Conclamo os Senadores, pelo menos os do meu intolerância! Isso se chama intolerância. Por conta Partido – se isso não for resolvido nos próximos minu- dela, Sr. Presidente, não me cabe mais, no dia de tos –, a nos retirarmos deste plenário e a não votarmos hoje, tratar desse assunto. Tenho a certeza absoluta mais nada sob a Presidência do Senador, enquanto de que a população brasileira está identificando esse isso não for resolvido. É essa minha palavra final, e comportamento, que reputo esquisito para um Parla- peço a todos os Senadores que sigam essa nossa mento, para uma Casa que pretende ser chamada de decisão. (Palmas.) democrática. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) O SR. TASSO JEREISSATI (PSDB – CE) – Se- – Concedo a palavra ao Senador Almeida Lima. A se- nador Tião Viana, fui citado. Assim, pelo art. 14 do guir, falará o Senador Marconi Perillo. Regimento Interno, gostaria apenas de prestar um O SR. ALMEIDA LIMA (PMDB – SE. Pela ordem. esclarecimento. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) Senadores, em primeiro lugar, quero fazer uma retifi- – Senador Tasso Jereissati, V. Exª tem direito a cinco cação, a fim de que o nome do grande jurista Demós- minutos por ter sido citado, nos termos do art. 14, in- tenes Torres, de nomeada, não fique com uma grande ciso VIII, do Regimento Interno. interrogação. O SR. TASSO JEREISSATI (PSDB – CE. Para Quando V. Exª citou o art. 214 do Código de Pro- uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) – cesso Civil, mesmo erradamente, V. Exª deveria ter-se Muito obrigado, Sr. Presidente. Usarei bem menos referido ao art. 213, que é o que se reporta à citação. tempo. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 555 23870 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 Só quero esclarecer ao caro Senador Almeida ávidos para que esse processo seja concluído, por cer- Lima que, quando me referi a uma voz pomposa, si- to, a partir de agora, este Senado, este Plenário não lá-bi-ca, eu não me referi a S. Exª. terá mais uma vida normal até que essa situação se O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) resolva. A partir de agora, os Senadores de oposição – Concedo a palavra ao Senador Marconi Perillo e, não vão participar das sessões sob a Presidência do a seguir, eu a concederei ao Senador Demóstenes Senador Renan Calheiros, se essas medidas, se es- Torres. sas providências, não forem tomadas. O SR. MARCONI PERILLO (PSDB – GO. Pela Espero ainda, Sr. Presidente, que o requerimen- ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs to que agora vai ser apresentado a V. Exª por vários e Srs. Senadores, não vou falar aqui como pavão Senadores seja aprovado e que V. Exª possa conduzir misterioso, com voz silábica ou com algo que o va- essa reunião e tomar as providências esperadas. lha. Quero apenas fazer uma ponderação no sentido O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) de que, efetivamente, haja bom senso na condução – Concedo a palavra ao nobre Senador Demóstenes deste Senado. Torres; a seguir, ao Senador Renato Casagrande, ao A Oposição não foi ouvida ao longo desses últi- Senador Mário Couto, ao Senador Cristovam Buarque mos dois meses. Se tivéssemos sido ouvidos desde e à Senadora Patrícia Saboya. que se instalou o Conselho de Ética, com certeza, O Senador Demóstenes Torres tem a palavra. já teríamos concluído esse procedimento. Primeiro, O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO. Pela solicitamos tempo para a realização das oitivas, das ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs perícias. Alguns Senadores pensavam que se deveria e Srs. Senadores, estamos apresentando, em nosso correr com o procedimento. Depois, quando todas as nome e em nome dos Senadores José Nery, Marconi manobras no sentido de que o processo fosse decidi- Perillo, José Agripino, Tasso Jereissati, Jarbas Vas- do rapidamente não tiveram o devido acatamento por concelos, Eliseu Resende, Cristovam Buarque, um parte do Conselho, passou-se, então, ao processo de requerimento nos seguintes termos: postergação, de dilatação do prazo. O apelo que faço ao Presidente do Senado e a Requeiro, nos termos regimentais, em V. Exª, Senador Tião Viana, que preside esta sessão e especial no disposto no art. 52, I [que diz cla- que é Vice-Presidente do Senado, é o de que, no dia ramente que o Presidente do Senado está im- de hoje, possamos decidir em relação à convocação pedido para esse caso], combinado com o art. de reunião da Comissão Diretiva do Senado, sob pena, 48, XXXIV, bem como as regras pertinentes Sr. Presidente, de desencadearmos, a partir de agora, no Código de Processo Penal, que o Vice-Pre- no Senado, uma situação extremamente desconfortável sidente do Senado Federal, em exercício da para todos nós. É importante que o Presidente Renan Presidência [ainda mais que o Senador Renan Calheiros perceba que, se não houver hoje uma reunião Calheiros nem se encontra presente na Casa], da Mesa Diretora para deliberar sobre as solicitações convoque reunião da Mesa Diretora, para que que aqui foram feitas, a partir de agora, os Senadores se despache a Representação nº 1/2007, cujo de Oposição não mais vão comparecer às sessões, representado é o Presidente do Senado Fe- não vão mais participar de nenhuma deliberação sob deral, Senador Renan Calheiros. a Presidência do Presidente do Senado. Nós o entregaremos à Mesa da Casa, para de- Queremos a verdade. O Brasil espera a verdade. liberação de V. Exª. Vamos votar conscientemente, sobretudo em função do O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) que ficar comprovado no Conselho de Ética, mas não – Agradeço a V. Exª. Eu só faço, mais uma vez, o re- aceitamos mais nenhum tipo de postergação. O que gistro de que eu já tenho um posicionamento tomado o Senador Tasso Jereissati disse aqui ainda há pouco sobre o requerimento de V. Exª e de outros respeitá- merece o respaldo dos 13 Senadores da Bancada do veis Senadores, que diz, nos termos do art. 48 do Re- PSDB. Falo aqui, Senador Tasso Jereissati, Presidente gimento Interno: do nosso Partido, em nome da Liderança do PSDB, em nome do Líder Arthur Virgílio: V. Exª tem a solida- Art. 48. Ao Presidente compete: riedade dos 13 Senadores do nosso Partido. [...] Se não tomarmos uma decisão hoje ainda no VIII – fazer observar na sessão a Cons- sentido de que a Mesa Diretora se reúna e tome as tituição, as leis e este Regimento. providências solicitadas pelo Líder José Agripino, pelo E o art. 52 do Regimento Interno do Se- PSDB, pelo PSOL e por outros Senadores que estão nado Federal, diz: 556 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23871 Art. 52. Ao Primeiro Vice-Presidente com- Sendo Relator o Ministro Celso de Mello, pete: decidiu o Supremo Tribunal Federal que, já ten- I – substituir o Presidente nas suas faltas do sido instaurada a representação, para os fins ou impedimentos; do disposto no art. 55, inciso II, da Constituição II – exercer as atribuições estabelecidas Federal, deverá ser assegurada ao represen- no art. 66, § 7º, da Constituição, quando não tado a plenitude da ampla defesa. as tenha exercido o Presidente. O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) E eu, conduzindo os trabalhos, esclareço que o – Mas onde está sendo negada essa plenitude? O Presidente Renan Calheiros encontra-se nas depen- conhecimento existe, Sr. Presidente. dências do Senado Federal, em pleno exercício de O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) suas funções, do ponto de vista legal. – O meu entendimento é o de que eu estaria extrapo- O meu entendimento, Senador Demóstenes, lando as minhas atribuições na condição de Vice-Pre- respondendo ao requerimento, é que ele teria um im- sidente se fosse impedir o Presidente Renan Calheiros pedimento para julgar, mas não um impedimento para de exercer as suas atribuições. convocar a reunião. O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) Qualquer dúvida poderá ser dirigida à Comis- – Mas, como V. Exª reclamou uma questão de ordem, são de Constituição e Justiça ou ao Supremo Tribunal eu posso formular uma questão de ordem, para que Federal. possamos recorrer ao Plenário da Casa. O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) – Sr. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – Presidente, estamos recorrendo da decisão de V. Exª AC) – Senador Demóstenes Torres, a Presidência já para o Plenário da Casa. Uma vez que V. Exª indefere, respondeu sobre a matéria. Se ela for tratada como Sr. Presidente, nós estamos recorrendo dessa decisão questão de ordem, eu a encaminharei à Comissão de para o Plenário da Casa. Constituição e Justiça. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) – Lamento, mas V. Exª apresentou um requerimento, – Então, não adianta, não é, Sr. Presidente? e não uma questão de ordem, Senador Demóstenes O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – Torres. AC) – Lamento, mas não me sinto com poderes para O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) impedir o Presidente do Senado Federal, legalmente – Mas podemos fazer, então, a questão de ordem, Sr. constituído, de exercer suas atribuições. Esse é o meu Presidente, com base no próprio inciso... entendimento, embora tenha profundo respeito pela O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) interpretação e pela defesa da Instituição que fazem – Infelizmente, regimentalmente, isso já foi respondido, V. Exª e outros Senadores neste momento. Senador Demóstenes Torres... Concedo a palavra ao Senador Renato Casa- O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) grande; a seguir, concederei a palavra ao Senador – Mas, regimentalmente, estou fazendo uma ques- Mário Couto. tão de ordem, conforme reclama V. Exª, com base no O SR. RENATO CASAGRANDE (Bloco/PSB – ES. artigo... Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Obrigado, Sr. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) Presidente Senador Tião Viana. – Eu jamais poderia legalmente, na condição de Vice- Eu, como membro do Conselho de Ética, preciso, Presidente do Senado Federal, limitado pelo Regimento pela forma como atuo neste caso, ter muita cautela no Interno, declarar impedido o Senador Renan Calheiros momento de manifestar minha opinião com relação a de exercer as suas atribuições. Não compete a mim. essas questões, mas não posso deixar de manifestar O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) minha opinião com respeito a procedimentos. Mesmo – Não. Só no caso. que eu não adentre o mérito, não posso deixar de me O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) manifestar com relação aos acordos firmados. – Infelizmente, não compete a mim. V. Exª não estava ontem sentado nessa cadeira; O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) aí estava o Senador Magno Malta, do meu Estado, – Mas nós queremos recorrer ao Plenário, com base e diversos membros da Mesa Diretora presentes no numa questão de ordem, Sr. Presidente. plenário. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) Nós, conscientes de que poderíamos ter dificul- – Ainda faria uma leitura para V. Exª, a decisão profe- dade de reunir a Mesa, fizemos um apelo, e foi firmado rida no Mandado de Segurança nº 24.082, de 2001, um acordo no sentido de que nós daríamos entrada que diz o seguinte: na representação ou no pedido de perícia perante a JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 557 23872 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 Mesa Diretora na data de hoje. Queríamos deixar os Renan Calheiros não deveria decidir nada sobre esse membros da Mesa avisados – a Mesa Diretora, o Pre- processo. Diferentemente de outros Parlamentares, te- sidente Renan Calheiros, o Vice-Presidente Tião Viana nho me colocado numa posição cautelosa com relação –, alertas e atentos, para que pudéssemos fazer uma a pedido de saída do Presidente Renan Calheiros da reunião hoje. Foi com esse espírito que fizemos a in- Presidência. Mas eu não posso deixar de manifestar tervenção ontem, com esse objetivo, provocados pelo minha opinião de que, a respeito de temas relacionados Senador Almeida Lima, que trouxe para este plenário ao processo, o Senador Renan Calheiros, moralmente, uma questão de ordem. não deveria se manifestar. Nem tomar conhecimento, Com base na questão de ordem do Senador Al- como Presidente. Só deveria tomar conhecimento como meida Lima e com base em um pedido de S. Exª, de parte. Na mesma hora que recebesse – não deveria que só poderia se reunir hoje ao meio-dia, nós nos nem abrir o envelope, se estivesse envelopado –, já reunimos hoje, ao meio-dia, quando o Senador Almei- deveria encaminhar para o 1º Vice-Presidente Tião da Lima manifestou a sua posição, que respeitamos Viana. Essa é a minha opinião. muito, dizendo que não concordava e não concorda Reconheço a posição de V. Exª, que não pode com a perícia feita pela Polícia Federal. fazer muita coisa na posição que está agora, porque Nós discordamos, porque, segundo orientação o Senador Renan Calheiros não transmitiu a V. Exª da Consultoria do Senado, e por orientação do Conse- essa tarefa. Mas... lho de Ética, compreendemos que esse é um assunto O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) administrativo-parlamentar. Não se trata de uma ação – Permita V. Exª. Nem foi transferida a mim a decisão criminal. Temos condições de fazer a investigação e sobre a reunião, que é todo o questionamento que faz de buscar o auxílio da Polícia Federal ou de qualquer o eminente Senador Demóstenes Torres. Não foi. Foi outra instituição, seja pública ou privada, para colaborar uma decisão pessoal do Presidente da Casa. com a verificação de autenticidade dos documentos O SR. RENATO CASAGRANDE (Bloco/PSB que estamos entregando... – ES) – Estou ciente da posição de V. Exª, tanto é que O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) não tenho uma cobrança a V. Exª. Mas preciso, como – A Presidência pede um esclarecimento a V. Exª. membro do Senado e como membro da Comissão de V. Exª está dizendo que tem o entendimento de Inquérito, fazer estas observações. que o Conselho pode fazer diretamente; é isso? Terceira observação, que quero fazer porque O SR. RENATO CASAGRANDE (Bloco/PSB acho que é importante, também de método: não esta- – ES) – Não, não. Estou apenas relatando os fatos mos açodados, Senador José Agripino. Nós estamos ocorridos ontem, visto que V. Exª não estava aqui. é atrasados; atrasados demais. Então, não custa nada Estamos embasados legalmente no pedido de termos e adotarmos o princípio da economia proces- perícia. Essa perícia ‑ já foi anunciado neste ple- sual. Não nos custa nada. nário e no Conselho de Ética por diversos profis- Olhe, de hoje para terça-feira, pode não nos sionais ‑ deve ser encaminhada por intermédio da ajudar muito na investigação, mas, se não nos aju- Mesa Diretora. da muito, se não interfere muito nos procedimentos Senador Cristovam Buarque, a passagem da pe- e no processo, na agilidade do processo, isso ajuda rícia pela Mesa Diretora, observadas todas as ques- muito menos o Senador Renan Calheiros, que, nesse tões legais já analisadas, é mais no sentido de dar um processo todo, tem sido acusado de trabalhar para encaminhamento à Polícia Federal de um pedido que protelar o processo. Então, de quinta para terça, não nós fizemos como comissão de inquérito. interfere tanto no processo; consolida para a socieda- Então, fizemos ontem um apelo à Mesa Diretora, de brasileira o pensamento de que o Senador Renan que, por intermédio de quem a presidia, estabeleceu Calheiros está trabalhando para protelar o processo. E esse acordo. Se quem preside a Mesa Diretora não isso não ajuda o Senador Renan Calheiros! Quero só pode assumir um compromisso, então, o único que alertar mais uma vez, e já falei isso aqui, com ele na pode presidir a Mesa Diretora é o Presidente Re- Presidência. Não ajuda o Senador Renan Calheiros, nan Calheiros, porque V. Exªs assumiram um com- ainda mais porque ele fez um pronunciamento nesta promisso conosco, mas talvez não possam cumprir semana sobre sua situação, dizendo que há gente esse acordo. que vai ter de sujar a mão para tirá-lo da Presidência. Portanto, tenho o direito de não entrar no mérito, Estou buscando a verdade e o equilíbrio para que se mas tenho o direito de questionar o que foi acordado possa ter a justiça como parâmetro. ontem e que não está sendo cumprido hoje. Também Esse tipo de comportamento acaba fazendo com tenho o direito de levantar a posição de que o Presidente que gasolina seja jogada na sua roupa. Isso só acaba 558 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23873 prejudicando o próprio representado. E, daqui a pou- siderado, em todos os casos, que o Senador faltoso quinho, o corpo pega fogo sem ninguém atear fogo em será aquele que não compareceu ao plenário até o ninguém, por si só! Por si só! final do Expediente. Não sei se é orientação, mas, se for, quero aler- O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) – Ele tar ao Senador Renan Calheiros, como Senador da não está aqui, Sr. Presidente. República, que a defesa dele está equivocada, por- O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) que sinto, como juiz desse caso, como investigador – Estamos em plena atividade de Expediente, e o Pre- desse caso, que isso não está colaborando para a sidente da Casa está em suas dependências. sua defesa. O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) – V. Então, gostaria de fazer essa observação, Sr. Exª tem uma deliberação por escrito ou regimental para Presidente, sem entrar no mérito, mas manifestan- sustentar esse despacho de V. Exª? do claramente a minha compreensão sobre o pro- O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) cesso. – Isso antecede todas as atividades do Senado Fede- Muito obrigado. ral. Não há um caso que tenha sido considerado como O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) falta do Parlamentar que até às 20 horas e 30 minutos – Peço a palavra para uma questão de ordem, Sr. compareceu e registrou a sua presença. V. Exª pode Presidente. verificar em toda a série histórica do Senado e dará a O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) devida razão à Mesa. – Para uma questão de ordem, V. Exª precisa citar os O SR. MÁRIO COUTO (PSDB – PA) – Pela or- artigos do Regimento. dem, Sr. Presidente. O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB – CE) O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC.) – Sr. Presidente, inscrevo-me como Líder. – Um minutinho. V. Exª terá a palavra pela ordem, mas, O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) – Art. antes... 13 combinado com art. 52, inciso I, Sr. Presidente. O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) – Mas, antes, Sr. Presidente, eu gostaria de recorrer – A Presidência acolhe, retificando que V. Exª precisa da decisão de V. Exª, uma vez que é uma questão de citar também o art. 404. Porém, tem a palavra V. Exª ordem para o Plenário. para uma questão de ordem. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC.) O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO. Para – Senador Demóstenes, a Presidência, nos termos uma questão de ordem. Sem revisão do orador) – O do art. 101, encaminhará a questão de ordem para a art. 13 do Regimento é claro: Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, com- Será considerado ausente o Senador binado com o art. 408. cujo nome não conste da lista de compareci- O SR. MÁRIO COUTO (PSDB – PA) – Sr. Pre- mento, salvo se em licença, ou em represen- sidente, peço a palavra, pela ordem. Porque, senão, tação a serviço da Casa ou, ainda, em missão ficamos num monólogo. política ou cultural de interesse parlamentar, O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC.) previamente aprovada pela Mesa, obedecido – Pela ordem, tem a palavra o Senador Mário Couto, a o disposto no art. 40. seguir, o Senador Cristovam e, depois, Senador Inácio Não consta o nome do Sr. Presidente no painel Arruda, Senadora Patrícia e Senador Valter. da Casa. Ao mesmo tempo, o art. 52, I, diz: O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL – RN) – Sr. Presi- dente, pela ordem. Ao Primeiro Vice-Presidente compete: O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC.) I – substituir o Presidente nas suas faltas – É uma questão de ordem? ou impedimentos. O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL – RN) – Questão V. Exª já disse que não considera impedido o de ordem. Senador Renan Calheiros de despachar o seu próprio O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC.) processo; mas obviamente que ele é faltoso, não se – Questão de ordem precede. V. Exª tem a palavra. encontra na Casa. Daí por que solicitaria a V. Exª que, O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL – RN. Para uma em decorrência disso, despachasse o requerimento, questão de ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Pre- convocando a Mesa para deliberar sobre o pedido do sidente, aguardei até a decisão final de V. Exª, a quem Conselho de Ética, Sr. Presidente. respeito muito, porque tenho extrema estima pessoal. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) Aguardei até o final a decisão de V. Exª com relação ao – Nobre Senador Demóstenes Torres, a Casa tem con- requerimento apresentado por vários Srs. Senadores. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 559 23874 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 Tendo em vista que estamos participando de uma O SR. CRISTOVAM BUARQUE (PDT – DF. Pela reunião que não vai chegar a nada, exceto a passar- ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Tião mos a limpo, o que já o fizemos, acho que estamos Viana, o povo deve estar ficando cansado do cons- participando de uma reunião inócua. Em assim sendo, trangimento de todos nós e da constatação de que o em função da negativa do requerimento apresentado, Presidente Renan de fato está tentando usar a posição que teria uma conseqüência prática de fazer com que dele, de Presidente, para influir no andamento dessa os trabalhos programados avançassem, eu pediria aos investigação. companheiros do Partido Democratas que se retirassem Na terça-feira passada, todos nós ouvimos cons- do plenário, porque não estamos participando de uma trangidos o Presidente Renan dizer que não sabia quais reunião que chegue a absolutamente nada. as causas dessa investigação. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC.) Eu estava ali sentado e ouvi o Presidente dizer – Senador Demóstenes Torres, a Presidência ainda isso para todo o Brasil. Claro que todos sabemos. Aí pede que V. Exª tenha o apoiamento de um Líder para me veio uma preocupação: talvez o Presidente Renan a questão de ordem, apenas para amparar regimen- tenha perdido todo o contato com a realidade, talvez talmente o pedido de V. Exª. ele não tenha o sentimento da situação que vive ele, O SR. MÁRIO COUTO (PSDB – PA) – Sr. Presi- que vive o Senado, que vive a democracia. É claro dente, quero me expressar. que ele sabe e todos nós sabemos as razões das in- O SR. DEMÓSTENES TORRES (PFL – GO) vestigações, que desejamos que no final digam que – Ampara, por favor. ele é inocente. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) Mas, mais do que isso, assisti dali o Presidente, – O Senador Tasso Jereissati ampara. sentado na cadeira de Presidente, discutindo e baten- O SR. TASSO JEREISSATI (PSDB – CE. Pela do boca com um Senador como nós, daqui do chão. ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, peço Isso é falta de decoro. Ele faltou com decoro naquele a todos os companheiros do PSDB e a todos que en- momento, do ponto de vista da posição de nobreza tendem que estamos vivendo um momento difícil para do Presidente. E, outra vez, a maneira de manipular o esta Casa e que está na hora de se tomar uma atitude adiamento, com todos os argumentos legais que ele que realmente represente o desejo da Casa que, logo tenha, Senador Wellington Salgado, é mais uma ma- após o Senador Mário, nós nos retiremos da Casa. neira de quebrar também o decoro. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) Temo que essa falta de realismo dele possa levar – Concedo a palavra ao Senador Mário Couto pela a algo pior. Temo que amanhã ele entre no Supremo ordem. contra o próprio Senado para impedir as investigações. O SR. MÁRIO COUTO (PSDB – PA. Pela ordem. Imaginem o constrangimento da democracia: o Presi- Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, abro mão da dente do Senado entrando no Supremo contra o Se- minha palavra. Queria fazer um amplo questionamen- nado. Mas, no nível de falta de contato com a realida- to e lamentar, porque hoje iria fazer a defesa do meu de que ele atravessa – e temos de reconhecer que do Estado e infelizmente não vou ter essa oportunidade, ponto de vista psicológico qualquer um de nós poderia mas quero parabenizar a postura do meu presidente. passar por uma situação dessa, de perda de controle, Presidente, quero parabenizar a sua postura, pois, perda de contato, agindo contra si próprio, porque ele mais uma vez, V. Exª demonstra o seu caráter e o res- está agindo contra si próprio, pensando que está a peito que tem pelo povo brasileiro e cearense. Essa seu favor –, acho que isso pode levar a um adiamento sua atitude é uma demonstração de que V. Exª jamais por mais algum tempo, com conseqüências cada vez quer ver a história deste Senado jogado às favas. V. piores na situação do Senado e dele próprio. Exª prima aqui por uma conduta de que todos os Se- Por isso, apóio a posição do Senador Tasso Je- nadores possam ser respeitados pelo povo do nosso reissati, apóio firmemente. Não falo como Líder de ne- Brasil querido. nhum Partido, porque não sou Líder do meu Partido Por isso, Senador Tasso Jereissati, eu me retiro, aqui, mas, como Senador, apóio. obedecendo às suas ordens, mas com muita honra e Eu só pergunto, Senador Tasso e Presidente, muita dignidade, dizendo, mais uma vez, que aprendi se não seria o caso de nós todos irmos ao Senador a admirá-lo. Renan – já que ele não veio aqui hoje – dizer isto que Muito obrigado. estamos pensando? E talvez ouvir outra vez dele o O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) “não” ao bom senso, o “não” às exigências para o bom – Concedo a palavra ao Senador Cristovam Buarque funcionamento das instituições e outro “não” ao bom pela ordem. encaminhamento de um processo contra ele. Ele pró- 560 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23875 prio terminará sendo prejudicado ainda mais por dizer O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB – CE) que não sabe por que está sendo processado, por fi- –...um processo que corre no Conselho de Ética, seja car batendo boca aqui com Senadores na posição de contra qualquer Senador da República... Presidente, e agora, quem sabe, fazendo pior: usando Há poucos dias levantavam a tese de que o Con- outro Poder contra o próprio Senado. selho estava acelerado, estava correndo demais, e que O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) desejava abafar porque queria decidir imediatamente. – Com a palavra o Senador Inácio Arruda e, a seguir, Está aqui o Senador Casagrande, membro do Conselho, a Senadora Patrícia Saboya. Relator, que sabe exatamente disto: queriam decidir O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB – CE. em uma semana, em cinco dias, em dez dias. Agora é Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o contrário, porque, como o debate é político, qualquer eu considero que não é fácil o Presidente da Casa ter argumento é útil, qualquer argumento serve. que enfrentar essa situação. Inclusive em certos mo- Sinceramente, Sr. Presidente, é bom termos em mentos de verdadeira provocação, como considero que conta isto: trata-se de uma batalha política. O que se tem acontecido sistematicamente na Casa. O Senador quer não é mais investigar, o que se quer não é ler ne- Renan Calheiros tem sido provocado permanentemen- nhuma prova. Eu disse isso no Conselho. Não se tratava te pelos adversários. Acho bom compreendermos o mais de prova, não se queria ver um documento, meu que ocorre, porque senão nós ficamos presos a uma caro Senador Tião Viana. Poucos leram,... questão meramente moral, que tem o seu significado (Interrupção do som.) e é objeto da investigação ou do processo no Conse- lho de Ética por quebra de decoro parlamentar, e não O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB – CE) nos atemos aos aspectos políticos do enfrentamento –... porque não queriam ler aqueles documentos; eles e da batalha política dentro do Senado. queriam era tomar uma decisão política, meramente Como eu disse em reunião no Conselho de Ética, política. E poucos se ativeram à leitura, ao exame de poucos Senadores, talvez raramente os relatores – agora, documentos no plenário do Conselho de Ética. Havia porque antes era um único relator – estavam atentos a ali o enfrentamento. Temos de dizer, também, since- algum tipo de prova. Não se queria a prova de nada. ramente, que se a batalha se transformar não em um É verdade, Sr. Presidente, que a questão se trans- exame de mérito, não em uma discussão de mérito, formou em uma batalha política, que põe em confronto mas em um enfrentamento político, de forças políticas, forças políticas que têm anseios, desejos e que que- aí a disputa é em outro terreno. Aí não é mais uma rem, em última instância, o lugar do Senador Renan questão de decoro, aí não é mais um debate sobre Calheiros. É um jogo de forças, uma batalha política. decoro, mas uma questão de enfrentamento político. Se não considerarmos nesses termos, aí sim, vamos E, se for enfrentamento político, não adianta fazer ar- querer dar uma de inocentes em um plenário onde güição jurídica. Argüição jurídica para quê? não há nenhum inocente. Aqui não há inocentes. Aliás, Perguntemos aos juristas que aqui estão. Nós não há inocentes nem santos. Aqui há uma única mão temos vários juristas, vários advogados militantes que santa, que é a de V. Exª, Senador Mão Santa. Falo de estão na posição de Senador da República... inocentes nos termos da inocência infantil. Não há ino- O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC. cência. É uma batalha política. Há um jogo político e Fazendo soar a campainha.) – Peço a V. Exª que con- subjacente que põe em confronto, também, as forças clua, Senador Inácio. que se enfrentam neste plenário sistematicamente em O SR. INÁCIO ARRUDA (PCdoB – CE) – Vou torno do poder. Não é só o poder de dirigir o Senado, concluir. mas o poder político no Brasil, o poder político no País. É só perguntar, se for examinar do ponto de vista É o que está em curso. jurídico, se nós temos que argüir aqui o impedimento Não conhecemos os senhores arautos da moral do Presidente do Senado ou não para determinados e da ética que estão levantando a questão agora? Co- procedimentos. nhecemos ou não? Sabemos ou não quem são? En- É evidente que isso não vai estar em tela, Sr. frentamo-nos ou não? Saímos ou não de uma batalha Presidente, mesmo porque eu considero que até esta eleitoral e política acirrada no Brasil? Ora, senhores, hora não houve um ato da Presidência do Senado que sinceramente, queremos colocar isso debaixo do ta- tenha buscado obstruir os trabalhos do Conselho. O pete? Queremos fazer de conta que isso não está em Conselho até agora fez o que desejou, fez o que preci- causa, que não está em debate aqui no plenário do sava no seu olhar e no seu conhecimento do que está Senado Federal? Querer obstruir, querer impedir... sendo apurado. O Conselho agiu aberta e amplamen- (Interrupção do som.) te, sem interferência nenhuma. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 561 23876 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 Eu tenho a impressão de que essa é também a Partido é o PSB, que é da Base de apoio ao Gover- opinião de V. Exª e de muitos que têm acompanhado o no Lula, de que faz parte também o Senador Renan desenrolar dos trabalhos do Conselho. Muitos Senado- Calheiros. Meu Líder nesta Casa é o Senador Renato res que não são membros do Conselho têm ido lá, têm Casagrande, que é Relator e tem tido uma postura ab- acompanhado e sabem que não houve obstrução de solutamente equilibrada e sensata em relação a todos absolutamente ninguém para que o Conselho pudesse os episódios. Mas devo dizer que esta Casa é uma proceder à investigação que desejasse. Casa política, sim, e devemos nos manifestar. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) Não estou falando apenas de um amparo legal ou – Com a palavra a Senadora Patrícia Saboya. A seguir, jurídico, mas é preciso também tocar num ponto que é o Senador Valter, depois o Senador Mozarildo e, poste- a questão ética. Trata-se de uma questão ética. O Bra- riormente, os Senadores Wellington e Sérgio Guerra. sil inteiro tem acompanhado a situação que vivemos O SR. SÉRGIO GUERRA (PSDB – PE) – A se- nesta Casa. Por isso, penso que o Presidente Renan guir, quero responder ao Senador aí. Calheiros tem agido de forma intransigente e tem pre- O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) judicado a si próprio durante todo esse processo. – A V. Exª será dada a palavra. Ouço as palavras, inclusive as ditas pelo Sena- A SRA. PATRÍCIA SABOYA (Bloco/PSB – CE. dor Almeida Lima, de que querem “queimar”, “enforcar” Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente o Presidente. Absolutamente. Penso que, se houver Tião Viana, Srªs e Srs. Senadores, até o momento, eu alguém que queira “enforcar” o Presidente, é aquele ainda não havia me manifestado nesta Casa sobre o que está lhe fazendo uma defesa de forma intransigen- envolvimento do Presidente Renan Calheiros e sobre te, querendo dizer que, no prazo de 60 dias, há uma a apuração do Conselho de Ética, a fim de que seja pressa em se acabar logo com isso. Não há nenhum feito um julgamento sobre seus atos. tipo de pressa. Pelo contrário, o que tenho percebi- Mas devo até testemunhar o que vivemos ontem nesta Casa. Realmente testemunho que houve um do é que aqui existem pessoas que estão agindo de compromisso, não de V. Exª – justiça tem de ser feita forma sensata e equilibrada nesta Casa. Se há esse – porque V. Exª não estava aqui. Se não me engano, compromisso, que se vote logo isso, que se traga a talvez tenha sido contatado apenas para saber se V. questão para o Plenário decidir e que o Presidente Exª poderia vir hoje. possa se defender. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) Não sou contra, absolutamente, e não quero, de – Permita-me V. Exª um esclarecimento. forma alguma, humilhar ou massacrar quem quer que A SRA. PATRÍCIA SABOYA (Bloco/PSB – CE) seja, como, por exemplo, o Presidente Renan Calhei- – Pois não, Senador. ros, que deve estar vivendo um dos piores momentos O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) da sua vida. Mas penso que S. Exª tem uma obrigação – Eu estava em um compromisso em outro Estado, ética, Sr. Presidente Tião Viana,... falei com o Senador José Agripino e com o Senador (Interrupção do som.) Renato Casagrande e disse que estaria à disposição A SRA. PATRÍCIA SABOYA (Bloco/PSB – CE) durante todo o dia de hoje para a reunião, caso ela ocorresse. E assim eu fiz. – ...de se afastar da Presidência, para que não haja A SRA. PATRÍCIA SABOYA (Bloco/PSB – CE) mais o constrangimento que, muitas vezes, acontece – Quero apenas reconhecer isso, Senador Tião Viana. nesta Casa. É muito ruim, é muito triste passar por Sei que V. Exª não estava aqui. Mas quem presidia a todo esse constrangimento. Nesta Casa, somos com- Mesa, o Senador Magno Malta, assumiu esse compro- panheiros, fazemos amizade, nós nos relacionamos misso com todos aqueles que se manifestaram dese- com um e com outro Senador e Senadora. Temos uma jando que a reunião da Mesa pudesse ocorrer hoje. E convivência muito harmônica, e é muito difícil julgar um assim foi feito o acordo. colega. Porém, isso é mais difícil quando esse colega Hoje mesmo o Senador Magno Malta estava aqui, está na Presidência, sentado nessa cadeira fazendo foi questionado se faria essa reunião, se continuaria a sua defesa. mantendo sua palavra, e S. Exª aqui disse que sim, Acredito que o Presidente Renan Calheiros errou que estava pronto para fazer a reunião. desde o primeiro momento, quando se sentou na ca- Quero dizer que esta é uma Casa política. Não é deira para fazer a sua defesa. Não tive a oportunidade apenas – e aí me perdoem discordar – uma questão de dizer isso, preferi ficar, naquele momento, quieta, dos adversários do Presidente Renan Calheiros. Não ouvindo as ponderações de todos, mas penso que, sou adversária do Presidente Renan Calheiros. Meu para o Brasil, paciência também tem limite. 562 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23877 Não estamos conseguindo votar. Não estamos com naturalidade. Por quê? Porque, na verdade, essa conseguindo mais trabalhar nesta Casa. Como alguns notificação corresponde, no Direito Civil e no Direito já disseram, o Senado está sangrando. Todos nós o Penal, ao princípio do contraditório; é uma obediência estamos, de alguma forma, e isso não é possível. ao princípio do contraditório. De todos os atos proces- Então, o apelo que faço, juntando a minha voz à suais que ocorrem tanto na área penal como na área de tantos outros que aqui se manifestaram, é pedir que civil são notificadas as partes e os advogados para se o Presidente, de uma vez por todas, seja ponderado e manifestarem. saiba que isso vai ser bom; que levar esse processo para Não há um ato... a Mesa, a fim de que ela decida imediatamente, vai ser (Interrupção do som.) muito melhor para o Presidente Renan Calheiros. Se S. Exª tem o amor que diz ter por esta Casa, o respeito O SR. VALTER PEREIRA (PMDB – MS) – Agora, que diz ter à instituição Senado, a melhor forma de de- penso que o Congresso vai funcionar melhor, porque monstrar esse respeito e a apreciação que tem por esta uma mulher assumiu a Presidência e, quando a mu- Casa e pelos seus Pares, neste momento, é manter-se lher assume, as coisas andam com mais celeridade e completamente isento de um processo que está sendo mais segurança. Com todo o respeito que tenho pelo feito contra o próprio Presidente desta Casa. Senador Tião, pelo Senador Renan, eu agora ponho Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente. mais fé, porque está a Senadora Patrícia Saboya à O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) frente e no comando do Senado. – Agradeço a V. Exª. Continuando, Srª Presidente, eu acredito que, Concedo a palavra, consecutivamente, aos Sena- sendo esse um ato que obedece a uma analogia com dores Valter Pereira, Mozarildo Cavalcanti, Wellington o Código de Processo Civil e com o Código de Proces- Salgado de Oliveira e Sérgio Guerra. so Penal, ele teria sido recebido com naturalidade. É o O SR. VALTER PEREIRA (PMDB – MS. Pela exercício do direito de defesa, que impõe o contraditó- ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, tive rio. Então, em todos os atos processuais, as partes e uma passagem muito breve pelo Conselho de Ética e seus procuradores têm de se manifestar. Assim, o ato lá pude constatar que era muito difícil trabalhar devido em si não é defeituoso; o defeito vem da condução. à ausência de regras claras a orientar os trabalhos. Essa é a avaliação que faço. Todo processo movido contra qualquer pessoa Portanto, eu creio que têm razão aqui aqueles tem que estar subordinado ao devido processo legal. que sustentam que é preciso colocar uma ordem no O devido processo legal é a garantia constitucional, é processo, a começar por se definir quem na Mesa o princípio que garante a democracia como o regime deve impulsionar o processo. Essa é a questão fun- da plena justiça. damental. Se não existe um regimento interno a orientar os Então, não se trata de apregoar o afastamento do trabalhos, é claro que todo tipo de interpretação começa Presidente, porque essa é uma questão do foro íntimo a vicejar, muitas vezes atropelando as garantias e as dele. O que quero dizer é que esse ato em si, que é re- franquias constitucionais. Enxergando isso, Sr. Presi- gular e normal de todo processo, mostra, claramente, dente, tomei a liberdade de iniciar estudos; hoje estou com toda a crueza, que a presença do Senador Renan com um projeto praticamente pronto e, amanhã ou no Calheiros na condução desse processo está conspirando máximo segunda-feira, vou protocolá-lo na Mesa para contra o próprio Senador. S. Exª está sofrendo os preju- que ele tenha tramitação. ízos de estar no comando do Senado Federal. Sobre este caso específico do Senador Renan Sr. Presidente, não sou membro da Mesa Direto- Calheiros e o fato que aconteceu hoje, eu gostaria de ra, mas eu gostaria de sugerir que a Mesa Diretora se formular uma pergunta para todos os Senhores que reunisse e distinguisse as tarefas. Penso que as tare- estão aqui. Acredito que os Parlamentares que estão fas que não têm nada a ver com esse processo todo, presentes estão todos despidos de paixão, de passio- como as tarefas administrativas, deveriam ser executa- nalismo, e eu gostaria de formular a seguinte pergunta: das normalmente, como hoje está ocorrendo. No que se essa mesma notificação, que tem o valor equivalen- diz respeito à condução desse processo, sem querer te a uma notificação, viesse sobre a lavra de V. Exª, o prejulgar ninguém e sem querer marginalizar ninguém, Vice-Presidente, depois de ter ouvido a Mesa Diretora, acho que a Mesa, sob a batuta de V. Exª, Senador Tião será que se teria causado essa mesma celeuma? Viana, deveria ter o comando do Vice-Presidente. Ora, Sr. Presidente, eu acredito que não. Eu acre- (Interrupção do som.) dito que, se fosse uma iniciativa que não tivesse a pre- sença do Presidente Renan Calheiros, seria recebida (O Sr. Presidente faz soar a campainha.) JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 563 23878 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 O SR. VALTER PEREIRA (PMDB – MS) – Nesse Durante o discurso do Sr. Valter Pereira, particular, acho que assiste razão àqueles que postu- o Sr. Tião Viana, 1º Vice-Presidente, deixa a lam esse tipo de medida. cadeira da presidência, que é ocupada pela O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) Sra. Patrícia Saboya. – Com a palavra o Senador Mozarildo Cavalcanti. A seguir, concederei a palavra aos Senadores Wellington Durante o discurso do Sr.Valter Pereira, Salgado de Oliveira e Sérgio Guerra. a Sra. Patrícia Saboya, deixa a cadeira da pre- O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (Bloco/PTB sidência, que é ocupada pelo Sr. Tião Viana, – RR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Pre- 1º Vice-Presidente. sidente, Srªs e Srs. Senadores, tenho procurado, du- O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) rante todo esse processo, desde a denúncia até o en- – Concedo a palavra ao Senador Wellington Salgado caminhamento da questão ao Conselho de Ética, não de Oliveira e, a seguir, ao Senador Sérgio Guerra. fazer comentários, inclusive para repórteres, porque O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA nós somos os juízes finais dessa questão. Onde vai (PMDB – MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) terminar todo esse processo se o Conselho de Ética, – Sr. Presidente, devido à quantidade de Senadores por exemplo, julgar que o Presidente Renan Calheiros é presentes a esta sessão, creio que estou falando mais culpado? No Plenário, para nós votarmos e decidirmos. para o pessoal que está em casa e que assiste à TV Então, nós somos juízes, e, como juízes, não temos Senado, o grande público que acompanha, no horá- que estar, a toda hora, dando opinião a favor ou contra. rio noturno, solitário, em sua casa, a programação da Penso, no entanto, que o Senador Renan Calheiros tem televisão. o direito de ter quem o defenda, como também tem que Às vezes, também fico sozinho pensando: não entender e aceitar aqueles que o acusam. tenho nada com Alagoas, não voto no Senador Renan, Fico muito preocupado, já que existe uma genera- porque voto em Minas... Fico pensando o que faz com lização, que Senadores mesmo façam generalizações. que alguém que era um Senador maravilhoso há até Há pouco, ouvi o Senador Inácio Arruda dizer que aqui dois meses, um grande Presidente do Senado para o ninguém é santo. Santo, realmente, acho que ninguém País, um Presidente que sempre soube compor com é. Eu não quero ser santo, mas inocente... Aí, Sena- a Oposição e com a Situação, um Presidente humilde dor Inácio Arruda, se V. Exª diz que não é inocente, eu que sempre chegava e conversava com a Oposição, digo que eu sou inocente de qualquer tipo de acusação mas que passou por esse problema, veio a esta Casa, dessa ordem. Sou inocente porque sequer há denúncia onde abriu seu coração, esteja na situação em que contra mim. Aliás, a maioria da Casa não tem qualquer está o Presidente Renan hoje. denúncia contra si. O que eu sei é que existe um grupo De que lado será que todos os que acusam o de Senadores que são processados no Supremo. Ser Presidente, que procuram uma bandeira nessa situ- processado não significa não ser inocente; é inocente, ação do Conselho de Ética, estavam na eleição do até que haja julgamento. Presidente Renan para esta Casa? Dias atrás, outro Senador, também tentando de- Essa situação que vimos aqui hoje, de Senado- fender o Senador Renan Calheiros, disse que todo res ameaçando sair, abandonar o plenário, me lembra mundo aqui tinha “rabo de palha”. Acho que não é por quando eu era garoto e ia jogar uma “pelada”. Havia o aí que se constrói um trabalho sereno para julgar o garoto que era o dono da bola e dono do jogo de ca- Presidente Renan ou qualquer outro Senador. misas. Ele dizia que, se não jogasse, iria levar a bola O que realmente precisamos ter é um espírito de e o jogo de camisas e não haveria jogo. equilíbrio. Se somos juízes, precisamos ter esse equilí- Isso, Senador Sérgio Guerra, com todo o res- brio, e se queremos defender o Presidente Renan, não peito a V. Exª, a sua história, ao seu Estado, a todos é dessa forma que vamos defendê-lo, não. Se quere- os demais, não pode acontecer aqui. Levar a bola, le- mos acusá-lo, não podemos, por isso, querer arranjar, var a camisa e dizer que não tem jogo, isso não pode digamos assim, imputações para quem o defende. acontecer. Nós temos de jogar, nós temos de votar, nós Entendo que temos de passar a limpo essa situ- temos de ter a sensibilidade do povo e ver se existem ação, para que a população saiba quem são os Sena- ou não provas contra o Presidente Renan. dores que estão respondendo a processo e por quê. O Presidente Renan foi eleito e era tido, até há Está tudo no site do Supremo. dois meses, como um grande presidente. Por que o Sr. Presidente, eu gostaria muito de dizer a V. Exª Presidente Renan deixou de ser um grande presidente? que eu estava aqui presente e senti-me instado a falar, Porque ele teve uma filha fora do casamento? Porque porque não sou santo, mas sou inocente, sim. ele apresentou documentação...? “Está tudo aqui, toma 564 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23879 aqui”. E entregou a documentação. Hoje eu vi aqui um voltar para as suas bases vai ouvir e virá na outra se- documento do Conselho de Ética: mais trinta situações mana com a posição que as suas bases têm. É assim criadas que não estavam na inicial do PSOL. que funciona a Casa. Hoje, pelo que vi aqui, se o Senador Casagrande, Então, se as ruas vão falar que o Presidente tem que está nesse Conselho, fosse juiz de qualquer pro- de ser cassado, tem de ser tirado, não há como sair cesso contra mim ou uma empresa minha, eu já levan- disso. É um julgamento político, como bem disse aqui taria um pedido de suspeição contra ele. Eu faria isso o Senador Inácio Arruda. Senador, realmente o Estado imediatamente. Não há como conduzir um processo, do Ceará está de parabéns por tê-lo eleito. Senador Sérgio Guerra, dessa maneira. Não há como Muito obrigado, Sr. Presidente. se ter tranqüilidade, nem nós, nem o Presidente Re- O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) nan. A verdade é esta! – Concedo a palavra ao Senador Sérgio Guerra. Não estamos aqui tranqüilos, nem capacitados O SR. SÉRGIO GUERRA (PSDB – PE. Pela or- para julgar. E digo isso do fundo do meu coração. Não dem. Sem revisão do orador) – Sr. Presidente, alguns estamos capacitados para julgar! esclarecimentos: primeiro, nenhum Senador até hoje, O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) entre todos do Senado que têm aqui seus mandatos, – V. Exª tem um minuto para concluir! falou em cassar mandato do Presidente Renan Ca- O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA lheiros. É uma injustiça, uma acusação equivocada (PMDB – MG) – V. Exª é muito rigoroso! essa feita agora pelo Senador Wellington Salgado. Sr. Presidente, quero dizer o seguinte: não vejo, Ninguém falou disso. mas, se vir prova contra o Presidente Renan, não que- Segundo, nenhum Senador ainda, entre todos ro nem saber, vou votar! E todo mundo só fala sobre nós, falou que o Senador Renan Calheiros tinha culpa. uma coisa aqui: cassação de mandato. No passado, no presente, por todo o tempo tem havi- Ora, há etapas, que podem ser de condenação, do absoluto respeito ao direito de defesa do Senador mas só se fala em cassação de mandato. Renan Calheiros. O Sr. Sérgio Guerra (PSDB – PE) – (Inaudível. Terceiro, o que sempre questionamos foi a falta Fora do microfone.) de investigação. O chamado Conselho de Ética não O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA produziu nenhuma investigação até agora. Poderia (PMDB – MG) – Não, só se fala sobre isso! Como não produzir a partir de agora se hoje tivesse havido uma falou? É porque V. Exª não está no Conselho de Ética. reunião da Mesa, que não se deu porque o Presidente Eu estou andando, estou vendo. Só se fala sobre isso, Renan Calheiros decidiu que ela não ia acontecer. Essa Senador Sérgio Guerra! decisão do Presidente Renan Calheiros foi equivocada. O Sr. Sérgio Guerra (PSDB – PE) – (Inaudível. Se, na semana passada, ele poderia alegar que era Fora do microfone.) direito de defesa dele peticionar uma matéria que lhe O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA interessava no Conselho, hoje não tem como alegar, (PMDB – MG) – Bom, está bom, falou em quê? Em tirar porque não fez uma reunião que poderia ter feito hoje da Presidência? É indiferente. Diferente como? para adiá-la para a próxima terça-feira. Quero saber o que transforma um bom presidente, O nosso problema não é com o Senador Renan. em dois meses, no pior Presidente do Senado? Que- Ele foi um excelente Presidente do Senado. O nosso ro entender isso! Não consigo entender! Não consigo problema é com o Senado, com o conceito das ins- entender! E não vi provas para isso. Se me mostrar tituições, com a absoluta necessidade de fazermos provas, Senador... aqui uma investigação que possamos apresentar lá O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) fora e que seja transparente e convincente. Esse é o – Peço a V. Exª que conclua agora, Senador Welling- nosso problema. ton. Mais um minuto! A afirmação feita pelo Senador Inácio Arruda – e O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA espero que em nome do seu partido, que ou ele ou o (PMDB – MG) – Obrigado, Sr. Presidente. partido assuma isso – de que essa é uma luta político- Se houver provas, Senador Sérgio Guerra, não há partidária é um equívoco, uma injustiça e uma fraude! como V. Exª ser contra esta Casa, ser contra a demo- Não é boa e nem ruim, é uma fraude. Não queremos cracia, ser contra o Estado que me colocou aqui. Não Presidência do Senado nenhuma. Não temos candi- há como ser contra, Senador Sérgio Guerra. dato a Presidente do Senado. Não trabalhamos nes- Ninguém, nenhum Senador é mais forte do que sa hipótese e nem a consideramos. Não prejulgamos o Senado, nenhum, porque o Senado reflete a vonta- ninguém. O Senador que assuma seu papel aqui e de das bases. Cada Senador, ao voltar para casa, ao diga o que pensa. Se ele quer defender, desde hoje, JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 565 23880 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 o Senador Renan, que o defenda e diga: quero Renan e que é amigo do Presidente Renan sinceramente isso Presidente do Senado, quero Renan inocente, porque é que é uma falsidade, isso é que é uma fraude. Esse acho que ele é inocente e deve continuar Presidente do tipo de amigo, sinceramente, tem que ficar longe de Senado. E não venha simular indignação aqui, porque qualquer um. Acho que temos que enfrentar as ques- não há nenhuma. Nenhuma! Não há campanha, não há tões do ponto de vista político e, quando se trata de movimento partidário. Não há nada disso. Muitos dos denúncia no Conselho de Ética por quebra de decoro, que estão na Oposição hoje pediram a investigação e vamos investigar os ... estão mais incomodados com a investigação, porque O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB – CE) são amigos do Senador Renan, do que aqueles que – Peço a palavra com base no art. 14, inciso VIII. estão do seu lado e que não são tão amigos dele. Nunca O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) nos dividimos aqui assim. Não venha agora o Senador – V. Exª tem a palavra para uma explicação pessoal, querendo nos dividir aqui precariamente. Vai resolver nos termos do art. 14, inciso VIII, do Regimento Inter- isso lá no Ceará ou onde ele quiser, mas não aqui. no, por até cinco minutos. O nosso problema é outro. Queremos investiga- O SR. RENATO CASAGRANDE (Bloco/PSB ção, transparência, e temos respeito pelo Presidente – ES) – Peço a palavra com base no art. 14, porque Renan. Agora, desejamos que o Presidente Renan o meu amigo Senador Wellington fez uma referência respeite esta Casa, respeite o Senado e o mandato de à minha posição... Presidente, para o qual ele foi eleito. Tenho absoluta O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) convicção de que ele será capaz de respeitar porque – Lamentavelmente, o Regimento só permite dois Se- acredito que é uma pessoa que sabe a importância nadores por sessão e já é o segundo que faz uso. que tem na vida do Senado e não pode cometer erros O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB – CE. como o que cometeu hoje, muito grande. Para explicação pessoal. Sem revisão do orador.) – Sr. Agora, essa denúncia equivocada, passional, Presidente, primeiramente quero dizer ao Senador Sér- precária, de que isso aqui é campanha política é in- gio Guerra que respeito o meu Estado, me respeite e justiça de quem não conhece o Senado e não conhe- respeite o meu Estado... ce os assuntos. O Sr. Sérgio Guerra (PSDB – PE) – Estou fa- O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB – CE) lando da sua política. – Peço a palavra com base no art. 14, inciso VIII. O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PcdoB – CE) O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) – Estou falando da sua. – V. Exª tem a palavra para uma explicação pessoal nos O Sr. Sérgio Guerra (PSDB – PE) – V. Exª vem termos do art. 14 inciso VIII, por até cinco minutos. aqui dizer bobagem... O SR. RENATO CASAGRANDE (Bloco/PSB O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PcdoB – CE) – – ES) – Com base no art. 14, o meu amigo Senador Bobagem diz V. Exª. É isso mesmo que V. Exª quer. V. Wellington fez uma referência à minha posição... Exª quer uma batalha política. V. Exª não quer investigar O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) nada, não quer investigar um papel porque não quis. – Lamentavelmente, o Regimento só permite dois Se- Não olhou para um papel, não olhou para um pedaço nadores por sessão e já é o segundo que faz uso. de papel que chegasse naquele Conselho. E o que O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB – CE. temos de fazer é um debate de mérito. Não podemos Para explicação pessoal. Sem revisão do orador.) – Sr. enfrentar essa questão como uma questão política. Diz Presidente, primeiramente quero dizer ao Senador Sér- ser da Oposição e que é amigo do Presidente Renan. gio Guerra que respeito o meu Estado, me respeite e Sinceramente, isso é que é uma falsidade, isso é que respeite o meu Estado... é uma fraude. Esse tipo de amigo, sinceramente, tem O SR. SÉRGIO GUERRA (PSDB – PE) – Estou de ficar longe de qualquer um. Acho que temos de en- falando da sua política. frentar as questões do ponto de vista político, e, quando O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PcdoB – CE) se trata de denúncia no Conselho de Ética por quebra – Estou falando da sua. Bobagem diz V. Exª. É isso de decoro, vamos investigar os fatos, vamos tratar do mesmo que V. Exª quer. V. Exª quer uma batalha políti- mérito, não vamos entrar na batalha política. Se qui- ca. V. Exª não quer investigar nada, não quer investigar serem entrar na batalha política, o terreno é outro, não um papel porque não quis, não olhou para um papel, é o Conselho de Ética. Quando se trata de quebra de não olhou para um pedaço de papel que chegasse decoro, examinemos os fatos, examinemos as provas. naquele Conselho e o que temos que fazer é um de- Se existir prova contra o Senador Renan Calheiros, este bate de mérito. Não podemos enfrentar essa questão Plenário saberá se posicionar. Se houver prova que como uma questão política. Se diz que é da oposição demonstre qualquer ato de ilegalidade cometido pelo 566 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23881 Presidente, ou por qualquer Senador, sinceramente, O SR. GARIBALDI ALVES FILHO (PMDB – RN. este Plenário tem competência e saberá se posicionar. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, E cada senador fará seu juízo na hora adequada. Mas, Srªs e Srs. Senadores, a exemplo da Senadora Patrí- sinceramente, querer transformar este episódio numa cia Saboya, eu ainda não tinha emitido nenhuma opi- batalha política, num 3º turno, num 4º turno ou num nião nem feito qualquer consideração a respeito desse 5º turno, porque sabem muito bem V. Exªs que o que processo que está na Comissão de Ética com relação desejam e o que querem é porque não conseguiram ao comportamento do Presidente Renan Calheiros. atingir o Presidente Lula. Não conseguiram derrubá-lo. Mas, do jeito que as coisas vão, Sr. Presidente, nós Esse mesmo embate tivemos desde 2005, e passamos não chegaremos a lugar nenhum. para 2006. Sabemos o que é isso. Os ânimos começam a ficar exaltados. Começa Quando disse inocência, meu caro Senador Mo- a haver, da parte dos Srs. Senadores, um acirramento zarildo Cavalcanti, não falei de processo nenhum no muito grande. Creio que esta Casa precisa, nesta hora, Supremo Tribunal Federal, nem em nenhuma instância de equilíbrio, de moderação, de seriedade, de compe- do Poder Judiciário, nem de nenhuma acusação contra netração. Nós, aqui, somos todos equilibrados e capa- Senador nenhum. O que manifestei é sobre a inocên- zes de fazer com que o Senado não sangre todos os cia política de que alguém aqui não está sabendo do dias. A opinião pública está perplexa; não sabe como que se trata, que batalha estamos travando. Foi disso 81 Senadores não conseguem dar a esse julgamento que falei, foi essa questão que levantei. o seu devido curso. Claro, V. Exª pode ser inocente também na polí- E aí, Sr. Presidente, a maior responsabilidade é do tica, mas, são raros os inocentes. Estamos sabendo Presidente Renan Calheiros. Ainda tenho a convicção dos debates nos corredores, da proposta inclusive de de que Renan Calheiros vai comprovar sua inocência, setores opositores já com candidaturas em curso. Sin- mas não desta maneira, desta forma, atropelando o ceramente, quem não sabe disso aqui? São poucos os que poderia ser uma seqüência de passos investiga- que não sabem. Mas, perguntem como está se dando tórios normais. essa questão aqui no Senado da República. Sr. Presidente, Senador Tião Viana, aqui ninguém Sinceramente, nós estamos sabendo do que se pode atirar a primeira pedra. V. Exª deve estar olhando trata. Não se trata apenas de discutir a questão moral para mim e pensando que sou um daqueles que não nessa questão e, na questão da ética, não temos isso podem atirar a primeira pedra porque V. Exª participou como uma batalha central, não, porque isso o nosso de uma CPI em que fui Relator e, tendo sido Relator, partido é, e não é porque está exercendo um manda- V. Exª me contestou em várias oportunidades. Digo to de Senador, de Deputado de Vereador, não. Nós aos Sr. Senadores que fui contestado, mas, nunca, Sr. fazemos isso na conduta política. Isso tem de ser do Presidente, nunca parti nem vi aquela CPI partir para posicionamento de cada um e de cada legenda par- a construção de fatos como estão sendo construídos tidária. É assim que os partidos devem proceder na agora. Sr. Presidente, é chegada a hora de esta inves- arena política. tigação caminhar. O que essa investigação precisa é Sinceramente, eu achei bom que o Senador Sér- caminhar, o que a opinião pública está esperando é gio Guerra viesse levantar essa questão. Eu achei bom que ela caminhe, é que ela alcance os seus objetivos, que ele vestisse a carapuça, porque sabe exatamente é que ela possa chegar a um veredicto; do jeito que o que é que está fazendo, sabe exatamente o que está vai, não vai chegar a veredicto nenhum porque vai se conduzindo, sabe para que canto está levando a bata- transformar aí, sim, numa batalha política. E o povo lha política aqui dentro do Senado Federal. não está esperando por isso. E eu considero, Sr. Presidente, se a questão é É muita honra para mim ter V. Exª, Senador Tião nesses termos, então a tratemos no campo da políti- Viana, presidindo esta sessão, mas eu gostaria de ter ca. Se é nesses termos, vamos tratar na política – aí aqui o Senador Renan Calheiros. o enfrentamento é outro. Não se trata de questão éti- Eu não vou dizer que sou seu amigo, não, porque ca, porque, sinceramente, poucos, pouquíssimos têm essa história de dizer que é amigo de Renan Calhei- condições de levantar a voz sobre questão ética aqui ros e depois bater em Renan Calheiros, como alguns e alhures. fazem aqui, não adianta. Que amizade é essa? Nada Muito obrigado, Sr. Presidente. de amizade, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) Vou concluir, Sr. Presidente. – Concedo a palavra ao Senador Garibaldi Alves e, Não vim aqui trazido por amizade nenhuma! em seguida, à Senadora Ideli Salavatti e ao Senador Quando foi para exercer o meu papel naquela Co- Cristovam Buarque. missão, eu o exerci. Não vim aqui para atender nin- JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 567 23882 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 guém, nem “a” nem “b”. Eu vim aqui para atender o ma razão para estar aqui contra S. Exª. E, sinceramen- que a opinião pública quer. A opinião pública quer te, penso que S. Exª era a pessoa que tinha melhores que isso acabe, Sr. Presidente! Mas que acabe bem. condições para exercer o cargo de Presidente. Não é acabar como muitos querem, pela inanição, Falei no passado – tinha – porque, nesse mo- pelo cansaço. O que a opinião pública quer é que mento, S. Exª não está sendo um bom Presidente. se acabe fazendo justiça, apontando realmente os Acredito que possa voltar a ser o grande Presidente culpados. que queríamos quando votamos nele e que foi durante O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) esses cinco últimos meses. Mas, para isso, é preciso – Peço a V. Exª que conclua. Mais um minuto, Senador apurar com rigor, com cuidado, aquelas denúncias. E Garibaldi, para concluir. apurarmos torcendo para mostrar à opinião pública O SR. GARIBALDI ALVES FILHO (PMDB – RN) inteira deste País que tudo aquilo é falso, que nada – Pois não, Senador Tião Viana. daquilo é verdadeiro. E que o Senador Calheiros volte Por isso, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a ser o Presidente de que precisamos. eu gostaria de fazer um apelo: a continuarem sessões Não faço oposição ao Senador Calheiros. Para como esta, Sr. Presidente, é melhor que se entre no que a sua presidência continue sendo respeitada como recesso, porque, a continuarem sessões como esta, foi até um mês atrás, que passe pelo escrutínio neces- este Senado Federal vai ter uma condenação. Não sário, de investigações sérias, profundas. Isso, Senador será o Senador Renan que vai ser julgado; será este Inácio Arruda, não tem nada de político-partidário, nada Senado. de antagonismo com o Senador Renan Calheiros. Isso Muito obrigado, Sr. Presidente. tem a ver com mostrarmos ao Brasil inteiro que esta O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – Casa é capaz de zelar por ela própria. Mas, para isso, AC) – Concedo a palavra ao Senador Cristovam Bu- é preciso que o Senador Renan entenda que tem que arque. se licenciar do cargo enquanto o Conselho de Ética O SR. CRISTOVAM BUARQUE (PDT – DF. Pela faz o seu papel. ordem. Sem revisão do orador.) – Senador Tião Via- Sr. Presidente, era isso que queria colocar em na, tenho posição exatamente contrária à do Senador discussão. E gostaria de ver o Senador Inácio Arruda Garibaldi Alves Filho em relação ao recesso. Creio reafirmar que poucos aqui podem falar de ética. que, ao invés de entrarmos em recesso, deveríamos Que ele reflita sobre o fato de que está usando um suspendê-lo enquanto este assunto não for concluído argumento falso ao dizer que estamos partidarizando convenientemente. uma questão de perda de credibilidade da Casa por- Ao mesmo tempo, quero dizer ao Senador Iná- que estamos misturando o papel do Presidente com cio Arruda – e a todos os Senadores – que S. Exª o papel de um Senador que está sendo investigado fez duas acusações muito graves. Uma foi dizer que pelo Conselho de Ética. poucos Senadores podem falar em ética nesta Casa. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) Isso é muito grave. Se poucos podem, é preciso que – Antes de conceder a palavra ao Senador Romero façamos algo muito mais sério do que o que estamos Jucá, pela Liderança do Governo, submeto à aprecia- tentando fazer e não estamos conseguindo. Essa é ção do Plenário um requerimento. uma acusação muito grave, e eu gostaria que o Se- Em sessão anterior, foi lido o Requerimento nº nador Inácio Arruda reconhecesse que foi retórica e 812, de 2007, de autoria do Senador Marconi Perillo e não fruto de uma reflexão. Porque se foi fruto de re- de outros Senadores, solicitando a realização de ses- flexão ou fruto de informação, S. Exª deveria mandar são especial do Senado às dez horas do próximo dia muitos mais de nós ao Conselho de Ética e Decoro 7 de agosto, destinada a homenagear o Sr. Antonio Parlamentar. Ernesto Werner de Salvo. A segunda afirmação grave é de que estamos Em votação o requerimento. partidarizando um debate que não é partidário... As Srªs e os Srs. Senadores que o aprovam quei- ram permanecer sentados. (Pausa.) (Interrupção do som.) Aprovado. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) Será cumprida da deliberação do Plenário. – Peço a V. Exª que mude de microfone, porque deve O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) ser defeito do equipamento, Senador. – Com a palavra o Senador Romero Jucá, pela Lide- O SR. CRISTOVAM BUARQUE (PDT – DF) – Não rança do Governo. aceito a idéia de partidarização, porque votei no Sena- O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB – RR. Como Lí- dor Renan Calheiros para Presidente. Não tenho nenhu- der. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, pedi a 568 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23883 palavra para mudar um pouco de assunto e fazer um O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) apelo a todas as Lideranças e a todos os Srs. Sena- – A seguir concederei a palavra ao Senador Arthur dores e Senadoras. Virgílio. O dia de hoje, infelizmente, foi conturbado por Concedo a palavra à nobre Senadora Ideli Sal- esse debate, e nós deixamos de votar matérias que vatti. considero extremamente importantes e que precisam A SRA. IDELI SALVATTI (Bloco/PT – SC. Pela ser votadas antes do recesso. ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, O primeiro item da pauta é a medida provisó- Srªs e Srs. Senadores, em primeiro lugar, eu acho que ria que tranca a pauta, atinente à criação do Instituto todos nós temos que ter muita, muita e muita calma. Chico Mendes. É fundamental que essa matéria seja Nesta Casa há um nível de tensão e de acirramento votada, além de mais três medidas provisórias, para que estão se tornando insustentável, a ponto, Sr. Pre- que tenhamos a condição, Sr. Presidente, de votar, ain- sidente, de a presença de um médico aqui, à nossa da antes do recesso, na terça-feira, o PLP nº 79, que esquerda, ter sido questionada. Queriam saber se era diz respeito à ampliação de prazos e de opções para alguma ação preventiva, caso o processo se tornasse participar do Supersimples, atendendo às pequenas e mais acirrado e, digamos, houvesse descontrole, com microempresas do País. Mais de três milhões de em- alguma conseqüência física, em virtude das emoções presas no Brasil dependem dessa votação, que altera a que estamos submetidos todos nós. o prazo de opção de 31 de julho para 15 de agosto. Quero dizer que, a partir do momento em que a Portanto, na iminência do encerramento da ses- calma é retirada do contexto – retirada coletivamente do são, gostaria de deixar um apelo aos Líderes da Opo- contexto –, nós vamos adotando posturas e proferindo sição, aos Líderes de todos os partidos da base do Go- palavras que vão, cada vez mais, criando dificuldades verno para que, na terça-feira, nós possamos construir para cumprirmos o papel que a sociedade brasileira o entendimento, mesmo que alguns partidos votem espera de todos nós. E qual é o papel que a sociedade contrariamente a essas medidas provisórias e a essas brasileira espera de todos nós? Primeiro, que nós te- matérias do Supersimples, e tratar dessa matéria. nhamos a capacidade de concluir o processo de inves- Eu tenho recebido telefonemas de vários luga- tigação e de julgamento do Senador Renan Calheiros, res, como, por exemplo, de cidadãos de uma cidade e que, ao mesmo tempo, nós façamos isso dentro da de Minas Gerais que trabalha com fogos de artifício, legalidade; façamos isso com credibilidade; segundo, dizendo que, se nós não votarmos esta matéria, du- que façamos isso de forma a dar continuidade do nosso rante um mês, não saberão como proceder na sua trabalho prioritário, que é o trabalho legislativo. E, cada atividade comercial. vez, as coisas estão ficando mais difíceis. Então, deixo aqui, Sr. Presidente Tião Viana, o Eu gostaria de deixar consignado que lamento, apelo para que, na terça-feira, nós tenhamos a presença Senador Tião Viana, que a reunião da Mesa não tenha de 41 Srªs e Srs. Senadores e nós tenhamos condição sido realizada hoje. de votar, mesmo que simbolicamente, essas matérias Sei que V. Exª não tem qualquer poder para agir que são muito importantes para o País. de modo diferente, a partir da determinação do Se- Eu acho que o Senado assim dá uma resposta nador Renan Calheiros, mas era muito importante à sociedade e vai ao encontro do anseio de milhões que a reunião da Mesa tivesse ocorrido hoje para dar de pessoas que aguardam essa votação. andamento, dentro da legalidade, ao processo de in- Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. vestigação. Muito obrigado. Como não houve a reunião da Mesa hoje, vamos O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – Sr. esticar até terça-feira esse clima de acirramento, mais Presidente, peço a palavra como Líder do PSDB. uma vez. Eu estou abismada. Eu vi Senadores, que O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) têm respeito entre si e que são de excelente nível, que – A Senadora Ideli Salvatti estava inscrita antes. só faltaram chegar às vias de fato! Então, com toda O tema do Senador Arthur Virgílio deverá ser o sinceridade, Senador Cristovam Buarque, acho ótimo que está... que entremos em recesso! Quem sabe todos nós des- A SRA. IDELI SALVATTI (Bloco/PT – SC) – Eu cansemos e nos acalmemos um pouco, para dar con- acho que o Senador Arthur Virgílio vai continuar o as- tinuidade ao processo. Lamento, porque poderíamos sunto de que trataram alguns Senadores um pouco ter feito isso a partir da reunião da Mesa hoje. Infeliz- antes da fala do Senador Romero Jucá, mas eu gos- mente, essa situação vai perdurar até terça-feira. Todos taria, Sr. Presidente, se me fosse permitido... nós estamos angustiados, todos nós estamos tensos, JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 569 23884 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 todos nós estamos nos digladiando e nos afrontando, A SRA. IDELI SALVATTI (Bloco/PT – SC) – Não sem que se resolva praticamente nada. vamos ter condições de dar uma resposta à opinião Senador Tião Viana, eu fiquei ausente deste ple- pública e à sociedade brasileira. nário por menos de duas horas. Eu passei por aqui às Portanto, quero fazer um apelo, que pode ser 15 horas e 45 minutos e, junto com os Senadores Ro- até emocional. Peço que voltemos a nos respeitar e a meu Tuma e Mozarildo Cavalcanti, fomos cumprir uma ter calma, como efetivamente ocorreu em muitos mo- agenda de um trabalho que assumimos na Comissão mentos, quando encontramos a saída, as alternativas, de Constituição, Justiça e Cidadania. Refiro-me ao gru- discutidas e acordadas entre as Lideranças, com o po de trabalho que busca aprovar os projetos que vão respeito de todos os Pares neste plenário. acelerar o processo judiciário, que tratam do Código Senador Tião Viana, peço desculpas por estar de Processo Penal. Houve uma excelente reunião com emocionada, porque foi esse o sentimento. Saí daqui a Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministra sob um clima, mas, ao voltar para cá, em menos de Ellen Gracie, que acolheu esse grupo de trabalho de duas horas, parecia que o mundo havia acabado. E forma extremamente receptiva, calorosa, colocando-se o mundo ainda não acabou. Pelo contrário. O Brasil integralmente à disposição dele e determinando aos parece que vai muito, mas muito melhor do que o Ple- seus assessores que tomem providências no sentido nário deste Senado. Basta acordarmos, atentarmos e de que sejam recolhidas na 1ª instância, na 2ª e na nos acalmarmos. instância superior do Judiciário brasileiro as sugestões Sr. Presidente, era o que eu tinha a dizer. para que o processo judicial seja agilizado, Senador O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) Cristóvam Buarque, para que tenhamos uma justiça – Concedo a palavra ao Senador Arthur Virgílio, pela cada vez mais ágil e, portanto, ao ser mais ágil, seja Liderança do PSDB, e, a seguir, ao Senador José cada vez mais justa e não permita a impunidade. Maranhão. Saímos satisfeitos da reunião, eu e o Senador O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM. Como Mozarildo Cavalcanti e Romeu Tuma, pela acolhida e Líder. Sem revisão do orador.) – Obrigado, Sr. Presi- por saber que, em 15 dias, vamos ter todas essas su- dente. gestões. Já marcamos outra audiência para dia 7 de Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, tem muito agosto, para acolher as sugestões. Quando cheguei ao sentido o apelo que faz a Senadora Ideli Salvatti. De plenário, vi que ele estava transformado em um campo fato, em nenhum momento, pretendo sair do equilíbrio. de guerra! Então, quero dizer que precisamos ter cal- Não se precisa sair do equilíbrio para se tomarem as ma! Nós precisamos ter bom senso! Está difícil, sim, atitudes justas e necessárias aos olhos de quem está mas indago: o que é que vai ajudar o Brasil? analisando o quadro. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) Eu gostaria, Senador Inácio Arruda,... Muito bem. Quando, por duas vezes, solicitei o – Peço a V. Exª que conclua. afastamento do Senador Renan Calheiros da Presi- A SRA. IDELI SALVATTI (Bloco/PT – SC) – Peço dência do Senado Federal, eu não o fiz motivado por um pouco de paciência, Sr. Presidente. Estou tentan- qualquer outra razão que não a consciência partidá- do encontrar alguma forma de pôr fim a esse acirra- ria, a atitude partidária de que a sua presença à frente mento. da direção da Casa terminaria redundando no que já Sei que o Senador Arthur Virgílio, agora, virá começamos a ver: improdutividade, divisão entre Se- aqui para afirmar, legitimamente, fruto do que foi dito nadores, acirramento de ânimos, dificuldade para se anteriormente, o seu posicionamento e as suas exi- fazer um julgamento justo, garantindo ao Senador o gências. Ou seja, nós já não temos mais limites. Não que ele merece e o que a democracia lhe assegura, temos mais limites. amplíssimo direito de defesa, e garantindo à Nação o Quero dizer com toda sinceridade: vamos baixar direito que ela exige – e ela terá – de ver esse caso a temperatura. É necessário que se baixe a tempera- investigado tintim por tintim até o final. tura, é necessário que tenhamos um mínimo de bom Estamos em reunião na Liderança do PSDB, e um senso, de respeito entre nós e que possamos condu- grupo de Senadores houve por bem se retirar do ple- zir esse processo, cuja investigação é absolutamente nário, só por esta sessão, porque não haveria sentido necessária, pois está sendo clamada pelas ruas, mas que isso virasse uma tática permanente. Nós temos os que não transformemos o Senado da República em nossos compromissos com o País e temos, por outro um verdadeiro ringue, em uma verdadeira praça de lado, a nossa morada aqui na tribuna. É aqui da tribuna guerra. que vamos dizer o que a Nação precisa ouvir; é aqui (Interrupção do som.) da tribuna que vamos pontuar e vamos pontificar em 570 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23885 cima dos temas que, como o caso a envolver o Presi- moral nas suas atitudes do começo até o fim –, volto a dente Renan Calheiros, estão a chamar a atenção da dizer que é um momento de dor, sim, que cumpri sem Nação brasileira. alegria, até porque não fiz minha carreira em cima de Sr. Presidente, ouvi parte do discurso do Sena- denuncismo, não fiz minha carreira em cima do que dor Inácio Arruda, do qual recebi um relato. Diria a V. poderia ser a infelicidade pessoal de qualquer colega Exª, Senador Inácio Arruda, de maneira muito clara, meu, mas está em jogo algo acima da amizade pesso- que V. Exª está na obrigação de declinar o nome dos al, que eu gostaria que se mantivesse, que me liga ao Senadores corruptos, aqueles que não são confiáveis, Senador Renan Calheiros: é a questão da instituição. a começar por mim. Se crê haver alguma coisa a dizer Instituição que jurei defender; instituição que tem que de mim, por favor, suba à tribuna e diga agora, ou V. Exª merecer de nós o máximo de cuidado e o máximo de será instado a depor no Conselho de Ética por provo- atenção; instituição que, está se vendo, está hoje a cação da Liderança do PSDB, para lá, se não o fizer demandar, na sua cultura secular, e até para se man- aqui, apontar os Senadores que não são confiáveis. ter como instituição respeitada, respeitável, resgatada Não vamos permitir essa coisa de vala comum, aos olhos da Nação... não! Não vamos tolerar isso! Queremos a mais abso- (O Presidente faz soar a campainha.) luta condição de respeito a quem exerce o mandato nesta Casa. Se V. Exª conhece algum Senador que O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB – AM) – Já não seja merecedor de confiança pública e se sabe concluo, Sr. Presidente. Precisa, sim, que o Senador de algo grave a envolver esse Senador – e V. Exª teria Renan Calheiros se afaste da Presidência tempora- dito, mais gravemente, que são muitos Senadores, que riamente, pelo menos, para que não aconteçam mais quase todos, aliás “a maioria esmagadora dos Sena- esses percalços, para que as investigações fluam e, dores não mereceria confiança no campo ético” – e se ao final, exponha-se uma verdade, seja ela qual for, V. Exª, por qualquer razão, não declina o que sabe, V. mas a verdade, que, apresentada pelos três Relatores, Exª, que sempre mereceu de mim fraterna amizade e seja apreciada pelo Conselho de Ética, com recurso respeito, estaria sendo cúmplice do autor do malfeito. evidente para o Plenário, que terá a palavra final so- Se V. Exª não sabe e, ainda assim, acusa os seus co- bre caso tão grave. legas, V. Exª estaria em mim causando uma decepção Sr. Presidente, sinto que é a vez do Senador muito profunda. Inácio Arruda falar, portanto, prefiro ceder a palavra Sempre o conhecei bravo, equilibrado com as a S. Exª, reservando-me o direito de voltar à tribuna, suas idéias, e sempre o respeitei, apesar das diver- se for o caso. gências que, ideologicamente, de forma tão aguda, Muito obrigado, Sr. Presidente. nos separam. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) Volto, então, no aguardo da manifestação do Se- – Agradeço a V. Exª a colaboração com a Mesa. nador Inácio Arruda, a dizer, de uma maneira muito Tem a palavra, para responder, devidamente au- serena, que isso estava previsto. Digo isso para todos torizado pelo próximo orador, Senador José Maranhão, os que me conhecem mais de perto e os que não me o Senador Inácio Arruda. conhecem tão de perto assim. Ter vindo a esta tribuna O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB – CE. Para pedir o afastamento do Senador Renan Calheiros não foi uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) – Sr. tarefa que eu porventura cumprisse de maneira feliz. Presidente, quero primeiro considerar que não se trata Cheguei junto com o Senador Renan Calheiros de uma resposta. Dei minha opinião política, Senador ao Congresso Nacional, participei junto com ele de lu- Arthur Virgílio. E se algumas das minhas palavras foram tas por liberdade, por democracia neste País. Não sou consideradas generalizações, estão retiradas, não há adepto de política de caça às bruxas. Entendi bem o problema. A palavra foi inocência – inocência política. que o Senador Romeu Tuma quis dizer, quando disse Porque somos muito claros, sabemos quem somos e que gostaria que o Senador Renan Calheiros fosse ino- sabemos a batalha que está sendo travada. cente. Foi um Deus nos acuda, houve uma verdadeira Eu disse aqui que, no Conselho de Ética, estive caça macartista ao Senador naquele instante. presente em quase todas as reuniões, mesmo sem ser Um colunista, quando falei que eu também torcia membro. Eu disse: examinemos o mérito, examinemos para que o Senador pudesse comprovar a sua inocên- as provas. E disse: não se quer olhar um papel sequer. cia, disse que eu tinha sido despudorado. E eu que No Conselho de Ética, quer-se decidir na política. Mes- não sou Catão, que defendo a minha moral até o final, mo que esta Casa... Ora, esta Casa é política, são os mas que não sou moralista – faço muita diferença en- Partidos que estão aqui, são os militantes da política tre quem é o moralistazinho de meia-tigela e quem é que estão aqui. Mas, no Conselho de Ética, não. No JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 571 23886 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 Conselho de Ética, fechar posição em relação a um O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB – CE) processo... Sinceramente, isso não é apreciação de – Sei o que V. Exª pediu no Conselho de Ética, como um processo. Eu conheço os tribunais! V. Exª peticionou. Inclusive, em conjunto com o Demo- Senador Cristovam, aqui está o Senador Mão cratas e com o Senador Nery. Era a mesma petição. Santa, que foi cassado por um tribunal politicamente. Nós conversamos ali várias e várias vezes a respeito Ele foi cassado na política, e não na ética. Capiberibe de que, naqueles termos, estava bem ajustada a co- esteve aqui e foi cassado na política, e não na ética. locação de V. Exª, do Senador Demóstenes, do Sena- Não foi a ética que cassou Capiberibe, um homem dor Nery, da solicitação feita. Mas isso foi examinado; honrado, justo, lutador, do povo brasileiro. Não foi a quando retorna, toma uma outra conotação. É como ética que o cassou. se eu dissesse: Não basta esta informação do Sena- Então, não queriam e não querem. Se não que- dor Arthur Virgílio; eu quero uma outra. V. Exª traz uma rem examinar, acho que o Conselho tem a obrigação outra, e eu digo: Não basta esta; quero uma outra. e o dever – e este é o desejo de todos nós – de apu- Porque aí a questão já ganhou um outro terreno. Já rar tudo. não basta V. Exª apresentar prova de nada; eu quero Nós também não receamos ameaças de ir ao o lugar de V. Exª. Esse é o problema. Se essa questão Conselho. Se V. Exª quiser, vá ao Conselho. Não temos se coloca nesses termos – foi assim que eu falei –, a o menor receio de responder nada ao Conselho, nem batalha muda de terreno. ao Plenário; não temos receio nenhum. Se uma pala- O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) vra foi considerada generalização, então que se retire. – Conclua, Senador Inácio. Mas não temos receio de nada porque sabemos da O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB – CE) nossa posição, da nossa opinião, do que é a matéria – Vou concluir. política no Brasil. Temos muita consciência disso. Isso Se os Partidos consideram que a batalha é do Plenário e que é uma batalha política, e não de deco- está entranhado entre nós; isso vaza entre nós. ro, então o enfrentamento é de outra natureza. É esta O Presidente da Casa tem todo o direito, se assim a questão que levantei aqui no plenário do Senado o desejar, de permanecer na Presidência. E é efetiva- Federal. Não tem nada a ver com problema de gene- mente de foro íntimo a decisão se deve sair ou não da ralização. Nada a ver com generalização! Presidência. Talvez, não sei, Senador Arthur Virgílio, Agora, assim como respeitamos todos os Se- ele esteja considerando que essa é sua última linha de nadores, também exigimos respeito quando fomos defesa, nas circunstâncias da batalha que está sendo acusados aqui pelo Senador Sérgio Guerra. Foi isso travada no Senado da República. o que eu fiz, nada mais. Estamos tranqüilos. Se V. Exª É evidente que as opiniões se dividem. Por que ou o Senador quiser ir ao Conselho de Ética pedir a elas se dividem? Elas se dividem apenas no exame da abertura do processo, estamos à disposição para res- ética? Apenas no exame da moral? Apenas na opinião ponder sobre a nossa opinião política que travamos publicada? Não. Elas se dividem na política. É na políti- aqui no Senado Federal, no Congresso Nacional e na ca que elas se dividem; é nisso que se divide a opinião vida política em nosso País. dos Senadores. Muitos vão se posicionando nesses Conhecemos essa matéria com profundidade, termos. É assim que a questão é examinada. assim como V. Exª, em sua trajetória, conhece muito Por isso, dei minha opinião e considero que a ma- bem o assunto da luta política em nosso País. téria está entranhada também de sentimento político. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) E se esse sentimento está decidindo as posições dos – Concedo a palavra ao Senador José Maranhão, pela Senadores, se temos que responder a uma pressão, liderança do PMDB. que pode vir das ruas, pode vir da mídia... Mas não é O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB. Pela a ela que temos de responder. Se há um processo no Liderança do PMDB. Sem revisão do orador.) – Sr. Conselho de Ética do Senado Federal, nós temos que Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ainda bem que o nos ater pura e simplesmente ao que está no processo, meu discurso sai do foco que até agora dominou as exclusivamente ao que foi requerido, ao que foi pedi- manifestações na tribuna do Senado, envolvendo as do. Se aqui agirmos assim, haverá uma tranqüilidade pessoas mais qualificadas nesta Casa da represen- e uma serenidade no plenário – se nos ativermos ao tação nacional. que foi pedido no Conselho de Ética. Como todos os meus Pares, lamento profunda- Acompanhei muito bem o pedido de V. Exª... mente que tenhamos chegado a um nível de tensiona- O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) mento que muitas vezes compromete até o equilíbrio – Mais um minuto para V. Exª concluir. das figuras mais sensatas do Senado da República. 572 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23887 Vou falar, Sr. Presidente, de algo que para nós, A própria forma de operação do sistema de inte- paraibanos, e de resto toda a população do Nordeste gração reproduzida na Outorga para o projeto, emitida setentrional, tem uma profunda significação, porque, no pela ANA (Agência Nacional de Águas), espelha essa médio prazo, significa o direito de sobreviver, de garan- priorização legal e humanitária do abastecimento de tir a continuidade de Estados e de regiões, sobretudo uma população que, em 2025, nos Municípios bene- do semi-árido, que conseguiram até hoje sobreviver e ficiados, chegará a 12 milhões. A operação do siste- contribuir para a grandeza da região e do País. ma preconiza que 26,4m³/s sejam destinados, sem Retorno a esta tribuna o importante tema da garantia restrições, ao suprimento da população por meio dos de água para abastecimento humano e desenvolvimento chamados eixos de integração Norte e Leste. Ambos socioeconômico da parcela do semi-árido brasileiro que os eixos... não dispõe de rios perenes e é obrigada a conviver com O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – Como crises de abastecimento de água que ameaçam hoje eu dizia, Sr. Presidente, ambos os eixos captam a até mesmo o setor de menor consumo: a água de be- água entre as represas de Sobradinho e Itaparica e ber em importantes cidades dos Estados encravados no têm, respectivamente, uma capacidade de condução chamado semi-árido setentrional, formado pela Paraíba, de 99m³/s e 28m³/s. Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará. Portanto, o verdadeiro perfil da integração do No Nordeste setentrional, repita-se, sem rios São Francisco é o de solução racional e única para o perenes, surpreendem ainda carências em abasteci- problema do desabastecimento dos centros urbanos. mento de água, que submetem a estabilidade econô- Não há originalidade em adotá-la. Assim resolveram mica à insegurança hídrica avessa à certeza propícia seu problema cidades como São Paulo, onde a trans- a investimentos. posição do rio Piracicaba retira cerca de 65% de sua Mais grave ainda: estarrece constatar que à quinta vazão para garantir a existência da megalópole. Assim maior cidade brasileira, Fortaleza, impõe-se conviver se abastece o Rio de Janeiro, que, sem transpor 70% com a guilhotina do colapso absoluto no seu sistema da vazão do rio Paraíba do Sul para o rio Guandu, de abastecimento de água, a exemplo de outras ci- igualmente seria insustentável com sua população. A dades como Campina Grande, na Paraíba, com uma capital baiana complementa o suprimento de água com população de 344 mil habitantes, e Caruaru, em Per- a transposição da barragem Pedra do Cavalo para o nambuco, com 350 mil habitantes – dados da estatís- sistema metropolitano de abastecimento de água. Ara- tica de 2000. caju, a capital sergipana, que fica à margem do São Com freqüência crescente, também outras ci- Francisco, obtém através de uma transposição a água dades da Região acionam a Justiça para garantirem que lhe é indispensável para sustentar sua população. seus direitos de abastecimento na disputa pelos parcos Trata-se, portanto, meus amigos, de uma solução con- recursos hídricos locais. Embargos judiciais de usos vencional, adotada dentro e fora do Brasil para resol- de águas para abastecimento humano podem – com ver problemas de desequilíbrio hídrico entre ofertas e fiscalização eficiente – ter o efeito pretendido, mas li- demanda de água de uma região para outra. quidam a economia local por proibirem o uso da água Obras de transposição entre bacias hidrográficas para outros fins. são usadas inclusive no próprio semi-árido setentrional É no contexto do previsível desabastecimento dos com o objetivo de corrigir com águas locais os dese- centros urbanos que a integração do rio São Francisco quilíbrios hídricos abrandáveis com essas disponibi- com o Nordeste setentrional se insere e se justifica de lidades. No meu Estado da Paraíba, enquanto estive maneira inconteste. no governo, realizamos várias obras dessa natureza, Desde sua primeira menção, ainda no século XIX, como o Canal da Redenção, composto de 37 km de até poucos anos atrás, o empreendimento vinha sendo canal revestido, túneis, sifões e aquedutos, cujo objetivo apresentado como megaprojeto para irrigar terras ao maior é o de viabilizar a irrigação do Projeto Várzeas norte do rio São Francisco. Entretanto, do crescimen- de Sousa, com 5 mil hectares de infra-estrutura de uso to das cidades, catalisado pela mudança de perfil da comum, também concluído no meu Governo. população local – de rural para urbana –, emergiu um Várias outras transposições foram realizadas, no quadro de demandas hídricas no qual uma integração período de minha administração, com fins de abaste- com o São Francisco com fins de suprimento huma- cimento humano, interligando açudes de maior capa- no torna-se, nos casos mais extremos, emergencial, cidade com cidades cujos mananciais locais já não tanto pelo prazo necessário para a execução física da respondiam com segurança ao atendimento dos con- obra, como pela incontornabilidade de uma provável glomerados urbanos. Assim, planejamos e executamos situação de colapso absoluto. cerca de 800 km de sistemas adutores, garantindo uma JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 573 23888 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 solução cidadã para o abastecimento de cidades como Eu diria que não compreendo a forma precon- Patos, hoje com mais de 100 mil habitantes, que vivia ceituosa com que determinadas lideranças, inclusi- a depender dos humores do clima para não se sub- ve no campo religioso, têm se posicionado contra a meter a racionamentos que chegavam a 15 dias sem transposição. Mas a maior força de que nós dispomos água para um dia com água, sem falar no risco de um para enfrentar todas essas adversidades artificialmen- colapso absoluto quase todos os anos. Exemplos de te criadas é exatamente a determinação do Governo obras dessa natureza executadas no âmbito do que do Presidente Lula, que, como nordestino fiel às suas denominamos Plano das Águas foram os sistemas origens, que deixou o Estado de Pernambuco como adutores do Cariri, do Congo e Coremas-Sabugi. um retirante da seca, teve sensibilidade suficiente A infra-estrutura receptora das águas do São para chamar a si a responsabilidade de estadista na Francisco na Paraíba está pronta e a ela tivemos a construção dessa obra, que já faz parte das tentati- satisfação de acrescentar a barragem de Acauã, no vas e recursos de governos brasileiros durante mais rio Paraíba, que se tornou a terceira maior do Esta- de duzentos anos. do, ficando atrás apenas do Coremas-Mãe D’água e É fato histórico que o Imperador chegou a fazer Boqueirão. a patética declaração, perante a opinião nacional, de Poderia citar também o Governo do nosso com- que venderia até as jóias da Coroa para resolver o panheiro de representação do Rio Grande do Norte, o problema do Nordeste. Mas o Nordeste, até agora, até Senador que aqui tem adotado esta mesma posição: este Governo, não teve senão soluções, digo, improvi- a da defesa intransigente da transposição das águas sações – porque solução improvisada e improvisação do Rio São Francisco. Refiro-me ao Senador Garibaldi são a mesma coisa – que não resolveram e que, muitas Alves Filho, que, lá no Rio Grande do Norte, durante vezes, até agravaram a imagem da região nordestina com a prática da indústria das secas, que fez florescer o seu período administrativo, fez essa mesma obra e manter muitas lideranças no poder, que agora não precursora da transposição, garantindo a segurança olham com bons olhos a iniciativa do Governo Federal necessária à própria transposição para uma melhor na busca de soluções para o problema da seca. distribuição entre os vários Municípios do Estado, com Sr. Presidente, eu me permitiria ainda ler apenas as adutoras... mais um trecho do nosso discurso. (Interrupção do som.) O que representa a correção dessa deficiência O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) natural secular para 390 sedes municipais, onde ha- – O tempo destinado à Liderança é de cinco minutos. bitam doze milhões de brasileiros, em termos de volu- 3 Peço a V. Exª que colabore com a Mesa, Senador José me de água? A derivação de 26 m /s através de dois Maranhão. canais – eixo Norte e eixo Leste –, o que equivale a O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – Obri- ínfimo 1,4% da vazão regularmente liberada pela re- gado a V. Exª. Se o assunto não fosse de tamanha presa de Sobradinho. envergadura, certamente eu não estaria a abusar da (O Sr. Presidente faz soar a campainha.) paciência da Mesa e de meus nobres Pares. O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – Eu O Sr. Garibaldi Alves Filho (PMDB – RN) – Que- quis ler esse ponto, Sr. Presidente, porque, muitas ve- ro aplaudir o discurso de V. Exª. Recebi um apelo do zes, eu vi a repetição deste argumento frágil de que Presidente Tião Viana para não apartear, mas quero a transposição para atender ao Nordeste Setentrional dizer que V. Exª está realmente contando toda a histó- sacrificaria a irrigação ou a própria existência do rio ria daquilo em que se vai constituir essa grande obra São Francisco. – que já foi praticamente iniciada – da transposição das Para melhor explicitar que essa insignificância águas do Rio São Francisco. Parabéns Senador José de volume não é o fator que quebraria a sustentabili- Maranhão pela luta da qual V. Exª foi um dos grandes dade ambiental do São Francisco, comparemos: esse inspiradores e Líder. volume de água, se retirado ao longo de 24 horas/dia, O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB) – Agra- equivale ao volume que evapora no lago da represa deço a deferência de V. Exª. de Itaparica. O que se tira para dessedentar a popu- Já sabendo que a Presidência não me deferiria lação do Nordeste Setentrional, de doze milhões de mais tempo, para poder fazer a leitura de todo o meu habitantes, representa apenas a evaporação do lago discurso, quero resumir, com algumas observações, de Itaparica. mas pedindo que a Mesa o considere lido e o faça in- E ainda: há dezenas de meritórios projetos im- serir nas atas de nossos trabalhos. plantados e em implantação na bacia do São Francisco 574 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23889 que derivam dois, três, quatro vezes esse volume, não de implantação desse empreendimento cujos reflexos para abastecimento humano, mas para irrigação; nem positivos para o crescimento extrapolam os limites do por isso se registrou uma celeuma como vivenciamos Nordeste e se farão sentir em todo o Brasil. há até bem pouco tempo. Eu diria ainda, Sr. Presidente, que, felizmente, a Como já me referi, os chamados eixos de inte- opinião nacional tem sensibilidade. Em pesquisa na- gração – Norte e Leste – têm, respectivamente, uma cional feita há algum tempo, em todo o País, se cons- capacidade de condução de 99 m3/s e 28 m3/s. Ora, tatou que 83% da população brasileira, inclusive os se, para consumo humano, necessita-se de apenas que moram no Sul do País, é favorável à transposição 26 m3/s, por que uma capacidade total de 127 m3/s? do São Francisco. Para garantir, apenas com os excessos de água nos Por isso, resta a todos nós nordestinos o reco- períodos de cheia do São Francisco, a sustentabilida- nhecimento a um Governo que teve sensibilidade e de socioeconômica do semi-árido setentrional. Como coragem para, opondo-se a todas as injustas reações as cheias no São Francisco ocorrem, em média, em retrógradas, levar à frente o projeto. Tenho certeza de quatro anos por década, durante esses anos, os ca- que, de agora em diante, dificilmente haverá alguém nais funcionarão a plena carga, transferindo para os com disposição para voltar atrás. açudes do semi-árido setentrional irrisória fração de O homem olha sempre para a frente e para o 1% do volume das enchentes. alto e tenho certeza de que todos os Governos que se Estamos falando de aproveitar a água que seria seguirem ao Presidente Lula haverão de se mirar no jogada no oceano Atlântico para garantir a sustentação seu exemplo para garantir a continuidade dessa obra de uma população de doze milhões de habitantes! que, como todos nós sabemos, é uma obra de exe- Note que a sustentabilidade hídrica do desenvolvi- cução lenta, demorada e que requer vontade política, mento socioeconômico do semi-árido setentrional é al- coragem e sobretudo compromisso com o progresso cançada pelo projeto sem comprometer absolutamente deste País. em nada as iniciativas de mesma natureza na própria Sr. Presidente, peço que meu discurso seja pu- bacia, posto que volumes de cheia não têm utilidade blicado na íntegra. econômica local, sequer servem à geração de energia SEGUE, NA ÍNTEGRA, DISCURSO DO elétrica, dado que as cheias passam pelos vertedouros SR. SENADOR JOSÉ MARANHÃO. das hidrelétricas e não pelas turbinas instaladas. A integração do São Francisco é a solução técnica O SR. JOSÉ MARANHÃO (PMDB – PB. Sem mais adequada à economia nordestina para resolver o apanhamento taquigráfico.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. problema de todo o semi-árido setentrional e garantir Senadores, retorno a esta tribuna com o importante seu desenvolvimento socioeconômico sem prejuízos tema da garantia de água para abastecimento huma- para os Estados sanfranciscanos. no e desenvolvimento socioeconômico da parcela do Agora que jazem sob a espada da Justiça, atra- semi-árido brasileiro que não dispõe de rios perenes e vés de embasado parecer do Ministro-Relator do STF, é obrigada a conviver com crises de abastecimento que os antigos argumentos contrários à integração, resta ameaçam hoje até mesmo o setor de menor consumo: apenas o início imediato das obras, que, segundo nos a água de beber em importantes cidades nos estados reporta o bravo Exército Brasileiro, dar-se-á na segun- do chamado semi-árido setentrional formado pela Pa- da quinzena de junho. Isso já aconteceu e está acon- raíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará. tecendo, graças a Deus. No nordeste setentrional, repita-se, sem rios pe- O processo licitatório tanto da obra como da su- renes, surpreendem ainda carências em abastecimento pervisão de implantação encontra-se atualmente em de água, que submetem a estabilidade econômica à curso no Ministério da Integração Nacional, possibi- insegurança hídrica avessa à certeza propícia a inves- litando, assim, a escolha das empresas que vão dar timentos. Mais grave ainda: estarrece constatar que à continuidade à implantação dos demais quatorze lotes quinta maior cidade brasileira – Fortaleza/CE – impõe- de obras em que está dividido esse prioritário empre- se conviver com a guilhotina do colapso absoluto no endimento inserido no PAC. seu sistema de abastecimento de água, a exemplo de Para que nos aproximemos ainda mais desse his- outras como Campina Grande/PB (344 mil habitantes- tórico projeto de interesse nacional, estou solicitando 2000) e Caruaru/PE (350 mil habitantes-2000). Com ao Ministério da Integração Nacional a realização de freqüência crescente, também outras cidades da região uma palestra a ser inserida em programação da Co- acionam a Justiça para garantir seus direitos de abas- missão de Orçamento, que tenho a honra de presidir, tecimento na disputa pelos parcos recursos hídricos trazendo, assim, maiores detalhes sobre o cronograma locais. Embargos judiciais de usos de águas para abas- JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 575 23890 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 tecimento humano podem – com fiscalização eficiente com o objetivo de corrigir com águas locais os desequi- – ter o efeito pretendido, mas liquidam a economia local líbrios hídricos abrandáveis com essas disponibilidades. por proibir o uso da água para outros fins. No meu estado da Paraíba, enquanto estive a frente É no contexto do previsível desabastecimento dos do governo realizamos várias obras dessa natureza, centros urbanos que a integração do Rio São Francis- como o Canal da Redenção composto de 37 km de co com o nordeste setentrional se insere e se justifica canal revestido, túneis, sifões e aquedutos cujo objetivo de maneira inconteste. maior é o de viabilizar a irrigação no Projeto Várzeas Desde sua primeira menção, ainda no século XIX, de Sousa com 5.000 hectares de infra-estrutura de uso até poucos anos atrás, o empreendimento vinha sendo comum também concluído no meu governo. apresentado como um megaprojeto para irrigar terras Várias outras transposições foram realizadas no ao norte do rio São Francisco. Entretanto, do cresci- meu governo com fins de abastecimento humano, in- mento das cidades, catalisado pela mudança de perfil terligando açudes de maior capacidade com cidades da população local – de rural para urbana – emergiu cujos mananciais locais já não respondiam com se- um quadro de demandas hídricas no qual uma inter- gurança o atendimento dos conglomerados urbanos. ligação com o São Francisco com fins de suprimento Assim, planejamos e executamos cerca de 800 km de humano torna-se, nos casos mais extremos, emer- sistemas adutores garantindo uma solução cidadã para gencial, tanto pelo prazo necessário para a execução o abastecimento de cidades como Patos, hoje com física da obra, como pela incontornabilidade de uma mais de 100 mil habitantes, e que vivia a depender provável situação de colapso absoluto. dos humores do clima para não se submeter a racio- A própria forma de operação do sistema de inte- namentos que chegavam a 15 dias sem água para 1 gração reproduzida na Outorga para o projeto emitida dia com água, sem falar no risco de um colapso abso- pela ANA – Agencia Nacional de Águas espelha essa luto quase todos os anos. Exemplos de obras dessa priorização legal e humanitária do abastecimento de natureza executadas no âmbito do que denominamos uma população que em 2025 nos municípios benefi- Plano das Águas foram os sistemas adutores do Cariri, ciados chegará a 12 milhões. A operação do sistema do Congo e Coremas-Sabugi. preconiza que 26,4 m3/s sejam destinados, sem res- A infra-estrutura receptora das águas do São trições, ao suprimento da população através dos cha- Francisco na Paraíba está pronta e a ela tivemos a mados eixos de integração Norte e Leste. Ambos os satisfação de acrescentar a barragem de Acauã no eixos captam a água entre as represas de Sobradinho rio Paraíba, que se tornou a terceira maior do esta- e Itaparica e têm respectivamente uma capacidade de do, ficando atrás apenas do Coremas-Mãe D´água e condução de 99 m3/s e 28 m3/s. Portanto, o verdadeiro perfil da integração do Boqueirão. Dentre esses três maiores reservatórios, São Francisco é o de solução racional e única para o o Coremas-Mãe D´água viria a ser o único a não re- problema do desabastecimento dos centros urbanos. ceber águas da transposição, fato injustificável, visto Não há originalidade em adotá-la. Assim resolveram ser o maior reservatório do Estado. Assim, tão logo seu problema cidades como São Paulo, onde a trans- tomamos conhecimento do problema procuramos o posição do rio Piracicaba retira cerca 65% de sua va- Ministério da Integração Nacional ainda na gestão Ciro zão para garantir a existência da megalópole. Assim Gomes e obtivemos do coordenador do projeto, com o se abastece o Rio de Janeiro que sem transpor 70% aval do Ministro, a determinação de que se elaborasse da vazão do rio Paraíba do Sul para o rio Guandu o projeto do pequeno ramal interligando o Eixo Norte igualmente seria insustentável com sua população. com as cabeceiras do rio Piancó, principal tributário A capital baiana complementa o suprimento de água do lago do sistema Coremas Mãe-D´água. Temos cer- com a transposição da barragem Pedra do Cavalo para teza de que na atual gestão, o Ministro Geddel Vieira o sistema metropolitano de abastecimento de água. dará a continuidade necessária para a concretização Aracajú, a capital sergipana, deriva do próprio rio São desse justo pleito. Francisco, através de uma transposição, a água que Srªs e Srs. Senadores, enquanto fomentador lhe é imprescindível para sustentar sua população. de desenvolvimento regional, o empreendimento da Trata-se portanto, meus amigos, de uma solução con- transposição cumpre sua função – dentro da regra de vencional, adotada dentro e fora do Brasil para resolver operação explicada – de levar sustentabilidade hídrica problemas de desequilíbrio entre ofertas e demanda para as atividades econômicas em curso e planejadas. de água em uma região. Sem água não se pode pensar em nenhum modelo de Obras de transposição entre bacias hidrográficas desenvolvimento, muito menos na reversão do quadro são usadas inclusive no próprio semi-árido setentrional socioeconômico estabelecido. 576 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23891 Em seu estágio atual o projeto passou por todos Como já disse anteriormente, não se trata de um os trâmites previsto na legislação vigente. Recapitularei projeto voltado prioritariamente para o uso econômico resumidamente as etapas já cumpridas nessa longa das águas transpostas no semi-árido setentrional. A batalha para garantir o acesso de brasileiros às águas prioridade absoluta do projeto, consoante com a pró- de um rio igualmente brasileiro, classificado como de pria hierarquização de uso determinada na lei brasi- ingerência federal visto que cruza mais de um estado leira, é o abastecimento humano urbano. Enfatize-se da federação, conforme Lei Federal 9.433/1997. Em que a discussão da transposição como projeto de de- maio de 2003 a Agencia Nacional de Águas – ANA senvolvimento estratégico e equidade social entre re- emitiu a Nota Técnica 123 – na qual embasava a con- giões tornou-se secundária diante da urgência de se sistência técnica em se emitir a Outorga Prévia pelo resolver o problema do abastecimento urbano. Assim, uso das águas sanfranciscanas pelo projeto de inte- as duas perguntas básicas são: quanto se precisa de gração. Em setembro de 2004 foi emitida a Nota Téc- água para suprir 12 milhões de pessoas (em 2025)? nica 492, um Parecer do Ministério do Meio Ambiente E qual é a fonte mais adequada para o atendimento? em que se atestava haver disponibilidade de água Estudos técnicos desenvolvidos nos últimos anos, no São Francisco para atender ao projeto sem trazer recentemente validados pela ANA – Agencia Nacional nenhum prejuízo ambiental para a bacia. Em janeiro de Águas, demonstram que uma vazão de 26,4 m3/s, de 2005 – Conselho Nacional de Recursos Hídricos, conforme mencionei, é suficiente para o atendimento. entidade maior que trata das águas brasileiras, apro- Quanto à fonte hídrica, o Rio São Francisco concentra vou o Projeto e publicou a aprovação na Resolução cerca de 70% da água doce disponível no Nordeste. No 47/2005. Em setembro de 2005, a Agência Nacional ponto de captação do projeto, entre as represas de So- de Águas, subsidiada na sua Nota Técnica 390, pu- bradinho e Itaparica, o rio apresenta uma vazão mínima blicou a outorga definitiva do projeto e o Certificado garantida de 1.850 m3/s. Os 26,4 m3/s representam de Sustentabilidade Hídrica, documento que atesta a 1,4% desta vazão. E a geração de energia? Não será viabilidade do empreendimento segundo os critérios afetada? A vazão firme retirada é tão pequena que o hidrológicos, econômicos e financeiros, preconizados próprio esquema operacional praticado pela CHESF em lei e fiscalizados por aquela agência. absorve, sem prejuízos, essa retirada. Simulações de No que respeita ao licenciamento ambiental, após operação integradas dos sistemas elétrico e hidráulico a emissão da licença prévia para o empreendimento (Norte e Nordeste) atestam haver impacto irrelevante. pelo IBAMA, veio à cena uma verdadeira enxurrada de Ainda que houvesse, a legislação brasileira e o sen- ações na Justiça contestando a viabilidade ambiental do so humanitário asseguram o saciar da sede antes da projeto. O ministro Sepúlveda Pertence, encarregado no geração do quilowatt. Supremo Tribunal Federal de tratar do assunto, debru- Em resumo, se examinarmos as questões que çou-se com toda sua equipe no processo e após quase alimentaram esse debate político veremos que o mote dois anos de exaustiva análise e oitiva e todas as partes predileto dos contrários à integração versa sobre a envolvidas, cassou todas as liminares que engessavam disponibilidade efetiva de água no São Francisco e o processo de implantação do projeto. O parecer final no semi-árido setentrional. Por um lado, apregoa-se do Ministro Sepúlveda, com suas quase 70 páginas, o São Francisco como um rio sem condição hidroam- representa uma verdadeira referência bibliográfica no biental de atender à demanda de água do projeto. Por esclarecimento de questões que vinham sendo siste- outro lado, alega-se que sobra água no semi-árido maticamente distorcidas para a opinião pública. setentrional, numa simplória confusão entre “capaci- Temos notícia de que determinados setores tentam dade de armazenamento” – volume dos açudes cujo ainda barrar a execução do projeto ajuizando ações no preenchimento com água depende do humor de São STF. Fizemos um apanhado dessas ações e asseguro Pedro – com “disponibilidade efetiva de água” – água aos senhores e as senhoras que NENHUMA dessas armazenada pelos açudes nos anos de bom humor novas ações trazem argumento novo. Trata-se dos ve- de São Pedro. lhos argumentos exaustivamente tratados pelo STF no A conclusão de importantes estudos relacionados Parecer do Ministro Sepúlveda Pertence e já demolidos com a bacia do São Francisco e com as bacias recep- um a um com fundamentação técnica incontestável. toras do semi-árido setentrional derrubou formalmente Na verdade, o maior problema enfrentado pelo velhos argumentos difundidos há anos na captação projeto de integração do São Francisco com o semi- de incautos para engrossar as fileiras dos que têm o árido setentrional é sem dúvida alguma a difusão de projeto como o algoz do rio. O Plano Decenal da Bacia falsas informações em torno de questões de caráter Hidrográfica do São Francisco elaborado pela Agência eminentemente técnico. Nacional de Águas – ANA, acompanhado e discutido JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 577 23892 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 pelas Câmaras Técnicas do Comitê da Bacia Hidro- se para consumo humano necessita-se de apenas gráfica do São Francisco e aprovado por esse último, 26 m3/s, por que uma capacidade total de 127 m3/s demonstrou cabalmente que há disponibilidade para (99+28 m3/s)? Para garantir, apenas com os exces- o atendimento de todas as necessidades hídricas da sos de água nos períodos de cheia do São Francisco, própria bacia e do semi-árido setentrional sem compro- a sustentabilidade socioeconômica do semi-árido se- meter as folgas, ainda que as demandas sanfrancis- tentrional. Como as cheias no São Francisco ocorrem, canas praticamente tripliquem nos próximos 20 anos, em média, em quatro anos por década, durante esses algo historicamente sem registro. Crescendo à inédita anos os canais funcionarão à plena carga, transferin- taxa de 5,2% ao ano, a demanda na bacia sairia de 91 do para os açudes do semi-árido setentrional irrisória m3/s (2005) para 262 m3/s em 2025. fração de 1% do volume das enchentes. Note que a Assim, o Plano Decenal do São Francisco ado- sustentabilidade hídrica do desenvolvimento socioe- tou uma vazão de 360 m3/s para cobrir, repita-se, conômico do semi-árido setentrional é alcançada pelo com folga, todas as demandas internas e externas projeto sem comprometer absolutamente em nada as da bacia, não podendo ser omitido que, caso fosse iniciativas de mesma natureza na própria bacia, pos- necessária a alocação de mais água para o setor de to que volumes de cheia não têm utilidade econômica abastecimento humano, essa vazão poderia crescer local, sequer servem à geração de energia elétrica, para 370, 380, ...400 m3/s, etc, pois o abastecimento dado que as cheias passam pelos vertedores das hi- humano é prioritário em relação a qualquer uso eco- drelétricas e não pelas turbinas instaladas. nômico da água. A integração do São Francisco é a solução téc- Premissa constitucional – e humanitária do pon- nica mais adequada e econômica para resolver o pro- to de vista ético – assegura o abastecimento humano blema dos centros urbanos do semi-árido setentrional como prioridade absoluta na alocação de águas no e garantir seu desenvolvimento socioeconômico sem país. As deficiências de disponibilidade de água nos prejuízos para os estados sanfranciscanos. centros urbanos do semi-árido setentrional careceram Agora que jazem sob a espada da justiça, atra- de estudos técnicos apenas para quantificá-las, não vés do embasado parecer do ministro relator no STF para reconhecer sua existência. Essa é apresentada os antigos argumentos contrárias à integração, resta pela mídia nacional a cada recorrência de seca. A apenas o início imediato das obras que segundo nos disponibilidade per capita naquela região está abaixo reporta o bravo Exército Brasileiro dar-se-á na segun- do mínimo recomendado pela ONU, o que foi recen- do quinzena de junho. temente ratificado pelo Plano Nacional de Recursos O processo licitatório tanto da obra como de su- Hídricos, divulgado em fevereiro de 2006 pelo Minis- pervisão de implantação encontra-se atualmente em tério do Meio Ambiente. O que representa a correção curso no Ministério da Integração Nacional, possibi- dessa deficiência natural secular para 390 sedes mu- litando assim a escolha das empresas que iram dar nicipais, onde habitarão 12 milhões de brasileiros, em continuidade à implantação dos demais quatorze lotes termos de volume de água? A derivação de 26 m3/s de obras em que está dividido esse prioritário empre- através de dois canais – eixo Norte e eixo Leste – o endimento inserido no PAC. que equivale a ínfimos 1,4% da vazão regularmente Para que nos aproximemos ainda mais desse his- liberada pela represa de Sobradinho. tórico projeto de interesse nacional estou solicitando Para melhor explicitar que essa insignificância ao Ministério da Integração Nacional a realização de de volume não é o fator que quebraria a sustentabili- uma palestra a ser inserida em programação da Co- dade ambiental do São Francisco, comparemos: esse missão de Orçamento, a que tenho a honra de presidir. volume de água, se retirado ao longo de 24 horas/dia, Trazendo assim maiores detalhes sobre o cronograma equivale ao volume que evapora no lago da represa de de implantação deste empreendimento cujos reflexos Itaparica – onde desemboca a água liberada por So- positivos para o crescimento extrapolam os limites do bradinho – em apenas 10 horas. E ainda: há dezenas nordeste e se farão sentir em todo o Brasil. de meritórios projetos implantados e em implantação Muito obrigado. na bacia do São Francisco que derivam 2, 3, 4 vezes O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) esse volume, não para abastecimento humano, mas – Agradeço a V. Exª, que será atendido nos termos do para irrigação, e nem por isso registrou-se uma celeu- Regimento Interno. ma como vivenciamos até bem pouco tempo. Concedo a palavra ao Senador Augusto Bote- Como já me referi, os chamados eixos de inte- lho. gração – Norte e Leste – têm respectivamente uma O SR. JOSÉ NERY (PSOL – PA) – Peço a pala- capacidade de condução de 99 m3/s e 28 m3/s. Ora, vra pela ordem, Sr. Presidente. 578 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23893 O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) – Senador Augusto Botelho, depois V. Exª. – Passa-se à O SR. AUGUSTO BOTELHO (Bloco/PT – RR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, ORDEM DO DIA tinha-me inscrito para falar a fim de pedir uma explica- A Presidência esclarece às Srªs e Srs. Senadores ção do Senador Inácio Arruda, pelas palavras proferi- que a Ordem do Dia da presente sessão fica transferida das por ele, que chegaram a ofender alguns Senadores para a próxima terça-feira, dia 17 de julho. aqui. Mas ele se explicou, com uma justificativa que São os seguintes os itens adiados: convenceu, dizendo que não tinha generalizado, que 1 não tinha chamado todos os Senadores de não-éticos PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO e de culpados, pois quem não é inocente é culpado. Nº 19, DE 2007 Então, ele se explicou pessoalmente para mim e eu (Proveniente da Medida Provisória nº 366, de 2007) gostaria que ele fizesse uma explicação pública. (Encontra-se sobrestando a pauta, nos termos Mas, após o pedido do Senador Arthur Virgílio, do § 6º do art. 62 da Constituição Federal) ele deu uma explicação que me satisfez. Espero que não aconteça novamente coisa desse tipo. Discussão, em turno único, do Projeto de Muito obrigado. Lei de Conversão nº 19, de 2007, que dispõe O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) sobre a criação do Instituto Chico Mendes de – Agradeço a V. Exª. Conservação da Biodiversidade – Instituto Chi- Pela ordem, concedo a palavra ao Senador Mão co Mendes; altera as Leis nºs 7.735, de 22 de Santa. fevereiro de 1989, 11.284, de 2 de março de O SR. MÃO SANTA (PMDB – PI. Pela ordem. 2006, 9.985, de 18 de julho de 2000, 10.410, Sem revisão do orador.) – Senador Tião, que preside de 11 de janeiro de 2002, 11.156, de 29 de a sessão, Senadoras e Senadores, a data de hoje é julho de 2005, 11.357, de 19 de outubro de muito significativa para o Piauí e Parnaíba. O dia 12 de 2006, e 7.957, de 20 de dezembro de 1989; julho é aniversário do maior piauiense vivo e, talvez, revoga dispositivos da Lei nº 8.028, de 12 de brasileiro: João Paulo dos Reis Velloso. abril de 1990, e da Medida Provisória nº 2.216- Vi a história do Estado de V. Exª, desde Gálvez até 37, de 31 de agosto de 2001; e dá outras pro- a bela história e o trabalho de V. Exª com aquele povo. vidências (proveniente da Medida Provisória Então, nós nos orgulhamos disso. Penso que, além da nº 366, de 2007). natureza, o mais importante é o homem. Relator revisor: Sintetizando o que João Paulo dos Reis Velloso (Sobrestando a pauta a partir de: significa para este País: Senador Tião, ainda peque- 11-6-2007) no, aos 10 anos de idade, ele abria a fábrica do meu Prazo final (prorrogado): 7-9-2007 avô. Deixou o emprego para o segundo irmão, para 2 o terceiro, para o quarto, que é Raul Velloso, este a PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO maior autoridade em conhecimento, digamos assim, de Nº 20, DE 2007 equilíbrio orçamentário dos governos. Mas ele andou (Proveniente da Medida Provisória nº 367, de 2007) no mundo, em Harvard, mania de primeiro lugar, e foi (Encontra-se sobrestando a pauta, nos termos a luz do governo revolucionário. Foi o farol, foi quem do § 6º do art. 62 da Constituição Federal) guiou, foi o melhor Ministro do Planejamento da história deste País. Fez o primeiro e o segundo PND. Discussão, em turno único, do Projeto E a lição para os dias de hoje: durante todo o man- de Lei de Conversão nº 20, de 2007, que abre do, no período revolucionário, nenhuma indignidade, crédito extraordinário, em favor dos Ministérios nenhuma imoralidade, nenhuma corrupção. Virtude, dos Transportes e da Defesa, no valor global homem do Brasil. de quatrocentos e quinze milhões, quinhentos Para dizer o que significa, a nossa Bandeira do e setenta e cinco mil e dez reais, para os fins Piauí tem as cores da Bandeira do Brasil, mas só tem que especifica, (proveniente da Medida Provi- uma estrela, e essa estrela, sem dúvida alguma, é sória nº 367, de 2007). João Paulo dos Reis Velloso. Relator revisor: Falo em nome do orgulho que temos de ter aque- (Sobrestando a pauta a partir de: le filho, que é talvez o mais preparado brasileiro que 16-6-2007) por aqui passou. Prazo final (prorrogado): 12-9-2007 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 579 23894 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 3 tado como conclusão do Parecer nº 575, de MEDIDA PROVISÓRIA Nº 368, DE 2007 2007, da Comissão de Assuntos Econômicos, (Encontra-se sobrestando a pauta, nos termos Relatora ad hoc: Senadora Ideli Salvatti), que do § 6º do art. 62 da Constituição Federal) aprova a Programação Monetária relativa ao segundo trimestre e para o ano de 2007. Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 368, de 2007, que dispõe sobre 7 a prestação de auxílio financeiro pela União PROJETO DE LEI DO SENADO aos Estados, ao Distrito Federal e aos Muni- Nº 412, DE 2003-COMPLEMENTAR cípios, no exercício de 2007, com o objetivo (Em regime de urgência nos termos do de fomentar as exportações do País. Requerimento nº 647, de 2007 – art. 336, inciso II) Relator revisor: (Sobrestando a pauta a partir de: 21-6- Discussão, em turno único, do Projeto 2007) de Lei do Senado nº 412, de 2003-Comple- Prazo final (prorrogado): 17-9-2007 mentar, de autoria do Senador Antonio Carlos Magalhães, que estabelece a competência do 4 Conselho Administrativo de Defesa Econômi- MEDIDA PROVISÓRIA Nº 370, DE 2007 ca (CADE), para prevenir e reprimir infrações (Encontra-se sobrestando a pauta, nos termos contra a ordem econômica e contra a concor- do § 6º do art. 62 da Constituição Federal) rência no Sistema Financeiro Nacional e dá Discussão, em turno único, da Medida outras providências. Provisória nº 370, de 2007, que abre crédito Pareceres sob nºs 109 e 110, de 2007, extraordinário, em favor do Ministério da Agri- das Comissões cultura, Pecuária e Abastecimento, no valor – de Constituição, Justiça e Cidadania, de vinte e cinco milhões de reais, para o fim Relator: Senador César Borges, favorável, que especifica. com as Emendas nºs 1 a 6-CCJ, que apre- Relator revisor: senta; e (Sobrestando a pauta a partir de: 25-6- – de Assuntos Econômicos, Relatora: 2007) Senadora Serys Slhessarenko, favorável ao Prazo final (prorrogado): 21-9-2007 Projeto e às Emendas nºs 1 a 6-CCJ, apre- sentando a Emenda nº 7-CAE. 5 PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO 8 Nº 18, DE 2007 PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 19, DE 2007 (Proveniente da Medida Provisória nº 371, de 2007) (Em regime de urgência nos termos do (Encontra-se sobrestando a pauta, nos termos Requerimento nº 669, de 2007 – art. 336, inciso II) do § 6º do art. 62 da Constituição Federal) Discussão, em turno único, do Projeto de Discussão, em turno único, do Projeto de Resolução nº 19, de 2007 (apresentado pela Lei de Conversão nº 18, de 2007, que altera Comissão de Assuntos Econômicos como con- dispositivos da Lei nº 569, de 21 de dezembro clusão de seu Parecer nº 245, de 2007, Relator de 1948, que estabelece medidas de defesa ad hoc: Senador Francisco Dornelles), que au- sanitária animal (proveniente da Medida Pro- toriza a República Federativa do Brasil a contra- visória nº 371, de 2007). tar operação de crédito externo, no valor total Relator revisor: de cinqüenta milhões de dólares dos Estados (Sobrestando a pauta a partir de: 25-6- Unidos da América, com o Banco Internacio- 2007) nal para a Reconstrução e o Desenvolvimento Prazo final (prorrogado): 21-9-2007 (BIRD) [financiamento parcial do Proágua]. 6 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 9 Nº 211, DE 2007 PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 23, DE 2007 (Incluído em Ordem do Dia, nos termos do (Em regime de urgência, nos termos do parágrafo único do art. 353 do Regimento Interno) Requerimento nº 670, de 2007 – art. 336, II) Discussão, em turno único, do Projeto de Discussão, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 211, de 2007 (apresen- Resolução nº 23, de 2007 (apresentado pela 580 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23895 Comissão de Assuntos Econômicos como 12 conclusão de seu Parecer nº 270, de 2007, PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Relator: Senador Valdir Raupp), que autoriza Nº 2, DE 2007 a República Federativa do Brasil a conceder Terceira sessão de discussão, em pri- garantia à operação de crédito externo, a ser meiro turno, da Proposta de Emenda à Cons- contratada pelo Banco Nacional de Desen- tituição nº 2, de 2007, tendo como primei- volvimento Econômico e Social – BNDES, no ro signatário o Senador Marco Maciel, que valor total equivalente a até cinqüenta milhões acrescenta parágrafo ao art. 17 da Constitui- de dólares dos Estados Unidos da América, ção Federal, para autorizar distinções entre junto ao Banco Europeu de Investimento – BEI partidos políticos, para fins de funcionamento (financiamento do Programa Multissetorial BEI parlamentar, com base no seu desempenho – Linha de Crédito). eleitoral. Parecer sob nº 91, de 2007, da Comissão 10 de Constituição, Justiça e Cidadania, Relator: PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 22, DE 2007 Senador Jarbas Vasconcelos, favorável, com (Em regime de urgência, nos termos do as Emendas nºs 1 e 2-CCJ, que apresenta, Requerimento nº 671, de 2007 – art. 336, inciso II) com votos contrários dos Senadores Antonio Carlos Valadares e José Nery, e, em separado, Discussão, em turno único, do Projeto do Senador Inácio Arruda. de Resolução nº 22, de 2007 (apresentado pela Comissão de Assuntos Econômicos como 13 conclusão de seu Parecer nº 269, de 2007, PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Relator: Senador Valdir Raupp), que autori- Nº 5, DE 2007 za o Estado da Bahia a contratar operação Segunda sessão de discussão, em pri- de crédito externo, com garantia da União, meiro turno, da Proposta de Emenda à Consti- com o Banco Internacional para a Recons- tuição nº 5, de 2007, tendo como primeiro sig- trução e o Desenvolvimento (BIRD), no valor natário o Senador Antonio Carlos Magalhães, de até cem milhões de dólares dos Estados que cria o Fundo de Combate à Violência e Unidos da América (financiamento parcial Apoio às Vítimas da Criminalidade. do Premar). Parecer sob nº 191, de 2007, da Co- missão de Constituição, Justiça e Cidada- 11 nia, Relator: Senador Demóstenes Torres, PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO favorável, com as Emendas nºs 1 a 3-CCJ, Nº 57, DE 2005 que apresenta, e abstenção do Senador Je- (Votação nominal) fferson Péres. Votação, em primeiro turno, da Proposta 14 de Emenda à Constituição nº 57, de 2005, PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO tendo como primeiro signatário o Senador Nº 50, DE 2005 Marco Maciel, que dá nova redação ao § Primeira sessão de discussão, em pri- 4º do art. 66 da Constituição, para permitir meiro turno, da Proposta de Emenda à Cons- que os vetos sejam apreciados separada- tituição nº 50, de 2005, tendo como primei- mente no Senado Federal e na Câmara dos ro signatário o Senador Osmar Dias, que Deputados. acrescenta inciso ao art. 159 da Constituição Pareceres sob nºs 779, de 2006; e 272, Federal, para o fim de destinar ao Fundo de de 2007, da Comissão de Constituição, Justi- Participação dos Estados e dos Municípios ça e Cidadania, – 1º pronunciamento (sobre a dez por cento do produto da arrecadação das Proposta): Relator: Senador Ramez Tebet, fa- contribuições sociais e de intervenção no do- vorável; – 2º pronunciamento (sobre a Emenda mínio econômico. nº 1, de Plenário): Relator: Senador Adelmir Parecer sob nº 290, de 2006, da Comis- Santana, favorável, e apresentando a Emenda são de Constituição, Justiça e Cidadania, Re- nº 2-CCJ, de redação. lator: Senador Juvêncio da Fonseca, favorável, JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 581 23896 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 nos termos da Emenda nº 1-CCJ (Substitutivo), 18 que oferece, com votos contrários dos Sena- PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 108, DE 2006 dores Eduardo Suplicy e Sibá Machado, e, em separado, da Senadora Ideli Salvatti. Discussão, em turno único, do Projeto de Lei da Câmara nº 108, de 2006 (nº 5.150/2001, 15 na Casa de origem), que institui o dia 27 de PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO setembro de cada ano como o Dia Nacional Nº 58, DE 2005 dos Vicentinos. Primeira sessão de discussão, em pri- Parecer favorável, sob nº 88, de 2007, meiro turno, da Proposta de Emenda à Cons- da Comissão de Educação, Relator: Senador tituição nº 58, de 2005, tendo como primeiro Marco Maciel. signatário o Senador Flexa Ribeiro, que altera o art. 159 da Constituição Federal, para deter- 19 minar a transferência, aos Estados, ao Distrito PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 33, DE 2007 Federal e aos Municípios, de parte do produto (Tramitando nos termos dos arts. 142 e 143 da arrecadação do imposto de importação e do Regimento Comum) do imposto sobre produtos industrializados, proporcionalmente ao saldo de suas balanças Primeira sessão de discussão, em pri- comerciais com o exterior. meiro turno, do Projeto de Lei da Câmara Parecer sob nº 291, de 2006, da Comissão nº 33, de 2007 (nº 4.125/2004, na Casa de de Constituição, Justiça e Cidadania, Relator ad origem), de iniciativa da Comissão Parlamen- hoc: Senador João Batista Motta, favorável, com tar Mista de Inquérito da Exploração Sexu- a Emenda nº 1-CCJ, que apresenta, com votos al, que torna obrigatória a divulgação pelos contrários das Senadoras Ideli Salvatti e Serys meios que especifica de mensagem relativa Slhessarenko, do Senador Eduardo Suplicy, e, à exploração sexual e tráfico de crianças e em separado, do Senador Sibá Machado. adolescentes apontando formas para efetu- 16 ar denúncias. PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 132, DE 2005 20 Discussão, em turno único, do Projeto de PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 35, DE 2007 Lei da Câmara nº 132, de 2005 (nº 4.412/2001, (Tramitando nos termos dos arts. 142 e 143 na Casa de origem), que regulamenta o exer- do Regimento Comum) cício da profissão de Supervisor Educacional e dá outras providências. Primeira sessão de discussão, em pri- Pareceres favoráveis, sob nºs 541 e 925, meiro turno, do Projeto de Lei da Câmara de 2006 das Comissões de Assuntos Sociais, nº 35, de 2007 (nº 4.126/2004, na Casa de Relator: Senador Wellington Salgado de Olivei- origem), de iniciativa da Comissão Parlamen- ra; e de Educação (em audiência, nos termos tar Mista de Inquérito da Exploração Sexu- do Requerimento nº 642, de 2006), Relator: al, que acrescenta a Seção VIII ao Capítulo Senador Sérgio Zambiasi. III – Dos Procedimentos – do Título VI – Do 17 Acesso à Justiça – da Parte Especial da Lei PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 83, DE 2006 nº 8.069, de 13 de julho de 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente, dispondo so- Discussão, em turno único, do Projeto de bre a forma de inquirição de testemunhas e Lei da Câmara nº 83, de 2006 (nº 1.996/2003, produção antecipada de prova quando se na Casa de origem), que fica instituído o Pro- grama Disque Idoso. tratar de delitos tipificados no Capítulo I do Pareceres favoráveis, sob nºs 282 e 283, Título VI do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de de 2007, das Comissões de Constituição, Jus- dezembro de 1940 – Código Penal, com ví- tiça e Cidadania, Relator: Senador José Jorge; tima ou testemunha criança ou adolescente e de Direitos Humanos e Legislação Partici- e acrescenta o art. 469-A ao Decreto-Lei nº pativa, Relatora ad hoc: Senadora Maria do 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Carmo Alves. Processo Penal. 582 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23897 21 24 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 204, DE 2006 Nº 504, DE 2006

Discussão, em turno único, do Projeto Discussão, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 204, de 2006 (nº de Decreto Legislativo nº 504, de 2006 (nº 1.798/2005, na Câmara dos Deputados), que 2.145/2006, na Câmara dos Deputados), que aprova o texto da Convenção Adicional Alte- aprova o texto do Acordo entre o Governo da rando a Convenção para Evitar a Dupla Tribu- República Federativa do Brasil e o Governo da tação e Regular outras Questões em Matéria República da Croácia sobre Cooperação no de Impostos sobre a Renda e o Protocolo Campo de Veterinária, celebrado em Zagreb, Final assinados em Brasília, em 23 de junho em 20 de abril de 2004. de 1972, entre o Governo da República Fe- Parecer favorável, sob nº 126, de 2007, derativa do Brasil e o Governo do Reino da da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Bélgica, celebrado em Brasília, em 20 de no- Nacional, Relator: Senador Marcelo Crivella. vembro de 2002. 25 Parecer favorável, sob nº 991, de 2006, PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO da Comissão de Relações Exteriores e Defe- Nº 4, DE 2007 sa Nacional, Relator ad hoc: Senador Arthur Virgílio. Discussão, em turno único, do Projeto de 22 Decreto Legislativo nº 4, de 2007 (nº 278/99, PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO na Câmara dos Deputados), que aprova o Nº 502, DE 2006 texto do Acordo Relativo à Implementação da Parte XI da Convenção das Nações Unidas Discussão, em turno único, do Projeto sobre o Direito do Mar, de 10 de dezembro de Decreto Legislativo nº 502, de 2006 (nº de 1982, concluído em Nova Iorque, em 29 1.392/2004, na Câmara dos Deputados), que de julho de 1994. aprova o texto da Convenção nº 178 relativa Parecer favorável, sob nº 170, de 2007, à Inspeção das Condições de Vida e de Tra- da Comissão de Relações Exteriores e Defesa balho dos Trabalhadores Marítimos bem como Nacional, Relator: Senador Marco Maciel. o texto da Recomendação nº 185, ambas da 26 Organização Internacional do Trabalho – OIT PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO e assinadas em Genebra, em 22 de outubro Nº 24, DE 2007 de 1996. Parecer favorável, sob nº 124, de 2007, Discussão, em turno único, do Proje- da Comissão de Relações Exteriores e Defe- to de Decreto Legislativo nº 24, de 2007 (nº sa Nacional, Relator : Senador Antônio Carlos 638/2003, na Câmara dos Deputados), que Valadares. aprova o texto da Convenção Interamericana sobre Assistência Mútua em Matéria Penal, 23 assinada em Nassau em 23 de maio de 1992 PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO e de seu Protocolo Facultativo, assinado em Nº 503, DE 2006 Manágua em 11 de junho de 1993. Discussão, em turno único, do Projeto Parecer favorável, sob nº 344, de 2007, de Decreto Legislativo nº 503, de 2006 (nº da Comissão de Relações Exteriores e Defesa 1.836/2005, na Câmara dos Deputados), que Nacional, Relator: Senador Paulo Duque. aprova o texto do Acordo entre a República 27 Federativa do Brasil e a República Portuguesa PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO sobre Facilitação de Circulação de Pessoas, ce- Nº 29, DE 2007 lebrado em Lisboa, em 11 de julho de 2003. Parecer favorável, sob nº 125, de 2007, Discussão, em turno único, do Proje- da Comissão de Relações Exteriores e De- to de Decreto Legislativo nº 29, de 2007 (nº fesa Nacional, Relator: Senador Jarbas Vas- 1.324/2004, na Câmara dos Deputados), que concelos. aprova o texto do Acordo sobre Cooperação JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 583 23898 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 em Assuntos Relacionados à Defesa entre o Parecer favorável, sob nº 278, de 2007, Governo da República Federativa do Brasil e da Comissão de Relações Exteriores e De- o Governo da República da Turquia, celebrado fesa Nacional, Relator: Senador Jarbas Vas- em Brasília, em 14 de agosto de 2003. concelos. Parecer favorável, sob nº 171, de 2007, 31 da Comissão de Relações Exteriores e Defesa PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nacional, Relator: Senador Romeu Tuma. Nº 33, DE 2007 28 Discussão, em turno único, do Proje- PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO to de Decreto Legislativo nº 33, de 2007 (nº Nº 30, DE 2007 1.759/2005, na Câmara dos Deputados), que Discussão, em turno único, do Proje- aprova o texto do Acordo entre o Governo da to de Decreto Legislativo nº 30, de 2007 (nº República Federativa do Brasil e o Governo 1.395/2004, na Câmara dos Deputados), que da Romênia sobre Isenção Parcial de Vistos, aprova o texto do Memorando de Entendimen- celebrado em Bucareste, em 16 de outubro to entre o Governo da República Federativa de 2004. do Brasil e o Governo da República de Cuba Parecer favorável, sob nº 388, de 2007, para Cooperação Técnica em Matéria de Saú- da Comissão de Relações Exteriores e Defesa de Animal e Sanidade Vegetal, celebrado em Nacional, Relator ad hoc: Senador Mozarildo Havana, em 26 de setembro de 2003. Cavalcanti. Parecer favorável, sob nº 386, de 2007, O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) da Comissão de Relações Exteriores e De- – Não há mais oradores inscritos. fesa Nacional, Relatora: Senadora Rosalba Os Srs. Senadores Romero Jucá, Sérgio Guerra, Ciarlini. Marconi Perillo, Cícero Lucena, João Tenório, Papaléo Paes e a Srª Senadora Lúcia Vânia enviaram discursos 29 à Mesa para serem publicados na forma do disposto PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO no art. 203, combinado com o art. 210, inciso I e o § Nº 31, DE 2007 2º, do Regimento Interno. Discussão, em turno único, do Proje- S. Exªs serão atendidos. to de Decreto Legislativo nº 31, de 2007 (nº O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB-RR. Sem apa- 1.546/2004, na Câmara dos Deputados), que nhamento taquigráfico.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. aprova o texto do Acordo entre o Governo da Senadores, no dia 4 de outubro de 1957, o mundo República Federativa do Brasil e o Governo da inteiro teve uma grande surpresa: a antiga União So- República de Moçambique sobre Cooperação viética lançou o primeiro satélite artificial em órbita da Técnica e Procedimentos nas Áreas Sanitária Terra, ultrapassando, em plena Guerra Fria, o poderio e Fitossanitária, celebrado em Maputo, em 5 norte-americano. de novembro de 2003. Os Estados Unidos, ultrapassados na conquista Parecer favorável, sob nº 387, de 2007, espacial, passaram a usar todas as suas forças, todo o seu poderio econômico, político, científico e tecno- da Comissão de Relações Exteriores e Defesa lógico para recuperar o terreno perdido nos primeiros Nacional, Relator: Senador Marcelo Crivella. cinco anos da chamada “Corrida Espacial”. 30 A luta das duas grandes potências pela hegemo- PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO nia espacial despendeu muitos recursos econômicos, Nº 32, DE 2007 muita energia e, até mesmo, algum desperdício orça- mentário, mas teve como benefício um grande desen- Discussão, em turno único, do Proje- volvimento científico e tecnológico, comparável à época to de Decreto Legislativo nº 32, de 2007 (nº dos grandes descobrimentos da História. 1.732/2005, na Câmara dos Deputados), que Muito da ciência e da tecnologia, dos instrumen- aprova o texto do Acordo de Cooperação Ju- tos, dos equipamentos e dos recursos tecnológicos de dicial em Matéria Penal entre o Governo da que hoje dispomos, devemos aos efeitos benéficos da República Federativa do Brasil e o Governo chamada corrida espacial. da República de Cuba, celebrado em Havana, Nesses 50 anos da chamada Era Espacial, tive- em 24 de setembro de 2002. mos um grande número de conquistas, de produtos e 584 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23899 serviços de alta tecnologia, como a Internet, a trans- desenvolver atividades científicas, tecnológicas e de missão de dados via satélite, e outros grandes avanços pesquisa aplicada de forma contínua e programada. em diversas áreas científicas: física, química, metalur- O Brasil tem como objetivo atingir a autonomia no gia, medicina, nanotecnologia, informática, telemática, acesso ao espaço, e está desenvolvendo um projeto robótica e astronomia. de um primeiro lançador nacional. O Brasil não se omitiu, não fugiu ao seu destino Para tanto, mantemos parcerias internacionais, de grande nação, pois procurou participar do desenvol- destacando-se o Acordo com a Ucrânia, para lança- vimento científico e tecnológica da Era Espacial. mentos comerciais de foguetes no Centro de Lança- Em 1961, foi criado o primeiro órgão governamen- mento de Alcântara. tal com o objetivo de preparar o Brasil para ingressar Já atingimos autonomia na geração de imagens no grupo de países que dominam as tecnologias espa- de satélite de média resolução, utilizadas para controle ciais: o Grupo de Organização da Comissão Nacional de planejamento urbano e agrícola, mensurar o desma- de Atividades Espaciais (GOCNAE). tamento na Amazônia, dentre outras aplicações. Em 1963, foi criada a Comissão Nacional de Todavia, um triste fato marcou a história de nos- Atividades Espaciais e, em 1965, foi inaugurado o so programa espacial. No dia 22 de agosto de 2003, o primeiro centro de lançamento de foguetes do País, Veículo Lançador de Satélites (VLS-1 VO3) explodiu no a Barreira do Inferno, no Rio Grande do Norte, o que Centro de Lançamento de Alcântara, três dias antes do permitiu o lançamento, em 1967, do primeiro foguete lançamento programado, matando 21 técnicos. brasileiro, o Sonda I. Apesar desse acidente, o Brasil não abandonou Em 1971, foi fundado o Instituto de Pesquisas Es- seu programa espacial, pois temos convicção de que o paciais e, também, a Comissão Brasileira de Atividades futuro do País depende do desenvolvimento científico Espaciais, o que possibilitou a criação, em 1979, do pro- e tecnológico, da incorporação de novas tecnologias jeto da Missão Espacial Completa Brasileira (MECB), ao processo produtivo e da geração de produtos de que compreende o desenvolvimento de satélite de coleta alto valor agregado, para criarmos um círculo virtuo- de dados e sensoriamento remoto, veículo lançador de so capaz de nos assegurar soberania, capacitação satélite e um centro de lançamento brasileiro. tecnológica, competitividade industrial e um lugar de Em 1983, o Brasil constrói o Centro de Lança- destaque no cenário internacional. mento de Alcântara, cuja aproximação com a linha do Neste ano de 2007, em que se comemora o cin- Equador lhe confere vantagens locacionais inigualáveis qüentenário da Era Espacial, queremos destacar o em todo o mundo, permitindo o lançamento de satélites esforço realizado por cientistas, técnicos e pesquisa- com as vantagens de menor consumo de combustível dores brasileiros que, até mesmo com o sacrifício das e, em conseqüência, menor peso total. próprias vidas, tudo fizeram para que conquistássemos Certamente não existe, Senhor Presidente, em autonomia, soberania e desenvolvimento nessas im- todo o mundo, outro centro de lançamentos de fogue- portantes áreas do saber humano. tes que supere as condições favoráveis existentes Quero, neste momento, cumprimentar a diretoria em Alcântara, fato evidenciado pela atratividade que e todos os servidores da Agência Espacial Brasileira, o Centro exerce sobre os programas espaciais de ou- pelo muito que fizeram e farão, pelo progresso da ciên- tros países. cia, da tecnologia e pelo desenvolvimento econômico O Centro de Lançamento de Alcântara, além de e social do Brasil. permitir o lançamento de todos os tipos de órbita, oferece Muito obrigado. a segurança das áreas de impacto do mar, uma baixa O SR. SÉRGIO GUERRA (PSDB – PE. Sem densidade demográfica da área circunvizinha, estabilida- apanhamento taquigráfico.) – Sr. Presidente, Srªs e de meteorológica, com ventos e regime de chuvas bem Srs. Senadores, ocupo a tribuna neste momento para definidos e outras condições climáticas estáveis. fazer o registro da matéria intitulada “Por que investir Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, apesar das fora”, publicada no Jornal O Estado de S.Paulo em sua dificuldades técnicas e das fortes restrições orçamentá- edição de 03 de junho de 2007. rias decorrentes da crise das finanças públicas brasilei- A matéria destaca que empresas brasileiras investi- ras, desde os anos 80, o Programa Espacial Brasileiro ram US$5,2 bilhões no exterior, de janeiro a março deste conseguiu se estruturar, criar uma infra-estrutura física ano, para ampliar suas bases de produção e comerciali- de alto nível, capacitar recursos humanos e gerar todas zação. Um investimento 57,5% maior que o do primeiro as condições técnico-estruturais para a utilização racio- trimestre de 2006. Segundo a matéria, condições ruins nal do conhecimento científico na área espacial. no Brasil estimularam as empresas a investir fora. O Programa Espacial Brasileiro está incorporado no Sr. Presidente, requeiro que a referida matéria elenco de prioridades nacionais, como programa de Es- passe a integrar os Anais do Senado Federal. tado, independentemente de mudanças de Governo. Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o segundo Em 2006, o Governo Federal destinou ao Progra- assunto é para registrar o editorial intitulado “Atraso ma Espacial Brasileiro recursos orçamentários que ultra- injustificável”, publicado no jornalFolha de S.Paulo em passaram 250 milhões de reais, o que permite ao Brasil sua edição de 11 de maio do corrente ano. JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 585 23900 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 O editorial critica a paralisia do PAC e acusa o Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente. governo de manter a “inépcia característica” dos go- DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O vernos petistas para investir os recursos disponíveis em obras prioritárias. SR. SENADOR SÉRGIO GUERRA EM SEU Sr. Presidente, solicito que o editorial acima citado PRONUNCIAMENTO. seja considerado parte deste pronunciamento, para que (Inseridos nos termos do art. 210, inciso passe a constar dos Anais do Senado Federal. I e § 2º, do Regimento Interno.) 586 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23901 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 587 23902 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 O SR. MARCONI PERILLO (PSDB – GO. Sem administrador público – continuar olhando pelo retro- apanhamento taquigráfico.) – Sr. Presidente, Srªs. e visor, em vez de mirar o futuro”. Srs. Senadores, ocupo a tribuna neste momento para Sr. Presidente, solicito que o artigo citado seja registrar o artigo intitulado “Mediocridade confessa- considerado parte deste pronunciamento, para que da”, publicado pelo Jornal Folha de S. Paulo de 13 de passe a constar dos Anais do Senado Federal. março de 2007. Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente. O artigo do jornalista Clóvis Rossi critica o com- DOCUMENTO A QUE SE REFERE O portamento do governo do presidente Lula, que mes- SR. SENADOR MARCONI PERILLO EM SEU mo em seu segundo mandato, continua a fazer com- PRONUNCIAMENTO. parações com a gestão Tucana de Fernando Henrique (Inserido nos termos do art. 210, inciso Cardoso. Segundo o jornalista, “...é inaceitável para um I e § 2º, do Regimento Interno.) 588 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23903 O SR. CÍCERO LUCENA (PSDB – PB. Sem apa- jornal, contradiz o discurso feito pelo presidente Lula nhamento taquigráfico.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. na semana passada em Uberlândia (MG), ao inaugu- Senadores, ocupo a Tribuna neste momento para fazer rar duas hidrelétricas. o registro da matéria intitulada “Rondeau e Dilma são Sr. Presidente, para concluir, requeiro que a re- contra usina nuclear”, publicada no jornal O Estado de ferida matéria passe a integrar os Anais do Senado S. Paulo em sua edição de 08 de maio de 2007. Federal. A matéria mostra que os ministros da Casa Civil, Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente. Dilma Roussef, e de Minas e Energia, Silas Rondeau, DOCUMENTO A QUE SE REFERE O disseram ontem que a idéia de retomada do programa SR. SENADOR CÍCERO LUCENA EM SEU nuclear, com a construção da Usina Angra 3, não tem PRONUNCIAMENTO. relação com a demora no licenciamento ambiental das (Inserido nos termos do art. 210, inciso hidrelétricas do Rio Madeira. A afirmação, segundo o I e § 2º, do Regimento Interno.) JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 589 23904 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 O SR. JOÃO TENÓRIO (PSDB – AL. Sem apa- se acusado, em 2004.”, publicada no jornal Folha de nhamento taquigráfico.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. S.Paulo em sua edição de 06 de junho de 2007. Senadores, ocupo a tribuna neste momento para fa- A matéria destaca que Nilton Cezar Servo, acu- zer o registro da matéria intitulada “Serra contra o cri- sado de fazer parte da máfia dos caça níqueis, afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo, se encontrar com o me”, publicada na revista Veja em sua edição de 23 presidente Lula “sempre que possível”. de Maio de 2007. Sr. Presidente, para concluir, requeiro que a re- A matéria destaca que com medidas rigorosas, o ferida matéria passe a integrar os Anais do Senado governador de São Paulo, José Serra (PSDB), retoma Federal. o controle das prisões paulistas. Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente. Sr. Presidente, requeiro que a referida matéria DOCUMENTOS A QUE SE REFERE passe a integrar os Anais do Senado Federal. O SR. SENADOR JOÃO TENÓRIO EM SEU Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o segundo PRONUNCIAMENTO. assunto é para fazer o registro da matéria intitulada (Inseridos nos termos do art. 210, inciso “‘Sou amigo de Lula, presidente não tem amigo’, dis- I e § 2º, do Regimento Interno.) 590 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23905 JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 591 23906 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 592 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23907 O SR. PAPALÉO PAES (PSDB – AP. Sem apa- no que tange às reformas trabalhista, previdenciária nhamento taquigráfico.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. e política. Senadores, venho à tribuna neste momento para fazer o Sr. Presidente, para que conste dos anais do Se- registro da matéria intitulada “Brasil precisa fazer mais, nado, requeiro que a matéria acima citada seja consi- derada como parte integrante deste pronunciamento. diz ‘Economist’”, publicada no O Estado de S. Paulo Muito obrigado. em sua edição de 13 de abril do corrente. Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente. A matéria destaca que uma reportagem especial DOCUMENTO A QUE SE REFERE O da revista The Economist, registra avanços sociais e SR. SENADOR PAPALÉO PAES EM SEU econômicos no Brasil mas que o País “precisa fazer PRONUNCIAMENTO. mais”. Bastião do liberalismo, a revista inglesa critica (Inserido nos termos do art. 210, inciso a “desapontadora falta de ambição” do presidente Lula I e § 2º, do Regimento Interno.) JULHO 2007 ANAIS DO SENADO FEDERAL 593 23908 Sexta-feira 13 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Julho de 2007 A SRA. LÚCIA VÂNIA (PSDB – GO. Sem apa- Para regularizar sua situação, as empresas terão nhamento taquigráfico.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. que procurar as prefeituras. As que não fizerem isso, Senadores, venho à tribuna hoje, para uma avaliação e que hoje pagam 2% de ISS, por exemplo, terão de do “Super Simples” ou “Simples Nacional”, que é o novo pagar até 5%. Para quem aderir à nova Lei, o benefí- sistema de tributação que entrou em vigor no dia 1º cio é muito grande. de julho, como estava previsto na Lei Geral da Micro Pela Lei, a situação das pequenas e micro em- e Pequena Empresa. presas optantes pelo Simples deve ser repassada à O assunto é oportuno, especialmente em razão Receita Federal pelas prefeituras. das recentes mudanças sobre as quais esta Casa se Mas, de acordo com a CNM, a maioria dos 5.562 debruça, como foi o caso da aprovação do PLC 43, de municípios não repassou as informações até a data- 2007, ontem, na Comissão de Assuntos Econômicos, limite estabelecida pela legislação. e que em breve virá ao Plenário. Cabe agora, aos pequenos e microempresá- Como sabemos, a Lei Geral foi incansavelmente rios regularizar a situação fiscal até o fim deste mês debatida no Congresso Nacional, mas, lamentavel- de julho, se quiserem ingressar no Supersimples, ou mente, em razão de um contexto atípico como foi o Simples Nacional. ano eleitoral de 2006, muitos reparos ainda se fazem Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o Senado necessários. aprovou, em outubro de 2006, a Lei Geral das Micro Por isso, o PLC pretende inovar sobre vários as- e Pequenas Empresas, cujo projeto proveio de uma pectos, sobretudo quanto à inscrição automática no ampla mobilização do empresariado brasileiro, que se Simples Federal de milhões de pequenos empresá- organizou na Frente Empresarial. rios, não mais a partir da publicação da Lei Geral em Segundo informações do Sebrae, as micro e pe- dezembro último, mas a partir de 1º de julho. quenas empresas respondem por 20% do PIB brasileiro Além disso, há também pontos polêmicos, como e empregam 60% dos trabalhadores. a proibição para cobrança antecipada do ICMS aos es- Vencidos pelo excesso de burocracia, que é o tados e de inclusão do setor de transporte de cargas maior obstáculo para o desenvolvimento econômico e de passageiros no Super Simples. em nosso País, os pequenos empresários são empur- Segundo acordo fechado entre Governo e este rados para a informalidade, que atinge a mais de 50% Senado Federal, tais propostas serão vedadas pelo das empresas existentes. presidente, sob o compromisso de ampla discussão A informalidade no mercado de trabalho, por sua vez, desses pontos na Reforma Tributária através da Co- precariza também cerca de metade dos empregos. missão de Assuntos Econômicos. Essa conjuntura danosa constitui uma catástro- Esperamos que a palavra do Governo se cumpra. fe econômica e social que deve ser combatida com a De nossa parte, estaremos aqui, presentes e vi- máxima urgência. gilantes, em todas as audiências e reuniões da Subco- Para abrir uma empresa no Brasil, é preciso cum- missão de Reforma Tributária, aguardando as propostas prir, em média, 17 procedimentos burocráticos, o que que, esperamos, virão conforme se tem discutido. leva nada menos do que 152 dias! Quanto ao Super Simples que já está em vigor, Um dos objetivos do Super Simples é exatamen- pontos positivos e negativos já podem ser observador te reduzir a burocracia para incentivar a formalização com sua aplicação: de fato, um dos aspectos mais dos pequenos negócios. atraentes é unificação do pagamento de oito impos- Outro objetivo, igualmente relevante, é aumen- tos, sendo seis federais, mais o ICMS (estadual) e o tar a competitividade dessas empresas para que elas ISS (municipal). possam progredir, crescer e empregar mais. No entanto, a despeito do esperado, a nova Lei Essa competitividade será estimulada, principalmen- não vai beneficiar, de imediato, as milhões de micros te, pela redução dos tributos que elas pagam, por certa e pequenas empresas que estiveram à porta do Con- preferência a lhes ser concedida nas compras governa- gresso suplicando por uma salvação. mentais e pela diminuição dos custos com burocracia. Isso porque, do total de 2,2 milhões de pequenas Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, já encer- e microempresas matriculadas no atual sistema, dois rando meu pronunciamento, peço aos senhores par- terços têm alguma irregularidade perante os governos lamentares que atentem para um novo aspecto da Lei locais, seja por atraso no pagamento de impostos seja que entrou em vigor no dia 1º. por falta de registro. Se, por um lado, a vigência do Super Simples ani- Os números fazem parte de levantamento da ma esse setor da economia de tanta importância para Confederação Nacional dos Municípios, realizado em o desenvolvimento nacional, por outro lado, os prefeitos 1.500 prefeituras de todo o país. já se mostram preocupados com os reflexos que os Segundo a CNM, nesse universo de 2,2 milhões privilégios da nova Lei imporão aos municípios. de pequenos empresários, apenas 715 mil mantêm em Os cálculos mostram que, no primeiro ano, as pre- dia as obrigações com seus municípios. feituras terão uma renúncia fiscal de R$4,1 bilhões. 594 ANAIS DO SENADO FEDERAL JULHO 2007 Julho de 2007 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Sexta-feira 13 23909 Essa renúncia será, com certeza, de grande im- Alívio que virá, também, com o ingresso na for- pacto nas finanças municipais, sempre combalidas no malidade das micro e pequenas empresas que hoje cumprimento de suas responsabilidades financeiras. funcionam quase que na clandestinidade por não te- De acordo com o levantamento da CNM, enquanto rem condições de arcar com a enorme quantidade de a União arrecada R$60 bilhões com uma renúncia de tributos exigidos. R$5,6 bilhões, as prefeituras arrecadam R$18 bilhões, Com a nova Lei e das recentes mudanças que com uma perda de R$4 bilhões. o Senado pretende aprovar, elas terão condições de A desproporção de sacrifício fiscal é alarmante. estimular o crescimento econômico, com mais inves- Contudo, essa situação poderá ser revertida, mas timentos, geração de empregos e por conseqüência, apenas em parte, com a aprovação urgente da propos- mais progresso. ta de aumento de um ponto percentual do Fundo de E, com a aprovação da PEC do aumento do FPM, Participação dos Municípios, que passará a receber nossos municípios poderão compartilhar melhor dessa um repasse de 22,5% para 23,5% da União, conforme vitória ao micro e pequeno empresário, sem sacrificar a proposta em tramitação na Câmara dos Deputados. saúde e a educação de nosso sofrido povo brasileiro. O aumento do FPM tem sido uma das principais Obrigada. reivindicações dos prefeitos. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) Segundo cálculos da CNM, o repasse maior da – Nada mais havendo a tratar, a Presidência vai en- arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre cerrar os trabalhos. Produtos Industrializados (IPI) deve garantir mais R$1,6 (Tião Viana. Bloco/PT – AC) bilhão por ano nos cofres das prefeituras. O SR. PRESIDENTE Creio, senhor presidente, senhoras e senhores – Está encerrada a sessão. senadores, que esses valores já aliviarão as prefeituras (Levanta-se a sessão às 19 horas e 03 com a entrada em vigor do Super Simples. minutos.)

COMPOSIÇÃO DO SENADO FEDERAL NA 53ª LEGISLATURA

Bahia Rio Grande do Sul Amazonas PFL – Antonio Carlos Magalhães * BLOCO-PT – Paulo Paim* PSDB – Arthur Virgílio* PFL – César Borges* PTB – Sérgio Zambiasi* PDT – Jefferson Péres* PDT – João Durval ** PMDB – Pedro Simon** PR – Alfredo Nascimento**

Rio de Janeiro Ceará Paraná PRB – Marcelo Crivella* BLOCO-PSB – Patrícia Saboya Gomes* BLOCO-PT – Flávio Arns* S PMDB – Regis Fichtner* PSDB – Tasso Jereissati* PDT – Osmar Dias * PP – Francisco Dornelles ** PC do B – Inácio Arruda** PSDB – Alvaro Dias **

Maranhão Paraíba Acre PFL – Edison Lobão* PFL – Efraim Morais* PMDB – Geraldo Mesquita Júnior* S PMDB – Roseana Sarney * PMDB – José Maranhão* BLOCO-PT – Sibá Machado* PTB – Epitácio Cafeteira ** PSDB – Cícero Lucena ** BLOCO-PT – Tião Viana**

Pará Espírito Santo Mato Grosso do Sul PSOL – José Nery*S PMDB – Gerson Camata* PT – Delcídio Amaral * PSDB – Flexa Ribeiro*S PR – Magno Malta* PMDB – Valter Pereira*S PSDB – Mário Couto** PSB – Renato Casagrande** PSDB – Marisa Serrano**

Pernambuco Piauí Distrito Federal PFL – Marco Maciel* PFL – Heráclito Fortes* PDT – Cristovam Buarque * PSDB – Sérgio Guerra* PMDB – Mão Santa * PFL – Adelmir Santana *S PMDB – Jarbas Vasconcelos** PTB – João Vicente Claudino** PMDB – Joaquim Roriz**

São Paulo Rio Grande do Norte Tocantins BLOCO-PT – Aloizio Mercadante* PMDB – Garibaldi Alves Filho * PR – João Ribeiro * PFL – Romeu Tuma* PFL – José Agripino* PMDB – Leomar Quintanilha* BLOCO-PT – Eduardo Suplicy** PFL – Rosalba Ciarlini** PFL – Kátia Abreu**

Minas Gerais Santa Catarina Amapá PSDB – Eduardo Azeredo* BLOCO-PT – Ideli Salvatti* PMDB – Gilvam Borges* PMDB – Wellington Salgado de Oliveira*S PMDB – Neuto de Conto *S PSDB – Papaléo Paes* PFL – Eliseu Resende** PFL – Raimundo Colombo ** PMDB – José Sarney **

Goiás Alagoas Rondônia PFL – Demóstenes Torres * PMDB – Renan Calheiros* BLOCO-PT – Fátima Cleide* PSDB – Lúcia Vânia* PSDB – João Tenório*S PMDB – Valdir Raupp* PSDB – Marconi Perillo** PRTB – Fernando Collor** PR – Expedito Júnior**

Mato Grosso Sergipe Roraima PFL – Jonas Pinheiro * PMDB – Almeida Lima* BLOCO-PT – Augusto Botelho*

BLOCO-PT – Serys Slhessarenko* BLOCO-PSB – Antônio Carlos Valadares* PMDB – Romero Jucá* PFL – Jayme Campos ** PFL – Maria do Carmo Alves ** PTB – Mozarildo Cavalcanti** ------Mandatos *: Período 2003/2011 **: Período 2007/2015 COMPOSIÇÃO DAS COMISSÕES PERMANENTES 1) COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS - CAE (27 titulares e 27 suplentes)

Presidente: Senador Aloizio Mercadante – PT Vice-Presidente: Senador Eliseu Rezende - PFL TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PTB, PR, PSB, PC do B, PRB e PP) Eduardo Suplicy – PT 1. Flávio Arns – PT Francisco Dornelles – PP 2. Paulo Paim – PT Delcídio Amaral – PT 3. Ideli Salvatti – PT Aloizio Mercadante – PT 4. Sibá Machado – PT Fernando Collor – PTB 5. Marcelo Crivella – PRB Renato Casagrande – PSB 6. Inácio Arruda – PC do B Expedito Júnior – PR 7. Patrícia Saboya – PSB Serys Slhessarenko – PT 8. Antonio Carlos Valadares – PSB João Vicente Claudino – PTB 9. João Ribeiro – PR PMDB Romero Jucá 1. Valter Pereira Valdir Raupp 2. Roseana Sarney Pedro Simon 3. Wellington Salgado de Oliveira Mão Santa 4. Leomar Quintanilha Gilvam Borges 5. Joaquim Roriz Neuto De Conto 6. Paulo Duque Garibaldi Alves Filho 7. Jarbas Vasconcelos Bloco da Minoria (PFL e PSDB) Adelmir Santana - PFL 1. Jonas Pinheiro - PFL Edison Lobão - PFL 2. Antonio Carlos Magalhães - PFL Eliseu Resende - PFL 3. Demóstenes Torres - PFL Jayme Campos - PFL 4. Rosalba Ciarlini - PFL Kátia Abreu - PFL 5. Marco Maciel - PFL Raimundo Colombo - PFL 6. Romeu Tuma - PFL Cícero Lucena – PSDB 7. Arthur Virgílio – PSDB Flexa Ribeiro – PSDB 8. Eduardo Azeredo – PSDB Sérgio Guerra – PSDB 9. Marconi Perillo – PSDB Tasso Jereissati – PSDB 10. João Tenório – PSDB PDT Osmar Dias 1. Jefferson Péres

Secretário: Luiz Gonzaga Silva Filho Reuniões: Terças – Feiras às 10:00 horas – Plenário nº 19 – Ala Alexandre Costa. Telefones: 3311-4605 e 3311-3516 Fax: 3311-4344 E – Mail: [email protected]

1.1) SUBCOMISSÃO PERMANENTE – ASSUNTOS MUNICIPAIS (9 titulares e 9 suplentes)

Presidente: Vice-Presidente: TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PTB, PR, PSB, PC do B, PRB e PP) Antonio Carlos Valadares – PSB 1. Delcídio Amaral – PT Sibá Machado – PT 2. Serys Slhessarenko – PT Expedito Júnior – PR 3. João Vicente Claudino – PTB PMDB Valdir Raupp 1. Mão Santa Garibaldi Alves Filho 2. Renato Casagrande – PSB(1) Bloco da Minoria (PFL e PSDB) Jayme Campos - PFL 1. Jonas Pinheiro - PFL Raimundo Colombo - PFL 2. Flexa Ribeiro – PSDB Sérgio Guerra – PSDB 3. Eduardo Azeredo – PSDB (PMDB, PSDB, PDT) (2) Cícero Lucena - PSDB 1. vago (1) Vaga do PMDB cedida ao PSB (2) Vaga compartilhada entre PMDB, PSDB e PDT

1.2) SUBCOMISSÃO TEMPORÁRIA – PREVIDÊNCIA SOCIAL (7 titulares e 7 suplentes)

1.3) SUBCOMISSÃO TEMPORÁRIA – REFORMA TRIBUTÁRIA (7 titulares e 7 suplentes)

Presidente: Vice-Presidente: TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PTB, PR, PSB, PC do B, PRB e PP) Eduardo Suplicy – PT 1. Renato Casagrande – PSB Francisco Dornelles – PP 2. Ideli Salvatti – PT PMDB Mão Santa 1. vago Neuto De Conto 2. vago Bloco da Minoria (PFL e PSDB) Raimundo Colombo - PFL 1. João Tenório – PSDB (2) Osmar Dias – PDT (1) 2. Cícero Lucena – PSDB (2) Tasso Jereissati – PSDB 1. Flexa Ribeiro – PSDB (1) Vaga cedida ao PDT (2) Vaga cedida ao PSDB

1.4) SUBCOMISSÃO TEMPORÁRIA – REGULAMENTAÇÃO DOS MARCOS REGULATÓRIOS (7 titulares e 7 suplentes)

Presidente: Vice-Presidente: TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PTB, PR, PSB, PC do B, PRB e PP) Delcídio Amaral – PT 1. Francisco Dornelles – PP Inácio Arruda – PC do B 2. Renato Casagrande – PSB PMDB Valdir Raupp 1. Romero Jucá Garibaldi Alves Filho 2. Valter Pereira Bloco da Minoria (PFL e PSDB) Kátia Abreu - PFL 1. José Agripino - PFL Eliseu Resende - PFL 2. Romeu Tuma - PFL Sérgio Guerra – PSDB 1. Tasso Jereissati – PSDB

2) COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS - CAS (21 titulares e 21 suplentes)

Presidente: Senadora Patrícia Saboya - PSB Vice-Presidente: Senadora Rosalba Ciarlini – PFL

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PTB, PR, PSB, PC do B, PRB e PP) Patrícia Saboya – PSB 1.Fátima Cleide – PT Flávio Arns –PT 2. Serys Slhessarenko – PT Augusto Botelho – PT 3. Expedito Júnior – PR Paulo Paim – PT 4. Fernando Collor – PTB Marcelo Crivella – PRB 5. Antonio Carlos Valadares – PSB Inácio Arruda – PC do B 6. Ideli Salvatti – PT João Pedro - PT 7. Magno Malta - PR 8. (vago) PMDB Romero Jucá 1. Leomar Quintanilha Geraldo Mesquita Júnior 2. Valter Pereira Garibaldi Alves Filho 3. Pedro Simon Valdir Raupp 4. Neuto De Conto Wellington Salgado de Oliveira 5. Joaquim Roriz Bloco da Minoria (PFL e PSDB) Demóstenes Torres – PFL 1. Adelmir Santana – PFL Jayme Campos – PFL 2. Heráclito Fortes – PFL Kátia Abreu – PFL 3. Raimundo Colombo – PFL Rosalba Ciarlini – PFL 4. Romeu Tuma – PFL Eduardo Azeredo – PSDB 5. Cícero Lucena – PSDB Lúcia Vânia – PSDB 6. Sérgio Guerra – PSDB Papaléo Paes – PSDB 7. Marisa Serrano – PSDB PDT João Durval 1. Cristovam Buarque PSOL José Nery

Secretária: Gisele Ribeiro de Toledo Camargo Reuniões: Quintas – Feiras às 11:30 horas – Plenário nº 09 – Ala Alexandre Costa. Telefone: 3311-3515 Fax: 3311-3652 E – Mail: [email protected]

2.1) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA. (5 titulares e 5 suplentes) Presidente: Senador Paulo Paim - PT Vice-Presidente: Senador Marcelo Crivella - PRB

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PTB, PR, PSB, PC do B, PRB e PP) Paulo Paim - PT 1. Flávio Arns – PT Marcelo Crivella - PRB 2. (vago) PMDB e PDT Geraldo Mesquita Júnior – PMDB 1. (vago) Bloco da Minoria (PFL e PSDB) Lúcia Vânia – PSDB 1. Cícero Lucena – PSDB Jayme Campos– PFL 2. Kátia Abreu - PFL

Secretária: Gisele Ribeiro de Toledo Camargo Plenário nº 09 – Ala Alexandre Costa. Telefone: 3311-3515 Fax: 3311-3652 E – Mail: [email protected]

2.2) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE ASSUNTOS SOCIAIS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA. (5 titulares e 5 suplentes) Presidente: Senador Eduardo Azeredo - PSDB Vice-Presidente: Senador Flávio Arns - PT

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PTB, PR, PSB, PC do B, PRB e PP) Flávio Arns - PT 1. Fátima Cleide - PT Paulo Paim - PT 2. (vago) PMDB e PDT Geraldo Mesquita Júnior – PMDB 1. (vago) Bloco da Minoria (PFL e PSDB) Eduardo Azeredo – PSDB 1. Papaléo Paes – PSDB Rosalba Ciarlini – PFL 2. Marisa Serrano - PSDB

Secretária: Gisele Ribeiro de Toledo Camargo Plenário nº 09 – Ala Alexandre Costa. Telefone: 3311-3515 Fax: 3311-3652 E – Mail: [email protected]

2.3) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE PROMOÇÃO, ACOMPANHAMENTO E DEFESA DA SAÚDE. (5 titulares e 5 suplentes) Presidente: Senador Papaléo Paes - PSDB Vice-Presidente: Senador Augusto Botelho - PT

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PTB, PR, PSB, PC do B, PRB e PP) Augusto Botelho - PT 1. (vago) Flávio Arns – PT 2. (vago) PFL ou PDT João Durval - PDT 1. Adelmir Santana - PFL Bloco da Minoria (PFL e PSDB) Papaléo Paes – PSDB 1. Cícero Lucena – PSDB Rosalba Ciarlini – PFL 2. Kátia Abreu - PFL

Secretária: Gisele Ribeiro de Toledo Camargo Plenário nº 09 – Ala Alexandre Costa. Telefone: 3311-3515 Fax: 3311-3652 E – Mail: [email protected]

3) COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA - CCJ (23 titulares e 23 suplentes)

Presidente: Senador Antonio Carlos Magalhães - PFL Vice-Presidente: Senador Valter Pereira - PMDB

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PTB, PR, PSB, PC do B, PRB e PP) Serys Slhessarenko – PT 1. Paulo Paim - PT Sibá Machado – PT 2. Ideli Salvatti - PT Eduardo Suplicy – PT 3. Patrícia Saboya - PSB Aloizio Mercadante – PT 4. Inácio Arruda – PC do B Epitácio Cafeteira - PTB 5. João Ribeiro - PR Mozarildo Cavalcanti - PTB 6. Magno Malta - PR Antonio Carlos Valadares - PSB PMDB Pedro Simon 1. Roseana Sarney Valdir Raupp 2. Wellington Salgado de Oliveira Romero Jucá 3. Leomar Quintanilha Jarbas Vasconcelos 4. Paulo Duque Valter Pereira 5. José Maranhão Gilvam Borges 6. Neuto De Conto Bloco da Minoria (PFL e PSDB) Adelmir Santana – PFL 1. Eliseu Resende – PFL Antonio Carlos Magalhães – PFL 2. Jayme Campos – PFL Demóstenes Torres – PFL 3. José Agripino – PFL Edison Lobão – PFL 4. Kátia Abreu – PFL Romeu Tuma – PFL 5. Maria do Carmo Alves – PFL Arthur Virgílio - PSDB 6. Flexa Ribeiro - PSDB Eduardo Azeredo - PSDB 7. João Tenório - PSDB Lúcia Vânia - PSDB 8. Marconi Perillo - PSDB Tasso Jereissati - PSDB 9. Mário Couto - PSDB PDT Jefferson Péres 1. Osmar Dias PSOL José Nery

Secretária: Gildete Leite de Melo Reuniões: Quartas – Feiras às 10:00 horas. – Plenário nº 3 – Ala Alexandre Costa Telefone: 3311-3972 Fax: 3311-4315 E – Mail: [email protected]

3.1) SUBCOMISSÃO – IMAGEM E PRERROGATIVAS PARLAMENTARES (5 titulares)

3.2) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE SEGURANÇA PÚBLICA (7 titulares e 7 suplentes)

4) COMISSÃO DE EDUCAÇÃO (27 titulares e 27 suplentes)

Presidente: Senador Cristovam Buarque - PDT Vice-Presidente: Senador Gilvam Borges – PMDB TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PTB, PR, PSB, PC do B, PRB e PP) Flávio Arns - PT 1. Patrícia Saboya - PSB Augusto Botelho - PT 2. João Pedro - PT Fátima Cleide - PT 3. Aloizio Mercadante - PT Paulo Paim - PT 4. Antonio Carlos Valadares - PSB Ideli Salvatti - PT 5. Francisco Dornelles - PP Inácio Arruda – PC do B 6. Marcelo Crivella – PRB Renato Casagrande - PSB 7. João Vicente Claudino – PTB Sérgio Zambiasi - PTB 8. Magno Malta – PR João Ribeiro - PR 9. (vago) PMDB Wellington Salgado de Oliveira 1. Romero Jucá Gilvam Borges 2. Leomar Quintanilha Mão Santa 3. Pedro Simon Valdir Raupp 4. Valter Pereira Paulo Duque 5. Jarbas Vasconcelos Geraldo Mesquita Júnior 6. Joaquim Roriz (vago) 7. Neuto De Conto Bloco da Minoria (PFL e PSDB) Edison Lobão - PFL 1. Adelmir Santana - PFL Heráclito Fortes - PFL 2. Demóstenes Torres - PFL Maria do Carmo Alves - PFL 3. Jonas Pinheiro - PFL Marco Maciel - PFL 4. José Agripino - PFL Raimundo Colombo - PFL 5. Kátia Abreu - PFL Rosalba Ciarlini - PFL 6. Romeu Tuma - PFL Marconi Perillo - PSDB 7. Cícero Lucena - PSDB Marisa Serrano - PSDB 8. Eduardo Azeredo - PSDB Papaléo Paes - PSDB 9. Wilson Matos - PSDB Flexa Ribeiro- PSDB 10. Lúcia Vânia - PSDB PDT Cristovam Buarque 1. Jefferson Péres

Secretário: Júlio Ricardo Borges Linhares Reuniões: Terças – Feiras às 11:00 horas – Plenário nº 15 – Ala Alexandre Costa. Telefone: 3311-3498 Fax: 3311-3121 E – Mail: [email protected].

4.1) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE CINEMA, TEATRO, MÚSICA E COMUNICAÇÃO SOCIAL

Presidente: Senador Demóstenes Torres - PFL Vice-Presidente: Senadora Marisa Serrano - PSDB

(12 titulares e 12 suplentes)

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PTB, PR, PSB, PC do B, PRB e PP) Paulo Paim - PT 1. (vago) Flávio Arns - PT 2. (vago) Sérgio Zambiasi - PTB 3. Francisco Dornelles - PP PMDB Geraldo Mesquita Júnior 1. Valdir Raupp Valter Pereira 2. (vago) Paulo Duque 3. (vago) Bloco da Minoria (PFL e PSDB) Demóstenes Torres - PFL 1. Maria do Carmo Alves - PFL Romeu Tuma - PFL 2. Marco Maciel - PFL Rosalba Ciarlini - PFL 3. Raimundo Colombo - PFL Marisa Serrano - PSDB 4. Eduardo Azeredo - PSDB Marconi Perillo - PSDB 5. Flexa Ribeiro- PSDB PDT (vago) 1. Cristovam Buarque

Secretário: Júlio Ricardo Borges Linhares Plenário nº 15 – Ala Alexandre Costa. Telefone: 3311-3498 Fax: 3311-3121 E – Mail: [email protected].

4.2) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA (9 titulares e 9 suplentes)

4.3) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DO LIVRO (7 titulares e 7 suplentes)

4.4) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DO ESPORTE (7 titulares e 7 suplentes)

5) COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE, DEFESA DO CONSUMIDOR E FISCALIZAÇÃO E CONTROLE - CMA (17 titulares e 17 suplentes)

Presidente: Senador Leomar Quintanilha- PMDB Vice-Presidente: Senadora Marisa Serrano – PSDB TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PTB, PR, PSB, PC do B, PRB e PP) Renato Casagrande – PSB 1. Flávio Arns – PT Sibá Machado – PT 2. Augusto Botelho –PT Fátima Cleide – PT 3. Serys Slhessarenko – PT João Ribeiro – PR 4. Inácio Arruda – PC do B Fernando Collor – PTB 5. Expedito Júnior – PR PMDB Leomar Quintanilha 1. Romero Jucá Wellington Salgado de Oliveira 2. Gilvam Borges Valdir Raupp 3. Garibaldi Alves Filho Valter Pereira 4. Geraldo Mesquita Júnior Bloco da Minoria (PFL e PSDB) Eliseu Resende – PFL 1. Adelmir Santana – PFL Heráclito Fortes – PFL 2. César Borges – PFL Jonas Pinheiro – PFL 3. Edison Lobão – PFL José Agripino – PFL 4. Raimundo Colombo – PFL Cícero Lucena – PSDB 5. Lúcia Vânia – PSDB Marisa Serrano – PSDB 6. Mario Couto – PSDB Marconi Perillo – PSDB 7. Sérgio Guerra – PSDB PDT Jefferson Péres 1. (vago)

Secretário: José Francisco B. de Carvalho Reuniões: Terças – Feiras às 11:30 horas – Plenário nº 6 – Ala Nilo Coelho. Telefone: 3311-3935 Fax: 3311-1060 E – Mail: [email protected]. 5.1) SUBCOMISSÃO DAS AGÊNCIAS REGULADORAS (5 titulares e 5 suplentes)

5.2) SUBCOMISSÃO PERMANENTE – AQUECIMENTO GLOBAL (5 titulares e 5 suplentes)

Presidente: Senador Renato Casagrande- PSB Vice-Presidente: Senador Marconi Perillo – PSDB TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PTB, PR, PSB, PC do B, PRB e PP) Renato Casagrande – PSB 1. Flávio Arns – PT Inácio Arruda – PC do B 2. Expedito Júnior – PR PMDB Valter Pereira 1. Garibaldi Alves Filho Bloco da Minoria (PFL e PSDB) 1. Adelmir Santana – PFL Marconi Perillo – PSDB 2. Marisa Serrano – PSDB Cícero Lucena – PSDB

5.3) SUBCOMISSÃO TEMPORÁRIA SOBRE O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (5 titulares e 5 suplentes)

6) COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA - CDH (19 titulares e 19 suplentes)

Presidente: Senador Paulo Paim- PT Vice-Presidente: Senador Cícero Lucena – PSDB

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PTB, PR, PSB, PC do B, PRB e PP) Flávio Arns – PT 1. Serys Slhessarenko- PT Fátima Cleide – PT 2. Eduardo Suplicy – PT Paulo Paim – PT 3. Sérgio Zambiasi – PTB Patrícia Saboya – PSB 4. Sibá Machado - PT Inácio Arruda – PC do B 5. Ideli Salvatti- PT 6. Marcelo Crivella - PRB PMDB Leomar Quintanilha 1. Mão Santa Geraldo Mesquita Júnior 2. Romero Jucá Paulo Duque 3. Joaquim Roriz Wellington Salgado de Oliveira 4. Valter Pereira Gilvam Borges 5. Jarbas Vasconcelos Bloco da Minoria (PFL e PSDB) César Borges – PFL 1. Edison Lobão – PFL Eliseu Resende – PFL 2. Heráclito Fortes – PFL Romeu Tuma – PFL 3. Jayme Campos – PFL Jonas Pinheiro – PFL 4. Maria do Carmo Alves – PFL Arthur Virgílio – PSDB 5. Mário Couto – PSDB Cícero Lucena – PSDB 6. Lúcia Vânia – PSDB Wilson Matos – PSDB 7. Papaléo Paes PDT Cristovam Buarque 1. (vago) PSOL José Nery

Secretário: Altair Gonçalves Soares Reuniões: Terças – Feiras às 12:00 horas – Plenário nº 2 – Ala Nilo Coelho. Telefone: 3311-4251/2005 Fax: 3311-4646 E – Mail: [email protected].

6.1) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DA IGUALDADE RACIAL E INCLUSÃO (7 titulares e 7 suplentes)

6.2) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DO IDOSO (7 titulares e 7 suplentes)

Presidente: Senador Leomar Quintanilha - PMDB Vice-Presidente: Senadora Lúcia Vânia – PSDB

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PTB, PR, PSB, PC do B, PRB e PP) Paulo Paim – PT 1. Flávio Arns – PT Serys Slhessarenko- PT 2. Sibá Machado - PT PMDB Leomar Quintanilha 1. Gilvam Borges Geraldo Mesquita Júnior 2. (vago) Bloco da Minoria (PFL e PSDB) Maria do Carmo Alves – PFL 1. (vago) Heráclito Fortes – PFL 2. (vago) Lúcia Vânia – PSDB 3. Papaléo Paes – PSDB

6.3) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DA CRIANÇA, ADOLESCENTE E JUVENTUDE (7 titulares e 7 suplentes)

6.4) SUBCOMISSÃO TEMPORÁRIA DO TRABALHO ESCRAVO (5 titulares e 5 suplentes)

Presidente: Senador José Nery - PSOL Vice-Presidente: Senador Inácio Arruda – PCdoB

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PTB, PR, PSB, PC do B, PRB e PP) Eduardo Suplicy – PT 1. Flávio Arns - PT 2. Patrícia Saboya – PSB . PMDB Inácio Arruda – PcdoB 1. Geraldo Mesquita Júnior Bloco da Minoria (PFL e PSDB) Maria do Carmo Alves – PFL 1. Edison Lobão – PFL Lúcia Vânia – PSDB 5. Cícero Lucena – PSDB PSOL José Nery

7) COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL - CRE (19 titulares e 19 suplentes)

Presidente – Senador Heráclito Fortes - PFL Vice-Presidente – Senador Eduardo Azeredo - PSDB

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PTB, PR, PSB, PC do B, PRB e PP) Eduardo Suplicy – PT 1. Inácio Arruda – PC do B Marcelo Crivella – PRB 2. Aloizio Mercadante – PT Fernando Collor – PTB 3. Augusto Botelho – PT Antonio Carlos Valadares – PSB 4. Serys Slhessarenko – PT Mozarildo Cavalcanti – PTB 5. Fátima Cleide – PT João Ribeiro – PR 6. Francisco Dornelles – PP PMDB Pedro Simon 1. Valdir Raupp Mão Santa 2. Leomar Quintanilha Joaquim Roriz 3. Wellington Salgado de Oliveira Jarbas Vasconcelos 4. Gilvam Borges Paulo Duque 5. Garibaldi Alves Filho Bloco da Minoria (PFL e PSDB) Heráclito Fortes – PFL 1. Edison Lobão – PFL Marco Maciel – PFL 2. César Borges – PFL Maria do Carmo Alves – PFL 3. Kátia Abreu – PFL Romeu Tuma – PFL 4. Rosalba Ciarlini – PFL Arthur Virgílio – PSDB 5. Flexa Ribeiro – PSDB Eduardo Azeredo – PSDB 6. Wilson Matos – PSDB João Tenório – PSDB 7. Sérgio Guerra – PSDB PDT Cristovam Buarque 1. Jefferson Péres

Secretária: Maria Lúcia Ferreira de Mello Telefone 3311-3496 Fax: 3311-3546 – Plenário nº 7 – Ala Alexandre Costa Reuniões: Quintas–feiras às 10:00 horas. E – Mail: [email protected] 7.1) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE PROTEÇÃO DOS CIDADÃOS BRASILEIROS NO EXTERIOR (7 titulares e 7 suplentes)

7.2) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DA AMAZÔNIA (7 titulares e 7 suplentes) Presidente: Senador Mozarildo Cavalcanti - PTB Vice-Presidente: Senador Augusto Botelho - PT

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PTB, PR, PSB, PC do B, PRB e PP) Augusto Botelho - PT 1. João Ribeiro - PR Mozarildo Cavalcanti - PTB 2. Fátima Cleide - PT PMDB Valdir Raupp 1. Leomar Quintanilha Pedro Simon 2. Gilvam Borges Bloco da Minoria (PFL e PSDB) Romeu Tuma – PFL 1. Marco Maciel – PFL Flexa Ribeiro - PSDB 2. Arthur Virgílio – PSDB PDT Jefferson Péres 1. Cristovam Buarque

Secretária: Maria Lúcia Ferreira de Mello Telefone 3311-3496 Fax: 3311-3546 – Plenário nº 7 – Ala Alexandre Costa E – Mail: [email protected]

7.3) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE ACOMPANHAMENTO DO REGIME INTERNACIONAL SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS (7 titulares e 7 suplentes) Presidente: Senador Fernando Collor - PTB Vice-Presidente: Senador João Ribeiro - PR

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PTB, PR, PSB, PC do B, PRB e PP) Fernando Collor - PTB 1. Inácio Arruda – PC do B João Ribeiro - PR 2. Augusto Botelho - PT PMDB Mão Santa 1. Valdir Raupp Joaquim Roriz 2. Leomar Quintanilha Bloco da Minoria (PFL e PSDB) Romeu Tuma – PFL 1. Rosalba Ciarlini – PFL Eduardo Azeredo - PSDB 2. Papaléo Paes – PSDB PDT Cristovam Buarque 1. Jefferson Péres

Secretária: Maria Lúcia Ferreira de Mello Telefone 3311-3496 Fax: 3311-3546 – Plenário nº 7 – Ala Alexandre Costa E – Mail: [email protected]

7.4) SUBCOMISSÃO PERMANENTE PARA MODERNIZAÇÃO E REAPARELHAMENTO DAS FORÇAS ARMADAS (5 titulares e 5 suplentes)

8) COMISSÃO DE SERVIÇOS DE INFRA-ESTRUTURA - CI (23 titulares e 23 suplentes)

Presidente - Senador Marconi Perillo - PSDB Vice-Presidente – Senador Delcídio Amaral - PT

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PTB, PR, PSB, PC do B, PRB e PP) Serys Slhessarenko – PT 1. Flávio Arns– PT Delcídio Amaral– PT 2. Fátima Cleide– PT Ideli Salvatti– PT 3. Aloizio Mercadante– PT Francisco Dornelles– PP 4. João Ribeiro– PR Inácio Arruda– PC do B 5. Augusto Botelho – PT Fernando Collor– PTB 6. João Vicente Claudino – PTB Expedito Júnior– PR 7. Renato Casagrande– PSB PMDB Romero Jucá 1. Garibaldi Alves Filho Valdir Raupp 2. José Maranhão Leomar Quintanilha 3. Gilvam Borges Joaquim Roriz 4. Neuto De Conto Valter Pereira 5. Geraldo Mesquita Júnior Wellington Salgado de Oliveira 6. Pedro Simon Bloco da Minoria (PFL e PSDB) Adelmir Santana – PFL 1. Demóstenes Torres – PFL Eliseu Resende – PFL 2. Marco Maciel – PFL Jayme Campos – PFL 3. Jonas Pinheiro – PFL Heráclito Fortes – PFL 4. Rosalba Ciarlini – PFL Raimundo Colombo – PFL 5. Romeu Tuma – PFL João Tenório – PSDB 6. Cícero Lucena – PSDB Marconi Perillo – PSDB 7. Eduardo Azeredo – PSDB Flexa Ribeiro – PSDB 8. Mário Couto – PSDB Sérgio Guerra – PSDB 9. Tasso Jereissati – PSDB PDT João Durval 1. (vago)

Secretária: Dulcídia Ramos Calhao Reuniões: Terças – Feiras às 14:00 horas. – Plenário nº 13 – Ala Alexandre Costa Telefone: 3311-4607 Fax: 3311-3286 E – Mail : [email protected] 8.1) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DESTINADA A ACOMPANHAR A IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO - PAC (7 titulares e 7 suplentes)

9) COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E TURISMO - CDR (17 titulares e 17 suplentes)

Presidente - Senadora Lúcia Vânia - PSDB Vice-Presidente – Senador Jonas Pinheiro - PFL

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PTB, PR, PSB, PC do B, PRB e PP) Fátima Cleide – PT 1. Sibá Machado – PT Patrícia Saboya – PSB 2. Expedito Júnior – PR João Pedro - PT 3. Inácio Arruda – PC do B João Vicente Claudino – PTB 4. Antonio Carlos Valadares – PSB Mozarildo Cavalcanti – PTB PMDB José Maranhão 1. Leomar Quintanilha Geraldo Mesquita Júnior 2. Wellington Salgado de Oliveira Garibaldi Alves Filho 3. Pedro Simon Valter Pereira 4. Valdir Raupp Bloco da Minoria (PFL e PSDB) Demóstenes Torres – PFL 1. Adelmir Santana – PFL Jonas Pinheiro – PFL 2. Jayme Campos – PFL Marco Maciel – PFL 3. Kátia Abreu – PFL Rosalba Ciarlini – PFL 4. Maria do Carmo Alves – PFL Lúcia Vânia – PSDB 5. Tasso Jereissati – PSDB Marisa Serrano – PSDB 6. Flexa Ribeiro – PSDB Cícero Lucena – PSDB 7. João Tenório – PSDB PDT Jefferson Péres 1. Osmar Dias PSOL José Nery

Secretário: Ednaldo Magalhães Siqueira Reuniões: Quartas – Feiras às 14 horas Telefone: 3311-4282 Fax: 3311-1627 E – Mail: [email protected]

10) COMISSÃO DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA - CRA (17 titulares e 17 suplentes)

Presidente – Senador Joaquim Roriz - PMDB Vice-Presidente - Senador Expedito Júnior - PR

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PTB, PR, PSB, PC do B, PRB e PP) Sibá Machado – PT 1. Paulo Paim – PT Delcídio Amaral – PT 2. Aloizio Mercadante – PT Antonio Carlos Valadares – PSB 3. João Ribeiro – PR Expedito Júnior – PR 4.Augusto Botelho - PT João Pedro – PT 5. José Nery – PSOL PMDB Joaquim Roriz 1. Valdir Raupp Leomar Quintanilha 2. Romero Jucá Pedro Simon 3. Valter Pereira Neuto De Conto 4. Mão Santa Bloco da Minoria (PFL e PSDB) Heráclito Fortes – PFL 1. Edison Lobão – PFL César Borges – PFL 2. Eliseu Resende – PFL Jonas Pinheiro – PFL 3. Raimundo Colombo – PFL Kátia Abreu – PFL 4. Rosalba Ciarlini – PFL Cícero Lucena – PSDB 5. Marconi Perillo – PSDB Flexa Ribeiro – PSDB 6. João Tenório – PSDB Marisa Serrano – PSDB 7. Sérgio Guerra – PSDB PDT Osmar Dias 1. João Durval

Secretário: Marcello Varella Reuniões: Quintas – Feiras às 12 horas – Telefone: 3311-3506 Fax: E – Mail: [email protected]

10.1) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DOS BIOCOMBUSTÍVEIS (7 titulares e 7 suplentes)

Presidente – Senador João Tenório - PSDB Vice-Presidente - Senador Sibá Machado - PT

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PTB, PR, PSB, PC do B, PRB e PP) Sibá Machado – PT 1. Paulo Paim – PT Antonio Carlos Valadares – PSB 2. João Ribeiro – PR PMDB Valter Pereira 1. Valdir Raupp Neuto De Conto 2. Mão Santa Bloco da Minoria (PFL e PSDB) Jonas Pinheiro – PFL 1. Raimundo Colombo – PFL – PFL 2. Rosalba Ciarlini – PFL – PFL João Tenório – PSDB 3. Cícero Lucena - PSDB Marisa Serrano – PSDB

11) COMISSÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA - CCT (17 titulares e 17 suplentes)

Presidente – Senador Wellington Salgado de Oliveira - PMDB Vice-Presidente – Senador Marcelo Crivella - PRB

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PTB, PR, PSB, PC do B, PRB e PP) Marcelo Crivella – PRB 1. Expedito Júnior – PR Augusto Botelho – PT 2. Flávio Arns – PT Renato Casagrande – PSB 3. João Ribeiro – PR Sérgio Zambiasi – PTB 4. Francisco Dornelles – PP Ideli Salvatti – PT 5. Fátima Cleide – PT PMDB Valdir Raupp 1. Romero Jucá Wellington Salgado de Oliveira 2. Garibaldi Alves Filho Gilvam Borges 3. Mão Santa Valter Pereira 4. Leomar Quintanilha Bloco da Minoria (PFL e PSDB) Demóstenes Torres – PFL 1. Eliseu Resende – PFL Romeu Tuma – PFL 2. Heráclito Fortes – PFL Maria do Carmo Alves – PFL 3. Marco Maciel – PFL José Agripino – PFL 4. Rosalba Ciarlini – PFL João Tenório – PSDB 5. Flexa Ribeiro – PSDB Eduardo Azeredo – PSDB 6. Marconi Perillo – PSDB Cícero Lucena – PSDB 7. Papaléo Paes – PSDB PDT (vago) 1. (vago)

Secretária: Égli Lucena Heusi Moreira Reuniões: Quartas-Feiras às 8:45 horas Telefone: 3311-1120 Fax: 3311-2025 E – Mail: [email protected].

11.1) SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE SERVIÇOS DE INFORMÁTICA (5 titulares e 5 suplentes)

Presidente – Senador Eduardo Azeredo - PSDB Vice-Presidente – Senador Renato Casagrande - PSB

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PTB, PR, PSB, PC do B, PRB e PP) Flávio Arns – PT 1. Sérgio Zambiasi – PTB Renato Casagrande – PSB 2. Expedito Júnior – PR PMDB Valter Pereira 1. Gilvam Borges Bloco da Minoria (PFL e PSDB) Demóstenes Torres – PFL 1. Heráclito Fortes – PFL Eduardo Azeredo – PSDB 2. Cícero Lucena – PSDB

11.2) SUBCOMISSÃO TEMPORÁRIA PARA O ESTUDO, ACOMPANHAMENTO E APOIO AO DESENVOLVIMENTO DOS PÓLOS TECNOLÓGICOS (5 titulares e 5 suplentes)

Presidente – Vice-Presidente –

TITULARES SUPLENTES Bloco de Apoio ao Governo (PT, PTB, PR, PSB, PC do B, PRB e PP) Marcelo Crivella – PRB 1. Francisco Dornelles – PP Augusto Botelho – PT 2. Fátima Cleide – PT PMDB Mão Santa 1. Garibaldi Alves Filho Bloco da Minoria (PFL e PSDB) Romeu Tuma – PFL 1. Rosalba Ciarlini – PFL Cícero Lucena – PSDB 2. Eduardo Azeredo – PSDB CONSELHO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR (Resolução do Senado Federal nº 20/93)

COMPOSIÇÃO (Eleita na Sessão do Senado Federal de 06/03/2007)

1ª Eleição Geral: 19.04.1995 4ª Eleição Geral: 13.03.2003 2ª Eleição Geral: 30.06.1999 5ª Eleição Geral: 23.11.2005 3ª Eleição Geral: 27.06.2001 6ª Eleição Geral: 06.03.2007

Presidente: Senador Leomar Quintanilha 8 Vice-Presidente: Senador Adelmir Santana ³

BLOCO DE APOIO AO GOVERNO (PT/PTB/PR/PSB) Titulares UF Ramal Suplentes UF Ramal Augusto Botelho (PT) RR 2041 1. João Pedro (PT)² AM 1166 (vago) 2. Fátima Cleide (PT) 5 RO 2391 Renato Casagrande (PSB) ES 1129 3. Ideli Salvatti (PT)² SC 2171 Epitácio Cafeteira (PTB)¹ MA 1402 4. (vago) Eduardo Suplicy (PT) SP 3213 5. (vago) PMDB Wellington Salgado de Oliveira MG 2244 1. Valdir Raupp RO 2252 Almeida Lima 4 SE 1312 2. Gerson Camata ES 3235 Gilvam Borges AP 1713 3. Romero Jucá RR 2112 Leomar Quintanilha TO 2073 4. José Maranhão PB 1891 PFL Demóstenes Torres GO 2091 1. Jonas Pinheiro MT 2271 Heráclito Fortes PI 2131 2. César Borges BA 2212 Adelmir Santana DF 4702 3. Maria do Carmo Alves SE 1306 PSDB Marconi Perillo GO 1961 1. Arthur Virgílio 6 AM 1413 Marisa Serrano 7 MS 3016 2. Sérgio Guerra PE 2382 PDT Jefferson Péres AM 2063 1. (vago) Corregedor do Senado (Membro nato – art. 25 da Resolução nº 20/93) Senador Romeu Tuma (PFL/SP) 2051 (Atualizada em 04.07.2007)

SECRETARIA-GERAL DA MESA Secretaria de Apoio a Conselhos e Órgãos do Parlamento - SCOP Ala Senador Dinarte Mariz, sala nº 6 Telefones: 3311-4561 e 3311-5258 [email protected]; www.senado.gov.br/etica

¹ Eleito na Sessão de 29.5.2007 para a vaga anteriormente ocupada pela Senadora Serys Slhessarenko (PT/MT), que renunciou ao mandato de titular de acordo com o Ofício GSSS nº 346, lido nessa mesma Sessão. ² Eleitos na Sessão de 29.5.2007. ³ Eleito em 30.5.2007, na 1ª Reunião de 2007 do CEDP. 4 Eleito na sessão de 27.06.2007, em vaga anteriormente ocupada pelo Senador Valter Pereira, que renunciou em 25.6.2007. 5 Eleita na Sessão de 27.6.2007. 6 Eleito na Sessão de 04.07.2007, em vaga anteriormente ocupada pela Senadora Marisa Serrano, que renunciou em 04.07.2007. 7 Eleita na Sessão de 04.07.2007, em vaga anteriormente ocupada pelo Senador Arthur Virgílio, que renunciou em 04.07.2007. 8 Eleito em 27.06.2007, na 5ª Reunião de 2007 do CEDP.

Documento1 CORREGEDORIA PARLAMENTAR (Resolução do Senado Federal nº 17, de 1993)

COMPOSIÇÃO

Senador Romeu Tuma¹(PFL-SP) Corregedor (Vago) 1º Corregedor Substituto (Vago) 2º Corregedor Substituto (Vago) 3º Corregedor Substituto (Atualizada em 6.3.2007)

Notas: 1 Eleito na Reunião Preparatória da 1ª Sessão Legislativa da 53ª Legislatura, realizada em 1º.2.2007, nos termos da Resolução nº 17, de 17.3.93.

SECRETARIA-GERAL DA MESA DO SENADO FEDERAL Secretaria de Apoio a Conselhos e Órgãos do Parlamento (SCOP) Ala Senador Dinarte Mariz, sala nº 6 Telefones: 3311-4561 e 3311-5259 [email protected] PROCURADORIA PARLAMENTAR (Resolução do Senado Federal nº 40/95)

COMPOSIÇÃO

(Vago)1 Demóstenes Torres2 (PFL-GO) Bloco Parlamentar da Minoria Alvaro Dias2 4 Bloco Parlamentar da Minoria Fátima Cleide3 (PT-RO) Bloco de Apoio ao Governo Atualizado em 1º.2.2007

Notas:

1 Vaga ocupada pelo Senador Ramez Tebet, falecido em 17.11.2006. 2 Em 29.3.2005, foi publicada no DSF a leitura, no Plenário do SF, do Of. Nº 031/2005, das indicações dos Senadores Demóstenes Torres e Álvaro Dias. 3 Em 17.5.2005, foi publicada no DSF a leitura, no Plenário do SF, do Of. Nº 285/2005, da indicação da Senadora Fátima Cleide. 4 O Senador Alvaro Dias licenciou-se do exercício do mandato a partir de 26 de março de 2007, pelo prazo de 121 dias, de acordo com o Requerimento nº 258, de 2007.

SECRETARIA-GERAL DA MESA Secretaria de Apoio a Conselhos e Órgãos do Parlamento (SCOP) Telefones: 3311-4561 e 3311-5257 [email protected] CONSELHO DO DIPLOMA MULHER-CIDADÃ BERTHA LUTZ Constituído pela Resolução nº 2, de 2001, oriunda do Projeto de Resolução nº 25, de 1998, aprovado na Sessão Deliberativa Ordinária do Senado Federal do dia 15.3.2001

COMPOSIÇÃO

1ª Designação Geral: 03.12.2001 2ª Designação Geral: 26.02.2003 3º Designação Geral: 03.04.2007

Presidente: Senadora Serys Slhessarenko Vice-Presidente: Senador Inácio Arruda

PMDB Senadora Roseana Sarney (MA) PFL Senadora Maria do Carmo Alves (SE) PSDB Senadora Lúcia Vânia (GO) PT Senadora Serys Slhessarenko (MT) PTB Senador Sérgio Zambiasi (RS) PR (vago) PDT Senador Cristovam Buarque (DF) PSB Senadora Patrícia Saboya Gomes (CE) PC do B Senador Inácio Arruda (CE) PRB Senador Marcelo Crivella (RJ) PP (vago) PSOL (vago) (Atualizada em 21.06.2007)

SECRETARIA-GERAL DA MESA Secretaria de Apoio a Conselhos e Órgãos do Parlamento - SCOP Ala Senador Dinarte Mariz, sala nº 6 Telefones: 3311-4561 e 3311-5259 [email protected]

V:\SGM\SSCLSF\Conselho Bertha Lutz\2007 - Composição em 21-06.doc ÍNDICE ONOMÁSTICO

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ADELMIR SANTANA crédito extraordinário em favor de Encargos Finan- ceiros da União”...... 380 Apelo ao Senado Federal no sentido de que Comentário a respeito da Bovespa, ressaltan- haja entendimento para que se possa aprovar o do seu papel importante na captação de recursos Projeto nº 43 em Plenário...... 35 para financiar as empresas brasileiras...... 392 Parecer nº 602, de 2007 (da Comissão de Serviços de Infra-Estrutura), sobre o nº 264, de ANTONIO CARLOS VALADARES 2004, de autoria do Senador Augusto Botelho, que altera a Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, Proposta de Emenda à Constituição nº 61, de para condicionar a pavimentação de vias urbanas 2007, que altera o art. 45 da Constituição Federal, à prévia implantação de redes de infra-estrutura para estabelecer o sistema eleitoral misto para as básica, e dá outras providências...... 308 eleições de Deputados Federais, Deputados Esta- Ponderação para que os Prefeitos conside- duais e Vereadores...... 351 rassem o saneamento básico como uma questão essencial para a vida e a saúde da população...... 324 ARTHUR VIRGÍLIO ALMEIDA LIMA Considerações sobre o cumprimento do Re- gimento Interno do Senado Federal...... 382 Alerta para o cumprimento integral do Regi- mento Interno do Senado Federal...... 381 Esclarecimento sobre a solicitação de afasta- Questionamento acerca de alguns procedi- mento do Senador Renan Calheiros da Presidência mentos do Conselho de Ética...... 384 do Senado...... 569 Considerações a respeito dos trabalhos desta Casa...... 386 AUGUSTO BOTELHO Defesa da conduta do Presidente Renan Ca- lheiros em relação à reunião da Mesa Diretora...... 549 Demonstração de contrariedade diante da Comentários sobre as investigações do “caso operação preparada pela Polícia Federal de reti- Renan Calheiros”...... 554 rada dos moradores da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Aparte ao Senador ALOIZIO MERCADANTE Mozarildo Cavalcanti...... 528 Comentário de despedida ao Senador Wilson Apelo para a aprovação do nome de três no- Matos, por ocasião do término da licença médica vos diretores da Comissão de Valores Mobiliários.. 31 do titular do cargo, o Senador Alvaro Dias. Aparte Discussão da Medida Provisória nº 365, de ao Senador Wilson Matos...... 533 2007, que abre crédito extraordinário em favor de Encargos Financeiros da União, no valor de cinco CÍCERO LUCENA bilhões e duzentos milhões de reais, para o fim que especifica...... 376 Discussão do Projeto de Lei do Senado nº Esclarecimentos a respeito da Medida Pro- 264, de 2004, que altera a Lei nº 6.766, de 19 de visória nº 365, de 23 de abril de 2007, que “abre dezembro de 1979, para condicionar a pavimenta- II

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ção de vias urbanas à previa implantação das redes DEMÓSTENES TORRES de infra-estrutura urbana básica...... 324 Considerações a respeito do Projeto de Lei Questão de ordem sobre a desnecessidade do Senado nº 264, de 2004, que versa sobre a im- de prazo para notificação das partes, no processo plantação das redes de infra-estrutura básica...... 325 de investigação das denúncias sobre o Senador Registro da matéria intitulada “Balanço do Renan Calheiros...... 548 PAC expõe inação do governo”, publicada no jornal Citação do requerimento que versa sobre a reu- Folha de S.Paulo, em sua edição de 9 de maio de nião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Se- 2007. Registro das matérias intituladas “Rondeau nado Federal, referente ao “caso Renan Calheiros”..... 555 e Dilma são contra usina nuclear” e “O PAC não mudou nada”, publicadas no jornal O Estado de EDISON LOBÃO S.Paulo, nas edições de 08 de maio de 2007 e 09 de maio de 2007, respectivamente...... 416 Parecer nº 609, de 2007 (da Comissão de Requerimento nº 818, de 2007, que requer Assuntos Econômicos), sobre a Mensagem nº 113, autorização para ausentar-se do País, no perío- de 2007, que submete à apreciação do Senado Fe- do de 14 a 20 de julho de 2007, para integrar a deral a indicação do Senhor Durval José Soledade Delegação da Comissão Mista Especial sobre Santos para exercer o cargo de Diretor da Comissão Mudanças Climáticas e participar de reuniões e de Valores Mobiliários – CVM, na vaga do Senhor eventos sobre mudanças climáticas na cidade de Pedro Oliva Marcílio de Sousa...... 349 Londres, Reino Unido...... 507 EDUARDO AZEREDO Projeto de Lei do Senado nº 418, de 2007, que dispõe sobre a criação da Zona de Processamen- to de Exportação (ZPE) do Município de Campina Comentário de despedida ao Senador Wilson Matos, por ocasião do término da licença médica Grande, no Estado da Paraíba...... 511 do titular do cargo, o Senador Alvaro Dias. Aparte Registro da matéria intitulada “Para Lula houve ao Senador Wilson Matos...... 534 calúnia no mensalão”, publicada no jornal O Estado de S.Paulo, edição de 08 de maio de 2007...... 588 EDUARDO SUPLICY

CRISTOVAM BUARQUE Comentários ao discurso do Senador Sibá Machado sobre o disciplinamento da escolha de Requerimento nº 809, de 2007, que requer a suplentes de Senador...... 11 realização de Sessão Especial do Senado, no dia 27 Comentário sobre o movimento grevista dos de agosto de 2007, destinada a homenagear Dom servidores do IBAMA. Aparte ao Senador Geraldo Helder Câmara, no transcurso do oitavo aniversário Mesquita Júnior...... 29 de seu falecimento...... 361 Comentário acerca do Requerimento nº 813, de Críticas à postura do Senador Renan Ca- 2007, que versa sobre a pesquisa que está desenvol- lheiros no andamento das investigações do Con- vendo a jovem biomédica Juliana Monte Real...... 407 selho de Ética...... 559 Requerimento nº 813, de 2007, que requer Considerações sobre o “caso Renan a inserção em ata de Voto de Aplausos para jo- Calheiros”...... 567 vem biomédica de 23 anos, Juliana Monte Real, pela pesquisa que está desenvolvendo e pela qual DELCÍDIO AMARAL descobriu que a Proteína PTX3 gerada por pulmão que recebe respiração artificial pode piorar o estado Projeto de Resolução nº 37, de 2007, que clínico do doente...... 408 dispõe sobre o afastamento preventivo do Sena- Comentário sobre o Projeto de Lei do Senado dor ocupante do cargo de Corregedor do Senado, nº 163, de 2007, que versa sobre a substituição da membro da Mesa Diretora, do Conselho de Ética pena privativa de liberdade...... 522 e Decoro Parlamentar e Presidente da Comis- são em caso de oferecimento de representação ELISEU RESENDE contra Senador por fato sujeito à pena de perda do mandato ou à pena de perda temporária do Discussão do Projeto de Lei do Senado nº exercício do mandato...... 512 264, de 2004, que altera a Lei nº 6.766, de 19 de III

Pág. Pág. dezembro de 1979, para condicionar a pavimenta- GERALDO MESQUITA JÚNIOR ção de vias urbanas à previa implantação das redes de infra-estrutura urbana básica...... 326 Protesto contra ameaças aos grevistas do IBAMA...... 28 EXPEDITO JÚNIOR GERSON CAMATA Comentário sobre a audiência do Governa- dor de Rondônia, Ivo Cassol, junto com a bancada Comentário sobre o Senado da Itália. Aparte federal, com o Presidente Lula...... 16 ao Senador Neuto de Conto...... 3 Posição contrária à votação da Medida Pro- Críticas a decreto do Presidente da República visória nº 366, que, se aprovada, pode redundar que regulamenta artigo da Constituição e concede no enfraquecimento do IBAMA. Aparte ao Senador propriedade de terra a quilombolas...... 4 Geraldo Mesquita Júnior...... 30 Projeto de Lei do Senado nº 416, de 2007, Considerações sobre o exercício da profissão que altera a redação do inciso VII do § 1º do art. 38 de técnico agrícola no Brasil...... 425 da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, para ampliar as possibilidades de declaração, por parte FLEXA RIBEIRO do poder concedente, de caducidade do contrato de concessão...... 357 Discussão do Projeto de Lei do Senado nº Considerações a respeito dos trabalhos 264, de 2004, que altera a Lei nº 6.766, de 19 de desta Casa...... 392 dezembro de 1979, para condicionar a pavimenta- ção de vias urbanas à previa implantação das redes GILVAM BORGES de infra-estrutura urbana básica...... 325 Discussão da Medida Provisória nº 365, de Comentário de despedida ao Senador Wilson 2007, que abre crédito extraordinário em favor de Matos, por ocasião do término da licença médica Encargos Financeiros da União, no valor de cinco do titular do cargo, o Senador Alvaro Dias. Aparte bilhões e duzentos milhões de reais, para o fim ao Senador Wilson Matos...... 533 que especifica...... 379 Considerações a respeito do trabalho Comentário a respeito da votação do requerimen- parlamentar...... 536 to que versa sobre o combate ao trabalho escravo...... 398 Registro do artigo intitulado “Um escudo HERÁCLITO FORTES para Lula”, publicado na seção Notas & Informa- ções do jornal O Estado de S.Paulo, de 8 de abril Demonstração de contrariedade diante da de 2007...... 409 liberação de R$ 5 bilhões previstos na Medida Pro- Comentário de despedida ao Senador Wilson visória nº 365, de 23 de abril de 2007, que “abre Matos, por ocasião do término da licença médica crédito extraordinário, em favor de Encargos Finan- do titular do cargo, o Senador Alvaro Dias. Aparte ceiros da União”...... 374 ao Senador Wilson Matos...... 534 Considerações sobre a participação de ONGs nos escândalos do País...... 538 GARIBALDI ALVES FILHO IDELI SALVATTI Defesa da concessão de pisos salariais dife- renciados por categoria profissional...... 17 Comemoração pelo convênio celebrado entre Parecer nº 608, de 2007 (da Comissão de a Eletrosul e três Municípios catarinenses para a Assuntos Econômicos), sobre a Mensagem nº 112, iluminação da BR-101, na Grande Florianópolis.... 12 de 2007, que submete à apreciação do Senado Parecer nº 610, de 2007 (de Plenário), so- Federal a indicação do Senhor Marcos Barbosa bre a Medida Provisória nº 365, de 23 de abril de Pinto para exercer o cargo de Diretor da Comissão 2007, que “abre crédito extraordinário, em favor de de Valores Mobiliários – CVM, na vaga da Senhora Encargos Financeiros da União, no valor de R$ Maria Helena dos Santos Fernandes de Santana.. 347 5.200.000.000,00, para o fim que especifica”...... 372 Considerações sobre o “caso Renan Defesa da liberação de R$ 5 bilhões previs- Calheiros”...... 566 tos na Medida Provisória nº 365, de 23 de abril de IV

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2007, que “abre crédito extraordinário, em favor de Exaltação à carreira política do Senhor Franco Encargos Financeiros da União”...... 374 Montoro. Aparte ao Senador Pedro Simon...... 27 Comentário sobre a oficialização do grupo Demonstração de contrariedade diante da de trabalho da Comissão de Constituição, Justiça abertura de crédito extraordinário em casos não e Cidadania...... 406 previstos na Constituição Federal...... 363 Pedido de calma e entendimento entre os Se- nadores na condução do processo de investigação JOÃO PEDRO do “caso Renan Calheiros”...... 568 Requerimento nº 810, de 2007, requer que INÁCIO ARRUDA seja consignado, nos Anais do Senado, Voto de Aplauso à Sociedade Brasileira para o Progresso Ressalva acerca do pronunciamento do Se- da Ciência (SBPC), pela oportuna iniciativa de nador Eliseu Resende a respeito do Projeto de Lei realizar a sua 59a Reunião Anual na Região Ama- do Senado nº 264, de 2004, que versa sobre a im- zônica, mais precisamente em Belém, no Estado plantação das redes de infra-estrutura básica...... 326 do Pará. A SBPC foi fundada, em 1948, com o Discussão da Medida Provisória nº 365, de objetivo de agregar, institucionalmente, o pensa- 2007, que abre crédito extraordinário em favor de mento científico brasileiro. Solicita também que Encargos Financeiros da União, no valor de cinco comunique a decisão desta Casa aos membros bilhões e duzentos milhões de reais, para o fim que da referida instituição por intermédio do seu pre- especifica...... 377 sidente, o cientista Ennio Candotti...... 361 Requerimento nº 817, de 2007, requer que seja considerada como desempenho de missão JOÃO TENÓRIO parlamentar no exterior, a participação de S.Exa. no período de 16 a 19 de julho de 2007, por ocasião Registro do artigo intitulado “Minha pastinha da Visita da Comissão Especial sobre Mudanças implacável”, publicado na revista Veja, em sua edi- Climáticas do Congresso Nacional do Reio Unido. ção de 21 de março de 2007 e das matérias intitu- Senador Inácio Arruda...... 507 ladas “Para Giambiagi, país não merece crescer” e Comentários sobre as investigações do “caso “Analistas descartam alta maior do PIB”, publicadas Renan Calheiros”...... 560 no jornal Folha de S.Paulo, em sua edição de 04 Considerações sobre o “caso Renan de março de 2007...... 412 Calheiros”...... 565 Registro da matéria intitulada “Serra contra o Réplica ao pronunciamento do Senador crime”, publicada na revista Veja, edição de 23 de Arthur Virgílio...... 570 maio de 2007. Registro da matéria intitulada “‘Sou amigo de Lula, presidente não tem amigo’, disse JAYME CAMPOS acusado, em 2004”, publicada no jornal Folha de S.Paulo, edição de 06 de junho de 2007...... 589 Comentário acerca da discussão do Projeto JONAS PINHEIRO de Lei do Senado nº 264, de 2004, que altera a Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, para condicionar a pavimentação de vias urbanas à Anúncio de renegociação, pelo Governo Fe- previa implantação das redes de infra-estrutura deral, das dívidas dos produtores rurais...... 530 urbana básica...... 324 Projeto de Lei do Senado nº 415, de 2007, JOSÉ AGRIPINO que dispõe sobre a criação de Zona de Processa- mento de Exportação (ZPE) no Município de Barra Considerações a respeito da atividade pes- do Garça, no Estado do Mato Grosso...... 356 queira no Brasil...... 34 Demonstração de contrariedade à conces- JEFFERSON PÉRES são de crédito extraordinário para a atividade pesqueira...... 36 Considerações a respeito do Relatório da Demonstração de contrariedade diante da ONU sobre o meio ambiente. Aparte ao Senador abertura de crédito extraordinário em casos não Mozarildo Cavalcanti...... 22 previstos na Constituição Federal...... 364 V

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Considerações a respeito dos trabalhos de Lei da Câmara nº 111, de 2005 (nº 3.796/2004, desta Casa...... 385 na Casa de origem), que dispõe sobre a Política Considerações a respeito dos trabalhos Nacional de Orientação, Combate e Controle dos desta Casa...... 389 Efeitos Danosos da Exposição ao Sol à Saúde e Comentário sobre a instalação da CPI das dá providências correlatas...... 328 ONGs. Aparte ao Senador Heráclito Fortes...... 539 Requerimento nº 814, de 2007, que requer Comentários acerca do Conselho de Ética do autorização para desempenhar missão no exterior, Senado Federal...... 541 por indicação da Presidência da Casa, para fazer Críticas ao adiamento da reunião do Conselho algumas Palestras para a Comunidade Brasileira de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal, em New York, sobre os temas: Prevenção ao Uso referente ao “caso Renan Calheiros”...... 545 de Drogas e sobre a atual situação Política e Eco- Comentários sobre o Conselho de Ética e nômica do Brasil...... 506 Decoro Parlamentar do Senado Federal, referente Comentário de despedida ao Senador Wilson ao “caso Renan Calheiros”...... 551 Matos, por ocasião do término da licença médica do titular do cargo, o Senador Alvaro Dias. Aparte JOSÉ MARANHÃO ao Senador Wilson Matos...... 532

Debate sobre a necessidade de adoção de MÃO SANTA política para o abastecimento de água para a região do semi-árido nordestino...... 571 Considerações sobre o sistema político da Itália. Aparte ao Senador Neuto de Conto...... 3 JOSÉ NERY Apoio à divisão do Estado do Piauí para a criação do Estado do Gurguéia...... 13 Considerações sobre o adiamento da reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Discussão da Medida Provisória nº 365, de Federal, referente ao “caso Renan Calheiros”...... 553 2007, que abre crédito extraordinário em favor de Encargos Financeiros da União, no valor de cinco LEOMAR QUINTANILHA bilhões e duzentos milhões de reais, para o fim que especifica...... 378 Considerações a respeito do Relatório da Comentário de despedida ao Senador Wilson ONU sobre o meio ambiente. Aparte ao Senador Matos, por ocasião do término da licença médica Mozarildo Cavalcanti...... 21 do titular do cargo, o Senador Alvaro Dias. Aparte Considerações a respeito dos trabalhos ao Senador Wilson Matos...... 533 desta Casa...... 386 Homenagem ao Senhor João Paulo dos Comentário de despedida do Senador Wilson Reis Velloso...... 578 Matos, por ocasião do término da licença médica do titular do cargo, o Senador Alvaro Dias. Aparte MARCELO CRIVELLA ao Senador Wilson Matos...... 532 Projeto de Lei do Senado nº 417, de 2007, LÚCIA VÂNIA que altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Ado- Comentário acerca da votação da Lei de Di- lescente, e dá outras providências, para obrigar retrizes Orçamentárias para o Exercício de 2008.. 426 entidades a terem, em seus quadros, pessoal ca- Avaliação do “Super Simples”, novo sistema pacitado para reconhecer e reportar maus-tratos de tributação advindo da Lei Geral das Micro e Pe- de crianças e adolescentes...... 357 quenas Empresas...... 593 Elogios à passagem do Senador Wilson Ma- tos pelo Senado Federal...... 394 MAGNO MALTA MARCO MACIEL Preocupação com a atividade pesqueira no Brasil...... 38 Homenagem ao teatrólogo Hermilo Borba Parecer nº 603, de 2007 (da Comissão de Filho, que se vivo fosse, completaria 90 anos no Constituição, Justiça e Cidadania), sobre o Projeto dia 8 de julho de 2007...... 6 VI

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MARCONI PERILLO Projeto de Lei do Senado nº 414, de 2007 (Complementar), que altera o art. 57 da Lei Com- Posição contrária à votação da Medida Pro- plementar nº 101, de 2000, para determinar aos visória nº 366, que se aprovada, pode redundar no Tribunais de Contas e à comissão mista perma- enfraquecimento do IBAMA...... 37 nente referida no § 1º do art. 166 da Constitui- Requerimento nº 812, de 2007, que requer a ção ou equivalente das Casas Legislativas dos realização de Sessão Especial às 10 horas do dia Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que 7 de agosto de 2007, destinada a homenagear o enviem os pareceres das contas de Governo ao Senhor Antonio Ernesto Werna de Salvo...... 362 Ministério Público...... 355 Registro da matéria intitulada “O bom pai das Requerimento nº 815, de 2007, requer que ONG’s”, publicada pela revista IstoÉ, em sua edição seja criada Comissão Temporária Externa, composta de 9 de maio de 2007...... 420 de 5 (cinco) Senadores, destinada a acompanhar Comentário de despedida ao Senador Wilson a retirada de moradores não-indígenas da Terra Matos, por ocasião do término da licença médica Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima...... 506 do titular do cargo, o Senador Alvaro Dias. Aparte Requerimento nº 816, de 2007, requer que ao Senador Wilson Matos...... 532 a Sessão do Senado Federal do dia 20 de agosto Apelo em favor da votação de projetos de lei de 2007 seja destinada a homenagear a Maçonaria que regulamentam dispositivos da Lei de Respon- Brasileira, pelo transcurso do Dia do Maçom e que a sabilidade Fiscal...... 543 referida homenagem seja prestada na primeira hora da sessão não-deliberativa da mesma data...... 506 Comentários sobre o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal, referente Denúncia sobre “operação de guerra” pre- ao “caso Renan Calheiros”...... 555 parada pela Polícia Federal, para retirar mora- dores da reserva indígena Raposa Serra do Sol, Registro do artigo intitulado “Mediocridade em Roraima...... 525 confessada”, publicado no jornal Folha de S.Paulo, edição de 13 de março de 2007...... 587 Comentário de despedida ao Senador Wilson Matos, por ocasião do término da licença médica MARIO COUTO do titular do cargo, o Senador Alvaro Dias. Aparte ao Senador Wilson Matos...... 533 Discussão da Medida Provisória nº 365, de Comentário sobre a instalação da CPI das 2007, que abre crédito extraordinário em favor de ONGs. Aparte ao Senador Heráclito Fortes...... 539 Encargos Financeiros da União, no valor de cinco Comentários sobre as apurações do Conselho bilhões e duzentos milhões de reais, para o fim que de Ética, referente ao “caso Renan Calheiros”...... 563 especifica...... 379 Comentário de despedida ao Senador Wilson NEUTO DE CONTO Matos, por ocasião do término da licença médica do titular do cargo, o Senador Alvaro Dias. Aparte Relato de missão oficial à Itália, integrando ao Senador Wilson Matos...... 532 comitiva do Governo de Santa Catarina...... 2

MARISA SERRANO OSMAR DIAS

Contestação ao comentário do Senador Comentário sobre o débito do Governo do Almeida Lima, sobre a questão de ordem por Paraná junto ao Tesouro Nacional...... 32 ele levantada...... 383 Comentário de despedida ao Senador Wilson Matos, por ocasião do término da licença médica MOZARILDO CAVALCANTI do titular do cargo, o Senador Alvaro Dias. Aparte ao Senador Wilson Matos...... 534 Comentários à entrevista sobre aquecimento Manutenção do posicionamento do PDT a global, do cientista Luiz Carlos Molion, publicada respeito do afastamento do Presidente do Senado na revista IstoÉ, edição de 11 de julho de 2007..... 19 Federal, Senador Renan Calheiros...... 546 Posição contrária à votação da Medida Pro- Pedido de pressa no exame do Projeto de Lei visória nº 366, que, se aprovada, pode redundar da Câmara nº 43, de 2007, que altera a Lei Geral no enfraquecimento do IBAMA. Aparte ao Senador das Micro e Pequenas Empresas e traz mudanças Geraldo Mesquita Júnior...... 31 no Supersimples...... 546 VII

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PAPALÉO PAES ROMERO JUCÁ

Parecer nº 604, de 2007 (da Comissão de As- Preocupação com a atividade pesqueira suntos Sociais), sobre o Projeto de Lei da Câmara nº no Brasil...... 33 111, de 2005 (nº 3.796/2004, na Casa de origem), Apelo ao Senado Federal para a votação em que dispõe sobre a Política Nacional de Orientação, Plenário do Projeto nº 43...... 36 Combate e Controle dos Efeitos Danosos da Expo- Considerações a respeito da atividade pes- sição ao Sol à Saúde e dá providências correlatas.. 331 queira no Brasil...... 36 Demonstração de contrariedade diante da libera- Parecer nº 605, de 2007 (da Comissão de Cons- ção de R$ 5 bilhões previstos na Medida Provisória nº tituição, Justiça e Cidadania), sobre o Projeto de Lei da 365, de 23 de abril de 2007, que “abre crédito extraor- Câmara nº 22, de 2006, (nº 5.919/2005, na Casa de dinário em favor de Encargos Financeiros da União”... 380 origem), de iniciativa da Presidência da República, que Registro do editorial intitulado “As ocas pro- cria 1.951 (mil novecentos e cinqüenta e um) cargos messas do governo”, publicado no jornal O Estado da Carreira da Seguridade Social e do Trabalho, para o de S.Paulo, em sua edição de 15 de abril de 2007.... 411 Quadro do Ministério do Trabalho e Emprego; extingue Registro da matéria intitulada “Brasil precisa 2.191 (dois mil, cento e noventa e um) cargos vagos fazer mais, diz ‘Economist’’’, publicada no jornal O disponíveis no Sistema de Pessoal Civil da Adminis- Estado de S.Paulo, edição de 13 de abril de 2007.... 592 tração Federal – SIPEC; e dá outras providências...... 337 Projeto de Resolução nº 36, de 2007, que PATRÍCIA SABOYA GOMES dispõe sobre o cumprimento da exigência contida na alínea “d” do inciso III do art. 2º da Resolução Considerações a respeito da atividade pesqueira do Senado Federal nº 98, de 1998...... 360 no Brasil, principalmente no Nordeste brasileiro...... 37 Encaminhamento à votação da Medida Provi- Comentários sobre as apurações do Conselho sória nº 364, de 2007, que abre crédito extraordinário de Ética, referente ao “caso Renan Calheiros”...... 561 em favor dos Ministérios da Educação, da Justiça, dos Transporte, do Esporte, da Integração Nacional e das PEDRO SIMON Cidades, no valor global de R$ 1.717.041.026,00 (um bilhão, setecentos e dezessete milhões, quarenta e um Registro da realização do seminário “O Lega- mil e vinte e seis reais), para os fins que especifica..... 364 do de Franco Montoro”, patrocinado pelo Memorial Defesa da liberação de R$ 5 bilhões previs- da América Latina...... 26 tos na Medida Provisória nº 365, de 23 de abril de Parecer nº 606, de 2007 (da Comissão de 2007, que “abre crédito extraordinário em favor de Constituição, Justiça e de Cidadania), sobre o Projeto Encargos Financeiros da União”...... 375 de Lei da Câmara nº 6, de 2007 (nº 6.645/2006, na Discussão da Medida Provisória nº 365, de 2007, origem), que altera o art. 175 da Lei nº 5.869, de 11 que abre crédito extraordinário em favor de Encargos de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil, e o Financeiros da União, no valor de cinco bilhões e du- inciso I do caput do art. 62 da Lei nº 5.010, de 30 de zentos milhões de reais, para o fim que especifica...... 377 maio de 1966, que organiza a Justiça Federal de 1ª (primeira) instância, e dá outras providências...... 340 Registro da reunião realizada junto à Re- ceita Federal para discutir os assuntos referentes RENATO CASAGRANDE à Emenda nº 3...... 409 Defesa da votação de matérias pelo Senado Discussão do Projeto de Lei do Senado nº Federal...... 567 264, de 2004, que altera a Lei nº 6.766, de 19 de Considerações sobre os 50 anos da Era Espacial dezembro de 1979, para condicionar a pavimenta- e cumprimentos à Agência Espacial Brasileira...... 583 ção de vias urbanas à previa implantação das redes de infra-estrutura urbana básica...... 325 ROMEU TUMA Contestação ao comentário do Senador Almeida Lima, sobre a questão de ordem por ele levantada...... 382 Comentário sobre a instalação da CPI das ONGs. Aparte ao Senador Heráclito Fortes...... 539 Considerações a respeito dos trabalhos desta Casa...... 388 ROSALBA CIARLINI Comentários sobre o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal, referente Preocupação com a atividade pesqueira ao “caso Renan Calheiros”...... 556 no Brasil...... 38 VIII

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SÉRGIO GUERRA TASSO JEREISSATI

Registro dos editoriais “O manifesto contra Críticas diante das irregularidades envol- a CPMF”, “Cangaço no século 21” e da matéria vendo a questão das ONGs. Aparte ao Senador “PSDB vê contabilidade enganosa no programa”, Heráclito Fortes...... 540 publicados no jornal O Estado de S.Paulo, em sua Críticas ao adiamento da reunião do Conselho edição de 11 de maio, 27 de abril e 15 de maio de de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal, 2007, respectivamente...... 421 referente ao “caso Renan Calheiros”...... 545 Comentários sobre as investigações do “caso Considerações sobre o adiamento da reunião do Renan Calheiros”...... 546 Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Considerações sobre o “caso Renan Federal, referente ao “caso Renan Calheiros”...... 553 Calheiros”...... 564 Registro da matéria intitulada “Por que investir VALDIR RAUPP fora”, publicada no jornal O Estado de S.Paulo, edi- ção de 03 de junho de 2007. Registro do editorial Discussão da Medida Provisória nº 365, de intitulado “Atraso injustificável”, publicado no jornal 2007, que abre crédito extraordinário em favor de Folha de S.Paulo, edição de 11 de maio de 2007.... 584 Encargos Financeiros da União, no valor de cinco SÉRGIO ZAMBIASI bilhões e duzentos milhões de reais, para o fim que especifica...... 378 Requerimento nº 811, de 2007, requer que sejam encaminhados Votos de Aplauso ao brasileiro Cristiano VALTER PEREIRA Pinto dos Santos, que caminhou 2.700 quilômetros, de Cachoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre, Comentário sobre a concessão de autoriza- até Brasília, durante 176 dias, para chamar a atenção ção à Prefeitura de Campo Grande para contrair do Brasil para o problema da obesidade...... 362 empréstimo do Fundo Financeiro para o Desenvol- vimento da Bacia do Prata – FONPLATA...... 37 SERYS SLHESSARENKO Parecer nº 611, de 2007 (da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania), sobre o Projeto Parecer nº 607, de 2007 (da Comissão de As- de Lei do Senado nº 163, de 2007, de autoria do suntos Econômicos), sobre a Mensagem nº 111, de Senador Aloizio Mercadante, que altera dispositi- 2007, que submete à apreciação do Senado Federal vos do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de a indicação da Senhora Maria Helena dos Santos Fer- 1940 – Código Penal, que tratam da substituição nandes de Santana para exercer o cargo de Presidente da pena privativa de liberdade...... 514 da Comissão de Valores Mobiliários – CVM...... 345 Comentários sobre o Conselho de Ética, re- Registro da presença no Senado Federal ferente ao “caso Renan Calheiros”...... 562 das quebradeira de coco babaçu dos Estados do Maranhão, Piauí, Pará e Tocantins...... 389 WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA SIBÁ MACHADO Considerações a respeito dos trabalhos desta Casa...... 386 Considerações sobre a Proposta de Emen- da à Constituição nº 11, de 2003, da qual S.Exa. é Comentários sobre o Conselho de Ética e o primeiro signatário, que disciplina a escolha de Decoro Parlamentar do Senado Federal, referente suplentes de Senador...... 10 ao “caso Renan Calheiros”...... 552 Comentário sobre o piso nacional do salário Considerações sobre o “caso Renan mínimo. Aparte ao Senador Garibaldi Alves Filho.. 18 Calheiros”...... 563 Considerações a respeito do Relatório da ONU sobre o meio ambiente. Aparte ao Senador WILSON MATOS Mozarildo Cavalcanti...... 22 Exaltação à carreira política do Senhor Franco Relato do trabalho de S.Exa. na suplência Montoro. Aparte ao Senador Pedro Simon...... 27 do Senador Alvaro Dias, por ocasião de sua des- Apelo para que a Medida Provisória nº 366 pedida do Senado Federal, em razão do término entre na pauta do dia 11 de julho de 2007...... 33 da licença do titular...... 531