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Quinta-feira 4 DESTAQUE 17 de Outubro de 2019

risco, pois a linha, reparada João Dias | VISITA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA meses a fio pelos chineses, não está em boas condições. A escassos dias do Presidente Já a viagem seguia tranquila da República, João Lourenço, com o balançar subtil do com - efectuar uma visita de trabalho boio, quando o passageiro ao município bieno do Cuemba, Cuemba está mobilizado que tinha sido retirado voltou. na fronteira com o município Para ele, foi cometida a maior de Cangumbe, , há obras injustiça na face da terra. “Isso por todo o lado. até é melhor só cubar (mor - Tudo está por fazer, num e ultima os preparativos rer). Mesmo por cima do meu município onde o desenvol - dinheiro, queriam me enviar vimento teima em chegar, lá nos subúrbios”, disse, numa embora os tímidos sinais este - | referência à carruagem da jam à vista: atravessado pelo terceira classe. Caminho de Ferro, um hospital Ao som dos trilhos, num regional de média dimensão, compasso binário, a viagem a ser inaugurado, duas escolas, seguia tranquila, na perma - um balcão do BPC, uma casa nente fricção da aderência das para médicos e o palácio do rodas de ferro à linha férrea, administrador. no sempre estridente som do Por enquanto, o município “tic-tac”. Os ânimos até há tem apenas algumas insti - pouco tempo exaltados, deram tuições que representam a lugar à calmia, não raro, pro - presença do Estado. Não exis - vocada pelo sono que vem tem quaisquer tipos de alo - sem avisar. Ao longo da linha, jamentos. É uma terra por no serpentear dos trilhos, a explorar. A escassas horas da paisagem é vislumbrada. visita do Chefe de Estado, há Passados 25 minutos de pinturas por fazer, portas por viagem, o comboio chegava colocar, ligações eléctricas à pequena estação da Chipeta, por instalar, muros por levan - onde entraram mais passa - tar e pavimentos por concluir. geiros nas já estoiradas car - Mas é no Cuemba onde está ruagens de terceira classe, reservada a realização da pró - tamanha era a desorganização xima reunião do Conselho de e o modo como as pessoas Governação Local. viajam “amontoadas”. A mis - tura de odores se torna numa experiência difícil. Mas, quem A comunidade está pagou para ali estar, con - mobilizada. Todos forma-se. Não há volta a dar, trabalham para que não há alternativa. tudo corra De quando em quando, da conforme o janela avistam-se, à distância, esperado, sendo pequenas aldeias no meio de que a rua principal densos espaços verdes. Ape - já se encontra De facto, a carruagem de onde se com os agentes da polícia “O problema do angolano complicadas”, afirmou, para nas casas, nos vilarejos de embelezada com as ele saiu é caracterizada pela e funcionários dos Caminhos é que não respeita a lei. Até mais adiante tentar levar o adobes e tectos de capim seco. cores da bandeira confusão, mistura de odores de Ferro de (CFB). um agente da autoridade, confusionista à reflexão: Dependem de si próprios. nacional e os caules corporais com outras com - O problema é só um: desor - uma pessoa fardada não é “assim mesmo, não tens Afastados de tudo, os “ere - das árvores binações e até amontoados ganização. A bilheteira da esta - respeitada. Até um agente bilhete dessa classe, mas con - mitas” estão entregues à pró - pintados a branco de mercadorias sobre as pes - ção do Cunje vendeu bilhetes fardado é agredido. No mono - tinuas a fazer confusão?”. pria sorte. Vê-se ao longe, soas. Era um autêntico aten - para lá do número de assentos. partidarismo não havia isso”, 8h07 - Ligeiro atraso. O gente na lavoura a semear tado à sua dignidade. Deviam vender mediante o lamenta um passageiro, ao comboio parte da estação do futuro. A semear sobrevivên - As autoridades asseguram A carruagem de 2ª classe é número de cadeiras disponí - referir-se ao “passageiro con - Cunje para o Cuemba. São 5 cia debaixo de um sol que a que tudo está a ser preparado mais calma e um pouco ele - veis. Compram-se os bilhetes fusionista”. Outra passageira, horas pela frente e uma velo - todos toca, mas vê-se tam - para a visita. A comunidade gante. “Aqui ninguém me tira. contendo o número do assento, completamente incrédula cidade de 40 km/h, embora bém, ao longe, gente a praticar está mobilizada. Todos tra - Tenho o meu dinheiro e se mas as cadeiras não estão com o que estava a acontecer, o maquinista, ora sim, ora desmatamento para fazer car - balham para que tudo corra quiserem acrescento dinheiro numeradas, o que gerou disse: “há pessoas que nas - não, atrevia-se a esticar um vão. Afinal, nem sempre a conforme o esperado, sendo ao bilhete de terceira”, disse, imensa confusão, mas também ceram complicadas, vivem pouco mais. Às vezes arriscava sobrevivência é acompanhada que a rua principal já se encon - em voz alta, ao confrontar- conversas paralelas. complicadas e continuam os 80 por hora, mas era um da ética! tra embelezada com as cores da bandeira nacional e os cau - les das árvores pintados a branco. Na medida do possível, lhes devia dar guarida, parecem miragem. talmente de que a lógica da viagem é as poucas ruas do município E se o comboio não existisse… A realidade é bem mais hostil para quem a de “pára e anda, anda e pára”. do Cuemba estão por asfaltar. vê do lado da janela do comboio. Nos bancos de trás, uma conversa Com o Plano Integrado de A realidade é dura, concreta e corrosiva saudosista dos tempos que já se foram. Intervenção nos Municípios 9h05 - Estação da . Comércio cabeça querem seguir viagem. Nada os para as crianças, que são o futuro. Com São senhores a abeirar os 70 que se (PIIM), estão previstas a asfal - informal fértil. Os passageiros do comboio pode deter. É, pelo menos, o que mos - roupas aos farrapos, as crianças estão lembram dos tempos em que se apro - tagem de dez quilómetros de desdobram-se em compras, na sua maio - tram... as trochas são, em muitos casos, privadas de sonhos e de fantasia. São veitava a produção nacional para expor - estradas da sede municipal. ria, de produtos agrícolas. Os vendedores tão grandes que parecem indicar elas e as suas circunstâncias. Vendem tação. Tempos em que “as autoridades “despacham” tudo a preços módicos. mudança de uma comuna a outra. Mas mais do que deviam às margens da linha coloniais exploravam bem estas terras. Viagem ao Cuemba Não satisfeitos com as vendas fora do não. São apenas negócios de sobrevi - férrea. Outras, vão de carruagem em Nós é que andamos numa letargia que A estação está cheia de pas - comboio, os pregões de produtos passam vência. É peso que se farta sobre as carruagem a vender. Têm a missão de só visto”. Mal avançamos, o comboio sageiros, logo pela manhã. para o interior das carruagens, onde se cabeças, mas mantêm-se firmes. Há esgotar os produtos que levam para pára mais uma vez. São 11h34. Há mais Todos com os bilhetes de pas - vende de tudo. Até perna de boi (o cha - venda, há comércio do lado da janela dentro do comboio, enquanto durar a uma avaria. Receios instalam-se, mais sagem bem guardados para mado “mocotó”), medicamentos de do comboio. viagem. É quase que obrigatório que uma vez. A mangueira que dá pressão garantir a viagem, pois no maculo (oxiúros), alimentos, bebidas e Mas o preço do feijão desanima. É vendam tudo, pois disso depende o ao motor rebentou, mas uma das portas interior do comboio existem até medicamentos para “aliviar ciúmes”. assunto de conversa. É mote para con - bilhete para o regresso à casa, quando do vagão que transporta atados de peixe várias vistorias. O bilhete para A zanga é imensa e intensa no interior versas de teor político e conjecturas do o sol já se põe. seco e cervejas tinha aberto por si. Quem segunda classe custa 1.800 das carruagens. Afinal, há também a futuro. O preço do quilo de feijão que 10h40 - O comboio faz uma paragem vai ao Luena está preocupado. “Hoje kwanzas e o da 3ª 800 kwan - zanga sobre trilhos. É engraçado, mas passou dos 250 kwanzas para os 700. no meio do nada. Não há quaisquer jus - só chegamos às 20 horas”. No banco zas. “Os vagões para merca - os pregões são tão expressivos, retóricos “É demais! Será que comer feijão vai tificações para a paragem. Receios ins - imediatamente atrás de mim, ouve-se doria estão cheios. Para hoje, e convincentes que se chega a pensar ser luxo? E se o feijão se tornar no nosso talam-se. Mas a buzina estridente, depois a conversa sobre a riqueza de , já não existem carruagens que são verdades... mas o que se quer caviar?”, queixam-se algumas pessoas, de alguns minutos, anuncia o retomar das suas regiões e gentes. “Ficam a lutar vagas”, avisa o maquinista. é apenas vender e há por detrás um assustadas com o preço do feijão em da viagem. Afinal não há azar, há apenas na cidade, mas olha a imensidão do Há alguma desorganização à marketing eficaz, embora sem escola. , considerada a fonte de varie - viagem. 11h00 - Estação do Kwanza. O espaço. Pensa-se que Angola é só ”. partida. Ainda assim, tudo Muitos vão vender em Camacupa. E dades do produto. “Como é possível se nome é dado por estar localizada a Há no vagão conversa construtiva ao aponta para que o comboio depois regressam com o comboio que é aqui onde mais cultivam”, questionam poucos metros do Rio Kwanza. O comboio som de uma das músicas mais badaladas parta da estação do Cunje na sai do Luena. Há movimento. Mas, movi - alguns passageiros. parte. Minutos depois, passa sobre o dos Nirvanas. hora marcada: 8h00. O destino mento nem sempre pressupõe desen - O preço do feijão deixa-os preocu - silencioso e emblemático rio, que nasce 11h55 - Estação do Cuiva. É a última final é Luena, numa viagem volvimento. “O comboio é lento mas já pados. Mas, há mil e uma coisas por no Bié. Nada de novo. Tudo se repete, até ao nosso destino, o Cuemba. Ao de quase 15 horas. ajuda. E se não o tivéssemos…não sei escrutinar. É lá, em Camacupa, onde mas com a diferença de que naquela longe, divisam-se as Quedas do Cuemba. 7h59 - A um minuto para o que seria de nós”, diz um passageiro. as crianças acreditam que o futuro estação entrou para o comboio apenas Mesmo à distância, parecem magníficas. embarque a confusão ins - 10h10 - Estação de Camacupa. Mal começa na escola ainda que a céu aberto, um passageiro. 12h30 - Estação do Cuemba. tala-se na carruagem de 2ª o comboio pára, uma multidão tomada mas é lá onde elas, desde cedo, aprendem 11h20 - Estação do Cuéji. O comboio O comboio do Luena aguarda pelos classe do comboio com des - pela ansiedade sobe às pressas como o marketing da sobrevivência, vendendo pára em todas as paragens. Por isso, a passageiros vindos do Bié. Há uma dinâ - tino ao Cuemba. Um passa - se não houvesse amanhã. Passageiros produtos do campo, faça sol, faça chuva. viagem não é mesmo fácil. Quando se mica económica entre as regiões. É lenta geiro da 3ª classe entendeu com trouxas de todos os tamanhos à E a infância?? Os 11 compromissos, que viaja assim, o melhor é preparar-se men - mas existe. que deve viajar na 2ª classe. Quinta-feira DESTAQUE 17 de Outubro de 2019 5

JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO duas filhas. “Deste trabalho sai o sustento da família”, disse. Encontramos o senhor Jorge Artur Dias no interior de um Toyota Land-Cruiser e nos confidenciou que vai ao Cuito para receber uma visita. Afirmou que dificilmente viaja por estrada devido ao mau estado da via e da idade. “Raramente viajo, mas quando o faço sinto muito pelo mau estado das estradas. Vejo que estão a fazer algum trabalho, mas recomendo já que façam valas de drenagem ao longo da via”, alertou. Fernando Machado, taxista há sete anos, afirmou que cobrar pela passagem mil kwanzas por cabeça é o mínimo que lhes permite repor as peças que se estragam por causa do mau estado da estrada. “Não podemos cobrar mais porque as pessoas têm pouco dinheiro, o estado da via não facilita”, lamenta Fer - nando, 36 anos, que tem sob sua dependência a esposa e oito filhos. O taxista espera que as obras não voltem a parar, para não dificultar a vida da população. PROVÍNCIA DO BIÉ "Marco zero" reabilitado À entrada da sede municipal de Camacupa, a nossa equipa de reportagem fez um desvio Reabilitação de estrada encurta e fomos até ao conhecido "Marco zero de Angola", no famoso Centro Geodésico de Camacupa, onde está a estátua distância entre Cuito e o Cuemba do Cristo Rei. Vimos no local alguns homens a reabilitar o recinto e, segundo o chefe de obras, Celestino Inácio, a João Constantino | Cuemba JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO tagem pôde verificar no local. muito. Agora basta apenas empreitada, que consiste na Retornando a nossa viagem, nós fazermos a nossa parte e reabilitação dos muros, pin - até ao município de Cama - não acelerarmos muito, por - tura e colocação da vedação, Quando nos propusemos a cupa, podemos percorrer que podem surgir outros pro - teve início há seis meses. percorrer os 162 quilómetros cerca de 10 quilómetros em blemas, como acidentes”, "Ainda esta semana vamos de estrada entre os municípios estrada de terra batida, mas disse, por sua vez, um con - fazer a entrega da mesma à do Cuito e do Cuemba está - em bom estado. A nossa velha dutor de um velho Toyota Administração”, garantiu. vamos conscientes das difi - Toyota Land-Cruiser chegou Corola, que o encontramos a O Centro Geodésico de culdades que encontraríamos. a atingir a velocidade de 100 lotar o seu carro, na paragem Camacupa poderia servir de Se, por um lado, há paisagens quilómetros por hora. do bairro Lundumba, na sede fonte de receita para as acti - maravilhosas, por outro temos de Catabola. vidades turísticas. A sede muni - o espectro deixado pela guerra Satisfação de taxistas O lotador, André Pedro, de cipal, também a precisar de e uma população carente de A reabilitação do trajecto 27 anos, exerce esse tipo de reabilitação urgente, tem as bens e serviços. Mas o nosso Cuito-Catabola deixa alguns actividade com mais três cole - suas infra-estruturas ainda propósito foi mesmo inspec - taxistas satisfeitos, pois as gas e disse que ganham por com aspecto do tempo da cionar uma estrada muito viaturas que necessitavam dia entre cinco a sete mil guerra, apesar de existirem importante para estes dois de trocar os acessórios com kwanzas, valor que é dividido novas estruturas, como escolas municípios do Bié, e não só. regularidade irão deixar de o por ambos. e hospitais. Aqui em Camacupa, Durante a nossa caminhada, fazer. Ernesto Tomás, taxista “Tenho formação de nível o comboio do CFB tem servido logo no quilometro 17, pode - há oito anos na via Cuito- médio, mas não consigo para o transporte de pessoas mos observar que ela reco - Catabola, mostrou-se satis - emprego. Trabalhar aqui já e bens. À saída do município meçou a ser construída. A Centro Geodésico de Camacupa onde está a estátua de Cristo Rei feito pelo facto da viagem ser me ajuda muito. Não temos não foi possível abastecer a Estrada Nacional 250, que mais cómoda. constrangimentos, porque viatura. A ideia era atestar o liga a cidade do Cuito ao muni - depois de 10 quilómetros de nhou, não será problema, “Desde terça-feira que as mensalmente pagamos aos depósito, já que o próximo des - cípio do Cuemba, a oeste, estrada, encontramos mais pois têm a pedreira junto do viagens deixaram de ser muito fiscais da administração dois tino, o Cuemba, não tem um começou a ser reabilitada na uma brigada da empresa local onde começaram as penosas. Estão a terraplanar a três mil kwanzas”, afirmou único posto de abastecimento última terça-feira, 15. Homens Engevia, encarregada da rea - obras. De resto, a nossa repor - a estrada e isso nos facilita o jovem, que tem mulher e de combustível. e máquinas começaram a bilitação da estrada Catabola- movimentar-se ao longo da Camacupa, num percurso de via, fazendo terraplanagem. quase 20 quilómetros. Até Um trabalho que se encon - aqui a estrada é muito péssima pelo Governo, no âmbito do os jornalistas. Na ocasião, trava paralizado há cerca de e vai dar até à aldeia do Chi - Município do Cuemba Programa de Investimentos pediu ajuda ao Executivo para um ano. kuekue. Daí para a localidade Municipal. A seguir, localizamos recuperar a Estrada Nacional Logo à entrada da comuna de Kalombambu encontramos Entre boas paisagens e as conta um dos moradores, sem a pista de terra batida que está 250. Para ele, esta a condição da Chipeta, no município de um desvio de cerca de cinco imponentes pontes, sem dei - querer identificar-se. a ser construída. Pela estrada sine qua non para o desenvol - Catabola, a nossa equipa de quilómetros, onde paramos xarmos de nos referir ao mau Assim que mantínhamos a nacional ainda são visíveis car - vimento do município. reportagem fez a primeira para conversar com um dos estado da estrada, chegamos conversa, chegou um idoso caças de camiões queimados “A estrada está a fazer muita paragem para falar com um encarregados de obra. à localidade de Chindumba, que na língua local, umbundu, durante a guerra, blindados des - falta. Eu creio que quando o grupo de adolescentes que Depois de uma breve apre - um sector localizado a cerca pedia dinheiro. Graças ao gesto truídos à beira da estrada, mas asfalto chegar até aqui, o nosso saía da escola e se dirigia à sentação, o encarregado de de 20 quilómetros da sede que fazia entendemos que também belas pontes construí - município vai desenvolver muito”, sede comunal. obra explicou que, devido ao municipal do Cuemba. queria dinheiro. Sem notas das com engenharia de ponta. afirmou o administrador. Manuel Chagas, adolescente tempo chuvoso, poderão levar As várias máquinas avaria - pequenas, oferecemos mil Pena é que a lama e a argila A nossa reportagem termi - de 16 anos, afirmou desco - mais de três meses para ter - das a beira da estrada chama - kwanzas ao ancião que, agra - estão a criar charcos de água, nou aqui, mas a Estrada Nacio - nhecer o que estão a fazer na raplanar os 17 quilómetros ram a nossa atenção. São má- decido, afastou-se satisfeito. que podem acelerar a deterio - nal 250 vai até ao município estrada, mas admitiu ter visto restantes até ao município de quinas de terraplanagem e Mais adiante encontramos ração das mesmas, pois não se do Cangombe, província do algumas máquinas pesadas Camacupa. “Agora estamos asfaltagem de estradas de o Comando do 2º Batalhão de faz a sua manutenção regular. Moxico, passando pela comuna a passar. “Seria bom se as a colocar a sub-base, depois grande porte. “Estas máquinas Infantaria das Forças Armadas Depois de percorrermos os do . Até onde pode - obras da estrada começassem. a base e só mais tarde vamos pertenciam a ex- Bricomil (Bri - Angolanas. Logo depois, o pior 162 quilómetros de carro, mos chegar, concluímos que A estrada está muito mal. Para colocar o asfalto”, explicou gada de Construção Militar). local da estrada para se circular encontramos o administrador ainda é difícil viajar por estrada nos deslocarmos ao Cuito o responsável de obras, de Estão aqui desde 1992 e devido devido ao terreno argiloso. municipal, João Baptista Mário, do Cuito ao Cuemba, passando demora-se muito, por causa nacionalidade brasileira, mas ao retorno da guerra acabaram À entrada da sede municipal, entretanto bastante ocupado. pelos municípios de Catabola dos buracos”, disse. Conti - que não aceitou identificar- por estragar-se mesmo aqui”, vemos as 100 casas construídas Concedeu uns minutos para e Camacupa. nuando a nossa viagem, se. A matéria-prima, subli -