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Especialista em Psicopedagogia pela ** *

Universidade Federal do RioGrande Universidade Federal do Rio Grande Revista Memorar Revista E - mail:

Doutora em Teoria Literatura. da [email protected]

Professora Adjunta da FURG; de Santa Catarina (UNISUL E - mail: [email protected] e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e, Rio Grande, RS, Brasil. Rio Grande, RS, Brasil. Universidade do Sul

– –

FURG, FURG,

n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 ).

Palavras isolamento, Zygmunt de sociológico a de levam situação que Ga sociais de fenômenos linhas nas Durand; Gibert imaginário e Bachelard do teoria da co e descentramento de espaços a oposição em resistência e proteção de que obra, na espaciais categorias sobre refletir melhor Para subjetividade. se renúncia como ao exteriormundo acomprime que subjetivas, questões Altair de questã avulsa, a imagético plano Terra seu no evidencia obra A Martins. obra na espacialidade Resumo: avulse. Keywords the considering v sociological isolation to character the lead that phenomenon social the about discuss to intend also the lines of Gaston Bachelard and Gilbert Durand; we in theory imaginary the of contribution the for in look spaces which resistance spaces to book, opposition and the protection of as categories configure spatial reflecting the better about For subjectivity. the compresses that world external the to the denial with to characterizes it relating space subjective physical the the plan of imagery its problem in shows book The Martins. book the of spatiality Abstract: OS ESPAÇOS EMOS ÓRFÃOS AVULSA Márcia Regina da 22 d epç fsc relacionando físico espaço do o

- - 55 ch S : This analysis intends to think about the the about think to intends analysis This

sa nls peed pna na pensar pretende análise Esta ave: ave: maio self the which in questions, iew of Zygmunt Bauman. Zygmunt of iew

patiality.

DE ALTAIR MARTINSDE ALTAIR Espaço. Imaginário. Terra avulsa. Terra Imaginário. Espaço. / ago no qual o caracteriza autoexílio

ntrole, buscamos a contribuição a buscamos ntrole, of decentering and control. We control. and decentering of . 2017

se Bauman Silva Quintanilha Veras Terra avulsa, avulsa, Terra Imaginary theory. theory. Imaginary configuram como espaços como configuram . Mairim Linck Piva apoiam

ISSN: 2358 ISSN:

para discutir sobre sobre discutir para .

- o n nos esngm à personagem

TERRA TERRA from Altair Altair from - - 0593. o

olhar o o as com

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exile exile ston

** os os

*

-

22

contemporaneidadeapresenta e Avulsa: 1. Introdução Revista Memorar Revista do teoria da contribuição a buscamos obra na presentes espaciais representações dessas análise Para controle. e descentramento de espaços a oposição em resistência e proteção 2. Imagináriocategorias sociedade na espaciais e pós pertencimentoconstituem suatrajetória que avulso. de não e pertencimento de espaciais memórias as evocar permite movimento esse também caracteriza relacionando físico espaço 55 metros funda umpaís. que apósassaltado rua, serna encerrar resolve evidencia manter sua na pós herói o romântico, e moderno épico, herói do diferentemente que aponta qual na Martins, Altair de doutorado de tese na defendido pensamento ao se alia ficcional construção a forma, Dessa consumo. no e aparência na baseada sociedade manter obra apresenta na que tema contemporânea, vida na humano isolamento do questão a tematiza intitulado romance - O estudo acadêmico de Martins reali Martins de acadêmico estudo O sul escritor O obra na espaciais categorias As do questão a imagético plano seu no evidencia Martins Altair de romance O se intacto ee sbe nraia otmoâe, ictno ppl o srtr na escritor do papel o discutindo contemporânea, narrativa a sobre teses - - se como estratégia de resistência, maneira utilizada pelo protagonista para para protagonista pelo utilizada maneira resistência, de estratégia como se se no comportamento do protagonista do romance, o tradutor Pedro Vicente, Pedro tradutor o romance, do protagonista do comportamento no se - se como renúncia ao mundo exterior que comprime a su a comprime que exterior mundo ao renúncia como se tureza intacta frente ao mundo

e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e,

pela via do não pertencimento, em relação à barbárie instaura er avulsa, Terra - rio (MARTINS, 2013, p. 341) 2013, (MARTINS, natureza. uma legitimam lhe recusa a e solidão Sua a mundo. onde romance, de o é sistema caverna um sabotar intenta que leviana escrita a escrita, a é Embaralhando a verdade com a imp - grandense Altair Martins finaliza sua tese de doutorado de tese sua finaliza Martins Altair grandense

- o com as questões subjetivas. O autoexílio do personagem do autoexílio O subjetivas. questões as com o

-

o como novoherói um queo atua: n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2

ulcd pl eioa eod m 2014. em Record editora pela publicado

er avulsa Terra (MARTINS, (MARTINS, 2013). O movimento de recusa zou . -

se em seu apartamento, e nesse esem seuapartamento, e nesse se - 22 se em paralelo com a produção de um de produção a com paralelo em se - 55 ostura para reensinar a ler. Seu superpoder

maio configuram

- moderna

/ ago . 2017

-

se como espaços de de espaços como se . - a subjetividade, mas subjetividade, a ISSN: 2358 ISSN: oen fo moderno

romance O da em uma - 0593. paço de ge para para ge Terra

- 23

concretamente ou através do sonho. A casa não é espaçoum vivido somente no presente, que imaginação não espaço esse casa, da constitui natureza a necessariamente subjaz habitado espaço este Para o todo casa. em da imagem estudioso, à ligados estão proteção e refúgio de poéticas imagens à personagem embasamentoZygmuntBauman. no olhar sociológico de o levam que sociais fenômenos Banch Gaston de linhas nas imaginário Revista Memorar Revista 117). Considera então, o isomorfismo simbólico da casa, que pode ser representada como at sua àpassividade sua continuamenteda passa se que e protege e defende que abrigo um sempre é abriga que casa a “que acrescenta espaçosdesejamos solidão. que sofremosou també como resistência, de proteção, e abrigo de locais ser podem mundo no lugares nossos sentidos subjetivos. As lembranças se compartimentalizam espacialmente e nossos por experiênciasrevividas e dentro psicológicas subjetivasespacialid dessa que são pela são memória s nossos acionam memórias Essas refúgios. nossos nos esconderijos, nossos nos abrigos, situa memória espaço;a evocando memórias, através dessas das afetivo espaço o também é exterior mundo do intempéries é nosso canto no mundo” (BACHELARD, 2008, p. 24), e além de espaço de proteção das atual. Esse apego à mo todos mas entimentos mais profundos de intimidade, pois Gaston Bachelard, na Gilbert Durand, Bachelard, assim como a ambivalência e destaca arquétipo desse econstituem trajetóriasujeito enquanto os As memóriasà nossa estão vinculadas um em sim mas tempo, no não situado retorna ele passado o evocamos Quando

os outros lugares que lugares outros os

e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e, nossas lemb

contornados pela imaginação. Dessa forma, esse retorno éesse engendradoDessa retorno forma, contornados pela imaginação. ra lse d poeã. si, arg pd sr vivenciado ser pode abrigo o Assim, proteção. de ilusões cria rada vincula 2008, (BACHELARD, As lembranças são imóveis, tanto mais sólidas quanto mais bem especializadas noslocais. permanece inconsciente O longas por permanências. concretizados duração uma de fósseis belos os encontramos que espaço no é espaço, pelo É - se nas imagens da casa em que passamos a infância, nos nossosinfância,nos a passamos que em imagenscasa danas se - ranças: e oceaet, a pd sr osrío ea nossa pela construído ser pode mas concretamente, se A poética do espaço do poética A

n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 habitamos, reais ou oníricos, vê oníricos, ou reais habitamos,

- se aos valores de proteção e de pertença, pois “a casa elard e Gilbert Durand; e, para discutir sobre os sobre discutir para e, Durand; Gilbert e elard p.29).

ividade defensiva” (DURAND, 1989, p. 1989, (DURAND, defensiva”ividade os regressos aos espaços davividos casa

22 , postula que os espaços pertencentes a espaços pertencentes que os , postula

- 55 iuço e slmno buscamos isolamento de situação

maio

/ ago . 2017 m viver em nossa casa nossa em viver m . ISSN: 2358 ISSN: - 0593.

ade.

m

24

em local de angúde local em transforma se proteção e aconchego de espaço o e simbólicas, variantes outras também traumáticas (DURAND, quando forma, como afigura ventre. materna, o associam esconderijos os infância, da tranquilidade e proteção. Os espaços de proteç de local também como exterioridade, da separação da símbolo enquanto protetora, arma Revista Memorar Revista segurança aponta Baumancomo e reclusão, d e, aoutros sejam criados. todootempo, para que buscao sujeito abrigo na sociedade contemporânea não possuemsolidez e se liquefazem tornar e consumidores A de grupo um infinitos. por aceito desejos ser de a de também é consumo instantânea de possibilidade satisfação garantem que consumo, de templos o estabilidade, de humano desejo o em seguida dissolverem dissolvem tão logo o indivíduo aporte, e novos outros portos de aparecem para os todos procura fixidez, a sem nômades são espaço indivíduos Nesse inseguras. e incertas como sentidas são vivido mundo do experiências as qual no cambiante, espaço como percebido é contemporâneo exterior é um local ameaça dinâmicodeum sistema forçasantagonistas a que psiqueindivíduo. compõem de cada at dso a esço e moêca ra m nv gorfa raa ihs de ilhas urbana, geografia nova uma cria impotência de sensação a disso, iante - se por um tempo visto e umtempovisto reconhecidose por ( Porém, todos esses símbolos de proteção e intimidade podem ser lidos de outra de lidos ser podem intimidade e proteção de símbolos esses todos Porém, urbana violência a e medo o é caótica urbanidade a configura que aspecto Outro Contrapondo e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e,

e orpe a ls urs mgn sobrecarregada imagens outras eles a sobrepõem se stia e de abandono. São todas essas variantessimbólicas essas todas Sãoabandono. de e stia - e o epçs iao a aoe d arg o dfs, espaço o defesa, ou abrigo de valores a ligados espaços aos se desinteg transformam vedados espaços próprio do e física isolamento espiritual, e independência tratar de cultivá própria da cuidar podem extraterritorial construir pequenas M - se se na névoa pós 1989, p. 85). Assim, essas imagens espaciais, podem representar anter os enclaves extraterritoriais isolados do território contínuo da cidade; cidade; da contínuo território do isolados extraterritoriais enclaves os anter dor e angustiante. Sob o olhar de ZygmuntBauman, o ambiente ração da vida comunitária [...] comunitária vida da ração

n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2

eu lgr eetbldd,ms se epçs se espaços esses mas estabilidade, de lugar um de refúgio na sociedade contemporânea passa a ser os ser a passa contemporânea sociedade na refúgio - se a outras imagens arquetipais de proteção, tais proteção, de arquetipais imagens outras a se fortalezas fortalezas no interior das quais os integrantes da elite global - moderna (BAUMAN, 1998). Ao não ser saciado

(2009, p. 43) p. (2009, BAUMAN, 2008).lugares Todosesses BAUMAN, que ão tais como a casa em que vivemos, a casa

22 - se nas nas se - 55

maio , com de: oobjetivo . -

los los e desfrutá

ers iira qe siaa a assinalam que miliárias pedras / ago . 2017 - . los. los. Na paisagem urbana ISSN: 2358 ISSN: pr significações por s

compostas por compostas

- 0593.

25

contemporâneo, é um detonador simbólico da fuga empreendida pelo personagem Pedro personagem empreendida pelo fuga da detonadorsimbólico um écontemporâneo, avulsos 3. Imaginárioespaços e colagem, como incorrendo numane constituída precária, de sempre espaços parece múltiplos identificação nestes a pois pertencimentos, desorientação, de sensação a sujeito ao imputam Revista Memorar Revista torna indivíduo o quais nas coletivo, ao oposição em individuais espaços ou evasão de zonas à levamque que (BAUMAN, 2008, p. repre a “colocando virtual, nexo estabelecer a passa e profundidade e consistência a perde real espaço confundem aparente uma geram que virtuais, imagéticos dentrocenários e de ilusórios deestabelecem pertencimentos ilhas através de contraposição à violência.àe misériaParaGuy Debord du as representam personagens desses nomes Os Brasil. do independente país um decide fundar Jobs, Steve e Mickey de nomeados ladrões, dois por assaltado ser Ao social. vida da apartado espiritualmente e físico espaço um de criação para exterior, espaço do s ae d sceae aiait: sceae o seáuo d cnuo em consumo do e espetáculo do sociedade a capitalista: sociedade da faces as ,

na verdade na - se indiferente a coletivas, Bauman:se como propostas indiferente aponta Na obra ficcional de Altair Martins a violência urbana, uma face do caos caos do face uma urbana, violência a Martins Altair de ficcional obra Na Bauman de perspectiva da partir a descritas instáveis espacialidades Essas o espetáculo, do sociedade Na - se, arranja se,

derrocada das utop das derrocada e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e, ,

traduzem um esvaziamento dos vínculos afetivos e isolamento social, isolamento e afetivos vínculos dos esvaziamento um traduzem cessidade de constante desconstruçãoatualização. dosujeito e

24). As relações se estabelecem pelas ilusões de pertencimento, mas - se assim uma d uma assim se modeloatual divertimentos de direto consumo ou publicidade real. do âmago o É acrescentada. é lhe que decoração uma o projeto do modo de produção ex Considerando em sua o totalidade, espetáculo é ao mesmo tempo o resultado e Sob todas as suas formas particulares particulares formas suas as todas Sob

ias coletivas. Criam coletivas. ias n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 sentação no lugar daquilo que ela deveria representar” deveria ela que daquilo lugar no sentação

segurança. Nestes espaços, realidade e representação e realidade espaços, Nestes segurança. da vida dominante na sociedade. nasociedade. dominante vida da

ialética do pertencimento e não não e pertencimento do ialética

eio oil fox e s eaõs uaa se humanas relações as e afrouxa social tecido 22 - istente. istente. Não é um suplemento do mundo real, - 55 se então espacialidades particulares, espacialidades então se

maio

(1997, p.14):

/ ago .

- 2017

informação ou propaganda, propaganda, ou informação

- o seáuo co espetáculo o , .

ISSN: 2358 ISSN: irrealismo da sociedade sociedade da irrealismo

pertencimento. O pertencimento. - se também pelo também se - 0593. siu o nstitui

26

Revista Memorar Revista matriarcal isomorfismo 1 aparência a pois segurança, como formafugade de resistênciaà mas como o espaço de desamparo e desnorteament p. 1989, (DURAND, estreito” labirinto próprio ele à remete subverte maternal a imagem sentido, Neste originou. o que terra essa por 9) p. 2014, (MARTINS, abandonada” sente esse contrário, pelo proteção, essa personagem postiço, ventre um como serve mãe grande da arquétipo como simbolicamente considerada pátria A traduz de sentimento o dilui cenário que se apresenta é nebulo O etmno aróio (dever patriótico sentimento “O - se como forma de resistência e negação da nacionalidade ou a própria sociedade. própria a ou nacionalidade da negação e resistência de forma como se Diante de uma sociedade que se que sociedade uma de Diante e estabilidade de espaço enquanto gentil tão e apresenta se não mãe pátria A

imagem angustiada do ventre “armado com boca ameaçadora, como também é também como ameaçadora, boca com “armado ventre do angustiada imagem leva o personagem a isolar opersonagemleva e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e, iuço o sao oil oiao eo v pelos dominado social espaço do diluição . ” (DURAND,1989, p. p. 160). (DURAND,1989, ” pertença Mas sujas. palavras as evitar suore fezes, urina dentro tinhampor e cosméticos consumir e consumir sorrir, de creme óleos perfumes usassem, quefediam. Disfarçava roupas mais por todas, pessoas, as todas que abandonado país do Reconhecia coletiva. saída maisuma em acredita não pois individual, saída uma per escreve” vi coisa, sim, como Me um vaso sem flor que impotência. passa a vida inteiminha mostrar para Brasil do arrancou me [...] semana e impotência em relação ao Brasil: “me deu a t pelo mas assalto, pelo gerado medo pelo somente está condicionado personagem não exíliodo movimentodo o Assim, comum” cético morno, ser a seu buscar a tende que próprio bem pessoa uma é “cidadão” O ele. sugeriu cidadão, do C omo de Tocqueville há muito suspeitava [...] suspeitava muito há Tocqueville de omo sonagem se sinta indiferente e impotente frente ao meio social, buscando buscando social, meio ao frente impotente e indiferente sinta se sonagem - se e vincul e se - se

, à “boa so “boa à ,

-

MRIS 21, . 8 p. 2014, (MARTINS, n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 ia dizer matriótico) seria apenas a instituição subjetiva deste deste subjetiva instituição a apenas seria matriótico) dizer ia um espaço nutridor e de aconchego, não apresenta ao apresenta não aconchego, de e nutridor espaço um sceae dsa om, mvmno e autoexílio de movimento o forma, desta sociedade, à so. O fim das utopias de resistências e das lutas coletivas - estar estar através do bem -

se em suacasase e umpaís: fundar a ciedade” ou à “sociedade justa” “sociedade à ou ciedade” -

se a uma negatividade; ao invés do aconchego, do invés ao negatividade; uma a se

constitui sociedade tal qual se apresenta ao personagem: talqualao seapresentasociedade ou prudente em relação à “causa comum”, ao “bem “bem ao comum”, “causa à relação em prudente ou

o, levando 22

pelas relações fluidas e esvaziadas, o esvaziadas, e fluidas relações pelas - - estar estar da cidade 55

85). Assim, a pátria caracteriza pátria a Assim, 85). - - .

9). Esse sentimento faz com que o o que com faz sentimento Esse 9).

maio se um filho ‘bastardo ou criança criança ou ‘bastardo filho um se (MARTINS, 2014, p. 71) 2014, (MARTINS, - o ao movimento de evasão, não

/ descontentamento e sentimento de sentimento e descontentamento ago entação entação de viver alheio a períodos . . O indivíduo é o pior inimigo pior o é indivíduo O . 2017 – nuo d cnuo e consumo de ínculos

enquanto

(BAUMAN, 2001, p. 45) p. 2001, (BAUMAN, . ISSN: 2358 ISSN: 1 m como modos sociais , que nos origina e origina nos que , ra ra lendo paredes e não

o o indivíduo tende .

- 0593.

- se .

27

conjunto, se transformam ilogicamente e redobram o conjunto”. (DURAND, 1989, p. p. 1989, (DURAND, conjunto”. o redobram e ilogicamente transformam se conjunto, objetos aponta para os aspectos simbólicos da miniaturização, reiterando que em escala menor autônomos sistemas reproduzissem di uma de algo tem mínimo Revista Memorar Revista à sociedade na qual vivia e faz com que dentro de seu país subverta o referencial simbólico consumindo contiguidade, estabelecer deitar, poderia eu qual a com boneca uma como respondesse Eudora sexuais, fantasias m deforma como objeto, de condição na pensada é essa até único entanto, No contato. o faz qual éo com humano trabalha, tradutor o qual para editora da representante Eudora, e humanos 2014 natureza da era explicava, madeira de mancebo o Ora, liberdade. da medo tanto tinham objetos os “porque como existenciais, com mancebo nem e falava não mas monitorava guarda de fronteira, “sempre foi o bambu da janela, como um guarda de fronteira que me assu a são objetos os qual no protagonista, destituídos do da sua funcionalidade e referência subjetivo original, deformando sua essência e passam imaginário espaço novo um de forma coisa enquanto que pontovista, quescoisas, sugerindo umnovo das reverso o compreender pode miniaturização de fantasia a perspectiva, Nessa 147). ,

, p. 111) humanas características mir

o refúgio do apartamento é a negação do imaginário social exterior e a fundação fundação a e exterior social imaginário do negação a é apartamento do refúgio o Martins (2011, p. 284) em sua t sua em 284) p. (2011, Martins refratário faz o contemporâneo social ambiente ao frente Pedro de desconforto O Os objetos dentro da espacialidade daquele país em miniatura per Neste metamorfoseiam - a antes .

espaço, Pedro procura manter um distanciamento da sociedade e dos seres e da procuraumdistanciamento dos sociedadeespaço, Pedro manter e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e,

qa etblc u cntne ilg, dsuse sbe questões sobre discussões e diálogo, constante um estabelece qual o e assumem funções humanas interagindo com Pedro Vicente. Dessa Dessa Vicente. Pedro com interagindo humanas funções assumem e anter um distanciamento das relações humanas. Por exemplo, em exemplo, Por relações dashumanas.distanciamento anterum do fim davalidadedo fim e sem prejuízo sofriao dos tijolos duplos. Um país honesto onde só eu, o monarca em terr 55 metros quadrados de área construída, cujas pa menor Um território que menosbem o Vaticano, canalha também. Um país de - se é pensada de forma passiva e despersonificada: “melhor que que “melhor despersonificada: e passiva forma de pensada é

e assumem fo assumem e eso ómc: oo e oa a cia autônomas coisas as todas se como cósmica: mensão

n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 , tais como o bambu na janela que janela na bambu o como tais , ms especulares” mas , sv cseee (ATN, 2014, (MARTINS, cassetete” usava .

(MARTINS, 2014, p. p. 226). (MARTINS,2014, ese aponta “que a busca do universal no espaço no universal do busca a “que aponta ese de se submeter a alguma sintaxe alguma a submeter se de rmas e funções diversas: “contaminados pelo “contaminados diversas: funções e rmas culpa”. (MARTINS, 2014 tiona aaté realidadeapresentada. então 22 - 55

maio .

et msa ser, Durand esteira, mesma Nesta / ago

. 2017 redes redes eram opacas e do tempo . ISSN: 2358 ISSN:

transforma dem a referência , p. 52). , p. ” (MARTINS, (MARTINS, ”

. 3, u o ou, 53), p. eno eno de napa, - 0593.

- se

suas

em os

28

pode se tornar sujeito sem primeiro virar mercadoria, e ninguém pode manter segura sua segura manter sua ninguém pode e mercadoria, primeiro virar sem sujeito tornar pode se consequentemente “desanexado” da sociedade de consumidores. Desta forma, “ninguém uma há e consumir consumo de constante de necessidade afinidades pelas estabelecidos são pessoas as entre Os vínculos humanas”. interações de peculiar rede na unidades principais as tornar se a tende potencia dos encontros “Os 19): p. (2008, BAUMAN aponta Como consumo. de sociedade da relações nas reproduzindo se vem que humano do coisificação de processo do especular é Pedro por criada mundo externo, humanizando os ob Revista Memorar Revista subverterda a sociedade normalidadeexterna. despojar de forma como superficial intimidade de relação característic assumem e personificam se objetos Os exterior. mundo do percepção a desautomatiza que subjetivo, simbólico espaço um de formação de possibilidade a experiência desta fazendo pertença, não de experiência que osvalorescondensem ese seenrique permite ao sonhador possuir melhor o seu mundo, pois a compressão do espaço faz como também miniaturização, da poéticos espaços dos devaneios nos que aponta Bachelard des protagonista ao permite menor escala em território Esse miniatura. em país um avulso, espaço um a protagonista o leva mercadoria vendável. ser o forma, Desta consumo. de símbolos transforma subjetividade a pese, mercadoria uma de exigidas e esperadas ressuscitar reanimar, sem subjetividade

d paredes pelas criada fronteira A cotidiano, do espaço no impõe se que artificial mundo do colonização da fuga A e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e,

que 2008, (BACHELARD, com e longe, de possuímos Nos criou. as que longínquo negando o Elasnossa "posse", à compor". então oferecemse vêm "se dispares v de gostaríamos que em país olhar. O longínquo nada dispersa. no Ao contrário, ele agrupa numa miniatura um “mergulhar” tornam horizonte para no perdidas intermediário aldeias As espaço minúsculo. o transpõe sonhador grande O jetos e coisificando o humano. No entanto, essa ordenação de

n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 is consumidores com os potenciais objetos de consumo de objetos potenciais os com consumidores is - se também em mercadoria, e é construída através dos através construída é e mercadoria, em também se

nov vincular

e recarregar de maneira perpétua as capacidades as perpétua maneira de recarregar e os produtos sob a pena a sob produtos os çam. vendável

p.178) aatmno emt a poaoit a protagonista ao permite apartamento o - e o vlrs mots ea sociedade. pela impostos valores dos se

uao e rnfra abm m uma em também transforma se humano

as humanas, com os quais mantém uma mantém quais os com humanas, as . 22

vr Ns min Nas iver. .

- ” 55

(BAUMAN, 2008, p. 20). Em que Em 20). p. 2008, (BAUMAN,

maio

/ ago - se dos vínculos humanos e humanos vínculos dos se iaturas do longínquo, as coisas coisas as longínquo, do iaturas . 2017 de . - sentir ISSN: 2358 ISSN: se então pátrias para o para pátrias então se - se tranquilidade! tranquilidade! obsoleto e e obsoleto - 0593.

29

das lembranças simboliza a topografia de nossa intimidade, “é nosso também canto do mundo” casa e também o a espaço Bachelard, Para superficiais. subjetivas relações em pautado moderno personagem Revista Memorar Revista sangue demãe uma inventou não adotivas mãesduas de memória a com “viver personagem parao pois mater figura da substituição uma constituíram não Izolina madrinha e Berenice tia a 2014, p. 31). Os lugares de mãe foram espaços de ausências, mesmo as figuras maternas, su o tapavam os não tive que mães as e furos, deixou me mãe de chegada. lu O meuidioma de éo qual maspreciso entender autoria. umtradutor, Sou causada pelo desconhecimento de sua origem: “Nasci, é certo, e ninguém assumiu minha esse que perceber possível É sentimento pai.de não pertencimento no personagem verdadeiro seu também desconhece e sangue de vital sanguíneo viv e im mora Bachelard pertencimento. não vão passado do dispersas e pertencimento de espacial memórias mosaico um de através construída ashistória sua constituindo exílio, seu No 279). p. 2013, (MARTINS, cons recordar, ao “A memória constrói nossa individualidade tanto como sujeitos quanto como povo, é que, n com e lembranças nossas com reencontro de local um constituindo ,

dessa formadessa perecíveis dentro de nós” idos de abandono. das habitam conosco em nossa casa nova, pois “as moradas do passado são são passado do moradas “as pois nova, casa nossa em conosco habitam das odesprendeque provisório, resistência espaçodeseu é apartamento espaçodo O vínculo um permite que materno ventre o é humano ser do morada primeira A forma Dessa

do mundo ambiente, e também ajuda a resistir à dissolução do mundo pós mundo do dissolução à resistir a ajuda também e ambiente, mundo do , e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e,

, pois: – Pedro reconstrói a sua trajetória como um ser avulso a partir dos espaçosados partiravulso ser um trajetóriacomo sua a reconstrói Pedro entre mãe e filho. No entanto, o entanto, No filho. e mãe entre

só uma suspeita” (MARTINS, 2014, p. 31). O desconhecimento de sua de desconhecimento O 31). p. 2014, (MARTINS,suspeita” uma só truímos diariamente quem somos somos quem diariamente truímos ,

cs cmred a compreende casa a se (BACHELARD, Imemorial. o como Imóvel,imóvel vida nossa de lembranças as moradas voltam diversas as casa, nova na Quando, antigos. dias sonhos, dos tesouros os guardam e interpenetram Pelos história. nossa de Assim, a casa não vive somente o dia . Esse espaço de reclusão possibilitou o fluir das lembranças, (2008,

n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2

p. 26) p.

das antigas moradias, viajamos até o país da Infância Infância da país o até viajamos moradias, antigas das

aponta que as lembranças de nossas antigas nossas de lembranças as que aponta

oorfa e os sr as íntimo, mais ser nosso de topografia

acentua personagem é abandonado por sua mãe sua por abandonado é personagem 22 - 55 no -

a maio s alteramos e nos solidificamos nos e alteramos s - dia, dia, no fio de uma história, na narrativa - se se devido a essa fresta profunda

/ ago . 2017 ficiente

2008, . ISSN: 2358 ISSN: ossa subjetividade. subjetividade. ossa

p.200 ” (MARTINS, ” - - 201) 0593. .

gar na, na, ” -

30

como para dentro do próprio texto peloqualcomo formav texto para dopróprio dentro uma dupla fuga, tanto a reclusão física apartando constituía literatura refúgio procurar a personagem o cedo desde levou que constituíam se não materna, casa o personagema essa sensação desamparo. de leva mundo, no lugar primeiro seu o delimita que espaço deste seja, ou materna, origem Revista Memorar Revista (MARTIN província” nem e centro insular espaço entanto No liberdade. de privação de qual o personagem mantinha uma grande fixação constituiu se como símbolo refúgio do personagem na sua adolescência é a Ilha do Presídio. O espaço insular compõe (MARTINS, 2014, social ordema linguagem subverterpela objetos do cotidiano como vassoura, apontador, martelo, entre outros, o personagem tenta escreve imagens que de as ao se sujeito dospoemas sobre impõe. mundoqueao Apartir mund um criar realidade, a sabotar consegue O que eu rabiscava era eu guerrilh uma como insurge se que literatura, catártica. função a exercer consequentemente nonovopaís exílio Também, no e mundo, o desvelar de função tem no verdade a expor excremento, persona o Para realidades. transfigurarem a mãe, a como proteção de espaços simbolicamente representam imagens que As constitui e narrativa na Pedro de memória a povoa que espaço Outro de poder com mundo, ao frente angústia nossa reduzir podem livros Os : “como estar perdida, [...] com não ser de ninguém, fincada em não ser não em fincada ninguém, de ser não com [...] perdida, estar “como : e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e, polissêmico, polissêmico, que contempla vários significados. Na narrativa

- p. 24). se também em também se srva aa e o u lr smr a ái. oo m uepdr lr me ler superpoder, um Como lápis. a 10) p. 2014, superfície.(MARTINS, a descer para frágil menos tornava sempre ler, que o ter para Escrevia super de histórias Lia cinamomo. Um pátio. do arvore uma de alto no alaranjado, fibra, de cadeira, de assento um peguei Pois leitura. da dentro para foi luta, minha a seja quer fuga Minha fugindo

n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 ,

impuro

o desencanto de Ped de o desencanto . ” para o personagem espaços de solidez e segurança, o segurança, e solidez de espaços personagem o para

um desses espaços avulsos, pois apresenta pois avulsos, espaços desses um (MARTINS, (MARTINS, 2014, p. 155). Através da literatura, ele , 04 p 5) O áu que vácuo O 51). p. 2014, S, ,

.

ao “transferir algo humano para humano “transferiralgo ao er identifica Pedro ”

(MARTINS, 2014, p. 71). Assim a literatura a Assim 71). p. 2014, (MARTINS, e, fnã d ltrtr é dsaa o “destapar é literatura da função a gem, a interna: “ interna: a

o independente, também uma também independente, o - 22 se do espaço social para fazer a leitura, - a um mundo particular: a particular: ummundo 55 - ro encontra o seu ponto de fuga na defugana seuro encontra ponto o heróis,

maio O que escrevia era eu de costas. costas. de eu era escrevia que O

- d sldo ioaet. A isolamento. e solidão de s se simbolicamente com esse esse com simbolicamente se / - ago

se historicamente como local u m lvrm o lvo [...] livros aos levaram me que . 2017 . ISSN: 2358 ISSN:

aquelas aquelas se

pátria avulsa pátria

, criou pelo pelo criou

a ilha pela - - - 0593. se como como se se como se fotos. .

” -

31

espaços de pertencimentos, tais como as figuras maternas, a casa da infância. Essa falta Essa infância. da casa a maternas, figurasas como tais pertencimentos, de espaços v Pedro de memórias nas presos que nopassado políticos à que se opuseram presente e 501). agitaçã à e ignorância à subjetivos, pois “a ilha é s leva mundo no pertença de espaço seu de desconhecimento Revista Memorar Revista man tenta país, seu de integridade proteger para que, Pedro de resistência a ex elo regularmente nos domingos. Ela me único tentava com ela mesma e com o que trazia do mundo Eudora, por invadido sendo ao esquecimento. dentrosubjetivo de ummicroespaço se também este apresenta e desalentador, hostil como escre que citadino, mundo do experiências as vivenciar a posteriormente, casa Izolina premedita mim” para demais ignorante ficando foi criei me de vínculos e identificação leva terno. ” terno.

Esse espaço impõe espaço Esse A maioria dos espaços que deveriam representar poucos aos vai resistência e reclusão de espaço como forjado país esse Contudo, Por não se reconhecer em todos esses espaços, cria um mundo simbólico simbólico mundo um cria espaços, esses todos em reconhecer se não Por

que (MARTINS, 2014, p. 35). p. 2014, (MARTINS,

e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e, se se

equaliza equaliza com -

com ser vadi ser com satisfeito sentia me E praia. coisa da depois vagina alguma numa cara desejar a enfiar para como banal sé dentes os e roupas as custo a carregava quem de vida estúpida aquela fechado, mais vez cada passo, a passo Rejeitava luz. passei brasileiras, ruas das falida firma a social, vida a Esquecia cidade cumprido; 2014 (MARTINS, escrita. ser a ilegível; cidade cidade ser a papel um anticidade é 5) viver onde deslimite; e identidade diluição, senão e totalidade mambembe; de noção anticidade da falência tempo; 4) (CHEVALIER; profano” mundo do o “Esse “Esse mundo aí de fora não é tua casa”. Pedro Vicente comprova, - se enquanto espaço de resistência ao caos da cidade que se faz faz se que cidade da caos ao resistência de espaço enquanto se anticidade imbolicamente um lugar de eleição, de silêncio e paz, em meio ê m sobrepostos por sensações por sobrepostos m

- o o passado, pois foi também local resistência histórica dos

o a sair de casa, pois segundo o personagem: “a casa onde n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 : cidade sem horizontalidade, cuja a textualidade é interrompida; interrompida; é textualidade a cuja horizontalidade, sem cidade : significação de transitória, identidade de alheamento, de local : o. (MARTINS, 2014, 103) p. 2014, (MARTINS, o. : cidade plasmática, sob inflamação dos referenciais de espaço de referenciais dos inflamação sob plasmática, cidade : cnrcdd; 6) xcentricidade;

no qual tenta dispersarno qual tenta

Gradativamente, essa personagem consegue minar minar consegue personagem essa Gradativamente,

ve nos o a eldd externa. realidade a com 22 verbetes“anticidade”:

(MARTINS, 2014, p. 32). Ao 32). p. 2014, (MARTINS, ordem social. - 55 anticidade

maio locais de aconchego e segurança

enorcneiet como reconhecimento não de . /

- ago se da realidade se : cidade incapaz de imprimir imprimir de incapaz cidade :

GHEERBRANT, 2012 GHEERBRANT, - . a o 2017

busca desses exílios exílios desses busca . ISSN: 2358 ISSN: ,

p. 63) p.

Edr vinha “Eudora .

e entregar os e postes de postes e os ter com ela com ter - ácr; 7) máscara; - 0593. sair de sair

, -

se se p. p. - 32

a figura feminina pertence ao regime “pleno do eufemismo”, cuja tendência é a a é tendência cuja eufemismo”, do “pleno regime ao pertence feminina figura a resistência. estad seu o desestabiliza isso tudo sexual, desejo pelo Pedro, a impõe Eudora que objetos dos invasão pela trazidos do banidas, espaço externo, pelas faxinas que destituem a ordem estabelecida, sendo pelo banho vão poucos aos pernas fronteiras as suas Porém, 102). dobraria Eudora, Fecharia elas? 2014, (MARTINS, cozinha” da porta da atrás colocaria todas a e cabeludas provavelmente coisas, as fecha que mestres inicial Revista Memorar Revista aos resistência, poucos as fronteiras mesmo enfrentando desconstrói por trazer osalimentos do responsável a narrativa na ela sendo nutrição, e aconchego ao ligada feminina imagem associa Eudora Assim, terrestres. alimentos dos simbolismo o predomina símbolo materno, pois a ima sertãoeu meescondia onde o para fertilidade inventar de revolta, de estado meu mudar de capacidade com corpo subjuga reclusão e faz da experiência erótica um sopro de vida, na qual à Vicente Pedro leva que paralisante medo do barreiras as transpassa desejo o forma, carnais e eróticos temores simples em mortais e brutais terrores minimizaçãodos mente uma relação objetificada. relação uma mente Eudora é o princípio feminino necessário à mudança; para Durand que exterior, e interior mundo o entre ligação de elemento o representa Eudora pod libido A tanatos

e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e,

(princípio de morte), pois para o protagonista, “Eudora protagonista, o para pois morte), de (princípio e,

conforme Durand conforme eufugi que de Brasil ao igual acabasse e avesso do virado e inchado tivesse casa a se pela reunir se a passou casa Criaram napropriedades. suas de similaridade Tudo alterou. e que contexto o foi Eudora 2014, (MARTINS, gostava. geladeira a Abria com roupas que liberavam a cintura, com calcinhas que algum passo escondia. constrangedores, seios com abraçava Me externo. mundo do trazia que o com e mesma ela com tentava me Ela domingos. nos regularmente vinha Eudora mundo externo: mundo externo: . gem quente da intimidade liga ”p. 52). (MARTINS, 2014, a. (MARTINS, 2014, (MARTINS, a.

n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 “Ora, por que não haviam inventado o ferrolho o inventado haviam não que por “Ora, penha s rds us vza cm coisas com vazias quase grades as preenchia e

(1998

p.35) , p.150)

p.141) 22 - 55 .

.

maio , também transfigurar também ,

- se se à descida ao ventre, em que / ago - se famílias, e então ocorreu como ocorreu então e famílias, se . eros 2017

. (princípio (princípio do prazer) do país dePedro. do país ISSN: 2358 ISSN: vinha trazer um um trazer vinha (1989, p. 135). - se também à também se - se em um em se - 0593. . Dessa Dessa .

que eu eu que

o de de o

p. - 33

disso, é Eudora quem questiona as origens do tradutor, “queria saber o que e que o “queria tradutor,saber do origens as questiona quemEudora é disso, Além pátria. a casa, segunda sua a retorno um também representa exterior espaço parao de Pedro, pois imputava novo um fazer de fim a bl da total desgaste ao protetor levou documento esse Possuir identidade. de documento espaço seu de fora para Pedro conduz feminina, guia de espécie comoEudora, assalto. no levada fora sua a que vista hajaidentidade, de para que Pedro conseguisse publicar seu livro era necessário que fizesse uma nova Primeiramente equilíbrio. o quebrar e Pedro de país do interior no infiltrar se a começa Revista Memorar Revista as coisas de outra pa externo mundo do referências as desmontar pôde personagem o qual pelo pátria, dessas umaforma deconstituindo fugir espacialidades; configurou esfera uma criar de intuito o com inteligência, de espontâneo desenvolvimento um ocasionalmente ser analisado através da observaçãode Pedro Vicente busca a família. a representasse que tudo de interesse de falta e fuga de forma na resistência de dessas lembranças: através país seu povoar passa Izolina e avulso, de história sua compondo memórias as se tive pai, se tenho pri dsa iaã aeia u etblc cm uoa o ud exterior mundo o Eudora, com estabelece que afetiva ligação dessa partir A movimento o gerou pertencimento de espaços esses com identificação de falta A - e se como um espaço alternativo à falta de identificação com a mãe e com a a com e mãe a com identificação de falta à alternativo espaço um como se m que a mãe não exista [...]” [...]” exista não mãe a que m e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e,

maneira. mãe

través través da literatura apartar minha memória, aquela memória que queria evitar por reconhece para uso bom enfim, encontrar, parecia [...] escrevia. eu que do lado outro do escrever a compenetrado mancebo o olhava e sofá de dias naqueles Escrevia sustos p. 156 2014, (MARTINS, tomavam que pessoas haviam [...] amarelo. no encurralados olhos os segurar pareciam imensas olheiras as bairro. Uma índia de cabelos escorridos, pontudos e ruços. Riscadas de sangue, era que últimos os aula de colegas Foram aos repetisse eu que forasteira. mais Por deu. me sempre Brasil o que parentes era familiar intimidade minha a que diretamente, nunca Mas referência. de necessidades por mãe, de e pai de los Do que primeirome moravajá lembro com eles, e a . -

” o novamente a condição de cidadão brasileiro. Esse movimentode Esse a cidadãoo novamentebrasileiro. condição

(MARTINS, (MARTINS, 2014

ó ih mdih, ã ainaa Ioia r a ã mi fi do feia mais mãe a era Izolina adiantava: não madrinha, minha só

n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 Jung. ( JUNG, JUNG,

, “A partir da defesa“A contraa partir verifica mãe

- p. p. 150), e dessa forma leva

157) - se das referências maternas, o que pode 22 . 2011

- 55

maio ,

p. 97). Desta form Desta 97). p.

ea aé mesmo até dela, / ago - . se também emumespaço 2017 escola escola me levou a chamá . ISSN: 2358 ISSN: - o a movimentar ó, s e casa. de os nós, a, u não sabia, sabia, não u

- ra perceber perceber ra a literatura a la como uma - 0593. indagem

carteira

- se - 34

epe a ã qe cmr o ae d me é eeet qe pl elucidação pela que, elemento o é ela espelho mãe) no lacaniano: espelho no apresenta nos demonstrativa, de papel o cumpre quem mãe a é sempre Martins escritor o reflete Como negação. sua de parte fazem pois desapropriar delas como tem não origens, suas das apartado avulso, espaço um criar Revista Memorar Revista como citadino, externo mundo o para familiar espaço do fuga A passado. o com contas mãe postiça: de representado damãe, casa pelas doventre.Opersonagem da imagens primordial, aosair par condens sucessivamente é ser “o todas essas forças perdeu sua exterior, “o espaço íntimo perde toda a sua e exterior passam a serem absorvidas pelo personagem e a partir dessa dialética interior e este é oteupaís

seu espaço de proteção e resistência de seu pequeno país, retorna à casa de Izolina, sua a um Entretanto, por meio da literatura o personagem compreende que apesar de querer co encontro o e materna casa à retorno Esse é e recomeço eterno um de lugar o representa centro do simbolismo O Todos esses elementos tencionam os limites do refúgio, essas duas forças interior centro. ” centro. pátria pátria geométrica e alma flutua

e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e, ”.

, , é lançado ao mundo exterior e retorna em direção as suas origens, pois (BACHELARD, 2008, (BACHELARD, Amigos que me procuraram. As encomendas de doces. Aos poucos vou vou poucos Aos doces. de encomendas torna feioe ser de deixa meu seurosto erro: percebendo As procuraram. me que Amigos q o conta senhora a comendo, vou que coisas as dispõe enquanto E tudo. Quero pão. quero se café, quero Se muitas. perguntas, Faz avisar. sem assim vem e notícia mais manda não tu filho, meu Ai, diz E pegar. em receio eu que mãos me rude rosto [...] desacostumado seu sorriso um e com surpreendem senhora A fecha. se torneira Uma Mãe. simplesmente Digo banheiro. no ruídos seus encontro e entro e portão o Abro casa. minha na mais Ninguém cachorros novamente. Bato há Izo abertas. aparece, Não estão palmas. frente da bato janelas e As madeira vizinhança. de portão ao Chego m não tossisse que mais Por alérgica. bronquite minha como congênito país um era aquele assimilar: passava Que Brasil. do mearrancar nem Izolina de rosto o corrigir iria nunca que entender para talvez e reciclava eu isso Por brotoeja. ue se passou nesses dias. As dores que vem sentindo. Pessoas que morreram.vem que que Pessoas Asdores sentindo. dias. uenessespassou se e livrari e

osiuço nuno sujeito, enquanto constituição

a dele. (MARTINS, 2014, (MARTINS, dele. a n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 ação que se dispersa explodindo e essa dispersão reflui reflui dispersão essa e explodindo dispersa se que ação lina nunca apareceu, e então prefiro que a minha mãe esteja na esteja mãe minha a que prefiro então e apareceu, nunca lina p. 221) ” (

. clareza”, e “nesse espaço equívoco, o espírito 2011,

Dessa Dessa forma, o personagem comprimido por

22 p. 280 p. - 55 m a mãe representam um acerto de acerto um representam mãe a m

p. p. 156).

maio - 281)

/ mesmo a partir sua própria própria sua partir a mesmo ago

em sua tese: “mãe (e nem nem (e “mãe tese: sua em . 2017 . Seca as mãos nervosas, as as nervosas, mãos as Seca . também . ISSN: 2358 ISSN: - se misturado. misturado. se

está dizendo está - 0593.

- se, 35

foi suplantada pelo relativismo da sociedade pós “m é agora rosto O pais. dos casa da saída a após percepçõesconstruiu a afetivas, que partir de sua e trajetória de solidão desenraizamento por agora capta o ele pois feio, Pedro por considerado mais é não agora mãe da rosto a um único espaço de fixidez, de enraizamento no espaço os Mesmo apelomãe o é à retorno memórias. O suas pertencerpelas fazem lugares orfandadese de personagem. o habitando interpenetram, se vida sua de moradas diversas espaços o também Revista Memorar Revista constituem e na análise elencados espaços narepresentados à obra subjetividade Os dopersonagem. olhares; essa análise recai sobre as referências espaciais presentes na narrativa vinculadas 4. Considerações finais infância,figura acasa a casase certa maternal, espaços entretantas vividos: interrompe resistência surgid havia país Um soberania. de lições dava me camisa sem botão um admirava: último o secretamente aquele perdi quando mesmo, assalto inicia Pedro de resistência e “avulsão” de ciclo O sentido. de esvaziadas e aparência pela forjadas resgatar um tempo em que as coisas poderiam pa de tentativa como original afetivo espaço o resta ficção, da além Para literária. ficção a cuja individual, subjetividade própria na presas imaginárias lutas em e espaço definido,ainda busca maso é explicações. de noqual origem

Martins, Altair de obra A coletivas emancipatórias lutas nas esperança A para os quais os para

- autoexílio, não preencheram as lacunas existenciais de Pedro, pois todos os todos pois Pedro, de existenciais lacunas as preencheram não autoexílio, se como referencias sim - se emblematicamente com o assalto: “Talvez tudo tivesse começado com o o com começado tivesse tudo “Talvez assalto: o com emblematicamente se isiao nele inspirado o e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e,

Pedro Vicente queria evadir queria Vicente Pedro - e uno er Vcne nota s sua as encontra Vicente Pedro quando se o botã o camisa e a tirar sem mas borrões, enxerga senhora A semelhante. mais o lascado, um Escolho decida. eu que pede e mesinha a sobre vidro um derrama senhora A

o na casa certa. (MARTINS, 2014, (MARTINS, ocerta. na casa . u confio e deixo. E a agulha velha, com linha branca, começa a pregar (ATN, 201, (MARTINS, ”

n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 Terra avulsa Terra bólicas que à das luz teorias Imagináriodo permitem , pode ser analisada a partir de diversos de partir a analisada ser pode , recer feias, mas eram reais pois não eram - moderna e nem o espaço de mãe é claro 22 isturado”, pois a clareza das definições das clareza a pois isturado”, oã d mna aia N fundo, No camisa. minha da botão - - se v se

55 . 3) Es cco e vlã e avulsão de ciclo Esse 233). p.

maio ruiu ieram habitar no seu interior. As interior. seu no habitar ieram

líquido líquido da pós

p. p. 307) /

ago e essas foram transformadas transformadas foram essas e . 2017 .

oies a aa da casa a origens, s . ISSN: 2358 ISSN:

última trincheira é é trincheira última

- modernidade. O

- 0593.

36

etniet n bsa e oiiaõs oeia lbraoa, á ã eitm O existem. não apresenta já narrativa na libertadoras, autoexílio coletivas mobilizações de busca na pertencimento autoexíli baseia libertaçãoonírica uma de própriavisão suaconstruir biografia.A indivíduo possibilidades as controla antiutópica massificação a cuja superficialidade, pela pós das imagens espaciais. composição na pertencimento não e pertencimento de dialética relação uma estabelecer Revista Memorar Revista ______. BACHELARD, Gaston. Referências origens. sentimentos dos busca à vinculada memória, da através redescoberta utopia uma de busca a para abertura a representa ainda como exterior, mundo o com contato o restabelecer de capaz afetivo vínculo um de resgate o a com encontro o disso, Além primordiais. os nos entanto, No pertencimento. otransformedo sujeito objeto. em esvaziamento o que pertencimento,semde vínculo um constituir consumo de templo no a Assim, imagético permite a reflexão consumo. sobre a crise que de abala o sujeito contemporâneo, que sociedade procura pela reproduzindo se vem do humano coisificação a que em contemporânea sociedade na estabelecidas sociais relações as reflete ordem está porém humanos, seres os coisifica e objetos humaniza exterior, sociedadeespetáculo, difusas e do anárquicas. resistênci as muito quando solitária, e individual com mas coletividade,

- sao islrs o uoxlo emtm u sjm eosría a origens as reconstruídas sejam que permitem autoexílio o e insulares espaços moderna. Apre A narrativa representa um novo um representa narrativa A O espaço do exílio permite o enco paí pequeno seu no forjado simbólico reencantamento O

Gaston. o. As esperanças antes fomentadas por um sentimento de identidade e e identidade de sentimento um por fomentadas antes esperanças As o.

e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e, A terra e os devaneios do repousoeA terra osdevaneios do senta a realidade coisificadora e sufocante marcada pela efemeridade,

o fim das utopias mobilizadoras da coletividade, a resistência é resistência a coletividade, da mobilizadoras utopias das fim o A poética doespaço

territórios de fuga configuram fuga de territórios n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 -

e oo m sao e eitni, ne clao na calcado antes resistência, de espaço um como se status ntro com as ememórias com a sensação de não figura feminina de Eudora representa não só só não representa Eudora de feminina figura , da empatia e do reconhecimento de suas de reconhecimento do e empatia da , . São Paulo: Martins Paulo: Fontes, 2008. . São

do imaginário dentro de uma constelação uma de dentro imaginário do as coletivas são absorvidas pela absorvidas são coletivas as 22 - 55 . São Paulo: Martins. São Paulo: Fontes, 2003.

maio

/ ago - . se as memórias literárias, memórias as se 2017 s, subverte a ordem real ordem a subverte s, . ISSN: 2358 ISSN: obra no plano plano no obra - 0593.

própria - se no se

e o de

37

O Janeiro: J. costumes, de cores,Rio gestos,figuras, Silva. de Tradução e Vera números. de Sá Costa CHEVALIER, GHEERBRANT. Alain. Jean; mercadoria.Zahar, deJaneiro:Jorge Rio 2008. Zygmunt.BAUMAN, 1998. ______. Zygmunt.BAUMAN, ______. Revista Memorar Revista ______. Federal Literatura).(Doutoradoda InstitutoLetras, em de Estudos Universidade Pontifícia MARTINS, Altair. 2011. CarlJUNG, Gustav. arquetipologiageral.Lisboa: 1989. Editorial Presença, DURAND, Gilbert. Contraponto,Janeiro: 1997. DEBORD, Guy.

do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Porto Sul, Grandedo Rio 2013.

Altair. Zygmunt. Zygmunt. lympio, 2012. e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e, Terra avulsa A sociedade do espetáculo. do A sociedade O mal O medo e Confiança Terra avulsa: Terra As estruturas antropológicas do imaginário:estruturas antropológicas do As Os arquétipos e oinconscienteOs arquétipos coletivo Vida para oconsumo: Vida Medo líquido. Medo -

estar pós da

. Rio de . Rio Record,Janeiro: 2014.

n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 Submetido em: 09/06/2017.Submetido 07/07/2017 Aprovado em:

Teses sobre acontemporânea.Tese narrativa

Rio de Rio Zahar, JorgeJaneiro: 2008.

na cidade. na - modernidade.

Dicionário de símbolos de Dicionário Trad. de Estela Rio dosSantosAbreu.

a transformação das pessoas ema transformação das pessoas

22

Rio deJaneiro: Rio Zahar, 2009.Jorge

- 55

maio

Rio deJaneiro: Rio Zahar, Jorge

/ ago

. Petrópolis, RJ: Vozes, Vozes, RJ: . Petrópolis, . 2017

. introdução a ISSN: 2358 ISSN: : mitos, sonhos,

- 0593.

38

Professor doPrograma Pós de *

Universidade Federal daIntegração Latino

Revista Memorar Revista E Literatura Comparada da UNILA. - mail: [email protected]

FozIguaçu, do PR, Brasil. e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e, Americana - Graduação emGraduação –

UNILA,

n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2

DERRAMADO aã neeaa 21) e ihl ab Leite e Laub Michel de (2013) envenenada Maçã romances nos brasileira, essas contemporânea literatura analisamos artigo, da obras três em masculino amor do representações Neste amada. mulher da perda) ama da eminência mulher mulher na da (ou perda distância na na amada, intensidade: maior com narrativas se em trêsnas situações quais o amor é representado diversas centra masculino amor do simbólica representação a noticiados, fatos os nas dramatizam que jornalísticos programas diversos nos inclusive enfim, contemporâneas, seriados, Resumo Michel Laub, Dalton Trevisan e Chico Buarque TrevisanChico e Dalton Laub, Michel Keywor representations female the and narratives or the of plot the accomplishment constitute idyll love of of reconstitution impossibility of Trevisan, situations Dalton from (1998) onlove masculine of living intense the how watching cousin The sho the story in and Buarque, Chico The from (2009) milk novels Spilt and Laub Michel the from (2013) apple poisoned works, literature these contemporary analyze we Brazilian three in love article, masculine of representations this On woman. loved the loved woman and in expectation of of distanceloss) eminence is (or loss the in woman, loved love the in from which intensity: in higher with situations represented three on centered is facts, the symbolical representation of masculine love th dramatize that shows journalistic many including narratives, contemporary several on last, Abstract Chico e Trevisan Buarque. Dalton da Laub, Michel amor. do ou Palavras realização femininas. representações as e narrativas das da reconstituição do impossibilidade idílio amoroso constituem o enredo de situações nas masculino amor do intensa vivência a como observando Trevisan, Dalton de (1998) primo Bua Chico de (2009) Derramado A MAÇÃ ENVENENADA, LEITE A MAÇÃLEITE ENVENENADA, DAS IMAGENS NA DOAMOR LITERATURA BRASILEIRA BRASILEIRA LITERATURA 22 ds : : - -

55 chave: chave: : On movies, soap operas, books, tv series, at o fle, a nvls ns irs nos livros, nos novelas, nas filmes, Nos

CONTEMPORÂNEA Contemporary literature. literature. Contemporary

maio a n epcaia a oqit da conquista da expectativa na e da

Literatura Literatura contemporânea. Imagens / ago E O PRIMO: ÁNALISE O E . 2017 Antonio Rediver Guizzo * . ISSN: 2358 ISSN:

rque, e no conto O conto no e rque, Love’s image Love’s conquering conquering the

- . 0593.

e reported reported e

.

rt s. -

39

escultura de da madeira dentro qual seesconderam soldadosgregos para abri gigantesca Troia, de Cavalo notório o construir de ideia a dele foi exemplo, por astúcia, de Aquiles, que era o mais forte e hábil dos guerreiros, é reconhecido principalmente pela após o fim da guerra de Troia, da qual os gregos saíram vitoriosos. Ulisses, diferentemente “Odisseia de Homero”, epopeia que narra de retorno do herói à Ítaca, seu reino, 1. Introdução Revista Memorar Revista pretendentes do trono, Ulisses regozijou na aoÍtaca. mortede trono deem ospretendentes todos eseuretorno plan um executou e planejou posteriormente, ausência; sua de anos os mantivera Penélope se verificou mendigo, de disfarçado primeiramente, atitudes: duas tomou Ulisses encontrada, adversidade da Diante rei. desaparecido seu iria se casar. Eleito que, em decorrência do casamento, herdaria o trono quem com decidisse Penélope que palácio, seu em hospedados aguardavam, morte, sua preferiu voltar à s ele, por apaixonada que, Calipso prometeu ninfa pela acolhido foi e naufragou onde Ogígia, vári viveu Ulisses Circe Eana, poderosa feiticeira etc.),eles, ilhavivia dea ciclopes,deuses, a onde entre sereias, distintos mais os conheceu imprudência de seus companheiros), demorou longos dez anos. Durante a jornada, Ulisses volta, devido aváriasaventuras e ora desventuras ora (causadas ira pela pela dosdeuses, espe o onde Ítaca, de ilha à regresso de jornada a iniciou Menelau, e Agamenon Aquiles, como personagens famosos de lado da impenetrávelda muralha cidade troiana. – Ulisses (ou Odisseu, como também é conhecido) é personagem central da obra obra da central personagem é conhecido) é também como Odisseu, (ou Ulisses os contra vitória fastiosa da e ausência de anos dez dos depois fim, Por supondo pretendentes, inúmeros que descobriu Ulisses Ítaca, à chegou Quando A epopeia de Homero também narra que Ulisses depois de derrotar os troianos ao

filha de Hélio, o deus sol, e Pérsia, a deusa da destruição da deusa a Pérsia, e sol, deus o Hélio, de filha - h mraiaecs aetsepraee o ean la Ms Ulisses Mas, ilha. na ela com permanecer aceitasse caso imortalidade a lhe

e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e, ua pátria e àua Penélope. pátria os anos de ócio e prazer, antes de decidir voltar à Ítaca; e a ilha de ilha a e Ítaca; à voltar decidir de antes prazer, e ócio de anos os lugares, habitados pelos mais diferentes seres (homens, (homens, seres diferentes mais pelos habitados lugares,

n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 rava Penélope, sua esposa. No entanto, a viagem de viagem a entanto, No esposa. sua Penélope, rava - se em uma intensa noite de amor com Penélope,

22 - 55

maio

/ ago . 2017 . ISSN: 2358 ISSN: –

ninfa com a qual a com ninfa deixado deixado vago por o que culminaria que o - se fiel durante durante fiel se r osportões - 0593.

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meta do homem contemporâneo, objetivo facilmente observável em todas as pedagogias as todas observávelemfacilmente contemporâneo, objetivo homem do meta batalhas as vence que aquele é Ulisses a) como: tais c masculino, universo muito continuam que experiências reúne Ulisses de história a antigas, mais muito oral tradição da narrativas de constituída seja e a.C. VIII século do date Odisseia obra a Embora contemporâneo. masculino imaginário no possível fim um ser de deixa gr herói do história da desfecho falso o entanto, No homérica. obra na consta de reputação duvidosa. passou e Revista Memorar Revista d masculino, a circulação é exclusivamente do homem, a mulher, acima marido de tudo, é do apêndice retorno o aguarda que fiel e passiva esposa uma “possui” Ulisses d) grego; herói o como assim retornar, custo, qualquer a deve, homem o qual uma constitui p. (1992, Eliade expõe conforme espaço, do impessoal homogeneidade na ruptura que morada estende, se universo o qual do partir a universo do centro um de simbólica representaçãomundi), (axis mundo no fixo lugar o reencontrar é voltar rebanho), grex, latina raiz (da regresso do sentido pelo importam viagens as sobretudo, Mas, domus. seu a retorna que homem ao valor e experiência acrescem forma alguma de que vivências representam mulheres outras com fortuitos casos os mesmo e viagens guerras, As “casa”. essa preservar de condição a sob justificava é somente circulação (domus excelência por domesticado erradas” “mulheres com relacionamentos de relaçõessair sabe que mantém aquele como assim que mulheres, diferentes com aquele fugazes é Ulisses c) circulação; de desejo igual o reprimindo mas social, indivíduos, os territorializaram constituíram e moderna burguesa a constituíram que sociedade pilares os são país o e família a casa, a trabalho, o modernidade; na prevaleceu que residência da compromisso o contra e estabelecida ordem a contra errância pela pulsão a (2001), Maffesoli observa como representa, lugar e “losers”; b) Ulisses é aquele que viaja por lugares desconhecidos empreendedorismo, do mitos orientados sempre pela ótica dualista que separa “winners” estendem que sucesso, do contemporâneas cs, rpidd aesra u grne preuço a rl e dmno do domínio o e prole da perpetuação a garante que acessória propriedade casa, a Obviamente, o último parágrafo da narrativa acima é falso, ou, ao menos, não não menos, ao ou, falso, é acima narrativa da parágrafo último o Obviamente,

o resto do fim de semana fora de casa, festando com os velhos amigos e moças e amigos velhos os com festando casa, de fora semana de fim do resto o - se nas correntes que prenderam o homem em determinados pontos da ordem e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e,

no imaginário do homem contemporâneo, ele ainda é um ser ser um é ainda ele contemporâneo, homem do imaginário no

n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 –

casa), pertence à família, à pátria, a casa, e toda e casa, a pátria, à família, à pertence casa), - e ed a toois a prosperidad da teologias as desde se 22 - 55

maio

/ ago . 2017 –

. o desejo de ir a outro ISSN: 2358 ISSN: –

no imaginário no , certa revolta certa , –

a vitória é a é vitória a - 0593. ego não não ego rs ao aras

mente 38), à 38), e aos aos e

as as

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(ou na sua eminência) e na homem e eminência) sua na (ou o quais nas situações três contemporâneo vive simbolicamente das com maior intensidade o amor: à distância, na perda uma incorpora sentido, nesse necessários; daperspectiva, olhos os com visto Ulisses, contemporaneidade, sobretudo, vive a plenitude do amor à distância e, e) masculino; imaginário no mundo soube não que provedor (o a promover pessoal fracasso um representa dolorosa, duplamente é lar o abandona que mulher da ideia a contrapartida, Em descendentes. pelos território Revista Memorar Revista há literatura, personagens memoráveis ob Na estáveis. enquanto relações as vividas eram qual a com intensidade pouca a incoerentes parecem frequentemente que ações desencadeiam e sentimentos se que aquele que do apaixonado n mais encontrava homem um é amante a perde que homem 2. Oamorperdão perda e na o contos, romances,filmes, novelas etc. séries, amor do imagens sim n suportes mas diferentes em leituras variadas mais específico, das objetos são que teórico masculino aporte um de oriundas são não que conforme feminino, universo d o constituem ainda masculina ordem da estruturas as representações criam autores) e recriam as personagens femininas, observando (e a maneira pela qual personagens os que masculinos constroem amor nas situações de impossibilidade desse amor; ee também, como tais do homens representações entre as relacionamento observando o mulheres, tematizam que narrativas algumas percorrendo elege da como lugar p o objeto desse amor está em outro lugar amor no imaginário masculino contemporâneo reside nas situações de separação, quando estacaBourdieu(2002).

O amor na perda é nas umaconstante representações doimaginário O masculino. Neste artigo, imaginário denominamos masculino umconjuntoderepresentações contemporânea, brasileira literatura pela passeio um traçaremos artigo, Nesse

constituição de sua casa) e um fracasso social nas relações entre sujeito e sujeito entre relações nas social fracasso um e casa) sua de constituição mle a um hmm ee ersa sm ei o sacrifícios os medir sem regressar deve homem o quem a mulher a o enlace amoroso; a separação ou a iminência da separação revelam revelam separação da iminência a ou separação a amoroso; enlace o e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e, erfeição ointangível.

expectativa da conquista. Ou seja, a experiência suprema do suprema experiência a seja, Ou conquista. da expectativa cecados pela amante perdida e dispostos a qualquer ação para

n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2

reminiscência (talvez) do legado platônico que

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maio –

/ Penélope representa, sob essa ago . 2017 . ISSN: 2358 ISSN: - arrativos: 0593.

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ed, em o edo ersnad ao pso o oeo e odt masculina conduta de modelo patriarcalesperadano ao oposto ato representando perdão o mesmo perda, na “legitimamente” perdoada ser pode traição) a evitar para manhã cada a esposa uma representativa tão (afronta feminina traição da “ignomínia” a Mesmo perda. na amor do clave desta dentro interpretadas ser podem solidão, à levaram o que ações as justificar e esposa da Casmurro por Capit Ilha obsessãoDom ladodade oua Penélope ao ninfa, Calipso eternamentena a de viver recuperá Revista Memorar Revista suficientes para superar o “ordenamento social”, e Bento, exercendo o “papel de homem”, famílias euniãoamorosa, consumarem a morrendo acabam tr Romeu e Julieta de Shakespeare, na qual os amantes, ao tentarem superar a rivalidade das regras sociais na construção do conflito frequ literatura na que subjetiva condição amor, por casado se ter Soma mal”. fizera “lhe expressão na época da moda à Trevisan Dalton por eufemizada habilmente conduta Euzébio, primo pelo condutas exigidas ao protagonista pela “lei moral” que regia aquele modelo de sociedade. as e matrimonial enlace do impossibilidade da consequências as apresentam Bento de Euzébio lhe fizera mal” (1998, p. 7). Todos os acontecimentos virgem mais era não noiva no“triângulodos sujeitos amoroso” perante culpa ou vontade da irrelevância a sobre e infiel mulher à perdão pelo social corpo pelo traição à para manter regulamento inalterável do corpo social, que serdeve respeitado e cumprido a todo custo infle moral lei é 85), patriarcal ordem antiga na sangue com honra a lavar como imperioso tão ato um a desobediência a inclusive

condições são não Bento de amor ao somada Santina de inocência a entanto, No No conto, Santina não traíra Bento, mas sim fora vítima de casa Bento narrativa, Na O conto “O primo” (1998) de Dalton Trevisan

- na iminência da perda, como também, ponto de reflexão sobre o preço cobrado cobrado preço o sobre reflexão de ponto também, como perda, da iminência na la. A rejeição da imortalidade por Ulisses, que prefere voltar para Ítaca e para e Ítaca para voltar prefere que Ulisses, por imortalidade da rejeição A la. - se um status moral desejável sociedade. navidase em umstatus e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e, ao imaginário masculino que justifica, em Mil e uma Noites, o rei matar rei o Noites, uma e Mil em justifica, que masculino imaginário ao u, que em uma angustiada racionalidade procura caracterizar a traição ismo. Em outras palavras, a intensidade do amor na perdajustifica na amor do intensidadea palavras,outras Em ismo. íe e ueir tds s ácls vnae ds homens, dos vontades e cálculos os todos a superior e xível –

ação que, como observa Sérgio Buarque de Holanda (1995, p. (1995, Holanda de Buarque Sérgio observa como que, ação –

como ela confessara ao noivo, “havia dois anos, o primo o anos, dois “havia noivo, ao confessara ela como

n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 - se com Santina e na noite de núpcias, descobre que a a que descobre núpcias, de noite na e Santina com se –

um notório exemplo dessa oposição é a peça de - se à tragicidade da situação o fato de Bento de fato o situação da tragicidade à se a conduta exigidaconduta socialmente. a 22 - 55

é um interessante retrato do perdão

maio

/ ago agicamente. subsequentes subsequentes à descoberta . 2017

abuso sexual cometido entemente opõe entemente . ISSN: 2358 ISSN:

- 0593. -

se às se

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9). 8 p. (1998, ” servir? de criada mas casa, de dona não menina, a com ficava não que Por sobrepõe que sociedade, da modelar e impessoal legalidade essa exemplarmente denota sogro expressar de forma a e também; pai um a vale pouco virgem mais era não já que propõe entanto, adentrar afamília seOsogro, cabia constituía, família nova que oregressono anterior. à podia não Santina se pois, pai, ao filha a devolver é Bento por encontrada social lei à é obrigado a negar à Santina a condição de legítima esposa. A primeira solução Revista Memorar Revista de forma uma que busca procura esperadas, sociais condutas Bento as conforme “direito”, homem de lugar um seu reestabelecer de preterido Assim, enganado. ser é bruto e inculto pobre, homem esse senão outro ser pode não Bento Trevisan, por representada rural patriarcal sociedade Na 56). tornam sociedade fo das reflexos são agimos como e caído deu aseus pés, moral e social e não os códigos legais. No entanto, Bento não consegue matar Santina, e prefere o exílio justo, não ou é quem regula que costumes dos direito o é qual no narrativa, da patriarcal em nome da honra é conduta aceitável matar socialmenteresponder legalmente, a homicídio duplo um teria personagem o lado um por se pois, Bento, de moral restituição a representaria Santina de pedido o Aceitar Santina encontra casa, Em casa. para como deboche pela sua situação. Tomado pela raiva, mata Euzébio com um punhal e foge riso o interpreta e riem dois os que nota Bento vila. da botequim um em Santina, de pai manso, agoramau” violento(1998, e p.8). Bento detransformaçãopsicológica a desencadeando situação, hipertrofia a conflito sem resolução. Ademais, a presença constante 9) de Euzébio p. na lembrança de Bento(1998, fraqueza” de momento um “em ela com relações mantivera

As práticas sociais constituem nossas convicções sobre o mundo, o que pensamos Passado algum tempo, Bento enco casa na Santina de presença A

à vontade dos indivíduos à dosindivíduos vontade e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e, – -

lhe que ficasse com Santina na condição de empre de condição na Santina com ficasse que lhe “Encarou - se as estruturas da consciência” (BERGER; LUCKMANN, 2004, p. 2004, LUCKMANN, (BERGER; consciência” da estruturas as se - lhe as costasdalhe e pitangueira”p.10). nacurva sumiu (1998, - a pela última vez vez última pela a

n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 – rmas de socialidade que vivemos que socialidade de rmas

“podia receber a filha;es pena

e aprazível para um “homem de honra” no contexto na porta; a mulher pede que ele a mate também. mate a ele que pede mulher a porta; na – ntra ntra Euzébio conversando com o velho Narciso, para o qual casar com uma mulher não virgem não mulher uma com casar qual o para

nem esposa nem empregada, já que Bento Bento que já empregada, nem esposa nem –

ela se espantou de tanto amor. O punhal O amor. tanto de espantou se ela 22 - 55

maio

/ ago . 2017 tivesse forativesse de prazo. . gada, pois uma filha uma pois gada, ISSN: 2358 ISSN: – “as estruturas da da estruturas “as – –

condizente m “Degênio - 0593. antém o antém

- se do do se

se se - 44

3. Aescolha “mulher da errada”e oamor perda na querBentoconsciência fugindo, pela vez. temvêúltima que Santina n na perda da iminência na justamente alto mais ponto seu encontra que sentimento amor, o é motiva o que o Mas sociedade. pela estabelecido pré roteiro o com desconformidade em age Santina, matar não ao e, moral; sua restituir Bento entanto, No Euzébio. de assassinato no culmina Revista Memorar Revista que passeio nesse fundamental elemento o propomos pelo imaginário masculino. Para elite aristocrática, patriarcal e preconceituosa é Matilde nós, para analisados, serem referenciaiscomp quea dos dissolução a consternada vê e instituídos, valores novos aos e sociais mudanças às história do Rio de Janeiro e dos preconceitos de uma elite aristocrática que não se adaptara Simulta justifica. mesmo Eulálio conforme triunfal”, saída “uma mãe a proporcionar de tentativas Todas revoltoso. mar no afogara se que atropelamento, de vítima morrera que tuberculose, de posteriormente mãe da ausência ajustificar de fim a versões diferentescontará Eulálio qual a para pequena, ainda filha a turbulenta e mal resolvida paixão pela esposa Matilde, que o abandonara, deixando realiza passado do reconstrução grandeza. de devaneios e passado do livres reinterpretações fantasias, vividas, situações mesclam sem justapostos grego)que, em orador (bom Eulálio de memória da fragmentos de interposição da através tecido monólogo grande constrói pessoa primeira em narrativa Essa morte. a até no permanecerá hospital um de leito do própria a história narra Janeiro, de Rio do decadente aristocrata família uma de descendente Buarque. Em “Leite Derramado”, Eulálio Montenegro D´Assumpção, homem centenário re interessantemente é A intensidade com que o amor na perda é vivido no imaginário masculino também a aspectos interessantes e diversos apresente Buarque Chico de obra a Embora de tentativaa centralétema o nostálgico; romanceé no sobressaise que clima O

e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e, –

u morre que presentada no romance “Leite Derramado” (2009) de Chico Chico de (2009) Derramado” “Leite romance no presentada unham.

n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 a o at, u tvr qe e itraa falecera e internada ser que tivera que parto, no ra neamente, a obra apresenta um interessante quadro da quadro interessante um apresenta obra a neamente, a o Ello psao acd, ortd, pela sobretudo, marcado, passado Eulálio, por da ul sá nend e o ul provavelmente qual no e internado está qual linearidade e por vezes contraditoriamente, contraditoriamente, vezes por e linearidade 22 - 55

maio arrativa, visto que, quer matando quer que, visto arrativa,

não consegue matar Santina e Santina matar consegue não / ago . 2017 . ISSN: 2358 ISSN:

- se a partir de um de partir a se - 0593. - o com

- 45

externar esse preconceito em relação à esposa, como também de culpá alma na ea brutalidade pronta explodir racistae classista”. impre torturador de cicatriz a conosco sempre levar de esta é heranças nossas de Brasil escravocrata um de reminiscências tristes das uma é que perspectiva esposa; de condição à pode saciar todos os desejos sexuais masculinos, mas que não deve, nem pode, ser e e a mulata são a representação erótica de umasensualidade feminina que potencialmente da Revista Memorar Revista Matild de legitimidade a mais ainda desautorizariam pele da escura mais tez a e físicos constituição da decadência financeira e moral da família Assumpção, visto que, os traços ginasial”curso (2009, p. casar ocolégio comigo, não deixou ti Aos dezesseis para anos, quando Sacré no estudado ter de apesar história, e geografia ciências, de sabia “Pouco cultural,plano no e, qualquerum de frente na filha aamamentava vulgarmente,dançava música espalhafatosos,degostava vestidos usava vez, sua por Matilde, som; nenhum produzir não para teclas nas tocar sem piano tocava marido, do morte a após e solene na vestimenta e na convivência social gestos, nos discreta Eulálio, de mãe da contrário Ao esposa. de aristocrático ideal sacos meo barrou caminho”(2009, p.192). odoutorfamília, isso dito Vidal o com deputado conversar “sogro” tenta quanto Matilde, de origem a leitor) ao confessa (ou descobre correlig deputado um de filhas deputado um de legítima filha como passagens apresente ele embora pois, pertence, Eulálio que a aristocrática tradição saída me perguntou acasoa se tinha por meninacheirop.20). não corpo” (2009, de preferência sardentas. Nem à minha mãe, que ao me ver arrastando a asa para Matilde, de p não “Nisso família. da

qual Eulálio é representante, Matilde, que era mulata, era a “mulher errada”. A negra negra A errada”. “mulher a era mulata, era que Matilde, representante, é Eulálio qual si, uái, moa traet aaxnd pr aid, ã diaá de deixará não Matilde, por apaixonado eternamente embora Eulálio, Assim, paraa elemento é maisum coma Matilde narrativa, naunião Assim, estruturada do distante como representada é também Matilde comportamental, dimensão Na Além da cor, a origem fa –

e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e, como muito bem observa Darci Ribeiro (1995, p. 121), “A mais terrível mais “A 121), p. (1995, Ribeiro Darci observa bem muito como –

“Ah, sim, Matilde, uma escurinha que criamos como se fosse da da fosse se como criamos que escurinha uma Matilde, sim, “Ah,

45). uxei ao meu pai, que só apreciava as louras e as ruivas, de de ruivas, as e louras as apreciava só que pai, meu ao uxei

ionário do meu pai” (2009, p. (2009, pai” meu do ionário

n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 miliar miliar de Matilde é contrária à imagem de boa esposa na deu meia - volta para subir a escada, e um dos seuspuxa volta paraa subir e escada, umdos

– à à mesa, até o saleiro empedia francês e, 22

“era a mais moreninha de sete irmãs, irmãs, sete de moreninha mais a “era - 55

maio

/ ago

30) . 2017 – , ao longo da narrativadalongo ao , . ISSN: 2358 ISSN: - la la pela decadência nha completado o completado nha - e certas em a s populares, s - 0593. - Coeur. Coeur. levada

ssa na ssa grave

e - 46

Buarque Casmurro. com dialoga Dom Chico de romance o qual no ponto conjugal, relação a corrói também ciúme o qual pela aproxima legítima do masculino. O comportamento de Matilde, ao contrário, sob a ótica submeter de Eulálio, deve domesticado, e doméstico papel exercer deve mulher p. 28), opõe certa feminilidade sensual e posicionamento ativo que, conforme aponta Bourdieu (2002, do exercício do papel de esposa de família aristocrática. Além disso, Matilde representava Revista Memorar Revista origem social, por outro lado, é completamente apaixonado por Matilde, recriminá possa Embora Matilde. à relação em contraditóriaafetiva Eulálio da narrativa,de criança ainda perspectivas uma sem trineto o luxo; de final ao é, carro linhagem, da último o Eulalinho, e um traficante, é Neto Palumba d`Assumpção de dona jeitosa” “quarentona uma por motel Eulálio bisneto o circu em morto é Assumpção); Júnior Palumba d`Assumpção um a inadmissível política (orientação comunista é Palumba d`Assumpção Eulálio neto o abandona; a ainda que qualquer”, “homem um de Maria filha a ta que d’Assumpção, Vidal Eulália com masculina linhagem a quebra primeiramente, Assumpção: nome o envergonha que “desqualificada” descendência uma gera Matilde, com união da partir da “Nova Libéria”, o pai fora fora avô inventor de o Moçambique, escravos comércio de fazia Ie D.Pedro na cortede vierade filhosúnicos,corte otrisavô Brasil, com a portuguesapara o obisavô eraBarão os pela degradaçãofamília. da assumem quais os transforma enamorados,Matilde que assim é E eleição. da “gravames” dos responsabilidade de sentimental escolha parentes classe, de questões por balizada noivos, dos famílias as entre realizada ser de deixa parceiro do eleição a amor, pelo orientado mulheres e homens entre relação de ideal um de ocidental sociedade na consolidação errad “escolha pela cobrado ser a ônus um sempre Neste ponto, também é interessante observar que, no imaginário masculino, há há masculino, imaginário no que, observar interessante é também ponto, Neste No entanto, casado por amor, Eulálio revive em suas memórias uma manifestação ac mais ainda é situação Esta - a mais da conduta da meretriz do que da conduta esperada da espo da esperada conduta da que do meretriz da conduta da mais a - se ao que se espera do feminino nas sociedades tradicionais, lu tradicionais, espera nassociedades dofeminino se ao que se e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e,

senador, senador, e o narrador, Eulálio, não foi ninguém; ademais, a

n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 mbém colabora para a ruína da família engravidando engravidando família da ruína a para colabora mbém entuada porque a família Assumpção é uma família uma é Assumpção família a porque entuada

nstâncias vexatórias, assassinado em um em assassinado vexatórias, nstâncias co e/ou econômicas, e passa a ser uma ser a passa e econômicas, e/ou co 22 -

a” nos relacionamentos. A partir da da partir A relacionamentos. nos a” 55 uma boa educação.

maio

- / se para Eulálio em sua culpa sua em Eulálio para se ago . 2017 - . la por sua conduta e conduta sua por la ISSN: 2358 ISSN: -

e dominação à se e é justamente a gar no qual a gar a noqual sa - 0593. –

razão

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conjugal mesmo tendo a esposa o abandonado, e manifesta e abandonado, o esposa a tendo mesmo conjugal tod norteia manifesta que perda na amor vivida, intensamente presença em ausência sua transforma vida, sua de repentinamente desaparecendo que, direcionando e dimensionando as memórias do narrador. Eulálio ama e odeia uma mulher aristocrata decadente. de posição à condizentes mais são esposa da social flexibilidade e naturalidade a que reconhece Ademais, atrai. lhe mais que atributo o Matilde de transgressora sensualidade Revista Memorar Revista a marido um de “Nem narrativa: na revela Eulálio que pensamento homem; outro por a denota Matilde de ausência a incapacidade e incompetência de satisfazer homem, as carências da esposa, falha que será suprida ao acessório elemento é mulher a que em de trânsito socialmente reduzido a casa e à Ouigreja. o que é ainda pior neste imagin espaço seu teve tradicionais sociedades em mulher a(1997), DaMatta conformeobserva l do que vinculam as relações entre homens e mulheres à sacralidade, e caracteriza o abandono religiosos preceitos por orientada ainda sociedade uma em Matilde por sente ainda que com falhar e mulher a sexualmente satisfazer de capaz ser não provedor, como falhar e mulher a carênciasduas de fundamentalmentepartir a abandona as circunstâncias envolvem a rejeição ao amor pela mulher, como no caso de Matilde que sentimento de posse, reside um grande sentimento de impotência, principalmente quando con das além masculino, imaginário do ótica a sob perda na amor No Matilde. de ausência a para plausíveis, razões encontrar justificar, procura que monólogo grande um como própria de impossibilidade Eulálioaceitar a ado perda representa Matilde de ausência a justificar para narrados contraditórios motivos de multiplicidade a disso, Além prazer. ter para Matilde de roupas as vistam que esposa da fazendo sensualidade, utrs sócio junturas ar pela mulher conduta vexatória e injustificável, sempre passível de censura, pois, censura, de passível sempre injustificável, e vexatória conduta mulher pela ar O jogo de atração e repulsa por Matilde c Matilde por repulsa e atração de jogo O lida ser pode Leite Derramado obra A amado? ente do ausência a explicar Como

- e a om d cnua impedindo censura, de forma na se o “macho”. Além disso, o narrador vive o drama de precisar justificar o amor o justificar precisarde drama o vive narrador o disso, Além “macho”. o Eulálio. Ser preterido representa sempre uma insuficiência, interpretada interpretada insuficiência, uma sempre representa preterido Ser Eulálio. e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e, - históricas que associam relações entre homens e mulheres ao ao mulheres e homens entre relações associam que históricas

- o solicitar às mulheres com que se r se que com mulheres às solicitar o

n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 –

não ser capaz de satisfazer materialmentesatisfazerde capaz ser não - d s dia cm rsiua n leito no prostitutas com deitar se de o 22 onstituem a linha central do romance, do central linha a onstituem - 55 amor.

maio a vivência afetiva posterior posterior afetiva vivência a

/ elaciona depois do abandono do depois elaciona ago

- se na forma de nostalgia e e nostalgia de forma na se . 2017 . ISSN: 2358 ISSN: - 0593.

ário ário –

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aid, os vroh d eps é ecia oo ao picpl o i do fim do principal um em demonstra fator que Eulálio, como de percepção a descrita é essa é menos, ao ou, esposa relacionamento; da vergonha a pois Matilde, souberalegadocontinuar odanemesposa nem família escolhercerta. a não que visto direto, responsável sente se quais pelas afetiva; decadência a subjetiva, Eulálio, vivencia a decadência financei já mu Revista Memorar Revista trilogia uma q obras de de composta (2011), Queda” da “Diário segundo com inaugurada o é livro O Laub. Michel de (2013) envenenada” maçã “A 4. Aperdaamor do “respo e a em preocupa se não e Matilde, esclarecer opassado, em revivê mas de história a si a somente canta que solitário poeta sob a dor da Eulálio não visa esclarecer fatos vividos no passado, mas sim, recuperar Matilde. Eulálio, mnemônico de “adosrelatosimporta,omovimento porque movimento, pouco verdade” an foi que uma distorção, sentidoaoacrescentando sobrescrevem, queatravés dememórias do entrecruzamento se uma avança deformação, e uma presente revaloração e uma renovação dodeslocamento, do que foi lembrado”. Desse modo, Eulálio tece sua história começa um “sempre para que inevitavelmente reconstrutivo procedimento é 34), narrador do identidade e recordação torna 61). p. (2009, ” assobios. seus mesmo nem linguajar, seu modos, seus vestidos, seus criticar “quando sair daqui, vou levá reencontrar e hospital do sair em sonha ainda qual no fantasia de momento

vai apontode mudar de lher abre mão tão facilmente, ela o troca por outro, e às vezes o faz às pressas porque porque pressasàs faz o vezes às e outro, trocapor o ela facilmente, tão abremão lher

m - a sea ftv, sa up cmrmtu fundame comprometeu culpa essa afetiva, esfera Na de existência de fundamentais dimensões três as atinge ruína a sentido, Nesse romance no reencontrados são errada” “mulher da e perda na amor do temas Os para mulher da motivações as quais explicar em obsessão a Assim, se o fio condutor da narrativa, e também o nexo que estabelece a relação entre relação a estabelece que nexo o também e narrativa, da condutor fio o se teriormente dito ou mesmo contradizendo a lembrança anterior, e nesse nesse e anterior, lembrança a contradizendo mesmo ou dito teriormente

perda do amor, de certa forma, transforma e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e, ideia. ” - la comigo a toda parte, não terei vergonha de você. Não vou

nsabilidade pela nsabilidade mulheres”salvação das n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2

(2009, p.95). - lo; isto é, isto reencontrar Matilde.lo; –

ra ra e moral dos Assumpção, assim como, na esfera recordação que, conforme Assman (2011, p. 33 p. (2011, Assman conforme que, recordação

22 - 55

- maio se se em um Homero transviado, em

/ ago . tlet a eaã com relação a ntalmente 2017 ue mesclam catástrofes mesclam ue .

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abandoná - Matilde Matilde 0593.

- lo – -

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garota “problemática” chamada namorada. primeira Valéria, sua guitarr rock, de seus fã Alegre, Porto e Nirvana do show o de anos, 18 de rapaz como um era quando vida sua indelevelmente marcaram desdobramentos narra protagonista O Rock. Hollywood festival sho o é narrativa grande omicrouniverso história sobre dospersonagens. da desdobramentos os investigando e tematizando individuais, trajetórias e históricas Revista Memorar Revista Coibain servem de contraponto à morte trágica de Valéria que, durante o show do Nirvana vida evidenciam m que razões LakeRemington emsua casaBoulevard. em Washington que Nirvana banda da guitarrista visitá ao família sua de assassino o perdoar de e vida pela lutando continuar de Immaculée impediu não que (tragédia Hutu etnia pela cruelmente assassinadas foram mil 300.000 outras e Llibagiza no conflito Ruanda, em civil guerra a durante mulheres sete mais com banheiro um de dentro escondida dias 90 sobreviver após autoajuda de palestrante e escritora em transformou se que engenharia de estudante Llibagiza, Immaculée lado, observados a partir das escolhas pessoais de Immaculée Llibagiza e São Paulo. em ficariam dois os que dias os durante trair a viria ou traísse o Valéria que suspeitava q com (Unha), dele amigo melhor o com show ao fosse namorada a que deixar e em que prestava o serviço militar obrigatório (CPOR), ou cumprir o expediente no quartel namorada ao show do Nirvana em São Paulo e, na volta, ser preso por deserção no quartel Immaculée o“provável”Llibagiza, deKurtValéria. Coibain e de suicídio osuicídio de civil guerra Immaculée da Llibagiza e estabelece um paralelo sobrevivente entre a luta pela a sobrevivência da refugiada entrevistar ao profissionais experiências o em qe enota e psao o ardr abm eaa suas relata também narrador o passado, seu reencontra que mesmo Ao a orienta se qual o sobre histórico acontecimento o envenenada, maçã A Em intercalam presente e passado que em narrativa uma Em No presente, a reflexão volta co ir entre escolha da partir a constituído é pessoal dilema o passado, No

otivam a lutar pela sobrevivência ou as razões que motivam a desistir da desistir a motivam que razões as ou sobrevivência pela lutar a otivam e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e, - se. se. A contraposição entre as histórias de Immaculée Llibagiza e de Kurt w do grupo americano Nirvana no estádio do Morumbi, em 1993, no 1993, em Morumbi, do estádio no Nirvana americano grupo do w - lo na prisão). Por outro, o trágico fim trágico , Por prisão). na lo

n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 ista de uma banda de garagem e apaixonado por uma uma por apaixonado e garagem de banda uma de ista

se -

se a dois fatos que, embora totalmente distintos, são suicidou em 1994 com um tiro de uma espingarda uma de tiro um com 1994 em suicidou 22 - 55

maio

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ago de Kurt Coibain, vocalista e vocalista Coibain, Kurt de . 2017 -

se, a reflexão sobre as as sobre reflexão a se, qual toda a família de de família a toda qual Kurt Coibain. Por um . ISSN: 2358 ISSN: - 0593. Ruanda

uem uem a m

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desfecho cobra provocações, ciúmes, de cenas de repleto tempestuosos, relacionamentos dois Valéria, e narrador o entre e Cobain Kurt e acompa tivesse narrador o Se matar? se deliberadamente quis Valéria consome. assim, mesmo lança perfume, entorpecente que Valéria sabia ser extremamente nocivo a sua saúde, mas, São em Revista Memorar Revista que “deve”relação. oparceiro ao mais maisfraco forte na mascul identidades as entrerelação na mais Não Cobain. quevisto é narrador na ausênciaque usar do lança Valéria decide perfume. dependê de relação Esta financeiro. e físico autotutela a desautoriza também mulher, a socialmente subalternizar ao machista, e patriarcal sociedade de modelo O mulheres. das salvação imag do elemento interessante outro traz 44 p. (2013, maneira daquela afetar me de capaz era antes visto tinha nunca eu que alguém Valé e Unha e CPOR o e Cobain Kurt 1993, e 1994 Londres, e Ruanda respeito, a pensava não quase eu anos vinte há porque ou datas de coincidência da ou dela causa por era se sabia não eu que sensação uma Immaculée, e ações implicações pessoal domicrouniverso donarrador. motivações, as sobre olhar outro estabelecem lado, a lado história”, “grande de valor sobre as escolhas dos personagens e as consequências.possíveis cotidiano O e a juízo de possibilidades as relativiza e amplia pessoais narrativas e históricos fatos entre entrecruzamento o disso, Além personagens. outras das e narrador do futuro o definir enc grandes experiências da adolescência - 45). ontro da banda com um produtor musical produtor um com banda da ontro Desse modo, o romance “A maçã envenenada” penetra na vivência das primeiras primeiras das vivência envenenada” na “A maçãpenetra oromance Desse modo, Associam Trazendo a narrativa à nossa discussão asobre perda do amor, a morte de Valéria d depois gravador o desliguei Eu nhado Valéria ao show odesfechoValéria aonhado seria diferente? Paralelamente, a culpa também dialoga com a trajetória de Courtney Love e Kurt Paulo, falece devido a uma parada cardíaca, possivelmente decorrente do uso de uso do decorrente possivelmente cardíaca, parada uma a devido falece Paulo,

a de parceiros. mortetrágica umdos e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e, - se ainda a estas questões as conflituosas relações entre Courtney Love Courtney entrerelações conflituosas as questões estas a ainda se

n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 –

do primeiro amor, do primeiro show, do primeiro çs daa snieti, cm mesmo o com e sentimentais, dramas nças, eteit [.] ed qe e epd de despedi me que desde [...] entrevista a nro masculino inário ncia transparece na composição da narrativa,da composição na transparece ncia – ria e como uma conversa tão curta com curta tão conversa uma como e ria

22 ritos de passagem e escolhas que vão vão que escolhas e passagem de ritos

- 55

maio – ina e feminina, mas no cuidado no mas feminina, e ina

cabe ao homem seu homem ao cabe

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2017 a responsabilidade pela pela responsabilidade a . ISSN: 2358 ISSN:

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estar

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ut iea u daoa o o mgnro a mle erd” a epnáe pela responsável (a errada” “mulher da decadência masculina, imagem já presente no mito fundador das religiões judaico imaginário o com dialoga que ideia Kurt, 60). p (2013, forma” outra terminarde tudo de chance haveriaela sem e estar, pode humano abandoná a prestes estava desintoxicação, a apo seu de necessitava mais ele que em momento no Kurt abandonado teria familiares, e fãs Revista Memorar Revista inacessíveis e passadas experiências as e narrador, constituem do identidade a constitui se Londres, que é entrevistaImmaculée ojornalista Llibagiza. “exilar tentar de depois Valéria, de morte da depois agora, que, do na sete com minúsculo questões trágicas as banheiro são Estas história? da genocídios maiores dos um durante mulheres um de dentro trancada condições, degradantes mais rel p. 66). (2013, [...]” tem que o tudo entregar para pronto está Você agora? até vida sua a foi que gosta eu de perigo da e suceder se iria que assunção de dever um evento do prenúncio um de espécie da partir a constituído de seu o primeiro namorado) é outro elemento que aumenta a responsabilidade do narrador pelo carro anos, tinha quatro aosdepoistentou suicídio dezesseis quando de ela terminar com um Cobain o durante romance. expiar procura narrador o que culpa a estabelecer Valéria irá que que em morrer” momento “decide no ausência a é envenenada, maçã A em Eva), e Adão de ativamente tranquila enquanto outra (Immaculée Llibagiza) luta pela sobrevivência nas io

rrador que decidira não ir ao show e deixar que Valéria ficasse sozinha com Unha e –

stino; ainda mais considerando que o momento em que conhece Valéria é é Valéria conhece que em momento o que considerando mais ainda stino; No paralelo entre as histórias, se é a presença de Courtney considerada nociva a a nociva considerada Courtney de presença a é se histórias, as entre paralelo No dos muitos para Love, Courtney envenenada, maçã A de narrador o relata Como Valéria, como em “Leite Derramado”, é uma questão sem resposta a partir da qual vida uma de desistir resolver pessoa uma faz que o E diferente? sido ter Poderia Kurt com compartilha (que Valéria de emocional instabilidade a disso, Além “e pelo resto dos anos diriam que ela fez o marido se viciar, não o apoiou durante

- a trajetória marcada pela tragicidade, a mãe dela morreu em um desastre de de desastre um em morreu dela mãe a tragicidade, pela marcada trajetória a se na presença sempiterna de uma ausência que se encontra em cada passo cada em encontra se que ausência uma de sempiterna presença na se e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e, r, e se eu gostar você está pronto para ir até o final? Para dar adeus ao ao adeus dar Para final? o até ir para pronto está você gostar eu se e r, –

“Na noite em que nos conhecemos Valéria disse, olha que tem o

n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 - o a ir a cniõs m u u ser um que em condições das pior na lo 22 - 55

maio

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ago . 2017 - e e u cla em culpa” sua de se . ISSN: 2358 ISSN: - 0593. - cristãs

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em meio à luz azul (2013,p.11) em azul meio àluz logo filas, primeiras as entre trevas nas lá, está ela que sei eu Morumbi do vídeos os vejo que vez cada e eterno, presente num anos dezoito com continuasse ela se como é mas banda, da música alguma com não lastro material, tenha nenhum deixado em sobrevive seuspensamentos: você, e isso continua verdade depois de vinte anos” (2013, p. 118). Ausência que, embora futuro Revista Memorar Revista amor meu de Valéria chama alguém, para palavra a usa que vez primeira a ser Com bombeiros? dos confessando e romance, no vez primeira pela caminhão narrador, o e termina, narrativa a questões o não ou visto teria Ele sinal? o atravessado (2013,dentro p.119) domeu bolso? disso tudo, e o que m por causa da mudança de profissão, e as coisas que fiz e a pessoa que me tornei por causa acidente, a mudança de profissão por causa da viagem a Londres, a saída de Porto Alegre um sinalvermelho e com bate uma ambulância Corpo de Bombeiros. do de pelotão. Lá, sozinho, bebe seis caipirinhas e levanta para ir embora, no caminho, cruza o com agendada, no qual há versos da música Drain you do Nirvana. Com o cartão no bolso, sai emcompostal data deValéria, entrega cartãodo aniversárioelerecebe, donarrador, um vida própria 89). p. (2013, Nirvana” do show ao próximo período o é sombras de zona numa permanece p idiossincráticos que não podem levá movimentos constituem guerra, a como limítrofes quando mesmo alheias, experiências (nã narrador do escolha a que peso o e Valéria de destino o compreender inutilmente tentar ela morte da namorada namorada da morte ela o ir ao show) teve sobre a escolha de Valéria de escolha a sobre teve show) ao ir o

carro de sua mãe e vai a um bar em que se encontrava geralmente com os colegasos encontravasegeralmente quecom embar um a vai e mãecarrosua de – Perscrutar o suicídio de Kurt Cobain ou a luta pela sobrevivência de Immaculée é n também eu Valéria De deliberadamente teria Ele acidente? do causa a sido teria Valéria de perda A aconte acidente O a sobre escolhas as vida, sua muda que Valéria de memória a apenas é não Mas

“Eu

também constituem o paralelo da reflexão. Após a morte de Valéria, no dia no Valéria, de morte a Após reflexão. da paralelo o constituem também

não ia decepcionar você. Eu não ia abandonar você. Eu nunca abandonei abandonei nunca Eu você. abandonar ia não Eu você. decepcionar ia não e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e, ais se pode destacar numa biografia iniciada com aqueles oito versos – e pr as d bbd, vae a ode pr as do causa por Londres a viagem a bebida, da causa por ceu

“em quarenta anos de vida analisada a única passagem que que passagem única a analisada vida de anos quarenta “em

ão guardei fotos, nem uma peça de roupa, nem uma fita uma nem roupa, de peça uma nem fotos, guardei ão n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 .

- adiante de onde filmaram a entrada de Kurt Cobain Kurt de entrada a filmaram onde de adiante . lo a compreender ou a eximir

22 – -

55 esta é a descoberta do narrador. As narrador. do descoberta a é esta

maio

/ ago . 2017 - se da responsabilidade . ISSN: 2358 ISSN:

- 0593. –

essas “[...]

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despreparo do adolescente de “A maçã envenenada” para viver os afetos. No entanto, são condizem às expec Finais5. Considerações se devo(p. 2013, acelerar 119). ocarro” você então a pergunto que émeu amor,removida, e será nunca a deixou você marca que como a prova que eu estava devendo de volta, finalmente você me fez chegar a Revista Memorar Revista BertrandJaneiro: Brasil, 2002. P. BOURDIEU, T. 2004. Vozes, Petrópolis: LUCKMANN, P.; BERGER, Trad. Editora da De SP: Unicamp, PauloCampinas, Soethe. 2011. A. ASSMAN, Referências nossa própria história umjogo através de de e similaridades oposições. a conheçamos que possibilitar mas personagens, memoráveis de história a ver identidades, e essa é a riqueza maior das grande próprias nossas de constitutivos elementos inferem sentimentos próprios dos e mulheres representação doimag maisfrequente a psicologicamente e social constituem que elementos alguns observar apenas visamos parareconstrução). a a do hipertrofia a e mulher) à outorgadas culpas as todas (e “errada” mulher a narrativos, suportes diferentes em reiterado comumente masculino nas quais três mulheres que constituem aidentidade e/ou dosseusamantes o destino em narrativas Matilde, Santina e Valéria são mulheres “erradas”. Matilde e Santina não não Santina e Matilde “erradas”. mulheres são Valéria e Santina Matilde, das constituem homens os que imagens essas vemos que com familiaridade A Nesse artigo, não tratamos do imaginário feminino sobre as mesmas questões, pois imaginário no recorrentes imagens duas representam mulheres três estas Assim, o eixo central oamoro eixo na é perda.

e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e, Espaços da recordação: da Espaços A dominação masculina. dominação A tativas sociais, a instabilidade emocional de Valéria não condiz com o

n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 oendd, lrlso cie e sentido. de crise e pluralismo Modernidade, inário masculino eminário narrativas masculino contemporâneas.

formas e transf e formas

Trad. Maria Helena Kuhner. 2ª e 2ª Kuhner. Helena Maria Trad. s obras da literatura, não apenas fazer 22 - 55

maio mor na perda (e todas as buscas buscas as todas (e perda na mor ormações da memória cultural. memória da ormações

/ ago . 2017

. ISSN: 2358 ISSN:

este este ponto, - d. Rio de Rio d. 0593.

- nos

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Letras,Companhia das 1995. D. RIBEIRO, Marcos Record, Janeiro: 2001. de Castro. de Rio M. MAFFESOLI, LAUB, M. HOLANDA,B. S. HOLANDA,B. C. ELIADE, M. Revista Memorar Revista TREVISAN,D.

A maçãA envenenada. O sagrado e oprofano. O sagrado e, Tubarão, SC,v. 4, Tubarão, e, pv brasileiro: povo O Cemitério elefantes de Raízes do Brasil. do Raízes Leite derramado.Leite Sobre o nomadismo: nomadismo: o Sobre

n. 2 esp. dossiê II, p. II, dossiê esp. n.2 Submetido em: 09/06/2017.Submetido Aprovado em:

São Paulo: CompanhiaSão Paulo: Letras, das 2013.

26º ed. São Paulo: Companhia das Letras,26º ed. Companhia São Paulo: das 1995.

fraã e snio o Brasil. do sentido o e formação a São Paulo: Cia. das Letras, das Cia. São Paulo: 2009. São Paulo: São Paulo: Martins Fontes, 1992. . Rio deJaneiro:. Rio Record, 1998. aaudgn pós vagabundagens

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maio

/ ago . - 2017 modernas. . ISSN: 2358 ISSN:

de Tradução 13 ã Paulo: São - /07/2017 0593.

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