Universidade Federal Do Rio Grande Do Norte

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

Universidade Federal Do Rio Grande Do Norte UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM LINHA DE PESQUISA: POÉTICAS DA MODERNIDADE E DA PÓS-MODERNIDADE GENI MENDES DE BRITO MORNA: IDENTIDADE E LITERATURA EM CABO VERDE Natal - RN 2019 GENI MENDES DE BRITO MORNA: IDENTIDADE E LITERATURA EM CABO VERDE Tese apresentada ao Programa de Pós- graduação em Estudos da Linguagem, Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito para a obtenção do título de Doutor em Literatura Comparada. Orientadora: Profª. Doutora Tânia Maria de Araújo Lima. Co-orientadoras: Profª. Doutora Simone Caputo Gomes, Profª. Doutora Doris Wieser. Natal- RN 2019 Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes - CCHLA Brito, Geni Mendes de. Morna, Identidade e Literatura em Cabo Verde / Geni Mendes de Brito. - Natal, 2019. 199f. Tese (doutorado) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019. Orientadora: Profa. Dra. Tânia Maria de Araújo Lima. Coorientador: Profa. Dra. Simone Caputo Gomes. 1. Literatura Cabo-verdiana. 2. Identidade. 3. Morna-poesia e prosa - I. Lima, Tânia Maria de Araújo. II. Gomes, Simone Caputo. III. Título. RN/UF/BS-CCHLA CDU 821.111(665.8).09 Elaborado por Heverton Thiago Luiz da Silva - CRB-15/710 Este trabalho é dedicado a Maria Mendes da Silva — D. Deliza (in memoriam) —, minha mãe, que tanto me apoiou e me incentivou para ver este sonho (dela e meu) realizado. Ao meu pai, Gonçalo Ferreira de Brito (in memoriam), homem que tinha a “palavra de rei”, “Tão ético, tão puro, um coração valente”. A eles, meu eterno reconhecimento. AGRADECIMENTOS A Deus, antes de tudo. À professora Doutora Tânia Maria Araújo Lima, minha orientadora, pela confiança e liberdade que me impulsionaram nesta pesquisa. À CAPES, por me contemplar com uma Bolsa de Doutorado, no país, e uma de “doutorado sanduíche”, pelo financiamento dos meus quatro anos de pesquisa, sem o qual eu não conseguiria dispor de recursos para viabilizar este projeto. À professora Doutora Simone Caputo Gomes, minha coorientadora da Universidade de São Paulo, fonte inesgotável de conhecimento sobre a literatura de Cabo Verde, pela leitura enriquecedora e profunda desde os primeiros textos de minha tese, em minha qualificação, e pelas sugestões que me ajudaram na escrita do trabalho. Por ela, toda minha estima. À minha coorientadora da Universidade de Lisboa, Doutora Doris Wieser, pela abertura com que me recebeu e pela forma como me ajudou na minha inserção no meio acadêmico em Portugal; pelos encontros e partilhas sobre a questão da identidade cultural dos países africanos de Língua Portuguesa, pelo empenho em ler meus textos e partilhar conhecimentos. À professora Doutora Isabel Lobo, da Universidade Lusófona de Humanidades em Mindelo — Ilha de São Vicente — Cabo Verde, pela leitura atenta dos capítulos iniciais da tese em minha qualificação, pela competência nas discussões sobre a literatura cabo-verdiana e pela partilha de material de pesquisa sobre as Mornas. Agradeço de coração à professora amiga Irene Severina Rezende da Universidade Estadual do Mato Grosso (UNEMAT), a quem tenho grande apreço e consideração, por ter sido aquela quem, por primeiro, orientou-me e deu todo suporte para a realização desta pesquisa. Em Cabo Verde, às amigas e “manas do coração” Maria do Céu Baptista, Emanuela Tavares, Tuca Tavares, Antônia Veiga, Dulce Helena Levy, que foram um apoio sincero e fundamental para obter significativa referência bibliográfica para meu trabalho de pesquisa. Agradeço, em especial, à Emanuela e à Tuca Tavares pelo acolhimento tão fraterno, em suas casas, pela amizade e carinho que me dispensaram na minha primeira visita a Cabo Verde em 2015. Em Portugal, agradeço o acolhimento e recepção agradável à amiga de Conceição Horta e seu irmão José Alberto Horta, que me apresentaram um pouco do lado cultural e histórico do mundo lusitano. Agradeço, ainda, a tão grande ajuda de me terem enviado os livros de pesquisa de Lisboa para o Brasil. Na Bélgica, agradeço o apoio fraterno e sincero de Edith Pirard, irmã da Congregação de Notre Dame, que sempre me impulsionou ao conhecimento e a lutar pelas metas estabelecidas. Meu agradecimento para Claire Dewerchin, Cécile Jacquérie, pela amizade e apoio. Na Itália, o meu agradecimento para Antonieta Michielletto, amiga de longas datas por sempre estar presente nas minhas lutas e caminhadas. Pelo apoio e amizade sempre presentes, muito obrigada! Na França, agradeço de modo especial, à Chantal Poncet, grande interlocutora das “Letras francesas”, pelos importantes e tão intensos diálogos de conhecimentos partilhados ao longo da escrita de minha tese. No Brasil, especificamente em Natal (RN), agradeço imensamente à Professora Paula Pires, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e a seu esposo Evandro, pelo sempre alegre acolhimento em sua casa, pela alegria e pelo humor sempre partilhado na boa convivência e apoio. Às amigas de Teresina, em especial à Flávia Sampaio e à Cleuma Magalhães, colegas de Mestrado, sempre presentes, pelo apoio emocional e material de que lancei mão em muitas ocasiões. A vocês, um abraço grande e sempre próximo. Agradeço, ainda, à Iracema, Joana, Emília, Elda, Edna, Dodô, Ana Lúcia Gomes, Marilene, Marilúcia, Maurilene, Mônica Batista, Lúcia Fernandes, Genésia Xavier, Núbia Lima pelo apoio e pela nossa amizade. Agradeço às amigas de outros estados brasileiros, que me apoiaram nessa empreitada, como Cleusa Denz (Fortaleza- CE), Fátima Jerônimo (Fortim- CE), Giseuda Rocha e Lourdes Barreto (São Paulo- SP), Eva Ferreira (Curitiba- PR), Maria Regina Soletti (Tangará da Serra- MT), Maria Cilene (Tangará da Serra- MT), Laine Andrade (Cuiabá- MT), Simone Gadelha (Fortaleza- CE), Irmã Annette Dumoulin (Juazeiro- CE) e a tão querida amiga Josilda e família (Canoa Quebrada- CE) Agradeço, também, aos colegas professores Élio Ferreira, Sebastião Teixeira, Assunção Sousa, que sempre me apoiaram de forma fraterna; a vocês, toda minha gratidão. Um especial agradecimento aos membros da minha banca, ao professor Dr. Amarino Oliveira de Queiros (da UFRN), Professor Dr. Sebastião Cardoso (da UERN), à Professora Dra. Rosilda Alves Bezerra (da UEPB) e a professora Dra. Érica Antunes que, com dedicado empenho e observação, ajudaram-me a enriquecer e aprofundar minha pesquisa sobre Cabo Verde e a Literatura presente nas ilhas. Por fim, um agradecimento especial aos meus queridos irmãos Gumercindo, Vicença, Regina, Gerson, Gabriel e Ribamar, pelo apoio sincero e amigo, pela compreensão das longas etapas de ausência, pelo apoio material e fraterno. Muito obrigada. RESUMO A literatura, em Cabo Verde, conheceu um significativo desenvolvimento, no final do século XIX, contando com o impulso dos jornais que dinamizavam a criação ficcional e poética. Mas, foi no século XX, com o surgimento da revista Claridade (1936) que se alicerçou o projeto literário cabo-verdiano. Nessa revista, os escritores do arquipélago procuram fixar-se em temáticas predominantemente crioulas, como o drama das secas e da fome, da emigração e da evasão, da insularidade e da saudade, expressas através da Morna, gênero musical que, conforme Simone Caputo Gomes (2008), assume um lugar privilegiado na literatura cabo- verdiana e estabelece um diálogo com a poesia e com a prosa de ficção com as quais ela interage, constituindo um diversificado percurso no panorama literário. Dada essa importância, propõe-se, nesta pesquisa, traçar a forma como poetas e ficcionistas cabo- verdianos definem, caracterizam e apresentam a Morna ora como tema principal de suas obras, ora como um dos elementos que conferem a identidade cabo-verdiana aos textos, atribuindo-lhe uma função narrativa, lírica, descritiva e dramática. Para a construção do presente trabalho: “Morna, identidade e literatura, em Cabo Verde”, a proposta metodológica concentrou-se, na pesquisa documental e bibliográfica, com base em fontes literárias, históricas, antropológicas. A fundamentação teórico-crítica foi realizada a partir dos estudos de Juliana Brás Dias, Benilde Justo Caniato, Manuel Ferreira, Moacyr Rodrigues, Simone Caputo Gomes, Vasco Martins, Gabriel Mariano. Percebe-se que, dentre os diversos gêneros musicais presentes em Cabo Verde, a Morna é, sem dúvida, a forma musical e poética mais cultivada, em todas as ilhas do arquipélago, uma vez que ela simboliza sentimentos cabo- verdianos, como a tristeza, a angústia e as dores, que, sob o peso da dominação colonial e cultural, resistem e se manifestam, principalmente, através da língua crioula, símbolo maior que ressignifica o universo cultural cabo-verdiano. Palavras-chave: Literatura cabo-verdiana. Identidade. Poesia. Morna. Prosa. ABSTRACT Literature in Cape Verde experienced a significant development at the end of the 19th century, relying on the impulse of the newspapers that dynamized its fictional and poetic creation. However, it was in the twentieth century, with the emergence of the magazine Claridade (1936) that the Cape Verdean literary project was consolidated. In this magazine, the writers of the Archipelago try to focus, predominantly, on Creole themes, such as: the drama of droughts and their consequences, emigration and evasion, insularity and longing, recurrent themes told and sung through Morna- a musical
Recommended publications
  • Discurso Do Presidente Da República No Acto Constitutivo Da Academia
    Discurso do PR no Acto Constitutivo da Academia Cabo-verdiana de Letras . 28 de Setembro de 2013 às 15:47 O acto constitutivo da Academia Cabo-verdiana de Letras – ACL é prova irrefutável da saúde da nossa Nação. Em boa verdade, quando uma Nação, com raízes tão profundas no tempo como a nossa, demonstra ter ainda húmus para continuar a afinar a sua organização e sistematização é porque está bem. A Nação cabo-verdiana antecede o Estado cabo-verdiano. Muito antes da constituição do ente que confere personalidade jurídica à Nação cabo- verdiana, esta já se havia constituído e consolidado. E se dúvida houvesse a esse respeito, o rol de Imortais da nascente Academia Cabo-verdiana de Letras está aí para elucidar os mais cépticos. Todos eles nasceram e assumiram a sua cabo-verdianidade muito antes do 5 de Julho de 1975, e mesmo deram contribuição decisiva para a orientação dos movimentos sociais e políticos que viriam a liderar a luta para a autodeterminação e independência de Cabo Verde. Todos eles, de André Alvares D' Almada (1555 – 1650) a João Baptista Rodrigues (falecido recentemente), passando Por Antónia Gertrudes Pusich, José Evaristo de Almeida, Guilherme Dantas, Luís Loff de Vasconcelos, Januário Leite, Eugénio Tavares, Pedro Monteiro Cardoso, João Lopes, António Aurélio Gonçalves, Jorge Barbosa, Manuel Monteiro Duarte, Jaime de Figueiredo, Manuel Lopes, Baltasar Lopes da Silva, Manuel Ferreira, António Nunes, Henrique Teixeira de Sousa, Amílcar Cabral, Yolanda Morazzo, Ovídio Martins, Gabriel Mariano, Leopoldina Barreto, João Varela, Mário Fonseca, João Henrique de Oliveira Barros e tantos outros valorosos descendentes desta pátria que, pelo seu engenho e pela sua arte, se foram da lei da morte libertando, nasceram, medraram e deram a sua contribuição para a construção desta Nação valente, ainda antes das lutas que conduziriam ao nascimento do Estado cabo-verdiano.
    [Show full text]
  • Brasil E Cabo Verde: Afinidades Identitárias
    CORE Metadata, citation and similar papers at core.ac.uk Provided by Institutional Repository of the Ibero-American Institute, Berlin Brasil e Cabo Verde: afinidades identitárias Maria do Carmo Cardoso Mendes Universidade do Minho Passa a serenata Mas no coração dos que temem a luz do dia que vai chegar Ficam os gemidos do violão e do cavaquinho Vozes crioulas neste nocturno brasileiro de Cabo Verde. (Alcântara 1948: 21) Introdução A construção da identidade literária cabo-verdiana está intrinsecamente as- sociada ao aparecimento de Claridade (1936), uma revista que se constitui como movimento de afirmação da cabo-verdianidade. Neste ensaio, pro- curarei demonstrar que o influxo da cultura brasileira enforma o ideário de Claridade, em particular em dois dos seus mais influentes intelectuais e fundadores – Jorge Barbosa (1902-1971) e Baltasar Lopes da Silva (1907- 1989) –, mas também a própria poética dessa revista e ainda a apropriação de Pasárgada, mito criado por Manuel Bandeira. Procurarei mostrar ainda que a influência do modelo brasileiro não se esgota nos números de Claridade; ela prolonga-se em diversos textos de ficção romanesca de escritores claridosos, designadamente no romance de Baltasar Lopes da Silva Chiquinho, considerado o texto fundador da lite- ratura cabo-verdiana, ou ainda no romance Os flagelados do vento leste, de Manuel Lopes (1907-2005). Através da análise das relações intertextuais entre a literatura brasileira e a literatura cabo-verdiana, mostrarei que o Brasil representou no arquipélago uma alternativa ideológica e literária à influência da cultura e da literatura portuguesas. Um estudo comparativo de Chiquinho de Baltasar Lopes da Silva e Vidas secas de Graciliano Ramos permitirá aprofundar o influxo da literatura brasileira sobre a literatura cabo-verdiana.
    [Show full text]
  • Cape Verde and Brazil Musical Connections
    Cape Verde and Brazil Musical Connections Juliana Braz Dias Universidade de Brasília / University of Pretoria Introduction The insertion of Brazilian music in contexts outside of the country is no lon- ger a novelty. Indeed, the media often reports on these musical flows. For instance, newspapers and specialized magazines have played a crucial role in highlighting the presence of Brazil on the international stage through reports on Grammy Awards won by Brazilian musicians (namely, Sérgio Mendes, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Caetano Veloso e João Gilberto). Another example is the increased visibility of concerts featuring Brazilian artists in other countries, such as the Brazilian Day in New York, which attracts more than a million people to the streets of that city – above all Brazilians, but also North-Americans and migrants from other countries. However, it should be noted that the presence of Brazilian music outside of the country’s borders is not necessarily related to the global cultural indus- try, neither to the impact of recent migration processes. Musical exchanges involving Brazilian musicians have been going on for some time, in multiple ways, following diverse routes and movements of people. In this article, I focus on a particular trajectory that some forms of Brazilian music have taken. I refer to the Atlantic flows that allowed for the arrival of music and musicians from Brazil to Cape Verde, deeply influencing musical productions in the archipelago. Adopting an anthropological ap- proach, I seek to engage with discourses articulated by Cape Verdeans on the role of “Brazilian music” (as they understand it) and its relationship to the music produced in Cape Verde.
    [Show full text]
  • Lorca Criollo: El Teatro Emergente Caboverdiano
    UNIVERSITAT DE VALÈNCIA Facultat de Filologia, Traducció i Comunicació Departament de Filologia Espanyola LORCA CRIOLLO: EL TEATRO EMERGENTE CABOVERDIANO Tesis Doctoral Presentada por: Mercedes Hernández Marqués Dirigida por: Dr. D. Antonio Tordera Sáez Valencia, 2012 LORCA CRIOLLO: EL TEATRO EMERGENTE CABOVERDIANO 2 LORCA CRIOLLO: EL TEATRO EMERGENTE CABOVERDIANO ÍNDICE INTRODUCCIÓN .......................................................................................................................... 9 1. Presentación: objetivos y contextualización de las islas de Cabo Verde ............................. 11 1.1. De Valencia a Cabo Verde: itinerario de una investigación ........................................... 11 1.2. Objetivos y estructura del trabajo ................................................................................. 12 1.3.Breve contextualización geográfica, social y teatral de Cabo Verde............................... 18 PRIMERA PARTE: CABO VERDE: UNA MINA DE TEATRALIDAD Capítulo 1.CABO VERDE: UN CRISOL DE CULTURAS ................................................................ 31 1.1. Entre África y Europa: sobre el mestizaje biológico ....................................................... 31 1.2. De melting pot al nacimiento de una cultura criolla ..................................................... 39 1.3. Mi ma bô: el principio de alteridad en la identidad cultural caboverdiana ................... 47 1.4. El criollo caboverdiano ..................................................................................................
    [Show full text]
  • The Whale in the Cape Verde Islands: Seascapes As a Cultural Construction from the Viewpoint of History, Literature, Local Art and Heritage
    humanities Article The Whale in the Cape Verde Islands: Seascapes as a Cultural Construction from the Viewpoint of History, Literature, Local Art and Heritage Nina Vieira 1,*, Cristina Brito 1 , Ana Catarina Garcia 1 , Hilarino da Luz 1, Hermano Noronha 2 and Dúnia Pereira 3 1 CHAM—Centre for the Humanities, NOVA University of Lisbon, 1069-061 Lisbon, Portugal; [email protected] (C.B.); [email protected] (A.C.G.); [email protected] (H.d.L.) 2 APCM—Associação Para as Ciências do Mar, 1069-061 Lisbon, Portugal; [email protected] 3 IPC—Instituto do Património Cultural, Praia 7600, Cabo Verde; [email protected] * Correspondence: [email protected] Received: 1 July 2020; Accepted: 19 August 2020; Published: 24 August 2020 Abstract: Cultural constructions of landscapes, space and environments, and of people’s relationship with nature, have in the Cape Verde Islands a perspective of their own and might have been mediated by the whale. To address perceptions about these marine mammals, historical sources, literature, art, memory and heritage were considered. Whaling influenced history and diaspora and is reflected in literary productions. Remains of whales are found in museums and used as decorative pieces and local art. We found the Cape Verdean seascapes as being culturally and naturally constructed and the whale occupies a true ‘place’ of convergence. Keywords: blue humanities; marine environmental history; littoral landscapes; heritage; memory; representations; coastal environments; cetaceans-people encounters 1. Islands, Peoples and Whales “Um rugido constante e fragoroso/Vem das praias e espalha-se no ar ::: /São as ondas do mar a soluçar/Um cântico magoado e misterioso” “As Ondas” (The Waves), poem by Jorge Barbosa 1929.
    [Show full text]
  • Afirmando Outras Versões Da História... Memória E Identidade Nas Poéticas De Éle Semog E José Luis Hopffer Almada
    AFIRMANDO OUTRAS VERSÕES DA HISTÓRIA... MEMÓRIA E IDENTIDADE NAS POÉTICAS DE ÉLE SEMOG E JOSÉ LUIS HOPFFER ALMADA Ricardo Silva Ramos de Souza Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Relações Etnicorraciais como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Relações Etnicorraciais. Orientador: Sérgio Luiz de Souza Costa, Dr. Rio de Janeiro Dezembro / 2014 ii AFIRMANDO OUTRAS VERSÕES DA HISTÓRIA... MEMÓRIA E IDENTIDADE NAS POÉTICAS DE ÉLE SEMOG E JOSÉ LUIS HOPFFER ALMADA Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Relações Etnicorraciais como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Relações Etnicorraciais. Ricardo Silva Ramos de Souza Aprovado por: ______________________________________________ Presidente, Sérgio Luiz de Souza Costa, D. Sc. (Orientador) ___________________________________________ Prof. Roberto Carlos da Silva Borges, D. Sc. ___________________________________________ Prof.ª Fernanda Felisberto da Silva, D. Sc. (UFRRJ) ___________________________________________ Prof. Renato Nogueira dos Santos Junior, D. Sc. (UFRRJ) Rio de Janeiro Dezembro / 2014 iii Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central do CEFET/RJ S729 Souza, Ricardo Silva Ramos de Afirmando outras versões da história... Memória e identidade nas poéticas de Éle Semog e José Hopffer Almada / Ricardo Silva Ramos de Souza.—2014. x, 146f. + anexos ; enc. Dissertação (Mestrado) Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, 2014. Bibliografia : f. 136-146 Orientador : Sérgio Luiz de Souza Costa 1. Racismo. 2. Racismo na literatura. 3. Literatura africana – História e crítica. 4. Literatura brasileira. 5. Negros na literatura. I. Costa, Sérgio Luiz de Souza (Orient.). II. Título. CDD 305.8 iv Agradecimentos Aos meus pais e toda minha família que sempre contribuíram com votos de confiança e força nos momentos mais difíceis.
    [Show full text]
  • Literatura Cabo-Verdiana: Leituras Universitárias
    Simone Caputo Gomes Antonio Aparecido Mantovani Érica Antunes Pereira (Organizadores) Grupo de Estudos Cabo-verdianos de Literatura e Cultura CNPq-USP Literatura Cabo-verdiana: leituras universitárias Cáceres-MT 2015 UNEMAT Editora Editor: Maria do Socorro de Souza Araújo Diagramação: Ricelli Justino dos Reis Foto da capa: Genivaldo Rodrigues Sobrinho, tirada na Ponta do Sol – Ilha de Santo Antão, Cabo Verde, em 2009, no âmbito do Grupo de Estudos Cabo-verdianos CNPq/USP Revisão: Simone Caputo Gomes Publicação Online Conselho Editorial: Maria do Socorro de Souza Araújo (Presidente) Severino de Paiva Sobrinho Ariel Lopes torres Tales Nereu Bogoni Luiz Carlos Chieregatto Roberto Vasconcelos Pinheiro Mayra Aparecida Cortes Fernanda Ap. Domingos Pinheiro Neuza Benedita da Silva Zattar Roberto Tikau Tsukamoto Júnior Sandra Mara Alves da Silva Neves Gustavo Laet Rodrigues CIP – CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO G6331 Gomes, Simone Caputo. Literatura Cabo-verdiana: leituras universitárias / Simone Caputo Gomes, Antonio Aparecido Mantovani, Érica Antunes Pereira (organizadores). Cáceres: Ed. UNEMAT, 2015. 205 p. ISBN: 978-85-7911-145-7 1. Literatura Cabo-verdiana. 2. Literatura Comparada. 3. Letras. I. Mantovani, A.A. II Pereira, É. A. III Gomes, S. C. IV. Título. V. Título: leituras universitárias. Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Luiz Kenji Umeno Alencar - CRB1 2037 Unemat Editora Avenida Tancredo Neves n° 1095 Fone (0xx65) 3221-0023 Cáceres - MT - Brasil - 78200-000 Proibida a reprodução de partes ou do todo desta obra sem autorização
    [Show full text]
  • Enquadramento Teórico
    View metadata, citation and similar papers at core.ac.uk brought to you by CORE provided by Portal do Conhecimento Introdução Apresentação e justificação do tema “Da pobreza envergonhada à prática da prostituição - uma abordagem literária” é o tema do trabalho de fim de curso que ora apresentamos. Nele, expomos o resultado da pesquisa levada a cabo, com incidência na relação pobreza- prostituição e no tratamento literário que recebeu de alguns dos nossos escritores, entre os quais Baltasar Lopes e António Aurélio Gonçalves. Este tema coloca-nos de forma clara perante o problema da pobreza nas ilhas, com um enfoque especial na ilha de São Vicente, o espaço geo-literário e social que enquadra as narrativas – contos e novelas – dos autores em estudo. O drama da miséria traz consigo outros tantos graves problemas sociais, de entre os quais se destaca a prostituição feminina, tema central do conto A Caderneta de Baltasar Lopes da Silva bem como a novela Virgens Loucas de Aurélio Gonçalves. Localizadas numa época e num tempo histórico, marcados por grandes convulsões sociais, num contexto sociocultural, político e ideológico adverso, as narrativas reconstituem uma sociedade onde imperam as dificuldades de sobrevivência de uma população encurralada pelos dramas de uma existência dramática e sem futuro. As mulheres das camadas sociais mais desfavorecidas, socialmente fragilizadas, são as vítimas directas deste estado de coisas, apresentando-se neste quadro como as presas fáceis de um submundo que as atrai e faz delas marionetas manipuladas pela força e pela lei do mais forte. Sabemos que pobreza é um tema importantíssimo em África, em geral, e em Cabo Verde, em particular.
    [Show full text]
  • Biobibliografia De MANUEL LOPES
    2 A Semana - Sexta-Feira, 28 de Jan. 2005 K R I O L I D A D I MANUEo últimoL POR: JOSÉ VICENTE LOPES Logo agora que já nos tínhamos, todos, acostu- flagelados do vento leste (1960). mado com a eternidade de Manuel Lopes, prepa- Ainda que os primeiros sinais de Chuva braba, rando-nos para comemorar o seu centenário em cujo nome inicial era Terra viva, tivessem surgido vida, eis que ele morre aos 97 anos, em Lisboa, no número 4 de Claridade (Janeiro, 1947), os dois onde residia há 45 anos. Com ele extingue-se tam- romances são de um autor que se encontra em ple- bém o último sobrevivente dos fundadores de Cla- na maturidade pessoal e estética, porque publica- ridade, revista criada por ele, Baltasar Lopes da dos quando ele tinha 49 e 53 anos, respectivamen- Silva, Jorge Barbosa e Manuel Velosa, já lá vão te, portanto, numa altura em que encontrara já o ca- quase 70 anos, marcando para sempre a literatura minho que todo o artista tem de procurar. E, nessa cabo-verdiana em antes e depois dessa publicação. busca, quem quiser haverá de encontrar ressonân- E nesta hora ficamos também a saber que, afinal, cias dos regionalistas brasileiros (José Lins do Rego, Manuel Lopes era o único cabo-verdiano “natural” Graciliano Ramos...), dos neo-realistas portugueses de três ilhas: de S. Nicolau onde nasceu realmente; e até do americano John Steinbeck, de que Manuel de S. Vicente para onde foi levado e registado dias Lopes era um assumido admirador. depois do seu nascimento, até ser levado, criança Na terça-feira, a propósito da sua morte, ouvi ainda, para Coimbra (Portugal), de onde retornaria Germano Almeida dizer à Rádio de Cabo Verde que jovem adulto por não aguentar as saudades; e, fi- Manuel Lopes era o mais politizado dos claridosos, nalmente, de Santo Antão, por obra e graça de Ma- bastando para isso a leitura das suas “tomadas de nuel Ferreira que, No reino do Caliban I, lhe fixa vista”, publicadas na Claridade.
    [Show full text]
  • THE LANGUAGE DEBATE in CAPE VERDE a Thesis Presented to The
    THE LANGUAGE DEBATE IN CAPE VERDE A thesis presented to the faculty of the Center for International Studies of Ohio University In partial fulfillment of the requirements for the degree Master of Arts Patrick J. Coonan June 2007 This thesis entitled THE LANGUAGE DEBATE IN CAPE VERDE by PATRICK J. COONAN has been approved for the Center for International Studies by __________________________________________________ Ann R. Tickamyer Professor of Sociology and Anthropology __________________________________________________ Drew McDaniel Interim Director, Center for International Studies Abstract COONAN, PATRICK J., M.A., June 2007, International Development Studies THE LANGUAGE DEBATE IN CAPE VERDE (138 pp.) Director of Thesis: Ann R. Tickamyer In many countries around the world, controversy surrounds state policy on language. The West African archipelago of Cape Verde is no exception. Ever since the country’s independence from Portugal in 1975, a movement of bilingual Cape Verdeans has spearheaded planning efforts for the national language (Cape Verdean Creole) in an attempt to build the case for making that language the country’s co-official language. Nevertheless, these individuals face resistance from other Cape Verdeans who view the project as an attempt to marginalize the current official language (Portuguese) and/or certain regional dialects of Cape Verdean Creole. This study looks at texts taken from the discourse of language policy in Cape Verde in order to identify the language ideologies, i.e. “sets of beliefs about language articulated by users as a rationalization or justification of perceived language structure or use” (Silverstein, 1979, p.497), that Cape Verdeans use to support or to resist certain language policy and planning options.
    [Show full text]
  • Cape Verdean Creole – Santo Antão: What We Know So Far1 Dominika
    Cape Verdean Creole – Santo Antão: what we know so far1 Dominika Swolkien Universidade de Cabo Verde & Alexander Cobbinah Universidade de São Paulo The Santo Antão variety (SA) of Cape Verdean Creole (CVC) is not only very little studied but the existing publications, overwhelmingly in Portuguese, are not well known among a wider linguistic audience. This is particularly surprising if we consider that from the first Cape Verdean census, in 1731 (Carreira 1984), until the 1970s Santo Antão has been the second most populous island of the archipelago. The article presents a review of the literature from historical sources about the settlement of Santo Antão, which then serves as a base from which to reconsider current debates about the genesis of CVC. Linguistic data, mainly of phonological nature, from conversations recorded during a short field trip to Santo Antão (Cabo da Ribeira and Vila das Pombas), complemented by existing data on other varieties of CVC, are used to support the proposed hypotheses. Keywords: Cape Verdean Creole, Santo Antão variety, sociolinguistic history, phonology, language description 1. Introduction The goals of this article are as follows. First, we aim to summarize the existing literature on the variety (section 2) and, based on a wide range of historical works, sketch a possible socio-historical scenario of its formation in the early 16th century and further development until the current linguistic situation (section 3). Second, based on our exploratory fieldwork on the island, we present selected features of SA phonology (section 5) and compare them with the two other varieties of Barlavento for which comparable data is available (São Vicente, São Nicolau), as well as to the variety of the main island Santiago, 1 The authors would like to thank Marlyse Baptista and an anonymous reviewer for very helpful suggestions and corrections.
    [Show full text]
  • Special List 381: African Islands
    special list 381 1 RICHARD C.RAMER Special List 381 African Islands 2 RICHARDrichard c. C.RAMER ramer Old and Rare Books 225 east 70th street . suite 12f . new york, n.y. 10021-5217 Email [email protected] . Website www.livroraro.com Telephones (212) 737 0222 and 737 0223 Fax (212) 288 4169 July 13, 2020 Special List 381 African Islands Items marked with an asterisk (*) will be shipped from Lisbon. SATISFACTION GUARANTEED: All items are understood to be on approval, and may be returned within a reasonable time for any reason whatsoever. VISITORS BY APPOINTMENT Specialspecial Listlist 381 381 3 African Islands Novel by a native of the Island of Boavista Set on the Island of São Vicente *1. ALMEIDA, Germano. Os dois irmãos, romance. Lisbon: Editorial Caminho, 1995. Uma Terra Sem Amos. 8°, original illustrated wrappers. As new. 238 pp., (5 ll. advt.). ISBN: 972-21-1032-2. $50.00 FIRST EDITION. A second Caminho edition appeared in 1998. Ilheu Editora of Cabo Verde published editions in 1995, 2000 and 2003. There was a Círculo de Leitores edition published in 2001, while Caminho came out with editions in 2010 and 2019. The author, a lawyer who has practiced on the island of São Vicente, was born on the island of Boavista, Cabo Verde, 1945. This novel, based on his official prosecution of “Andre” for fratricide in 1976, is set on the island of Santiago. Almeida published four previous works of fiction, includingO testamento do Sr. Nepomuceno da Silva Araújo (1989), which was made into a film, including four subsequent novels.
    [Show full text]