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MADEIRADiG 2016 – PRESS KIT

23.11.2016

Peder Mannerfelt, Zeena Parkins e Sonic Boom no MADEIRADiG '16

Na décima terceira edição do festival MADEIRADiG, a promessa é de não baixar a fasquia de excelência e diversidade que ao longo de treze anos tem marcado o evento.

Com datas confirmadas de 2 a 5 de Dezembro para mais uma edição do festival MADEIRADiG, a Agência de Promoção da Cultura Atlântica, entidade cultural que em parceria com o portal Digital in Berlin e a Estalagem da Ponta do Sol, organiza o evento dedicado às artes digitais e à música electrónica e experimental, assume que a fasquia de excelência que tem marcado o certame é para se manter, sendo que se espera no auditório do MUDAS inúmeras possibilidades sensoriais induzidas no público do festival a cargo da responsabilidade dos artistas que compõem o line-up desta edição de 2016. Neste âmbito, grande destaque para Peder Mannerfelt aka The Subliminal Kid, antigo membro dos Roll the Dice. O sueco tem feito furor na Europa da electrónica experimental, especialmente após o lançamento de The Swedish Congo Records, a sua reinterpretação digital de uma gravação rara datada dos anos trinta do século passado feita pelo realizador belga Armand Denis, que foi um dos primeiros europeus a gravar música tradicional do Congo; Sonic Boom, o alter-ego do Inglês , antigo membro fundador da lendária banda de rock alternativo e Zeena Parkins, norte-americana pioneira no que toca à composição contemporânea e performance para harpa. Helm, projecto do inglês Luke Younger, Kassel Jaeger, Marina Rosenfeld, que estará em palco com o norte-americano Ben Vida e os irlandeses Lakker são os restantes nomes que, compõem o cartaz da edição deste ano do MADEIRADiG, sendo que o encerramento se espera ser em grande, uma vez que estará a cargo do génio criativo e performer Yves Tumor, com o seu novíssimo e aclamado pela crítica “Serpent Music” prevendo-se assim um primeiro fim-de-semana de Dezembro recheado de grandes concertos levados a cabo por protagonistas de referência. Relativamente às after-sessions da Estalagem da Ponta do Sol, são de esperar momentos de grande qualidade performática e audiovisual, sendo que três das quatro noites oferecerão live acts de artistas multitalentosos em variadas áreas: a fotógrafa, sonoplasta e videasta colombiana Natalia Escobar actuará na noite de Sábado com a produtora e cantora francesa Laura Clock, enquanto que a noite de Domingo será composta pelo saxofonista inglês Brian Allen Simon e o seu projecto Anenon, uma fusão perfeita entre as sonoridades electrónicas ambientais e o melómano metal do saxofone, que conduzirá o público em direcção ao último dia do festival que encerrará depois dos últimos concertos no MUDAS com Theresa Stroetges aka Golden Diskó Ship: multi-instrumentista e vocalista, que conduzirá o público numa viagem multifacetada com raízes na folk. Encontram-se à venda os bilhetes para a edição deste ano a partir do website do festival em www.madeiradig.com, sendo atempadamente também disponibilizados na recepção da Estalagem da Ponta do Sol e no MUDAS – Museu de Arte Contemporânea da Madeira. Relativamente ao custo dos mesmo, não se registam novidades mantendo-se o valor de 50€ para o passe para os quatro dias do festival e 15€ o bilhete diário, sendo que se aplicam descontos para estudantes, menores de 21 anos e maiores de 65 passando os valores a 40€ e a 12€, respectivamente. ###

PROGRAMA MADEIRADiG'16: sexta-feira, 2.12.16 – 9.30pm MUDAS - Sonic Boom (GBR) - Peder Mannerfelt (SWE)

after-session – TBA

** sábado, 3.12.16 – 9.30pm MUDAS - Kassel Jaeger (FRA) - Lakker (IRL)

after-session - Laura Clock (FRA/UK) & Natalia Escobar (COL)

** domingo, 4.12.16 – 9.30pm MUDAS - Zeena Parkins (USA) - Helm (GBR)

after-session - Anenon (GBR) segunda-feira, 5.12.16 – 9.30pm MUDAS - Marina Rosenfeld (USA) + Ben Vida (USA) - Yves Tumor (USA) after-session – Golden Diskó Ship (GER) AUDITÓRIO DO MUDAS – Museu de Arte Contemporânea da Madeira:

Helm (GBR) – Projecto do inglês Luke Younger, residente em Londres. As suas composições caracterizam-se por sonoridades de dark ambient com raízes no punk industrial e são construídas usando equipamento electrónico e instrumentos modificados, recorrendo a fontes sonoras fora do convencional e ostentando laivos intensos de sonoridades drone. Por outro lado, várias outras composições assentam em mais estruturadas e rítmicas “formas sonoras”. Assim, é um artista que, sendo polivalente em termos de diversidade sonora, não se limita a nenhuma delas. Teve um projecto em que lançou vários LP´s com Steven Warwick (Heatsick, que esteve na edição de 2015 do Madeiradig) sob a demoninação de Birds of . Recentemente lançou com Decimus (projecto a solo de Pat Murano dos The No-Neck Blues Band), o álbum We Will Meet At Other Human Parties sob a chancela da Opal Tapes. https://www.youtube.com/watch?v=IQo1tJ82d1Q

Peder Mannerfelt (SWE) – aka The Subliminal Kid, antigo membro dos Roll the Dice. O sueco residente em Estocolmo tem feito furor na Europa da electrónica experimental, especialmente após o lançamento de The Swedish Congo Records, a sua reinterpretação digital de uma gravação rara datada dos anos trinta do século passado feita pelo realizador belga Armand Denis, que foi um dos primeiros europeus a gravar música tradicional do Congo. Colaborou com Klara Lewis, Fever Ray e Glasser, tanto como produtor como em performances ao vivo. Controlling Body é o título do mais recente trabalho lançado em 2016, composto de nove faixas de variações em torno da voz acompanhadas de percussão abstracta e sintetizador analógico que nos incutem uma impressão futurística de ficção científica. https://www.youtube.com/watch?v=kb5AokR_Dj0

Lakker (IRL) – naturais de Dublin e residentes em Berlim, os Lakker, duo composto por Dara Smith e Ian McDonnell começaram a sua actividade no início da primeira década deste século lançando produções experimentais de carácter marcadamente tenso de fortes baixos no âmbito do techno electrónico experimental. Estrearam em 2007 com Rudio, um álbum que varia entre vinhetas de piano solitário e barragens de percussão sob a chancela da editora Lazybird. Passaram-se algus anos até que os EPs lançados entre 2011 e 2014 em editoras como a Killekill, a Blueprint, a Stroboscopic Artefacts, e mais notavelmente, a reverenciada belga, R&S que de resto tem lançado vários trabalhos dos Lakker. Como exemplo, o último álbum Struggle & Emerge, de 2016, com sonoridades marcadamente dark ambient e industrial. Marina Rosenfeld (USA) – Norte-americana residente em Nova Iorque, pianista de raízes classicistas, estudou em Harvard e no Art Institute da California. Marina começou a experimentar a mesa de mistura como um veículo de fusão entre as suas composições e a sua vertente de improvisação. Gravando segmentos de sons filtrados, como campaínhas ou sirenes desde 1997, tem actuado ao vivo a partir deste “fragmento de ópera” que às vezes, inclui vídeo e electrónica. Durante os espectáculos ao vivo, termina misturando a peça através da improvisação. Em 1999 lançou o seu primeiro álbum, theforetsthegardenthesea, que consistiu em duas das suas performances ao vivo tanto a solo como em grupo. Interessada em performances com emsembles apenas de mulheres, dirige desde 1993 a orquestra feminina de 17 membros Sheer Frost Orchestra. Multifacetada, é presença assídua no meio artístico presidido por eventos de arte contemporânea e galerias tais como The Museum of Modern Art, o Whitney Museum, havendo participado nas bienais de 2002 e de 2008 de Whitney, bienais de Liverpool e PERFORMA, o Festival Holland, Tate Modern, o Secession, Park Avenue Armory, Wien Modern, e mais recentemente na House of Gaga, Cidade do México e no Museu de Arte Contemporânea de Cleveland.

Ben Vida (USA) – Trompetista e guitarrista norte-americano, vive e trabalha em Nova Iorque. Nos anos 90 foi co-fundador do quarteto minimalista Town & Country sendo que posteriormente tem trabalhado como artista a solo, lançando trabalhos em editoras como a PAN, Alku, Shelter Press, Future Audio Graphics, e a Kranky. É mestre em Belas Artes formado na Bard College e como artista e compositor tem sido um membro activo da comunidade internacional de música experimental nas últimas duas décadas com uma longa lista de colaborações, projectos e lançamentos. O seu trabalho artístico tem sido exibido em galerias como Lisa Cooley, de Nova Iorque a 356 S. Mission Rd., de Los Angeles, California ou o Guggenheim e a Audio Visual Arts, em Nova Iorque. Kassel Jaeger (FRA) – nome artístico do parisiense François Bonnet. Músico e compositor electroacústico, faz parte do GRM (Groupe de Recherches Musicales) e tem publicado obra escrita relativa à teoria musical no âmbito do seu trabalho de investigação. As suas sonoridades são caracterizadas pelo dark ambient composto maioritariamente por field recordings que resultam num concretismo musical envolvente, rico em sensações e imagens visuais invocadas pelos sons captados em meios que vão desde o urbano industrial às paisagens bucólicas retratadas em ambiências mais “rurais”. Onden, o seu mais recente trabalho apresentado este ano, faz parte da Unfathomless Series. Peter Kember/Sonic Boom/Spectrum/EAR (GBR) – Há mais de trinta anos, a dar ao mundo a oportunidade de conhecer a sua visão músical única, o fundador dos Spacemen 3, agora a viver em Portugal, será uma das figuras centrais deste MADEIRADiG 2016. Músico e produtor Inglês, Sonic Boom é um dos alter-egos de Peter Kember, mais conhecido por ser guitarrista e vocalista da lendária banda de hipno-drone Spacemen 3. Natural de Rugby, Inglaterra, enquanto estudante na escola de artes, Kember fundou com os Spacemen 3, gravarando a sua primeira demo em 1986; após terem assinado com a Glass Records gravaram o seu LP de estreia “”. Dotado de uma tendência heteronímica, Kember adotou para este LP o nome de Peter Gunn mas a quando do seu EP Walking with Jesus, rebaptizar-se-ia de Sonic Boom, denominação que tem mantido ao longo da sua carreira. Após o desmembramento de Spacemen3 em 1991, formou os Spectrum e em paralelo, em 1994, esteve também envolvido no projecto EAR (Experimental Audio Research). Já colaborou com projectos como e .

Zeena Parkins (USA) – Grande destaque para a intérprete da harpa, piano e sampler numa variedade de componentes baseados na improvisação, new music, modern composed jazz e avant- garde. Nascida em Detroit (USA), estudou dança, harpa e piano clássico tendo-se formado em Belas Artes da Bard College. Em 1984, havia-se mudado para Nova Yorque e aí começou a tocar com outros músicos da cena avant-garde nova-iorquina como Butch Morris e John Zorn. Já fez parte de diversos projectos musicais como como os Skeleton Crew, os Carbon e os Gangster Band. Extremamente eclética e versátil, já participou em inúmeros projectos inseridos em diversas áreas tendo escrito e composto peças para teatro, cinema e espectáulos de dança comssionados por performers, espaços e organizações como a Meet the Composer, The New York State Council for the Arts e a Rockefeller Foundation. Manteve-se interessada nas artes cénicas e involveu-se em workshops de dança e música para bailarinos e músicos de Nova Yorque. Mais recentemente tem feito espectáculos de imprivisação com , dos Sonic Youth e Nels Cline dos Geraldine Fibbers. https://www.youtube.com/watch?v=QGeV3OxNSzE Yves Tumor (USA) é a mais recente persona criada pelo produtor e perfomer norte-americano Sean Bowie. Inspirado, enigmático e conflituosos, foi esta a matéria que o conduziu por entre uma estética pessoal distintamente arrojada, que forjou o facinante LP “Serpent Music” recentemente lançado sob a chancela da editora PAN, e uma crescente reputação pelas suas revigorantes e poderosas apresentações ao vivo. Evoluindo de uma história criativa, diversa e prolífica sob uma infinidade expansiva de nomes alternativos aliado à influência de fortes laços com pensadores progressivos como NO e Mikky Blanco, Yves Tuor surge-nos como a mais pessoal e madura encarnação de Sean Bowie até à data sendo “Serpent Music” o seu mais mais assertivo statement até agora gravado. Meticulosamente escrito a partir de peças desenvolvidas desde 2013, “Serpent Music” foi inicialmente composto como se fosse um trabalho soul – a partir de composições delicadas e emotivas. Para o palco do MUDAS, espera-se sonoridades compostas de texturas ricas e diversas feitas de instrumentos ao vivo, samples e um leque de field recordings que resultarão numa complementaridade entre um psicadelismo lo-fi e composições experimentais electrónicas ambientais por vezes de um ruído abrasivo, mas que oferecem uma visão privilegiada para um mundo encantado. A experiência de ver e ouvir Yves Tumor ao vivo oferece um emocionante e chocante contraponto ao trabalho gravado, projetado para detonar em uma variedade de contextos desde os clubes e festivais de elite ao bar punk mais underground: uma versão completa de um one-man-show que confronta o público tanto musicalmente como a nível da sua performance corporal onde os preconceitos são totalmente colocados de lado. ESTALAGEM DA PONTA DO SOL – AFTER-SESSIONS:

Laura Clock (FRA) - produtora e cantora na área da dancehall pop actualmente residente em Berlim, mas havendo crescido entre Paris e a República Dominicana, a sua música apresenta um claro registo exótico ainda que urbano, uma mistura entre as sonoridades mais frias e industriais de Berlim a suas raízes caribenhas. O seu mais aclamado trabalho, num âmbito da lo-fi pop e primeiro EP “First Prom”, lançado pela Fantasy Music, permitiu-lhe viajar em digressão pelo mundo inteiro durante os últimos anos. O seu último trabalho foi lançado pela Rinse fm, um EP de quatro faixas musicas compostas de contornos espaciais, conduzidos por canções melódicas sob o título “Baby Part I”. Laura Clock constrói uma música viva feita de contrastes: trémula no tom mas exponencial e vibrante em sub-baixos e surpreendente nas percussões, as suas canções sentem-se ao mesmo tempo vazias e super potentes, causadoras de ressonâncias emocionais. (earthagency.com)

Golden Diskó Ship (GER) - É o denominado projecto de Theresa Stroetges, uma berlinense multi-instrumentista e videasta cujos live acts consistem no formato “one man ban”, ou como já foi designada, uma “one girl orchestra”. As suas imaginativas paisagens sonoras, oscilam de linhas delicadas mergulhadas em nostalgia até aos arcos de feedback e texturas distorcidas resultantes do abuso maquinal, evocam sonhos lúcidos e têm ganho o aclamação crítica pelas colagens ecléticas e frescas entre a electrónica e a acústica de raízes folk. O seu de estreia, Prehistoric Ghost Party, foi prozido pelo lendário Faust Studio, e algumas das suas faixas foram também lançadas na Monika Enterprise’s City Splits # 1 e na compilação The Wire Tapper’s de junho de 2012. (CTM concerts)

Anenon (USA) – é o nome artístico do norte-americano natural de Los Angeles Brian Allen Simon. Fundou a editora Non Project e as suas composições são de carácter classicista marcado por inúmeros momentos de improvisação quer ao piano, quer ao saxofone fazendo passear belíssimas melodias através de intersecções electrónicas ambientais de colorido atmosférico espiritual. Junto com Jon-Kyle Mohr, é responsável pelo projecto Shattered Dreams, uma experiêcia na web sobre a efemerabilidade da música, que comissionou trabalhos de artistas como William Basinski e Fennesz. “Petrol”, o seu terceiro e último LP tem sido aclamado pela crítica especializada da área. Natalia Escobar (COL) – artista multi-disciplinar colombiana, residente em Berlim, formou-se em Belas Artes no Central Saint Martin College of Art and Design de Londres em 2009 e tem mostrado o seu trabalho em mostras como a HKW, o Make City Festival em Berlin, o Die Andere Seite em Vienna, e o Festival De La Imagende Manizales, entre outros. Entre a fotografia, o vídeo, a sonoplastia e Djing, a performance com Laura Clock prevê-se recheada de elementos fortes nestas áreas.

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Para mais informações, contactar: Maria Fernandes APCA – Madeira 96 11 31 614 / 291 098 132 [email protected]