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PARECER ÚNICO Nº 0381137/2017 (SIAM) INDEXADO AO PROCESSO: PA COPAM: SITUAÇÃO: Licenciamento Ambiental 05910/2006/003/2016 Sugestão pelo Deferimento FASE DO LICENCIAMENTO: Licença de Operação Corretiva – LOC VALIDADE DA LICENÇA: 10 anos

EMPREENDEDOR: Tamasa Engenharia S.A. CNPJ: 18.823.724/0001-09 EMPREENDIMENTO: Tamasa Engenharia S.A. CNPJ: 18.823.724/0001-09 MUNICÍPIO: Unaí ZONA: Rural COORDENADAS GEOGRÁFICA LAT/Y 16° 10' 55” LONG/X 46° 57' 29” (DATUM): SAD 69 LOCALIZADO EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO: INTEGRAL ZONA DE AMORTECIMENTO USO SUSTENTÁVEL X NÃO BACIA FEDERAL: Rio São Francisco BACIA ESTADUAL: Rio Preto UPGRH: SF – 07 SUB-BACIA: Córrego Poção e Córrego Caxingó CÓDIGO: ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO (DN COPAM 74/04): CLASSE A-02-05-4 Lavra a céu aberto ou subterrânea em áreas cársticas com ou sem tratamento 3 A-05-01-0 Unidade de Tratamento de Minerais – UTM 3 A-05-02-9 Obras de infraestrutura (pátios de resíduos, produtos e oficinas) 1 A-05-05-3 Estrada para transporte de minério/estéril 1 CONSULTORIA/RESPONSÁVEL TÉCNICO: REGISTRO: Geralda Hélia Tobias da Silva – Eng.º de Minas e Segurança CREA 74.131/D do Trabalho Anselma Dias Lapertosa – Bióloga CRBio 16.052/4-D Pedro Augusto Amoni Azevedo – Geógrafo CREA 178.804/LP Diego Gontijo Lacerda – Geógrafo CREA 186.330/LP Cibele Teixeira de Carvalho – Geóloga CREA 50.449/D Carlos Henrique Pires Luiz – Geógrafo CREA 162.642/D Carla Júnia da Silva - Luis Felipe Bassi – Msc. em Arqueologia - Ângelo Pessoa Lima – Msc. em Antropologia - Clarisse Callegari Jacques – Msc. em História - Marcony Lopes Alves – Estagiário - AUTO DE FISCALIZAÇÃO: 33484/2016 DATA: 07/11/2016

EQUIPE INTERDISCIPLINAR MATRÍCULA ASSINATURA Original assinado Marcelo Alves Camilo – Gestor Ambiental (Gestor) 1365595-6

Original assinado Ledi Maria Gatto Oppelt – Analista Ambiental 365472-0

Original assinado Giselle Borges Alves – Gestora Ambiental de Formação Jurídica 1402076-2

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Original assinado De acordo: Ricardo Barreto Silva – Diretor Regional de Regularização 1148399-7 Ambiental Original assinado De acordo: Rodrigo Teixeira de Oliveira – Diretor Regional de Controle 1138311-4 Processual

1. Introdução

A Tamasa Engenharia S.A. requereu junto a Superintendência Regional de Meio Ambiente Noroeste de Minas – SUPRAM NOR – Licença de Operação Corretiva (LOC), através do preenchimento do FCE, e consequente obtenção do FOBI, sendo formalizado em 30/05/2016, o Processo Administrativo COPAM nº 5910/2006/003/2016, localizado no município de Unaí, MG. A principal atividade do empreendimento é a lavra a céu aberto para extração de calcário com beneficiamento a seco para produção de material britado. Atualmente, o empreendimento está paralisado, quando em operação atuava amparado pela Autorização A mbiental de Funcionamento (AAF) n° 01362/2011, Processo Administrativo n° 05910/2006/002/2011, com validade até 27/04/2015. O empreendimento está inserido no processo registrado junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM sob o número 830.726/2006. Atuando através da Guia de Utilização nº 174/2013 com validade até 27/04/2015, cuja renovação já foi solicitada. A empresa solicitou uma produção anual de 50.000 toneladas de brita zero e pó de brita para uso em suas obras na região. A produção é justificada pela atual demanda por brita calcária na região, e favorecida pela infraestrutura já implantada na fase de lavra experimental. No processo administrativo foram apresentados os estudos de Plano de Controle Ambiental – PCA, Estudo de Impacto Ambiental – EIA e o Relatório de Impacto Ambiental – RIMA. Conforme a Deliberação Normativ a COPAM n° 74/2004, são realizadas as seguintes atividades no empreendimento: Lavra a céu aberto em áreas cársticas sem tratamento, Unidades de tratamento de minerais – UTM, Obras de infraestrutura (pátios de resíduos, produtos e oficinas), Estradas para transporte de minério/estéril. O empreendimento possui potencial poluidor grande e porte pequeno sendo enquadrado como classe 3. Foi realizada vistoria no empreendimento no dia 07 de novembro de 2016, conforme o auto de fiscalização n° 33484/2016. Foram solicitadas informações complementares para a continuidade da análise do processo, as quais foram apresentadas em 30/01/2017.

2. Caracterização do Empreendimento

O empreendimento situa-se na localidade denominada Fazenda Jardim, Santa Clara/Poções, em Unaí, distante cerca de 650 km de . O acesso a partir da capital mineira é feito pela rodovia BR-040 até Paracatu onde se toma a MG-188 no sentido a Unaí, percorrendo-se 600 km até a sede municipal. A partir daí, prossegue-se pela rodovia MG-188, sentido Cabeceira de

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Goiás por mais 22 km quando se atinge o empreendimento situado às margens da rodovia (Figura 1). O empreendimento está inserido nos limites do Direito Minerário DNPM nº 830.726/2006 com área total de 19,61 hectares.

Figura 1: Localização do empreendimento. Fonte: Google Earth.

2.1 – Geologia, características do minério e reservas

As rochas da área são representadas por uma sequência de metapelitos, metapelitos carbonáticos/filitos carbonáticos, e rochas carbonáticas calcíticas, recobertas por depósitos sedimentares e coberturas detrito-lateríticas do quaternário. Os afloramentos se correlacionam com as rochas das fácies pelito e carbonática, se apresentam como dois maciços, um maior com formato alongado segundo SE-NW (maciço I) e outro menor a SW (maciço II).

2.1.1 – Características do minério

A rocha de interesse econômico aflora como dois maciços principais formando uma estrutura sinforme. O maior deles, denominado maciço I, é alongado segundo SW/NE, com cerca de 390 m de comprimento, 50 m de largura e desnível de até 20 m ao longo do eixo maior, entre a base do maciço no extremo NW e o topo no extremo SE. Em alguns pontos se encontra parcialmente recoberto por cobertura detrito-laterític a. É constituído predominantemente por calcário calcític o, microcristalino de cor cinza escuro a médio e, às vezes, contém dobras assimétricas onduladas, tipo abertas, com dimensões decimétricas. Amostras da rocha indicam que os teores de CaO variam de 34,0 % a 53,0% e MgO de 0,44% a 1,0%.

2.1.2 – Reserva do minério

De acordo com os trabalhos de pesquisa (Geomina, Relatório Final de Pesquisa, 2007) foi calculada uma reserva total de 16.716.234 toneladas de minério, como apresentado na Tabela 1.

Tabela 1: Reserva de minério Reservas Massa (t) Medida 9.106.324 Indicada 7.610.000 Total 16.716.234

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2.1.3 – Escala de produção e vida útil da jazida

A escala de produção prevê a remoção de 50.000 toneladas anuais de Run of Mine (ROM), e a reserva medida atualizada é de 9.106.234 toneladas. Todo o ROM alimentado na usina de beneficiamento será aproveitado não existindo previsão de geração de rejeito/estéril. Considerando as perdas desprezíveis, a reserva avaliada e a produção planejada, a vida útil da mina atingirá 182 anos.

2.2 – Método de lavra e operações da mina

Dadas às características geológicas, topográficas e a disposição do corpo de calcário, optou-se pelo desenvolvimento da lavra a céu aberto. A cava será mista: conformando inicialmente uma cava aberta, entre as cotas 750 e 726 m, e evoluindo para uma cava fechada a partir da cota 726 até a cota 690 m. Estão previstas, ainda, a conformação de bermas intermediárias com 4 metros de largura que servirão para receber canaletas de drenagem, assegurar acessos para manutenção e revegetação de taludes além de assegurar a estabilidade dos mesmos. As bancadas serão verticais com 12 metros de altura. A conformação resultará em um ângulo geral de talude de 72°. Na cava aberta, o desmonte não obedecerá a um plano de fogo padrão em função da ocorrência de zonas fraturadas e do contorno irregular da rocha. Já na cava fechada o desmonte obedecerá a um plano de fogo padronizado já otimizado na fase de lavra experimental. O pit final está planejado para ocorrer na cota de nível 690 m. A lavra envolverá as seguintes etapas:

1. Desenvolvimento 2. Perfuração e Desmonte 3. Carregamento e Transporte Na etapa de desenvolvimento serão abertos os acessos e conformadas as bancadas com altura de até 6 m retirando a parcela superior onde a rocha está fraturada com contorno irregular e camadas de argila. A perfuração será realizada por perfuratriz pneumática sobre esteiras, tipo “rock drill”, com furos de 2" 1/2" a 3” de diâmetro, alimentada por compressor portátil de 760 pcm. O desmonte será feito por meio de explosivos usando serviços terceirizados de empresa especializada, mediante Licença de Uso Imediato, evitando, dessa forma, o armazenamento de explosivos no local. O desmonte secundário será feito com um rompedor hidráulico acoplado à escavadeira hidráulica.

2.3 – Plano de fogo

Na abertura de acessos e no desenvolvimento das bancadas da cava aberta não será adotado um plano de fogo padrão, devendo-se privilegiar os furos de 2¹/²” de diâmetro. Já, na cava fechada,

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Malha de furação = 2,0 m x 4,0 m (A x E – Pé de Galinha) Alturas da bancada = 12 m Inclinação do furo = 90° Diâmetro do furo = 3” Subfuração = 0,3 A = 0,6 m Comprimento do furo = 12,5 m Tampão = 0,8 A = 1,60 m (brita) Razão Linear de Carga RLC = 2,53 g/m Carga de fundo = 1,50 m ------= 3,8 kg Carga de coluna = 9,80 m ------= 15 kg Volume desmontado por furo = 96,0 m³

Serão 27 furos mensais (2.604 m³ / 96 m³) em uma metragem perfurada de 337,50 m (27 x 12,5). O consumo de explosivo previsto no Plano de Aproveitamento Econômico – PAE (Lithos Geologia, 2014), considerando a carga por furo = 18,8 kg, CE = 18,8 x 27 e CE = 507,60 kg, é apresentado na Tabela 2.

Tabela 2 – Con sumo de explosivo previsto Material Valores Granulado (80%) 406,0 kg Encartuchado (20%) 101,6 kg Cordel detonante (13,5 m/ furo) 364,5 m Estopim/espoleta (02/ detonação – 03 fogos) 06 peça s Retardos (um retardo/ 5 furos) 6 unidades Fonte: PAE (Lithos Geologia, 2014)

2.4 – Equipamentos de lavra

O principal equipamento utilizado neste método de lavra é a escavadeira que realizará as operações de remoção de camada superficial de solo, desmonte do minério e carregamento nos caminhões basculantes, trabalhando de forma a atender a demanda da unidade de britagem. Está prevista, ainda, a utilização de uma pá carregadeira para carregamento dos produtos, de um caminhão-pipa para aspersão das vias de circulação e de um caminhão comboio para abastecimento e lubrificação das máquinas. Os equipamentos serão utilizados para execução das operações de perfuração, desmonte, carregamento e transporte do ROM até a unidade de britagem. O transporte de materiais de consumo até a mina é realizado por veículos da própria empresa. Neste projeto está prevista a utilização dos equipamentos relacionados no Quadro 1.

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Quadro 1 – Equipamentos a serem utilizados na lavra Equipamentos Tipo/capacidade Quantidade Escavadeira hidráulica 1,30 m³ 1 Pá carregadeira 3 m³ 1 Caminhões basculantes 35 t 1 Perfuratriz 30 m/hora 1 Compressor 760 pc m 1 Veículo Apoio geral capacidade 2.000 kg 1 Caminhão comboio Abastecimento/lubrificação 1 Caminhão pipa 8.000 litros 1

2.5 – Método de beneficiamento empregado

O processo de beneficiamento consiste na cominuição e classificação do ROM. Após a extração, a rocha é transportada para o britador primário em caminhões basculantes. No britador primário, ocorrerá a fragmentação da rocha, na operação conhecida por britagem. Em seguida, a rocha pré-britada é enviada à peneira vibratória, onde, haverá a separação em faixas granulométricas especificadas no projeto. Cada tela da peneira, ou deck, terá uma medida que identificará a malha de uma fração retida e de outra passante. A fração granulométrica retida na malha (deck) superior da peneira vibratória será dirigida ao britador secundário (rebritador), para que suas dimensões sejam novamente reduzidas e ao retornar à peneira vibratória siga o fluxo de peneiramento desejado. O resultado final obtido, após a etapa de produção, são as britas e o pó de pedra, produzido durante o processo de britagem, conforme esquema representado na Figura 2.

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Figura 2: Fluxograma de britagem. Fonte: PAE (Lithos Geologia, 2014)

No próprio local de queda, do material britado, já se promove a armazenagem em forma de pilhas cônicas, sendo carregado e transportado ao seu destino.

2.5.1 – Equipamentos da planta de beneficiamento

Considerando a rota do processo apresentada na Figura 2, a UTM conta com os equipamentos listados no Quadro 2.

Quadro 2 – Equipamentos a serem utilizados na planta de beneficiamento Equipamentos Tipo/potência Rebritador cônico FAÇO 90 RAS Alimentador Vibratório 27070 Britador primário FAÇO 80x50 Britador de impacto Piacentini BJ2575 Peneira Vibratória 3 decks 4,50 m x1,50

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Correias Transportadoras 90 cv

2.6 – Mão de obra

O trabalho de extração da rocha se dará no turno diurno, durante o período de segunda a sábado (de 6:00 às 18:00 h), sendo 1:00 h reservada para almoço com revezamento de equipes. O quadro de funcionários será composto por 17 empregados, deste total, 07 residem em Boa Vista (distrito de Unaí próximo à mina). A Tabela 3, apresenta o quantitativo efetivo para as respectivas funções.

Tabela 3 – Mão de obra necessária para a operação do empreendimento Função Quantitativo Engenheiro de Minas 1 Mecânico 1 Ajudante de manutenção 1 Motorista 3 Operador de máquinas (carregadeira, escavadeira) 2 Operador de Britagem 3 Ajudantes 2 Vigias 4 TOTAL 17

2.7 – Infraestrutura

A infraestrutura necessária à operação do empreendimento envolve as edificações construídas na área de lavra, estruturas de apoio, rede elétrica e vias de acesso.

2.7.1 – Estrada de acesso

O local do empreendimento fica às margens da rodovia asfaltada MG-188 a 22 km de Unaí sentido Cabeceira Grande. Da portaria se tem acesso direto ao escritório e área de carregamento. A frente de lavra fica a 700 m de distância da rodovia.

2.7.2 – Edificações

Existem no empreendimento as seguintes edificações: refeitório, almoxarifado, escritório, e banheiros/sanitários. As instalações serão reformadas em conformidade com a Norma Regulamentadora NR – 24, que dispõe sobre condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho.

2.7.3 – Refeitório, almoxarifado e escritório

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O refeitório, almoxarifado e do escritório quando reformados ocuparão uma estrutura em alvenaria com área aproximada de 100 m². O refeitório é o local onde os operários farão suas refeições diárias. No escritório são feitos os balanços da produção e venda e controle de materiais. No almoxarifado ficarão armazenados os materiais e peças de reposição.

2.7.4 – Oficina de m anutenção

No empreendimento será construída uma oficina mecânica para pequenos reparos e lavador de veículos, com 60 m², suficiente para comportar o maquinário durante operações de troca de óleo, lubrificação e reparos leves. Anexo à oficina poderá ser construído um depósito para guardar peças usadas, facilitando os serviços de manutenção. O piso será construído em concreto armado e impermeável, impedindo a infiltração dos resíduos oleosos gerados durante a operação de lavagem para o solo, evitando possíveis contaminações. As águas de lavagem serão drenadas por canaletas com áreas de seção de 5 cm x 10 cm, construídas com argamassa, cimento e areia e/ou material impermeável, e direcionadas por gravidade até o sistema coletor/separador, que promoverá a separação dos sólidos, óleos e graxas da água.

2.7.5 – Instalações sanitárias

Estão instalados banheiros sanitários compostos de bacia sanitária e chuveiro. O efluente líquido (esgoto) é direcionado para sistema séptico constituído por fossa séptica, filtro anaeróbio e sumidouro, obedecendo às normas técnicas NBR7229 da ABNT.

2.7.3 – Serviços administrativos

Os serviços administrativos participam indiretamente da produção. Incluem os controles realizados na mina (escritório técnico) e na sede dos serviços administrativos, localizada em Unaí. A sede será responsável pela contabilidade, compra de material e equipamentos, departamento de pessoal e controle de custos.

2.7.4 – Serviços de manutenção e abastecimento

Os serviços de manutenção mais complexos serão realizados na cidade de Unaí que oferece boa infraestrutura de apoio. O empreendimento contará com um caminhão comboio para abastecimento e lubrificação das máquinas que operam na frente de lavra e planta de beneficiamento.

2.7.5 – Alimentação dos trabalhadores

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Os trabalhadores farão suas refeições no refeitório, oferecidas em marmitas por fornecedores contratados no distrito de Boa Vista, localizado a 3 km da mina. O transporte das marmitas será de responsabilidade da empresa.

2.7.6 – Transporte dos trabalhadores

O transporte dos trabalhadores de ida e volta até a mina será realizado diariamente em veículo da empresa. A mão de obra empregada será contratada, preferencialmente, na região e cidade de Unaí. O veículo de transporte de pessoas deve estar em conformidade com a Norma Reguladora de Mineração – NR22.

2.7.7 – Assistência médica

A assistência médica será prestada pelas unidades do INSS, postos de saúde e de atendimento de urgência de Unaí. Casos mais graves serão encaminhados para cidades mais bem equipadas como Brasília.

2.8 – Apoio logístico

O apoio logístico para aquisição de suprimentos (peças e equipamentos), serviços de manutenção de equipamentos e maquinários será contratado em Unaí. O escritório técnico, sede dos serviços adminis trativos, ficará localizado na cidade de Unaí, e será responsável pela contabilidade, compra de materiais e equipamentos, departamento de pessoal e controle de custos.

2.9 – Energia e iluminação

A energia elétrica utilizada nas instalações de apoio é fornecida pela CEMIG, para atender a demanda da unidade de britagem e instalações de apoio.

3. Caracterização Ambiental

3.1. Meio Físico

Ø Geologia

A área estudada está compreendida pela unidade geotectônica denominada Bacia Intracratônica do São Francisco (ALKIMIM & MARTINS-NETO, 2001) e localiz a-se na parte externa da Faixa de Dobramentos Brasília (ALMEIDA, 1967), que forma um cinturão orogenético ao longo de toda porção oeste do Cráton do São Francisco. A zona externa da Faixa Brasília caracteriza-se por um cinturão de dobramentos e faixas de falhas de empurrão, com vergência para NE, interior do cráton (bacia de antepaís), e um aumento do metamorfismo para o centro da faixa móvel, a oeste.

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Os traços estruturais de dobras e de falhas orientam-se, preferencialmente, segundo NNW-SSE e são sistematicamente vergentes para ENE (ALKIMIM & MARTINS-NETO, 2001). As unidades estratigráficas envolvidas aflorantes, segundo esses autores, são o Grupo e, essencialmente, o Supergrupo São Francisco. O Grupo Vazante é constituído por um espesso pacote de sedimentos que inclui, na porção basal, diamictitos, pelitos, e fosforitos, seguidos de rochas carbonáticas (dolomitos ricos em estromatólitos) e pelitos, no intervalo superior (ALKIMIM & MARTINS-NETO, 2001). O Grupo Macaúbas é de ocorrência restrita na bacia do São Francisco e não ocorre na região analisada. O Supergrupo São Francisco englobaria, para os autores citados, duas unidades neoproterozóicas: o Grupo Macaúbas, glácio-continental e o Grupo Bambuí. Segundo alguns autores (DARDENE & SCHOBBENHA US, 2000), a última unidade estratigráfica relacionada pode ser subdivida no Subgrupo englobando as sequências marinhas, carbonáticas-pelíticas, do Bambuí. O Grupo Bambuí é considerado como a unidade característica da bacia. Ele encerra um pacote de rochas carbonáticas-pelíticas alternadas, com rochas terrígenas. É composto pelas formações Carrancas (ruditos), (margas, calcilutitos, calcarenitos, biolititos), Samburá (conglomerados e pelitos), Serra de Santa Helena (pelitos), Lagoa do Jacaré (Calcarenitos e pelitos), (pelitos) e Três Marias (pelitos e arenitos) (ALKIMIM & MARTINS-NETO, 2001). A geologia local é representada por rochas sedimentares do supergrupo São Francisco e do grupo Bambuí, nas fácies pelíticas e carbonáticas. Na área as rochas são representadas por uma sequência de metapelitos (pl), metapelitos carbonáticos/filitos carbonáticos (fc) e rochas carbonáticas calcíticas (cc), recobertos por depósitos sedimentares e coberturas detrito-lateríticas do quaternário (sl). Os afloramentos se correlacionam com as rochas das fácies pelito e carbonática da formação lagoa do Jacaré e do subgrupo Paraopeba do grupo Bambuí. O calcário aflorante na área se apresenta como dois maciços, um maior com formato alongado em sentido SE – NW, denominado de Maciço I e o outro menor localizado a sudoeste do primeiro, denominado como Maciço II. Ambos são de rocha calcítica, cristalina e de cor cinza escuro a médio, contendo comumente vênulas de calcita branca. Os dois maciços apresentam notável foliação metamórfica, possivelmente paralela ao acamamento original, impondo destacada laminação em placas do maciço, e apresentando localmente dobras abertas e monoclinais de dimensões centimétricas a decimétricas. Nos calcários a nordeste da Área Diretamente Afetada (ADA), ocorrem dobras dos tipos apertadas e simétricas em “Chevron”, com o caimento dos eixos mergulhando para sudeste, e abas com mergulhos para sudoeste e nordeste. Esses elementos locais são reflexos de eventos estruturais regionais que apontam para esforços compressivos vergentes para nordeste. No Maciço I, a foliação, sistematicamente sempre aponta um caimento para SW, entretanto, no afloramento do Maciço II, ocorre uma inversão do mergulho, que passa a ser em sentido NE, sugerindo assim outra aba de uma estrutura maior e sinforme entre estes dois maciços.

Ø Geomorfologia

A área do empreendimento localiza-se no município de Unaí, que por sua vez encontra-se na borda oeste do Cratón São Francisco, a leste da Faixa Brasília, em uma área interplanáltica

Rua Jovino Rodrigues Santana, nº 10, Nova Divinéia, Unaí, MG, CEP: 38.610-000 Telefax: (38) 3677-9800 GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS 0381137/2017 Secretari a de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável 02/05/2017 Superintendência Regional de Meio Ambiente Noroeste de Minas Pág. 12 de 40 caracterizada por lineamentos de cristas NNW – SSE. Estas cristas formam uma unidade geomorfológica muito característica, denominada de cristas de Unaí, constituídas por rochas do Grupo Paranoá (GUIMARÃES, MONTEIRO & RODRIGUES, 2006), que em contraste com as áreas deprimidas marcam fortemente a paisagem local. Segundo a classificação do relevo brasileiro, feita por Ross (1985), a região de Unaí insere-se na “Depressão Sertaneja e do São Francisco”. A área é caracterizada, principalmente, por superfícies aplainadas, com inclinação suave e fundamentalmente de origem erosiva, que são cortadas pelas sequências de cristas de origem Brasiliana (GUIMARÃ ES, MONTEIRO, & RODRIGUES, 2006). Unaí se localiza na região cárstica do Grupo Bambuí (CECAV), composta em grande parte por rochas carbonáticas, o que configura um quadro propício à formação de feições endo e exocársticas. A área de estudo é compreendida pela bacia hidrográfica do rio Preto, que de acordo com a classificação de Summerf ield (1991), apresenta padrão de drenagem “Dentrítico”. Os canais principais possuem certo paralelismo, devido ao controle estrutural exercido pelas “ Cristas de Unaí”, porém os tributários se espalham de forma não uniforme, sem apresentar padrão distinguível de orientação. O contexto regional do relevo em que se insere o empreendimento pode ser compartimentado em duas classes distintas, sendo as “Áreas Intermontanas Deprimidas” e as “Cristas de Unaí” (GUIMARÃ ES, MONTEIRO, & RODRIGUES, 2006). As Cristas de Unaí são estruturas formadas por deformações tectônicas compressionais que datam do Proterozóico superior, relativas à Orogênese Brasiliana. Compõem um conjunto de morros formados por rochas do Grupo Paranoá, que corresponde a uma sequência psamo-pelito- carbonatada, marcante na paisagem desde Unaí até o sul do estado do Tocantins (CAMPOS, DARDENNE, SILVA, & FERREIRA, 2013). O sentido da compressão tectônica foi grosso modo W – E, em direção à chapada de Guarapuava (MG), o que deu origem aos lineamentos em sentido NNW – SSE. As Áreas Intermontanas, que se encontram deprimidas em relação às cristas, são compostas por rochas pelíticas e carbonáticas pertencentes ao Grupo Bambuí, apresentam “Relevo Suave Ondulado” (3 – 8 % de declividade), com vertentes extensas e em grande maioria vegetadas com braquiária e altitude média de 725 metros. Na área onde estão concentradas as estruturas do empreendimento o relevo encontra-se alterado em razão de intervenções anteriores necessárias para a operação da atividade por meio de AAF, assim, foram abertos acessos, ocorreu terraplanagem nas áreas de armazenamento e beneficiamento do minério, além da abertura da cava.

· Geomorfologia Cárstica

Grande parte do município de Unaí se assenta sobre rochas do Grupo Bambuí, que localmente recebe a designação de Subgrupo Paraopeba. Esta designação é devida ao avançado estágio de alteração das rochas que ali são encontradas, não sendo possível a distinção entre as formações do Grupo Bambuí. Portanto, faz-se necessária a divisão destas rochas em um subgrupo específico (GUIMARÃ ES, MONTEIRO, & RODRIGUES, 2006). Porém, assim como no resto do Grupo Bambuí, na região de Unaí existe uma grande área composta por litotipos carbonáticos, favoráveis aos processos de dissolução e a formações características das paisagens cársticas.

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O litotipo mais propício a formação de cavidades é o calcário, que é abundante nas áreas intermontanas da região, e preenche os principais requisitos necessários para a espeleogênese e a morfogênese cárstica, pois é uma rocha acamada, maciça, pura, dura e consolidada (CHRISTOFOLETTI, 1980). Porém, os fatores litológicos isolados de outros aspectos físicos como a precipitação e disponibilidade hídrica, não configuram um cenário propício ao desenvolvimento das feições e paisagens cársticas, de forma que é fundamental o papel da água para que se estabeleça o processo de dissolução das rochas. Espalhadas ao longo do munic ípio de Unaí encontram-se várias grutas e cavernas, podendo-se citar a Gruta do Tamboril, que fica a cerca de 10 km a noroeste do centro de Unaí, e a 16 km a sudoeste da ADA, apresentando extenso desenvolvimento horizontal (aproximadamente 1 km) e uma grande diversidade de espeleotemas, sendo encontradas estalactites, estalagmites, travertinos, cortinas, dentre outras formações espeleológicas endocársticas (SILVA, OLIVEIRA, & LOPES, 2001). Foram realizados caminhamentos nas áreas mais propícias a espeleogênese, em busca de cavidades próximas ao empreendimento, bem como entrevistas com os moradores locais, porém não foi diagnosticada nenhuma estrutura de relevância. A única cavidade encontrada e relatada se localiza a noroeste da área a 2,2 km da ADA, em um pequeno maciço calcário, e apresenta projeção horizontal aproximada de 8 m. A cavidade não se prolonga muito em linha reta, sendo que o seu desenvolvimento transversal é maior do que a sua profundidade. Não foram observados espeleotemas e a sua sustentação é feita por várias colunas residuais de calcário, que formam uma série de condutos que se interligam variando de diâmetro. Em relação a cavidades não foram encontradas na área de estudo, segundo informado.

Ø Pedologia

O município de Unaí é bastante extenso e apresenta variadas classes de solos, sendo encontrados em seus domínios desde Neossolos pouco desenvolvidos até solos mais desenvolvidos como os Latossolos. Porém, nas áreas de influência do projeto foram encontradas apenas as classes dos Neossolos e dos Cambissolos, estando suas ocorrências ligadas às características morfológicas do relevo e do substrato rochoso.

· Cambissolo Háplico (CX)

A classe de solo “Cambissolo” é bastante abrangente, e apresenta características muito heterogêneas, variando de acordo com o material de origem, a forma do relevo e as condições climáticas a que estão submetidos (EMBRA PA, 2006). Os cambissolos são solos rasos, constituídos por material mineral, com horizonte B incipiente (Bi) sobreposto por qualquer tipo de horizonte superficial. Apresentam sequência de horizontes da seguinte maneira: Horizonte A ou Hístico, Bi, C, com ou sem R. São solos em estado pedogenético pouco evoluído. O material parental (rocha ou sedimentos que dão origem a estes solos) apresenta- se bastante alterado, existindo poucas evidências de sua estrutura original (EMBRAPA, 2006). O termo Háplico é adicionado à nomenclatura deste solo por não se encaixar nas classes de Cambissolos Flúvicos e Cambissolos Húmicos, que apresentam características específicas.

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Os Cambissolos da região encontram-se concentrados nas áreas mais planas entre os morros que compõem a paisagem local, observando-se uma transição abrupta para os Neossolos, que ocorrem nas vertentes dos morros. Estes se encontram alinhados paralelamente em sentido norte- sul por toda extensão do município de Unaí.

· Neossolo Litólico e Regolítico (RL e RR)

Os Neossolos são solos muito pouco desenvolvidos, constituídos predominantemente por material mineral, podendo ocorrer horizonte orgânico com espessura inferior a 20 cm, sem apresentar horizonte B diagnóstico (EMBRA PA, 2006). A classe dos Neossolos é subdividida em quatro subordens, a dos Neossolos Litólicos, os Regolíticos, os Flúvicos e os Quatzarênicos. Porém, na área em questão só foram mapeados os Neossolos Litólicos e os Regolíticos.

Segundo os estudos apresentados, os solos da ADA são classificados como Cambissolos Háplicos, o que foi confirmado em levantamento de campo.

Ø Recursos Hídricos

· Hidrogeologia

Na área de influência do empreendimento são identificados dois sistemas aquíferos, definidos segundo suas características litológicas e comportamento hidrogeológic o: aquífero aluvial e cárstico fissurado (pelítico-carbonático).

– Aquífero Aluvial

O sistema aquífero Aluvial é constituído por aquíferos existentes nos sedimentos aluviais ou depósitos recentes, distribuídos ao longo das calhas dos cursos d’água, dos terraços e planícies de inundação. Constituem-se por areias, siltes, argilas e cascalhos. Junto às calhas fluviais, vales abandonados e paleo-canais são encontrados os materiais de granulometria mais grosseira (cascalho e areia grossa), enquanto o material mais fino (areia, silte e argila) predomina nas planícies de inundação. O sistema aquífero Aluvial apresenta comportamento hidráulico sazonal devido a sua conexão hidráulica com as águas superficiais, recebendo contribuição dos rios nos períodos chuvosos e para a manutenção do fluxo de base nos períodos de baixa precipitação e têm na evapotranspiração um importante exutório devido à pequena profundidade do nível d’água. Segundo Ramos & Paixão (2003), na área de influência do empreendimento, os valores de condutividade hidráulica variam de 0,28 a 23 m/dia para os depósitos de granulometria entre areia fina a muito grossa e 0,02 a 0,11 m/dia para níveis siltosos. A capacidade específica está em torno de 1,64 m3/h.m (Pinto & Martins Neto, 2001). A alimentação dos aluviões é feita diretamente pela infiltração vertical das águas de chuva e lateralmente através dos cursos d’água ou recebendo contribuição de outros sistemas aquíf eros, com os quais estejam em comunicação.

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É um sistema importante do ponto de vista do aproveitamento por ser constituído de material fácil de escavar ou perfurar, apresentam níveis de água subterrânea pouco profundos, possibilitando bombeamento com pequenos recalques. Em geral são bastante vulneráveis à contaminação de natureza orgânica e microbiológica, devido à sua pequena profundidade e por sua conexão com as águas superficiais. As possibilidades de contaminação podem ser atenuadas ou evitadas com escolha adequada dos locais de captação e estabelecimento de áreas de proteção.

– Aquífero Pelítico-Carbonático

O sistema aquífero pelític o-carbonático é caracterizado como meio cárstico fissurado e representado pelas litologias pertencentes ao subgrupo Paraopeba, sendo formado por intercalações de calcários, margas e outros metapelitos. Devido sua constituição litológica e diferenciação estrutural, apresenta comportamento hidrodinâmico bastante contrastante, a recarga se dá pela infiltração direta de água de chuva nas áreas de afloramento, ou pela água superficial através das drenagens com controle estrutural e pela infiltração de aquíferos granulares superiores. Na ADA predominam aquíferos semiconfinados a livres constituídos por calcários intercalados por argila e por calcários puros. As condições de recarga são mais efetivas em áreas de descontinuidades geológicas rúpteis nos afloramentos e nas zonas de absorção cárstica de águas subterrâneas, condicionadas por estruturas resultantes de dissolução, a exemplo de dolinas e sumidouros. Portanto, são rochas-reservatório cuja porosidade e permeabilidade dependem, sobretudo, do grau de fraturamento e do desenvolvimento das cavidades e aberturas causadas pela dissolução dos carbonatos. As direções de controle estrutural NNE e NNW devem constituir-se em zonas preferenciais de recarga e circulação de águas subterrâneas, facilitada pelas estruturas cársticas de dissolução.

– Hidrografia

A área de estudo faz parte da bacia hidrográfica do Rio São Francisco, pertencendo a região hidrográfica deste mesmo rio. Localmente a área está inserida nas microbacias dos córregos Poção e Caxingó, que fazem parte da sub-bacia do rio Preto, que pertencente à bacia hidrográfica do rio Paracatu (BHRP). A bacia do rio Preto, onde se encontra a área de interesse, está localiza na região denominada de “Médio Paracatu”. O rio Preto corta o município de Unaí em sentido NW – SE, e representa o principal curso d’água da cidade, sendo responsável pelo abastecimento urbano e por grande parte do abastecimento agrário de Unaí. Os córregos Poções e Caxingó são afluentes da margem esquerda do rio Preto. O córrego Poções é afluente da margem esquerda do córrego Caxingó, no qual ocorre a captação de água para a operação da mina. Esses córregos são de fundamental importância para a população do entorno da área diretamente afetada, que utiliza suas águas para as atividades agrárias desenvolvidas na região. A água utilizada para o consumo humano é de modo geral captada através de poços artesianos devido a melhor qualidade em relação às fontes superficiais.

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O córrego Caxingó não sofre impactos diretos das atividades do empreendimento. Seu leito encontra-se com indícios de assoreamento, principalmente a partir de sua confluência com o córrego Poção. A sua vazão, segundo informado nos estudos, vem diminuindo ao longo dos anos, o que pode afetar sua competência hídrica. A microbacia do córrego Poções integra a zona de cabeceira do córrego Caxingó. O seu curso principal, o córrego Poções, é afluente da margem esquerda do córrego Caxingó e possui uma extensão de 2,97 km e drena uma área aproximada de 4,54 km². Além do curso principal, não existem cursos d’água, expressivos dentro da microbacia do córrego Poções, sendo composta por talvegues secos de drenagem que apenas no período chuvoso apresentam escoamento de água. Após cruzar a área do empreendimento, o leito seco bordeja suas porções nordeste e norte, onde encontra com outro pequeno talvegue seco e segue até o córrego Poções. O empreendimento capta água no córrego Poções. A água será utilizada para aspersão das vias internas e no britador, evitando assim a suspensão de material particulado (poeira).

Ø Clima

O clima da região de Unaí, e de todo o noroeste do estado de Minas Gerais em geral é caracterizado de acordo com a classificação climática de Köppen como “Aw”, também denominado como “Clima Tropical Úmido de Savana” (SÁ JÚNIOR, 2009). As regiões compreendidas por esta classe climática apresentam época de estiagem coincidente com o inverno, sendo o mês de julho o mais seco do ano e no caso de Unaí, apresentando em uma média de 10 anos a precipitação máxima para este mês de 0,42 mm de chuva. O período seco se estende do mês de maio a agosto e apresenta as menores médias de temperatura ao longo do ano, sendo a mínima de 22°C em julho e a máxima de 23,76°C em agosto. O período das chuvas equivale aos meses de novembro a março, quando as médias de precipitação ultrapassam os 150 mm mensais. O período em que a precipitação é maior coincide com o período das temperaturas mais elevadas, sendo que o fim da primavera e o início do verão, representados pelos meses de novembro e dezembro apresentam os mais altos índices de precipitação ao longo do ano. A média anual de pluviosidade em Unaí é de 1.275 mm. A umidade relativa do ar em Unaí mantém-se bastante elevada durante o ano, sendo que de outubro a julho os níveis da média de umidade relativa do ar ficam acima de 50%, o período que apresenta menor média de umidade relativa do ar é compreendido entre os meses de agosto e setembro, que equivalem à transição entre o período de estiagem e o chuvoso.

3.2. Meio Biótico

Ø Flora

Unaí situa-se no domínio do Cerrado, que é considerado o segundo maior bioma brasileiro e que apresenta elevada riqueza de espécies tanto da flora como da fauna, concentrando aproximadamente um terço da biodiversidade brasileira (Embrapa, 2007). O Cerrado constitui um mosaico vegetacional que engloba formações florestais, savânicas e campestres. Em sentido fisionômico, as formações florestais representam áreas com predominância

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Cerrado sensu stricto: formação natural que se caracteriza por apresentar uma fisionomia com plantas anãs e graminóides com adaptações ao fogo anual. Caracteriza-se pela presença de árvores baixas, inclinadas, tortuosas, com ramificações irregulares e retorcidas. Na época chuvosa os estratos subarbustivo e herbáceo tornam-se exuberantes devido ao seu rápido crescimento.

Campo cerrado: constituído por um estrato campestre (graminóide), natural ou antropizado. Quando natural, tem posição geográfica delimitada pelas áreas encharcadas das depressões, onde o tapete graminóide está sob a cobertura arbórea espaçada constituída por uma ou poucas espécies.

Campo: formação campestre entremeada de plantas lenhosas de pequeno porte, mas sem cobertura arbórea a não ser em áreas de vegetação ciliar arbórea.

Em Unaí podem ser encontradas ainda formações florestais representadas pela floresta estacional semidecidual montana (FESDM) ocupando 3,49% do município (SCOLFORO, 2009). Esta fitofisionomia está associada às áreas mais baixas do relevo em depressões onde há presença de cursos d’água. A floresta estacional semidecidual tem árvores caducifólias que perdem as folhas durante o período seco do ano, uma adaptação a menor precipitação e disponibilidade hídrica. A percentagem de árvores do conjunto florestal que perdem folhas está entre (20% a 50%) (RIZZINI, 1979). Ainda no município podem ser encontradas as Veredas, formações savânicas que ocorrem em áreas de nascentes onde há afloramento do lençol freático, tendo em sua periferia vegetação característica do cerrado sensu stricto. Essa fitofisionomia apresenta vegetação herbácea e graminosa, que ocorrem na maior parte da área das veredas, e outra arbustiva e arbórea com predomínio da palmeira buriti (Mauritia flexuosa). Na maior parte do espaço territorial do município de Unaí (69,12%) encontram-se áreas antrópicas, onde são desenvolvidas atividades agrárias como a agricultura e pecuária. Apenas 14,22 % da área total do munic ípio (843.943,98 ha), apresenta cobertura vegetal representada pelo cerrado sensu stricto (SCOLFORO et al, 2008).

· Descrição das fitofisionom ias e listagem das espécies na área do empreendimento

A cobertura vegetal do empreendimento apresenta alterações antrópicas significativas na sua feição original. O Cerrado foi suprimido para o desenvolvimento de atividades agrárias, principalmente para a pecuária. Desta forma, a área apresenta uma paisagem antrópica coberta por extensas áreas de pastagem, com fragmentos de formação florestal junto às drenagens em locais de maior umidade e, sobre solo litólico, onde são encontrados afloramentos rochosos e solos rasos, pouco desenvolvidos.

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– Pasto

As áreas de pasto, representam uma vegetação antrópica com o plantio, principalmente de braquiária (Brachiaria decumbens), formando um contínuo tapete graminoso predominando em toda área. Em meio às estas áreas observam-se elementos arbóreos isolados ou agrupados, remanescentes da vegetação original. Entre estes elementos arbóreos destacam-se: Tabebuia aurea, Pseudobombax tomentosum, Jacaranda macrantha, Zanthoxylum rhoifolium, Acrocomia aculeata, Myracrodruon urundeuva, Astronium fraxinifolium e Dilodendron bipinnatum, Triplaris gardneriana, Hymenaea courbaril. Nas áreas de pasto é comum a presença de espécies ruderais e invasoras além de locais com sinais de degradação. Observa-se em alguns locais a exposição do solo que pode estar associada ao excesso de pisoteio, ocasionando a compactação, dificultando o desenvolvimento da vegetação, ou seja, da espécie forrageira utilizada e, a pedologia local. Estes locais com solo exposto, estão presentes principalmente nas proximidades das drenagens ou junto às cacimbas, construídas para armazenamento das águas da chuva, onde a frequência e permanência dos animais são maiores.

– Cerrado

O Cerrado caracteriza-se pela presença de árvores baixas, inclinadas, tortuosas, com ramificações irregulares e retorcidas, e geralmente com evidências de queimadas. Os arbustos e subarbustos encontram-se espalhados, com algumas espécies apresentando órgãos subterrâneos perenes (xilopódios), que permitem a rebrota após queima ou corte. Na época chuvosa as camadas subarbustiva e herbácea tornam-se exuberantes, devido ao seu rápido crescimento. Os troncos das plantas lenhosas em geral possuem cascas com cortiça espessa, fendida ou sulcada, e as gemas apicais (responsáveis pelo crescimento dos vegetais) de muitas espécies são protegidas por densa quantidade de pelos. As folhas em geral são rígidas e com consistência de couro. Esses caracteres indicam adaptação a condições de seca (xeromorfismo). Todavia, é bem relatado na literatura que as árvores não sofrem restrição de água durante a estação seca, pelo menos aquelas espécies que possuem raízes profundas (Embrapa, 2007). As espécies arbóreas mais frequentes, dentre outras, são: Acosmium dasycarpum (amargosinha), Annona coriacea (araticum, cabeça-de-negro), Aspidosperma tomentosum (peroba- do-campo), Astronium fraxinifolium (gonçalo-alves), Brosimum gaudichaudii (mama-cadela), Bowdichia virgilioides (sucupira-preta), Byrsonima coccolobifolia (murici), Connarus suberosus (bico- de-papagaio, galinha-choca), Curatella americana (lixeira), Diospyros hispida (olho-de-boi, marmelada-brava), Eriotheca gracilipes (paineira-do-cerrado), Himatanthus obovatus (pau-de-leite), Hymenaea stigonocarpa (jatobá-do-cerrado), Kielmeyera coriacea (pau-santo), Lafoensia pacari (pacari), Machaerium acutifolium (jacarandá), Plathymenia reticulata (vinhático), Qualea grandiflora (pau-terra-grande), Q. parviflora (pau-terra-roxo), Roupala montana (carne-de-vaca), Sclerolobium aureum (carvoeiro), Tabebuia aurea (caraíba, ipê-amarelo), T. ochracea (ipê-amarelo), Tocoyena formosa (jenipapo-do-cerrado), Vatairea macrocarpa (amargosa, angelim) e Xylopia aromatica (pindaíba).

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Foram encontradas 172 espécies pertencentes a 29 famílias com maior representatividade a família Fabaceae. De acordo com a IN MMA nº 06/2008 e a Portaria 443/2014, apenas a espécie Myracrodruon urundeuva (aroeira do sertão) consta na IN 06/2008 como ameaçada de extinção. Já, de acordo com o Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora) encontra-se como vulnerável a espécie Apuleia leiocarpa (guarapa). As demais espécies foram consideradas como menos preocupantes (LC) ou não foram listadas.

Ø Fauna

Para a caracterização da fauna terrestre, inicialmente foi realizado o reconhecimento das áreas de influência da Tamasa Engenharia Ltda. Sendo realizadas duas campanhas de campo, uma no período seco e outra no chuvoso. A área está inserida no bioma Cerrado, apresenta predominantemente vegetação campestre antrópica representada por pasto plantado e alguns poucos remanescentes de porte arbóreo formando pequenos maciços em meio à vegetação campestre. Ao longo do córrego Poção, a vegetação ciliar apresenta porte arbóreo com espécies características da floresta estacional semidecidual. Assim, a localidade apresenta predominantemente formações abertas antropizadas (pastagem) e manchas florestadas, favorecendo algumas espécies da fauna que transitam entre estas fitofisionomias, encontrando locais para abrigo nas áreas florestadas. Utilizando-se de critérios adotados por instituições internacionais e nacionais foi avaliada a ocorrência de espécies ameaçadas, endêmicas, raras, bioindicadoras. Buscou-se dados da International Union for Conservation of Nature and Natural Resourses (IUCN), a Lista Vermelha das Espécies Brasileiras Ameaçadas de Extinção (ICMBio) e consulta a DN COPAM Nº 147/ 2010 que aprova a Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais. Para o levantamento das espécies da fauna terrestre utilizou-se diferentes metodologias para cada grupo faunístico. Encontros ocasionais da fauna durante o deslocamento por trilhas e vias existentes foram anotados e compõem a lista geral de espécies. As campanhas de campo foram realizadas no mês de agosto de 2014 caracterizando o período seco e a segunda no mês de fevereiro durante o período chuvoso. O esforço amostral geral foi de 64 horas para a realização do inventário faunístico e registro dos dados em 3,5 dias/campanha. Para as armadilhas fotográficas, contabilizou-se 168 horas por armadilha (24 horas x 7 dias), totalizando 840 horas de armadilhas de espera.

· Espécies da fauna registradas

– Herpetofauna

ü Répteis

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A importância dos répteis, em estudos ambientais, está no fornecimento de relevantes subsídios ao conhecimento do estado de conservação de regiões naturais. Este grupo faunístico, por ocupar posição ápice em cadeias alimentares, funciona como bioindicador de primitividade dos ecossistemas ou, por outro lado, de diferentes níveis de alteração ambiental. Das espécies pertencentes à classe Reptilia foram observadas apenas 4 indivíduos pertencentes à ordem Squamata (lagartos e serpentes). As demais espécies listadas foram registradas a partir de informações obtidas com moradores locais. Foi visualizado apenas um indiv íduo pertencente à família Colubridae, Drymarchon corais (papa-pinto). Entre os lagartos, foram identificadas três espécies: Tropidurus torquatus (lagarto), Salvator merianae (teiú) e Ameiva amei va (lagarto verde). Nenhuma das espécies de répteis encontradas são citadas com algum grau de ameaça nas listas consultadas. São espécies generalistas com ampla distribuição, adaptadas a diferentes tipos de ambientes.

ü Anurofauna

Existem no Brasil 1.026 espécies de anfíbios, atualmente, são conhecidas 209 espécies de anfíbios anuros para o bioma do Cerrado, sendo 108 consideradas endêmicas (VALDUJO et al, 2012). O grupo dos anfíbios desempenha um importante papel no equilíbrio do ecossistema onde habitam, participando no controle de populações de invertebrados. Além disto, apresentam alto grau de endemismo. Em áreas onde a interferência antrópica for significativa ocasionando alterações nas condições ambientais que favorecem a existência do grupo, pode ocorrer o desaparecimento local de algumas populações. Alguns fatores podem ser associados ao declínio das populações de anuros tais como a perda de habitat, patógenos, o uso de pesticidas e fertilizantes que pode causar mortalidade e má formação. Além desses, outros fatores como o aquecimento global ou mesmo o comércio internacional de animais pode ocasionar o desaparecimento de espécies. Foram registradas 10 espécies de anuros pertencentes a três famílias. As espécies listadas não estão inc luídas nas listas de espécies ameaçadas consultadas. São consideradas espécies de ampla distribuição no cerrado e bastantes comuns, facilmente encontradas em áreas abertas, lagoas e vargens.

– Mastofauna

Minas Gerais abriga 236 espécies de mamíferos (aproximadamente 35% das espécies do país), nos diversos biomas do Estado: Mata Atlântica, Caatinga, Campos Rupestres e de Altitude e Cerrado (CHIARELLO et al., apud DRUMMOND et al, 2009). O cerrado é considerado como hotspots mundial, região com elevada diversidade e endemismo e sob alto grau de ameaça, com mais de 1.300 espécies, das quais 195 são mamíferos (18 endêmicos). Foram registradas 17 espécies distribuídas em 12 famílias e 7 ordens. A fauna de grandes mamíferos é representada por apenas cinco espécies, todas de ocorrência relativamente ampla em Minas Gerais. Quanto às espécies raras, em declínio, vulneráveis ou ameaçadas de extinção, merecem destaque o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), a onça-parda (Puma concolor), o gato do mato (Herpailurus yagouaroundi), a raposa do campo (Pseudalopex vetulus) e a jaquatirica

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(Leopardus pardalis). Destaca-se que apenas a espécie Chrysocyon brachyurus foi registrada durante o levantamento em campo, por meio de vestígio (fezes). Em relação aos primatas apenas duas espécies foram encontradas: o macaco prego (Cebus nigritus) e o mico-estrela (Callithrix penicillata).

– Avifauna

A avifauna engloba um grupo diverso de espécies residentes e migratórias, que apresentam comportamentos diferenciados ao longo das estações do ano como tipo de forrageamento, procura de locais para abrigo e nidificação. Ao longo do ano e de acordo com a sazonalidade climática, é possível observar diferentes grupos de aves distribuídos de acordo com seus hábitos alimentares (SICK, 2001). O cerrado é considerado um dos biomas mais rico em diversidade de aves, com aproximadamente 649 espécies dentre as quais 51 são endêmicas (GWYNNE, 2010). Foram registradas 55 espécies de aves distribuídas em 26 famílias. Os registros demonstram a predominância das guildas tróficas insetívora (20), onívora (11), frugívora (8) e granívora (7). Das 55 espécies identificadas, 35 foram registradas no período seco. Das espécies identificadas 3 (Alipiopsitta xanthops, Rhea americana e Crax fasciolata) constam nas listas da fauna ameaçada de extinção, consultadas.

· Considerações sobre a fauna

As alterações encontradas na cobertura vegetal, cujo uso e ocupação do solo atual é para o desenvolvimento da pecuária, influenciaram na composição, ou seja, na diversidade de espécies, provocando alterações na dinâmica das populações. A presença de dois biótopos bem definidos favorece a ocorrência de espécies adaptadas a áreas abertas onde forrageiam durante determinados períodos do dia, preferencialmente matutino e vespertino, e que buscam abrigo durante o período noturno e nas horas mais quentes do dia nas formações florestais existentes na região. Apesar das alterações ocorridas na área, a fauna da região é rica em diversidade e endemismo, considerando sua inserção no Cerrado, sendo representada por espécies típicas deste bioma, bem como de ambientes antropizados. Dentre as espécies ocorrentes na região destacam-se o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), a onça-parda (Puma concolor), o tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) e o papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) (RODRIGUES et al., 2005).

3.3. Meio Socioeconôm ico

O surgimento do município de Unaí remonta a meados do século XVIII, época em que ocorria a ocupação da região centro-oeste brasileira, bem como ao desenvolvimento do município de Paracatu, um dos mais antigos de toda região. Ainda no século XVI, diversas expedições aportaram na região, identificando o território e abrindo caminhos para as bandeiras de conquista, no século XVII. No ano de 1744, o bandeirante Felisberto Caldeira Brant informa ao então governador do estado de Minas Gerais, Gomes Freire de Andrade, sobre a descoberta de riquezas auríferas na região dos sertões de Paracatu, provocando a distribuição de diversas sesmarias com o objetivo de

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– Características Gerais

O município de Unaí pertence a mesorregião Noroeste de Minas e à microrregião que leva o mesmo nome do município. Os municípios limítrofes são (MG), Bonfinópolis de Minas (MG), Brasilândia de Minas (MG), Buritis (MG), Cabeceira Grande (MG), Dom Bosco (MG), João Pinheiro (MG), Natalândia (MG), Paracatu (MG), (MG), Cabeceiras (GO) e Cristalina (GO). Em seu limite territorial, Unaí abriga cinco distritos: Garapuava, Pedras de Marilândia, Palmeirinha, Ruralminas e Santo Antônio do Boqueirão; e outras seis localidades: Aldeia, Boa Vista, Cachoeira da Mata, Forquilha, Tanque e Vila Formosa. De acordo com o último censo realizado pelo IBGE no ano de 2010, a população de Unaí era de 77.565 habitantes, com estimativa de chegar ao número de 82.298 habitantes no ano de 2014. A área da unidade territorial do município é de 8.447,11 km², conferindo o status de segundo maior município de Minas Gerais em termos de área, ficando atrás apenas de João Pinheiro. Por ser tão extenso, Unaí apresenta uma baixa densidade populacional, 9,18 hab/km² (IBGE, 2010). Em relação às atividades econômicas desenvolvidas no município, Unaí destaca-se como um dos principais polos agropecuários do estado, liderando a produção estadual de soja e sorgo e figurando-se como o segundo maior produtor de milho em Minas Gerais. Também são relevantes para o Produto Interno Bruto do município a produção de feijão e a criação de gado (leiteiro e de corte) (SEAPA, 2011).

4. Utilização e Intervenção em Recursos Hídricos

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A operação do empreendimento consumirá, em média, 39.750 litros de água nova por dia, para os diversos usos, sendo 38.000 L captados no córrego Poção e a água potável, 1.540 L, proveniente da rede pública da cidade de Unaí, abastecida por caminhão-pipa. A água captada no córrego Poção é autorizada pelo Processo nº 20715/2014 com vencimento em 26/09/2017. A captação é enquadrada como uso insignificante e tem sua localização na coordenada UTM 289.524 E e 8.209.922 N. A água para uso nas atividades operacionais do empreendimento será captada por uma bomba centrífuga, que abastecerá um reservatório, com capacidade para 24.000 L instalado nas proximidades da planta de beneficiamento. A água armazenada neste reservatório é utilizada para aspersão das vias internas, aspersão do britador durante o processo de britagem, e para limpeza de pisos, equipamentos e na oficina, totalizando 38.000 L/dia. A água para consumo humano é coletada da rede pública em Unaí por um caminhão-pipa que abastece regularmente um reservatório exclusivo de água potável instalado na mina. Local de onde ocorre a distribuição para o refeitório e para o bebedouro industrial que filtra e refrigera a água. A demanda estimada de água para consumo humano prevê 70 L/dia/funcionário e mais 350 L/dia para uso de visitantes, motoristas que transportam o produto da mina.

5. Autorização para Intervenção Ambiental (AIA)

Para a continuidade das atividades do empreendimento foi requerido o corte de 40 indivíduos arbóreos em uma área de 0,52 ha, por meio do processo n° 0675095/2016. Segundo os estudos apresentados dos indiv íduos a serem suprimidos nenhum é considerado como espécie protegida, bem como na área que se pretende suprimir existem grande quantidade de áreas antropizadas (pastagem). Ocorrerá limpeza do terreno em toda a área, além do corte de 40 árvores isoladas, com o objetivo de ampliar a área de lavra. Tal intervenção, bem como aquelas já realizadas no empreendimento são consideradas pela Lei Estadual n° 20.922/2013 como sendo de utilidade pública (art. 3°, inciso I, alínea "b"), sendo necessária a realização da compensação florestal prevista no art. 75, da Lei Estadual nº 20.922/2013, conforme condicionante prevista no anexo I deste Parecer, transcrita abaixo.

“Protocolar, perante a Gerência de Compensação Florestal do IEF, no prazo máximo de 120 dias, contados do recebimento da Licença, processo de compensação florestal referente às intervenções já realizadas em vegetação nativa, nos termos do art. 75, da Lei Estadual nº 20.922/2013.”

Conforme informações apresentadas, o volume para o corte de árvores isoladas é de 7,79 m³. A madeira gerada com esse desmate será utilizada pelo próprio empreendedor. Segundo os estudos apresentados e observado em vistoria a área é composta por pastagem, representada por braquiária e capim e por indivíduos arbóreos isolados.

6. Intervenção em Área de Preservação Permanente

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Não haverá intervenção em tais áreas. Na possibilidade de ocorrer, o proprietário deverá formalizar o pedido previamente ao órgão competente, para que o mesmo analise a viabilidade socioeconômica e ambiental.

7. Reserva Legal

O empreendedor possui sua Reserva Legal averbada e em bom estado de conservação, não inferior aos 20% exigidos. Parte da área de reserva legal está compensada em outra fazenda de propriedade da empresa, fato comprovado por meio da apresentação do CAR.

8. Cadastro Ambiental Rural – CAR

O imóvel encontra-se devidamente inscrito no Cadastro Ambiental Rural – CAR, nos termos da Lei Estadual nº 20.922/2013.

9. Impactos Ambientais e Medidas Mitigadoras

– Impactos sobre o meio físico

Alteração do relevo e da paisagem: A área do projeto é composta em sua maior parte por um relevo já alterado uma vez que a extração de calcário estava em funcionamento, a expansão da frente de lavra pode desencadear alterações no relevo decorrentes das ações de terraplanagem e decapeamento, o que pode acarretar na instabilização de taludes e encostas, aumentando o risco de ocorrência de movimentos gravitacionais diversos como: rastejo, escorregamentos e quedas de blocos. Medida mitigadora: A adoção de técnica adequada para a continuidade da conformação da cava deverá ser adotada. A orientação e responsabilidade técnica dos trabalhos de lavra deverão ser conferidos a um profissional capacitado e habilitado que adotará programa de monitoramento sistemático visando garantir a estabilidade geotécnica das estruturas necessárias para o desenvolvimento da lavra. O monitoramento geotécnico deverá ser realizado periodicamente, inspecionando taludes, crista e sistemas de drenagem por meio de inspeção visual avaliando as condições geométricas das bancadas, existências de deslizamentos e depressões, deformações ou qualquer indicativo de instabilidade no sistema de aterro/fundação.

Poluição atmosférica: Durante a operação do empreendimento ocorre a emissão de materiais particulados provenientes do processo de cominuição das rochas calcárias nos equipamentos de britagem, além da poeira gerada pelo tráfego de veículos nas vias internas da empresa. Há também a emissão de gases provenientes do funcionamento de maquinário e de equipamentos, utilizados na operação, a qual foi considerada inexpressiva, haja vista o porte do empreendimento, o reduzido número desses equipamentos e as medidas mitigadoras a serem implementadas, tais como a manutenção periódica. Medida mitigadora: Como medida mitigadora do impacto poluição atmosférica, pela emissão de material particulado será utilizado caminhão-pipa para aspersão de água nas vias internas,

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Resíduos sólidos: Os resíduos sólidos e efluentes gerados durante a operação do empreendimento serão provenientes das estruturas de apoio como setor administrativo, oficina de pequenos reparos e refeitório. A operação de manutenção e pequenos reparos de máquinas e equipamentos geram resíduos sólidos em pequena quantidade, representados por estopas sujas, peças usadas, filtros trocados, recipientes de óleo. No refeitório e setor administrativo são gerados utensílios descartáveis (copo plástico, marmitas de papel-alumínio etc.), plástico e papel, dentre outros. Medidas mitigadoras: Os resíduos gerados devem ser segregados e acondicionados em contenedores apropriados que serão identificados, possibilitando sua posterior destinação adequada. No entanto, sempre que possível será utilizado o recurso de reutilizar e reaproveitar os res íduos não perigosos. Os resíduos orgânicos representados, principalmente, por sobras de alimento serão destinados para a compostagem na área do empreendimento. Os resíduos inservíveis, ou seja, aqueles cuja reutilização e/ou reaproveitamento é inviável, após serem segregados, acondicionados de forma segura e adequada, será dada destinação final apropriada, atendendo a legislação e diretrizes do município. Os resíduos recicláveis serão encaminhados para a associação de catadores AREUNA (Associação Recicla Unaí). Os res íduos de classe I (perigoso não inerte) deverão ser coletados por empresa credenciada e destinados para aterros específicos credenciados.

Contaminação por efluentes sanitários: A presença de trabalhadores na área gera um volume de esgoto sanitário que, caso não haja tratamento adequado, pode contribuir para a alteração da qualidade das águas superficiais. O lançamento do efluente sanitário sem o devido tratamento pode contribuir para modificar os parâmetros físicos, químicos e microbiológicos das águas, principalmente os índices de coliformes fecais e de pH. Medida mitigadora: No empreendimento, como medida de controle, existe um sistema séptico constituído por tanque séptico, filtro anaeróbio e sumidouro, junto à área de apoio, impedindo a contaminação das águas e do solo.

Contaminação por resíduos oleosos: Durante a operação poderá ocorrer eventuais vazamentos de óleo diesel e lubrificantes provenientes da lavagem do maquinário e do abastecimento de veículos, contaminando o solo e a água. Cabe ressaltar que as operações de manutenção dos equipamentos serão realizadas em oficinas especializadas localizadas na sede do município. Medida mitigadora: Os locais destinados à lavagem de máquinas, pequenos reparos, abastecimento e armazenamento de combustível são impermeabilizados para impedir a contaminação do solo e das águas superficiais por res íduos de óleos e graxas, e contam com Caixa Separadora de Água e Óleo.

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Aumento da pressão sonora: A poluiç ão sonora associa-se a ruídos gerados durante a operação do empreendimento relacionada à movimentação e operação de máquinas, veículos e equipamentos. Como na área do entorno há moradias, a pressão sonora aumentada, terá influência na comunidade local, sendo sentida, principalmente, durante as detonações. A pressão aumentada relacionada à operação de máquinas e equipamentos será sentida apenas pelos trabalhadores locais, que deverão utilizar equipamentos de proteção individual (EPIs). Medida mitigadora: Todos os equipamentos e máquinas utilizados nas atividades de extração, britagem e transporte deverão ser submetidos a manutenções preventivas periódicas, atendendo as especificações do fabricante, mantendo os níveis de ruídos dentro dos padrões estabelecidos na NBR 10.151 que trata da avaliação de ruídos em áreas habitadas (ABNT, 2000). Em relação aos ruídos e vibração gerados durante as detonações deve-se seguir o Plano de Fogo elaborado e aprovado. Além disto, campanhas de monitoramento serão realizadas para verificação de inadequações e adoção de medidas corretivas quando necessárias. O ruído gera insalubridade para os trabalhadores que deverão seguir as diretrizes internas de segurança do trabalho e saúde ocupacional, utilizando os EPIs adequados.

Impactos sobre o meio biótico: O impacto sobre a flora implica em redução da diversidade florística na área de expansão da cava, onde são encontrados indivíduos de porte arbóreo dispersos na paisagem. Os impactos sobre a fauna deverá se manifestar em decorrência da movimentação de máquinas, equipamentos e trabalhadores no local, ocasionando o seu afugentamento aumentando a densidade de indivíduos nas áreas vizinhas incrementando as relações ecológicas, tais como competição e predação. O afugentamento também está associado a perda dos elementos arbóreos que fornecem recursos principalmente para a avifauna, como locais para pouso, nidificação e alimentação. Medidas mitigadoras: Serão atendidas as determinações legais em relação à recuperação da área minerada. Assim, as áreas liberadas serão revegetadas concomitantemente com a atividade de lavra, por meio do PRAD – Programa de Reabilitação de Áreas Degradadas, o que permitirá o desenvolvimento de uma nova comunidade vegetacional. Em relação ao impacto redução de habitat, este é inerente a alteração no ambiente em decorrência da retirada da vegetação. A recuperação da área de intervenção contribuirá para o desenvolvimento de uma nova comunidade vegetal, que poderá atrair e suportar a fauna, garantindo novos habitats que poderão ser utilizados pela fauna inicialmente afugentada pelo empreendimento.

Impactos sobre o meio socioeconômico:

Impacto Visual: O desenvolvimento das atividades do empreendimento implicará na expansão da frente de lavra, o que resultará na conformação dos taludes de corte aterro e recomposição das áreas impactadas; entre outras alterações na área, o que gerará modificação na paisagem. Medida mitigadora: As atividades minerárias alteram a fisiografia da paisagem, e geram desconforto visual para a população que vive na região afetada. Portanto, ao fim das operações de lavra, faz-se necessária a recuperação da área impactada, com o intuito de reintegrar a área degradada ao ambiente natural da melhor maneira poss ível. Para mitigar a degradação advinda da atividade

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Movimentação atípica de pessoas e veículos: O meio rural, de maneira geral, apresenta baixo índice de ocupação e movimentação. Assim sendo, a atividade de transporte do minério e a circulação de pessoas ligadas ao empreendimento (empregados, visitantes, etc.) acarreta uma movimentação atípic a de pessoas e de veículos de carga na área. Medida mitigadora: Será adotado um Programa de Educação Ambiental voltado para os operários da mineração. Nesse plano os funcionários serão instruídos a adotarem práticas ambientalmente corretas e receberão noções da importância da preservação do meio ambiente, evitando a caça e a captura ilegal de espécimes da fauna e a depredação da flora.

Periculosidade e insalubridade para os funcionários: De acordo com a Norma Reguladora nº 15 (NR-15), que trata das Atividades e Operações Insalubres, “são consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem acima dos limites de tolerância de ruídos, temperatura, radiação, pressão e poeira, ou as que envolvam exposição do trabalhador a agentes químicos e biológicos”. Assim sendo, considera-se que os trabalhadores envolvidos na Frente de Lavra, no Desmonte da Rocha e na Planta de Beneficiamento, estão expostos a níveis elevados de poeira, ruídos e a riscos de acidentes relacionados a deslizamentos de terra e/ou mal funcionamento de equipamentos. Esses impactos são sentidos diretamente pelos trabalhadores envolvidos nas atividades da mina. Medida mitigadora: A atividade de extração e beneficiamento de brita calcária se enquadra no Grau de Risco 04 (quatro). Para minimizar a possibilidade de acidentes de trabalho, o empregador deve fornecer treinamento adequado aos funcionários para operar e manusear adequadamente máquinas e ferramentas necessárias as suas atividades. Também é importante a distribuição, por parte do empregador, de Equipamentos Individuais de Proteção (EPI) adequados a cada atividade exercida pelos trabalhadores, para que sejam minimizadas as ocorrências de acidentes e doenças do trabalho. As medidas de proteção, segurança, e de higiene e saúde ocupacional deverão ser implantadas pelo empreendedor visando a segurança dos trabalhadores e deverão estar detalhadas no Plano de Gerenciamento de Risco – PGE e no Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional – PCMSO elaborado exclusivamente para o empreendimento objeto deste PSUP.

Vibração: A região de entorno do empreendimento é estritamente rural, porém existem moradias próximas à área da mina. A grande maioria destas casas é de construção simples, muitas vezes não tendo fundação adequada, laje ou cintamento, o que em conjunto com o aumento das vibrações expõe estas habitações a riscos estruturais. Medida mitigadora: Com o intuito de mitigar a ocorrência deste impacto, as ações de desmonte da rocha devem ser realizadas com precisão e cuidado, levando-se em conta as normas técnicas específicas de desmonte de rocha, visando estabelecer os parâmetros adequados do plano de fogo que resultarão em uma menor vibração. Será realizado também o monitoramento das vibrações na área e entorno para garantir os parâmetros mínimos de segurança das edificações vizinhas.

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Geração de empregos, tributos e renda: O empreendimento gera impactos socioeconômicos positivos para Unaí, município no qual está inserido. Além de gerar e proporcionar a manutenção de empregos, a mineração contribui para a arrecadação da CFEM, imposto comum ao setor mineral e de ICMS, que terá parte revertida para o munic ípio. Estas ações implicarão em melhoria do nível de vida da população, maior movimentação dos setores de comércio e serviços.

10. Programas e/ou Projetos

O monitoramento constitui-se no principal elemento de controle ambiental, pois permite verificar a eficácia e desenvolvimento das medidas implantadas na área da lavra.

ü Monitoramento dos efluentes líquidos

O monitoramento dos efluentes líquidos, provenientes da oficina mecânica de reparos e lavagem de veículos e equipamentos e dos efluentes sanitários, tem como principal objetivo verificar a eficiência dos sistemas de tratamento. Serão realizadas análises semestrais físico-química e microbiológica no sistema séptico dos seguintes parâmetros: DBO5, Sólidos Totais, pH e coliformes termotolerantes. A avaliação da eficiência do Sistema Separador de Água e Óleo será fundamentada nos seguintes parâmetros: Óleos e Graxas (OG), Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), Demanda Química de Oxigênio (DQO), Sólidos em Suspensão (SS), surfactantes, pH e temperatura, amostrados na entrada e na saída do sistema.

ü Monitoramento da qualidade do ar

O monitoramento da qualidade do ar faz-se necessário para prevenir e minimizar as emissões de particulados, mantendo dentro dos padrões ambientais exigidos pela legislação. Para prevenir, mitigar e controlar aspectos relacionados às emissões de material particulado recomenda-se o acompanhamento visual das emissões de poeira nas vias e na área diretamente afetada. O acompanhamento visual das emissões de poeira não exclui a medição periódica de partículas totais em suspensão (PTS). As medições periódicas de PTS deverão ser realizadas por empresa especializada. Sugere-se como pontos de medição a frente de lavra, a planta de beneficiamento e junto às residências na área de influência do empreendimento que distam em linha reta da ADA aproximadamente 400 m. Sugere-se ainda a verificação da taxa de retenção de material particulado sobre a vegetação, que constitui uma ferramenta importante no acompanhamento da emissão de material particulado.

ü Monitoramento da emissão de ruídos

As operações rotineiras da mina geram ruídos responsáveis por aumento do nível de pressão sonora. O empreendimento está situado em área rural, distando em linha reta da residência mais próxima cerca de 400 m, e na margem da rodovia MG-188.

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A geração de ruídos será sentida pelos trabalhadores e contribuirá para afugentar a fauna local. Assim, o monitoramento do nível de pressão sonora, tem como objetivo garantir que os níveis de ruídos causem o menor impacto possível e não ultrapassem o limite estabelecido na legislação e normas vigentes. Será efetuado o levantamento das emissões de ruídos por meio de medições pontuais nos locais onde são gerados – fonte, com medidor-analisador de pressão sonora e, medições contínuas distantes da fonte de ruído. As medições devem iniciar junto às fontes geradoras de ruídos – britador, área da lavra. As medições distantes da fonte devem contemplar as residências localizadas na área de influência do empreendimento. A emissão de ruídos deve ser monitorada durante as detonações, com emissão de relatório de medições, onde será possível verificar a compatibilização do plano de fogo com os níveis mínimos de conforto e segurança.

ü Monitoramento de resíduos sólidos

O monitoramento dos resíduos sólidos gerados na operação do empreendimento tem como objetivo principal verificar se os aspectos relacionados ao gerenciamento – segregação, acondicionamento, transporte, armazenamento, tratamento e destinação final, estão em conformidade com a legislação e de forma ambientalmente correta. Nas atividades de manutenção e limpeza dos equipamentos o pessoal envolvido deverá ser instruído para evitar o desperdiço dos produtos utilizados, o que implicará em redução na geração de materiais inservíveis. Nos locais de geração de resíduos devem ser realizadas inspeções periódicas com a finalidade de verificar se os resíduos gerados estão sendo segregados e acondicionados de forma correta, ou seja, nos locais e contenedores específicos para receber tais materiais. O empreendimento deve atender a Deliberação Normativa COPAM nº 117, de 27 de junho de 2008 que dispõe sobre a declaração de informações relativas às diversas fases de gerenciamento dos resíduos sólidos gerados pelas atividades minerarias no Estado de Minas Gerais, onde em seu art. 3º determina que “Os empreendimentos que desenvolvam atividades minerárias previstas na Deliberação Normativa nº 74, de 9 de setembro de 2004, ... deverão apresentar informações sobre geração, volume, características, armazenamento, transporte, tratamento e destinação de seus resíduos sólidos, ... ” Assim, o Formulário do Inventário de Resíduos Sólidos da Atividade Minerária disponibilizado anualmente pela FEAM, deverá ser preenchido e enviado. Este formulário contribui para o monitoramento dos resíduos gerados e, a partir dele, é possível também verificar inconformidades no gerenciamento dos resíduos, e estabelecer medidas corretivas.

ü Monitoramento das águas superficiais

O objetivo geral do monitoramento das águas superficiais é verificar a ocorrência de alterações dos parâmetros de qualidade estabelecidos para a bacia do córrego Poção, situado na área de influência direta do empreendimento.

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As amostras serão coletadas anualmente, segundo a norma ABNT NBR 9.898 - “Preservação e Técnica de Amostragem de Efluentes Líquidos e Corpos receptores”. Os métodos de análises dos parâmetros físico-químicos e biológicos serão os descritos no “Standar Methods for the Examination of water and Wastewater 19th Edition”, 1992 – APHA – AWWA – WPCF. Os parâmetros para análise em cada ponto são: DBO520, Turbidez, Sólidos Totais, cor e vazão. Esses resultados serão comparados à Resolução CONA MA, 357/2005, para corpos d'água Classe 2.

ü Acompanhamento e monitoramento dos impactos sobre a flora

Para o acompanhamento e monitoramento dos impactos sobre a flora considera-se os impactos alterações sobre o desenvolvimento da vegetação, e perda de exemplares da flora. As espécies da flora apresentam sensibilidade diferenciada para os poluentes atmosféricos. No caso do empreendimento em questão, o principal poluente atmosférico é o material particulado. Embora o material particulado seja relativamente pouco tóxico às plantas, pois em geral não são capazes de serem absorvidos, entretanto ele pode, eventualmente, induzir o aparecimento de lesões foliares e redução na fotossíntese. Recomenda-se o monitoramento da vegetação para diagnosticar sintomas foliares e a ocorrência de alterações no seu desenvolvimento. A perda de exemplares arbóreos é um impacto inerente a atividade e necessária para viabilizar a operação do empreendimento. Assim sendo, recomenda-se o acompanhamento da supressão da vegetação de forma que ocorra dentro da área planejada e liberada para intervenção, evitando a supressão indesejada em inconformidade com o planejado.

ü Acompanhamento e monitoramento dos impactos sobre a fauna

Sugere-se para o monitoramento dos impactos sobre a fauna, considerados, no geral, de pequena magnitude, a realização de inventários anuais de modo a relacionar as espécies encontradas na AII. A relação anual das espécies permitirá o acompanhamento da sua ocorrência e, verificar o desaparecimento local de algumas e/ou o surgimento de outras espécies.

ü Acompanhamento e monitoramento da influência de vibrações

Após avaliação de campo e constatação de rachaduras na estrutura de algumas casas no entorno do empreendimento, sugere-se o acompanhamento e monitoramento das vibrações emitidas durante o desmonte da rocha na mina. A finalidade deste programa é manter a integridade estrutural das moradias vizinhas.

ü Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD)

O plano de revegetação contemplará todos os locais alterados diretamente pela atividade minerária. Com isso pretende-se proteger o solo contra os processos erosivos e garantir a utilização

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11. Compensações

O instrumento de política pública que intervém junto aos agentes econômicos para a incorporação dos custos sociais da degradação ambiental e da utilização dos recursos naturais dos empreendimentos licenciados em benefício da proteção da biodiversidade denomina-se Compensação Ambiental, prevista no art. 36, da Lei Federal nº 9.985/2000 e no Decreto Estadual nº 45.175/2009. A Lei nº 9.985/2000, conhecida por Lei do SNUC, estabelece em seu artigo 36 que:

“Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, assim considerados pelo órgão ambiental competente, com fundamento em estudo de impacto ambiental e respectivo relatório – EIA/RIMA, o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e manutenção de unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral, de acordo com o disposto neste artigo e no regulamento desta Lei”.

Segundo o Decreto nº 44.667/2007, a competência para fixação da compensação ambiental é da Câmara de Proteção à Biodiv ersidade e de Áreas Protegidas do COPAM, cujo órgão técnico de assessoramento é o Instituto Estadual de Florestas – IEF. Com base no Estudo de Impacto Ambiental apresentado, e de acordo com o exposto neste Parecer Único, conclui-se que a intervenção ambiental a ser realizada é de significativo impacto ambiental, havendo assim, a obrigatoriedade de se realizar a compensação ambiental. Por tal motivo, sugerimos a seguinte condicionante:

“Protocolar perante a Gerência de Compensação Ambiental do IEF, no prazo máximo de 120 dias contados do recebimento da Licença, processo de compensação ambiental, conforme procedimentos estipulados pela Portaria IEF nº 55, de 23 de abril de 2012.”

Pelo fato de ser necessária a intervenção florestal para supressão de árvores isoladas para continuidade das atividades do empreendimento minerário em questão, foi incluída no anexo I deste Parecer condicionante específica para realização da devida compensação florestal prevista no art. 75, da Lei Estadual n° 20.922/2013 e no Decreto Estadual nº 44.667/2007.

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12. Controle Processual

O processo encontra-se devidamente formalizado e instruído com a documentação legalmente exigível, de acordo com o respectivo Formulário de Orientação Básica Integrado. A reserva legal do empreendimento encontra-se devidamente averbada, conforme documentação acostada aos autos. Haverá intervenção ambiental com o corte de 40 indivíduos arbóreos isolados em uma área de 0,52 ha, sendo esta intervenção considerada como de utilidade pública, nos termos do art. 3º, inciso I, alínea “b” da Lei Estadual nº 20.922/2013. Em razão da intervenção mencionada, no presente caso, será necessária a realização de compensação ambiental, nos termos do Art. 75, da Lei Federal nº 20.922/2013, uma vez que, em razão da atividade desempenhada pelo empreendimento, há determinação legal de medida compensatória em caso de intervenção ambiental. A utilização dos recursos hídricos no empreendimento se encontra regularizada junto ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGA M. No presente caso é necessária a realização de compensação ambiental, nos termos da Lei Federal nº 9.985/2000, uma vez que, conforme consta no Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Controle Ambiental – EIA/RIMA, o empreendimento é considerado causador de significativo impacto ambiental. Consta no Anexo I, deste Parecer, condicionante específica referente à compensação ambiental.

13. Conclusão

A equipe interdisciplinar da Supram Noroeste de Minas sugere o deferimento desta Licença Ambiental na fase de Licença de Operação em caráter corretivo, para o empreendimento Tamasa Engenharia S.A. para a atividade de “Lavra a céu aberto ou subterrânea em áreas cársticas com ou sem tratamento; Unidade de Tratamento de Minerais – UTM; Obras de infraestrutura (pátios de resíduos e produtos e oficinas); Estradas para transporte de minério/estéril”, no município de Unaí, MG, pelo prazo de 10 anos, vinculada ao cumprimento das condicionantes e programas propostos. Este parecer sugere também o deferimento do corte ou aproveitamento de 40 árvores isoladas nativas vivas. As orientações descritas em estudos, e as recomendações técnicas e jurídicas descritas neste parecer, através das condicionantes listadas em Anexo, devem ser apreciadas pela SUPRAM NOR. Oportuno advertir ao empreendedor que o descumprimento de todas ou quaisquer condicionantes previstas ao final deste parecer único (Anexo I) e qualquer alteração, modificação e ampliação sem a devida e prévia comunicação a Supram Noroeste de Minas, tornam o empreendimento em questão passível de autuação. Cabe esclarecer que a Superintendência Regional de Meio Ambiente do Noroeste de Minas, não possui responsabilidade técnica e jurídica sobre os estudos ambientais apresentados nesta licença, sendo a elaboração, instalação e operação, assim como a comprovação quanto a eficiência

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12. Anexos

Anexo I. Condicionantes para Licença de Operação Corretiva (LOC) da Tamasa Engenharia S.A. Anexo II. Programa de Automonitoramento da Licença de Operação Corretiva (LOC) da Tamasa Engenharia S.A. Anexo III. Autorização para Intervenção Ambiental. Anexo IV. Relatório Fotográfico da Tamasa Engenharia S.A.

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ANEXO I

Condicionantes para Licença de Operação Corretiva (LOC) da Tamasa Engenharia S.A.

Empreendedor: Tamasa Engenharia S.A. Empreendimento: Tamasa Engenharia S.A. CNPJ: 18.823.724/0001-09 Município: Unaí Atividades: Lavra a céu aberto ou subterrânea em áreas cársticas, com ou sem tratamento; Unidade de Tratamento de Minerais – UTM; Obras de infraestrutura (pátio de res íduos e produtos e oficinas); Estradas de transporte de minério/estéril. Códigos DN 74/04: A-02-05-4;A-05-01-0;A-05-02-9;A-05-05-3 Processo: 5910/2006/003/2016 Validade: 10 anos Item Descrição da Condicionante Prazo* Durante a vigência de Executar o Programa de Automonitoramento, conforme definido 01 Licença de Operação no Anexo II. Corretiva Durante a vigência da Dar continuidade a aspersão de água para controlar e reduzir o 02 Licença de Operação nível de poeira no empreendimento. Corretiva Realizar disposição adequada dos resíduos sólidos gerados no empreendimento, conforme Lei Estadual nº 18.031/2009, bem Durante a vigência da como dar destinação adequada aos filtros de óleos, estopas 03 Licença de Operação contaminadas e sedimentos contaminados, conforme Resolução Corretiva CONAMA nº 362/2005. Manter os recibos da destinação na propriedade para atender eventuais fiscalizações. Apresentar anualmente relatório técnico-fotográfico que comprove Durante a vigência da a implantação e execução das ações propostas nos programas e 04 Licença de Operação planos e projetos apresentados com respectiva Anotação de Corretiva Responsabilidade Técnica – ART. Apresentar o Plano de Fechamento de Minas - PAFEM - 05 conceitual do empreendimento, considerando todas as áreas 180 dias degradadas a serem recuperadas. Protocolar perante a Gerência de Compensação Ambiental do IEF, no prazo máximo de 120 dias, contados do recebimento da 06 Licença, processo de compensação ambiental, conforme 120 dias procedimentos estipulados pela Portaria IEF nº 55, de 23 de abril de 2012. Protocolar perante a Gerência de Compensação Florestal do IEF, no prazo máximo de 120 dias, contados do recebimento da 07 Licença, processo de compensação ambiental referente à 120 dias intervenção ambiental em vegetação nativa, nos termos do art. 75, da Lei Estadual nº 20.922/2013. Caso seja verificada a existência de cavidade natural subterrânea Durante a vigência da 08 durante o desenvolvimento da lavra, a mesma deverá ser Licença de Operação paralisada imediatamente e o fato comunicado a SUPRAM NOR. Corretiva

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Manter arquivados certificados emitidos por empresas responsáveis pelo recolhimento do óleo retirado da caixa Durante a vigência da 09 separadora de água e óleo, bem como dos res íduos sólidos Licença de Operação. contaminados (embalagens, estopas, borra e areia da caixa SAO), considerados pela ABNT NBR. Monitorar a cortina arbórea e realizar o enriquecimento da mesma, anualmente, utilizando espécies arbóreas de rápido Durante a vigência da 10 crescimento, de forma a minimizar eventuais efeitos negativos Licença de Operação visuais e de dispersão de poeira na área de influência do Corretiva empreendimento. Apresentar à FEAM, anualmente, até o dia 30 de março, o Durante a vigência da 11 inventário de resíduos sólidos minerários, de acordo com a Licença de Operação Deliberação Normativa COPAM nº 117/2008. Corretiva * Salvo especificações, os prazos são contados a partir da data de publicação da Licença na Imprensa Oficial do Estado.

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ANEXO II

Programa de Automonitoramento da Licença de Operação Corretiva (LOC) da Tamasa Engenharia S.A.

Empreendedor: Tamasa Engenharia S.A. Empreendimento: Tamasa Engenharia S.A. CNPJ: 18.823.724/0001-09 Município: Unaí Atividades: Lavra a céu aberto ou subterrânea em áreas cársticas, com ou sem tratamento; Unidade de Tratamento de Minerais – UTM; Obras de infraestrutura (pátio de resíduos e produtos e oficinas); Estradas de transporte de minério/estéril. Códigos DN 74/04: A-02-05-4;A-05-01-0;A-05-02-9;A-05-05-3 Processo: 5910/2006/003/2016 Validade: 10 anos

1. Efluentes Líquidos

Local de amostragem Parâmetro Frequência de Análise DBO5, Sólidos Totais, pH e coliformes Fossa séptica Anual termotolerantes Óleos e Graxas (OG), Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), Demanda Química de Entrada e saída da caixa SAO Semestral Oxigênio (DQO), Sólidos em Suspensão (SS), su rfactantes, pH e temperatura,

Relatórios: Enviar anualmente a SUPRAM NOR os resultados das análises efetuadas. O relatório deverá ser de laboratórios em conformidade com a DN COPAM n.º 167/2011 e deve conter a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas análises.

Na ocorrência de qualquer anormalidade nos resultados nas análises realizadas durante o ano, o órgão ambiental deverá ser imediatamente informado.

Método de análise: Normas aprovadas pelo INMETRO ou, na ausência delas no Standard Methods for Examination of Water and Wastew ater, APHA-AWWA, última edição.

2. Resíduos Sólidos e Oleosos

Enviar anualmente a SUPRAM NOR, os relatórios de controle e disposição dos res íduos sólidos gerados contendo, no mínimo os dados do modelo abaixo, bem como a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas informações.

Resíduo Transportador Disposição final Obs. (**) Denominação Origem Classe Forma Empresa responsável

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NBR Taxa de Razão Endereço (*) Razão Endereço 10.004 geração social completo social completo (*) kg/mês (*) Conforme NBR 10.004 ou a que sucedê-la. (**) Tabela de códigos para formas de disposição final de resíduos de origem industrial 1- Reutilização 2 - Reciclagem 3 - Aterro sanitário 4 - Aterro industrial 5 - Incineração 6 - Co-processamento 7 - Aplicação no solo 8 - Estocagem temporária (informar quantidade estocada) 9 - Outras (especificar)

Em caso de alterações na forma de disposição final de resíduos, a empresa deverá comunicar previamente à SUPRA M NOR, para verificação da necessidade de licenciamento específico. As doações de resíduos deverão ser devidamente identificadas e documentadas pelo empreendedor. Fica proibida a destinação dos resíduos Classe I, considerados como Resíduos Perigosos segundo a NBR 10.004/04, em lixões, bota-fora e/ou aterros sanitários, devendo o empreendedor cumprir as diretrizes fixadas pela legislação vigente. Comprovar a destinação adequada dos res íduos sólidos de construção civil que deverão ser gerenciados em conformidade com as Resoluções CONA MA n.º 307/2002 e 348/2004. As notas fiscais de vendas e/ou movimentação e os documentos identificando as doações de resíduos, que poderão ser solicitadas a qualquer momento para fins de fiscalização, deverão ser mantidos disponíveis pelo empreendedor.

3. Efluentes Atmosféricos

Local de amostragem Parâmetro Frequência de Análise Frente de lavra, planta de beneficiamento e próximo às residências na área de Partículas totais em influência do empreendimento que distam Trimestral em linha reta da ADA aproximadamente suspensão (PTS). 400 m.

Relatórios: Enviar semestralmente a SUPRAMNOR os resultados das análises efetuadas, acompanhados pelas respectivas planilhas de campo e de laboratório, bem como a dos certificados de calibração do equipamento de amostragem. O relatório deverá conter a identificação, registro profissional, anotação de responsabilidade técnica e a assinatura do responsável pelas amostragens. Deverão também ser informados os dados operacionais. Os resultados apresentados nos laudos analíticos deverão ser expressos nas mesmas unidades dos padrões de emissão previstos na DN COPAM n.º 11/1986 e na Resolução CONAMA n.º 382/2006.

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Na ocorrência de qualquer anormalidade nos resultados nas análises realizadas durante o ano, o órgão ambiental deverá ser imediatamente informado.

Método de amostragem: Normas ABNT, CETESB ou Environmental Protection Agency – EPA.

4. Ruídos

Enviar semestralmente à SUPRAM NOR relatório contendo os resultados das medições efetuadas; neste deverá conter a identificação, registro profissional e assinatura do responsável técnico pelas amostragens, conforme estabelecido no monitoramento da emissão dos ruídos. As amostragens deverão verificar o atendimento às condições da Lei Estadual n° 10.100/1990 e Resolução CONA MA n.º 01/1990. O relatório deverá ser de laboratórios em conformidade com a DN COPAM n.º 167/2011 e deve conter a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas análises, acompanhado da respectiva anotação de responsabilidade técnica – ART.

IMPORTANTE

· Os parâmetros e frequências especificadas para o programa de Automonitoramento poderão sofrer alterações a critério da área técnica da SUPRAM NOR, face ao desempenho apresentado; · A comprovação do atendimento aos itens deste programa deverá estar acompanhada da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), emitida pelo(s) responsável(eis) técnico(s), devidamente habilitado(s);

Qualquer mudança promovida no empreendimento que venha a alterar a condição original do projeto das instalações e causar interferência neste programa deverá ser previamente informada e aprovada pelo órgão ambiental.

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ANEXO III

Autorização para Intervenção Ambiental

Empreendedor: Tamasa Engenharia S.A. Empreendimento: Tamasa Engenharia S.A. CNPJ: 18.823.724/0001-09 Município: Unaí Atividades: Lavra a céu aberto ou subterrânea em áreas cársticas, com ou sem tratamento; Unidade de Tratamento de Minerais – UTM; Obras de infraestrutura (pátio de resíduos e produtos e oficinas); Estradas de transporte de minério/estéril. Códigos DN 74/04: A-02-05-4; A-05-01-0;A-05-02-9; A-05-05-3 Processo: 5910/2006/003/2016 Validade: 10 anos

Intervenções Autorizadas Especificação Autorizado Área (hectares)/Unidade Intervenção em APP ( ) sim (X) não Supressão de vegetação () sim (X ) não Intervenção em Reserva Legal ( ) sim (X) não Corte de Árvores isoladas (X) sim ( ) não 40 un.

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ANEXO IV

Relatório Fotográfico da Tamasa Engenharia S.A.

Empreendedor: Tamasa Engenharia S.A. Empreendimento: Tamasa Engenharia S.A. CNPJ: 18.823.724/0001-09 Município: Unaí Atividades: Lavra a céu aberto ou subterrânea em áreas cársticas, com ou sem tratamento; Unidade de Tratamento de Minerais – UTM; Obras de infraestrutura (pátio de resíduos e produtos e oficinas); Estradas de transporte de minério/estéril. Códigos DN 74/04: A-02-05-4;A-05-01-0;A-05-02-9;A-05-05-3 Processo: 5910/2006/003/2016 Validade: 10 anos

Foto 01. Área de lavra Foto 02. Fossa séptica

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