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GOVERNO DO ESTADO DO SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E MEIO AMBIENTE DIRETORIA DE ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO

PROJETO DE GESTÃO AMBIENTAL INTEGRADA -BICO DO PAPAGAIO-

ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO

INVENTÁRIO FLORESTAL E LEVANTAMENTO FLORÍSTICO – NORTE DO ESTADO DO TOCANTINS – SÉRIES ZEE – TOCANTINS / BICO DO PAPAGAIO / Inv. Flor. e Lev. Flor. – .6/6 Palmas 2005

GOVERNO DO ESTADO PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA DO TOCANTINS FEDERATIVA DO BRASIL

Marcelo de Carvalho Miranda Luiz Inácio Lula da Silva Governador Presidente

Raimundo Nonato Pires dos Santos José Alencar Gomes da Silva Vice-Governador Vice-Presidente

SECRETARIA DO PLANEJAMENTO MINISTÉRIO DO E MEIO AMBIENTE MEIO AMBIENTE

Lívio William Reis de Carvalho Maria Osmarina Marina da Silva Vaz de Lima Secretário Ministra

Nilton Claro Costa SECRETARIA DE COORDENAÇÃO Subsecretário DA AMAZÔNIA

Muriel Saragoussi Secretária Eduardo Quirino Pereira Diretor de Zoneamento SECRETARIA TÉCNICA DO Ecológico-Econômico SUBPROGRAMA DE POLÍTICAS DE RECURSOS NATURAIS Belizário Franco Neto Diretor de Meio Ambiente Francisco José de Barros Cavalcanti e Recursos Hídricos Secretário Técnico

PROGRAMA PILOTO PARA Glênio Benvindo de Oliveira PROTEÇÃO DAS FLORESTAS Diretor de Orçamento TROPICAIS DO BRASIL – PPG-7

Félix Valóis Guará Nazaré Soares Diretor de Planejamento Coordenação Geral

Cooperação Financeira para o Tocantins: Joaquín Eduardo Manchola Cifuentes União Européia - CEC Diretor de Pesquisa Rain Forest Fund - RFT e Informações Cooperação Técnica: Departament for International Development - DFID Ana Maria Demétrio Diretora de Administração e Finanças Parceria: Banco Mundial

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E MEIO AMBIENTE DIRETORIA DE ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO

Projeto de Gestão Ambiental Integrada -Bico do Papagaio-

Zoneamento Ecológico-Econômico

Execução pela Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente – Seplan, Diretoria de Zoneamento Ecológico- Econômico – DZE, em convênio com o Ministério do Meio Ambiente – MMA, por meio do Subprograma de Política de Recursos Naturais – SPRN / Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil – PPG-7

INVENTÁRIO FLORESTAL E LEVANTAMENTO FLORÍSTICO - Norte do Estado do Tocantins -

Escala 1:250.000

TEXTO EXPLICATIVO ORGANIZADO POR Jose Roberto Ribeiro Forzani

CRÉDITOS DE AUTORIA

TEXTO EXPLICATIVO Luiz Alberto Dambrós Luiz Carlos de Oliveira Filho Edgard da Costa Freire João Paulo de Souza Lima José Délio Alves Pereira Sebastião Souza Silva José Roberto Ribeiro Forzani

CARTA DE LEVANTAMENTO FLORÍSTICO Luiz Alberto Dambrós Péricles Prado

ACOMPANHAMENTO TÉCNICO

José Roberto Ribeiro Forzani

Coordenação editorial a cargo da Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico - DZE Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente - Seplan

DAMBRÓS, Luiz Alberto; OLIVEIRA FILHO, Luiz Carlos de; FREIRE, Edgard da Costa; LIMA, João Paulo de Souza; PEREIRA, José Délio Alves; SILVA, Sebastião Souza; FORZANI, José Roberto Ribeiro. Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente (Seplan). Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico (DZE). Projeto de Gestão Ambiental Integrada da Região do Bico do Papagaio. Zoneamento Ecológico-Econômico. Inventário Florestal e Levantamento Florístico do Norte do Estado do Tocantins. Escala 1:250.000. Org. por José Roberto Ribeiro Forzani. Palmas, Seplan/DZE, 2005. 122p., Ilust. 2 mapas dobr. Séries ZEE – TOCANTINS / Bico do Papagaio / Inventário Florestal e Levantamento Florístico – V. 6/6. Executado pela Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente por meio de convênio com o Ministério do Meio Ambiente. 1. Inventário Florestal e Levantamento Florístico. Mapas. I. Tocantins. Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente. II. Diretoria de Zoneamento Ecológico- Econômico. III. Título. CDU 504.5

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Palavra do Governador

O meu governo, após ampla discussão com a sociedade, definiu como um dos seus macroobjetivos no PPA 2004-2007 o aumento da produção com desenvolvimento sustentável, tendo como orientações básicas a redução das desigualdades regionais, a promoção de oportunidades à população tocantinense e a complementaridade com as iniciativas em nível nacional para os setores produtivo e ambiental na Amazônia Legal e no Corredor Araguaia-Tocantins.

Para o aumento da produção com desenvolvimento sustentável, entre outras ações, temos conduzido a elaboração dos zoneamentos ecológico-econômicos e dos planos de gestão territorial para as diversas regiões do Estado. Estas ações permitem a identificação, mapeamento e descrição das áreas com importância estratégica para a conservação ambiental e das áreas com melhor capacidade de suporte natural e socioeconômico para o desenvolvimento das atividades e empreendimentos públicos e privados.

Fico feliz em entregar à sociedade mais um produto relacionado ao Zoneamento Ecológico-Econômico e ao Plano de Gestão Territorial da Região Norte do Tocantins, e ratifico o meu compromisso com a melhoria da qualidade de vida da população residente na referida área, pautado na viabilização de atividades e empreendimentos, na redução da pobreza e na conservação dos recursos hídricos e biodiversidade.

Confio plenamente no uso das informações desta publicação e afirmo que o Estado do Tocantins caminha, a passos largos, rumo a um novo estágio de desenvolvimento econômico e social, modelado pela garantia de boa qualidade de vida às próximas gerações.

Marcelo de Carvalho Miranda Governador

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A word from the Governor

My government, after a broad discussion with society, has defined as one of its macro objectives in the 2004-2007 PPA (Pluriannual Plan) the increase of the State’s output with sustainable development, having as basic guidelines the reduction of regional inequalities, the promotion of opportunities to the Tocantins people and the complement of the national level initiatives for the Legal Amazon and the Araguaia-Tocantins corridor production and environmental sectors.

To increase production with sustainable development, among other actions, we are setting up ecological-economic zoning and territorial management plans for the various State regions. These actions allow the categorizing, mapping and description of environmental conservation areas of strategic importance and of the areas with better natural and socio- economic support capacity for carrying-out the public and private activities and enterprises.

I’m glad to bring forth another product of the Ecological-Economic Zoning and of the Tocantins State North Region Territorial Management Plan, and confirm my commitment with the improvement of the region’s people quality of life, centered on the feasibility of the activities and enterprises, in poverty reduction and in the preservation of the water resources and biodiversity.

I fully endorse the use of the information of this booklet and am truly confident that the Tocantins State is heading, with large steps, towards a new stage of economic and social development, designed to ensure the best quality of life to the next generations.

Marcelo de Carvalho Miranda Governor

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Apresentação

O Governo do Estado do Tocantins tem conseguido incorporar o segmento ambiental no planejamento e gestão das políticas públicas. Por meio do Zoneamento Ecológico-Econômico, considerado o ponto estratégico do Estado para possibilitar avanços no desenvolvimento econômico com conservação e proteção ambiental, a Seplan tem, eficientemente, gerado produtos que subsidiam a gestão do território tocantinense.

Buscando aumentar a lista de produtos do Zoneamento Ecológico-Econômico disponíveis para a sociedade e os órgãos dos governos federal, estadual e municipal, apresento o estudo “Inventário Florestal e Levantamento Florístico do Norte do Estado do Tocantins”, o qual foi elaborado com recursos do Tesouro do Estado e do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG-7), através do Ministério do Meio Ambiente e do Banco Mundial.

O estudo de Inventário Florestal e Levantamento Florístico, realizado a baixo custo, teve como principais instrumentos imagens de satélite, base de dados da Seplan e produtos cartográficos do Radambrasil, complementados com trabalho de campo. Sobre estes dados foram aplicados os procedimentos usualmente empregados para compartimentação de paisagem nos estudos de zoneamentos e diagnósticos ambientais para Inventário Florestal e Levantamento Florístico. O objetivo principal deste estudo foi gerar informações que subsidiem o aproveitamento de recursos naturais, possibilitando um manejo adequado. Visa, também, gerar conhecimentos e produtos para o desenvolvimento em quantidade e qualidade suficientes para a elaboração do ZEE do Norte do Tocantins.

Sumarizando, o estudo ora apresentado supre, momentaneamente, a carência de mapeamentos tradicionais na escala 1:250.000 e se traduz numa contribuição desta Seplan para a ampliação do conhecimento dos recursos naturais do Tocantins e subsídio para o planejamento regional.

Lívio William Reis de Carvalho Secretário do Planejamento e Meio Ambiente

______Resumo

O presente relatório e os mapas em anexo tratam do inventário florestal e do levantamento florístico do Norte do Estado do Tocantins. A superfície mapeada tem cerca de 34.218km² e recobre parte das folhas SB.22-X-D Marabá, SB.23-V-C Imperatriz, SB.22-Z-B Xambioá, SB.23-Y-A Tocantinópolis, SB.22-Z-B Araguaína, SB.23-Y-C Carolina e SB.22-X-B Conceição do Araguaia. Está delimitada a Norte e a Sul, respectivamente, pelos paralelos de 5º10’00’’ aproximadamente e 8º25’00’’ de latitude sul, a Oeste pelo rio Araguaia e a Leste pelo rio Tocantins. O estudo apresenta o mapeamento na escala 1:250.000 de Regiões Fitoecológicas, Áreas de Contato ou de Tensão Ecológica, Formações Pioneiras, Refúgios vegetacionais, bem como de suas formações vegetais naturais. Além destas formações vegetais propriamente ditas, o trabalho aponta e quantifica os remanescentes supostamente primários e delineia os ambientes de acordo com o relevo, tipo de solo e grupamento litológico, segundo os procedimentos usualmente empregados para compartimentação da paisagem nos estudos de zoneamentos e diagnósticos ambientais. Neste estudo foram identificadas ocorrências de três Regiões fitoecológicas: 1) Cerrado, com as Formações Cerrado Típico (Savana Arborizada), Cerrado Ralo (Savana Parque), Cerrado Denso (Savana Arborizada), Cerradão (Savana Florestada) e Mata de Galeria (Floresta-de-galeria); 2) Floresta Ombrófila Densa, com as Formações Aluvial e Submontana; e 3) Floresta Ombrófila Aberta com as Formações Aluvial e Submontana. Nas áreas de Tensão Ecológica ou Contato Florístico foram identificados: 1) Contato Floresta Ombrófila/Floreta Estacional, com as Formações Estacional Semidecidual Submontana e Decidual Submontana, 2) Contato Cerrado (Savana)/Floresta Ombrófila; e 3) Contato Cerrado (Savana)/Floresta Estacional, com a Formação Estacional Semidecidual Aluvial. Também foram identificadas ocorrências de Formações Pioneiras (Formação Pioneira com Influência Fluvial e/ou Lacustre) e de Refúgios vegetacionais (Refúgio Submontano). Com base nestas informações foi elaborado o mapa de planejamento de uso potencial da cobertura vegetal, destacando áreas para uso agropastoril, exploração madeireira sustentável, com possibilidades de uso extrativista de babaçu, para preservação e conservação da vegetação, e desenvolvimento de pesquisas visando maior conhecimento da flora e destinação de uso. O trabalho contém ainda uma descrição sumariada das diversas formações vegetais identificadas, os resultados do levantamento florístico e do inventário florestal efetuados para toda a área do Zoneamento Ecológico-Econômico do Norte do Tocantins e, em anexo, a documentação fotográfica.

Sumário

LISTA DE FIGURAS...... xiii LISTA DE FOTOS ...... xv LISTA DE QUADROS ...... xix LISTA DE TABELAS ...... xxi LISTA DE GRÁFICOS...... xxiii LISTA DE SIGLAS E ACRÔNIMOS...... xxv

1 - INTRODUÇÃO ...... 1 1.1 – Apresentação ...... 1 1.2 – Localização e acesso ...... 1 1.3 – Material e base de dados ...... 4 1.4 – Metodologia ...... 4 1.4.1 – Atividades preliminares ...... 4 1.4.2 – Trabalho de campo ...... 7 1.4.2.1 – Levantamento florístico ...... 7 1.4.2.2 – Inventário florestal e estudos fitossociológicos ...... 8 1.4.3 – Reinterpretação e elaboração dos produtos finais ...... 8

2 – DESCRIÇÃO DAS FORMAÇÕES NATURAIS ...... 11 2.1 – Região Fitoecológica do Cerrado (Savana) ...... 11 2.1.1 – Cerrado Típico (Savana Arborizada)...... 12 2.1.2 – Cerrado Ralo (Savana Parque)...... 12 2.1.3 – Cerrado Denso (Savana Arborizada)...... 13 2.1.4 – Cerradão (Savana Florestada)...... 14 2.1.5 – Mata de Galeria (Floresta-de-galeria) ...... 14 2.2 – Região Fitoecológica da Floresta Ombrófila Densa...... 15 2.2.1 – Floresta Ombrófila Densa Aluvial...... 16 2.2.2 – Floresta Ombrófila Densa Submontana...... 17 2.3 – Região Fitoecológica da Floresta Ombrófila Aberta ...... 17 2.3.1 – Floresta Ombrófila Aberta Aluvial...... 17 2.3.2 – Floresta Ombrófila Aberta Submontana...... 18

xi 2.4 – Áreas de Tensão Ecológica ou Contatos Florísticos ...... 19 2.4.1 – Contato Floresta Ombrófila/Floresta Estacional ...... 19 2.4.1.1 – Floresta Estacional Semidecidual Submontana...... 19 2.4.1.2 – Floresta Estacional Decidual Submontana ...... 20 2.4.2 – Contato Cerrado (Savana)/Floresta Ombrófila ...... 20 2.4.3 – Contato Cerrado (Savana)/Floresta Estacional ...... 21 2.4.3.1 – Floresta Estacional Semidecidual Aluvial ...... 21 2.5 – Formações Pioneiras...... 21 2.5.1 – Formação Pioneira com Influência Fluvial e/ou Lacustre ...... 21 2.6 – Refúgios Vegetacionais (Comunidades Relíquias)...... 22 2.6.1 – Refúgio Submontano...... 22

3 - RESULTADOS...... 23 3.1 – Levantamento florístico ...... 23 3.1.1 – Espécies “raras”, “invasoras” e “endêmicas” ...... 36 3.1.1.1 – Espécies raras...... 36 3.1.1.2 – Espécies Invasoras ...... 36 3.1.1.3 – Espécies Endêmicas ...... 37 3.2 – Inventário florestal ...... 38 3.2.1 – Estimativas estatísticas - volumes e número de árvores por amostra (ha) ...... 38 3.2.2 – Volume e número de árvores por espécie (ha)...... 39 3.2.3 – Volume e número de árvores por qualidade de fuste por classes de diâmetro...... 44 3.2.4 – Principais famílias e estrutura da distribuição diamétrica ...... 45 3.2.5 – Relação espécies/amostrada ...... 49 3.2.6 – Parâmetros fitossociológicos relevantes...... 49 3.2.6.1 – Índice de valor de importância (I.V.I.)...... 50

4 – PLANEJAMENTO DE USO POTENCIAL DA COBERTURA VEGETAL...... 61 4.1 – Classes de uso...... 61

5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ...... 63 5.1 – Conclusões...... 63

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...... 67 ILUSTRAÇÕES FOTOGRÁFICAS...... 71

xii Lista de Figuras

1 – Localização da área mapeada ...... 3

xiii xiv Lista de Fotos

1 – Coordenadas UTM: 812312, 9381670. Interior da Formação de Floresta Ombrófila Densa Aluvial, destacando acapurana. Ilha do rio Araguaia, proximidades de . Folha SB.22-X-D...... 72

2 – Coordenadas UTM: 812312, 9381670. Interior da Formação de Floresta Ombrófila Aluvial, destacando gregarismo da palmeira tucum. Ilha do rio Araguaia, proximidades de Araguatins. Folha SB.22-X-D...... 72

3 – Coordenadas UTM: 759680, 9406358. Aspecto da Formação de Floresta Ombrófila Densa Aluvial, destacando exemplar de piranheira. Proximidades do encontro dos rios Araguaia e Tocantins, município de Esperantina. Folha SB.22-X-D...... 73

4 – Coordenadas UTM: 759630, 9406340. Panorâmica da Formação de Floresta Ombrófila Densa Aluvial. Rio Araguaia, próximo a sua foz no rio Tocantins, município de Esperantina. Folha SB.22-X-D...... 73

5 – Coordenadas UTM: 812497, 9380960. Área remanescente de Floresta Ombrófila Aberta Submontana, destacando o seu aspecto encapoeirado nas bordas. Rodovia TO-404, proximidades de Araguatins. Folha SB.22-X-D...... 74

6 – Coordenadas UTM: 814342, 9348070. Cerrado Sentido Restrito, sub-tipo Cerrado Típico, destacando estrato graminoso com capim-agreste e palmeirinha coco-indaiá. Rodovia TO-010, município de Araguatins. Folha SB.22-X-D. . .. 74

7 – Coordenadas UTM: 816732, 9369226. Mata de Galeria do córrego Barreiro, nas proximidades de Araguatins. Folha SB.22-X-D...... 75

8 – Coordenadas UTM: 826312, 9362842. Interior da Formação de Mata de Galeria, no detalhe exemplar de camaçari. Proximidades de Araguatins. Folha SB.22-X-D...... 75

9 – Coordenadas UTM: 781899, 9417862. Área de “varjão”. Planície aluvial do rio Tocantins com Formação Pioneira, entremeada com pastagem plantada. No mapeamento de Cobertura e Uso da Terra é denominada Terra Úmida não Florestada. Proximidades de Esperantina. Folha SB.22-X-D...... 76

10 – Coordenadas UTM: 795450, 9413950. Babaçual, próximo à . Nesta Folha, a atividade extrativista tem considerável importância econômica. Folha SB.22-X-D...... 76

11 – Coordenadas UTM: 171939, 9407994. Ambiente da Floresta Ombrófila Aberta Submontana. Proximidades de . Folha SB.23-V-C...... 77

12 – Coordenadas UTM: 206098, 9366517. Exemplar de sumaúma em área de Contato Floresta Ombrófila/Floresta Estacional. Município de Sitio Novo do Tocantins. Folha SB.23-V-C...... 77

13 – Coordenadas UTM: 208815, 9391342. Aspecto encapoeirado dos remanescentes da Floresta Estacional Semidecidual Submontana. Município de São Miguel do Tocantins. Folha SB.23-V-C...... 78

14 – Atividade extrativa do babaçu com objetivo de fabricação de carvão. Município de São Miguel do Tocantins. Folha SB.23-V-C...... 78

15 – Coordenadas UTM: 216881, 9375519. Contato Floresta Ombrófila/Floresta Estacional. Geralmente a Floresta Ombrófila Aberta com palmeiras ocupa as baixadas e os fundos de vale e a Floresta Estacional Semidecidual ocupa vegeta nos topos ou partes altas. Rodovia São Miguel do Tocantins- (TO-126). Folha SB.23-V-C. . .. 79

xv 16 – Coordenadas UTM: 216545, 9374578. Floresta Estacional Semidecidual Submontana, em destaque no centro à direita um exemplar de sapucaia. Rodovia São Miguel do Tocantins-Itaguatins (TO-126). Folha SB.23-V-C...... 79

17 – Coordenadas UTM: 222953, 9336267. Aspecto do Cerrado Sentido Restrito, sub-tipo Cerrado Típico. Proximidades de Maurilândia do Tocantins. Folha SB.23-V-C...... 80

18 – Coordenadas UTM: 223402, 9338256. Aspecto do Cerrado. A presença de cerca evidencia o seu uso como pastagem nativa. Proximidades de Maurilândia do Tocantins. Folha SB.23-V-C...... 80

19 – Coordenadas UTM: 179423, 9342142. Interior da Formação da Mata de Galeria. Em destaque, exemplar de camaçari. Folha SB.23-V-C. Folha SB.23-V-C...... 81

20 – Coordenadas UTM: 741264, 9226317. Remanescente de Floresta Ombrófila Densa Submontana. Município de Muricilândia. Folha SB.22-Z-B...... 81

21 – Coordenadas UTM: 7739716, 9274440. Interior de remanescente de Floresta Ombrófila Densa Submontana. Município de Muriciândia. Folha SB.22-Z-B...... 82

22 – Ambiente típico da Floresta Ombrófila Densa: pastagens com presença rareada da palmeira inajá; nos vales presença da sororoca ou bananeira-brava e aninga-para. Município de Santa Fé do Araguaia. Folha SB.22-Z-B...... 82

23 – Coordenadas UTM: 787513, 9279829. Interior de remanescente de Floresta Ombrófila Aberta Submontana. Município de Xambioá. Folha SB.22-Z-B...... 83

24 – Coordenadas UTM: 815097, 9238010. Cerrado “sentido restrito”, sub-tipo Cerrado Típico. Município de Piraquê. Folha SB.22-Z-B...... 84

25 – Coordenadas UTM: 829518, 9309221. Cerrado Denso “faciação carrasco”. Fisionomia atípica, com indivíduos de distribuição muito adensados e finos. Folha SB.22-Z-B...... 84

26 – Coordenadas UTM: 746213, 9233660. Formação Pioneira de Influência Fluvial/Lacustre, equivalente à Terra Úmida não Florestada, no mapeamento do Uso da Terra. Município de . Folha SB.22-Z-B...... 85

27 – Coordenadas UTM: 738745, 9242710. Interior da formação da Floresta Ombrófila Densa Submontana, “faciação carrasco”. Vegetação primária com árvores finas, densamente distribuídas. Município de Aragominas. Folha SB.22-Z-B...... 85

28 – Coordenadas UTM: 741279, 9245241. Aspecto da Floresta Ombrófila Densa Submontana, “faciação carrasco”: árvores finas, dossel uniforme. Área de assentamento agrícola, provavelmente fadado ao fracasso, devido à fragilidade ou pouca aptidão de seus solos. Município de Aragominas. Folha SB.22-Z-B...... 86

29 – Coordenadas UTM: 761242, 9279793. Aspecto do interior da formação de Floresta Ombrófila Densa Aluvial. Ilha do rio Araguaia, próxima à cidade de Araguanã. Folha SB.22-Z-B...... 86

30 – Coordenadas UTM: 193472, 9305931. Cerradão (Savana Florestada). Margens da rodovia BR-230, município de Nazaré. Folha SB.23-Y-A...... 87

31 – Coordenadas UTM: 193450, 9305920. Cerradão (Savana Florestada) transicional para Floresta Estacional - Área de Tensão Ecológica. Município de Nazaré. Folha SB.23-Y-A...... 87

32 – Coordenadas UTM: 182384, 9265689. Cerrado “sentido restrito”, sub-tipo Cerrado Típico. Estrada TO-134, município de Darcinópolis. Folha SB.23-Y-A...... 88

33 – Coordenadas UTM: 181974, 9265026. Área de Tensão Ecológica ou Contato Florístico, mistura de espécies de Floresta Ombrófila com Floresta Estacional e também de Cerradão. Folha SB.23-Y-A...... 88

xvi 34 – Coordenadas UTM: 176982, 9243504. Aspecto de Cerrado “sentido restrito”, sub-tipo Cerrado Denso. Rodovia BR-226, proximidades de Wanderlândia. Folha SB.23-Y-A...... 89

35 – Coordenadas UTM: 194536, 9307717. Cerrado Denso, destacando em primeiro plano um . Município de Luzianópolis. Folha SB.23-Y-A...... 89

36 – Coordenadas UTM: 169767, 9238998. Floresta Ombrófila Aberta Aluvial destacando muitas palmácea, dentre elas: buriti, buritirana e açaí. BR-226, proximidades de Wanderlândia. Folha SB.23-Y-A...... 90

37 – Coordenadas UTM: 169760, 9238990. “Pindaibal”, outro aspecto da Floresta Ombrófila de Formação Aluvial. Córrego nas proximidades de Wanderlândia. Folha SB.23-Y-A...... 90

38 – Imponente exemplar de jatobá. Diante da exploração seletiva a que estão submetidos os remanescentes florestais, a ocorrência de espécies desse porte é cada vez mais rara no Norte do Tocantins. Estrada Santa Fé do Araguaia/Garimpinho, município de Araguaína. Folha SB.22-Z-D...... 91

39 – “A testemunha”. Área da antiga Floresta Ombrófila Densa Submontana. Estrada BR-153-Garimpinho, município de Araguaína. Folha SB.22-Z-D...... 92

40 – Ambiente do Contato Floresta Ombrófila / Floresta Estacional. Nos topos pedregosos, as vezes ainda aparecem núcleos de Floresta Estacional Decidual Submontana; nas baixadas predominava a Floresta Ombrófila Aberta, hoje, em grande parte substituída por pastagens. Proximidades de Aragominas. Folha SB.22-Z-D...... 93

41 – Área de Floresta Ombrófila Aberta Submontana. Núcleo remanescente de castanheiras, aparecendo ao fundo da propriedade. Proximidades de Araguatins. Folha SB.22-X-D...... 93

42 – Palmeira babaçu, certamente uma das espécies vegetais de maior presença em toda a área mapeada. Esta espécie predomina, entretanto, nos ambientes da Floresta Ombrófila Aberta Submontana. Considerada praga de pastagens, para alguns tem importância econômica pelo extrativismo das amêndoas, fornecimento de carvão e mais recentemente de palmito. Proximidades de Araguanã. Folha SB.22-Z-B...... 94

43 – Área de Floresta Ombrófila Densa Aluvial. Apesar do eventual potencial madeireiro, sua exploração não é recomendada, pois quase sempre representam ambientes com vegetação de preservação permanente. Ilha do rio Araguaia, proximidades de Araguanã. Folha SB.22-Z-B...... 95

44 – Morrarias litólicas com vegetação rupícola ou de Refúgios Vegetacionais. A possibilidade de ocorrer espécies raras e ou endêmicas é muito propícia nestas situações. Proximidades de Aragominas. Folha SB.22-Z-D...... 95

45 – Cerrado Sentido Restrito, sub-tipo Cerrado Típico, cuja ocorrência é dominante em toda a área dos solos arenosos (Areias Quartzosas) da região. Proximidades de Wanderlândia. Folha SB.22-Y-A...... 96

46 – Área de Floresta Ombrófila Aberta Submontana. A exploração seletiva e continuada das principais madeiras e a eventual queima, tornam os remanescentes muito encapoeirados, com aspecto de vegetação secundária. Proximidades de . Folha SB.22-X-D...... 96

xvii xviii Lista de Quadros

1 – Grupamento litológicos ...... 5

2 – Classes de declividade do relevo ...... 5

3 – Classes de solos dominantes ...... 5

4 – Classificação da vegetação ...... 6

5 – Listagem florística preliminar para a Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins ...... 23

6 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: espécies raras - Floresta Ombrófila Densa Submontana ...... 36

7 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: espécies raras - Floresta Ombrófila Densa Aluvial ...... 36

8 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: espécies raras - Floresta Ombrófila Aberta Submontana ...... 36

9 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: espécies raras - Mata de Galeria ...... 36

10 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: espécies raras - Cerrado Sentido Restrito ...... 36

11 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: espécies invasoras...... 37

xix xx Lista de Tabelas

1 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: volume e número de árvores por amostra (ha) ...... 38

2 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: sumário das estimativas estatísticas - volume ...... 39

3 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: sumário das estimativas estatísticas - número de árvores ...... 39

4 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: volume e número de árvores por espécie (ha) - Cerradão ...... 40

5 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: volume e número de árvores por espécie (ha) - Floresta Estacional Semidecidual ...... 41

6 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: volume e número de árvores por espécie (ha) - Floresta Ombrófila Aberta Submontana ...... 42

7 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: volume e número de árvores por espécie (ha) - Floresta Ombrófila Densa Aluvial ...... 43

8 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: volume e número de árvores por qualidade de fuste por classes de diâmetro (ha) - Cerradão ...... 44

9 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: volume e número de árvores por qualidade de fuste por classes de diâmetro (ha) - Floresta Estacional Semidecidual ...... 44

10 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: volume e número de árvores por qualidade de fuste por classes de diâmetro (ha) - Floresta Ombrófila Aberta Submontana ...... 44

11 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: volume e número de árvores por qualidade de fuste por classes de diâmetro (ha) - Floresta Ombrófila Densa Aluvial ...... 45

12 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: volume e número de árvores por qualidade de fuste por classes de diâmetro (ha) - Floresta Ombrófila Densa Submontana ...... 45

13 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: índice de valor de importância - Cerrado Sentido Restrito ...... 54

14 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: índice de valor de importância - Cerradão ...... 55

15 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: índice de valor de importância - Mata de Galeria ...... 56

16 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: índice de valor de importância - Floresta Estacional Semidecidual Submontana ...... 57

17 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: índice de valor de importância - Floresta Ombrófila Aberta Submontana ...... 58

18 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: índice de valor de importância - Floresta Ombrófila Densa Aluvial ...... 59

xxi 19 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: índice de valor de importância - Floresta Ombrófila Densa Submontana ...... 60

xxii Lista de Gráficos

1 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: principais famílias em relação ao número de espécies identificadas no estudo ...... 46

2 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: histograma da estrutura diamétrica do inventário florestal - Cerradão ...... 46

3 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: histograma da estrutura diamétrica do inventário florestal - Floresta Estacional Semidecidual Submontana ...... 47

4 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: histograma da estrutura diamétrica do inventário florestal - Floresta Ombrófila Aberta Submontana ...... 47

5 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: histograma da estrutura diamétrica do inventário florestal - Floresta Ombrófila Densa Aluvial ...... 48

6 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: histograma da estrutura diamétrica do inventário florestal - Floresta Ombrófila Densa Submontana ...... 48

7 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: relação espécie/área inventário florestal ...... 49

8 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: I.V.I. Cerrado ...... 50

9 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: I.V.I. Cerradão ...... 51

10 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: I.V.I. Mata de Galeria ...... 51

11 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: I.V.I. Floresta Estacional Semidecidual Submontana ...... 52

12 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: I.V.I. Floresta Ombrófila Aberta Submontana ...... 52

13 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: I.V.I. Floresta Ombrófila Densa Aluvial ...... 53

14 – Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: I.V.I. Floresta Ombrófila Densa Submontana ...... 53

xxiii xxiv Lista de Siglas e Acrônimos

CIM – Carta Internacional ao Milionésimo

DSG – Diretoria de Serviço Geográfico

DZE – Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico

FAO – Food and Agriculture Organization of United Nations

GPS – Global Position System

Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

I.V.I. – Índice de Valor de Importância

MMA – Ministério do Meio Ambiente

PGAI – Projeto de Gestão Ambiental Integrada

PPG-7 – Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil

PRODIAT – Projeto de Desenvolvimento Integrado da Bacia do Araguaia - Tocantins

Seplan – Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente

SIG – Sistema de Informação Geográfica

Sudam – Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia

SPRN – Subprograma de Políticas de Recursos Naturais

ZEE – Zoneamento Ecológico-Econômico

xxv

xxvi Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

1 Introdução

1.1 – Apresentação 1.2 – Localização e acesso

O presente trabalho é resultado de uma das atividades A área mapeada tem cerca de 34.218km² e recobre do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) dentro do parte das folhas Marabá (SB.22-X-D), Imperatriz Projeto de Gestão Ambiental Integrada (PGAI) da (SB.23-V-C), Xambioá (SB.22-Z-B), Tocantinópolis Região do Bico do Papagaio, que pertence ao (SB.23-Y-A), Araguaína (SB.22-Z-B), Carolina (SB.23- Subprograma de Políticas de Recursos Naturais Y-C) e Conceição do Araguaia (SB.22-X-B). Delimita- (SPRN) - Programa Piloto para Proteção das Florestas se a Norte, no município de São Sebastião do Tropicais do Brasil (PPG-7). Este subprograma foi Tocantins, pela coordenada de 5º10'00" de latitude sul; implementado por meio de convênio entre o Ministério a Sul, no município de Bandeirantes do Tocantins, pela do Meio Ambiente (MMA) e a Secretaria do coordenada de 8º25'00" de latitude sul; a Oeste pelo Planejamento e Meio Ambiente (SEPLAN). rio Araguaia, no município de Pau D’arco, tendo por limite mais ocidental a coordenada de 49º20'20"; e a O trabalho apresenta o mapeamento fitogeográfico da Leste pelo rio Tocantins, no município de área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins Tocantinópolis, pela coordenada de 47º 22' 40" (Figura destacando as Regiões Fitoecológicas, suas 1). Em relação às folhas geográficas na escala Formações, Áreas de Contatos, outras áreas naturais 1:100.000 da Carta Internacional ao Milionésimo (CIM), e, com base no mapeamento da Cobertura e Uso da a área engloba integral ou parcialmente as folhas: Terra 1995-2000 (ITO et al., 2005a,b,c,d,e), a quantificação dos remanescentes, tendo por base o São João do Araguaia ...... SB-22-X-D-II ...... DSG recorte das folhas geográficas na escala 1:250.000, São Sebastião do Tocantins ... SB-22-X-D-III ...... DSG acompanhado por relatório suscinto.

Cidelândia ...... SB-23-V-C-I ...... IBGE Paralelamente a este mapeamento foram desenvolvidos os estudos de inventário florestal e Araguatins ...... SB-22-X-D-VI...... DSG levantamento florístico propriamente ditos. Axixá do Tocantins ...... SB-23-V-C-IV...... IBGE Com base nestes estudos foi elaborado o mapa de planejamento de uso potencial da cobertura vegetal, Imperatriz ...... SB-23-V-C-V...... IBGE destacando áreas para uso agropastoril, exploração Xambioá...... SB-22-Z-B-II...... IBGE madeireira sustentável, com possibilidades de uso extrativista de babaçu, para preservação e Ananás...... SB-22-Z-D-III ...... IBGE conservação da vegetação, e desenvolvimento de pesquisas visando maior conhecimento da flora e Nazaré ...... SB-23-Y-A-I ...... IBGE destinação de uso. Tocantinópolis ...... SB-23-Y-A-II ...... IBGE

1 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Padre Cícero ...... SB-22-Z-B-IV...... IBGE Na segunda opção, parte-se Palmas pela rodovia TO-010 em direção à cidade de Lajeado, num trecho Araguanã ...... SB-22-Z-B-V...... IBGE de 50 km, donde se segue, após travessia do rio Tocantins em balsa, por mais 21 km, até o município Piraquê ...... SB-22-Z-B-VI...... IBGE de . Desta localidade Wanderlândia ...... SB-23-Y-A-IV...... IBGE percorrem-se mais 21 km pela rodovia TO-342 até Miranorte e daí rumo norte pela BR-153 até Araguaína, Paranaidji ...... SB-23-Y-A-V...... IBGE seguindo a mesma rota anterior.

Rio Andorinhas ...... SB-22-Z-D-I ...... IBGE Na área do ZEE do Norte do Tocantins destacam-se as rodovias: BR-153 (Nova Olinda-Araguaína- Muricilândia ...... SB-22-Z-D-II ...... IBGE Wanderlândia-Xambioá), BR-226 (Wanderlândia- Araguaína ...... SB-22-Z-D-III ...... IBGE Darcinópolis--Aguiarnópolis), BR-230 (São Paulo-Transaraguaia-Trevo TO-134- Babaçulândia ...... SB-23-Y-C-I...... IBGE Luzinópolis-Aguiarnópolis), TO-010 (Wanderlândia- Ananás-Povoado Trecho Seco-Natal-Transaraguaia- ...... SB-22-Z-D-IV...... IBGE Araguatins-Buriti do Tocantins-São Sebastião do Rio das Cunhãs ...... SB-22-Z-D-V...... IBGE Tocantins), TO-126 (Aguiarnópolis-Tocantinópolis- Maurilândia do Tocantins-Itaguatins-Sítio Novo do Nova Olinda...... SB-22-Z-D-VI...... IBGE Tocantins-São Miguel do Tocantins-Bela Vista), TO- 134 (Darcinópolis, , Luzinópolis, São Bento do Rio Juari ...... SC-22-X-B-II...... IBGE Tocantins-Axixá do Tocantins), TO-164 (Povoado Situada no norte do Estado do Tocantins a área Brasilene-Santa Fé do Araguaia-Muricilândia- abrange os municípios de Aguiarnópolis, Ananás, Aragominas-Novo Horizonte-Carmolândia-Araguanã- Angico, Aragominas, Araguaína, Araguatins, Araguanã, Xambioá), TO-201 (Sítio Novo do Tocantins-Axixá do Arapoema, Augustinópolis, Axixá do Tocantins, Tocantins-Augustinópolis- Buriti do Tocantins-Vila Bandeirantes do Tocantins, Buriti do Tocantins, Tocantins-Esperantina-Pedra de Amolar), TO-210 Cachoeirinha, Carmolândia, Carrasco Bonito, (Ananás-Angico), TO-222 (Filadélfia-Araguaína-Novo Darcinópolis, Esperantina, Itaguatins, Luzinópolis, Horizonte-Aragominas-Muricilânda-Santa Fé do Maurilândia do Tocantins, Muricilândia, Nazaré, Araguaia-Pontão), TO-230 (Bandeirantes do Tocantins- Palmeiras do Tocantins, Pau D´Arco, Piraquê, Praia Povoado Brasilene-Arapoema-Pau D´Arco), TO-403 Norte, , Sampaio, Santa Fé do Araguaia, (Itaúba-Sampaio), TO-404 (Araguatins-Augustinópolis- Santa Terezinha do Tocantins, São Bento do Itaúba-), TO-415 (Palmeiras do Tocantins- Tocantins, São Miguel do Tocantins, São Sebastião do Pedra Vermelha-Santa Terezinha-Nazaré), TO-416 Tocantins, Sítio Novo do Tocantins, Tocantinópolis, (trevo BR-153-Riachinho-Ananás) e TO-420 (Piraquê- Wanderlândia e Xambioá. trevo-153).

O acesso terrestre, a partir de Palmas, se dá através Partindo-se das rodovias estaduais e federais existe de dois percursos. No primeiro, segue-se pela rodovia uma boa rede de estradas municipais e de fazendas. TO-080 até a cidade de Paraíso do Tocantins e daí O transporte fluvial restringe-se a pequenas rumo norte pela BR-153 (Belém-Brasília), passando embarcações que trafegam pelos rios Araguaia e por Miranorte, Guaraí e , Tocantins, apresentando apenas expressividade local. alcançando-se, então, Araguaína. Neste ponto, após haver percorrido-se aproximadamente 410km, adentra- se na área em estudo.

2 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Figura 1 - Localização da área mapeada

3 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Com excessão de Araguatins e Araguaína, as sedes 22-X-D-III - São Sebastião do Tocantins, SB-23- municipais aqui abrangidas possuem improvisados V-C-I - Cidelândia, SB-22-X-D-VI - Araguatins, campos de pouso para pequenos aviões. Araguatins SB-23-V-C-IV - Axixá do Tocantins, SB-23-V-C-V conta com pista pavimentada, mas com o transporte - Imperatriz, SB-22-Z-B-II - Xambioá, SB-22-Z-D- aéreo limitado à operação de táxis aéreos, enquanto III - Ananás, SB-23-Y-A-I - Nazaré, SB-23-Y-A-II - Araguaína recebe vôos regionais das principais Tocantinópolis, SB-22-Z-B-IV - Padre Cícero, SB- empresas de aviação comercial do país. 22-Z-B-V - Araguanã, SB-22-Z-B-VI - Piraquê, SB-23-Y-A-IV - Wanderlândia, SB-23-Y-A-V - 1.3 – Material e base de dados Paranaidji, SB-22-Z-D-I - Rio Andorinhas, SB-22- Z-D-II - Muricilândia, SB-22-Z-D-III - Araguaína, Para a realização do inventário florestal e SB-23-Y-C-I - Babaçulândia, SB-22-Z-D-IV - levantamento florístico da área do ZEE do Norte do Arapoema, SB-22-Z-D-V - Rio das Cunhãs, SB- Estado do Tocantins, foram utilizados os seguintes 22-Z-D-VI - Nova Olinda e SC-22-X-B-II - Rio dados e materiais: Juari. - planos de informação de geologia, geomorfologia, 1.4 – Metodologia solos e cobertura vegetal e uso da terra da base de dados do Zoneamento Econômico-Ecológico O trabalho foi realizado em três fases principais: (i) da Seplan, na escala 1:250.000; atividades preliminares, (ii) trabalho de campo e (iii) reinterpretação e elaboração dos produtos finais. Na - mapas e boletins técnicos de geologia, fase preliminar foi realizada revisão bibliográfica, geomorfologia, solo, vegetação e uso potencial interpretação preliminar de imagens e definição prévia da terra do projeto RADAMBRASIL referentes às de legenda. O trabalho de campo constituiu-se na visita folhas SB.22 Araguaia e SC.22 Tocantins; aos pontos pré-determinados na fase preliminar, tendo - mosaico de imagens do sensor ETM+ do satélite sido desenvolvidos o inventário florestal, levantamento Landsat 7, composição colorida das bandas fitossociológico e florístico, e coleta de espécies. O TM3(B), TM4(G) e TM5(R) em meio digital e trabalho final constituiu-se na análise laboratorial das impresso em papel sulfite, na escala 1:100.000, amostras, na confrontação destes dados com os dados referente às órbita/ponto 222/64(24/07/1997), de campo, na reinterpretação da imagem, na 222/65 (08/07/1997), 223/64 (28/05/1997), elaboração dos mapas de Regiões Fitoecologicas e 223/65 (28/05/1997) e 223/66 (28/05/1997); Formações de Vegetação Natural e de Planejamento de Uso Potencial da Cobertura Vegetal, e na confecção do - GPS marca TRIMBLE, modelo PRO-XR; relatório técnico e texto explicativo. Segue-se o detalhamento das diversas fases do trabalho. - folhas topográficas na escala 1:250.000, referentes à Carta Internacional ao Milionésimo 1.4.1 – Atividades preliminares (CIM), SB.22-X-D - Marabá, SB.23-V-C - Após levantamento, obtenção e consulta de trabalhos já Imperatriz, SB.22-Z-B - Xambioá, SB.23-Y-A - realizados na área em questão, foram delineadas Tocantinópolis, SB.22-Z-B - Araguaína, SB.23-Y- Regiões Fitoecológicas, Formações, Subformações e C - Carolina e SB.22-X-B Conceição do Araguaia outras classes associadas através da fotointerpretação como base das informações cartográficas - rede preliminar de imagens de satélite Landsat/ETM+. A hidrográfica, rede viária, cidades, toponímia e condução do trabalho de fotointerpretação, fundamentado coordenadas geográficas e UTM, e; no modelo utilizado por DEL’ARCO et al. (1999), - folhas topográficas na escala 1:100.000, considerou os parâmetros ambientais referentes à Carta Internacional ao Milionésimo litologia/relevo/pedologia, permitindo reproduzir as (CIM), SB-22-X-D-II - São João do Araguaia, SB- unidades ambientais dentro de um conceito de potencial

4 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins ecológico homogêneo, resultando, assim, num produto As classes de solos utilizadas para a caracterização com maior nível de conceituação e melhor detalhamento. dos ambientes (Quadro 3) foram definidas com base nos planos de informação de solos da base de dados A definição dos grupamentos litológicos utilizados para a de ZEE da Seplan (MENK et al., 2002a,b,c,d,e) e no caracterização dos ambientes, apresentada no Quadro 1, Projeto RADAM/RADAMBRASIL (OLIVEIRA, SOUZA baseou-se no trabalho de DEL’ARCO (1999). Ressalta-se & VIEIRA, 1981) e estão fundamentadas nas relações que a aglutinação de rochas com características afins, sistematizadas por IBGE (1995) no Manual Técnico de como composição mineralógica, idade e resistência à Pedologia. erosão permitem, de modo simplificado, o entendimento do ambiente, facilitando sua descrição e um melhor Para realizar o mapeamento de vegetação utilizou-se planejamento de uso da terra. conceitos, nomenclatura e legenda que embasaram os levantamentos do Projeto RADAMBRASIL (JAPIASSÚ Quadro 1 - Grupamentos litológicos et al., 1973; VELOSO et al., 1974; MILESKI, DOI & Classes Grupamentos FONZAR, 1981), sistematizados por IBGE (1992) com G1 Extrusivas básicas algumas adaptações. No caso da Região Fitossociológica da Savana (Cerrado) foi G2 Granitos e Granitos-Gnáisses convencionado que a descrição das fitofisionomias e G4 Sequências Metavulcano Sedimentares representação da legenda seguem a nomenclatura regionalizada definida por RIBEIRO & WALTER G6 Coberturas Detrito-Lateríticas (1998). A equiparação com os conceitos definidos por G7 Formações Sedimentares Paleozóicas estes autores é feita mediante a representação entre e Mesozóicas parênteses (Quadro 4). G8 Aluviões Quadro 3 - Classes de solos dominantes Fonte: adaptado de DEL’ARCO (1999). Classes Solos dominantes As classes de declividade de relevo para o A Solos Aluviais mapeamento dos ambientes, apresentadas no Quadro 2, foram definidas segundo modelo utilizado por RIOS AQ Areias Quartzosas et al. (1998). AR Afloramentos de rochas

Quadro 2 - Classes de declividade do relevo BV Brunizén Avermelhado Classes Declive G Gleissolos R1 -Plano e suave o 0<8% LE Latossolo Vermelho-Escuro R2 -Suave ondulado e ondulado 8<14% LV Latossolo Vermelho-Amarelo R3 - Ondulado 14<19% PE Podzólico Vermelho-Escuro R4 - Ondulado e forte ondulado 19<27% PV Podzólico Vermelho-Amarelo R5 - Forte ondulado 27<44% R Solos Litólicos R6 - Forte ondulado e montanhoso 44<70% SP Solos Petroplínticos

R7 - Montanhoso e escarpado >=70% TR Terra Roxa Estruturada R8 - Planície de acumulação (plano) <3% Fonte: adaptado de IBGE (1995).

Fonte: adaptado de RIOS et.al. (1998). Foi utilizado um sistema de classificação de vegetação fisionômico-ecológico que estabelece uma hierarquização a partir da Região Fitoecológica,

5 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins passando pelas Formações e Subformações. 1 detalhamento do trabalho, ocorrem de forma subordinada no mapeamento e são definidas como A Região Fitoecológica, também chamada de Tipo de áreas de influência fluvial e/ou lacustre. Vegetação, é conceituada como uma área onde ocorrem gêneros endêmicos constituindo um conjunto Baseando-se no mapa fitogeográfico preliminar de ambientes marcados pelo mesmo fenômeno realizou-se o planejamento do trabalho de campo, geológico de importância regional, que foram onde procurou-se abarcar o maior número de unidades submetidas aos mesmos processos geomorfológicos, fitogeográficas possível, com a definição dos pontos a sobre clima também regional e que sustenta um serem amostrados e transectos a serem observados e mesmo tipo de vegetação, p.e. Cerrado (Savana), descritos. Floresta, etc. Desta forma, mesmo tendo sido suprimida sua vegetação o ambiente fitoecológico permanesce.

A Formação é entendida como um conjunto de formas de vida de ordem superior composto por uma ordem homogênea.

A Subformação, entendida como uma subdivisão da Formação, é conceituada como parte integrante da mesma, diferenciando-se apenas por apresentar fácies específicas que alteram a fisionomia, como a presença de palmeiras, cipós, dossel de emergentes, floresta de galeria, etc.

As Áreas de Contato ou de Tensão Ecológica são áreas onde se interpenetram duas ou mais Regiões Fitoecológicas. O contato pode ser na forma de Encrave, ou de Ecótono ou Mistura. No primeiro caso, as Formações/Subformações das diversas Regiões Fitoecológicas ocorrem de forma concomitante, guardando suas características específicas sem se misturar; neste caso sua representação só é necessária devido a escala de mapeamento. No caso do Ecótono ou Mistura as espécies das diversas Regiões Fitoecológicas envolvidas ocorrem de forma entremeada.

Formação Pioneira é entendida como vegetação de primeira ocupação que estabelece-se a partir dos ambientes mais úmidos ou encharcados, iniciados pela parte hidroseral e que se estendem até próximo ao clímax florestal. Nesta área, em função de escala de

1 Dado o elevado grau de antropização dos remanescentes florestais da área, o mapeamento restringiu-se ao nível de Formação propriamente dito, embora na descrição da vegetação, eventualmente, possam ser referidos ao nível de Subformação.

6 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Quadro 4 - Classificação da vegetação Regiões Fitoecológicas Formações Legenda Campo Limpo (Savana Gramíneo-Lenhosa) Sg Cerrado Ralo (Savana Parque) Sp Cerrado “sentido amplo” Cerrado Denso (Savana Arborizada) Sa Cerrado Típico (Savana Arborizada) Sa Cerradão (Savana Florestada) Sd Floresta Ombrófila Densa Aluvial Da Floresta Ombrófila Densa Floresta Ombrófila Densa Submontana Ds Floresta Ombrófila Aberta Aluvial Aa Floresta Ombrófila Aberta Floresta Ombrófila Aberta Submontana As Floresta Estacional Semidecidual Aluvial Fa Floresta Estacional Semidecidual Floresta Estacional Semidecidual Submontana Fs Floresta Estacional Decidual Floresta Estacional Decidual Submontana Cs Áreas de Tensão Ecológica (Tipo de Contato) Cerrado/Floresta Ombrófila Encrave SO Floresta Ombrófila/Floresta Estacional Encrave e Mistura ON Cerrado/Floresta Estacional Encrave SN Formações Pioneiras com Influência Formações Pioneiras Pa Fluvial/Lacustre Refúgios Vegetacionais Refúgios Submontanos Rs Fonte: adaptado de IBGE (1992) e RIBEIRO & VALTER (1998).

1.4.2 – Trabalho de campo Semidecidual Submontana (13 amostras), Floresta Ombrófila Aberta Submontana (13 amostras), Floresta Seguindo-se o roteiro pré-estabelecido no escritório e Ombrófila Densa Aluvial (11 amostras) e Floresta os dados complementares da rede viária e de infra- Ombrófila Densa Submontana (15 amostras). estrutura fornecida pela Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico (DZE) da Seplan foi realizada a A densidade de observações por área foi variável em avaliação e checagem do mapa preliminar. função da representatividade, heterogeneidade e dimensão das unidades fitogeográficas e das Para a realização do presente estudo foram efetuadas possibilidades de acesso viário. Todos os pontos foram três etapas de campo, duas relativas ao inventário georreferenciados com a utilização de um equipamento florestal e uma ao levantamento fitossociológico e GPS (Global Position System). florístico. A última etapa de campo foi realizada com intuito de complementar informações em áreas que, 1.4.2.1 – Levantamento florístico em função de apresentarem características A elaboração da listagem florística da área foi baseada específicas, demandaram estudos mais acurados, bem nos dados obtidos nos levantamentos específicos de como em pontos que não apresentaram condições de inventário florestal e fitossociologia. Tais listagens acesso em momentos anteriores. foram complementadas com a relação de espécies Nas etapas de campo, realizadas em maio de 2001, presentes e não inventariadas nos pontos de foram amostrados 113 pontos em toda a área, amostragem - por estarem situadas fora da área de distribuídos pelas diferentes tipologias vegetais: amostra ou por não apresentarem características e/ou Cerrado (42 amostras), Cerradão (9 amostras), Mata dimensões individuais para serem inclusas - e por de Galeria (10 amostras), Floresta Estacional transectos aleatórios em todas as fitofisionomias da

7 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

área do ZEE do Norte do Tocantins. Tamanho e forma das parcelas de amostragem

Sempre que possível a determinação das espécies foi No levantamento fitossociológico do Cerrado e Mata de realizada in loco pela equipe, com auxílio de chaves Galeria foram utilizadas parcelas de 50 x 20m. Para os para identificação, livros com estampa e bibliografia demais, utilizou-se parcelas de 250 x 10m. A definição específica. As espécies que não puderam ser destas parcelas apoiou-se nas considerações de identificadas in loco foram coletadas para posterior GREG SMITH (1964, apud SING, 1977) e SPURR identificação, por comparação, em herbário. Foi (1952, apud QUEIROZ, 1977). também efetuada coleta sistemática de espécies para Procedimentos de medição estudos volumétricos e fitossociológicos.

Nas áreas florestais e no Cerradão foram medidas A listagem ordenada por família traz o nome científico, todas as árvores com circunferência mínima de 100cm, quando foi possível identificar, nome comum, tomada a 130cm do solo; no Cerrado a circunferência sinonímia, hábito ou porte quando adulta e a tipologia considerada foi 30cm, obtida a 30cm do solo. Tais ou formação vegetal em que ocorre. Em algumas árvores foram idenficadas pelo nome vulgar, tendo espécies traz também o enquadramento preliminar de também sido anotados sua altura comercial (até a algumas espécies quanto a sua posição ecológica nos primeira bifurcação), bem como sanidade aparente ambientes - se pioneira, secundária ou clímax, (aspecto externo), para a qual foram adotados os segundo conceito de BUDOWISK (1965, apud seguintes critérios: KAGEYAMA et al., 1986). Em paralelo listou-se também as espécies julgadas raras, invasoras e Classe I - fuste reto, bem configurado, sem defeitos endêmicas para a área. aparentes, permitindo obter toras de alta qualidade

1.4.2.2 – Inventário florestal e estudos Classe II - fuste com leve tortuosidade, pequenos nós fitossociológicos ou seção transversal elíptica. Entretanto, a madeira apresenta-se sadia. Estratificação

Classe III - fuste com deformações visíveis, incluindo O inventário florestal concebido para a área do ZEE do grandes nós e tortuosidades. Em geral têm Norte do Tocantins foi estratificado em 7 Formações: (i) aproveitamento restrito. Cerrado Sentido Restrito, (ii) Cerradão, (iii) Mata de Galeria, (iv) Floresta Estacional Semidecidual Classe IV - fuste oco e com deformações devido ao Submontana, (v) Floresta Ombrófila Aberta ataque de insetos ou apodrecimento. Geralmente têm Submontana, (vi) Floresta Ombrófila Densa Aluvial e aproveitamento mínimo ou nulo. (vii) Floresta Ombrófila Densa Submontana. Cumpre ressaltar que no Cerrado Sentido Restrito e na Mata de 1.4.3 – Reinterpretação e elaboração dos produtos Galeria foram realizados apenas estudos finais fitossociológicos. Após o trabalho de campo, os pontos observados em Técnica de amostragem campo, georreferenciados e identificados taxonomicamente, foram transferidos para o mapa Utilizou-se técnica aleatória restrita para amostragem, preliminarmente interpretado. Em seguida procedeu-se após uma prévia estratificação, face à existência de o ajuste das unidades fitogeográficas com uma diferentes formações florestais com características reinterpretação, confrontando-se o mapa de regiões fisionômicas e estruturais próprias. A utilização desta fitoecológicas e formações de vegetação natural técnica foi apoiada nos trabalhos efetuados por preliminar com as imagens de satélites e os dados FREESE (1962) e HUSCH, MILLER & BEERS (1972). levantados em campo.

8 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

A conclusão do mapa de regiões fitoecológicas e Finalizando os trabalhos cartográficos, procedeu-se formações de vegetação natural ocorreu com a revisão com a digitalização dos mapas de regiões da legenda e a compatibilização dos contatos entre as fitoecológicas e formações de vegetação natural e de unidades fitogeográficas das folhas Marabá, Imperatriz, planejamento de uso potencial da cobertura vegetal no Xambioá, Tocantinópolis, Carolina, Araguaína e sistema PC ArcView. Conceição do Araguaia, de modo que a continuidade Partiu-se então para a última etapa, elaborando-se o entre estas ocorresse naturalmente. relatório técnico contendo as informações e dados A etapa seguinte consistiu na confecção do mapa de adquiridos e compilados durante o trabalho, sobretudo planejamento de uso potencial da cobertura vegetal. aqueles referentes às unidades fitogeográficas Este produto foi desenvolvido com base no mapa de mapeadas e descrições de campo. Tal relatório serviu Regiões Fitoecológicas e Formações de Vegetação de base para a confecção deste texto explicativo sobre Natural, nos estudos de inventário florestal e o inventário florestal e levantamento florístico da área levantamento florístico, e nas informações obtidas nas do ZEE do Norte do Tocantins. diversas etapas do trabalho.

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2 Descrição das Formações Naturais

Na área deste trabalho, conforme pode ser visualizado apresentando sinúsias de hemicriptófitos, geófitos, no mapa de Regiões Fitoecológicas e Formações de caméfitos e fanerófitos oligotróficos de pequeno porte. Vegetação Natural, como formações dominantes e Subdivide-se em quatro Formações principais: realçadas no mapeamento das folhas em 1:250.000, Florestada, Arborizada, Parque e Gramineo-Lenhosa. ocorrem tipologias vegetais naturais de três Regiões Neste trabalho buscou-se revisar estes conceitos Fitoecológicas: Floresta Ombrófila Densa, com a adequando-os à carcterização regional delineada por Formação Aluvial e Submontana; Floresta Ombrófila RIBEIRO & WALTER (1998). A fim de proporcionar o Aberta, com as Formações Aluvial e Submontana; e melhor entendimento entre as duas classificações foi Savana (Cerrado), com as Formações Típico colocada entre parênteses a correspondência desta (Arborizada), Ralo (Parque), Denso (Arborizada) e caracterização com a classificação do IBGE (1992). Cerradão (Florestada). Também ocorrem Áreas de Contato ou de Tensão Ecológica envolvendo encraves Para RIBEIRO & WALTER (1998), o Cerrado como de Formações de Cerrado (Savana) com Floresta bioma apresenta 11 tipos fisionômicos gerais, incluindo Ombrófila, de Savana (Cerrado) com Floresta as formações florestais (Mata Ciliar, Mata de Galeria, Estacional, e de Floresta Ombrófila com Floresta Mata Seca e Cerradão); formações savânicas (Cerrado Estacional, envolvendo ou destacando, além das Sentido Restrito, Parque de Cerrado, Palmeiral e mesmas formações as das Florestas Estacionais Vereda) e formações campestres (Campo Sujo, Campo Semidecidual e Decidual. De forma subordinada, isto é, Rupestre e Campo Limpo). Conforme a estrutura como segunda ou terceira expressão de mapeamento, arbórea/arbustiva, o Cerrado Sentido Restrito se ocorrem ainda Matas de Galeria (Floresta-de-galeria), subdivide em quatro subtipos: Cerrado Denso, Cerrado Formações Pioneiras de influência fluvial e/ou lacustre Típico, Cerrado Ralo e Cerrado Rupestre. e Refúgios Vegetacionais. Na área em estudo o subtipo dominante é o Cerrado 2.1 – Região Fitoecológica do Cerrado (Savana) Típico seguido do Cerrado Ralo e do Cerrado Denso, não ocorrendo a categoria de Cerrado Rupestre, que A Savana (Cerrado) é conceituada no Projeto vegeta preferencialmente ambientes de elevadas RADAM/RADAMBRASIL (JAPIASSÚ et al., 1973; altitudes. Além desses, ocorrem ainda Cerradão e as VELOSO et al., 1974; MILESKI, DOI & FONZAR, 1981) tipologias de mata, associadas aos cursos d`água como uma vegetação xeromorfa. Ocorre em toda a como a Mata de Galeria. Esta última, apesar de Zona Neotropical, preferencialmente em clima descrita não está representada no mapa devido a estacional, não obstante podendo ocorrer em clima escala de mapeamento. ombrófilo, como no presente caso. Geralmente reveste solos altamente aluminizados e ou lixiviados,

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2.1.1 – Cerrado Típico (Savana Arborizada) Espécies como a fava-de-bolota (Parkia platycephala) e o carvoeiro (Sclerolobium paniculatum) também O Cerrado Típico, um dos sub-tipos do Cerrado compõem a flora do Cerrado Típico local, aparecendo Sentido Restrito, constitui-se na fitofisionomia com maior freqüência nas faixas de domínios das dominante na área em estudo. Normalmente recobre estradas, bordas de trilheiros e outros ambientes onde os modelados de relevo plano a suave ondulado do houve perturbações localizadas, querem seja por compartimento intermediário, onde o substrato é remoção seletiva de espécies ou pela ação de fogo, formado por Areias Quartzosas com eventuais sendo menor a ocorrência no “core” da fisionomia. manchas de Latossolos. O solo predominantemente arenoso, associado a outros fatores como acidez, Nem sempre o Cerrado Típico local se apresenta com suprimento hídrico, fertilidade, parecem atuar as características descritas. Vez por outra nota-se sobremaneira na estrutura vertical e distribuição formas mais ramificadas, copas mais amplas espacial da comunidade arbórea do Cerrado Típico lateralmente e variações na composição florística onde local que se caracteriza por apresentar indivíduos de se constatam além das espécies relacionadas a maior porte, com altura total variando entre 4 e 8m. -branca (Pterodon pubescens), o gonçalo- Esses indivíduos, de aspecto esguio, têm copas alves (Astronium sp.), o jatobá-do-campo (Hymenaea geralmente verticalizadas, pouco ramificadas, stignocarpa), o angelim-preto (Andira sp.) e o vinhático apresentando cobertura arbórea entre 20 e 30%. A (Plathymenia reticulata). distribuição das espécies arbóreas sobre um estrato inferior gramíneo lenhoso contínuo é aleatória, às 2.1.2 – Cerrado Ralo (Savana Parque) vezes apresentando concentrações de alguns Representa a fisionomia mais aberta de Cerrado de indivíduos em pontos específicos. toda a área em estudo, sendo considerada um subtipo Entre as espécies arbóreas de maior porte, onde nem de vegetação arbóreo/arbustiva/herbáceo que integra o sempre as copas se tocam, destacam-se: pequizeiro Cerrado Sentido Restrito. (Caryocar glabrum), puçá (Mouriri pusa), pau-terra-de- Na área em estudo o Cerrado Ralo ocupa os folha-miúda (Qualea parviflora), tatarema (Sclerolobium modelados ondulados e planos dos compartimentos aureum), cachamorra-preta (Sclerolobium superiores do relevo, vegetando sobre solos litólicos, paniculatum), vinhático (Plathymenia reticulata), pedregosos e cascalhentos, onde também ocorre cajueiro-do-campo (Anacardium occidentale), curriola associado a manchas de Campo Limpo Seco. (Pouteria ramiflora), tiborna (Himatanthus obovatus), angelim-de-morcego (Andira cuiabensis), faveira O Cerrado Ralo caracteriza-se na área em estudo por (Dimorphandra mollis), pereiro (Aspidosperma apresentar um estrato inferior herbáceo contínuo, tomentosum), pau-santo (Kielmeyera speciosa) e mata- sobre a qual vegeta uma cobertura arbórea esparsa menino (Simarouba versicolor). Entre as espécies composta por indivíduos suberosos, bem ramificados, arbóreas/arbustivas que compõem o estrato de porte baixo, com altura entre 2 e 3m, às vezes intermediário e inferior destacam-se: ajeuarana (Hirtella formando gregarismos. ciliata), pau-de-cobra (Ourathea hexasperma), mandioca-brava (Manihot spp.), bate-caixa (Palicourea As árvores e arvoretas dão uma cobertura de solo rigida) e a palmeira capiova (Syagrus comosa). Dentre entre 5 e 15%, onde o estrato graminoso, representado as espécies que ocupam exclusivamente o estrato por baixa diversidade de espécies, varia em densidade inferior destacam-se gramíneas dos gêneros Melinis, de acordo com as características do solo, ora se Paspalum, Axonopus, Andropogon e Echinolaena, com comporta denso, ora ralo, com exposição de substrato, presença marcante da palmeira acaule ou de caule de acordo com a maior ou menor ocorrência de subterrâneo e tucum-rasteiro (Astrocarium campestre). afloramentos de rochas.

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Essa fitofisionomia com variações estruturais, em Essa Formação Savânica é composta geralmente por comparação ao Cerrado Denso e ao Cerrado Típico, indivíduos arbóreos de porte médio, entre 5 e 9m, apresenta uma certa similaridade na composição fustes tortuosos, com classe de diâmetro variando de florística. Aqui se destacam espécies como: muliana 15cm a 40cm, copas bem ramificadas quase sempre (Salvertia convallariaeodora), tinteiro-branco (Miconia se tocando, que vegetam sobre um estrato albicans) e muricí (Byrsonima crassa), formando arbustivo/herbáceo denso com a presença de gregarismos; além de ajeuarana (Hirtella ciliata), pau- palmeiras. A comunidade florística dessa vegetação, é doce (Vochysia rufa), pau-santo (Kielmeyera speciosa), semelhante ao Cerrado Típico regional, onde sucupira-preta (Bowdichia virgilioides), pau-de-cobra destacam-se: lixeira (Curatela americana), sucupira- (Ouratea hexasperma), anonima (Antonia ovata), conta preta (Bowdichia virgilioides), fava-de-bolota (Parkia (Rourea induta), tatarema (Sclerolobium aureum), sp.), tingui (Magonia pubescens), capitão-do-campo faveira (Dimorphandra mollis), lixeira (Curatella (Terminalia argentea), caviuna-do-cerrado (Dalbergia americana) e pau-terra-de-folha-larga (Qualea miscolobium), pacari (Lafoensia pacari), caraíba grandiflora). Essas espécies, quando ocorrem em (Tabebuia aurea), pequi (Caryocar glabrum), puçá ambientes menos hostis, além de maior adensamento, (Mouriri sp.), muliana (Salvertia convallariaeodora), apresentam portes mais elevados, quando em idade sôbro (Emmotum nitens), gonçalo-alves (Astronium adulta, como pôde ser constatado junto aos talvegues sp.), jatobá-do-campo (Hymenaea stignocarpa), que drenam para as áreas de menor cota. Ali, em angelim-preto (Andira sp) e vinhático (Plathymenia função da maior umidade, em uma época do ano e reticulata). possivelmente pela ocorrência de acúmulo de solo Assim como o estrato superior, o inferior apresenta alta carreado nesses locais, sob o ponto de vista densidade, especialmente pela ocorrência das fisionômico, torna-se um Cerradão. palmeiras indaiá (Attalea geraensis) e tucum-rasteiro O estrato inferior nas áreas recobertas pelo Cerrado (Astrocarium campestre); concentrações Ralo é composto basicamente por ervas graminoides arbustivo/herbácea como o camboatazinho (Cupania sendo raro a presença de arbustos. Entre as sp.); Leguminosas dos gêneros Copaifera, Bauhinia, gramíneas destacam-se os gêneros Aristida, Panicum, Cratylia e Chamaecrista; Bignoneáceas dos gêneros Paspalum, Andropogon e Axonopus; entre os arbustos Arrabidaea, Anemopaegma; Euforbiáceas dos gêneros a santa-rosa (Arrabidaea brachypoda) e o sangue-de- Sebastiania, Croton e Manihot. Ocorrem ainda, no cristo (Sabicea brasiliensis). estrato inferior, gramíneas dos gêneros Paspalum, Panicum, Trachypogon, Andropogon e Axonopes. Conforme foi constatado nos trabalhos de campo, esse tipo campestre de cerrado fornece pasto nativo para o Normalmente o Cerrado Denso ocupa os relevos gado bovino após as queimadas, prática essa que planos a suave ondulados dos interflúvios, onde contribui ainda mais para a redução da densidade predominam as Areias Quartzosas e Latossolos de arbórea do Cerrado Ralo. textura média; ocorre também, esporadicamente, nos sopés de morros onde há uma melhora nas condições 2.1.3 – Cerrado Denso (Savana Arborizada) do solo, em função do acúmulo de sedimentos.

Por toda a área do Cerrado Sentido Restrito, onde o Assim como as demais formas de Cerrado que Cerrado Típico prevalece, nota-se a ocorrência de compõem o Cerrado Sentido Restrito, o Cerrado Denso maciços ou encraves de Cerrado Denso, entremeados, apresenta bons níveis de conservação, sendo que as e cuja distribuição, quando não decorrente de maiores perturbações são em decorrências das diferentes graus de antropização, é função de queimadas, especialmente nas áreas das reservas pequenas variações edáficas, grau de umidade e indígenas. topografia, principalmente. Neste mapeamento ocorre como fisionomia subordinada.

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2.1.4 – Cerradão (Savana Florestada) das coordenadas 193472 e 9305931, entre as cidades de Nazaré e Luzinópolis. O Cerradão é uma tipologia florestal de feições xeromórficas que ocorre geralmente em forma de No estrato inferior do Cerradão regional, onde manchas ou maciços, entremeado à outras formações predominam solos arenosos, é freqüente a presença de Cerrado; ou como um ecótono delimitando a zona das palmeiras tucum-rasteiro (Astrocaryum nigra) e de contato de duas fitofisionomias (p.e. entre a Mata de indaiá (Attalea geraensis) e também gravatá (Bromelia Galeria e o Cerrado Típico); ou ainda em sentido mais sp.), podendo aparecer a taboca (Guadua paniculata) amplo, em Áreas de Contato ou de Tensão Ecológica sendo raro, entretanto, a cobertura graminoides como entre as Regiões Fitoecológicas da Savana (Cerrado) a que ocorre nas formações savânicas abertas. com a Floresta Ombrófila e com Floresta Estacional, ao longo da área em estudo. Em áreas de transição da mata, presente nos fundos de vales, para o Cerradão do interflúvio, na região Vegetam preferencialmente os compartimentos compreendida entre a cidade de Ananás e Riachinho intermediários de relevo plano a ondulado, com ocorre esporadicamente o bacurizeiro (Platonia ocorrência de classes de solos dos tipos Areias insignis), espécie avidamente consumida pela Quartzosas, Latossolos e Podzólicos; nos pedimentos população local. e encostas de serras, onde ocorrem depósitos coluvionares e só raramente ocorrendo em platôs Devido à suposta maior fertilidade do solo, a pressão residuais. antrópica sobre as áreas recobertas pelo Cerradão, assim como nas áreas outrora vegetadas pelas Nos locais onde essa fisionomia apresenta florestas, foi muito acentuada, ocasionando a características primárias, observa-se uma vegetação fragmentação dessa fisionomia na área. Este fato foi de dossel contínuo com densidade que varia de alta a observado sobretudo nos ambientes de contato com a moderada, permitindo o desenvolvimento de estratos mata, onde atualmente dominam gramíneas para a inferiores. A comunidade arbórea possui indivíduos formação de pastagens, às vezes grandemente com porte variando entre 8 e 12m, com eventuais infestadas pela presença do babaçu. exemplares sobressaindo o dossel. Os indivíduos de maior porte possuem fustes pouco tortuosos, alguns 2.1.5 – Mata de Galeria (Floresta-de-galeria) retilíneos, onde a densidade é maior. Por Mata de Galeria entende-se a formação florestal Na maioria dos remanescentes de Cerradão estudados que acompanha os cursos d`água de pequeno porte, ao longo de toda a área foram catalogadas espécies formando corredores fechados, sobre as drenagens como: escorrega-macaco (Vochisia haenkeana), pau- que permeiam a região de domínio do Cerrado do jacaré (Callistene fasciculata), pequi (Caryocar Brasil Central (RIBEIRO & WALTER, 1998). Para o glabrum), fava-de-bolota (Parkia platycephala), muliana IBGE (1992), a Floresta-de-galeria constitui apenas um (Salvertia convallariaeodora), sucupira-preta ornamento das formações savânicas, sendo que a sua (Bowdichia virgilioides), tingui (Magonia pubescens), presença ou ausência em determinada área capitão-do-campo (Terminalia argentea), caviuna-do- caracteriza subformações visto que, pelas suas cerrado (Dalbergia miscolobium), pacari (Lafoensia dimensões, não é possível representá-la em escalas pacari), sobro (Emmotum nitens), gonçalo-alves menores, como no caso deste mapeamento. Assim, (Astronium sp.), jatobá-do-campo (Hymenaea embora não mapeadas, pela sua inegável importância stignocarpa), angelim-preto (Andira sp.), vinhático elas são descritas. (Plathymenia reticulata) e joão-farinha (Callistene Na área mapeada, ainda de acordo com os conceitos major). O rabo-de-arara (Norantea sp.), ao contrário de RIBEIRO & WALTER (1998), ocorrem Matas de das espécies citadas anteriormente, apareceu em Galeria dos tipos inundável e não inundável. apenas uma amostra de Cerradão localizado à altura

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A Mata de Galeria não inundável ocorre nas cabeceiras A tipologia Mata de Galeria Inundável, por sua vez, das nascentes, córregos e ribeirões de ambientes ou recobre parcelas das bordas dos cursos d’água com relevo com maior declividade, onde o lençol freático vales de fundo chato ou planícies, onde o flúvio geralmente não aflora e o flúvio estabeleceu o seu leito meandrado não definiu o leito de escoamento. São definitivo. Na área mapeada, este sub-tipo de formação ambientes caracterizados por saturação d`água apresenta bons níveis de conservação , distribuindo-se permanente ou na maior parte do ano. como pavios ou cordões de vegetação natural mais Estas características propiciam a existência de uma exuberante, em meio ao Cerrado conservado. comunidade florística específica, havendo uma alta Essas matas possuem alturas que variam entre 8 e freqüência com baixa diversidade de espécies, as 15m, quando em encostas de morros e cabeceiras das quais são altamente adaptadas ao ambiente drenagens, e de 15 a 25 quando ocorrem em paludícula. Outra característica marcante nessa ambientes mais planos, de solos profundos e/ou de formação é a ausência de espécies da família maior fertilidade natural. Leguminosae (RIBEIRO & WALTER, 1998).

Na primeira situação a comunidade arbórea apresenta Entre as espécies freqüentemente observadas nas indivíduos com fustes ora linheiros, ora parcialmente matas paludosas da área em estudo ocorre a tortuosos ou arqueados, onde se destacam: pombeiro dominância da pindaíba (Xylopia emarginata), (Tapirira guianensis), amescla (Protium heptaphyllum), bingueiro-vermelho (Cariniana rubra), quaruba sessenta-galha (Licania sp.), camboatá (Mataiba sp.), (Vochysia pyramidalis) e camaçarí (Qualea sp.), sobre carne-de-vaca (Roupala sp.), pau-d’óleo (Copaifera as demais espécies, dentre elas: cedro-do-brejo langsdorffi), ucuuba (Virola sebifera), mercúrio-da-mata (Cedrela odorata), que possui madeira de excelente (Erythroxylum sp.), canela (Nectandra sp.), aroeirinha qualidade para a produção de móveis; pinha-do-brejo (Lithraea molleoides), urucum (Bixa orelana), cafezinho (Talouma ovata), espécie típica de áreas úmidas, mas (Rhamnidium elaeocarpus), pata-de-vaca (Bauhinia de baixa freqüência; jacareúba (Calophyllum sp.), marmelada-de-cachorro (Alibertia sessilis), uva- brasiliense) e a pororoca (Rapanea sp.). de-macaco (Hirtella sp.) e o sobro (Emmotum nitens). Em praticamente todas as Formações de Mata de A mata dos ambientes mais planos, de solos mais Galeria inundável dessa área, o buriti (Mauritia profundos e/ou férteis, caracterizados ainda por flexuosa) e o açaí (Euterpe oleacea) ocorrem maiores índices de umidade, conserva basicamente as associados às demais espécies arbóreas, que vegetam mesmas espécies, adquirindo porém padrão ou porte sobre um estrato inferior denso, onde se constata um mais exuberante, diferindo ainda na estrutura vertical número expressivo de representantes das famílias bem como na distribuição espacial das mesmas. Aqui, Melastomataceae (Miconia spp., Leandra sp., geralmente, apresenta-se mais densa, predominando Tibouchina spp., Trembleya sp.); Xyridaceae (Xyris indivíduos de fustes linheiros e dossel fechado, estrato spp.); Cyperaceae (Bulbostylis sp.), Zingiberaceae herbáceo/arbustivo rarefeito ocorrendo muitas espécies (Costus sp., Hedychyum coronarium). arbóreas da regeneração natural. Além das espécies já citadas, nessa situação é comum ocorrer ainda ipê- 2.2 – Região Fitoecológica da Floresta Ombrófila amarelo (Tabebuia serratifolia), jatobá (Hymenaea Densa courbaril), garapa (Apuleia mollaris), marinheiro Este tipo de vegetação ou Região Fitoecológica é (Guarea guidonia) e mandiocão (Didymopanax composto basicamente por formas de vida de macro e morototonii); espécies de maior porte e também valor mesofanerófitos, além de lianas lenhosas e epífitas. econômico. No sub-bosque rarefeito podem ocorrer Sua principal característica reside no ambiente espécies como gravatá (Bromelia sp.), cafezinho ombrotérmico, ligado aos fatores climáticos de elevada (Psychotria spp.) e tinteiro-branco (Miconia sp.), além de trepadeiras como as do gênero Serjania e Paulinia.

15 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins temperatura e precipitação, com pouca variação maior e outras espécies se destacam como: sazonal. acapurana-da-várzea (Campsiandra laurifolia), piranheira (Piranhea trifoliata), arapari (Macrolobium Na área em estudo, a Região Fitoecológica da Floresta acaciaefolium), mututi-duro (Swartzia racemosa), Ombrófila Densa está representada pela Formação monzê (Albizia sp.), muirauba (Mouriri guianensis), Aluvial. cariperana (Licania sp.), pau-vermelho (Channochiton kapllere), abio-rosadinho (Priurella prieurii), saboeiro 2.2.1 – Floresta Ombrófila Densa Aluvial (Abarema jupumba), taperebá (Spodias lutea), freijó- Formação florestal que ocupa as planícies de branco (Cordia bicolor), vaca-leiteira (Brosimum inundação e alguns terraços que permeiam a zona lactescens), louro-branco (Ocotea opifera), pêssego- climática da Floresta Ombrófila Densa, situadas, do-mato (Prunus sp.), tamanquaré (Caraipa geralmente, ao longo dos rios de maior porte. grandiflora) e itaúba (Mezilaurus sp.).

Nesta Região, nos ambientes com níveis de Nos ambientes alterados, aspecto constatado ao longo conservação mais elevados, o que é raro, a Floresta da quase totalidade das áreas visitadas dessa Ombrófila Densa Aluvial possui uma comunidade formação, nota-se o predomínio de espécies do grupo predominantemente arbórea, com ocorrência de ecológico das pioneiras, tanto herbáceas quanto indivíduos de casca lisa, porte elevado com até 25m, arbustivas/arbóreas, associadas às lianas de grande formando dossel contínuo e sub-bosque rarefeito ou porte que ocorrem preferencialmente nos ambientes mesmo ausente, especialmente nas áreas de descaracterizados, mas em processo de regeneração vazantes. Quando este ocorre, é composto natural. Estas lianas ocupam, de forma mais basicamente de plântulas e indivíduos jovens da acentuada, as bordas de maciços arbóreos pioneiros regeneração natural. Nas áreas de várias existentes sobre pequenos “torrões”, que vez por outra espécies arbóreas possuem raízes aéreas e outras ocorrem ao longo da planície de inundação, onde a raízes tabulares, características desenvolvidas pelas cobertura primária do entorno foi descaracterizada, espécies que permanecem parcialmente inundadas sendo representadas principalmente por indivíduos das durante uma fase do ano como artifício para respirar famílias Bignoniaceae, Aristoloquiaceae, Leguminosae, e/ou para melhor se fixar no ambiente. Convolvulaceae e Sapindaceae.

Ao longo dos diques não ocorrem variações Com a mesma característica das lianas, as palmeiras significativas na paisagem, reflexo da baixa diversidade também ocorrem associadas às formações aluviais de espécies, conferindo ao ambiente uma pioneiras arbóreas, compondo um ambiente bastante característica única, tanto nas formações primárias heterogêneo e complexo. Dentre as palmeiras quanto secundárias, onde predominam espécies destacam-se o palmito ou açaí (Euterpe oleracea), a pioneiras. Nas formações primárias aparecem com bacaba (Oenocarpus distichus), que tanto ocorre na maior freqüências a piranheira (Piranhea trifoliata), o planície como no interflúvio, o tucum (Astrocaryum saram (Sapium logifolium.), o mututi-da-várzea vulgare), a jacitara (Desmoncus sp.) , a palha-preta (Pterocarpus michelii), o arapari (Macrolobium (Geonoma sp.), palmeira de grande potencial acaciaefolium), a samauma (Ceiba pentandra), ornamental e também um ou outro babaçu (Attalea enquanto que nas formações pioneiras, em função das speciosa). alterações antrópicas e/ou natural, destacam-se indivíduos como a gameleira-branca (Ficus sp.), o ingá- A ocorrência das palmeiras é ainda mais acentuada mirim (Inga uruguensis) e as umbaubas (Cecropia nas cabeceiras e orla dos pequenos córregos ou spp.). igarapés dessa Região. Nesses ambientes onde as florestas se mistura com as Formações Pioneiras é Estas características não prevalecem no interior das elevada a presença da Araceae aninga-para Formações mais expandidas, onde a diversidade é

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(Dieffembachia); Musaceae pacová (Heliconia outras, além de palmeiras: bacaba (Oenocarpus marginata) e sororoquinha (Heliconia sp.); distichus), tucum (Astrocaryum vulgare), mumbaca Strelitziaceae sororoca ou bananeira-brava (Strelitzia (Astrocaryum aculeatum), e uma ou outra inajá (Attalea sp.). maripa). As vezes a presença de cipós é marcante, destacando: escada-de-jaboti (Bauhinia sp.), cipó- 2.2.2 – Floresta Ombrófila Densa Submontana quina (Serjania sp.), graxama (Bignoniaceae), imbé Esta formação tem correspondência com a Floresta (Philodendron sp.), entre outros. Pluvial Subperenifólia Densa, conforme nomenclatura 2.3 - Região Fitoecológica da Floresta Ombrófila adotada no mapeamento efetuado pelo PRODIAT Aberta (1982). Ocupava grande parte desta área, na região compreendida entre Arapoema e Xambioá, tendo sido Esta Região ou tipo de vegetação, foi considerada por muito descaracterizada e diminuída em sua extensão. muitos anos como o tipo transicional entre a floresta Ela se estendia pelas depressões aplanadas, com amazônica e extra-amazônica. Para o Projeto solos geralmente profundos e também em algumas RADAMBRASIL (JAPIASSÚ et al., 1973; VELOSO et morrarias do Domínio da Faixa de Dobramentos e al., 1974; MILESKI, DOI & FONZAR, 1981), que assim Complexo Metamórfico. Caracterizava-se pelo a denominou, representa faciações da Floresta adensamento de seus indivíduos e pela presença Ombrófila Densa, demonstrada em fisionomias de eventual de fanerófitos de porte elevado e bom valor árvores bem mais espaçadas com presença marcante madeireiro. Apesar da nítida estratificação, geralmente ou de palmeiras, ou de cipós, principalmente. apresentava-se com dossel uniforme, com altura em Climaticamente representam áreas com período seco torno de 30m, uma sub-mata com muita regeneração, já bem demarcado, com mais de 60 dias por ano. arbustos, ervas e palmeiras de pequeno porte. Nesta área esta Região Fitoecológica apresenta-se com as Formações Aluvial e Submontana, De modo geral, entretanto, todas as áreas correspondendo à formação de Floresta Pluvial remanescentes sofreram profundas alterações na sua Subperenifólia Aberta Mista, conforme PRODIAT estrutura e composição florística, principalmente devido (1982). à exploração seletiva de suas madeiras, em especial do mogno, além das queimadas ocasionais, que 2.3.1 – Floresta Ombrófila Aberta Aluvial alteram todas as bordas, induzindo a propagação de espécies secundárias, cipós e palmeiras, entre outras. A Floresta Ombrófila Aberta Aluvial recobre as planícies aluviais estreitas ou mais expandidas onde a Nas amostragens realizadas, pôde-se constatar ainda drenagem não definiu seu leito de escoamento. a presença de algumas árvores de porte, merecendo Quando essa formação ocorre em ambientes de vale destaque: carapanaúba (Aspidosperma carapanaúba), chato mais expandido, a cobertura vegetal apresenta cajú-açu ou cajú-de-janeiro (Anacardium giganteum), maciços predominantemente arbóreos com palmeiras, louro-preto (Nectandra mollis), amescla (Protium alternando, em menor proporção, com formações heptaphyllum), louro-bosta (Nectandra cuspidata), abertas de caráter herbáceo/arbustivo. Nos ambientes jatobá (Hymenaea courbaril), abio-rosadinho ou de vales estreitos prevalece a formação florestal maçaranduba (Prieurella prieurii), angico-branco semelhante à Mata de Galeria Inundável descrita por (Albizia niopoides) e pau-brasil (Brosimum rubescens). RIBEIRO & WALTER (1998) para a Região do Nestas áreas o sub-bosque apresenta-se denso, com Cerrado. presença de regeneração natural e arbustos como o limãozinho (Fagara rhoifolia), pimenta-de-macaco A cobertura arbórea altamente adensada, caracteriza- (Xylopia aromatica), unha-de-vaca (Bauhinia sp.) se pela grande importância fitossociológica de negra-nina (Siparuma sp.) sororoca ou bananeira- espécies como pindiba-brejo (Xylopia emarginata), brava (Strelizia sp.) e taboquinha (Olyra sp.) entre camaçari (Qualea sp.), quaruba (Vochysia piramidalis),

17 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins e bingueiro (Cariniana rubra). Associada a estas (Enterolobium schomburgkii), marupá (Simaruba espécies destaca-se a presença das palmeiras tucum, amara), copaíba (Copaifera reticulata) e sapucaia (Astrocaryum vulgare), buriti (Mauritia flexuosa), açaí (Lecythis paraensis). O espaço entre as árvores é (Euterpe oleracea) e buritirana (Mauritiella armata). geralmente preenchido com palmeiras e no sub- bosque aparecem arvoretas como cacauí (Theobroma Nos pontos levantados, essa categoria, quando em speciosa), esponjinha (Parkia ulei), jurubeba (Solanum condições primárias, caracteriza-se por apresentar um sp.), limãozinho (Fagara rhoifolia), miroró (Bauhinia estrato arbóreo denso com a presença marcante da sp.), pimenta-de-macaco (Xylopia sp.), além da sororoca ou bananeira-brava (Strelizia sp.). taboquinha (Olyra sp.) e grande quantidade de 2.3.2 – Floresta Ombrófila Aberta Submontana bananeira-brava ou sororoca (Strelizia sp.). A regeneração natural das espécies arbóreas é Esta formação ocupou originalmente significativa parte considerada alta, destacando as do marupá da área mapeada, em especial a região noroeste, (Simarouba amara), breus (Protium spp.), louros centrada no município de Araguatins, correspondendo (Ocotea spp, Nectandra spp.) e carapanaúba à formação de Floresta Pluvial Subperenifólia Aberta (Aspidosperma carapanauba). Mista, conforme PRODIAT (1982). Estendia-se pelas depressões aplanadas com solos geralmente De modo geral, o nível de destruição dessa formação profundos (Latossolos e Podzólicos) e também em florestal foi muito elevado. A floresta foi substituída algumas morrarias litólicas. Caracterizava-se por uma pelas pastagens plantadas onde foram introduzidas fisionomia florestal aberta com grandes árvores gramíneas dos gêneros Brachiaria, Andropogon e emergentes, como a castanheira (Bertholletia excelsa) Panicum. Como testemunhos da vegetação primitiva, e o angelim-pedra (Dinizia excelsa), entremeada com em algumas áreas com desmatamento recente, restam numerosas palmáceas, especialmente babaçu (Attalea apenas algumas palmeiras babaçu (Attalea speciosa) speciosa) e às vezes inajá (Attalea maripa). com até 30m de altura, acompanhadas às vezes pelo ipê-amarelo (Tabebuia serratifolia) e o chichá (Sterculia Assim como na área da floresta densa, esta formação sp.). Outras espécies arbóreas pós-clímax são sofreu profundas alterações na sua estrutura e constatadas na área que se desenvolveram em função composição florística em conseqüência da retirada de características ecológicas propícias. Dentre essas seletiva dos exemplares mais nobres e de valor espécies destacam-se atualmente em meio às comercial, em especial do mogno, além das queimadas pastagens indivíduos como: moreira (Maclura tinctoria), ocasionais, que alteram todas as bordas, induzindo a angelim (Andira sp.), jangada (Apeiba tibourbou), propagação de espécies secundárias, cipós e mutamba (Guazuma ulmifolia), tamboril (Enterolobium palmeiras, principalmente. contortisiliquum) e o taperebá (Spondias lutea).

Nos remanescentes atuais ainda são bastante comuns A remoção da floresta desencadeou em vários locais as estradas madeireiras. Nessas áreas o sub-bosque é um processo de desenvolvimento exponencial da bastante denso, encapoeirado, tornando muito difícil a palmeira babaçu (Attalea speciosa), contando-se até 3 penetração, pela presença de muitos arbustos, a 4 indivíduos juvenis em 1m² de área. Tamanha elementos da regeneração natural, plantas invasoras densidade impede ou inviabiliza o uso das pastagens em geral e especialmente cipós. para a criação de gado promovendo, em muitos casos,

Entre as árvores de grande porte que caracterizam os o abandono da área por parte do proprietário. A remanescentes dessa formação menciona-se: jatobá ausência de competição é a principal causa da (Hymenaea courbaril), amescla (Protium proliferação da palmeira levando em consideração que heptaphyllum), garapa (Apuleia mollaris), itaúba a floresta seja um fator ecológico limitante ao (Mezilaurus itauba), cajú-açú (Anacardium giganteum), desenvolvimento, já que a palmeira vegeta em inharé (Helicostylis pedunculata), orelha-de-negro

18 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins equilíbrio no interior da floresta em função da a 50% das folhas durante o período de maior estiagem. competição. A estação de prolongada estiagem induz as plantas, especialmente as do andar superior, a uma perda Mesmo impedindo uma atividade econômica parcial de suas folhas como mecanismo de proteção e importante como a pecuária, a palmeira babaçu é, já economia d`água. há muito tempo, fonte de renda a muitas famílias da região pelo extrativismo do coco para obtenção de Além do déficit hídrico, os diversos níveis de amêndoas e também fabrico de carvão. Atualmente caducifólia desta Formação dão-se em função de sua essa palmeira vem despontando como ótima composição florística, determinada por fatores físico- fornecedora de palmito, cuja industrialização já é uma químicos e especialmente pela profundidade do solo realidade na área. Nesta área a ocorrência dessa Formação não está 2.4 - Áreas de Tensão Ecológica ou Contatos bem demarcada, só aparecendo nos contatos com Florísticos outras Regiões Fitoecológicas, em especial a da Floresta Ombrófila Aberta, estando referida ou Na área em estudo o mapeamento destaca áreas de correspondendo ao Contato Floresta Pluvial/Floresta contato entre Floresta Ombrófila/Floresta Estacional, Estacional Subperenifolia Semidecidua Aberta (Savana)/Floresta Ombrófila e Cerrado Maranhense (PRODIAT, 1982). (Savana)/Floresta Estacional. Esses Contatos são do tipo Encraves e nesses casos, como já exposto Esta Formação em condições primárias caracteriza-se anteriormente, as Formações de cada Região ocorrem por apresentar um estrato arbóreo constituído por uma de forma concomitante ou entremeadamente, comunidade de indivíduos com porte entre 20 e 30m, guardando suas características específicas, sem se fuste predominantemente retilíneo, formando dossel misturar, sendo sua representação apenas um contínuo com eventuais indivíduos emergentes com problema de escala. destaque para o jatobá-da-mata (Hymenaea courbaril), a sapucaia (Lecythis paraensis) e a garapa (Apuleia Neste item serão descritas apenas as Formações não mollaris). contempladas na descrição das Regiões Fitoecológicas. A cobertura arbórea total nessa Formação varia entre 75 e 95%, o que propicia a ocorrência de sub-bosque 2.4.1 – Contato Floresta Ombrófila/Floresta heterogêneo e denso, composto de ervas como a Estacional patioba (em identificação), a taboquinha (Olyra sp.), arbustos e espécies arbóreas em regeneração e Este tipo de Contato envolve Formações de Floresta eventuais palmeiras como tucumã (Astrocaryum Ombrófila Aberta Submontana e Floresta Estacional aculeatum), o pati (Syagrus sp.) e o inajá (Attalea Semidecidual Submontana. O alto nível de maripa), em clareiras naturais. Normalmente estas antropização, entretanto, torna muito difícil esta palmeiras não ocorrem nas áreas core dessa separação ou definição de qual é a dominante no Formação, o que corrobora a hipótese de contato. A ambiente, estando as espécies remanescentes, queda natural de árvores, promove mudanças pontuais características de ambas as Formações, distribuídas na estrutura e na composição florística da comunidade de forma muito misturada pela área. no interior da Formação, onde são constatados além 2.4.1.1 – Floresta Estacional Semidecidual das palmeiras uma elevada freqüência de trepadeiras Submontana com destaque para exemplares das famílias Sapindaceae, Bignoniaceae, Convolvulaceae e Formação fitofisionômica caracterizada por ocorrer em Leguminosae áreas que apresentam déficit hídrico e onde o conjunto das espécies que compõem a Formação, perde de 20

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Dentre as espécies arbóreas que formam o dossel Os remanescentes de Floresta Estacional Decidual superior dessa Formação destaca-se: orelha-de-negro com bons índices de conservação representam (Enterolobium schomburgkii), amescla (Protium comunidades arbóreas com estrutura vertical bastante heptaphyllum), freijó-branco (Cordia bicolor), cumaru diferenciadas, havendo indivíduos ora linheiros ora (Dipteryx odorata), ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa), tortuosos, com altura total variando entre 12 e 22m. aroeira (Myracrodruon urundeuva), araracanga Quanto a sua distribuição espacial ocorre o mesmo, (Aspidosperma spruceanum), ipê-amarelo (Tabebuia notando-se alternância de ambientes abertos e densos, serratifolia), canzileiro (Platypodium elegans), pau- não formando um dossel uniforme e contínuo. d’óleo (Copaifera langsdorffii), leiteiro (Sapium sp.), De acordo com o tipo e profundidade do solo, o déficit abiorana-vermelho (Pouteria caimito) e peroba hídrico no período desfavorável promove a desfolha (Aspidosperma sp.); no estrato inferior cita-se: catingua total ou parcial das espécies que integram a (Trichilia spp.), cambuí (Myrcia sp.) e negra-mina comunidade constituinte do estrato superior. Entre (Siparuna guianensis). essas espécies destacam-se: chicha (Sterculia striata), cajazinho (Spondias lutea), aroeira (Myracrodruon Na área em estudo, o remanescente mais significativo urundeuva), tamboril (Enterolobium contortisiliquum), dessa formação localiza-se em porção compreendida ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa), ipê-amarelo entre os municípios de São Miguel e Itaguatins. Em (Tabebuia sp.), cedro (Cedrela fissilis), quatambu geral, ali, esta Formação apresenta bons índices de (Aspidosperma subincanum), imbiruçu (Pseudobombax conservação, assim como outros tipos fitofisionômicos longiflorum), mulungu (Erythrina mulungu), paineira que foram conservados nas adjacências, como (Chorisia sp.), pata-de-veado (Bauhinia sp.) e a manchas de Cerradão e Cerrado Típico presentes em palmeira patí (Syagrus sp.), cuja ocorrência em algumas morrarias ou áreas de maior cota, enquanto ambientes conservados ou não constitui uma que as Formações de Floresta Ombrófila Aberta dos particularidade dessa categoria vegetal. fundos dos vales já foram, há muito tempo, descaracterizadas. No estrato inferior, composto por ervas, arbustos, lianas e árvores pouco desenvolvidas, adaptadas ao Além das espécies que ocorrem no interior da déficit hídrico em função da rápida drenagem do solo, Formação, citadas anteriormente, nota-se nas bordas destacam-se entre outras espécies como o chifre-de- desta a ocorrência de uma mistura de espécies veado (Casearia sp.), o fel-da-terra (Helicteris sp.), a facilmente visualizadas em campo. Pode-se destacar jarrinha (Aristolochia sp.) e o antúrio (Anthurium sp.). nessas áreas de transição, no contato com as invaginações de Floresta Ombrofila Aberta, presentes 2.4.2 – Contato Cerrado (Savana)/Floresta especialmente dos fundos de vale: o babaçu (Attalea Ombrófila speciosa), o bacurí (Platonia insignis), a tanimbuca- amarela (Buchenavia parviflora) e o jatá (Syagrus Estes Contatos na forma de Encraves envolvem cocoides). basicamente as Formações de Cerradão e Cerrado Sentido Restrito (Savana Florestada, Savana 2.4.1.2 – Floresta Estacional Decidual Submontana Arborizada e Savana Parque, respectivamente) com Floresta Ombrófila Aberta Submontana. Sua Formação de ocorrência restrita na área em estudo. separação, quando com fisionomias mais abertas é Ocupa de forma descontínua encostas e topos de facilitada, podendo ser feita através da própria imagem. ambientes , em faixa estreita no sentido N-S Torna-se muito difícil, entretanto, a separação entre o da porção central da área, especialmente nas Cerradão e a Floresta, na maioria das vezes, só proximidades de Aragominas, sobre solos litólicos e ou podendo ser efetuado em campo, com amostragens rasos, em geral com boa fertilidade natural e com a florísticas locais. presença eventual de afloramentos ou blocos de rocha.

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2.4.3 – Contato Savana (Cerrado)/Floresta significativas na paisagem, reflexo da baixa diversidade Estacional de espécies, conferindo ao ambiente uma característica única, tanto nas formações primárias Estes Contatos na forma de Encraves ocorrem deste quanto secundárias, onde predominam espécies os terrenos do terciário/quaternário até os mais antigos pioneiras. Nas formações primárias aparecem com e em diversos tipos de relevo. Nas áreas de planície maior freqüências o cariperana (Licania sp.), a aluvial contata-se Formações de Floresta Estacional piranheira (Piranhea trifoliata), o saram (Sapium Semidecidual Aluvial com Cerradão e Savana Parque, logifolium.), o mututi-da-várzea (Pterocarpus micheli), o normalmente. Nos terrenos mais antigos as Formações arapari (Macrolobium acaciaefolium), a samauma que se contatam são: Floresta Estacional Semidecidual (Ceiba pentandra) e um ou outro jatobá (Hymenaea Submontana ou Floresta Estacional Decidual sp), enquanto que nas áreas mais alteradas, Submontana com Cerradão, Savana Arborizada e/ou destacam-se indivíduos como a gameleira-branca Savana Parque. Geralmente, no caso de morrarias, as (Ficus sp.), o ingá-mirim (Inga uruguensis) e as Formações de cerrado ocupam os topos e/ou encostas umbaubas (Cecropia spp.). Além dessas espécies é superiores, com a floresta vegetando nas vertentes comum ocorrer pindaíba-do-brejo (Xylopia emarginata), inferiores. camaçari (Qualea sp.), quaruba (Vochysia pyramidalis), 2.4.3.1 – Floresta Estacional Semidecidual Aluvial bingueiro (Cariniana rubra), quase sempre associado com palmeiras tucum (Astrocaryum vulgare), buriti Formação florestal muito assemelhada com a Floresta (Mauritia flexuosa), açaí (Euterpe oleracea) e buritirana Ombrófila Densa Aluvial e também com a Floresta (Mauritiella armata), nas partes mais úmidas. Ombrófila Aberta Aluvial. Como aquelas, caracteriza-se por se estabelecer em áreas de planícies e/ou terraços 2.5 – Formações Pioneiras fluviais, embora, nesse caso, diferencie-se por ocorrer Trata-se de vegetação azonal, isto é, não pertencente em áreas bem demarcadas por período com déficit prioristicamente a uma determinada Região hídrico. A estação de prolongada estiagem, induz as Fitoecológica ou clímax, visto ocorrer em áreas cujos plantas, especialmente as do andar superior, como solos estão em constante rejuvenescimento. Nesta mecanismo de proteção e economia d`água, a uma área as Formações ocupa partes das planícies fluviais perda parcial de suas folhas, em níveis ou percentual e os entornos das depressões aluvionares (pântanos, que varia entre 20 e 50%. lagunas e lagoas). Essa vegetação, de primeira Nos ambientes com níveis de conservação mais ocupação e de caráter edáfico, caracteriza-se pela elevados, o que é raro, a floresta Aluvial possui uma constante sucessão de formas de vida como criptófitos comunidade predominantemente arbórea, com (geófitos e ou hidrófitos), terófitos, hemicriptófitos ocorrência de indivíduos de casca lisa, porte elevado caméfitos e nanofanerófitos. com cerca de 25 a 30 m, formando dossel contínuo e 2.5.1 – Formação Pioneira com Influência Fluvial sub-bosque rarefeito ou mesmo ausente. Quando este e/ou Lacustre ocorre é composto basicamente de plântulas e indivíduos jovens da regeneração natural. Nas áreas Categoria de vegetação natural predominantemente de vazantes, várias espécies arbóreas possuem raízes herbácea/arbustiva, com ocorrências restritas, aéreas e outras, raízes tabulares, características associadas principalmente às Formações das Regiões desenvolvidas pelas espécies que permanecem Fitoecológicas Ombrófilas. Esta formação foi parcialmente inundadas durante uma fase do ano, denominada Terra Úmida não Florestada segundo o como artifício para respirar e ou para melhor se fixar no trabalho de Cobertura e Uso da Terra 1995-2000 (ITO ambiente. et al., 2005a,b,c,d,e).

Nas partes mais secas não ocorrem variações

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Essa categoria ocupa geralmente as depressões Ecológicos em função da composição florística, situação fechadas, restritas às cabeceiras de drenagens ou ao de ocorrência e localização. Trata-se de uma longo de cursos de água de vales de fundo chato onde o comunidade vegetal composta basicamente de ervas, flúvio tem escoamento difuso, favorecendo a existência arbustos e árvores raquíticas, características da de ambientes propícios ao aparecimento de lagos pouco Caatinga brasileira que vegetam sobre as fendas e profundos, temporários ou perenes, ocupados por depressões existentes nos grandes blocos rochosos vegetação específica. capazes de armazenar algum sedimento e umidade.

A Formação Pioneira ocupa boa parte da planície aluvial Como espécies abundantes nos ambientes rupículas na região próxima ao encontro dos rios Araguaia e cita-se exemplares das famílias Cactaceae e Tocantins. Estas áreas, bem como a floresta, foram Bromeliaceae; enquanto outras ocorrem com menor bastante alteradas pela pressão antrópica, sobretudo freqüência, dentre elas o xique-xique (Crotalaria sp.); o para a implantação de pastagem plantada, conforme mamãozinho (Cnidoscolus sp.), Euphorbiaceae características observadas in loco. altamente urticante; a amburana-de-cambão (Commiphora leptophoeos), espécie da Caatinga Nos ambientes com maiores índices de conservação arbórea de terrenos calcários e da Mata Seca Decidual esses ambientes apresentam uma comunidade do nordeste goiano e do sudoeste tocantinense; e a herbácea/arbustiva pouco diversificada. Nestes, se canela-de-ema (Vellozia sp.), espécie característica de destacam espécies aquáticas de elevada beleza como a ambientes de Cerrados e Campos de altitudes mais flor-da-noite (Nymphaea cf. amazonum) e a lagartixa elevadas. (Nymphoides cf. grayana); espécies do gênero Xyris e algumas gramíneas, proporcionando maior densidade Esses afloramentos rochosos ocorrem tanto no alto das mas baixa diversidade de espécies, destacando os serras quanto nas encostas e adjacências de nascentes, gêneros Paspalum e Acroceras, além do capim-capivara quando se presencia a existência muito próxima de (Hymenachne amplexicaulis) que formam fisionomia de espécies de habitats tão distintos como por exemplo à amplo Campo Limpo Úmido, no entorno das áreas mais palmeira buriti (Mauritia flexuosa), típica de ambiente úmidas ou das lagoas. Vez por outra em meio ao campo paludícula e o cacto (Cereus sp.), espécie característica graminóide, as famílias Onagraceae e Melastomataceas de ambientes áridos. apresentam ervas e arbustos dos gêneros Ludiwigia, Leandra, Miconia, Trembleia, e Rhynchanthera, Durante os trabalhos de campo, nos ambientes enriquecida pelas concentrações esporádicas da rupículas diferenciados para a Região Fitoecológica, foi palmeira jacitara (Desmoncus sp.) e marajá (Bactris sp.) catalogado um espécime da família Melastomataceae que se desenvolvem sobre torrões ou áreas pouco mais do gênero Tibouchina de grande semelhança ao pau- elevadas. papel (Tibouchina papyrifera), espécie considerada endêmica para a região das serras Dourada e dos 2.6 – Refúgios Vegetacionais (Comunidades Pireneus no Estado de Goiás. Relíquias) Por estar totalmente decídua e desprovida de flores e Classificação correspondente a toda e qualquer frutos, não foi possível a coleta de material para a vegetação florísticamente diferente e logicamente, identificação em laboratório, sugerindo novos estudos também, fisionômico-ecológicamente diferenciado do em outras épocas do ano para a confirmação ou não contexto regional. dessa espécie e de outras por se tratar de uma flora totalmente diferenciada para a região de ocorrência já 2.6.1 – Refúgio Submontano que o ambiente é especial. Associado a Floresta Estacional Decidual, ocorrem ambientes diferenciados, denominados Refúgios

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3 Resultados

3.1 – Levantamento florístico

No Quadro 5 está disponível a listagem florística do levantamento florístico concebido e executado para a área do ZEE do Norte do Tocantins.

Quadro 5 - Listagem florística preliminar para a área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins Nome Vulgar Ocorrência Uso Háb. Gr.Ec. 1 - Amarilidaceae Hippeastrum sp. lírio-do-campo Sp/Sa Orn. Erva - 2 - Anacardiaceae Anacardium giganteum Hanc. ex cajuaçu Ds/As/Da/Aa Alim. Árv. C Engl. Anacardium occidentale L. cajueiro Sp/Sa/Sd Alim. Árv. C Anacardium humile St. Hil. caju-do-campo Sp/Sa Alim. Arb. C Astronium fraxinifolium Schott gonçalo-alves, gonçalves Sd/Fs/As Mad.Apic. Árv. S Lithraea molleoides (Vell.) Engl. aroeirinha Fa/Sd/As Mad. Árv. S Myracrodruon urundeuva Fr. All. aroeira Cs/Fs Mad.Med. Árv. C Spondias lutea L. taperebá Da/Aa/Fa/Cs/Fs/As Alim.Mad. Árv. S Tapirira guianensis Aubl. pau-pombo Da/Aa/Fs/Fa Mad Árv. S Thyrsodium spruceanum Salzm. ex amaparana Da/Aa/Fa/Fs Mad Árv. S Benth 3 - Annonaceae Annona sp. araticum-rasteiro Sp/Sa Alim.Zooc. Arb. - Annona sp. ata-brava Cs/Fs/Ds/As Árv. C Annona crassiflora Mart. araticum Sa/Sd/Sp Alim.Zooc. Árv. C Annona coriacea Mart. araticum Sa/Sd/Sp Alim.Zooc. Árv. C Annona sp. ata-meju Ds/As Mad. Árv. S Duguetia furfuracea (St. Hil.) Benth. orelha-de-burro Sa/Sp/Sd Med. Arb. P & Hook.f Duguetia cauliflora R. E. Fr. caniço Da/Aa/Fa - Arb. C Xylopia nitida D. Don. envira-cana Da/Aa/Fa/Fs Mad. Árv. C Xylopia emarginata Mart. pindaíba-do-brejo Aa/Fa/Pa Mad. Árv. P Xylopia aromatica (Lam.) Mart. pimenta-de-macaco Sd/Sa Mad.Med. Árv. P Xylopia sp. envira-vermelha Ds/As/Fs Mad. Árv. S Unonopsis lindmanii R. E. Fries. envira-preta Da/Aa/Fa/Ds/Fs Mad. Árv. C 4 - Apocynaceae Ambelania acida Aubl. pepino-do-mato Ds - Erva. P Aspidosperma subincanum Mart. guatambu Fs/Cs Mad. Árv. S Aspidosperma carapanauba Pichon carapanauba Ds/As Mad. Árv. C Aspidosperma dasycarpon A. DC. guatambu Sd/Sa Mad. Árv. S Aspidosperma macrocarpon Mart. peroba-do-campo Sd/Sa Mad. Árv. C Aspidosperma discolor A. DC. canela-de-velho Fs/Cs Mad. Árv. C Aspidosperma spruceanum Benth. araracanga Fs/Sd Mad. Árv. C

23 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Nome Vulgar Ocorrência Uso Háb. Gr.Ec. Aspidosperma tomentosum Mart. peroba branca Sa/Sd Mad Árv. C Aspidosperma sp. peroba-branca Fs/Sd Mad. Árv. S Bonafousia siphilitica (L. f.) L. Allorge pau-de-leite Da/Aa/Fa Mad. Arb. P Geissospermum sericeum (Sagot) quinarana Ds/As Mad. Árv. C Benth. Hancornia speciosa Gómez var. mangaba Sa/SpSd Alim. Árv. C speciosa Himatanthus obovatus M. Arg. tiborna Sd/Sp/Sa Mad. Árv. C Woodson Himatanthus sucuuba (Spruce) sucuuba As/Aa Mad. Árv. S Wood. Macrosyphonia velame (St. Hil.) velame Sp/Sa Med. Erva P Mart. Mandevilla illustris (Vell.) Woods. jalapa Sp/Sa Orn. Sub. P 5 - Aquifoliaceae Ilex sp. - Fa Mad. Árv. S 6 - Araceae Diephembachea sp. aningapara Pa - Erva P Philodendron bipinnatifidum Schott. cipó imbé Da/Aa/Fa/Ds/Fs Orn. Epíf. - ex Endl. Philodendron brevispathum Schott. cipó imbé Da/Aa/Fa/Fs Orn. Epíf. - 7 - Araliaceae Schefflera (Didymopanax) mandiocão-do-cerrado As/Sd Mad.Orn. Árv. C macrocarpa (Seem.) D. C. Frodin. Schefflera (Didymopanax) morototonii (Aubl.) B. Maguire, mandiocão-da-mata Fs/Fa/Da/Ds/As Mad.Orn. Árv. C Steyerm & D. C. Frodin. 8 - Arecaceae Acrocomia aculeata (Jacq) Lodd. ex macaúba As/Sd/Da Alim.Orn. Árv. P Mart. Acrocomia intumescens Drud macauba- barriguda As/Ds Orn. Árv. P Allagoptera campestris (Mart.) buri Sa/Sp Orn. Sub. S Kuntze Astrocaryum vulgare Mart. tucum Fa/Da/Ds/As/Aa Alim.Orn. Árv. P Astrocaryum aculeatum G. Mey tucumã Fa/Da/Ds/As/Aa Alim.Orn. Árv. C Astrocaryum ginacanthum) Mart. mumbaca Fa/Da/Ds/As/Aa Orn. Árv. C Astrocaryum campestre Mart. tucum-rasteiro As/Sp Orn. Sub. P Attalea geraensis Barb. Rodr. indaiá As/Sp/Sd Orn.Art. Sub. P Attalea speciosa Mart. ex Spreng. babaçu As/Aa/Fa/Fs/So Alim.Orn.Oleif Árv. P Attalea maripa (Aubl.) Mart. inaja Ds/Da/As/Aa/Fs Orn.Alim. Árv. P Attalea phalerata Mart. ex Spreng. bacuri Fs/Fa/Aa/Da Orn.Alim. Árv. C Bactris sp. maracajá Pa Orn. Arv. C Desmoncus sp. jacitara Ds/Da/Aa/Fa/Pa Orn. Arb. S Geonoma brevispatha Barb. Rodr. cana-preta Aa/Fa/Da Orn. Arb. C Mauritia flexuosa L. f. buriti Pa/Aa/Fa Alim.Orn. Árv. C Mauritiella armata (Mart.) Burret. buritirana Pa/Aa/Fa Orn. Árv. C Oenocarpus distichus Mart. bacaba Da/Ds/Aa/As/Fa Orn.Alim. Árv. C Syagrus flexuosa (Mart.) Becc. coco-do-campo Sa/Sd/Sp Orn. Árv. C Syagrus graminifolia (Drude) Becc. coqueiro-do- campo Sp/Sa Orn. Sub. C Syagrus comosa (Mart.) Mart. gapiova, licuri Sa/Sd/Sp Alim.Orn. Árv. S Syagrus cocoides Mart. jatá As Orn.Alim. Árv. C Syagrus sp. pati Sd/Cs Orn. Árv. P 9 - Aristolochiaceae Aristolochia spp. papo-de-peru Da/Aa//Fa Med. Trep. P 10 - Bignoniaceae Anemopaegma arvense (Vell.) Stellf. catuaba Sa/Sp Med.Orn. Sub. P ex de Souza Anemopaegma sp. catuaba-folha-larga Sa/Sd Med. Sub. P Anemopaegma sp. catuaba Sa/Sd Med. Erva P

24 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Nome Vulgar Ocorrência Uso Háb. Gr.Ec. Arrabidaea sceptrum (Chan.) Sandw. santa-rosa Sd/Sa Orn. Arb. - Arrabidaea florida DC. cipó-rosa Aa//Fa/Fs Orn. Trep. P Arrabidaea brachypoda (DC.) Bur. bico-de-urubu Sd/Sa/Sp Med.Orn. Arb. - Jacaranda copaia Aubl. parapará Ds/As Mad.Orn. Árv. S Jacaranda cuspidifolia Mart. ex. A. caroba Sd/Fs/Sa Orn. Árv. P DC. Jacaranda puberula Cham. carobão Sd/Da Orn Árv. P Jacaranda tomentosa R. Br. caroba Fs/Fa/Sd Orn. Arb. P Jacaranda rufa Manso carobinha Sd/Sa/Sp Med.Orn. Erva P Memora nodosa (Manso) Miers caraba-amarela Sd/Sa Med.Orn. Arb. P Tabebuia aurea (Manso) Benthan & caraiba Sa/Sp/Sd Orn.Mad. Árv. C Hooker Tabebuia serratifolia (Vahl.) Nich. ipê-amarelo Ds/Da/As/Aa/Fa/Fs Mad.Orn. Árv. C Tabebuia ochracea (Cham.) Standl. ipê-cachorro Sd/Sa Orn. Mad Árv. C Tabebuia roseo-alba (Ridley) Sandw ipê-branco Cs/Fs Mad.Orn. Árv. C Tabebuia impetiginosa (Mart.) ipê-roxo Cs/Fs Mad.Orn.Med Árv. C Standl. Zeyheria digitalis (Vell.) Hoehne bolsa-de-pastor Sd/Sa/Sp Med. Arb. S 11 - Bixaceae Bixa orellana L. urucum Da/Aa/Fa Orn.Alim. Árv. P 12 - Bombacaceae Ceiba pentandra L. Gaerth. samauma Da/Aa Orn. Árv. C Ceiba insignis (Kunth.) P. E. Gibbs & paineira Fa/Fs Orn. Árv. C J. Semir. Ceiba sp. paineira-vermelha Da/Aa Orn. Árv. S Chorisia speciosa St. Hil. barriguda Cs Orn. Árv. S Chorisia sp. barriguda-branca Cs - Árv. S Eriotheca candolleana K. Schum. A. paineira-do-cerrado Sd/Sa Mad. Árv. S Robyns. Eriotheca gracilipes (K. Schum.) A. paina-do-campo Sd/Sa Mad. Árv. S Rob. Eriotheca pubescens (Mart. & Zucc.) algodoeiro Sd/Sa Mad. Árv. S Schot. & Endl. Pseudobombax longiflorum (Mart. & imbiruçu Sd/Cs Mad. Árv. C Zucc) A. Robins. Pseudobombax tomentosum (Mart. imbiruçu Sd/Cs Med.Mad Árv. C & Zucc.) A. Robyns. 13 - Bromeliaceae Ananas sp. nanaí Cs/Sd Orn. Erva S Bromélia balansae Mez. gravatá Sd/Fs Orn. Erva S Bromélia glaziovii Mez. gravatá Sd/Sa/Fs/Cs Orn. Erva S Tillandsia sp. bromelia Cs/Sd Orn. Erva - 14 - Burseraceae Commiphora leptophloeos (Mart.) J. amburana-de-cambão Cs/rs Mad. Árv. P B. Gillett. Protium heptaphyllum (Aubl.) March. amescla Da/Aa/Fa/Fs Mad.Res. Árv. C Protium ovatum Engl. cascudinho Sd/Sa Mad. Árv. C Protium palidum Cuatr. breu-branco Da/Aa/As Mad. Árv. S Tetragastris altissima (Aubl.) Swartz. breu-manga Fs/Fa Mad.Res Árv. C Trattinnickia rhoifolia Willd. breu-sucuruba, mangue Fs/Fa/Sd Mad. Árv. C 15 - Cactaceae Cereus sp. cacto Cs/rs Orn. Arb. - Em identificação cacto Cs/rs Orn. Erva - Em identificação saborosa Cs/Fs/Sd Alim. Erva - 16 - Caricaceae Jacaratia spinosa A. DC. jaracatiá Fs/As Zooc. Árv. S 17 - Caryocaraceae Caryocar brasiliense Camb. pequi Sa/Sd Alim. Árv. C Caryocar glabrum (Aubl.) Pers. pequi-branco Sd/Sa Alim. Árv. C

25 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Nome Vulgar Ocorrência Uso Háb. Gr.Ec. 18 - Cecropiaceae Cecropia pachystachya Trec. imbaúba Fa/Da/Fa Zooc. Árv. P Cecropia hololeuca Miq. imbaúba Fa/Da/Fa Zooc. Árv. P Cecropia sp. imbaúba-branca Da/Aa/Fa Zooc. Árv. P 19 - Celastraceae Austroplenckia populnea (Reiss.) marmelinho Sd/Sa Mad. Árv. C Lund. Goupia glabra Aubl. cupiúba Ds/As Mad. Árv. S 20 - Chrysobalanaceae Exellodendron cordatum (Hooker f.) cariperana Sd/Sa Mad. Árv. S Prance Hirtella ciliata Mart. & Zucc. ajeuarana Sa/Sd/Sp Mad. Árv. S Hirtella martiana Hook. f. sessenta-galhas Fa/Aa Mad. Árv. C Hirtella glandulosa Spreng. uva-de-macaco Fs/Sd Mad. Árv. S Hirtella piresii Prance carripé-torrado Ds/As/Fs Mad. Árv. C Hirtella racemosa Lan. caripé-do-cerrado Sa/Sd/Sp Mad. Árv. S Licania gardneri (Hook. F.) Fritsch. caripé Sa/Sd Mad. Árv. S Licania heteromorpha Benth. macucu-roxo Aa/As/Da Mad Árv. C Licania kunthiana Hook. rapadura Fs/Fa Mad.Orn. Árv. S Licania membranacea Sagot. ex cariperana As/Ds Mad. Árv. S Laness. Licania racemosa Lam. cariperana Sd/Fs Mad. Árv. S Licania sp. oití-do-cerrado Sd/Sa Mad.Orn. Árv. S 21 - Cochlospermaceae Cochlospermum regium (Mart. ex algodãozinho-do-cerrado Sa/Sd Med. Erva P Schrank.) Pilger. Cochlospermum orinocense Steud. algodãozinho, periquiteira Cs/As Med.Orn. Árv. P 22 - Compositae Chaptalia sp. língua-de-vaca Sp/As - Erva - Dasyphyllum brasiliense (Spreng.) espinho-agulha Sd/Cs/Fs - Arb. P Cabrera. Piptocarpha rotundifolia (Less.) macieira-preta Sp/As/Sd Apic.Mad. Árv. S Baker. Vernonia spp. assa-peixes Aa/Fa/Fs/Sd/As Apic.Med. Arb. P 23 - Combretaceae Buchenavia parvifolia Ducke tanibuca-amarela Da/Aa/Ds Mad. Árv. C Buchenavia tomentosa Eichl. mirindiba Fs/Sd Mad. Árv. S Combretum spp. escova-de-macaco Da/As/Fa/Sd Orn. Trep. P Combretum leprosum Mart. mufumo-branco Da/Aa/Fa Orn. Trep. P Terminalia amazonica (Gmel.) Excell. cinzeiro Aa/Da/Fa Mad. Árv. C Terminalia argentea Mart. & Zucc. capitão-do-campo Sd/As Mad.Apic. Árv. S Terminalia brasiliensis Camb. maria-preta Fs/Sd Mad.Apic. Árv. S Terminalia glabrescens Mart. maria-preta Fs/As Mad.Apic. Árv. S Terminalia lucida Hoffmgg. ex Mart. tanibuca Da/Ds/As/Fa Mad. Árv. C 24 - Connaraceae Connarus suberosus Planch. bico-de- papagaio. Sa/Sd/Sp Mad. Árv. S Rourea induta Planch. brinco-de-princesa Sa/Sd/Sp Mad. Árv. S 25 - Convolvulaceae Ipomoea sp. cipó Fa/Aa - Trep. P 26 - Cordiaceae Cordia glabrata (Mart.) DC. feijó Sd/Fs/Cs Mad.Orn. Árv. S Cordia sellowiana Cham. freijó Sd/Fs/Cs Mad.Orn. Árv. S Cordia bicolor DC. freijó-branco Ds/As/Fs Mad. Árv. S Cordia sp. freijó Sd/Fs Mad Árv. S 27 - Cyatheaceae Cyathea sp. samambaiaçu Da/Aa/Fa Orn. Erva C 28 - Cyperaceae Bulbostylis paradoxa (Spring) Lindm barba-de-bode Sp/As - Erva P Cyperus haspan L. tiririca Pa - Erva P

26 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Nome Vulgar Ocorrência Uso Háb. Gr.Ec. Eleocharis filiculmis Kunth piripiri Pa/Aa/Fa - Erva P Rhynchospora consanguinea (Kunth) capim-estrela Pa - Erva P Böeckel Rhynchospora exaltata Kunth. capim-navalha Pa/Fa - Erva P Rhynchospora globosa (Kunth) capim-buriti Pa/Aa/Fa - Erva P Rorm. & Scult. Rhynchospora triflora Vahl. capim navalha PaFs/Fa - Erva P 29 - Dilleniaceae Curatella americana L. lixeira As/Sd/Sp Mad. Árv. C Davilla eliptica St. Hil. lixinha As/Sd/Sp Orn. Árv. S Davilla rugosa Poir cipó-de-fogo As/Sd/Fs Orn. Trep. S Doliocarpus dentatus (Aubl.) Standl. cipó vermelho Fs/Sd Orn. Trep. S Doliocarpus sp. cipó-dágua Da/Aa - Trep. C 30 - Dioscoreaceae Dioscorea sp. cará-do-mato Sd/Fa - Trep. - 31 - Ebenaceae Diospyros hispida DC. Var. hispida olho de boi Fs Mad.Orn. Árv. S Diospyros brasiliensis Mart. olho-de-boi Fs/Sd Mad.Orn. Árv. S Diospyros sericea A. DC. caqui Fs/Sd Mad.Orn. Árv. S Diospyros praetermissa Sandw. caqui-folha-miuda Fa/Aa/Da Mad.Orn. Árv. S 32 - Elaeocarpaceae Sloanea guianensis (Aubl.) Benth. pateiro Ds/Fa/Aa Mad. Árv. S Sloanea sp. garra-preta Ds/Fa/Aa Mad. Árv. C 33 - Erythroxylaceae Erythroxylum suberosum St. Hil. mercúrio-do-campo Sp/As Mad. Arb. C Erythroxylum tortuosum Mart. mercúrio Sp/As Mad. Arv. C 34 - Euphorbiaceae Alchornea triplinervea (Spreng.) M. pau-de-tamanco Sd/Fs Mad. Árv. S Arg. Cnidosculus sp. mamãozinho Cs/rs - Sub. P Croton urucurana Bail sangra-d'água Da/Aa/Fa Mad.Med Árv. P Hyeronima alchorneoides F. All. licurana, margonçalo Fa/Da/Aa Mad. Árv. S Mabea fistulifera Benth canudo-de-pito Ds/Fs/As Apic. Mad. Árv. P Manihot spp. mandioca-brava As/Sp/Sd - Arb. P Maprounea guianensis (Aubl.) M. cascudinho Sd/Fs/Ds Mad. Árv. S Arg. Pera glabrata (Schott.) Bail. casca-d’anta seca-ligeiro Fa/Aa/Da Mad. Árv. S Richeria sp. pau-de-santa-rita Fs/As Mad. Árv. S Piranhaea trifoliata Baill. piranheira Aa/Da Mad. Árv. S Sapium claussenianum (M. Arg.) leiteiro Fs/Ds/As Mad. Árv. S Huber. Sapium marmiere Hub. burra-leiteira Da/As Mad. Árv. S Sapium sp. saram Aa/Da Zooc. Árv. P 35 - Flacourtiaceae Casearia grandiflora Camb. guassutonga Fs/Cs Mad. Árv. S Casearia sylvestris Sw. erva-de-teiú Sd/As/Sp Mad. Arv. S Casearia sylvestris Sw. Var. lingua chifre-de-veado Fs/Sd Mad.Orn. Árv. S (Camb.) Eichl. 36 - Guttiferae Calophyllum brasiliense Camb. landi Da/As/Fa Mad. Árv. C Caraipa grandiflora Mart. tamanquaré Da/Aa/Fa Mad. Árv. C Mahurea duckei Hub. tamanquaré-vermelho Da/Ds/As Mad. Árv. C Kielmeyera speciosa St. Hil. pau-santo Sd/As/Sp Mad.Cort Árv. S Kielmeyera coriacea (Spr.) Mart. saco-de-boi Sd/As/Sp Mad.Cort Árv. S Kielmeyera rubriflora Camb. pau-santo-rosa As/Sp Orn.Cort Árv. S Platonia insignis Mart. bacuri-açu As/Fs Alim.Orn. Árv. S Rheedia brasiliensis Planch. bacuri-pari Fs/Ds Mad.Alim Árv. S Symphonia globulifera L. f. ananaí Ds/Da/As Mad. Árv. S Vismia brasiliensis Choisy lacre Ds/Da/As/Sd Mad Árv. P

27 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Nome Vulgar Ocorrência Uso Háb. Gr.Ec. Vismia cayannensis (Jacq.) Pers. lacre Fa/As Apic. Árv. P 37 - Heliconiaceae Heliconia marginata (Griggs.) Pitt. sororoquinha Pa/As Orn. Erva P Heliconia sp heliconia Aa/Da/Fa/Pa Orn. Erva P 38 - Hippocrateaceae Cheiloclinium cognatum (Miers) A. C. bacuparí-da-mata Fs Mad.Alim. Árv. S Smith Peritassa campestris (Camb) A. C. bacupari-do-cerrado As/Sd Mad.Alim. Árv. C Smith. Salacia elliptica (Mart.) G. Dom. bacupari Fs/Fa Mad. Alim. Árv. S Salacia crassifólia (Mart.) G. Dom. bacupari Sd/As Mad. Árv. S Salacia sp. bacupari-do-carrasco Sa Zooc. Arv. S 39 - Humiriaceae Humiria balsamifera St. Hil. umiri Ds/As Mad. Alim. Árv. S Sacoglottis guianensis Benth. uxirana Ds/As/Da Mad. Alim. Árv. S 40 - Icacinaceae Emmotum nitens (Benth.) Miers sobro Sd/Fs Mad. Árv. S 41 - Labiateae Hyptidendron sp. hortelã-do-campo Sp/As Mad. Apic. Árv. S 42 - Lauraceae Mezilaurus itauba (Meissn.) Taub. itaúba Ds/As Mad. Zooc. Árv. C Nectandra mollis Ness louro, louro-preto Ds/As/Fs Mad. Árv. S Nectandra cuspidata Ness louro-bosta Ds/As Mad. Árv. C Nectandra sp. louro Ds/As Mad. Árv. S Ocotea opifera Mart. louro-branco Sd/Da/Fa Mad. Árv. C Ocotea sp. louro-amarelo Sd/Da/Fa Mad. Árv. C Ocotea sp. louro-itauba Ds/As/Fs Mad. Árv. S 43 - Lycopodiaceae Lycopodium cernum L. pinheirinho-do-brejo Pa Orn. Erva - 44 - Lecythidaceae Cariniana estrellensis (Raddi) jequitibá Fs Mad. Árv. C Kuntze. Cariniana micrantha Ducke matamatá-vermelho Da/Aa Mad. Árv. C Cariniana rubra Garder ex Miers. bingueiro, birro-d`água Fa/Aa/Da Mad. Orn. Árv. C Eschweilera odora (Poepp.) Miers matamata Fa/Aa Mad. Árv. C Gustavia augusta R. geniparana, borangiba Ds/As/Fa Mad. Árv. C Lecythis paraensis Aubl. sapucaia Fs/As Mad. Orn. Árv. C 45 - Leguminosae Abarema jupumba (willd.) Britt. & saboeiro As/Ds Mad. Árv. C Killip. Acacia pollypylla DC. monjoleiro Ds/As/Fs Mad. Apic. Árv. P fava-de-espinho, capa- Acacia huilana Bret. L. Ds/As Mad. Apic. Árv. P bode Acosmium dasycarpum Vog. sucupira-amarela. Sd/As Mad. Orn. Apic. Árv. C Albizia niopoides (Spruce. ex Benth.) angico branco Fs/Ds Mad. Orn. Árv. S Burkart. Albizia sp. monze Da/Aa/Fa Mad. Orn. Árv. S Anadenanthera sp. angico Fs Mad. Árv. S Andira cuyabensis Benth. angelim-de-morcego Sd/Sa Mad. Orn. Árv. C Andira humilis Mart. ex. Benth. angelim-do-campo Sa/Sd/Sp - Arb. P Andira sp. angelim Sa/Sd Orn. Apic. Árv. C Apuleia mollaris Spr. ex Benth. garapa, amarelão Fs/Ds/Da/Fa Mad. Orn. Árv. C Batesia floribunda Spr. ex. Benth. acapurana Ds/As Mad. Árv. C Bauhinia glabra Jacq cipó-escada Fs/Ds/Da/As Orn. Trep. C Bauhinia sp. cipó-de-jabuti As/Ds Trep. C Bauhinia spp. pata-de-vaca Fs/Ds/Da/As/Sd - Arb/Árv S Bowdichia virgilioides H. B. K. sucupira-preta Sd/As Apic.Orn.Mad Árv. C Calliandra parviflora Benth. angiquinho Sd/Fs Orn. Arb. P Calliandra sp. cigana Sd/Sp/As Orn. Sub. P

28 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Nome Vulgar Ocorrência Uso Háb. Gr.Ec. Campsiandra laurifolia Benth. acapurana-da-várzea Da/Aa Mad.Apic. Árv. S Cassia ferruginea Mart. canafistula Aa/Da/Fa Orn.Mad. Árv. S Cassia leiandra Benth. mari-mari Aa/Da/Fa Orn.Mad. Árv. P Cedrelinga catenaeformis Ducke cedrorana Ds Mad.Apic. Árv. C Copaifera langsdorffii. Desf pau-d’óleo Fa/Fs/Sd/Aa/Da Med.Orn.Mad Árv. C Copaifera reticulata Ducke copaíba Sd/As Med.Orn. Arv. C Copaifera martii Hayne copaibinha As/Sd Apic. Arb. S Cratylia argentea (Desv.) O Kze. cratília Fs/As Orn.Apic. Arb. P Crotalaria sp. xique-xique Cs/rs Tox. Erva P Dalbergia miscolobium Benth. caviúna Sd/As Orn.Mad. Árv. C Dialium guianense (Aubl.) Sandw jutai-pororoca Ds/As/Fs Mad. Árv. S Dimorphandra mollis Benth. faveiro As/Sd Mad.Med. Árv. S Dinizia excelsa Ducke angelim-pedra As/Ds Mad. Árv. C Dioclea glabra Benth. mucunã, olho de boi. Da/Fa/Fs/As/Aa Orn. Trep. P Diplotropis martiusii Benth. sucupira-da-várzea Fa/Da/Aa Mad.Mel. Árv. C Dipteryx alata Vog. baru Sd/As Mad.Orn.Alim Árv. C Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. cumaru Ds/As/Fs Mad. Árv. C Enterolobium contortisiliquum (Vell.) tamboril, fava-orelha-de- Da/Aa/Fa Mad.Apic.Orn. Árv. S Morong. negro. Enterolobium gummiferum (Mart.) tamboril do cerrado As/Sd Orn.Mad. Árv. C Macb. Enterolobium schomburgkii (Benth.) orelha-de-negro Ds/Da Mad.Orn. Árv. S Benth. Erythrina verna Mart. mulungu Cs/Fa/Rs Orn.Med. Árv. S Hymenaea courbaril L. jatobá Fs Mad.Med. Árv. C Hymenaea stigonocarpa Mart. ex jatobá-do-campo Sd/As Mad.Alim. Árv. C Hayne Guibourtia hymenifolia (Moric.) J. jatobazinho Sd/As/rs Mad. Árv. S Leonard. Inga alba (Sw.) Willd. ingá-xixica Fa/Aa/Da/Sd Mad.Apic. Árv. S Inga uruguensis Hook. & Arn. ingá-sapo, ingá-banana. Aa/Da/Fa Alim.Apic. Árv. P Inga cylindrica Mart. ingá, ingá-mirim Fs Alim.Apic. Árv. S Inga sp. ingá-vermelho Da Apic.Zooc. Árv. S Inga sp. ingá Fs Apic. Árv. S Machaerium aculeatum Raddi. jacarandá-de-espinho Sd/Fs Apic.Orn.Mad. Árv. S Machaerium acutifolium Vog. jacarandá-do-cerrado Sd/Fs Apic.Orn.Mad. Árv. C Machaerium hirtum (Vell.) Stelf. amarra-nego Fs Apic. Trep. S Machaerium sp. jacarandá Fs/Ds Mad. Árv. S Macrolobium acaciefolium Benth. arapari Da, Aa, Fa Mad. Árv. S Parkia pendula (Willd.) Benth. fava-de-bolota Ds/As Orn.Mad. Árv. S Parkia platycephala Benth. fava-de-bolota Sd/As Orn.Mad. Árv. S Parkia ulei (Harms) Kuhlm. esponjinha As - Arb. S Pithecellobium tortum Benth. rosquinha Fs/Sd/As Mad.Orn. Árv. S Pithecellobium saman (Jacq.) Benth. bordão-de-velho Ds/As/Fs/Cs Mad.Orn. Árv. S Plathymenia reticulata Benth. vinhático Sd/As Mod.Apic. Árv. C Platypodium elegans Vog. canzileiro Sd/Fs Mad.Orn. Árv. S Pterocarpus michelii Brit. mututi, pau-sangue. Fa/Aa/Da Mad.Apic. Árv. S Pterodon pubescens Benth. sucupira-branca Sd/As Med.Orn. ad Árv. C Schizolobium amazonicum Ducke pinho-cuiabano,paricá Aa/Da/Ds/As Apic.Orn.Mad Árv. S Sclerolobium paniculatum Vog. carvoeiro Sd/Fs/As/Ds Mad.Mel. Árv. P Sclerolobium aureum (Tul.) Benth. tatarema Sd/As Mad.Apic. Árv. P Sclerolobium sp. tachi-branco Sd/As Mad. Árv. P Senna multijuga (L. C. Rich.) I. & B. chuva-de-ouro Fa/Aa/Da Orn.Apic. Árv. P Stryphnodendron adstringens (Mart.) barbatimão Sd/As Med. Árv. S Coville Swartzia rancemosa Benth. mututi-duro Da/Aa/Fa Mad. Árv. S Swartzia sp. banha de galinha Ds/Fs/As Mad.Alim. Árv. S Swetia sp. canjica Fs/As Mad. Árv. S Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke sucupira-amargosa Sd/As Apic.Orn.Mad Árv. C

29 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Nome Vulgar Ocorrência Uso Háb. Gr.Ec. 46 - Loganiaceae Antonia ovata Pohl anônima Sd/Fs Apic.Mad. Árv. S Strychnos pseudoquina St. Hill quina-do-campo Sd/As Med.Mad. Árv. C 47 - Lythraceae Cuphea sp. sempre-viva Sp/As Med. Sub. - Diplusodon sp. sete-sangria-branca As Orn. Arb. - Diplusodon sp. sete-sangrias Sd/Sp/As Orn. Erva - Lafoensia pacari St. Hil. pacari, dedaleiro Sd/As Med.Orn.Mad. Árv. C Lafoensia sp. pacari-da mata Fa/Aa Orn.Mad. Árv. C Physocalymma scaberrimum Pohl nó-de-porco Sd/Ds/As/Fs Orn.Mad. Árv. P 48 - Magnoliácea Talauma ovata St. Hill pinha-do-brejo Fa/Pa Mad. Árv. S 49 - Malpighiaceae Banisteriopsis spp. cipó-prata Sd/As/Fs Orn. Trep. P Byrsonima crassa Nied. murici-do-campo As/Sp Alim.Orn. Árv. S Byrsonima coccolobifolia (L.) H. B. K. murici-folha-lisa As/Sp Alim.Orn.Mad. Árv. S Byrsonima sericea DC. murici-da-mata Sd/As Alim.Orn.Mad. Árv. S Byrsonima spicata (Cav.) H. B. K. murici-miúdo Ds/Da Alim.Mad. Árv. P Byrsonima subterranea Brade & murici-rasteiro As/Sp Alim. Arb. P Marckg. Byrsonima verbascifolia (L.) Rich. ex. muricizinho As/Sp Alim.Orn.Mad. Árv. S A. L. Juss. Byrsonima sp. muricizinho-do-carrasco As Zooc. Arb. S Heteropterys sp. pau-canário As/Sp Orn. Árv. S Peixotoa sp. cordão-de-são-francisco As/Sp Orn.Med. Arb. - 50 - Marantaceae Maranta parvifolia. A. Dietr. calatea Fs/As Orn. Erva C Em identificação caauaçu Fs - Erva C Em identificação capororoca Fs - Erva - 51 - Malvaceae Sida spp. invasora Opor. - Erva P 52 - Marcgraviaceae Norantea sp. rabo-de-arara Sd/Fs Orn. Árv. S 53 - Melastomataceae Bellucia grossularioides (l.) Tr. goiaba-de-anta Ds/As Zooc.Mad. Árv. S Cambessedesia sp. - Pa Orn Erva P Lavoisiera sp. - Pa Orn Erva P Leandra sp. chubinho Fa/Aa/Pa Orn. Árv. P Miconia albicans (Sw.) Triana. tinteiro-vermelho Sp/As Orn.Mad. Árv. P Miconia sp. tinteiro-branco Sd/Fs Orn.Mad. Árv. P Miconia sp. jacatirão Fa/Aa/Pa Orn. Árv. P Microlicia sp. - Sp/As Orn. Ver. P Rhynchanthera sp. quaresmeira Pa Orn. Arb. P Tibouchina candolleana (DC.) Cogn. quaresmeira Fa/Aa Orn. Árv. P Tibouchina herbacea (DC.) Cogn. quaresminha-do-brejo Pa Orn. Erva P Tibouchina sp. quaresmeira- do-cerrado As/Sp Orn. Arb. P Tococa sp. pau-de- Aa/Fa Orn. Arb. P Trembleya sp. galha Aa/Fa Orn. Arb. P 54 - Meliaceae Cedrella fissilis Vell. cedro Cs/Fs Mad. Árv. C Cedrella odorata L. cedro-do- brejo Fa/As Mad. Árv. P Guarea guidonia (L.) Sleumer marinheiro Da/As/Fs/Fa Mad. Árv. S Guarea macrophylla Vahl. marinheiro Da/As/Fs/Fa Mad. Árv. S Trichilia catigua Adr. Juss catiguá Fs/Fa Mad. Árv. P Trichillia weddelii C. DC. cachuá Fs/Fa Mad. Árv. P Swietenia macrophylla King. & Hook. mogno Ds/As Mad. Árv. C 55 - Memecylaceae Mouriri guianensis Aubl. muiraúba Ds/As/Sd/Fa Mad. Árv. S Mouriri pusa Gardner puçá As/Sd Alim.Mad Árv. C

30 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Nome Vulgar Ocorrência Uso Háb. Gr.Ec. Mouriri sp. puçazinho-do-carrasco As Ali Arb. C 56 - Menyanthaceae Nymphoides grayana (Griseb.) lagartixa Pa Orn. Erva - Kuntze Nymphoides sp. lagartixa Pa Orn. Erva - 57 - Monimiaceae Siparuna guianensis Aubl. negramina Fa/Fs/Ds - Arb. P Siparuna camporum A. DC. negramina Fs/Fa - Árv. P Siparuna discipiens (Tul.) A. DC. louro-capitiu Fa/Aa Mad. Árv. S Siparuna sp. negramina Fs/Fa/As - Arb. P 58 - Moraceae Brosimum gaudichaudii Trec. mamacadela Sd/As Alim.Zooc. Árv. P Brosimum rubescens Taub. pau-brasil, muirapiranga Ds Mad. Árv. S Brosimum lactescens vaca-leiteira Da Mad Árv. S Ficus hispida. Willd. gameleira-branca Da/Aa/Fa Zooc.Mad. Árv. P Ficus gardneriana (Miq.) Miq. gameleira Fs/As Zooc.Mad. Árv. P Helicostylis pedunculata Benth. inharé Sd/Da Mad. Árv. S Helicostylis sp. inharé-branco Sd/Da Mad. Árv. S Maclura tinctoria (L.) D. Don ex moreira Da/Ds/Aa/Fa Mad.Med.Zooc. Árv. S Steud. 59 - Myristicaceae Virola sebifera Aubl. bicuíba, ucuúba Sd/Fs Mad. Árv. P Virola surinamensis (Rol.) Warburg. ucuúba-preta, ucuúba Fa/Da/As Mad. Árv. P Virola cf. urbaniana pindaiba-branca Fa/Aa Mad. Árv. P 60 - Myrsinaceae Rapanea guianensis Aubl. pororoca Fa/Aa Mad. Árv. P 61 - Myrtaceae Blepharocalyx salacifolius (H. B. K) maria-preta Sd/As Mad.Zooc. Árv. S Berg. Campomanesia adamantium Camb. gabiroba Sd/As Alim. Arb. P Campomanesia sp. gabiroba As/Sp Alim. Arb. P Eugenia dysenterica DC. cagaita Sd/As Alim.Mad.Zooc.Orn Árv. S Eugenia florida DC. gumirim Sd/Fs Zooc.Mad. Árv. S Eugenia sp. gumirim-do-cerrado Sd/As Mad.Zooc. Árv. - Eugenia sp.1 pitangueira Da Zooc.Mad. Árv. S Gomidesia lindeniana Berg. tinteiro Sd/As Zooc.Mad. Árv. S Myrcia fallax (Rich.) DC. murta As/Sd - Árv. S Myrcia linearifolia Camb. alecrim-do-cerrado Sp/As Zooc. Erva - Myrcia tomentosa (Aubl.) DC. goiabinha-do-cerrado Sp/As/Sd Mad.Zooc. Árv. S Myrcia selowiana Berg. vermelhão Da Mad. Árv. - Psidium sartorianum (Berg.) Nied. goiabinha-da-mata Fa Mad.Zooc. Árv. S Psidium mirsinoides Berg. goiabinha-do-campo As/Sd Zooc. Arv. S Psidium guianense SW goiaba- d’água Aa/Fa Zooc. Árv. S Psidium guajava L. goiabeira Opor. Alim. Árv. S Psidium sp.1 cambui Da Zooc. Árv. S Psidium sp.2 goiabinha As/Sd Zooc. Árv. S 62 - Nyctaginaceae Guapira graciliflora (Mart. ex. J. A. pau-mole Sd/As Mad.Apic. Árv. S Schmidt) Lundel Neea oppositifolia R. et pav. joão-mole Fa/Aa Mad. Árv. S Neea theifera Oerst. maria-mole Sd/As Mad. Árv. S 63 - Nymphaeaceae Nymphaea amazonum Mart. & Zucc. flor-da-noite Pa Orn. Erva - 64 - Polipodiaceae Adiantopsis sp. falsa-avenca Fa/Aa/Da Orn. Erva - 65 - Opiliaceae Agonandra brasiliensis Benth & pau-marfim Fs/Sd/As Mad. Árv. S Hook. F.

31 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Nome Vulgar Ocorrência Uso Háb. Gr.Ec. 66 - Ochnaceae Ouratea exasperma (St. Hil.) Baill. pau-de-cobra Sd/As Orn.Mad. Árv. S Ouratea nana (St. Hil.) Engl. erva-de-cobra Sp/As - Erva S Ouratea spectabilis (Mart.) Engl. pau-de-cobra Sd/As Orn.Zooc Árv. S 67 - Olacaceae Channochiton kapllere (Sagot) pau-vermelho Da Mad. Árv. S Duche Minguartia puntacta (rad.) Sleum. acariquara Ds/As/Aa Mad. Árv. C 68 - Onagraceae Ludwigia elegans (Cambess.) Hara ludiwigia Pa Orn. Erva P Ludwigia grandiflora (Michx.) Zardini cruz-de-malta Pa Orn. Erva P Ludwigia leptocarpa (Nutt.) Hara florzeiro Pa Orn. Erva P Ludwigia nervosa (Poir.) Hara erva-de-bicho Pa Orn. Erva P Ludwigia octovalis (jacq.) ludwigia Pa Orn. Erva P Ludwigia tomentosa (Cambess.) ludwigia Pa Orn. Erva P Hara 69 - Orchidaceae Catasetum sp. sumaré Fa/As Orn. Epíf. - Cattleya araguaiensis Pabst orquídea Da/Fa/Aa Orn. Epíf. - Cattleya sp. orquídea Fs/Sd Orn. Epíf. - Encyclia sp. orquídea Fa Orn. Epíf. - Leucohyle sp. orquídea Fa Orn. Epíf. - Oncidium sp. orquídea Fa/Aa Orn. Epíf. - Vacila sp. bauhinia Fa Orn. Epíf. - 70 - Oxalidaceae Oxalis condensata Mart. & Zucc. azedinha Sd/As/Sp - Erva - 71 - Passifloraceae Passiflora sp. maracujá Sd/Fs Apic. Trep. P 72 - Piperaceae - Peperomia crinicaulis C. DC. peperômia Fa Zooc. Arb. P Piper aduncum L. pimenta-longa Fa Zooc. Arb. P Piper flavicans C. DC. jaborandi Fa/Aa Zooc. Arb. P Piper tuberculatum Jacq. pimenta-do-mato Fa/Aa Zooc.Alim. Arb. P 73 - Poaceae Acroceras sp. braquiária-d’água Pa Forr. Erva P Actinocladum verticilatum (Nees.) taboquinha Sd/Fa - Erva P McClur & Soderstron. Andropogon bicornis L. capim-rabo-de-burro Pa - Erva P Aristida riparia Trim capim-rabo-de- gambá Sd/Sp/As - Erva P Aristida sp. capim-do-campo As/Sd/Sp - Erva P Axonopus barbigerus (Kunth.) capim- vassoura As/Sp - Erva P Haitchc. Brachiaria spp. capins- braquiaria Opor. Forr. Erva P Echinolaena inflexa (Poir.) Chase. capim- flechinha Sp/As - Erva P Guadua sp. taboca Fa/Sd Art. Árv. P Hymenachne amplexicaulis (Rudge) - Pa Forr. Erva Nees Hyparrhenia rufa (nees) Stapf. capim-jaraguá Opor. Forr. Erva P Imperata sp. sapé Pa Art. Erva P Mellinis minutiflora Beauv. capim-meloso Sd/Sa/Sp Forr. Erva Olyra latifolia L. taboquinha Fa/Sd - Erva S Panicum campestre Nees ex Trin capim agreste Sa/Sd/Sp Erva P Panicum sp. capim-do-brejo Pa Forr. Erva P Paspalum polyphyllum Nees capim-veludo Sa/Sd/Sp - Erva P Paspalum stellatum Flueg. capim-taturana Sa/Sd/Sp - Erva P 74 - Polygonaceae Coccoloba mollis sp pau-formiga Sd/As/Aa Zooc. Árv. P Polygonum sp. erva-de-bicho Pa Apic.Med Erva - Triplaris surinamensis Cham. tachi-da-várzea Aa/Da Mad. Árv. P

32 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Nome Vulgar Ocorrência Uso Háb. Gr.Ec. 75 - Polypodiaceae Polypodium sp. samambaia Pa - Erva - 76 - Pontederiaceae Eichhornia grassipes (Mart.) aguapé Pa Orn.Apic. Erva P Eichhornia sp. aguapé Pa Orn.Apic. Erva P Pontederia spp. camalote Pa Orn.Apic. Erva P 77 - Proteaceae Roupala tomensiana Moric. faeira Aa/Da Mad. Árv. S Roupala Montana Aubl. carne-de-vaca Sd/Sa Apic.mad Árv. S Roupala brasiliensis Klotz. carne-de-vaca Fa/Sd Apic.mad Árv. S 78 - Rhamnaceae Rhamnidium elaeocarpus Reiss. cafezinho, cabriteiro. Fs/Sd Apic.mad.Zooc. Árv. P 79 - Rosaceae Prunus sp. pêssego-do-mato Fa/Da Mad. Árv. S 80 - Rubiaceae Alibertia edulis (L. C. Rich.) A. Rich marmelinho Fa/Sd Alim.Zooc. Arv. P ex DC. Alibertia sessilis Schumann marmelada-de-cachorro Fs/Fa/Sd Alim.Zooc. Árv. S Alibertia elliptica (Cham.) K. Schum. marmelada Cerrado - Arb. S Amaioua guianensis Aubl. canela-de-veado rs Zooc. Arb. P Coussarea hydrangeaefolia Benth. & conduru, coussaria. Fa/Fs/Sd Apic.Orn.Mad. Árv. P Hook Genipa americana L. jenipapo Fa/Da/Aa Alim.Zooc.Mad. Árv. S Guettarda viburnoides Cham. & angélica Sd/Sa Zooc.Mad Árv. S Schltr. Palicourea coriacea (Cham.) K. douradinha Sp/Sa Med. Arb. P Schum. Palicourea rigida H. B. K. bate-caixa Sp/Sa/Sd Med. Arb. P Psychotria capitata Ruiz & Pavon cafezinho Fa/Aa/Da Tox. Erva P Randia armata (Sw) DC. limãozinho Fs Apic. Arb. S Randia sp. veludo Fa/Aa Zooc. Árv. - Rudgea virbunoides (Cham.) Benth. chá-de- Sd/Sa Med.Zooc Árv. - Sabicea brasiliensis Wernhm sangue-de-cristo Sp/Sa Alim.Zooc Erva - Tocoyena formosa (Cham. Schl.) genipapo-de-cavalo Sd/Sa/Sp Zooc.Mad. Árv. S Schum. 81 - Rutaceae Zanthoxylum rhoifolium Lam. mamica-de-porca Fa/Sd Apic.Mad Árv. S Zanthoxylum rieldelianum Engl. mamica-de-porca Fa/Sd Apic.Mad Árv. S Zanthoxylum sp. pau-de-tamanco Fs Apic.Mad Árv. S 82 - Sapindaceae Cupania vernalis Camb. assa leitão Fs/Fa Apic.mad Árv. S Dilodendron bipinnatum Radlk. maria-pobre Cs/Sd/Fs Mad. Árv. S Magonia pubescens St. Hil. tingui Sd/Sa Med.Mad Árv. S Matayba elaeagnoides Radlk. camboatá Fs/Sd Apic.Mad Árv. S Matayba guianensis Aubl. camboatá FsSd Apic.Mad Árv. S Paulinia sp. cipó-timbó Fs/Sd/Fa Apic. Trep. S Sapindus sabonaria L. saboneteira As Orn.Mad. Árv. S Serjania erecta Radlk. timbó Fs/Fa Apic. Trep. S Serjania sp. cipó-quina Fa/Sd Apic. Trep. S 83 - Sapotaceae Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & aguaí Fa Mad. Arv. S Eichl.) Engl. Micropholis velunosa (Pierre ex. uvinha Ds/Fa/Fs/Da Mad. Árv. S Eichl.) Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk abiorana-vermelha Ds/Da Mad. Árv. S Pouteria torta (Mart.) Radlk. guapeva Fs/Fa Mad. Árv. S Pouteria ramiflora (Mart.) Radlk. abio-curriola Sd/As Zooc.mad. Árv. S Pouteria guianensis Eyma abiorana-branca Ds/As Zooc.Mad. Árv. S

33 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Nome Vulgar Ocorrência Uso Háb. Gr.Ec. abio-rosadinho Prieurella prieuri C. DC. Ds/Fa/Fs - Árv. S maçaranduba-falsa 84 - Simaroubaceae Simarouba amara Aubl. marupá Ds/Da/Fs/Sd Mad.Zooc.Apic. Árv. S Simarouba versicolor St. Hil. mata-menino Sd/Sa Apic.Mad Árv. S 85 - Smilacaceae Smilax spp. japecangas Fs/Fa/Sd/Sa - Trep. S 86 - Solanaceae Solanum lycocarpum St. Hill. lobeira Opor. Zooc. Arb. P Solanum sp. jurubebão Opor. Arb. P 87 - Sterculiaceae Helicteris brevispira St. Hil. saca-rolha Sd/Fs Med.Orn. Arb. P Helicteris sacarolha St. Hil., A. Juss. fel-da-terra Sd Med.Orn. Sub. P & Camb. Guazuma ulmifolia Lam. mutamba Fa/Fs/Sd Zooc.Mad. Árv. P Sterculia striata St. Hil. et Naud. chichá Cs Zooc.Mad. Árv. S Sterculia sp. chichá, axixá Ds/As Mad.Zooc. Árv. S Theobroma speciosa Spr. cacauí Ds Mad. Árv. S 88 - Streliziaceae Phenakospermum guianense Endl. bananeira-brava, sororoca Ds/As/Da/AA/Pa - Erva S 89 - Styracaceae Styrax ferrugineus Nees & Mart. laranjinha-do-cerrado Sd/Sa Apic.Mad.Orn. Árv. S Styrax camporum Pohl. laranjinha Fs Apic.Mad. Árv. S 90 - Teophrastaceae Clavija nutans (Vell.) Stahl. chá de índio Fs - Arb. C 91 - Tiphaceae Typha dominguensis Pers. taboa Pa - Erva P 92 - Tiliaceae Apeiba echinata Gaert. pau-jangada As Mad. Árv. S Apeiba tibourbou Aubl. pente-de-macaco Da/Aa/As/Fa Mad. Árv. S Luehea divaricata Mart. et Zucc. açoita-cavalo Fa/Sd Med.Mad Árv. P Luehea grandiflora Mart. et Zucc. açoita-cavalo Fs/Fa Med.Orn. Árv. S Luehea paniculata Mart. açoita-cavalo Ds/Fs Med.Mad Árv. P 93 - Turmeraceae Turnera sp. turnera Sp/Sa - Sub. - 94 - Ulmaceae Trema micrantha (L.) Blume. candiúba Da/Aa/Fa Apic.Zooc. Árv. P Celtis sp esporão-de-galo Da/Fa/Aa Apic.Zooc Árv. P 95 - Urticaceae Pourouma sp. mapatirana Ds Mad. Árv. S 96 - Verbenaceae Aloysia virgata (Ruiz et Pv) A. L. lixa da mata Fs Apic.Mad Árv. S Juss. Lippia rotudifolia Warinosa Mart. & verbena Sp/Sa Orn. Arb. - Schaw. Vitex polygama Cham. tarumã Fs/Cs/Sd Apic.Zooc.Mad. Árv. S 97 - Velloziaceae Vellozia sp. canela-de-ema Sp - Arb. P Vellozia sp. canela-de-ema-pequena Cs/rs - Erva P 98 - Vitaceae Cissus sicyoides L. uvinha Fa - Erva P Cissus sp. uva-do-mato Sd/Sa - Trep. P 99 - Vochysiaceae Callisthene fasciculata Mart. pau-jacaré Sd/Fa Mad. Árv. S Callisthene major Mart. joão-farinha Sd/Fs/Cs/Ds/Rs Mad. Árv. S Qualea albiflora Warm. mandioqueira-lisa Ds Mad. Árv. S Qualea dichotoma (Warm.) Stalf. cascudo Fs Mad. Árv. S Qualea grandiflora Mart. pau-terra-da- folha-larga Sa/Sd Mad.Orn. Árv. S

34 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Nome Vulgar Ocorrência Uso Háb. Gr.Ec. Qualea multiflora Mart. pau-terra-vermelho Sa/Sd/Sp Mad.Orn. Árv. S Qualea parviflora Mart. pau-terra da folha miúda Sa/Sd/Sp Mad.Orn.Apic. Árv. S Qualea sp. camaçari Fa Mad. Árv. S Salvertia convallariaeodora St. Hil. moliana Sa/Sd/Sp Apic.Orn. Árv. S Vochysia rufa Mart. pau-doce Sa/Sp/Sd Med.Orn. Árv. S Vochysia haenkeana Mart. escorrega-macaco Fs/Ds Orn.Apic. Árv. S Vochysia pyramidalis Mart. quaruba Fa Orn.Zooc.Apic. Árv. S Vochysia tucanorum Mart. pau-tucano Sd Orn.Apic. Árv. P Vochysia vismifolia Spr. ex. Warm. quaruba-cedro Ds Mad. Árv. S 100 - Xyridaceae Xyris tenella Kunth erva-leque Pa Orn. Erva P Xyris sp. leque-do-brejo Pa Orn. Erva P Xyris sp. botão-de-ouro Pa Orn. Erva P 101 - Zingiberaceae Costus spiralis (jacq.) Roscoe cana-de-macaco Fa/Pa Med.Orn. Erva P Costus sp. cana-de-macaco Fa/Pa Med.Orn. Erva P Hedychyum coronarium Koenig palma de são josé Pa Med.Orn. Erva P

Ocorrência Aa - Floresta Ombrófila Aberta Aluvial rs - Refúgio Ecológico As - Floresta Ombrófila Aberta Submontana Pa - Formações Pioneiras de Influência Fluvial e/ou Lacustre Da - Floresta Ombrófila Densa Aluvial Sd - Cerradão (Savana Florestada) Ds - Floresta Ombrófila Densa Submontana Sa - Cerrado Típico (Savana Arborizada) Fs - Floresta Estacional Semidecidual Submontana Sp - Cerrado Ralo e Campo Limpo e Sujo (Savana Parque e Gramíneo Lenhosa) Fa - Floresta Estacional Semidecidual Aluvial Opor. - Espécies Oportunistas Cs - Floresta Estacional Decidual Submontana

Hábito (Hab.) Uso Potencial (Potencial) Grupo Ecológico (Gr.Ec.) Arb. - Arbusto Alim. - Alimentícia P - Pioneira Árv. - Árvore Apic. - Apícola S - Secundária Epif. - Epífita Forr. - Forrageira C - Climáxica Erva - Erva Mad. - Madeireira Sub. - Subarbusto Med. - Medicinal Trep. - Trepadeira Oleif. - Oleífera Orn. - Ornamental Res. - Resinífera Tox. - Tóxica Zooc. - De interesse faunístico

3.1.1 – Espécies “raras”, “invasoras” e macrophylla) em perigo de extinção, não havendo “endêmicas” citação de espécies raras para a área do Norte do Tocantins, certamente pela ausência de estudos O Ibama, através da portaria no 37, de 3 de abril de direcionados ou mais aprofundados sobre a flora da 1992 (BRASIL, 2003), divulgou a Lista Oficial das região. Entretanto, tomando-se como base os Espécies da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção. inventários, foram elaboradas as seguintes listagens de De acordo com a lista, na área em estudo foi espécies raras, constante nos Quadros 6 a 10: constatado apenas a presença do mogno (Swietenia

35 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

3.1.1.1 – Espécies raras

Quadro 6 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: espécies raras - Floresta Ombrófila Densa Submontana Nome científico Nome vulgar Aspidosperma spruceanum Benth. Araracanga Bowdichia nitida Benth. Sucupira-amarela Brosimum rubescens Taub. Pau-brasil Diospyros praetermissa Sandw Caquí-folha-miúda Qualea albiflora Warm Mandioqueira-lisa

Quadro 7 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: espécies raras - Floresta Ombrófila Densa Aluvial Nome científico Nome vulgar Cattleya araguaiensis Pabst Orquidea Ceiba sp. Paineira-vermelha Guibourtia himenifolia (Mourc.) J. Leonard. Jatobazinho Pourouma cecropilifolia Mart. Mapatirana

Quadro 8 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: espécies raras - Floresta Ombrófila Aberta Submontana Nome científico Nome vulgar Cassia ferruginea (Schrad.) Schrad. Canafistula Dinizia excelsa Ducke Angelim-pedra, angelim-vermelho Eugenia sp. Pitanqueira Minquartia puntacta (rad.) Slium. Acariquara Swietenia macrophylla King e Hook Mogno

Quadro 9 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: espécies raras - Mata de Galeria Nome científico Nome vulgar Emmotum fagifolium Desv. Muiraximbé Goupia glaba Aubl. Cupiúba Senna sp. Chuva-de-ouro

Quadro 10 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: espécies raras -Cerrado Sentido Restrito Nome científico Nome vulgar Byrsonima sp. Murici-do-carrasco Hymenaea sp. Jatobá-de-vaqueiro Kielmeyera rubriflora Camb. Pau-santo Mouriri sp. Puçazinho-do-carrasco Salacia sp. Bacuparizinho-do-carrasco Vellozia sp. Canela-de-ema

3.1.1.2 – Espécies Invasoras sucessão ecológica; ou exótica introduzida como p. e. gramíneas do gênero Brachiaria para a formação de Por espécie vegetal invasora, entende-se aquela pastagem plantada. Segue listagem de espécies espécie que coloniza de forma acentuada um ambiente nativas que colonizaram os diversos ambientes na após a remoção da vegetação primitiva, podendo ser área, especialmente os ambientes ocupados por nativa, como p. e. espécies pioneiras reiniciando uma

36 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins pastagens, com várias formas de distribuição: ou aleatória (isoladas), em função principalmente da homogênea (tipo babaçual), agrupada (tipo capoeiras) facilidade de dispersão (Quadro 11).

Quadro 11 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: espécies invasoras Nome científico Nome vulgar Acacia huilana Bret. L. Capa-bode Acacia Polyphylla DC Monjoleiro Andropogon gayanus Capim-andropogom Apeiba tibourbou Aubl. Pente-de-macaco, pau-de-jagada Astrocaryum vulgare Mart Tucum Attalea geraensis Barb. Rodr. Indaiá Attalea speciosa Mart. ex Spreng Babaçu Bauhinia sp. Pata-de-vaca Brachiaria brizantha Capim-braquiarão Brachiaria decumbens Capim-braquiaria Brachiaria humidicula Capim-quicuio Cecropia spp umbauba Cenostigma tocantinium Ducke Canela-de-velho-do-cerrado Clonclospermum orinocense Steudi Piriquiteira Cratylia argentea Kuntze Cratilia Croton urucurana Baill Sangra-d`água Guazuma ulmifolia Lam. Mutamba Mabea fistuifera Benth. Canudo-de-pito Maclura tinctoria (L.) D. Don ex Steudd. Moreira Olyra sp. Taboquinha Panicum maximum Capim colonião Panicum sp. Capim-mombassa Parkia platycephala Benth. Fava-de-bolota Pithecellobium saman (Jacq.) Benth. Bordão-de-velho Pithecolobium tortum Mart. Rosquinha, tataré Sapium sp. Leiteiro Schizolobium amazonicum Ducke Paricá, pinho-cuiabano Sclerolobium paniculatum Vog. Carvoeiro Senna pendula (Willd.) Irw. el Barn. Fedegoso Senna silvestris Irw. el Barn. Fedegoso Solanum paniculata L. Jurubeba-roxa Solanum viarum Dun. Juá Solanum sp. Jurubebão Spondias lutea L. Taperebá Typha dominguensis Pers. Taboa Vernona spp. Assa- Vismia brasiliensis Choisy Lacre Xylopia aromatica (Lam.) Mart. Pimenta-de-macaco

3.1.1.3 – Espécies endêmicas Nesse sentido, os estudos realizados em campo, associados à ausência de dados pretéritos e De acordo com o Dicionário Brasileiro de Ciências específicos, não permitiram a determinação de Ambientais (SILVA et al, 1999); espécie endêmica é espécies endêmicas para a área do ZEE do Norte do uma espécie biológica ou raça nativa de um Estado do Tocantins como um todo. Contudo, foram determinado lugar, e só encontrada ali. O Dicionário de identificadas áreas com potencial para a existência Ciência Ambiental (DASHEFSKY, 1997), traz a dessas espécies, sendo necessário estudos seguinte definição: "alguma coisa encontrada apenas específicos em cada um dos ambiente determinados e numa certa região", p.e. plantas e animais. O na área em estudo como um todo, conforme indicado Dicionário de Língua Portuguesa (FERREIRA et al, no mapa de uso potencial da cobertura vegetal. 1985), diz “peculiar a determinada população ou região”.

37 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

3.2 – Inventário florestal valores extremos os dados da Tabela 1, complementados com as informações constantes nas 3.2.1 –- Estimativas estatísticas - volume e número tabelas 2 e 3, refletem tais condições. Uma intensidade de árvores por amostra (ha) de amostragem não muito alta pode ter contribuído em Dentre as diferentes tipologias vegetais, as Florestas parte para tais valores elevados, mas num Ombrófilas Aberta e Densa foram as que apresentaram levantamento em nível de reconhecimento eles são maiores potenciais, seja em volume ou número de aceitáveis.. Especificamente em relação à variável árvores, o que comumente ocorre em ecossistemas número de árvores, seus valores foram, tropicais. Dentre as medidas de dispersão, obteve-se comparativamente, inferiores àqueles relacionados ao valores relativamente altos em praticamente todos os volume, comprovando estudos realizados pela Missão casos, pela grande variabilidade entre as amostras FAO na Amazônia (SUDAM, 1974), onde a dispersão devida ao alto grau de antropização ou exploração daquela não raro é inferior à esta. seletiva. Como tais medidas são bastante sensíveis a

Tabela 1 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: volume e número de árvores por amostra (ha) Tipo florestal Amostra Volume No árvores 1 6,401 12 2 26,765 32 3 62,798 92 4 34,509 72 5 5,910 12 Cerradão 6 48,337 72 7 99,890 60 8 68,771 68 9 117,514 100 Média 52,320 57,78 1 114,458 108 2 49,325 80 3 127,228 104 4 90,264 80 5 88,351 92 6 127,667 148 Floresta Ombrófila Densa Aluvial 7 156,225 72 8 87,492 100 9 43,445 76 10 103,299 176 11 225,768 176 Média 110,320 110,18 1 46,478 40 2 52,239 52 3 64,864 52 4 59,040 64 5 61,433 52 6 14,552 32 Flor.Estacional Semidecidual Submontana 7 254,189 48 8 64,623 60 9 28,139 32 10 148,044 88 11 29,436 36 12 27,432 44 Média 70,32 52,31 Floresta Ombrófila Aberta Submontana 1 102,955 56 Média 2 61,948 72 3 19,311 32 4 90,173 92 5 42,201 36

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Tipo florestal Amostra Volume No árvores 6 97,537 24 7 68,619 48 8 69,198 44 9 95,980 56 10 5,537 12 11 111,587 52 12 187,924 80 13 101,083 48 Média 81,08 50,15 1 31,721 52 2 9,094 24 3 81,652 68 4 91,105 68 5 73,017 92 6 54,783 48 7 55,922 76 8 100,495 52 Floresta Ombrófila Densa Submontana 9 91,676 48 10 231,208 64 11 408,932 108 12 146,148 108 13 182,492 84 14 265,8 128 15 156,301 76 Média 132,02 73,02

Tabela 2 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: sumário das estimativas estatísticas - volume Média Desvio Coefic. Erro Erro de Intervalo de Tipo de 3 Variância * (m /ha) padrão Variação padrão amostragem confiança vegetação X S2 S Cv% Sx Sx% 95% 1 57,78 1.040,15 32,25 55,81 10,78 18,65 36,22 a 79,34 2 52,31 519,31 22,79 43,57 6,33 12,10 39,65 a 64,97 3 50,15 492,72 22,19 44,24 6,16 12,29 37,83 a 62,47 4 110,18 1.502,40 38,76 35,18 11,67 10,60 86,84 a 133,52 5 73,06 759,40 27,56 37,72 7,12 9,74 58,82 a 87,30 Legenda: 1 - Cerradão; 2 - Floresta Estacional Semidecidual Submontana; 3 - Floresta Ombrófila Aberta Submontana; 4 - Floresta Ombrófila Densa Aluvial; 5 - Floresta Ombrófila Densa Submontana

Tabela 3 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: sumário das estimativas estatísticas - número de árvores Média Desvio Coefic. Erro Erro de Intervalo de Tipo de 3 Variância * (m /ha) padrão Variação padrão amostragem confiança vegetação X S2 S Cv% Sx Sx% 95% 1 57,78 1.040,15 32,25 55,81 10,78 18,65 36,22 a 79,34 2 52,31 519,31 22,79 43,57 6,33 12,10 39,65 a 64,97 3 50,15 492,72 22,19 44,24 6,16 12,29 37,83 a 62,47 4 110,18 1.502,40 38,76 35,18 11,67 10,60 86,84 a 133,52 5 73,06 759,40 27,56 37,72 7,12 9,74 58,82 a 87,30 Legenda: 1 - Cerradão; 2 - Floresta Estacional Semidecidual Submontana; 3 - Floresta Ombrófila Aberta Submontana; 4 - Floresta Ombrófila Densa Aluvial; 5 - Floresta Ombrófila Densa Submontana

3.2.2 – Volume e número de árvores por espécie (ha) impetiginosa) e, principalmente, o jatobá (Hymenaea courbaril), que apresenta um volume de mais de Em áreas onde ocorre o Cerradão existem espécies de 9m3/ha. Na Floresta Estacional Semidecidual grande potencial volumétrico por hectare, podendo-se Submontana, mais uma vez o jatobá (Hymenaea destacar a garapa (Apulea molaris), ipê roxo (Tabebuia courbaril), juntamente com orelha-de-negro

39 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

(Enterolobium schomburgkii) e sumaúma (Ceiba (Hymenaea courbaril também se destaca por sua pendandra), apresentam expressivos volumes de volumetria. Os dados volumétricos e do número de madeira por hectare. Em outras tipologias florestais árvores por hectare de todas as essências que como a Floresta Ombrófila Aberta Submontana e a ocorrem nos diferentes tipos florestais inventariados Floresta Ombrófila Densa Submontana, o jatobá estão discriminados nas tabelas 4 a 7.

Tabela 4 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: volume e número de árvores por espécie (ha) - Cerradão Espécie (nome vulgar) Volume (m3/ha) Número de árvores (indivíduos/ha) Abio rosadinho 1,079 0,80 Amescla 0,512 1,20 Angelim pedra 0,547 0,40 Angico-branco 0,716 0,40 Bacuri 0,658 0,80 Bordão-de-velho 0,335 0,40 Breu-branco 0,066 0,40 Breu-manga 0,228 0,80 Breu-sucuruba 0,182 0,40 Canzileiro 2,182 2,00 Caqui-folha-miúda 0,169 0,40 Carvoeiro 1,664 3,20 Cascudinho 0,108 0,40 Copaíba 0,514 0,80 Cumarú 0,145 0,40 Escorrega-macaco 0,569 0,80 Fava-bolota 0,792 1,60 Fava-de-espinho 0,250 0,40 Garapa 4,092 2,80 Guatambú 0,513 0,80 Gumirim 1,854 2,00 Ingá-xixica 0,125 0,40 Ipê-amarelo 0,344 0,40 Ipê-roxo 3,778 2,80 Itaúba 0,420 0,40 Jatobá 9,301 8,40 Jatobá-do-campo 0,232 0,40 João-farinha 2,836 4,00 Jutaí-pororoca 0,175 0,40 Louro-branco 3,180 2,80 Louro-capitiu 0,130 0,40 Louro-preto 0,770 0,80 Mandiocão 0,084 0,40 Maria-preta 0,405 0,80 Marupá 0,367 0,80 Muiraúba 0,424 0,80 Muiraximbé 1,207 1,60 Murici-da-mata 0,534 0,80 Mutamba 0,330 0,40 Orelha-de-negro 0,559 0,40 Pau-d‘óleo 0,292 0,40 Pau-jacaré 0,095 0,40 Pequi 0,083 0,40 Peroba-branca 0,515 0,40 Rapadura 1,566 1,20 Rosquinha 0,334 1,20 Sapucaia 0,464 0,80 Sôbro 0,065 0,40 Sucupira-amarela 0,870 0,40

40 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Espécie (nome vulgar) Volume (m3/ha) Número de árvores (indivíduos/ha) Sucupira-branca 1,180 0,40 Sucuúba 0,653 0,40 Tanimbuca-amarela 0,530 0,40 Uvinha 0,115 0,40 Uxirana 2,112 2,00 Vermelhinho 1,080 2,10 Total 52,690 60,00

Tabela 5 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: volume e número de árvores por espécie (ha) - Floresta Estacional Semidecidual Espécie (nome vulgar) Volume (m3/ha) Número de árvores (indivíduos/ha) Abiorana-vermelha 0,123 0,33 Açoita-cavalo 0,530 0,33 Amescla 1,384 3,33 Araraganga 0,564 1,00 Aroeira 0,895 1,33 Ata-brava 0,292 0,66 Bacuri 1,095 0,33 Banha-de-galinha 0,199 0,33 Borangiba 0,061 0,33 Breu-branco 0,396 0,66 Breu-manga 0,072 0,33 Breu-sucuruba 0,069 0,33 Caju-açú 0,373 0,33 Canudo-de-pito 0,146 0,33 Canzileiro 2,307 4,00 Cariperana 0,176 0,66 Carvoeiro 1,653 2,33 Cedro 0,194 0,33 Copaíba 1,149 1,00 Cumarú 3,400 1,33 Desconhecidas 0,352 0,66 Envira-preta 0,250 0,33 Fava-bolota 0,224 0,33 Freijó-branco 2,345 2,33 Garapa 3,911 2,66 Gonçalo-alves 1,045 1,00 Ipê-amarelo 1,544 2,33 Ipê-branco 0,181 0,33 Ipê-roxo 1,743 1,33 Itaúba 0,146 0,33 Jatobá 9,512 5,00 Jutaí-pororoca 0,838 1,00 Leiteiro 0,431 0,66 Louro-preto 0,324 0,33 Matamatá 0,167 0,33 Matamatá-vermelho 0,550 0,33 Monjoleiro 0,144 0,33 Muiraúba 0,237 0,33 Murici-da-mata 0,212 0,33 Orelha-de-negro 6,531 2,00 Paineira-barriguda 1,277 0,33 Pau-brasil 0,190 0,33 Pau-pombo 0,232 0,33 Pente-de-macaco 0,131 0,33 Piriquiteiro 0,402 0,33 Quinarana 0,114 0,33 Rapadura 0,124 0,33 Rosquinha 0,164 0,66

41 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Espécie (nome vulgar) Volume (m3/ha) Número de árvores (indivíduos/ha) Saboneteira 0,157 0,33 Sapucaia 3,134 1,00 Sucuúba 0,272 0,33 Sumaúma 16,811 0,66 Tachi-branco 0,190 0,33 Tanimbuca-amarela 0,466 0,33 Taperebá 0,172 0,33 Tarumã 0,564 0,66 Uxirana 0,210 0,33 Vermelhinho 0,499 0,66 Total 70,87 50,00

Tabela 6 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: volume e número de árvores por espécie (ha) - Floresta Ombrófila Aberta Submontana Espécie (nome vulgar) Volume (m3/ha) Número de árvores (indivíduos/ha) Acapurana 0,281 0,30 Acariquara 0,552 0,30 Garapa 3,239 2,76 Amescla 2,776 4,30 Ananí 0,537 0,30 Angelim-pedra 1,184 0,30 Angico-branco 0,474 0,61 Axixá 1,445 0,30 Birro-d’áqua 0,796 0,30 Breu-branco 1,059 0,30 Breu-sucuruba 1,541 0,65 Cagaita 0,134 0,30 Caju-açú 4,886 1,53 Caju-do-campo 1,964 0,61 Canafístula 0,269 0,30 Canzileiro 0,191 0,30 Caqui-folha-miúda 0,451 0,61 Caripé 0,228 0,30 Cariperana 0,318 0,30 Carvoeiro 1,155 0,30 Cascudinho 0,068 0,30 Copaíba 0,182 1,53 Envira-preta 0,095 0,30 Escorrega-macaco 1,980 0,30 Fava-bolota 0,932 0,92 Orelha-de-negro 3,400 1,23 Freió-branco 0,183 0,30 Guapeva 0,160 0,30 Ingá-xixica 0,496 0,92 Inharé 8,022 1,53 Inharé-branco 0,721 0,61 Ipê-amarelo 0,396 0,61 Ipê-roxo 2,293 1,23 Itaúba 4.443 2,15 Jacarandá 0,159 0,30 Jatobá 16,218 6,15 João-moli 0,187 0,30 Louro-amarelo 0,323 0,30 Louro-bosta 0,388 0,30 Louro-branco 0,408 0,61 Louro-preto 0,467 0,92 Mandiocão 0,127 0,30 Maria-preta 0,468 0,30 Marupá 3,076 1,53 Matamatá 0,624 0,30

42 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Espécie (nome vulgar) Volume (m3/ha) Número de árvores (indivíduos/ha) Mirindiba 1,383 0,61 Mogno 0,382 0,30 Muiraúba 0,330 0,61 Murici-da-matá 0,095 0,30 Pateiro 0,127 0,30 Pau-de-jangada 0,135 0,30 Pau-marfim 0,138 0,30 Pau-pombo 0,218 0,61 Pitangueira 0,433 0,30 Rapadura 1,195 1,53 Saboeiro 0,910 0,30 Sapucaia 0,901 1,53 Sucupira-amarela 0,537 0,30 Tamaguaré 0,189 0,30 Tanimbuca-amarela 0,842 0,92 Taperebá 0,610 0,61 Vermelhão 0,978 1,23 Vermelhinho 0,385 0,30 Pau d’óleo 0,360 0,61 Total 81.080 50,14

Tabela 7 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: volume e número de árvores por espécie (ha) - Floresta Ombrófila Densa Aluvial Espécie (nome vulgar) Volume (m3/ha) Número de árvores (indivíduos/ha) Abiorana-vermelha 0,088 0,36 Abio-rosadinho 1,204 1,45 Acapurana-de-várzea 29,049 45,82 Arapari 24,018 9,45 Ata-brava 0,118 0,36 Bacupari 0,395 0,36 Cariperana 2,853 2,54 Catingoso 0,322 0,73 Desconhecidas 2,346 1,09 Freijó-branco 1,189 1,45 Garra-preta 0,150 0,36 Goiabinha 1,088 1,82 Ingá-mirim 0,430 1,45 Ingá-sapo 0,122 0,73 Jatobazinho 2,475 3,27 Jutaí-pororoca 0,494 0,73 Louro-branco 0,272 0,36 Louro-itaúba 0,244 0,36 Mapatirana 0,094 0,36 Matamatá-vermelho 0,529 0,36 Monzê 1,925 2,54 Muiraúba 1,021 3,27 Mututi-duro 2,791 4,73 Paineira-vermelha 0,988 1,09 Pau-vermelho 0,928 2,18 Pêssego-do mato 0,829 0,73 Piranheira 29,182 16,36 Saboeiro 1,383 1,09 Sapucaia 1,244 0,36 Sucupira de várzea 0,127 0,36 Tachi-da-várzea 0,075 0,36 Tamaquaré 0,191 0,36 Taperebá 1,711 1,45 Uxirana 0,091 0,36 Vaca-leiteira 0,362 1,45 Total 110,318 110,18

43 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

3.2.3 – Volume e número de árvores por qualidade volumétrico entre as classes, embora o mesmo não de fuste por classes de diâmetro ocorra com relação ao número de árvores, onde a maior concentração de indivíduos encontra-se na O Cerradão apresenta sempre maiores valores na classe de qualidade 4 (árvores com maiores classe 1 de qualidade de fuste, seja em volume seja deformações). Por outro lado, os valores obtidos em número de árvores, o que denota a boa encontrados na Floresta Ombrófila Densa conformação dos indivíduos que o compõem. Isto Submontana, seguem a mesma tendência daqueles também foi percebido em áreas onde ocorrem a obtidos nos tipos florestais anteriormente citados, Floresta Estacional Semidecidual Submontana e conforme mostram os dados das tabelas 8 a 12. Floresta Ombrofila Aberta Submontana. Já na Floresta Ombrófila Densa Aluvial há um certo equilíbrio

Tabela 8 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: volume e número de árvores por qualidade de fuste por classes de diâmetro (ha) - Cerradão Qual. Classes 30- 40- 50- 60- 70- 80- 90- 100- 110 - >120cm Total fuste diâmetro 39,9cm 49,9cm 59,9cm 60,9cm 70,9cm 89.9cm 99,9cm 109,9cm 119,9cm Vol. 13,44 11,57 8,26 0,54 3,94 37,77 1 nº. arv. 20,80 9,20 5,20 0,40 0,80 36,40 Vol. 3,53 0,94 1,70 0,56 6,74 2 nº. arv. 8,00 1,20 0,80 0,40 10,40 Vol. 1,74 1,57 1,18 4,49 3 nº. arv. 4,00 2,80 0,40 7,20 Vol. 0,89 1,16 0,22 1,39 3,67 4 nº. arv. 3,60 1,20 0,40 0,80 6,00 Total Vol. 19,61 15,25 10,19 2,29 3,94 1,39 52,69 Total nº. arv. 36,40 14,40 6,40 1,20 0,80 0,80 60,00

Tabela 9 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: volume e número de árvores por qualidade de fuste por classes de diâmetro (ha) - Floresta Estacional Semidecidual Qual. Classes 30- 40- 50- 60- 70- 80- 90- 100- 110 - >120cm Total fuste diâmetro 39,9cm 49,9cm 59,9cm 60,9cm 70,9cm 89.9cm 99,9cm 109,9cm 119,9cm Vol. 6,88 7,32 3,47 2,24 10,73 10, 5,60 12,93 50,11 1 nº. arv. 11,00 6,33 2,00 0,67 2,00 0,33 0,67 0,33 23,33 Vol. 5,11 2,91 2,15 1,28 1,85 12,93 50,11 2 nº. arv. 9,33 3,33 1,33 0,33 0,33 23,33 Vol. 2,51 0,41 1,35 13,47 3 nº. arv. 5,67 0,67 0,67 7,00 Vol. 0,81 2,00 0,67 3,60 11,84 2,95 5,60 3,12 4 nº. arv. 2,33 2,00 0,67 5,00 Total Vol. 15,32 12,29 6,32 3,60 11,85 2,96 5,60 12,93 70,87 Total nº. arv. 28,33 12,33 4,00 1,33 2,33 0,67 0,67 0,33 5,00

Tabela 10 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: volume e número de árvores por qualidade de fuste por classes de diâmetro (ha) - Floresta Ombrófila Aberta Submontana Qual. Classes 30- 40- 50- 60- 70- 80- 90- 100- 110 - >120cm Total fuste diâmetro 39,9cm 49,9cm 59,9cm 60,9cm 70,9cm 89.9cm 99,9cm 109,9cm 119,9cm Vol. 8,16 13,38 12,09 4,19 11,89 5,23 3,46 58,44 1 nº. arv. 12;30 9,84 4,61 1,53 2,46 0,92 0,30 32,00 Vol. 3,70 2,86 2,50 0,76 1,48 1,54 2,67 15,53 2 nº. arv. 5,84 2,15 1,23 0,30 0,61 0,30 0,30 10,76 Vol. 1,37 0,64 0,69 2,70 3 nº. arv. 2,76 0,92 0,30 4,00 Vol. 0,33 0,67 1,91 1,46 4,40 4 nº. arv. 1,23 0,92 0,61 0,61 3,38 Total Vol. 13,58 17,56 15,28 6,87 14,84 1,54 7,91 3,46 81,08 Total nº. arv. 22,15 13,84 6,15 2,46 3,69 0,30 1,23 0,30 50,15

44 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Tabela 11 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: volume e número de árvores por qualidade de fuste por classes de diâmetro (ha) - Floresta Ombrófila Densa Aluvial Qual. Classes 30- 40- 50- 60- 70- 80- 90- 100- 110 - >120 Total fuste diâmetro 39,9cm 49,9cm 59,9cm 60,9cm 70,9cm 89.9cm 99,9cm 109,9cm 119,9cm cm Vol. 7,51 11,04 5,39 6,90 10,62 0,82 1,35 5,77 4,85 54,30 1 nº. arv. 13,81 9,81 3,27 2,54 2,54 0,36 0,36 0,72 0,36 33,81 Vol. 6,13 2,83 3,73 5,33 0,84 3,32 22,20 2 nº. arv. 10,90 3,27 2,90 1,81 0,36 0,36 19,63 Vol. 4,44 3,07 1,08 1,95 1,52 12,08 3 nº. arv. 9,45 4,36 1,09 1,09 0,36 16,36 Vol. 7,43 7,93 2,79 0,53 0,86 1,03 1,14 21,73 4 nº. arv. 22,54 12,72 2,90 0,72 0,72 0,36 0,36 40,36 Total Vol. 25,52 24,88 13,01 14,71 11,49 3,38 2.20 5,77 9,32 110,31 Total nº. arv. 56,72 30,18 10,18 6,18 3,27 1,09 0,72 0.72 1,09 110,18

Tabela 12 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: volume e número de árvores por qualidade de fuste por classes de diâmetro (ha) - Floresta Ombrófila Densa Submontana Qual. Classes 30- 40- 50- 60- 70- 80- 90- 100- 110 - >120 Total fuste diâmetro 39,9cm 49,9cm 59,9cm 60,9cm 70,9cm 89.9cm 99,9cm 109,9cm 119,9cm cm Vol. 7,51 11,04 5,39 6,90 10,62 0,82 1,35 5,77 4,85 54,30 1 nº. arv. 13,81 9,81 3,27 2,54 2,54 0,36 0,36 0,72 0,36 33,81 Vol. 6,13 2,83 3,73 5,33 0,84 3,32 22,20 2 nº. arv. 10,90 3,27 2,90 1,81 0,36 0,36 19,63 Vol. 4,44 3,07 1,08 1,95 1,52 12,08 3 nº. arv. 9,45 4,36 1,09 1,09 0,36 16,36 Vol. 7,43 7,93 2,79 0,53 0,86 1,03 1,14 21,73 4 nº. arv. 22,54 12,72 2,90 0,72 0,72 0,36 0,36 40,36 Total Vol. 25,52 24,88 13,01 14,71 11,49 3,38 2.20 5,77 9,32 110,31 Total nº. arv. 56,72 30,18 10,18 6,18 3,27 1,09 0,72 0.72 1,09 110,18

3.2.4 – Principais famílias e estrutura da balanceada e, portanto, em condições de manter uma distribuição diamétrica produção florestal sustentada. BARROS (1980) adverte que uma exploração florestal que provoque um Conforme demonstra o Gráfico 1, a família leguminosae desequilíbrio na distribuição diamétrica, pode ocasionar apresenta ampla predominância sobre as demais, considerável distúrbio na floresta. HEINSDIJK & corroborando já observado em outras áreas de florestas MIRANDA BASTOS (apud BARROS, 1980) tropicais e enfatizado por OLIVEIRA FILHO (1994). constataram que as enviras (Annona spp), dificilmente alcançam diâmetros superiores a 65cm e têm um fim No presente trabalho, em todos os tipos florestais a muito rápido, pois o número de exemplares que passa configuração da curva da distribuição diamétrica segue de uma classe para a imediatamente superior é menor a mesma tendência decrescente de outros trabalhos que 50%; já as abioranas (Pouteria spp), apresentam efetuados em ambientes florestais tropicais, conforme uma distribuição praticamente balanceada, com um pode ser visto nos gráficos 2 a 6. incremento regular até a classe diamétrica de 75 a A importância da distribuição diamétrica para melhor 84cm, a partir da qual decresce até desaparecer. conhecimento de populações florestais há muito vem sendo ressaltada por diversos autores. LIOCOURT, Por outro lado, a distribuição equilibrada dos diâmetros (1889, apud BARROS, 1980) sugere que a distribuição indica que a queda e conseqüente morte de árvores diamétrica em florestas heterogêneas tende a grandes, causada por agentes naturais, provoca o apresentar a forma de “J” invertido, a qual poderá ser desaparecimento de uma quantidade proporcional de mantida ao longo do tempo pelo manejo dessas outras pertencentes a apenas algumas classes de florestas, de modo a garantir uma distribuição diamétrica diâmetro (SUDAM, 1974).

45 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Gráfico 1 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: principais famílias em relação ao número de espécies identificadas no estudo

48 Leguminosae Bignoneaceae Poaceae 15 Rubiaceae Apocynaceae 12 Myrtaceae Vochysiaceae 12 165 Melastomataceae Sapindaceae 11 Euphorbiaceae 10 Cyperaceae Arecaceae 9 Orquidaceae 9 Anonaceae 9 Meliaceae 9 8 Outros 8 7 7 8

Gráfico 2 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: histogram a da estrutura diamétrica do inventário florestal - Cerradão

40

35

30

re ta 25 c e r h o p e m lu 20 o V

15

10

5

0 100-130 131-161 162-192 193-223 224-254 255-285 286-316 317-347 348-378 =379 Classe de circunferência (cm )

46 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Gráfico 3 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: histograma da estrutura diamétrica do inventário florestal - Floresta Estacional Semidecidual Submontana

18

16

14

12

10

Volume por hectare

8

6

4

2

0 100-130 131-161 162-192 193-223 224-254 255-285 286-316 317-347 348-378 =379 Classe de circunferência (cm)

Gráfico 4 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: histograma da estrutura diamétrica do inventário florestal - Floresta Ombrófila Aberta Submontana

18

16

14

12

10

Volume por hectare

8

6

4

2

0 100-130 131-161 162-192 193-223 224-254 255-285 286-316 317-347 348-378 =379 Classe de circunferência (cm)

47 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Gráfico 5 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: histograma da estrutura diamétrica do inventário florestal - Floresta Ombrófila Densa Aluvial

30

25

20

Volume por hectare 15

10

5

0 100-130 131-161 162-192 193-223 224-254 255-285 286-316 317-347 348-378 =379 Classe de circunferência (cm)

Gráfico 6 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: histograma da estrutura diamétrica do inventário florestal - Floresta Ombrófila Densa Submontana

30

25

20

Volume por hectare 15

10

5

0 100-130 131-161 162-192 193-223 224-254 255-285 286-316 317-347 348-378 =379 Classe de circunferência (cm)

48 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

3.2.5 - Relação espécies/amostrada se, denotando que a intensidade de amostragem praticamente cobriu a variação florística da área A curva espécies/área amostrada do conjunto da trabalhada, o que pode ser melhor visualizado através população inventariada mostra tendência a estabilizar- do gráfico 7.

Gráfico 7 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: relação espécie/área inventário florestal

160

140

120

100

Número acumulado de 80 espécies

60

40

20

0 1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40

Parcelas 43 S1 46 49 52 55 58 61

3.2.6 - Parâmetros fitossociológicos relevantes área basal dos indivíduos de uma espécie e a área basal total. A caracterização fitossociológica é um dado que contribui significativamente para o conhecimento da Freqüência vegetação natural. A fim de subsidiar maior Mede a regularidade da distribuição horizontal de cada entendimento, apresenta-se a conceituação de alguns espécie sobre o terreno, ou seja, sua distribuição parâmetros ecológicos, com base em HOSOKAWA média. (1986).

Homogeneidade Abundância

É um índice fitossociológico criado para exprimir a Mede a participação das diferentes espécies dentro de regularidade de uma tipologia vegetal, sendo obtido uma tipologia florestal e é expressa pela área basal, através da freqüência; quanto mais próximo de 1 for o em valores absolutos e relativos. seu valor, mais homogênea será a área estudada. Dominância Índice de valor de importância Permite medir a potencialidade produtiva e constitui-se Os dados estruturais (abundância, dominância e em um parâmetro útil para determinar as qualidades freqüência) mostram aspectos essenciais da das espécies. Para muitos autores, a dominância composição florística, mas são informações parciais, representa a projeção da copa da planta, e quando que isoladas não caracterizam a estrutura florística da relacionada a uma espécie representa a soma total das vegetação. Desta maneira, deve-se obter um outro projeções dos indivíduos dessa espécie. Em termos de parâmetro que permita uma visão mais ampla da formulação matemática, representa a relação entre a estrutura das espécies ou que ressalte a importância

49 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins de cada espécie no conglomerado total do ajeuarana (Hirtella ciliata) e pau-terra-folha-miúda povoamento. Tal parâmetro, denominado índice de (Qualea parviflora). Já no Cerradão, aquelas que valor de importância, é obtido somando-se para cada melhor caracterizam esta tipologia florestal são o espécie os valores relativos de Abundâncias, jatobá (Hymenaea courbaril), joão-farinha (Callistene Dominâncias e Freqüências. major), carvoeiro (Sclerelobium paniculatum), ipê-roxo (Tabebuia impeginata) e louro-branco (Ocotea opifera). 3.2.6.1 – Índice de valor de importância (I.V.I.)

Todos os demais resultados pertinentes a estimativa No presente trabalho, constatou-se que para o caso do deste parâmetro fitossociológico para a totalidade das Cerrado, as espécies fitossociologicamente mais tipologias vegetais estudadas estão mostrados nos importantes foram o carvoreiro (Sclerolobium gráficos 8 a 14 e sumarizados nas tabelas 13 a 19. paniculatum), vinhático (Platimenia reticulata), pequi (Caryocar brasiliense), fava bolota (Parkia pendula),

Gráfico 8 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: I.V.I. Cerrado

8%

5%

5% Carvoeiro Vinhático Pequi 5% Fava-bolota Ajeurarana Pau-terra-folha-miúda 54% 5% Bananeira-do-campo Abio-curriola Ipê-caraíba 4% Sôbro Outros 4%

4% 3% 3%

50 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Gráfico 9 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: I.V.I. Cerradão

12%

7% Jatobá João-farinha Carvoeiro 6% Ipê-roxo 46% Louro-branco Garapa Uxirana 5% Canzileiro Vermelhinho Fava-bolota 5% Outros

4%

4% 4% 3% 4%

Gráfico 10 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: I.V.I. Mata de Galeria

12%

7%

Camaçari Cinzeiro Amescla 6% Quaruba 48% Ucuúba Pau-pombo Margonçalo Tamaquaré 6% Ingá-sapo Caju-açú Outros

4%

4%

4% 4% 2% 3%

51 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Gráfico 11 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: I.V.I. Floresta Estacional Semidecidual Submontana

10%

6%

6% Jatobá Garapa Orelha-de-negro Canzileiro Amescla 49% 6% Sumaúma Cumarú Freijó-branco Ipê-amarelo 6% Carvoeiro Outros

4%

4%

3% 3% 3%

Gráfico 12 - Área do ZEE do Norte do estado do Tocantins: I.V.I. Floresta Ombrófila Aberta Submontana

12%

7%

Jatobá Amescla 5% Garapa Itaúba Caju-açú Inharé 4% 52% Orelha-de-negro Marupá Copaíba 4% Sapucaia Outros

4%

3%

3% 3% 3%

52 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Gráfico 13 - Área do PGAI-Bico do Papagaio: I.V.I. Floresta Ombrófila Densa Aluvial

25% 29%

Acapurana-da-várzea Piranheira Arapari Mututi-duro Jatobazinho Monzê 2% Muiraúba Cariperana 2% Pau-vermelho 2% Abio-rosadinho Outros 3%

3% 16% 3%

4%

11%

Gráfico 14 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: I.V.I. Floresta Ombrófila Densa Submontana

11%

10% Carapanaúba Caju-açú Louro-preto Amescla 46% 7% Louro-bosta Jatobá Abio-rosadinho Angico-branco 5% Pau-brasil Marupá Outros 4%

4%

4% 3% 3% 3%

53 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Tabela 13 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: índice de valor de importância - Cerrado Sentido Restrito Nome vulgar Nome científico Família I.V.I. Carvoeiro Sclerolobium paniculatum Leg.Caesalpinoideae 25,162 Vinhático Platymenia reticulata Leg.Mimosoideae 15,837 Pequi Caryocar brasiliense Caryocaraceae 15,676 Fava-bolota Parkia pendula Leg.Mimosoideae 15,460 Ajeurarana Hirtella ciliata Chrysobalanaceae 14,902 Pau-terra-folha-miúda Qualea parviflora Vochysiaceae 12,236 Bananeira-do-campo Salvertia convallariodora Vochysiaceae 11,525 Abio-curriola Pouteria ramiflora Sapotaceae 11,005 Ipê-caraíba Tabebuia áurea Bignoniaceae 10,198 Sôbro Emmotum nitens Icacinaceae 9,057 Caju-do-campo Anacardium occidentale Anacardiaceae 8,942 Angelim-de-morcego Andira cuyabensis Leg.Papilionoideae 8,457 Pau-doce Vochysia rufa Vochysiaceae 8,107 Murici-do-campo Byrsonima crassa Malpighiaceae 7,976 Murici-folha-lisa Byrsonima coccolobifolia Malpighiaceae 7,878 Lixeira Curatella americana Dilleniaceae 7,607 Araticum-cagão Annona coriaceae Annonaceae 7,095 Faveiro Dimorphandra mollis Leg.Caesalpinoideae 6,925 Tiborna Himatanthus obovatus Apocynaceae 5,557 Puçá Mouriri pusa Gardner Memecylaceae 5,333 Jatobá-do-campo Hymenaea stigonocarpa Leg.Caesalpinoideae 4,271 Olho-de-boi Diospyros sp. Ebenaceae 4,263 Capitão-do-campo Terminalia argêntea Combretaceae 4,235 Sucupira-preta Bowdichia virgilioides Leg.Papilionoideae 4,178 Tinguí Magonia pubescens Sapindaceae 4,174 Pau-terra-folha-larga Qualea grandiflora Vochysiaceae 3,731 Pau-de-cobra Ouratea hexosperma Ochnaceae 3,407 Brinco-de-princesa Connarus suberosus Connaraceae 3,275 Gonçalo-alves Astronim fraxinifolium Anacardiaceae 3,154 Murta Myrcia falax Myrtaceae 2,709 Goiabinha-do-campo Psidium myrsinoides Myrtaceae 2,703 Jararandá-do-campo Dalbergia acutifolium Leg.Papilionoideae 2,629 Gumirim-do-cerrado Eugenia sp Myrtaceae 2,487 Sucupira-amargosa Vatairea macrocarpa Leg.Papilionoideae 2,175 Barbatimão Stryphnodendron adstringens Leg.Mimosoideae 2,113 Goiabinha Psidium sp. Myrtaceae 1,971 Pindaíba Xylopia aromática Annonaceae 1,697 Pacarí Lafoensia pacari Lythraceae 1,561 Angelim Andira sp. Leg.Papilionoideae 1,539 Marupá Simarouba amara Simaroubaceae 1,476 Mamacadela Brosimum gaudichaudii Moraceae 1,302 Pau-canário Heteropterys sp. Malpighiaceae 1,283 Amescla Protium heptaphyllum Burseraceae 1,199 Louro-branco Ocotea opifera Lauraceae 1,109 Aroeira Myracrodruon urundeuva Anacardiaceae 1,107 Pau-jacaré Callistene fasciculata Vochysiaceae 1,037 Açoita-cavalo Luehea divaricata Tiliaceae 1,007 Rosquinha Pithecolobium tortum Leg.Mimosoideae 0,880 Folha-de-couro Palicourea rígida Rubiaceae 0,861 Canzileiro Platypodium elegans Leg.Papilionoideae 0,847 Sucupira-branca Pterodon pubescens Leg.Papilionoideae 0,821 Oiti-do-cerrado Licania sp. Chrysobalanaceae 0,821 Caroba Jacaranda sp. Bignoniaceae 0,799 Tinteiro Gomidesia lindeniana Myrtaceae 0,774 Inharé Helicostylis pedunculata Moraceae 0,773

54 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Nome vulgar Nome científico Família I.V.I. Pequi_branco Caryocar glabrum Caryocaraceae 0,725 Caju-açú Anacardium giganteum Anacardiaceae 0,725 Seca-ligeiro Pera glabrata Euphorbiaceae 0,709 Pente-de-macaco Apeiba tibourbou Tiliaceae 0,666 Pau-pombo Tapirira guianensis Anacardiaceae 0,625 Envira-preta Unonopsis lindmanii Annonaceae 0,598 Pau-d'óleo Copaifera langsdorffii Leg.Caesalpinoideae 0,584 Angelim-do-campo Andira humilis Leg.Papilionoideae 0,541 Caripé-do-cerrado Hirtella racemosa Chrysobalanaceae 0,520 Língua-de-vaca 0,491 Pau-de-leite Himatanthus sucuuba Apocynaceae 0,487 Pau-de-tamanco Zanthoxilum sp. Rutaceae 0,482 Araracanga Aspidosperma spruceanum Apocynaceae 0,478 Cascudinho Maprounea guianensis Euphorbiaceae 0,469 Umbauba Cecropia pachystachya Cecropiaceae 0,469 Macieira-branca Piptocarpha sp. Compositae 0,428 Tarumã Vitex polygama Verbenaceae 0,422 Murici-da-mata Byrsonima sericea Malpighiaceae 0,419 Ipê-cachorro Tabebuia ochracea Bignoniaceae 0,416 Leiteiro Sapium sp. Euphorbiaceae 0,410 Pau-santo Kielmeyera coriaceae Guttiferae 0,410 Cambuí Psidium sp. Myrtaceae 0,408 Peroba-branca-do-cerrado Aspidosperma macrocarpon Apocynaceae 0,405 Pau-marfim Agonandra brasiliensis Opiliaceae 0,403 Uva-de-macaco Hirtella glandulosa Chrysobalanaceae 0,403

Tabela 14 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: índice de valor de importância - Cerradão Nome vulgar Nome científico Família I.V.I. Jatobá Hymenaea courbaril Leg.Caesalpinoideae 34,342 João-farinha Callisthene major Vochysiaceae 18,417 Garapa Apuleia mollaris Leg.Caesalpinoideae 16,458 Carvoeiro Sclerolobium paniculatum Leg.Caesalpinoideae 15,201 Ipê-roxo Tabebuia impetiginosa Bignoniaceae 12,826 Louro-branco Ocotea opifera Lauraceae 12,429 Uxirana Saccoglottis guianensis Humiriaceae 9,527 Canzileiro Platypodium elegans Leg.Papilionoideae 9,310 Vermelhinho 8,996 Fava-bolota Parkia pendula Leg.Mimosoideae 8,821 Gumirim Eugenia florida Myrtaceae 8,741 Rosquinha Pithecolobium tortum Leg.Mimosoideae 6,954 Rapadura Licania kunthiana Chrysobalanaceae 6,481 Muiraximbé Emmotum sp. Icacinaceae 6,083 Amescla Protium heptaphyllum Burseraceae 5,831 Louro-preto Nectandra mollis Lauraceae 5,479 Maria-preta Terminalia brasiliensis Combretaceae 4,774 Marupá Simarouba amara Simaroubaceae 4,511 Orelha-de-negro Enterolobium schomburgkii Leg.Mimosoideae 4,285 Copaíba Copaifera reticulata Leg.Caesalpinoideae 3,998 Murici-da-mata Byrsonima sericea Malpighiaceae 3,862 Abio-rosadinho Prieurella prieurii Sapotaceae 3,738 Sapucaia Lecythis paraensis Lecythidaceae 3,622 Sucupira-branca Pterodon pubescens Leg.Papilionoideae 3,573 Bacuri Platonia insignis Guttiferae 3,525 Escorrega-macaco Vochysia haenkeana Vochysiaceae 3,517 Angelim-pedra Dinizia excelsa Leg.Mimosoideae 3,451 Guatambú Aspidosperma subincanum Apocynaceae 3,427 Breu-manga Tetragrastris altíssima Burseraceae 3,343 Muiraúba Mouriri guianensis Memecylaceae 3,337

55 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Nome vulgar Nome científico Família I.V.I. Angico-branco Albizia niopoides Leg.Mimosoideae 3,114 Mutamba Guazuma ulmifolia Sterculiaceae 2,829 Tanimbuca-amarela Buchenavia parvifolia Combretaceae 2,795 Bordão-de-velho Pithecellobium saman Leg.Mimosoideae 2,706 Sucupira-amarela Acosmium dasycarpum Leg.Papilionoideae 2,632 Sucuúba Himatanthus sucuuba Apocynaceae 2,632 Peroba-branca Aspidosperma sp. Apocynaceae 2,622 Pau-d'óleo Copaifera langsdorffii Leg.Caesalpinoideae 2,602 Ipê-amarelo Tabebuia serratifolia Bignoniaceae 2,543 Itaúba Mezilaurus itauba Lauraceae 2,486 Breu-sucuruba Trattinnickia rhoifolia Burseraceae 2,331 Louro-capitiu Siparuna decipiens Monimiaceae 2,331 Fava-de-espinho Acacia huilana Leg.Mimosoideae 2,316 Ingá-xixica Inga alba Leg.Mimosoideae 2,316 Jutaí-pororoca Dialium guianense Leg.Caesalpinoideae 2,316 Pau-jacaré Callistene fasciculata Ochysiacveae 2,292 Jatobá-do-campo Hymenaea stigonocarpa Leg.Caesalpinoideae 2,285 Breu-branco Protium palidum Burseraceae 2,263 Cascudinho Maprounea guianensis Euphorbiaceae 2,255 Sôbro Emmotum nitens Icacinaceae 2,255 Caqui-folha-miúda Diospyros praetermissa Ebenaceae 2,248 Mandiocão Didymopanax morototoni Araliaceae 2,248 Cumarú Dipteryx odorata Leg.Papilionoideae 2,241 Pequi Caryocar brasiliense Caryocaraceae 2,241 Uvinha Micropholis velunosa Sapotaceae 2,241

Tabela 15 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: índice de valor de importância - Mata de Galeria Nome vulgar Nome científico Família I.V.I. Camaçari Qualea sp. Vochysiaceae 36,4149 Cinzeiro Terminalia amazonica Combretaceae 20,7488 Amescla Protium heptaphyllum Burseraceae 18,9739 Quaruba Vochysia pyramidalis Vochysiaceae 18,5798 Ucuúba Virola surinamensis Miristicaceae 12,5800 Pau-pombo Tapirira guianensis Anacardiaceae 12,0031 Margonçalo Hyeronima alchorneoides Euphorbiaceae 11,2855 Tamaquaré Caraipa grandiflora Guttiferae 10,8273 Ingá-sapo Inga aff. uruguensis Leg.Mimosoideae 8,62941 Caju-açú Anacardium giganteum Anacardiaceae 7,46282 Louro-branco Ocotea opifera Lauraceae 7,10839 Pindaíba Xylopia aromatica Annonaceae 6,39893 Louro-itaúba Ocotea sp. Lauraceae 6,23994 Bingueiro Cariniana rubra Lecytidaceae 5,9348 Açoita-cavalo Luehea divaricata Tiliaceae 5,91974 Pateiro Sloanea guianensis Elaeocarpaceae 5,78389 Freijó-branco Cordia bicolor Boraginaceae 4,97362 Cariperana Licania sp. Chrysobalanaceae 4,68223 Ingá-xixica Inga alba Leg.Mimosoideae 4,13317 Murici-da-mata Byrsonima sericea Malpighiaceae 4,06926 Taperebá Spondias lutea Anacardiaceae 4,03761 Umiri Humiria balsamifera Humiriaceae 3,93266 Muiraúba Mouriri guianensis Memecylaceae 3,81652 Caqui-folha-miúda Diospyros praetermissa Ebenaceae 3,76243 Bacuri Platonia insignis Guttiferae 3,35418 Lacre Vismia cayannensis Guttiferae 3,23653 Ingá-vermelho Inga sp. Leg.Mimosoideae 3,18312 Envira-preta Unonopsis lindmanii Annonaceae 3,14266 Caripé-torrado Hirtella piresii Chrysobalanaceae 3,00917 Monzê Albisia sp. Leg.Mimosoideae 3,00023

56 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Nome vulgar Nome científico Família I.V.I. Jatobá Hymenaea courbaril Leg.Caesalpinoideae 2,94297 Breu-branco Protium palidum Burseraceae 2,73773 Uxirana Saccoglottis guianensis Humiriaceae 2,66337 Mandiocão Didymopanax morototoni Araliaceae 2,56891 Louro-capitiu Siparuna decipiens Monimiaceae 2,48581 Carvoeiro Sclerolobium paniculatum Leg.Caesalpinoideae 2,36454 Pêssego-do-mato Prunus sp. Rosaceae 2,17034 Muiraximbé Emmotum sp. Icacinaceae 2,16437 Geniparana Gustavia augusta Lecythidaceae 2,08003 Uva-de-macaco Hirtella glandulosa Chrysobalanaceae 2,01257 Arapari Macrolobium acaciefolium Leg.Caesalpinoideae 1,92343 Acariquara Minquartia puntacta Olacaceae 1,85502 Jacareúba Calophyllum brasiliense Guttiferae 1,85502 Uvinha Micropholis velunosa Sapotaceae 1,84851 Matamatá Eschweilera odora Lecythidaceae 1,80457 Vaca-leiteira Brosimum lactenscens Moraceae 1,79256 Saboeiro Abarema jupumba Leg.Mimosoideae 1,73604 Cupiúba Goupia glabra Celastraceae 1,66242 Tinteiro Gomidesia lindeniana Myrtaceae 1,63265 João-mole Neea oppositifolia Nyctaginaceae 1,60219 Mutamba Guazuma ulmifolia Sterculiaceae 1,57554 Chuva-de-ouro Senna multijuga Leguminosae 1,56947 Envira-vermelha Xylopia sp. Annonaceae 1,55534 Mamica-de-porca Zanthoxyllum rhoifolium Rutaceae 1,55534 Sessenta-galhas Hirtella martiana Chrysobalanaceae 1,55269 Abio-rosadinho Prieurella prieurii Sapotaceae 1,54035 Marupá Simarouba amara Simaroubaceae 1,52369

Tabela 16 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: índice de valor de importância - Floresta Estacional Semidecidual Submontana Nome vulgar Nome científico Família I.V.I. Jatobá Hymenaea courbaril Leg.Caesalpinoideae 31,514 Canzileiro Platypodium elegans Leg.Papilionoideae 18,996 Orelha-de-negro Enterolobium schomburgkii Leg.Mimosoideae 16,257 Amescla Protium heptaphyllum Burseraceae 15,648 Garapa Apuleia mollaris Leg.Caesalpinoideae 15,334 Sumaúma Ceiba pentandra Bombacaceae 12,373 Freijó-branco Cordia bicolor Boraginaceae 11,741 Ipê-amarelo Tabebuia serratifolia Bignoniaceae 11,546 Carvoeiro Sclerolobium paniculatum Leg.Caesalpinoideae 10,348 Cumarú Dipteryx odorata Leg.Papilionoideae 10,179 Ipê-roxo Tabebuia impetiginosa Bignoniaceae 8,686 Aroeira Myracrodruon urundeuva Anacardiaceae 7,931 Sapucaia Lecythis paraensis Lecythidaceae 6,919 Araracanga Aspidosperma spruceanum Apocynaceae 5,858 Jutaí-pororoca Dialium guianense Leg.Caesalpinoideae 5,679 Gonçalo-alves Astronim fraxinifolium Anacardiaceae 4,679 Copaíba Copaifera reticulata Leg.Caesalpinoideae 4,649 Vermelhinho 4,171 Tarumã Vitex polygama Verbenaceae 4,168 Desconhecidas 4,084 Rosquinha Pithecolobium tortum Leg.Mimosoideae 3,987 Ata-brava Unonopsis sp. Annonaceae 3,890 Cariperana Licania sp. Chrysobalanaceae 3,855 Leiteiro Sapium sp. Euphorbiaceae 3,829 Bacuri Platonia insignis Guttiferae 3,166 Paineira-barriguda Chorisia sp. Bombacaceae 3,166 Breu-branco Protium palidum Burseraceae 3,122

57 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Nome vulgar Nome científico Família I.V.I. Caju-açú Anacardium giganteum Anacardiaceae 2,666 Louro-preto Nectandra mollis Lauraceae 2,524 Matamatá-vermelho Cariniana micrantha Lecythidaceae 2,383 Açoita-cavalo Luehea divaricata Tiliaceae 2,354 Rapadura Licania kunthiana Chrysobalanaceae 2,307 Tanimbuca-amarela Buchenavia parvifolia Combretaceae 2,262 Sucuúba Himatanthus sucuuba Apocynaceae 2,262 Muiraúba Mouriri guianensis Memecylaceae 2,176 Pente-de-macaco Apeiba tibourbou Tiliaceae 2,159 Saboneteira Sapindus saponaria Sapindaceae 2,135 Piriquiteira Cochlospermum orinocense Cochlospermaceae 2,127 Uxirana Saccoglottis guianensis Humiriaceae 2,111 Banha-de-galinha Swartzia sp. Leguminosae 2,021 Murici-da-mata Byrsonima sericea Malpighiaceae 2,000 Pau-pombo Tapirira guianensis Anacardiaceae 1,993 Canudo-de-pito Mabea fistulifera Euphorbiaceae 1,953 Envira-preta Unonopsis lindmanii Annonaceae 1,953 Itaúba Mezilaurus itauba Lauraceae 1,953 Matamatá Eschweilera odora Lecythidaceae 1,953 Borangiba 1,946 Ipê-branco Tabebuia roseo-alba Bignoniaceae 1,940 Cedro Cedrela fissilis Meliaceae 1,927 Quinarana Geissospermum sericeum Apocynaceae 1,921 Fava-bolota Parkia pendula Leg.Mimosoideae 1,914 Breu-manga Tetragrastris altissima Burseraceae 1,902 Monjoleiro Acacia pollyphyla Leg.Mimosoideae 1,902 Abiorana-vermelha Pouteria caimito Sapotaceae 1,896 Breu-sucuruba Trattinnickia rhoifolia Burseraceae 1,890 Pau-brasil Brosimum rubescens Moraceae 1,890 Taperebá Spondias lutea Anacardiaceae 1,890

Tabela 17 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: índice do valor de importância - Floresta Ombrófila Aberta Submontana Nome vulgar Nome científico Família I.V.I. Jatobá Hymenaea courbaril Leg.Caesalpinoideae 36,508 Amescla Protium heptaphyllum Burseraceae 20,338 Garapa Apuleia mollaris Leg.Caesalpinoideae 14,401 Itaúba Mezilaurus itauba Lauraceae 12,373 Caju-açú Anacardium giganteum Anacardiaceae 12,030 Inharé Helicostylis pedunculata Moraceae 11,561 Orelha-de-negro Enterolobium schomburgkii Leg.Mimosoideae 10,181 Marupá Simarouba amara Simaroubaceae 8,629 Copaíba Copaifera reticulata Leg.Caesalpinoideae 8,017 Sapucaia Lecythis paraensis Lecythidaceae 7,777 Rapadura Licania kunthiana Chrysobalanaceae 6,796 Ipê-roxo Tabebuia impetiginosa Bignoniaceae 6,548 Vermelhão Myrcia selowiana Myrtaceae 6,096 Louro-preto Nectandra mollis Lauraceae 5,762 Fava-bolota Parkia pendula Leg.Mimosoideae 4,898 Ingá-xixica Inga alba Leg.Mimosoideae 4,851 Breu-sucuruba Trattinnickia rhoifolia Burseraceae 4,684 Tanimbuca-amarela Buchenavia parvifolia Combretaceae 4,550 Mirindiba Buchenavia tomentosa Combretaceae 3,933 Ipê-amarelo Tabebuia serratifolia Bignoniaceae 3,927 Louro-branco Ocotea opifera Lauraceae 3,919 Angelim-pedra Dinizia excelsa Leg.Mimosoideae 3,824 Caqui-folha-miúda Diospyros praetermissa Ebenaceae 3,820 Inharé-branco Helicostylis sp. Moraceae 3,700

58 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Nome vulgar Nome científico Família I.V.I. Caju-do-campo Anacardium occidentale Anacardiaceae 3,671 Pau-pombo Tapirira guianensis Anacardiaceae 3,641 Angico-branco Albizia niopoides Leg.Mimosoideae 3,240 Muiraúba Mouriri guianensis Memecylaceae 3,233 Taperebá Spondias lutea Anacardiaceae 3,204 Birro-d'água Cariniana rubra Lecythidaceae 3,077 Escorrega-macaco Vochysia haenkeana Vochysiaceae 3,077 Axixá Sterculia sp. Sterculiaceae 3,029 Saboeiro Abarema jupumba Leg.Mimosoideae 2,820 Pau-d'óleo Copaifera langsdorffii Leg.Caesalpinoideae 2,749 Carvoeiro Sclerolobium paniculatum Leg.Caesalpinoideae 2,732 Acariquara Minquartia puntacta Olacaceae 2,255 Mogno Swietenia macrophylla Meliaceae 2,136 Ananí Symphonia globulifera Guttiferae 2,099 Pitangueira Eugenia sp. Myrtaceae 2,099 Sucupira-amarela Acosmium dasycarpum Leg.Papilionoideae 2,099 Cagaita Eugenia dysenterica Myrtaceae 2,062 Acapurana Batesia floribunda Leg.Caesalpinoideae 2,028 João-mole Neea oppositifolia Nyctaginaceae 2,028 Maria-preta Terminalia brasiliensis Combretaceae 2,028 Matamatá Eschweilera odora Lecythidaceae 2,028 Louro-bosta Nectandra cuspidata Lauraceae 2,007 Canzileiro Platypodium elegans Leg.Papilionoideae 1,968 Canafístula Cassia ferruginea Leg.Caesalpinoideae 1,962 Louro-amarelo Ocotea sp. Lauraceae 1,962 Freijó-branco Cordia bicolor Boraginaceae 1,949 Cariperana Licania sp. Chrysobalanaceae 1,924 Guapeva Pouteria torta Sapotaceae 1,900 Pau-de-jangada Apeiba echinata Tiliaceae 1,895 Caripé Licania gardneri Chrysobalanaceae 1,866 Breu-branco Protium palidum Burseraceae 1,844 Vermelhinho 1,844 Tamaquaré Caraipa grandiflora Guttiferae 1,839 Pau-marfim Agonandra brasiliensis Opiliaceae 1,813 Cascudinho Maprounea guianensis Euphorbiaceae 1,808 Envira-preta Unonopsis lindmanii Annonaceae 1,793 Jacarandá Machaerium sp. Leg.Papilionoideae 1,793 Mandiocão Didymopanax morototoni Araliaceae 1,793 Murici-da-mata Byrsonima sericea Malpighiaceae 1,793 Pateiro Sloanea guianensis Elaeocarpaceae 1,793

Tabela 18 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: índice do valor de importância - Floresta Ombrófila Densa Aluvial Nome vulgar Nome científico Família I.V.I. Acapurana-da-várzea Campsiandra laurifolia Leguminosae 86,3303 Piranheira Piranhaea trifoliata Euphorbiaceae 46,6430 Arapari Macrolobium acaciefolium Leg.Caesalpinoideae 33,3832 Mututi-duro Swartzia racemosa Leguminosae 12,9501 Jatobazinho Guibourtia hymenifolia Leguminosae 9,68235 Monzê Albisia sp. Leg.Mimosoideae 8,81786 Muiraúba Mouriri guianensis Memecylaceae 8,22112 Cariperana Licania sp. Chrysobalanaceae 7,07207 Pau-vermelho Channochiton kapllere Olacaceae 6,26707 Abio-rosadinho Prieurella prieurii Sapotaceae 5,42044 Saboeiro Abarema jupumba Leg.Mimosoideae 5,18305 Freijó-branco Cordia bicolor Boraginaceae 5,04810 Vaca-leiteira Brosimum lactenscens Moraceae 4,97484 Goiabinha Psidium sp. Myrtaceae 4,74082 Catingoso Leguminosae 4,15943

59 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Nome vulgar Nome científico Família I.V.I. Ingá-sapo Inga uruguensis Leg.Mimosoideae 4,01852 Taperebá Spondias lutea Anacardiaceae 3,91082 Desconhecidas 3,63732 Ingá-mirim Inga cylindrica Leg.Mimosoideae 3,51743 Paineira-vermelha Ceiba sp. Bombacaceae 3,12549 Pêssego-do-mato Prunus sp. Rosaceae 2,85887 Jutaí-pororoca Dialium guianense Leg.Caesalpinoideae 2,65174 Sapucaia Lecythis paraensis Lecythidaceae 2,44394 Louro-itaúba Ocotea sp. Lauraceae 2,43216 Louro-branco Ocotea opifera Lauraceae 2,22977 Bacupari Salacia sp. Hippocrateaceae 2,11881 Tamaquaré Caraipa grandiflora Guttiferae 2,06069 Sucupira-da-várzea Diplotropis martiusii Ebenaceae 2,06069 Abiorana-vermelha Pouteria caimito Sapotaceae 2,04272 Matamatá-vermelho Cariniana micrantha Lecythidaceae 2,04272 Ata-brava Unonopsis sp. Annonaceae 2,02546 Tachi-da-várzea Triplaris surinamensis Polygonaceae 2,00891 Uxirana Saccoglottis guianensis Humiriaceae 1,99306 Mapatirana Pourouma sp. Urticaceae 1,96347 Garra-preta Sloanea sp. Elaeocarpaceae 1,96347

Tabela 19 - Área do ZEE do Norte do Estado do Tocantins: índice do valor de importância - Floresta Ombrófila Densa Submontana Nome vulgar Nome científico Família I.V.I. Carapanaúba Aspidosperma carapanauba Apocynaceae 31,9128 Caju-açú Anacardium giganteum Anacardiaceae 29,4361 Louro-preto Nectandra mollis Lauraceae 19,7651 Amescla Protium heptaphyllum Burseraceae 14,4566 Louro-bosta Nectandra cuspidata Lauraceae 12,1395 Jatobá Hymenaea courbaril Leg.Caesalpinoideae 11,4368 Abio-rosadinho Prieurella prieurii Sapotaceae 10,5341 Angico-branco Albizia niopoides Leg.Mimosoideae 10,3713 Pau-brasil Brosimum rubescens Moraceae 9,52675 Marupá Simarouba amara Simaroubaceae 8,94983 João-farinha Callisthene major Vochysiaceae 8,82354 Sucupira-preta Bowdichia virgilioides Leg.Papilionoideae 6,91733 Jaracatiá Jacaratia spinosa Caricaceae 6,57228 Birro-d'água Cariniana rubra Lecythidaceae 6,11738 Ingá Inga sp Leg.Mimosoideae 5,42548 Pateiro Sloanea guianensis Elaeocarpaceae 4,92933 Uvinha Micropholis velunosa Sapotaceae 4,91285 Tanimbuca-amarela Buchenavia parvifolia Combretaceae 4,83255 Breu-sucuruba Trattinnickia rhoifolia Burseraceae 4,75111 Umiri Humiria balsamifera Humiriaceae 4,44029 Cupiúba Goupia glabra Celastraceae 3,84488 Orelha-de-negro Enterolobium schomburgkii Leg.Mimosoideae 3,57148 Itaúba Mezilaurus itauba Lauraceae 3,53727 Envira-preta Unonopsis lindmanii Annonaceae 3,49350 Burra-leiteira Sapium marmiere Euphorbiaceae 3,46302 Garapa Apuleia mollaris Leg.Caesalpinoideae 3,31096 Copaíba Copaifera reticulata Leg.Caesalpinoideae 3,21324 Ingá-xixica Inga alba Leg.Mimosoideae 3,13387 Marinheiro Guarea guidonia Meliaceae 2,94167 Sucupira-amarela Acosmium dasycarpum Leg.Papilionoideae 2,62253

60 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

4 Planejamento de Uso Potencial da Cobertura Vegetal

4.1 – Classes de uso mapa com as legendas As2, Sp2, Sa3, Sa4, Sd4 e SO10 devem ter seu uso restringido, pois representam Foram identificadas na área em estudo oito classes de ambientes de muita fragilidade natural, sendo mais uso da vegetação, contemplando significâncias em propícios à preservação da fauna e flora. termos econômicos, valores de biodiversidade e serviços ambientais - vide mapa de Planejamento de A Classe 4 perfaz um total de 2066,36km2, distribuídos Uso Potencial da Cobertura Vegetal. em uma área contínua, situada em ambientes de Floresta Estacional Semidecidual, Contato Floresta A Classe 1, com uma extensão de 910,04km2, equivale Ombrófila/Estacional, Contato Cerrado/Floresta às áreas prioritárias para preservação da vegetação Ombrófila e Floresta Ombrófila Densa. Esta área é situada em ambientes de planícies aluviais, sobretudo muito importante e apresenta características especiais, dos rios Araguaia e Tocantins. Os ambientes sugerindo grande biodiversidade. É, portanto, assinalados no mapa com as legendas Da1, Da2, Aa1, indicadas para conservação da vegetação e Aa2, SN1 e SO1 devem ter seu uso restringido, pois desenvolvimento de pesquisas visando melhor geralmente representam áreas com vegetação de conhecimento da flora e destinação de uso. preservação permanente por estarem situados em planícies aluviais, ao longo de rios e ou lagoas. Ainda na Classe 4, destaca-se a existência de remanescentes indicados como de fisionomias atípicas A Classe 2, de área bastante reduzida (1004,26km2), e/ou bem conservadas, caso das feições de Floresta caracteriza-se por ser destinada à preservação da Ombrófila Densa Submontana, Refúgio Vegetacional vegetação, uma vez que se situa em ambientes de Submontano e da tipologia diferenciada do Cerrado declives acentuados. Os ambientes assinalados no Denso, tipo “Carrasco”. Nestas formações, sugere-se a mapa com as legendas As7, Ds3, Sp3, Sd6, SO8, realização de estudos mais detalhados para conhecer SN14 e ON4 devem ter seu uso restringido, pois melhor a composição florística e o ambiente como um geralmente representam áreas com vegetação de todo, visando destinação de uso mais adequado. preservação permanente por estarem situadas em relevos de declividades acentuadas. A Classe 5, com 6304,82km2, equivale aos remanescentes de florestas ombrófilas densa e aberta A Classe 3, uma das maiores em ocorrência (3888,92 e vegetação secundária que ainda apresentam as km2), apresenta como característica mais marcante a maiores possibilidades de exploração madeireira, com fragilidade natural do ambiente, sendo assim restrita indicação para manejo sustentado. para conservação da vegetação e possibilitando a associação do pastoreio extensivo e extrativismo de A Classe 6, com maior abrangência espacial na frutos e madeira, esta última de forma restrita apenas superfície do ZEE do norte do Tocantins (8893,81 para uso na propriedade. Os ambientes assinalados no km2), encerra as áreas em uso atual com pecuária

61 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins intensiva e/ou agropecuária que apresentam as concentrar uma maior quantidade de terras com maiores possibilidades de consorciação com uso aptidão para usos intensivos, elas se tornam extrativista do babaçu. Todavia, devido a prioritárias para uso agrosilvopastoril. As propriedades predominância de uma paisagem composta de rurais situadas nesta classe, também devem ser alvo extensas coberturas de pastagem cultivada, percebe- de adequação à legislação ambiental. se que as terras incluídas nesta devem ser alvo de Por fim, a Classe 8 (4054,59km2) foi detectada a partir campanhas de conscientização de produtores rurais da verificação de que áreas de alta fragilidade natural, para enquadramento à legislação ambiental, em situadas em ambientes de planícies aluvial ou em termos de reserva legal e de preservação permanente. declives acentuados, estão sendo usadas em A Classe 7 (8073,64km2) tem característica atividades agropastoris; todavia, devem ser semelhante às terras pertencentes a Classe 6, mas por recuperadas em termos de cobertura vegetal.

62 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

5 Considerações Finais

5.1 – Conclusões No caso da distribuição diamétrica, é perceptível que, face a exploração florestal predatória que sempre Os resultados do inventário florestal nas diferentes contempla a retirada de árvores de grande porte e com tipologias vegetais refletem em maior ou menor reconhecido valor comercial em todos os tipos intensidade o grau de intervenção humana na área do florestais, raramente são encontrados exemplares com ZEE do Norte do Estado do Tocantins. Ainda assim, diâmetro igual ou superior a 1m. Desta maneira, constatou-se, como em outros estudos em florestas assume papel cada vez mais relevante, o Índice de tropicais, um maior potencial madeireiro nas formações 3 valor de importância (I.V.I.) das espécies que densas, expressos em m /ha, notadamente na Floresta compõem um determinado ecossistema florestal. Ombrófila Densa Submontana. Todavia, a grande variabilidade verificada nas unidades de amostras No Cerradão, por exemplo, dentre as 4 (quatro) reforça as observações de campo em relação ao alto espécies mais importantes do ponto de vista ecológico, grau de antropização, o que, de resto, ocorre na encontram-se o jatobá e o ipê-roxo, mas não a garapa; totalidade da área inventariada. na Floresta Estacional Semidecidual, o jatobá, além do seu valor econômico, representa também um Entretanto, cabe ressaltar que em alguns importante componente ecológico, o que não ocorre remanescentes menos influenciados pela intensa ação com o freijó-branco. Já na Floresta Ombrófila Aberta antrópica encontram-se ainda algumas espécies de Submontana, o jatobá tem relevância tanto no aspecto valor comercial com expressivo volume de madeira, mercantil quanto no ecológico. Inversamente, na como é o caso da garapa, ipê-roxo e jatobá no Floresta Ombrófila Densa Aluvial, espécies com pouca Cerradão; freijó-branco e jatobá na Floresta Estacional expressão comercial, como acapurana-de-várzea, Semidecidual; jatobá e marupá na Floresta Ombrófila piranheira, arapari e mututi-duro, assumem grande Aberta Submontana; e, jatobá e louro-preto na Floresta importância ecológica. Este também é o caso da Ombrófila Densa Submontana. carapanaúba, caju-açu, louro-preto e amescla em Num contexto mais amplo, há que se considerar outras relação à Floresta Ombrófila Densa Submontana. Nas variáveis que não o valor comercial e expressão áreas de Cerrado, não raro utilizadas com propósitos volumétrica de uma ou mais espécies florestais que pastoris, fica evidente o predomínio ecológico do compõem uma tipologia para que se possa ter vinhático, carvoeiro, pequi e fava-de-bolota. Na Mata informações mais consistentes a respeito de suas de Galeria, por sua condição ecológica a um só tempo características. Dentre estas variáveis merecem ressalto peculiar e frágil, espécies como camaçari, cinzeiro, a estrutura da distribuição diamétrica e, principalmente, amescla e quaruba, devem sempre ser consideradas, aquelas que refletem as condições ecológicas em que pelo papel ecológico que desempenham. ocorrem num determinado ambiente.

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Em relação aos levantamentos florísticos, Semidecidual Aluvial - situados em planícies aluviais, considerando-se o tamanho da área e a diversidade de ao longo de rios e ou lagoas, devem ter seu uso formações vegetais, o números de espécies levantadas restringido, constituindo geralmente áreas de no presente trabalho foi considerado pouco expressivo vegetação de preservação permanente. Embora não ou passível de novas inclusões. Nessa etapa foram constituam unidades de mapeamento neste trabalho, listadas as espécies consideradas mais comuns para as Matas de Galeria (Florestas-de-galeria) e matas as diversas tipologias ocorrentes na área em estudo, ciliares, com características semelhantes aos tendo como base os pontos de inventário e os ambientes assinalados, também devem ser caminhamentos nas fitofisionomias tipos. Ao todo preservados. foram amostradas 511 espécies, distribuídas em 303 Os ambientes assinalados no mapa com as legendas gêneros e 100 famílias. Para melhor conhecimento da As7, Ds3, SO8, ON4, SN14, Sp3 e Sd6 - vinculados às flora desta área faz-se necessários empreender formações de Floresta Ombrófila Aberta Submontana, estudos mais aprofundados por no mínimo 2 anos Floresta Ombrófila Densa Submontana, Floresta consecutivos, com coletas sistematizadas nas diversas Estacional Semidecidual Submontana, Cerrado Típico formações e em diferentes fases do ano. Cerrado Ralo e Cerradão - situados em relevos de A utilização do potencial madeireiro e vegetal em geral, declividades acentuadas, devem ter seu uso deve ficar condicionado a apresentação de planos de restringido, pois, geralmente representam áreas com manejo e rígida fiscalização. vegetação de preservação permanente.

O bem vegetal de maior significância na área é o Os ambientes assinalados no mapa com as legendas, babaçu, cuja utilização nem sempre é potencializada. Sp2, Sa3, Sa4, Sd4, SO10 e As2 - vinculados às Desta palmeira praticamente tudo pode ser formações de Cerrado Ralo, Cerrado Típico, Cerradão aproveitado: suas folhas são utilizadas para cobrir e Floresta Ombrófila Aberta Submontana - casas na zona rural, no fabrico de cestos e esteiras e representam ambientes de muita fragilidade natural, fornecem celulose para a industrialização do papel. devendo ter seu uso restringido, sendo mais propícios Seu caule pode fornecer palmito. Porém é o coco- à preservação da fauna e flora. babaçu que apresenta o mais diversificado potencial de Na área da Classe de Uso Potencial 4, indicada no produtos obtidos, relacionando-se 64 produtos e mapa de Planejamento do Uso potencial da subprodutos obtidos pelo processamento do mesmo Vegetação, representa os locais onde se concentram (IBGE, 1998). Seu fruto, cujo extrativismo se processa os maior es maciços de vegetação da tipologia de historicamente, é utilizado na fabricação de óleo Floresta Estacional Semidecidual, Contato Floresta comestível, óleo láurico para sabões e glicerina, álcool, Ombrófila/Estacional, Contato Cerrado/Floresta torta, carvão, leite, ração para o gado, margarina, Ombrófila e Floresta Ombrófila Densa. Por estarem detergente, cosméticos, carvão, etc. Sugere-se relativamente bem conservados e também pela sua empreender estudos para identificar os maciços mais dimensão e flora peculiar, sugere-se estudos mais promissores e também para otimizar seu manejo, detalhados visando estabelecimento de unidades de visando otimizar sua exploração. conservação. O mapa de Planejamento de Uso Potencial da Pela análise dos remanescentes, percebe-se nítido Cobertura Vegetal deve ser utilizado como norteador desequilíbrio entre a proposição legal exigida e a de ações no Norte do Estado do Tocantins. percentagem existente hoje. Se o ambiente está com Os ambientes assinalados no mapa com as legendas déficit, isto é, mais desmatado do que deveria, as Da1, Da2, Aa1, Aa2, SN1 e SO1 - vinculados às propriedades rurais nele contido, provavelmente formações de Floresta Ombrófila Densa Aluvial, também estão. Desta forma, sugere-se estudos e Floresta Ombrófila Aberta Aluvial e Floresta Estacional medidas visando sua adequação.

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Finalmente, acredita-se que estas considerações para subsidiar medidas de proteção e/ou conservação possam se constituir em importantes ferramentas, não de tão valiosos ecossistemas do nosso patrimônio somente para nortear estudos mais detalhados, como vegetal.

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Ilustrações Fotográficas

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Foto 1 - Coordenadas UTM: 812312, 9381670. Interior da Formação de Floresta Ombrófila Densa Aluvial, destacando acapurana. Ilha do rio Araguaia, proximidades de Araguatins. Folha SB.22-X-D.

Foto 2 - Coordenadas UTM: 812312, 9381670. Interior da Formação de Floresta Ombrófila Aluvial, destacando gregarismo da palmeira tucum. Ilha do rio Araguaia, proximidades de Araguatins. Folha SB.22-X-D.

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Foto 3 - Coordenadas UTM: 759680, 9406358. Aspecto da Formação de Floresta Ombrófila Densa Aluvial, destacando exemplar de piranheira. Proximidades do encontro dos rios Araguaia e Tocantins, município de Esperantina. Folha SB.22-X-D.

Foto 4 - Coordenadas UTM: 759630, 9406340. Panorâmica da Formação de Floresta Ombrófila Densa Aluvial. Rio Araguaia, próximo a sua foz no rio Tocantins, município de Esperantina. Folha SB.22-X-D.

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Foto 5 - Coordenadas UTM: 812497, 9380960. Área remanescente de Floresta Ombrófila Aberta Submontana, destacando o seu aspecto encapoeirado nas bordas. Rodovia TO-404, proximidades de Araguatins. Folha SB.22-X-D.

Foto 6 - Coordenadas UTM: 814342, 9348070. Cerrado Sentido Restrito, sub-tipo Cerrado Típico, destacando estrato graminoso com capim-agreste e palmeirinha coco-indaiá. Rodovia TO-010, município de Araguatins. Folha SB.22-X-D.

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Foto 7 - Coordenadas UTM: 816732, 9369226. Mata de Galeria do córrego Barreiro, nas proximidades de Araguatins. Folha SB.22-X-D.

Foto 8 - Coordenadas UTM: 826312, 9362842. Interior da Formação de Mata de Galeria, no detalhe exemplar de camaçari. Proximidades de Araguatins. Folha SB.22-X-D.

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Foto 9 - Coordenadas UTM: 781899, 9417862. Área de “varjão”. Planície aluvial do rio Tocantins com Formação Pioneira, entremeada com pastagem plantada. No mapeamento de Cobertura e Uso da Terra é denominada Terra Úmida não Florestada. Proximidades de Esperantina. Folha SB.22-X-D.

Foto 10 - Coordenadas UTM: 795450, 9413950. Babaçual, próximo à Buriti do Tocantins. Nesta Folha, a atividade extrativista tem considerável importância econômica. Folha SB.22-X-D.

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Foto 11 - Coordenadas UTM: 171939, 9407994. Ambiente da Floresta Ombrófila Aberta Submontana. Proximidades de Sampaio. Folha SB.23-V-C.

Foto 12 - Coordenadas UTM: 206098, 9366517. Exemplar de sumaúma em área de Contato Floresta Ombrófila/Floresta Estacional. Município de Sitio Novo do Tocantins. Folha SB.23-V-C.

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Foto 13 - Coordenadas UTM: 208815, 9391342. Aspecto encapoeirado dos remanescentes da Floresta Estacional Semidecidual Submontana. Município de São Miguel do Tocantins. Folha SB.23-V-C.

Foto 14 - Atividade extrativa do babaçu com objetivo de fabricação de carvão. Município de São Miguel do Tocantins. Folha SB.23-V-C.

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Foto 15 - Coordenadas UTM: 216881, 9375519. Contato Floresta Ombrófila/Floresta Estacional. Geralmente a Floresta Ombrófila Aberta com palmeiras ocupa as baixadas e os fundos de vale e a Floresta Estacional Semidecidual ocupa vegeta nos topos ou partes altas. Rodovia São Miguel do Tocantins-Itaguatins (TO-126). Folha SB.23-V-C.

Foto 16 - Coordenadas UTM: 216545, 9374578. Floresta Estacional Semidecidual Submontana, em destaque no centro à direita um exemplar de sapucaia. Rodovia São Miguel do Tocantins-Itaguatins (TO- 126). Folha SB.23-V-C.

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Foto 17 - Coordenadas UTM: 222953, 9336267. Aspecto do Cerrado Sentido Restrito, sub-tipo Cerrado Típico. Proximidades de Maurilândia do Tocantins. Folha SB.23-V-C.

Foto 18 - Coordenadas UTM: 223402, 9338256. Aspecto do Cerrado. A presença de cerca evidencia o seu uso como pastagem nativa. Proximidades de Maurilândia do Tocantins. Folha SB.23-V-C.

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Foto 19 - Coordenadas UTM: 179423, 9342142. Interior da Formação da Mata de Galeria. Em destaque, exemplar de camaçari. Folha SB.23-V-C.

Foto 20 - Coordenadas UTM: 741264, 9226317. Remanescente de Floresta Ombrófila Densa Submontana. Município de Muricilândia. Folha SB.22-Z-B.

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Foto 21 - Coordenadas UTM: 7739716, 9274440. Interior de remanescente de Floresta Ombrófila Densa Submontana. Município de Muriciândia. Folha SB.22-Z-B.

Foto 22 - Ambiente típico da Floresta Ombrófila Densa: pastagens com presença rareada da palmeira inajá; nos vales presença da sororoca ou bananeira-brava e aninga-para. Município de Santa Fé do Araguaia. Folha SB.22-Z-B.

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Foto 23 - Coordenadas UTM: 787513, 9279829. Interior de remanescente de Floresta Ombrófila Aberta Submontana. Município de Xambioá. Folha SB.22-Z-B.

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Foto 24 - Coordenadas UTM: 815097, 9238010. Cerrado “sentido restrito”, sub-tipo Cerrado Típico. Município de Piraquê. Folha SB.22-Z-B.

Foto 25 - Coordenadas UTM: 829518, 9309221. Cerrado Denso “faciação carrasco”. Fisionomia atípica, com indivíduos de distribuição muito adensados e finos. Folha SB.22-Z-B.

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Foto 26 - Coordenadas UTM: 746213, 9233660. Formação Pioneira de Influência Fluvial/Lacustre, equivalente à Terra Úmida não Florestada, no mapeamento do Uso da Terra. Município de Aragominas. Folha SB.22-Z-B.

Foto 27 - Coordenadas UTM: 738745, 9242710. Interior da formação da Floresta Ombrófila Densa Submontana, “faciação carrasco”. Vegetação primária com árvores finas, densamente distribuídas. Município de Aragominas. Folha SB.22-Z-B.

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Foto 28 - Coordenadas UTM: 741279, 9245241. Aspecto da Floresta Ombrófila Densa Submontana, “faciação carrasco”: árvores finas, dossel uniforme. Área de assentamento agrícola, provavelmente fadado ao fracasso, devido à fragilidade ou pouca aptidão de seus solos. Município de Aragominas. Folha SB.22-Z-B.

Foto 29 - Coordenadas UTM: 761242, 9279793. Aspecto do interior da formação de Floresta Ombrófila Densa Aluvial. Ilha do rio Araguaia, próxima à cidade de Araguanã. Folha SB.22-Z-B.

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Foto 30 - Coordenadas UTM: 193472, 9305931. Cerradão (Savana Florestada). Margens da rodovia BR-230, município de Nazaré. Folha SB.23-Y-A.

Foto 31 - Coordenadas UTM: 193450, 9305920. Cerradão (Savana Florestada) transicional para Floresta Estacional - Área de Tensão Ecológica. Município de Nazaré. Folha SB.23-Y-A.

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Foto 32 - Coordenadas UTM: 182384, 9265689. Cerrado “sentido restrito”, sub-tipo Cerrado Típico. Estrada TO-134, município de Darcinópolis. Folha SB.23-Y-A.

Foto 33 - Coordenadas UTM: 181974, 9265026. Área de Tensão Ecológica ou Contato Florístico, mistura de espécies de Floresta Ombrófila com Floresta Estacional e também de Cerradão. Folha SB.23-Y-A.

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Foto 34 - Coordenadas UTM: 176982, 9243504. Aspecto de Cerrado “sentido restrito”, sub-tipo Cerrado Denso. Rodovia BR-226, proximidades de Wanderlândia. Folha SB.23-Y-A.

Foto 35 - Coordenadas UTM: 194536, 9307717. Cerrado Denso, destacando em primeiro plano um pequizeiro. Município de Luzianópolis. Folha SB.23-Y-A.

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Foto 36 - Coordenadas UTM: 169767, 9238998. Floresta Ombrófila Aberta Aluvial destacando muitas palmácea, dentre elas: buriti, buritirana e açaí. BR-226, proximidades de Wanderlândia. Folha SB.23-Y-A.

Foto 37 - Coordenadas UTM: 169760, 9238990. “Pindaibal”, outro aspecto da Floresta Ombrófila de Formação Aluvial. Córrego nas proximidades de Wanderlândia. Folha SB.23-Y-A.

90 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Foto 38 - Imponente exemplar de jatobá. Diante da exploração seletiva a que estão submetidos os remanescentes florestais, a ocorrência de espécies desse porte é cada vez mais rara no Norte do Tocantins. Estrada Santa Fé do Araguaia/Garimpinho, município de Araguaína. Folha SB.22-Z-D,

91 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Foto 39 - “A testemunha”. Área da antiga Floresta Ombrófila Densa Submontana. Estrada BR-153-Garimpinho, município de Araguaína. Folha SB.22-Z-D.

92 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Foto 40 - Ambiente do Contato Floresta Ombrófila / Floresta Estacional. Nos topos pedregosos, as vezes ainda aparecem núcleos de Floresta Estacional Decidual Submontana; nas baixadas predominava a Floresta Ombrófila Aberta, hoje, em grande parte substituída por pastagens. Proximidades de Aragominas. Folha SB.22-Z-D.

Foto 41 - Área de Floresta Ombrófila Aberta Submontana. Núcleo remanescente de castanheiras, aparecendo ao fundo da propriedade. Proximidades de Araguatins. Folha SB.22-X-D.

93 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Foto 42 - Palmeira babaçu, certamente uma das espécies vegetais de maior presença em toda a área mapeada. Esta espécie predomina, entretanto, nos ambientes da Floresta Ombrófila Aberta Submontana. Considerada praga de pastagens, para alguns tem importância econômica pelo extrativismo das amêndoas, fornecimento de carvão e mais recentemente de palmito. Proximidades de Araguanã. Folha SB.22-Z-B.

94 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Foto 43 - Área de Floresta Ombrófila Densa Aluvial. Apesar do eventual potencial madeireiro, sua exploração não é recomendada, pois quase sempre representam ambientes com vegetação de preservação permanente. Ilha do rio Araguaia, proximidades de Araguanã. Folha SB.22-Z-B.

Foto 44 - Morrarias litólicas com vegetação rupícola ou de Refúgios Vegetacionais. A possibilidade de ocorrer espécies raras e ou endêmicas é muito propícia nestas situações. Proximidades de Aragominas. Folha SB.22-Z-D.

95 Zoneamento Ecológico-Econômico Inventário Florestal e Levantamento Florístico – Norte do Tocantins

Foto 45 - Cerrado Sentido Restrito, sub-tipo Cerrado Típico, cuja ocorrência é dominante em toda a área dos solos arenosos (Areias Quartzosas) da região. Proximidades de Wanderlândia. Folha SB.22-Y-A.

Foto 46 - Área de Floresta Ombrófila Aberta Submontana. A exploração seletiva e continuada das principais madeiras e a eventual queima, tornam os remanescentes muito encapoeirados, com aspecto de vegetação secundária. Proximidades de Carrasco Bonito. Folha SB.22-X-D.

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______Projeto de Gestão Ambiental Integrada ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO

Folhas Concluídas ESTADO DO TOCANTINS

SB.22-X-D MARABÁ

SB.23-V-C IMPERATRIZ

SB.22-Z-B XAMBIOÁ

SB.23-Y-A TOCANTINÓPOLIS

SB.22-Z-D ARAGUAÍNA

ÁREA DO ZEE DO NORTE DO ESTADO DO TOCANTINS

DIRETORIA DE ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO

Eduardo Quirino Pereira - DIRETOR Engenheiro Ambiental - MSc. Sensoriamento Remoto

Rodrigo Sabino Teixeira Borges - Coordenador de Geoprocessamento e Geociências Geógrafo - MSc. Geografia

Ivânia Barbosa Araújo - Coordenadora Socioambiental Engenheira Agrônoma - MSc. Solos e Nutrição de Plantas

Equipe Técnica

Aracy Siqueira de Oliveira Nunes - Engenheira Ambiental – MSc. Recursos Hídricos Cleusa Aparecida Gonçalves – Economista Waleska Zanina Amorim – Bacharel em Letras em Língua Portuguesa – Especialista em Gramática Textual

Equipe de Apoio

Jelciane da Silva Maria Aparecida Alencar Siqueira Policarpo Fernandes Alencar Lima

BANCO MUNDIAL

SEPLAN SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E MEIO AMBIENTE DIRETORIA DE ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO AANO - Esplanada das Secretarias Fones: (63) 218.1151 - 218.1195 Fax: (63) 218.1158 - 218.1098 CEP: 77.085-050 PALMAS - TOCANTINS http://www.seplan.to.gov.br e-mail:[email protected]

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PROGRAMA PILOTO PARA A PROTEÇÃO DAS FLORESTAS TROPICAIS DO BRASIL SUBPROGRAMA DE POLÍTICAS DE RECURSOS NATURAIS - SPRN SCS Q. 06 ED. SOFIA Nº 50 SALA 202 Fone: (61) 325.6716 Fax: (61) 223.0765 CEP: 70300-968 BRASÍLIA - DF