GTOVERNODOESTADODOOCANTINS SECRETARIADOPLANEJAMENTOEMEIOAMBIENTE DIRETORIADEZONEAMENTOECOLÓGICO-ECONÔMICO

PROJETODEGESTÃOAMBIENTALINTEGRADA -BICODOPAPAGAIO-

ZONEAMENTOECOLÓGICO-ECONÔMICO

APTIDÃOAGRÍCOLADASTERRAS FOLHASB.23-Y-A(Tocantinópolis) -ESTADODOTOCANTINS-

Palmas 2004 GOVERNO DO ESTADO DO

Marcelo de Carvalho Miranda Governador

Raimundo Nonato Pires dos Santos Vice-Governador

SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E MEIO AMBIENTE

Lívio William Reis de Carvalho Secretário

Nilton Claro Costa Subsecretário

Eduardo Quirino Pereira Diretor de Zoneamento Ecológico-Econômico

Belizário Franco Neto Diretor de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

Glênio Benvindo de Oliveira Diretor de Orçamento

Félix Valóis Guará Diretor de Planejamento

Joaquín Eduardo Manchola Cifuentes Diretor de Pesquisa e Informações

Ana Maria Demétrio Diretora de Administração e Finanças

Eder Soares Pinto Diretor de Ciência e Tecnologia GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E MEIO AMBIENTE DIRETORIA DE ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO

Projeto de Gestão Ambiental Integrada - Bico do Papagaio -

Zoneamento Ecológico-Econômico

Execução pela Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente - Seplan, Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico, em convênio com o Ministério do Meio Ambiente - MMA, por meio do Subprograma de Política de Recursos Naturais / Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil - PPG-7

APTIDÃO AGRÍCOLA DAS TERRAS FOLHA SB.23-Y-A (Tocantinópolis) - Estado do Tocantins -

Escala 1:250.000

TEXTO EXPLICATIVO ORGANIZADO POR Gonzalo Álvaro Vázquez Fernández CRÉDITOS DE AUTORIA

TEXTO EXPLICATIVO João Roberto Ferreira Menk Pedro Luiz Donzelli Jener Fernando Leite de Moraes Gonzalo Álvaro Vázquez Fernández

CARTA DE APTIDÃO AGRÍCOLA João Roberto Ferreira Menk Pedro Luiz Donzelli Jener Fernando Leite de Moraes

ACOMPANHAMENTO TÉCNICO

Eduardo Quirino Pereira

Coordenação editorial a cargo da Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico - DZE Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente - Seplan

Revisão de Texto Waleska Zanina Amorim

MENK, João Roberto Ferreira; DONZELLI, Pedro Luiz; MORAES, Jener Fernando Leite de; FERNÁNDEZ, Gonzalo Álvaro Vázquez.

Projeto de Gestão Ambiental Integrada da Região do Bico do Papagaio. Zoneamento Ecológico-Econômico. Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente (Seplan). Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico (DZE). Tocantinópolis. Aptidão Agrícola das Terras da Folha SB.23-Y-A. Estado do Tocantins. Escala 1:250.000. Org. por Gonzalo Álvaro Vázquez Fernández. 2.ed. Palmas, Seplan/DZE, 2004.

52p., ilust., 1 mapa dobr.

Séries ZEE - Tocantins / Bico do Papagaio / Aptidão Agrícola das Terras - v. 4/5.

2.ed. executada pela Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente (Seplan) como contrapartida ao convênio firmado com o Ministério do Meio Ambiente, no âmbito do Subprograma de Política de Recursos Naturais/Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG-7), com a cooperação financeira para o Tocantins da União Européia (CEC) e Rain Forest Fund (RFT), cooperação técnica do Departament for International Development (DFID) e parceria do Banco Mundial.

1. Aptidão Agrícola das Terras. Mapas. I. Tocantins. Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente. II. Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico. III. Título. CDU 631.4(811) Palavra do Governador

O meu governo, após ampla discussão com a sociedade, definiu como um dos seus macroobjetivos no PPA 2004-2007 o aumento da produção com desenvolvimento sustentável, tendo como orientações básicas a redução das desigualdades regionais, a promoção de oportunidades à população tocantinense e a complementaridade com as iniciativas em nível nacional para os setores produtivo e ambiental na Amazônia Legal e no Corredor Araguaia-Tocantins.

Para o aumento da produção com desenvolvimento sustentável, entre outras ações, temos conduzido a elaboração dos zoneamentos ecológico- econômicos e dos planos de gestão territorial para as diversas regiões do Estado. Estas ações permitem a identificação, mapeamento e descrição das áreas com importância estratégica para a conservação ambiental e das áreas com melhor capacidade de suporte natural e socioeconômico para o desenvolvimento das atividades e empreendimentos públicos e privados.

Fico feliz em entregar à sociedade mais um produto relacionado ao Zoneamento Ecológico-Econômico e ao Plano de Gestão Territorial da Região Norte do Tocantins, e ratifico o meu compromisso com a melhoria da qualidade de vida da população residente na referida área, pautado na viabilização de atividades e empreendimentos, na redução da pobreza e na conservação dos recursos hídricos e biodiversidade.

Confio plenamente no uso das informações desta publicação e afirmo que o Estado do Tocantins caminha, a passos largos, rumo a um novo estágio de desenvolvimento econômico e social, modelado pela garantia de boa qualidade de vida às próximas gerações.

Marcelo de Carvalho Miranda Governador A Word from the Governor

My government, after a broad discussion with society, has defined as one of its macro objectives in the 2004-2007 PPA (Pluriannual Plan) the increase of the State’s output with sustainable development, having as basic guidelines the reduction of regional inequalities, the promotion of opportunities to the Tocantins people and the complement of the national level initiatives for the Legal Amazon and the Araguaia-Tocantins corridor production and environmental sectors.

To increase production with sustainable development, among other actions, we are setting up ecological-economic zoning and territorial management plans for the various State regions. These actions allow the categorizing, mapping and description of environmental conservation areas of strategic importance and of the areas with better natural and socio-economic support capacity for carrying-out the public and private activities and enterprises.

I’m glad to bring forth another product of the Ecological-Economic Zoning and of the Tocantins State North Region Territorial Management Plan, and confirm my commitment with the improvement of the region’s people quality of life, centered on the feasibility of the activities and enterprises, in poverty reduction and in the preservation of the water resources and biodiversity.

I fully endorse the use of the information of this booklet and am truly confident that the Tocantins State is heading, with large steps, towards a new stage of economic and social development, designed to ensure the best quality of life to the next generations.

Marcelo de Carvalho Miranda Governor Apresentação

O Governo do Estado do Tocantins tem conseguido incorporar o segmento ambiental no planejamento e gestão das políticas públicas. Por meio do Zoneamento Ecológico-Econômico, considerado o ponto estratégico do Estado para possibilitar avanços no desenvolvimento econômico com conservação e proteção ambiental, a SEPLAN tem, eficientemente, gerado produtos que subsidiam a gestão do território tocantinense.

Buscando aumentar a lista de produtos do Zoneamento Ecológico- Econômico disponíveis para a sociedade e os órgãos dos governos federal, estadual e municipal, apresento o estudo “Aptidão Agrícola das Terras Folha SB.23-Y-A (Tocantinópolis)”, o qual foi elaborado com recursos do Tesouro do Estado e do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG-7), através do Ministério do Meio Ambiente e do Banco Mundial.

O estudo de aptidão agrícola das terras, realizado a baixo custo, teve como principais instrumentos imagens de satélite, base de dados da SEPLAN e produtos cartográficos do RADAMBRASIL, complementados com trabalho de campo. Sobre estes dados foi aplicado modelo de análise de dados com base em estudos acadêmicos de longo prazo (Sistema de Avaliação da Aptidão Agrícola das Terras). O objetivo principal deste estudo foi gerar informações em quantidade e qualidade suficientes para a elaboração do ZEE-Bico do Papagaio. Foram definidas seis classes de aptidão agrícola com três classes de nível tecnológico de exploração da terra. A partir das análises físicas, químicas e mineralógicas dos solos e de dados topográficos expeditos, reclassificaram-se as unidades de solos para classes de aptidão agrícola.

Sumarizando, o estudo ora apresentado supre, momentaneamente, a falta de mapeamentos tradicionais na escala 1:250.000 e se traduz numa contribuição desta SEPLAN para a ampliação do conhecimento dos recursos naturais do Tocantins e subsídio para o planejamento regional.

Lívio William Reis de Carvalh

Secretário do Planejamento e Meio Ambiente Presentation

The government of the State of Tocantins has been able to account for environment in public policies planning and management. Through the Ecological and Economic Zoning Programme, considered the State´s strategic point in order to make it possible to go further into economic development with environmental protection and conservation, SEPLAN has efficiently generated products that support Tocantins in its land management.

Seeking to increase the list of products made available to society and municipal, state and federal agencies through the Ecologic and Economic Zoning Programme, I present now the work “Land Suitability of Soils and Erosion Risk Assessment Sheet SB.23-Y-A (Tocantinópolis)”, which was obtained after financial efforts from the State Treasure, the G7 Pilot Programme to conserve the Brazilian Rain Forest (PPG-7), through the Environment Ministry, and the World Bank.

The study of Land Suitability of Soils, done at low cost, had as main instruments satellite imagery, SEPLAN´s data base and cartographic products from RADAMBRASIL, completed with field work. This data was analyzed by means of a data model (Land Suitability Assessment System). The main objective of this study was to generate information that had enough quality and the necessary quantity to achieve the Ecological and Economic Zoning of Bico do Papagaio. The study classified the area into six classes of land suitability with three classes of land exploitation technological level. Based on the physical, chemical and mineralogical samples of soils (previously used for soil survey) and topographic data, the soil units were reclassified to land suitability classes.

Summarizing, the present study momentarily supplies the gap of traditional surveys at scale 1:250.000, being a contribution given by this SEPLAN towards a better understanding of the natural resources of State of Tocantins and support to land management.

Lívio William Reis de Carvalho Planning and Environment Secretariat Resumo

O presente trabalho objetivou avaliar a aptidão agrícola das terras de domínio do Estado do Tocantins dentro da Folha Tocantinópolis (MIR 200) na escala 1:250.000. Partiu-se de trabalhos anteriores realizados na área: RADAM/ RADAMBRASIL (BRASIL, 1974a; 1974b) e TOCANTINS (2002). A esses dados foram acrescentados dados provenientes de imagens Landsat 5, altimetria das folhas topográficas 1:100.000 e dados provenientes de trabalhos de campo, quais sejam: descrições de paisagem, descrições expeditas de propriedades pedológicas e análises físicas, químicas e mineralógicas de amostras, com um mapa intermediário de solos. A área total de domínio do Estado do Tocantins dentro da Folha Tocantinópolis é de aproximadamente 6.754km². A classe de aptidão agrícola mais extensa é a classe 5, que engloba terras com aptidão boa, regular ou restrita para pastagens naturais, com aproximadamente 41,3% da área mapeada. Em seguida vem a classe 3, com aptidão regular para lavouras de ciclo curto, recobrindo 17,8% da Folha. As classes 1, 2 e 3 juntas (com aptidão respectivamente boa, regular e restrita para lavouras de ciclo curto) somam 43,1% da superfície mapeada. Nesta Folha a classe 6 (sem aptidão agrícola) tem expressão significativa, representando 12,7% da área. É oportuno destacar que aproximadamente 43% da área é composta de terras frágeis, com aptidão para pastagens plantadas ou naturais. Por isso, apesar deste relatório não ser definitivo quanto a uma recomendação de uso, fica clara a necessidade de estudos locais para projetos agropecuários ou de colonização que ocupem extensas áreas.

Abstract

The present work aimed to evaluate the land suitability at scale 1:250.000 that is under the domain of the State of Tocantins within the sheet Tocantinópolis (MIR 200). The start point was previous work on soils on the same area: RADAM/ RADAMBRASIL (BRASIL, 1974a; 1974b) and Agroecological Zoning Programme (TOCANTINS, 2002). To this data set it was added data from Landsat-5 imagery, altitude from the topographic maps scale 1:100.000 and data from field work: landscape description, pedologic properties description and physical, chemical and mineralogical analysis of collected samples. After merging all this information, a land suitability map was produced. It classifies land into six recommended classes (called 1 to 6). Classes 1 to 3 are recommended for annual crops. The recommendation may be good, fair or restricted for any of three technological levels. Technological level A regards low technology practices, level B regards low technological input and level C regards high technological input. Recommended use classes 4 and 5 are proposed for low intensity use, such as grassland, cultivated pasture, orchards and timber. Class 6 has no agricultural suitability, being recommended only for conservation of flora, fauna, landscape and natural beauty sites. The total area under the domain of the state sums up to 6.754km². The most extensive class of land suitability is class 5, with 41,3% of the area. This class is followed by class 3, which covers 17,8% of the 6.754 km². Classes 1, 2 and 3 altogether (classes with good, fair and restrict suitability for annual crops) sum up to 43,1% of the mapped area. For this sheet class 6 (without agricultural land suitability) is significant in area: 12,7% of the area. It is clear that most of the area 43% is composed of fragile lands, which show only restricted suitability for pasture and natural graze or even total absence of agricultural suitability. Even though this report is not definitive regarding a land use recommendation, it is evident the need of local studies for colonisation and other agricultural projects expected to use extensive areas.

Sumário

LISTA DE FIGURAS...... xi LISTA DE TABELAS...... xiii LISTA DE SIGLAS...... xv

1 - INTRODUÇÃO...... 1 1.1 - Apresentação...... 1 1.2 - Localização e acesso...... 1 1.3 - Material e base de dados...... 3 1.4 - Metodologia...... 3 1.4.1 - Grupos, subgrupos e classes de aptidão agrícola...... 4 1.4.2 - Fatores limitantes...... 4

2 - PRODUTOS...... 7 2.1 - Aptidão agrícola ...... 7

3 – RECOMENDAÇÕES CONSERVACIONISTAS...... 9 3.1 - Aptidão agrícola ...... 9 3.2 - Recomendações de uso ...... 11 3.3 - Classes de usos recomendados ...... 14

4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS...... 17 4.1 - Conclusões...... 17 4.2 - Recomendações...... 17

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...... 19 ANEXOS...... 21 Anexo A - Tabelas explicativas da aptidão agrícola...... 23 Anexo B - Figuras...... 31

ix

Lista de Figuras

1 - Localização da área mapeada ...... 2

2 - Modelo digital de elevação...... 32

3 - Mapa de classes de declividade...... 32

xi

Lista de Tabelas

1 - Simbologia correspondente às classes de aptidão agrícola das terras...... 24

2 - Grupos de aptidão agrícola...... 24

3 - Limitações edáficas...... 25

4 - Fertilidade do solo...... 25

5 - Profundidade efetiva...... 25

6 - Drenagem interna...... 26

7 - Drenagem interna em função da unidade de solo...... 26

8 - Erodibilidade...... 26

9 - Pedregosidade...... 27

10 - Declividade...... 27

11 - Guia de avaliação agrícola das terras – região tropical úmida...... 28

12 - Exemplo de combinação Solo x Declive e parâmetros considerados para a classificação da aptidão agrícola....29

13 - Classes de aptidão agrícola e respectivas áreas de ocorrência...... 30

14 - Classes de declividade, aptidão e tipos de uso...... 30

xiii

Lista de Siglas

APA – Área de Preservação Ambiental

CIM – Carta Internacional ao Milionésimo

CTC – Capacidade de Troca Catiônica

GPS – Global Position System

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

MDE – Modelo Digital de Elevação

MIR – Mapa Índice de Referência

MMA – Ministério do Meio Ambiente

PGAI – Projeto de Gestão Ambiental Integrada

PPG-7 – Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil

SEPLAN – Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente

SIG – Sistema de Informação Geográfica

SPRN – Subprograma de Políticas de Recursos Naturais

ZEE – Zoneamento Ecológico-Econômico

xv

Zoneamento Ecológico-Econômico Aptidão Agrícola das Terras- SB.23-Y-A (Tocantinópolis)

1 Introdução

1.1 - Apresentação relação às folhas geográficas na escala 1:100.000 da Carta Internacional ao Milionésimo (CIM), a área engloba O presente trabalho é resultado de uma das atividade do integral ou parcialmente as folhas: Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) dentro do Projeto de Gestão Integrada do Bico do Papagaio, que Nazaré...... SB.23-Y-A-I...... IBGE pertence ao Subprograma de Política de Recursos Tocantinópolis...... SB.23-Y-A-II...... IBGE Naturais (SPRN) - Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG-7). Este subprograma Wanderlândia...... SB.23-Y-A-IV...... IBGE foi implementado através de Convênio entre o Ministério Paranaidji...... SB.23-Y-A-V...... IBGE do Meio Ambiente (MMA) e a Secretaria de Babaçulândia...... SB.23-Y-C-I...... IBGE Planejamento e Meio Ambiente (SEPLAN). Situada na parte norte do Estado do Tocantins, a área Objetivando subsidiar ações de planejamento e a abrange parcial ou totalmente os municípios de instalação de projetos agropecuários, foi gerado o mapa Aguiarnópolis, Ananás, , Babaçulândia, de aptidão agrícola. Este mapa tem como base o mapa Cachoeirinha, Darcinópolis, Luzinópolis, Maurilândia do de solos (TOCANTINS, 2002), ao qual foram acrescidas Tocantins, Nazaré, , Riachinho, informações a respeito da declividade. Para a Santa Terezinha do Tocantins, São Bento do Tocantins, determinação das classes de aptidão agrícola das terras Tocantinópolis e Wanderlândia. foi utilizada metodologia de RAMALHO FILHO, PEREIRA & BEEK (1995). O acesso terrestre, a partir de Palmas, é afetuado através de dois percursos. No primeiro, percorrre-se a rodovia A aptidão agrícola das terras representa a interpretação TO-080 até a cidade de Paraíso do Tocantins, a partir da dos recursos de solo face às suas potencialidades e qual segue-se rumo norte pela rodovia BR-153 (Belém- limitações para utilização agrícola, visando conhecer a Brasília), passando pelas localidades de Guaraí e disponibilidade dos recursos naturais, configurando-se, Araguaína, alcançando-se, então, a área de trabalho já desse modo, como instrumento fundamental para o na localidade de Wanderlândia, num trecho de 462km. estabelecimento do zoneamento agrícola. Na segunda opção, parte-se de Palmas pela rodovia TO- 1.2 - Localização e acesso 010 em direção a cidade de Lajeado, num trecho de A área mapeada cobrindo parte das folhas Tocantinópolis 50km, donde segue-se, após a travessia do rio Tocantins (SB.23-Y-A) e Carolina (SB.23-Y-C) tem cerca de em balsa, por mais 21km até o município de Miracema 6.754km² e está delimitada a Norte e a Sul, do Tocantins. Desta localidade, percorre-se 21km pela respectivamente, pelas coordenadas de 6º00’00" e rodovia TO-342 até Miranorte, seguindo-se daí pela aproximadamente 7º08’00" de latitude sul, a Oeste pela rodovia BR-153, passando por Guaraí e Araguaína, coordenada de 48º00’00" de longitude oeste e a Leste chegando a Wanderlândia, num trecho de 413km. Nos pelo rio Tocantins, tendo por limite mais oriental o dois percursos as rodovias citadas para acesso a área meridiano 47º20’00" aproximadamente (Figura 1). Em em estudo são pavimentadas.

1 Projeto de Gestão Ambiental Integrada - Bico do Papagaio

Figura 1 - Localização da área mapeada.

2 Zoneamento Ecológico-Econômico Aptidão Agrícola das Terras- SB.23-Y-A (Tocantinópolis)

Na área destacam-se as rodovias pavimentadas: BR- - folhas SB.23-Y-A-I - Nazaré, SB.23-Y-A-II - 226 (Wanderlândia–Aguiarnópolis), TO-126 Tocantinópolis, SB.23-Y-A-IV – Wanderlândia, (Aguiarnópolis–Tocantinópolis), TO-134 (Darcinópolis– SB.23-Y-A-V – Paranaidji e SB-23-Y-C-I - São Bento do Tocantins) e TO-210 (Ananás-Angico). As Babaçulândia. rodovias BR-230 (Aguiarnópolis-TO-409) e TO-415 (Nazaré-Aguiarnópolis) encontram-se em processo de 1.4 - Metodologia pavimentação. A rodovia TO-010 (Riachinho- Para determinar a aptidão agrícola das terras na área do Wanderlândia-Babaçulândia) também integra a malha PGAI – Bico do Papagaio no Estado do Tocantins viária da área e está trafegável com piso de revestimento seguiu-se a metodologia proposta por RAMALHO FILHO, primário. PEREIRA & BEEK (1995). Ao longo de todo o processo Partindo-se das rodovias estaduais e federais, existe uma de execução deste trabalho foram utilizadas técnicas boa rede de estradas municipais e de fazendas. de sensoriamento remoto e geoprocessamento objetivando apromorar o necessário detalhamento na O transporte aéreo é limitado à operação de táxis aéreos, caracterização das classes de solos e de declividade sendo as pistas de pouso de leito natural, exceto em das terras, bem como técnica de confrontação dos planos Tocantinópolis, que contém aeroporto com pista de informação, através do cruzamento em Sistema de pavimentada. A região é atendida pelas cidades de Informação Geográfica (SIG). Imperatriz, no Maranhão, e Araguaína, no Tocantins, no que diz respeito a vôos regionais das principais empresas RAMALHO FILHO, PEREIRA & BEEK (1995) prevêem de aviação comercial do país. seis grupos de aptidão para avaliar as condições agrícolas das terras: lavouras (grupos 1, 2 e 3), pastagem plantada 1.3 - Material e base de dados (grupo 4), pastagem natural e silvicultura (grupo 5) e áreas destinadas a reserva biológica e preservação da Foram utilizados para determinar a aptidão agrícola das fauna e flora (grupo 6). terras da Folha Tocantinópolis, Estado do Tocantins, os seguintes dados e material: As terras aptas para lavoura também são avaliadas quanto à aptidão para três níveis de manejo, indicados - mapas e boletins técnicos de solo, geologia, pelas letras A, B e C. Cada letra aparece escrita de geomorfologia, vegetação e uso potencial da terra diferentes formas - em maiúsculo, minúsculo ou do projeto RADAM referentes à Folha SB.22 - minúsculo entre parênteses - segundo as classes de Araguaia; aptidão que se apresentam as unidades em cada um

- plano de informação de solos da base de dados da dos níveis adotados. SEPLAN, na escala 1:250.000; O nível de manejo C baseia-se em práticas agrícolas

- imagens do sensor TM do satélite Landsat 5, que refletem um alto nível tecnológico com aplicação composição colorida das bandas TM3(B), TM4(R) intensiva de capital e tecnologia. Para o nível de manejo e TM5(G) em papel fotográfico, na escala 1:250.000 B considera-se uma aplicação modesta de capital, uso - duas cenas completas referente às órbitas/ponto de fertilizantes, defensivos e corretivos. No nível de 222/64 (24/07/1997) e 222/65 (08/07/1997); manejo A, tanto para a pastagem natural ou o uso agrícola, não há qualquer aplicação de capital ou de - GPS marca MAGELLAN modelo 2000 XL; tecnologia. Em nenhum dos três casos se considera o uso de irrigação. - folhas SB.23-Y-A – Tocantinópolis, SB.23-Y-C – Carolina, SB.23-V-C – Imperatriz e SB.22-Z-B – Nesta classificação as classes de aptidão agrícola para Xambioá, como base das informações cartográficas os três níveis de manejo são apresentadas em um só - rede hidrográfica, rede viária, cidades, toponímia mapa, sendo a sua visualização possível por um sistema e coordenadas geográficas e UTM, e; de símbolos que incluem números e letras.

3 Projeto de Gestão Ambiental Integrada - Bico do Papagaio

As letras A, B e C aparecem junto à classe de aptidão 1.4.2 – Fatores limitantes para lavoura (grupos 1, 2 ou 3) em maiúsculo para aptidão boa (“A”), minúsculo para aptidão regular (“a”), minúsculo Os fatores limitantes à utilização agrícola considerados nesse trabalho foram: a) fertilidade/produtividade - “f”, entre parênteses para aptidão restrita (“(a)”) e ausência sendo fv = disponibilidade de nutrientes e ft = textura/ de letra para aptidão nula, com indicação para diferentes estrutura - retenção de água; b) deficiência de água - tipos de utilização (Tabela 1 - Anexo A). Para os grupos “d”; c) drenagem do perfil - “a” = excesso de água/ 4 e 5 as letras “p” e “n” aparecem junto ao número da deficiência de oxigênio; d) profundidade efetiva do solo - classe, respeitando a mesma nomenclatura que os níveis “p”; e) impedimentos a mecanização - “m”, sendo mp = de manejo (“P”, “p” ou “(p)” e “N”, “n” ou “(n)”). A aptidão pedregosidade, mpl = carater plíntico e md = declividade nula numa classe (fator limitante classificado como Muito do terreno, e; f) erodibilidade do solo - “e”. Em última Forte - ver item 1.4.2) remete a unidade para a classe análise os fatores limitantes foram considerados como subsequente. subclasses na formulação da aptidão agrícola, discriminando as classes (Tabela 3). A metodologia de trabalho segue orientação original do Soil Survey Manual do USDA (UNITED STATES, 1951) e A cada um dos fatores limitantes foram atribuídos graus FAO (1976), onde se recomenda que a avaliação da de intensidade das limitações numa escala de 1 a 5: aptidão agrícola das terras seja baseada em resultados de levantamentos sistemáticos, realizados com base nos 1 - Nulo (N); vários atributos das terras: solo, geomorfologia, clima, vegetação, etc. 2 - Ligeiro (L);

1.4.1 - Grupos, subgrupos e classes de aptidão 3 - Moderado (M); agrícola 4 - Forte (F);

Os grupos de aptidão agrícola foram representados por 5 - Muito Forte (MF). algarismos arábicos, variando de 1 a 6 segundo as possibilidades de utilização das terras. As limitações Na representação cartográfica a presença de uma das que afetam os diversos tipos de utilização, aumentam letras em maiúsculo (A, B ou C) que acompanham os do grupo 1 para o grupo 6, enquanto que, nesse mesmo algarismos representantes dos grupos, expressam a sentido, diminuem as alternativas de uso e a intensidade aptidão Boa em, pelo menos, um dos níveis de manejo de utilização possível das terras (Tabela 2). considerados.

Os subgrupos de aptidão agrícola representam as Deficiência de fertilidade classes de aptidão para cada nível de manejo e foram classificados conjuntamente. As classes representam A deficiência de fertilidade foi considerada num conceito amplo que representa a capacidade produtiva do solo o último estágio de classificação da aptidão agrícola e envolvendo suas propriedades químicas e físicas (Tabela refletem o grau de intensidade que as limitações afetam 4). Os aspectos do solo considerados para qualificar a as terras, sendo representadas em quatro níveis: Boa, fertilidade (subentendida como a capacidade de prover Regular, Restrita e Inapta. nutrientes a planta) foram: capacidade de troca catiônica O trabalho baseou-se nesses critérios, com algumas (CTC) em eqmg/100g, saturação de bases (V%) e caráter modificações que visam uma adaptação à metodologia álico (m%). adotada, utilizando-se sistemas computadorizados para Profundidade Efetiva cruzamento das informações de levantamento e classificação dos solos através de suas características Refere-se a profundidade efetiva dos solos disponível ao limitantes do uso agrícola, classes de declividade e risco desenvolvimento das raízes. Foram consideradas 5 de erosão qualitativo. classes de profundidade efetiva, quais sejam: até 2,00m,

4 Zoneamento Ecológico-Econômico Aptidão Agrícola das Terras- SB.23-Y-A (Tocantinópolis)

de 1,00 a 2,00m, de 0,60 a 1,00m, de 0,30 a 0,60m, e certos condicionantes para classificação, além dos graus menos que 0,30m. (Tabela 5). maiores das limitações e também os graus de viabilidade dos melhoramentos das condições agrícolas das terras. Drenagem interna

Os graus dos fatores limitantes utilizados na Avaliada pelo excesso de água no solo ou deficiência de classificação foram estabelecidos com base no oxigênio na zona de enraizamento. Considera também levantamento pedológico (TOCANTINS, 2002), análises a facilidade com que a água que atinge o solo é absorvida através do perfil, tendo sido considerados aqui os solos químicas e físicas, observações georreferenciadas no arenosos em todo o perfil com drenagem excessiva, os trabalho de apoio terrestre, executado com equipamento de drenagem muito pobre como os solos tipo glei e GPS de precisão submétrica, e dados ancilares, como, aqueles onde a infiltração de água no solo e sua por exemplo, o mapa de classes de declividade. absorção nos horizontes subsuperficiais é muito dificultada, como os Plintosolos (Tabela 6). Campo

Deficiência de água O trabalho de campo foi realizado em conjunto com o trabalho de levantamento de solos e constou, além da Refere-se à deficiência hídrica no solo, avaliada pelo amostragem de solo, de observações sobre o uso atual levantamento pedológico e inferências sobre o fator das terras, presença ou não de fatores limitantes à climático, balanço hídrico e observações in loco por implantação ou desenvolvimento de práticas agrícolas ocasião do apoio terrestre, com observações nos diferentes níveis de manejo, tais como: georreferenciadas sobre calhas de drenagem pedregosidade, relevo, deficiência hídrica (presença de intermitentes (Tabela 7). córregos ou rios secos), textura do solo, etc. Erodibilidade Foram observados aproximadamente 900 pontos. Os Essa característica está principalmente condicionada à locais de amostragem foram georreferenciados com declividade do terreno e extensão das vertentes, assim equipamento GPS (“Global Position System”). como às características intrínsecas do solo Percorreram-se cerca de 2000km de toda a malha viária condicionantes da erosão. As classes e graus de da área em estudo. erodibilidade considerados neste trabalho estão expressos no Tabela 8. Trabalhos de Geoprocessamento

Impedimentos à mecanização Para obtenção do plano de informação referente à aptidão agrícola das terras realizaram-se várias operações de Como fatores impeditivos da mecanização agrícola cruzamento e sobreposição de planos de informação, elencam-se a pedregosidade, o caráter plíntico e além da elaboração de um banco de dados relacional, petroplíntico e o declive do terreno (Tabelas 9 e 10). contendo os diferentes atributos limitantes para aptidão Destaca-se aqui os solos concrecionários pedregosos e os que apresentam plintita em profundidades variáveis, agrícola, mencionados no item 1.4.2. como problemáticos do ponto de vista da mecanização Os planos de informação considerados no trabalho foram: agrícola.

· Mapa de solos de reconhecimento de baixa Relacionamento dos fatores limitantes com a aptidão agrícola intensidade - Folha Tocantinópolis (SB-23-Y-A, MIR 200); Para classificar as terras adotou-se uma tabela guia que relaciona os graus das diversas limitações com a aptidão · Mapa de declividade – proveniente do Modelo agrícola (Tabela 11). Nessa tabela foram considerados Numérico de Elevação (MNT) obtido de isolinhas

5 Projeto de Gestão Ambiental Integrada - Bico do Papagaio

altimétricas de equidistância vertical de 50 metros, estima o valor da cota altimétrica entre as curvas de estas últimas digitalizadas da carta topográfica nível, considerando também a existência ou não dos 1:100.000; pontos altimétricos cotados. A partir desta interpolação, obteve-se o Modelo Digital de Elevação (MDE) · Dados sobre características físicas e químicas dos apresentado na Figura 2. solos, proveniente das análises realizadas nas amostras coletadas para a execução do mapa de A partir do MDE calculou-se a declividade (Figura 3) solos de reconhecimento de baixa intensidade. sendo que neste processo o programa executa uma Mapa de Solos – Folha Tocantinópolis (SB.23-Y-A, filtragem linear, calculando a primeira derivada em x (dx) MIR 200) e y (dy), analisando as diferenças de altitude nas direções X e Y. Posteriormente a declividade é calculada pela As informações sobre as unidades de mapeamento do equação: solo, bem como suas características físicas e químicas, foram extraídas do levantamento e mapeamento de baixa Declividade (%) = 100*HYP(DX,DY)/PIXSIZE(MDE) intensidade dos solos da região do Bico do Papagaio (TOCANTINS, 2002). onde: HYP é a hipotenusa; dx é a derivada em X; dy é a derivada em Y e PIXSIZE é o tamanho do pixel do MDE. Obtenção do mapa de classes de declividade Obtenção do mapa de aptidão agrícola das terras A carta de declividade foi obtida a partir das isolinhas altimétricas disponíveis em formato digital com Para obtenção do mapa de referência para a classificação equidistância vertical de 50 metros. Estas foram extraídas da aptidão agrícola das terras procedeu-se o cruzamento das folhas topográficas em escala 1:100.000, articuladas dos planos de informação de Solo e Declividade. Esse dentro da Folha Tocantinópolis (SB.23-Y-A, MIR 200), cruzamento resultou num novo mapa contendo as escala 1:250.000. As curvas de nível, disponíveis no combinações entre classes de solo e declividade. A partir formato DXF, foram importadas para o programa ILWIS desse plano de informação gerou-se um banco de dados e georeferrenciadas no sistema de projeção UTM. Com no programa ILWIS (ILWIS, 1997) contendo os demais a finalidade de evitar erros provenientes da interpolação parâmetros considerados na classificação, apresentados das curvas de nível no limite de cada Folha, criou-se anteriormente, conforme exemplificado na Tabela 12. uma bordadura, com a inclusão de parte das curvas de Cada unidade foi classificada de acordo com as nível provenientes das folhas vizinhas, quando cabível. Através de função de interpolação linear, o programa limitações apresentadas nesse banco de dados

6 Zoneamento Ecológico-Econômico Aptidão Agrícola das Terras- SB.23-Y-A (Tocantinópolis)

2 Produtos

2.1 - Aptidão agrícola classe se encontra sobre Podzólicos Vermelho-Amarelo ou Amarelo, ambos álicos e de textura arenosa, e sobre Na área da Folha Tocantinópolis foram classificadas 14 Areias Quartzosas. As principais restrições destes solos classes de aptidão agrícola, relacionadas na Tabela 13. estão relacionadas aos aspectos hídricos, como A classe de maior extensão é a 5 (aptidão para pastagens deficiência hídrica e drenagem interna deficiente. naturais e silvicultura), que recobre em torno de 41,3% O grupo 2, representado pelas classes 2abc - em da área da mapeada na Folha Tocantinópolis. Somando- algumas manchas não foi possível discriminar unidades se a superfície da classe 5 a área das classes 6 (12,68%) de aptidão agrícola inferior - e 2(ab)c, cobre 17,1% da e 4 (1,43%), chega-se a aproximadamente 55,4% da área mapeada na folha Tocantinópolis. Estas classes área total da Folha apta para pastagens, silvicultura ou estão sobre associação de Latossolo Vermelho-Amarelo conservação. A classe 1 (aptidão boa para lavouras) Distrófico com Areia Quartzosa, também Distrófica, ou recobre aproximadamente 6,25% desta Folha. As sobre associação de Podzólico Vermelho-Escuro classes 2abc , 2abc(1), 2(ab)c, 3(abc)(1) e 3(abc) Eutrófico ou Distrófico e Litossolo Eutrófico textura ocupam, cada uma, entre 0,2% e 17% da área total argilosa. A textura tende a ser média ou argilosa, mapeada, somando 34,9% da mesma. Juntas, as ocorrendo também textura arenosa, embora em menor classes 1(abc) e 1(abc)(1) chegam a 43,1% da área em extensão. A presença destas classes se dá nas porções estudo. Nesta Folha a classe 6 atinge um dos maiores central, noroeste e sudeste da Folha Tocantinópolis. índices entre todas as folhas que cobrem a área do PGAI- Todos os municípios representados na Folha tem alguma Bico do Papagaio. mancha da classe 2 em suas terras, com exceção de A área pertencente a classe 6 se divide em duas partes Maurilândia do Tocantins. O principal fator limitante na Folha Araguaína. Uma destas partes está localizada destas unidades é a disponibilidade de água, que varia na porção norte da Folha, próximo ao rio Tocantins, sobre de ligeira a moderada. manchas de Areias Quartzosas hidromóficas (Neossolos Quartzarênicos Hidromórficos) e recobre os municípios O grupo 3 é representado pelas classes 3(abc) e de Tocantinópolis, Maurilândia, Cachoeirinha e 3(abc)(1. Cobrem, em sua totalidade, em torno de 17,8% Luzinópolis. A outra parte está posicionada nas porções da área mapeada. Entremeada com as unidades da oeste e sul da Folha, cobrindo Ananás, São Bento do classe 2, esta classe se faz presente por limitações Tocantins, Cachoeirinha, Angico, Darcinópolis, Palmeiras vinculadas a fatores topográficos locais (declividade do Tocantins, Riachinho e Wanderlândia, estando mais acentuada), dificultando a mecanização e aumentando associada a Litossolos (Neossolos Litólicos) de textura a erodibilidade. Assenta-se, de forma geral, nas mesmas arenosa e a terrenos acidentados. A extensão da classe classes de solo que a classe 2, apresentando, por isso, 6 não chega a causar impacto sobre a área de uso as mesmas propriedades físicas e químicas e as agropastoril dos municípios citados. mesmas restrições à aptidão agrícola.

Os grupos 4 e 5, com aptidão para pastagens e Do ponto de vista tecnológico não há áreas com aptidão silvicultura, representam 42,7% da área mapeada. Esta agrícola boa para a classe tecnológica A (baixo nível de

7 Projeto de Gestão Ambiental Integrada - Bico do Papagaio

uso de tecnologia moderna). Contudo, considera-se que margens do rio Tocantins, ao sul de Aguiarnópolis e em a ampla presença de áreas propícias a pastagens nativas torno de Tocantinópolis, e numa mancha entre os está associada uma recomendação de baixo nível municípios de Angico e Luzinópolis. Finalmente, a tecnológico de exploração, vista a fragilidade ambiental, presença de classes que incluem classes de aptidão que limita intervenções de grande impacto, e ao próprio inferior ou superior à principal (indicados pelos índices aspecto da inviabilidade econômica de se explorar áreas (1) – inferior – ou (2) – superior) em aproximadamente de pastagem natural com demandas financeira altas para 25% da área mapeada indica, que em função de aplicação de tecnologia. As classes tecnológica B e C propostas futuras de alteração do uso da terra e da estão em sua quase totalidade associados às classes introdução de novas tecnologias na área em questão, de aptidão agrícola 2 e 3 (regular e restrita, podem haver novas demandas para a realização de respectivamente), já apresentadas acima. O nível estudos que complementem a avaliação econômica e tecnológico C tem potencial para ser explorado em 8,3% ambiental dos solos, não desconsiderando a contribuição da área mapeada, onde a classe 1 de aptidão agrícola do presente trabalho ao conhecimento das propriedades está presente. Esta classe está posicionada nas pedológicas desta Folha.

8 Zoneamento Ecológico-Econômico Aptidão Agrícola das Terras- SB.23-Y-A (Tocantinópolis)

3 Recomendações Conservacionistas

O solo, assim como os demais recursos naturais, deve - Areia Quartzosa Distrófica e Álica A moderado; ser usado racionalmente a fim de garantir uma agricultura Solo Litólico Distrófico. permanente, sustentável e próspera. As técnicas de · Limitação forte a muito forte devido a drenagem conservação do solo objetivam potencializar a utilização interna – associação de Gleissolo + Solo Aluvial, econômica dos recursos naturais. ambos álicos e distróficos, textura indiscriminada.

Todo planejamento conservacionista deve se basear no · Limitação muito forte devido a profundidade efetiva uso de cada área conforme suas limitações e - Solo Litólico Distrófico. potencialidades. A aptidão agrícola indica o grau de · Limitação muito forte devido a disponibilidade de intensidade de cultivo que se pode aplicar em uma água - Areia Quartzosa Distrófica e Álica A determinada área sem que o solo sofra redução de sua moderado. produtividade por efeito da erosão ou outros fatores limitantes. · Limitação muito forte quanto a erodibilidade. · Limitação muito forte quanto a mecanização. Os problemas e as recomendações conservacionistas foram abordados considerando-se os aspectos de Aptidão restrita para a silvicultura declividade e aptidão agrícola (Tabela 14). Em função · Limitação forte a muito forte devido ao declive (25 dos fatores condicionantes das classes de aptidão a 40%). agrícola e declividade estabeleceram-se as recomendações conservacionistas apresentadas a · Limitação ligeira a muito forte devido a fertilidade seguir. do solo. · Limitação moderada a forte devido a drenagem 3.1 - Problemas conservacionistas interna.

Nesta seção são listados os problemas · Limitação nula a ligeira devido a profundidade conservacionistas de cada classe de aptidão agrícola. efetiva. Esta lista é a base das limitações de cada unidade de · Limitação nula a moderada devido a solo usadas no processo de avaliação da aptidão disponibilidade de água. agrícola. · Limitação nula a forte quanto a erodibilidade. Sem aptidão para uso agrícola · Limitação nula a forte quanto a mecanização. · Limitação muito forte devido a fertilidade do solo. Aptidão boa para a silvicultura · Limitação muito forte devido ao declive (superior a 40%). · Limitação forte devido ao declive (18 a 25%).

· Limitação nula a forte devido ao declive (0 a 40%) · Limitação nula a moderada devido a fertilidade do

9 Projeto de Gestão Ambiental Integrada - Bico do Papagaio

solo. · Limitação nula a forte devido a disponibilidade de água. · Limitação nula a moderada devido a drenagem interna. · Limitação nula a forte quanto a erodibilidade.

· Limitação nula a moderada devido a profundidade · Limitação nula a forte quanto a mecanização. efetiva. Aptidão regular para pastagem plantada · Limitação nula a moderada devido a disponibilidade de água. · Limitação forte devido ao declive (12 a 18%).

· Limitação nula a forte quanto a erodibilidade. · Limitação moderada quanto a presença de plintita e pedregosidade. · Limitação nula a forte quanto a mecanização. · Limitação nula a forte devido a fertilidade do solo. Aptidão restrita para pastagem natural · Limitação nula a forte devido a drenagem interna. · Limitação forte devido ao declive (25 a 40%). · Limitação nula a forte devido a profundidade efetiva. · Limitação nula a forte devido ao declive (0 a 40%). · Limitação nula a forte devido a disponibilidade de · Limitação nula a forte devido a fertilidade do solo. água.

· Limitação nula a forte devido a drenagem interna. · Limitação nula a forte quanto a erodibilidade.

· Limitação nula a forte devido a disponibilidade de · Limitação nula a forte quanto a mecanização. água. Aptidão boa para pastagem plantada · Limitação nula a forte quanto a erodibilidade. · Limitação moderada devido ao declive (menor que · Limitação nula a forte quanto a mecanização. 12%).

Aptidão boa para pastagem natural · Limitação nula a moderada devido a fertilidade do · Limitação nula a forte devido ao declive (0 a 40%). solo.

· Limitação forte devido ao declive (18 a 25%). · Limitação nula a ligeira devido a drenagem interna.

· Limitação nula a forte devido a fertilidade do solo. · Limitação nula a moderada devido a profundidade efetiva. · Limitação nula a forte devido a drenagem interna. · Limitação nula a moderada devido a · Limitação nula a forte devido a profundidade efetiva. disponibilidade de água. · Limitação nula a forte devido a disponibilidade de · Limitação nula a moderada quanto a erodibilidade água. · Limitação nula a moderada quanto a mecanização · Limitação nula a forte quanto a erodibilidade.

· Limitação nula a forte quanto a mecanização. Aptidão restrita para lavouras de ciclo curto · Limitação moderada devido ao declive (12 a 18%). Aptidão restrita para pastagem plantada · Limitação nula a moderada devido a fertilidade do · Limitação forte devido ao declive (18 a 25%). solo. · Limitação forte quanto a presença de plintita e · Limitação nula a moderada devido a drenagem pedregosidade. interna. · Limitação nula a forte devido a fertilidade do solo. · Limitação nula a moderada devido a profundidade · Limitação nula a forte devido a drenagem interna. efetiva.

· Limitação nula a forte devido a profundidade efetiva. · Limitação nula a moderada devido a

10 Zoneamento Ecológico-Econômico Aptidão Agrícola das Terras- SB.23-Y-A (Tocantinópolis)

disponibilidade de água. · Área de conservação e/ou preservação ambiental.

· Limitação nula a forte quanto a erodibilidade. · Área de conservação hídrica.

· Limitação nula a forte quanto a mecanização. · Área de uso turístico

Aptidão regular para lavouras de ciclo curto Aptidão restrita para a silvicultura

· Limitação ligeira a moderada devido ao declive Esta classe não é agricultável, sendo recomendada para: (menor que 12%). · Área de conservação e/ou preservação ambiental. · Limitação nula a moderada devido a fertilidade do solo. · Área de conservação hídrica.

· Limitação nula a ligeira devido a drenagem interna. · Área de uso turístico.

· Limitação nula a ligeira devido a profundidade · Área para silvicultura. efetiva. Aptidão boa para a silvicultura · Limitação nula a ligeira devido a disponibilidade de água. Esta classe não é agricultável, sendo recomendada para:

· Limitação nula a ligeira quanto a erodibilidade. · Área de conservação e/ou preservação ambiental.

· Limitação nula a ligeira quanto a mecanização. · Área de conservação hídrica. · Área de uso turístico. Aptidão boa para lavouras de ciclo curto · Área para silvicultura. · Limitação nula a ligeira devido ao declive (menor que 6%). Aptidão restrita para pastagem natural · Limitação nula a moderada devido a fertilidade do Esta classe não é agricultável, sendo recomendada para: solo. · Área de conservação e/ou preservação ambiental. · Limitação nula a ligeira devido a drenagem interna. · Área de conservação hídrica. · Limitação nula a ligeira devido a profundidade efetiva. · Área de uso turístico.

· Limitação nula a ligeira devido a disponibilidade · Área para silvicultura. de água. · Área para pastagem natural. · Limitação nula a ligeira quanto a erodibilidade. Aptidão boa para pastagem natural · Limitação nula a ligeira quanto a mecanização. Para declives maiores do que 18% 3.2 - Recomendações de uso · Dotação adequada de animais por unidade de As recomendações de uso se referem a ocupação área. recomendada para cada classe de aptidão agrícola. A · Controle do fogo. ocupação recomendada segue limitações quanto a classe de aptidão agrícola e de declividade, e visa o · Limpeza de pasto utilizando técnicas manuais ou melhor uso possível em termos de exploração econômica mecânicas (evitar queimadas). e conservação dos recursos naturais. · Melhoramento das aguadas e uso de local adequado para distribuição de sal, alimentos e Sem aptidão para uso agrícola abrigos para os animais.

Esta classe não é agricultável, sendo recomendada para: · Proteger pequenas barragens e sangradouros com

11 Projeto de Gestão Ambiental Integrada - Bico do Papagaio

cercas. excedentes.

· Manutenção e conservação dos pastos Aptidão regular para pastagem plantada excedentes. · Rompimento ou desagregação da camada Para declives menores do que 18% compacta.

· Rompimento ou desagregação da camada · Utilização e trato das pastagens de acordo com compacta. o tipo de exploração pecuária.

· Aplicação de corretivo e fertilizantes (manutenção · Aplicação de corretivo e fertilizantes (manutenção e restituição) em função do tipo de solo e e restituição) em função do tipo de solo e pastagem existentes. pastagem existentes.

· Dotação adequada de animais por unidade de · Dotação adequada de animais por unidade de área. área.

· Pastoreio rotacional, para favorecer a revegetação · Pastoreio rotacional, para favorecer a revegetação natural e aumentar o vigor da vegetação herbácea. natural e aumentar o vigor da vegetação herbácea.

· Controle de pragas e doenças. · Controle de pragas e doenças.

· Controle do fogo. · Controle do fogo.

· Melhoramento das aguadas e uso de local · Melhoramento das aguadas e uso de local adequado para distribuição de sal, alimentos e adequado para distribuição de sal, alimentos e abrigos. abrigos.

· Locação de cercas segundo normas · Locação de cercas segundo normas conservacionistas. conservacionistas.

· Proteger pequenas barragens e sangradouros · Proteger pequenas barragens e sangradouros com cercas. com cerca.

· Manutenção e conservação dos pastos · Conservação dos pastos excedentes. excedentes. Aptidão boa para pastagem plantada

Aptidão restrita para pastagem plantada · Rompimento ou desagregação da camada compacta. Para declives maiores do que 18% · Manejo rotacional de pastagens (pastagem/ · Dotação adequada de animais por unidade de cultura/pastagem). área. · Utilização e trato das pastagens de acordo com · Controle do fogo. o tipo de exploração pecuária. · Limpeza de pasto utilizando técnicas manuais, · Aplicação de corretivo e fertilizantes (manutenção mecânicas ou químicas (evitar queimadas). e restituição) em função do tipo de solo e · Melhoramento das aguadas. pastagem existentes.

· Local adequado para distribuição de sal, alimentos · Dotação adequada de animais por unidade de e abrigos para os animais. área.

· Proteger pequenas barragens e sangradouros · Pastoreio rotacional, para favorecer a revegetação com cercas. natural e aumentar o vigor da vegetação herbácea.

· Manutenção e conservação dos pastos · Controle de pragas e doenças.

12 Zoneamento Ecológico-Econômico Aptidão Agrícola das Terras- SB.23-Y-A (Tocantinópolis)

· Melhoramento das aguadas e uso de local · Manutenção dos drenos. adequado para distribuição de sal, alimentos e · Irrigação - controle da água do sistema de abrigos. irrigação. · Locação de cercas segundo normas Culturas ciclo longo conservacionistas. · Proceder rompimento ou desagregação da camada · Proteger pequenas barragens e sangradouros compacta. com cercas. · Preparo do terreno de acordo com a cultura · Conservação e manutenção dos pastos planejada. excedentes. · Calagem de acordo com tipo de solo e de cultura. Aptidão restrita para lavouras de ciclo curto · Adubações: de acordo com solo, cultura e idade.

Culturas de ciclo curto · Plantio em nível ou em contorno.

· As operações de preparo do solo, plantio, cultivo · Manejo do mato no período de chuva (roçagem). e colheita deverão ser realizadas com · Embaciamento. equipamentos apropriados e de tal modo a deixar todo o material residual na superfície ou · Sistema de terraços base média ou cordões em parcialmente incorporado ao solo. Não queimar contorno. restos de culturas. · Canais escoadouros (complemento de terraços · Proceder o rompimento ou desagregação de com gradiente). camada compacta. · Manutenção anual dos terraços e canais · Plantio em nível ou em contorno. escoadouros.

· Manter o solo permanentemente coberto por · Tratos culturais e controle de pragas e doenças. culturas ou resíduos de culturas. · Proteção contra o fogo e outros agentes

· Manutenção ou aumento da matéria orgânica do destruidores. solo: incorporação de resíduos de culturas ou · Irrigação - controle da água do sistema de adubação verde ou orgânica. irrigação.

· Calagem de acordo com tipo de solo e de cultura. Aptidão regular para lavouras de ciclo curto · Aplicação de corretivos e fertilizantes (manutenção e restituição) em função do tipo de solo e de Culturas de ciclo curto cultura. · As operações de preparo do solo, plantio, cultivo

· Rotação de culturas: incluir culturas de inverno e e colheita deverão ser realizadas com culturas que produzam alta quantidade de material equipamentos apropriados e de tal modo a deixar todo o material residual na superfície ou residual. parcialmente incorporado ao solo. Não queimar · Culturas em faixas (retenção). restos de culturas.

· Canais escoadouros (complemento de terraços · Proceder o rompimento ou desagregação de com gradiente). camada compacta.

· Construção de canais divergentes. · Plantio em nível ou em contorno.

· Manutenção dos terraços e canais. · Manter o solo permanentemente coberto por · Construção de diques contra inundação. culturas ou resíduos de culturas.

· Instalação de sistema de drenagem artificial. · Manutenção ou aumento da matéria orgânica do

13 Projeto de Gestão Ambiental Integrada - Bico do Papagaio

solo - incorporação de residuos de culturas ou · Tratos culturais e controle de pragas e doenças. adubação verde ou orgânica. · Proteção contra o fogo e outros agentes · Aplicação de corretivos e fertilizantes (manutenção destruidores. e restituição) em função do tipo de solo e de · Irrigação - controle da água do sistema de cultura. irrigação. · Rotação de culturas: incluir culturas de inverno e culturas que produzam alta quantidade de material Aptidão boa para lavouras de ciclo curto residual. Culturas de ciclo curto · Calagem de acordo com tipo de solo e de cultura. · As operações de preparo do solo, plantio, cultivo · Culturas em faixas (retenção). e colheita deverão ser realizadas com equipamentos apropriados e de tal modo a deixar · Terraços: de base média em nível ou gradiente todo o material residual na superfície ou (em função do tipo de solo e declividade). parcialmente incorporado ao solo. Não queimar · Canais escoadouros (complemento de terraços restos de culturas. com gradiente). · Proceder rompimento ou desagregação de · Canais divergentes. camada compacta.

· Manutenção dos terraços e canais. · Manter o solo permanentemente coberto por · Diques contra inundação. culturas ou resíduos de culturas.

· Instalação de sistema de drenagem artificial. · Preparo do terreno de acordo com cultura escolhida. · Manutenção dos drenos. · Plantio em nível ou em contorno. · Irrigação - controle da água do sistema de irrigação. · Rotação de culturas: incluir culturas de inverno e culturas que produzam alta quantidade de material Culturas de ciclo longo residual.

· Proceder rompimento ou desagregação de camada · Manutenção ou aumento da matéria orgânica do compacta. solo - incorporação de residuos de culturas ou

· Preparo do terreno de acordo com cultura adubação verde ou orgânica. planejada. · Aplicação de corretivo e fertilizantes (manutenção

· Calagem de acordo com solo e cultura. e restituição): em função do tipo de solo e de cultura. · Adubações: de acordo com solo, cultura e idade. · Calagem de acordo com tipo de solo e de cultura. · Plantio em nível ou em contorno. · Tratos culturais normais (controle de ervas · Calagem de acordo com tipo de solo e de cultura. daninhas, pragas e doenças).

· Manejo do mato no período de chuva (roçagem). · Não queimar restos culturais: incorporar ou deixar · Embaciamento. na superfície do solo.

· Sistema de terraços (base média ou cordões em Culturas de ciclo longo contorno). · Proceder rompimento ou desagregação da camada · Canais escoadouros. compacta.

· Manutenção anual dos terraços e canais · Preparo do terreno de acordo com cultura escoadouros. escolhida.

14 Zoneamento Ecológico-Econômico Aptidão Agrícola das Terras- SB.23-Y-A (Tocantinópolis)

· Calagem: de acordo com solo e cultura. em estudo.

· Adubações químicas e/ou orgânicas em função · Agilizar a implantação da área de reserva legal, do tipo de solo e de cultura. de acordo com a legislação vigente.

· Plantio em nível ou em contorno. Nessas áreas serão proibidas quaisquer atividades que · Utilização de culturas de cobertura entre as fileiras possam por em risco: de plantas. · A conservação dos ecossistemas; · Tratos culturais normais (controle de pragas e · A proteção especial às espécies raras da biota doenças). local; · Manejo do mato no período de chuva (roçagem). · A harmonia da paisagem. · Proteção contra fogo e outros agentes destruidores. Os cuidados referentes ao manejo dessas áreas (inclusive “ faixa tampão “ ao redor das matas) devem · Manutenção anual dos terraços e canais ser definidos juntamente com os órgãos responsáveis escoadouros. (IBAMA , NATURATINS, etc). · Irrigação - controle da água do sistema de irrigação. As áreas de reflorestamento (nativas ou exóticas) deverão ser mantidas, ficando submetidas ao manejo previsto no 3.3 - Classes de usos recomendados código florestal. No caso da implantação de reserva todas as áreas deverão ser preservadas, podendo ser permitidos Nesta seção são listadas algumas recomendações de os cortes de árvores intercaladas nas populações muito uso para classes de terra que não são áptas a agricultura. adensadas, visando o pleno estabelecimento e As recomendações visam o melhor uso possível em desenvolvimento do dossel em altura e diâmetro das termos de exploração econômica e conservação dos árvores. recursos naturais. As áreas com vegetação de pasto sujo deverão também Sem aptidão para uso agrícola ser florestadas com prioridade, assim como as áreas com coberturas residuais nessas mesmas condições, Área de Preservação Ambiental que deverão ser recompostas com as espécies nativas As Áreas de Preservação Ambiental (APA) visam a da vegetação alterada ou extinta dessas áreas . preservação da cobertura vegetal natural, representada Refugio para Fauna Silvestre basicamente por remanescentes pouco alterados e por matas em regeneração. Dada a sua importância, · Aproveitamento das áreas limites das florestas inclusive como habitat de várias espécies da fauna, tais para refugio da fauna. áreas são essenciais para a formação de corredores de · Plantio e manutenção de vegetação permanente fauna entre esses remanescentes, proteção dos e apropriada para fornecer ambiente para recursos hídricos e para aumentar a área destinada a desenvolvimento da fauna (bolsões específicos). vegetação nativa. Indica-se a proteção dos recursos · Estabelecimento de padrões de vida para a fauna hídricos por meio de Programas de Reflorestamento nestas áreas. Ciliar, com repovoamento de espécies nativas da região na faixa de proteção permanente, junto aos cursos de Área de Conservação Hídrica água e nascentes. Visa principalmente a conservação da quantidade e Nesta área recomenda-se: qualidade dos recursos hídricos. Desse modo, devem · Garantir a preservação do sistema florestal ser tomadas medidas para que as áreas marginais aos existente que melhor representa a biota da área cursos fluviais e nascentes mantenham a mata ciliar

15 Projeto de Gestão Ambiental Integrada - Bico do Papagaio

nativa ou para que haja a recomposição desta vegetação · Interdição ao gado. em áreas onde ela tenha sido devastada. Nas áreas de · Proteção contra o fogo e outros agentes proteção dos mananciais hídricos deve-se tomar medidas destruidores. ligadas ao controle de agrotóxicos, lançamento de · Permitir a regeneração da vegetação esgoto, impermeabilização do solo ou uso inadequado (sustentabilidade). da terra. · Adoção de refúgios para fauna silvestre. Objetivando a proteção dos mananciais, bem como o Aptidão boa para a silvicultura aproveitamento de áreas mais problemáticas do ponto de vista da produção agropecuária, indica-se a Área para Silvicultura reconstituição da mata ciliar nas margens dos cursos · Reflorestamento (declives menores do que 25%). fluviais ou sua ampliação com espécies nativas de portes diferenciados, intercaladas a espécies frutíferas · Preparo do solo (convencional, sulcos, covas, etc). silvestres, que servirão para alimentação e abrigo da · Escolha das essências florestais. fauna. · Preparo de mudas. Indica-se a criação de APA’s municipais visando a conservação hídrica, utilizando-se de legislação · Tratos culturais. específica, assegurando, dessa forma, o abastecimento · Aplicação de corretivo e fertilizantes: (manutenção urbano futuro. e restituição) em função do solo e espécie. Área de uso turístico e de interesses diversos · Proteção contra o fogo e outros agentes Visa o aproveitamento do potencial turístico para destruidores. atividades vinculadas ao turismo rural e/ou eco-turismo: · Corte sistemático. cobertura vegetal nativa, clima, flora e fauna, proximidade de centros urbanos, pontos de interesse para · Manejo dos resíduos florestais (mantë-los na desenvolvimento de pesquisas, etc. superfície do terreno).

A implementação da infra-estrutura adequada para a · Remoção dos produtos florestais seguindo curva recepção da demanda vinculada ao turismo rural e ao de nível. eco-turismo pode ser feita a partir do envolvimento dos Aptidão restrita para pastagem natural proprietários locais nessa atividade e no aproveitamento das atuais sedes e das instalações existentes nas Pastagem natural propriedades rurais. Como equipamentos de interesse · Dotação adequada de animais por unidade de turístico, por exemplo, poderão ser construídas barragens área. ao longo dos cursos d’água e formados lagos artificiais, visando a criação de peixes e áreas de lazer. Estas · Controle do fogo. barragens podem ser planejadas com auxílio de carta · Limpeza de pasto utilizando técnicas manuais planialtimétrica, escolhendo-se locais mais apropriados (evitar queimadas). em função das possibilidades de investimento, tamanho dos espelhos dágua, atividades-alvo, etc. · Melhoramento das aguadas.

Aptidão restrita para a silvicultura · Local adequado para distribuição de sal, alimentos

Área para Silvicultura e abrigos para os animais.

Visa a utilização de espécies nativas (extrativismo) com · Proteger pequenas barragens e sangradouros baixo impacto ambiental e pequeno investimento em com cercas. tecnologia, mantendo a produção sustentada por meio · Manutenção e conservação dos pastos de um manejo racional. Recomenda-se: excedentes.

16 Zoneamento Ecológico-Econômico Aptidão Agrícola das Terras- SB.23-Y-A (Tocantinópolis)

4 Considerações Finais

4.1 - Conclusões 4.2 - Recomendações

Reconhecendo-se que os resultados desta versão não Os trabalhos executados, sem chegar à exaustão do exaurem a carência de conhecimentos dos solos da entendimento da aptidão agrícola das terras e do risco à região, apontam-se as seguintes necessidades: erosão na presente área, aumentaram consideravelmente - Realização de estudos que identifiquem e o nível de conhecimento pedológico na porção recomendem áreas e unidades que requeiram ou tocantinense da Folha Tocantinópolis. Amostrando 89 justifiquem a realização de estudos em escalas pontos nos horizontes superficiais e subsuperficiais, num maiores que 1:250.000, devido ao uso atual, total de 186 amostras, conseguiu-se mapear as possibilidade de ocupação antrópica e propriedades associações de solos em nível de reconhecimento, o agronômicas; que permitiu sua interpretação para produtos de pronta - Realização de novos trabalhos de campo com maior aplicação e interesse prático, o que é o caso do mapa duração, permitindo uma densidade maior de de aptidão agrícola. amostragem e instalação de trincheiras em locais

São contribuições deste trabalho: onde o perfil do solo não estiver exposto e conseqüente aumento de escala de publicação do - Acrescer o conhecimento do uso e limitações da presente material; cobertura pedológica da porção tocantinense da - Realização por parte de universidades e institutos Folha Tocantinópolis na escala 1:250.000, de pesquisa de estudos pedológicos que permitam identificando seis classes de aptidão agrícola das inserir a variável irrigação na análise da aptidão terras e três níveis tecnológicos nas classes de agrícola;

lavouras; - Realização de análise comparativa do produto ora apresentado com o mapa de “Vulnerabilidade à - Suprir a carência de um mapeamento sistemático perda de solo”, objetivando tirar vantagens da da aptidão agrícola das terras em nível de semi- interação entre produtos com fontes de dados e detalhamento para fins de planejamento regional na metodologias diferentes mas com finalidades escala 1:250.000. similares.

17 Projeto de Gestão Ambiental Integrada - Bico do Papagaio

18 Zoneamento Ecológico-Econômico Aptidão Agrícola das Terras- SB.23-Y-A (Tocantinópolis)

Referências Bibliográficas

BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Departamento ILWIS. Integrated Land and Water Information Nacional de Produção Mineral. Projeto Radam. System. ITC Holanda. 1997. Folha SB.22 Araguaia: geologia, geomorfologia, solos, vegetação e uso potencial da terra. Rio de RAMALHO FILHO, A.; PEREIRA, E.G.; BEEK, K.J. Janeiro, Radambrasil, 1974. (Levantamento de Sistema de avaliação da aptidão agrícola das Recursos Naturais, 41) terras. Brasília, PLAN/MA – SNLCS/EMBRAPA, 1995. 70p. ______. Ministério das Minas e Energia. Departamento Nacional de Produção Mineral. Projeto Radam. Folha TOCANTINS. Secretaria de Planejamento e Meio SC.22 Tocantins: geologia, geomorfologia, solos, Ambiente (SEPLAN). Projeto de Gestão Amebiental vegetação e uso potencial da terra. Rio de Janeiro, Integrada do Bico do Papagaio. Mapa de Solos Radambrasil, 1974. (Levantamento de Recursos Folha SB.23-Y-A Tocantinópolis. Palmas, SEPLAN, Naturais, 22) 2002. FAO. A Framework for land Evaluation. Soils Bull. FAO, UNITES STATED. Department of Agriculture. Soil survey Rome, 1976. (32) manual. Washington, 1951. 503p.

19 Projeto de Gestão Ambiental Integrada - Bico do Papagaio

20 Zoneamento Ecológico-Econômico Aptidão Agrícola das Terras- SB.23-Y-A (Tocantinópolis)

Anexos

21 Projeto de Gestão Ambiental Integrada - Bico do Papagaio

22 Zoneamento Ecológico-Econômico Aptidão Agrícola das Terras- SB.23-Y-A (Tocantinópolis)

Anexo A

TABELAS EXPLICATIVAS DA APTIDÃO AGRÍCOLA

23 Projeto de Gestão Ambiental Integrada - Bico do Papagaio

Tabela 1 - Simbologia correspondente às classes de aptidão agrícola das terras

TIPO DE UTILIZAÇÃO

CLASSE PASTAGEM SILVICUL- PASTO LAVOURAS DE PLANTADA TURA NATURAL APTIDÃO AGRÍCOLA nível de manejo nível de manejo

A B C B B A

Boa A B C P S N

Regular a b c p s n

Restrita (a) (b) (c) (p) (s) (n)

Inapta ------

Tabela 2 - Grupos de aptidão agrícola

APTIDÃO AUMENTO DA INTENSIDADE DE USO

AGRÍCOLA à>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>à

preservação silvicultura lavouras da e/ou pasto grupo flora e pasto plantado fauna natural aptidão aptidão aptidão restrita regular boa

1

2

3

4

5 <<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<< - ß 6 AUMENTO DO GRAU DE LIMITAÇÃO:DIMINUIÇÃO DAS ALTERNATIVAS USO

24 Zoneamento Ecológico-Econômico Aptidão Agrícola das Terras- SB.23-Y-A (Tocantinópolis)

Tabela 3 - Limitações edáficas

Limitações Edáficas Subclasses

fv – disponibilidade em nutrientes; f – fertilidade/produtividade ft– retenção d’ água(textura) d – deficiência de água -

a – excesso de água/deficiência de oxigênio -

e – risco de erosão - mp – pedregosidade m – mecanização agrícola md – declive; mpl = caráter plíntico p - profundidade efetiva do solo -

Tabela 4 - Fertilidade do solo

CTC (eqmg/100g) V (%) m (%) Grau Índice

> 50 > 60 0 Muito alta f1 – Nula 15 – 50 > 40

> 50 20 – 40

15 – 50 20 – 60 < 15 Alta f2 – Ligeira

5 – 15 > 40

15 – 50 < 20 < 50 Média f3 – Moderada 5 – 15 20 – 40

2,5 – 5,0 Baixa f4 – Forte - > 50 < 2,5 Muito baixa f5 – Muito Forte

Tabela 5 - Profundidade efetiva

Limites Classes Índices

2,00 m Muito Profundo p1 – Nula

1,00 – 2,00 m Profundo p2 – Ligeira

0,60 – 1,00 m Moderado/Profundo p3 – Moderada

0,30 – 0,60 m Raso p4 – Forte

Muito Raso < 0,30 m p5 – Muito Forte Rocha Exposta

25 Projeto de Gestão Ambiental Integrada - Bico do Papagaio

Tabela 6 - Drenagem interna

Classe de deficiência de água Índice

Muito Baixa D1 – Nula

Baixa D2 – Ligeira

Moderada D3 – Moderada

Alta D4 – Forte

Muito Alta D5 – Muito Forte

Tabela 7 - Drenagem interna em função da unidade de solo

Drenagem Classes de Solos Predominantes Índice

Adequada Latossolos D1/D2 – Nula/Ligeira

Podzólicos; Cambissolo; Solos Concrecionários; BV Moderada D3 – Moderada Areias Quartzosas; Latossolos Amarelo textura média Glei Pouco Húmico; Vertissolos; Cambissolos HAQ, Deficiente D4 – Forte Glei; Solos Litólicos, Pl-casc>50%

Muito Pobre Glei Húmico, Aluviais; Solos Orgânicos D5 – Muito Forte

Tabela 8 - Erodibilidade

Classes de Erodibilidade Índices

Muito Baixa E1 – Nula

Baixa E2 – Ligeira

Moderada E3 – Moderada

Alta E4 – Forte

Muito Alta E5 – Muito Forte

26 Zoneamento Ecológico-Econômico Aptidão Agrícola das Terras- SB.23-Y-A (Tocantinópolis)

Tabela 9 - Pedregosidade

Classes de Pedregosidade Índices

Sem pedras PED1 – Nula

2% a 10% da área PED2 – Ligeira

10% a 30% da área – casc>50% PED3 – Moderada

30% a 50% da área PED4 – Forte

>50% da área PED5 – Muito Forte

Obs.: (Presença de calhaus e matacões, bem como inferências sobre a presença de cascalhos).

Tabela 10 - Declividade

Classes de Declividade Índices

A = 0% - 3% DE1 – Nula

B = 3% a 6% DE2 – Ligeira

C = 6% a 12% DE3 – Moderada

D/E = 12% a 18% DE4 – Moderada/Forte

D/E = 18% a 25% DE4 – Forte

D/E = 25% a 40% DE5 – Forte/Muito Forte

F = > 40% md5 – Muito Forte

27 Projeto de Gestão Ambiental Integrada - Bico do Papagaio

e/ou e/ou Natural Plantada Lavouras Lavouras TIPO DE Pastagem Pastagem Silvicultura Silvicultura e da Fauna USO INDICADO Preservação daFlora

C

(4)

M2

(4) (5) (2) (4) (2)/(3) (2)/(3) (2)/(3) (2)/(3) B /MF F1 (4) F1 MF Erosão Erosão

A Suscetibilidade à F F F C

MF F (3) F F F (3) (3) B 40cm da superfície; superfície; da 40cm Mecanização A Impedimentos à C letra representativa do grau de limitação indica não haver possibilidade de de possibilidade haver não limitação indica de grau do representativa letra B Efetiva 60cm e/ou presença de horizonte glei. Profundidade F M L F M L F M1 L2/M2 M1 F M FL F M L A M/F F M M/F F M M/F F M M/F F M M/F

C - - MF - - (5) B NÍVEIS DE MANEJO A, B e C. C. e B A, MANEJO DE NÍVEIS A Excesso deÁgua No caso de textura arenosa e média com teor de argila <25% (não considerar se apenas distrófico e eutrófico); eutrófico); e distrófico apenas se considerar (não <25% argila de com teor e média arenosa textura de caso No No caso da profundidadeefetiva < terras: 1) viável com práticas simplese pequeno emprego de capital;viável 2) com práticasintensivas emaior aplicaçãodecapital; 3) viável somente com práticas degrande vulto, aplicadas a projetos de largaescala; melhoramento naquele nível de manejo. para a classe regular ou restrita; restrita; ou regular classe a para Para essa classificação, o grau de limitação por deficiência de fertilidade não deve ser maior doque ligeiro a moderado No caso de caráter plíntico e/ou horizonte petroplíntico a < No caso de área com alto interesse para preservação permanente incluirna classe6. C ) Os algarismos ao ladodas letras correspondem aosníveis deviabilidade de melhoramento das condiçõesagrícolas das - Terras sem aptidão para lavouras em geraldevido excesso ao de águapodem ser indicadas para arrozinundação; de - A ausência dealgarismos acompanhando a -

OBSERVAÇÕES: NOTAS: NOTAS: (1 (2) (3) (4) (5) B Água - Deficiência de de Deficiência A L/M L/M L/M L/M L/M L/M L L1 N/L1 M L N M L N N2/L1 M N/L1 M/F M/FM2/F3 M/F M/F M1 GRAUSDE LIMITAÇÃOCONDIÇÕES DAS AGRÍCOLASTERRAS OS DAS PARA

/F2 M F2 M M/F F1 M F2 M/F M C (1) fv – dispon. Nutr. Nutr. dispon. fv – Água) (re. textura ft - mp – pedregosidade md – declive plíntico caráter – Mpl

F F2 F/MF F/MF MF F F/MF F F2 F/MF M/F F2 F (1) (1) B

/MF1 2 M/F M/F M/F M/F F M/F F M/F M/F M/F M/F F F (1) nutricional Deficiência

- - MF - - A deficiência de O Limitações Edáficas Subclasses a – excesso de água/ de água/ a – excesso e - risco de erosão f – fertilidade/produtividade agrícola mecanização - m profundidadep – efetiva deficiênciad – de água - Boa N N N/L/M N Boa N Restrita M F1 F2 F1 Restrita M Classe Classe Agrícola Agrícola Sem Aptidão Aptidão Sem

Guia de avaliação agrícola das terras – região tropical úmida Restrita MF2 Restrita

(p) 5s Regular F1 M/F M L MF F1/MF F1/MF MF L M M/F F1 Regular 5s 4p Regular MF1 Regular 4p F/MF 5nF MF Regular F F F/MF F F 4P Boa F F1 Boa 4P MF N M M M/F1 5S Boa 5N Boa M/F Boa 5N 4 5(s) Restrita MF1 MF1 F Restrita 5(s) M MF M MF 5(n) Restrita MF MF MF MF MF MF MF MF F F MF F MF Restrita5(n) Sub- grupo

Fonte:RAMALHO FILHO E BEEK(1995), com modificações que atenderam à metodologia empregada nesse trabalho. trabalho. 2 2abc Regular L L1/M1 F2 M M M M L/M1 L2/M2 L/M1 M M M M F2 1 1ABC L1/M1 Regular L 2abc 2 3 3(abc) 4 5 6 APTIDÃO AGRÍCOLA Grau de Limitação: N - Nulo L - Ligeiro M - Moderado F - Forte MF - Muito Forte / - Intermediário Grupo

Fonte: RAMALHO FILHO, PEREIRA & BEEK (1995), com modificações que atenderam a metodologia empregada neste trabalho. Tabela 11 - 11 Tabela

28 Zoneamento Ecológico-Econômico Aptidão Agrícola das Terras - SB.22-X-D (Marabá) Rio APTIDÃO APTIDÃO

- zação Mecani- - Sidade Sidade Pedrego- - Plintita

E2 PE2 PED2 ME2 4P lidade Erodibi

Textura DE1 - E1 - - E1 DE1 - - Lago DE1 - - dade Declivi- Declivi-

- Água. Dispon

- Drenagem

- - - - - Efetiva Profundidade

- dade Fertili- SOLO SOLO Exemplo de combinação Solo x Declive e parâmetros considerados para a classificação da aptidão agrícola considerados para Exemplo de combinação Solo x Declive e parâmetros 0-3 0-3 F2 PV17 G 0-3 P2 LV4 0-3 D3 PE2 PED2 DI5 DE1 E2 PV2 M/ARG ME2 F5 0-3 F4 2b(c) LV2 0-3 F4 0-3 F4 P3 LV1 P2 0-3 LA1 P1 0-3 F2 PA1 P1 0-3 F5 D5 LV3 D2 0-3 F4 PV14 D2 P2 0-3 F5 PV8 DI1 F2 D1 F2 P2 DI3 PE1 0-3 P2 PE2 P2 DI3 0-3 F4 PV11 DE1 D3 DE1 D2 PE1 PED1 P1 DI2 DE1 DI3 E2 M/ARG 0-3 ME1 F2 P3 2abc(1) DE1 R1 D3 F4 0-3 D2 DE1 P2 DI3 0-3 I M F3 D1 P1 rio DI3 0-3 A/M D3 P2 PP1 DE1 DI3 0-3 M PV16 D2 DE1 DI3 - 0-3 E1 E1 F4 P5 E2 DI3 AQ1 DE1 D2 F4 D2 M Lago PE2 DE1 PE1 DI3 E1 PE1 F5 DE1 M P4 DI3 A/M D5 P2 DI3 PED2 PED1 DE1 PE2 PED1 E2 M DE1 P1 M E2 DI4 E2 DE1 PED2 ME2 ME1 D5 PE1 ME1 A/M D2 A/M;M/ARG PE1 E2 PE1 DE1 M E2 PED1 ME2 D1 DI5 E2 5(n) 3(c) DI3 2(b)c PED1 PE1 PED1 PE1 ME1 DE1 A DI5 E2 PE2 2(b)c DE1 PED1 ME1 ME1 PED2 A/ARG DE1 PE1 PED2 1abC E2 ME1 A/M ME2 3(c) E2 2(b)c PED1 ME2 PE4 A E2 PE5 ME1 2c 4p-- PED1 3(c) PE2 E2 PED5 ME5 1abC PED2 PE1 ME5 PED1 ME2 6 5(n) ME1 5(n) (%) (%) 3-6 LV2 F4 3-6 LV2 F2 PV17 3-6 P1 3-6 P2 F2 D1 3-6 LV1 D3 DI3 PE2 PED2 DI5 DE2 DE2 E3 M/ARG ME2 P2 G M 2b(c) F5 D2 3-6 LV3 E2 PE2 PED2 DI3 DE2 ME2 3-6 F5 P1 M 2(b)c D1 E2 PE1 PED1 DI3 DE2 PA1 ME2 M 1abC P3 F4 E2 PE1 PED1 ME2 2c D5 P2 DI1 D2 DE2 DI3 I DE2 A/M E2 PE1 E3 PED1 PE1 ME1 PED1 ME2 5(n) 2(b)c DADE DADE DECLIVI-

Tabela 12 - Tabela

29 Projeto de Gestão Ambiental Integrada - Bico do Papagaio

Tabela 13 - Classes de aptidão agrícola e respectivas áreas de ocorrência

Código Classe Área (km²) (%)

Aptidão boa para lavouras de ciclo curto no nível de manejo C e 1abC 106,59 1,58 regular nos níveis de manejo A e B. Aptidão boa para lavouras de ciclo curto no nível de manejo C e 1abC(1) regular nos níveis de manejo A e B, com inclusão de classes de 450,35 6,67 aptidão inferior. Aptidão regular para lavouras de ciclo curto nos níveis de manejo 2abc 4,40 0,07 A, B e C. Aptidão regular para lavouras de ciclo curto nos níveis de manejo 2abc(1) 1147,56 16,99 A, B e C, com inclusão de classes de aptidão inferior. Aptidão restrita para lavouras de ciclo curto nos níveis de manejo 3(ab)c 587,92 8,70 A e B e regular no nível de manejo C. Aptidão restrita para lavouras de ciclo curto nos níveis de manejo 3(abc) 519,78 7,70 A, B e C. Aptidão restrita para lavouras de ciclo curto nos níveis de manejo 3(abc)(1) 95,60 1,42 A, B e C com inclusões de classes de aptidão inferior 4P Aptidão boa para pastagem plantada 81,82 1,21 4p Aptidão regular para pastagem plantada. 13,88 0,21 4(p) Aptidão restrita para pastagem plantada. 0,12 0,01 5(n) Aptidão restrita para pastagens naturais 2783,03 41,21 5S Aptidão boa para silvicultura 3,45 0,05 5(s) Aptidão restrita para silvicultura 0,90 0,01 6 Sem aptidão para uso agrícola 856,21 12,68 - Corpos d’água (rios, ribeirões, córregos, lagos, etc.) 102,38 1,52 TOTAL 6754,00 100,00

Tabela 14 - Classes de declividade, aptidão e tipos de uso

Declividade (%) Aptidão Tipos de Uso 0 a 18 Boa, Regular, Restrita Lavoura <18 Boa, Regular Pastagem plantada 18 a 25 Boa Silvicultura, Pastagem natural 18 a 25 Restrita Pastagem plantada 25 a 40 Restrita Silvicultura, Pastagem natural >40 Inapta Preservação

30 Zoneamento Ecológico-Econômico Aptidão Agrícola das Terras- SB.23-Y-A (Tocantinópolis)

Anexo B

FIGURAS

31 Projeto de Gestão Ambiental Integrada - Bico do Papagaio

Figura 2 - Modelo Digital de Elevação

Figura 3 - Mapa de classes de declividade

32 Projeto de Gestão Ambiental Integrada ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO

Folhas Concluídas ESTADO DO TOCANTINS

SB.22-X-D MARABÁ

SB.23-V-C IMPERATRIZ

SB.22-Z-B XAMBIOÁ

SB.23-Y-A TOCANTINÓPOLIS

SB.22-Z-D ARAGUAÍNA DIRETORIA DE ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO

Eduardo Quirino Pereira - DIRETOR Engenheiro Ambiental - MSc. Sensoriamento Remoto

Lindomar Ferreira dos Santos - Coordenador Socioambiental Engenheiro Ambiental - MSc. Geotecnia

Equipe Técnica

Cleusa Aparecida Gonçalves - Economista Expedito Alves Cardoso - Engenheiro Agrônomo - MSc. Ciências Agrárias Ivânia Barbosa Araújo - Engenheira Agrônoma - MSc. Solos e Nutrição de Plantas Liliam Aparecida de Souza Pereira - Engenheira Ambiental Rodrigo Sabino Teixeira Borges - Geógrafo - MSc. Geografia Waleska Zanina Amorim - Bacharel em Letras - Especialista em Gramática Textual

Equipe de Apoio

Edvaldo Roseno Lima Paulo Augusto Barros de Sousa Ruth Maria de Jesus

BANCOMUNDIAL

SEPLAN SECRETARIADOPLANEJAMENTOEMEIOAMBIENTE DIRETORIADEZONEAMENTOECOLÓGICO-ECONÔMICO AANO-EsplanadadasSecretarias Fones:(63)218.1151-218.1195 Fax:(63)218.1158-218.1098 CEP:77.010-040 PALMAS-TOCANTINS http://www.seplan.to.gov.bre-mail:[email protected]

MINISTÉRIODOMEIOAMBIENTE SECRETARIADECOORDENAÇÃODAAMAZÔNIA-SCA EsplanadadosMinistériosBloco"b"9ºAndar Fones:(61)317.1430-317.1404-317.1406 Fax:(61)322.3727 CEP:70068-900 BRASÍLIA-DF http://www.mma.gov.bre-mail:[email protected]

PROGRAMAPILOTOPARAAPROTEÇÃODASFLORESTASTROPICAISDOBRASIL SUBPROGRAMADEPOLÍTICASDERECURSOSNATURAIS-SPRN SCSQ.06ED.SOFIANº50SALA202 Fone:(61)325.6716 Fax:(61)223.0765 CEP:70300-968 BRASÍLIA-DF