FITOSSOCIOLOGIA DE UM FRAGMENTO DE FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL MONTANA NO MUNICÍPIO DE POÇOS DE CALDAS-MG. V.Mª de F.N.Vilela1; M.A. de Pinho-Ferreira2; R.R. Rodrigues1 (1) Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de Queiroz’ - ESALQ/USP, Departamento de Ciências Biológicas. A. Pádua Dias 11, Piracicaba, SP; (2) Universidade Estadual de Campinas- UNICAMP, Departamento de Ciências Biológicas. A. Pádua Dias 11, Piracicaba, SP. E-mail:
[email protected] INTRODUÇÃO centro, com PAP (perímetro à altura do peito) maior ou igual a 15 cm. O sistema de classificação Atualmente, a cobertura vegetal de Minas Gerais utilizado foi o APG II (Angiosperm Phylogeny está drasticamente reduzida a remanescentes Group 2003), sendo as exsicatas resultantes esparsos. As formações florestais, assim como em depositadas no herbário ESA (ESALQ/USP). Para outros Estados brasileiros, não fugiram a essa os cálculos foi utilizado o software Mata Nativa II realidade, que vem ocorrendo desde o período (2006). O trabalho foi realizado em setembro e colonial (Oliveira-Filho & Machado 1993). Um outubro de 2005, quando a vegetação foi cortada. estudo realizado pelo CETEC (1983) concluiu que a floresta secundária substituiu, praticamente, todas RESULTADOS E DISCUSSÃO as florestas primárias existentes no Estado, restando apenas pequenas manchas No total foram amostrados 800 indivíduos, remanescentes, que correspondem a menos de 2% pertencentes a 40 famílias, 75 gêneros e 112 do território mineiro. As florestas semidecíduas já espécies. As famílias Myrtaceae, Lauraceae, ocuparam uma área bastante expressiva ao longo Melastomataceae e Fabaceae destacaram-se pelo de Minas Gerais (Leitão-Filho 1982). Essas florestas elevado número de espécies. apresentam uma alta diversidade florística e As dez espécies mais importantes com relação ao possuem uma flora arbórea bem estudada, quando VI juntas somaram 49% do VI total.