Olavo Bilac E a Antiguidade Clássica

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Olavo Bilac E a Antiguidade Clássica UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA – PPGHIS A ÚLTIMA FLOR DO LÁCIO: OLAVO BILAC E A ANTIGUIDADE CLÁSSICA RAMON RIBEIRO BARRONCAS BRASÍLIA 2013 1 Ramon Ribeiro Barroncas A ÚLTIMA FLOR DO LÁCIO: OLAVO BILAC E A ANTIGUIDADE CLÁSSICA Dissertação apresentada ao programa de Pós-Graduação em História da Universidade de Brasília como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Mestre em História. Orientador: Prof. Dr. José Otávio Nogueira Guimarães BRASÍLIA 2013 2 Ramon Ribeiro Barroncas A ÚLTIMA FLOR DO LÁCIO: OLAVO BILAC E A ANTIGUIDADE CLÁSSICA Dissertação apresentada ao programa de Pós-Graduação em História da Universidade de Brasília como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Mestre em História. Aprovada em______de_____________________de______. BANCA EXAMINADORA: Prof. Dr. José Otávio Nogueira Guimarães (orientador) – PPGHIS-UnB _________________________________________________________ Prof. Dr. Daniel Barbosa Andrade de Faria – PPGHIS-UnB _________________________________________________________ Prof. Dr. Cristiano Otávio Paixão Araújo Pinto – FD-UnB _________________________________________________________ Prof. Dr. Marcelo Balaban (Suplente) – PPGHIS-UnB _________________________________________________________ 3 AGRADECIMENTOS Não posso deixar de iniciar os agradecimentos pela minha família. Agradeço ao meu pai, Joaquim Barroncas, e à minha mãe, Deusa Ribeiro, que, desde a graduação, me deram o suporte necessário que tornou tudo isso possível. Às minhas queridas irmãs, Jussara e Iara, que certamente também contribuíram para o resultado final desse trabalho. Ao Ítalo Barroncas, meu sobrinho e mais novo membro da nossa família, que nasceu alguns dias antes do início do meu mestrado. Acompanhá-lo crescer durante esse período coincidiu com o meu amadurecimento pessoal e intelectual. David Souza, meu primo, presente na medida do possível, mas sempre me apoiando. Agradeço, em especial, ao meu orientador, José Otávio Nogueira Guimarães. Devo agradecê-lo por ter-me ajudado nesse trabalho desde o final da minha graduação, criticando, opinando, me ouvindo. Suas orientações foram essenciais para alcançar o objetivo final do projeto. Também venho acompanhando seu trabalho com questões ligadas à justiça de transição, ao direito à verdade e à memória, juntamente com o professor Cristiano Paixão, a quem também devo uma imensa gratidão, e posso afirmar que os debates que acompanhei nas disciplinas que ambos ofereceram juntos tornaram-se essenciais tanto para a elaboração dessa dissertação como para complementar e expandir minha visão de historiador. Obrigado. Aos amigos e amigas que colaboraram, registro, aqui, a minha sincera lembrança e o meu profundo carinho. Há nomes que não posso deixar de citar. Agradeço à minha grande colega, conselheira, companheira de BCE, incentivadora, exemplo acadêmico, Júlia Orioli. Sem a presença dela, esse caminho teria sido mais árduo. Também cito outros nomes de pessoas que me ajudaram, direta ou indiretamente, na conclusão dessa pesquisa: Bruna Barros, André Macedo, Suellen Maciel, João Jatobá, Diogo Saraiva, Bárbara Mangueira, Leila Saads, Scarlett Dantas, Ana Júlia, Marina Bezzi, João Paulo Coelho, Alexandre Lima, Sabrina Steinke, Lívia Amorim, Fernanda Oliveira, Cláudia Paiva, Miguel Eloi, Pedro Coutinho, Eduardo Ramos, Thiago Henrique, Renan Alves, Márlon Tugdual, Diego Barrios, Carla Coelho Araújo, Luiz Henrique Mendonça, Juliana Fiallo, Bernardo Alvarenga, Luan Autuori, Letícia Braga, Leonardo Ferreira, Clara Ramthum, Eduardo Reis e Eduardo Gomes, grande amigo de Florianópolis que tive o prazer de conhecer durante um congresso em Mariana-MG. 4 Finalmente, agradeço ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade de Brasília (PPGHIS-UnB) e aos funcionários do Departamento, principalmente na figura da Laura Brasil, amiga desde o meu primeiro semestre na graduação e que fez o possível para sempre me prestar o auxílio necessário durante esses dois anos. Muito obrigado, Laura. Você foi imprescindível para tornar essa pesquisa viável, tanto no suporte burocrático do Departamento como na assistência enquanto amiga. 5 RESUMO O objetivo desta dissertação é mostrar os variados usos e apropriações da Antiguidade clássica presentes em diferentes registros discursivos da obra de Olavo Bilac (1865-1918). Em um período que vai do final do Império até os primeiros anos da República, Bilac foi membro ativo da intelectualidade brasileira: ajudou a consolidar o parnasianismo em terras tropicais, foi cronista do cotidiano carioca, participou das lutas abolicionistas, integrou grupos republicanos, lutou pelo ensino primário de qualidade, defendeu as reformas urbanas do Rio de Janeiro, promoveu campanhas pela implantação do serviço militar obrigatório. Em cada um desses momentos, a Antiguidade clássica apareceu em seus textos sob diversas concepções de tempo e a serviço de múltiplos fins. É no compasso das querelas entre Antigos e Modernos que se desenvolve boa parte das reflexões desta dissertação. Palavras-chave: tradição clássica; parnasianismo; defesa nacional; profissionalização das letras; Belle Époque. 6 ABSTRACT The objective of this dissertation is to demonstrate the different appropriations and the various uses which Olavo Bilac (1865-1918) made of classical antiquity in his multifaceted lines of work. During a period which lasts from late Empire days to the first years of the Republic, Olavo Bilac was an active member of Brazilian intellectual society: he helped to consolidate the Brazilian Parnassianist movement, wrote short stories depicting the day-to-day life of cariocas, participated in abolitionist movements, was a member of groups which fought for the proclamation of the Republic, fought for quality in primary education, defended urban reforms in Rio de Janeiro and promoted campaigns for the implementation of compulsory military service. In each of these instances, antiquity appears in his texts from different temporal points-of-view and serving different purposes. The confrontation between Antiquity and Modernity, known as the Quarrel between Ancients and Moderns, also occupies an important part in the explorations that are proposed in this dissertation. Keywords: Classical tradition; Parnassianism; National Defense; Professionalization in Letters; Belle Époque. 7 LISTA DE ABREVIAÇÕES ABL – Academia Brasileira de Letras ADN – A Defesa Nacional IHGB – Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro LDN – Liga da Defesa Nacional 8 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 João do Rio de Olavo Bilac admirando a estátua de um imperador romano......................................................................................................................................37 FIGURA 2 Olavo Bilac em Lisboa: banquete oferecido pela revista Atlantida em sua homenagem.........................................................................................................................52 FIGURA 3 Guerra Junqueiro, Olavo Bilac, João de Barros (diretor da revista Atlantida em 1916) e Pedro Bordallo, visitando a estátua de Eça de Queiroz. .......................53 FIGURA 4 Caricatura de Olavo Bilac como o “chefe da cruzada” estampada na capa da revista O Pirralho........................................................................................................91 9 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.......................................................................................................................11 1. OLAVO BILAC E A TRADIÇÃO CLÁSSICA NO BRASIL.......................................15 1.1 O POETA POPULAR.........................................................................................................15 1.2 O CONCEITO DE TRADIÇÃO.........................................................................................20 1.3 A QUERELA ENTRE ANTIGOS E MODERNOS...........................................................23 1.4 A QUERELA BRASILEIRA: BRASILEIROS À GREGA ..............................................30 2. BILAC E OS ANTIGOS.....................................................................................................38 2.1 PROFISSÃO DE FÉ: O PARNASIANISMO BRASILEIRO............................................38 2.2 ANTIGUIDADE, TRADIÇÃO E HISTÓRIA: “TRANSPORTAE-VOS COMIGO À HÉLADE LUMINOSA”...........................................................................................................45 2.2.1 A PAIXÃO PELO PASSADO........................................................................................48 2.3 A VIDA NA IMPRENSA: A PROFISSIONALIZAÇÃO DA LITERATURA.................56 2.4 USO DOS ANTIGOS NA CRÔNICA E NA SÁTIRA .....................................................64 3. A CRUZADA CÍVICA DE OLAVO BILAC...................................................................79 3.1 O PERCURSO PROPAGANDISTA DO POETA.............................................................79 3.2 O EXÉRCITO COMO SOLUÇÃO PARA TODOS OS MALES ....................................96 3.3 A CONVOCAÇÃO DOS EFEBOS: O HOPLITA BRASILEIRO E A IDEIA DE UM EXÉRCITO CÍVICO .............................................................................................................106 CONCLUSÃO.......................................................................................................................130 ARQUIVOS DIGITAIS CONSULTADOS.........................................................................137 BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................137
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