9. Parnasianismo.Pdf
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Contexto Histórico França (1866/1876) • Lugar mitológico da Grécia, o Parnasus, morada de musas, onde os artistas buscariam suas inspirações • Por dez anos publicou-se a revista Le Parnasse Contemporain (1866, 69,76) • Theófile Gautier, Théodore de Banville e Leconte de Lisle Brasil (1882/1902) • Ocorre em 1878, em jornais cariocas, uma polêmica em versos (Batalha de Parnaso) atacando a poesia romântica. • Sonetos e Rimas (1880) de Luís Guimarães Jr. • Marco inicial: Fanfarras (1882) de Teófilo Dias Brasil (1882/1902) • Ocorre em 1878, em jornais cariocas, uma polêmica em versos (Batalha de Parnaso) atacando a poesia romântica. • Sonetos e Rimas (1880) de Luís Guimarães Jr. • Marco inicial: Fanfarras (1882) de Teófilo Dias • Olavo Bilac, Alberto de oliveira, Raimundo Correia , Vicente de Carvalho, Francisca Júlia e Emílio de Meneses. SUSTENTÁCULOS DO PARNASIANISMO REALISMO Realismo na visão do homem e da Natureza. O homem é considerado como um elemento a mais na Natureza, submetido às forças materiais da vida, comandado pelo determinismo. UNIVERSALISMO Universalismo artístico, que leva o parnasiano à escolha de temas que apresentassem aspectos essenciais e perenes da realidade. Por isso, ocorre a supressão do individualismo romântico e a busca universal da história. ESTETICISMO pregava a busca de uma expressão lingüística absolutamente perfeita. PARNASIANISMO Estilo restrito à poesia Tríade Parnasiana Lembre-se: A Tríade Parnasiana são os “deuses” do parnasianismo brasileiro. A se dirigir “aos deuses”, uma pessoa O.R.A. • Olavo Bilac • Raimundo Correia • Alberto de Oliveira • Olavo Martins dos Guimarães Bilac Rio de Janeiro – 1865 Rio de Janeiro – 1918 • Apesar de Ter freqüentado os cursos de Medicina e Direito, não concluiu nenhum dos dois, dedicando-se ao jornalismo e ao funcionalismo público. Participou de várias campanhas cívicas e foi autor da letra do Hino à Bandeira. Foi eleito o “Príncipe dos Poetas Brasileiros” por seus contemporâneos. • Poesia: Panóplias, Via-Láctea e Sarças de Fogo (1888); Sagres (poemeto) – (1898); Poesias Infantis (1904); Tarde (1914). • Prosa: Crítica e Fantasia (1904); Tratado de Versificação - em colaboração com Guimarães Passos (1905). • Escreveu ainda livros didáticos e discursos. A um poeta Olavo Bilac Longe do estéril turbilhão da rua, Beneditino escreve! No aconchego Do claustro, na paciência e no sossego, Trabalha e teima, e lima , e sofre, e sua! Mas que na forma se disfarce o emprego Do esforço: e trama viva se construa De tal modo, que a imagem fique nua Rica mas sóbria, como um templo grego Não se mostre na fábrica o suplicio Do mestre. E natural, o efeito agrade Sem lembrar os andaimes do edifício: Porque a Beleza, gêmea da Verdade Arte pura, inimiga do artifício, É a força e a graça na simplicidade. Língua portuguesa, Olavo Bilac Hino à Bandeira, Olavo Bilac • Raimundo da Mota Azevedo Correia Maranhão – 1860 Paris – 1911 • Formou-se em Direito em São Paulo, exercendo a magistratura no interior fluminense e mineiro. Foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras. • Poesia: Sinfonias (1883); Versos e Versões – (1887); Aleluias (1891); Poesias (1898). PLENA NUDEZ Raimundo Correia Eu amo os gregos tipos de escultura: Pagãs nuas no mármore entalhadas; Não essas produções que a estufa escura Das modas cria, tortas e enfezadas. Quero em pleno esplendor, viço e frescura Os corpos nus; as linhas onduladas Livres: da carne exuberante e pura Todas as saliências destacadas... Não quero , a Vênus opulenta e bela De luxuriantes formas, entrevê-la Da transparente túnica através: Quero vê-la , sem pejo, sem receios, Os braços nus , o dorso nu, os seios Nus... toda nua, da cabeça aos pés! • Antônio Mariano Alberto de Oliveira Saquarema – 1859 Niterói – 1937 • Diplomou-se em Farmácia e estudou Medicina até o terceiro ano. Exerceu o magistério e ocupou vários cargos públicos. Foi também membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Foi eleito “Príncipe dos Poetas Brasileiros” em 1924. • Poesia: Canções Românticas (1877-78); Meridionais – (1884); Sonetos e Poemas (1885); Versos e Rimas (1895). VASO CHINÊS Alberto de Oliveira Estranho mimo, aquele vaso! Vi-o Casualmente, uma vez , de um perfumado Contador sobre o mármor luzidio, Entre um leque e o começo de um bordado. Fino artista chinês, enamorado, Nele pusera o coração doentio Em rubras flores de um sutil lavrado, Na tinta ardente, de um calor sombrio. Mas, talvez por contraste à desventura – Quem o sabe? – de um velho mandarim Também lá estava a singular figura: Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a Sentia um não sei quê com aquele chim De olhos cortados à feição de amêndoa. • Tendências Poéticas (antecessores) • Revelam uma literatura que só em raros momentos atingiu um nível artístico que mereça confiança Poesia Filosófica Científica Visava incorporar ao texto poético as novidades da filosofia da época, assim como as grandes novidades científicas. Consideraram o Positivismo e a Ciência como substitutos ideais para a imaginação, a emotividade e o subjetivismo românticos. Poesia Realista Procurava fundamentar-se na observação da realidade, não admitindo a idealização e a imaginação românticas. Poesia Socialista Tem um caráter “anticatólico” e fervorosamente republicano. Diziam: “Uma das funções da poesia é divulgar idéias de progresso, justiça social e confiança na ciência. Características temáticas, estilísticas e ideológicas Objetividade • Ocorria em oposição ao sentimentalismo e imaginação, que eram básicos do Romantismo A Arte pela Arte • Concepção segundo a qual a arte deve existir apenas em função dela mesma, desligando-se de problemas políticos, sociais, afetivos religiosos, etc. Gosto Exótico • Tudo o que fosse muito comum era considerado pelos parnasianos como indigno de figurar na literatura. Amor Carnal • Em flagrante oposição aos românticos, a poesia amorosa dos parnasianos está mais próxima do relacionamento humano comum; as figuras femininas não são idealizadas. Vênus, deusa da beleza na mitologia grega – pagã portanto – , foi eleita como modelo feminino. Antigüidade Clássica • Opondo-se ao gosto romântico pelas coisas medievais. • O Soneto, pouco comum no Romantismo, voltou à moda. • A busca da forma perfeita era uma preocupação fundamental para os parnasianos. Ordem Indireta • Esse recurso “enobrecia a linguagem poética”. No português de Portugal do séc. XVIII predominava essa técnica. Vocabulário raro • Valorizava-se a escolha das palavras mais raras, incomuns no vocabulário cotidiano . Rima: Rica e Preciosa • Rica: palavras de classes gramaticais diferentes. • Preciosas: com palavras para as quais a rima era quase impossível. Descritivismo • Predomínio de descrições pormenorizadas , mas sem análise. Universalismo • Interessavam agora à poesia os assuntos universais, em vez do individualismo romântico. Revelar estados de espírito pessoais, casos individuais, era um procedimento pouco aceito. Impassibilidade • O poeta não deve envolver-se emocionalmente, a emoção deve manter- se sob o controle da razão. (contenção emotiva) Sintaxe de Portugal • Considerava-se aquilo que não fosse de acordo com o padrão, inaceitável. .