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1®§ LITERÁRIO DE "A SUPLEMENTO MANHÃ" üol. II 8/3'942 publicado semanalmente, sob a direção de Múcio Ano 11 Leão (Da Academia Brasileira de Letras) í_úm. 8 Notícia sobre Alberto cie Oliveira -,-rt de Oliveira — Antônio, Valentim Maga- valiosas, de clássicos portu- biblioteca ma Alberto de Oliveira—Ihães e outros.gueses brasileiros, anos, i, a',,i Paltnilal de Saqua- Nessa família privilegiada tle da qual, luí alguns fes tio Rio depoetas, Alberto tle Oliviera cru dádiva i Academia Brasileira na provincia ^^^^*Mmr*^aa\\suPJKI^LT^^^iS^^WBc^ C^^5 .., em 28 tle abril dea mais perfeita organização ti- de Letras de José Maria-terária. Sua estréia, em 187/, kra iillto "Canções Alberto de Oliveira iniciou • de dona Anacom as Românticas"1, Oliveira e em 1877 os seus trabalhos dc Mendonça, ele, /l-foi, sem dúvida, interessante, ii de colaboração, em jornais cario- -,¦ nascido emembora não ainda pre- a,, tiorlittjiieses, fizesse cas. Desde então adiamos o descendente dosver o grande poeta que eslava Cf arl, e ela. seu nome firmando trabalhos ,,i:,'i crisálida. Depois com "Gazelinha", "A f:,r ile Mendonça.naquela"Sonetos na em Senta- • - • „.,., K~ios e Poemas'', com "Diário ; as em Ai- na", no do Rio de Ja- preparatórios os "Versos e Rimas", e sobre- "Mequelrcje", ..nliíja Corte, no Co neiro". no no tudo com as coletâneas das qua- "Combate", "Gazela nu e em oulras par- "Poesias", na du Noi- ¦"I tro séries de se "Tribuna Ver: o curso de Far- que le", liai de Pelrópo- sucederam nos anos de 1900, "Revista olileitJo o título em lis", na Brasileira', 1911, 1913 - 1927, ,; que eie "Correio Cursou a Facilidade de no da Manha', na ALBERTO DE OLIVEIRA todo o seu rútilo ta- "Revista ''Re- •in até o 3° ano. patenteou do Brasil", na lento de a sua arle, a sua "Reis- poeta, vista dc Portugal", nu l:siado do Rio, )o\ cm meslria, tudo o o perfeita que Ia de Língua Portuguesa", no oiicial de gabinete do maiores "Re- equipara aos nossos "Almanaque Garnier", na ,,.,.. De 1893 a 1598. altura se- SUMARIO cantores, pondo-o na da Academia Brasileira de diretor vista , „ cargo ge- rena em que vemos julgurar o "Séeuio PAGINA 11S: PAGINA 122: na- de Letras", no XX". Instrução Pública nome de um Gonçalves Dias "Revista na do Centro de Ci- ²Notícias sobre Alberto de Alberto de Oliveira, por Pra- Eslado. um . ou o de encias, Letras e Artes", de Oliveira. dente de Moraes Neto. recebeu vá- "Eslaçiio", ,-íei Je Oliveira tinha ie- O grande poeta Campinas, na no ²Bibliografia de Alberto de irmãos, sendo nove ra- rias Itonrarias, testemunhos que "Imparcial", etc. Oliveira. PAGINA 123: ²Sumário- sele moças. Possuíam o nosso país e paises cslrangei- -dos da Foi um fundadores - Correspondência de escrito- a ros lite tributaram, de respeito ¦ tratiJe inclinação para Academia Brasileira, criando PAGINAS 114 e 115: res. Carta de Alberto de OU- a e admiração e amor.' Foi doutor tem co- ura e para poesia, "hono- ali a cadeira n." 8, que — Algumas de Alberto veira a Bernardo de Oliveira. '¦¦num em filosofia e Letras, poesias a casa deles utn mo patrono Cláudio Manoel da de Oliveira: Vaso grego — ²Bendita poesia! (Agradeci- Universidade da l-ra ctulro de reuniões ris causa", pela Costa. Foi eleilo presidente dn Vaso chinês — Srinx — Ta- mento às comemorações '¦as, Aires, — — seu de Alberto dm onde se discutiam Nacional de Buenos Instituição em 1926, mas rc- ça de coral O muro jubileu), "The — "Vem! Oliveira. ,.( de arle e de lileralu- membro correspondente da nunciou na mesma sessão t Sob um salgueiro '".t>ii Jiispaiiic Society of América", Inda em mim amor em que famosa a casa da cargo. — O Ninho — PAGINA 124: ">'','¦<•(", sócio correspondente da Aca- te queira..." onde residia, com Cheiro de espádua — Nu- demiti de Ciências de Lisboa. Faleceu em Niterói, em 19 ²Correspondência de escrito- ,,-. a, casal Oliveira, e que pcias de Primavera — A Fu- ¦ da Escola Nor- de tle 937, tendo sido — res. Carta de a ¦• juentada, em eerlo lem- Foi professor janeiro maça da Fábrica Vestígios e substituído n Academia — Alberto de Oliveira. ¦•¦>s mais ilustres escrito- mal e tia Escola Dramática pelo divinos — O Cavouqueiro — ²Alberto de Oliveira, tradu- do Ensino no Distrito , seu amigo, ²Poeta sertanejo Deeli- nZleiros, Como Olavo Pi- inspetor tor: O Cisne, de Sully Pru- conterrâneo, escritor qu nio — Traduzindo uma quei- R ml Pompeia, Raimundo Federal — do morro ¦dhomme. — Do Intermeiu. *í.f. bíblia- Alberto de Olheira sempre so- xa O caminho Aluisio e Artur Aceve- Era um apaixonado ²A casa da rua Abilio — de H. Heine. nhara ver nos —. . f1 mso Celso, Guimarães grafo, e chegou ti possuir tuna figurando qua- A alma dos vinte anos — O conto (prefácio do volu- tiros da imortalidade. Brasileiros, da Lúcio de Mendonça, das bibliotecas mais escolhidas Excelsitude — Dulces Cadê- me Contos nas —• Dentro da Noite — A Livraria Garnier/. que se foi — Depois do água- ceirti — Fonte oculta — A PAGINA 125: voz das árvores. ²Uma lição de sabedoria, da logrõtidfid de Alberto de Oliveira PAGINA 118: Humberto de Campos. ²Correspondência de escrito-* As de Alberto de OH- Gar- B — Prosa: poesias res. Carta de Olavo Bilac a Alerto de Oliveira deixou os de, 1898-1903. (H. veira, de José Veríssimo. diretor da Alberto e Bernardo de Oll- «eçumtes trabalhos: nier. Rio, 1912)). X — Relatórios do — Duas de Alberto de * Es- poesias veira. instrução pública do Oliveira — Aspiração; Den- — Poesias, Terceira série, de Janeiro. ²Flor santa, de Alberto de Oll- A Poesia: tado do Rio tro do sonho. encerrando Sol de Verão, aos anos veira. das 5 vols. relativos — Céu noturno. Alma 1897. Canções Românticas (Ti- Ri- de 1893 a "Gazeta Coisas. Sala de Baile, O verso alexandrino na PAGINA UT: PAGINA 126.* puçrafla da de No seio do 2 Noticias", mas Várias. poesia brasileira, confe- ²Um grande cantor da natu- Rlo, 1878). . 1904-1911. (Li- - .Meridionais. Com uma Kosmos, rência pronunciada na reza. de D. Milano. ²Fragmentos, de Alberto dtt Francisco Alves, introdução de Machado vraria Sociedade de Cultura Ar- ²Um pagãu panteista, de Trls- Alberto de Oliveira. de Assis, iTip. da "Gaze- Rio. 1913). tlstica de São Paulo- (Ti- tão da Cunha. ²Algumas páginas de Alberto ta de Noticias", do Levl, São Paulo. ²Sonho, de Alberto de Oll- de Oliveira: Visio — Mae- Rio, 9 _ Ramo de Arvore. (Tip. pografia 1334'. "Anuário do Brasil", Rlo. 1914). veira. dala. - Sonetos Uni lac- e Poemas (Mo- 1922. D. Juan, Conferência M. L. S. soneto, reira Máximo Jt Cia. na Socieda- stmile, de Alberto de Oll- PAGINA 127: 13(15,. 10 — Poesias, Quarta série, en- pronunciada Ode Cívica, Al- de de Cultura Artistica veira. — Versos e Rimas. Primeira cerrando e Céu, Cheiro de Flor. de São Paulo (São Paulo, — Raridades de Alberto de OIt- parte. Tip L'Étoile du ma PAGINA 118: — Ruinas que falam. Cama- 19361. veira: Vidros opacos Aiá- Sud, 1895. Saudação a Goulart de — — _ - Poesias ra Ardente. Ramo de Ar- _ ²Alberto de Oliveira, contista. lea Figura de bronze completas, encer- Andrade. Discurso pro- — rancio vore (Livraria Francisco Os brincos de Sara (com Subindo a montanha A Meridionais, Sone- nunclado na Academia — O 'ns e Poemas. ves. Rio. 1927). Ilustração de Osvaldo Goeídl. José de Moraes Silva Versos e Brasileira, em 30 de se- — Fa- Rimas. Por mutilado da rua Flack amor d» uma ¦ . Poesias Escolhidas —Co- tembro de 1916. — Aparên- lagrima, Livro 11 PAGINA 119: lando ao coração de Ema. e Prefaciadas por ,— Soneto Brasileiro, de Gre- — — Je- ¦*..¦¦¦ -¦ - -¦ yggf^ri^fmm¦¦-¦ r-1",**^?.;¦ •**¦:-•¦ .¦*.-¦•¦

DOMINGO, t/S/lUZ "A — .VOU U . JW^ PAGINA 114 SUPLEMENTO IITERABU» DE MANHA" , ALGUMAS POESIAS DE DE ESPÁDUA VASO GREGO TAÇA DE CORAL CHEIRO ¦Quando veio recebe, a valsa acabou, a janela, relevos, trabalhada Llclaj, pastor — enquanto o «>1 O leque abriu. Sorria e arfava. Esta de áureos armento e ao largo espraia. Sentou-se. De divas mãos, brilhante copa, um dia. Muglndo, o manso Eu, viracão da noite, a essa hora entrava cansada, . Em sede abrasa, qual de amor por Febe, decotada e bela. Já de aos deuses servir como maior, desmaia. E estaquei, vendo-a Vinda do Olimpo, a um novo deus servi*. _ Sede também, sede era a espádua, aquela rem Nala Eram os ombros, Eva o poeta de Teos que a suspendia Mas aplacar-lhe piedosa Carne rosada um mimo! A arder na lava A sede d*água: entre vinhedo e sebe Então, e, ora repleta ora esvasada, fala Dt improvisa paixão, eu, que a beijava, aos dedos seus tinia, Corre ama linía, e ele no seu de toda a essência dela! A taça amiga tarro escultado bebe. Bauri sequiosa Toda de roxas pétalas colmada. De ao pé do Alfeu ' -Quer Deixei-a, a vi mais tarde, oh ciúme] Bebe, e a e mais golpe: — ventura porque Depois... Mas o lavor da taça admira, golpe louca, Sair velada da mantilha. A esteira aproximando-a, às borda* (Suspira e diz) que eu mate uma ânsia de seu Toca-a, e do ouvido zagala ingrata! Sigo, até que a perdi, perfume Finas hás-de lhe ouvir, canora e doce. E outra fique a penar, E agora, qu& se loi, lembrando-a ainda. lira Outra que mais me aflige e me tortura, folhas, cheira Ignota voz. qual se da antiga de uma boca Sinto que, à luz do luar nas a encantada música das cordas, E não em vaso assim, mas noite aquela espádua linda!" Fo.sse de coral é se mata". Este ar da Qual se essa voz de Anacreonte losse. Ma taça que O MURO NUPCIAS DA PRIMAVERA VASO CHINÊS Depois da chuva, estes lavados ares K" um.velho paredão, todo gretado, lua. Céu de uma oferenda Riem com a primavera. Estranho mimo aquele vaso! Vi-o. Roto e negro, a que o tempo A sementeira de astros prolifera, uma voz, de um perfumado Deixou num cacto em flor ensangüentado chão de luz sóis aos milhares Casualmente, cada fenda. Brotam-lhe em Contador sobre o marmor luzidio, E num pouco de musgo em Entre um leque e o começo de Uam bordado. E' a hora dos noivados estelares Serve há muito de encerro a uma vivenda; de enorme antera. seu cuidado; E misteriosos. Qual Fino artista chinês, enamorado, Protegê-la e guardá-la é Chove um polen sutil do azul da esfera, Talvez consigo esta missão compreenda, amam terra e mares. Nele pusera o coração doentio e alevantado. Amam espaços, Em rubras flores de um sutil lavrado, Sempre em seu posto, firme Na tinta ardente, de um calor sombrio. Todo o Éter vibra em lúbrico arrepio. Horas mortas, a lua o véu desata, em longo e apaixonado se estrela Fundem-se almas talvez contraste ã desventura, E em cheio brilha; a solidão Beijo; força imperiosa as move. a enchê-las; Mas, por vago cintilar de prata; Quem o sabe?... de um velho mandarim Toda de um figura. luar fofo e maço Também lá estava a singular nua, E do alto céu o E o velho muro, alta a parede Sobre estas núpeias, como um cortinado, A acasu vendo-a. Olha em redor, espreita a sombra, e vela. na barra e em cima estrelas. Que arte em pintá-la! gente da lua. Todo lírios Sentia um não sei que com aquele chim Entre os beijos e lágrimas De olhos cortados à leiçao de amêndoa. FUMAÇA DA FABRICA SOB UM SALGUEIRO A SIRINX i escuro pendão. da fábrica a fumaça uma flor aqui, — flor que se abria, ooe, e fala, talvez, ondeando no ar vazio; Dorme .Belo é escrava Que mal se abria, cândida e medrosa, - é o trabalho, mas a recompensa Rosa a desabrochar, botão de rosa I escasso é o pão. o lar é pobre, e há fome. e ha Cuja existência não passou de um dia. lírio... Pã não era por certo deus tão lindo Que merecesse ninfa como aquela; Deixai-a em paz! À vida fugidia lestes malhos brutais mesclado aos ecos passa Fez mal em persegui-la, e bem fez ela Como uma sombra, a vida procelosa de dor; a cada rodopio iníindo. vida tormentosa, Um gemido Pedir a um colmo encantamento Como uma vaga, a De polés ou moitões uma queixa se enlaça, A. nossa vida não a merecia. E uma súplica aos céus, dali partida, envio. Só tie vê-lo as oréades, sorrindo, em A essência delicada toi tão bela Em paz! paz! de onde vim, ai dentro, em cada rosto _ E destas uma só não Do anjo gentil que este sepulcio encerra. O fogo 1 Como Sirinx, — armadas de cautela, alvorada... Ressalta amargo transe, alumia um desgosto .. E' hoje orvalho... cântico... Pronto aos mirtais botavam-se, fugindo. Com que vagar, porem, hoje me aprumo e elevo! Sopro, aragem do céu, talvez, que o pranto invade,,. E. pois, por tal cornipede devia Anda a enxugar a uns olhos cá na terra, Estranho malestar, como um torpor, me Gartar as áscuas de amoroso incêndio? Doces olhos de mãe, que o amavam tanto. Deve ser deste ar frio o peso da umidade, Não! — E a influxo das náiades, um dia, Da umidade... se não das lágrimas que levo.

perseguida do deus, o movediço Ladon procura, estende o corpo, estende-o.. VESTÍGIOS divinos E ei-la mudada em trêmulo caniço. Vem! Inda em mim amor com que en te queira. (Em Marumbi, Paraná) Versos em que celebre e em que resuma As tuas perfeições uma por uma, Houve deuses aqui, se não me engano; Imagine-se o deus como licara Teem esto e assomos da paixão primeira. Novo Olimpo talvez aqui íulgia; Quando, crendo estreitar a ninfa esperte Zeus agastava-se, Afrodite ria, Que lhe fugia, apenas uma vara Juno toda era orgulho e ciúme insana aperta. Salta-me o sangue, como ao vento a espuma, Delgada e frágil contra o peito desejos à cegueira, Dc indõmitos Nos arredores, na montanha ou plane Ardeu durante o dia a selva inteira, sol — inda arde t fuma. Diana caçava, Acteon a perseguia. Vendo-o cego no engano que lhe armara E' quase pôr do Espalhados na bruta serrania, Amor, da oposta margem descoberta Inda há uns restos da forja de Vulcana Um risinho de escárneo, que o desperta. em meu deserto os pamM clara. Vem! Dá-me ouvir-te Tiniu do rio na corrente Vem, desejada há tanto! e esfalma louca Por toda esta extensissima campina Unindo à tua, morta de ansiedade, Andaram Faunos. Náiades e as Graça», Então, da planta virginal. no assomo E em banquete se uniu a grei divina. Da raiva, a hástea alongada o deus vergando, de em Parte-a em várias porções, gomo gomo. Deixa erucificar-me nos teus braços, Ob convivas pagãos ainda hoje os topas Lavra com um beijo teu na minha boca Mudados em pinheiros, como taças, Tais partes junta; e em tnúsica linguagem O epitáfio da minha mocidade! Mo urrah festivo erguendo no ar as copas. Dos pastores com as vozes Concertando, Pôe-se a soprar no cálamO selvagem. O NINHO UI O CAVOUQUEIRO

cana à modula toada. O musgo mis sedoso, a úsnea mais ler* Ho grosseiro trabalho envelhecido, Da agreste lamenta, não, do oficio ingrato Da Arcádia pelos Íngremes outeiros Trouxe .de longe o alegre passarinho, Não se em lépida manada, E um dia inteiro ao sol paciente esteve O que ali vês quase sem pão nem trato, Vinham descendo, o ninho. bruta com a explosão ferido Lestos, brincões, os sátiros ligeiros. Com o destro bico a arquitetar Da pedra flocos cor de neve Mal um suspiro a espaços ou gemido E a flebil voz da flauta, soluçada Da paina os vagos os olmeiros; e dentro o alfombra com carinho; Lhe escapa. Cisma... o olhor vagueia, abstraw De ternuras, soava entre Colhe, por retrato as náiades em cada E armado, pronto, enfim, suspenso, em breve*, Sorri-lhe a mulher morta no Já nas grutas do caminho. Ao da cama, na parede erguido. Sopro lhe ouvem os ecos derradeiros. Ei-lo balouça à beira pé Z a ave sobre ele as asas multicores Vem-lhe a filha beijar a mão calosa- Hamadriades louras palpitando o áureo olhando ao lado ¦Stão liber das árvores; donosas Estende, e sonha- Sonha que polen E ele, o alvião posto, no suga às mais brilhantes flores; Absorve-se a pensar na hora benvinda. Napéias saltam do olivedo, em bando. E o nectar a origina, Sonha... Porem de súbito a violento Km que, saindo, à luz do sol, radlosa, E presa à flauta a ninfa, que folhas bolem.. à hostil, suando esforçada as notas suspirosas Abalo acorda. Em torno as Há-de pedreira Sirinx pura, B • ninte Ibe arrebata • Tenta Par novo assalto, a escaMVcà-la ainda. Derrama d'alma, à vibração divina. E" a Tentol ¦'¦*' ¦.•¦¦~.r...:yjfi:t:.i ¦¦,.- Ä. ^ ^"Í-^W^™"'. K,II„„,T,„„,„„s(3r,..,„,,,,,,,,..- . |

11S SUFI.EMKNTO LITERÁRIO DE "A MANHA" — VOL. II PAGINA nOMINGO. »/«Vl!M8 ALBERTO DE OLIVEIRA A' QUE SE FOI POETA SERTANEJOA ALMA DOS VINTE ANOS A alma dos meus vinte anos noutro dia climas, sem nunca haver deixado. fora Foi para melhores E„.,,. nbsruio passou, Senti volver-me ao peito, e pondo o médico em voz austera: , rie uni sonho vão, a terra em que nasce.». A outra, a enferma, que iã dentro mora. Que "E* E'" nos campos o avinhado — já levá-la", dissera, T»tório por lá, Ria em meus lábios, em meus olhos ria. "Para as montanhas de Minas". a cantar, inglório assim morreu. Canta e morre lado Luzia, Achava-me ao teu então, H em surdo som maguado E da idade que tens na mesma aurora; <¦„„ ,'nioio instrumento A tudo o fui, tornava agora, Picou deserta a casinha, ciuz de estrelas deste ceu. que jã lembrar tristemente luo' sob '"f**-a Tudo o que ora não sou, me renascia. Inda a ai Jaz em túmulo ignorado. O vulto esguio da doente lio beto Orfeu. ouvira. ;1°s icras sabido, o sertanejo Ressenti da paixão primeira e ardente E o longo adeus que lhe & A febre, ressurgiu-me o amor antigo seus e com os seus enganos.. III ... uno morreu seu canto. Anda em livros o nosso Com os desvarios entre rios e flores. O noivo, que mal sabia l Tem homens; o dele, Mas ah! quando te foste, novamente, num soluço a repeti-lo estão. Da noiva a sorte funesta, £„.„¦ ao sol. A alma de hoje tornou a ser comigo, Com o coração todo em festa. E loi contigo a alma dos meus vinte anos. De longe a abraçá-la vinha. .- aves o fremir do vento, o ruido grosso c ichoeiras da serra c com os mais twvadores IV ms do sertão. EXCELSITUDE O arrastado gemer das violas Dão-lhe a nova da partida, E ao verem que lhe rebentara Chegaste onde chegar nem pode o pensamento. As lágrimas, acrescentam: Eu que te vi partir, eu me deixei sozinho -Foi para melhores climasl" DECLÍNIO Ficar, amando ainda este chão de caminho, Onde há pedra, onde hã serpe, o tojo, a chuva e o [vento. Lá vai às serras de Minas, assim desmaias lentamente. Lá vai da noiva em procura: Tarde outonal que o firmamento; Flor de fogo a murchar em morosa agonia: Prenda-me agora, mais que a terra, Ora achá-la conjetura fundo de céu longínquo, do meu dia O que inda hã por sofrer, sofra, a falar baixinho Morta, e ora risonha e viva. (tose humilhado e mesquinho Grande eomo o teu sol, vejo a câmara ardente. Com as estrelas; rasteje Aos pés de cada altar; só meu gozo e alimento VI Depois de horas de aflitiva Fumam us ciiios, tolda o incenso o ar transparente, triste, irradia, Seja a oração; deserte o mundo; ermado e Impaciência e pena estranha. O ouro do cataíalco entreluz e e aí! só a Saudade; montanha. de azul, Poesia, Viva só para a Fé, para Vê, montanha por Zenile auge, fulgor f>'eno Nunca me hei de elevar á altura a que subiste! Longe as montanhas de Minai, Glória, alturas, adeus! Tudo agora é Poente. Nunca maLs te hei-de ver! Entre mis ambos corre, vn tumba, Quem, no abismai descenso á tua occidua A extremar-te de mim, a tua eternidade; As palmeiras que lá em cima Enlre'serias e mar. o clarão que se acaba, A extremar-me de ti, tudo o que é humano e morre. Segredam com a imensidade, Turde, reviveiás? Quem te ampara e socorre? Pergunta em louca ansiedade: MINHA MÃE — "Ela está morta ou está viva?" Ha uns tons de funeral no trovão que retumba. há um sonho que desaba, VIU Neste ruir de arrebóis no alto erguidas Neste ofego da luz hã um coração que morre. Talvez se abriu na luz da tua aurora E as palmeiras Um sol de amor, teu santo olhar doírando Respondem-lhe, balouçando, — o azul do céu apontando: Foste bela, talvez, triste e pensando E "Foi TRADUZINDO UMA E's hoje a mãe que em desespero chora- para melhores climas!* Nessa adorada face que descora QUEIXA Hoie a vigilia e as rugas vão sulcando Viu meu pai essa luz que ainda agora Vai sèu pálido inverno alumiando. DEPOIS DO AGUACEIRO O melhor dos amores dura um dia espaço E amaste e loste amada, e mãe na vida Ou pouco irai;; neste pequeno materna Passou,, a nuvem, flesfez-se em lágrimas, Todo cabe, todo se irradia, Náo houve nunca que aflições — soltas ele desse amor nascida; Soltos diamantes, pérolas Sem tristezas, sem pausas, sem cansaço. Mais elevassem, Que o sol agora Pois com teu sábio exemplo nos governas Faz clntilar. esta face ungida Se vai alem, das asas com que outiora E nós beijamos ápice, orvalhada de lágrimas eternas. Uma das folhas rebrilha no O tabularam, como fresca espuma E esparsas, lá vêem às volta», Bolha a bolha sc apaga, de hora em hora Outras, a (Alguém as chora?) Váo-lhe os plumas caindo pluma pluma. No chão rolar. DULCES CADENAS Se inda alem vai. perde de todo as penas, Assim num Tosto por onde rápida Nio voa mas; adeus, alturas e astros! a sombra que exulcerantes hoíiibre, voluntário. Passou Pi:-am-no aos pés em casa. vive apenas El prisioneiro Máguas e o afogo Como animal doméstco, de rastros»... Dará su libsrtad eternamente Trai de um pesar. por vivir en prision como ei canário. Campounor Brinca um sorriso por entre lágrima», pérolas soltas, soltos diamante» O CAMINHO DO MORRO Melhor cantei quando, cativo, outrora, Líquidos, logo Meus carmes modulava acompanhado Desfeitos no ar. Do som dos elos do grilhão dourado, Guiava à casa do morro, em voltas, o caminho, Com que então me prendeu gentil senhora. Alé lhe ir esbarrar com as orlas do terreiro: Dava-lhe o doce Ingá, rachado ao sol, o cheiro, Eu era qual, perdendo o espaço fora, FONTE OCULTA E uni rumor de maré o cafesal viznho. E* o pássaro que, súbito apanhado, empoleirado, Em cárcere de arame metida. melhor canta ou melhor chora. Entre umas pedras Quanta vez o subi, buscando a um guache o ninho. Suspira e Rolando clara e modesta, Ou. saltando, o desci com o regato ligeiro. No coração da floresta inteiro, Tornando agora á antiga liberdade, Para voar num balanço, em baixo, o dia um dia. Vive uma fonte escondida. E ver as asas de um moinho! Como aquela ave que, liberta girar, gozando, onde se vai no voar ligeiro, Mal sabe Receosa de ser ouvida,* De setembro até março uma colcha de flores se há poesia. Talvez abafando um ai. Sinto que nos meus cantos ou murmúrio Tapetava-o. Reluz-lhe em |»ças de água o céu; esta «poesia a da Eaudade Quase sem queixa Das escorrem... E' toda Fluindo vai; folhas sobre o saibro os orvalhos Do tempo em que vivia prisioneiro. Mas E de ser vista receosa, morreram na casa, em cima, os moradores. O vivo fio adelgaça: Morreu, caindo, a casa, o moinho morreu, O caminho morrem! DENTRO DA NOITE E assim ignorada passa. morreu... Até os caminhos Passa ligeira e medrosa. rápida* _ Levai-me, ó nuvens de asas Tal em alma desditosa vemos. A CASA DA RUA ABÍLIO Que no alto Que já não ama nem crê. Nuvens desenfreadas, nuvena «Be escoa um fio de lágrimas Tempestuosas! ninguém vê... _ ^ ^ bm Que A casa que foi minha, hoje é casa de Deus Traz no topo uma cruz. AU vivi com os meua, aos longínquo» AU nasceu _ Levai-me, ó ventos que meu filho; ali, só, na orfandade extremos fiquei de um amor. As vezes a cidade Pontos A VOZ DAS ARVORES grande Ides do céu, ventos horrissonos. Ventos da noite! Deixo e vou vê-la em meio aos altos miiros seuj. — Não te levaremos. Icordo ã noite assustado. S^i de lá aos céus; de asas lúgubres, Ouço lá fora um lamento... uma prece, elevando-se _ Levai-me, ó corvos tão tarde? O vento? Sào as freiras rezando. Entre os ferros da grade. Sinistros remos Quem geme Espreitando o interior, olha a minha saudade. o oceano intermino Não. E' um canto prolongado, Com que sulcais — Hino imenso a envolver toda a mont-aniwj De ondas aéreas! _ Nao te levaremos. São em música estranha Um sussurro também, como esse. em sons dispersos, Jamais ouvida, Ouvia nâo há muito a casa. Eram meus verso». nasce t as beija. De ó dor. mortais angústias, As árvores ao luar que alguns talvez ainda os ecos falarão, _ Deixai-me, Em surdina cantando. ¦ Males supremos,... , „ bando horror, fantasmas tetricos, Como um E em seu .surto, a buscar o eternamente belo. Visões de De vozes numa igreja: Misturados Bombras, espectros! á voz das monjas do Carmelo, ^ ^ deixatejn0i, Margarida! Margarida! Subirão até Deus na* asas da oração. 'f-: ""í "r"Yf-' -.«¦""-¦¦•¦¦¦ '" 'i :„,¦ , - ¦^¦•;T" -rr^--" f r«:> .'¦.¦¦•¦ !«,« aaaa-v7 pnippnipatm ! . . i i. . .—-¦—,. ... , ..,.,. . ;«"^*i:-:*^w*).ft

POMJNGO, 8/3/M4Ü DE "A MANHA" - VOt. Jgjfc PAGINA 11« SliPLEMENTO LITERÁRIO POESIAS ALBERTO DUAS AS POESIAS DE de Alberto de Oliveira DE OLIVEIRA - José Veríssimo ASPIRAÇÃO Ser palmeira! existir num píncaro azulado, Vendo as nuvens mais perto e as estrelas em bando; Dar ao sopro do mar o seio perfumado, assídua do ve abrindo, ora os leques fechando; de Assis, num artigo da siada confiança acreditada, lu-hçao demasiado Ora os leques ch do delho Castilho. •Revista Brasileira" de 1879, é crava maior intensidade trono, os rumores Sentimento e estilo„„.,„ „ „„ e es- Só de meu cimo. só de meu o sr Alberto de Oliveira o que emoção. Como o seu sentimento nascendo o arrebol, lhe tem jus- me apareciam mais desenvol- o seu pensamento, Do dia ouvir, primeiro mais cabalmente tilo poético, no azul dialogar com o espirito das flores. os auspi- tos, mais livres, em vários poe- fortalecido por meditadas lei- E tificado prognósticos sem invisível ascende e vai falar ao sol; cio os o que mais e melhor de ma5 até algo despejados, turas e bons estudos, tambem Que contes- aliás do decoro da emo- neste livro. Sem ti deii. Críticos há que quebra se lhe apura Sentir romper do vale e a meus pés, rumorosa, velha opinião de que ou da expressão.caucair 11(Jno c,,„erro „„da chamadaB poe- tam a ção e Dilatar-se a cantar a alma sonora e quente pt-etas nascem e não se fazem,sia cientifica ou sociológica, em flor abre a manhã che.rosa. se Ia- C"™.™** ™tnre7a extravagâncias an- Das árvores, que Sustentando que tambem natureza, era essamquejandas Dos rios, onde luz todo o esplendor dò Oriente; «em t>elo estudo e aplicação. A sensação da sempre o poeta ex- me nota simples^ mesmo singela*»£« sente-se-lhe. to- íonteSão só parcialmente tao ingênua¦* E a essa voz o glorioso murmúrio Ao cabo de as vezes, familiar nt0 voelKV juntando espaço os véus, carece aceitável. oicomporta o mo en-f ™a De minha fronde e abrindo ao largo Scüco etóto será a aplicação quanto ãoP das ultimas diver- ela através do horizonte purpúreo estro. Mas «nho poét'co a dominante dovmnmtes do Ir com servida por escasso no «eta n*°chamad0 pensamento E penetrar nos céus; ainda grande, preci- livro revelando p moderno. E. ste mls- estou que, so te lm mudança mas progresde ia este de estudo para que se modernlHno e classicismo Ser depois de homem ter sido! esfalma numa obra so- so sensível na essência de suaament0 e na expressão palmeira, novamente vibra, não desperdice e nos seus meios dev Que vibra em mim, sentir que *"ín0S-menos inspiração Alberto espalmo a tremer nas folhas, palma a palma, comunicação. Esse novo estilo^£^°?raa distinção. E eu a napara última E a distendo, a subir num caule, fibra a fibra; Na poesia brasileira, creio, se novo nele e novo tambem mostrà.lo s0 me emba- dado muito maior impor- „0ssa mais recente poesia, inl-ja sei tem "Livro dev e5C0iha. Não por E à noite, enquanto o luar sobre os meus leque» tância ao estro que ao estudo, ciado aliás com o se M Albert0 de 0u- [treme, Daí os já incontáveis poetas Ema», „ão se afirmou, contudo,f dad0 dc seu estr0 ou mágua ou dó, e fora de dese-iíestaça0teria E estranho sentimento, ou pena numa literatura pobre como quanto me parece mais bela, mais e na sombra, ora ou soluça ou geme, nossa. Feliz- «ar, na terceira serie ora publi--òbretudo Tudo tem, forçosamente a "Poesias". mais sincera E, como um pavilhão, velo lá em cimo eu só; mente o tempo, a critica, nao cada de suas Toda-^ „Qáe a0 Sol„ Na0 mas a via não esmoreceu, e ha deleh, compa- ló a dos profissionais ^ a0 veso das Que bom dizer então bem alto ao Armamento de toda a gente, para esse efçi- mostras excelentes em peque-es ,iteràrias sempre fala- — homem — dizer não pude, sele- sao talvez D* . O que outrora jamais to talvez a melhor, os vai nos poemas que he5itaria em djzer qui Da menor sensação ao máximo tormento cabo de uma ou mais deliciosa do livro¦ eionando e ao parte "Noivos*', "Caminho o muit0 mals valor p^. Quanto passa através minha existência rude! duas gerações salvam-se ape- como danQ famoso hino ao obras, bastantes vida", "Plenilúnio de Maio "Chante- e selvagem, nas algumas «vigilia", "O Sol ""Em"oütr*a"ordemdo falso Hugo do E, esfolhando-me ao vento, indõmita às nossas necessidades senti- vento da estiva",°ue'r de idéias arrancos vem bufando o temporal, é «o" outroséücas Quando aos mentais e estéticas. Porque vestido branco" e é primoroso o poema — Poeta — bramir então à noturna bafagem esta. penso eu, a verdadeira majs.í-Natáüa", de um fino e tocan- Meu canto triunfall do se alguma se- ainda função poeta Esta nova manemaneira ra do sr.sr DAl-te sentimento^^ relevado lhe há de atribuir, dar ai» nos- ^ expressao isto aqui não digo então dizer: — que te amo, ex- berto de °''™™ E que tos próprios sentimentos a impreciso,panteismo, ainda vago, Mãe natureza! mas de modo tal que o entendas, nos lhes nao sabe- singularmente com aa„antira mane Certo do no ramo pressão que

"A — II PAGINA 117 ^W^ DOMINGO. rVS/lM» SUPLEMENTO LITERÁRIO DE MANHA" VOL. CANTOR O GRANDE Um - Tristão dã Cunha DA NATUREZA - d. miüno pagão panteista Alberto Oliveira é o nosso do medieval, com seus gosos atavismo ettroP„e"-ri?™0"S"' n no Brasil rios de . sua voz deixam a im- de ver no tropical parnasianismoum ambi- pressão_ agradável da maior poeta vivo. E tem de perversos e defesos. Aquele é soube wodígio volta ie sl J" sombra ¦a'"""lar «""'- «u» amor antiao. Movem-no um perpetuo motivo de arcaria olaria, os-poelas ie uma mangueira carregada. o não sc o puro o move ,.,,,. de que "Ser só toda o gosto e o desejo ie tudo e. e arte. Enoseu me se Liras épocas, de outras -esco- de frutos e de pássaros. poeta. A poesia ãeu-líxe como_espirito curvo- respirar A palmeira" devia ser realmente a sua atividade intelectual, ueaba casto à força de mten- facilmente. A «ão lograram de universalidade. To- so e livre, que n™J°"°°"''™' ¦''mie dos parnasia- uma aspiração desse poeta ia Desienhoso áe qualquer outra sidade e Nao altaneira ocupação, basta-lhe compor das as formas vivas o pertur- ra submissa ou revoltada. A impunha respeito ao pú- natureza. na maissagüi oimmigo das co - um. modo Alberto romanti- versos magníficos. No seu re- bam amorosamente. Ba bete- iii',, inocente, ie principiou è como a qm sos Nem mesmo o desconheci- ¦i do sucesso um tan- co e acabou parnasiano, mas tiro florido, a sombra de gran- sa feminina llor »" "™ namorado da A diurno des mangueiras, em meio ao encerra a essência de todas as do delas Hi um namorado ia i ironizado dos apagoupoetas de ho- nunca a primeira tendência se magnificamente '.", no seu espirito. Aliás coro das cigarras que sâo como belr.su criadas. ._ terra, gosanio Amor assim èx a um__ tempoAterra^gt^ os dons desta e^ do^ '«]¦"""^ m^ bem o sabe- esse é um mal brasileiro. Creio a voz do sol, o poeta escuta os bem Ax«2 literatura, mil ruidos estivais, e canta. físico e metafísico, sensual du- to de Oliveira representa não foi um bom exemplo, gue nio há brasileiro que não transcendeu- o homem de amanha o neo- 'tasceu de um imperativo seja romântico. Talvez se possa Sua obra è um hino à vida, e ma sensualidade a IA ainda aqui ele se mostra origi- te, religiosa. Tudo por ele tor- mediterrâneo dos trópicos, li", época senão de uma falsa mesmo dizer: esse é um mal ludo nova raça nascida dos desco- de caráter universal; não há homem nal, mormente entre os da sua na a ser ingênuo e divino, er-iJncia' artística "Quienque ainda marcados do é ato de adoração. O espasmo bridores trlunfantes. nimente formal. Não repre- não seja romântico. geração, mis- u- '.,,,'.111,1 es, no es romântico ?" ex- pessimismo elegíaco dos nossos amoroso acaba em êxtase g com todas estas novidades s um movimento io es- Que tino. E' a de Scr.ta Te- é um verdadeiro como o grande clamou certa vez Rubén Dario românticos. Ao contrário de paixão excelentes dV ,. humano, Raimundo Corrêa, sujeito à resa.clássico, pela precisão da Un- Rn-iantismo, que marca na Entretanto, _ tal disparidade de de conduta dá à Al má saúde e à saudade das ho- Lede as páginas de Alberto guagem, firmeza ie expressão, hi^nria da humanidade um de obra de em nos diz os sen- intelectualidade. Melhor que ¦nstantes máximos, tanto berto uma certa falta de unida ras não vividas, ou daqueles Oliveira que A '.im ainda amputam a arte ás timentos do poeta adolescente nenhum outro possue a fundo o a sua duração foi de, tanto na forma como na que e o faz ii que essência. Vai mais medidas de instrumento de ii- entre a maravilha da floresta, sev oficio, domina-o si-5-ii'nr e sua ressonância ficou do forma- a vertigem dos perfumes natu- trabalhar por seus fins. Nunca ecoando na alma listico exercido de puro virtuo- vagações sociais e pedagógicas, «'•>¦(> sempre Alberto de oliveira é essencial- rais. envolvendo a imagem da se deiia iemr pelas palavras, ti-s homens como uma deses- sismo ás mais fáceis rimas da amada, e nao íercis aas seu se Foi a única musa pedestre e doméstica. En mente um pagão panteista, cia- virgem quais pensamento p¦-'¦<-'-ia aspiração. ro amador da vida. E' um pin- swpreza em ver que esta vos faz obedecer exatamente. Se (,.-¦[,ia que pode pesar na balan- tre os dois extremos, produziu não como estranho tran- a lingua, é vara o ser- contra- algumas se torna- tor, um colorista suntuoso, um surge, VOSsue ro ria Arle de modo a poesias que Tiziano. Ignora aquele desvio seunte, mas como ninfa ver- „ir, não para ser sen servo, o Classicismo, o éter- ram antológicas. Seus versos balançar metafísico que veia ao homem dadeira, emanando da verdura seus primeiros versos liga- ,w Classicismo.são os melhores da lingua ^ gue a nn verdu- ao po- ele desenvolveu e dignificou. abandonar-se à terra e encon- e pronta perder-se vam-no parnasianismo, /, revolta ê passageira... A nela ra. E respirareis a volúpia de rem i0go se libertou da atitude in volta. Mas sem- Devemos nâo esquecer que os trar o seu contentamento. on/, sempre Sabe que o infinito está em nós viver numa embriaguez única, impassível, guardando sempre p, que há desordem, é o ven- parnasianos tiveram também e vegetal.as virtudes de de medi- sopra na um papel Importante no de- mesmos, em cada minuto e' em feminina gosto, to do romantismo que cada objeto. Sua melancolia primeiro em data entre os da na emoção. Nenhuma en- te,'-; destruindo, arrasando, senvolvimento da fala brasilei- mas, coisa bem mais pre- Eíes se afastaram léguas de nada tem do luto dos deprimi- nessos grandes poetas encon- fase, yC,ií'>icndo.' Ta- dos, ou dos exilados io alem. trru Alberto ie Oliveira este ciosa, uma vibração contida, v sYtsas duas tendências do Portugal, embora de quando em dominada e sempre vez sofressem certa influência E- a nostalgia dos dias lumino- otimismo fislco, esta ventura vma força f, .,iio são reaiat, verdadeiras, os saber conta- envês de Ma- presente, um dizer sempre rico ¦<•¦'estáveis; as outras esco- dos chamados "clássicos" por- sos, a pena de na natureza. Ao v ãos, uma saudade física de chado de Assis e outros mais. de substância poética, lo, c >ub-escolas não passam de tugueses. sempre atrapalhados, ou os Alguns sonetos seus. iguais , menos não com as idéias, mas com os amante á lembrar-se dum lindo gue a transplantaçâo v: galhos mais ou corvo amado. Ainda nas horas cruzamentos esgotaram, imvon- aos melhores dos mestres ae /, ,,i,- dessas duas árvores, impecilhos da língua, devotos cujos outrora, legítimos diamantes do de uma arte (El- de tristeza, tem a serenidade do-lhes fatalidades étnicas Simoollsmò, futurismo, supra- gramatical. do artista. Equilibrado e igual, terrores obscuros lhes vedaram rio da nossa lingua. resumem- rciismo, são débeis ramos, des- cetue-se o universal Camões) como lhe os dotes magníficos em for- Abundam então os banha-se nas coisas vivas e pe- « paisagem natal, este, ceno.entes raauiticos da imensa perifrásticos netra-se delas amorosamente. Graça Aranha um puro ariano, mas perfeitas. ico, Romantismo teem os seus pro- hoje •*Wf»"P°0! fétw,r d^ smaf/J"g<íJ"êl poesia e amor sâo sinônimos, <*,. jf if feias, os seus filósofos, os seus dois aspectos ia divinda- em »¦ O. verdadeiro papel dessesdísses como heróis, a sua civilização, »*>*»*£ de que possue o homem. Atra- suma. são religiões, sacri- desbrava*,™ /* o duas rar as Muras para as vês de todas as coisas poeta ficando ao mesmo deus ou ao eeracões vê sorrir Bros universal, anl- hu- grandes m*™5^n "jactes mesmo demônio do espirito Di9° m«™?oe5 mador e transfigurador. mano. homens «st»». <«„*•„ Porque todos os ^}^resn*"*"""* £"¦ io poeta ê o amor, sua mesma ^ são „r„,rníartistas -„,„,natos ,„,rque ,.a u.*,*-dure- porque a tendência Mas per Iniiersalizar-se, ultrapassar as generalidade, é banal, tanta *•• 'Í-.J-. 2a daiaexStêS,"Mirai.ia existência atura,distrai pirapan^» as iistânr- espetáculo sá co- misteres e sem im fronteiras, romper vez feio. Seu ganhapães cias. meça a nos comover por obra portãacia maior. Parecem ver- dele uma dade iramente comerciantes, Sem duvida Alberto ie OU- da volúpia, que faz (2i.A •• arte, on pela profundeza e gran- banqueiros, advogados, opera' veira„„„„ é„ um„... dos² nossos .poetas ie- fios; um verdadeiro mestre. deza do desejo, que fazem no fundo, em seu intimo, maiores, religião. B* assim aue são românticos rasgados, quan- Esse sim, que tinha talhe de le uma e usava uma folha- eu leio o Da~"te. do não recatados clássicos. Que palmeira ie Alberto de OU- mundo de riem triunfal sobre a cabeça. g a poesia poetas degenerados, veira cheia deste .¦liberto de Ofipeira fot o mes- Ainia me lembro da sua fxgura parece-me tre os olho para erotismo sobrehumano. Afasta- incontestável de todos elevada, e sempre que daquela tumescencia "CV- «* «.«£rV ¦ i~v£ vetas brasileiros io uma me vem a recor- se tanto «¦5».. post-ro- palmeira verbal ou epidérmica ostenta- *"*'JÍ^<.'»^»V',A) mantismo. Mostrou-se perito dação ie seu verso: soma dos nossos ^fna, na arte de verstficar, no que ia por grande residia poetas, como io sombrio peca- toda a importância «^ paimeir», existir num plncaro" "poética'* de sua escola. Pos-r-",!M,ft[azulado.. sitia uma técnica em aparência .^^.V 4N.VTO, *. TahfM nos raios pálidos • quelrt .v^^,,^ n ;...„?...,/...,. Insuperável, e a sua grande cer- entre teza de si \ubMtnli a atitude Alberto de Oliveira foi , „ novüp „ue à sldíre. vida Lm'muteante""do, nós o grande *%%""& Acordou. . «n. . - nllt, *%*W*J££; «««.«r ££»nascida. ro»„anticos r,ue oúertam liber- ™™™T£TrSslg7areza, não em p». <**.«, p»" %5^'XXÜ — —«¦.-= fic^x ^Ktí«r e^erti^T " ^^ - - — " ^^Zr^ ' "J *.ToS «ceiar o luso Idioma com sua*•*« «""u»"to* 2 !££ tt* Jrt e'*. «çm medo uma renovada lin- d. «u olhar n*. ««*<£*%**. dm». <¦.»« *- 9'agcm, Gi»ar*>u-a o cio. L», pe« wjwj^ ^'• «•£Z»~ttu. rompeu clpoaias, abriu -sS^^*^ ''"'citas na mata. Sua — m tar- figura¦»•».,"¦»«- «w» *> Dor • mistério «nlrttMw íoetfca è a de um lenhador in- De *»«¦. ^"J^Ido». «insaucl. Po, veses u murmii-u»j™°«. „^„,ww^^

DOMINGO, g/l/l»« "A - VOl H SUM.EMENTO LITERÁRIO DE MANHA" FARINArAuiNA 11»no-.^ "OS DE SARA" Alberto de Oliveira, contista: BRINCOS B.___-! --...M.'.*..! yif P kíStSitSr H/V f ,1 HIllB1 ¦ >it _ amavrf mur- irá fie faser na Contara, senlen- ma altura, igual como iguais n via nesse desjolhar os rosas e as custas c pa- pótese de-ser eleito? TV />rrfíí rniitc orelhas as suspen- múrio dus pitdicas cas do esl Hc. eram as que on- ²Qual eleito! tão certo tm,.. ml,,, ailí ain salão, pa eccii lavras que são as pérolas cru realmente Jur- d iam. mo ser hoje o dia c, .,- •nu- ecl, se houvesse artistas nessa tanto as antigas ²Ahi distraíra-me... meu receio... rrílií.da tle cima, linha qual- costu- 'ases interior c dernas, lera tm Plínio, instante — da cabeça das anti- pobre cidade do pelo A pérola ficou uin ,I protestaram: ejiicr cisa ,awi na Iracer arrecadas pelo dc tempo rm que islo se dá. sem o miramento dos olhos do alcança cem votos! — C Índias de vastos cabelos o soido ia*l»f de gas Podre Jerõnimo tinlia desci- prazer dc ouvir A conversa- }Ção alcança vinte! — Sert tem louro de searas ao sol. do ouvido: padre Jerõnimo. di, os olhos do ollo, lia Cpulcn- suas pi rolas junte Falava-se de jerrolado! taa».! olhos o Sales na (ào reatara-se. Via-a cm padre onde notara mn mas São Francisco dc as to Inucado. "lido política; aproximavam-se Homualdo era o coud.doto 0 não era a mudo, em agora devota", que Isaac. o cambiar de reflexos de diminui- eleições. Pereira Novato esbo- oficial. Falou-se. de suas :¦„¦!*. aue ai> pr du janela, onde fica- amigo de Deus, enviara les, e contornava agora o mear grande a do candidato ,/fíj ,/e seu tino polilica. de tli, recebendo a da noite, mimos como arras (asa fisionomia fresca dn orelha, nua. à qual, um desses capacidade. Um dns ,la junto Rcbcea dc da oposição:sua susptndia-sc a conversação com niiiiui eslriga dc ouro abunda- tle seu amor (i catla roda; Argemiro Barbas,,. „,¦«, esse orna- ²Vocês o conhecem, raso a entrada de duas senhoras, nado, brincavam os raios da onde conclue que a a-omo umu calcada! Formou-se, dava: vk-iihas q n c menu, místico significa que provavelmente luz. Devia ser uma pè.ola doutor, doutor «a —Há dc ser ele o tlcil, : há coisa um nutrido é verdade, é meudiam ò jesta fami- aquele lálct, c brilhante primeira que de dc ser eleito o dr. liou,,,,,!,,,,! pequem piiujo c asneira, iuiwcomo y»já «"¦••ouvi »¦-diser uh, coi casa do honrado colelor eslava do lo- deve alcançar da mulher, que ^ nomear o Utir que lá pendente mui; incapaz de suslrntar uma Ouvindo lu,; n irmÃ, «ain « esta lhe deve fielmente guar- na caili, „de ic rendas Pereira Xoualv, por laltava-lhc nr- discussão, incnpa: de abrir a Sara voltou-se mos adivinhava-a, dar, c o ouvido, para que ruru fronte um ano mais c id- podia ver, nào diga tolice, que sc achava sentada; a pé •pie mes- u/ium rumor ou linguagem ai boca que miradures l amigos vinham caindo do cutro lodo, da eslava do oulro lado. padre Jerõnimo não tini dido ver, mas adrinilta;;i. *> indo da mcsnui altura. ,: ud 'lias conm iffiutis eram as v>. que as suspendiam a cia i -. ir- Uiã, surgiu desla vez aos ¦eus olhos, (huisaudo iivc sob < «- que no lobo dc nacar. iRÉU9ÜH7 7|i^Bi :ií;^Pl BP-r*..:''* Xão eram as castas c ¦ .-. . ¦ <» ¦ :.-.-» ¦9WPmÊkW~*ÊÊMJmWÈte? ? 7 ifif > 7 jmM palavras da Santa 1-...C >a que undavain na sala, )., ;.- . o iifime do dr. ki-muai . e padre Jcríniiuo achou na .„,il que Sara voltasse a ca!'.,; n-i- tura! mesmo que prajii.s.' i* decida aquele par dc vln , r- .'.,•_•'>.i- gros na figura lesa tle ro Barbosa que, enfiada , . ilo '<»• mi aiifil rfai colete, rcpel,,: 'ético: '... — Xão tem qae ver, de ser eleito o dr. l\ouii:ah;, 'as: Mas chegaram novas :;• o Turres com a filha, ,¦ ¦•;u agência do carreio, os r.ois .rés Burros, a familia More;, senhoras acompanhadas d, rai ¦¦ ¦" "s> rapaz gordo, o M<>>' muito bailo, aclltlparran, ,it corpo. X ova to adia n. a- ¦¦'•', ¦ ailt> a porta, c todo u.e: VP, l JÊ k para (í IJPfi^fci 0mÊÊ^m*/ ia recebendo as felici!aet\ s. salão iinij.iava-sc. .Ia.:;. "M -BlOIKl <:e ilM^ tHWB j„¦ espiando. Dc fora. pelas Ias abertas, atirava o ar a ,. i- te, impregnado dc um " ¦<:¦' dc jasmins e de írepadi í ¦ :¦¦'¦¦' r Súbito je~-sc ouvir o i hftnvc uni ren;tXi;/ieii''i ¦ < "' «o salão, Eusaiava-sc o /'¦."'- radie Jrrtiniinii deu ., ' ' ¦'' ía de Argemiro Barhisa. "'• '" lançam os olhos c iv, àc.;„il se- to sentado ao pé de Sara. ,'" gredniiila lhe a!,.uma ai.-u ouvdo. Sara soma. \ão euun castas e certamente as ;v-!",x" a ' "'» \WÈ> ^E ^E^^^B^E^^P^^ ál^^^Htf^fl 1^^.« ^B*^B^^^5í5^3P^^*-*-^^^B^^^ ^^B ^El palavras dc que fala devota", eram nutras. <¦ «•'¦''" :s hras eleitorais, ou coisa •;-<•< •'' valha. Modificação nac--s: s° dns tempos. A pérola. /''¦• •'' viam uma, encoberta cnn;- ''•' lavo a outra pelo qu •-'¦' " Argemiro, dansava à p<>i;,<'i orelha dc nacar, às ris,i„,,a'M a- J ¦Ic Sara. cnmo jus'r:c-i, opinião exarada cm /'/'"''¦ a,„- Mas an lutln. na outra •'¦' lu, encli chovam tinas s, iih„ ''¦'"' i-a-íim as Morclras. duas " PT^SPBSSSSi**^*^^^'/ yL m .Rf^- ..~-JÊ^J^ rciitonas segundo aa> que, ¦" nra.t diziam, teimaram cm ¦' '¦ Ííl.''¦£'¦ ''^^^^^:: solteiras, /.'"' £^3£9eW': S JeW àWAB praguejando lJ contra o casamento, c>,ua c. / ann . lamulade que - mo ouviu de um.i a pularia. ';' Pm**mæ'\mWEm***»' Escândalo! — dita cam ": e desviou os olhos das a"""1 e dos olhos dc Sara. das >"> (CoBliniMl «o fálliius ¦r-mt^#n«mm' ,.,.,...« íwsíii^Ka.^^""

«A PAGINA 11? Í/.1/1MS SUPLEMENTO LITERÁRIO DE MANHA" , VOL. II CORRESPONDÊNCIA "POESIAS" OB ESCRITORES' de - OlâVO BildC As Alberto de Oliveira «Carta a "Sobre o despenhadeiro debruçada,na COmO U1J1 -ais belas rosas da com um soneto de assunto clás- Hngua portuguesa Com "Taça de Coral", — um Retorcida, convulsa, imensa,monumento imperecivel: tiú um Jorge Jobim em" outubro, apare- slco, me dia Impressão Com as raízes já frouxas, e mirrad»,grande artista da palavra, se- nova livro de Alberto soneto que "Araxá, 1« de fevereiro de i ali envergonhado e ti- Está uma árvore anosa, e pensa..',nhor C*.e todos OS segredos da 'eira. de estar 1927. mi achando-se com razão linguagem e da métrica, pode- livro de versos... mido, uma novo aí, "deslocado", entre companhei- Agora, notai como o poetaria compor estes versos de Jorge: "«•ístísslmose publicam por em me valhas em tao ros de outra raça, de outra in- compreende a misteriosa lln-sonoridade incomparayel, Venho pedir-te Brasil vexame que estou ! dole e de outra idade. E* uma guagem das coisas que há inauditas combinações sério por d sabias e de poetas diante do público e o cor- composição em que se admira a de vogais, e estupendas parafo- passando ' semana em que "maneira" mata virgem, desgranhada aos Estas estrofes de mim mesmo, qual o de ver três antiga do — nias de ritmos. ' não traga dois ou poeta, [ventos, a meu nome em lista de subscri- do exotismo, e o seu são, na poesia, o que parti- auase todos muito mal o seu amor alma complexa e "Mestres e na imprensa para me ser S0 e raro talento de. Eleva à noile tura dos Cantores" ção quase todos diferen- brilhante [vária. um monumento, idéia Mas, logo ao vol- musica: uma obra-prima, levantado das evocação... âs da de meu «mi- lenás na policromia como Do musgo humilde srlmpas u!rla maravilha de orquestra- original querido . na polionimia dos ti- ver da primeira página, [araucária, Aloisio de Castro, em seu longe da Grécia, das çao. go iguais na futilidade ou estamos Há talvez gritos, hâ talvez lamen- o es- relatório de secretário geral, U- e Olimpo, dos Lendo o poema, ouve-se do texto... deusas do pasto- [tos..." rebrilhar das do ultimamente na Academia isionificância das trondo, vê-se o é o Brasil, de to- res da Arcádia, paisagens. sente-se o Brasileira de Letras e que eu „hô que homens e das coisas da águas do rio gigante, a pais em que dos E lindas, harmonlo- selvaas se abo- esperava não fosse alem, mor- planeta, un- Hélade ! que que perfume e'as que nascedou- volumes de versos se sas sabe ele pintar 1 sobre ele, escuta*-se-lhe rendo ali mesmo no Ninguém, como Alberto de paisagens badam contas em tua ,n não há estudante que Admirai este pequenino qua- nos e nas fur- ro. Pelo que me fui- Oliveira, scniabe jamais compre- o reboar grotões aqui me oca- ilmeje ver o seu nome drtí: e tem-se toda a alma le- carta e pelo que na" co- ender e amar o esplendor des- nas, mostrado em um nii- ,úo à frente de uma no seu curso triunfal, des- ba de ser ta abençoada terra; no seu "Sobre vada de "A Noite", Dejo que cie poesias; e só Deus sa- a serra erguida. em cascatas, espraia- mero ü-eji ri- livro, o amor do Brasil * penhada coração teimoso, s vezes, que soma de sac novo Em frente, esplêndido, aparece sertões, estrangulada Aloisio tem be. ;i a em cada verso, estreme- da pelos levar por diante o dolorosos representa palpita [brilha socavões de montes, caida querendo fia".-a cada sílaba, cintila em tpé eom as áureas em me apenas uma cão desses folhetos que ce em 0 „, murei. no mar, — onde ele en- que parecera publ rima. afinal de suas ou mero m lê... cada [ftorw. gentilezas Várias mulheres e váriosLate no% fundos, indo ao far« tra, brinco de sua fantasia. O que Mas um novo livro de versos g^t-ses amores e animam estesDa eaçai ao buzinar dos caçadores, sou, na conta exata em que me Alberto de Oliveira! que povoam "Saudando num formi- mas sente-se bem queDa ra?.enda a matiiha. os céus acues estimo, não perpetuar-se „,perada fortuna e que en- versos: canto. pode elas confundem e re- E no ar sopra dos capOes escuros, [davel em bronze ou pedra, porque ura ,,l ,dt) regalo . todas Se que da sua força "Novas SUmem na Mulher, en- Sente-se. de mistura a essências finas Na divina embriaguez sopro do tempo o levará como P,n ler as Poesias grande [eterna !" um tre todas amada, que é a Ter- e ao cheiro das resinas, cousa sem peso. Alem disso, a ..se amado Poesa. ecolhi ou- de ra, e todOS eles Se reduzem Um sabor acre de caiai maduro»..." distinção conferida a quem ,,'iu..ado e claro domingo, que Alberto de Oli- meti o e apuram no grande Amor, en- O talento de tros títulos não tem que o ol>o- vn «il e céu escampo: hoje em ma- senão ai- fu- tre todos sincero. que da E este outro: veira está plena nem ou a justifiquem ,!„,ne debaixo do braço e Passou, ele, a a in- Terra. Surldade. para guns versos, viria agravar ,1,1,1 \ noeira das demolições, "Um ch3o de folhas, sob um céu de Indecisa e até ago- Em Alberto de Oliveira, o ll- época brilhante, mas gratidão de havermos, ilarido da cidade, aos aper- [flores. chegou sem tul homena- rismo é inseparável da geola- ligeira da primavera: ra, deixado da sente endomingada, Eis a mata, Recebe-nos. à porta sazão bendita, mais alto tóea. tria. Todas as suas imagens, agora o outono, gem alguns nomes que aba- para o alto das Painel- Do templo da verdura. se arreiam de nossa cul- todas as suas comparações, to- em que as árvores depõem em favor foi á sombra de uma ár- A-eUt. trêfega, leve borboleta, amadurecem, os mais representa- -.nela chil- das as suas metáforas, hiper- de frutos que tura e são ,.. em cuia copa Que, volateando inquieta, em as almas realizam, sob tivos aí temos nos últimos velho boles e ampliações relacionam- corta, que que an aves ao pé do Vai pelo atalho, o espaço uma forma esplêndida e defi- tempos, bastando dentre elet. límpi- se com esse culto, com esse espessa e escura uWuto em que a água "naturismo", E nos guia na selva nitiva, cs seus melhores sonhos leomo estrela dc primeira gran bai- que e, por assim de mil cores. emtava e sobre o qual Outras alada chusma Aqui está um Poeta, que devei deza, apontar um, o maior dt dizer, a forma apurada e «age- f ar falhando.. vim as borboletas, que per- Vêem-lhe ao encontro, ser mostrado como exemplo. El iodos e todo o Brasil: Rui Bar rada do seu panteismo. Alberto (Agora. aa rom uma delícia cresceu- não só segura e radiante bosa. Demais, não compreendo antes de tudo' um »P»uton»- surpreso pela | , livro suaveé, V« onde mais rota da sua evolução artística, I o alcance de render-se a quem do cantor da Terra Brasileira se te demora: Em tomo de mim, a Vida das O olhar — como ainda rara firme- ainda vive preito deste valor. ¦vi.res Vede-o, aqui celebrando os ramos, a vergar eom o pela das águas, da luz, das Olha estes za, com soube conservar-se Essas homenagens sâo e devem amores de uma flor e de um [peso que ,, dos insetos borborinhava fiel à sua vocação e ao seu ser sempre póstumas, embora Inseto, ali exalçando a beleza Das bignftnlas em flor; olha o dis- laaáaia"justamente e como o livro me fa- ideal. haja ai destoante uma ou outra v.i de tudo isso, da copa verde de um gigante [forme exceção. Pedra ou bronze na os fios sentiu-se Poeta, na água cantante, da mata, alem o mundo de afe- Entrelaçado de cipós, que Alberto de huma- da, cursos de de uma aranh» lhe alvorecia a representação figuras oca ehein» tie ninhos de tos e de caricias que há dentro Lembram suspensos i|ja_e em que nas, em ruas ou praças, e Poeta ficou sen- pqstas ik de nássaros de luz é de de um ninho de musgo, adiante(enormea inteligência, ou diante dos estes hartos troncos, iu.id.oi a seduções do parques jardins, »,, tinha a ilusão de entoando um hino ao luar... oma d0_ alhei0 jorna- olhos do à parte o seu Aqui o uns. rotos outros, uns desempenados. da literatura fácil que público, venao,vendoromnendiada compenuiiua e fl- Ide folheando o livro. llsm0 e valor ou significação de obras confiden- outros reem-vos, tortos, semeihando, sem trair uma so xacli milagre, nas trezen- tendes tomando para 0 chamavam, de arte, tem por fim corporl- por mon- Em eonto.sões,' vultos de condena- vez sua noi,re Musa. Quis ser ta> do volume lia, te dos seus amores uma a zar, fixando-a indelevelment», páginas que apenas 0 devia ser: um li- toda a Torça e toda a meiguice tanha:Mo»..." que imagem que a sucessão dos dias "Assim composição, na qual riCO, um um da Natureza me cercava. eu falo.. Eis que um soiu- Mas a apaixonado, pode apagar. Os vivos toda « que se avulta o ternecido cantor das coisas be- Alberto de Oliveira'não é so- [ço amigo mais ardentemente gente os tem e os vê e de todos deste poeta, é o ]as _a Vida. Toda a evolução Bieilte I) maiOT dOS nOSSOS Subtérreo », meu responde, coisa temperamento podem ser vistos. E como esta poe- i "O Paraíba".do seu espírito se foi fazendo Us vivos: é também, depois da Cesirani.a poema geralmente tem sido a regri, eom.g». rio encontrou o seu dentro desse ideal. desta segunda Série Pulsav. em ânsias. • chorar O grande invertê-la ou contrariá-la, como publicação 1 alexandrinos, de Arte recompensa os que dis Mias "Poesias", 0 malS O coração de pedr. da montanha Poeta ! Estes A lembrou a Aloisio, chega a po- "bi-i.iiteiro" nobreza sem par, cheios sabem amá-la e servi-la. Para de todos os poetas Vede-o agora, lamentando a uma recer sestro agouro. "Arvore de intensa e estonteante poe- a fidelidade deste Artista, acnou do Brasil.sorte de uma pobre de ficar Máu grado naturalíssimo es- sia da nossa terra hão eja este prêmio sublime: a gló- tal assunto. E' verdade que o volume abre Seca": sua crúpulo em versar ria de ter completado a escrever estas ser, não achei que devia missão, chegando a de dissenti- mera- linhas mais do que um Poeta, de inspiração de à idéia de egoísta, mas mento, protesto Os brincos de Sara mente subjetiva e se trata. Pelas rapões ao de Alberto de Oliveira, contista: da sua terra e da sua que um Poeta leve expostas e outras mais Lembrou- — aliando à da ((Zontinuaçãa da pág. 118) Moreirinha: não se insitl- demais convidados. gente, pureza te ocorrerão, era o concepção suprema ponderosas que ²Escândalo! a cidade estn lhe, como melhor, não pedi-lo. a perfeição aqui estou de mãos postas, meu. ta assim, sem mais nem menos. forma, afirmando-se, entre ir buscá-lo. da caro Jorge, a suplicar-te demo- chrw dessa pouca vergonha! a um liotiwtn tle prestigio, ca- mas pessoalmente os do seu tempo, ct*no o maior ••Rimaria", achava- vas o de nos- i. a outra Moreira: Aqui a Adianlau-se. A poria de todos, e de todos o mais poeta mo o dr. Romualdo. so doce e querido companhei- - Sei há se meio impeliu-a. À brasileiro". l,í, iiltii-Angiina! requesta pareceu reacender-se fechada, ro e amigo, de sua iniciativa íuwfw vinha da sala, dois vttl- — — intriga por esle unindo! de novo: In: que generosa e infeliz. (a.) à 1905). C'm' pouca vergonha seria ²Sio insultei ninguém: foi tos depararam-sc-lhe jreiilc: ("Kosmos", outubro, Alberto de Oliveira". e uma senhora. O ts.»i ii que se referia a Velica- de você ti afronta. um homem que ptiiliu Barbosa. *t \fore\ra? Padre Jeronimo ²insultou: esse i vizo seu hontem era Argemiro «;/'< -wí Bibliografia de Alberto de Oliveira o ouvido, mas era tarde muilo antigo. ²Procura seu chapéu, re- da 113) Gar- f i pianista., uma senhora de ²Ora, cale-se! verendo? Então ja se vai? (Continuação página aia Brasileira, (H. nier. Rio, 1911). óculos, muito pálida e dc lon- Olhe, deve ser este, aqui esta. renda pronunciada em tf Cale-se, não! quem é vo- SI _ Céu, Terra e Mar — Co- go.i dedos marmóreos e esguiol. ²Obrigado. de fevereiro de 1917, no cê me obrigar a calar.' salão do Conservatório, letânea em prosa e verso. «'¦" o sinal a para Al- para primeira Bem, meus senhores, es- Nessa noite, em casa, ao dei sob o patrocínio da Socie- (Livraria Francisco quadrilha. Ergueram-se os pa- ves. Rio, 1914). lá acabado, esln acabado, dè- tar-se, padre Jeronimo não pô- dade de Cultura Artística '<'¦. mas ao mesmo tempo, da de São Paulo. (Este tra- — Machado de Aassis. Cole- me seu braço, sr. Moretrinha. de resistir à tentação de pensar em lado de a i>- balho encontra-se trans- ção Áurea, organizada fora, junto porta, haver acalma- alguns minutos nas jormosas Jon;e rompeu Satisfeito por crito no segundo número colaboração com violenta algazarra cm afastou- de Ro- Rio!. tia o distúrbio. Sovato pérolas que a mulher "Autores e Livros", co- Jobim (H. Garnier, ?"¦' sr ouviam e vo- a de Taunay. Cole- protestas se. tendo ao tado o valente tipo- munido trazia às orelhas, e memorativo de Fagundes _ Visconde zes ite injúria. Ameaçava-se. Áurea, organizada sicionista. de São Vrancisco dt Varela). ção — Racho-o! ignorante é vo- passagem em colaboração com Jor- Sales acudiu-lhe dc novo: i — Literatura Brasileira. Al- Do salão algumas senhora-, "Re- ge Jobim. (H. Garnier. coisa um marido' fumas inexatidões. Xo; tinham recuado assustadas, en- primeira que Rio». vala, ifue acudifa tu- mulher vista da Academia Brasi- corredor; um ou deve alcançar da que Brasileiros. Cole- nvtUo, pacificava: fiaitdo-se pelo leira", n. 2. — Contos esla lhe deve fielmente guardar, cão Áurea, organizada em é isso, senhores*, oulro cavalheiro tranqüilizava- — Fata Morgana, coletânea Que ouvido, nenhum colaboração com Jore;e nia.y as. Padre Jeronimo, que che- é o para que de contos. Está inédita, que vem a ser isso? linguagem apareci- Jobim. IH. Garnier. Riol. à saber rumor ou peneire, para próximo (}ittros homens chegaram. gara até porta para dat g _ Poetas Brasileiros. Cole- ao de senão o amável murmúrio mento. Snuhe-se togo: uma que havia, voltara fim — Páginas de Critica- Está ção Áurea, organizada em questão a castas e pudicas palavras qut Jorge P":í'ita entre o Torres e o Mo- alguns minutos, resolvido pc igualmente inédito, á es- colaboração com são as orientais do — volumes. (H. rcirinlia: dir o chapéu e retirar-se Ue pérolas pera de próximo apareci- Jobim 2 aquele exaltava Oi 1920). «.:¦-,'„.**'*••-,os j • n ,j ,. ,..-,*- «-„.,, la-,,-,.,-- cfvttltira o Evangelho mento. Garnier. Rio, ao ar. Romualdo, este inais, cia.}', L. _ cem melhore» sonetoa num Alberto ie OUveir» C — Antologias: I Os «< do candidato da oposição: iclógio. O chapéu estava brasileiros, 1933. das Niterói, 1892. 1 — Fáagin»« de Oon ia. Vo»- I dai o barulho. Mas o culpada tfuario, à direita, eom '""—— s********»***^^ ,l1-"-1 ¦¦ '¦ —""•¦ '"- ' ¦ ¦¦"¦

DOMINGO, sl/S'»12 JPfc, LITERÁRIO DE "A MANHA" — VOL. JI PAGINA 120 SUPLEMENTO U M. A F A M I L A EM| 24 DE| ABRIL DE 1941) (TRABALHO LIDO NAACADEMIA BRASILEIRA| •Quando asa trevas mais ne-n,*. vio •fe dio 28 de nbril dc 1941, kjwta. sido escravos dos seus*^^^£S££. -N^LSW.énai^ en-io •âlberto até morteaparecifmtsmpre,como ai vesmt E cobrem Ioda a natureza; áe oliveira completaria direitos, a Silva. MimSenhOT, «nos de E o o lar se lhestr'de Lima e Alberto ^ Repousa • dorme tudo cm | cs seus oitenta e cinco pouco pouco Couto Ia esteve algumas idade. /oi enchendo de /iüios e /«/ias«ue! tti pudibunda flor.. data mo- encantadoras. Vm dos filhos dovezes. A passagem dessa é Essas reuniões nao raro tive- tivo suficiente para que na ses- casal - ooueíe oue mais tarde AS SENHORAS DA FAMÍLIA Ouvem-se, o espaço Inteiro a uai /ornar o ilustre daram sua siani/icafao, «ue po- êão de hoje, evoquemos jigu- se poeta n«j«°n«tf. Mui- OLIVEIRA wdai.ei.9ae ium dos numes /amília - tem sempre os olhosderiamosdizer TF que tristes, no mundo, soluçando, •tuíelores brasileira, roí/ados a mr-enuaios dos sonetos Vagueiam muitos corações da poesia para euadra ^osdosPoenosso""",^I%"Z_ foi talvez Cia- pmlidoi_ Pareceu-me um ato de justi- e meiga da existência em Sa- mas™«."*•"• mais belos•"•£"" do perna todos os Sua no, ali foram P^apr-me*_ «J^,,,aeraao ao afirmar que Sa prestar a Alberto de Olivei- quarema. En?-apogeuJe ^i^M Oliveiras eram „J0S.poetas. A ver.ver- cantará recordando as ra vez decdeclamados «««««i í apa es VM QVB NAO B' POETA ra. em comemoração a essaglória, u"™« '**"_ dade, porem, é que aqueles que uma homenagem de espé-imagens dos pais aoo- tabelecido que ™ ti- ma, queridas do de cada mes «M»™»™; na família não eram poetas, cie nova, homenagem que é be-ra envelhecidos. - O poeta re- culto estremecido da Como as senhoras, nem luáos da infân- dos íam°! nham o te e que é necessária, e que, en-gressara à paisagem {r««'1«n™d0."?.,^f Algu- poesia. os homens da família ie Alber. até agora não lhe e lá encontrara um velho sem trabalhos inéditos.inéditos tretanio foracia mas das obras primas que Das senhoras, d. Bernardino, to de Oliveira Jazem versos, pe- prestada. E essa homenagemamigo.de seu lar. Na conver- há uns oito anos e lo menos, houve, entre ele!;, uma as evoca- Alberto de Oliveira cinseiou fo- que morreu consistirá em evocarmos nâo Dsa vieram piedosas ve:—¦ W *™ o""""* com De™óste- exceção• a do primeiro irmàn, tantas teses lem-ções. ram,„,„ ali„,. ditasu.,ao pela„..a primeiraÄ nao Mariano tua"brada figura, jà Muitos dos mais belos versos de nes da Süveira Lobo Junwr, Joaquim de Oliveira entre tantos formosos de tantos escreveu, que me conste, ne- E' ele, ftoje, um ancião tle «io mas, sim, em evocar-Lembrou meu pai, meu p«.»«jn* Bilac de Raimundo, Mora Niterói encómios: outros, também ali é que foram nhum verso. Sabia, entretanto, anos. em e é . wos oíuele» oue /o™". *?e« seu Raimundo etodo o sentado do Ministério da Cuer. diletos de toda a De quem me srlolho„ ,\7* a- e„^eouè7. W»aSiõ7/iei7e'amo-iodo'"o tempanheiros leu,.. ros0s f/essas tertúlias íntimas,seu Alberto de cor. Vm dos seus ra. Sua paixão foi sempre « Vida, os seus irmãos, essa fa- a musica. o andar pausado, modo «usiero e 0j irmãos de Alberto de Olivei-irmãos submeteu-a certa vez tange fulgurante de mulheres e al-um iesíe de memória, e poude homens, todos dotados de Untigo. Ta davam, ora um ora outro, de demonstração de seu es-verificar que ela sabia 379 so- JOÃO RIBEIRO DE OLIVEIRA real talejito, quase todos poe- puma d. "Nâo conheci jamais aim» tão (r0, Amélianetos. JVa mesma ocasião, tos. ipura Joi submetida a idên- o segundo dos filhos úe Josi saber Como dele, tão plácida — m<* I/MA EVOCAÇÃO DE ARTVRtico teste: e demonstrou Uariano c de d. Ana chamou- VM LAR QUE SE CONSTITVE I disse — AZEVEDOsem vacilação 257 trabalhos, en- se j0ã0 Ribeiro de Oliveira. Es- ela — A rOESlA DE SAQUAREMA Nem outra foi maior na desventura". ..a, wa. (ronueníniiores assiossi- tre Poemas e sonetos; hoje taria, hoje, com 89 anos. Era Vm dos freqüentadores ãeclan sofcer mah de n0 Estaão do . Ko ano de 1848, um rapaz duos das reuniões da Engenho guatr0. prBfesa0T Rw chamado José Mariano de OU- Minha mãe. tâo mudada com & ve- E ele, centos.residia em Saquarema. Era i,»a ca era Artur Azevedo. "Defoi Das moças da Olivei- satírica veira e uma linda moçoila ientiice. na sua secção .Pa- „- família poeta de veia e com os o cabelo se >he aperta graciosa ra creio aPenas duas s",° e os seus soneto?, Jiome Ana Ribeiro de Mendon- _ Lembrou: faTto lanqúe'\ pelas colunas Vue seus poemas trancas (se ela o quem, — d. Adelia e d. Amê- dos ver, Ca, contraíram casamento.Então em negras das "Novidades", fixou, em poetisas nenhum quais pude en- si lia.cheu colunas e colunas dos jor* Ele era nascido em Capivari,iouvi.se 1887, o aspecto daquela encon- re- província do Rio de Janeiro, e áe A primeira i professora e najs de S. Gonçalo. aberla. tadora vivsnda poetas. side na Tijuco, sendo casada trazia nas veias um bom sangue E* eada íaee uma papoula Assijn escrevia, num trecho Era também um aráente e sadio sancue e esse ar sadio. com o sr. Augusto Miranda, orador, tendo con- tíe lusíada. Vira a lUZ da Vida Cors-as de crônica, sob o seu famoso inspirado como o sangue, flor do "Eloi, Tem escrito, mas tem muito pu- no exercido da orató- l»o ano de 1813. £la nascera em Que pseudônimo de o herói": quistado, üacaé, em 1832, e pertencia a [esperta. "Deve divertida a dor dos seus versos. Hão os rjfl na praça pública, verdadei- ser muito mostra, nem mesmo aos irmãos. üustre família muito espalhada casa desses poetas, em cujo ros triunfos. e em Nossa casa planinda ao pi do rio, Morreu em 1930. no Rio. no território fluminense quintal rebenta — quem sabe? cutras províncias do Império. Em frente ao campo, em frente ã Casta- A NOIVA DE BILAC f es? cura e bela — um veio da fabulosa D. Ana Mariano de Oliveira., lia D. Amélia também tem um Com Serra do norle, de perlll sombrio. JOSE' MARIANO DE OLl- que faleceu em 1919 oiíen- Suponhamos que o primeiro a extremo ciúme dos seus versos tu e sete anos, era aparentada de-=crevé-1a, erguer-se do vale dos lençóis gm moça, foi noiva dc Olavo VEIRA de dois gloriosos confrades nos- Nossa casa eu ouvi-lhe entra a amigo Com a varanda e os compridos cor- seja o Alberto, que pas- Bilac. O poeta, grande sos, Salvador e Lúcio de Men- sear casa declarando com ^c sua amigo fraternal úonça. [redores, pela família, O terceiro dos irmãos Oiirsí- Quarto dc hóspede, quarto da capela; ênfase de Alberto e sobretudo de Ber- ras herdara o nome paterno. Esse casal jovem, alegre e fe- nardo, passava dias e até meses ^0je, 85 anos. Eru cnije- "Despertai, meus lrmíios; iit<. o es- Tcrja liz, residir em Palmito! de A horta ao do engenho, aberta na casa da Engenhoca. D. Ana, foi pé [treito n;,elr0 e y0'j uma grande ligura Saquarema. Aos que não co- 1 em f 1 mãe de Amélia, embora muito SUB Durante r.n- sol no oriente luminoso... na projissão. nheceram Saquarema, eu direi p,, eneenh0 .„ fimdo escravos tra- Surge do estimasse Bilac, não via com úe levanta-te do leito: 1e anos_ Joi COmpanrieiro é uma região idílica e sua- Ibalhando, Querida lrm... bons olhos o namoro da filha. *jc Frontin na Cvmpa- que o amanhecer como é for- paui0 ve. Dista três ou quatro horas Remoer de rodas, cSntlcos, rumo- Vem ver Por Porque tinha horror rio Bra- [moso !" que? nhia de Melhoramentos de Niterói. E', sem dúvida, um Irses... "- estroinices de Bilac, que su- Ncs- . ¦ a j seu... sj, e na central do Brasil. dos recantos mais deliciosos Umdos irmãos, saindo Uo punha ser 0 mais desordenado sa mima empresa, deve-mos- deste humilde planeta em que Essa, a paisagem física e mo- quarto dos boêmios.jnc 0 construção da linha áe vivemos. Vm gênio poético, pe- rai de Saquarema, a Tenho, porem, o depoimentopenetração Horizonte. paisagem •Bom dia. Alberto. Ce no estás ? a fleio rito em coisas amáveis, se es- em gue se formou a alma infan- de Bernardo de Oliveira, que meJosé Mariano cedo se (ori.es tnerou em ali colocar os cena- Oliveira e dos [Passas!* assegura naquele tempo Bi-positivista, áa til de Alberto de a noite V que e isso o afastou rios mais lindos. — Há ali um seus irmãos. Perfeitamente lac era um rapaz áe costumespoesja> onde ter cou- do Atlântico, banha poderia -FJoi, pedaço que A CASA DA ENGENHOCA O Alberto: modelares.quistado eminente lugar. esplêndidas praias alvíssimas. — "Um sonho W&'\ O certo é que um dia d. Anahcr(iíj na crônica sobre a ia- &à uma lagoa, que o Oceano in- E7itretanto, não ê meu intui- chamou à parte Bernardo, e Rmüia mim ánas to demorar-me mais do o olheira, já por -Tam- vade de vez em quando, como que O irmão: encarregou da mais difícil mis-ve,es ciía(j0i dizia dele. »a fúria de umas núpçias prodi- devido nesses dias gentis de Sa- são-, a de fazer chegar ás mãosbc^, „ão conlo com B Manon» uma coli- E agora quero en- giosas. Há também quarema. "Com pálida musa tu sonhaste T* de Olatio Bilac toda a corres-dc 0nveira mais conheciáo pefa na onâulante, que se ergue a contrar o casal de José Maria- pondência que ele enviara Dseu de Mário vn lagoa, no d. Ana, eles. iá pseudonimo - cavaleiro do Oceano e da e quando O Alberto-. Amélia. Com o coração dilace-áesalmado, que pendurou- u Ura Lá em cima, na graciosa co- com a sua família plenamente i-a entre nuvens de dourado pó" rado, Bernardo cumpriu a de- no salsueiro e entrou paris Una, os velhos saquaremenses organizada, estão residindo em terminação materna. E desde se entrasse na Engenhoca, em pOSjthnsmo, como tonstruiram em outros tempos Sete Pontes, Segundo irmão: esse dia ele e Bilac não se fa um convento de Traps- uma igreja. E nos des- Neves, arrabaldes de Niterói. mais. para fundos laram "Jnania tas". ,a igreja, recebendo as livres O lar. que há pouco víamos 'São horas do café: que é do O poeta de Verba" abrigava agora Mariano de Oliveira foi brisas do mar, abriram o cerni- constituir-se, Icalé". guardou na alma a triste amar- vertj^0 a0 positivismo por Não sei recanto mais dezessete sendo dez ra- sonho de amor, tério. de filhos, gura daquele jlvência indirela de Capisl' próprio para se dormir o éter- pazes e sete meninas. As mo- Terceiro irmão: tão cedo dissipado. E sua obra seu amigo. chamam-se Felismina, Ma- de Abreu, grande no sono. E não sei de lugar on- ças reflete, em muitas passagens, a Moraram juntos durante nl- tão sugestivo como ali, ria, Mariana, Amélia, Bernar- nesta casa V em Ae seja Jâ café nuo se toma saudade do seu terno idilio. gum tempo, num tempo ouvir para a eternidade a nos dina, oue é apelidada Duda, Al- D. Amélia também guardou inteiramente "do Os rapazes cha- que Mariano era ão mar, mar incessante- zira e Adelia. Quarto irmão: no intimo da alma o culto Capistrano o aproximou Joaquim. João, José Al- "A ateu. nente recomeçado", como no mam-se cozinheira tnda nSo está de pé V seu morto noivado com o gran- de -réjieira Mendes e de Msaiie' verso de Valeri.berto, Cândido, que tem o ap?.- dc poeta. E seus sonetos, alguns Mariano des- lido de Dondola, Mariano, LemoSi com quem Naquela terra feliz (onde um que Quinto irmão: deles tão formosos, refletem de logo intimamente se hijon. poeta ignorado certa vez julgou tem o apelido de CncuXa, Ber- "JÂ lá está no fogüo soprando magna desses velhos dias de casaram-se nardo, Saturnino, Luiz e Al- Os três positivistas entrever a sombra de S. Pe- [brasa." amor, tâo cruelmente desfeitos. com três irmãs e foram »s*'™r êro e dos suaves pescadores que /redo. Ainda dos tempos da Enge- tinham Sem demora, aquela casa tor- em casas contíguas, que «BCnem de poesia o mais belo Sexto irmão: nhoca — dos bons tempos tal- comunicações internas. Viria» na-se um centro de reuniões li- "Já saco"* — úos livros que a mão áe um tem nas mãos a vez do seu idilio com Bilac é assim na mais estreita mi"»1 homem jamais escreveu, tanta terárias interessantíssimas. As este soneto, que Artur Azevedo eram espirituosas e lin- jjflde" i a simplicidade e a inpennida- moças Sétimo irmão: transcrevia na crônica que aci- morrer deisrou numero»» das. rapazes eram amáveis. rafe bea 1 Ao de da vida em Saquarema)... Os Justina, traze o ma citei: obra inédita oue somenle ooora eu, talentosos, excelentes câmara- [fraco' naauela terra feliz, disia foi »oi sendo puWicada. Hu po»'» o casal.das. - Quem não leria prazer dramas. «' morar a casa encanta- NOITE saiu um dos seus José Mariano instalou-se ern em freqüentar Uma das irmãs, olhando pela loisa", dedicado aos celebre' negócios de construção, e ao dora? janela ¦. e Abelarao- Rodrigo Otávio evocou ! Deste lado amores dc Heloísa mesmo tempo se pôs a cultivar O sr Que bonita paisagem Qu^ndi a hora final da Avc-Marta um amável 1»* agradabihssimas da montanhas, o arvo- Era ele poeta ¦ma tazenda que poude adqui- as tardes M „uvens. ptjxa eco voar espaço em fora; de ser gracioso. U-' de Engenhoca. — Lá fora (redo..." < não deixava rir Começou a prosperar, ven- casa Nesse momento n que a melancolia o demonstram os versos ow breve seus campos cober- a primeira vez em 1884, lenaoo Mais na terra ; estende e f* de- a boa « teem Bilac. E lá encontrara al- Segunda irmã: passo a ciíar, dedicados de cabeças de gado, rendo- por "Daquele, [mora. to. «uns dos mais nomes o mar, o velho namorada, meiga Maria: es tombem coDertos de 6oas plonosos beijar a do Brasil intelectual-, um Ra.- Que a branca praia vem VlnSiSeFie açúcar e café. {medo. ..** Quando a sombra da noite que apa-Esse teu nome. Mar»». e seis mundo Correia, um Raul Pom- mundo de po"'8 Chêooua ZsuTtinte um Aluizio Azevedo, um [voraLembra um ^cravos oue Wbertou ante, de péia, Encobre v -sol, esourtscendo o dia;Vale teMiiros de amor. Artur Azevedo, um Afonso Cel- Terceira irmã: a Média- ¦Sr*cmalo< Três desses liber- "E tfw> sobrewaltado, . Quando nSo temos mais da últimaPois que em toda cristandade "Iu amo-tc'* ¦aurmura-lh* em se- [auroraEra assim que « A doce lua, «ilibara hiíidia;estornava a Hat do Sotas*. "A — PAGINA Wl DOMINGO, H/3/MttSUPLEMENTO LITERÁRIO DE MANHA" VOL. II

D E POETAS- Múcio Leão uma Virgem tt© pura, dos quais nâo logrei obter ne- móis de dois mil oficias, com Rlerna Acafemia Pfestra «ps *' *> vivendo ausente os de .11- ia de « ternura nhum. sua bela letra Detalhe curioso:**«»• i™ «"• sobre irmãos poetas graça tu sentes, sente Oliveira, Luiz Maria- havia nas catedrais, não queria*s mesmas penas que berto de se invocava °'m l™>° ,aml"m i"""*0 te d,gc- "° enriou-me kto dos seus poe- assim que MARIANO DE OLIVEIRA ouvir 'falar em máquinas de- ‡es-E mas — a Terra adorava crevert reputava um ãetes- mais característicos „ja que tens errante, "Arrancada São ãe- tempos feudais. O sexto irmão ãe Alberto tavel americanismo. Entre Porque se o pensamento de heróis". ufics cha- pa- todo instante ma-se Mariano ãe Oliveira. Tem rêntesis, ele outras ojeri- A buscá-la, também a zenOVe estrofes tnÚSCUlas, que tinha contigo. da na luta o guerreiro, hoje 82 anos e é telefo- i pensamento dela ertá eje ofereceu ao mais velho professor ju- zas do mesmo gênero-, o este •a sem que primeiro büado do Estado ão Rio. E' um ne, exemplo... família, Joaquim, quando por anos. £' esla a ;e os olhos ao céu. grande conhecedor da lingua Em 1934, contando 43 anos de ALFREDO MARIANO DE fez os seus 86 onde tantas Io à excelsa Princesa e o depoimento ãa serviço liquido, sem u?nas fé- OLIVEIRApoesia, passam portuguesa, imagens, tanto misté- lesse naquela empresa sua familia é que o próprio Al- rias, sem uma licença, Ber- onde há foi de dis da nida des- [jado troféu. berto nunca poude vencê-lo em nardo de Oliveira aposentado, O- décimo irmão de Alberto... rio, que tanto. aí- admiráveis: assuntos de gramática.no seu cargo de diretor geral do Oliveira, Alfredo Mariano, e ses irmãos crescia de secretaria aposentado I>,.^e culto que A inspiração de Mariano de Ministério ia Viação.retor «nt Maria aa Biblioteca «actonal. Fubli- * tu da ,r.n de pr*o ma.s gç, Vim-m' portanto Oliveira é ampla, larga e pode- Foi grande amigo de Floriano d.rfto. í" Dama comum cou em 1920 umefCorrespon- o m.ts forte . .utmo--^» Ttnr,;itla rosa, como a de Alberto Tem Pefccoto, a quem prestou servi- mand.de ™ s am.go. ri>rações bem formados, eie, in- dencia e Crítica de Castro A!- Da garbos, D,,.) entre outros, um poema pos de Wrra « <& «ue»» rece- o íoco refletor de se.e-es.re,o. t),u- estavam desocupados «tilado -A Minha Mãe", et»- beu os títulos de capitão e ma- ves" e em 1926 í>re/açiou uma algum. Folftetms ae„lHlm. Sem ter indn «feto cação da terra natai de Saqna- jor honorário do Exército e de edição dos , «,irpe ,a. Foi durante varão subhme de,,„ ,,„,una. ««"-^ rema, 9ue se aicandora à altura coronel da Guarda Nacional. França Junwr. ( rm todo O Ocidente "JVatólia", anos yvr ela de o poema em «ne Foi também grande amigo de muitos jornalista^ fazendopujança. outro culto ardeníe ¦inneiro da redação da jf,,nrMiu-se Alberto coca o mesmo «mbien- Pinheiro .mc/luuu..'fachado.S**,""ki,7parte .*,_"Con;«o ZTJZl^CrZ'hercúlea e. jusí». foiin homem hoje quer, E.a>7 Vi.de sua..„, „,,tnrínautoria esteesle Essa© mo(,idildevirilidade Cj.ti. te e a mesma paisagem.Jornalista em_... certa._.._ Jfase, — -r ,.foi Manha". hodicr„, não al- de afetos e palmas "Correio"ranrr«in soneto, escrito d. .4kira de Que • moedade fulli* Artista exímio, Mariano de um,™ dos,i„. í„„rf»rfm.», dorfo para [cança ! todas as almaa fundadores Cuc ensina a Oliveira é autor dos dois admi- da Manhã", órgão em que criou Oliveira, sua irmã: > adoração da Mulher. raveis sonetos sobre Ashavems, a secção de esportes. O bastão de comando bem mereces um que passo a citar;Bernardo de Oliveira é — Desses bravos titãs, que aqui te imi- r»ria lar faz-se uma nav* Outro se temos todos da poesia poeta delicado e amoroso, como — [tam IVhIi* esse anjo suave Mais ou menos o dom versos me- Oo uemos. neste soneto: Desvendando da vida os lances; desses Sf- eleva pobre um alar; [lhores, também o Empireo agora r a Mãe e a Filha e a Esposa Mais belas rimas t odorantes flores, Outros que FIíi I habitam. Irmã carinhosa PASSEIO MATINAL Pode sagrar-te neste belo dia. F >, ictna Meu deserto * sem fim, inexorável, Cm vem nossa alma encantar. [muda, Temos ar, temos luz, vamos, querida, conheço a sem valia SMo homens denodados, pers.slentes, corno um Eu porem, que Cruel, abrasador, quente Por estes campos fora, cm devaneio; doi dissabor.. A prova iá de fone. de almas nob.es. Cru..ndo cresceres, Maria, Da minha musa. que [vulcão, Há llores no gramado, e o doce enleio negras cores Amigos até a rnorlc. indiferentes fieeonhccerás um dia gabe ap€naE pjntar com Dardeja nele o sol e cresta, em torno, há sol e há vida. tesouros da terra, honestos, po- nesse Clillo estás. Das aves a cantar; Qs trjstes quaaros da melancolia. Aos Ijnr ,iã Iludo. tbres. mais subida T'o'n iá tens a e maná de Israel em ) procuro. E ^ufi formoEa manhã ! Tudo convida,Ie1o apenas te dou. Mas. se saudar-te /dciação escolhida vao ! lem Em dja assim a „m r(j.,ico passeio...Venh0 no teImpávidoscaminham pelo mundo, N< ¦¦ornoíSn de teus Palfl. com „ coração que E não le assalte o mínimo receio,[mando,Revezes Hperigos afrontando, Meu oceano é fim, areai ou não teemQs frenteunida, dois ou três de com essa Que as serpes por aqui defeiíos que vjres põc de parte...Em T.TTin, rvira e graça [mar sanhudo, [fundo, Que fni teus olhares se enlaça inferno e Tudo é deserto e triste, mais humano Alegres viris cantarolando. Peiiiv. moca um dia. E apôs Nota que em ponto [solidão. — Como te fica bem esta sombrinha! [acerto, Fn;',.«, lambem respeHada aduar, ou marinheiro n Árabe sem E ela salta, e ela ri, cantando, e grita, Nesvte de longe, te abraçando, Se este tropeça « sofre. pronto p. i-i.iit carinho adorada rudo [ E a apanhar borboletas vai, caminha. de [auxilio Nu i-uiin de. totlos nós. Jà que n5o posso te abraçar perto. Sem estrela polar na imensa vas- Agiupam-se-lhe em torno Itidão. Nunca a vi. como agora, tão bonita L[r/Z [todos... Tu si r.')1* boa de certo MAR]AKO DE OLIVEIRA Nem senti como agora não ser minha E a afliç3o se converte em doce Ouvindo ai* vozes de prrto Vou por este areai busca deságua Aqm]a ò meu ser enleva t agitafrovoMaáamv,4t I idllio Pr te ms, MSe do Senhor, qM deixei para [pura, de Luiz Pelo melhor dos benfazejos modos. }¦'.-.-„ Muilier que a primeira de ven- o último lugar o nome Onde possa beber um pouco Esse lirismo amoroso e deli-Mariano deve- Ci f.-cpniu na Terra inteira [tura de Oliveira, que se lan- cado ele o exterioriza aindaria antes do de Alfredo E à pugna encarniçada após Um mllo ardente de amor. febre extinguir, e esla sede jiguraT ¦ E esta mais vivamente neste lindo so-Mariano, ser o nono irmão çam. [aplacar: "Aperto por múltiplos matizes. neto intitulado deie Alberto. Vibram armas de José Ma- Audazes, resoluto**; não sc cansam Tendo ficado viuvo. Mão", que bem mereceria estarjj. Mm a,omem encantadora- a busco neste alivio i minha Do <™mendo.J E„ felizes... ríiiito conservou fielmente numa dos coleções de AlbertomenU modesto, esse artista »<'"')ar saudade -le sua companheira [mágua, esse inferno de Oliveira: perfeito, a quem Alberto de querida. Ao COmplelarem-Se OS ílhn verde a sorrir, por Avançam mais. As rodes atala.m. [dágua, Oliveira confiava a organização trinta e três anos da morte de Na minha grossa mão, rude e calosa, de suas "Poe Espantadas, os postos deixam, correm dormir, onde eu pos- das coletâneas tsyosa, ele compôs este soneto: Onde eu pos^a Detive há pouco a sua mão de neve; Do campo, atrás deixando as priscas [sa sonhar. sias'* e a revisão áos seus ver- Quase quebrei aquele brinco leve. sos. [raias Volln. querida, volta ao lar vazio, frágil rosa os heróis. Já cinco Quase esmaguei aquela apo- Adiantam-se t, me achnrís aqui qual me deixaste, lt Luiz, que é funcionário (morrem. sentado dos Correios de Niterói, Firl rirpirlr amor que me volaste, E mais vivi naquele instante breve, ira- A].«-nas triste, apenas n ar sombrio. Ouvi rugir o vento, indomilo, — de vida esperan- quase nada tf^V^^do Avanc,m reBip„ Os bárbaros, som- Breve instante lar-J^ [cundo: [cosa — seus versos, embora haja tbric¦1ÍO&, Trlnia stki!* vi o estio após o estio Nos da costa ouvi quebrar o escrito. O que guarda ave* penedos Do que hei vivido e que viver se gamente Ao vê-los frente i frente se apavd V-illarem ! Tu somente não voltaste 1 fmar, [deve em suas gavetas daria para for- IrdWU. T-i urrmente errei nas volumes. da tumba nftr, toinaste, Como um fantasma plagas Numa longa existência tormentosa. mar vários Do dorso hlrsuto suores Cndr fople dormir num chHo tüo frio. Ideste mundo, Foi em sua casa que Alberto [frios, os dias em treva e as noites de Oliveira morreu. Já muito Vendo E quis beijar aq' Ia mSo.. Tremia ¦ Indecisos recuam, raivam, choram... Tf.(nu ok snos paTecem-me compridos, [sem luar minha perto do transe final, agradeci Tanlo, porem, c r- ETf r-inrio qne voltes ! Se voltares. [presa, do ò bondade do irmão que alcance do braço a um deles Vei fe guardados inda os teus ves- Condenado, sinistro, a correr, va- livre como ser queria lecaro para casa e Ifte dera o [feres.. [tidos. [gabundo, carinho encantador de sua fa- Tambem ferido estás. embora ! Ismael sequioso, a chorar, a chorar. minha alma em fo?n miiia, Alberto tomou a máo de [Avante ! G.ií,rd;>do5 olhar inda sob os meus olhares, Nesse imenso deserto o meu [acesa... Luiz, acariciou-a, e disse: Se outros golpes, como este. mais í i* teus bilhetes lidos. [profundo — irmão, você é bom tantas vezes Porque fizeste tu — que fantasia ! Meu [lhe deres, * tuilo tiuanlo ¦* teu nos seus lugares. Um oásis buscou, como os olhos de Na- como o ( têtrico Mãos como aquela, oh ! grande pão. - Terâs prostrado gigante. [Agar. [tureza 1 Poeta lírico é ele, poeta de in A última amorosa. Ouça- 1 Abre ca- confidencia que esse tensa emoção "Êxta- Avante ! Avante 1 Avante soneto encerra era puramente A tudo interroguei nesta maldita mos o seu belo soneto [minho [senda. SATURNINO DE OLIVEIRA verdadeira: José Mariano guar- sis": Aos teus irmãos! Sê rijo, estõieo. dava consigo todas relíquias E nineuem se doeu da minha grande [forte 1 as Oliveira, 01- «'ie n morta Saturnino-,---- ãe, - , . Nflo desanimes ainda sozinho lhe havia deixado.,dor ha que Uai. réspeas de morrer, chamourimi • vastidão, t sempre esia ie- tono da irmandade, faleceu T5o v)v0 amor noí 0lh0s teu! M- H af jar a>m , ,rK)a ^ort. , , Foi»„. durantej,.- ^ al-«._[gura, «" Dé do leito o irmão Bernardoígenda: uns três anos. (empo funcionário dos Tee„ teus olhos tanto brilho f a irmã Amélia, e indicando- (/ura inimigo fero e bruto* - Caminha! st tens sede absorve o Correias em São Paulo. Depois [agora, Nã« *e P°UP* ° lhes um saco de veludo, que se li a cabeçadas. >^. regressou ao Rio e aqui sejm os cerras .urge a noite InvMte contra «*!««. escondido" nunt deseãoi,^ Que quando e astuto: ctut mandei a minha voj numa casa de comercio. [escura. Como touro bravío; é mau d" ouarto declarou-lhe^ nue L'"a«- »M presrou cutiladas I Seu poético parece: ter „ ,b„, reSp,andece . Ataca-o por tua vez a 'mi extrema vontade era «ueItremend.: pendor ^ qua„ao <"mele mal te «z. o Deus» Que mal te sido principalmente humoris-(aurora. embrulho fosse enterra-(Jue Alberto, e meigo, o principe doa do consigo... [fiz. Senhor ? tico. Eram todos o: uma * «>o sonora. [poetaa, vestidos da Mas pOSSUla taVlbem Tua argentina voz morta, todos Os ob como 0 cheios de ternura, Com toda aquela mágica poesia. Mos miúdos ai BERNARDO DE OLIVEIRA SUave inspiração lírica, Tem acordes tão -comover do uso dela, falas todo o mal minora. Nflo logrou esses aletas, eartas haviam demonstra este soneto: Que quando que trocado em cantas todo o bem se Ele, que rudes gentes comovia. namorados, em noivos e em ca- A Mariano segue-se Bernardo Que quando >ados, anos e DOR MÚTUA [apura. que ali estavam reuni- de Oliveira. Tem 80 foi Tombou, cantando. combate tn- dos. trabalho de Seu piedoso pedido foi pie- comvanheiro de [sano. wmmente Machado de Assis e Artur Aze- Tão intenso e o ful8or que se irradia cumprido. vê-la, fala-me i sau- AtmgWo ^ eolp<. de s„rpreg». mais de 18. Ar- De teus lãneuidos ollaos,olhos, grandesgrandes, vedo durante [dade. E]<, o roper.Mnto, ào engenho lati- CÂNDIDO dizer-lhe-. [graves; MARIANO Dt tur costumava de ventura junto dela. [mano, - ai pensa Vai-te encher Tua voz tem tão éoee melodia. OLIVEIRA Essa gente por nadoc. cia^ad. 6 glorifícador da Natureza 1 ene os maiores amigos de Ma-Vai h.n»»r-te seu olhar. Escuta. Anda^v., 0 fluinto dos rapazes da Ir- efcado de Assis 50*0 José Verís-Bo Modulações de tal maneira suaves.ts 0 o cabeça, o férreo escudo, «ondade gula. era Cândido Mariano, simo e Mário de Alencar. Enga-^ me olhas vejo a luz doDessa falange repulsa o medo- » Que quando que Dondola. Foi professor no.' A pessoa a «uem Mchad»H ««*». 2'S^LTIÍ<*» «*<¦""-• • "»

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"A - »Ót. I» SUPIEMSNTO MTERÀRIO PE MANHA" 122*"•« .^j^»M.______aaaaaaa»aaaaaaMaataaaa»aaaaaaaaaaaaai«^^aaa— PAGINAfrlUILlll - ALBERTO DE OLIVEIRA KM saude, a beleza, a vida enfim!" do de versificaçao, que é isso?" devido a 10 ou 12 trabalhos "Plena ²"Se você não conhece "Grandes céus estes para os movimento, isto é, foi publiquei e Atta Neste soneto, no Nudez", me tri- coletiva de um grupo, ou assinados. Lirio.Branco em todas as poe- ficação, como faz esses versos?" grandes pensamentos" ação e ai escreveram também de Raimundo, íesultou de atitudes individuais Troll do tempo dominavam essas ²"Faço-os de ouvido". Artur de Oliveira, Artur Azeve- sias ²Quais foram as influências Alberto de Oliveira independentes? Dias. idéias de beleza, de apuro e res- ²Nós não tivemos própria- do, F. Xavier e Teófilo idéias que o senhor recebeu no come- em 1865 e 1866 peito ao verso e à língua, mente Não Ifou- Bem antes disso, encontram em todos os ço? Dentre os senhores da Acade- parnasianismo. tinha-se manifestado em Portu- que se ²Diversas^ Gonçalves Alberto de vn aqui àquela sua voz sonora. "escola de Horaclo a Crês- mia é certamente gal, a coimbrà" com grandes poetas Teófilo Braga, Junqueiro, atitude mais dis- Hugo aparece. e Viei- Boileau. Aqui mesmo essa re- po, Oliveira o de _ Julia talvez. Teòfiló Braga e Querital com as Baudelaire, Hugo, Heine, Copée! e simpática diante do mo- Pi-ancisca tiveram algu- ação já tinha começado creta _ Sim, lembra bem, talvez ra de Castro que "Miniaturas" de Gonçalves Banville, Sully Proudhomme.., dernismo. Numa entrevista que ma influência sobre nós. Eu te- Li, também algumas daquelas Facó em Francisca Julia. Crespo que são de 71 e foram concedeu a Américo nho no meu primeiro livro uma o epopéias sesquipedais portugue- e num. discurso feito o ano _ E certos sonetos de Ral- "Bacan- publicadas em Portugal onde "Ulysséia", "Málaea 1923 do poesia inspirada pela e os "Sonetos e sas... çon- em Petropolis o poeta mundo Corrêa, de Bilac e te" de Teófilo Braga. autor residia "Viriatd Trágico"... passado-Alma ex- o seu Vaso Chi- de Luiz Guimarães Ju- quistada", da em Flor" já tinha senhor mesmo, Teófi'o Dias rimas" _- Data daí o seu gosto de vista- Ele exemplo. ²Me lembro que nior, são de 1889. E' verda- pelos plicacto o seu ponto nés, por assinala a seme- que estudos de português? e aplaude o movimento ²Mas são exceções sem no prefácio de que havia exceções ao nosso aceita lhança, compara as duas e creio assuntos ²Não. Esses estudos vêem de modernista. Sabe que tínhamos grande importância. O chama- movimento contra "Lágrimas"pes- e foi saiu das lar- que prefere a do senhor. Basta citar as 1900 para cá João Ribeiro chegado em literatura a uma do parnasianismo ²Também uma cer- soais. me despertou a çuriosida- da morte, algibeiras das calças ingle- tivemos de Mario de Alencar quem pasmáeeira próxima gas ta influência naturalista. Na de por tais assuntos, quem rua contra a qual era forçoso reagir. sas de Artur de Oliveira. o Mas resumindo isto tudo que no dos clássicos. Artur de Oliveira lo- guerra do paraaso, com pseu- educou gosto O modernismo representa por- Conheci Hop-Frog escreveu eu lhe disse repito o que tenho ' Naquele tempo eu não sabia co- vital aue cheguei ao Rio, em agos- dõnimo de se não tanto um principio go que aquele Tomás Alves Filho, de afirmado sempre e que. locar os pronomes... não é lícito condenar. Entretan- to de 1877. Nós nos reuníamos me engano, foi dito também pelo ²Quais os seus escrito- havia ali na rua Campinas, que foi o verdadeiro são to o aplauso de Alberto de Oli- num Café que do naturalismo no Bilac: o parnasianismo aqui res ao movimen- do Ouvidor, Fontoura Xavier, introdutor . preferidos? feira ele o reserva Brasil. nunca pregou a impassibilida- ²Dos nossos poetas, Goncat- to no seu aspecto de esforço Teófilo Dias, Francisco Antonio combateu a pieguice, não o Alves, Fagun- Artur de ²O e o que de; ves Dias, Castro renovador, mais do que ao que de Carvalho Júnior, que pretendia lirismo. Mesmo por que ninguém des Varela, principalmente » o resultado Oliveira, eu às vezes e ainda combatia a guerra do pa.rns.so? se apresenta como pode escrever sem coração... primeiro por sua correção de esforço. Pessoalmente outros. _- Foi uma reação inevitável. — alguma coi- desse eram mo- Pode nos dizer linguagem. Em Varela admiro continua a ser o que sempre foi Artur lia Gautier, Banville. Os nossos românticos sobre o começo de sua vida natureza O inexgotaveis lacrirnei- sa o cunho de nossa que As realizações da arte moderna, Sully-Prudhomme, Baudelaire e delos de literária? tão bem se reflete em suas pá- mais extremistas seu entu- ras. Mal cuidaram da forma e pelo menos as empolgava-nos com o também — Publiquei meus primeiros gilias. Em C. Alves, a imagina- r ousadas lhe dão mesmo uma siasmo. Passara muito tempo na do verso. A reação foi "Correrio o vigor... relaxamento de lin- ensaios no de Niterói" ção, os surtos geniais, Impressão de extravagância pas- Europa e tivera relações pes- contra o "Folha". mandei Dos nossos mete- que enfeiara a poesia da e na Um dia prosadores sugeira que não pode satisfazer. soais com todos esses poetas- guagem à "Gaz-eta de Notí- ce-me predileção Machado d» de tudo isso ve- Paris, bateu à época cheia de cacofonias, re- uns versos Ele espera que Certa vez, em e sole- cias" do Ferreira de Araújo. Fo- Assis, que é também excelente nha uma novidade menos brus- de Victor Hugo Havia dundáncias, galicismos porta cismos, contra as imperfeições ram publicados e desde então poeta. ca e mais imediatamente acei- reunião e estavam lá entre ou- a semana em não fora, Calderon, Cam- e Gustave do verso, de que há exemplos rara era que Dos de tavel. tros Gerard Nerval Dias, o entrava com uma ou duas poe- Zorrilla, na Espanha; Doré. O impediu-lhe a mesmo em Gonçalves poamor, O lugar de Alberto de Olivei- porteiro correto de todos- sias. Petrarca e Dante na Itália; Slia- literatura, ainda entrada perguntando quem era mais "Gazeta" Keats ra, na nossa "— um filho ²E só tinham essa preocu- Colaboravam na ai- kespeare, Byron, Shelley, tina vez carece de revisão. Pas- e o que queria. Sou Robert Burns na Inglaterra; América!" respondeu o pação de forma? guns dos nossos principais es- e sado o domínio do triunvirato da livre Machado Heine e principalmente Goethe, sido Artur com aquela sua voz so- ²Nào. Como lhe disse, com- critores, entre outros parnasiano, ele que tinha J. do Patrocínio. Cer- na A'emanha. com sua escola nora. Hugo apareceu enlão a batemos principalmente o tom de Assis e — dos nossos mo- tão admirado o motivo senti- ta vez o Artur Barreiros que eu Que acha foi violentamente negado e uma janela para saber lacrimoso, o pieguismo "Fo- dernistas? ela. da discussão e o Artur saudou- mental. Que aconteceu? Alguns conhecia da redação da combatido com -soi-disant" lha" e era autor de uns con- _ Gosto muito de alguns. O Até ultimamente quise- o recitando um poema das dos parnasianos que que "Contemplações". Victor Hugo contra esse sentimen- tos bom interessantes apareci- maior deles é Guilherme de Al- ram transformá-lo num simples reagindo "Estação" "A Minha Sa- mandou que o deixassem entrar lalismo pessoal excessivo volta- dos na de Lombaert meida. Considero espantalho para principiantes o & Cia., me disse o Ferreira lomé" a mais bela poesia publi- lhe atribuírem erradamente e apresentou-o aos amigos. No rani-se naturalmente para que por da conversa Artur perce- mundo exterior. Daí o predomi- de Araújo desejava falar-me. cada nestes últimos vinte anos. a esterilidade de certos poetas, meio e expressivo causa indi- beu que um deles o estava ca- nio da poesia na natureza... Pensei que ele ia declarar-me E como bem feito de qu? ele foi apenas mais versos; "Pião"! Não gosto tanto Penso um exame sere- ricaturando. Levantou-se, ar- ... de que o senhor foi que não queria aquele"Meu", reta. que mãos do de- represen- mas, ao contrário, elogiou-os e do poesias a que falta no há de restituir-lhe o lugar rançou o pape! das"Não. justamente o maior senhista e disse: não con- tante. Não haveria nisso, no seu perguntou-me se eu não tinha a atração do sentimento, poe- que lhe cabe indiscutivelmente Respondi me dá a sensação maiores de nossa sinto que o senhor continue". caso, ao menos uma sugestão mais poesias. que po- sia visual, que de poeta dos dia dar-lhe a "Gazeta" até do reflexo de vidros de cores eía terra. A critica só tem visto o Um dos presentes observou que de Shelley? para seria até um honra para ele o — Por essa época eu ainda uma por dia e ele me propôs chão de igreja. parnasiano dominado pela pre- não de um livro meu, Outro de muito talento é Ri- formal de complicar o deixar-se caricaturar, pois não conhecia Shelley. Só mais então a edição ocupação era Gustave escre- aproveitando a composição dos beiro Couto, Outros, Cassiano verso e o poeta panteista can- sabia que o artista tarde o li quando alguém e Doré? "— Mesmo assim não vendo sobre um livro meu, dis- versos que fossem sendo publi- Ricardo e Menotti. Leio-os tor deslumbrado da nossa natu- "O tempo os edito- O lembro consinto: a caricatura é a prós- se: senhor Alberto de OU- cados. Naquele admiro-os. reza. Mas não me que res eram e ser autor de é um tanto desigual. Tem, en- tenha sido assinalada a inge- tituição da cara". veira que percorre Shelley com poucos • e noturna..." Foi um livro era um dos meus so- tretanto, trabalhos felizes nuidade que aparenta ele aos O Artur era assim, impetuoso mão diurna surpreen- essa írase me deu curiosi- nhos. Imagine o meu contenta- bem inspirados. nossos românticos e que me pa- e amigo das frases que ²E Mario de Andrade? vir a ser o caráter dentes. Teófilo Gautier, chama- dade de ler o grande poeta. mento- mas reee há de "pére a na- ²Foram "Canções _ E' ótimo prosador, mais importante da sua poesia- ra-lhe de la foudre". As Como eu ia dizendo, com as Ro- da voltou a alegria aos confesso que não gosto muilo . – suas íntimas palavras antes de tureza poe- mànticas"? "Canções • morrer foram estas: "As pai- tas, e a poesia inclinou-se para ²Sim, foram as poesia dele- Alberto de Oliveira começa ²Que pensa de Graça Ara- lembrando alguns amigos pau- me iras e o sol!". coisas mais salidaveLs. Carva'ho Românticas". O titulo deu-mo um soneto Xavier. Consultei-o e nha? listíus; fala do último passeio a ²Os senhores não combate- Júnior publicou por Fontoura bom "em essa época, e que abre a sua ele lembrou-me este, que acei- _ Esse é tão que S. Paulo, da comemoração do ram a geração anterior? "Parisina", modernista. Tenho par» Cor- ²Combatemos. Entre 1880 e começando por este tei. Deu meus versos a ler ao parece aniversário de Raimundo "Diário '-Odeio mim que ele não realiza o qae rêa na Academia e finalmente 1881 fizemos no do Rio verso: as virgens páli- Fontoura que descobriu dois ou de Janeiro" a guerra do narna- das, cloróticas..." e acabava três quebrados e me falou em prega. «|o parnasianismo. "...a "Trata- M põíúw seguinte) — O parnasianismo loi um so. Aí, acompanhando a reação. com outro dizendo querer: tratado de versificaçao. (Continua UMA FAMÍLIA DE POETAS sendo ags- "Arrancada ao artista dos "Sonetos Luix Mariano escreveu a Bernardo serio depois publicados, da pá si na anterior) Nessa de heróis", prestei Academia I or fCVtiitltiiiHrno uma carta, me parece devo ra lidos numa douta Luiz Mariano interpretou fiel- e Poemas" a homenagem que que soju cl' uns como este. mais um seguinte: tais motivos eu desejo que ¦tais golpes mente o belo e justo orgulho de ele mais estimaria. E para ío- transcrever. P' a aiim!» [passo, essa e lei- tada. na conferência do noss° sua família — dessa privile- dos nós evocação essa "Arrancada de heróis' on- ltats' um arranco « os louros da vi- tão belamente tura não terá deixado de ser "Em 21 de abril Sc IMI. Múcio, a [tória giada familia de aparecem os dez velhirilv»» organizada, no físico e no espi- muito útil, pois nos auxilia tal' tive temi» P«- Alcançado terí teu destro braço I Bernardo, valente falange. Não ritual (1). vez a ter uma nova compreen- meus ver- terãs excelsa glória ! Saude. ra escolher sonetos, pois Conquistado CONCLUSÃO são, mais humana e mais co- na mat sonetos e a "Arran- sos acham-se esparsos, movida, de Alberto de Oliveira. Junto quatro g de clarins alviçareiros meu ver, confusão, nas se» formidáveis HIU ouves sem me advertir, e Na frente do quadro que aqui cada de heróis", que. a * ¦!«¦ toque animador que no ar se es- Quase a melhor das vetas da minha secretaria. O apenas seguindo de longe a bio- acabei de traçar, recordando produções presentes, ver a [palha ? vemos adequada mesmo ao fim que se tem dando grandes concertos, grafia dos irmãos Oliveiras, ve- esses numerosos poetas, Os quatrn q ft o cântico triunfal dos companhel- como em nova luz a em vista. Al. há alusão aos irmãos ras reconstruções. ¦» ^ rifico aue compus uma verda- que figura seguem como refor.. [ros nosso confrade. Ela todos, as idades, à união que existe aqui vão, ^ árdua Ba- deira antologia de belos sone- do grande "Arrancada de heróts". no csm> Que te exortam do Céu a ressalta, sem dúvida, mais nítl-- e sempre existiu na Irmandade, * s [talha. tos e de belos poemas. isto e. caso ela ferocidade do Inimigo (o século) ao um insucesso, • Muitos deles são trabalhos da, aureolada de uma luz mais contrario, o do abaiimento do irmão mais vellio, já rejeitada. Em caso ' ^ destemido que podem ombrear com os pura. algum »'" * o hino de louvor ao agora Alber- ferido e prestes a vencer a luta. aos cio poderá publicar tronco. nosso querido confrade morto, Percebemos que Mais resistente que ferrenho cinco mortos, ao Alberto, que tom- seu jornal, querendo.fo-" os do lapidar de to de Oliveira não caminha so- exala da ™ os vinga, acometendo esse atre- com poeta bon cantando «^^. ,„

PAGINA IS» "A — VOL. II DOMINGO, M/IW SUPLEMENTO LITERÁRIO DE MANHA" Correspondência de escritores: Carta de ALBERTO DE OLIVEIRA a BERNARDO DE OLIVEIRA Pclropolü, 26 ie «iiosio íí 1»99- femardo. úa Jí«- Quero pedir-le, ein nome ri«w. ama obra dc caridosa cirur- *s-s tf *< &*-J* *> ' **? lie um J?/ry, tttA-tA^e/f-^r 4>-r t^T—^tm*-* .4f»rr*+—****,&*****.,¦*$—%, gm: opertres uma tolinho e tumor que llie «pereceu e «ue ¦•--,...'-% a,^im í«.s .—•*¦ ¦*- • rWo. A jüliMha «JW.... -... /'i-'¦«<•--».?•— Maricás estima-a imensamente e «Iara desolada com a informação <£..-,. —-S*—*—~e,-. ¦—•*• os vizinhos de «•«.*, *S..-\. J~~. £ que açui Vie deram qm tra absolutamente impossível saltá-la; conlei-llie, íti/âr>, «lie I»- dias operar o milagre, como o mas tJZ ***,*+¦ .d* »**<*^ .*•»., —,**.* + >-* /fcf .tv «-«->>«•""' ~?A,'.f..A- «.^^'-•-vr ¦balizado cirurgião galináceo que ronheço. detiendo-llie ciíado ope- ^* e»is **v< t/^ &p,%%*.t.V-ti4 *»***•» *-£**. racõe» semellianíes gue <«is prati- rado em («a irriação. Ela sallou ~.-t/:...£^_ «i. dr. ec,..;yi<. .* -y^-A-,..^j «....+ de contente, com a esperança que proIonjaróJ a »ida à formosa > jú há íanlo mfA..Cc e£-. a£~aI. *>¦*-' *-~S çalinlui, e pede-te que, ("¦--¦*¦ ^t~—U não tendo cindo a Petrôpoln. ,/Z-.^, ^AÂ^.ASA lembres-te ie iares com breiidaie um passeio até cá, v;sitando-no,, cariâa- «t« ^V-í S-c-Af-* e realizando aquele ato dc v* T*#y<í*.e-c-/„ J*=. j.tt/-..../.-r. O Condi, creio, já aqui esta. de rella iü Minas. Dormirá,, perem. aqui. Quando vieres, ler-te-ei um estou a **" pcina cm sonetos, que *, • * •>¦ «a ¦» "-*-*-* te agradara »/^f ^«.í.í , :»<* -/"'' "^ *fc"~*~ tenho escrito. Dá-me notic.as dos ^_~<, Amé'ia continua a ff- -^a^^c>aa—AA-.cz nossos. A n„i,„iv *c ~^A* ~a-, crever? Tão pobre c a atualidade de bons poetas (os grandes de mesmo (í í.^*^- I^Ja^aOa.aCI^A. «^^,,r^.. ^ ~- <- — >j * ** . ,r- -v. Uso ^-i- «f* 1 ¦; \ derua"! Cebo! Como o meu ht- /^r—^-^-v* mônimo, o ilustre presidente do 3 *«¦/..*/< -x_ ¦* Sií* ee*.. ^T~ Estado, diz alguém da família... Tv d^"ris di b"!o saneio, à mer- ¦<- Saa-aSJ- -a. .ar a?7Taa.<-~- /'"-<¦ j y-' te da Simpliciana, que mais es- ¦ alguma ccisa tua >*...<, • 7S/*^y.^r,( /<«.,A«aí crereste? C pia e da Amélia e manda-ma. Aqui ocupo-me em escrever versos c em ver as nuvens que passam. Eict- lente viver! E. adeus; escreir-me c não te esqueças da galinha. Sau- âaties minher e da Maricás a íi e à Amélia. Teu irmão ALBERTO. 't p. s. — A Maricás pede ainda *°>h. .\-< **-. •¦post-escriptuvi": «.,c<^. ^rf *.' ^ ,. a. a g, este Vem. quan- to entes. Podes aqui dormir, pois — ha um quarto ã tua disposição. AThTtÓ. --Ah^ & 0l™r* Alberto de Oliveira BENDITA POESIA \ - ssstjk i<;iÍo le- os mortos, em seu caminhar de «... dn p/ürinin nnterior! seu manto ie deusa. Pie- tos abonam no serviço das "Bem haja' a hora em que fiz sob meu o An:- sombras, volvem algumas vezes dosa Musa! Como, ainda há Iras; dispõe a favor ²Entre a geração do senhor o meu primeiro verso! Etn que, mo de tantos amigos em públ:- atrás a cabeça para ouvir srlu- numa esco- pouco, lembrou, comovendo-me, reclamam. * a modernista, que poetas so- adolescente ainda, ela ao ca homenagem e como se ;.x) ços e gritos que os lendo às tnãos Augusto de lima, foi que brossaem, na sua opinião? la do interior, não há muito a bastasse, ou fora pouco íiiõ-í Não se deteem, entretanto, tiãc um lápis e um pedaço de papel atingir-me, hoje, aqui os meus o c-tíbii- Os simbolistas quase nada maior ias dores, qual a da per- isso, reúne, param, não desandam em branco, cm vez de garabu- mais companheiros de Academia r?t nho; não se torna a esta vida. criaram, Dos outros salientam- ou iese- da dos dois seres a quem se lhar a cara do mestre a enxugar- sessão pública a que concone E vão depressa como aqueles principalmente Hermes Fon- uma escriri um hc- amei primeira foi tes, Luiz de nhar jior. lágrimas e segredar-me tão grande número de pessoa dois amantes. Guilherme e Leo- Carlos e Raul Bem haja o valedo- me às "Eleva-se "Balada Leoni. ptassilabo! ouvidos: quem se ilustres. nor, fia de Burger". ra das Musas ama- aos lhe devo a ²O .senhor o assistência sofrendo. A dor é es- Quanto, quanto Não irão depressa, vão desapa- julga moder- veis desde quase o berço me humilha a este no- iiismo «raa que de Foi ela que esta deiâade tutelar, tecerão nunca, entretanto, estes simples renovacãi vêem norteando a existência cola perfeição". me está aqi,:, de formas meus dias ie moço. encere- me benéfico! Ela dois mortos queridos. Sua glo- ou vê nele uma quês- como o de uma Ariadne in- em tor- 'amor tão espiritual fio dando eu por errado caminho, talvez me experimentando ria om o nosso os ãesscpnl- mais profunda? risível em meu labirinto, onde, a — As busca dc um ideal ie beleza ças do coração, fazer-me go- ta e ressuscita. Quem fica numa duas coisas. Novas idéias ti «íio ser assim i/uindo, ell tal- em momento, o mai*. pxiv,pm longínquo, tomou-me ia mão e zar indizivel lembrança, não merre de todo. formas novas. A poesia vez me houvera perdido! Bem o jnais solene d-z fatalmente o saiu a mostrar-me ao pé, em comovedor, Quem dc todos ê lembrado, con- tem de evoluir. Não haja a Poesia, a quem devo minha rida! Está-me ?io fundo pode emperrar nossa terra, maravilhas em que tinua a existtr. nem ser uma mais puro gozo da vida. o gozo dt alma e cokio funde um ate- eterna repetição. da be- bem pouco eu havia atentaio. Continuam a existir Bilac « ²Pod? sereno da compreensão "Inspira-te e canta, me disse. lier de escultor e rclevar-mc-, adiantar alguma coi- lera das coisas, da grandeza do de mais vivas do Raimundo. Sinto-lhes v espirl- sa a Estus palmeiras valem bem os pondo-as pé, neste respeito da quarta série me cerca, da formosura sem nunca, duas duas to pairar nes*e ambiente, das "Poesias"? que c sicõmoros gregos, es- que figuras, da da terra doirain e verde, plátanos imagens de amigos, melhor dt- recinto augusto, impregnado - par lo- tes rios o Peneu e o Acheloo, essência daquelas roseis e da Está quase pronta. E com onde aprouve a Deus que eu c rei. dc irmão de arte, meus con- * a conto acabar, ie haver nas- nem teve a Helaáe planitras emanação de bondade dc tan- com no verso "cidolarasse a ventura tão verdes nem selheiros e meus guias, a quem de Luiz de Camões, a haja, sim, a Poesia morros assim tos ccrccões generosos. Cabe- peregri- Bem Cálamo ou lira, ela também sorriu, mas sorriu liarão causada minha. reparti as horas cia- céu tão azul! lhes, também esta homenagem. 'umas Será um com quem ou citra- seu maior e mais glorioso sor- livro de 300 de e de em mãos dc pastores eles repartir es- páginas mais ras e leves primavera não teem som mais doce riso, e avivou também, direi me- Deixai-me com ou menos. outono, e reparto ainda as dc redos, as horas da vi- ias e os vossos aplausos. o do nosso violão lhor, divinizou -A flores ²Volumoso inverno, merencóreas e turvas, qne planger de um cia- saudade é a presença dos portanto. sertanejo". Quanto lhe devo! E da, sobredeirando-as ²Sim. Detesto os folhetos me chegaram. a Ral- ausentes", disse Bilac. Ambos. que já sobre tanto lhe haver merecido, rio de ideal. Refiro-me Sempre gostei dos livros fi- A companheira de tantos Correia e a Olavo Bi- Olavo Bilac e Raimundo Cor- que ro- induz cia ainda há pouco ao co- mundo ram em pé na estante. Um li- anos me trazia outrora lac. Nâo os deslembrar, reia, estão aqui presentes por- que atn- ração magnânimo de Aloisio de podia vro que n50 fjca em na es. sas c amores, dispensa-me nunca me esqueceram eles oue em todos nós há a sua sau- ^ dias Cttstro a idéia de um preito des- como 'ante não íita em na éter da o seu sorriso, e nestes nas horas Talves dade". pé cabido a guem ião poucos méri- suas ]clizes. »'dade... já frios me aijazálha e proteae n-fcotwwr-'^^ i-7'^^i..';-' 'iví^,--e->,v-»":^-7^;-:-*i^— i;.--,--j'>--*?\«v. —..";¦» Vf*^>'*"

DOMINGO, 1/3/1942 DE "A MANHA" - VOl., H PAGINA 124 SUPLEMENTO LITERÁRIO Correspondência de escritores i Alberto de Oliveira, trõdutor Carta de Coelho Neto a Alberto de Oliveira ,^„„...._--„_^^í,.5!«^.^v^-^.-r- ""^'"•"ro:""^OL 0 CISNE *.^tAft*-_#/**»*tl*lÍW ><* tSULLY PRUDHOMME)

do espelho azul rj'igua profunda e calma Calmo cisne A «ace errando, os pés, lánguido, o espalma é ^^^^^^SS^P^pBS.;';:ii^fíé ;-0|j E desusa. Da neve os raros flocos brancos (tr.1 Lembra o fino frouxel que lhe amacia os flancos; Linea vela parece a asa que encurva e brande, ‡¦&^ Esbelto e ora retrai, ora sacode e expande; Entre as ninféas indo, o alvo pescoço apruma, <'íí,-i ar-*** £íá;&o^é.li O,***», .á W^^^^a^Z§Êí^^^IAAÊZZ:ZaA Colhe-o após, some-o n/água, estende-o sobre a [espuma, '*«**-¦ zZ s^ZA^AZZZZ ânfora antiga imita. ¦.»<&$&¦ <^>**> iWrX&A^-Z m#.^.:;^^^í^^1^^tóÍí^^^.'-^**'':i.- Curva-o mole e gracioso, e m&m ao longo, onde o silencio habita Dos pinheiros esteira, E a paz e a sombra, vai; rastejando na -aví ^«ÍKSWW, »-¦» *"*S«* * *«* •**.<•'.' cabeleira 't.. v«í' « ,<»< *.„«.<£-> *'.,« .,-J- A. Que atrás fica, scmelha intensa ... . A basta ervagem fresca a palpitar. A gruta, ¦J1 Í-- do e a voz da tarde escuta, ,* *** :&> ;:;ii>íía: Que a alma atrai poeta Praz-lhe e a fonte que alem flue, regorgita e bolha. Venc'o-as, lento se arrasta. As vezes uma folha eíei-ei e .:.,,»;.- A". *• lOl «í « . » ><¦ -"'•'•'' do salgueiro e, em sua queda, leve, «-.ÍU *- ^ *,í**í ¦&?!•. >- O-»- f-tV, Leve cai 'ff-- Roça-lhe, muda sombra, as plumas cor de neve. '• Caminha agora ao largo; o Implexo da ramagem L, ', > «¦, " * , o esplendor selvagem m<òv smí feí*si* ;;iSící •uiiu na,Jmlí[mmusm,;.SÍ Deixa e a parte procura onde cum o brilhar d'água anilada e pura. v-;«..77-,.,..- ‡. .,-e -.-¦.-. ¦¦¦¦'.-. .-^ - Diz melhor v.sí 7 r-, *-'W:3 Do lado é a parte mais azul que ele procura; 'ra. • • >«<* *« <•«>" "* •' serenas, .,. «T* ít, j* .« ,- ** (,¦,,<•«•'.•** ;«'''-' | E lá vai... a cismar sobre as ondas Entrega à luz do sol a brancura das penas. Depois, quando, em redor, se confundem, caindo ¦iMr í*$W-íF .-.». *í*Í(t: ;«#¥ A noite, do amplo lago as margens, e no infindo te» Horizonte há somente um ponto avermelhado; . ljf*« V/í'í> ,|' • *¦• Quando tudo quedou, quando no ilimitado l)o céu paira da lua o globo enorme e albente; .1 Quando acende o lampiro a luz fosforecente, '/«ws. .-/ ÍíítA */.> syt*> V<* E nem o menor sopre o débil junco embala: O cisne, sob o olhar dessa noite de opala, Em seu lago sombrio, enfim, descansa; e, acaso Visto de alguém, assim, lembra de prata um vaso..- Põe sob a asa a cabeça, os olhos sondentos Fecha, e dorme, feliz, entre dois firmamentos. , , i .4í (Do "ir-termezzo'*j 'V ¦.-> - -«•( \V V,; V'* (HENRI IIEINE). O mar tem suas em calma ¦-AtAU* pérolas, H>*&¦ Tem o céu mil estrela.1:, minha llor; Mas minha alma, minha alma, esta minha alma H. Tem teu amor ! Grande é o mar, grande o céu, porem maior •"Cix^-íi. j-áiitíd E* o meu coração, lírio singelo. alcança os laureis. mas para mais belo. MEI* CAKO ALBERTO leve impulso loi;o Mais que os astros, que as pérolas ficar tão longe quo me dé por perdido como um c eu seu O livro lá irá te,- levado Brilha este amor ! Quando deixo meu cepo dc suplício, que que se extravia alo Bula. iha me**a de trabalho", nossas mãos. ehamu, por euphemismo, pur como os meu amigo, abalo pesadamen- E de Arte, meu velho? Penduras., a lira. venho tão dei-reado. que salgueiro o meu te nas tábuas da cama como um corpo morto. Ah! ganho dc Sião? dize cm que sítio fica o para qu< E' teu ! é teu ! é teu todo peito, cie honra! eu va. à hora da aragem. ficar sob os seus ramos des bem o direito de viver, palavra ms- o meu se mescla, flor. fui um incentivo que eu me grnndos, porque estou eerlo de que o teu doce Todo peito que A lua carta para soar sempre cucasse, com mais amor. ao livro que vai ser illu- trumento. mesmo que o não firas, há dc céu, desfeito d. ao cepo. Ao grande mar, ao grande minado pelo talento de Olavo Bilac, que tamanha hon- e sempre,,. Adeus! volto eu '.he acompanhe os passos Rccomcnda-me ao Marinho. Num 6Ó amor ! ra me clã permitindo que Teu Vou fazer alguma cousa, não com a velei- Vitoriosos. COELHO NETO dade de me querer colocar do lado de quem, com um "Contos Alberto "" (Prefácio do volume ' Livraria Barníer] de Oliveira O CONTO Brasileiros", I da so Tomados ao fundo da rainha dc Na- grande prosador brasileiro Nenhum gênero literário, a à manutenção e funcionamento rente. po- ptameron", revesti- varra; seguem-se os filosóficos, manifesta eximio neste gine'0 nãn ser o romance, abrange da organização social, por suas pular, estes dois temas a n|«i morais, instrutivos, fantásticos, breve e diíicil; cabe-lhe e m;tiur variedade de assunto.-, relações com as atividades iua- ram forma literária, passando sc Hie da autoria coletiva à individual. e ainda outros dê vária dou parte dos escritores que que o conto; nenhum, se lhes teriais. seguem até nossos dias, ;i ^l*-1* fundo na Reverteram mais tarde au po- trina. pesquisarmos as origens, vem Nesse popular, (le haverem enriquecido l ' coletiva e vo, espalhando-se mundo, ria de antigüidade mais remota e grande produção pelo O extraordinário'ou o mara- literatura nacional (le alinnnas reside a fonte de vá- Cendrillon desde a Europa obscura. Recuando nas eras anônima vilhoso, em que a imaginação obras modelares deste caráter. rias literárias tidas cm Central alé o Extremo Orien- até onde, diante da Natureza pecas extravaga e delira, o picaresco Na maioria dos trabalhos ies- como oi trás te e à América; Polifemo so- de desconhecida, se esboçam e te- universal primas. ou o jocoso e toda sorte ses autores a escola é francês. o respeito, lembra o sábio mente na Europa Central e mor- cem os mitos e as lendas, lá A este diatribes mais ou menos como o é a do nosso romance acima citado a hisio- Oriental. .. Nem o folclore po- de teremos de achar, contemporã- etnógrafo dazes, os feitos brilhantes, e nota-sc-lhes, c-rnie- de "Cendrillon". Nin- de da história lite- poesia; nco da formação dos primeiros rieta prescindir valor aceitável e os em que por tanto, — e é agradável nco- sabe de onde diretamente rária, nem esta daquele. Há he- núcleos da família humana, no guem exagerado é inadmissível o nhecê-lo — o influxo einono- a extraiu; sabe-se, en- em todos os povos, em graus lar primitivo, nas pausas do Fenault roismo; a religião, a educaçãora nal das coisas nossas ou da :il" é antiquissimo ,. variáveis, conforme as épocas, trabalho, nas noites desveladas, tretanto, que moral, a filosofia, a ciência, lu- ma do na observação d,rt em todos os correntes incessantes do é pais, ou nas longas caminhadas pelo couto e conhecido que do é e sc torna objetivo do e linguajar da nos» dele mais de o é individual, costumes deserto. O conto é então mais paises, havendo popular para que conto, cuja forma literária e de ai fora e nas descii" variantes. O mes- e vice-versa". gente do que mero entretenimento quatrocentas artística se acentua nos último» de cenários da natureza- com o "Polifemo". Entre essas men- ções dessas liuni- de ócio, é tai-ibenl mo ocorre produçòeò tempos. Não vão, nem cabiam, a,'|Ul onde e de o ou- cíonam-se como das mai: lidas estímulo a empresas, cujo êxito Ignora-se quem O nosso conto literário todos os nossos u«* formar com ou das lograram ma,"i* no- quase reunidos depende de ação e valor, o,nio viu Homero, para que ainda não tem história. Se não lhores contos; vão alguns o» siciliano e toríedade: as orientais a caça e a guerra. E a demais a biütcza do ciclope y-írabes, com Machado dc As- dos mais belos »J dos episó- indianas, turcas, etc.) começou principais, disso, e superior a isso. é ele- ardil.de Ulisses um persas, ele, recebeu- do como as "Mi! e uma noites", e sis, firmou-se com dos mais estimados publico' ' " mento orgânico de agremiação dio-; mais interessantes da sua "Fábulas ne- homens de "Odisséia". é "Mil e um dias"; as do-lhe das mãos trato que e dos nossos social, e não, como se acredita- O que sc sabe destas milesianas'' do roman- nhumas outras anteriormente A limitação pagina» va, diversão estética supcrllua que a lenda do monstro anir.,- (fnntes"Contos nova à exclusão * os dc fa- lhe haviam dado e feição obrigou nâo só ou inútil. O asserto é de A. pófago é poptílar em toda Eu- ee grego) ; admissão cl* "Contos do cavalaria" e característica com o interesse muitos, como ã Vati Gennep. faz ver ropa moderna e no Cáticaso. das", os nelas »' que quan- "Cendrillon a obra dos dos temas e alinho c cuidado um de cada autor que to a etnngrafia e o folclore nos e Polifemo e em grande parte Iroveirus e trovadores; os do estilo. gura. anos evidenciam o pa- — esclarece o niesino ilustre "Histórias últimos — "Contos-novelas" como o "De- Desde as da meia importante (lesta etnógrafo são precisamente "Ke- "Várias l920- pel produção de Bocácio, o noite" às história.*' o Rio, novembro de . atividade útil, necessária casos tipicos de uma dupla cor- caincron", "A FAOINA 125 g/3/1948 SUPLEMENTO MTERARIO DE MANHA" — VOt. II gt%_ DOMINGO, Correspondência de escritores: Uma lição de sabedoria Humberto de Campos Carta de Olavo Bilac a Alberto e Bernardo de Oliveira aberto de Oliveira comple t0„,»,.».,,, ontem, setenta- - «uatro. mios E eu, dizendo-lhe a ida- í o faço senão para pres- íão a 0, lhe uma homenagem ris A velhice é um dos mais :,:;,;.' e nobres atributos da glo- é o complemento r Aquela ._____,__,, A "^as. X*js*^2. a^O^s. -»W£u ^^.c e»3i- „ como os dias. Dias ha f<±> nnrieiii, ¦ com todas as / niic alvorocem cuhn-j.**! << »"^s~*« Scl^», _, _, /i+^v^ _, O e cantigas da primavera, -tZÍU. ns "7~ }'^cfc. *~* f-» e núe sc vão desbotando e ca- cm^.^$J^*Ztt, das horas. u^ ^_, ^ztí^ ,~ÍL_ • -,/ Hndo no decurso ******* ~-*u*-< Óui ros que amanhecem cober- ,.0 da cinza do inverno, e que k7^ s,,'"con vio enfeitando e animando a aproximação festiva da ««-=• ainda, em que -^«x-OaV, ~~~£<£ê tarde. E outros, - -*a--J ) -fl-fc^^í^-MjU Imenso das montanhas. O seu dia [ui tranqu'10 e largo, e de- clina serenamente, com a do- cura c a saudade das mansas tardes brasileiras.. . Cigarras "^JAe^^ do silêncio, »K«-t.c«.^tU- -«-«.»* Vatn._£. ^O esfiapam a túnica f < eotV-«»-«^aV^_ í~p esticando cada fio de ouro ou dc ppeda até que ele se parte no em tempo... Sabiás gorgeiam, __HT J «kv-rat,* • *ht***.'f-*.* surdina, acalentando-se a si h*'-pja ^d*~U3«ll J'ai4 /asst, O- mesmos... E o vale, como um ti ^.. eu. turibulo, faz subir o fumo claro m*e~. da neblina, incensando, de le- a. /^ÈK montes ve. o enorme altar dos J^^tC-t-a-a-^C*. en.-on.brados.. . •'.asUO.Jl», A v da de Alberto de Olivei- f '/'/^ "~*E»« ra constitue, na verdade, uma V*.' V^ ^í"a»~-v«~/« L«tAat*.AtA^J^L. lição de sa ^a-/ perfeita e extensa y^-/V^ ^w*^ aat-t**.»* ocí.orta. Os seus setenta e qua # «~l•»*»*«« se em Questões sociais ou deba- tes políticos. Em torno do seu P+r£~~aJ >n^u({ /UT c.vteto existe um fosso, cuja ponte jamais desceu para que Qk+*_a*C*s ca Gü*uí ele -e fosse bater, maculando os punhos de renda, com os vi Qcs^a -í>» lôcs rugem lá fora. Jamais que <2o^ cL__^ teve, cm toda a vida, um int en :o, Jamais escrever uma per- íicUa contra alguém. Jamais e;* -;f ¦ • grande poeta não podiam íi- e *?%£. í .,» \1m^^^?--?.-'-?j^Xm J'-o T.lo franzina e desmaiada, '_^é^*-^W tos jornais, na data em mie Uma freira cm miniatura _^_^^í:~^SM4.'X:Baí ir -^"^H f1'; os contemplava. São quase Nas pedras ajoelhada três quartos de século, e, segu- ALBERTO DE OLIVEIRA ra mente, mais de meio século ;lr um culto constante, da Be-. 1'za. praticado na força do ver- decassílabos a mediria oos| fo e na graça da rima. Duas meus, presto publicamente, em- P-: rações lhe devem lições de bora com atrazo de um dia, estai ri'mo singela, mas^como-| ¦ e de bom cnstr. R é em homenagem meu nome de uma dessas gerações, vida, ao meu amigo, ao luc eu, | \__K^iM!!ímMÍiiW!Í»^^^mi' que tomei no metro dos Mestre. Aspecto ie Saqwrema, a cidade em gue itltierto de Oliceiro nasceu seus alexandrinos e dos seus ("Diário Carioca , , .29-4-933). DOMINGO, S/J/1M3 j DE "A MANHA" - VOL- « PAGINA 136 SUPLEMENTO UTEBABIO

;* 'i' FRAGMENTOS j louc dormem os mortos. Dormem, tira! Erasmo: tudo é cruzadas as mãos sobre o |*i- LY«c: tudo i sonho! llollni os NA CIDADE DOS to, sol) o ecu (lc niánnorc o céu dc uunnoic de S^9 V'^^ suas louzas. O BOM FANTASM II

\m.Àu\\\\\\\\\\\Wlmuuw lKS> i Um assombro, um fantasma, "** CNICA M^ * *é uma visão, uma mulher mona eVi diante de mim. se me corações cm todop Já Sei de que desriçannn os cabelos, foi-se o — sorte de hospedaria; entram 'ocupados meu susto, despavurc i-inc, por- com muitos quartos; esta ai vem ao com- toda a espécie. O que que por gente de da sala -- oli! é o tnes- outrora uma bela cá- prido meu foi mo tic-tac das silas liotinas! -- a«il habitada uma maia pnr firme em sua majestade de Dia- imagem; hoje é um sc- única na Marmórea — oh! é o mc-s- mis a iiiiageni ainda li pulc-ro, nin o seu de deusa! — lá dorme um cadavei. passo tá tá... duas estrelas fixas suli a lin das sobrancelhas — oll! são os ui mesmos os seus olhos! — c ela, d morta sllliliine, a niinlia su- "Verso* t Altierío ie Oliveira, moço. ao tempo em que publicava os FILOSOFIA DO*- pirada, a niinlia querida de to Rimas" do o sempre! F. aproxima-se. < PÁSSAROS minha imensa saudade! vai a íal.ir-nie. c me ie braços, uo coração, i intimo a quando 1386, dczeniliri dizem alguns: estendo os hrac (latina são os meus suspiro! Dos filósofos .-fíYicrl» de Oliveira Outro retrato iia velhice de é meu- u|K-rto nos braço» — nos aperto, os meus suspiros e Alberto de loliveira tudo é pó! Outros: tu

Algumas págitids de Alberto de Oliveira v i s i o m o entre a bruma Mas ah! que cm vão te chamo, opresso p*ito. i Vem! Namorando a várzea que Não vens! Em que paragem Vê se alisar ao sol, verde e infinita, A alma em pranto! de repente Tens. ó Rainha, o alcaçar ignorado? melhores dias. Por alcançá-la um dia, meu, na grande viagem Al vem o fim dos meus Em Ímpeto solta, o e.spaço afuma, O último Sonho Ja do claio zenile em que ardeu tanto. grande Que empreendera por ti. caiu desfeito, saudade, Atroa os antros e se precipita encontrado Descii meu sol; e na maior Do alto a caudal torrente. Sem te haver Eu, como um deus vencido, saio em pranto Da floresta de logo e de harmonias via e aniaval meus Desejos, vendo espaços. mocidade. Lá vai! chegou, cingiu quem Cansaram Da minha Aqui se enciespa como de desejos, Só espaços e espaços, pelo oceano entra em repouso: Ilha de rosais em flores! em minhas veias arda Ali. como saciada, Buscando-te, Que importa ainda Roja, amorosa e humilde, como escrava, Sem norte o lenho vai, rasgado o pano. Sangue, febre, entusiasmo? Ah! sonho extinto! teem os braços. a vida! Ainda do beijar de tantos beijos E nem, por doidos que já O que inda resta mal traduz Tendo a espuma do gozo. Remam os remadores Situo aos meus pés crescer-me a sombra, sinto tard , Que a manhã lá se foi, e a hora não assim, com o mesmo peso, Não de outro modo, excelsa a fronto Da grande despedida Cedendo à aspiração que me tortura. E a Hora magna da vida. e de cansaço, Coroada de diamantes e de raios, dentro em breve Afiando de prazer o facho ardente Oh' se te demorares, O' meu vale florido mais defeso O' meu Ideal longínquo, Será tarde, talvez! Inda alguns passas, loucura, Arremessou, nos últimos desmaios, altos e belos, Ao meu amor, num grito de E em vez dos céus de agora Cairei no teu regaco. Do declive do Céu, por trás do monte. Hei-de ver céus de inverno, donde a espaços Aos ermos do Ocidente! de cair a neve Na alma começa Suma-se o sol então com es seus dourados Que caiu nos cabelos leves folhos. Raios das nuvens entre os Vai vir a noite. E eu a esperar-te ainda, Venham as sombras, baixe a noite, enfim... vão! Tal chama Vem! Dá-me a ver a tua formosura E em vão! eu a chamar-te, e em Eu só verei, olhos semi-cerrados companheira. Ao fim de um dia esplênd'do. Aparece, nos teus olhos, Ave erradia pela irradiação solar. De volúpia, que existo Desfere o canto, vai de rama em rama, A oceidua extrema E estás ao pé de mim. finda Como à luz de cem velas resplandece Até que a morte lhe interrompe e Ao fundo de uma igreja a alva escultura IV A queixa derradeira... De uma santa no altar. Mas vem! Os hinos meus, as canções minhas, versos te festeja, Toda a ininh'alma em Tal um grito de dor no mar se escuta: Seguindo-te, no vôo solitário, E' um náufrago Céu bravo e noite estranha. Como no espaço um bando de andorinhas de uma igreja O som plangente desapareceu... Clamando pelo céu, vai Tal sopra o caçador pela montanha Buscar o campanário. chão de gruta uma existência Inteirai Perdido a trompar e um eco em ?em! Esperei-te Apenas respondeu... Soa da mocidade o último instante. Cheio de ti, como, com os seus rumores, Ao meu desejo compassiva cede! Frondeando á luz, o bosque aberto em galas como o agonizante dardos o atravessa, Eu te reclamo, Se enche do sol que aos A G D A L A Com a boca em febre à hora derradeira — Arvore festival, cobri de flores M Um crucifixo pede. Minha ramagem para desfolhá-las Sobre tua cabeça — "O' da oração que a alma do justo Passa por ti e: formosal" Com o fervor ao teu nome, te enlaça; Exalça a Deus, suplico-te me valhas! A minha vida é um cântico Diz este, e ao seio visão do céu aberto, Uma oração como ninguém a reza, Dá-te um sorriso, uma rosa, Dà-me a clara na terra erguido; E Vida ventura que com um riso espalha» Nem a ouviu nunca altar Um beijo depois. passa. sinto ti no peito adusto Um êxtase e um penar que me consome. Da-me. Eu por e tristeza, "O' A sede do deserto. Delicia e tratos, júbilo Passa por ti e: — rainha!" Um sorriso... e um gemido! Aquele diz, e te abraça; redor de mim desparze em festa Estás em quanto os olhos ponho. Dá-te um brilhante, uma pérola, Vem' Bm , Amo-te! Um beijo depois. E Canções e flores: a ilusão ardente Em quanto me percebe o ouvido, em quanto passa. lhe ouço os hinos. coração me vibra; Dá-me de que é manhã, que Coa em meu sangue, o "O' sol a morrer nd Poente, Dentro em minha conciência e no meu sonho, Passa por ti e: — tesouro" Ao meu prestes "de e Tu. no esplendor de tua aurora, empresta Dentro no meu sorriso e no meu pranto. ²Diz outro — encanto graça! Teus raios matutinos. No intimo, em cada fibra... Dá-te ouro, punhados de ouro, depois. E a humana Um beijo passa. hora, e basta! No intimo, em versos que palavra Prolonga o dia meu de uma nunca, e em surda voz convulsa, sé minha, mas a essa hof Não dirá ti e: — -O" mesquinha:"" Mas nLa hora Palpltando-me, eternos cantarão, Passa por "a valha os anos que eu vm! ofega insana ²Diz o poeta — sorte escassa ^ Faze que Como da terra dentro lágrimas... Escureça depois... ir-me-ei embora. enxofre estertorosa pulsa Quanto me deu foram de se afwta E em fogo e lágrima... E passa. cS a estrela, do céu que A essência da um vulcão. Dá-te uma Cheia — cheio de tll -r^ •-(_,., ~-- ¦.,,,.,:, ¦.^¦jr-^,-,, - "r,,v;"^'vv-V':,rr «-¦>:, ,'-¦--? -- - - . ¦¦ ..^S-^-yfirr:^..:.¦¦¦¦•:.¦:¦¦¦¦. ;¦;-,,..,.,-¦, r.^}^^,?r^ ^

"A PAGINA 127 noiMlMCO.. «VS/W» SUPLpMENTO LITJiRAlUO DE MANHA" — VOL, JI. ^H^ Raridades de Alberto de Oliveira JESUS VIDROS O PAÇOS 0 MUTILADO DA RUA FLACK MENINO _,,. olhos teus, sorrindo, Alice ,.o, requebrado,, finíre a esc-óriü da rua ali deixada, «o quarto do oratório entram de leve W ,itaiies olhos negros a outra sorrindo vê do albugo ia velhice Afez-se pouco a pouco ao seu -monturo Mãe e filha, uma grave, Ja!os teus Aquele V menino Jesus está dormindo Seuii-upugados. anavalhado, aquele escuro Caco de vidro que não valenaüa.¦s tm seu berço de palha, fofo e breve. r_ «ms espelhos turvos se demora Fere-o, porem, do sol um raio puro, [foca-lo acaso que impta mão se atreve T homem ie outrora cintita, — uma irisada Tocam-no os anjos; este, ao íeito abrindo L „ ' Teo io varão, io E e um diamante, — 'Como um lampejo. Jóia; sorri-lhe a face iluminada, O véu, beijóu-o. é lindo! lindo!" késta vendo-o todo rosa, luz e neve. . escura Todo è feliz em seu viver obscuro. Diz, u,„l„ mais resta. A alma entanguida e treme à superfície baça. Nada vale também este informe. Ao pé lhe ajoelha e reza. A mãe, no entanto, Avenas insiste... Assim procura que, inda outro-dia im a moca, olha, Mutilado ali está, a sós padece O irmãoztnho a lembrar-lhe .íi»» vidraça, E em podre enxerga se remeche e dorme. Morto, mal pode reprimir o pranto: antigo tmuna vidraça de palácio Caco de como aquele, brilha Quando se foi, no esquife em que jazia, abandonada e nua) gente, lírio em cada canto, t abandonado, rosto amiga. Vm sorriso em seu rosto, se aparece Dourado e azul, com um alguém, um vulto, um Sereno, assim, rlsonho assim, dormia... lembrando a lua. Para vê-lo onde está caído, a filha. Espiar Dezembro de 1927. ruurcecu o vidro e mal consente ("Revista Souza Cruz") Dezembro 1931. í.r mire uns pobres restos de cortinas. HORAS FELIZES c im-uo triste, a solidão somente, Sombras, minas... FALANDO AO CORAÇÃO (_ ) 1918. Foi pelas tardes últimas, queimadas Entrei em meu hotel, em ti pensando. Do valor de janeiro, que a pediste; £'s 1eliz. Eu também o fui outrora... AZ ÁLEA E ela não vinha, e estavas mudo e triste, Que bela é a tua casa ! Ancho, lá fora E choravas, olhando estas estrados. Na larga praia ouve-se o mar bramando. TMiíio ««/ui jiint" a verta uma azálea vestida D, n'i-0 ianque: sangue as suas flores são. Depois, nas nuvens longe acumuladas. O.Paulo e a Vera, — quase de aéreo bando j-úo lermelho que o pé da planta assim florida Que interrogavas, a visão seniiste, Dois colibris, — revoam hora e -hora Semclha um coração. E nma se abriu e a divindade viste... Ao pé de ti e ao pé de tua nora. Já lá vão tantas lágrimas passadas! Vejo-os. meu lar extinto- relembrando. Ali ! sun c um coração, Digo de mim comigo, • Hoje. alegra-te enfim ! teu doloroso, Abençoemos a Vida aue a ventura E' um coração amigo Teu vago sonho um termo tem ! Da altura Da família nos dá, serena e pura, Que me fala de amor. Ei~lo, chega seu carro esplendoroso! Tu que a tens e és feliz, eu que a perdi. Mos um grosseiro, um vil coleóptero a requesta. Tlram-na, em meio a um rcsvlendor de ourara. Abençoemô-la, amigo, iu no gozo E ela que «fio me entende os versos, o rumor Os minutos que, sendo os da Ventura, Desse teu dia dc anos, eu saudoso... Dos asas lhe seguindo, alento ouvido presto Galopam, voam- pelo tempo afora. Tu que envelheces, eu que envelheci. Ao seu ziim-zum de amor. ROSAS DO CÉU Ela lhe tem amor APARÊNCIAS «VILANCETE) E a mim é indiferente... E' como tanta gente Quem sobre nós põe a vista, (Inédito) A minha azálea em flor. Quando muito, desconfia Àquelas vosas que em nome Que entre nós ambos exista Da família araxaense, ("Vida Literária") Vm pouco de simpatia. Rosita me ofereceu, Hoje são rosas do Céu. FIGURA DE BRONZE Ninguém, jamais, que nascemos VOLTAS Vm para o outro, que. enfim, USo há serião que cheire assim como esta Se vivo — é de teus extremos, Nunca vi rosas assim Calma onde anda a Aíoife, em trança escura, Sc vives — c só por mim, Tão belas e lão chevosas t Cumo enredando as lianas da espessura Em cada uma dessas rosas De uma orralhada e nrglnal floresta. Ninguém suspeita... E, em vrofunu.^ Sorria-me um querubim. Êxtase, mudas e calmos, Vendo-as — resolvi em mim —. A beeu c um sulco do Levante em festa, Longe dos olhos do mundo, , Tão frescas e puras, eu Trina a Aurora ti dentro, a luz fulíma... Estreitam-se as nossas almas Mandei-as por sein demora Çuiurin a deusa se move. um deus lhe apresta Aos pés de Nossa Senhora. O manto e a firme esplêndida armadura. Entretanto, um do outro em frente, Hoje são rosas do Céu. — cismar, a cismar, — Tu a O mimo, Rosita Pontes, Trai presa eterna ao ombro uma águia emblema Eu quase aue indiferente — Da -Trííí __ asas ao ar, como Já hoje não me pertence? procela; Só nos podemos olhar... araxaense Ciurnn-Die a testa palmas em diadema; A família Que o passei alem vão contes; £. nssiííj, Alem está destes montes, parece o vulto sobrancetro do estrelado véu Dc uma pwte dn mundo, estranha e bela, Pensava em ti. ante meus olhos ávidos Alem Da America Aquela cesta de rosas... sorrindo ao sol primeiro. Tua imagem trazia, eternas e A beijos devorava-a. e a quentes lágrima* E que formosas Que são as rosas ão Céu ! SUBINDO A MONTANHA Nela m'embevecia. Porque és tu no areia! dos dias árido* (A Vitor Hugo) Da minha vida, a flor, MONÓLOGO PASTORIL A sonhada palmeira, o oásis mágico, £ um grande monte vi soberbo, em meio O meu único amor ! Coração, para! ou morre, ou fe refrea. Dc outros montes. E alguém me disse: "Aquele Olha os anos que tens, o gue has vivido. lá em ti. Mas a razão de súbito Não era este carvalho inda nascido Que rês e é mais alto é o scc'lo dele, Pensava "Em Que há de aos mais que virão ser firme esteio'' Acorda: que te abismas ? Quando nasceste. e já pesado arreia. Pergunta-me severa, e com voz higubre, Que outros enganos cismas ? Amaste, quando aqui, em vez de aldeia E. olkando-o, o Poeta vi subindo-o, o seio entre músicas. Abalo, n Basta iá de ascender, por Ermo apenas se via. Em. Papho ou Guido. harpa na mão, como o Kantele À região, da aval Culto não teve Amor comp o rendido Do Rnnoia imortal de voz que excele murmúrios, Alfea, £ sc desata Te apelida, com místicos Nestes campos de Arcádia à minha em matinal gorgeio Desvairado ideal!" E via! do Das últimas ovelhas que guardadas grande monte o-Poeta às cimas importava a razão ? soflrl-a Impavum, Foram nós, as crias já teem crias; Chvquu. fenu sn'harpar e tudo em roda Que por Fiiitiu cheio E. surdo ac que falava. Cobrem-me a testa lisas cãs prateadas. de sons daquelas rimas... Pensava cm íi, do todo teu seráficó minha mente escrava, Ah ! velho estás! Aglac não ie socorre, E o t>VÜ perdura, imorredou.ro, infinãu A iii,uela-voz E a amiao sono os olhos cerro extático. Nem presta ouvido às queixas que lhe envias, yiit a Natureza toda E loao adormeci. ou fe refrea, ou morre! Ira dr sec'lo em sedo repetindo. Coração, para.' "A ç i7idn em'sonho te tia a imagem cândida, Semana", 7-11-85. Inda pensava em ti: FORA D E CASA (EM ARAXÀ-) A JOSE' DE SILVA ETERNO MORAIS Aqui, fora do Riò, não me ensina Seu canto a Musa, nem trovar intento, IA propósito de — "Santuários") Sendo, «juai era, o nosso amor profundo, nada longe da oficina seu novo livro homens, o invejaram, Que faço Os que Em que acho distração ao meu tormento. *'.-«', amigo: Para um pais distante m'a levaram "io alia noite, guando escretes, do mundo. ouues (e não é certo o vento) Quase no fim Tudo o que vejo, observo e me fasr.inu re ii aleova por ' um rumor, um movimenta Jiaria ura só momento Por sua formosura o pensamento, "'" ""io eomo o abrir asas leves f t, como não Este acolcheado verde de colina, das Que no meio do espaço '" num abraço Verdes campos, azul de firmamento: momento estremecei, um momento Nüo se encontrasse perpétuo Cas-° esíranfco O nosso pensamento, Mei «tonoi" impressionar-fc deves: Tudo na alma sensível me ressoa à Irente, que às primeiras neves E vibra, mas aqui tanta beleza 'empo alveja, Pura um pais, muito mais longe, nm dia açode um pensamento: Levou-a a morte, e, ao peito. Cantar não posso, pois eu só trabalho ~ meu respeito. E' minha mãe ! _ Vendo-o ainda a pulsar por a minha em casa, à minha mesa, '"" Vafro terror agora Pôs-lhe uma pedra fria. Com pena, , le assusta: escreves sem receio. Como, deixando os ares onde voa, eves... _ Assim hora O canta no sen foi que de hora em Mas inda asstm, num mágico transporte. passarinho galho. calmas, fste "vro - obro bendita, Amorosas e Publicado na "Beuisfa Sousa Cruz* — De- TT"5me um corarelo iá mesmo se confundem nossa* alma* Ce «m de poeta, cheio Em da mòrlt. lembro, 1929. corafão te máe_ rffru e palpita. presença ._,.,T-.,^ív-,„, ¦.,,.;. •y7,*rn?, ,^7pf^^r«w~T^™^l«»,«H-)Kr.»

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"A — ¦' DOMINGO, 8/3/1'Jlz Jg^ LITERÁRIO PE MANHA" VO'- PAGINA 133 SUPLEMENTO Galeria le nomes ilusta Dois Doemas de Olavo Bilac - Eugêniougemo 6\jorr\es "E de sons e de flocos ""ff™^ * tS"*' cheia suplemento li- A alteração foi para melhor,apenas ump«n. [de espuma! O magnífico casto, ser «««««ao terá i\ de A MANHà consagra- embora seja lícito acreditar queum pode Todo o meu esplendor e todo o com a dimtl- o artista perfeito dc Tarde*'em ^°™n^Z2ramente I'|,Z, ordinariamentei ?™ib nacio de algumas poesias reco- teria procurado evitar a repe-sensualismo remotas tição do "que" na abertura de'«7ra«*"*e æ%l ?tó"s VpitbUca^ões aosar f™.'U àquela,A .Mm. „ín,/c. correspon- aV ^ abriu perspecíroa dois versos paralelos.te que procurava na variante, e a ¦•'¦•--- da raça.... a nm estudo sobre as Na quarta e última estrofe,ladar J ¦- - atraente a Mas. voltemos ao confronto seguinte, 9 fn. Ie aue o grande poeta houve apenas uma alteração: vro-¦"ões "sraígando" "Invejo-a desdenhado, dei- do gerúndio galgando" porque vínhamos fazendo "Diz a ! ao vir parece haver "subindo", oitava c a nona estrofes palmeira: de as recolher ou apro- na penúltima linha, A [a luz radiante. xando foram desprezadas: veitando-as sob forma diferen-. té só. primitivas Vem o vento agitar-me e desnastrar- definitiva de seus sacri- a âecitfta: [me a coma. te na colheita Se nesses vers0s foram **«£«£ ou venio envio ao versos.ficadas seis estrofes, numa com- ¦E a ro», acordou, sob as rama, E polo menos, o que Qiicn sabe ? Ta'j>ez uma pes- posição de dez, pelo [cheirosas.lonaeatue o o meu esplendo, e todo o meu oii.m nessa direção possa re- titulo origina! foi mantido, „Z: _ -Acorda com un, beijo a, Todo o [aroma I" lidar pormenores interessantes que não aconteceu com poe- [outras flores quietas ! "O a Nature- sobre a evolução artística de ma que me disse Vem ' Porque Deus criou as mu- -a" vinte os versos BVac a que é particularmente que, na variante, teve [theres e as rosai, e' incontestável que se tratar do mes- e uma estrofes supressas e o ti- ¦para servir de niniw aos beü.» dos melhoraram com a alteração tentador por "Manha de tre oue recomendava:tido mudado para [poetas i" A fácima sexta e a décima Verão". sétima estrofes do poema pri mostre na fábrica o suplício como se verifica em relação o eleito "Mater",a i a da variante, a saber: mitivo. aturai, ao poema supressão quarta José Lins do Rego, um duj ,„...... >. [agrade, a^úí varreu inicialmente as -E esp.ende. e o sol, "A rosa, acordou sob as ramas a floresta que cistas mais em foco da atual d" amaníiecer que é e a gécima terceira:forma- nT%\n%d^J.jTc^ã versos iniciai, sacri- o sol. jrlta»» "A ave diz Bem conheço aquela a floresta, que canta, e que [abre a coroa A quinta estrofe primitiva foi [vo/. 1 Parece nátiina 462 do suplemento já fulvo. espancando a matu- à tambem supressa; e a sexta: Que os Gênios da manhã bailam pelo De citado. [ar dispersos.[tina bruma. "Poesias", ¦*A ve- estremece, e o passa- No esse poema, re- estrela que ficou por último E" que o ceu se abre todo, e que a E o llrlo. que duzido apenas a quatro estro- [lando [terra floresce.[ro. que voa. oculti teus de sons e de flocos começa justamente da sé- ²Noiva que espera o noivo e Quando ela principia a reoilar E a ásua. cheia fes. espuma, Uma estrofe do poema origi- [o seu segrecM. [versos-*!1 [de /i. Avante Kidd, figura ttmlry Ua nário: ²Venus — ao ver que o sol nai América do Norte. Morreu em sen ¦» de comandante da /roía de ftarda. palpitando. aparece, na variante, assim mo- ruát*. — a cor, RciarV- perfume posta, •Tu, Mae!... do amor de de do Pacifico, por ocasião da grande Suspira de desejo e estremece dificada:te ° sorgeio. guerra filhos escrava, ataque japonês a Pearl Harb^.r. [teus Imedo". Tudo, elevando ævoz. nesta manha ¦a».,-*- ia "Sabes ieus filhos és. na caminho •K a ave diz: tu? Conheço-a[(je esti0. (vida, a ser a segunda, com a [bem Parece Diz: "Pudesse» dormir, poeta! no lu* o he- passou Coni>) a faixa de que povo seguinte e hábil variante: Que os Gênios de Oberon bailam [seu selo. [breu guiava tpelo ar dispersos.Cury0 este céu, manso como Prometida". ve- A longe Terra A estrela, que ficou por último E que o ceu se abre todo, e que a [este rio [lando, [terra floresce. e a noivo e suspira recitar teusBs(es Um Confronto entre esta ^otva qUe espera o _ Quando ela principia a ^ M mimos versos mostra apenas[em segredo, [versos!ig "poe. estrofe primitiva poema qml estã n0 ligeiras e quase insignificantes_ Desmaia de pudor, apaga, paip.- sias". As estrofes seguintes — c modificações: na primeira li-riando, — original, de Talvez não seja demasiadosão treze do poema nha, a frase inicial é seguidaA púPna «morosa, e estremece a subs-foram inteiramente despreza- ime-tmedo". audacioso sustentar que dc reticências e o periodo dos da manhãdas. com maiúsculo, tituição gênios diato começa de Oberon não pQ„an(jo traba- igualmente emcomo se a modificação en pelos gênios se deu a esse aparecendo vi, das mais '°<™°™-louváveis. """""*¦£Hauia um lh0 Bilac enera maiúsculo as letras iniciais das- m,„e a vo;,tuacão e, neste," ~co- ,. lho deie desbaste,f/esoaste, ,ajà liabili &£ ^T^ £7üJ^ T^Xr^'' neiraZralia^ima— lamente 5PÍ^SÍpor causa daqueles a Segue-se sétima estrofe exdamar. Na segunda estrofe, pon- genws da manha... da linha foi primitiva: tvação primeira estrofe pri- -Ql]e outro pedra alterada: onde havia A décima quarta tambem *™ ¦»'• »m m,,rmur',0v0„^ [corte está p**™"» m,t!m dói, pontos, pontoJinal. Para. brutal. Já na terceira linha a modifi- "Diz conheço a cor Tremor de campos nus... saios flor: Bem Er5uer de Alhe„, , sensível, o ! cação é porquanto [brancos luzindo... [daquela boca Descomunal. verso: "Bem maciez daquelas E, alvas, a cavalgar grandes mons- conheço ! olhartt™ ferozes. [mãos pequenas Mais que esse vulto extraordinário. •Deixa, em onda.5. cair esse "NSo roubar, Prof. André Drei/fiis. f le»",™* Passam. sonho, as Naiades fosse ela aos Jardins Que assombra a vista. [carinhoso louca, Icdriiíico de Biolooio tia Facutaa- [fugindo..." [trafega e Seduz-me um leve relicárlo e telna Todo Jordãi o teu amor". nlor das de de Filosofia, Ciências rubor da papoula e o De fino artista". São Paulo. I" de Na variante, esta ê a terceira [açucenas foi substituído pelo seguinte: estrofe e está assim disposta: E' ainda curioso assinalar que Ò"pcixaa casca'.car desse olhar ca sendo a sexta da variante, modificado: "Há de ficou os dois poemas • [rlnhoro pelo Paraiba um sussurro com alteração beacentuada«--j- n0 "Poesias" sem as [vozes. Jtem aparecem lodo o Jordão do teu amor". na linha: se vêem na brancos primeira dedicatórias que Tremor de seios nús. corpos o está. "E "Conhece publicação primitiva, que ãe dúvida neste [luzindo... diz a luz: cor da- com o F fora que, brancos mon?- aliás, em concordância o imolou-se um E. alvas, a cavalgar [quela boca ! critério seguido a esse respei- caso, poeta Ttros ferozes. wÈÊw0y0íÈi demais ao esteta, sacri- Bem eonheço a maciez daquelas to — — na- pouco num sonho, as naiades parece pelo poeta, um verso que parecia Possam, cotno [mãos pequenas! livro, tâo parco em dedi- ficando [fugindo." i roubar. quéle fcnrmomjar-.se melhor com a fosse ela jardins catarias. Salvo os versos dedi- [trêftga e louca. rainha D. Amélia, i tua idéia. aivor das cados à estrofe, era: Ter-se-á aqui uma evidência o rubor da papoula e o e a Luis Guima- A terceira que !' mãe do poeta do sensualismo intelectual que [açucenas rães. as dedicatórias no "Poe- •Bspalham tanto brilho as asas levaria talvez Bilac a sacrificar sias" se referem a emo- personalida- rr.ita-5. freqüentemente as suas Note-se. neste último verso des extintas, às vezes, de ma teus, abr*s, mais A substitui- «ue por sobre cães puras? "tremor da substituição deneira vaga. corno nos poemas e belas da segunda linha: "olor"propriedade "atvor "A [içjneas cão por das açuce-"A um grande homem" e c!ar5o sobe. ouan- de nus... saios brancos "A (Qut o seu grande caninos "tremor Um Poeta" ou no soneto um [do as agitas, luzindo" por de seios morto". luzindo" Nessa estrofe ê a luz quemPoefa X vai perder-se entre as estrelas." nús. corpos brancos nisto será Indicativa de uma tendên- fala como vimos, quando, no Haveria provavelmente meramente intelectual no poema original, era a flor; na«m traço da impessoalidade substituída por esta: cia a Bilac /oi .sensualismo' às vezes, ercessivo. estrofe seguinte, onde falava Dparnasiana, com qual comopunha a a abneaacao brilho 39 nsaí nrtíHf do verto 'sefloresta fala a nalmeira. prova que vai ver:o impeliu a suplicar a Arte nnfi-ü-is brasVeiro. na sita'primeira la- •" verbal decom os olhos postos na Deusa Portinari, o ilustre p expandes aobr. oa ttus. «an- se ? 0 depoimento -continua -- vir RSerena Cândido m Que bela,. sr. . floresta: Ao da Forma: brasileiro. Acaba de regressai¦ [nhosas e Coelho Neto, recolhido pelo recebeu » sobe. de Almeida segun-.r„Unaa- Estado, Unidos, onde Qu. o ser, grande clarüo quan- Guilherme -b,_.,,„„-Mas. ahi que eu liqu. « contigo. incumbência ae as asnas, rio o nual Bitac. longe de ser um vem • vm» honrosissima [do "era, ¦ •-—¦«»"•-» "*'^... coro» a BiWioleca do Congresso- . .a perder-se enlre » estreia.", libertino 00 Contrário."-»™