Estruturas Emergentes Do Sistema Da Arte: Instituições Culturais Bancárias, Produtores E Curadores

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Estruturas Emergentes Do Sistema Da Arte: Instituições Culturais Bancárias, Produtores E Curadores UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE ARTES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES VISUAIS Estruturas Emergentes do Sistema da Arte: instituições culturais bancárias, produtores e curadores Nei Vargas da Rosa Mestrando Profª. Drª. Maria Amélia Bulhões Orientadora Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Artes Visuais, ênfase em História Teoria e Crítica da Arte, do Programa de Pós- Graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 30 de maio de 2008. 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE ARTES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES VISUAIS Estruturas Emergentes do Sistema da Arte: instituições culturais bancárias, produtores e curadores Nei Vargas da Rosa Mestrando Profª. Drª. Maria Amélia Bulhões Garcia Orientadora Prof. Dr. Caleb Faria Alves - UFRGS Profª. Drª. Icleia Borsa Cattani - UFRGS Profª. Drª. Lisbeth Rebollo Gonçalves - USP Porto Alegre, 30 de maio de 2008. 2 _______________________________________________________________ R788i Rosa, Nei Vargas da Estruturas Emergentes do Sistema da Arte: instituições culturais bancárias, produtores culturais e curadores. Porto Alegre: Instituto de Artes-Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais, 2008. ---p. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Artes. Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais, 2008. 1. Arte: cultura; 2. Plataformas Culturais; 3. Produtores Culturais; Curadores; I. Título CDU 7:008 _______________________________________________________________ Catalogação na publicação: Biblioteca do Instituto de Artes/UFRGS 3 Agradecimentos Apesar dos incontáveis momentos de reclusão para que fosse possível construir este trabalho, a colaboração incondicional de muitas pessoas foi fundamental. Minha profunda gratidão especialmente: - à profª. Drª. Maria Amélia Bulhões, profissional que se tornou uma referência para o caminho que desejo seguir, agradeço por ter me honrado com sua orientação competente, incansável e paciente. - à coordenadora do PPGAV, profª. Drª. Sandra Rey, pelo apoio oferecido; - aos professores do Programa, dos quais destaco a profª. Drª. Maria Ivone dos Santos, pelo estímulo no início do desenvolvimento desse projeto; a profª. Drª. Mônica Zielinsky, pela oportunidade de tomar contato com um importante conteúdo teórico; e a profª. Drª. Icléia Cattani, pelas contribuições norteadoras ao trabalho; - à Helena Maria Franck da Rocha, diretora do Departamento de Controle e Coordenação de Recursos-PROPG/UFRGS, por sua ajuda na concessão de auxílio financeiro para apresentar trabalhos nos congressos de que participei ao longo do Curso; - à equipe da Biblioteca do Instituto de Artes, por estarem sempre atenciosas aos pedidos incessantes; - aos meus colegas da turma 14, - ao Alfredo Nicolaiewsky, que teve paciência para entender e suportar minhas ausências, principalmente pela sua generosidade no final da dissertação; - a todos os entrevistados: Eduardo Saron, Marcelo Mendonça, Denise Mattar, Jailton Moreira, Ronaldo Brito, Vitória Daniela Bousso, Fábio Coutinho, Maria 4 Ignez Mantovani Franco e Vera Pellin. Também àqueles com quem tive oportunidade de trabalhar e aprender muito sobre universo das exposições de arte: Angélica de Moraes, Henrique Siqueira e Tadeu Chiarelli. E também Dedé Ribeiro, uma das mais importantes figuras da cena cultural contemporânea, amiga querida que ensinou muito do que sei sobre produção cultural; - aos artistas que participaram da pesquisa, encaminhando suas respostas e na troca de e-mails sobre o assunto proposto: Bruno de Carvalho, Caio Reisewitz, Cássio Vasconcellos, David Cury, Jorge Menna Barreto, Lucia Koch, Marilá Dardot e Matheus Rocha Pitta; - a Marcos Mantoan, por sua atenção quando tive dúvidas sobre o funcionamento dos CCBBs; - à equipe do Itaú Cultural, principalmente ao Chester Prestes Pra Baldi Jr; - à Blanca Brites, que me deu aquele “puxão de orelhas” e estímulo necessário para chegar até aqui; - à Paula Ramos, uma verdadeira locomotiva intelectual da cidade, que desde o início estendeu ajuda necessária; - aos meus amigos queridos Suravi, Sylvia Guerra, Walmor Correa e Vera Marsicano, por terem acompanhado esse processo com carinho e atenção nas horas mais complicadas; - ao Mario Eglom, presença fortalecedora e carinhosa no período mais difícil desse trabalho; - à Daniela, minha irmã, por quem tenho o mais profundo carinho e amor; - e, finalmente, aos meus queridos pais, Manoel e Eraci, para quem dedico este trabalho. 5 Sumário 1. INTRODUÇÃO....................................................................................................... 9 2. INSTITUIÇÕES CULTURAIS BANCÁRIAS: ALASTRA-SE UM FENÔMENO 17 2.1 CONTINGÊNCIAS HISTÓRICAS PRECEDENTES............................................. 17 2.2 A NOVA VISÃO DA CULTURA E A PERSPECTIVA BRASILEIRA..................... 20 2.3 ALTERAÇÕES NO ESTATUTO DO MUSEU .................................................. 24 2.4 AS PLATAFORMAS CULTURAIS DO SISTEMA FINANCEIRO NO BRASIL....................................................................................................................... 29 2.4.1 O posicionamento do Itaú Cultural: acesso e legitimação................................ 30 2.4.2 Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro e suas repercussões.............................................................................................................. 35 2.5 BREVE PANORAMA DAS INSTITUIÇÕES CULTURAIS BANCÁRIAS NO 40 BRASIL..................................................................................................................... 2.6 E ALGUNS CASOS LATINO-AMERICANOS...................................................... 45 3 PRODUTORES CULTURAIS: OS MANAGERS DO MOMENTO.......................... 52 3.1 ATUAÇÃO EM OUTROS PAÍSES: O CASO INGLÊS E FRANCÊS ................... 52 3.2 CIRCUNSTÂNCIAS PARA INSERÇÃO DO PRODUTOR CULTURAL: O CASO BRASILEIRO................................................................................................. 56 3.3 POSSÍVEIS CAMPOS DE FORMAÇÃO: O MERCADO DE ARTE .................... 60 3.4 PANORAMA INSTITUCIONAL: OUTRA VIA DE PROFISSIONALIZAÇÃO........ 65 3.5 A LEI ROUANET NA PERSPECTIVA DA ECONOMIA DA CULTURA............... 68 3.6 PRODUTORES, GESTORES E CURADORES: POSSÍVEIS INTERFACES...... 77 3.7 CCBB-RJ E ITAÚ CULTURAL: ATUAÇÃO DOS PRODUTORES CULTURAIS 84 4. A ATUAÇÃO DO CURADOR: FORMAS DE PENSAMENTO E LEGITIMAÇÃO NO SISTEMA............................................................................................................. 89 4.1 QUESTÕES CONSTITUTIVAS: O CURADOR AQUI E NO MUNDO.................. 89 4.2 DA FORMAÇÃO ACADÊMICA DO CURADOR NO BRASIL E NO EXTERIOR 98 4.3 O PROCESSO FORMATIVO DOS ENTREVISTADOS....................................... 100 4.4 A ESTRUTURA DAS EXPOSIÇÕES: A PESQUISA COMO 109 FUNDAMENTAÇÃO................................................................................................. 4.5 QUAL É SUA OPINIÃO SOBRE A FIGURA DO CURADOR?............................. 114 4.6 CURADORES ENTREVISTADOS E SUAS RELAÇÕES INSTITUCIONAIS ...... 122 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 128 REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA................................................................................ 133 ANEXOS.................................................................................................................... 139 6 Resumo O trabalho evidencia um novo modelo de gestão e funcionamento do sistema da arte no Brasil, considerando a emergência de dois novos atores e de um tipo específico de instituição cultural a partir dos anos oitenta. Nesse sentido, analisa as atuações de curadores, produtores e plataformas culturais articuladas a corporações bancárias no destino de artistas e obras no contexto da história da arte na contemporaneidade. Para tanto, focaliza a atuação do Itaú Cultural, em São Paulo, e do Centro Cultural do Banco do Brasil do Rio de Janeiro, no período de 2000 a 2005, da qual são selecionados para entrevista um grupo de curadores, produtores culturais e artistas, além dos gestores das instituições. O objetivo do estudo é mostrar como o regime de eventos passou a vigorar no sistema, influenciado pela ação do Estado e das infra-estruturas emergentes, responsáveis pela circulação e visibilidade da produção artística. Abstract The current paper highlights a new management and functioning model for the art system in Brazil, considering the emergence of two new agents and a specific type of cultural institution which appeared in the 1980´s. Thus, it analyses the work of curators, producers and also cultural platforms related to bank corporations in the career of artists and their works in the context of contemporary history of art. In order to reach that goal, it focuses on the work of Itaú Cultural in São Paulo and Centro Cultural Banco do Brasil in Rio de Janeiro from the year 2000 to 2005. It was selected a group of curators, producers, artists and managers of the institutions to take part in the interviews. The aim of the study is to show how a policy of events started to exist in the system, influenced by the action of the estate and the emerging infrastructure, which are responsible for the visibility and circulation of artistic production. Palavras-chave: plataformas culturais, produtores culturais, curadores Keywords: cultural platforms, producers, curators 7 Siglas ACE – Arts Council of England APCA – Associação Paulista de Críticos BID
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