Todo O Leme a Bombordo: Marinheiros E Ditadura Civil-Militar No Brasil
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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CENTRO DE ESTUDOS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA ANDERSON DA SILVA ALMEIDA TTTTooooddddoooo oooo lllleeeemmmmeeee aaaa bbbboooommmmbbbboooorrrrddddoooo MMMaaarrriiiinnnhhheeeiiiirrrooosss eee dddiiiitttaaaddduuurrraaa ccciiiivvviiiillll---mmmiiiilllliiiitttaaarrr nnnooo BBBrrraaasssiiiillll::: DDDaaa RRReeebbbeeelllliiiiãããooo dddeee 111999666444 ààà AAAnnniiiissstttiiiiaaa Niterói 2010 II ANDERSON DA SILVA ALMEIDA TODO O LEME A BOMBOMBORDOBORDO MARINHEIROS E DITADURA CIVIL-MILITAR NO BRASIL: DA REBELIÃO DE 1964 À ANISTIA Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em História da Universidade Federal Fluminense - UFF, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em História Social. Orientadora: Profª. Drª. SAMANTHA VIZ QUADRAT Niterói 2010 III BANCA EXAMINADORA __________________________________________ Profª. Drª. Samantha Viz Quadrat (UFF) Orientadora __________________________________________ Profª. Drª. Denise Rollemberg Cruz (UFF) __________________________________________ Profª. Drª. Maria Paula Nascimento Araújo (UFRJ) Suplentes: _____________________________________________ Prof. Dr. Daniel Aarão Reis Filho (UFF) _____________________________________________ Prof. Dr. Francisco Carlos Palomanes Martinho (UERJ) Niterói 2010 IV A447 Almeida, Anderson da Silva. Todo o leme a bombordo – marinheiros e ditadura civil-militar no Brasil: da rebelião de 1964 à Anistia/ Anderson da Silva Almeida. – Niterói, 2010. 250 f.; il. Orientador: Samantha Viz Quadrat Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de História, 2010. Bibliografia: f. 220-226. 1. Golpe de 1964. 2. Rebelião dos Marinheiros, 1964. 3. Anistia. I. Quadrat, Samantha Viz. II. Universidade Federal Fluminense. III. Título. CDD 981.062 V Agradecimentos Em primeiro lugar, a Deus , por ter criado Heródoto - o pai da História -, área do conhecimento onde a fé não explica. Ao meu pai Miguel, in memorian , pelo exemplo de caráter e amigo que foi durante o curto tempo que convivemos. Queria ter aproveitado mais o seu calor... Às minhas mulheres: minha mãe Bernadete, por ter despertado em mim o gosto pela leitura e por ter sido pai e mãe diuturnamente. Às minhas irmãs Andréia e Ane, pelo respeito, carinho e amizade. À minha querida sobrinha-afilhada Maria Eduarda, espero que cresças em um mundo melhor e que tragas felicidades a seus pais. À minha esposa Rita e minha amada filha Joana, peço desculpas pelos momentos de ausência, mesmo estando ali tão perto, no computador. A você, Rita, agradeço o apoio irrestrito e incondicional nos seus vários papéis: de esposa, mãe, estudante e companheira. Sem a sua compreensão e seu apoio, este trabalho não seria possível. Amo vocês! Agradeço também aos amigos Jean e José, companheiros de longa data, de sonhos e realizações. Às minhas professoras, Ivone, Clemildes e Cida, do Grupo Escolar Eduardo Silveira, em Itabaiana-SE, educadoras das primeiras letras e dos primeiros passos. Aos meus colegas da Universidade Salgado de Oliveira – RJ: Marcos marujo, Roseneide, Nilvânia, Roque, Núbia, Ilcimar, Altair, Francisco, Ronaldo [grande incentivador e amigo], Rosane e Walace, sou grato pelos primeiros anos de convívio na vida acadêmica. Aos colegas da Universidade Católica do Salvador – BA: Raul “marinheiro”, Ramon “referência” (olha a referência!), Chacal, Carlos Paixão (tem carona hoje?), Rafa Sancho (o homem do banditismo social), Caio, Rose, Ricardo, Edmundo, André, Daniela “elétrica”, Emília, Eduardo [fuzileiro] “Terror”, Carlos Carioca, Isabel, Lila pedagoga, Emanuele (vai pegar o São Caetano? O buzú tá lotado!) e, especialmente a Kleber e Aline pela amizade e boas risadas. Um abraço especial e carinhoso à minha equipe , Bárbara, Gleide, Danusa e Neilson. Cabe aqui um registro a dois verdadeiros mestres, que não hierarquizam a relação professor-aluno e fazem da amizade a hélice propulsora do processo ensino-aprendizagem. Falo dos professores Charles D’Almeida Santana e Carlos Augusto Ferreira - Carlinhos. A vocês, meu respeito e admiração. VI Meus agradecimentos a Maurício e Gabriel pelos bons momentos de descontração durante o curso de Especialização na Universidade Federal Fluminense. A Ronaldo, amigo de longa data e grande incentivador, e Francisco, pelas boas risadas. “Chicão tá dormindo”?! A todos os colegas e amigos da turma Papa I (1996-1997) da Escola de Aprendizes- Marinheiros de Pernambuco, especialmente a Costa Freire, Germano, Lourenço, Guedes, Wagner, Gideone, George Bayeux, De Melo e Guga Bahia. Aos companheiros da Turma de Músicos do Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo (CIASC/99). Não poderia deixar de agradecer também aos colegas de trabalho, que de várias formas apoiaram-me e contribuíram para que eu vencesse mais esse degrau em minha escalada: Alves Joquinha, Gilberto, Paulo Tralha, Cleybson Catita [grande incentivador], Marinaldo, Bispo, Sidnei, Beto, Luís (Téo) Muritiba, Caetano, Genivaldo, Rodrigão, Fio, Ranieri Barata, Gilson Barbalho, Isaías, Valério, Leonardo (/99), Sinézio, S. Lima e Vitorino. Agradeço também a todos os colegas da Banda do Capacete. Rimos e sofremos juntos. Às novas colegas da UFF: Janaína, Keila, Luisa [fotógrafa!] e Claudiane, valeu pelo incentivo, pelas dicas e pela descontração. À professora Angela de Castro Gomes por ter me recebido e compreendido minhas dificuldades quando cursei disciplina no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil, na Fundação Getúlio Vargas (CPDOC-FGV). Ao professor da Unesp-Marília, Paulo Ribeiro da Cunha, pelo frutífero diálogo sobre os pouco lembrados, militares de bombordo e ao seu orientando Ricardo, pelo interesse na pesquisa sobre os marujos de 1964. À Banca, pelas sugestões, elogios e críticas durante minha qualificação. À professora Maria Paula Nascimento Araújo por ter aceitado participar e pelo respeito demonstrado na leitura e observações sobre a pesquisa. À professora Denise Rollemberg, além de agradecer sua presença na Banca, registro aqui a importância de suas palavras motivadoras quando fui seu orientando no curso de Especialização em História Contemporânea e o decisivo incentivo para que eu seguisse em frente. Aos entrevistados: Paulo Novaes Coutinho, Dílson da Silva, José Xavier Cortez, Otacílio dos Anjos Santos, Raimundo Porfírio Costa, Rivaldo Figueiredo da Silva, José Alípio e Dilma Aragão por terem me recebido e aberto alguns capítulos de suas vidas. Registro aqui, meu reconhecimento ao trabalho dos funcionários do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro (APERJ), Johenir e Bruno; do Arquivo Público do Estado de São Paulo (APESP), Ricardo e Geisa; e do Arquivo Edgard Leuenroth (AEL) – Universidade de VII Campinas - Ema Maria, Izabel Cristina, Marineide e Cleonice. Aqui tem um pouco da arte de vocês. Da Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM), embora ainda existam obstáculos consideráveis para investigar o período, ressalto a atenção do tenente Daniel Martins Gusmão e do servidor civil José Antônio. Por fim, à minha orientadora Samantha Viz Quadrat, que me acolheu quando eu era um “forasteiro”, um “retirante”, com sede de conhecimento, e acreditou em meu projeto. Ela foi durante mais de dois anos o meu farol em momentos de dúvidas e o meu porto seguro durante as tempestades. Sou grato especialmente pelas sugestões dos dois últimos capítulos, pelos livros emprestados, pelas inúmeras mensagens respondidas, pelos telefonemas atendidos, pela amizade e compreensão. Agradeço pelos “evite isso”, “não ficou bom”, “melhor assim”, “adorei”, “brilhante” e pelo “vamuquevamu”. À senhora, minha sincera homenagem e gratidão. VIII Resumo ALMEIDA, Anderson da Silva. Todo o leme a bombordo – marinheiros e ditadura civil- militar no Brasil: da Rebelião de 1964 à Anistia. Orientadora: Samantha Viz Quadrat. Niterói: UFF/ICHF/PPGH, 2010. Dissertação (Mestrado em História) A dissertação discute as trajetórias dos praças da Marinha pertencentes à Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais do Brasil (AMFNB), durante o período da ditadura civil- militar no Brasil. Com este objetivo analisam-se as principais causas e reivindicações da rebelião ocorrida em 1964, as participações de atores políticos, a ideia de que o acontecimento foi o estopim para o golpe e os caminhos posteriores percorridos pelos rebeldes. Nesse sentido, terão destaque tanto os marinheiros que participaram dos movimentos armados, quanto os que tentaram seguir suas vidas sem se envolver com a guerrilha. Por fim, a abordagem do longo e tortuoso processo de anistia destes atores sociais. Palavras-chave : Golpe Civil-Militar de 1964; Marinheiros; Luta Armada; Anistia. IX Abstract ALMEIDA, Anderson da Silva. Todo o leme a bombordo – marinheiros e ditadura civil- militar no Brasil: da rebelião de 1964 à Anistia. Orientadora: Samantha Viz Quadrat. Niterói: UFF/ICHF/PPGH, 2010. Dissertação (Mestrado em História) The essay discusses the trajectories of the infantry soldiers of the Navy who belonged to the Association of Sailors and Marines of Brazil (AMFNB) during the period of civil-military dictatorship in Brazil. To this end we analyze the main causes and claims of the mutiny in 1964, the participation of political actors, the idea that the event was the trigger for the coup and the subsequent paths traveled by the rebels. In this sense, it will highlight both the sailors who participated in armed movements, as those who tried to follow their lives