Sonhar Acordado

Total Page:16

File Type:pdf, Size:1020Kb

Sonhar Acordado Organização: Câmara Municipal de Almada Companhia de Teatro de Almada N.º 13 – SEGUNDA-FEIRA, 16 DE JULHO Sonhar acordado A sonâmbula, uma desconstrução pós-dramática da ópera oitocentista de Vincenzo Bellini e Felice Romani, é o último espectáculo a estar em cena na Sala Principal do Teatro Municipal Joaquim Benite. A produção da Münchner Kammerspiele pode ser vista amanhã, às 21h30, e quarta-feira, às 19h. epois de uma carreira como o seu espectáculo um conjunto de pianista, intérprete e cria- referências diversas. Convoca, em Ddor musical em peças de particular, duas obras emblemá- Christoph Marthaler e Frank Cas- ticas de Marcel Duchamp: Étant torf, David Marton tem vindo a donnés e La mariée mise à nu par © Gabriela Neeb criar os seus próprios espectáculos ses célibataires, même [Le Grand La sonnambula reúne um elenco com intérpretes de várias escolas artísticas e a desenvolver uma linguagem Verre] – a última das quais estabe- própria, assente no cruzamento lece uma relação imediata com a terminar o adiamento da boda, até fronteira entre o sonho e a realida- inovador do teatro com a música. ópera de Bellini, através da figura que tudo se esclareça. de e subverte a imagem tradicio- A sonâmbula estreou em Janeiro da noiva que o título de Duchamp nalmente associada ao sono, como de 2016 e consiste numa releitura evoca e que também assume prota- Sono agitado espaço de paz e de silêncio. Para a moderna da ópera que estreou em gonismo na obra oitocentista. Nes- “O primeiro objectivo de David revista Theater Heute, “Marton ce- 1831, em Milão, com libreto de ta (e no espectáculo de Marton), a Marton”, explica Barbara Enge- lebra o poder da diversidade dos Felice Romani e música de Vin- jovem chama-se Amina e está de lhardt, dramaturgista do espectácu- seus intérpretes”, reunindo uma cenzo Bellini, a honrar a tradição casamento marcado com Elvino, lo, “é a musicalidade fundamental cantora de jazz sérvia, um jovem do belcanto. Subjaz-lhe uma histó- um agricultor abastado. Todavia, do ser humano, cuja individuali- árabe, uma soprano japonesa for- ria simultaneamente “ingénua e ro- os episódios de sonambulismo des- dade e interioridade se exprimem mada na velha tradição europeia, mântica” que Marton deliberada- ta noiva hão-de estar na origem de através dos sons”. A sua adaptação um trompetista americano e dois mente complica, ao convocar para uma série de mal-entendidos e de- de A sonâmbula posiciona-se na performers e músicos alemães. Recordar Ary Fernando Tordo esteve ontem na Esplanada da Escola D. António da Costa, para um concerto exclusivamente dedicado à “parceria histórica” que o uniu a José Carlos Ary dos Santos. À sua frente estiveram mais de 300 pessoas, presas às suas histórias e às suas canções. © Luana Ribeiro Fernando Tordo regressou a Portugal após um período de quatro anos no Brasil avalo à solta foi a primei- extraordinária do poeta para vestir, Depois veio o Novo Fado Alegre, a terceira fechou a noite com cha- ra canção da noite e a pri- com palavras, músicas previamen- composto para Carlos do Carmo e ve de ouro, com Fernando Tordo a Cmeira colaboração entre te feitas, num processo criativo que para o Festival da Canção de 1976, recordar a importância desta vitó- Fernando Tordo e “a tia” – assim até inspirou uma das composições e, a fechar o alinhamento, três can- ria no Festival da Canção de 1973 se auto-intitulava José Carlos Ary interpretadas ontem à noite: Como ções marcantes: Fado de Alcoen- com um tema que escapou às ma- dos Santos, com humor. Foi tam- se faz uma canção. Neste concer- tre, Estrela da tarde e Tourada. A lhas da censura. O público marcou bém assim que Fernando Tordo o to, que durou quase 1h30, ouviu- primeira teve origem na fuga de 89 o ritmo com as suas palmas, juntou recordou, lembrando os cigarros, -se ainda Balada para os nossos agentes da PIDE da cadeia de Vale a sua voz à do cantor e compositor os gins tónicos e o n.º 23 da Rua da filhos e Meu corpo, uma canção de Judeus, em Alcoentre, em 1975. e, no fim, ainda ficou na fila para Saudade, em Lisboa, onde ambos feita para Beatriz da Conceição A segunda foi um dos momentos comprar um livro/disco autografa- moraram. O cantor e compositor que levou Fernando Tordo a recor- altos do concerto, pela beleza do do por um dos nomes maiores da elogiou, sobretudo, a capacidade dar a véspera do 25 de Abril de 74. poema que muitos sabem de cor. E música portuguesa. Almada e o Tejo Luis F. Jimenez, director do Festival de Olite em Navarra e do Festival Don Quijote de Paris, esteve este ano, pela primeira vez, no Festival de Almada. O texto que se segue dá conta dessa primeira visita. © Luana Ribeiro O caracol que se forma à entrada do Palco Grande é uma das marcas do Festival hegar a Almada é chegar a noites de Verão. Sempre sonhei panhado pelo Rodrigo. Esta é a pude deleitar-me com a programa- Lisboa, dirigir-se ao Cais chegar a Lisboa navegando-o. imagem que tenho dele, dos dois. ção de Almada nesta edição. Vi, en- Cdo Sodré, comprar um bi- Soube da existência do Festival de De Almada sempre me falaram os tre os dias 5 e 7, três propostas por- lhete para Cacilhas, apanhar o Almada, desde as suas primeiras nossos amigos dos La Zaranda, tuguesas e duas internacionais; tive barco e atravessar o rio Tejo. Rio edições, pela satisfação dos encon- Festival que, tanto o Paco como o vários encontros profissionais para que partilhamos por ter sido o rio tros com Joaquim Benite no festi- Eusebio, constantemente me reco- tentar pôr em marcha a programa- da minha infância e da minha ado- val de Cádiz, em Espanha. Encon- mendavam conhecer. Nesses anos ção e a colaboração com o festival lescência, rio que, antes de conhe- tros que se repetiram ao longo dos eu estava concentrado em consoli- de Olite em 2019, com o desejo cer Lisboa, já despertava em mim anos, sempre em Cádiz e num dos dar o Festival Don Quijote de Paris de ter Portugal como país convi- todos os fantasmas do viajante que quais conheci Rodrigo Francisco. para a divulgação do teatro espa- dado. Ao prazer da gastronomia e sou hoje. O Tejo sempre me trou- Ao escrever estas linhas vem-me à nhol e latino-americano em Fran- aos passeios por Almada tenho de xe Lisboa, a minha Lisboa, aquela memória a imagem da última vez ça. Sentia Portugal muito perto, juntar o prazer de ver o público nas que eu imaginava em Talavera de que vi o Joaquim, uma noite em mas distante no que dizia respeito salas, o seu entusiasmo e gene- la Reina passeando nas suas mar- que a doença se fazia notar, num aos projectos profissionais. rosidade para com os criadores e gens nas tardes de Outono ou nas passeio da cidade espanhola acom- Não foram muitos os dias em que actores que participam no festival. Ser Carmen AGENDA DE AMANHÃ RESTAURANTE COLÓQUIO DA ESPLANADA ão perca amanhã, às 18h, 18:00 Natália Luiza HOJE Escola D. António da Costa o colóquio que traz Natá- • Goulash lia Luiza à Esplanada da TEatRO N Natália Luiza protagoniza Carmen • Bacalhau com natas Escola D. António da Costa, em © Susana Paiva • Pastinaga com batata-doce 18:00 Colónia penal Almada. A actriz estará à conver- assada, vinagrete e alcaparras sa sobre Carmen, o espectáculo efeito a partir da autobiografia da Teatro do Bairro cuja carreira chegou ontem ao fim actriz, o trabalho com Diogo In- 19:00 A última estação AMANHÃ no Festival de Almada mas que fante (que assina a encenação) e Teatro Municipal Joaquim Benite • Frango com limão se mantém em cena no Teatro da todos os contornos desta co-pro- 19:00 Nada de mim • Solha grelhada com Trindade até ao próximo dia 29 de dução entre o Teatro da Trindade Teatro da Politécnica banana e coco Julho. Entre os assuntos aborda- e o Teatro Meridional. No papel • Paella de legumes dos estarão, certamente, a vontade de moderadora do colóquio estará 21:30 A sonâmbula de homenagear Carmen Dolores, Paula Magalhães, da Associação Teatro Municipal Joaquim Benite a dramaturgia concebida para o Portuguesa de Críticos de Teatro. Catálogos da exposição CTA: 40 anos em Almada Conheça a história da Companhia de Teatro de Almada através dos três volumes desta colecção. À venda na livraria do TMJB e na 4€ Escola D. António da Costa. PREÇO ESPECIAL Aquisição gratuita para os POR CADA CATÁLOGO membros do Clube de Promoção válida até 18 de Julho Amigos do TMJB..
Recommended publications
  • The TIMELESS JAZZ Duo Featuring Hilaria Kramer Trumpet and Ze
    “ Confessions “ Hilaria Kramer trumpet Ze Eduardo double bass Os mais de 100 anos de história do Jazz e a sua evolução deixaram-nos inúmeras composições com origem em diversas músicas populares tradicionais e em canções de trabalho. Por outro lado várias músicas escritas para musicais e programas de TV tornaram-se famosas e transformaram-se em standards de Jazz tocados em todo o mundo. Também um grande número de composições de Jazz tem sido usado em anúncios e filmes. The over 100 years old existence of Jazz and its evolution results in countless compositions, which got their origins partly from various traditional folk music and work songs. On the other hand a lot of songs, which have been written for musicals and TV shows, got famous and so-called jazz standards played around all over the world. A huge amount of Jazz compositions have been used for commercials and films as well. Die ueber 100 jaehrige Existenz und Entwicklung des Jazz bringt unzaehlige Kompositionen mit sich, welche zum Teil aus verschiedenen urtuemlichen Volkstraditionen entpringen. Zum Anderen wurden viele Songs, welche als Filmmusik entstanden, zu beruehmten, vielgespielten sogenannten Jazzstandards. Ebenso wurden vom Zeitalter des Fernsehens an verschiedenste bekannte Jazzkompositionen fuer Werbespots, Filme, musikalische Neuinterpretierungen usw benuetzt und gelangten auf diese Weise zu weltweitem Ruhm. Hilaria Kramer Nasceu em 1967, na Suíça. Iniciou estudos de trompete com 10 anos de idade na Escola de Jazz de St. Gallen, na Suíça e continuou na seção profissional com o “Jazzgiant” trompetista Benny Bailey e o pianista Arte Lande de 1981 a 1985. Em 1985 começa sua carreira internacional tocando em grupos e projectos com músicos como: Joe Henderson, Sal Nistico, Chet Baker, Daniel Humair, Lee Konitz, Nina Simone, Carmen Mac Ray, Steve Lacy, Luca Flores, David Murray, Gianluigi Trovesi, Claudio Fasoli e muitos outros.
    [Show full text]
  • Sons De Abril: Estilos Musicais E Movimentos De Intervenção Político-Cultural Na Revolução De 19741
    Revista Portuguesa de Musicologia 6, Lisboa, 1996, pp. 141-171 Sons de Abril: estilos musicais e movimentos de intervenção político-cultural na Revolução de 19741 MARIA DE SÃO ]OSÉ CORTE-REAL STE artigo consiste numa reflexão sobre o fenómeno «Sons Ede Abril», definindo-o numa perspectiva de relacionamento entre estilos musicais e movimentos de intervenção político• cultural associados à Revolução de 1974. Partindo de um corpus de música seleccionado de entre o vasto repertório designado correntemente por «música de intervenção» e «música popular portuguesa»/ foram consideradas três situações de relevância social, fortemente interligadas e concorrentes para a definição do fenómeno em estudo: o desenvolvimento político em Portugal sob o regime ditatorial marcadamente autoritário, a Guerra Colonial que mobilizou massivamente a geração da década de sessenta e a consequente fuga para o estrangeiro, nomeadamente para Paris, que tal como outros centros urbanos, albergou a juventude exilada de Portugal. Cada uma destas situações exerceu influências marcantes no desenvolvimento da cultura expressiva em geral e da música em particular em Portugal. A influência de compositores e intérpretes franceses, assim como o trabalho pontual de algumas editoras discográficas foram de importância capital no domínio da canção de intervenção em Portugal. Necessariamente, muitos compositores e intérpretes, assim como obras de relevo ficarão por citar. A inexistência de um estudo sistemático sobre esta matéria revela uma lacuna no conhecimento da cultura expressiva recente em Portugal. O texto original deste artigo foi apresentado numa conferência interactiva realizada na Fonoteca Municipal de Lisboa em 1995, integrada nas comemorações do 21.0 aniversário da Revolução de 1974. Ainda que adaptado ao novo suporte, a sua redução ao formato escrito acarreta necessariamente a amputação de um amplo leque de referências inerentes ao desempenho musical característico dos «Sons de Abril».
    [Show full text]
  • Os Festivais Da Canção Enquanto Eventos Midiáticos: Brasil E Portugal
    OS FESTIVAIS DA CANÇÃO ENQUANTO EVENTOS MIDIÁTICOS: BRASIL E PORTUGAL. José Fernando Saroba Monteiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro [email protected] Os festivais da canção, tal como os conhecemos hoje, surgem ainda na década de 1950, com o precursor Festival de San Remo (Festival della Canzone Italiana), inaugurando o formato festival que logo foi copiado por países no mundo todo, dando origem a uma infinidade de festivais nacionais, e outros tantos, fazendo competir diferentes países e, por vezes, de diferentes continentes. Dentre os mais conhecidos festivais estão: o Festival Eurovisão da Canção, surgido em 1956, na esteira do festival italiano, e o primeiro a fazer competir países entre si; o Festival Intervisão, tendo a mesma concepção do Festival Eurovisão, mas direcionado para os países do bloco soviético; o Festival OTI, voltado para os países iberoamericanos; e poderíamos assinalar uma infinidade de outros festivais nacionais, muitos deles responsáveis pela escolha de uma canção representante no Festival Eurovisão (quando se tratando do quadro europeu), como é o caso do Festival RTP da Canção, iniciado em 1964 em Portugal, justamente para escolher sua representante no eurofestival, mas muitos outros atingindo certa autonomia e reconhecimento inclusive internacionalmente, como o Festival Yamaha, realizado em Tóquio, reunindo artistas de inúmeros países, o Festival de Atenas, de caráter multicultural, o Festival de Sopot, e, dentre outros, o Festival Internacional da Canção do Rio de Janeiro, dividido em duas fases, uma nacional e outra internacional, nesta segunda, notadamente, os vencedores nacionais competiam com canções representantes de países de todo o mundo. Surgidos a partir da década de 1950, os festivais da canção puderam contar com o inovador recurso da imagem, possibilitado pelo advento da televisão, que se desenvolvia e se propagava justamente nesta mesma década.
    [Show full text]
  • Os Cinquenta Anos Do Festival Eurovisivo Português
    Revista Brasileira de Estudos da Canção – ISSN 2238-1198 Natal, n.6, jul-dez 2014. Disponível em: www.rbec.ect.ufrn.br Festival RTP da Canção: Os cinquenta anos do festival eurovisivo português José Fernando Saroba Monteiro1 [email protected] Resumo: Em 2014 o Festival RTP da Canção chega ao seu cinquentenário. Surgido para escolher uma canção portuguesa para concorrer no Festival Eurovisão da Canção, o festival português tornou-se uma plataforma para o descobrimento e reconhecimento de diversos artistas, além de apresentar canções que hoje são vistas como verdadeiras expressões da alma portuguesa. Mesmo Portugal nunca tendo vencido o Eurovisão, o Festival RTP da Canção continua a ser realizado como uma forma de celebração da música portuguesa e de erguer os ânimos da produção musical em nível nacional. Palavras-chave: Festival RTP da Canção; Festival Eurovisão da Canção; Música Portuguesa. Abstract: In 2014, the RTP Song Festival reaches its fiftieth anniversary. Arisen to choose a Portuguese song to compete in the Eurovision Song Contest, the Portuguese festival has become a platform for the discovery and recognition of several artists, as well as to present songs that are seen today as a true expression of the Portuguese soul. Although Portugal has never won the Eurovision, the RTP Song Festival continues to be held as a way to celebrate the Portuguese music and to raise the spirits of music production at national level. Keywords: RTP Song Festival; Eurovision Song Contest; Portuguese Music. Introdução Surgido em 1964 com a finalidade de escolher uma canção para representar Portugal no Festival Eurovisão2, o Festival RTP da Canção completa, em 2014, cinquenta anos.
    [Show full text]
  • Representations of Youth(S) in Some Musical Hits from the British Sixties1[1]
    Ten Years That Shook The World: Representations Of Youth(S) In Some Musical Hits From The British Sixties1[1] Miguel Alarcão Universidade Nova de Lisboa 1 This paper is affectionately dedicated to the memory of Rita Margarida Saraiva Coelho (1992- 2013), an undergraduate student in Modern Languages, Literatures and Cultures (English and North-American Studies) at FCSH-UNL, whom I met in two courses lectured in 2012-13 and which were greatly enriched by her enthusiasm and the brightness of her young eyes and smile. 53 Gaudium Sciendi, Nº 13, Dezembro 2017 2 "Let us die young or let us live forever. (…) Forever young, I wanna be forever young." (Alphaville, Forever Young, 1984) "Tonight, we are young. So let’s set the world on fire. We can burn brighter Than the sun." (Fun, We are young, featuring Janelle Monáe, 2011) shall start by quoting Arthur Marwick’s introductory words, just before singling out "(…) youth culture and trend-setting by young people (…)" I (1998: p. 3) as one of the decade’s most prominent features: 2 BIONOTE: Miguel Nuno Mercês de Mello de Alarcão e Silva has a BA (Modern Languages and Literatures, 1981), a MA (Anglo-Portuguese Studies, 1986) and a PhD (English Culture, 1996) awarded by UNL, where he has been lecturing since 1983, currently holding the post of Associate Professor at the Department of Modern Languages, Literatures and Cultures of the Faculty of Social and Human Sciences, New University of Lisbon, where he also collaborates as a Researcher at CETAPS. As single author he published Príncipe dos Ladrões: Robin Hood na Cultura Inglesa (c.
    [Show full text]
  • FOLHAS DE SALA Célia
    TÂNIA OLEIRO Nasceu em 1979, em Lisboa. Teve o Fado como berço, por condição, pois da infância recorda o fado cantado pela sua mãe. Continuamente solicitada, a sua voz é reconhecida como uma das melhores da atualidade. Tem sido convidada a cantar nas mais prestigiadas casas de fado e em diversas salas de espetáculos, em Portugal e em alguns países da Europa. Após catorze anos de carreira profissional e de intensa dedicação ao Fado, é chegado o momento de Tânia Oleiro registar em definitivo o seu talento e contributo num disco que pretende resumir a sua trajetória, experiência e identidade, representando simultaneamente a consolidação do seu trabalho. 26JUNHO DOMINGO MÚSICA © Pedro Correa da Silva FADOS DE TRADIÇÃO TÂNIA OLEIRO – Voz Pedimos que desliguem os telemóveis durante o espetáculo. VASCO MORAES – Voz Não é permitido tirar fotografias nem fazer gravações sonoras ou filmagens durante o espetáculo. Programa e elenco sujeitos a alteração sem aviso prévio. DINIS LAVOS – Guitarra portuguesa CARLOS MANUEL PROENÇA – Viola 16H00 / EDIFÍCIO COLEÇÃO MODERNA FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN – SALA POLIVALENTE Av. de Berna, 45 A gulbenkian.pt Duração: 1h00 1067-001 Lisboa FADOS DE TRADIÇÃO ANTÓNIO VASCO MORAES Nasceu em Lisboa, onde começou a cantar fado aos 18 anos, ainda como amador. Tem sido figura constante no mundo do fado há cerca de vinte anos. Quem frequenta as casas de fado, viu-o fazer parte dos elencos das mais importantes: Clube de Fado, Velho Páteo de Santana, Taverna do Embuçado, Mesa de Frades, Na tradição fadista uma mesma melodia pode cantar-se com etc. diferentes poemas. Entre as décadas de 1920 e 50 o Fado O protagonismo que foi ganhando, não só nas casas de fado como em muitas profissionaliza-se na nova rede das casas de Fado, e o repertório apresentações em Portugal e no estrangeiro, fê-lo experimentar o teatro musicado alarga-se pela colaboração intensa de novos compositores e novos e, com tal sucesso, que o levou a atuar em grandes salas, como o Grande poetas populares.
    [Show full text]
  • 2018 | 2019 11 MAI PROGRAMAÇÃOSÁB|21.30H Cineteatro Municipal João Mota João Municipal Cineteatro
    TEMPORADA 2018 | 2019 11 MAI PROGRAMAÇÃOSÁB|21.30h Cineteatro Municipal João Mota João Municipal Cineteatro culturalmúsica CINETEATROTEMPORADA 2018 MUNICIPAL JOÃO2 PROGRAMAÇÃO CULTURAL 2018/2019 MOTA PROGRAMAÇÃOdestaques cultural TEMPORADA 2018 CINETEATRO2019 Ficha Técnica Propriedade Design Gráfico Câmara Municipal de Sesimbra Rui Dias (Direção de Arte) Bruno Campos (UFCI) Diretor Francisco Jesus (presidente) Pré-impressão e impressão Gráfica, L.da MUNICIPALEdição, coordenação, paginação e revisão Tiragem Unidade Funcional de Comunicação 1000 exemplares e Informação (UFCI) e Cineteatro Municipal João Mota Distribuição gratuita JOÃO MOTAPROGRAMAÇÃO CULTURAL 2018/2019 33 Uma casa de portas abertas à cultura Cineteatro Municipal João Mota João Municipal Cineteatro e à comunidade FELÍCIA COSTA VEREADORA DO PELOURO DA CULTURA Em 2017, para assinalar uma década da e o cinema, assim como as oficinas para a abertura do Cineteatro Municipal João Mota, infância tiveram o seu espaço e o seu público. juntámos num cartaz comemorativo todos Aliás, a programação infantil foi sempre os nomes que durante 10 anos de atividade uma das prioridades desta sala, e as passaram por esta sala e por este palco. inúmeras atividades didáticas ligadas às Na extensa lista de mais de duzentos artes performativas juntaram e continuam espetáculos, que reproduzimos no final a juntar pais e filhos aos fins-de-semana desta revista, constam figuras consagradas, neste espaço. como Carlos do Carmo, Sérgio Godinho, Rui O mesmo acontece com o trabalho Veloso, Paulo de Carvalho, Jorge Palma, desenvolvido ao nível dos Serviços e José Mário Branco, Teresa Salgueiro, Projetos Educativos, com um conjunto Camané ou os Clã, ao lado de nomes que de oficinas de dança, teatro e música, eram, na altura, grandes promessas e que preparadas para complementar os vieram, depois, a afirmar-se no panorama da programas escolares, que têm tido enorme música nacional, como Deolinda, JP Simões, procura por parte dos professores.
    [Show full text]
  • Apresentação Do Powerpoint
    ANTÓNIO CALVÁRIO SIMONE DE OLIVEIRA MADALENA IGLÉSIAS EDUARDO NASCIMENTO CARLOS MENDES SÉRGIO BORGES TONICHA FERNANDO TORDO PAULO DE CARVALHO DUARTE MENDES CARLOS DO CARMO OS AMIGOS GEMINI MANUELA BRAVO JOSÉ CID CARLOS PAIÃO DOCE ARMANDO GAMA MARIA GUINOT ADELAIDE FERREIRA DORA DUO NEVADA DA VINCI NUCHA DULCE PONTES DINA ANABELA SARA TAVARES TÓ CRUZ LÚCIA MONIZ CÉLIA LAWSON ALMA LUSA RUI BANDEIRA LIANA MTM RITA GUERRA SOFIA VITÓRIA 2B NONSTOP SABRINA VÂNIA FERNANDES FLOR-DE-LIS FILIPA AZEVEDO HOMENS DA LUTA FILIPA SOUSA SUZY LEONOR ANDRADE SALVADOR SOBRAL CLÁUDIA PASCOAL ANTÓNIO CALVÁRIO SIMONE DE OLIVEIRA MADALENA IGLÉSIAS EDUARDO NASCIMENTO CARLOS MENDES SÉRGIO BORGES TONICHA FERNANDO TORDO PAULO DE CARVALHO DUARTE MENDES CARLOS DO CARMO OS AMIGOS GEMINI MANUELA BRAVO JOSÉ CID CARLOS PAIÃO DOCE ARMANDO GAMA MARIA GUINOT ADELAIDE FERREIRA DORA DUO NEVADA DA VINCI NUCHA DULCE PONTES DINA ANABELA SARA TAVARES TÓ CRUZ LÚCIA MONIZ CÉLIA LAWSON ALMA LUSA RUI BANDEIRA LIANA MTM RITA GUERRA SOFIA VITÓRIA 2B NONSTOP SABRINA VÂNIA FERNANDES FLOR- DE-LIS FILIPA AZEVEDO HOMENS DA LUTA FILIPA SOUSA SUZY LEONOR ANDRADE SALVADOR SOBRAL CLÁUDIA PASCOAL ANTÓNIO CALVÁRIO SIMONE DE OLIVEIRA MADALENA IGLÉSIAS EDUARDO NASCIMENTO CARLOS MENDES SÉRGIO BORGES TONICHA FERNANDO TORDO PAULO DE CARVALHO DUARTE MENDES CARLOS DO CARMO OS AMIGOS GEMINI MANUELA BRAVO JOSÉ CID CARLOS PAIÃO DOCE ARMANDO GAMA MARIA GUINOT ADELAIDE FERREIRA DORA DUO NEVADA DA VINCI NUCHA DULCE PONTES DINA ANABELA SARA TAVARES TÓ CRUZ LÚCIA MONIZ CÉLIA LAWSON ALMA LUSA RUI BANDEIRA LIANA
    [Show full text]
  • Redalyc.Discos Na Revolução: a Produção Fonográfica Da Canção De Protesto Em Portugal Na Senda Da Revolução Do 25 De Ab
    Trans. Revista Transcultural de Música E-ISSN: 1697-0101 [email protected] Sociedad de Etnomusicología España Castro, Hugo Discos na Revolução: A produção fonográfica da canção de protesto em Portugal na senda da Revolução do 25 de Abril de 1974 Trans. Revista Transcultural de Música, núm. 19, 2015, pp. 1-28 Sociedad de Etnomusicología Barcelona, España Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=82242883014 Como citar este artigo Número completo Sistema de Informação Científica Mais artigos Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Home da revista no Redalyc Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto TRANS 19 (2015) ARTÍCULOS/ARTICLES Discos na Revolução: A produção fonográfica da canção de protesto em Portugal na senda da Revolução do 25 de Abril de 1974 Hugo Castro (FCSH – Universidade Nova de Lisboa) Resumen Abstract Embora a canção de protesto em Portugal tivesse sido While protest song in Portugal had been configured in part during configurada, em parte, durante o período ditatorial que antecedeu the dictatorship that preceded the Revolution of the 25 April 1974, a Revolução do 25 de Abril de 1974, é já num contexto it is in a revolutionary context that this musical expression was revolucionário que esta expressão musical foi difundida em grande spread on a large scale, acquiring a prominent position in the escala, adquirindo uma posição de destaque no panorama musical Portuguese music scene. This article examines the record português. Este artigo analisa a produção fonográfica durante os production during the years that permeated the revolution, having anos que permeiam a revolução, tendo como principal enfoque os as main focus the records that were published during this period.
    [Show full text]
  • NÚRIA MADRUGA E VASCO SILVA Escolhem Resort De Sonho No Brasil
    MORTE TRÁGICA PAULO SOUSA COSTA PERDE FILHO DE 7 ANOS EM MENOS DE 24 HORAS, nº 543 . semanal . 27 de setembro de 2010 . €1,35 (Cont.) VÍTIMA DE LEUCEMIA RARA EXCLUSIVO NÚRIA MADRUGA e VASCO SILVA escolhem resort de sonho no Brasil “Ainda não me habituei a olhar para ele como meu marido” LUA-DE-MEL DE LUXO POLÉMICA ENTRE RONALDO E SARA CARBONERO, A NOIVA DE IKER CASILLAS MICHAEL DOUGLAS FALA SOBRE O CANCRO SEM TABUS Depois de estar sete anos afastada dos palcos, a atriz conciliou recentemente a peça “As Muralhas de Elsinore” com a telenovela da TVI. Agora ingressou na companhia Palco 13, onde “temos um grande caminho para percorrer”, garante, motivada Aos 26 anos, SARA PRATA confessa que não se sente preparada para partilhar casa com o namorado, João Rodrigues “Antes de viver junto ainda tenho muita coisa para fazer e quero divertir-me„ “Aos 15 anos saí de casa para embarcar nesta aventura [representação]„ asceu sob o signo Leão há 26 anos, em pleno agosto. Acredita sobre- tudo em si e nos projetos que o destino lhe vai reservando. Desde N pequena que “o faz de conta” é a forma de viver que mais a preenche e que a alimenta. Aos 15 saiu de casa para realizar o sonho da representação e agora colhe, na telenovela “Espírito Indomável” da TVI, os frutos do trabalho que considera para a vida. Apologista de que o dia tem 24 horas, não desperdiça um minuto que seja e até consegue conciliar a profi ssão com hobbies. “Custa-me ver pessoas que não têm muita atividade queixarem-se.
    [Show full text]
  • “Um Trabalho Colectivo De Recriação”
    MEMBRO HONORÁRIO DA ORDEM DA LIBERDADE REVISTA DA SPA SOCIEDADE PORTUGUESA DE AUTORES P14 P09 P06 Teresa Nicolau Mário Cláudio Patrícia Akester _ RECEBE PRÉMIO PROPOSTO PELA DEFENDE REFORMA N.º61 Janeiro/Março DE JORNALISMO SPA PARA NOBEL DO CÓDIGO DO de 2020 CULTURAL DA SPA DA LITERATURA DIREITO DE AUTOR P08 A SPA EM MACAU Sociedades de autores concretizam projecto de cooperação musical inédito P05 GALA SPA 2020 adiada por causa do novo Coronavírus P15 SÉRGIO GODINHO RECEBE PRÉMIO PEDRO OSÓRIO COM “NAÇÃO VALENTE” “Um trabalho colectivo de recriação” FOTOS DE INÁCIO LUDGERO ANUNCIO-REVISTA-AUTORES_210X290 - VERSO DE CAPA_V2.pdf 1 11/03/2020 17:08:44 ANUNCIO-REVISTA-AUTORES_210X290 - VERSO DE CAPA_V2.pdf 1 11/03/2020 17:08:44 SUMÁRIO E EDITORIAL | REVISTA AUTORES · P3 PROPRIEDADE Notícias Sociedade Portuguesa 04 Doze propostas Mais autores e mais de Autores. da SPA para 2020 Av. Duque de Loulé, 31, 05 Gala SPA 2020 projectos numa SPA 1069-153 Lisboa adiada por causa aberta à cooperação Telf. 21 359 44 00 do novo Coronavírus Fax. 21 353 02 57 NIF 500257841 Em foco E-mail [email protected] 06 Patrícia Akester lança DIRECTOR 2.ª edição do Código José Jorge Letria do Direito de Autor Anotado DIRECÇÃO EXECUTIVA 08 SPA e MACA concretizam om mais de 500 projectos criativos aprovados E COORDENAÇÃO projecto de cooperação em seis anos, a SPA, através do seu Fundo Cul- José Jorge Letria musical inédito Ctural, é a estrutura que em Portugal mais inten- EDITORA Edite Esteves samente apoia e dinamiza o processo criativo. Desta [email protected] Destaque forma, dezenas de novos discos, livros, exposições e TEXTOS 09 Mário Claúdio reúne toda outros projectos puderam ser concretizados com qua- Administração e Direcção a poesia em “Doze Mapas” lidade e êxito.
    [Show full text]
  • FESTIVAIS DA CANÇÃO: MÚSICA, MEDIA E CENSURA DURANTE OS REGIMES AUTORITÁRIOS EM BRASIL E PORTUGAL. José Fernando Saroba Monteiro1
    FESTIVAIS DA CANÇÃO: MÚSICA, MEDIA E CENSURA DURANTE OS REGIMES AUTORITÁRIOS EM BRASIL E PORTUGAL. José Fernando Saroba Monteiro1. PORTUGAL. Em 1932, António de Oliveira Salazar sobe ao poder e inicia o Estado Novo português, que se manteria por mais de quatro décadas, a mais extensa ditadura do século XX. Entretanto, a cultura a par daquela propagada pelo governo, não encontrava espaço para seu desenvolvimento, sendo até mesmo reprimida. É na Constituição de 1933 que passa a valer a lei da censura, determinando as diretrizes morais e político-sociais que deveriam ser seguidas no país. Essa censura, a partir de 1969, quando Salazar é substituído por Marcelo Caetano e quando se esperava uma maior abertura política, passa por uma reconfiguração, apesar de ter havido “[...] dúvidas entre os censores quanto à nova configuração da censura. [E também] Para os produtores da cultura também não ficaram claros os novos limites dessa ‘censura’ que trouxe a nomenclatura de ‘exame prévio’. (FIUZA, 2015: 62). No entanto, “exame prévio” era apenas um eufemismo, não recorrente em documentos internos, como destaca Alexandre Fiúza ao referenciar a “Circular 26 – DGI”, de 19 de fevereiro de 1972, documento da Direcção-Geral de Informação (DGI) enviado à Rádio Triunfo e Discos Alvorada: “Em 28 de Janeiro de 1971, enviei a V. Exa. o ofício confidencial n. 36- DGI/G, em que dava conta de que ‘resulta expressamente das leis em que deve ser vedada a edição ou radiodifusão de canções ou outras formas musicais que, pelo seu conteúdo e objectivos, ou em face das circunstâncias em que foram compostas, possam pôr em causa interesses legalmente protegidos’ [...].” (IAN/TT, SNI/ Censura, cx.
    [Show full text]