Alcianebaccin Fabianamoraes

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Alcianebaccin Fabianamoraes Alciane Baccin Alda Cristina Silva da Costa Andressa Bandeira Santana Caio Macedo Rodrigues Aniceto Célia Maria Ladeira Mota Cida Golin Dayane do Carmo Barretos Demétrio de Azeredo Soster Diego Gouveia Diogo Azoubel Duílio Fabbri Júnior Edgard Patrício Fabiana Moraes Fabiana Piccinin Fabiano Ormaneze Felipe Viero Kolinski Machado Heitor Costa Lima da Rocha Jaqueline Frantz de Lara Gomes Karolina de Almeida Calado Lorena Tárcia Geane Alzamora Luana Ciecelski Luísa Rizzatti Marta Maia Maurício Guilherme Silva Jr. Mayara de Araújo Mirian Redin de Quadros Monica Martinez Nathan Nguangu Kabuenge Renira Gambarato Rodrigo Bartz Sergio E. S. Ferreira Junior Thais Luciana Corrêa Braga Thiago Haas Carlotto Valéria de Castro Fonseca Vânia Torres Costa Victor Lemes Cruzeiro Marta Maia e Monica Martinez Organizadoras NARRATIVAS MIDIÁTICAS CONTEMPORÂNEAS: perspectivas metodológicas editora Santa Cruz do Sul 2018 Editora Catarse Ltda Rua Oswaldo Aranha, 444 Bairro Santo Inácio Santa Cruz do Sul/RS CEP 96820-150 www.editoracatarse.com.br facebook.com/editoracatarse C Copyright dos autores N234 Narrativas midiáticas contemporâneas: perspectivas metodológicas [recurso eletrônico] / Marta R. Maia e Monica Martinez, organizadoras – Santa Cruz do Sul: Catarse, 2018. 340 p. : 21x29,7 cm Texto eletrônico. Modo de acesso: World Wide Web. 1. Narrativa (Retórica) - Teoria. 2. Jornalismo. 3. Comunicação de massa. I. Maia, Marta R. II. Martinez, Monica. III. Rede de Pesquisa Narrativas Midiáticas Contemporâneas. ISBN: 978-85-69563-27-3 CDD: 808 Bibliotecária responsável: Fabiana Lorenzon Prates - CRB 10/1406 Projeto gráfico e diagramação: Mirian Flesch de Oliveira Revisão: Diana Azeredo Edição: Demétrio de Azeredo Soster Sumário 6 APRESENTAÇÃO PREFÁCIO 8 I - Narrativas, memória e temporalidades 12 O relevo da cidade construído nos gestos memorativos 13 do jornalismo de suplementos: o caso de Cultura de Zero Hora Cida Golin e Luísa Rizzatti Análise das narrativas sobre a ditadura no jornal Estado de Minas: memória e acontecimento 28 Marta R. Maia e Caio M. Rodrigues Aniceto Fios narrativos da notícia: uma perspectiva metodológica Valéria de Castro Fonseca e Célia Maria Ladeira Mota 42 Do passado ao presente pelo fio da memória: por uma abordagem semântico-discursiva de perfis 54 Fabiano Ormaneze Mídia, história e memória na narrativa comemorativa 69 da Rede Globo: os espaços “ocupados” pelos jornalistas Duílio Fabbri Júnior Memória, reconstituição narrativa e fontes/testemunhas 83 em Notícia de um Sequestro Fabiana Piccinin e Andressa Bandeira Santana II – Narrativas, subjetividades e rupturas 98 Para além do robô, a reportagem: pavimentando uma metodologia do jornalismo de subjetividade 99 Fabiana Moraes e Diego Gouveia Percursos metodológicos para análise de atos de subjetivação em narrativas jornalísticas 115 Mayara de Araújo e Edgard Patrício Um olho na escrita e outro no escritor: desafios metodológicos na análise de narrativas jornalísticas autorais 132 Dayane do Carmo Barretos As vozes que narram em O olho da rua, de Eliane Brum 147 Jaqueline Frantz de Lara Gomes Últimas palavras? Formas de aproximação do inefável através das narrativas biográficas de suicidas 160 Victor Lemes Cruzeiro III – Narrativas e contextualizações 177 Metodologia para identificação de processos transcriadores 178 em narrativas jornalísticas Maurício Guilherme Silva Jr. A juventude ao alcance de suas mãos: uma análise dos discursos sobre a velhice em cinquenta anos de Veja (1968 – 2017) 194 Felipe Viero Kolinski Machado A Hermenêutica de Profundidade e os apontamentos teórico-metodológicos de análise das narrativas jornalísticas 211 Alda Cristina Silva da Costa, Vânia Torres Costa, Nathan Nguangu Kabuenge, Sergio E. S. Ferreira Junior e Thais Luciana Corrêa Braga Jornalista e fonte na narrativa jornalística: hierarquia, autonomia e problematizações em conceitos teórico-metodológicos 225 Karolina de Almeida Calado e Heitor Costa Lima da Rocha IV – Narrativas convergentes 239 Cobertura jornalística transmídia de megaeventos esportivos: proposta metodológica aplicada às Olimpíadas de Sochi (2014) 240 e do Rio de Janeiro (2016) Lorena Tárcia, Geane Alzamora e Renira Gambarato O jornalismo e as zonas intermediárias de circulação: uma abordagem metodológica 254 Demétrio de Azeredo Soster, Luana Ciecelski, Rodrigo Bartz e Thiago Haas Carlotto Proposta metodológica para análise de reportagens hipermídia 277 Alciane Baccin Metodologias de pesquisa em jornalismo: trabalhos apresentados nos congressos da SBPJor (2004-2017) 296 Monica Martinez e Diogo Azoubel Análise de narrativas jornalísticas radiofônicas: reflexões sobre 317 os desafios metodológicos da pesquisa em rádio Mirian Redin de Quadros Quem são os autores 332 apresentação O crescente interesse pelo estudo das narrativas jornalísticas revela, de maneira explícita, a diversidade de angulações possíveis das produções em curso. Explicita ainda a relevância das narrativas como um dos lugares privilegiados da produção de sentidos na contemporaneidade. Acompanhamos, aqui, as palavras de Paul Ricoeur: “Contamos histórias porque, afinal, as vidas humanas precisam e merecem ser contadas” (2010, vol. 1, p. 129). Como pesquisadores da área, nos deparamos com um inquietante problema: a diversidade das possibilidades de escolha de métodos e técnicas mais adequados para o estudo desses relatos. Assim, como aponta José Luiz Braga (2011, p. 3), as pesquisas no Campo da Comunicação indicam uma “extraordinária diversidade de temas, objetos, questões, ângulos, conceitos, paradigmas e teorias que hoje são acionados, conforme as escolas, as áreas de interesse e as linhas de pesquisa”. Desta forma, sabemos que relacionar objetos, sujeitos e fenômenos não é uma tarefa fácil, nem pode ser feita de forma superficial. Tanto que, no primeiro livro publicado em 2017 pela nossa Rede de Pesquisas “Narrativas Midiáticas Contemporâneas”, a Renami, (disponível em http://editoracatarse. com.br/site/2017/10/10/narrativas-midiaticas-contemporaneas-perspectivas- epistemologicas/), trabalhamos as questões epistemológicas desse campo. Agora, neste segundo volume, abordamos os aspectos metodológicos. Entendemos que o compartilhamento de experiências de procedimentos diferentes adotados nas pesquisas deve ser um mote em nosso ambiente acadêmico. Por isso nossa preocupação em reunir, em um único volume, trabalhos que poderão servir de inspiração para futuras investigações, em especial, no campo jornalístico. Procuramos, na medida do possível, costurar apoios e aproximar sentidos, sempre lembrando que as pesquisas só prosperam quando compartilhadas e quando são passíveis de tensionamentos entre os pares. Isso posto, temos prazer em compartilhar este livro, “Narrativas midiáticas contemporâneas: perspectivas metodológicas”, idealizado e organizado pela nossa Rede. É com essa perspectiva, compreendendo que a diversidade é uma força e não uma fraqueza de nosso campo, que anunciamos os capítulos que compõem essa publicação, que conta com 37 autores de instituições públicas, comunitárias e particulares de quase todas as regiões do Brasil. 6 No item I, “Narrativas, memória e temporalidades”, são apresentados elementos polarizados entre o que Reinhart Koselleck (2006) define como as categorias de “espaço de experiência” e as de “horizonte de expectativas”. No item II, “Narrativas, subjetividades e rupturas”, aparecem questões que problematizam o chamado jornalismo de referência e amplia os caminhos possíveis para o processo de subjetivação nas narrativas atuais. Já o III, denominado “Narrativas e contextualizações”, além de propor novas formas de análise das narrativas, contextualizam as produções do campo. O item IV, “Narrativas convergentes”, entrega para o leitor e para a leitora a potência das novas narrativas em voga, além de mapear os movimentos das pesquisas específicas sobre metodologias. Advertimos aos leitores e às leitoras que desejam simplesmente textos acomodados que desistam da leitura. Garantimos, por outro lado, aos atentos pesquisadores e pesquisadoras que anseiam por questões novas e experimentações que não se arrependerão do acompanhamento das páginas a seguir. Mais do que ler os capítulos e devolver a obra na estante da casa ou na pasta do computador, no entanto, vivamente recomendamos que empreguem as que julgarem adequadas para tensionar suas próprias pesquisas dentro do contexto da revisão de literatura crítica que é um dos pilares do fazer científico. O que faz nosso campo avançar não é o trabalho solitário do pesquisador de narrativas, mas sim a aventura da descoberta coletiva, onde cada um contribui com seu estudo. Para isso, temos certeza, trazemos aqui trabalhos autorais consistentes e originais, lembrando assim o que nos diz o poeta Manoel de Barros: “Não pode haver ausência de boca nas palavras: nenhuma fique desamparada do ser que a revelou”. As organizadoras, Marta Maia e Monica Martinez (em uma tarde ensolarada de domingo) Referências BARROS, Manoel de. Livro sobre Nada. Rio de Janeiro: Record, 1996. BRAGA, José Luiz. Dispositivos interacionais. In Anais do XX Encontro da Compós, Porto Alegre, junho de 2011. KOSELLECK, Reinhart. Futuro Passado: Contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto, Editora Puc-RJ, 2006 RICOEUR, Paul. Tempo e Narrativa. São Paulo: Editora WMF/Martins Fontes, vol. 1, 2010. 7 prefácio Narrar no mundo: um desafio desses nossos tempos Fernando Resende (UFF) Narrar no mundo, nos tempos em que hoje vivemos, é um desafio que a mim parece central. Antes de tudo, porque ele nos joga no campo
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