A Obra Dramatúrgica De Vicente Pereira No Âmbito Do Teatro Besteirol

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A Obra Dramatúrgica De Vicente Pereira No Âmbito Do Teatro Besteirol UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA BRASILEIRA LUÍS FRANCISCO WASILEWSKI Isto é Besteirol: A obra dramatúrgica de Vicente Pereira no âmbito do Tea- tro Besteirol V. 1 São Paulo 2008 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA BRASILEIRA Isto é Besteirol: A obra dramatúrgica de Vicente Pereira no âmbito do Teatro Besteirol Luís Francisco Wasilewski Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Literatura Brasileira do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, para a obtenção do título de Mestre em Letras. Orientador: Profº Drº João Roberto Faria V. 1 3 À memória de André Valli, Felipe Pinheiro Mauro Rasi Ricardo de Almeida Vicente Pereira. Dedico a Henrique Wasilewski, Jaques Beck, Luís Henrique Wasilewski, Luís Gustavo Wasi- lewski, Marcus Alvisi, Miguel Magno e Terezinha Sawitzki Wasilewski, que ajudaram a tornar concreto este sonho. 4 Agradecimentos Ao meu orientador, João Roberto Faria, homem sensível e corajoso, que aceitou o desafio de orientar um mestrado sobre o Teatro Besteirol. Ao CNPq pela concessão da Bolsa. Aos Professores Neyde Veneziano e Rubens Brito (In Memoriam) pelas reflexões pertinentes que trouxeram ao meu Exame de Qualificação. Sou muito grato a Júlia Lemmertz, Flávio Marinho e Sérgio Fonta, que sempre estiveram dis- postos a me auxiliar no contato com os meus entrevistados. Da mesma forma agradeço a André Amaro, Carlos Paixão, Maria Helena Kühner e Rosi Campos, que me possibilitaram o acesso a uma significativa parte da obra de Vicente Pereira. E a Guilherme Bryan e Pia Manfroni, por me terem sido ótimos interlocutores. Aos queridos amigos que fiz em São Paulo: Alcides Nogueira, Michel Fernandes e Tuna Dwek. E aos amigos gaúchos que me apoiaram: Eloína Ferraz, Estanislava Wasilewski, Israel de Cas- tro, Hélio Barcellos Jr., Lauro Ramalho, Leandro Zanetti Lara, Luiz Jacintho Pilla, Mauro Soa- res, Maria do Carmo Campos, Mariana Bertolucci, Miriam Benigna, Renato Mendonça e Zé Adão Barbosa. E, last but not least , aos meus entrevistados que, compartilharam comigo suas maravilhosas histórias: Amir Haddad, Cristina Pereira, Diogo Vilela, Duse Nacaratti, Eduardo Dussek, Gil- berto Gawronski, Jacqueline Laurence, Luis Salém, Luiz Carlos Góes, Marcus Alvisi, Maria Lúcia Dahl, Maria Padilha, Marina Pereira, Mário Borges, Miguel Falabella, Miguel Magno, Neyde Veneziano, Rubens Araújo, Sandra Pêra, Stela Freitas e Thaís Portinho. A eles, minha gratidão. 5 Eu nunca soube, de nós duas, qual que era mais feliz. Se aquela que crê no que vê ou se aquela que crê no que diz. Que engraçado. Eu acho que gosto tanto do teatro porque ali moram os que crêem e os que dizem . Maria Carmem Barbosa e Miguel Falabella – Síndromes, loucos como nós Não é que eu só admita a comédia, mas juntar muitas pessoas num teatro e não ouvir um único riso? Isto me parece um desperdício de vida . Vicente Pereira. Dito para Maria Padilha. ... e ah como quero abraçar Vicente Pereira. Caio Fernando Abreu – Segunda carta para além dos muros . 6 Resumo : Esta dissertação estuda o Teatro Besteirol, movimento teatral importante da cena brasi- leira contemporânea . São analisados os espetáculos precursores do gênero como: Ladi- es na Madrugada e Quem Tem Medo de Itália Fausta ? até se estabelecer um estudo da obra dramatúrgica de Vicente Pereira, especialmente do seu texto Solidão, a Comédia . São vistos os procedimentos cômicos utilizados pelo escritor nesse texto, bem como a recepção de sua encenação junto à crítica. Palavras Chaves: Teatro Brasileiro, Teatro Besteirol, Vicente Pereira, Comédia, Literatura Brasileira. Abstract: This study concerns the Teatro Besteirol, remarkable drama genre of contemporary bra- zilian theatrical scene. It is presented an analysis of the plays Ladies na Madrugada and Quem Tem Medo de Itália Fausta , Teatro Besteirol's forerunners, followed by the study of the theatrical works of Vicente Pereira, particularly the play intitled Solidão, a Comédia . It is considered the theatrical (comic) procedures used by the playwright in its composition as well as the reception by the critics. 7 SUMÁRIO Introdução 08 Ladies na madrugada e Quem tem medo de Itália Fausta? : O começo do Besteirol em São Paulo 30 O Besteirol no Rio de Janeiro: A trajetória de Vicente Pereira 68 Solidão a comédia e sua encenação 120 Conclusão 167 Bibliografia 170 8 Introdução A primeira vez em que tive um contato com a obra de Vicente Pereira foi quando assisti à histórica encenação de Sereias da Zona Sul ,com Miguel Falabella e Guilherme Karam. Foi em 1989. Eu tinha 10 anos. Nunca tinha ouvido falar na expressão “Bestei- rol”. No entanto, quando vi Sereias , fiquei fascinado por aquele humor ferino, aquela transgressão dos costumes, onde o travestimento feminino era utilizado em abundância. Acredito que Falabella e Karam provocaram um encantamento em mim, tal qual Osca- rito e Grande Otelo fizeram nas crianças de outros tempos. Não é por acaso que a dupla das chanchadas cinematográficas será lembrada nesta dissertação. A estética do Bestei- rol herdou muito do humor deles, e também, como eles, foi vítima de preconceito. Este trabalho acadêmico visa a trazer para as discussões acadêmicas o Teatro Besteirol como tema relevante da história do teatro no Brasil, bem como levar a um número maior de pessoas a obra de Vicente Pereira, dramaturgo cuja qualidade artística ainda não foi suficientemente reconhecida. Vamos a sua história. Durante a ditadura militar, a resistência artística não se deu exclusivamente atra- vés do engajamento de esquerda. Há uma tendência cultural, detectada por Renato Ortiz no ensaio “ O popular e o nacional / Do popular nacional ao internacional popular ”, que o autor nomeia de “ Cultura de Depressão ”. Diz Renato: Cultura de Depressão com variações no irracionalismo, no misticis- mo, no escapismo, e sob o signo da ameaça, eis os traços essenciais que acompanham alguns setores da produção cultural brasileira a partir de 1969. Suas características apresentam espantosa convergên- cia ideológica: Enterra-se arbitrariamente a noção de mímese como base numa concepção reivindicada da linguagem, declara-se espúria ou careta a esfera do político e, através de um argumento equivocado do perigo da recuperação via indústria cultural ou pelo establishment, faz-se a profissão de fé do silêncio teórico, isto é, a recusa apologética do discurso conceptualizado sobre a produção artística, sobretudo a musical. Isto tudo mesclado a um culto modernoso do nonsense, a um repúdio à pontilhação racional do discurso. Portanto, ênfase no sujeito 9 “alienado”, que busca na droga, no misticismo ou na psicanálise, a forma de expressar sua individualidade; desarticulação do discurso, reificação da linguagem, o que equivaleria a uma desvalorização do conhecimento racional; recusa em se encarar o elemento político 1. O presente trabalho estudará um fenômeno teatral que, advindo da contracultura dos anos setenta e negando a arte como engajamento político, virá a ser, na década de oitenta, alvo de fervorosas discussões e responsável por uma renovação da platéia tea- tral. Tal estilo teatral foi batizado de forma pejorativa: trata-se do Teatro Besteirol . O autor do rótulo foi o crítico teatral Macksen Luiz que, na edição da revista Isto É de setembro de 1980, assim escreveu sobre a peça As 1001 encarnações de Pompeu Lore- do , de Mauro Rasi e Vicente Pereira: “A melhor definição para a peça pode ser resumi- da num neologismo carioca, gíria de praia, que significa exatamente aquilo que a pala- vra resume: Besteirol . Essa divertida bobagem deve conseguir grande sucesso de públi- co 2”. Em depoimento para Guilherme Bryan, Mauro Rasi definiu o estilo teatral como: “As chanchadas da Atlântida com a participação de Lou Reed 3”. No entanto, ecos deste teatro encontravam-se já nos anos setenta. Vicente Perei- ra, que iniciou sua carreira no centro do país fazendo o visagismo dos shows do grupo Secos & Molhados , protagoniza em 1974 um texto de Mauro Rasi intitulado Ladies na madrugada , que foi também a estréia no palco do ator e figurinista Patrício Bisso. Ladi- es já possuía algumas características do que viria a ser o Besteirol , entre as quais, atores vestidos de mulher - é importante lembrar que na época o travestimento estava incorpo- rado em diversas manifestações artísticas, tais como os próprios Secos & Molhados e o grupo de teatro-dança Dzi Croquettes , isso sem falar no glam rock de David Bowie. Em entrevista a este trabalho, Luiz Carlos Góes, que atuava no espetáculo, lembrou o pro- cesso embrionário de Ladies : 1 ORTIZ, Renato; O popular e o nacional – “Do popular nacional ao internacional popular” , In: A mo- derna tradição brasileira , São Paulo, Brasiliense, 1988, p. 158. 2 BRYAN, Guilherme; Quem tem um sonho não dança: cultura jovem brasileira nos anos 80 , São Paulo, Record, 2004, p. 24. 10 Nós não tínhamos dinheiro para comer. Tudo que conseguíamos ar- recadar era para pagar nossas drogas. Então Ladies surgiu assim. Um ia escrevendo um pedaço, outro colocava uma idéia no papel, aí o Mauro juntou tudo aquilo e criou o espetáculo. Nós vivíamos tão drogados e a paranóia da ditadura em cima de nós era tanta que, em um dos ensaios, um menino entrou no teatro Treze de maio, sentou e ficou vendo o nosso ensaio, nós pensamos que era um agente do DOPS. Só que no outro dia ele voltou vestido de mu- lher e daquele jeito como ele ficou conhecido. Vestido como uma mulher antiga, uma atriz de cinema dos anos 40. Esse menino era o Patrício Bisso. Na época Patrício Bisso tinha 15 anos. Tinha vindo exilado da Argentina. Logo ele foi incorporado ao elenco de Ladies e sua carência afetiva era tão grande que ele passou a me chamar de pai e o Rubens Araújo, que também estava no elenco, de mãe.
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