Amácio Mazzaropi (1912-1981)

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Amácio Mazzaropi (1912-1981) VALEPARAIBANOS NO CINEMA E NA TV AMÁCIO MAZZAROPI (1912-1981) APESAR de nascido no bairro de Santa Cecília, em São Paulo, em 9 de abril de 1912, AMÁCIO MAZZAROPPI mudou-se, com a família, aos 2 anos de idade, para Taubaté. Desde criança desejou ser ator circense, experiência iniciada aos 14 anos. Em 1946, estreia na Rádio Tupi com o programa Rancho Alegre. No ano seguinte, assina contrato com a Companhia Dercy Gonçalves. Em 1950, inaugurada a primeira emissora de TV no Brasil, a TV Difusora de São Paulo, Mazzaropi é convidado para o show de estreia. Um ano depois, estava na TV Tupi do Rio e de São Paulo fazendo programa de humor e era convidado para o seu primeiro filme pela companhia Vera Cruz: Sai da Frente. O sucesso do primeiro filme desencadeou Nadando em dinheiro, Candinho, A Carrocinha e inúmeros outros sucessos de crítica e de bilheteria. Após seu oitavo filme (Chico Fumaça-1958), Mazzaropi decide criar sua própria produtora, a PAM Filmes (Produções Amácio Mazzaropi). Ao longo de sua carreira, foram, ao todo, 32 filmes produzidos. Mazzaropi faleceu em São Paulo, aos 69 anos, no dia 13 de junho de 1981. YARA SALLES (1912 - 1986) NASCIDA em Taubaté-SP, em 27 de julho de 1912, YARA MARIA OLIVEIRA SALLES iniciou carreira como apresentadora do programa humorístico Trem da Alegria, na Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Mais Héber Bôscoli, seu marido, e Lamartine Babo, compunham o Trio de Osso, assim chamado pelo fato de os três serem muito magros. Também na Rádio Nacional, como mamãe Dolores, estrelou na novela Direito de Nascer e apresentou o programa A felicidade bate à sua porta. Na TV, atuou em novelas como Nuvem de Fogo (TV Paulista-1963), Cabocla (Globo-1979), Coração Alado (Globo-1980), novela na qual trabalhou ao lado do filho adotivo Perry Salles e de sua nora Vera Fischer, e Eu prometo (Globo-1983). Em 1949, atuou no filme Pra lá de boa, comédia musical com a participação de Lamartine Babo e Vicente Celestino. O único em sua carreira. Após o terceiro infarto, Yara Salles não resistiu e faleceu, no dia 26 de junho de 1986, na cidade de Bananal-SP, um mês antes de completar 74 anos de idade. LIA DE AGUIAR (1927 - 2000) FOI como cantora no programa Clube do Papai Noel, na Rádio Difusora de São Paulo, que LIA BORGES DE AGUIAR, taubateana nascida em 30 de abril de 1927, iniciou sua carreira. Auxiliada pelo radialista Sagramour de Scuvero, Lia de Aguiar adentrou no rádio e na TV. Como atriz de rádio-teatro, encenou, para o programa Teatro de Brinquedo, peças de teatro infantil montadas para o rádio. Contratada pela Rádio Tupi, começou a atuar em rádio-novelas trabalhando com Otávio Gabus Mendes e Oduvaldo Viana. Dentre as rádio-novelas, atuou em Tempestade d’alma, A felicidade bate a sua porta e Pelos caminhos da vida. Na televisão, foi a primeira protagonista do programa Sua vida por um fio, e participou do programa TV de Vanguarda. No teleteatro atuou em A vaidosa, Esquina, E o vento levou. Foi atriz nas emissoras Bandeirantes, Record e SBT. Entre 1951 e 1999, atuou em 32 telenovelas e no cinema, atuou em O comprador de fazendas (1951), O Sobrado (1956), O sexo mora ao lado (1975), Dani, um cachorro muito vivo (1979), A hora mágica (1998). CID MOREIRA (1927 - ) CID MOREIRA notabilizou-se como apresentador, por quase trinta anos (1969-1996), do telejornal de maior audiência da televisão brasileira: o Jornal Nacional, da Rede Globo de televisão. Iniciou sua carreira em 1947, como locutor da Rádio Difusora de Taubaté, cidade onde nasceu no dia 29 de setembro de 1927. Foi locutor do Canal 100, documentário semanal produzido por Carlos Niemeyer que antecedia as sessões de cinema em todo país. Como ator, teve participação no filme Angu de Caroço, de 1955. Em 1958, voltaria a atuar no cinema, como narrador, no filme Traficantes do crime. Gravou, na íntegra e em linguagem atual, a Bíblia Sagrada. Os CDs bíblicos com sua locução atingiram 30 milhões de cópias. Brasil, bom de bola (1970), Futebol total (1974), João e sinuca brasileira (1982), Fantástico 30 anos - grandes reportagens (2004) e Dois filhos de Francisco (2005) estão entre suas principais locuções. HEBE CAMARGO (1929 - ) TAUBATEANA nascida em 8 de março de 1926, HEBE MARIA MONTEIRO DE CAMARGO RAVAGNANI é filha do violinista Fêgo Camargo e iniciou sua carreira artística na década de 1940, como cantora, fazendo com sua irmã Estela a dupla caipira Rosalinda e Florisbela. Em 1950, no programa Rancho Alegre da TV Tupi do Rio, em dueto com Ivon Cury, faz uma de suas primeiras participações na televisão. Mas sua estreia como apresentadora acontece em 1955, no programa O mundo é das mulheres, o primeiro programa feminino da televisão brasileira. Somente onze anos depois, em 1966, pela TV Record, nasceria o programa dominical Hebe Camargo, que a consagraria como apresentadora e entrevistadora. Após passar pela TV Record e pela TV Bandeirantes, Hebe foi contratada, em 1986, pelo SBT, emissora na qual permaneceu até 2010. Em 2011, passou a apresentar seu programa na Rede TV. Ainda na televisão, Hebe Camargo fez participações especiais em novelas como O Profeta (Tupi - 1978), Romeu e Julieta (SBT - 1990) e Amigas e Rivais (SBT - 2007). NEUZA AMARAL (1930 - ) SÃO JOSÉ DO BARREIRO é terra natal de NEUZA GOUVEIA DA SILVA AMARAL. Nascida em 01 de agosto de 1930, foi em São Paulo que encontrou impulso para sua carreira em radionovelas. Estreou na televisão, em 1957, com a novela Alma na Noite Em 1963, participou da primeira telenovela diária, na TV Excelsior: 2- 5499 Ocupado. Desde então, foram mais de 40 trabalhos entre novelas e participações em especiais. Em 1975, recebeu o prêmio da APCA pela atuação na telenovela Os ossos do Barão. No cinema, atuou em cerca de 20 produções cinematográficas. Depois de A Lei do cão, seu filme de estreia, em 1967, seguiram trabalhos como Memórias de um Gigolô, Os machões, Quem tem medo de Lobisomem e Como é boa nossa empregada. Dentre as novelas nas quais atuou: Irmãos Coragem (1970), Selva de Pedra (1972), Bravo! (1975), Estúpido Cupido (1976), Cabocla (1979), Ciranda de Pedra (1981), Sinhá Moça (1986) e Tocaia Grande (1995). CONSUELO LEANDRO (1932 - 1999) CONSIDERADA uma das maiores humoristas do cinema e da televisão brasileiros, MARIA CONSUELO DA COSTA ORTIZ NOGUEIRA (CONSUELO LEANDRO) é natural de Lorena. No início da década de 1950, no Rio de Janeiro, frequentou a Escola de Dança do Teatro Municipal e, em 1953, estreou no Teatro de Revista com a peça Carrossel de Mulheres. Na Rádio Nacional, fez radioteatro e o programa Balança mas não cai. No cinema, atuou em mais de vinte filmes. Após Os três recrutas (1953), seu primeiro filme, constam de sua filmografia: Com a mão na massa (1953), O Petróleo é nosso (1954), Carnaval em Caxias (1954), Angu de Caroço (1955), Tira a mão daí! (1956), Espírito de Porco (1957), No Mundo da Lua (1958), Pistoleiro Bossa Nova (1959), Sai dessa Recruta (1960), A Arte de Amar Bem (1970), Gugu, o bom de cama (1979), O bem dotado: o homem de Itu (1979), Como faturar a mulher do próximo (1981), O menino Arco-Íris (1983), O Escorpião Escarlate (1986) e outros. No SBT fez os programas de humor Praça da Alegria, A praça é nossa e Escolinha do Golias; e na TV Globo foi a Lili Bolero da novela Cambalacho. MARISA URBAN (1938 - ) QUEM quer que tenha tido a oportunidade de assistir ao Programa de Calouros de Flávio Cavalcanti, na década de 1970, não se esquece da beleza marcante e encantadora de MARISA URBAN no corpo de jurados. Nascida em Aparecida, em 19 de outubro de 1938. Aos 30 anos atuava no teleteatro do programa Bibi ao vivo. Em 1969, no Teatro Opinião, no Rio de Janeiro, realizou um show sobre a história do samba ao lado de Martinho da Vila e Clementina de Jesus. Entre os anos 80 e 90 apresentou o programa Gente do Rio e o programa Deles e Delas ao lado de Leleco Barbosa. Dentre suas atuações no cinema estão: Garota de Ipanema (1967), As Sete Faces de um Cafajeste (1968), O Engano (1968), Dezesperato (1968), Até que o casamento nos separe (1968), Adultério à Brasileira (1969), Parafernália o Dia de Caça (1970), O Donzelo (1970), The Sandpit Generals (1971) e Êxtase de Sádicos (1973). CELLY CAMPELLO (1942 - 2003) NOME ARTÍSTICO de Célia Benelli Campello, taubateana nascida em 18 de junho de 1942, CELLY CAMPELLO celebrizou-se como cantora de talento precoce. Aos seis anos cantava na Rádio Cacique (Taubaté) e aos doze já tinha seu próprio programa na mesma rádio. Em 1958, aos 15 anos, ao lado do irmão Tony Campello, gravou seu primeiro disco 78 rotações. No mesmo ano estreou nos programas Campeões do Disco (TV Tupi) e Celly e Tony em Hi Fi (Rede Record). Em 1959, no Programa do Chacrinha, lançou a versão Estúpido Cúpido: um sucesso. No mesmo ano gravaria o longa Jeca Tatu, de Mazaroppi. Gravou ainda em Zé do Periquito (1960) e Ritmo Alucinante (1976). Precocemente, quando era cogitada para apresentar o programa Jovem Guarda (TV Record), ao lado de Roberto e Erasmos Carlos, interromperia sua carreira, aos 20 anos, para se casar. Sua discografia abrange 78 rpm, compactos simples de duplos e Long Plays (LPs) pela Odeon e RCA Victor, e compacto simples e duplo pela Continental. JUAREZ SOARES (1941 - ) APESAR de ter iniciado sua carreira como locutor esportivo na Rádio Cultura da cidade de Lorena-SP, o joseense JUAREZ SOARES logo foi contratado para a Rádio Difusora paulistana, onde iniciou em agosto de 1961.
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    Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Uerj – 5 a 9 de setembro de 2005 O Retrato Rodrigueano na Tv (1963 – 2002): Uma Trajetória Através dos Formatos de Tele-ficção 1 Sandra Reimão (orientador) Docente UMESP Paula Petreca Discente de Radio e Tv pela UMESP 2 Resumo Este trabalho apresenta os resultados iniciais de uma pesquisa que se debruça sobre um segmento ainda pouco estudado da obra de Nelson Rodrigues: sua presença no panorama nacional da tele-ficção. Buscou-se localizar, identificar e caracterizar a presença Rodrigueana na televisão, que abrange desde uma breve experiência como tele-dramaturgo até as posteriores adaptações de seus textos teatrais e literários, apresentadas sob os mais variados formatos que comporta o segmento de tele-ficçcão. Palavras-chave Escritores; Teledramaturgia; História do Audiovisual; Nelson Rodrigues _________________ 1 Trabalho apresentado à Sessão Temas Especiais - Intercom Junior. 2 Profa. Dra. Sandra Lúcia Amaral de Assis Reimão Doutora em Comunicação e Semiótica (PUC-SP). Professora-visitante da Universidade de Paris (França). Coordenadora do grupo Estudos de Mídia (CNPq). Bolsista CNPq, categoria produtividade em pesquisa. Editora da revista Comunicação & Sociedade. [email protected] Paula Carolina Petreca Discente de Comunicação Social – Radio e Tv pela UMESP [email protected] 1 Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Uerj – 5 a 9 de setembro de 2005 É interessante observar que as histórias de Nelson Rodrigues estiveram presentes na tv desde seus primórdios até os dias de hoje. Sabe-se que o dramaturgo escreveu roteiros para o programa Tv de Vanguarda, além de ter algumas de suas peças adaptadas pelo Grande Teatro Tupi, mas é a partir da década de 1960 que sua intervenção adquire maior relevância para o estudo da teledramaturgia nacional.
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