EXISTÊNCIAS AFRICANAS NA CAPOEIRA NATALIA PUKE Rio

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EXISTÊNCIAS AFRICANAS NA CAPOEIRA NATALIA PUKE Rio UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” unesp INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO Linguagem - Experiência - Memória - Formação O CORPO COMO ESCRITA: (RE)EXISTÊNCIAS AFRICANAS NA CAPOEIRA NATALIA PUKE Rio Claro 2018 NATALIA PUKE O CORPO COMO ESCRITA: (RE)EXISTÊNCIAS AFRICANAS NA CAPOEIRA Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Educação, Instituto de Biociências do Câmpus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestra em Educação Orientadora: Profª Dra. Maria Rosa Martins de Camargo Rodrigues Rio Claro 2018 Puke, Natalia P979c O corpo como escrita : (re)existências africanas na capoeira / Natalia Puke. -- Rio Claro, 2018 188 p. : fotos Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista (Unesp), Instituto de Biociências, Rio Claro Orientadora: Maria Rosa Martins de Camargo Rodrigues 1. Capoeira. 2. Corpo. 3. Filosofia Afroperspectivista. 4. Ritual. 5. Mandinga. I. Título. Sistema de geração automática de fichas catalográficas da Unesp. Biblioteca do Instituto de Biociências, Rio Claro. Dados fornecidos pelo autor(a). Essa ficha não pode ser modificada. DEDICATÓRIA À memória da minha querida mãe, que és jasmim. Flores do campo, jasmim, brotam sem poda ou rega, mas florescem na toda primavera. Quando exalam perfume é para saudar o vento, pois espalha suas sementes para continuar a quimera. São flores simples, sem quase esplendor, mas o campo ficaria cinza se não houvesse essa flor. (Deise Lúcia Puke, 1957 - 2011) AGRADECIMENTOS Agradeço, primeiramente, a minha orientadora, a Dra. Maria Rosa Rodrigues Martins de Camargo, que me conduziu nas encruzilhadas dessa pesquisa com a sabedoria de Oxalufã, acalmando as minhas inquietudes com as batidas de Igbin. Meu companheiro, Maicon Araki que, com a paciência e atenção do caçador Oxóssi, me ajudou a atravessar as zonas perigosas, provendo o que fosse necessário para eu não hesitar. À Dra. Letícia Vidor de Sousa Reis e ao Dr. Dagoberto da Fonseca, que me orientaram assertivamente, apontando com o machado de Xangô as fragilidades e potencialidades desse trabalho. À minha irmã e fotógrafa Letícia Puke que, com a sensibilidade de Ewá, viu e captou os registros do corpo mandingueiro. E por fim, registro o meu agradecimento especial ao Mestre de Capoeira Vaguinho (Vagner Cristiano Farias) e sua companheira e Filha de Santo, Evelin Helena de Sousa Antônio Farias, pessoas que Orunmilá colocou em meu caminho, e com as quais passei a ter o privilégio de conviver, e, que, provavelmente, sem elas esse trabalho não teria tido o mesmo resultado. Vaguinho, jovem guerreiro – Oxaguiã – me acolheu na sua escola de Capoeira Angola e me iniciou nos segredos da mandinga. Com muita humildade e confiança, partilhou suas sabedorias e permitiu que eu fotografasse o seu corpo mandingueiro. Evelin, com seu espelho de abebé de Iemanjá, e sempre afirmando suas visões com cuidado de mãe, me fez ver a face sacralizada dos ritos e reconhecer o que eu não sabia. Asè Almas vibrantes em corpos orgulhosos (mesmo quando mutilados) andamos de cabeça para baixo. Põem a cabeça no chão, emparafusam-se nas coisas (conhecendo-as por dentro) e no giro, vão dando ideias subterrâneas que serve de guias pra a gente se transformar e encarar o mundo. (Mestre Canjiquinha) RESUMO Este trabalho busca cartografar as (re)existências africanas na cultura da capoeira, tendo como objeto de estudo os fundamentos e a linguagem corporal no ritual da roda. A capoeira, como uma manifestação cultural de tradição negra, incorpora símbolos, cosmologias e ontologias dos povos da diáspora africana. Os povos de matriz africana, que se reterritorializaram em terras brasileiras, reconstituíram suas visões de mundo e desenharam suas formas de conhecimento por meio da escrita do corpo, entrecruzando nos movimentos e nos ritmos, saberes riscados pelas epistemologias das macumbas. Partindo do plano de imanência da Filosofia Afroperspectivista, e incorporando a perspectiva do cruzo entre as minhas experiências como capoeira, a base conceitual de obras de referências, o acervo documental de músicas, fotografias e vídeos, busquei cartografar no jogo de corpo de mandinga e nos ritos da roda de capoeira, a visibilidade das (re)existências africanas que coreografam saberes por meio de práticas de encantes, que reafirmam, entre as dobras das epistemes vigentes, um modo particular de ser e estar no mundo. PALAVRAS-CHAVE: Capoeira. Corpo. Filosofia Afroperspectivista. Ritual. Mandinga. ABSTRACT This work aims to cartograph the african (re)existences into the capoeira culture, having as object of study the fundaments and the body language from the rodas de capoeira. Capoeira is a cultural manifestation derived from a black culture tradition and as such, incorporates symbols, cosmologies and ontologies from the people of the african diaspora. The people of the african roots that reterritorialized in brazilian lands, reconstituted their world vision and designed their forms of knowledge through their body writings, crisscrossing into the rhythms and movements, wisdoms scratched by the epistemology of the macumbas. Starting from the imanence plan on the afroperspectivist philosophy and incorporating the perspective of the crossing amongst my experiences as a capoeirista, the conceptual basis of the reference works, the music, photography and video documental archives, I’ve searched to cartograph the mandinga body set and the rites of the rodas de capoeira for a visibility of the african (re)existences that coreograph knowledges through the enchants that reaffirm, between the bends of the current epistemes, a particular way of being in the world. KEYWORDS: Capoeira. Body. Afroperspectivist Philosophy. Ritual. Mandinga. SUMÁRIO 1. ADENTRANDO A RODA ................................................................................................ 9 2. PARTE I: O CAMINHO NEGRO .................................................................................... 16 3. PARTE II: A NEGAÇÃO DO OUTRO: O DESCONHECIMENTO SOBRE ÁFRICA E OS AFRO-BRASILEIROS .................................................................................................. 38 4. PARTE III: UMA BREVE HISTÓRIA DA RAZÃO OCIDENTAL: A VISÃO PROMETEICA .................................................................................................................... 50 5. PARTE IV: A FILOSOFIA AFROPERSPECTIVISTA COMO POSSIBILIDADE DE DESCOLONIZAÇÃO DO PENSAMENTO ........................................................................ 57 6. PARTE V: CAPOEIRA: ORIGENS E TRANSFORMAÇÕES ........................................ 85 7. PARTE VI: (RE)EXISTÊNCIAS AFRICANAS DA CAPOEIRA.................................. 110 7.1. A roda de capoeira: um lugar ritual .......................................................................... 111 7.1.1. A capoeira é jogo ritual ..................................................................................... 133 7.2. A gramática da mandinga ............................................................................................ 142 7.2.2. Cartografias do corpo mandingueiro ..................................................................... 155 8. ADEUS, ADEUS! BOA VIAGEM, EU VOU-ME EMBORA..........................................180 REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 182 9 1. ADENTRANDO A RODA Iêê... Andam dizendo por aí Andam dizendo por aí Que uma lei já se formou Pra regulamentar a capoeira Isso é coisa de doutor. Quem elaborou essa lei Quem elaborou essa lei, ô iá iá Capoeira não jogou Capoeira nasceu no gueto E o mundo já ganhou. A capoeira está livre Desse sistema opressor. Para ser bom capoeira Oi para ser bom capoeira ô iá iá Não precisa ser doutor. Todo mestre é doutorado Dessa arte, meu senhor Camarada... Iê aquinderei Iê viva meu Deus Iê viva meu mestre Iê quem me ensinou Iê a respeitar Iê menino é bom Iê sabe jogar Joga aqui pra lá Ô de lá pra cá (Ladainha de Mestre Camaleão) Foi no ano de 1996, quando eu tinha 10 anos, que ouvi pela primeira vez um berimbau tocar. Eu morava na cidade de Nova Odessa – SP e estava nadando na piscina de um clube, quando ecoou do ginásio uma música forte, com batuque e canto, que até então eu não conhecia. O ritmo soou dentro de mim como um encanto e corri curiosa para ver o que estava acontecendo no interior do ginásio. Havia uma grande roda que era composta por pessoas que tocavam, cantavam e se movimentavam no centro com performances corporais que aos meus olhos eram surpreendentes. Fui me embrenhando entre o público para me aproximar do acontecimento e então perguntei para uma pessoa o que era. Ela me respondeu: “É um batizado de capoeira!” Fiquei a observar o acontecimento e vibrou em mim um imenso desejo de fazer parte dele. Depois desse dia a capoeira não mais saiu da minha cabeça, eu queria viver aquilo que vira no interior da grande roda, mas não sabia onde encontra-la e não 10 conhecia ninguém que a praticava. Naquela época, ainda não havia o admirável mundo digital que veio a facilitar o acesso e a busca de informações, então o meu reencontro com a capoeira foi lançado à sorte do destino. Nos meses seguintes, assisti na TV o filme “Esporte Sangrento”, que narra a história de um ex-militar que utiliza “a capoeira” para reabilitar jovens rebeldes do subúrbio de Miami que eram alvo de uma facção criminosa. O filme, que hoje é ridículo aos meus olhos, pois trata a capoeira de forma extremamente
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