Camila Ap. Da Silva O Ensino De Arte No Contexto Da Proposta Curricular
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CAMILA AP. DA SILVA O ENSINO DE ARTE NO CONTEXTO DA PROPOSTA CURRICULAR PAULISTA UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO - PPGE São Paulo – 2013 CAMILA AP. DA SILVA O ENSINO DE ARTE NO CONTEXTO DA PROPOSTA CURRICULAR PAULISTA Dissertação submetida ao Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Nove de Julho – Linha de Pesquisa em Políticas Educacionais, da Universidade Nove de Julho - para obtenção do título de Mestre em Educação, sob a orientação do Prof. Dr. Celso do Prado Ferraz de Carvalho. UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO - PPGE São Paulo – 2013 Silva, Camila Ap. da. O ensino de arte no contexto da proposta curricular paulista. São Paulo. / Camila Ap. da Silva. 2013. 125 f. Dissertação (mestrado) – Universidade Nove de Julho - UNINOVE, São Paulo, 2013. Orientador (a): Profº. Dr. Celso do Prado Ferraz de Carvalho. 1. Política educacional. 2. Reforma curricular. 3. Disciplina de Arte. 4. Ensino de Arte I. Carvalho, Celso do Prado Ferraz de. II. Titulo CDU 37 O ENSINO DE ARTE NO CONTEXTO DA PROPOSTA CURRICULAR PAULISTA __________________________________________________________ Prof. Dr. Celso do Prado Feraz de Carvalho Universidade Nove de Julho ___________________________________________________________ Profa. Dra. Roberta Gurgel Azzi UNICAMP ___________________________________________________________ Prof. Dr. Miguel Henrique Russo Universidade Nove de Julho ___________________________________________________________ Prof. Dr. José Eustáquio Romão – Diretor do PPGE Aprovada em _____ de ______________ de 2013. DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a minha mãe, Silvia Regina da Silva, que ensinou a mim e aos meus quatro irmãos Tiago, Juliana, Carolina, Pedro Henrique, o valor da educação, a importância de lutarmos juntos, e sermos politicamente ativos nas transformações em busca do melhor. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente ao meu orientador, Prof. Dr. Celso do Prado Ferraz de Carvalho e aos demais membros da banca, os professores Prof. Dr. Miguel Henrique Russo e a Profª. Dra. Roberta Gurgel Azzi que aceitaram participar e fazer parte desse processo. Agradeço principalmente a minha mãe pelas lutas no campo pessoal que permitiram que a realidade dos seus filhos fossem melhor que a sua própria e ter-lhes transmitido uma inquietação política que moveram suas escolhas, quatro deles professores. Agradeço também meus irmãos, o mais velho Tiago filósofo e exemplo de fidelidade e justiça, por ser como um pai para mim, a minha irmã mais nova Carolina historiadora apaixonada pelo samba por ser sempre firme em seus posicionamentos, a Juliana educadora física por ter o coração grande e sensibilidade sem igual, a meu irmão mais novo Pedro Henrique futuro advogado sempre companheiro em todos os momentos, por ser sensato e amigo fiel. Aos amigos que encontrei ao ingressar na pós-graduação de uma forma ou de outra, a todos que me ajudaram a chegar até aqui, mas principalmente a Pâmela Martins e Márcia Pereira que levo para minha vida pessoal para além da academia. Aos grandes amigos de longa data Daniela Bueno por estar sempre ao meu lado disposta a ajudar, Anneli Souza, Gisele Morgão e Lucas Manfré por me estimular a seguir em frente sempre em todos os aspectos. Agradeço aos profissionais que trabalharam para que esse trabalho chegasse ao fim e em especial aos professores de arte que cederam as entrevistas utilizadas nesta pesquisa, se não fossem suas práticas e a realidade que me emprestaram em total confiança esse trabalho não seria possível. RESUMO O objeto desta pesquisa é a Proposta Curricular para o ensino de Arte implantada pela Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo no período de 2007/2008. A partir de 2010 a Proposta Curricular passou a ser denominada como Currículo Oficial. Nosso objetivo é verificar se a prática pedagógica do ensino de Arte e a autonomia do professor dessa disciplina foram afetadas diante das ações da SEE/SP. O trabalho inicia-se com um recorte sobre a história da Arte/educação no Brasil com o objetivo de contextualizar as transformações da disciplina de Arte ao longo dos anos para a melhor compreensão de sua natureza e necessidades. Para compreender a concepção e as diretrizes que fundamentam a proposta curricular de Arte analisamos os documentos oficiais produzidos pela SEE/SP. Para verificar os possíveis impactos no trabalho do professor realizamos um conjunto de entrevistas com professores da rede pública que ministram a disciplina de Arte. Esta pesquisa aponta um quadro preocupante em relação às reais condições de trabalho no campo da escola pelos arte/educadores, um cenário contraditório que visa a melhoria na qualidade da educação no Estado. Esse panorama revela um profissional com autonomia fragilizada pelas transformações recentes, estabelecendo uma nova prática pedagógica e nos aponta para a necessidade de uma reformulação das políticas públicas educacionais que inclua este profissional como agente fundamental em seus processos. Palavras chaves: Política educacional; Reforma curricular; Disciplina de Arte; Ensino de Arte. ABSTRACT The purpose of this research is the Curriculum Proposal for the teaching of Art implanted by the State Department of Education of the State of São Paulo in the year of 2007/2008. From 2010 the Curriculum Proposal was renamed as Official Curriculum. Our aim is to check if the pedagogical practice of the teaching of Art and the teacher autonomy from this discipline have been affected against the actions of SEE/SP. The study begins with a cutting on the Art/education history in Brazil with the aim to contextualize the transformations of the Art discipline throughout the years for a better comprehension of its nature and needs. To understand the concept and the guidelines that justify the curriculum proposal of Art we analyzed the officials documents produced by the SEE/SP. To verify the possible impacts at a teacher work we carried out a series of interviews with teachers from the public system that teach the Art discipline. This research shows a worrying situation regarding the actual conditions of work at school field by the art/teachers, a contradictory scene that aims a improving at the quality of the education in the State. This panorama revels a professional with weak autonomy by the recent transformations, establishing a new pedagogical practice and points out to a need of a reformulation of educational public policies that includes this professional as a fundamental agent in its processes. Key words: Educational policy; Curriculum reform; Discipline of Art; Art education LISTA DE ABREVIATURAS ATPC – Atividade de Trabalho Pedagógico Coletivo. APEOESP – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo. BIRD – Banco Interamericano de Desenvolvimento. BM – Banco Mundial. CEE – Conselho Estadual de Educação. CEPAL – Comissão Econômica para América Latina e Caribe. CGEB - Coordenadoria de Gestão da Educação Básica. CGRH - Coordenadoria de Gestão de Recursos Humanos. CM – Currículo Mínimo. DE – Diretoria de Ensino. EFAP – Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Professores “Paulo Renato Costa Souza”. E.E. – Escola Estadual. ENADE – Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes. ENEM – Exame Nacional de Ensino Médio. FAEB – Federação de Arte/Educadores do Brasil. FHC – Fernando Henrique Cardoso. FMI – Fundo Monetário Internacional. FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. HTPC – Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IDESP – Índice de Desenvolvimento da Educação do estado de São Paulo. IPEA – Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas. LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação. MEC – Ministério da Educação. OFA – Ocupante de Função-Atividade. PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais. PEB I – Professor de Educação Básica I. PEB II – Professor de Educação Básica II. PNAD - Plano Nacional por Amostra de Domicílios. PNE – Plano Nacional de Educação. PSDB – Partido da Social Democracia Brasileiro. SARESP – Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do estado de São Paulo. SEE/SP – Secretaria do Estado da Educação do estado de São Paulo. UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.. SUMÁRIO Introdução. 01-06 Capítulo 1: Um recorte da história da Arte/educação. 07 1.1. Da educação artística a arte/educação: historicidade da disciplina e seus contextos. 08-11 1.2. Formalização do ensino de arte no Brasil. 11-14 1.3. O ensino de arte no Brasil: breves considerações. 14-18 Capítulo 2: O Programa São Paulo Faz Escola e a ideologização do discurso: currículo, mudança e qualidade. 19 2.1. O programa São Paulo Faz Escola. 20-22 2.2. A reforma curricular paulista no contexto da legislação educacional brasileira. 22-34 2.3. O ensino de artes e a questão curricular: uma breve aproximação. 34-36 Capítulo 3: O ensino de arte no contexto da proposta curricular paulista. 37 3.1. A construção do currículo de arte. 38-43 3.2. Tic-Tac o tempo do relógio: caderno do professor. 43-47 3.3. Vivências inventadas ou caderno do aluno. 47-74 3.4. Metodologia de ensino de arte - A Metodologia triangular. 74-79 Capítulo 4: Do desejo do currículo prescrito à realidade na fala do professor. 80-82 4.1. Trajetória profissional. 83-88 4.2. Formação específica. 89-90 4.3. Experiência como professor. 91-95 4.4. Sua Relação com educação. 95-99 4.5. Reformas e Políticas Educacionais. 99-104 4.6. São Paulo Faz Escola. 104-107 4.7. A Disciplina Arte. 108-115 Considerações finais. 116-120 Referências Bibliográficas. 121-125 Anexos. Anexo I: Roteiro para entrevistas. Anexo II: Transcrição das entrevistas. INTRODUÇÃO A tese de que vivemos em uma sociedade da informação, de que a formação deve ter como referência o trabalho, de que deve almejar a cidadania e a socialização do conhecimento, são elementos que aparecem com grande destaque nos discursos e que defendem a necessidade das reformas educacionais adequarem-se a esse processo. Diante desta condição, tem sido atribuído à escola, um papel central na formação de uma nova força de trabalho, capaz de corresponder às expectativas do sistema socioeconômico vigente.