Raça E Etnicidade No Cinema Brasileiro Dos Anos 1950- 70
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PEDRO VINICIUS ASTERITO LAPERA DO PRETO-E-BRANCO AO COLORIDO: RAÇA E ETNICIDADE NO CINEMA BRASILEIRO DOS ANOS 1950- 70 Tese apresentada ao Curso de Pós- Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para a obtenção do Grau de Doutor. Área de concentração: Análise da Imagem e do Som Orientador: Prof. Dr. João Luiz Vieira Niterói 2012 L311 Lapera, Pedro Vinicius Asterito. Do preto-e-branco ao colorido: raça e etnicidade no cinema brasileiro dos anos 1950-70 / Pedro Vinicius Asterito Lapera. – 2012. 263 f. Orientador: João Luiz Vieira. Tese (Doutorado em Comunicação) – Universidade Federal Fluminense, Instituto de Arte e Comunicação Social, 2012. Bibliografia: f. 247-262. 1. Cinema brasileiro. 2. Raça. 3. Etnicidade. 4. Intelectual. I. Vieira, João Luiz. II. Universidade Federal Fluminense. Instituto de Arte e Comunicação Social. III. Título. CDD 791.430981 PEDRO VINICIUS ASTERITO LAPERA DO PRETO-E-BRANCO AO COLORIDO: RAÇA E ETNICIDADE NO CINEMA BRASILEIRO DOS ANOS 1950-70 Tese apresentada ao Curso de Pós- Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para a obtenção do Grau de Doutor. Área de concentração: Análise da Imagem e do Som Aprovada em junho de 2012 BANCA EXAMINADORA __________________________________________________________________ Prof. Dr. João Luiz Vieira - Orientador Universidade Federal Fluminense ___________________________________________________________________ Profa Dra Esther Imperio Hamburger Universidade de São Paulo ____________________________________________________________________ Profa Dra Liv Sovik Universidade Federal do Rio de Janeiro _____________________________________________________________________ Profa Dra Ana Lucia Silva Enne Universidade Federal Fluminense _____________________________________________________________________ Prof. Dr. Marildo José Nercolini Universidade Federal Fluminense Niterói, 2012 A meus pais, pelo amor que se reinventa a cada dia. A Hilda Machado (in memoriam) que, com seu carisma, me fez encantar inúmeras vezes pela pesquisa em cinema. A minha afilhada Maria Fernanda, surpreendente com a vida que existe fora das leituras. Agradecimentos Ao professor João Luiz Vieira, que vem me acompanhando ao longo dos últimos sete anos, pela dedicação e paciência com um orientando rebelde e muitas vezes disperso. Aos professores do PPGCOM-UFF, em especial a: Ana Enne, pelo contato quase diário (mesmo que virtual), por me proporcionar um lugar de afeto em tempos de crise e por me fazer ver a importância das disputas no campo da cultura; Mariana Baltar, que pelos atalhos da vida virou minha amiga e um porto seguro no debate sobre cinema, pelas inúmeras colaborações em conversas informais e na banca de qualificação; Tunico Amâncio, sempre atento a qualquer referência no debate sobre raça que porventura me escapasse; Marildo Nercolini, pela troca intelectual e pela descoberta da liberdade criativa da Tropicália; Dênis de Moraes, que me revelou as complexidades e as contradições do papel dos intelectuais; Kleber Mendonça, pelas constantes observações sobre lugares de poder e mídia, além dos comentários jocosos por ter um homônimo cineasta. Aos professores com quem tive contato ao longo de minha breve carreira acadêmica, cujas aulas me auxiliaram em minha trajetória como pesquisador: Celeste Zenha (in memoriam), Latuf Mucci (in memoriam), José Maurício Alvarez, André Botelho, Gláucia Villas-Boas, Hernani Heffner, Márcio Goldman, Olívia Cunha, Dale Tomich, Ricardo Benzaquen e Robert Stam. Aos professores que integraram a banca de defesa da tese, professores Marildo Nercolini, Ana Enne, Esther Hamburger e Liv Sovik, pelas observações cuidadosas e pelas críticas precisas que ajudaram a moldar a versão final deste trabalho. À professora Andrea Daher, pelos conselhos precisos e pela atenção a um pesquisador atrapalhado no campo da História. Aos meus colegas de pós-graduação, sobretudo aqueles com os quais houve um maior encontro intelectual e uma troca afetiva: Marina Caminha, Amílcar Bezerra, Lia Bahia, Danielle Brasiliense, Ivonete Lopes, Priscila Rodrigues, Renata Rezende, Hadija Chalupe, Marina Tedesco, Pedro Curi, Marcel Vieira, Leonardo Macário, Flora Daemon, Raquel Moreira, Bruno Thebaldi, Vasco Lopes, Ana Beatriz Paes, Gyssele Mendes, Lucas Waltenberg, Pâmela Pinto e Ariane Holzbach. Aos membros e participantes do Grupo de Trabalho Cultura das Mídias da Compós, e dos congressos da Socine, do Enecult e da LASA, onde apresentei diversas comunicações referentes à minha pesquisa, encontrando vários pesquisadores que se interessaram em dialogar e em me passar informações. O resultado foi incorporado aos artigos sobre os filmes Iracema, uma transa amazônica e As Aventuras Amorosas de um padeiro já publicados na Revista E-compós e nos Anais da Socine, cujos trechos foram parcialmente aproveitados na redação do terceiro capítulo desta tese. À professora Vera Follain, pela participação na banca de qualificação desta tese. A Noel Carvalho, pesquisador que me abriu muitas portas no debate sobre raça no cinema brasileiro. A Leonor Bianchi, pelo excelente trabalho junto aos arquivos de censura no Brasil. Aos pesquisadores e aos funcionários dos acervos consultados: Olga Futemma, Adilson Mendes, Rodrigo Archangelo, Anna Paula Nunes, Daniel Shinzato, Alexandre Miyazato e Gabriela Queiroz (Cinemateca Brasileira); Márcia Cláudia (FUNARTE); Hernani Heffner e Maurício Salles (Cinemateca do MAM-Rio). Aos meus amigos anfitriões durante minhas estadias em São Paulo e em Petrópolis: Bárbara Cleffs, Paloma Piragibe, Isabella Goulart, Raissa Ludwig, Elisa Yumi, Fernanda Dutra, Rodrigo Hutter e Felipe Cacicedo. Além de me abrirem suas portas e suas privacidades, participaram de vários debates acalorados que tiveram eco neste trabalho e compartilharam diversos momentos de felizes descobertas e de angústias referentes a ele. Às minhas chefes na Biblioteca Nacional, Eliane Perez, Rosane Nunes e Suely Dias, que compreenderam as demandas geradas por esta pesquisa. Não posso me esquecer de todos os colegas de trabalho que, direta ou indiretamente, contribuíram para a finalização deste trabalho, sobretudo daqueles que se tornaram amigos pelo caminho: Christianne de Jesus, Lia Jordão, Rafaella Bettamio, Iuri Lapa, Regina Santiago, Raquel Fabio, Raquel Martins, Natália Dias, Valéria Lemos, Verônica Lessa, Francisco Madureira, Januária Teive, Carolina Sena, Jacqueline Assemany, Carlos Garcia, Jorge Câmara, Mônica Carneiro, Luciana Muniz, Carla Cafaro, Flavia Cezar, Carla Chianello, Bruno Brasil, Raquel França, Anna Naldi, Valéria Cisneyros, Ine Rubim, José Roberto Andrade, Gustavo Saldanha, Rutônio Sant’anna, Jorge Paixão, Tânia Motta, Mônica Velloso, Vera Faillace, Ine Rubim, José Augusto Gonçalves, Tarso Vicente e Paula Machado. Aos diretores Jorge Bodanzky e João Batista de Andrade e ao professor e pesquisador Ismail Xavier, pelas entrevistas generosamente concedidas a mim. Ao professor Geraldo Sarno, pelo incentivo e pela doação de cópias de seus filmes. A Silvia Campos e a Luciana Barcelos que, junto à secretaria do PPGCOM- UFF, proporcionaram a tranquilidade importante para a pesquisa e a escrita da tese. Aos organizadores da edição 2010 do Fábrica de Ideias, curso de relações étnico-raciais ministrado pelo CEAO-UFBA em agosto de 2010 e a todos os pesquisadores que dele participaram, em especial a: João Samuel Rodrigues Junior, Raquel Luciana de Souza, Kywza Fideles, Marinélia Silva, Gabriel Cid, Matheus Serva, Júlia Pereira, Jamile Borges, Adriana Cerqueira, Maria Emilia Vasconcelos, Lígia Santana, Josemeire Alves e Maria Paula Adinolfi. Aos meus alunos nos cursos de Cinema e Antropologia I e II, História do Audiovisual Brasileiro e Tópicos em Historiografia do Cinema Brasileiro que, com suas observações, enriqueceram o olhar de um professor ainda não muito experiente. A Luiza Conde, pela revisão cuidadosa e pelas recomendações à versão final deste trabalho. A Maria da Penha, que desde o meu nascimento me acompanha nas vitórias e nos percalços, sempre torcendo pelas belas ironias do destino. Por último, mas não por isso menos importante, a todos os familiares e amigos que sobreviveram ao período da tese e permanecem em minha vida após tantas turbulências. Sumário Introdução................................................................................................... 11 Capítulo 1 - Disputas intelectuais no cinema brasileiro dos anos 1950: visões e construções sobre povo e raça...................................................... 42 I.1 - Idéias sobre povo e raça no I Congresso Nacional do Cinema Brasileiro e no I Congresso Paulista do Cinema Brasileiro de 1952.............................................................................................................44 I.2 - Também Somos Irmãos, um filme precursor?.....................................56 I.3 - Rio, 40 Graus, Rio, Zona Norte: a apresentação pública do campo do cinema.........................................................................................................68 Capítulo 2 – Integrações e (dis)tensões: retórica racial e étnica no cinema brasileiro dos anos 1960..............................................................................91 II.1 - Bahia de Todos os Santos e de todos os pecados: opressão racial e nacionalidade no film maudit de Trigueirinho Neto....................................93 II.2 - A miscelânea dos anos 1960: Cinema Novo, política, dissidências e desafetos....................................................................................................116